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    Apostila de Bases de MTCMedicina Tradicional Chinesa

    Fonte: Artigos Revisados da Internet e Literatura Especifica

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    A medicina tradicional chinesa (MTC), a denominao usualmente dada ao conjunto deprticas de medicina tradicional em uso na China, desenvolvidas ao longo dos milhares de anos

    de sua histria.A MTC se fundamenta numa estruturaterica sistemtica e abrangente, denatureza filosfica. Ela inclui entre seusprincpios o estudo da relao de yin/yang,da teoria dos cinco elementos e do sistemade circulaoda energia pelos meridianos do corpohumano.Tendo como base o reconhecimento dasleis fundamentais que governam ofuncionamento do organismo humano esua interao com o ambiente segundo osciclos da natureza, procura aplicar esta

    compreenso tanto ao tratamento das doenas quanto manuteno da sade atravs dediversos mtodos.

    QI OU CHI

    O conceito de Qi (Chi, Tchi ou Ki, traduzido de uma maneira simplria como Energia), um dosmais importantes no entendimento da medicina oriental e da viso de mundo chinesa. Wang

    Chong, um sbio que viveu de 27 a 97 d.C. afirmou certa vez que a vida e a morte no sonada em si mesmas, mas uma agregao e disperso do Qi. Com isso ele quis dizer queabsolutamente tudo o que existe pode ser definido por seu Qi, j que seu movimento a base davida e de tudo o que existe.

    Energia em movimento Energia universal que permeia as coisas animais e inanimadas Semelhante as ondas ultra-violeta ou ondas de radio: No pode ser vista Mas podemos reconhece-lo pelos seus efeitos

    Atravs da observao criteriosa dosprprios corpos e do mundo que os

    cercava, os cientistas naturais daChina antiga chegaram conclusode que a energia do corpo humanono um mero combustvel. Nossoorganismo energia materializada,assim como tudo no universo. Ouniverso e tudo o que nele pode serdetectado, inclusive os sereshumanos, formam uma vasta teia deaglomerados, conexes, fluxos etrocas energticas.

    O Qi a base da vida. Ele tambm a base da nossa sade: quando est

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    no auge e em equilbrio nosso sistema defensivo est forte, quando est desequilibrado nostornamos alvo fcil para invases e desorganizao. por isso que as pessoas reagem deformas diferentes ao meio que as cerca. Em contato com as mesmas condies ambientais (por

    exemplo, uma mudana brusca de clima) algumas pessoas ficam doentes, apresentandosintomas desagradveis e outras no. O que explica isso se o ambiente o mesmo? O quetorna algumas pessoas imunes e outras mais vulnerveis? O que h de diferente nas pessoasresistentes a doenas?Toda cura e a prpria manuteno da sade dependem da energia. E os padres de energia soindividuais assim como as impresses digitais. Eles vo determinar a maneira como reagimos aomundo, nosso nvel de vitalidade, nossa resposta a condies adversas e nossa melhora diantede tratamentos. So essas nossas reservas individuais de energia que proporcionam a forainterna que nos mantm saudveis.A Medicina Tradicional Chinesa foi, basicamente, estruturada em princpios de cunho filosfico eemprico. Para o antigo chins que vivia essencialmente da agricultura, as manifestaes da

    natureza demonstravam que havia sempre uma polaridade presente em todos os seusfenmenos: dia e noite, luz e sombra, tempo para plantar e outro para colher. Percebeu que ummovimento existia a partir do seu oposto; ao chegar ao seu auge o sol dava lugar noite.Denominou estas foras polares de Yang e Yin e passou a consider-las como os princpiosordenadores do universo, que iro refletir-se na vida cotidiana dos chineses e em toda aconstituio de sua sabedoria. O Yin representado pelo lado ensombrado de uma montanha eo Yang seu lado ensolarado.Estas polaridades, Yin e Yang, tem por objetivo manter aharmonia e o equilbrio do Cosmo. A sombra s poderia se apresentar diante da existncia daluz, e vice-versa. Assim como o dia e a noite, os contrrios fazem parte de um mesmomovimento cclico, apesar de exercerem influncias diferentes sobre os elementos danatureza.(MACIOCIA, 1996). Tudo o que existe obedece ao Princpio Absoluto, Realidadeltima, ao Tao.Princpio este sem sinnimo literal na linguagem ocidental, aproximando-se do que entendemospor Caminho Certo (JUNG, 1998).Conceituado por Capra (2000), como um processo csmico, um fluxo energtico dinmico queenvolve todas as coisas, num processo contnuo de mutao. neste sentido que podemos compreender o Tao, na sua dimenso de unidade cosmolgica,semelhante s guas do rio que flui continuamente, onde a sabedoria est em aprender a seguirseu curso.

    YIN YANG

    As foras polares so de natureza oposta: Yin (Terra) e Yang (Cu).Complementam-se e dependem uma da outra para existir, por seremcompreendidas como estgios de um mesmo ciclo.No movimento dinmico da natureza, da Vida, elas se transformamcontinuamente na fora oposta. Leis do Yin/Yang:

    Oposio Interdependncia Interconsumo/Crescimento

    Intertransformao

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    Quando uma atinge o auge da sua influncia, ela passa a decrescer e a fora oposta entra emascenso; ao meio-dia o Yang atinge seu auge e vai aos poucos decrescendo at o anoitecer,caracterizado pelo crescimento do Yin que ir atingir seu mximo meia-noite. (MACIOCIA,1996).

    Nesse movimento constante da Vida, as foras polares estaro presentes em tudo o que existe,

    no intuito de manter o equilbrio energtico do Cosmo.Se por alguma razo este equilbrio csmico for abalado, as relaes entre o Yang e o Yin irose modificar, com a sobreposio de uma fora sobre a outra, caracterizando o que entendemospor doena.Apresentando quatro possveis estados de desequilbrio: Yang em ascenso que consumir oYin; preponderncia de Yin; deficincia de Yin ou a deficincia do Yang. (MACIOCIA, 1996).Com o objetivo de constituir este equilbrio do Todo e perpetu-lo, as foras polares Yang (cu) eYin (terra), geraram os cinco elementos bsicos, tambm compreendidos como os cincomovimentos naturais, cclicos e dinmicos.Seus componentes so: GUA, FOGO, TERRA, METAL E MADEIRA.

    TEORIA DOS CINCO ELEMENTOS

    So representaes elementares providas de complexo sentido, transcendendo a concepoestritamente fsica. Para cada elemento esto designados vrios aspectos da vida, inclusive afisiologia do homem, o que possibilita utiliz-los como diagnstico na teraputica chinesa. Oelemento FOGO, por exemplo, est relacionado estao climtica do vero, ao rgo corao, cor vermelha e emoo da alegria.De acordo com Maciocia, o termo elemento no se refere unicamente aos constituintes bsicosda natureza, mas sim s fases de um ciclo.Em suas palavras:Os Cinco Elementos, portanto, no so os constituintes bsicos da natureza, mas os cincoprocessos bsicos, as qualidades (...) a capacidade inerente de modificao de um fenmeno?.(MACIOCIA : 1996, p.22).

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    A harmonia do sistema energtico se mantm, devido ao Ciclo de Gerao e ao Ciclo deDominao que se interagem num permanente movimento.Ou seja, um elemento ou movimento gera e nutre o elemento seguinte; o FOGO nutre a TERRA,o corao fortalece o bao e estmago; a GUA nutre a MADEIRA, os rins fortalecem o fgadoetc. E para no exceder, evitar o crescimento desordenado de um desses elementos, existe oCiclo de Dominao, que visa controlar cada um desses.De acordo com as premissas de Unidade Cosmolgica, alicerce filosfico da MedicinaTradicional Chinesa, o Homem compreendido como um microcosmo, onde o Yang e o Yin soas foras estruturantes do corpo atravs dos Cinco Elementos ou Ciclos, que esto agindo nohomem desde a sua formao gentica.Por essa razo toda esta teoria do sistema energtico, ser utilizada no diagnstico dateraputica chinesa. Cada elemento representa unidades funcionais do organismo humano,abrangendo sua fisiologia, e na mesma proporo de importncia os aspectos emocionais epsquicos relacionados a cada rgo.

    Por exemplo: o elemento MADEIRA representa o Fgado (Gan) e a Vescula Biliar (Dan). O Ganpossui entre outras funes o armazenamento de sangue (Xue), a promoo do livre fluxo do Qi("energia" ou "sopro" que se manifesta no nvel fsico e psquico), estando tambm ligado semoes de irritabilidade e raiva. (MACIOCIA, 1996). O Qi circula por canais que se estende dosrgos vitais( Fgado, Corao, Bao, Pulmo e Rins) at estruturas mais sutis, como a emoo,a mente.Esses canais de "energia" foram denominados aqui no Ocidente de meridianos.E so atravs destes meridianos que encontramos os pontos ou acupontos, que iro serpuncionados por agulhas.Estimulando o organismo a resgatar sua capacidade de cura, sua harmonia entre Yin e Yang.

    No pensamento taostachins, os elementos da Natureza podem ser classificadosem cinco tipos: metal, madeira, terra, gua, fogo . Esses Cinco Elementos no so somente os materiais aos quaisos nomes se referem, mas mais bemmetforas e smbolos para descrever como as coisas interagem e serelacionam umas com as outras. Por exemplo, na meditao taostaesse ciclo representa o equilbrio da natureza.

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    De acordo com Ronan [1] historiador da cincia da Universidade de Cambridge, a teoria dos cinco elementosfoiestabelecida e sistematizada pelo naturalista Tsou Yen (Zou Yan), entre 350 e 270 a.C. por esse mais destacadomembro, por vezes chamado fundador do pensamento cientfico chins, da Academia Chin Hsia (Zhi-Xia) do

    prncipe Hsuan (Xuan).

    * Somento no curso de Tui-Na so ensinados elementos de psicologia na MTC.

    A interao dos cincoelementosO taosmo descreve um ciclo deproduo e um ciclo de controleagindo sobre os elementos.No taosmo, tudo queconhecemos ou pensamoscomo realidade um smbolo eum reflexo dos cus, de tal

    forma que, entendendo orelacionamento macrocsmicodas coisas, poderemos entendero mesmo relacionamento numaescala menor: no corpo, naastrologia pessoal, ou napoltica. A referncia taostaoriginal era sobre as estaes

    do ano (ou "os cus"), e elas seriam ento mais acuradamente descritas como as cinco fases.

    No ciclo da produo, a madeira produz o fogo, o fogo produz a terra, a terra produz o metal, o metal

    produz a gua, a gua produz a madeira.

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    No ciclo de controle, a madeira bloqueia a terra, a terra bloqueia a gua, a agua bloqueia o fogo, o

    fogo bloqueia o metal, o metal bloqueia a madeira.

    O ciclo de produo delineia um pentgono e a cadeia decontrole delineia uma estrela de cinco pontas. Essas interaese relacionamentos formam o esboo para diferentes escolas defilosofia.A interao dos cinco elementos torna-se uma ferramenta queajuda os acadmicos taostas a classificar as observaes e osdados empricos. Com base em observaes de como as coisasinteragem, elas so classificadas em um dos cinco elementos,tal como elas se encaixam no padro observado. Ento pode-setirar concluses de alto nvel ou predies baseadas nos tiposdos elementos.

    Apartir da explanao do professor explique o quadro acima:_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    TEORIA ZANG FU

    A teoria dos rgos Zang Fu se refere a como as relaes entre os diversos sistemas orgnicos socompreendidas dentro do referncial da Medicina Tradicional Chinesa. O trmo chins tambm poderia sertraduzido como Teoria dos rgos (Zang) e vsceras (Fu). fundamental considerar que as referncias a rgos no se limitam apenas a seu aspecto fsico/material, mastambm a seu aspecto energtico.

    * Cada rgo energtico da teoria Zang Fu,representa um espcime Yin e Yang de cada um dos cinco

    elementos. Tambm existir um par de canais de energia para cada um destes rgos.

    Elemento Zang (yin) Orgo Fu (yang) VsceraMadeira Fgado Vescula BiliarFogo Corao Intestino DelgadoTerra Bao-Pancreas EstmagoMetal Pulmo Intestino Grossogua Rim Bexiga

    Os rgos (Zang: Macios Polaridade Yin)

    CoraoO canal do meridiano do Corao tem relao com a funo e o rgo cardaco e com a funoe a vscera do intestino delgado. Est relacionado ao elemento fogo.As principais funes do corao segundo a medicina oriental, so: Governar o sangue, Controlar os vasos sanguneos. Manifesta-se no aspecto fsico (compleio), "abriga" a mente, "abre-se" na lngua e

    controla a sudorese.FgadoO canal ou meridiano do Fgado tem relao com a funo e o rgo do fgado e com a funo ea vscera da Vescula Biliar. Est relacionado ao elemento madeira.As principais funes do fgado segundo a medicina oriental so: Armazena sangue (xue), Controla o fluxo do sangue, Assegura o fluxo suave do Qi, Controla os tendes, Manifesta-se nas unhas com manchas brancas, "abre-se" nos olhos e "abriga" a Alma

    Etrea (Hun)/(esprito). Emoo - Raiva / Irritabilidade

    Estao do Ano - Primavera. Cor - Verde.

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    rgo dos Sentidos - Olhos. Sabor - Azedo. Energia - Vento. Responsvel pelo tero e genitalia externa, auxilia o bao-pancreas nos processosdigestivos. considerado o general dos rgos

    PulmoO canal ou meridiano do Pulmo tem relao com a funo e o rgo dos pulmes, tendo umarelao interno/externo com a vscera intestino grosso. Est relacionado ao elemento metal.Suas principais caractersticas funcionais so o domnio da energia pura(ar) e o controle darespirao, a regulao das "passagens de gua" e o governo da pele e do pncreas.As principais funes do pulmo segundo a medicina oriental so: Governar o Qi e a respirao, Controlar os meridianos e vasos sanguneos, Controlar a disperso e a descida, Regular a "passagem das guas", Controlar a pele e os plos corpreos, O Pulmo "abre-se" no nariz e "abriga" a alma corprea (Po)(manifestao somtica da

    alma).

    BaoO canal ou meridiano do Bao tem relao com a funo e o rgo do bao e mantm umaligao interno / externo com a vscera Estmago. Est relacionado ao elemento terra.As principais funes do Bao, segundo a medicina oriental so: Governar a transformao e o transporte,

    Controlar o sangue, Controlar os msculos, as unhas e os cabelos; O Bao-Pncreas "abre-se" na boca e manifesta-se nos lbios, controla a "subida do Qi"

    e "abriga" o pensamento/reflexo (Yi).

    RimO canal ou meridiano do Rim tem relao com a funo e o rgo dos rins e tem uma ligaointerno/externo com a vscera bexiga. Est relacionado ao elemento gua.As principais funes do rim, segundo a medicina oriental, so: Armazenar a essncia, "Governar" o nascimento, crescimento, reproduo e desenvolvimento, Produzir as medulas, "Alimentar" o crebro "Controlar" os ossos; "Governar" a gua, Controlar a recepo do Qi; O Rim "abre-se" nos ouvidos e manifesta-se no cabelo, controla os dois orifcios

    inferiores e "abriga" a fora de vontade (Zhi).Mestre do CoraoO Mestre do Corao uma espcie de guarda-costas do corao protegendo o corao dosataques dos agentes exgenos, tem como funo principal, por controlar toda srie de funes

    que guardam relao com o corao e a funo cardaca, a circulao da massa humoral e areproduo, que constituem a essncia da vida. Essa massa circundante inclui o contedo

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    humoral e a reproduo, que constituem a essncia da vida. Essa massa circundante inclui ocontedo humoral, hormonal e imunolgico, enquanto a reproduo est relacionadaespecialmente com a funo do sistema endcrino, particularmente das gnodas. Esta

    relacionado ao elemento fogo e ao canal ou meridiano do Triplo-Aquecedor.As principais funes da Circulaao-sexualidade, segundo a medicina oriental, so mais oumenos idnticas quelas do corao: governa o sangue e "abriga" a mente, apresentando umainfluncia importante sobre o estado mental e emocional.O seu canal (Jing Luo) tambm chamado de "circulao - sexualidade" o que no muitoexato pois em Chins, XIN = a corao e BAO = envelope ou envoltrio, sendo a traduo"mestre do corao" mais adequada. Ocorreu que os primeiros ocidentais tinham dificuldade decompreender suas funes e por o XINBAO ter funes prximas as do Xin (corao), como asde influenciar no relacionamento interpessoal, eles passaram a chamar o XinBao por circulaosexualidade. Esta viso pode induzir um tratamento de distrbios sexuais utilizando o XinBao,porm seria mais adequado tratar os canais Du, Ren, Chong e do Shen, como faz a Medicina

    Tradicional Chinesa h milnios.

    As vsceras ( Fu: Ocos Polaridade Yang)Intestino DelgadoO canal do Intestino Delgado tem relao com a funo e a vscera do intestino delgado e com afuno e o rgo do corao. Est relacionado ao elemento fogo. Sua principal funo a dereceber e armazenar temporariamente o alimento parcialmente digerido pelo estmago eexecutar a separao da essncia a ser absorvida dos resduos e dejetos slidos que passaropara o intestino grosso para serem eliminados.As principais funes do intestino delgado segundo a medicina oriental, so: controlar a

    recepo e a transformao e separar os Fluidos Corpreos (Jin Ye).Vescula BiliarO canal ou meridiano da Vescula Biliar tem relao com a funo e a vscera da vescula biliar ecom a funo e o rgo do fgado. Est relacionado ao elemento madeira e sua principal funo a de comandar a funo biliar total, intra e extra-heptica, incluindo as vias biliares. A vesculaarmazena a bile e excreta para auxiliar a digesto dos lipdios.As principais funes da Vescula Biliar segundo a medicina oriental, so: estocar e excretar abile, controlar o "julgamento", controlar os tendes.Intestino GrossoO canal ou meridiano do Intestino Grosso tem relao com a funo e a vscera do intestino

    grosso com a funo e o rgo dos pulmes. Est relacionado ao elemento metal e suasprincipais funes so de absoro de lquidos e de componentes eletrolticos (sdio, potssio,magnsio, cloro e bicarbonato) e eliminao de resduos pesados.As principais funes do intestino grosso segundo a medicina oriental, so: receber alimentos elquidos do intestino delgado, reabsorver uma parte dos fluidos corpreos, excretar as fezes.EstmagoO canal ou meridiano do Estmago tem relao com a funo e a vscera do estmago e com afuno e os rgos do bao e do pncreas. Est relacionado ao elemento terra e suas principaisfunes so as de receber e decompor os alimentos e, juntamente com o duodeno, comandartodas as funes digestivas transformadoras dos alimentos.As principais funes do estmago segundo a medicina oriental, so: controlar o

    "amadurecimento e decomposio" dos alimentos, controla o transporte das Essncias (Jing)dos alimentos, controla a descendncia do Qi, a origem dos Fluidos Corpreos (Jin Ye).

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    BexigaO canal ou meridiano da Bexiga tem relao com a funo e a vscera da bexiga com a funo eo rgo do Rim. Est relacionado ao elemento gua e sua principal funo a de acumular

    temporariamente a urina, antes de excret-la, alm de atuar decisivamente na funoequilibradora e eliminatria dos rins.A principal funo da bexiga segundo a medicina oriental remover a gua por meio datransformao do Qi.

    MERIDIANOS

    Meridiano um dos nomes pelos quais so conhecidos os "canais de energia" utilizados

    na acupuntura e outros mtodos teraputicos da medicina tradicional chinesa.

    Estes canais, so citados abundantemente na literatura chinesa. Como por exemplo, no "NEI

    CHING", atribudo a Huang Ti, em mais ou menos 500 a.C.

    * Na grande circulao: Cada rgo energtico da teoria Zang Fu,representa um espcime Yin e Yang de cadaum dos cinco elementos. Assim sendo temos 10 meridianos pares em cada lado do corpo, para cada elemento . Oelemento fogo apresentar mais dois meridianos pares , um Yin: Circuao Sexo (CS) , tambm conhecido comopericrdio (PE) e um Yang : Triplo Aquecedor (TA). Assim sendo, perfazem estes 12 meridianos.** Temos tambm a pequena circulao com 2 vasos mpares (vasos maravilhosos). Um Yang, chamado de Vaso

    Governador (localizado sob os processos espinhosos dorsalmente) e outro Yin chamado Vaso da Concepo (Regio Ventral ao longo da linha mediana)

    Sistemas de canais que percorrem o corpo Promovem o fluxo do qi ao longo do corpo

    So Doze So Pares Cada um relacionado a um orgo ou vscera

    especficaExistem vrias formas de classificar/agrupar os meridianos,

    dependendo dos pontos de referncias relacionados. Como

    por exemplo:

    meridianos Yin ou Yang (veja tambm: yin yang);

    meridianos principais, tambm conhecidos por

    regulares. Existem em pares (bilaterais - um para cada

    lado direito/esquerdo do corpo). So em nmero de 12

    pares. Eles esto relacionados com rgos, vsceras oufunes. Existe ainda uma classificao dos elementos

    chineses para estes meridianos: metal (ar), gua,

    madeira, fogo e terra.

    meridianos extraordinrios, tambm conhecidos por

    vasos maravilhosos, particulares, curiosos ou estranhos.

    So em nmero de 8.

    meridianos distintos. So em nmero de 12.

    meridianos tendino-musculares. So em nmero de 12.

    Vasos Lo longitudinais e transversais.

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    As energias

    Segundo esta literatura, existem vrios tipos de energias que percorrem o corpo. A energia que

    recebemos de nossos ancestrais, a energia que adquirimos pelo ar e alimentos, que circula

    internamente, e a energia protetora, que circula mais externamente. Os meridianos so os

    canais por onde estas energias percorrem o corpo. Atravs de estmulos em determinados

    pontos do meridiano, pode-se reequilibrar as energias do corpo e de rgos.

    Meridianos Distintos

    Dos meridianos distintos seis so oriundos dos 12 meridianos principais (com exceo ao VC eo VG) e conduzem a energia destes para o interior do corpo.

    Meridianos Tendino-musculares

    Os meridianos tendino-musculares so relacionados aos 12 meridianos principais, mas se

    localizam externamente. Neles circulam as energias defensivas protetoras.

    Pontos dos meridianos

    Cada meridiano tem vrios pontos definidos, por onde se pode atuar para interferir na energia

    que o percorre. As formas mais comuns de atuao so: a agulha (geralmente de metal,

    embora haja relatos sobre agulhas de pedra na histria antiga da acupuntura chinesa),

    a moxa (ou pequeno "incenso" colocado sobre a pele), ou ainda a presso dos dedos.

    Cada ponto tem uma caracterstica determinada para atuar na energia do meridiano. Existem,

    por exemplo, pontos para tonificao (aumentar o fluxo de energia no meridiano), pontos de

    sedao (diminuir o fluxo de energia no meridiano), pontos de alarme (pontos doloridos que

    avisam sobre alteraes importantes nas energias do meridianos), pontos de origem, pontos de

    unio e outros.

    Pontos de Massagem:

    Locais os quais podemos encontrar o qi e o xue com maior facilidade

    Atravs destes temos acesso aos meridianos

    Equivalem aos pontos de Acupuntura

    OS OITOS PRINCIPIOS

    Na prtica da medicina chinesa, a teoria dos oito princpios empregada como um primeiro passo paraagrupar em sndromes os dados obtidos pelos quatro mtodos de diagnstico. A diferenciao de sndromes deacordo com os oito princpios busca analisar a manifestao clnica dos desequilbrios orgnicos, tomando por base

    quatro aspectos da anatomia e fisiologia orgnica. Desmembrados em suas polaridades, estes quatro aspectos doorigem aos oito princpios, como se segue:

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    ASPECTOS OITO PRINCPIOS1- LOCALIZAO

    ESPACIAL(profundidade)INTERIOR EXTERIOR

    2- TEMPERATURA (natureza trmica) FRIO CALOR3-ECONOMIA DE ENERGIA (fatorespatognicos x resistncia orgnica)

    DEFICINCIA EXCESSO

    4- O TODO ORGNCIO YIN YANGDiagrama 9- Os oitos princpios e os quatro aspectos anatomofisiolgicos.

    A partir da caracterizao de uma sndrome especifica, formula-se o princpio de tratamento eprescrevem-se os recursos teraputicos que, por sua vez, so classificados de acordo com a sua aoem relao aos oito princpios. De fato, muitas vezes os pontos de massagem trazem, j em seus nomes,aluses teoria dos oito princpios.

    Com fins didticos, analisaremos, separadamente, o conjunto de sinais e sintomas quecaracterizam a sndrome de cada um dos oito princpios. Porm, na prtica, nem sempre o quadro clnico

    apresenta-se com as caractersticas de um nico princpio e comum ocorrerem variadas combinaesde sinais e sintomas que caracterizam a sndrome de cada um dos oito princpios. Porm, na prtica, nemsempre o quadro clnico apresenta-se com as caractersticas de um nico princpio e comum ocorreremvariadas combinaes de sinais e sintomas demais de um princpio, bem como, durante a evoluo deum processo de desequilbrio, haver a mudana de uma sndrome para outra, sendo necessrio, sempre,o acompanhamento dos casos para o ajuste do tratamento. Alm disso, com o auxlio das teorias dassubstncias fundamentais, dos rgos Zang Fu e dos canais e meridianos, as sndromes classificadas deacordo com os oito princpios podem ser detalhadas em sndromes mais minuciosas.

    Devido grande importncia que tem sobre a massagem e a acupuntura, analisaremos, emespecial, a diferenciao entre as manifestaes das sndromes de exterior e de interior, de acordo com alocalizao espacial dos sinais e sintomas.

    A observao do aspecto espacial leva em contra no apenas o espao fsico ocupado pela partematerial do corpo, mas tambm o desempenho de sua funo.

    Sendo assim, a funo de locomoo do corpo e seus principais componentes (tecidos cutneo,muscular, tendinoso, sseo) so considerados o arcabouo do corpo e referem-se poro exterior ousuperficial do corpo.

    O interior do corpo diz respeito, principalmente, cavidade interna formada pelas paredes dotronco e o seu contedo, que so os rgos Zang Fu ou os trs aquecedores, juntamente com as suasfunes de produzir, armazenar e transportar as substncias fundamentais.

    A relao entre o interior e o exterior do corpo aqui bastante elucidativa das relaes deoposio e complementaridade entre o Yin/Yang.

    Os trs aquecedores ou os rgos Zang Fu ( parte interior) proporcionam a energia necessriapara a movimentao do aparelho locomotor (parte exterior). Este perfaz aes que protegem o

    organismo e trazem para o seu interior o suprimento da matria-prima necessria ao desempenho dosaquecedores e rgos e produo de mais energia.Diz o Neijing: O Yin est no interior, o fundamento material do Yang; o yang est no exterior, a

    manifestao funcional do Yin.Segundo a medicina chinesa, as partes interior e exterior do corpo esto conectadas por canais e

    meridianos que permitem o fluxo de Qi e Sangue entre todas as partes do organismo.Essa teoria de grande importncia para a prtica da acupuntura e da massagem, pois elas esto

    baseadas no poder que certos pontos da superfcie do corpo, acessveis ao toque e situados na poroexterior desses canais e meridianos, tm de atuar no funcionamento geral dos rgos internos.

    De um modo geral, os pontos de massagem que do acesso ao funcionamento dos rgosinternos situam-se nos meridianos Yin, enquanto que os pontos situados nos meridianos Yang tm umaao mais voltada para a parte exterior, agindo sobre todo o sistema locomotor e suas manifestaes

    clnicas.

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    Atravs dos canais e meridianos pode haver tambm a mudana da localizao de umadoena/desequilbrio durante a sua evoluo. O resfriado como tem uma evoluo que exemplifica bem adinmica e a sistomalogia do interior e do exterior. Ele pode comear a se manifestar na poro exterior,com sintomas de dores no corpo e de cabea, tremores, calafrios, sudorese, e se no prontamente

    equilibrado pelas defesas corporais externas, pode evoluir para a poro interior, atingindo os rgos eoriginando sintomas como tosse formao de catarro, fraqueza.

    Os canais e meridianos tambm possibilitam que uma doena em algum rgo interno produzasinais no exterior. Como exemplo disse, observamos que certos pontos da superfcie, como os pontos dealarme (situados no peito e no abdmem) e de assentimento (situados ao longo da coluna vertebral)tornam-se mais sensveis ao toque de acorodo com o acometimento do rgo interno correspondente.

    A diferenciao entre as sndromes frio/calor e excesso/deficincia tambm agrupa sinais esintomas que caracterizam esses aspectos, e a diferenciao de sndromes entre Yin/yang considera oconjunto dos seis princpios anteriores.

    Os pontos de massagem e acupuntura, assim como todos os outros tratamentos da medicinachinesa, tambm agem especificamente sobre a natureza e a economia dos processos corporais. Assim,podemos atuar com a inteno de dissipar ou promover e calor ou frio do corpo ou tonificar ou sedar asua energia de acordo com a escolha dos pontos e o uso de tcnica de massagem especfica para o fimdesejado. Tal combinao de pontos e tcnicas ser abordada nos captulos seguintes.

    Nos diagramas a seguir h aspectos importantes para a diferenciao dessas sndromes, seussinais e sintomas, suas etiologias e seus princpios de tratamento, considerando a sua localizao,natureza, economia e os aspectos Yin/Yang.

    TRS AQUECEDORES

    Superior (energia do ar) Mdio (energia do

    aparelho digestrio) Inferior (energia

    primordial)

    Atividade Prtica: Tcnicas de presses e sua relao com os trs aquecedores.

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    QUESTIONRIO DE MEDICINA TRADICIONAL CHINESAParte 1

    1) O que Universo Absoluto? Explique.2) O que Universo Relativo? Explique.3) Explique e exemplifique as quatro propriedades existentes entre o YIN e YANG:

    a) Oposio:b) Interdependncia: c) Interconsumo/crescimento: d) Intertransformao:

    4) Explique o mecanismo de regulao do Yin/Yang:5) O que chi e qual sua importncia6) Quais so o trs tesouros e de onde provm sua respectiva energia?7) Quais so e para que servem os Trs Aquecedores? Quais suas respectivaslocalizaes? De onde provem sua energia?

    Parte 2

    8) O que so meridianos?9) Quantos so os meridianos que existem no corpo humano? Cite seus respectivosnomes.10)O que so acuopontos de massagem ou pontos de acuopressura?11)Quais so os rgos Zang/Fu?12)Quais so os cinco elementos? Cite seus principais fenmenos.

    Parte 3

    13)Explique sobre o ciclo de criao/gerao?

    14)Explique sobre o ciclo de restrio/dominao?15)Como possvel proceder nos seguintes casos:a) Pulmo em excesso.b) Intestino delgado em excesso.c) Fgado em deficincia.d) Estmago em deficincia.e) Intestino grosso em deficincia.f) Corao em excesso.g) Bao em excesso.h) Vescula Biliar em excesso.

    16)Fale um pouco sobre cada elemento evidenciando caractersticas psicolgicas em

    caso de equilbrio, excesso e deficincia.

    Trabalho sobre os Meridianos( Baseado no mapa de meridianos)

    Desenhe o corpo humano em folha de ofcio na vista anterior, posterior e lateral.* possvel desenhar em uma boneca de plstico.


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