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Capítulo 3.1: Equações Lineares homogêneas de Segunda Ordem com Coeficientes Constantes A forma geral de uma EDO de segunda ordem é sendo f uma função dada. É linear se f for linear em y e y´, isto é pode ser escrita na forma: Que com freqüência aparece como se G(t) = 0 para todo t, então a equação é chamada homogênea. ) , , ( y y t f y = y t q y t p t g y ) ( ) ( ) ( = ) ( ) ( ) ( ) ( t G y t R y t Q y t P = + +

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Capítulo 3.1: Equações Lineares homogêneas de Segunda Ordem com Coeficientes Constantes

A forma geral de uma EDO de segunda ordem é

sendo f uma função dada.

É linear se f for linear em y e y´, isto é pode ser escrita na forma:

Que com freqüência aparece como

se G(t) = 0 para todo t, então a equação é chamada homogênea.

),,( yytfy ′=′′

ytqytptgy )()()( −′−=′′

)()()()( tGytRytQytP =+′+′′

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Equações homogêneas com valores iniciais

Na seções 3.6 e 3.7, veremos que uma vez que temos a solução para a equação homogênea, então é possível resolver a não homogênea, o pelo menos expressar a solução em termos de uma integral. O assunto deste capítulo é a equação homogênea e em particular com coeficientes constantes:

As condições inicias têm a forma

Assim a solução passa por (t0, y0), e declividade da solução em (t0, y0) onde a declividade é y0'.

0=+′+′′ cyybya

( ) ( ) 0000 , ytyyty ′=′=

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Exemplo 1: Infinitas soluções (1 de 3)

Considere a equação

Temos duas soluções para esta equação

também

Concluímos que temos infinitas soluções da forma

Mostraremos que todas as soluções desta equações diferencial pode ser escritas desta forma.

0=−′′ yy

tt etyety −== )(,)( 21

tttt eetyetyety −− +=== 53)(,5)(,3)( 543

tt ececty −+= 21)(

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Exemplo 1: condições iniciais (2 de 3)

Consideremos agora as seguintes condições iniciais:

Usando a solução geral

E usando as condições iniciais,

Temos

1)0(,3)0(,0 =′==−′′ yyyy

tt ececty −+= 21)(

1,21)0(3)0(

2121

21 ==⇒⎭⎬⎫

=−=′=+=

ccccyccy

tt eety −+= 2)(

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Exemplo 1: Gráficos (3 de 3)

O nosso problema com valores iniciais étt eetyyyyy −+=⇒=′==−′′ 2)(1)0(,3)0(,0

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A equação característica

Para resolver a EDO com coeficientes constantes,

assumimos que tem uma solução da forma y = ert. Substituindo na equação diferencial obtemos

Simplificando,

e assim

Esta última equação é chamada de equação característica. Resolvendo para r.

,0=+′+′′ cyybya

02 =++ rtrtrt cebreear

0)( 2 =++ cbrarert

02 =++ cbrar

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Solução geral

A equação

tem duas soluções, r1 e r2. E temos diferentes resultados:

As raízes r1, r2 são reais e r1 ≠ r2. As raízes r1, r2 são reais e r1 = r2. As raízes r1, r2 são complexas.

Assumimos que r1, r2 são reais e r1 ≠ r2. Neste caso a solução geral tem a forma

,02 =++ cbrar

trtr ececty 2121)( +=

aacbbr

242 −±−

=

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Condições iniciais

Para o problema com valores iniciais

Temos a solução geral

e considerando os dados iniciais achamos c1 e c2. Isto é,

Desde que assumimos que r1 ≠ r2, concluímos que sempre existirá uma solução da forma y = ert para qualquer conjunto de condições iniciais.

,)(,)(,0 0000 ytyytycyybya ′=′==+′+′′

0201

0201

0201

21

0102

21

2001

02211

021 , trtrtrtr

trtr

erryryce

rrryyc

yercerc

yecec −−

−′−

=−−′

=⇒⎪⎭

⎪⎬⎫

′=+

=+

trtr ececty 2121)( +=

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Exemplo 2

Considere o problema com valores iniciais

Obtemos a equação característica:

Cujas raízes são, r1 = -4 e r2 = 3A solução geral é

E usando os dados iniciais temos

logo

1)0(,0)0(,012 =′==−′+′′ yyyyy

( )( ) 034012)( 2 =−+⇔=−+⇒= rrrrety rt

tt ececty 32

41)( += −

71,

71

1340

2121

21 =−

=⇒⎭⎬⎫

=+−=+

cccccc

tt eety 34

71

71)( +

−= −

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Exemplo 3

Considere o problema com valores iniciais

Assim temos

com r1 = 0 e r2 = -3/2A solução geral é

E usando as condições iniciais

E finalmente

( ) ( ) 30,10,032 =′==′+′′ yyyy

( ) 032032)( 2 =+⇔=+⇒= rrrrety rt

2/321

2/32

01)( ttt eccececty −− +=+=

2,33

23

1212

21

−==⇒⎪⎭

⎪⎬⎫

=−

=+ccc

cc

2/323)( tety −−=

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Exemplo 4: Problema com valor inicial (1 de 2)

Considere o problema com valor inicial

Temos

com r1 = -2 e r2 = -3A solução geral

E usando as condições iniciais

logo

( ) ( ) 30,20,065 =′==+′+′′ yyyyy

( )( ) 032065)( 2 =++⇔=++⇒= rrrrety rt

tt ececty 32

21)( −− +=

7,93322

2121

21 −==⇒⎭⎬⎫

=−−=+

cccccc

tt eety 32 79)( −− −=

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Exemplo 4: Achar o máximo (2 de 2)

Achar o máximo de:

204.21542.0

)6/7ln(6/7

7602118)(

79)(

32

32

32

≈≈==

=

=+−=′

−=

−−

−−

−−

ytt

eee

eety

eety

t

tt

settt

tt

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Seção 3.2: Soluções fundamentais da equação homogênea

Sejam p, q funções continuas no intervalo I = (α, β). Para qualquer função y duas vezes diferenciável em I, definimos o operador diferencial L como

Note que L[y] é uma função definida em I, que toma valores

Por exemplo,

[ ] yqypyyL +′+′′=

[ ] )()()()()()( tytqtytptytyL +′+′′=

( )[ ] )sin(2)cos()sin()(

2,0),sin()(,)(,)(22

22

tettttyLIttyetqttp

t

t

++−=

==== π

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Notação usando o operador diferencial

Estudaremos a equação homogênea de segunda ordemL[y](t) = 0, sujeita as condições iniciais:

Gostaríamos saber se existem soluções para este problema com valores iniciais e, em caso afirmativo, se essas soluções são únicas. Além disso, estaremos interessados em descobrir alguma propriedade sobre a forma e estrutura das soluções que poderia ajudarmos para resolver diferentes tipos se problemas.

[ ]1000 )(,)(

0)()(ytyyty

ytqytpyyL=′=

=+′+′′=

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Teorema 3.2.1

Considere o problema com valores iniciais

Onde p, q, e g são continuas em um intervalo aberto I que contem o t0. Então existe uma única solução y = φ(t) em I.

Note: Entanto esse teorema diz que uma solução para o problema do valor inicial existe, com freqüência não é possível escrever uma expressão adequada para a solução. Essa é a maio diferença entre equações de primeira e segunda ordem.

0000 )(,)()()()(

ytyytytgytqytpy

′=′==+′+′′

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Exemplo 1

Considere o problema linear com valores iniciais de segunda ordemCuja solução é:

Note que p(t) = 0, q(t) = -1, g(t) = 0 são continuas em (-∞, ∞), e que a solução y está definida e é duas vezes diferenciável em (-∞, ∞).

tt eety −+= 2)(

( ) ( ) 10,30,0 =′==−′′ yyyy

1000 )(,)()()()(

ytyytytgytqytpy

=′==+′+′′

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Exemplo 2

Considere o problema linear de segunda ordem com valores iniciais

onde p, q são continuas no intervalo aberto I contendo t0. Levando em consideração as condições iniciais y = 0 é uma solução do problema. Desde que as hipóteses do teorema são satisfeitas concluímos que y = 0 é a única solução do problema.

( ) ( ) 00,00,0)()( =′==+′+′′ yyytqytpy

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Exemplo 3

Determine o maior intervalo no qual o problema com valores iniciais possui uma única solução duas vezes diferenciável. Sem achar a solução.

Re-escrevemos a solução na forma padrão:

O maior intervalo que contem o ponto t = 0 no qual os coeficientes da equação são contínuos é (-1, ∞).Assim o maior intervalo é (-1, ∞).

( ) ( ) ( ) 00,10,13)(cos1 =′==+′−′′+ yyyytyt

( ) ( ) 00,10,1

11

31

cos=′=

+=

++′

+−′′ yy

ty

ty

tty

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Teorema 3.2.2 Princípio de Superposição

Se y1e y2 são soluções da equação

então a combinação linear c1y1 + y2c2 também é solução, para qualquer par de constantes c1 e c2.

Para provar o teorema simplesmente substituímos c1y1 + y2c2 no lugar de y na equação acima, e usarmos o fato de que y1 e y2 são soluções. Assim para quaisquer duas soluções y1 e y2, podemos construir uma família infinita de soluções da formay = c1y1 + c2 y2. Todas as soluções podem ser escritas desta forma ? Ou ainda podemos ter uma outra solução de uma outra forma ? Para resolver esta questão usaremos o Wronskiano.

0)()(][ =+′+′′= ytqytpyyL

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O Wronskiano (1 de 3)

Suponhamos que y1 e y2 são soluções de

Sabemos que y = c1y1 + c2 y2 é uma solução. Agora achamos determinamos os coeficientes de y = c1y1 + c2 y2 que satisfazem as condições iniciais

Para fazer isto precisamos resolver as seguintes equações:

0)()(][ =+′+′′= ytqytpyyL

0000 )(,)( ytyyty ′=′=

0022011

0022011

)()()()(

ytyctycytyctyc′=′+′

=+

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O Wronskiano (2 de 3)

Resolvendo temo

Em termos de determinantes:

0022011

0022011

)()()()(

ytyctycytyctyc′=′+′

=+

)()()()()()(

)()()()()()(

02010201

0100102

02010201

0200201

tytytytytyytyyc

tytytytytyytyyc

′−′′+′−

=

′−′′−′

=

)()()()(

)()(

,

)()()()(

)()(

0201

0201

001

001

2

0201

0201

020

020

1

tytytyty

ytyyty

c

tytytyty

tyytyy

c

′′

′′=

′′

′′=

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O Wronskiano (3 de 3)

Para que estas expressões tenham validade, o denominador que chamaremos de W não pode ser zero:

W é chamado o Wronskiano das soluções de y1 e y2 que denotaremos com

)()()()()()()()(

020102010201

0201 tytytytytytytyty

W ′−′=′′

=

Wytyyty

cW

tyytyy

c 001

001

2020

020

1

)()(

,)()(

′′=

′′=

( )( )021, tyyW

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Teorema 3.2.3

Suponhamos que y1 e y2 são soluções de

e que o Wronskiano

não é nulo em t0 onde as condições iniciais são

então existem constantes c1, c2 para as quais a função y = c1y1 + c2 y2 é uma solução da equação (1) satisfazendo as condições iniciais (2).

)1(0)()(][ =+′+′′= ytqytpyyL

2121 yyyyW ′−′=

)2()(,)( 0000 ytyyty ′=′=

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Exemplo 4

Considere novamente o Exemplo 1 anterior e sua solução:

Note que as duas funções a seguir são soluções da equação diferencial:

o Wronskiano de y1 e y2 é

Desde que W ≠ 0 para todo t, uma solução pode ser obtida como combinação linear de y1 e y2 para qualquer t0.

tt eyey −== 21 ,

22 02121

21

21 −=−=−−=′−′=′′

= −− eeeeeyyyyyyyy

W tttt

( ) ( ) tt eetyyyyy −+=⇒=′==−′′ 2)(10,30,0

2211 ycycy +=

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Teorema (Solução Fundamental)

Supor que y1 e y2 são soluções de

se há um ponto t0 tal que W(y1,y2)(t0) ≠ 0, então a família de soluções y = c1y1 + c2 y2 com coeficientes arbitrários c1, c2incluem todas as soluções da equação diferencial.

A expressão y = c1y1 + c2 y2 é chamada a solução geral da equação diferencial e neste caso dizemos que y1 e y2formam o conjunto fundamental de soluções para a equação diferencial.

.0)()(][ =+′+′′= ytqytpyyL

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Exemplo 5

Consideremos a equação abaixo e a suas soluções :

o Wronskiano de y1 e y2 é

Então y1 e y2 formam o conjunto fundamental de soluções e pode ser usado para obter todas as soluções da equação diferencial. A solução geral é

tt eyeyyy −===−′′ 21 ,,0

1 2 0

1 2

2 2 0 para todo .t t t ty yW e e e e e t

y y− −= = − − = − = − ≠

′ ′

tt ececy −+= 21

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Exemplo 6

Considere a equação junto com as suas soluções:

Suponha que as funções abaixo sejam as soluções :

o Wronskiano de y1e y2 é

Assim y1e y2 formam um conjunto fundamental de soluções.A solução geral é

2121 ,, 21 rreyey trtr ≠==

( ) ( )1 2

1 2

1 2

1 22 1

1 2 1 2

0 para todo .r t r t

r r tr t r t

y y e eW r r e t

y y re r e+= = = − ≠

′ ′

0)()( =+′+′′ ytqytpy

trtr ececy 2121 +=

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Exemplo 7: Soluções (1 de 2)

Considere a equação seguinte:

Mostre que as seguintes funções são as soluções fundamentais:

Primeiro substituímos y1 na equação:

y1 satisfaz a equação diferencial. Analogamente para y2 :

12

2/11 , −== tyty

0,032 2 >=−′+′′ tyytyt

0123

21

23

42 2/12/1

2/12/32 =⎟

⎠⎞

⎜⎝⎛ −+−=−⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛+⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛ − −−

tttttt

( ) ( ) ( ) 0134322 11232 =−−=−−+ −−−− tttttt

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Exemplo 7: Solução Fundamental (2 de 2)

Temos que

Para mostrar que y1 e y2 formam um conjunto fundamental, calculamos o Wronskiano de y1 e y2:

Já que W ≠ 0 para t > 0, y1, y2 formam um conjunto fundamental para

3

2/32/32/322/1

12/1

21

21

23

23

21

21

tttttt

tt

yyyy

W −=−=−−=−=′′

= −−−−−

12

2/11 , −== tyty

0,032 2 >=−′+′′ tyytyt

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Teorema: Existência do conjunto fundamental de soluções

Considere a equação diferencial a seguir, onde p e q são continuas em um intervalo aberto I:

seja t0 um ponto em I, e y1 e y2 soluções da equação com y1satisfazendo as condições iniciais

e y2 satisfazendo as condições iniciais

então y1, y2 formam um conjunto fundamental de soluções para a equação diferencial dada.

0)()(][ =+′+′′= ytqytpyyL

0)(,1)( 0101 =′= tyty

1)(,0)( 0202 =′= tyty

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Exemplo 7: Teorema 3.2.5 (1 de 3)

Ache o conjunto fundamental de acordo ao teorema anterior para a equação seguinte e a condição inicial dada

Mostramos que

formam um conjunto fundamental de soluções, desde que W(y1, y2)(t0) = -2 ≠ 0.Porém estas condições não satisfazem as condições iniciais requeridas pelo teorema e então não formam um conjunto fundamental. Sejam y3 e y4 soluções fundamentais tais que:

tt eyey −== 21 ,

0,0 0 ==−′′ tyy

1)0(,0)0(;0)0(,1)0( 4433 =′==′= yyyy

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Exemplo 7: Solução General (2 de 3)

Já que y1 e y2 formam um conjunto fundamental,

Resolvendo cada equação obtemos

o Wronskiano de y3 e y4 é

Assim y3, y4 formam o conjunto fundamental cuja solução geral é

1)0(,0)0(,

0)0(,1)0(,

44214

33213

=′=+=

=′=+=−

yyededy

yyececytt

tt

)sinh(21

21)(),cosh(

21

21)( 43 teetyteety tttt =−==+= −−

01sinhcoshcoshsinhsinhcosh 22

21

21 ≠=−==′′

= tttttt

yyyy

W

)sinh()cosh()( 21 tktkty +=

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Exemplo 7: Conjuntos fundamentais (3 de 3)

então

ambos conjuntos formam um conjunto fundamental para a equação diferencial e ponto inicial

Em geral, uma equação diferencial terá infinitas diferentes conjuntos fundamentais de soluções. Usualmente será escolhida a forma mais conveniente.

{ } { }ttSeeS tt sinh,cosh,, 21 == −

0,0 0 ==−′′ tyy

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Resumo

Para achar a solução geral da equação diferencial

primeiramente determinamos duas soluções y1 e y2.Então garantimos que há um ponto t0 que está no intervalo tal que W(y1, y2)(t0) ≠ 0.Concluímos que y1 e y2 formam um conjunto fundamental da equação cuja solução geral é y = c1y1 + c2 y2.

Se as condições iniciais estão dadas no ponto t0 aonde W ≠0, então c1 e c2 podem ser determinadas para satisfazer as condições.

βα <<=+′+′′ tytqytpy ,0)()(

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Seção 3.3: Independência linear e o Wronskiano

Duas funções f e g formam um conjunto linearmente dependente (LD) se existem constantes c1 e c2, não nulas, tais quepara todo t em I. Note que isto é equivalente a dizer que f e g são múltiplas uma de outra. Se a única solução para esta equação fosse c1 = c2 = 0, então f e g são linearmente independentes (LI). Por exemplo, seja f(x) = sen 2x e g(x) = sin x cos x, a equação definida pela combinação linear

pode ser resolvida escolhendo c1 = 1, c2 = -2, e então f e g são LD.

0cossin2sin 21 =+ xxcxc

0)()( 21 =+ tgctfc

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Soluções de sistemas de equações 2 x 2

Quando resolvemos

para c1 e c2, pode ser mostrado que

Note que se a = b = 0, então a única solução do sistema de equações é c1 = c2 = 0, satisfazendo D ≠ 0.

bycycaxcxc

=+=+

2211

2211

2 2 2 21

1 2 1 2

1 21 1 1 12

1 21 2 1 2

,

, onde

ay bx ay bxcx y y x D

x xay bx ay bxc Dy yx y y x D

− −= =

− + − += = =

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Exemplo 1: Independência Linear (1 de 2)

Mostrar que as funções a seguir são linearmente independentes em qualquer intervalo:

Sejam c1 e c2 escalares, e considere a combinação linear nula

para todo t em qualquer intervalo (α, β ). Queremos provar que c1 = c2 = 0. Desde que a equação se satisfaz para todo t em (α, β ), escolha t0 e t1 em (α, β ), com t0 ≠ t1. Então

tt etgetf −== )(,)(

0)()( 21 =+ tgctfc

0

011

00

21

21

=+

=+−

tt

tt

ecec

ecec

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Exemplo 1: Independência Linear (2 de 2)

A solução do sistema

será c1 = c2 = 0, garantindo que o determinante D é não nulo:

logo

Já que t0 ≠ t1, concluimos que D ≠ 0, e então f e g são LI.

01101010

11

00tttttttt

tt

tt

eeeeeeeeee

D −−−−−

−=−==

( )10

2

1

11 0

10

10

10

100110

tte

ee

eeeD

tt

tttt

tttttt

=⇔=⇔

=⇔=⇔=⇔=

−−

−−−

0

011

00

21

21

=+

=+−

tt

tt

ecec

ecec

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Teorema

Se f e g são diferenciáveis em um intervalo aberto I e se W(f, g)(t0) ≠ 0 para um ponto t0 em I, então f e g são LI em I. Além disso se f e g são LD em I, então W(f, g)(t) = 0 para todo t em I.

Prova: sejam c1 e c2 escalares, e supor que

Para todo t em I. Em particular, quando t = t0 temos

Já que W(f, g)(t0) ≠ 0, se segue que c1 = c2 = 0, e então fe g são linearmente independentes.

0)()( 21 =+ tgctfc

0)()(0)()(

0201

0201

=′+′=+

tgctfctgctfc

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Teorema 3.3.2 (Abel)

Suponha que y1 e y2 são soluções de

onde p e q são contínuas em um intervalo aberto I. Então W(y1,y2)(t) está dado por

onde c é uma constante que depende de y1 e y2 porém não de t.

Note que W(y1,y2)(t) ou é zero para todo t em I (se c = 0) ou então nunca é zero em I (se c ≠ 0).

0)()(][ =+′+′′= ytqytpyyL

∫=− dttp

cetyyW)(

21 ))(,(

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Exemplo 2: Wronskiano e o Teorema de Abel

Consideremos a seguinte equação e suas duas soluções:

o Wronskiano de y1e y2 é

então y1 e y2 são linearmente independentes em qualquer intervalo I, pelo Teorema 3.3.1. Agora comparemos W com o Teorema de Abel:

Com c = -2, obtemos o mesmo W como antes.

tt eyeyyy −===−′′ 21 ,,0

1 2 0

1 2

2 2 0 para todo .t t t ty yW e e e e e t

y y− −= = − − = − = − ≠

′ ′

ccecetyyWdtdttp=∫=∫=

−− 0)(21 ))(,(

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Teorema

Supor que y1 e y2 são soluções da equação abaixo, cujos coeficientes p e q são contínuos em um intervalo aberto I:

Então y1 e y2 são linearmente dependentes em I se e somente se W(y1, y2)(t) = 0 para todo t em I. Também, y1 e y2 são linearmente independentes em I se e somente se W(y1, y2)(t) ≠0 para todo t em I.

0)()(][ =+′+′′= ytqytpyyL

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Resumo

Sejam y1 e y2 soluções de

onde p e q são contínuas em um intervalo aberto I. Então as seguintes afirmações são equivalentes:

As funções y1 e y2 formam um conjunto fundamental de soluções em I.

As funções y1 e y2 são linearmente independentes em I.

W(y1,y2)(t0) ≠ 0 para algum t0 em I.

W(y1,y2)(t) ≠ 0 para todo t em I.

0)()( =+′+′′ ytqytpy

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Uma observação sobre a Álgebra Linear

Seja V o conjunto

então V é um espaço vetorial de dimensão dois, cujas bases estão dadas por qualquer conjunto fundamental de soluções y1 e y2. Por exemplo, o espaço solução para a equação diferencial

tem como bases

com

{ } { }1 2, , ch ,sht tS e e S t t−= =

( ){ }βα ,,0)()(: ∈=+′+′′= tytqytpyyV

0=−′′ yy

21 SpanSpan SSV ==

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Seção 3.4: Raízes complexas da equação característica

Continuamos estudando as soluções de

onde a, b e c são constantes. Assumindo que a equação é do tipo exponencial:

As raízes são, r1 & r2:

se b2 – 4ac < 0, temos raízes complexas:

r1 = λ + iμ, r2 = λ - iμassim

0=+′+′′ cyybya

0)( 2 =++⇒= cbrarety rt

aacbbr

242 −±−

=

( ) ( )titi etyety μλμλ −+ == )(,)( 21

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Fórmula de Euler

Substituindo it ina série de Taylor para et, temos a Fórmula de Euler:

Generalizando, obtemos

logo

assim

( ) ( ) titn

tin

tnite

n

nn

n

nn

n

nit sincos

!12)1(

!2)1(

!)(

1

121

0

2

0+=

−−

+−

== ∑∑∑∞

=

−−∞

=

=

tite ti μμμ sincos +=

( ) [ ] tietetiteeee ttttitti μμμμ λλλμλμλ sincossincos +=+==+

( )

( ) tieteety

tieteetyttti

ttti

μμ

μμλλμλ

λλμλ

sincos)(

sincos)(

2

1

−==

+==−

+

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Soluções reais

Ambas funções são complexas :

Deveríamos conseguir soluções reais desde que os coeficientes da equação diferencial são reais. Já que combinação linear de soluções também é solução:

Desconsiderando as constantes, podemos resgatar duas soluções reais

tietety

tietetytt

tt

μμ

μμλλ

λλ

sincos)(

sincos)(

2

1

−=

+=

tietyty

tetytyt

t

μ

μλ

λ

sin2)()(

cos2)()(

21

21

=−

=+

tetytety tt μμ λλ sin)(,cos)( 43 ==

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As soluções reais e o Wronskiano

Então temos as seguintes soluções reais:

cujo Wronskiano

Assim y3 e y4 forma um conjunto fundamental de soluções com solução geral

tetytety tt μμ λλ sin)(,cos)( 43 ==

( ) ( )0

cossinsincossincos

2 ≠=

+−=

t

tt

tt

e

ttettetete

W

λ

λλ

λλ

μ

μμμλμμμλμμ

tectecty tt μμ λλ sincos)( 21 +=

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Exemplo 1

Considere a equação

logo

e

cuja solução geral é

( ) ( )2/3sin2/3cos)( 2/2

2/1 tectecty tt −− +=

0=+′+′′ yyy

iirrrety rt

23

21

231

241101)( 2 ±−=

±−=

−±−=⇔=++⇒=

2/3,2/1 =−= μλ

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Exemplo 2

Considere a equação

logo

então

cuja solução geral é

04 =+′′ yy

irrety rt 204)( 2 ±=⇔=+⇒=

2,0 == μλ

( ) ( )tctcty 2sin2cos)( 21 +=

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Exemplo 4

Considere a equação

com

Cuja solução geral é

023 =+′−′′ yyy

irrrety rt

32

31

612420123)( 2 ±=

−±=⇔=+−⇒=

( ) ( )3/2sin3/2cos)( 3/2

3/1 tectecty tt +=

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Exemplo 4: Parte (a) (1 de 2)

Para o seguinte PVI, ache (a) a solução u(t) e (b) o tempo mínimoT para que |u(t)| ≤ 0.1

Do Exemplo 1

Usando as condições iniciais obtemos

logo

( ) ( )2/3sin2/3cos)( 2/2

2/1 tectectu tt −− +=

1)0(,1)0(,0 =′==+′+′′ yyyyy

33

3,11

23

21

1

2121

1

===⇒⎪⎭

⎪⎬

=+−

=cc

cc

c

( ) ( )2/3sin32/3cos)( 2/2/ tetetu tt −− +=

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Exemplo 4: Parte (b) (2 de 2)

Ache o tempo mínimo T para que |u(t)| ≤ 0.1 A nossa solução é

Veja o gráfico abaixo.

( ) ( )2/3sin32/3cos)( 2/2/ tetetu tt −− +=

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Seção 3.5: Raízes repetidas; Redução de ordem

Consideremos a EDO de 2ª ordem homogênea

onde a, b e c são constantes. A equação característica é:

Com raízes, r1 & r2:

quando b2 – 4ac = 0, r1 = r2 = -b/2a, o método fornece apenas uma solução:

0=+′+′′ cyybya

0)( 2 =++⇒= cbrarety rt

aacbbr

242 −±−

=

atbcety 2/1 )( −=

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Obtendo uma segunda solução: Multiplicando por um fator v(t)

Sabemos que se

Já que y1 e y2 são LD, podemos pensar em substituir a constante c por uma função v, e então determinar condições para que y2 seja uma solução:

então

1 2 1( ) é uma solução ( ) ( ) é soluçãoy t y t cy t⇒ =

/2 /21 2( ) propomos ( ) ( )bt a bt ay t e y t v t e− −= ⇒ =

atbatbatbatb

atbatb

atb

etvabetv

abetv

abetvty

etvabetvty

etvty

2/2

22/2/2/

2

2/2/2

2/2

)(4

)(2

)(2

)()(

)(2

)()(

)()(

−−−−

−−

+′−′−′′=′′

−′=′

=

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Achando o fator v(t)

Substituindo as derivas na equação obtemos v:

0=+′+′′ cyybya

43

2

222

22

22

2

22/

)(0)(

0)(4

4)(

0)(44

4)(0)(

44

42

4)(

0)(24

)(

0)()(2

)()(4

)()(

0)()(2

)()(4

)()(

ktktvtv

tva

acbtva

tvaac

abtvatv

aac

ab

abtva

tvca

ba

btva

tcvtva

btvbtva

btvbtva

tcvtvabtvbtv

abtv

abtvae atb

+=⇒=′′

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛ −−′′

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+

−+′′⇔=⎟⎟

⎞⎜⎜⎝

⎛+−+′′

=⎟⎟⎠

⎞⎜⎜⎝

⎛+−+′′

=+−′++′−′′

=⎭⎬⎫

⎩⎨⎧

+⎥⎦⎤

⎢⎣⎡ −′+⎥

⎤⎢⎣

⎡+′−′′−

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Solução geral

Para achar a solução geral temos:

E finalmente

( )abtabt

abtabt

abtabt

tecec

ektkek

etvkekty

2/2

2/1

2/43

2/1

2/2

2/1 )()(

−−

−−

−−

+=

++=

+=

abtabt tececty 2/2

2/1)( −− +=

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E o Wronskiano ?

A solução geral é

Assim toda solução pode ser obtida como uma combinação linear de

abtabt tececty 2/2

2/1)( −− +=

abtabt tetyety 2/2

2/1 )(,)( −− ==

/2 /2

1 2 /2 /2

/ /

/

( , )( )1

2 2

12 2

0 para todo

bt a bt a

bt a bt a

bt a bt a

bt a

e teW y y t b bte e

a abt bte ea a

e t

− −

− −

− −

= ⎛ ⎞− −⎜ ⎟⎝ ⎠

⎛ ⎞ ⎛ ⎞= − +⎜ ⎟ ⎜ ⎟⎝ ⎠ ⎝ ⎠

= ≠

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Exemplo 1

Considere o PVI

Que leva a escrever a solução geral como

Usando as condições iniciais

logo

( ) ( ) 10,10,02 =′==+′+′′ yyyyy

10)1(012)( 22 −=⇔=+⇔=++⇒= rrrrety rt

tt tececty −− += 21)(

2,111

2121

1 ==⇒⎭⎬⎫

=+−=

cccc

c

tt teety −− += 2)(

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Exemplo 2

Considere o PVI

Com solução geral

Para satisfazer as condições iniciais:

logo

( ) ( ) 2/10,20,025.0 =′==+′−′′ yyyyy

2/10)2/1(025.0)( 22 =⇔=−⇔=+−⇒= rrrrety rt

2/2

2/1)( tt tececty +=

21,2

21

21

221

21

1−==⇒

⎪⎭

⎪⎬⎫

=+

=cccc

c

2/2/

212)( tt teety −=

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Exemplo 3

Considere o PVI

Solução geral

Usando as condições iniciais

logo

( ) ( ) 2/30,20,025.0 =′==+′−′′ yyyyy

2/10)2/1(025.0)( 22 =⇔=−⇔=+−⇒= rrrrety rt

2/2

2/1)( tt tececty +=

21,2

23

21

221

21

1==⇒

⎪⎭

⎪⎬⎫

=+

=cccc

c

2/2/

212)( tt teety +=

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Redução de ordem

O método usado pode ser usado para equações com coeficientes não constantes:

se y1 é solução propomos como segunda solução y2 = v(t)y1:

Substituindo na EDO e remanejando,

se y1 é solução, temos uma equação de primeira ordem em v’

0)()( =+′+′′ ytqytpy

)()()()(2)()()()()()()()(

)()()(

1112

112

12

tytvtytvtytvtytytvtytvty

tytvty

′′+′′+′′=′′′+′=′

=

( ) ( ) 02 111111 =+′+′′+′+′+′′ vqyypyvpyyvy

( ) 02 111 =′+′+′′ vpyyvy

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Exemplo 4: (1 de 3)

Dada a equação e uma solução y1,

usamos redução de ordem para achar a segunda solução:

Substituindo e remanejando,

,)(;0,03 11

2 −=>=+′+′′ ttytyytyt

3212

212

12

)(2 )(2 )()(

)( )()(

)()(

−−−

−−

+′−′′=′′

−′=′

=

ttvttvttvty

ttvttvty

ttvty

( ) ( )2 1 2 3 1 2 1

1 1 1

2 2 3 0

2 2 3 3 000, onde ( ) ( )

t v t v t vt t v t vt vt

v t v vt v vt vttv vtu u u t v t

− − − − − −

− − −

′′ ′ ′− + + − + =

′′ ′ ′⇔ − + + − + =′′ ′⇔ + =′ ′⇔ + = =

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Exemplo 4: achando v(t) (2 de 3)

Para resolver

para u, usamos separação de variáveis:

logo

e então

.0 since,

lnln10

11 >=⇔=⇔

+−=⇔−=⇔=+

−−

∫∫tctuetu

Ctudttu

duudtdut

C

)()(,0 tvtuuut ′==+′

tcv =′

ktctv += ln)(

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Exemplo 4: solução geral (3 de 3)

Temos

então

Lembrando que

podemos desprezar o segundo termo de y2 para obter

E obtemos a expressão geral da solução

( ) 1112 lnln)( −−− +=+= tktcttktcty

ktctv += ln)(

.ln)( 12 ttty −=

11 )( −= tty

ttctcty ln)( 12

11

−− +=

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Seção 3.6: Equação não homogênea; Método dos coeficientes indeterminados

Seja a equação não homogênea

onde p, q, g são contínuas em um intervalo aberto I.A equação homogênea associada é

Desenvolveremos o método dos coeficientes indeterminados que no seu primeiro estágio precisa resolver a equação homogênea.

)()()( tgytqytpy =+′+′′

0)()( =+′+′′ ytqytpy

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Teorema

se Y1, Y2 são soluções da não homogênea

então Y1 - Y2 é solução da homogênea

se y1, y2 forma um conjunto fundamental de soluções da homogênea existem constantes c1, c2 tais que

)()()()( 221121 tyctyctYtY +=−

)()()( tgytqytpy =+′+′′

0)()( =+′+′′ ytqytpy

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Teorema (solução geral)

A solução geral da não homogênea

pode ser escrita como

onde y1, y2 formam um conjunto fundamental de soluções, c1, c2 são constantes arbitrárias e Y é uma solução particular da não homogênea.

)()()()( 2211 tYtyctycty ++=

)()()( tgytqytpy =+′+′′

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Método dos coeficientes indeterminados

Seja

cuja solução geral é

Desenvolveremos o método dos coeficientes indeterminados para achar a solução particular Y da não homogênea.O método é limitado aos casos em que p e q são constantes, e g(t) é um polinômio, uma exponencial, seno ou coseno.

)()()( tgytqytpy =+′+′′

)()()()( 2211 tYtyctycty ++=

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Exemplo 1: Exponencial g(t)

Considere a equação não homogênea

Desde que as derivadas da exponencial se repetem propomos Y como:

Substituindo,

Assim temos uma solução particular como

teyyy 2343 =−′−′′

ttt AetYAetYAetY 222 4)(,2)()( =′′=′⇒=

2/1363464

22

2222

−=⇔=−⇔

=−−

AeAeeAeAeAe

tt

tttt

tetY 2

21)( −=

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Exemplo 2: Seno (2 de 2)

Tentamos para Y uma função do tipo

Substituindo obtemos

Assim a solução particular é

tBtAtYtBtAtYtBtAtY

cossin)(,sincos)(cossin)(

−−=′′−=′⇒+=

( ) ( ) ( )( ) ( )

17/3 ,17/5053,235

sin2cos53sin35sin2cossin4sincos3cossin

=−=⇔=−−=+−⇔

=−−++−⇔=+−−−−−

BABABA

ttBAtBAttBtAtBtAtBtA

tyyy sin243 =−′−′′

tttY cos173sin

175)( +

−=

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Exemplo 3: Polinômio g(t)

Consideremos

propomos Y da forma

Substituindo,

Assim a solução particualr é

1443 2 −=−′−′′ tyyy

AtYBAttYCBtAttY 2)(,2)()( 2 =′′+=′⇒++=

( ) ( )( ) ( )

8/11 ,2/3 ,11432,046,44

14432464144232

22

22

−==−=⇔−=−−=+=−⇔

−=−−++−−⇔

−=++−+−

CBACBABAA

tCBAtBAAttCBtAtBAtA

811

23)( 2 −+−= tttY

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Exemplo 4: Produto g(t)

Considere

propomos:

Substituindo e resolvendo para A e B

teyyy t 2cos843 −=−′−′′

( ) ( )( ) ( ) ( )

( )( ) ( ) teBAteBA

teBAteBAteBAteBAtY

teBAteBAtBetBetAetAetY

tBetAetY

tt

t

ttt

tt

tttt

tt

2sin342cos432cos22

2sin22sin222cos2)(2sin22cos2

2cos22sin2sin22cos)(2sin2cos)(

−−++−=

+−+

+−++−+=′′

+−++=

++−=′

+=

tetetYBA tt 2sin1322cos

1310)(

132 ,

1310

+=⇒==

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Soma g(t)

Considere mais uma vez

Suponhamos que g(t) e a soma de duas funções

se Y1, Y2 são soluções de

respectivamente então Y1 + Y2 é solução da equação acima.

)()()( tgytqytpy =+′+′′

)()()( 21 tgtgtg +=

)()()()()()(

2

1

tgytqytpytgytqytpy

=+′+′′=+′+′′

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Exemplo 5: Soma g(t)

Seja

Resolvemos individualmente para cada parcela

A solução particular é

teteyyy tt 2cos8sin2343 2 −+=−′−′′

tetettetY ttt 2sin1322cos

1310sin

175cos

173

21)( 2 ++−+−=

teyyytyyy

eyyy

t

t

2cos843sin243

343 2

−=−′−′′

=−′−′′=−′−′′