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Transparência 57 REVISTA SEMANAL 20.08 - 26.08_2012

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De 20-08-2012 a 26-08-2012

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Transparência

57

REVISTA SEMANAL ↘ 20.08 - 26.08_2012

Revista de Imprensa27-08-2012

1. (PT) - Bola, 26/08/2012, Mais de mil polícias destituídos por corrupção 1

2. (PT) - Jornal de Notícias, 26/08/2012, Multas sob suspeita na Polícia Municipal 2

3. (PT) - Público, 26/08/2012, Câmara em risco de pagar milhões por apropriação ilegal de terreno 4

4. (PT) - i, 23/08/2012, DCIAP investiga submarinos e pede colaboração a Portas 7

5. (PT) - Jornal de Notícias, 23/08/2012, Câmara quer anular contrato que gerou dívida de 4 milhões 8

6. (PT) - Jornal de Notícias, 23/08/2012, MP pede ajuda a ministros para descobrir documentos 9

7. (PT) - Página 1, 23/08/2012, Santos Silva disponível para colaborar nas investigações 11

8. (PT) - i, 22/08/2012, Cuba condena 13 dirigentes a penas de prisão por corrupção 13

9. (PT) - Jornal de Notícias, 21/08/2012, Mais presos em casa em Lisboa 14

10. (PT) - Público, 21/08/2012, Pequenos problemas levam Estado a adiar recepção definitiva de submarino 17

11. (PT) - Diário Económico, 20/08/2012, A corrupção estilo Robin dos bosques é aceite em Portugal -entrevista a Luís de Sousa

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Tiragem: 120000

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Desporto e Veículos

Pág: 45

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Área: 5,53 x 6,62 cm²

Corte: 1 de 1ID: 43445299 26-08-2012

Página 1

A2

Tiragem: 101444

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 9

Cores: Cor

Área: 27,07 x 33,20 cm²

Corte: 1 de 2ID: 43444401 26-08-2012

Página 2

Tiragem: 101444

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 20,56 x 12,21 cm²

Corte: 2 de 2ID: 43444401 26-08-2012

Página 3

A4

Tiragem: 46555

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 32

Cores: Preto e Branco

Área: 27,21 x 30,48 cm²

Corte: 1 de 3ID: 43443714 26-08-2012

Câmara em risco de pagar milhões por apropriação ilegal de terreno

Há 20 anos, a Câmara de Lisboa

avançou com máquinas pesadas

sobre um terreno particular situa-

do junto à Segunda Circular e de-

moliu as instalações de diversas

empresas que aí funcionavam. O

espaço tornara-se imprescindível

para construir o Eixo Norte-Sul e a

autarquia considerou que o seu re-

gisto em nome dos particulares era

nulo, sustentando que se tratava de

propriedade municipal. No fi nal de

2010, passados 18 anos, o Supremo

Tribunal de Justiça concluiu preci-

samente o contrário: a propriedade

é dos titulares do registo e não da

autarquia.

Dando seguimento a essa decisão,

um outro tribunal ordenou ao muni-

cípio, em Fevereiro deste ano, que

devolva aos proprietários os mais de

dois hectares de que se apoderou e

que têm agora o Eixo Norte-Sul em

cima. A câmara lisboeta recorreu

entretanto para o Tribunal da Rela-

ção, que deverá pronunciar-se nos

próximos meses.

A notícia foi dada pelo PÚBLICO

em meados de 1990. Em Março des-

se ano, o empresário Ilídio Ribeiro

havia registado por usucapião — for-

ma de aquisição que resulta da ocu-

pação prolongada, pública e pacífi -

ca de um bem móvel ou imóvel —,

em seu nome e da mulher, um total

de 21.395 metros quadrados de ter-

renos localizados na Azinhaga dos

Barros. A parcela, por ele delimitada

com um muro e ocupada por uma

central de betão e várias empresas

de construção civil, fazia parte de

uma propriedade com cerca de 56

mil metros quadrados que o municí-

pio comprara em 1954, mas da qual,

por incúria, nunca havia feito o re-

gisto defi nitivo.

Já em 1989, a câmara começou a

tentar desocupar toda a zona, para

aí erguer o nó de ligação entre o Eixo

Norte-Sul e a Segunda Circular, do

lado contrário a Telheiras. Porém,

as empresas de que Ilídio Ribeiro

era directa ou indirectamente pro-

prietário recusavam-se sair, impe-

dindo assim a execução das obras.

Em 1992, quase dois anos depois de

saber que o empresário registara a

parcela em seu nome, alegando que

a ocupava há mais de 20 anos sem

oposição de quem quer que fosse, a

câmara, então dirigida pelo socialis-

ta Jorge Sampaio, decidiu desalojar

as empresas à força.

A justifi cação, para lá dos avulta-

dos prejuízos inerentes ao facto de

as obras estarem paradas há meses,

prendia-se com a convicção, expres-

sa pelo então vereador Vasco Fran-

co, de que a escritura que serviu

de base ao registo tinha sido feita

com recurso a falsas declarações. Is-

to porque a câmara dizia ter cedido

a parcela em 1970, a título precário

e para instalação de um estaleiro, a

uma empresa de que Ilídio Ribeiro

era um dos sócios. Estes, explica-

va Vasco Franco, tinham mesmo

assinado o compromisso de que

abandonariam o local, sem direito

a qualquer indemnização, logo que

a câmara o desejasse.

Foi assim que, em Março de 1992,

depois de muitas hesitações e mui-

ta ponderação jurídica, a autarquia

resolveu tomar conta do terreno e

demolir as construções clandestinas

aí existentes. Em poucas horas, as

máquinas arrasaram a central de

betão, a carpintaria e as instalações

em que estavam a ser construídas

300 casas prefabricadas encomen-

dadas a Ilídio Ribeiro pelo Governo

de Angola. “Agora demolimos e den-

tro de dias esperamos uma decla-

ração de utilidade pública para o

local, que permitirá a continuação

da obra”, afi rmou o vereador.

Câmara perdeu sempreO problema é que essa declaração

de utilidade pública nunca foi emi-

tida pelo Governo e o Eixo-Norte

Sul foi aí construído em cima de um

terreno que legalmente pertencia

ao empresário. Para resolver a si-

tuação, a câmara pôs em tribunal

uma acção de reivindicação da

propriedade. Entre os seus argu-

mentos avultava o de que o registo

dos 21.395 metros quadrados era

nulo por serem falsas as declarações

constantes da escritura de usuca-

Dois hectares onde a Câmara de Lisboa fez nó rodoviário são de particulares que os registaram por usucapião. Tribunal pode determinar indemnização de 10 a 20 milhões de euros

Eixo Norte-SulJosé António Cerejo

Um empresário de “toda a espécie de esquemas”

Condenado por oferecer um livro com envelope contendo 2500 euros

Ilídio Ribeiro, o homem que em 1990 registou em seu nome os terrenos da Segunda Circular, que

sabia terem sido comprados pela Câmara de Lisboa 35 anos antes, não era propriamente um empresário com boa fama no sector da construção civil. Pelas suas mãos tinham passado, até falecer em Fevereiro deste ano, numerosas empresas que eram formalmente detidas por colaboradores seus, muitas delas sem qualquer actividade, e quase todas actualmente falidas. Serviam apenas, segundo quem

o conheceu de perto, para “toda a espécie de esquemas” do verdadeiro proprietário.

A única que se mantém, embora inactiva e sem bens, é a Urbiglobo. Há dois anos chegou a ser administrativamente dissolvida, por iniciativa das Finanças, por não ter entregue declarações fiscais nos dois anos anteriores. A expectativa de ver os tribunais reconhecerem-lhe a propriedade dos terrenos da Segunda Circular, como veio a acontecer, levou todavia Ilídio Ribeiro a regularizar a situação. Várias vezes condenado,

nomeadamente por falsificação de documentos e falsas declarações, o empresário foi o protagonista, em 2005, de um caso que levou o Tribunal da Relação de Lisboa a condená-lo a dois anos de prisão, com pena suspensa, por corrupção activa. Motivo? Ofereceu um livro a uma funcionária de uma empresa municipal de Sintra a quem pedira para desbloquear um pagamento devido a uma das suas empresas. O problema é que dentro do livro estava um envelope com 2500 euros e a funcionária denunciou-o por tentativa de suborno. J.A.C.

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Tiragem: 46555

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 42

Cores: Cor

Área: 16,72 x 30,54 cm²

Corte: 2 de 3ID: 43443714 26-08-2012

pião, mas também o facto de o no-

tário ter permitido a sua celebração

sem que os anteriores proprietários

fossem notifi cados, e ainda a ale-

gada aceitação ilegal do registo na

conservatória respectiva.

Para lá do reconhecimento de que

parcela era sua, o município pedia

ao tribunal que Ilídio Ribeiro e a em-

presa Urbiglobo, por ele detida indi-

rectamente e à qual tinha vendido

o terreno quatro meses depois de

o ter registado em seu nome, fos-

sem condenados a pagar-lhe uma

indemnização não inferior a 50 mil

contos (cerca de 250 mil euros), pe-

Caso remonta a 1992 e foi decidido há três anos pelo Supremo, mas a câmara nada diz sobre a possibilidade de ter de indemnizar os proprietários do terreno

ENRIC VIVES RUBIOser justifi cada a “ilicitude do com-

portamento” do município ao de-

molir construções que não estavam

licenciadas.

Inconformados, tanto a câmara

como os donos do terreno (estes por

não lhes ter sido reconhecido o di-

reito à indemnização por danos) re-

correram para a Relação de Lisboa,

que confi rmou a sentença inicial há

perto de três anos. O caso acabou

por ser decidido, em Novembro de

2010, no Supremo Tribunal de Jus-

tiça, com a manutenção do acórdão

da Relação e o reconhecimento de-

fi nitivo de que a parcela onde está o

nó do Eixo Norte-Sul é propriedade

da Urbiglobo.

Herdeiros em guerraUma vez transitado em julgado o

acórdão do Supremo Tribunal de

Justiça, a Urbiglobo desencadeou

uma acção cível para que o muni-

cípio fosse condenado a entregar-

lhe os 21.395 metros quadrados em

questão. A 27 de Fevereiro deste ano,

a 8.ª Vara Cível de Lisboa decidiu a

causa a seu favor, encontrando-se

agora o processo à espera de mais

uma decisão da Relação de Lisboa,

para a qual o município interpôs

novo recurso.

Dando como certo que a Relação

e o Supremo Tribunal de Justiça vi-

rão a manter a sentença da primei-

ra instância, os herdeiros de Ilídio

Ribeiro, que faleceu em Fevereiro

passado, já fazem contas ao valor da

indemnização que a câmara poderá

ter de lhes pagar — uma vez que não

pode devolver-lhe o terreno agora

ocupado pelo Eixo Norte-Sul. Aten-

dendo à sua dimensão, ao local em

que está situado e à avaliação das

Finanças para efeitos de Imposto

Municipal sobre Imóveis, o valor a

desembolsar pela câmara poderá

situar-se entre os dez e os 20 mi-

lhões de euros.

A Câmara Municipal de Lisboa, so-

licitada pelo PÚBLICO desde Maio a

esclarecer a sua posição neste caso,

nunca forneceu qualquer resposta.

As perguntas que lhe foram dirigidas

por escrito há três semanas, nomea-

damente sobre a estimativa do valor

da indemnização que poderá vir a

ter que pagar, também fi caram por

responder.

Quem receberá a indemnização,

se esta vier a ser paga, é o que falta

saber. Os herdeiros de Ilídio Ribeiro

desentenderam-se entretanto e nos

tribunais já correm várias acções em

que as partes disputam, antecipada-

mente, os milhões que a Urbiglobo

vier a receber.

los atrasos causados nas obras do

Eixo Norte-Sul.

Em resposta, o empresário de-

fendeu a legalidade da aquisição da

parcela por usucapião, garantindo

que ela era contígua ao terreno ca-

marário cedido em 1970 à empresa

de que ele era sócio, mas que não se

tratava do mesmo terreno. E exigiu

que fosse o município a indemnizá-

lo pelos prejuízos causados com a

demolição das instalações.

Após um longo julgamento, 18

anos depois, o tribunal decidiu,

em primeira instância, que quem

tinha razão era Ilídio Ribeiro e que

a parcela pertencia à Urbiglobo,

uma empresa que não tinha nem

tem qualquer actividade ou patri-

mónio. Quanto às indemnizações

por danos, nem a um nem a outro

elas eram devidas, sendo que, no

caso das que foram pedidas pelo

empresário, o tribunal entendeu

1954ano em que a Câmara de Lisboa adquiriu a propriedade com 56 mil m2, da qual o terreno fazia parte, mas de que a autarquia nunca chegou a fazer o registo

2010Decisão do Supremo Tribunal de Justiça reconhece em definitivo que terreno onde está o nó do Eixo Norte-Sul é propriedade da sociedade do empresário Ilídio

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Tiragem: 46555

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Âmbito: Informação Geral

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Dois hectares onde a câmara fez nó rodoviário são de particulares p32

CML em risco de pagar milhões por apropriação ilegal

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

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Tiragem: 101444

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Âmbito: Informação Geral

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 3

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Submarinos

Santos Silva disponível para colaborar nas investigações

O ex-ministro socialista da Defesa, Augusto Santos Silva, garante estar totalmente disponível para colaborar com o Ministério Público na investigação ao caso dos subma-rinos. Contactado pela Renascença, o ex-ministro escu-sou-se a fazer mais comentários, até porque ainda não foi formalmente contactado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), mas mostra-se disponível para aquilo que os investigadores entende-rem.A Renascença contactou, também, o gabinete do actual

ministro da Defesa José Pedro Aguiar-Branco, o outro ti-tular da pasta a quem o Ministério Público quer pedir co-laboração. Fonte do gabinete reiterou a disponibilidade já manifestada por Aguiar-Branco, para que sejam efec-tuadas todas as diligências consideradas necessárias.Ontem, o Ministério Público anunciou que vai solicitar a colaboração do antigo ministro da defesa Paulo Portas e do actual titular da pasta, Aguiar-Branco, na investi-gação sobre a compra de dois submarinos pelo Estado português a um consórcio alemão.

O caso da compra de submarinos ao German Submarine Consortium (GSC), integrado pela empresa Ferrostaal, pelos estaleiros Howaldswerke e pela metalúrgica Thys-senkrupp, tem ramifi cações em mais dois países, além de Portugal. Na Alemanha, dois ex-executivos da Ferrostaal e a própria empresa foram julgados por suborno de funcio-nários públicos estrangeiros na venda de submarinos a Por-tugal e à Grécia. Johann-Friedrich Haun e o ex-procurador Hans-Peter Muehlenbeck admitiram que pagaram subornos nos dois países. No caso de Portugal, os dois funcionários implicaram o ex-cônsul honorário em Munique, Jürgen Adolff, que terá recebido 1,6 milhões de euros. Johann-Friedrich Haun e Hans-Peter Muehlenbeck foram condenados a pagar coimas de 36 mil e 18 mil euros, respectivamente, e condenados a pena suspensa.Os dois ex-executivos admitiram que pagaram subornos na Grécia e em Portugal para conseguir que ambos os países se decidissem pela compra de submarinos ao GSC. Quanto à Ferrostaal, também arguida no processo por crime de obtenção de vantagem económica através dos dois funcio-nários, terá de pagar uma coima de 140 milhões de euros até 2014.Na Grécia, o ex-ministro da Defesa, Akis Tsochatzpoulos,

foi detido por corrupção no âmbito de um negócio envol-vendo submarinos e a empresa Ferrostaal.Tsochatzpoulos estava à frente do Ministério da Defesa quando a Grécia comprou, em 2000, quatro submarinos à Ferrostaal por 2,85 mil milhões de euros. As investigações comprovaram que o antigo governante estava na lista dos benefi ciários de 62 milhões de euros pagos em comissões.A investigação ao caso dos submarinos em Portugal resultou em dois processos, um referente à compra dos submarinos e outro às respectivas contrapartidas. O Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu levar a julgamento nove arguidos no âmbito da compra dos sub-marinos e das contrapartidas envolvidas. Foram acusados de burla agravada e falsifi cação. Para o Ministério Público, “todos actuaram previamente acordados, em comunhão de esforços, deliberada, livre e conscientemente, bem sabendo que as suas condutas eram punidas por lei”. Os portugueses acusados são José Pedro Sá Ramalho, Filipe Mesquita Soares Moutinho, António Parreira Holterman Roquete, Rui Moura Santos, Fernando Jorge da Costa Gonçalves, António Lavrador Alves Jacinto e José Mendes Medeiros. Os dois alemães são Antje Malino-wski e Winfried Hotten. O julgamento não tem ainda data marcada.

O que se passa lá fora?

Carlos Calaveiras

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 6,22 x 3,71 cm²

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Submarinos

Santos Silva disponível

para colaborar

O ex-ministro diz estar pronto a colaborar na investigação do caso dos submarinos. Pág.3 »

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Tiragem: 27259

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

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Tiragem: 101444

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

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Área: 28,35 x 21,28 cm²

Corte: 1 de 3ID: 43369132 21-08-2012

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País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

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Área: 13,23 x 3,03 cm²

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Tiragem: 101444

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,20 x 6,84 cm²

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Tiragem: 46555

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 5

Cores: Preto e Branco

Área: 15,66 x 24,52 cm²

Corte: 1 de 1ID: 43368757 21-08-2012

Corrosão na escotilha e uma válvu-

la que necessita de ser substituída

são alguns dos pequenos problemas

detectados no submarino Arpão, o

segundo a chegar a Portugal em

Abril do ano passado, que levaram

o Ministério da Defesa a adiar a re-

cepção defi nitiva do submergível.

A informação é adiantada por Nu-

no Maia, porta-voz do ministério,

que acrescenta que o adiamento foi

comunicado a semana passada ao

consórcio alemão que vendeu os

dois equipamentos.

Depois da aceitação defi nitiva,

as reparações dos dois submari-

nos serão asseguradas pelo Estado

português, que fi cará responsável

pela sua manutenção estimada em

sete milhões de euros por ano. “Os

estudos efectuados apontam para

um custo médio anual na ordem

dos 3,5 milhões de euros por sub-

marino”, refere o ministério numa

nota. A manutenção inclui uma re-

visão simples de quatro semanas a

cada sete meses, uma intermédia, a

cada dois anos e meio, que implica

uma paragem de três meses, e uma

grande inspecção de oito em oito

anos, que obriga à paragem do equi-

pamento durante um ano.

Quanto aos problemas detecta-

dos, Nuno Maia desvaloriza a sua

importância e garante que não está

em causa nada de estrutural. “Fo-

ram identifi cados vários pequenos

problemas que têm de ser repara-

dos. Mas é uma situação normal”,

garante o porta-voz do ministério.

O Arpão esteve na Alemanha a

realizar uma grande inspecção nos

Pequenos problemas levam Estado a adiar recepção definitiva de submarino

estaleiros do fabricante, um proce-

dimento que antecede a sua entrega

defi nitiva, mas nem tudo fi cou resol-

vido. “Até ao fi nal da docagem de ga-

rantia, evento que ocorreu em 26 de

Julho de 2012, o consórcio alemão

não tinha cumprido todas as suas

obrigações contratuais de garantia,

encontrando-se presentemente o

Arpão a realizar as provas de mar

correspondentes às acções de ma-

nutenção correctiva a equipamen-

tos e sistemas de bordo intervencio-

nados no decurso da mencionada

docagem de garantia”, escreveu

o ministro da Defesa, José Pedro

Aguiar- Branco, num despacho de

9 de Agosto, publicado ontem no

Diário da República.

Submergível de regressoNuno Maia adianta que o submarino

já está de regresso a Portugal, mas

não sabe precisar uma data para o

fi m das reparações, garantindo que

não há qualquer divergência com

o consórcio alemão quanto a este

aspecto. A recepção defi nitiva do

Arpão deveria ter ocorrido até 1 de

Julho, mas o contrato prevê a pos-

sibilidade de o Estado português se

opor a isso nos 45 dias seguintes,

tendo de especifi car os defeitos do

equipamento, o que aconteceu na

semana passada.

Também foram detectados alguns

problemas no Tridente, o primeiro

submarino comprado aos alemães

que chegou a Portugal em Agosto de

2010, nomeadamente uma defi ciên-

cia no revestimento. Este problema

não se repetiu no Arpão, porque,

como a defi ciência foi detectada ain-

da o submarino estava em constru-

ção, as alterações foram feitas logo

nessa fase.

O negócio dos submarinos, que

custaram 1001 milhões de euros a

Portugal, está envolvido em polémi-

ca há vários anos. Desde 2006 que o

Ministério Público investiga suspei-

tas de corrupção, tráfi co de infl uên-

cia e de branqueamento de capitais

na compra dos submergíveis. Desta

investigação saiu uma outra sobre o

contrato de contrapartidas — em que

os alemães se comprometeram a in-

termediar negócios com empresas

nacionais para compensar o avul-

tado valor gasto no equipamento

militar — que resultou na acusação

de burla qualifi cada e falsifi cação de

documentos a sete gestores portu-

gueses e três alemães.

DefesaMariana Oliveira

Ministério da Defesa estima que manutenção dos dois submergíveis deverá custar ao Estado sete milhões de euros por ano

RUI GAUDÊNCIO

O submarino Arpão chegou a Portugal em Abril do ano passado

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Tiragem: 19618

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Corte: 1 de 2ID: 43353460 20-08-2012

Mafalda [email protected]

A corrupcão é uma variável quetem permanecido sem grandesvariações ao longo dos séculos,no que toca à sua forma de in-fluência (ou compra de deci-sões). Mas o que é afinal a cor-rupção? Como se materializa?O que tem sido feito para a con-trolar? Luis de Sousa, autor de“Corrupcão”, apresenta nesteensaio a definição e os diferen-tes contextos em que a corrup-ção de materializa. Responden-do a muitas das principais in-quietudes em torno do tema, oautor analisa um tema ‘escuro’dando lhe vida e, sobretudo,um contexto actual.

Como definimos corrupção?Entende-se geralmente porcorrupção, o abuso de funçõese poder delegado por parte deeleitos, funcionários públicosou agentes privados, para be-nefício próprio ou de terceiros.

Corrupção e impunidade: querelação existe?A corrupção consiste numaprática ou comportamentodesviante, que implica umaviolação de regras legais/for-mais expressas nas leis. Se de-tectada pelas autoridades oudenunciada pelos cidadãos, acorrupção é objecto de proces-so-crime. Por vários factores,como a natureza opaca e com-plexa do fenómeno, a insufi-ciência de indícios probatórios,a falta de capacitação técnica, aescassez de recursos, a mácoordenação e direcção dos in-quéritos, etc., a justiça não tem

Ensaio de Luís de Sousa faz uma reflexão sobrea corrupção e traça o perfil do fenómeno no País.

“A corrupçãoestilo ‘Robin dosbosques’ é aceiteem Portugal”

ENSAIOS DA FUNDAÇÃO

concerne o exercício do poder eainda muito assente na satisfa-ção de necessidades e interessespessoais ou de grupos de afini-dade restritos.

Procura pela Justiça: como te-mos evoluido?Nos últimos tempos temos as-sistido a várias manifestaçõesespontâneas e movimentos po-pulares contra o desgoverno, amá gestão e a corrupção. Em-bora haja forte razões para essedescontentamento generaliza-do, a indignação não é, nemnunca foi, boa conselheira. Re-gra geral, essa converte-se emimpotência ou resignação ouainda num populismo desen-freado. Não basta indignar, épreciso actuar. Foi com este in-tuito que surgiu a primeira or-ganização cívica de combate àcorrupção em Portugal, a TIAC– Transparência e Integridade,Associação Cívica (transparen-cia.pt), que congrega os esfor-ços de cidadãos dos diferentesquadrantes profissionais e cujoobjectivo é o de consciencializara opinião pública e as autorida-despara o problema, avaliar osriscos e práticas da corrupção,discutir as soluções em matériadecombate à corrupção e mo-nitorizar o desempenho dasinstituições na implementaçãodessasmesmasmedidas.■

O AUTOR

Luís de SousaDoutorado em CiênciasSociais e Políticas peloInstituto Universitáriode Florença, Luís de Sousaé fundador e coordenadorda primeira rede de agenciasanticorrupção (ANCORAGE -NET). Consultor Internacionalem medidas de controlo dacorrupção e do financiamentopolítico, o investigador é aindapresidente da Transparênciae Integridade – AssociacãoCívica.

NÃO PERCAAmanhãcom o Económico“Portugal e o Mar”,de Tiago Pitta e Cunha.

sido capaz de punir a corrupçãocom eficácia e regularidade, oque se materializa em senti-mentos de impunidade. Hoje,um arguido com recursos, compoder, que tenha sido conde-nado em primeira instância,menospreza essa decisão e porconseguinte subvaloriza o pa-pel do tribunal. A percepção deque a decisão do tribunal é ape-nas o primeiro passo de umlongo e tortuoso caminho comvárias encruzilhadas e oportu-nidades alimenta a impunida-de. A justiça deve ser justa,consequente e punitiva quandoexistem razões para o ser. Se ajustiça abdicar desse seu papelregulador na sociedade, deixade haver Estado de Direito.

A corrupção é vista comtolerancia em Portugal?Não obstante os impactos ne-gativos que a corrupção possater na legitimidade das institui-ções, no funcionamento daeconomia e na qualidade devida dos cidadãos, a maioriados portugueses (56%) consi-dera que se o acto corrupto forpraticado por uma causa justa,não deverá constituir corrup-ção. A corrupção estilo “Robindos bosques” tem grande acei-tação na sociedade portuguesae é sintomática de uma culturacívica pouco exigente no que Página 18

Tiragem: 19618

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

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Cores: Cor

Área: 7,99 x 4,69 cm²

Corte: 2 de 2ID: 43353460 20-08-2012

“Corrupção”de Luís de Sousahoje como Económico,por mais2,40 euros ➥ P5

ENSAIOS DA FUNDAÇÃO

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