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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAE ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAE Caracterização do ciclo de estudos Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora: Instituto Politécnico De Lisboa A.1.a. Outras Instituições de Ensino Superior / Entidades Instituidoras: A.2. Unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.): Escola Superior De Tecnologia Da Saúde De Lisboa A.3. Ciclo de estudos: Ortóptica A.4. Grau: Licenciado A.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data): <sem resposta> A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos: Ortóptica A.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF): 726 A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: n.a A.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável: n.a A.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau: 240 A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março): 4 Anos; 8 Semestres A.10. Número de vagas aprovado no último ano lectivo: 37 Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em Funcionamento Pergunta A.11 A.11.1.1. Condições de acesso e ingresso, incluindo normas regulamentares Existem, são adequadas e cumprem os requisitos legais A.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas. Para aceder ao curso o estudante deverá ter aprovação no exame de acesso nacional às provas de um dos dois seguintes conjuntos: 02 – Biologia e Geologia e (07) Física e Química 02 – Biologia e Geologia e (16) Matemática pág. 1 de 18

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAE

ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAECaracterização do ciclo de estudosPerguntas A.1 a A.10

A.1. Instituição de Ensino Superior / Entidade Instituidora:Instituto Politécnico De LisboaA.1.a. Outras Instituições de Ensino Superior / Entidades Instituidoras:

A.2. Unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.):Escola Superior De Tecnologia Da Saúde De LisboaA.3. Ciclo de estudos:OrtópticaA.4. Grau:LicenciadoA.5. Publicação do plano de estudos em Diário da República (nº e data):<sem resposta>A.6. Área científica predominante do ciclo de estudos:OrtópticaA.7.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF):726A.7.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº 256/2005, 16de Março (CNAEF), se aplicável:n.aA.7.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria nº256/2005, 16 de Março (CNAEF), se aplicável:n.aA.8. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau:240A.9. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 Decreto-Lei 74/2006, de 24 de Março):4 Anos; 8 SemestresA.10. Número de vagas aprovado no último ano lectivo:37

Relatório da CAE - Ciclo de Estudos em FuncionamentoPergunta A.11

A.11.1.1. Condições de acesso e ingresso, incluindo normas regulamentaresExistem, são adequadas e cumprem os requisitos legaisA.11.1.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

Para aceder ao curso o estudante deverá ter aprovação no exame de acesso nacional às provas deum dos dois seguintes conjuntos:

02 – Biologia e Geologia e (07) Física e Química02 – Biologia e Geologia e (16) Matemática

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEA.11.2.1. DesignaçãoÉ adequadaA.11.2.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

A designação é, em abstracto, adequada, mas foi apresentada uma proposta de alteração maisadequada, face à formação em ciências da visão em Portugal, nos vários ciclos de estudo.A.11.3.1. Estrutura curricular e plano de estudosSatisfaz as condições legaisA.11.3.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

Informação oficial sobre o ciclo de estudos.

A.11.4.1 Docente(s) responsável(eis) pela coordenação da implementação do ciclo de estudosFoi indicado e tem o perfil adequadoA.11.4.2. Evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas.

CV do coordenador. Nível de qualidade da interacção que manteve com a CAE durante as visitaspresenciais.

Pergunta A.12

A.12.1. Existem locais de estágio e/ou formação em serviço.SimA.12.2. São indicados recursos próprios da instituição para acompanhar os seus estudantes noperíodo de estágio e/ou formação em serviço.SimA.12.3. Existem mecanismos para assegurar a qualidade dos estágios e períodos de formação emserviço dos estudantes.SimA.12.4. São indicados orientadores cooperantes do estágio ou formação em serviço, em número equalificações adequadas (para ciclos de estudos de formação de professores).SimA.12.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Foram exibidos e explicados, os seguintes elementos:- Protocolos com instituições- Regulamento de estágios.- Critérios para aceitação de supervisores- Professores responsáveis pelo acompanhamento- Regras para constituição do portfolio e para discussão e avaliação de cada estágio.

A.12.6. Pontos Fortes.

Duração e intensidade dos estágios.Contacto com as diferentes técnicas e metodologias da profissão.Contacto efectivo, sob supervisão, com os doentes / utentes.Contacto com antigos alunos do curso de Ortóptica, em muitos casos no papel de orientadores deestágio.

A.12.7. Recomendações de melhoria.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEGarantir que as matérias dos estágios sejam semelhantes nos diversos locais de acolhimento,evitando discrepâncias entre as competências adquiridas por uns e por outros durante esses longosperíodos de formação.

Demonstrar transparência relativamente aos critérios para definição e escolha dos locais de estágio,sobretudo no 4º ano, de modo a assegurar uma formação equitativa. Muito embora tenha sidodescrito o processo de avaliação dos estagiários, o processo pelo qual a escola de alguma forma“qualifica” as instituições que acolhem os estágios permaneceu vago. É uma área em que talvezfosse possível implementar um processo de gestão mais interveniente.

Algumas UC devem ser antecipadas para garantir que, antes do Estágio I, os alunos já tenham sidoconfrontados com as matérias correspondentes (tanto T, como PL).

Quanto a Estágios II e III, incluir antecipadamente, 1 ou 2 UC com conhecimentos, aplicações eanálise de casos, propiciando uma abordagem holística do paciente / utente.

1. Objectivos gerais do ciclo de estudos1.1. Os objectivos gerais definidos para o ciclo de estudos foram formulados de forma clara.Sim1.2. Os objectivos definidos são coerentes com a missão e a estratégia da instituição.Sim1.3. Os docentes envolvidos no ciclo de estudos, bem como os estudantes, conhecem os objectivosdefinidos.Sim1.4. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Trata-se de uma profissão regulada cujos conteúdos funcionais são por todos bem conhecidos.

1.5. Pontos Fortes.

Os objectivos estão razoavelmente alinhados com as recomendações internacionais do sector daortóptica (não coincidentes com os do sector da optometria, que todavia abrangem o mesmoâmbito).

1.6. Recomendações de melhoria.

Dada a evolução do conceito de ortóptica (da visão binocular para a saúde visual, envolvendo todasas áreas da optometria, da estrita dependência do oftalmologista para uma muito razoávelautonomia e responsabilidade na interacção com o utente), e dada uma evolução paralela associadaao conceito de optometria, as duas áreas sobrepõem-se actualmente na prática profissional,sobretudo no sector privado.

Nestes termos, recomenda-se que, mais e mais, os objectivos sejam definidos em termos de ciênciase saúde visual, para reforçar o que há de comum entre ortóptica e optometria, e não realçardiferenças, porventura justificáveis há 20 anos mas hoje essencialmente irrelevantes e inibidoras deuma organização racional da intervenção nos cuidados de saúde visual das comunidades.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAE

2. Organização interna e mecanismos de garantia daqualidade2.1. Organização Interna

2.1.1. Existe uma estrutura organizacional adequada responsável pelos processos relativos ao ciclode estudos.Em parte2.1.2. Existem formas de assegurar a participação activa de docentes e estudantes nos processos detomada de decisão que afectam o processo de ensino/aprendizagem e a sua qualidade.Em parte2.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

O Conselho de Curso é o órgão pivot do processo e funciona, o que é fundamental.

Todavia, as diversas reuniões com os estudantes, mesmo os de órgãos de gestão, mostraram que osalunos se mantém alheios aos processos da qualidade.

Não se entenderam os mecanismos de comunicação entre estudantes e o curso, não parecendo que aorganização interna dos estudantes não seja apenas informal. Foram recebidas informações algodíspares relativamente aos “inquéritos pedagógicos” cuja relevância não parece ser entendida pelosalunos, sendo generalizada entre os estudantes a desinformação relativamente aos inquéritos e aosprocessos que visam reportar queixas/sugestões aos órgãos do curso/escola, sendo igualmentereferido desconhecerem o impacto efectivo de sugestões válidas que apresentem.

Pareceu ainda que quase todas as tarefas de qualidade recaem sobre os professores, não parecendoexistir um serviço técnico que assegure o essencial das actividades de rotina em gestão da qualidade.

2.1.4. Pontos Fortes.

Funcionamento do Conselho de CursoExistência de um relatório anual, embora quase exclusivamente constituído por tabelas e com poucainformação qualitativa que permita entender a situação de cada UC e do curso, nos vários anos..

2.1.5. Recomendações de melhoria.

É necessário melhorar as formas de intervenção dos alunos e dotar o canal correspondente defeedback, para que os alunos entendam que a sua intervenção pode ter resultados concretos,embora, em muitos casos, apenas para a geração seguinte.

Um gabinete técnico de gestão da qualidade, que parece não existir, aliviaria muito os docentes detarefas administrativas e de gestão. A qualidade não é, infelizmente, o único tópico em que osdocentes deveriam ser supletivos relativamente a um serviço central...

2.2. Garantia da Qualidade

2.2.1. Foram definidos mecanismos de garantia da qualidade para o ciclo de estudos.Em parte

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAE2.2.2. Foi designado um responsável pelo planeamento e implementação dos mecanismos degarantia da qualidade.Em parte2.2.3. Existem procedimentos para a recolha de informação, acompanhamento e avaliação periódicado ciclo de estudos.Sim2.2.4. Existem formas de avaliação periódica das qualificações e competências dos docentes para odesempenho das suaus funções.Sim2.2.5. Os resultados das avaliações do ciclo de estudos são discutidos por todos os interessados eutilizados na definição de acções de melhoria.Em parte2.2.6. O ciclo de estudos já foi anteriormente avaliado/acreditado.Sim2.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Acreditação preliminar da A3ES em 2011.

O sistema de gestão da qualidade parece funcionar e está formalmente descrito no guião deauto-avaliação e links anexos. Todavia, foi difícil avaliá-lo na prática pois os alunos parecem não oconhecer nem participar, os serviços parecem não ter uma intervenção activa e esta matéria não foiobjecto de discussão nem com os docentes (que são, aparentemente, o motor do sistema), nem comos responsáveis de departamento ou de área científica - tendo as profícuas discussões sidototalmente orientadas para outras matérias.

Da mesma forma, não foi objecto de discussão a eventual intervenção do IPL no sistema daqualidade, tendo apenas sido entendido no 2º dia que a ESTeSL praticamente não tem autonomias eestá inteiramente dependente da estrutura central do IPL.

2.2.8. Pontos Fortes.

NA2.2.9. Recomendações de melhoria.

Pôr o sistema de qualidade bem visível e bem conhecido por todas as partes interessadas.

3. Recursos materiais e parcerias3.1. Recursos materiais

3.1.1. O ciclo de estudos possui as instalações físicas necessárias ao cumprimento sustentado dosobjectivos estabelecidos.Sim3.1.2. O ciclo de estudos possui os equipamentos didácticos e científicos e os materiais necessáriosao cumprimento sustentado dos objectivos estabelecidos.Sim3.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Laboratórios de ensino razoavelmente bem equipados em qualidade e quantidade, com limitações

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEque podem ser compensadas através de boas ligações com empresas. Nalguns casos (ortóptica),recomenda-se aumentar o número de instrumentos, para melhorar a qualidade da formação efacilitar a logística dos alunos.

São usadas as instalações da escola e o corpo docente para promover o serviço à comunidade naárea da saúde visual (a Clínica), uma vez que a infraestrutura da escola foi concebido com essepropósito. Tal permite facultar prática clínica – devidamente supervisionada - aos estudantes nolocal, facilitando a logística e a organização das unidades curriculares mais directamente relevantes.Os espaços e os equipamentos são de elevada qualidade e disponibilidade.

3.1.4. Pontos Fortes.

Infraestruturas gerais de ensino da escola, incluindo a biblioteca.Laboratórios de prática clínicaExistência de uma Clínica que pode fornecer cuidados de saúde visual a comunidades de utentes /pacientes.3.1.5. Recomendações de melhoria.

Aumentar o número de instrumentos para a prática em ortótica, para melhorar a qualidade daformação e facilitar a logística dos alunos.

3.2. Parcerias

3.2.1. O ciclo de estudos estabeleceu e tem consolidada uma rede de parceiros internacionais.Em parte3.2.2. O ciclo de estudos promove colaborações com outros ciclos de estudo dentro da suainstituição, bem como com outras instituições de ensino superior nacionais.Em parte3.2.3. Existem procedimentos definidos para promover a cooperação interinstitucional no ciclo deestudos.Em parte3.2.4. Existe uma prática de relacionamento do ciclo de estudos com o seu meio envolvente,incluindo o tecido empresarial e o sector público.Sim3.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Cooperação com a Universidade do Mindelo, Cabo Verde

Articulação com as demais ESTeS, para promover uma normalização de competências na área dascarreiras de TDT, com impacto em ortóptica.

Acções promovidas por empresas e instituições no domínio da saúde visual, e que promovem aintervenção prática dos alunos, a visibilidade da escola e algumas contrapartidas com impactooperacional.

Mestrados conjuntos com o ISEL/IPL, UAlgarve e Faculdade de Medicina (ULisboa) - apesar de nãoser em áreas relacionadas com a saúde visual.

3.2.6. Pontos Fortes.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAENada a indicar.

3.2.7. Recomendações de melhoria.

Reforçar o exercício de identificação de plataformas de competências comuns entre as ESTeS deLisboa, Porto e Coimbra.

Ser porventura mais pragmático na interacção com empresas fornecedoras de equipamentos dediagnóstico visual, para melhorar os laboratórios clínicos.

Participar num diálogo abrangente que crie condições para quadros de:- formação transversal em Portugal,- alinhamento programático com referenciais internacionais (ou europeus) e, pragmáticamente:- colaborações que mitiguem fragilidades das instituições responsáveis pela formação em ciências esaúde visuais, consolide formatos e alternativas de prosseguimento de estudos para actualização eevolução profissional.

A CAE convida a ESTESL a articular-se com outras instituições, de ortóptica e de optometria,consensualizar aspectos relevantes relativos à formação dos jovens portugueses, e reforçar a suaposição como parte interessada no contexto da regulamentação das carreiras e demais aspectoslegais e profissionais.

4. Pessoal docente e não docente4.1. Pessoal Docente

4.1.1. O corpo docente cumpre os requisitos legais.Em parte4.1.2. Os membros do corpo docente (em tempo integral ou parcial) têm a competência académica eexperiência de ensino adequadas aos objectivos do ciclo de estudos.Sim4.1.3. O número e o regime de trabalho dos membros do pessoal docente correspondem àsnecessidades do ciclo de estudos.Em parte4.1.4. É definida a carga horária do pessoal docente e a sua afectação a actividades de ensino,investigação e administrativas.Em parte4.1.5. O corpo docente em tempo integral assegura a grande maioria do serviço docente.Em parte4.1.6. A maioria dos docentes mantém a sua ligação ao ciclo de estudos por um período superior atrês anos.Sim4.1.7. Existem procedimentos para avaliação da competência e do desempenho dos docentes do ciclode estudos.Sim4.1.8. É promovida a mobilidade do pessoal docente, quer entre instituições nacionais, querinternacionais.Não4.1.9. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEDurante a visita, a escola actualizou a lista e relações contratuais do pessoal docente do curso,alguns já doutorados depois da entrega do guião de auto-avaliação, e demonstrou ter já sidoatribuído o título de especialista a diversos docentes, existindo ainda 13 docentes que, à data davisita aguardavam ainda a marcação de provas para defesa do título de Especialista, tendo jáentregue os respectivos trabalhos.

Os indicadores cumprirão os mínimos exigidos por lei - sendo, designadamente de 70.48%, 29.37%,50.37% (limiares a: 50%, 15%, 50%) para os ETI em tempo integral, ETI com doutoramento eDoutores + Especialistas na área do ciclo de estudos, respectivamente - apenas se se contabilizaremos 13 docentes que aguardam marcação de provas.

Se estes 13 docentes não forem, para já contabilizados, então o 3º indicador (doutores +especialistas na área) é reduzido de 3.575%, assumindo o valor de 46.795%, abaixo do limiar de 50%.

4.1.10. Pontos Fortes.

Número substancial de professores colaboradores da escola activos em ambientes e instituiçõesexternas.

Estes docentes induzem um ambiente de muito bom relacionamento entre a Escola e um númerovasto de instituições onde ocorrem estágios.

Corpo docente motivado e relativamente jovem.

4.1.11. Recomendações de melhoria.

Manter o objetivo estratégico da escola, tal como referido pelo seu Presidente, em ter 80% do seucorpo docente doutorado/especialista no prazo de 2 anos (em 2018).

Sem reduzir o número de professores colaboradores que actuam em ambientes profissionaisexternos - o que é, em si, uma riqueza da escola - ir procurando que a sua intervenção pudessetambém traduzir-se num envolvimento institucional das respectivas instituições, tornando maisrobusta a rede alaragda de cooperações da ESTeSL no domínio da saúde visual.

Corrigir desequilíbrios na distribuição do serviço docente, uma vez que, com a informação constantedo guião, 5 docentes estão associados a 33 UC's - a situação parece já estar em vias de correcção.

Acelerar a realização das provas para obtenção do título de Especialista dos 13 docentes que já asolicitaram.

4.2. Pessoal Não Docente

4.2.1. O pessoal não docente tem a competência profissional e técnica adequada ao apoio àleccionação do ciclo de estudos.Sim4.2.2. O número e o regime de trabalho do pessoal não docente correspondem às necessidades dociclo de estudos.Em parte4.2.3. O desempenho do pessoal não docente é avaliado periodicamente.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAESim4.2.4. O pessoal não docente é aconselhado a frequentar cursos de formação avançada ou deformação contínua.Sim4.2.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Análise da informação disponibilizada e reunião com o pessoal não-docente.

4.2.6. Pontos Fortes.

Elevada competência e profissionalismo do corpo técnico.

Capacidade de expressão em Inglês.

4.2.7. Recomendações de melhoria.

Algumas áreas - qualidade (em geral), manutenção de laboratórios de ensino e clínicos, gestão deestágios, inquéritos, empregabilidade - deveriam poder ser assumidas pelos serviços, libertando ocorpo docente para actividades de ensino e investigação, ou colocando-os numa posição menosinterventiva em operações de rotina.

5. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem5.1. Caracterização dos estudantes

5.1.1. Existe uma caracterização geral dos estudantes envolvidos no ciclo de estudos, incluindo o seugénero, idade, região de proveniência e origem sócio-económica (escolaridade e situaçãoprofissional dos pais).Não5.1.2. Verifica-se uma procura do ciclo de estudos por parte dos potenciais estudantes ao longo dosúltimos 3 anos.Sim5.1.3. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Dados fornecidos na visita e actualizados ao último ano lectivo (pós-entrega do guião).

Foram distribuídos documentos relativos às motivações e empregabilidade, restritos ao domínio docurso.5.1.4. Pontos Fortes.

Empregabilidade (total)

Motivação dos estudantes, mesmo quando o curso não tenha sido a sua 1ª opção.

Adesão emocional ao curso (alunos actuais) ou à profissão (graduados).5.1.5. Recomendações de melhoria.

Os alunos do 1º ano têm fraca ligação com a essência do curso, não compreendendo a razão de serde várias das matérias. Este facto pode ser mitigado com a transferência para o 1º ano de pelomenos uma UC da área científica dominante.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEDivulgar desde o início do curso as situações profissionais em países congéneres, as formas deassociação nacionais e internacionais, os diversos contextos de exercício profissional, bem como asformas actuais de organização das profissões associadas às ciências da visão, porventura através deconvites a docentes de outras escolas nacionais que poderiam assim contribuir com perspectivascomplementares.

5.2. Ambiente de Ensino/Aprendizagem

5.2.1. São tomadas medidas adequadas para o apoio pedagógico e o aconselhamento sobre opercurso académico dos estudantes.Em parte5.2.2. São tomadas medidas para promover a integração dos estudantes na comunidade académica.Sim5.2.3. Existe aconselhamento dos estudantes sobre a possibilidade de financiamento e de emprego.Sim5.2.4. Os resultados de inquéritos de satisfação dos estudantes são usados para melhorar o processode ensino/aprendizagem.Em parte5.2.5. A instituição cria condições para promover a mobilidade dos estudantes.Em parte5.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

As perspectiva de emprego certo não levam os alunos a procurar situações de mobilidade académicainternacional.5.2.7. Pontos Fortes.

Nada a indicar.

5.2.8. Recomendações de melhoria.

A gestão das oportunidades de emprego, poderia ser cada vez mais assumida pelos serviços, e nãopelos docentes.

Reforçar o conhecimento antecipado dos diversos contextos profissionais, no público e no provado.

A importância dos inquéritos pedagógicos deve ser claramente explicada aos alunos, devendo serreforçada a taxa de resposta e tornadas visíveis, quando relevante, a relação entre acções demelhoria tomadas e as propostas estudantis realizadas num tempo anterior.

6. Processos6.1. Objectivos de Ensino, Estrutura Curricular e Plano de Estudos

6.1.1. Estão definidos os objectivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) adesenvolver pelos estudantes e foram operacionalizados os objectivos permitindo a medição do graude cumprimento.Sim6.1.2. A estrutura curricular corresponde aos princípios do Processo de Bolonha.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAESim6.1.3. Existe um sistema de revisão curricular periódica que assegura a actualização científica e demétodos de trabalho.Sim6.1.4. O plano de estudos garante a integração dos estudantes na investigação científica.Não6.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Conforme referido no guião, o ciclo de estudos oferece uma formação de base em domínioscientíficos na área da Ortóptica e das Ciências de Visão cujo perfil de competências genéricas aadquirir tem como referência as definidas nos D.L. 261/93 e D.L. 320/99.

O Conselho de Curso parece assegurar a análise das alterações de conteúdos programáticos, combase nos problemas e experiências reportados.

É ainda incipiente a organização da investigação na ESTeS,pese embora a boa ligação com o IBILI(UCoimbra), com as Faculdades de Motricidade Humana e de Medicina (ULisboa), que começa a darfrutos em termos de doutoramento de docentes.

6.1.6. Pontos Fortes.

A relação dos alunos com os seus docentes - e sobretudo com os seus supervisores nos locais deestágio - é muito boa, e favorece iniciativas de emprego ou de identificação de oportunidadesprofissionais.

6.1.7. Recomendações de melhoria.

Utilizar a UC de Investigação em Ortóptica para divulgar, em meios com impacto científico, ostrabalhos realizados pelos docentes e pelos alunos, sob a devida supervisão científica/pedagógicados docentes.

6.2. Organização das Unidades Curriculares

6.2.1. São definidos os objectivos da aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) que osestudantes deverão desenvolver em cada unidade curricular.Sim6.2.2. Existe coerência entre os conteúdos programáticos e os objectivos de cada unidade curricular.Sim6.2.3. Existe coerência entre as metodologias de ensino e os objectivos de cada unidade curricular.Sim6.2.4. Existem mecanismos para assegurar a coordenação entre as unidades curriculares e os seusconteúdos.Sim6.2.5. Os objectivos de cada unidade curricular são divulgados entre os docentes e os estudantes.Sim6.2.6. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Informação contida nas sinopses das UCs.

6.2.7. Pontos Fortes.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAENada a indicar

6.2.8. Recomendações de melhoria.

Nada de relevante a salientar.

6.3. Metodologias de Ensino/Aprendizagem

6.3.1. As metodologias de ensino e as didácticas estão adaptadas aos objectivos de aprendizagemdas unidades curriculares.Sim6.3.2. A carga média de trabalho necessária aos estudantes corresponde ao estimado em ECTS.Sim6.3.3. A avaliação da aprendizagem dos estudantes é feita em função dos objectivos da unidadecurricular.Sim6.3.4. As metodologias de ensino facilitam a participação dos estudantes em actividades científicas.Não6.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Refere-se que as várias tipologias de ensino concretizam os objetivos de aprendizagem: Teórico paraexposição de conteúdos programáticos; Teórico-Prático quando se pretendem atingir objetivos nosdomínios cognitivos e de atitudes; Prática-LaboratorialL para objetivos nos domínios cognitivo,psicomotor e de atitudes, através do uso de métodos e técnicas de ensino desenvolvidos emlaboratório ou serviços hospitalares; Trabalho de Campo para que os estudantes aprofundem eapliquem conhecimentos, na pesquisa e recolha de dados; Visitas de Estudo e métodos deaprendizagem participada, seminários em sala de aula ou em laboratório para discussão de temasespecíficos com a participação de docentes e/ou especialistas convidados; Estágio paraaprendizagem vivencial e monitorizada que se desenvolve de um modo integrado no contextoespecífico da área de competências da Ortóptica procurando a aquisição de aptidões cognitivas,psicomotoras e de atitudes indispensáveis ao exercício profissional.

6.3.6. Pontos Fortes.

25% do curso é realizado no âmbito de Estágios no exterior, em ambientes profissionais.

6.3.7. Recomendações de melhoria.

A inserção no plano de estudos do curso de uma disciplina de Farmacologia Aplicada (ver secção 9.3)

7. Resultados7.1. Resultados Académicos

7.1.1. O sucesso académico da população discente é efectivo e facilmente mensurável.Sim7.1.2. O sucesso académico é semelhante para as diferentes áreas científicas e respectivas unidadescurriculares.

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEEm parte7.1.3. Os resultados da monitorização do sucesso escolar são utilizados para a definição de acçõesde melhoria no mesmo.Sim7.1.4. Não há evidência de dificuldades de empregabilidade dos graduados.Sim7.1.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Taxas de empregabilidade.

A maior parte dos alunos acaba o curso em 4 ou, alguns, em 5 anos.7.1.6. Pontos Fortes.

Empregabilidade total.

7.1.7. Recomendações de melhoria.

As áreas de matemática e de física, no 1º ano, carecem de revisão significativa, pois têm uminsucesso escolar muito superior - ver alterações curriculares.

Alguns rearranjos curriculares importantes para melhorar as condições de execução dos estágios -ver alterações curriculares.

7.2. Resultados da actividade científica, tecnológica e artística

7.2.1. Existem Centro(s) de Investigação reconhecido(s), na área científica do ciclo de estudos ondeos docentes desenvolvam a sua actividade.Não7.2.2. Existem publicações científicas do corpo docente do ciclo de estudos em revistasinternacionais com revisão por pares, nos últimos 3 anos e na área do ciclo de estudos.Em parte7.2.3. Existem outras publicações científicas relevantes do corpo docente do ciclo de estudos.Em parte7.2.4. As actividades científicas, tecnológicas e artísticas têm uma valorização e impacto nodesenvolvimento económico.Não7.2.5. As actividades científica, tecnológica e artística estão integradas em projectos e/ou parceriasnacionais e internacionais.Não7.2.6. Os resultados da monitorização das actividades científica, tecnológica e artística são usadospara a sua melhoria.Não7.2.7. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Inexistência de actividade de I&D organizada na escola.

Algumas ligações, que começam a poder ser rentabilizadas, com algumas unidades de investigaçãonacionais (ULisboa e UCoimbra).

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAE7.2.8. Pontos Fortes.

Nada a acrescentar.

7.2.9. Recomendações de melhoria.

Manter o esforço para constituir uma realidade orgânica da escola que organize a sua actividade deI&D, e em que um dos grupos incida sobre o tema dominante deste ciclo de estudos, as ciências davisão. Só assim se poderão criar condições para efectiva evolução e actualização científica eprofissional dos docentes e melhoria sustentável da qualidade da formação dos estudantes.

7.3. Outros Resultados

7.3.1. No âmbito do presente ciclo de estudos, existem actividades de desenvolvimento tecnológico eartístico, prestação de serviços à comunidade ou formação avançada.Sim7.3.2. O ciclo de estudos contribui para o desenvolvimento nacional, regional e local, a culturacientífica e a acção cultural, desportiva e artística.Sim7.3.3. O conteúdo das informações sobre a instituição, o ciclo de estudos e o ensino ministrado sãorealistas.Sim7.3.4. Existe um nível significativo de internacionalização do ciclo de estudos.Não7.3.5. Evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada.

Intensidade relevante dos serviços à comunidade na área da saúde visual, através do funcionamentoda Clínica.

Iniciativas de saúde visual em benefício da comunidade, organizadas por empresas, instituições eoutras, mas nas quais a escola e seus alunos participam e beneficiam.

7.3.6. Pontos Fortes.

Iniciativas de saúde visual e aceitação da sua relevância estratégica.

7.3.7. Recomendações de melhoria.

Nenhuma

8. Observações8.1. Observações:

Na sequência das reuniões tidas com os responsáveis do curso, membros da equipa deauto-avaliação e docentes, o Coordenador apresentou uma proposta de evolução da designação docurso para “Ortóptica e Ciências da Visão”:

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAE1 - A CAE não faz considerações relativamente a esta matéria no que diz respeito ao binómio “ensinopolitécnico / ensino universitário”. Nem tão pouco entrará pelas questões legais proventurapertinentes que se refiram à carreira de técnicos de diagnóstico e terapêutica. Apenas entendecomentar esta proposta à luz da realidade da formação em ciências da visão em Portugal, isto é, àluz da tensão (muito bolorenta…) entre Ortóptica e Optometria.

2 - Foi clara a forma como os alunos graduados, e actuais supervisores, colocam a questão:“Trabalhamos (ortópticos e optometristas) em conjunto, em equipa, respeitamo-nos mutuamente,fazemos essencialmente as mesmas coisas (embora com diferentes enfoques, aqui ou ali), tendo,embora, realidades institucionais, legais, contratuais e financeiras distintas.” Mais: “somospotencialmente clientes de mestrados em optometria, sejam presenciais ou por ensino à distância,relevantes para a nossa evolução e actualização profissional”. Reconheceram ainda que a ESTeSLconstitui como que uma “ilha fechada” com um conjunto de colaborações fixas no tempo, e comalguma dificuldade em se integrar nas novas dinâmicas externas nas profissões, nas instituições, eno quadro geral de necessidades e de aceitações da sociedade.

3 - Serve de pouco reconhecer que esta situação não afecta apenas Portugal. Mas Portugal é um paísde recursos limitados, todas as instituições têm enormes fragilidades – sobretudo em termos decorpo docente. A mudança de testemunho (em curso) decorrente da transição geracional (real)constitui uma oportunidade que os mais velhos – atentas as enormes mudanças realizadas desde osanos 90 nas profissões – não podem, nem devem ignorar.

4 - É actualmente muito fácil identificar e tornar transparentes as situações de conflito de interessesque tantas dificuldades causaram nos anos 90 na optometria. É tempo de reconhecer que aautonomia do ortóptico relativamente ao oftalmologista se alterou significativamente, assumindo umestatuto que hoje pouco difere da autonomia de decisão que o optometrista sempre teve..

5 - As instituições estão dispostas a discutir esta matéria, e, aparentemente também as associaçõesprofissionais mais representativas. A generalização do âmbito dos vários ciclos de estudo, queincidem sobre os vários níveis de formação, para "ciências da visão" coloca as questões específicasda refracção, da contactologia, da ortóptica, em posições naturais, dentro do mesmo quadroconceptual, provenha ele da International Orthoptics Association ou do World Council of Optometry.

6 - Nestes termos, a alteração da designação não é semântica nem marketing: é o início de umdiálogo absolutamente necessário em Portugal, em benefício dos jovens formandos e futurosprofissionais.

8.2. Observações (PDF, máx. 100kB):<sem resposta>

9. Comentários às propostas de acções de melhoria9.1. Objectivos gerais do ciclo de estudos:

Não foram realizadas propostas de alteração aos objectivos do curso. Foi todavia realizada durante avisita uma alteração à designação do ciclo de estudos, de "Ortóptica" para "Ortóptica e Ciências daVisão".

Em relação a esta matéria, a CAE, considera que a adição à designação de “em Ciências da Visão”cria o quadro semântico necessário para se reconhecer que as ciências da visão constituem, semqualquer dúvida, o denominador comum natural, lógico e adequado para os vários estilos da

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEformação que existem em Portugal, com formações de 1º, 2º e de 3º ciclos, em instituiçõesuniversitárias, politécnicas, públicas ou privadas, cuja relação dominante com as ciências da saúde é,actualmente, ou já inequívoca ou em vias de o ser.

Nestes termos, a CAE aprova e recomenda esta alteração, que foi já aceite pela Escola em sede depronúncia.

Na secção 8 são feitos comentários adicionais para contextualizar esta recomendação.9.2. Alterações à estrutura curricular:

As alterações ao plano de estudos podem ter algum impacto, embora reduzido, na estruturacurricular. A ESTeSL deverá apresentar um plano curricular revisto e coerente, logo que possível.9.3. Alterações ao plano de estudos:

Não merecem reservas as seguintes alterações:

1 - Nova UC de Farmacologia Aplicada (3 ECTS).

2 - Fusão de Angiografia e Fotografia Ocular e de Campimetria numa nova disciplina de TécnicasComplementares de Diagnóstico, com um conteúdo mais flexível de acordo com as necessidades eevolução das tecnologias e metodologias. Nota-se todavia que a proposta feita não é clararelativamente à existência de uma ou de duas UC's de Técnicas Complementares de Diagnóstico,não tendo a CAE objecções à possível existência de duas TCD pela flexibilidade que dá ao plano deestudos - caso exista tal possibilidade.

Em fase de pronúncia, a escola aceitou esta recomendação, mantendo-se 2 UCs de TCD os doissemestres do 2º ano.

3 - Fusão dos Estágios II e III numa única UC anual de 50 ECTS.

Em fase de pronúncia, a escola aceitou esta recomendação.

4 - Aumento do nº de ECTS do Estágio I de 8 para 10 ECTS.

Em fase de pronúncia, a escola aceitou esta recomendação.

5 - Antecipação em 1 semestre de Contactologia.

Em fase de pronúncia, a escola aceitou esta recomendação.

6 - Alteração do nº de ECTS de Seminários em Ortóptica, de 3 para 5 ECTS.

Merece, todavia reservas, o atraso em 1 semestre de Educação Clínica em Ortóptica. Com efeito,como foi sugerido pela CAE, deveria ser introduzida uma UC adicional que permitisse integrarconhecimentos, analizasse casos, etc, durante o 3º ano, para garantir que os Estagios que se iniciamno 3º e no 4ª ano sejam, todos, precedidos de UC's integrativas - algo que os supervisores deEstágios recomendam com insistência. A modificação proposta pela escola conflitua com estanecessidade e deveria portanto ser re-avaliada.

A CAE recomenda ainda que sejam removidos os conteúdos de física e de matemática nãoestritamente necessários para o estudo de Ortóptica / Ciências da Visão, no 1º ano., dando portanto

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEespaço para conteúdos de introdução a testes clínicos ou de instrumentação, que ajudariam aalinhar os alunos com a profissão, tão cedo quanto possível.

De qualquer modo, a CAE considera que a escola tem agora a oportunidade, até ao fim do período depronúncia, de realizar uma revisão global do plano de estudos, que integre as modificações 1-6 eainda as recomendações da CAE, e deveria ser nessa fase que a coerência global deveria sergarantida e determinada a sequências de conteúdos mais apropriada.

9.4. Organização interna e mecanismos de garantia da qualidade:

Não foram realizadas propostas de alteração.9.5. Recursos materiais e parcerias:

Não foram realizadas propostas de alteração.

9.6. Pessoal docente e não docente:

Não foram realizadas propostas de alteração.

9.7. Estudantes e ambientes de ensino/aprendizagem:

Não foram realizadas propostas de alteração.

9.8. Processos:

Não foram realizadas propostas de alteração.

9.9. Resultados:

Não foram realizadas propostas de alteração.

10. Conclusões10.1. Recomendação final.O ciclo de estudos deve ser acreditado10.2. Período de acreditação condicional (se aplicável):<sem resposta>10.3. Condições (se aplicável):

Garantir que as provas para a obtenção do título de Especialista pelos 13 docentes que já asolicitaram (Julho de 2016) se concluem com sucesso, num prazo curto, de modo que a percentagemde ETI com Doutoramento ou Especialistas passe de 46.795% para um valor superior a 50%(podendo atingir, em princípio, 50.37%).

Em fase de pronúncia, a EsTeSL actualizou a lista dos seus docentes já detentores do título deespecialista, o que faz com que a percentagem de ETI com Doutoramento ou Especialistas tenhapassado de 46.795% para 50.37%, ligeiramente superior, portanto, ao mínimo legal de 50%. Nestestermos, deixam de existir razões para apenas acreditar condicionalmente este ciclo de estudos.

10.4. Fundamentação da recomendação:

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ACEF/1415/14577 — Relatório final da CAEPara além da revisão do plano de estudos já discutida na secção 9.3, a CAE convida a ESTeSL aequacionar as seguintes alterações adicionais:

1 - Sendo obviamente muitissimo relevante a existência de Estágios, considera-se, apesar de tudo,que os alunos deveriam ser confrontados com a realidade clínica desde o 2º ano, com o objectivo deintegrar conhecimentos e de iniciar a dinâmica da “segurança” ou “confiança” face ao contacto como doente. A Clínica pode ser usada nesse sentido.

Em fase de pronúncia, a Escola considerou que a alteração das UCs de Técnicas Complementares deDiagnóstico, a inserção de Educação Clínica no 3º ano e a existência de observação de casos reaisnas componentes PL de diversas UCs do 2º ano, vão já no caminho recomendado. A CAE tomadevida nota destas alterações e intenções mas recomenda que a situação seja devidamentemonitorizada durante esta nova fase do ciclo de estudos, tanto no que diz respeito às expectativasdos alunos como ao seu desempenho efectivo durante o estágio do 3º ano.

2 - Face aos significativos níveis de insucesso em Matemática e em Física no 1º ano, a CAErecomenda uma melhor definição dos seus conteúdos, e certamente uma significativa explicitação(junto dos alunos) da sua eventual relação com conteúdos relevantes para outras disciplinas ou paraa futura vida profissional. Com efeito:

2.1 - No domínio da Estatística - cuja relação com a UC de Investigação em Ortóptica é reconhecidapelos alunos mais velhos - a distância temporal é muito grande e os conceitos estão esquecidos. Aescola foi convidada a melhorar significativamente estas matérias e de facto, em fase de pronúncia,colocou Estatística Aplicada no final do 3º ano, aproximando-a significativamente de Investigaçãoem Ortóptica.

2.2 - No domínio da Física Aplicada I, reconhece-se o interesse da escola em que a disciplina sejapartilhada por vários cursos, mas talvez ela pudesse ser modularizada de modo a viabilizar umformato com menos ECTS ou apenas incidindo sobre óptica cuja relevância ninguém contesta. Emalternativa, a Comissão sugeriu a pertinência de uma nova UC em “Instrumentação em Ciências daVisão” onde os estudantes pudessem conhecer um pouco melhor os princípios ópticos / electrónicos /de processamento inerentes aos principais equipamentos - talvez uma das UC's de Física pudesseser adaptada nesta perspectiva. A CAE aprecia que, em fase de pronúncia, a escola tenha já aceitadoesta recomendação, na versão alternativa.

Devem ser todavia submetidas as sinopses destas novas UC’s (Óptica Física e Instrumentação emCiências da Visão), cujos conteúdos a CAE não conhece.

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