21
ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Universidade Do Minho A.1.a. Outras Instituições de Ensino Superior / Entidades Instituidoras: A.2. Unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.): Escola De Ciências (UM) A.3. Ciclo de estudos: Optometria e Ciências da Visão A.4. Grau: Licenciado A.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data): <sem resposta> A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos: Optometria e Ciências da Visão A.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF): 725 A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: <sem resposta> A.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: <sem resposta> A.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau: 180 A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março): 6 semestres lectivos A.10. Número de vagas aprovado no último ano lectivo: 60 Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em Funcionamento Pergunta A.11 A.11.1.1. Condições de acesso e ingresso, incluindo normas regulamentares Existem, são adequadas e cumprem os requisitos legais A.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas. A prova de Biologia e Geologia é obrigatória. A.11.2.1. Designação pág. 1 de 21

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

  • Upload
    buikiet

  • View
    223

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAECaracterização do ciclo de estudosPerguntas A.1 a A.10

A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora:Universidade Do MinhoA.1.a. Outras Instituições de Ensino Superior / Entidades Instituidoras:

A.2. Unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.):Escola De Ciências (UM)A.3. Ciclo de estudos:Optometria e Ciências da VisãoA.4. Grau:LicenciadoA.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data):<sem resposta>A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos:Optometria e Ciências da VisãoA.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF):725A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF), se aplicável:<sem resposta>A.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável:<sem resposta>A.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau:180A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março):6 semestres lectivosA.10. Número de vagas aprovado no último ano lectivo:60

Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em FuncionamentoPergunta A.11

A.11.1.1. Condições de acesso e ingresso, incluindo normas regulamentaresExistem, são adequadas e cumprem os requisitos legaisA.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

A prova de Biologia e Geologia é obrigatória.

A.11.2.1. Designação

pág. 1 de 21

Page 2: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEÉ adequadaA.11.2.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

Nada a assinalar

A.11.3.1. Estrutura curricular e plano de estudosSatisfaz as condições legaisA.11.3.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

Nada a assinalar

A.11.4.1 Docente(s) responsável(eis) pela coordenação da implementação do ciclo de estudosFoi indicado e tem o perfil adequadoA.11.4.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

• CV do coordenador e sua experiência como docente, organizador e dinamizador do funcionamentodo 1º ciclo.

• Reconhecimento consensual nos vários grupos de alunos com quem se contactou.

Pergunta A.12

A.12.1. Existem locais de estágio e/ou formação em serviço.Não aplicávelA.12.2. São indicados recursos próprios da instituição para acompanhar os seus estudantes noperíodo de estágio e/ou formação em serviço.Não aplicávelA.12.3. Existem mecanismos para assegurar a qualidade dos estágios e períodos de formação emserviço dos estudantes.Não aplicávelA.12.4. São indicados orientadores cooperantes do estágio ou formação em serviço, em número equalificações adequadas (para ciclos de estudos de formação de professores).Não aplicávelA.12.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

O 1º ciclo não inclui Estágio ou unidade curricular equivalente.

A.12.6. Pontos Fortes.

Nada a indicarA.12.7. Recomendações de melhoria.

• A possibilidade de ser incluído um estágio no final do 1º ciclo pode colocar-se no contexto dasrecomendações de revisão curricular da CAE - e que vão para além das propostas de alteraçãosubmetidas - se a Coordenação considerar que tal estágio é exequível e necessário para reforçar apráctica clínica dos quasi-licenciados.

• Releva-se que estes devem poder iniciar a sua profissão no final do 1º ciclo e que se trata de umaformação no âmbito das "tecnologias de diagnóstico e terapeuticas" onde é normal existir um estágiocurricular (embora tipicamente em formatos que não são, estritamente, de 3 anos).

pág. 2 de 21

Page 3: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE

1. Objectivos gerais do ciclo de estudos1.1. Os objectivos gerais definidos para o ciclo de estudos foram formulados de forma clara.Em parte1.2. Os objectivos definidos são coerentes com a missão e a estratégia da instituição.Sim1.3. Os docentes envolvidos no ciclo de estudos, bem como os estudantes, conhecem os objectivosdefinidos.Sim1.4. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• Não foram explicitados objectivos específicos que dêem consistência a uma saída no fim do 1º ciclo.Com efeito, todos parecem assumir que a capacitação para o exercício da profissão depende de um2º ciclo, o que não é conforme ao espírito de Bolonha.

• Todavia, não estão criadas condições para que se possa imaginar um mestrado integrado oumesmo um 1º ciclo de 4 anos, apesar de se tratar de uma formação que se intera nas tecnologias dediagnóstico e terapeutica e de ocorrerem diversos casos de CE desta família com duração superior a3 anos, por se tratar de tecnologias da saúde que envolvem contacto efectivo com o utente. Comefeito, um licenciado lançado para o mercado de trabalho e em contacto com um utente, tem desentir segurança profissional que só um periodo muito mais extenso de práctica clínica podeassegurar e que, reconhece-se, não é fácil de garantir num CE de 3 anos.1.5. Pontos Fortes.

• Clara noção das competências transversais e solidez necessárias para tornar robusta a formaçãode um optometrista.

• Orientação objectiva no sentido de promover o melhor desempenho visual a partir doelemento/instrumento externo, com clara diferenciação da zona de intervenção orgânica que é porexcelência o domínio da Oftalmologia.

• Capacidade de diagnóstico sobre se a intervenção correctiva do desempenho visual se situa nodomínio de competências da optometria ou se já requere intervenção oftalmológica.

1.6. Recomendações de melhoria.

• Construção de uma visão da Optometria minimamente consensual para os próximos 10-15 anos, àluz da qual se identifiquem objectivos claros e diferenciados para os dois ciclos – logo para este 1ºciclo - em correspondência com os cenários profissionais previsíveis.

• Reorganização curricular que garanta percursos de saída e inserção profissional explicitados ediferenciados relativamente a formações subsequentes de pós-graduação, em particularsalvaguardando um nível de prática clínica, eventualmente complementada por actividades decarácter semi-curricular, compatíveis com a aquisição de níveis de confiança para interacçãoautónoma com o utilizador/paciente.

2. Organização interna e mecanismos de garantia da

pág. 3 de 21

Page 4: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE

qualidade2.1. Organização Interna

2.1.1. Existe uma estrutura organizacional adequada responsável pelos processos relativos ao ciclode estudos.Sim2.1.2. Existem formas de assegurar a participação activa de docentes e estudantes nos processos detomada de decisão que afectam o processo de ensino/aprendizagem e a sua qualidade.Sim2.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• Existe uma estrutura específica para a direcção e gestão das atividades de ensino e aprendizagemda licenciatura

• Os docentes e os estudantes participam nos órgãos de gestão pedagógica a nível de curso(Comissão de Curso), de Unidade Orgânica (Conselho Pedagógico) e da Universidade (SenadoAcadémico)

• Reuniões com os estudantes e com os docentes

2.1.4. Pontos Fortes.

• Fluidez na transmissão de informação e intervenção eficaz da coordenação.

• A intervenção dos estudantes parece particularmente eficaz, bem como a sensibilidade ecompetência do Coordenador e dos docentes mais directamente envolvidos.

• Excelente coordenação na equipa de optometria, com particular destaque para os que exercem ouexerceram já funções de coordenação, garantindo continuidade e evolução das practicas de gestãodo CE e manutenção da coesão dos grupos de estudantes.

2.1.5. Recomendações de melhoria.

• A informação inicial recebida relativamente à componente dos inquéritos pedagógicos era algoambígua e só foi possível clarificá-la após intervenção do presidente do CP. Para garantir aexistência de seriedade no preenchimento dos inquéritos pelos alunos será necessário demonstrarque acções de correcção futuras decorreram de posições manifestadas pelos estudantes em taisinquéritos.De facto, só assim, podem os docentes receber informação credível sobre ofuncionamento individual de UC's.

• Por outro lado, reconhece-se que com a organização eficaz dos alunos, o problema é minorado pelorelativamente reduzido número de estudantes por ano, o que é corroborado directamente pelosestudantes.

2.2. Garantia da Qualidade

2.2.1. Foram definidos mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos.Sim2.2.2. Foi designado um responsável pelo planeamento e implementação dos mecanismos de

pág. 4 de 21

Page 5: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEgarantia da qualidade.Sim2.2.3. Existem procedimentos para a recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódicado ciclo de estudos.Sim2.2.4. Existem formas de avaliação periódica das qualificações e competências dos docentes para odesempenho das suaus funções.Sim2.2.5. Os resultados das avaliações do ciclo de estudos são discutidos por todos os interessados eutilizados na definição de acções de melhoria.Sim2.2.6. O ciclo de estudos já foi anteriormente avaliado/acreditado.Não2.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.• A Universidade adoptou um sistema integrado para a garantia interna da qualidade (SIGAQ-UM)que contempla várias vertentes: estudantes, docentes, unidades curriculares, cursos, serviços deapoio ao ensino, sucesso escolar e empregabilidade. A coordenação estratégica deste sistemacompete à sua Comissão de Acompanhamento, que integra representantes das unidades orgânicas,dos serviços e dos estudantes. De referir que o representante de cada Unidade Orgânica nestaComissão funciona como elemento de ligação e promotor da qualidade na sua Unidade, emarticulação com o respectivo Conselho Pedagógico.

• Este sistema de qualidade sendo horizontal à UM não parece estar preparado para gerarindicadores por curso. O sistema tem certamente limitações na componente de feedback dosestudantes (pelo menos em Optometria) que podem ser compensados (em cursos pequenos) comoutros mecanismos "locais", mas que exigem um enorme esforço da coordenação.

2.2.8. Pontos Fortes.

• Todos reconhecem que a informação flui e é utilizada pela coordenação e docentes, apesar dainexistência de inquéritos pedagógicos credíveis e do peso global do sistema de qualidade geral.

2.2.9. Recomendações de melhoria.

• Num CE com saídas profissionais inequívocas e numa área onde a oferta é reduzida, recomenda-seque se imaginem indicadores de qualidade específicos para o CE, que possam demonstrar àsociedade evidências relevantes para a atracção de alunos e, sobretudo, faça com que aUniversidade seja inequivocamente reconhecida como autoridade em matéria de qualidadeformativa, designadamente em matérias de regulamentação da profissão associada a este CE.

• Da leitura do guião resulta, aqui e ali, a noção de que o sistema montado para garantir que todosinformam e todos participam é pesado e, consequentemente, falível. A Comissão não pode avaliar emdetalhe este aspecto, mas não pode deixar de o relevar.

3. Recursos materiais e parcerias3.1. Recursos materiais

3.1.1. O ciclo de estudos possui as instalações físicas necessárias ao cumprimento sustentado dosobjectivos estabelecidos.

pág. 5 de 21

Page 6: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAESim3.1.2. O ciclo de estudos possui os equipamentos didácticos e científicos e os materiais necessáriosao cumprimento sustentado dos objectivos estabelecidos.Sim3.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• Lista de equipamentos disponíveis para suporte ao ensino

• Visita às instalações e conversas com os docentes mais directamente envolvidos

• Os estudantes, que intervém muito na logística dos laboratórios (constituição de turnos)queixam-se que o excesso de turnos e a sua dimensão constituem efectivas limitações para o acessoaos laboratórios nas situações de auto-aprendizagem. Esta matéria prende-se com o pedido deredução do número de vagas no 1º ano.

3.1.4. Pontos Fortes.

• Forte intervenção dos alunos na logística dos laboratórios (turnos) e eficácia na ligação com osdocentes para resolução de problemas.

• Boas instalações laboratoriais, incluindo equipamentos específicos, um conjunto significativoobtido no âmbito de colaborações com empresas do domínio da optometria.

3.1.5. Recomendações de melhoria.

• Não estando em causa a qualidade dos equipamentos, está em causa a sua disponibilidade face aonúmero de alunos. Por esta razão, a Comissão concorda com a redução do número de vagas no 1ºano, para aliviar a pressão nos laboratórios e, consequentemente, melhorar a qualidade da formaçãoprática e clínica.

• Ter em atenção a necessidade de ampliação de espaços laboratoriais caso se pretenda reforçar osque existem dirigidos a actividades de auto-aprendizagem.

• Os esforços no sentido de obter o apoio da indústria para reforçar o parque de instrumentos devemconstituir um objectivo permanente, até porque a área da Optometria, sendo de progressotecnológico rápido, obriga à actualização constante desses equipamentos para que a Universidadeconsiga cumprir adequadamente a sua missão de gerar quadros qualificados neste domínio.

3.2. Parcerias

3.2.1. O ciclo de estudos estabeleceu e tem consolidada uma rede de parceiros internacionais.Não3.2.2. O ciclo de estudos promove colaborações com outros ciclos de estudo dentro da suainstituição, bem como com outras instituições de ensino superior nacionais.Em parte3.2.3. Existem procedimentos definidos para promover a cooperação interinstitucional no ciclo deestudos.Não3.2.4. Existe uma prática de relacionamento do ciclo de estudos com o seu meio envolvente,

pág. 6 de 21

Page 7: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEincluindo o tecido empresarial e o sector público.Sim3.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• A internacionalização é um objectivo estratégico, mas não tem ainda plano de acção.

• A cooperação com o 2º ciclo em optometria é total, e a coordenação (através dos doiscoordenadores) é praticada como se os dois cursos constituíssem uma única realidade, através dosdois coordenadores.

• A cooperação com outros cursos da área da saúde parece inexistente, tendo todavia um enormepotencial para reforçar a cultura dos estudantes nesta área.

• Vontade de reforçar a colaboração com a outra Universidade Portuguesa que oferece formação emOptometria. Já existe (pouco formalizada) ao nível da I&D. Esta estratégia é apoiada pelaUniversidade.

• A UM realizou uma reunião com a comunidade local para promover colaborações; 8 instituiçõescompareceram, com resultados muito positivos.

• Relação próxima com empresas de ex-estudantes, disponibilidade dos docentes paraacompanhamento de diplomados quando procuram a UM para ajuda em situaçõestécnicas/tecnológicas.

3.2.6. Pontos Fortes.

• Envolvimento deste CE na comunidade local e com a indústria (nacional) do sector.

• Conhecimento e reconhecimento da comunidade de interesses relativamente à outra UniversidadePortuguesa que oferece formação em Optometria, com participação de docentes de ambas asuniversidades em projectos conjuntos de I&D.

• Relação muito próxima com empresas associadas a antigos estudantes, que também decorre dadisponibilidade muito salientada do corpo docente para o acompanhamento de diplomados que seencontram no mercado de trabalho/promoveram iniciativas empresariais e que procuram a Escola nocontexto de situações técnicas e de tecnologias para as quais necessitam de orientação.

3.2.7. Recomendações de melhoria.• Objectivar a cooperação com a outra instituição universitária Portuguesa que proporcionaformação em Optometria: I&D, iniciativas académicas, reconhecimento de créditos, "partilha" dedocentes em áreas de fragilidade, alinhamento com recomendações internacionais, certificações,posições em matérias de qualidade formativa e de regulamentação.

• Embora a sensibilização da Escola de Ciências e do Dep. de Física para a saúde seja real,recomenda-se algum tipo de envolvimento da Escola de Ciências da Saúde, por exemplo, através dapertença de um dos seus docentes numa Comissão de Coordenação conjunta dos dois ciclos deestudo.

• Parcerias para a internacionalização (a reforçar, mas não de forma casuística) deverão serbaseadas em objectivos estruturantes, tais como os alinhamentos com recomendações doWCO/European Academy of Optometry, montagem de processos internos para a certificação

pág. 7 de 21

Page 8: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEinternacional dos cursos de optometria e certificação individual dos seus graduados.

4. Pessoal docente e não docente4.1. Pessoal Docente

4.1.1. O corpo docente cumpre os requisitos legais.Em parte4.1.2. Os membros do corpo docente (em tempo integral ou parcial) têm a competência académica eexperiência de ensino adequadas aos objectivos do ciclo de estudos.Sim4.1.3. O número e o regime de trabalho dos membros do pessoal docente correspondem àsnecessidades do ciclo de estudos.Sim4.1.4. É definida a carga horária do pessoal docente e a sua afectação a actividades de ensino,investigação e administrativas.Sim4.1.5. O corpo docente em tempo integral assegura a grande maioria do serviço docente.Sim4.1.6. A maioria dos docentes mantém a sua ligação ao ciclo de estudos por um período superior atrês anos.Sim4.1.7. Existem procedimentos para avaliação da competência e do desempenho dos docentes do ciclode estudos.Sim4.1.8. É promovida a mobilidade do pessoal docente, quer entre instituições nacionais, querinternacionais.Em parte4.1.9. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• Informação curricular relativa ao corpo docente

• Qualificação e estabilidade do corpo docente

• Processo de avaliação docente bem estabelecido

• Discussão relativa aos objectivos do CE e consequente necessidade de revisão curricular, que temimpacto sobre o corpo docente.

4.1.10. Pontos Fortes.

• Acentuada motivação dos docentes especializados em optometria, que assumem convictamentecomo sua missão o progresso desta área de conhecimento.

• Acentuada empatia dos alunos com o corpo docente a partir do 3º ano da Licenciatura

• Corpo docente associado a um Departamento de Física que permite ancorar a formação de baseem Optometria em ciências fundamentais partindo daí para uma envolvência de ciências da saúde,uma abordagem particularmente adequada para o desenvolvimento de instrumentação emoptometria.

pág. 8 de 21

Page 9: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE4.1.11. Recomendações de melhoria.

Com uma revisão curricular que reforce significativamente a componente de práctica clínica dosalunos, e antecipe mais disciplinas de optometria, óptica e visão, devem ficar manifestas algumasfragilidades do corpor docente que têm de ser colmatadas. Nestes termos, é necessário associar aoCE mais profissionais de optometria com funções docentes, aumentando os níveis de confiança dosalunos e reduzindo a carga horária média dos docentes que têm assegurado os dois ciclos de estudo,que em caso algum deverão ultrapassar os máximos legais, não devendo exceder ainda os valoresmédios no departamento de física.

Melhor articulação na dinâmica do curso das Unidades Curriculares leccionadas por docentes daEscola de Saúde.

4.2. Pessoal Não Docente

4.2.1. O pessoal não docente tem a competência profissional e técnica adequada ao apoio àleccionação do ciclo de estudos.Em parte4.2.2. O número e o regime de trabalho do pessoal não docente correspondem às necessidades dociclo de estudos.Em parte4.2.3. O desempenho do pessoal não docente é avaliado periodicamente.Sim4.2.4. O pessoal não docente é aconselhado a frequentar cursos de formação avançada ou deformação contínua.Em parte4.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• Não existe nenhum técnico de óptica ocular não optometrista que assegure a gestão doslaboratórios desta área específica, e apoie e facilite a apreensão das componentes estritamentetécnicas dos processos ópticos e optométricos.

• A manutenção geral dos sistemas (mecânica e electricidade, outros) é transversal, mas não incidesobre a componente óptica / optométrica.

• Os demais elementos do PND pertencem aos serviços centrais da UM e aplicam os procedimentosgerais da universidade.

• As regras de avaliação e de evolução profissional são as habituais do Estado e totalmenteirrelevantes para os efeitos da vida da universidade e dos seus estudantes.

4.2.6. Pontos Fortes.

Não foram detectadas características que possam ser identificadas como pontos fortes.4.2.7. Recomendações de melhoria.•Recomenda-se a existência de um ou dois técnicos de óptica ocular / óptica que possamdesempenhar funções gerais de apoio e gestão dos laboratórios específicos, desviando essa cargados docentes. O problema vai agravar-se logo que seja intensificada a práctica clínica, mesmo que seproceda a uma diminuição do número de vagas.

pág. 9 de 21

Page 10: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE

5. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem5.1. Caracterização dos estudantes

5.1.1. Existe uma caracterização geral dos estudantes envolvidos no ciclo de estudos, incluindo o seugénero, idade, região de proveniência e origem sócio-económica (escolaridade e situaçãoprofissional dos pais).Sim5.1.2. Verifica-se uma procura do ciclo de estudos por parte dos potenciais estudantes ao longo dosúltimos 3 anos.Sim5.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• Informação disponibilizada sobre a percentagem de estudantes masculinos (22%) e femininos (78%)

• Informação recebida dos empregadores, dos alunos e ex-alunos.

• A procura diminuiu em 2014/15, mas as causas devem relacionar-se com as dificuldadeseconómicas das famílias, pois a empregabilidade mantém-se, a nível nacional.

• Não foi disponibilizada caracterização dos estudantes, designadamente geográfica e social,específica para este ciclo de estudos.

5.1.4. Pontos Fortes.

• Interiorização por parte dos estudantes que se encontram num curso que proporciona algo quehoje em dia é muito pouco frequente em Portugal, nomeadamente uma elevada empregabilidade aosseus diplomados. Essa percepção induz uma acentuada motivação e satisfação no processo deaprendizagem, a qual é horizontal, isto é, manifesta-se de igual forma nos estudantes que colocaramo curso Optometria em 1º opção e naqueles que não o fizeram. Esta característica poderá explicar apercentagem residual de estudantes que manifestam vontade de mudar de curso.

• Diplomados com espírito empreendedor e demonstrando resiliência a todo um conjunto desituações que decorre da ausência de regulamentação em Portugal da actividade em Optometria.

5.1.5. Recomendações de melhoria.

• Os dados de caracterização dos estudantes deveriam ser discriminados por CE e correlacionadoscom indicadores de desempenho académico - relevantes pois esta formação está concentrada emduas universidades duas públicas e numa IES privada, e ser importante identificar as respectivas"bacias de atracção" de estudantes, para além de outras correlações, designadamente com odesempenho escolar nos primeiros anos.

5.2. Ambiente de Ensino/Aprendizagem

5.2.1. São tomadas medidas adequadas para o apoio pedagógico e o aconselhamento sobre opercurso académico dos estudantes.Sim5.2.2. São tomadas medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica.

pág. 10 de 21

Page 11: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAESim5.2.3. Existe aconselhamento dos estudantes sobre a possibilidade de financiamento e de emprego.Sim5.2.4. Os resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes são usados para melhorar o processode ensino/aprendizagem.Em parte5.2.5. A instituição cria condições para promover a mobilidade dos estudantes.Em parte5.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• A informação do guião refere-se aos procedimentos gerais da Universidade, sem concretizaçãopara a área deste CE. A informação foi colmatada através das reuniões.

• Tratando-se de um curso com um número reduzido de estudantes, todos se conhecem e os canaisinformativos informais funcionam, mesmo em termos personalizados.

• Muitos estudantes estão associados a casas de óptica, e vão entrando em contacto com diversosaspectos da profissão.

• Apoio Erasmus existe, mas não é praticado pelos estudantes, porventura por razões económicas oude familiaridade com o idioma.

• Os inquéritos aos estudantes existem formalmente, mas o seu conteúdo é desvalorizado por serempreenchidos de forma "desmotivada". Ao invés, os canais informativos estão bem asseguradosatravés das estruturas de comissões de curso, não só ao nível de questões colectivas mas também aonível de disciplinas e docentes. Esta informação substitui os inquéritos, e todos parecem estar deacordo com ela.

5.2.7. Pontos Fortes.

Das reuniões efectuadas emergiu um padrão que se associa a uma envolvência de ensino e deaprendizagem que se poderá qualificar de estimulante a qual decorre da conjugação de dois factores:

i) estudantes motivados, mesmo que à entrada do curso isso possa não acontecer, motivação essaque se expressa por uma evidente satisfação por estarem a receber uma formação que lhesproporciona uma quase garantida empregabilidade, particularmente se optarem por prosseguirestudos ao nível de mestrado;

ii) corpo docente em optometria de qualidade, com espírito de grupo e de missão, e comsensibilidade para sintonizar e amplificar a motivação dos estudantes.

5.2.8. Recomendações de melhoria.Inquéritos:

As taxas de resposta dos alunos de optometria são superiores à da escola de ciências, e as desta à dauniversidade. O que foi reportado é que os alunos vão tomando conhecimento de que muitas dassugestões até são implementadas posteriormente, mas não entendem que uma dada alteração noano n tenha decorrido de sugestões feitas no ano n-1. Recomenda-se que a coordenação presteparticular atenção a esta matéria e lhe dê visibilidade, independentemente do tratamentocentralizado dos dados do inquérito pelo gabinete de qualidade da UM.

pág. 11 de 21

Page 12: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE

6. Processos6.1. Objectivos de Ensino, Estrutura Curricular e Plano de Estudos

6.1.1. Estão definidos os objectivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) adesenvolver pelos estudantes e foram operacionalizados os objectivos permitindo a medição do graude cumprimento.Sim6.1.2. A estrutura curricular corresponde aos princípios do Processo de Bolonha.Em parte6.1.3. Existe um sistema de revisão curricular periódica que assegura a actualização científica e demétodos de trabalho.Não6.1.4. O plano de estudos garante a integração dos estudantes na investigação científica.Em parte6.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.• Identificação das competências genéricas/transversais a serem adquiridas pelos estudantes denatureza instrumental, interpessoal, sistémica e específica.

• Reuniões com os coordenadores.

• Como referido em "Objectivos", este Ciclo de Estudos não se assume plenamente como"independente" de uma formação pós-graduada posterior, com um canal autónomo de saídaprofissional. Neste sentido, as competências de aprendizagem são definidas na vertentetransversal/genérica, e as competências específicas de forma muito genérica, sem relação com, porexemplo, as competências do modelo do World Council of Optometry.

• A integração dos estudantes em actividades de I&D, ao nível de um 1º ciclo está naturalmentelimitada, não só nos domínios da instrumentação e tecnologia como também das ciências da visão.

6.1.6. Pontos Fortes.

• Formação de base a partir das ciências físicas, proporcionando estrutura mental e competênciasde suporte à formação específica.

• Corpo docente ciente da relativa fragilidade da saída no fim da licenciatura no contexto deBolonha e do actual plano de estudos, procurando nos limites da sua capacidade de manobra planoscorrectivos desta situação que preserve o que distingue a formação universitária.

6.1.7. Recomendações de melhoria.Inserindo-se a actividade de Optometria no domínio da saúde, com interacção com opúblico/paciente após a licenciatura, a Comissão recomenda:

• Tem de ser reforçada a componente de práctica clínica;

• A Comissão apoia a redução do número de entradas (60 --> 45), aumentando a extensão da práticaclínica;

• Deve ser antecipado o contacto dos alunos com disciplinas específicas de óptica /Optometria;

pág. 12 de 21

Page 13: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE• Personalizar as disciplinas de formação geral para o CE e reposicioná-las no 2º e 3º anos,antecipando temas de óptica, visão ou optometria. Os alunos têm de sentir, desde o início (e não sóno 3º ano) que a sua capacitação profissional está nas mãos de cientistas e de profissionaisqualificados.

• Alinhamento com os conceitos do modelo da WCO, "A global competency-based model of scope ofpractice in optometry" (Agosto, 2015).

A Comissão alerta para as áreas de gestão e empreendedorismo, dado o futuro enquadramentoempresarial da maior parte dos licenciados.

6.2. Organização das Unidades Curriculares

6.2.1. São definidos os objectivos da aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) que osestudantes deverão desenvolver em cada unidade curricular.Sim6.2.2. Existe coerência entre os conteúdos programáticos e os objectivos de cada unidade curricular.Sim6.2.3. Existe coerência entre as metodologias de ensino e os objectivos de cada unidade curricular.Sim6.2.4. Existem mecanismos para assegurar a coordenação entre as unidades curriculares e os seusconteúdos.Sim6.2.5. Os objectivos de cada unidade curricular são divulgados entre os docentes e os estudantes.Sim6.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• Sinopses das unidades curriculares

• Conversas com os coordenadores.

6.2.7. Pontos Fortes.

• Manifesta solidez científica das UC's incluídas no guião

• O conjunto de UC's é equilibrado e a sua descrição é homogénea e não levanta questões relevantes.

6.2.8. Recomendações de melhoria.

Consoante a forma como a UM decidir reforçar a experiência clínica dos estudantes deste CE -criação de uma Clínica, extensão significativa da actividade do actual Gabinete de Optometria,estágios em instituições qualificadas, outros - assim as alterações que terão de ser introduzidas emcertos objectivos ou metodologias de ensino de algumas das UC's.

6.3. Metodologias de Ensino/Aprendizagem

6.3.1. As metodologias de ensino e as didácticas estão adaptadas aos objectivos de aprendizagemdas unidades curriculares.

pág. 13 de 21

Page 14: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAESim6.3.2. A carga média de trabalho necessária aos estudantes corresponde ao estimado em ECTS.Sim6.3.3. A avaliação da aprendizagem dos estudantes é feita em função dos objectivos da unidadecurricular.Sim6.3.4. As metodologias de ensino facilitam a participação dos estudantes em actividades científicas.Em parte6.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• As metodologias de ensino e as didácticas estão adaptadas aos objectivos de aprendizagem dasUC's, mas, sobretudo nas disciplinas de suporte, não necessariamente aos objectivos de saídaprofissional no fim do CE.

• Também pela limitação temporal do CE, o contacto com actividade de investigação edesenvolvimento revela-se inexistente ou residual.

6.3.6. Pontos Fortes.

A abordagem à Optometria a partir da envolvência de um Departamento de Física, que se expressano modo como o ensino/aprendizagem se desenvolve nas unidades curriculares de formaçãotransversal em ciências físicas o que, em princípio, permite ao estudante adquirir competências eníveis de confiança que tornam fluida a aquisição de conhecimentos em tópicos específicos daoptometria, incluindo prática clínica.

6.3.7. Recomendações de melhoria.

Na sequência desta avaliação, recomenda-se um processo de:

1. clarificação de objectivos do CE

2. revisão do plano de estudos

3. afinação do conteúdo e das metodologias de diversas UC's

4. intensificação da prática clínica (nas UC's de Optometria)

7. Resultados7.1. Resultados Académicos

7.1.1. O sucesso académico da população discente é efectivo e facilmente mensurável.Em parte7.1.2. O sucesso académico é semelhante para as diferentes áreas científicas e respectivas unidadescurriculares.Não7.1.3. Os resultados da monitorização do sucesso escolar são utilizados para a definição de acçõesde melhoria no mesmo.Em parte7.1.4. Não há evidência de dificuldades de empregabilidade dos graduados.

pág. 14 de 21

Page 15: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAESim7.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.• Um número muito significativo acaba o 1º ciclo em 4 anos. O insucesso em disciplinas de base dealguma forma se propaga para os anos seguintes do CE, por razões que devem ser bem entendidas.

• As disciplinas de base são dadas a diversos cursos (não são "personalizadas" à Optometria) o que,combinado com a deficiente formação à entrada dos alunos, está na base dos indicadores deeficiência formativa (ver guião, 7.1.1).

• Empregabilidade elevada. Empregadores cientes das diferenças de competência entre licenciadose mestres. Na indústria, há tendência para não recrutar licenciados: as funções exigem experiência econhecimento do mercado que um licenciado não tem.

• Um número significativo dos alunos, durante as reuniões, disse querer continuar para mestrado,embora muitos tivessem, à entrada, desejado sair no final do 1º ciclo. Estes dados não se podemgeneralizar, mas a gestão de espectativas e de decisões carece de monitorização (geração deindicadores por CE.)

7.1.6. Pontos Fortes.

• No contexto de Bolonha, um indicador que permite perceber a adequação da formação numdeterminado domínio às necessidades da Sociedade situa-se na aferição do nível de empregabilidadenos diplomados de 1º ciclo. E aqui a Optometria destaca-se de sobremaneira, já que os seuslicenciados têm uma empregabilidade muito elevada.

• Considerando a empregabilidade dos licenciados como uma das componentes do resultadoacadémico, sem dúvida que essa empregabilidade é um dos seus pontos forte.

• Relação entre alunos e docentes é muito forte mas apenas a partir do 3º ano, em que os alunosreconhecem que podem confiar nos "seus" docentes" - este sentimento já se vislumbra um pouco no2º ano.

7.1.7. Recomendações de melhoria.

• Personalização das disciplinas de base ao curso e monitorização individualizada do progresso /insucesso dos alunos

• Monitorização das espectativas dos alunos ao longo do 1º ciclo (saída / continuação para 2º ciclo)

7.2. Resultados da actividade científica, tecnológica e artística

7.2.1. Existem Centro(s) de Investigação reconhecido(s), na área científica do ciclo de estudos ondeos docentes desenvolvam a sua actividade.Sim7.2.2. Existem publicações científicas do corpo docente do ciclo de estudos em revistasinternacionais com revisão por pares, nos últimos 3 anos e na área do ciclo de estudos.Sim7.2.3. Existem outras publicações científicas relevantes do corpo docente do ciclo de estudos.Sim

pág. 15 de 21

Page 16: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE7.2.4. As actividades científicas, tecnológicas e artísticas têm uma valorização e impacto nodesenvolvimento económico.Em parte7.2.5. As actividades científica, tecnológica e artística estão integradas em projectos e/ou parceriasnacionais e internacionais.Em parte7.2.6. Os resultados da monitorização das actividades científica, tecnológica e artística são usadospara a sua melhoria.Em parte7.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• Identificação das Unidades de Investigação com actividade que intersecta o domínio da Optometria

• Informação relativa aos elementos do corpo docente envolvidos em projectos de I&D nacionais einternacionais

• Listas de publicações e de dissertações de mestrado realizadas

• Número significativo de alunos que referem as oportunidades de associação a projectos deinvestigação.

• O número de projectos de I&D de ciências da visão e de optometria é reduzido.

• A classificação do Centro de Física foi drasticamente reduzida no último exercício de avaliação daFCT.

7.2.8. Pontos Fortes.

• A realidade da I&D no departamento de Física da UM é, reconhecidamente, excelente.

• São referidos 5 projectos, basicamente FCT, orientados para temáticas específicas de optometria.

• Laboratórios de investigação com uma dinâmica interessante no contexto do funcionamento doPrograma Doutoral em Optometria que se iniciou no ano lectivo 2012/2013.

7.2.9. Recomendações de melhoria.• A licenciatura em Optometria funciona no contexto de um Departamento de Física reconhecidocomo um dos mais activos do País, particularmente no que respeita à investigação. A secção deOptometria do Departamento insere-se nesta realidade, que intrinsecamente favorece actividade deI&D em Optometria no domínio da instrumentação. Sendo certo que a grande maioria dosestudantes têm a perspectiva de se profissionalizar em Optometria segundo a vertente clínica, averdade é que foram identificados alguns que manifestaram interesse em prosseguir estudos eactividade de I&D na área da instrumentação optométrica mas que indicaram desconhecimento dasoportunidades que poderão existir neste âmbito.

• Até porque é a UM a Universidade do País em melhor condições para contemplar esta componenteda Optometria, recomenda-se que essa possibilidade seja comunicada aos estudantes desde uma

pág. 16 de 21

Page 17: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEfase inicial, isto é, no contexto da licenciatura.

7.3. Outros Resultados

7.3.1. No âmbito do presente ciclo de estudos, existem actividades de desenvolvimento tecnológico eartístico, prestação de serviços à comunidade ou formação avançada.Em parte7.3.2. O ciclo de estudos contribui para o desenvolvimento nacional, regional e local, a culturacientífica e a acção cultural, desportiva e artística.Em parte7.3.3. O conteúdo das informações sobre a instituição, o ciclo de estudos e o ensino ministrado sãorealistas.Sim7.3.4. Existe um nível significativo de internacionalização do ciclo de estudos.Não7.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

• São proporcionados elementos que indicam que a Universidade do Minho fomenta a transferência,intercâmbio e valorização do conhecimento científico para o público em geral nos domínios múltiplosem que actua, e assim também na área da Optometria

• Reunião com empregadores, empresas, antigos alunos.

7.3.6. Pontos Fortes.

• Boa ligação à realidade da optometria na região.

• Ex-alunos recorrem aos seus antigos docentes sempre que se confrontam com dificuldadesespecíficas.

• Boa imagem da UM pelas empresas locais e regionais.

7.3.7. Recomendações de melhoria.

A prestação de serviços à comunidade no contexto deste ciclo é residual, situação que pode serinvertida pela operação de uma Clínica de Optometria aberta ao exterior, cuja operação trariatambém benefícios para a aprendizagem dos alunos em contexto real.

8. Observações8.1. Observações:

• A análise global, de natureza mais estratégica do que técnica-administrativa, foi apresentada àUniversidade na reunião final. Foi objecto de consenso na CAE e, na própria reunião, parece ter sidobem aceite por todos os intervenientes. Inclui-se como anexo na secção 8.2.

• A CAE considera tratar-se um documento relevante para as autoridades académicas que poderão,

pág. 17 de 21

Page 18: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEdesta forma, acompanhar a evolução natural (e necessária) deste CE e mesmo, como se recomenda,intervir directamente em questões que transcendem a própria Universidade e que devem serconsensualizados nacionalmente.

• O conteúdo do documento foi polarizado pela forma como os obejctivos do 1º ciclo estavamdefinidos, bem como pela análise SWOT incluída no guião de auto-avaliação. Todos os seuselementos foram ainda contextualizados com base na informação recebida ao longo da visita, comespecial incidência para os estudantes.

• Refira-se, finalmente, que o documento incide sobre a fileira Optometria na UM, e aplica-seportanto ao 1º e ao 2º ciclo, e que será fácil entender quais são os comentários aplicáveis apenas aum ou ao outro ciclo, e quais são aqueles que afectam a gestão de ambos, em perspectivas de curto,médio ou longo prazos.

8.2. Observações (PDF, máx. 100kB):8.2._UM - resumo final.pdf

9. Comentários às propostas de acções de melhoria9.1. Objectivos gerais do ciclo de estudos:

Em fase de pronúncia, ficam inquestionavelmente mais bem definidos os objectivos deste ciclo deestudos (em termos gerais, específicos e transversais), pressuposto da evolução do plano de estudose, sobretudo, condição necessária para melhorar o exercício profissional autónomo já no fim do ciclode estudos, de acordo com o critério de Bolonha.

9.2. Alterações à estrutura curricular:

As alterações propostas à estrutura curricular decorrem das alterações ao Plano de Estudossintetizadas na secção 10.1.1 do Guião de Auto-Avaliação, e da informação prestada em fase depronúncia, são todas adequadas e são apoiadas pela Comissão e, esta Comissão considera seremrealizáveis no âmbito deste período de avaliação do CE de modo a entrarem em vigor em 2016-17.

As alterações propostas dão resposta às recomendação em antecipar a formação específica de modoa enfrentar mais facilmente o início da prática profissional no fim do 1º ciclo. É uma medida deaplicação imediata que também reforça o peso da componente clínica da formação. Mais importanteainda, fica agora clara a distinção entre o 1º e o 2º ciclo em optometria, sendo que as alteraçõescurriculares propostas melhoram significativamente a qualidade da formação.

9.3. Alterações ao plano de estudos:

As alterações propostas ao plano de estudos sintetizadas na secção 10.1.1 do Guião deAuto-Avaliação foram complementadas em fase de pronúncia, são todas adequadas e são apoiadaspela Comissão.

Sobre a personalização das UC’s básicas, a UMinho aceitou a recomendação em afinar os conteúdose metodologias de algumas UC’s aos objectivos deste 1º ciclo. A CAE regista o empenho da UMinhoem que esta personalização ocorra já a partir do ano lectivo de 2016-17.

Sobre a criação de uma Clínica de Optometria, o compromisso de criação de uma ClínicaUniversitária é fundamental para cobrir todos os objectivos formativos. É razoável que se tenha

pág. 18 de 21

Page 19: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEcomo objectivo o ano lectivo de 2018-19, associando este compromisso ao curso que se iniciará em2016-17. Este objectivo é reforçado pela introdução de uma UC de Prática Clínica.

9.4. Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade:

Não foram submetidas propostas de alteração pela UM.

9.5. Recursos materiais e parcerias:

#4 - Protocolos de entreajuda para reforço de laboratórios de ensino - Não é preciso qualquerparecer da Comissão para uma medida óbvia...

Quando considerada na sua amplitude a área da Optometria está, em crescendo, associada ainstrumentação complexa que progride muito rapidamente, o que coloca pressão nas instituições doEnsino Superior que proporcionam essa formação, já que o treino dos alunos requer acesso aosequipamentos que encontrarão ao iniciarem a sua actividade profissional.

Os custos económicos associados podem, de algum modo, ser minimizados pela instituição deparcerias com empresas industriais e comerciais que dispõem destes equipamentos, permitindo oseu acesso aos estudantes.

De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentospróprios, pelo que se recomenda a análise de programas de financiamento e, quando adequado,preparação de candidaturas de reequipamento, em particular tirando partido da dinâmicaestabelecida com a constituição do consórcio das Universidades do Norte.

Quanto à interacção com outras universidades públicas, já em fase de pronúncia, esta medida vemexplicitada com bastante detalhe, não só com instituições portuguesas mas também estrangeiras e aComissão acolhe-a com agrado.

9.6. Pessoal docente e não docente:

A proposta apresentada pela UMinho em fase de pronúncia podia ser mais ambiciosa, mas aComissão reconhece o impacto financeiro significativo de tal reforço. A UMinho não especifica seconsiderou a sugestão em contratar um ou dois técnicos para reforçar as condições de manutençãodos laboratórios, necessidade que se irá acentuar devido ao reforço da formação clínica que areorganização curricular contempla.

9.7. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem:

#1 e #2 - Inquéritos pedagógicos. A Comissão discutiu esta matéria com todos os grupos deestudantes com quem contactou. Note-se que as taxas de resposta dos alunos de optometria sãosuperiores à da escola de ciências, e as desta às da UM.

O que foi reportado é que os alunos até vão tomando conhecimento de que muitas das suassugestões são implementadas posteriormente, mas não tomam consciência de que uma dadaalteração no ano n tenha decorrido de sugestões feitas pelos estudantes no ano n-1 ou n-2.

Para além dos aspectos referidos em #2, recomenda-se que a coordenação preste particular atençãoa esta matéria e lhe dê visibilidade, independentemente do tratamento centralizado dos dados do

pág. 19 de 21

Page 20: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEinquérito pelo gabinete de qualidade da UM. Dado o reduzido número de alunos e a eficácia dasorganizações de alunos, a questão poderá evoluir positivamente, embora, certamente, sejavirtualmente impossível garantir 100% de respostas inequivocamente credíveis.

#3 - Optimizar o percurso académico e aumentar o empenho de cada estudante, algo que se entendecomo muito adequado pelo que se recomenda a sua implementação.

#5 - Manutenção do número de vagas - Contrariamente ao que tinha sido solicitado no Guião deAuto-Avaliação – a UMinho prefere agora manter o número de vagas, entrando em conta com o factode que com o reforço do pessoal docente e com a melhor operacionalização da ”Clínica”, a procuraaumentará e que existirão condições para lidar com o número de alunos ao mesmo nível de agora,garantindo formação de qualidade aos estudantes. A CAE considera que esta decisão pode serapoiada desde que os espaços e as condições infra-estruturais o permitam.

A criação de uma Clínica de Optometria constitui um compromisso fundamental para cobrir todos osobjectivos formativos. É razoável que se tenha como objectivo o ano lectivo de 2018-19, associandoeste compromisso ao curso que se inicia em 2016-17. A Comissão não pode deixar de se congratularcom este compromisso.

9.8. Processos:

Não foram submetidas propostas de alteração pela UM.

9.9. Resultados:

Não foram submetidas propostas de alteração pela UM.

10. Conclusões10.1. Recomendação final.O ciclo de estudos deve ser acreditado condicionalmente10.2. Período de acreditação condicional (se aplicável):210.3. Condições (se aplicável):

Uma vez que que a UMinho se compromete a adoptar as medidas adequadas às recomendaçõesiniciais - sendo certo que algumas necessitam de mais tempo mas que muitas podem ser deaplicação imediata - a Comissão apoia de forma positiva o plano proposto pela U. Minho e consideraque o curso deve poder ser acreditado, recomendando-se um relatório anual de implementação dasmedidas propostas.

Todavia, já no prazo de 1 ANO, deve já ser verificado o compromisso de reforço do corpo docente dalicenciatura na área específica da optometria, de modo a cumprir a legislação.

Devem ainda ser acompanhadas, mas num horizonte temporal mais alargado de 2-3 anos, asmedidas tendentes a fazer evoluir o actual "Gabinete" para uma "Clínica de Optometria", parareforçar significativamente a práctica clínica dos estudantes.

10.4. Fundamentação da recomendação:

pág. 20 de 21

Page 21: ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAE · De qualquer forma, esta estratégia de parcerias não invalida a necessidade da UM ter equipamentos próprios, pelo que se recomenda

ACEF/1415/01852 — Relatório final da CAEAs condições anteriores, bem como outras recomendações igualmente relevantes para estalicenciatura, estão inteiramente fundamentadas no documento anexo, na secção 8.2.

O desafio será garantir que as novas ou revistas unidades curriculares sejam desenvolvidas numaabordagem compatível com a missão universitária, afinando todavia objectivos e métodospedagógicos. A Comissão está ciente das dificuldades de concretização, mas considera que, estandoesta formação integrada na área da saúde e dispondo dos cursos de tecnologias de diagnóstico eterapias de um formato que naturalmente contempla um período de estágio para além dos 3 anos,tudo deve ser feito no sentido de reforçar o empenho dos alunos e a adesão à optometria desde oinício do seu percurso universitário. Cremos que a UM não deixará de encontrar uma soluçãoadequada, porventura faseada, mas que cumpra este desiderato.

O enfoque da condução futura deste CE é assim o reforço da componente de práctica clínica. Aexistência de uma Clínica é práctica comum em Espanha e no UK, e a UM é convidada a definir umconceito e um plano de acção adequados.

A revisão curricular deve ir permanentemente reforçando o alinhamento deste CE com asrecomendações do World Council of Optometry e da European Academy of Optometry no sentido de,num outro tempo, analisar a viabilidade de uma certificação do CE, ou o apoio à certificaçãoeuropeia de ex-alunos graduados pela UM.

Este alinhamento progressivo facilitará a mobilidade estudantil (nacional ou internacional) ecertamente será apelativo para os graduados. É uma matéria que, apesar da autonomia da UM,deveria ser harmonizada com iniciativas semelhantes de outras universidades públicas nacionais, nocontexto da defesa da qualidade dos diplomas e, num outro tempo, da regulamentação da profissão,aspecto muito relevante para os licenciados (e também para os graduados de outros ciclos deestudo).

A Comissão intui que a evolução deste CE – e sobretudo a sua articulação com os contextosprofissionais - exigirá que outras definições externas à Universidade ocorram primeiro. AUniversidade portuguesa está em condições de as influenciar desde que actue de uma forma coesa ebem alicerçada nas melhores prácticas e recomendações internacionais, para que a sua opinião sejainquestionável, como garante da qualidade da formação universitária em Portugal.

pág. 21 de 21