Aula 0 AFO TCU Obras

Embed Size (px)

Citation preview

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

AULA 00: Oramento na Constituio Federal PPA, LDO e LOASUMRIO 1. Apresentao e Cronograma 2. Plano Plurianual - PPA 3. Lei de Diretrizes Oramentrias - LDO 4. Lei Oramentria Anual 5. Questes de concursos anteriores do CESPE 6. Memento (resumo) 7. Lista das questes comentadas na aula 8. Gabarito PGINA 1 6 10 16 26 37 40 45

Ol amigos! Como bom estar aqui! com enorme satisfao que inicio este Curso de Administrao Financeira e Oramentria (AFO) para o Tribunal de Contas da Unio (TCU) Teoria e Questes Comentadas do CESPE! casa nova! Novos desafios! Uma espetacular equipe de professores! E j comeo falando do nosso curso: Contedo atualizadssimo de Administrao Financeira e Oramentria; Teoria aliada a muita prtica por meio de questes comentadas do CESPE; Frum de dvidas; Para os que assim desejarem, contato direto com o professor por e-mail: [email protected]; Resumos (mementos) ao final de cada aula; Curso baseado no recente edital do Tribunal de Contas da Unio Obras. Com esse enfoque comeo este curso e cada vez mais motivado em transmitir conhecimentos a estudantes das mais diversas regies deste pas! Sei que muitas vezes as aulas virtuais so as nicas formas de acesso ao ensino de excelncia que o aluno dispe. Outros optam por este to efetivo mtodo de ensino porque conhecem a capacidade do material elaborado pelos Professores do Estratgia. Porm, mais importante ainda que um professor motivado so estudantes motivados! O aluno sempre o centro do processo e ele capaz de fazer a diferena. A razo de ser da existncia do professor o aluno.

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

1 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 Voltando aula demonstrativa, esta tem o intuito de apresentar ao estudante como ser a metodologia de nosso curso, bem como o conhecimento do perfil do professor. J adianto que gosto de elaborar as aulas buscando sempre a aproximao com o aluno, para que voc que est lendo consiga imaginar que o professor est prximo, falando com voc. Vou comear com minha breve apresentao: sou Analista de Planejamento e Oramento do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto. Atualmente estou lotado na Secretaria de Oramento Federal (SOF) e sou instrutor da Escola Nacional de Administrao Pblica (ENAP) e das Semanas de Administrao Oramentria, Financeira e de Contrataes Pblicas da Escola de Administrao Fazendria (ESAF). Especializei-me em Planejamento e Oramento pela ENAP e sou ps-graduado em Oramento Pblico pelo Instituto Serzedello Corra do Tribunal de Contas da Unio (ISC/TCU). Fiz meu primeiro concurso pblico nacional aos 17 anos, ingressando na Escola Preparatria de Cadetes do Exrcito (EsPCEx) e me graduei pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), concluindo meu bacharelado em Cincias Militares com nfase em Intendncia (Logstica e Administrao). Como Oficial do Exrcito, exerci as funes de Pregoeiro e de Membro da Comisso Permanente de Licitaes e Contratos. Sou servidor pblico desde 2001 e professor das disciplinas Administrao Financeira e Oramentria (AFO), Direito Financeiro e Planejamento e Oramento Governamental. Como concurseiro, comecei a estudar em 2006 visando Receita Federal, buscando um novo horizonte, e como o concurso no saa, procurei novas frentes. Surgiu o concurso para meu cargo atual, analisei o edital e as funes desempenhadas, quando vislumbrei que tal cargo era muito mais voltado para minhas preferncias pessoais. At ento nem sabia que ele existia! Mesmo mudando o foco em cima da hora, sem ter estudado algumas matrias, obtive a aprovao, a qual consegui muito em funo do conhecimento de Administrao Financeira e Oramentria - AFO que sempre tem um peso significativo nas provas. Por isso considero AFO to importante. A minha experincia anterior como Pregoeiro e em Licitaes me ajudou e ajuda at hoje a ter uma viso mais completa do emprego do dinheiro pblico, pois agora estou do outro lado, o da alocao dos recursos. Assim, compreendo todas as dificuldades e anseios daqueles que efetivamente gastam. Hoje, como Analista de Planejamento e Oramento (APO) e lotado na Secretaria de Oramento Federal (SOF), convivo diariamente com esse assunto fascinante que o Oramento, chave da nossa matria. Este o edital do TCU para Auditor Federal de Controle Externo Obras: ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA: 1 Oramento pblico: conceitos e princpios. 2 Oramento pblico no Brasil. 3 Ciclo oramentrio. 4 Oramento na constituio de 1988: LDO, LOA e PPA. 5 Oramento-programa. 6 Tipos de Crditos Oramentrios. 7 Descentralizao Oramentria.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

2 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

Assim, em uma diviso mais didtica que o edital, buscando ser o mais completo e objetivo possvel, sero 7 aulas (0 a 6), desenvolvidas da seguinte forma:AULA Aula 0 Aula 1 Aula 2 Aula 3 Aula 4 Aula 5 Aula 6 CONTEDO 4. Oramento na constituio de 1988: LDO, LOA e PPA 3. Ciclo oramentrio. 1. Oramento pblico: princpios. 6. Tipos de Crditos Oramentrios 1. Oramento pblico: conceitos. 2 Oramento pblico no Brasil. 5 Oramento-programa. 7 Descentralizao Oramentria Classificaes da Receita Pblica* Classificaes da Despesa Pblica* DATA 09/09 15/09 22/09 29/09 06/10 13/10 20/10

O aluno pode estranhar as aulas 5 e 6 cujos temas no esto explcitos no edital. Entretanto, no ltimo concurso para auditoria de obras tambm no havia tal previso e foi o tema da discursiva! Como estamos vacinados, vamos estud-los!

Estou ministrando este curso on-line porque realmente acredito em sua efetividade. Sou natural de Juiz de Fora MG e estava morando e trabalhando l. Se hoje sou Analista de Planejamento e Oramento, devo muito aos cursos on-line. E quanto a voc estudante? Quer mudar de vida? Quer ser reconhecido profissionalmente? Est se sentindo subempregado? Quer respirar novos ares? Quer integrar a valorizada carreira de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da Unio? Desejo que voc no tenha medo da vida, tenha medo de no viv-la. No h cu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. S digno do pdio quem usa as derrotas para alcan-lo. S digno da sabedoria quem usa as lgrimas para irrig-la. Os frgeis usam a fora; os fortes, a inteligncia. Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de idias. Lute pelo que voc ama. (Augusto Cury). "Habilidade o que voc capaz de fazer. Motivao determina o que voc faz. Atitude determina a qualidade do que voc faz." (Lou Holtz) Dessa forma, podemos extrair dos pensamentos que motivao fundamental, porm deve ser sempre acompanhada de atitude e disciplina. importante sonhar, mas o fundamental transformar o sonho em realidade. (Marechal Jos Pessoa).Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

3 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

As ideias e estratgias so importantes, mas o verdadeiro desafio a sua execuo. (Percy Barnevick) "Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a aes. Aes conduzem a resultados" (T. Harv Eker) Nesta aula estudaremos os instrumentos de planejamento e oramento da Constituio Federal. O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) e a Lei Oramentria Anual (LOA) so as leis que regulam o planejamento e o oramento dos entes pblicos federal, estaduais e municipais. No mbito de cada ente, essas leis constituem etapas distintas, porm integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das aes governamentais. Na seo denominada Dos Oramentos na Constituio Federal de 1988 (CF/1988) tem-se essa integrao, por meio da definio dos instrumentos de planejamento PPA, LDO e LOA, os quais so de iniciativa do Poder Executivo. Segundo o art. 165 da CF/1988: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero: I o plano plurianual; II as diretrizes oramentrias; III os oramentos anuais. A Constituio Federal de 1988 recuperou a figura do planejamento na Administrao Pblica brasileira, com a integrao entre plano e oramento por meio da criao do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Oramentrias. O PPA, assim como a LDO, uma inovao da CF/1988. Antes do PPA e da CF/1988, existiam outros instrumentos de planejamento estratgico, como o Oramento Plurianual de Investimentos (OPI), com trs anos de durao, o qual no se confunde com o PPA, que possui quatro anos de durao. O PPA o instrumento de planejamento de mdio prazo do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.. Ateno: antes da atual Carta Magna, existiam outros instrumentos de planejamento, mas eles no tm relao com o Plano Plurianual. O PPA inovao da atual Constituio! O PPA substituiu os Oramentos Plurianuais de Investimentos, estendendo-lhes a vigncia em um exerccio financeiro. A LDO surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratgico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua relevncia reside no fato de ter conseguido diminuir a distncia entre o plano estratgico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentosProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

4 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 estratgicos existentes antes da CF/1988. A LOA um instrumento que expressa a alocao de recursos pblicos, sendo operacionalizada por meio de diversas aes. De acordo com o art. 166 da CF/1988, os projetos de lei relativos ao plano plurianual, s diretrizes oramentrias, ao oramento anual e aos crditos adicionais sero apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. Ou seja, devem ser analisados e votados pelo Parlamento. Trataremos do tema quando falarmos do ciclo (ou processo) oramentrio.

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

5 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 1. PLANO PLURIANUAL 1.1 O Plano Plurianual na CF/1988 O Plano Plurianual PPA o instrumento de planejamento do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. Retrata, em viso macro, as intenes do gestor pblico para um perodo de quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. Segundo o 1 do art. 165 da CF/1988: 1 A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. O PPA deve ser elaborado de forma regionalizada. Um grande desafio do planejamento promover, de maneira integrada, oportunidades de investimentos que sejam definidas a partir das realidades regionais e locais, levando a um desenvolvimento mais equilibrado entre as diversas regies do Pas. O desenvolvimento do Brasil tem sido territorialmente desigual. As diversas regies brasileiras no possuem as mesmas condies para fazer frente s transformaes socioeconmicas em curso, especialmente aquelas associadas ao processo de insero do Pas na economia mundial. Tais mudanas so estruturais e demandam um amplo horizonte de tempo e perseverana para se concretizarem, motivo pelo qual devem ser tratadas na perspectiva do planejamento de longo prazo. O papel do Plano Plurianual nesse contexto o de implementar o necessrio elo entre o planejamento de longo prazo e os oramentos anuais. O planejamento de longo prazo encontra, assim, nos sucessivos planos plurianuais, as condies para sua materializao. Com isso, o planejamento constitui-se em instrumento de coordenao e busca de sinergias entre as aes do Governo Federal e os demais entes federados e entre a esfera pblica e a iniciativa privada. Ao caracterizar e propor uma estratgia para cada um dos agrupamentos territoriais (macrorregies de referncia), a expectativa que ocorra um processo de convergncia das polticas pblicas ao nvel dos territrios. As diretrizes so normas gerais, amplas, estratgicas, que mostram o caminho a ser seguido na gesto dos recursos pelos prximos quatros anos. Os objetivos correspondem ao que ser perseguido com maior nfase pelo Governo Federal no perodo do Plano para que, a longo prazo, a viso estabelecida se concretize. O objetivo expressa o que deve ser feito, refletindo as situaes a serem alteradas pela implementao de um conjunto de iniciativas, com desdobramento no territrio. As metas so medidas do alcance do objetivo, podendo ser de naturezaProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

6 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 quantitativa ou qualitativa, a depender das especificidades de cada caso. Quando qualitativa, a meta tambm dever ser passvel de avaliao. Cada objetivo dever ter uma ou mais metas associadas. As despesas de capital so aquelas que contribuem, diretamente, para a formao ou aquisio de um bem de capital, como, por exemplo, a pavimentao de uma rodovia. O termo e outras delas decorrentes se relaciona s despesas correntes que esta mesma despesa de capital ir gerar aps sua realizao. Despesas correntes so as que no contribuem, diretamente, para a formao ou aquisio de um bem de capital, como as despesas com pessoal, encargos sociais, custeio, manuteno etc. Neste mesmo exemplo, aps a pavimentao da rodovia, ocorrero diversos gastos com sua manuteno, ou seja, gastos decorrentes da despesa de capital pavimentao da rodovia. Assim, tanto a pavimentao da rodovia (despesa de capital) quanto o custeio com sua manuteno (despesa corrente relacionada de capital) devero estar previstos no Plano Plurianual. Os programas de durao continuada so aqueles cuja durao se estenda pelos exerccios financeiros seguintes. Se o programa de durao continuada, deve constar do PPA. Logo, as aes cuja execuo esteja restrita a um nico exerccio financeiro esto dispensadas de serem discriminadas no PPA do Governo Federal, porque no se caracterizam como de durao continuada. Quanto aos investimentos, determina o art. 167 da CF/1988: 1 Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. Ateno: investimento, na linguagem do dia a dia, refere-se normalmente a uma aplicao ou aquisio que proporciona algum retorno financeiro. Exemplo: aes na bolsa de valores. Na linguagem oramentria, portanto em todo o nosso contedo, diferente: investimentos so despesas com softwares e com o planejamento e a execuo de obras, inclusive com a aquisio de imveis considerados necessrios realizao destas ltimas, e com a aquisio de instalaes, equipamentos e material permanente. Exemplo: construo de um prdio pblico. Caiu na prova: 1) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Na lei que instituir o PPA constaro despesas de capital e outras delas decorrentes. Segundo o 1.o do art. 165 da CF/1988: 1. A lei que instituir o plano plurianual estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

7 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 Resposta: Certa Na esfera federal os prazos para o ciclo oramentrio esto no Ato das Disposies Constitucionais Transitrias (ADCT) e estaro em vigor enquanto no for editada a lei complementar prevista na CF/1988, estudada na prxima aula. Segundo o ADCT, a vigncia do PPA de quatro anos, iniciando-se no segundo exerccio financeiro do mandato do chefe do executivo e terminando no primeiro exerccio financeiro do mandato subsequente. Ele deve ser encaminhado do Executivo ao Legislativo at quatro meses antes do encerramento do primeiro exerccio, ou seja, at 31 de agosto. A devoluo ao Executivo deve ser feita at o encerramento do segundo perodo da sesso legislativa (22 de dezembro) do exerccio em que foi encaminhado. Ateno: o PPA no se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA elaborado no primeiro ano de governo e entra em vigor no segundo ano. A partir da, tem sua vigncia at o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia manter a continuidade dos programas. Repare que um chefe do executivo (presidente, por exemplo) pode governar durante todo o seu primeiro PPA, desde que seja reeleito. Porm, como vimos, ser o mesmo governante em mandatos diferentes. Em nosso estudo, a referncia a CF/1988, por isso sempre tratamos dos instrumentos de planejamento e oramento na esfera federal. No entanto, assim como a Unio, cada estado, cada municpio e o Distrito Federal tambm tm seus prprios PPAs, LDOs e LOAs.QUADRO DO PPA Estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. Assim como a LDO, inovao da CF/1988.

Caiu na prova: 2) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) O PPA o instrumento que expressa o planejamento do governo federal para um perodo de quatro anos. Por sua complexidade, o PPA restringe-se esfera federal, no contemplando desdobramentos a nveis estadual nem municipal.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

8 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

Assim como a Unio, cada estado, cada municpio e o Distrito Federal tambm tm seus prprios PPAs, LDOs e LOAs. Resposta: Errada 1.2 O Plano Plurianual na LRF O art. 3 da LRF, que era o nico que versava exclusivamente sobre o PPA, foi vetado. O caput deste artigo estabelecia que o projeto de lei do plano plurianual deveria ser devolvido para sano at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa, enquanto o 2 obrigava o seu envio, ao Poder Legislativo, at o dia 30 de abril do primeiro ano do mandato do Chefe do Poder Executivo. O veto ocorreu porque isso representaria no s um reduzido perodo para a elaborao dessa pea, por parte do Poder Executivo, como tambm para a sua apreciao pelo Poder Legislativo, inviabilizando o aperfeioamento metodolgico e a seleo criteriosa de programas e aes prioritrias de governo. No entanto, o PPA aparece em alguns dispositivos da LRF, como, por exemplo, no art. 5, caput e 5 (veremos em Lei Oramentria Anual). Assim, no que se refere elaborao do PPA, o planejamento governamental tambm foi afetado pela aprovao da LRF, mesmo com o veto do principal artigo. 1.3 Planos e Programas Nacionais, Regionais e Setoriais A Constituio Federal, em seu art. 165, determina que: 4 Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituio sero elaborados em consonncia com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. A regionalizao prevista na Constituio Federal considera, na formulao, na apresentao, na implantao e na avaliao do Plano Plurianual, as diferenas e desigualdades existentes no territrio brasileiro. O significado de planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento no o mesmo dos programas da estrutura programtica, (estudado em Classificaes da Despesa Pblica). Os programas nacionais, regionais e setoriais muitas vezes tm durao superior ao PPA, porque so de longo prazo, como o Plano Nacional de Educao (10 anos). Caiu na prova: 3) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na CF, devem ser elaborados em consonncia com a LDO e apreciados pelo MPU.

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

9 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituio sero elaborados em consonncia com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Resposta: Errada 2. LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS 2.1 A Lei de Diretrizes Oramentrias na CF/1988 A LDO tambm surgiu por meio da Constituio Federal de 1988, almejando ser o elo entre o planejamento estratgico (Plano Plurianual) e o planejamento operacional (Lei Oramentria Anual). Sua relevncia reside no fato de ter conseguido diminuir a distncia entre o plano estratgico e as LOAs, as quais dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratgicos existentes antes da CF/1988. Segundo o 2 do art. 165 da CF/1988: 2 A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento.SEGUNDO A CF, A LDO: Compreender as metas e prioridades da Administrao Pblica Federal. Incluir as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente. Orientar a elaborao da LOA. Dispor sobre as alteraes na legislao tributria. Estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento.

Parte da doutrina afirma que a vigncia da LDO de um ano. Todavia, a LDO extrapola o exerccio financeiro, uma vez que ela aprovada at o encerramento da primeira sesso legislativa e orienta a elaborao da LOA no segundo semestre, bem como estabelece regras oramentrias a serem executadas ao longo do exerccio financeiro subsequente. Por exemplo, a LDO elaborada em 2011 ter vigncia j em 2011 para que oriente a elaborao da LOA e tambm durante todo o ano de 2012, quando ocorrer a execuo oramentria. O prazo para encaminhamento da LDO ao Legislativo de oito meses e meio antes do encerramento do exerccio financeiro (15 de abril) e a devoluo ao Executivo deve ser realizada at o encerramento do primeiro perodo da sessoProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

10 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 legislativa (17 de julho). Vimos que as diretrizes oramentrias fixadas pela LDO tm diversos objetivos, entre eles as metas e prioridades da Administrao Pblica. A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da Administrao Pblica Federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. Vamos agora destrinchar esse pargrafo: Definio das metas e prioridades da Administrao Pblica Federal: as disposies que constaro do oramento devem ser comparadas com as metas e prioridades da Administrao Pblica. Assim, pode-se verificar se as metas e prioridades podem ser concretizadas a partir da alocao de recursos na LOA. Orientao elaborao da lei oramentria anual: refora a ideia que a LDO um plano prvio Lei Oramentria, assim como o Plano Plurianual um plano prvio LDO. o termo mais genrico, pois inclui tambm as metas e prioridades da Administrao Pblica, as alteraes na legislao tributria e a poltica de aplicao das agncias oficiais de fomento. Disposio sobre as alteraes na legislao tributria: os tributos tm diversas funes. A mais conhecida a funo fiscal, aquela voltada para arrecadao. No entanto, outra importante funo a reguladora, em que o governo interfere diretamente na economia por meio dos tributos, incentivando ou desestimulando comportamentos para alcanar os objetivos do Estado. Assim, verifica-se a importncia das alteraes na legislao tributria e se justifica sua presena na LDO, pois permite a elaborao da LOA com as estimativas mais precisas dos recursos e, ainda, informa aos agentes econmicos as possveis modificaes, a fim de que no ocorram mudanas bruscas fora de suas expectativas. A CF/1988 determina que a lei de diretrizes oramentrias considere as alteraes na legislao tributria, mas a LDO no pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos, o que deve ser feito por outras leis. Tambm no existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO. Estabelecimento da poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento: objetiva o controle dos gastos das agncias que fomentam o desenvolvimento do Pas. Sua presena na LDO justifica-se pela repercusso econmica que ocasionam. Exemplos: Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Caixa Econmica Federal (CEF), Agncia de Fomento do Paran (AFPR) e Agncia de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM). Caiu na prova: 4) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) De acordo com a Constituio Federal de 1988 (CF), a LDO dispor sobre as alteraes na legislao tributria e orientar a elaborao do Plano Plurianual (PPA).Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

11 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

A LDO compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual (e no do PPA), dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. Resposta: Errada Vamos falar de mais uma caracterstica da LDO: segundo o 1, I e II, do art. 169 da CF/1988: 1 A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e funes ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, s podero ser feitas: I se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de despesa de pessoal e aos acrscimos dela decorrentes; II se houver autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista. Assim, necessria autorizao especfica na LDO para a concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e funes ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da Administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico. A exceo se d para as empresas pblicas e para as sociedades de economia mista. STF sobre o art. 169, 1, da CF/1988: a ausncia de dotao oramentria prvia em legislao especfica no autoriza a declarao de inconstitucionalidade da lei, impedindo to somente a sua aplicao naquele exerccio financeiro. Explicando a deciso do STF, a lei que concede aumento (ou qualquer hiptese do 1 do art. 169 da CF/1988) subordinado existncia de dotao oramentria suficiente e de autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias no est sujeita aferio de constitucionalidade por meio de controle abstrato. Mesmo que estivesse sujeita ao crivo do controle abstrato, a inobservncia das restries constitucionais relativas autorizao oramentria no induziria inconstitucionalidade da lei, impedindo apenas a sua execuo no exerccio financeiro respectivo. Exemplo: caso uma lei conceda um aumento a servidores sem dotao suficiente na LOA ou sem autorizao na LDO, ela no ser declarada inconstitucional. A nica restrio que ela no poder ser aplicada naquele exerccio financeiro. Caso no exerccio seguinte exista dotao na LOA e autorizao na LDO, a lei que concedeu o aumento poder ser aplicada.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

12 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

Caiu na prova: 5) (CESPE - Analista Tcnico - Administrativo Min Sade 2010) A ausncia de dotao oramentria prvia em legislao especfica no autoriza a declarao de inconstitucionalidade da lei, impedindo to somente a sua aplicao naquele exerccio financeiro. O STF, ao tratar do art. 169, 1, da CF/1988, dispe que a ausncia de dotao oramentria prvia em legislao especfica no autoriza a declarao de inconstitucionalidade da lei, impedindo to-somente a sua aplicao naquele exerccio financeiro. Resposta: Certa 2.2 A Lei de Diretrizes Oramentrias na LRF Alm dos dispositivos referentes LDO previstos na CF/1988, veremos que a Lei de Responsabilidade Fiscal , em seu art. 4, I, a, b, e e f, aumentou o rol de funes da LDO, visando manter o equilbrio entre receitas e despesas: Art. 4 A lei de diretrizes oramentrias atender o disposto no 2 do art. 165 da Constituio e: I dispor tambm sobre: a) equilbrio entre receitas e despesas; b) critrios e forma de limitao de empenho, a ser efetivada nas hipteses previstas na alnea b do inciso II deste artigo, no art. 9 e no inciso II do 1 do art. 31; (...) e) normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos dos oramentos; f) demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas. Obs.: As alneas c e d no foram citadas porque foram vetadas. Assim:SEGUNDO A LRF, A LDO DISPOR SOBRE: Equilbrio entre receitas e despesas. Critrios e forma de limitao de empenho, caso a realizao da receita possa no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal previstas. Normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos dos oramentos. Demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas. Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

13 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

Segundo o art. 4, 1, da LRF, o anexo de metas fiscais integrar a LDO: 1 Integrar o projeto de lei de diretrizes oramentrias o Anexo de Metas Fiscais, em que sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes. Para obrigar os administradores pblicos a ampliar os horizontes do planejamento, as metas devem ser estimadas para o exerccio a que se referem e os dois seguintes. As metas fiscais so valores projetados para o exerccio financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servem de parmetro para a elaborao e a execuo do oramento. O resultado primrio corresponde diferena entre as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas, no considerando o pagamento do principal e dos juros da dvida, tampouco as receitas financeiras. J o resultado nominal mais abrangente, pois corresponde diferena entre todas as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas, incluindo pagamentos de parcelas do principal e dos juros da dvida, bem como as receitas financeiras obtidas. Prosseguindo, temos que o Anexo de Metas Fiscais conter ( 2): I avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; II demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria e metodologia de clculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs exerccios anteriores, e evidenciando a consistncia delas com as premissas e os objetivos da poltica econmica nacional; III evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios, destacando a origem e a aplicao dos recursos obtidos com a alienao de ativos; IV avaliao da situao financeira e atuarial: a) dos regimes geral de previdncia social e prprio dos servidores pblicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; b) dos demais fundos pblicos e programas estatais de natureza atuarial; V demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da margem de expanso das despesas obrigatrias de carter continuado. Note que, alm das metas futuras ( 1), o art. 4 da LRF determina que a LDO contenha uma avaliao dos resultados passados (incisos I e II do 2), o que d subsdios para projees consistentes das metas a serem alcanadas. No inciso III do mesmo pargrafo, a LRF demonstra preocupao com a deteriorizao do patrimnio pblico, ao exigir que os recursos obtidos com a alienao de ativos, como os provenientes de privatizaes, tenham destaque no anexo de metas fiscais da LDO. Tal determinao permite avaliar a evoluo do patrimnio lquido do ente, por exemplo, verificando se as receitasProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

14 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 de alienaes esto sendo reaplicadas em investimentos, o que mantm o patrimnio lquido; ou se esto sendo usadas em gastos de custeio, o que faz o patrimnio lquido diminuir. J o inciso IV visa evitar que os recursos de fundos de natureza previdenciria sejam utilizados em finalidade diversa da programada, o que era muito comum no passado. O que a LRF objetiva garantir a viabilidade econmico-financeira dos fundos ao proteg-los de uso indevidos e assegurando a utilizao apenas nas finalidades previstas em seus estatutos, como nos pagamentos de penses, complementao de aposentadorias e subsdios s despesas mdicas de titulares e dependentes. Concluindo o pargrafo, o inciso V alinha aes, resultados e transparncia, ao exigir que o anexo de metas fiscais demonstre a previso de renncia de receitas e da expanso das despesas obrigatrias continuadas, que normalmente trazem heranas fiscais para mandatos seguintes. Por exemplo, ao aumentar as remuneraes dos servidores pblicos, um prefeito passar essa obrigao para todos os seus sucessores, j que as remuneraes so irredutveis. Tal despesa obrigatria continuada dever estar prevista no anexo de metas fiscais. Temos tambm integrando a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que sero avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas, informando as providncias a serem tomadas, caso se concretizem. Os riscos fiscais abrangem os riscos oramentrios e os riscos da dvida. Riscos Fiscais Oramentrios: esto relacionados possibilidade de as receitas e despesas projetadas na elaborao do projeto de lei oramentria anual no se confirmarem durante o exerccio financeiro. Com relao receita oramentria, algumas variveis macroeconmicas podem influenciar no montante de recursos arrecadados, dentre as quais podem-se destacar: o nvel de atividade da economia e as taxas de inflao, cmbio e juros. A reduo do Produto Interno Bruto PIB, por exemplo, provoca queda na arrecadao de tributos por todos os entes da Federao. No que diz respeito despesa oramentria, a criao ou ampliao de obrigaes decorrentes de modificaes na legislao, por exemplo, requer alterao na programao original constante da Lei Oramentria. Riscos Fiscais da Dvida: esto diretamente relacionados s flutuaes de variveis macroeconmicas, tais como taxa bsica de juros, variao cambial e inflao. Para a dvida indexada ao Sistema Especial de Liquidao e Custdia SELIC, por exemplo, um aumento sobre a taxa de juros estabelecido pelo Comit de Poltica Monetria do Banco Central do Brasil elevaria o nvel de endividamento do governo. J os passivos contingentes podem ser definidos como dvidas cuja existncia dependa de fatores imprevisveis, como os processos judiciais em curso eProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

15 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 dvidas em processo de reconhecimento. Assim, os precatrios no se enquadram no conceito de Risco Fiscal por se tratarem de passivos efetivos e no de passivos contingentes, pois, conforme estabelecido pelo art. 100, 5, da Constituio Federal, obrigatria a incluso, no oramento das entidades de direito pblico, de verba necessria ao pagamento de seus dbitos, oriundos de sentenas transitadas em julgado, constantes de precatrios judicirios apresentados at 1 de julho, fazendo-se o pagamento at o final do exerccio seguinte, quando tero seus valores atualizados monetariamente. Ainda, a mensagem que encaminhar o projeto da Unio apresentar, em anexo especfico, os objetivos das polticas monetria, creditcia e cambial, bem como os parmetros e as projees para seus principais agregados e variveis, e tambm as metas de inflao, para o exerccio subsequente. Caiu na prova: 6) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) A LDO deve conter anexo no qual sejam avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas. Integra a LDO o Anexo de Riscos Fiscais, em que sero avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas, informando as providncias a serem tomadas, caso se concretizem. Os riscos fiscais abrangem os riscos oramentrios e os riscos da dvida. Resposta: Certa 3. LEI ORAMENTRIA ANUAL 3.1 A Lei Oramentria Anual na CF/1988 A Lei Oramentria Anual o instrumento pelo qual o Poder Pblico prev a arrecadao de receitas e fixa a realizao de despesas para o perodo de um ano. A LOA o oramento por excelncia ou o oramento propriamente dito. Ela deve conter apenas matrias atinentes previso das receitas e fixao das despesas, sendo liberadas, em carter de exceo, as autorizaes para crditos suplementares e operaes de crdito, inclusive por antecipao de receita oramentria. Trata-se do princpio oramentrio constitucional da exclusividade. A finalidade da LOA a concretizao dos objetivos e metas estabelecidos no PPA. o cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonncia com o que foi estabelecido na LDO. Portanto, orientada pelas diretrizes, objetivos e metas do PPA, compreende as aes a serem executadas, seguindo as metas e prioridades estabelecidas na LDO. Quanto vigncia, a Lei Oramentria Anual federal, conhecida ainda como Oramento Geral da Unio (OGU), tambm segue o ADCT. O projeto da Lei Oramentria anual dever ser encaminhado ao Legislativo quatro meses antes do trmino do exerccio financeiro (31 de agosto), e devolvido aoProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

16 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 executivo at o encerramento da sesso legislativa (22 de dezembro) do exerccio de sua elaborao. Segundo o 5, I, II e III, do art. 165 da CF/1988, a LOA conter o oramento fiscal, o oramento da seguridade social e o oramento de investimento das empresas (ou investimentos das estatais): 5 A lei oramentria anual compreender: I o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico. Cabe ressaltar que, at a dcada de 1980, o que havia era um convvio simultneo com trs oramentos distintos: o oramento fiscal, o oramento monetrio e o oramento das estatais. No ocorria nenhuma consolidao entre eles. O oramento fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo. O oramento monetrio e o das empresas estatais eram deficitrios, sem controle e, alm do mais, no eram votados. Como o dficit pblico e os subsdios mais importantes estavam no oramento monetrio, o Legislativo encontrava-se, praticamente, alijado das decises mais relevantes em relao poltica fiscal e monetria do Pas. O oramento monetrio era elaborado pelo Banco Central e aprovado pelo executivo por decreto, sem o Congresso. Cuidado: pela CF/1988, a LOA compreende o oramento fiscal, da seguridade social e de investimentos das estatais. No existe mais o oramento monetrio, tampouco oramentos paralelos. Segundo o 7 do art. 165 da CF/1988, os oramentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, tero entre suas funes a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional. Note que o Oramento da Seguridade Social no tem a funo de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional. Ateno: note que o Oramento da Seguridade Social no tem a funo de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional. A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social. A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para suaProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

17 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 promoo, proteo e recuperao. Quanto previdncia social, fundada na ideia de solidariedade social, deve ser organizada sob a forma de um regime geral, sendo este de carter contributivo e filiao obrigatria. J a assistncia social apresenta caracterstica de universalidade, visto que ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social. Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de oramento da seguridade social ser elaborada de forma integrada pelos rgos responsveis pela sade, previdncia social e assistncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias, assegurada a cada rea a gesto de seus recursos. No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios destinadas seguridade social constaro dos respectivos oramentos, no integrando o oramento da Unio. Ateno: o oramento da seguridade social aplicado a todos os rgos que possuem receitas e despesas pblicas relacionadas seguridade social (previdncia, assistncia e sade) e no apenas queles diretamente relacionados seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema nico de Sade (SUS). Por exemplo, o Ministrio do Planejamento possui despesas de assistncia mdica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do oramento da seguridade social. Caiu na prova: 7) (CESPE Contador DPU 2010) O oramento da seguridade social abrange a chamada rea social e, destacadamente, previdncia, sade e educao. O oramento da seguridade social abrange a chamada rea social e, destacadamente, previdncia, sade e assistncia social. A educao integra o Oramento Fiscal. Resposta: Errada A CF/1988 veda o incio de programas ou projetos no includos na LOA. Tambm veda a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos do oramento fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos, inclusive daqueles que compem os prprios oramentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social. Ainda, probe a consignao de crdito com finalidade imprecisa ou com dotao ilimitada. Segundo o Professor Giacomoni (2009), a forma de tratamento e disposio dos trs oramentos que constituem a lei oramentria anual fiscal, seguridade social e investimento das empresas estatais , igualmente, estabelecida nas LDOs. Enquanto o oramento de investimento das empresas individualizado,Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

18 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 constituindo documento separado, os outros dois fiscal e seguridade social so tratados como categorias classificatrias de receita e despesa, e apresentados conjuntamente no mesmo documento. Essa soluo tem merecido crticas, pois a falta de separao clara entre os citados oramentos deixaria pouco transparente os valores de um e outro. De qualquer forma, como praticamente todas as entidades federais tm encargos classificveis nos dois oramentos, a metodologia utilizada a mais recomendvel. Ao contrrio do que pode parecer, no h duas leis, uma com os oramentos fiscal e da seguridade social e outra com o oramento de investimento. Na verdade, h uma clara diviso dentro da prpria lei. Por exemplo, na LOA de 2011 temos o Captulo II, DOS ORAMENTOS FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL e o Captulo III, DO ORAMENTO DE INVESTIMENTO. Nos volumes que compem a LOA o oramento de investimento tambm est separado. Esta a razo da crtica. 3.2 A Lei Oramentria Anual na Lei 4320/1964 H vrios dispositivos sobre a LOA na Lei 4.320/1964. De acordo com o art. 2, que explicita vrios princpios oramentrios, a Lei do Oramento conter a discriminao da receita e da despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidade e anualidade. Deve integrar a LOA, obrigatoriamente, segundo os 1 e 2 tambm do art. 2 da referida Lei: Sumrio geral da receita por fontes e da despesa por funes do Governo. Quadro demonstrativo da receita e da despesa segundo as categorias econmicas; Quadro discriminativo da receita por fontes e respectiva legislao. Quadro das dotaes por rgos do Governo e da Administrao. Acompanharo a Lei de Oramento: Quadros demonstrativos da receita e planos de aplicao dos fundos especiais. Quadros demonstrativos da despesa. Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho do Governo, em termos de realizao de obras e de prestao de servios. De acordo com o art. 4, a Lei de Oramento compreender todas as despesas prprias dos rgos do Governo e da administrao centralizada, ou que, por intermdio deles se devam realizar, observado o disposto no art. 2. Complementando o tema, segundo o art. 22, a proposta oramentria que o Poder Executivo encaminhar ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituies e nas leis orgnicas dos municpios, compor-se-: Mensagem: conter exposio circunstanciada da situao econmicoProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

19 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 financeira, documentada com demonstrao da dvida fundada e flutuante, saldos de crditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigveis; exposio e justificao da poltica econmico-financeira do Governo; justificao da receita e despesa, particularmente no tocante ao oramento de capital. Projeto de Lei de Oramento. Tabelas explicativas sobre receitas e despesas de vrios anos, em colunas distintas e para fins de comparao. Especificao dos programas especiais de trabalho custeados por dotaes globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos servios a prestar, acompanhadas de justificao econmica, financeira, social e administrativa. Constar da proposta oramentria, para cada unidade administrativa, descrio sucinta de suas principais finalidades, com indicao da respectiva legislao. Os arts. 23 a 26 tratam das previses plurienais. As receitas e despesas de capital sero objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mnimo um trinio. O referido quadro ser anualmente reajustado, acrescentando-se-lhe as previses de mais um ano, de modo a assegurar a projeo contnua dos perodos. O Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital abranger: As despesas e, como couber, tambm as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender a regies ou a setores da Administrao ou da economia. As despesas conta de fundos especiais e, como couber, as receitas que os constituam. Em anexos, as despesas de capital das entidades referidas no Ttulo X desta lei, com indicao das respectivas receitas, para as quais forem previstas transferncias de capital. Os programas constantes do citado Quadro, sempre que possvel, sero correlacionados a metas objetivas em termos de realizao de obras e de prestao de servios. Consideram-se metas os resultados que se pretende obter com a realizao de cada programa. A proposta oramentria conter o programa anual atualizado dos investimentos, as inverses financeiras e as transferncias previstos no Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital. Caiu na prova: 8) (CESPE Procurador de Contas TCE/ES 2009) As receitas e despesas de capital sero objeto de um quadro de recursos e de aplicao de capital aprovado pelo Poder Legislativo, abrangendo, no mnimo, um quadrinio.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

20 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

As receitas e despesas de capital sero objeto de um Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital, aprovado por decreto do Poder Executivo, abrangendo, no mnimo um trinio. Resposta: Errada 3.3 Empresa Estatal Dependente Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes, Vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a LOA. Mas, antes, precisaremos do importante conceito de empresa estatal dependente. Primeiro, temos que saber que uma empresa controlada uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federao. Consoante a LRF, empresa estatal dependente uma empresa controlada, mas que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excludos, no ltimo caso, aqueles provenientes de aumento de participao acionria. Este conceito importantssimo, porque, sendo uma empresa estatal considerada dependente, ela participar do Oramento Fiscal e da Seguridade Social. Integram o oramento de investimentos apenas as chamadas empresas estatais no dependentes. Desta forma, a empresa estatal no dependente autossustentvel e no faz parte do campo de aplicao da LRF, porm, seus investimentos integram a LOA por lidar com o dinheiro pblico. Isso ocorre para que a empresa tenha liberdade de atuao e, ao mesmo tempo, o Poder Pblico tenha controle sobre os investimentos dela. Por exemplo, a Petrobras uma Sociedade de Economia Mista e estatal no dependente. No sofre as restries da LRF porque tem que ser dinmica para concorrer com a iniciativa privada. Por outro lado, o Estado deve deter o poder para influenciar onde ela aplicar seus investimentos e a populao deve ter conhecimento, por isso ela compe o Oramento de Investimentos. J as empresas dependentes recebem recursos do Estado para se manter, portanto no se sustentam sozinhas. Existem para suprir alguma falha de mercado em que a iniciativa privada no quis ou no conseguiu xito e relevante para a sociedade. Exemplos: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Empraba) e Hospital das Clnicas de Porto Alegre (HCPA). Assim, possuem controle total do Estado, seguem a LRF e fazem parte do Oramento Fiscal e da Seguridade Social. A separao to ntida que a Secretaria de Oramento Federal (SOF) responsvel pela coordenao do Oramento Fiscal e da Seguridade Social. JProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

21 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 o Oramento de Investimentos coordenado pelo Departamento de Coordenao e Governana das Empresas Estatais (DEST). So duas estruturas totalmente diferentes integrantes do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto (MPOG). Apenas ao final do processo, para fins de consolidao final da LOA, o DEST envia SOF o Oramento de Investimentos. E as despesas de custeio das estatais no dependentes? Tais despesas no esto na LOA, j que no usam dinheiro decorrente da arrecadao de tributos. As empresas no dependentes geram seus prprios recursos para arcar com seus gastos de manuteno e pessoal, por exemplo, com a venda de produtos ou prestao de servios. Tal oramento operacional, tambm coordenado pelo DEST, integra o Plano de Dispndios Globais PDG e integrar apenas um anexo da mensagem que encaminha o PLOA, sendo aprovado por decreto. O PDG um conjunto sistematizado de informaes econmico-financeiras, com o objetivo de avaliar o volume de recursos e dispndios, a cargo das estatais, compatibilizando-o com as metas de poltica econmica governamental (necessidade de financiamento do setor pblico). Vamos interpretar o conceito de empresa estatal dependente da LRF:QUADRO: EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE uma empresa controlada, ou seja, uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertena, direta ou indiretamente, a ente da Federao. Porm, que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital. Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de participao acionria, no ser considerada estatal dependente. Sendo estatal dependente, integrar Seguridade Social e seguir a LRF. o Oramento Fiscal e da

Se for no dependente, integrar o Oramento de Investimentos e no seguir a LRF.

Vale mencionar o disposto no art. 2 da Resoluo 43/2001 do Senado Federal, que define de forma mais completa o conceito de empresa estatal dependente: II empresa estatal dependente: empresa controlada pelo Estado, pelo Distrito Federal ou pelo Municpio, que tenha, no exerccio anterior, recebido recursos financeiros de seu controlador, destinados ao pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excludos, neste ltimo caso, aqueles provenientes de aumento de participao acionria, e tenha, noProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

22 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 exerccio corrente, autorizao oramentria para recebimento de recursos financeiros com idntica finalidade. Repare que o conceito basicamente o mesmo. O que diferencia a LRF da referida resoluo que os recursos destinados ao pagamento de despesas com pessoal, de custeio em geral ou de capital, excludos, neste ltimo caso, aqueles provenientes de aumento de participao acionria, devem ter sido recebidos pela empresa no exerccio anterior para que a consideremos como estatal dependente. Alm disso, a estatal deve ter, no exerccio corrente, autorizao oramentria para recebimento de recursos financeiros com idntica finalidade. Caiu na prova: 9) (CESPE Contador DPU 2010) A lei oramentria anual (LOA) contm, destacadamente, as despesas de custeio das empresas estatais no dependentes. A empresa estatal no dependente autossustentvel e no faz parte do campo de aplicao da LRF, porm seus investimentos integram a LOA por lidar com o dinheiro pblico. Desta forma, a LOA contm, destacadamente, as despesas de investimentos das empresas estatais no dependentes. A LOA no contm as despesas de custeio das estatais no dependentes. Resposta: Errada 3.4 A Lei Oramentria Anual na LRF A LRF tambm traz dispositivos sobre a LOA. Segundo o art. 5 da LRF, o projeto de lei oramentria anual, elaborado de forma compatvel com o plano plurianual e com a lei de diretrizes oramentrias: I conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programao dos oramentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; II ser acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia, bem como das medidas de compensao a renncias de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de carter continuado; III conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido com base na receita corrente lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. A reserva de contingncia tem por finalidade atender, alm da abertura de crditos adicionais, perdas que, embora sejam previsveis, so episdicas, contingentes ou eventuais. Deve ser prevista em lei sua constituio, com vistas a enfrentar provveis perdas decorrentes de situaes emergenciais.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

23 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

O mesmo art. 5 da LRF tambm d destaque dvida pblica, ao determinar que constaro da LOA todas as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual, e as receitas que as atendero. Ainda, tem-se que o refinanciamento da dvida pblica constar separadamente na lei oramentria e nas de crdito adicional. Finalmente, integraro as despesas da Unio, e sero includas na lei oramentria, as despesas do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, inclusive os destinados a benefcios e assistncia aos servidores, e a investimentos. Ateno: a lei oramentria no consignar dotao para investimento com durao superior a um exerccio financeiro que no esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua incluso. Assim:SEGUNDO A LRF, A LOA: Deve ter seu projeto elaborado de forma compatvel com o PPA e a LDO. I conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programao dos oramentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; II ser acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia, bem como das medidas de compensao a renncias de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de carter continuado; III conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido com base na receita corrente lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Constaro todas as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual, e as receitas que as atendero. O refinanciamento da dvida pblica constar separadamente na LOA e nas leis de crdito adicional.

Caiu na prova: 10) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) O projeto de lei oramentria anual deve conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido com base na receita corrente lquida, deve ser estabelecida na lei de diretrizes oramentrias, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos.

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

24 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 Segundo o art. 5. da LRF, o projeto de lei oramentria anual, elaborado de forma compatvel com o PPA e a LDO, conter, dentre outros, reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido com base na receita corrente lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Resposta: Certa

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

25 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 MAIS QUESTES DE CONCURSOS ANTERIORES DO CESPE 11) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) Os planos e programas nacionais e regionais previstos na CF sero elaborados de acordo com a LDO. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituio sero elaborados em consonncia com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Resposta: Errada 12) (CESPE Procurador de Contas TCE/ES 2009) A LOA deve compreender o oramento das empresas em que a Unio apenas diretamente detenha participao no capital social com direito a voto. A lei oramentria anual compreender o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. Resposta: Errada 13) (CESPE Procurador de Contas TCE/ES 2009) A proposta oramentria que o Poder Executivo encaminhar ao Poder Legislativo compor-se- exclusivamente de mensagem com a exposio circunstanciada da situao econmico-financeira, documentada com demonstrao da dvida fundada e flutuante. A proposta oramentria que o Poder Executivo encaminhar ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituies e nas Leis Orgnicas dos Municpios, compor-se- de mensagem que conter exposio circunstanciada da situao econmico-financeira, documentada com demonstrao da dvida fundada e flutuante. A mensagem conter tambm saldos de crditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigveis; exposio e justificao da poltica econmica-financeira do Governo; justificao da receita e despesa, particularmente no tocante ao oramento de capital. Alm disso, a proposta conter o Projeto de Lei de Oramento; tabelas explicativas e especificao dos programas especiais de trabalho. Resposta: Errada 14) (CESPE - Contador Min Sade 2010) O oramento da seguridade social abrange todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo poder pblico. A lei oramentria anual compreender o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

26 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 Resposta: Certa 15) (CESPE Tcnico Administrativo ANEEL 2010) A lei oramentria anual compreende trs tipos de oramento: fiscal, seguridade social e de investimentos. Os oramentos que compem a LOA so conhecidos como oramento fiscal, oramento de investimentos (ou de investimentos das estatais) e oramento da seguridade social. Resposta: Certa 16) (CESPE Contador IPAJM 2010) As leis que criem ou majorem tributos devem ser aprovadas at a aprovao da lei de diretrizes oramentrias (LDO). A CF/1988 determina que a LDO considere as alteraes na legislao tributria, mas ela no pode criar, aumentar, suprimir, diminuir ou autorizar tributos. Tambm no existe regra determinando que tais leis sejam aprovadas antes da LDO. Resposta: Errada 17) (CESPE Analista Administrativo ANTAQ 2009) Os programas de durao continuada, constantes dos planos plurianuais (PPAs), compreendem despesas de capital destinadas tipicamente realizao das atividades-meio dos rgos e entidades integrantes do oramento pblico. Os programas de durao continuada, constantes dos planos plurianuais compreendem as despesas correntes destinadas tipicamente realizao das atividades-meio dos rgos e entidades integrantes do oramento pblico. Resposta: Errada 18) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) A LOA federal compreender o oramento fiscal das empresas estatais nas quais a Unio detenha a maioria do capital social com direito a voto. A questo cita oramento fiscal das empresas estatais, o qual no existe. Os oramentos que compem a LOA so: fiscal, seguridade social e investimento das estatais. Resposta: Errada 19) (CESPE - Contador Min Sade 2010) O oramento da seguridade social elaborado de forma integrada pelos rgos responsveis pela sade, previdncia social e assistncia social, obedecendo as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada rea a gesto de seus recursos. Com isso, de responsabilidade exclusiva da unidade oramentria do Ministrio da Sade a execuo das despesas com a sade pblica.

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

27 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 O oramento da seguridade social, aplicado a todos os rgos que possuem receitas e despesas pblicas relacionadas seguridade social (previdncia, assistncia e sade) e no apenas queles diretamente relacionados seguridade social. Resposta: Errada 20) (CESPE Inspetor de Controle Externo TCE/RN 2009) Em nenhuma hiptese um investimento com durao superior a um exerccio financeiro poder ser iniciado sem sua prvia incluso no PPA. Essa questo tem uma abordagem diferente da anterior. J vimos que nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. Logo, h uma hiptese de um investimento com durao superior a um exerccio financeiro ser iniciado sem sua prvia incluso no PPA: existncia de uma lei que autorize a incluso. Resposta: Errada 21) (CESPE Contador IPAJM 2010) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais no so obrigatrios e, por conseguinte, no so submetidos ao exame do Congresso Nacional. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituio sero elaborados em consonncia com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Resposta: Errada 22) (CESPE - Procurador - PGE/AL - 2009) A LDO compreende as metas e prioridades da administrao pblica, excluindo as despesas de capital. A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. Resposta: Errada 23) (CESPE Tcnico Administrativo ANTAQ 2009) O plano plurianual representa a mais abrangente pea de planejamento governamental, com o estabelecimento de prioridades e no direcionamento das aes do governo, para um perodo de quatro anos. Entre os trs instrumentos de planejamento e oramento destacados pela CF/1988, o PPA representa a mais abrangente pea de planejamento

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

28 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 governamental, com o estabelecimento de prioridades e no direcionamento das aes do governo por um perodo de 4 anos. Resposta: Certa 24) (CESPE Analista Administrativo MPU 2010) Apesar de possuir trs peas fiscal, da seguridade social e de investimento , o oramento geral da Unio nico e vlido para os trs poderes. Segundo o princpio da unidade, o oramento deve ser uno, isto , deve existir apenas um oramento, e no mais que um para cada ente da federao em cada exerccio financeiro. Assim, apesar de possuir trs peas fiscal, da seguridade social e de investimento , o oramento geral da Unio nico e vlido para os trs poderes. Resposta: Certa 25) (CESPE Contador Ministrio dos Esportes - 2008) O perodo de vigncia do PPA coincide integralmente com o do mandato do chefe do Poder Executivo. O PPA no se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA elaborado no primeiro ano de governo e entrar em vigor no segundo ano. A partir da, ter sua vigncia at o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia manter a continuidade dos Programas. Resposta: Errada 26) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) O oramento pblico, que mantm interao com a LDO e o PPA, pode ser considerado instrumento de planejamento das aes de governo. O PPA, a LDO e a LOA so instrumentos de planejamento e oramento previstos na Constituio Federal de 1988. Resposta: Certa 27) (CESPE Procurador de Contas TCE/ES 2009) O PPA institudo por lei que estabelece nacionalmente diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica para as despesas correntes e outras delas derivadas. O PPA o instrumento de planejamento do Governo Federal que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. Resposta: Errada 28) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) O PPA contempla o planejamento para quatro anos de governo, iniciando-se no segundo ano de mandato presidencial e terminando no primeiro ano de mandato do chefe do Poder Executivo subsequente.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

29 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

O PPA no se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA elaborado no primeiro ano de governo e entrar em vigor no segundo ano. A partir da, ter sua vigncia at o final do primeiro ano do mandato seguinte. A ideia manter a continuidade dos Programas. Resposta: Certa 29) (CESPE Administrador Ministrio da Previdncia Social 2010) A alterao da estrutura de carreira do pessoal do MPS para 2010 s poder ser realizada se a lei de diretrizes oramentrias (LDO) aprovada para este exerccio contiver a respectiva autorizao. Segundo o 1.o, I e II, do art. 169 da CF/1988: 1. A concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e funes ou alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou contratao de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidades da administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, s podero ser feitas: I se houver prvia dotao oramentria suficiente para atender s projees de despesa de pessoal e aos acrscimos dela decorrentes; II se houver autorizao especfica na lei de diretrizes oramentrias, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades de economia mista. Logo, a alterao da estrutura de carreira do pessoal do Ministrio da Previdncia Social (MPS) ou dos demais rgos e entidades da administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, s poder ser realizada se a LDO aprovada para este exerccio contiver a respectiva autorizao. Resposta: Certa 30) (CESPE Procurador de Contas TCE/ES 2009) O PPA deve dispor sobre as alteraes na legislao tributria. A LDO deve dispor sobre as alteraes na legislao tributria. Resposta: Errada 31) (CESPE Analista Administrativo MPU 2010) Para que se atinja o equilbrio distributivo e se reduzam as possveis desigualdades inter-regionais, o oramento fiscal deve ser compatvel com o plano plurianual. Segundo o 7. do art. 165 da CF/1988, os oramentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, tero entre suas funes a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional. Apenas o Oramento da Seguridade Social no tem a funo de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional Resposta: CertaProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

30 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

32) (CESPE - Analista Tcnico Administrativo - MI - 2009) Com o objetivo de demonstrar os meios de atingir os resultados nominal e primrio pretendidos, a Lei de Diretrizes Oramentrias deve incluir uma avaliao atuarial do regime geral de previdncia social. O Anexo de Metas Fiscais conter, dentre outros, a avaliao da situao financeira e atuarial dos regimes geral de previdncia social e prprio dos servidores pblicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador; bem como dos demais fundos pblicos e programas estatais de natureza atuarial; Resposta: Certa 33) (CESPE Contador UNIPAMPA 2009) A LDO define as prioridades e metas a serem atingidas por meio da execuo dos programas e aes previstos no PPA. Para que isso ocorra, entre outras diretrizes, a LDO estabelece as regras que devero orientar a elaborao da Lei Oramentria Anual (LOA). A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente, orientar a elaborao da lei oramentria anual, dispor sobre as alteraes na legislao tributria e estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. Resposta: Certa 34) (CESPE Procurador de Contas TCE/ES 2009) Abrangem o quadro de recursos e de aplicao de capital as despesas e, como couber, tambm as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender a regies ou setores da administrao. O Quadro de Recursos e de Aplicao de Capital abranger, entre outros, as despesas e, como couber, tambm as receitas previstas em planos especiais aprovados em lei e destinados a atender a regies ou a setores da administrao ou da economia. Resposta: Certa 35) (CESPE AFCE - TCU - 2008) As receitas dos estados, do Distrito Federal e dos municpios destinadas seguridade social constaro do oramento da Unio, que ser elaborado de forma integrada pelos rgos responsveis pela sade, pela previdncia social e pela assistncia social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na LDO, assegurada a cada rea a gesto de seus recursos. Segundo o art. 195 da CF/1988, a proposta de oramento da seguridade social ser elaborada de forma integrada pelos rgos responsveis pela sade, previdncia social e assistncia social, tendo em vista as metas e prioridadesProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

31 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 estabelecidas na lei de diretrizes oramentrias, assegurada a cada rea a gesto de seus recursos. No entanto, as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios destinadas seguridade social constaro dos respectivos oramentos, no integrando o oramento da Unio. A questo est errada porque afirma que tais receitas constaro do oramento da Unio. Resposta: Errada 36) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) LDO, que contempla o perodo de quatro anos de mandato poltico, tal como a lei que institui o PPA, cabe, de acordo com a CF, orientar a elaborao da LOA. Nenhum dos instrumentos de planejamento e oramento tem a mesma durao de um mandato poltico. O que mais se aproxima o PPA, porm a sua vigncia no se confunde com o mandato do chefe do Executivo. O PPA elaborado no primeiro ano de governo e entrar em vigor no segundo ano. A partir da, ter sua vigncia at o final do primeiro ano do mandato seguinte. Resposta: Errada 37) (CESPE Analista Judicirio Administrao - TRE/BA 2010) O TRE/BA recebe dotaes de recursos unicamente do oramento fiscal, no podendo executar despesas que so do oramento da seguridade social, pois no rgo ou entidade das reas de sade, previdncia social nem de assistncia social. O oramento da seguridade social aplicado a todos os rgos que possuem receitas e despesas pblicas relacionadas seguridade social (previdncia, assistncia e sade) e no apenas queles diretamente relacionados seguridade social, como os hospitais que atendem ao Sistema nico de Sade (SUS). Por exemplo, o TRE/BA possui despesas de assistncia mdica relativa aos seus servidores e essa despesa faz parte do oramento da seguridade social. Resposta: Errada 38) (CESPE - Contador Min Sade 2010) O PPA compreende as metas e prioridades da administrao pblica federal, orientando a elaborao da LOA e as alteraes na legislao tributria, enquanto que a LDO estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administrao pblica federal, especialmente para as despesas de capital e outras delas decorrentes. A LDO compreende as metas e prioridades da administrao pblica federal, orientando a elaborao da LOA e as alteraes na legislao tributria, enquanto que o PPA estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas da administrao pblica federal, especialmente para as despesas de capital e outras delas decorrentes. Resposta: ErradaProf. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

32 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

39) (CESPE Especialista em Regulao - ANATEL 2009) Enquanto o oramento de investimento das empresas estatais individualizado, constituindo documento separado, os oramentos fiscal e da seguridade social so apresentados conjuntamente no mesmo documento, o que tem ensejado crticas por parte dos que entendem que a falta de separao dos dois ltimos compromete a necessria transparncia dos respectivos valores, como, por exemplo, os referentes previdncia social. Transcrio de crtica do Professor Giacomoni que vimos na parte terica. Resposta: Certa 40) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Embora deva ser compatvel com o PPA, a Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) contm matrias que, por sua prpria natureza, no devem constar do PPA. A LDO no uma cpia anual do PPA. Apesar da necessidade de compatibilidade, cada instrumento tem a sua funo. Por exemplo, a LDO deve dispor sobre alteraes na legislao tributria e no h essa determinao para o PPA. Resposta: Certa 41) (CESPE - Tcnico de Controle Interno - MPU - 2010) A LDO deve conter as metas fiscais para o exerccio a que se referir e para os dois seguintes, mas deve tambm incluir, obrigatoriamente, avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. Integrar o projeto de lei de diretrizes oramentrias o Anexo de Metas Fiscais, em que sero estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes. O Anexo de Metas Fiscais conter, entre outros, a avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. Resposta: Certa 42) (CESPE - Tcnico de Controle Interno - MPU - 2010) No que se refere elaborao do PPA, o planejamento governamental no foi afetado pela aprovao da LRF. O PPA aparece em alguns dispositivos da LRF, como, por exemplo, no art. 5, caput e 5, que trata da LOA. Assim, no que se refere elaborao do PPA, o planejamento governamental tambm foi afetado pela aprovao da LRF, mesmo com o veto do principal artigo. Resposta: Errada

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

33 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 43) (CESPE Inspetor de Controle Externo TCE/RN 2009) As metas fiscais constantes da LDO devem ter o seu efeito obrigatoriamente regionalizado. No h previso legal de que as metas fiscais constantes da LDO devem ter o seu efeito obrigatoriamente regionalizado. A questo tentou confundir com metas do PPA, as quais devem ser regionalizadas. Relembro que a lei que instituir o PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administrao Pblica Federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. Resposta: Errada 44) (CESPE - Analista de Oramento - MPU - 2010) De acordo com a Lei Complementar n. 101/2000 (LRF), cabe LDO disciplinar o equilbrio entre as receitas e as despesas. Alm dos dispositivos referentes LDO previstos na CF/1988, a LRF aumentou o rol de funes da LDO, determinando que ela disponha sobre: equilbrio entre receitas e despesas; critrios e forma de limitao de empenho, normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos dos oramentos; e demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas. Resposta: Certa 45) (CESPE Analista - ANTAQ 2009) A avaliao da evoluo do patrimnio lquido por unidade administrativa parte integrante da lei de diretrizes oramentrias, destacando-se a origem e a aplicao dos recursos obtidos com a alienao de ativos. O Anexo de Metas Fiscais conter, dentre outros, evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios, destacando a origem e a aplicao dos recursos obtidos com a alienao de ativos. A LRF no afirma que por unidade administrativa, mas isso no invalida a questo. Resposta: Certa 46) (CESPE Inspetor de Controle Externo TCE/RN 2009) Os riscos fiscais que devem ser includos em anexo da LDO abrangem os riscos oramentrios e os riscos da dvida. Os riscos fiscais, que devem ser includos no Anexo de Riscos Fiscais da LDO, abrangem os riscos oramentrios e os riscos da dvida. Resposta: Certa 47) (CESPE - Tcnico de Oramento - MPU - 2010) Segundo a LRF, integraro o projeto da LDO um anexo de metas fiscais e outro de riscos fiscais.Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

34 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

Consoante a LRF, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais integram a LDO. Resposta: Certa 48) (CESPE Gesto de oramento e finanas IPEA 2008) Para efeitos da LRF, uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertena, direta ou indiretamente, a um municpio, enquadra-se no conceito de empresa controlada. Segundo a LRF, uma empresa controlada uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federao: Unio, cada Estado, Distrito Federal ou cada Municpio. Resposta: Certa 49) (CESPE Analista Tcnico Administrativo DPU 2010) Metas fiscais so valores projetados para o exerccio financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servem de parmetro para a elaborao e a execuo do oramento. Para obrigar os gestores a ampliar os horizontes do planejamento, as metas devem ser projetadas para os prximos trs anos, isto , o exerccio a que se referem e os dois seguintes. Para obrigar os administradores pblicos a ampliar os horizontes do planejamento, as metas devem ser estimadas para o exerccio a que se referem e os dois seguintes. As metas fiscais so valores projetados para o exerccio financeiro e que, depois de aprovados pelo Poder Legislativo, servem de parmetro para a elaborao e a execuo do oramento. Resposta: Certa 50) (CESPE - Analista de Economia - MPU - 2010) A lei de diretrizes oramentrias dispe sobre o equilbrio entre receitas e despesas, bem como sobre os critrios e forma de limitao de empenho, entre outras medidas. A LRF aumentou o rol de funes da LDO, determinando que ela disponha sobre: equilbrio entre receitas e despesas; critrios e forma de limitao de empenho, normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos dos oramentos; e demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas. Resposta: Certa

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

35 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00 E aqui terminamos nossa aula 1. Na prxima aula trataremos do Ciclo Oramentrio, tambm denominado de Processo Oramentrio. Forte abrao! Srgio Mendes

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

36 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00

MEMENTO 0 PPA Estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas (DOM) da administrao pblica federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade. Assim como a LDO, inovao da CF/1988. LDO SEGUNDO A CF, A LDO: Compreender as metas e prioridades da administrao pblica federal. Incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subsequente. Orientar a elaborao da LOA. Dispor sobre as alteraes na legislao tributria. Estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento. SEGUNDO A LRF, A LDO DISPOR SOBRE: Equilbrio entre receitas e despesas. Critrios e forma de limitao de empenho, caso a realizao da receita possa no comportar o cumprimento das metas de resultado primrio ou nominal previstas. Normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos dos oramentos. Demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas. Integrar o PLDO o Anexo de Metas Fiscais que conter: As metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referirem e para os dois seguintes. A avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior. Demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria e metodologia de clculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

37 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00exerccios anteriores, e evidenciando a consistncia delas com as premissas e os objetivos da poltica econmica nacional. Evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios, destacando a origem e a aplicao dos recursos obtidos com a alienao de ativos. Avaliao da situao financeira e atuarial: dos regimes geral de previdncia social e prprio dos servidores pblicos e do FAT; dos demais fundos pblicos e programas estatais de natureza atuarial. Demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da margem de expanso das despesas obrigatrias de carter continuado. Integrar o PLDO o Anexo de Riscos Fiscais Onde sero avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas, informando as providncias a serem tomadas, caso se concretizem. LOA SEGUNDO A CF, A LOA COMPREENDER: I o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico. Seu projeto ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia. Os oramentos fiscais e de investimentos das estatais, compatibilizados com o plano plurianual, tero entre suas funes a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critrio populacional. vedada a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos, inclusive daqueles que compem os prprios oramentos fiscal, de investimentos das estatais e da seguridade social. SEGUNDO A LRF, A LOA: Deve ter seu projeto elaborado de forma compatvel com o PPA e a LDO. I conter, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programao dos oramentos com os objetivos e metas constantes do anexo de metas fiscais da LDO; Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

38 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU - Obras Teoria e Questes comentadas do CESPE Prof. Srgio Mendes Aula 00II ser acompanhado do demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenes, anistias, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia, bem como das medidas de compensao a renncias de receita e ao aumento de despesas obrigatrias de carter continuado; III conter reserva de contingncia, cuja forma de utilizao e montante, definido com base na receita corrente lquida, sero estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Constaro todas as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual, e as receitas que as atendero. O refinanciamento da dvida pblica constar separadamente na LOA e nas de crdito adicional. EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE uma empresa controlada, ou seja, uma sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertence, direta ou indiretamente, a ente da Federao. Porm, que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital. Sendo que, no caso das despesas de capital, caso receba apenas recursos provenientes de aumento de participao acionria, no ser considerada estatal dependente. Sendo estatal dependente, integrar o Oramento Fiscal e da Seguridade Social. Se for no dependente, integrar o Oramento de Investimentos.

Prof. Srgio Mendes

www.estrategiaconcursos.com.br

39 de 45

Administrao Financeira e Oramentria p/ TCU