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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA P/ CGU
PROFESSOR DEUSVALDO CARVALHO
AULA 03: RECEITA PÚBLICA – ÚLTIMA PARTE
Caro amigo(a) estudante! Desejo-lhe bom estudo e uma excelente
assimilação do conteúdo das nossas aulas.
Uma dica! Evite ficar com alguma dúvida acerca do conteúdo receita
pública, haja vista que esse assunto é bastante exigido em concursos.
Procuramos abordar e enfatizar os tópicos que mais visitam as provas
de concursos, extrapolando inclusive o conteúdo editalício para evitar
surpresas.
Vamos continuar a assunto receita pública....!
Antes de começar este estudo recomendo que dê uma recordada no
tópico ―natureza da receita‖ da aula anterior.
Com o intuito de melhor assimilação do conteúdo e para evitar
descontinuidade do aprendizado, farei uma pequena síntese do
conteúdo até então abordado:
Assim, na primeira parte do assunto receita pública discorremos acerca
dos seguintes pontos:
A receita pública encontra-se inserida no contexto do planejamento público e a sua
inclusão na LOA é obrigatória – princípio da universalidade;
Ingressos públicos são representados por todos os valores arrecadados, abrangendo
tanto as receitas orçamentárias quanto as extra-orçamentárias;
Insere-se no conceito de receita pública somente os ingressos de recursos com
caráter não devolutivo, a exemplo das receitas orçamentárias;
Que as receitas extra-orçamentárias são consideradas simples entrada de recursos em
caixa com caráter devolutivo, portanto, em princípio são recursos de terceiros;
Receita pública é representada pela arrecadação de recursos que integra ao patrimônio público de forma permanente, acrescendo ao seu vulto como elemento
novo e positivo;
Como classificação doutrinária a receita pública é classificada em receitas originárias e
derivadas, sendo as originárias aquelas provenientes do patrimônio público, ou
seja, aquelas que o Estado aufere através de seu patrimônio (bens e direitos)
colocados à disposição da sociedade mediante cobrança de determinada tarifa;
As receitas originárias também são denominadas de receitas de economia privada
ou de direito privado;
Receita pública derivada é aquela que deriva do patrimônio da sociedade. O
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governo exerce a sua competência ou o poder de tributar os rendimentos ou o
patrimônio da população;
Legalmente a receita pública é subdividida em orçamentárias e extra-orçamentárias;
Os ingressos orçamentários são aqueles pertencentes ao ente público, arrecadados
exclusivamente para aplicação em programas e ações governamentais;
Os ingressos extra-orçamentários são aqueles pertencentes a terceiros e são
denominados de recursos de terceiros;
A receita pública efetiva é aquela em que os ingressos de disponibilidades de
recursos não foram precedidos de registro de reconhecimento do direito e não
constituem obrigações correspondentes e, por isso, alteram a situação líquida
patrimonial;
A receita pública é dividida em duas categorias econômicas: receitas correntes e
receitas de capital
Que basicamente todas as receitas correntes são efetivas, exceto quanto à receita
proveniente da dívida ativa;
A receita pública não efetiva é aquela em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidos de registro do reconhecimento do direito e, por isso, não
alteram a situação líquida patrimonial;
Que basicamente todas as receitas de capital são não efetivas;
A receita classifica-se quanto a sua natureza da seguinte forma:
Categoria X
Origem Y
Espécie Z
Rubrica W
Alínea TT
Subalínea KK
Que o superávit do orçamento corrente, apurado no balanço orçamentário, é receita
extra-orçamentária e se constitui em item da recita de capital. Importante para fins
de concursos!
Que a receita possui classificação orçamentária conforme as suas fontes de recursos,
sendo:
1 - Recursos do tesouro – exercício corrente;
2 - Recursos de outras fontes - exercício corrente;
3 - Recursos do tesouro – exercícios anteriores;
6 - Recursos de outras fontes - exercícios anteriores;
9 - Recursos condicionados.
As receitas correntes causam modificação no patrimônio líquido ou saldo patrimonial,
ou seja, são fatos modificativos;
As receitas de capital geralmente não causam aumento do patrimônio líquido e,
portanto, geram fatos permutativos, sendo denominadas de receitas por mutação
patrimonial;
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Depois da síntese do conteúdo abordado na aula anterior, vamos
prosseguir sobre o assunto receita pública.
Observe que paramos no item categoria econômica da receita. Passaremos, então, ao estudo da origem das receitas correntes e de
capital e seus desdobramentos quanto à natureza.
1. Origem das receitas correntes
Pode-se dizer que a origem é uma subdivisão das receitas correntes e
de capital.
A origem refere-se ao detalhamento da classificação econômica das
receitas, ou seja, ao detalhamento das receitas correntes e de capital de
acordo com a Lei nº 4.320/64.
Atenção! Atualmente a nomenclatura é ORIGEM das receitas. Esse termo foi substituído pela anterior, que era FONTE. Alguns autores
denominam a origem de subcategorias da receita. Assim sendo, o termo
subcategoria é doutrinário. Para fins de concurso, o correto é ORIGEM das receitas. Essa inovação está no Manual Técnico de Orçamento de
2006 e teve sua última atualização em 24/07/2006.
1.1. Receitas correntes
Recordando o conceito de receita corrente: São os ingressos de recursos financeiros oriundos das atividades operacionais, para
aplicação em despesas (correntes e de capital), visando a consecução
dos objetivos constantes dos programas e ações de governo.
Analisando o conceito acima pode-se observar as receitas correntes podem ser aplicadas em despesas correntes e de capital.
Portanto, das receitas correntes arrecadadas pode-se realizar tanto
despesas de capital quanto correntes, ou seja, não existe
obrigatoriedade de que as receitas correntes devem ser aplicadas em despesas correntes e que as receitas de capital devem ser aplicadas em
despesas de capital.
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As receitas correntes são assim denominadas porque não têm suas
origens em operações de crédito, amortização de empréstimos, financiamentos ou alienação de bens.
A Lei nº 4.320/64 não é completa ao classificar as receitas correntes,
entretanto, nova redação foi dada pelo Decreto-lei 1.939/82, ampliando
a origem das receitas correntes, classificando-as em:
1. Receita tributária;
2. Receita de contribuições;
3. Receita patrimonial;
4. Receita agropecuária;
5. Receita industrial;
6. Receita de serviços;
7. Transferências correntes;
9. Outras receitas correntes.
Atenção! Muito cobrado em concurso!
O superávit do orçamento corrente resultante do balanceamento dos
totais das receitas e despesas correntes, apurados no balanço orçamentário, não constituirá item da receita orçamentária (art. 11, §
3º, da Lei nº 4.320/64).
Se não é receita orçamentária, então é receita extra-orçamentária. E
mais ainda, é receita de capital.
Sintetizando:
Superávit do orçamento corrente Receitas correntes (-) Despesas correntes
Apuração Balanço orçamentário
Grupo de receita Extra-orçamentária
Categoria econômica da receita Receita de capital
Finalidade Cobrir o déficit de capital
Como se calcula o superávit do orçamento corrente?
Vejamos um exemplo:
Balanço orçamentário – órgão X
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Receitas. $ Despesas. $
Receita corrente prevista 150.000 Despesa corrente fixada 150.000
Receita corrente arrecadada 200.000 Despesa corrente executada 150.000
Receita de capital executada 50.000 Despesa de capital executada 50.000
Receita corrente arrecadada-----200.000 (-)Despesa corrente executada (150.000)
= Superávit corrente------------ 50.000
Receita extra-
orçamentária
Receita de capital
Portanto, conforme demonstrado acima, o superávit do orçamento
corrente é receita de capital extra-orçamentária.
Por que classificar o superávit do orçamento corrente como receita de capital?
É porque geralmente o superávit do orçamento corrente é utilizado para
cobrir o déficit de capital e essa receita (superávit) já foi considerada orçamentária no exercício em que houve o resultado positivo.
Conclui-se, portanto, que existem receitas extra-orçamentárias de capital.
É assim que tem sido cobrado em concurso!
Portanto, fique alerta!
(CESPE – AGE/ES – Contador) Consideram-se receitas correntes, entre
outras, a tributária, a patrimonial, a de serviços e a proveniente do superávit do orçamento corrente — diferença entre receitas e despesas
correntes. Consideram-se receitas de capital as provenientes da
realização de operações de crédito, da conversão de bens e direitos em espécie, de amortização em empréstimos anteriormente concedidos,
entre outras.
Resolução
Opção incorreta, o superávit do orçamento corrente, conforme visto no exemplo acima é uma receita de capital – receita extra-orçamentária.
Todo o enunciado está correto, com exceção de sua parte final.
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Os elaboradores de prova gostam mesmo desse superávit do orçamento
corrente! Quem está fazendo esse curso não vai errar essa nunca mais,
com certeza!
(CESPE – ACE/TCU – 2004) As classificações econômicas da receita e da despesa compreendem as mesmas categorias: correntes e capital. O
superávit do orçamento corrente, que resulta do balanceamento dos
totais das receitas e despesas correntes, constitui item da receita orçamentária de capital.
Resolução
Repetindo mais uma vez! O superávit do orçamento corrente é uma
receita de capital – receita extra-orçamentária.
Conceituaremos, de forma sintética, cada uma das origens ou
subdivisões da receita corrente, também denominadas doutrinariamente de subcategorias econômicas:
Receita tributária: São os recursos oriundos da competência de
tributar, conforme disposto na Constituição Federal:
São os ingressos provenientes da arrecadação de impostos, taxas e
contribuições de melhoria, contribuições sociais e empréstimos compulsórios. São receitas privativas das entidades competentes para
tributar: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Dentre as
receitas tributárias da União não constam as contribuições de melhoria e os empréstimos compulsórios, haja vista que atualmente não tem sido
efetivamente arrecadado essas receitas.
Orçamentariamente as receitas tributárias da União são
divididas em duas espécies:
Impostos;
Taxas, subdivididas em:
• Taxas pelo exercício do poder de polícia
• Taxas pela prestação de serviços
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Impostos: espécie de tributo cuja cobrança tem por fato gerador
situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.
Taxas: são tributos vinculados a uma atuação estatal específica diretamente dirigida ao contribuinte, podendo ser instituídas pela União,
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios no âmbito de
suas respectivas atribuições.
Elas derivam do exercício do poder de polícia ou da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, sendo que o custo
da atividade estatal que motivou a sua criação deve estar relacionado à
sua base de cálculo.
Taxas pelo exercício do poder de polícia: a taxa pelo exercício do
poder de polícia decorre do exercício regular de atividade administrativa fundada nesse poder, entendendo-se como ―regular‖ o exercício do
poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos
limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando- se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio
de poder.
Taxas pela prestação de serviços: neste título são classificadas as taxas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e
divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Segundo o art. 79 da Lei nº 5.172/66 (Código Tributário Nacional –
CTN), os serviços públicos são utilizados pelo contribuinte efetivamente quando por ele usufruídos a qualquer título, ou potencialmente quando,
sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento.
O CTN também define serviços públicos específicos como aqueles que
podem ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade pública, e divisíveis aqueles que são
suscetíveis de utilização separadamente por parte de cada um dos seus
usuários.
Receita de contribuições: Este grupo compreende as contribuições sociais previstas no art. 149 da Constituição Federal, inclusive aquelas
destinadas ao financiamento da seguridade social, conforme art. 195.
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O art. 149 da CF estabelece que compete exclusivamente à União
instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento
de intervenção nas respectivas áreas.
Em outras palavras, a receita de contribuições é o ingresso proveniente
de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento
de intervenção nas respectivas áreas. Mesmo diante da controvérsia
doutrinária sobre o tema, orçamentariamente suas espécies podem ser definidas da seguinte forma:
Espécies de contribuições sociais:
Contribuições sociais;
Contribuições econômicas.
Contribuições sociais: destinadas ao custeio da seguridade social, compreendendo a previdência social, a saúde e a assistência social.
Exemplo: PIS, PASEP, COFINS, CPMF, fundo de combate e erradicação
da pobreza etc.
Contribuições econômicas ou de intervenção no domínio
econômico: Neste grupo são classificadas as contribuições de
intervenção no domínio econômico – CIDE. Deriva da contraprestação à atuação estatal exercida em favor de determinado grupo ou
coletividade, a exemplo da contribuição relativa às atividades de
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível, a denominada “CIDE –
combustíveis”.
Outros exemplos de CIDE:
Cota-Parte do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante;
Contribuição para o Programa de Integração Nacional – PIN.
Foi cobrado em concurso!
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(TCE/ES – Controlador de Recursos Públicos/2004) A receita de
contribuição tem como uma de suas fontes os recursos oriundos de
contribuição de melhoria.
Resolução
Opção incorreta. Contribuição de melhoria é uma espécie de receita tributária. A espécie de receita a que se refere o comando da questão é
a receita de contribuições previstas no art. 149 da CF.
Receita patrimonial: é o ingresso proveniente de rendimentos sobre
investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em opções de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de
ativos permanentes.
Em outras palavras, são receitas decorrentes da fruição do patrimônio
imobiliário e mobiliário do Ente Público.
São divididas em cinco espécies:
Receitas imobiliárias;
Receitas de valores mobiliários;
Receita de concessões e permissões;
Compensações Financeiras;
Outras receitas patrimoniais.
As receitas imobiliárias são provenientes da utilização do patrimônio
imobiliário do Ente Público, na forma de locação, aforamento ou cessão
de uso. No caso da União, essas receitas obedecem ao disposto no Decreto-Lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946, e alterações
posteriores.
Exemplo:
Aluguéis: são receitas provenientes da locação de imóvel, na forma de aluguel;
Arrendamentos: são receitas provenientes da locação de imóvel, na forma de arrendamento, obedecendo a condições especiais e objetivando a exploração de frutos
ou prestação de serviços;
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Laudêmios: os laudêmios são receitas decorrentes da transferência do domínio útil de imóvel da União de um foreiro a outro. Não se aplicam nos casos de sucessão hereditária;
Taxa de ocupação de imóveis: Recursos provenientes da taxa de ocupação, devida
pelos ocupantes de imóveis da União, agentes políticos e servidores públicos federais.
Receitas de valores mobiliários são as decorrentes dos rendimentos
de valores mobiliários, tais como juros de títulos de renda, dividendos e
participações. Esses títulos de créditos representam parte do capital de empresas e rendem juros ou dividendos.
Exemplo:
Juros de títulos de renda: são receitas provenientes de aplicações no mercado
financeiro. Inclui o resultado das aplicações em títulos públicos;
Dividendos: são receitas atribuídas à União, ou aos órgãos da administração indireta, provenientes dos resultados das empresas públicas ou não, conforme a legislação vigente e ainda dos dividendos distribuídos pelas sociedades anônimas;
Participações: são receitas atribuíveis à União, provenientes da participação
societária nos resultados de empresas de capital limitado;
Remuneração de depósitos bancários: são receita proveniente da aplicação das disponibilidades financeiras dos recursos gerenciados pelos diversos órgãos públicos, autorizados por lei;
Receita de concessões e permissões: são receitas decorrentes da concessão ou permissão ao particular do direito de exploração de
serviços públicos, que estão sujeitos ao controle, fiscalização e
regulação do Poder Público.
Exemplo:
Receita de outorga dos serviços de telecomunicações: essas receitas decorrem da outorga pelo Poder Público do direito de exploração de serviços públicos de telecomunicações, incluindo o serviço móvel celular e o serviço de transporte de sinais
de telecomunicações por satélite;
Receita de outorga para exploração dos serviços de energia elétrica: É uma receita proveniente de outorga de concessão de uso do bem público, para exploração
de aproveitamento energético dos cursos de água;
Receita de concessões e permissões – exploração de recursos naturais: receita decorrente de atividades de exploração de recursos naturais, exercidas mediante contratos de concessão e/ou permissão.
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Compensações financeiras: reservado à classificação dos recursos
decorrentes do art. 20, § 1º. da CF, o qual dispõe: “É assegurada, nos
termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem
como a órgãos da administração direta da União, participação no
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos
para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais
no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona
econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.”
Exemplo:
Utilização de Recursos Hídricos – Itaipu;
Utilização de Recursos Hídricos – Demais Empresas;
Exploração de Recursos Minerais;
Royalties pela Produção de Petróleo ou Gás Natural – em Terra.
Outras receitas patrimoniais: são receitas decorrentes do patrimônio da União que não estão enquadradas nos itens de receita anteriores.
Exemplo:
Rendimentos de depósitos em instituições financeiras;
Aluguel de máquinas equipamentos ou veículos, royalties, etc.
Receita agropecuária: é o ingresso proveniente da atividade ou da
exploração agropecuária de origem vegetal ou animal. Incluem-se nesta classificação as receitas advindas da exploração da agricultura - cultivo
do solo, da pecuária - criação, recriação ou engorda de gado e de
animais de pequeno porte, e das atividades de beneficiamento ou transformação de produtos agropecuários.
Excetuam-se dessa classificação as usinas de açúcar, fábricas de polpa de madeira, serrarias e unidades industriais com produção licenciada,
que são classificadas como industriais.
São divididas em três espécies:
Receita da produção vegetal;
Receita de produção animal e derivados;
Outras receitas agropecuárias
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Receita da produção vegetal: são receitas decorrentes de lavouras
permanentes, temporárias e espontâneas (ou nativas), silvicultura e
extração de produtos vegetais.
Receita de produção animal e derivados: são as receitas decorrentes de atividades de exploração econômica de pecuária de
grande porte - bovinos, bubalinos, eqüinos e outros (inclusive leite,
carne e couro); pecuária de médio porte - ovinos, caprinos, suínos e outros (inclusive lã, carne e peles); aves e animais de pequeno porte
(inclusive ovos, mel, cera e casulos do bicho da seda); caça e pesca. Outras receitas agropecuárias: são receitas decorrentes de
atividades de exploração econômica de outros bens agropecuários, tais
como venda de sementes, mudas, adubos ou assemelhados, desde que realizadas diretamente pelo produtor.
Receita industrial: é o ingresso proveniente da atividade industrial de
extração mineral, de transformação, de construção e outras,
provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Receita da indústria de transformação: são receitas das atividades ligadas à indústria de transformação, baseadas na classificação da
Fundação IBGE.
Receita da indústria de construção: são receitas das atividades de
construção, reforma, reparação e demolição de prédios, edifícios, obras viárias, grandes estruturas e obras de arte, inclusive reforma e
restauração de monumentos. Inclui, também, a preparação do terreno e
a realização de obras para exploração de jazidas minerais, a perfuração de poços artesianos e a perfuração, revestimento e acabamento de
poços de petróleo e gás natural.
Outras receitas industriais: a exemplo da venda de sucatas da produção e outros.
Receita de serviços: abrange as receitas das atividades características
da prestação de serviços, tais como: atividades comerciais, financeiras,
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de transporte, de comunicação, de saúde, de armazenagem, serviços
recreativos e culturais, etc.
São divididas em noventa e nove espécies, entre elas:
Serviços comerciais;
Serviços financeiros;
Serviços de transporte;
Serviços de comunicação;
Serviços de saúde;
Serviços de processamento de dados;
Serviços portuários.
Serviços comerciais: são receitas das atividades do comércio varejista e atacadista, ou seja, operações de revenda de mercadorias para
consumo, uso pessoal ou uso doméstico, bem como a revenda de
mercadorias a comerciantes varejistas, a consumidores industriais, a instituições, profissionais e outros comerciantes atacadistas. Este título
abrange também os serviços auxiliares de comércio: agentes, corretores
e intermediários de venda de mercadorias à base de comissão.
Não estão incluídas as receitas oriundas da venda de mercadorias que
tenham sofrido processo de transformação no próprio estabelecimento, as quais deverão ser classificadas em Receita da Indústria de
Transformação.
Serviços financeiros: receita de atividades financeiras, de seguros e assemelhadas, transferência de valores, cobranças, serviços de câmbio,
desconto de títulos, repasse de empréstimos, prestação de aval e
garantias, concessão de crédito, seguros (inclusive resseguro) e operações de sociedades de capitalização.
Serviços de transporte: são receitas provenientes da prestação de serviços de transporte.
Serviços de comunicação: essa receita é decorrente de atividades de
comunicação: serviço postal, de entrega e transporte de volumes e
correspondências; de comunicação telefônica local, interurbana e internacional e de transmissão de dados; de radiodifusão. e de
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Serviços de saúde: receita de serviços hospitalares em geral, de caráter especializado ou não, tais como maternidade, centro de
reabilitação, assistência médico-odontológica (inclusive ambulatorial),
saúde pública, etc.
Serviços portuários: essas receitas abrangem os recursos oriundos da
exploração dos portos, terminais marítimos, atracadouros e
ancoradouros, referentes à estiva, desestiva, dragagem, atracação, sinalização, comunicação náutica, docagem, etc.
Serviços de processamento de dados: receita decorrente de
prestação de serviços de processamento de dados para terceiros: preparo de programa, análise de sistemas, digitação, conferência, etc.
Transferências correntes: é o ingresso proveniente de outros órgãos
ou entidades, referentes a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivados mediante
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde
que o objetivo seja a aplicação em despesas correntes.
Em outras palavras, são recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, independente de contraprestação direta em bens e
serviços. Podem ocorrer em nível intragovernamental e
intergovernamental e incluem as transferências de instituições privadas, do exterior e de pessoas.
São divididas em nove espécies:
Transferências intergovernamentais, subdivididas em:
• Transferências dos estados
• Outras transferências dos estados
• Transferências dos municípios
• Outras transferências dos municípios
Transferências de instituições privadas;
Transferências do exterior;
Transferências de pessoas;
Transferências de convênios;
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Transferências para o combate à fome, subdivididas em:
• Provenientes do exterior
• Provenientes de pessoas jurídicas
• Provenientes de pessoas físicas
• Provenientes de depósito não-identificados
Transferências a consórcios públicos;
Transferência Intragovernamental;
Transferências Multigovernamentais.
Atenção! Para o ente ou órgão transferidor, a transferência do recurso é classificada como despesa e para o recebedor, uma receita.
Transferência intergovernamental: são transferências ocorridas
entre diferentes esferas de governo.
Despesas realizadas mediante a transferência de recursos financeiros à
União, Estado/DF e a Municípios;
Isso mesmo! Existe transferência à União. São Despesas realizadas
pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, mediante
transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entidades da administração indireta.
Transferências dos estados: são recursos recebidos pelas demais
esferas de governo e respectivas entidades da administração
descentralizada, transferidos pelos Estados.
Outras transferências dos estados: são para atender às suas necessidades de identificação, as demais esferas de governo poderão
desdobrar esse item, discriminando os recursos transferidos pelos
Estados que não estejam especificados.
Transferências dos municípios: são recursos recebidos pelas demais
esferas de governo e de suas entidades da administração
descentralizada, transferidos pelos Municípios.
Transferências de instituições privadas: são os recursos de
incentivos fiscais (FINOR, FINAM, FUNRES, EDUCAR, Promoção Cultural e promoção do desporto amador), creditados diretamente por pessoas
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jurídicas, em conta de entidades da Administração Federal
Descentralizada. Englobam ainda contribuições e doações a governos
realizados por instituições privadas.
Transferências do exterior: são recursos recebidos de organismos e
fundos internacionais, de governos estrangeiros e instituições privadas
internacionais.
Transferências de pessoas: compreendem as contribuições e doações
a governos e entidades da administração descentralizada, realizadas por pessoas físicas.
Transferências de convênios: são recursos oriundos de convênios
firmados, com ou sem contraprestações de serviços, por entidades
públicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos
partícipes, destinados a custear despesas correntes.
Transferências para o combate à fome: recursos decorrentes de
doações ao fundo de combate e erradicação da pobreza, conforme disposto no Decreto nº 4.564, de 1º. de janeiro de 2003.
Transferências a consórcios públicos: (Portaria Interministerial nº 688/05). São despesas realizadas mediante transferência de recursos
financeiros a entidades criadas sob a forma de consórcios públicos nos termos da Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, objetivando a execução
dos programas e ações dos respectivos entes consorciados.
Transferência intragovernamental: Despesas realizadas mediante a transferência de recursos financeiros a entidades pertencentes à
administração pública, dentro da mesma esfera de governo;
Transferências multigovernamentais: Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades criadas e mantidas por
dois ou mais entes da Federação ou por dois ou mais países, inclusive o
Brasil;
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Importante! O órgão que transfere o recurso empenha, liquida e “paga”
a despesa. O órgão recebedor considera (classifica) como receita sua,
no momento em que o repassador liquida a despesa.
Assim foi cobrado em concurso!
(Analista de Finanças e Controle - AFC - STN – 2005) Assinale a opção
correta em relação às regras a serem obedecidas pelos entes envolvidos nas transferências de recursos intergovernamentais (Portaria STN nº
447, de 13.09.2002).
a) As receitas nas entidades beneficiárias das transferências somente
devem ser contabilizadas quando houver o repasse financeiro.
b) As receitas deverão ser reconhecidas no ente recebedor quando
ocorrer a liquidação no repassador, independentemente da transferência financeira.
c) Os entes repassadores deverão informar a cada bimestre o montante das transferências financeiras efetuadas.
d) Os Restos a Pagar inscritos pelo repassador não constituem receitas
no beneficiário até que ocorra a transferência financeira.
e) O ajuste da receita no ente recebedor é obrigatório somente no final
do exercício.
Resolução
a) Incorreta. O reconhecimento da receita, nas entidades beneficiárias, será no momento em que o órgão repassador liquida a despesa.
b) Correta. Conforme comentário da opção “a”.
c) Incorreta. Essa informação deverá ocorrer, no mínimo, a cada
bimestre, no prazo de até 5 dias úteis após o respectivo encerramento
evidenciando a natureza da despesa e o respectivo valor pago e/ou liquidado acumulado até o bimestre em que ocorrer a despesa.
d) Incorreta. Ora, se o órgão recebedor considera como receita no momento da sua liquidação realizada pelo transferidor, se não houver o
repasse, o recebedor já contabilizou como receita.
e) Incorreta. O ajuste deverá ser realizado no mínimo bimestralmente.
Outras Receitas Correntes: são os ingressos provenientes de outras
origens não classificáveis nas subcategorias econômicas anteriores.
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Como desdobramento dessa espécie encontram-se as multas e juros de
mora, indenizações e restituições, receita da dívida ativa e receitas
diversas.
1.2. Origem das receitas de capital
Conceito de receita de capital: São os ingressos de recursos financeiros oriundos de atividades geralmente não operacionais para
aplicação em despesas operacionais (correntes ou de capital), visando
cumprir os objetivos traçados nos programas e ações de governo.
São denominados receita de capital porque são derivados da obtenção
de recursos mediante a constituição de dívidas, amortização de empréstimos, financiamentos ou alienação de bens.
O § 2º do art. 11 da Lei 4.320/64 estabelece quais são as receitas de capital, mencionando-as da seguinte forma:
―São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos
financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em
espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado destinados a atender despesas classificáveis
em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente‖.
Essas receitas são representadas por mutações patrimoniais que nada
acrescentam ao patrimônio público, só ocorrendo uma troca de
elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro
(entrada dos recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial
(saída do patrimônio trocado pelos recursos financeiros).
Recordando, cabe destacar a distinção entre receita de capital e receita
financeira.
O conceito de receita financeira surgiu com a adoção pelo Brasil da metodologia de apuração do resultado primário, oriundo de acordos com
o Fundo Monetário Internacional - FMI.
Desse modo passou-se a denominar como receitas financeiras aquelas
receitas que não são levadas em consideração na apuração do resultado
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primário, como as derivadas de aplicações no mercado financeiro ou da
rolagem e emissão de títulos públicos, assim como as provenientes de
privatizações, dentre outras.
Resumindo, podemos enumerar as receitas de capital da seguinte forma:
Operações de Crédito – constituição de dívidas;
Alienações de Bens – conversão em espécie, de bens e direitos;
Amortizações de empréstimos – recebimento de empréstimos realizados ou
concedidos;
Transferências de Capital para atender despesas de capital;
Outras Receitas de Capital; e o
Superávit do orçamento corrente.
Foi cobrado em concurso!
(ESAF – TFC/2000) A Lei n° 4.320, de 17/03/1964, que estatui as
normas gerais do Direito Financeiro, classifica as receitas públicas em
receitas correntes e receitas de capital.
Indique, entre as opções abaixo, aquela que representa corretamente as
receitas de capital.
a) Receitas tributárias, receitas dos contribuintes, receitas patrimoniais, transferências de capital e outras receitas de capital.
b) Operações de crédito, alienação
de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras receitas de
capital.
c) Operações de crédito, alienação de bens, receitas patrimoniais,
receitas agropecuárias e receitas industriais.
d) Receitas tributárias, receitas de serviços, amortizações de
empréstimos, transferências de capital e outras receitas de capital.
e) Operações de crédito, receitas tributárias, receitas patrimoniais,
transferências de capital e outras receitas de capital.
Resolução
A opção correta é a letra “B”. Esta opção está de acordo com a Lei
4.320/64, onde estabelece quais são as receitas de capital.
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Atenção a essa informação!
As receitas de capital são denominadas de receitas por mutação
patrimonial, pois geralmente nada acresce ao patrimônio, constituindo simples alterações compensatórias, exceção à alienação de bens por
valor superior ao registrado contabilmente.
Um bem alienado por valor superior ao registrado na contabilidade, a
diferença se constitui em variação, ou seja, é um fato contábil
modificativo.
Exemplo: Um bem registrado na contabilidade por 10 mil e alienado
por R$ 15 mil, a diferença (5 mil), é uma variação ativa. É uma situação
semelhante ao ganho de capital considerado pela contabilidade geral.
É semelhante à arrecadação de receitas extra-orçamentárias. Na
arrecadação das receitas de capital, geralmente os fatos contábeis são permutativos.
Exemplo:
Receita de operações de crédito
(empréstimo).
Registra-se o recebimento do recurso (dinheiro em banco) e de forma concomitante, uma obrigação.
Receita de alienação de bens. Registra-se a saída do bem do ativo e de forma concomitante, a entrada do dinheiro
em bancos ou o direito a receber, se for a
prazo.
Receita de recebimento de empréstimos
concedidos (amortização de empréstimos).
Registra-se a entrada do dinheiro em
bancos e de forma concomitante, a
diminuição do direito a receber.
Foi cobrado em concurso! Essa questão foi difícil!
(CESPE – MJ/Perito Criminal Federal/2004) Empréstimo recebido pelo ente público constitui receita de capital, do mesmo modo que a
amortização de empréstimo concedido anteriormente pelo ente público,
enquanto os juros referentes aos empréstimos concedidos pelo ente são receitas correntes.
Resolução
1. Empréstimo recebido pelo ente público é sinônimo de (realização de
operação de crédito), portanto, é uma subcategoria das receitas de
capital.
2. A amortização de empréstimo é uma subcategoria das receitas de
capital. É o recebimento de em empréstimo concedido anteriormente.
3. Quando o devedor paga o empréstimo tomado (amortização do
principal + os juros), o órgão recebedor classifica o principal como
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receita de capital e os juros como receita corrente. Portanto, opção
correta.
Mais uma questão de concurso! Essa foi bem elaborada e difícil!
(CESPE – ACE/TCU – 2004) Receita orçamentária é a entrada que é acrescida ao patrimônio público como elemento novo e positivo,
integrando-se a ele sem quaisquer reservas, condições ou
correspondência no passivo.
Resolução
A primeira parte da questão está perfeita, entretanto, o termo “integrando-se a ele sem quaisquer reservas, condições ou correspondência no passivo” apresenta problemas.
Operação de crédito (empréstimo) é uma receita de capital orçamentária que integra o patrimônio público com correspondência no
passivo. No momento da realização da operação de crédito (receita de
capital), de forma concomitante, registra-se uma obrigação no passivo. Obrigação de longo prazo para futuramente resgatar o empréstimo.
De acordo com a Lei nº 4.320/64 as receitas de capital serão classificadas nos seguintes níveis de subcategorias econômicas,
atualmente denominadas de origem:
Operações de crédito: é o ingresso proveniente da colocação de
títulos públicos ou da contratação de empréstimos e financiamentos obtidos junto a entidades estatais, instituições financeiras, fundos, etc.
A Lei Complementar º 101, de 4 de maio de 2002, Lei de
Responsabilidade Fiscal - LRF, em seu art. 29 define operação de crédito como o compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens,
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros.
A LRF ainda equipara a operação de crédito a assunção, o
reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação.
A legislação aplicável à matéria operações de crédito envolve uma série
de normativos, os quais buscam disciplinar os critérios a serem observados quando da análise das operações de crédito e da concessão
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de garantia pela União, ressaltando principalmente parâmetros básicos
para a avaliação do risco assumido, tais como: limite de endividamento
da União, previsão orçamentária, capacidade de pagamento e adimplência do interessado, suficiência de contragarantias, bem como
aderência do pleito às prioridades de Governo.
A Secretaria do Tesouro Nacional é o órgão responsável pela
administração das dívidas pública interna e externa, tendo por atribuição gerir a dívida pública mobiliária federal e a dívida externa de
responsabilidade do Tesouro Nacional (Decreto no 1.745, de 13 de
dezembro de 1995). São recursos decorrentes principalmente da colocação de títulos públicos ou de empréstimos ou financiamentos
obtidos junto a entidades estatais ou particulares internas ou externas.
São divididas em duas espécies:
Operações de crédito internas;
Operações de crédito externas.
Operações de crédito internas: Compreendem os recursos
decorrentes da colocação no mercado interno de títulos públicos, financiamentos ou empréstimos obtidos no país junto a entidades
estatais ou particulares.
Operações de crédito externas: são os recursos decorrentes da
colocação, no mercado externo, de títulos públicos, ou de empréstimos ou financiamentos obtidos junto a entidades, estatais ou particulares,
sediadas no exterior.
Alienação de bens: são os recursos provenientes da venda de bens
móveis e imóveis.
É o ingresso de recursos provenientes da alienação de componentes do
ativo permanente, ou seja, é a conversão em espécie de bens e direitos.
É um tipo de receita por mutação patrimonial. Quando há alienação de
bens, registra-se a saída do bem do ativo e credita uma receita
orçamentária.
São divididas em quatro espécies:
Alienação de bens móveis;
Alienação de bens imóveis;
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Alienação de títulos mobiliários;
Alienação de estoques.
Alienação de bens móveis: registra-se o valor total da arrecadação da
receita de alienação de bens móveis tais como: mercadorias, bens inservíveis ou desnecessários e outros.
Alienação de bens imóveis: receita proveniente da alienação de bens
imóveis, de propriedade da União. Daqueles vinculados ou incorporados
ao Fundo Rotativo Habitacional de Brasília.
Alienação de títulos mobiliários: registra o valor total da receita
arrecadada com a alienação de títulos e valores mobiliários.
Alienação de estoques: receita proveniente da venda de estoques
públicos ou privados, em consonância com a política agrícola nacional.
Amortização de empréstimos: é o ingresso proveniente da
amortização, ou seja, recebimento de valores referentes a parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em títulos ou contratos.
Em outras palavras, registra a amortização de financiamentos ou
empréstimos concedidos pela União em títulos e contratos. Por
amortização de empréstimo entende-se o pagamento de empréstimo ou financiamento, em prestações fixas, sem considerar os juros e correção
monetária.
O prazo de amortização é o período que o devedor tem para pagar o
montante financiado, diluindo assim o saldo devedor a ser pago em cada prestação.
Financiamento é a operação financeira por meio da qual são fornecidos
recursos para a execução de um investimento previamente acordado
entre as partes. Pode ser desde a compra de um equipamento, até a implantação de uma nova unidade ou complexo industrial.
Os recursos devem obrigatoriamente ser empregados na execução da finalidade contratada.
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Os contratos de empréstimos podem ser de duas espécies: mútuo ou
comodato.
O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis - que podem ser
substituídas por outras da mesma espécie, qualidade e quantidade.
Nesse tipo de contrato o mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis.
Transferências de capital: é o ingresso proveniente de outros entes
ou entidades referentes a recursos pertencentes ao ente ou entidade
recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante
condições preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigência, desde
que o objetivo seja a aplicação em despesas de capital.
São receitas advindas de pessoas de direito público ou privado com a
finalidade de atender aos gastos de capital (transferências que o concedente vincula a um bem de capital).
Quanto a essas transferências valem as mesmas informações acerca das transferências correntes. Devendo atentar para o seguinte
procedimento:
Se o ente transferidor classificar a transferência como despesa de
capital, vinculando-a a um bem de capital, o órgão recebedor deve
classificar como receita de capital.
Outras receitas de capital: são os ingressos provenientes de outras
origens não classificáveis nas subcategorias econômicas anteriores.
Como desdobramento desse título encontram-se as receitas
provenientes de integralização do capital social, resultado do Banco Central do Brasil, as remunerações do Tesouro Nacional, os saldos de
exercícios anteriores e as outras receitas.
Mais duas questões de concursos!
(FCC – TRF 4ª/2001 – CONTADORIA) uma receita orçamentária será de mutação quando:
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a) alterar o saldo patrimonial.
b) diminuir o ativo permanente.
c) aumentar o ativo permanente.
d) afetar o passivo financeiro.
e) diminuir o passivo permanente.
Resolução
a) Incorreta. O saldo patrimonial não se altera porque o fato contábil é
permutativo. O saldo patrimonial só se altera quando o fato contábil for modificativo. É o que ocorre na arrecadação as receitas correntes, ou
seja, essas receitas modificam positivamente o patrimônio.
b) Correta. É o caso de receitas de capital por alienação de bens. O
ativo permanente diminui pela saída do bem. Atenção! Se o bem for do
ativo não-permanente, também estaria correta.
c). Incorreta. Ao contrário, o ativo permanente diminui.
d). Incorreta. Poderia afetar o passivo permanente quando a receita for
de operações de crédito.
e) Incorreta. A diminuição do ativo permanente poderia ser através do
resgate (amortização) da dívida pública fundada. Nesse caso seria uma
despesa.
(CESPE – AFCE/TCU – 1996) No que concerne à classificação da receita pública, julgue os itens a seguir:
(1) as receitas correntes são as que não provém da alienação de um bem de capital ou que não estejam, na lei, definidas como de capital.
(2) receitas públicas que estejam, por ato de poder público, vinculadas à realização de despesas correntes são consideradas receitas de capital.
(3) as receitas públicas de capital provém da alienação de bens de capital, da obtenção de empréstimos e das amortizações de
empréstimos concedidos.
(4) as categorias econômicas das receitas públicas podem ser
distribuídas por fontes e subfontes, podendo chegar a um maior
detalhamento, dependendo das necessidades de informação do órgão arrecadador.
(5) as receitas tributárias são uma das fontes das receitas correntes.
Resolução
(1) Certa. É o conceito de receitas correntes. A alienação de um bem de capital gera receita de alienação de bens – receita de capital.
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(2) Errada. Em princípio, não existe obrigatoriedade de que as receitas
correntes devem ser aplicadas em despesas correntes, entretanto, se
por ato de poder público ou determinação legislativa, algumas receitas correntes estiverem vinculadas à realização de despesas correntes,
essas receitas são consideradas correntes.
(3) Certa. É o conceito de receitas de capital.
(4) Essa questão é de concurso de 1996. Naquela época a questão era
certa. Atualmente, conforme visto acima, não consta a subfonte entre os níveis da receita. Foi extinta a subfonte.
(5). Errada. Receita tributária é essencialmente receita corrente, mas
não são fontes. Atualmente é uma das ORIGENS da receita.
1.3. Estágios ou fases da receita
Estágio da receita orçamentária é cada passo ou fase que identifica e evidencia o comportamento da receita, facilitando o conhecimento,
registro e a gestão dos ingressos de recursos.
A receita pública, desde a sua inclusão na proposta orçamentária até o seu recolhimento ao caixa único do Tesouro Nacional passa por fases ou
estágios, conforme demonstrado no esquema seguinte:
Previsão
Contido na LOA
Lançamento
Inscrição do débito
Arrecadação
Recolhimento
Estágios de
execução da receita
Foi cobrado em concurso!
(FCC – Técnico de Orçamento/MPU – 2007) Os estágios da receita
pública são, em ordem cronológica,
(A) lançamento, previsão, recolhimento e arrecadação.
(B) lançamento, previsão, arrecadação e recolhimento.
(C) previsão, lançamento, recolhimento e arrecadação.
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(D) previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento.
(E) Arrecadação, lançamento, previsão e recolhimento.
Resolução
Essa questão é bem simples e é importante apenas para fins de fixação
do conteúdo.
Previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento são os estágios da receita e ocorrem exatamente nessa ordem, sendo que a previsão não
se configura um estágio de execução, porém, a doutrina o considera
como uma das fases da receita.
O estágio da previsão da receita encontra-se inserido na LOA e se
constitui em previsão legal, em especial, na lei nº. 4.320/64.
Opção correta “d”.
Vejamos agora cada um dos estágios da receita:
Previsão: chamado normalmente de receita orçada, é a estimativa de quanto se espera arrecadar durante o exercício financeiro (art. 51, da lei
4.320/64).
Em outras palavras, é a estimativa do que se espera arrecadar durante
o exercício, denomina-se projeções.
Lançamento: consiste no procedimento administrativo onde se verifica
a procedência do crédito fiscal, quem e quando se deve pagar e inscreve a débito do contribuinte. Geralmente ocorre numa repartição pública
(art. 53, da lei nº 4.320/64).
Somente passam por esta fase algumas das receitas provenientes de tributos ou derivadas. Atenção! As receitas originárias, não estão
sujeitas a lançamento e ingressam diretamente no estágio da
arrecadação.
Algumas receitas não passam por esse estágio, a exemplo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).
Atenção! Cuidado porque pode ser exigido no concurso do TCU! O
Manual de Procedimentos da Receita Pública Portaria STN nº 303/05
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considera que o estágio do lançamento está dentro da previsão,
constituindo a sua segunda fase assim:
Previsão: estimativa de arrecadação da receita, constante da Lei
Orçamentária Anual – LOA, compreendido em fases distintas:
1. A primeira fase consiste na organização e no estabelecimento da
metodologia de elaboração da estimativa;
2. A segunda fase consiste no lançamento, que é tratado pela Lei nº 4.320/64 nos seus artigos 51 e 53, é o assentamento dos débitos
futuros dos contribuintes de impostos diretos, cotas ou contribuições prefixadas ou decorrentes de outras fontes de recursos, efetuados pelos
órgãos competentes que verificam a procedência do crédito a natureza
da pessoa do contribuinte quer seja física ou jurídica e o valor correspondente à respectiva estimativa. O lançamento é a legalização
da receita pela sua instituição e a respectiva inclusão no orçamento.
Não são todas as receitas que passam pelo estágio do lançamento. Na
União, praticamente não existe esse estágio, ocorrendo geralmente em função de multas.
Quando há lançamento de receitas, o registro contábil ocorre somente
no sistema orçamentário, já a sua execução (arrecadação), existem
lançamentos nos sistemas orçamentário e financeiro.
Arrecadação: consiste no pagamento, pelo contribuinte, ao agente
arrecadador (instituição financeira), do valor do seu débito (art. 56, da Lei nº 4.320/64).
Recolhimento: consiste no repasse, pelo agente arrecadador
(instituição financeira), do valor arrecadado, para o caixa único do
Tesouro Nacional, mantido no Banco Central do Brasil – BACEN.
Foi cobrado em concurso
(CESPE – MJ/Perito Criminal Federal/2004) A arrecadação de todas as receitas da União é recolhida à conta do Tesouro Nacional no Banco do
Brasil S.A. Entretanto, a posição líquida dos recursos do Tesouro
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Nacional no Banco do Brasil S.A. será depositada no Banco Central do
Brasil, à ordem do Tesouro Nacional.
Resolução
A conta única do Tesouro Nacional é mantida junto ao Banco Central do Brasil – BACEN. O Banco do Brasil apenas operacionaliza essa conta, ou
seja, cada unidade orçamentária deverá manter uma conta neste banco
para fins de movimentação de recursos. Opção incorreta.
Em princípio, todos os recursos arrecadados, com raríssimas exceções, a
exemplo das receitas financeiras dos fundos especiais, são recolhidas ao
caixa único do Tesouro Nacional, mantida junto a Banco Central através de uma conta matriz com a seguinte codificação: 1.1.1.1.2.01.00 Conta
Única do Tesouro Nacional. A partir dessa conta existem as contas filiais,
com as seguintes codificações; 1.1.1.1.2.01.01 Banco Central do Brasil e 1.1.1.1.2.01.02 Banco do Brasil.
Observe que na codificação só mudam os dois últimos dígitos.
A Conta Única do Tesouro Nacional não é uma conta movimento, mas sim, de acolhimento das disponibilidades de caixa. As outras contas são
de movimento e são gerenciadas pela STN e BB.
Foi cobrado em concurso
(CESPE – CNPq/2004) O pagamento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) efetuado por contribuinte em agência bancária
caracteriza o estágio de recolhimento dessa receita.
Resolução
Conforme visto no conceito sobre arrecadação de receitas, o pagamento
de tributo efetuado por contribuinte em agência bancária caracteriza o estágio da arrecadação. O estágio do recolhimento ocorre quando a
instituição financeira recolhe os recursos arrecadados para a conta única
do Tesouro Nacional. Opção incorreta.
Mais uma questão de concurso!
(ESAF – MPU/2004 - Analista de Controle Interno) Assinale a opção que
indica afirmação verdadeira em relação à execução orçamentária da receita.
a) O registro da fixação de receita é contabilizado no sistema financeiro e no sistema orçamentário.
b) A contabilização ocorre somente no registro da realização da receita.
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c) No lançamento, a contabilização ocorre somente no sistema
orçamentário ao passo que na realização, a contabilização afeta tanto o
orçamentário como o financeiro.
d) O registro contábil da execução orçamentária da receita em nenhuma
situação afeta o sistema patrimonial.
e) No Plano de Contas Único da Administração Federal as contas do
sistema orçamentário destinadas ao registro da execução da receita
estão localizadas no passivo e as destinadas ao registro da fixação estão localizadas no ativo.
Resolução
a) Incorreta. A receita não é fixada, e sim, prevista. Na sua previsão há
registro contábil no sistema de compensação.
b) Incorreta. A contabilização ocorre também, se for o caso, no estágio
do lançamento, que ainda não é arrecadação. Na arrecadação não há dúvida de que são registrados lançamentos nos sistemas orçamentário e
financeiro.
c) Correta. Se for o caso de lançamento de receita, haverá registro no
sistema orçamentário. Na arrecadação ou realização da receita ocorrem
lançamentos contábeis nos sistemas orçamentário e financeiro.
d) Incorreta. Toda receita corrente arrecadada afeta o sistema
patrimonial, alterando positivamente o saldo patrimonial, haja vista que
ocorre um fato contábil modificativo. Uma receita de aplicação financeira também afeta o sistema patrimonial, aumentando o saldo da conta
bancos.
e) Incorreta. Não teria lógica a execução da receita, algo que é positivo,
ser registrado no passivo. Mesmo sem conhecer a estrutura do plano de
contas, pensando dessa forma o candidato não marcaria esta opção.
Um detalhe muito importante acerca da receita pública é a REGRA DE
OURO! Bastante cobrado em concurso!
Essa regra está prevista na CF e regulamentada na LRF.
A regra proíbe a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados
pelo Poder Legislativo por maioria absoluta (art. 167, inciso III, da CF).
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A LRF estabelece que o montante previsto para as receitas de operações
de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital
constantes do projeto de lei orçamentária (art. 12, § 2º, da LRF).
A aplicação deste parágrafo 2º foi suspensa por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN nº 2.238). Porém, a aplicabilidade
da regra de ouro ainda é obrigatória, haja vista que essa previsão
encontra-se também inserida na Constituição Federal (art. 167, inciso III da CF).
Embora o Supremo Tribunal Federal - STF tenha deferido, por
unanimidade, medida acauteladora pela suspensão da eficácia do § 2º
do artigo 12 da LRF, ainda persiste a exigência do inciso III, art. 167, da C.F.
Exemplificando a regra de ouro:
Lei Orçamentária Anual para 2006 – em milhares.
Receitas Previstas $ Despesas fixadas $
Corrente Correntes
Tributária 10.000 Pessoal e encargos sociais 15.000
Patrimonial 1.000 Material de consumo 3.000
De serviços 4.000 De Capital
De Capital Investimentos 2.000
Operações de crédito 5.000 Inversões financeiras 1.000
Alienação de bens 1.000 Amortização da dívida 2.000
Amortização de empréstimos 2.000
Total 23.000 Total 23.000
Comentários:
1. A regra fala em receitas de operações de crédito (origem das receitas
de capital). Portanto, não são todas as receitas de capital.
2. Quanto às despesas, a regra fala em todas as despesas de capital.
3. A situação hipotética acima demonstra o limite máximo que o órgão
poderia realizar de receitas de operações de crédito ($ 5.000). Isso
porque o total das despesas de capital soma $ 5.000.
4. A finalidade dessa regra é evitar o endividamento do Estado.
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5. Existe exceção a essa regra. As receitas de operações de crédito
poderiam ser superiores às despesas de capital, desde que fossem
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta.
Veja como tem sido cobrado em concurso!
(ESAF/MPOG – Analista de Planejamento e Orçamento/2002) No tocante
à Lei de Responsabilidade Fiscal, identifique a chamada ―Regra de
Ouro‖.
a) A transparência na gestão fiscal é o principal instrumento para o
controle social.
b) As penalidades alcançam todos os responsáveis dos Três Poderes da
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e todo cidadão será parte
legítima para denunciar.
c) A Lei de Responsabilidade Fiscal é importante para o país, porque
representa um enorme avanço na forma de administrar os recursos públicos.
d) A contratação de operações de crédito em cada exercício fica limitada
ao montante da despesa de capital.
e) Nenhum ato que provoque aumento da despesa de pessoal, nos
Poderes Legislativo e Executivo, poderá ser editado nos 180 dias anteriores ao final da legislatura ou mandato dos chefes do Poder
Executivo.
Resolução
A questão ficou fácil porque não “entrou” em detalhes, nas exceções. O
comando da questão pede para identificar apenas o item que se refere à regra de ouro. Quem não a conhecia, “dançou”. A opção correta é a
letra “d”. Veja novamente o exemplo da regra de ouro acima.
Foi cobrado em concurso
(TCE/ES – Controlador de Recursos Públicos/2004) A previsão da receita
é ato executado por repartição competente que verifica a procedência
do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora.
Resolução
A previsão da receita é um fato administrativo executado durante a
elaboração do orçamento. Esse estágio da receita é estático, ou seja, é
um procedimento. O comando da questão refere-se ao estágio do lançamento da receita. Opção incorreta.
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1.4. Para encerrar, mais alguns conceitos extraídos do Manual da Receita Pública
Abordaremos alguns conceitos considerados relevantes, inclusive de
matéria tratada no próprio texto da aula.
Receita pública efetiva: A Receita Pública Efetiva é aquela em que os
ingressos de disponibilidades de recursos não foram precedidos de
registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações correspondentes e por isso alteram a situação líquida patrimonial.
As receitas públicas efetivas são aquelas que alteram a situação líquida
patrimonial e não constituem obrigações do governo.
Exemplo: todas as receitas correntes, exceto as receitas provenientes
de créditos inscritos na dívida ativa.
Receita pública não-efetiva: A Receita Pública Não-Efetiva é aquela
em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidos
de registro do reconhecimento do direito e por isto não alteram a situação líquida patrimonial.
A receita pública não-efetiva é aquela não alteram a situação líquida
patrimonial e que os ingressos de disponibilidades constituem ou não
obrigações do governo.
Exemplo: Todas as receitas de capital (receitas por mutação patrimonial) e as receitas extra-orçamentárias.
Quando o governo arrecada receitas de capital, haverá extinção ou
diminuição do ativo ou o registro de uma obrigação.
Receitas correntes: São os ingressos de recursos financeiros oriundos
das atividades operacionais, para aplicação em despesas
correspondentes, também em atividades operacionais, correntes ou de capital, visando atingir aos objetivos constantes dos programas e ações
de governo. São denominadas de receitas correntes porque não têm
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suas origens em operações de crédito, amortização de empréstimos e
financiamentos e/ou alienação de componentes do ativo permanente.
Elas são derivadas do poder de tributar ou resultantes da venda de produtos ou serviços colocados à disposição dos usuários. Têm
características intrínsecas de atividades que contribuem para a
finalidade fundamental dos órgãos e/ou entidades públicas, quer sejam operacionais ou não operacionais.
Receitas de capital: São os ingressos de recursos financeiros oriundos
de atividades operacionais ou não operacionais para aplicação em despesas operacionais, correntes ou de capital, visando ao atingimento
dos objetivos traçados nos programas e ações de governo. São
denominados receita de capital porque são derivados da obtenção de recursos mediante a constituição de dívidas, amortização de
empréstimos e financiamentos e/ou alienação de componentes do ativo
permanente, constituindo-se em meios para atingir a finalidade fundamental do órgão ou entidade, ou mesmo, atividades não
operacionais visando estímulo às atividades operacionais do ente.
Deduções da Receita Pública:
No âmbito da administração pública a dedução de receita é utilizada nas seguintes situações, entre outras:
Restituição de tributos recebidos a maior ou indevidamente;
Recursos que o ente tenha a competência de arrecadar, mas que pertencente a outro
ente de acordo com a lei vigente;
Demonstrar contabilmente a renúncia de receita.
Restituição de receitas públicas: A Restituição de receitas arrecadadas em exercícios anteriores poderá ser feita de duas maneiras:
1. mediante dedução da receita arrecadada no exercício corrente, quando não houver descontinuidade de arrecadação da respectiva
origem ou natureza de receita;
2. mediante apropriação de despesa orçamentária para os casos de
restituições de receitas e que não são mais arrecadadas a partir do exercício da restituição, devendo neste caso fixar dotação para
pagamento dessas restituições na Lei Orçamentária Anual.
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A restituição de receitas recebidas no exercício deverá ser feita sempre
por dedução da respectiva natureza de receita.
Destinação da receita pública: a destinação de receita pública, para
fins de aplicação, é dividida em ordinária e vinculada.
Destinação vinculada: é o processo de vinculação de fonte na aplicação de recursos em atendimento às finalidades específicas
estabelecidas pela legislação vigente.
Destinação ordinária: É o processo de alocação livre de fonte parcial
ou totalmente não vinculada, à aplicação de recursos para atender às
finalidades gerais do ente.
Atenção! As destinações estão divididas ainda em destinações primárias
ou não-primárias, conceito importante na elaboração do Demonstrativo
do Resultado Primário, parte integrante do Relatório Resumido da Execução Orçamentária, instituído pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Destinação primária: É a fonte primária ou vinculada derivada de
natureza de receita que não tenha características de endividamento ou
de desmobilização.
Destinação não-primária: É a fonte vinculada derivada de natureza de receita que tenha características de endividamento ou de
desmobilização.
Um desses dispositivos é o parágrafo único do art. 8º e o art. 50, da
LRF, transcritos abaixo:
―Art. 8º - Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao
objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em
que ocorrer o ingresso.‖
―Art. 50 - Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública,
a escrituração das contas públicas observará as seguintes:
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I - a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que
os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;‖
Receita compartilhada: Receita orçamentária pertencente a mais de
um Beneficiário independente da forma de arrecadação e distribuição.
Receita vinculada: É a receita arrecadada com destinação específica
estabelecida em dispositivos legais. A vinculação da receita torna a
programação financeira menos flexível, deixando parte dos recursos disponíveis apenas a uma destinação certa.
Renúncia de receita: É a não arrecadação de receita em função da
concessão de isenções, anistias ou subsídios. Deve-se atentar, na renúncia de receita, ao disposto pela Lei nº 101/2000 – Lei de
Responsabilidade Fiscal art. 14, que determina critérios a serem
observados quanto a este fato.
Ainda existem outros conceitos que consideramos não muito
importantes para fins de concurso.
Para concluir com ―chave de ouro‖, mais uma questão:
(ESAF – AFC/CGU – 2006) No que diz respeito à receita pública, indique
a opção falsa.
a) A Lei n. 4.320/64 classifica receita pública em orçamentária e extra- orçamentária, sendo que esta apresenta valores que não constam do
orçamento.
b) A receita orçamentária divide-se em dois grupos: correntes e de capital.
c) As receitas correntes compreendem as receitas tributárias, de
contribuições, patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, de
alienação de bens, de transferências e outras.
d) A receita pública é definida como os recursos auferidos na gestão,
que serão computados na apuração do resultado financeiro e econômico
do exercício.
e) A receita extra-orçamentária não pertence ao Estado, possuindo
caráter de extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos.
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Resolução
O comando da questão pede a opção falsa.
a) Incorreta. É simplesmente isso mesmo que a Lei nº 4.320/64
classifica a receita pública. Em orçamentária e extra-orçamentária,
sendo que a receita extra-orçamentária não constam na lei orçamentária.
b) Incorreta. Os grupos que se fala nessa opção são as categorias
econômicas da receita! Ah! Cuidado! Não fique procurando “chifre em cabeça de cavalo” na hora da prova. O termo grupo não tem nada
demais.
c) Correta. Até que começou bem, mas alienação de bens é receita de
capital.
d) Incorreta. Todas as receitas públicas orçamentárias e extra-
orçamentárias serão computados na apuração dos resultados financeiro e econômico do exercício.
e) Incorreta. A receita extra-orçamentária realmente não pertence ao Estado e possui caráter de extemporaneidade ou de transitoriedade
durante a execução do orçamento. O termo “transitoriedade nos
orçamentos nos orçamentos‖ quer dizer execução orçamentária.
2. Questões de concursos (com resolução)
1. (CESPE – 2004 – Contador - Agência de Defesa Agropecuária do
Estado do Pará) De acordo com a classificação por categorias econômicas, são receitas correntes as receitas tributárias, de
contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e ainda
as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em despesas correntes.
Resolução
As receitas são classificadas em duas categorias econômicas: receitas
correntes e receitas de capital. As receitas (corrente e de capital),
segundo sua natureza são classificadas em:
Categoria econômica X
Origem Y
Espécie Z
Rubrica W
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Alínea TT
Subalínea KK
Essa é a classificação atual.
Segundo a sua origem as receitas estão assim classificadas e
codificadas;
Receitas Correntes
1. Receita tributária;
2. Receita de contribuições;
3. Receita patrimonial;
4. Receita agropecuária;
5. Receita industrial;
6. Receita de serviços;
7. Transferências correntes;
9. Outras receitas correntes.
Receitas de Capital
1. Operações de crédito;
2. Alienação de bens;
3. Amortização de empréstimos;
4. Transferências de capital;
5. Outras receitas de capital.
Assim sendo, a opção está corretíssima.
2. (CESPE – 2004 – Contador - Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará) Com base no art. 2.° da Lei n.º 4.320/1964, são
consideradas fontes de receitas todas as representadas pelas contas
analíticas em que se subdividem as receitas correntes e as receitas de capitais, não sendo consideradas as fontes representadas pelas contas
sintéticas.
Resolução
As fontes de receitas são uma classificação à parte e não se inclui na
classificação segundo a natureza.
Orçamentariamente existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinação legal dos recursos arrecadados.
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Assim sendo, foi instituído pelo Governo Federal um mecanismo
denominado “fontes de recursos”. As fontes de recursos constituem-se
de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinação legal, e servem para indicar como
são financiadas as despesas orçamentárias.
Entende-se por fonte de recursos a origem ou a procedência dos
recursos que devem ser gastos com uma determinada finalidade. É necessário, portanto, individualizar esses recursos de modo a evidenciar
sua aplicação segundo a determinação legal.
Portanto, as atuais fontes de recursos são:
1 - Recursos do tesouro – exercício corrente;
2 - Recursos de outras fontes - exercício corrente;
3 - Recursos do tesouro – exercícios anteriores;
6 - Recursos de outras fontes - exercícios anteriores;
9 - Recursos condicionados.
A questão está incorreta porque menciona que são consideradas fontes de receitas todas as representadas pelas contas analíticas em que se
subdividem as receitas correntes e as receitas de capitais, não sendo
consideradas as fontes representadas pelas contas sintéticas. As fontes consideradas sintéticas são sim consideradas. Essa é a classificação
correta. As contas analíticas são representadas a partir da origem.
3. (CESPE – 2004 – Contador - TERRACAP) Considere que uma agência
bancária receba o pagamento, relativo ao IPVA, de um contribuinte e posteriormente transfira o valor recebido para o caixa do tesouro
estadual. Nessa situação, a referida transferência caracteriza o estágio
da receita denominado arrecadação.
Resolução
A questão está incorreta porque o seu enunciado se refere aos estágios da arrecadação (momento que o contribuinte paga o tributo) e do
recolhimento (quando a banco recolhe a arrecadação ao tesouro). O
estágio da receita apresentado na situação é o do recolhimento.
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4. (CESPE – Perito Criminal Federal – 1997) Quanto á categoria
econômica, a receita pública orçamentária pode ser classificada em
receitas correntes e de capital. A respeito dessa receitas, julgue os itens seguintes.
1 – São exemplos de receitas correntes: impostos, aluguéis de
máquinas, equipamentos ou veículos, dividendos, serviços de comercialização de produtos agropecuários e receita da dívida ativa não-
tributária.
2 – A receita corrente tributária é composta de impostos, taxas,
contribuições sociais, contribuições econômicas e contribuições de melhoria.
3 – Juros de empréstimos é uma receita corrente de serviços resultante das taxas de juros aplicadas a empréstimos concedidos, diferenciando-
se dos juros classificados na receita corrente patrimonial, por se tratar
de receita operacional das instituições financeiras.
4 – A venda de bens móveis é uma receita pública orçamentária, representando uma característica das receitas de capital, mas também
pode ser encontrada entre as receitas correntes.
5 – As operações de crédito e a amortização de empréstimos são itens
da receita pública orçamentária de capital, e em ambas as transações o governo assume a posição de devedor.
Resolução
1. Correta. Todos os exemplos apresentados são receitas correntes.
Atenção! Dividendos é um exemplo de receita patrimonial – receita de
valores mobiliários “dividendos”.
2. Correta. Acho que essa ninguém tem dúvida! São as espécies de
tributos.
3. Errada. Juros de empréstimos realmente é uma receita corrente de serviços resultante das taxas de juros aplicadas a empréstimos
concedidos, porém, não diferencia dos juros classificados na receita
corrente patrimonial.
4. Errada. A venda de bens móveis é uma receita pública orçamentária
de capital, jamais poderá ser corrente.
5.Errada. Na amortização de empréstimos o governo assume a posição
de credor, ou seja, é um empréstimo concedido pelo governo e que
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agora está sendo amortizado pelo devedor. As operações de crédito
realmente o governo assume a posição de devedor.
5. (FCC – TRT 11ª Região – Analista Judiciário – Contabilidade 2005) No
orçamento aprovado por lei não foi prevista a cobrança da Receita da Dívida Ativa Não-Tributária e de outras Receitas. Em sendo arrecadada
essa receita referente a exercícios anteriores, esta deverá se lançada
como
(A) Receita extra-orçamentária.
(B) Receita patrimonial da dívida ativa.
(C) Outras receitas.
(D) Receitas diversas.
(E) Receita da dívida ativa não tributária.
Resolução
Essa situação apresenta um exemplo típico de receita da dívida ativa
não-tributária. Atenção! Mesmo que essa receita não esteja prevista na
LOA ela é orçamentária (incorpora definitivamente ao patrimônio público). A opção correta é a letra “e”.
6. (FCC – Técnico de Orçamento/MPU – 2007) Trata-se de um receita
derivada:
(A) receitas de aluguéis de imóveis de propriedade do ente público.
(B) dividendos recebidos de empresas estatais.
(C) receitas de atividades industriais promovidas pelo ente público.
(D) receitas de contribuições sociais.
(E) doações recebidas pelo ente público.
Resolução
Observe que todas as receitas apresentadas nas opções, exceto as receitas de contribuições sociais, são receitas originárias.
As receitas públicas originárias são aquelas provenientes do patrimônio
público, ou seja, são receitas arrecadadas através do patrimônio
administrativo (bens e direitos) colocados à disposição da sociedade mediante cobrança de determinado preço.
As receitas públicas derivadas, como o próprio nome diz deriva do patrimônio da sociedade. O governo exerce a sua competência ou o
poder de tributar os rendimentos ou o patrimônio da população.
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Opção correta “d”.
7. (FCC – Auditor – TCE/CE 2006) Quanto á origem, as receitas públicas
se classificam em originária, derivada a transferida, segundo
classificação doutrinária. São espécies de receitas originárias, derivada e transferida, respectivamente.
(A) receita estadual produto do IPI, reparação de guerra e multa
administrativa.
(B) Multa administrativa, imposto e receita municipal produto do IPVA.
(C) Tarifa, taxa e receita estadual produto do IR.
(D) receita municipal do IR, multa administrativa e laudêmio.
(E) Contribuição de melhoria, prescrição aquisitiva e herança vacante.
Resolução
Resumidamente podemos mencionar que:
Receitas provenientes de tributos (impostos, taxas, contribuições de
melhoria, contribuições econômicas e sociais e empréstimos compulsórios) são derivadas;
Multa é sempre receita não tributária e tem caráter penal, portanto, receita derivada;
Receita originária é proveniente do patrimônio público à disposição da sociedade.
Opção correta “c”.
8. (FCC – Auditor – TCE/CE 2006) São exemplos de receitas extra- orçamentárias:
(A) As receitas agropecuárias e industriais.
(B) Os depósitos judiciais oriundos do contencioso fiscal.
(C) As amortizações de empréstimos concedidos a outros entes públicos.
(D) Os ingressos decorrentes da alienação de bens móveis e imóveis.
(E) As entradas relativas ás contribuições de intervenção no domínio econômico.
Resolução
a) Incorreta. As receitas agropecuárias e industriais são receitas
correntes orçamentárias.
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b) Correta. Depósitos judiciais são representados por uma determinada
quantia depositada em bancos para fins prosseguimento de recurso
administrativo ou judicial. Esse valor se constitui em receita extra- orçamentária porque o processo ainda não foi decidido. Caso a
administração perca a ação, deverá restituir ao contribuinte o valor
depositado a seu favor, caso contrário, a quantia depositada será convertida em pagamento do tributo em disputa e a receita “passa” a
ser classificada como orçamentária.
c) Incorreta. As amortizações de empréstimos concedidos a outros entes
públicos são receitas orçamentárias de capital para a entidade credora,
ou seja, para quem está recebendo o valor emprestado.
d) Incorreta. Os ingressos decorrentes da alienação de bens móveis e
imóveis são receitas orçamentárias de capital.
e) Incorreta. Contribuições de intervenção no domínio econômico São
receitas orçamentárias correntes.
9. (FCC – Auditor – TCM/CE 2006) A expressão “crédito público” NÃO
significa:
a) “Operações em que o estado contrai dívida pública”.
b) “Dívida pública flutuante ou fundada”.
c) “Receitas públicas originárias e derivadas”. d)
“Empréstimos públicos internos e externos” e)
“Operações em que o estado toma dinheiro”.
Resolução
A expressão crédito público significa dizer que o Estado possui crédito
perante as instituições internacionais e nacionais, outros países ou
internamente. Em outras palavras, significa credibilidade que o estado possui para adquirir empréstimos.
Assim, receitas públicas originárias e derivadas não são obtidas mediante empréstimos, mas sim através de geração de receitas dentro
do estado
Seria o mesmo que dizer: “o estado brasileiro possui crédito ou
credibilidade internacional para contrair empréstimos”, ou seja, possui
capacidade para tomar e pagar empréstimos.
Opção correta “c”.
10. (CESPE – TRE/PA – Analista Judiciário – Contabilidade – 2005) De
modo geral, receita pública é qualquer entrada de recursos feita aos
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cofres públicos, seja por arrecadação decorrente de leis e contratos ou
como depositário de valores que não pertencem à administração
pública. Com referência à receita pública, julgue os itens que se seguem.
I É classificada como receita derivada aquela proveniente de bens
pertencentes ao patrimônio do Estado em que os recursos financeiros são obtidos mediante a cobrança de um valor pela venda de bens ou
pela prestação de serviço.
II Os recursos recebidos de laudêmios são classificados como receitas
patrimoniais.
III Denomina-se previsão o ato realizado pela repartição a quem compete verificar tanto a procedência do crédito fiscal como a pessoa
que lhe é devedora e inscrever o débito desta.
IV Recursos oriundos de alienação de bens provocam variação ativa
orçamentária por meio da receita e, também, uma mutação passiva
orçamentária pela redução do ativo.
V As operações de crédito por antecipação de receita são classificadas
como receitas orçamentárias sob rubricas próprias.
Estão certos apenas os itens
A I e II.
B I e III.
C II e IV.
D III e V.
E IV e V.
Resolução
I. Incorreta. Receita derivada NÃO é proveniente de bens pertencentes
ao patrimônio do Estado, ou seja, não são receitas arrecadadas mediante a obtenção de recursos financeiros obtidos da cobrança de
valores pela venda de bens ou pela prestação de serviço.
II. Correta. Laudêmio é um valor exigido pelo poder público. Esse valor
correspondente a cinco por cento do valor atualizado do domínio pleno do terreno da União e das benfeitorias nele existentes e será calculado
pelo próprio alienante. Portanto, essa arrecadação é uma receita
corrente patrimonial.
III. Incorreta. Previsão de receita é um ato administrativo de inclusão,
na LOA, das receitas serem arrecadadas no ano subseqüente. O enunciado dessa opção se refere ao lançamento de receita.
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IV. Correta. Recursos oriundos de alienação de bens (receitas de capital)
provocam variação ativa orçamentária por meio da receita e, também,
uma mutação passiva orçamentária pela redução do ativo (saída do bem).
V. Incorreta. As operações de crédito por antecipação de receita - AROs
são classificadas como receitas extra-orçamentárias.
Conclusão: opção correta “c”.
Prezado concursando!
Por hoje é só. Obrigado pela atenção é bom estudo.
Um forte abraço!
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