32
Ano 2 nº 10 Fevereiro 2008 TECNOLOGIA MADE IN BLUMENAU Fundada há 20 anos, a Senior Sistemas é a terceira maior produtora de softwares do País e faz planos para continuar crescendo e ganhar o mercado europeu Jorge José Cenci, diretor presidente da empresa: busca contínua pela qualidade de serviços e produtos COOPERATIVISMO: Entidades de crédito comemoram os bons resultados

Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

Ano 2nº 10

Fevereiro2008

Tecnologia made in BlumenauFundada há 20 anos, a Senior Sistemas é a terceira maior produtora de softwares do País e faz planos para continuar crescendo e ganhar o mercado europeu

Jorge José cenci, diretor

presidente da empresa:

busca contínua pela qualidade

de serviços e produtos

cooPeRaTiViSmo: Entidades de crédito comemoram os bons resultados

Page 2: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 3: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

EDITORIAL

Desde que foi criada, a Acib tem lutado pelo desenvolvimento econômico e social de Blumenau. Mesmo tendo esse ob-jetivo há mais de 106 anos, a maneira como ele pode ser alcançado muda de acordo com a época e seus cenários político, social, econômico e comunitário. O trabalho de ajudar a cidade a se desenvolver não depende de fatores isolados. Com a globalização e a chegada da era da informação, são inúmeros os fatores que determinam o sucesso da empreitada e são ain-da maiores as combinações possíveis entre esses fatores, criando novos elementos que devem ser observados atentamente para entender a dinâmica do desenvolvimento de uma região.

Por mais que pareça simples o trabalho em torno de um grande objetivo, a Acib dedica algumas semanas, sempre no início do ano, à realização de um planejamento estratégico. Neste ano, os diretores da entidade foram orientados por um consultor da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). As diretrizes que vão orientar o trabalho da Associação foram traçadas em uma tarde, depois de analisar o atual cenário da cidade, da região e da própria Acib. O trabalho resultou na escolha de sete grandes frentes de trabalho para os próximos 14 meses: Representatividade Institucio-nal e Lobby; Desenvolvimento da Comunidade; Responsabilidade Social e Sustentabilidade; Excelência na Gestão da Acib; Mercado e Imagem; Soluções Empresariais e Núcleos Setoriais.

A primeira delas é praticamente uma marca registrada da Acib. Apesar de ter portas abertas nos governos municipal, estadual e federal, a entidade sabe que precisa trabalhar para conservar esse cenário de boa convivência, que tem garantido importantes conquistas para nossa cidade e região. É um dos trabalhos mais importantes e só é possível graças ao apoio recebido das empresas que acreditam no associativismo e se unem em uma entidade como a Acib. A segunda, Desenvol-vimento da Comunidade, está diretamente ligada ao trabalho em áreas que dão suporte ao crescimento econômico, como capacitação, tecnologia e turismo.

A área de Responsabilidade Social e Sustentabilidade é uma das grandes vertentes do trabalho que tem sido desenvol-vido pela Acib nos últimos anos. A criação do Núcleo de Responsabilidade Social, em 2005, é a prova de que o assunto é tratado como prioridade na entidade. Além de desenvolver novas políticas com ações socialmente responsáveis, a Acib terá a nobre tarefa de conscientizar empresários para que façam o mesmo.

Por fim temos quatro diretrizes que estão voltadas ao trabalho interno da entidade. Cabe à Acib oferecer aos associa-dos, colaboradores e diretores os meios adequados para o desenvolvimento do trabalho que está sendo proposto. Por isso reforçamos a preocupação com a gestão interna, observando carências em capacitação e meios físicos para tornar realidade nossos objetivos. Criamos uma diretriz específica para os Núcleos Setoriais, um dos principais produtos da entidade e que tem colaborado significativamente para desenvolver o espírito associativista e as empresas que deles participam. As diretrizes “Mercado e Imagem” e “Soluções Empresariais” estão diretamente ligadas à ampliação de nosso quadro de associados. A Acib tem a tarefa de pesquisar de que maneira pode ajudar ainda mais os empreendedores da cidade a desenvolver seus negócios. Oferecer mais serviços de qualidade é um dos grandes objetivos para os próprios meses.

Os 15 diretores da entidade, que trabalham voluntariamente, estão comprometidos com as ações estabelecidas no planejamento realizado. Grupos de trabalho foram organizados para dar seqüência à atividade, que será avaliada periodi-camente. Você, associado, também pode fazer sua parte. Entre em contato conosco para sugerir ações que promovam o desenvolvimento econômico e social sustentável de nossa cidade.

A Diretoria

Responsabilidade social é uma das vertentes de trabalho da Acib, que criou núcleo específico em 2005

em pautapLAnEjAmEnTO

3

Page 4: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

HEnRy QuAREsmAfALA sObRE A cRIsE nORTE-AmERIcAnAO diretor de relações industriais da Fiesc comenta como a crise dos Estados Unidos atinge o Brasil

6fLIppER: sucEssOpLAnTADO Em mEIO à cRIsE

14

O AvAnçO DAscOOpERATIvAs DE cRéDITO

18

20 Acib é notícia

28 Artigo – planejamento estratégico: ferramenta moderna de gestão

30 memória

4

sumÁRIO

ediToR eXecuTiVosidnei dos santos - 1198 jp (mTb/sc) - [email protected] aSSiSTenTefábio Ricardo - 3034 jp (mTb/sc)RePÓRTeReSAna paula Lauth, Gisele scopel e francisco fresard (Institucional)diReToR de aRTeRicardo Augusto Kühl - [email protected] de caPaIvan fernando schulze (cadeira cedida por loja Larmagio-3340-4848)FoToSIvan fernando schulze, Gilberto viegas e DivulgaçãoTRaTamenTo de imagemfilipe AlvarengadiReToR comeRcialcleomar Debarba - 47 3035.5500 - [email protected] eXecuTiVoniclas mund - [email protected] ediToRialLuiz mund - 0189 jp (mTb/sc) - [email protected]

Comemorando boa fase, cooperativismo tem mostrado crescente representividade no Brasil

Criada em um momento difícil da economia brasileira, a Flipper Piscinas hoje é referência no ramo

Page 5: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

pRODuTORA DE sOLuçõEsFundada há 20 anos, a Senior Sistemas é hoje a terceira maior fabricante de softwares do País

10

5

diReToRiaPresidente: Ricardo stodieck / Vice-presidente: car-los Tavares D’Amaral / administrativo e Financeiro: manfredo Krieck / assuntos da indústria: carlos Odebrecht / assuntos de comércio e Turismo: bruno nebelung / assuntos de desenvolvimento e Plane-jamento urbano: jorge Rodacki / assuntos de Pres-tação de Serviços: maria Denise Ribeiro Ern / assun-tos da Pequena e micro empresa: Haida Leny siegle / assuntos comunitários: solange Rejane schröder / núcleos e câmaras: Avelino Lombardi / assuntos ambientais e de energia: jaime Grossembacher / assuntos internacionais: Ido josé steiner / Relações institucionais: Ronaldo baumgarten jr / assuntos da Saúde: mauro sergio Kreibich / assuntos Tecnológi-cos: Ingo Tiergarten

conSelho ediToRialAvelino Lombardicarlos Tavares D’Amaralcharles schwankefrancisco fresardHans Dieter DidjurgeitLuiz mundmarilda steil Ricardo stodieckRubens Olbrisch

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andarneumarkt financial & Trade centercEp: 89010-205blumenau – sc47 3326.1230www.acib.net

Page 6: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

EnTREvIsTA: HEnRy QuAREsmA, DIRETOR DE RELAçõEs InDusTRIAIs DA fIEsc

6

HEnRyQuaReSmaHenry Quaresma, diretor de relações industriais da Fe-

deração das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) fala em entrevista à revista Empresário Acib sobre a crise nos Estados Unidos e seus reflexos no Brasil e em Santa Catarina. Por aqui, ressalta o diretor da Fiesc, as empresas afetadas inicialmente devem ser aquelas que vendem dire-tamente para os norte-americanos, como indústrias move-leiras e cerâmicas. “O ideal é buscar novos mercados para diminuir a dependência do dólar”, diz Quaresma.

Page 7: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

“A CauteLa TEm QuE ExIsTIR sEmpRE”Revista empresário acib: a crise

nos estados unidos, que começou com os créditos imobiliários, já pode ser considerada uma recessão?

henry Quaresma: A crise dos Esta-dos Unidos ainda não é considerada uma recessão, mas há sinais de que isso possa acontecer. Por enquanto, alguns fatores, como a sucessão presidencial, estão con-tribuindo para atenuar a crise. Então, o re-sultado das eleições norte-americanas será determinante para este cenário.

ea: Quais os efeitos da crise em nível mundial?

Quaresma: Do ponto de vista mun-dial, ela afeta diretamente, porque os Es-tados Unidos ainda são a grande econo-mia do Planeta, mesmo com a ascensão da China. Temos o crescimento de outras moedas, como o Euro, e isso atenua os efeitos da crise fora dos Estados Unidos.

Aqui no Brasil, ainda não fomos afetados diretamente, exceto quem vende direto para os Estados Unidos. Como esta cri-se está ligada ao setor imobiliário, quem fornece para a construção civil norte-ame-ricana, como cerâmicas e móveis, já sente os efeitos desta crise. Uma alternativa para não ser afetado, ou ser menos afetado, é descentralizar as exportações. Hoje, 17% de nossas exportações são para os Esta-dos Unidos, mas esta descentralização já começou a acontecer. Um dos motivos é que os benefícios às empresas brasileiras que exportam para os Estados Unidos di-minuíram. O Sistema Geral de Preferên-cias (SGP) norte-americano, que garantia imposto zero a produtos brasileiros, está sendo reduzido porque o Brasil não é mais considerado um país em desenvolvimento para os Estados Unidos. Com isso, produ-tos que antes não impostos, hoje já pagam 3%, 4%.

ea: existe um prazo para esta cri-se chegar ao fim?

Quaresma: O primeiro problema sentido foi a inadimplência nos financia-mentos. Eles foram refinanciados, mas a inadimplência já começa a aparecer nes-tes novos contratos. Então, o futuro desta crise depende de como isso será tratado pelo governo norte-americano. Hoje, ao contrário do que acontece no Brasil, é fácil contrair um empréstimo nos Estados Uni-dos. Depende do que o governo fará, da definição de novos critérios para a toma-da de crédito. Mas eu não acredito que o reflexo de tudo isso seja tão direto para nós.

ea: Por que hoje o Brasil está menos suscetível a crises internacio-nais?

Quaresma: A balança de pagamen-tos está estabilizada; a dívida externa está

Page 8: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

menor e administrável. Temos rentabilida-de; os papéis do governo estão em alta. Isso gera estabilidade interna, mas ainda dependemos muito dos investimentos do Exterior.

ea: Que medidas a equipe eco-nômica do governo deve tomar para evitar que o Brasil tenha perdas sig-nificativas?

Quaresma: O Brasil já está tomando medidas para impedir que a crise norte-americana provoque grandes perdas no País. Mas, se falarmos em atitudes mais enérgicas, podemos citar a redução das taxas de juros, que acelera o consumo in-terno. Também tem que se repensar a car-ga tributária e os financiamentos em longo prazo. Hoje se vende carro em 72 vezes e, com a taxa de juros aplicada, o consumi-dor paga quantos carros? O banco ganha mais que a montadora. Terá que se buscar uma solução, talvez até a limitação desses financiamentos, tanto de tempo quanto das taxas de juros.

ea: além das indústrias cerâmica e moveleira, já citadas pelo senhor, que outros setores da economia ca-tarinense podem ser afetados?

Quaresma: As commodities podem ter alguma interferência, com as quedas nas bolsas de valores dos Estados Uni-dos. A indústria têxtil não tem um grande mercado nos Estados Unidos, por isso não deve ser muito afetada. Os problemas da indústria têxtil estão mais ligados à concor-rência com os produtos asiáticos. É sistêmi-co, mas está em processo de acomodação. As empresas estão buscando novos mer-cados, valorização da marca e do design, coisas em que a China, por exemplo, está atrás. Buscando novos mercados, diminui a dependência do dólar.

ea: É hora de investir ou ter cau-tela?

Quaresma: A cautela tem que existir sempre. Cada segmento tem que acompa-nhar os desdobramentos e saber no que pode ser afetado pela crise. Até agora, a

crise norte-americana não está impedindo os investimentos das nossas empresas. O que havia sido planejado pelas corpora-ções para 2008 está sendo mantido.

EnTREvIsTA: HEnRy QuAREsmA, DIRETOR DE RELAçõEs InDusTRIAIs DA fIEsc

8

A indústria têxtil não tem um grande mercado nos Estados unidos, por isso não deve ser muito afetada

Page 9: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 10: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

cAsE EmpREsARIAL

10

fOcADA nA InOvAçãO E teCnoLogia de ponta

o diretor-presidente da Senior Sistemas, Jorge José cenci: entre as três maiores empresas do setor no País

num segmento competitivo como o da tecnologia da in-formação (Ti), man-ter-se no mercado exige, além do co-nhecimento técnico, competência e ousa-dia. Para ser referên-cia e estabelecer-se entre as melhores, é preciso ir além. a Senior Sistemas não só conquistou o mercado, como também se tornou a terceira maior fabri-cante brasileira de software.

Page 11: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

O sucesso da Senior está fundamenta-do em três pilares: qualidade de produtos e serviços, preocupação constante com a inovação tecnológica e capacitação per-manente da equipe. Na visão do diretor-presidente da empresa, Jorge José Cenci, os três itens são pré-requisitos para se perpetuar no mercado. “A Senior investe continuamente na capacitação de pesso-as para a gestão empresarial, assim man-temos a equipe preparada para atender melhor os clientes”, argumenta.

O compromisso com a qualidade é um dos diferenciais da Senior. Abrange todos os processos e permite uma efi-ciente interação entre as diversas áreas da empresa. “Buscamos a melhoria con-tínua da qualidade de serviços e produ-tos, de forma comprometida com o nível de satisfação dos clientes”, reforça Cenci, lembrando que o mundo não pára de se transformar. “Novas tecnologias surgem a todo o momento, visando facilitar e agili-zar ainda mais os processos de negócios. As inovações estão por todos os lados, e acompanhar as tendências se torna funda-mental para que se alcance melhores re-sultados”, ensina.

Atenta à realidade do setor, que exige agilidade, competência e visão de futuro, a Senior oferece soluções que atendem

com excelência às necessidades do dia-a-dia corporativo. A empresa busca contri-buir para o êxito das organizações através da gestão da informação, com tecnologia avançada, recursos inovadores e pessoas valorizadas e comprometidas. “Nossos sis-temas de gestão empresarial, de recursos humanos e de acesso e segurança garan-tem alta performance no domínio das in-formações e processos de uma empresa ou de seus setores específicos, graças à sua capacidade de integração, modulari-dade e resiliência”, garante Censi, infor-mando que a empresa está focada nos negócios e direcionada ao mercado nacio-nal. “Atualmente, temos cinco clientes na América Latina. Mas buscamos parceiros para ampliar a exportação na região. Que-remos também levar alguns dos nossos produtos para a Europa e, mais tarde, para os Estados Unidos e Ásia”, revelou.

nascida para vencer

No dia 2 de maio de 1988, é fundada a Senior Sistemas, com o objetivo de ser reconhecida como uma software house de aplicativos específicos para administra-ção de pessoal. Em apenas quatro anos, chegou à marca de 720 clientes ativos, utilizando a solução Rubi® (folha de pa-

gamento) e Ronda® (ponto eletrônico). “Com o advento do microcomputador, vimos a oportunidade de investir no mer-cado. Como a maioria, começamos pe-quenos, mas aos poucos fomos crescendo, graças à qualidade dos nossos produtos e à assistência contínua aos nossos clientes”, lembra Cenci.

Atenta à dinâmica e à evolução das necessidades de negócio de seus clientes, assim como às novas tendências de tecno-logia, investiu na formação e no contínuo aprimoramento da equipe de profissionais, metodologias de desenvolvimento de sis-temas e de gestão de projetos, resultando em modernos e inovadores sistemas de gestão empresarial. O crescimento e os investimentos na capacitação da equipe e em novos produtos sempre foi uma cons-tante. Assim, 11 anos depois da fundação, a empresa lança os sistemas de gestão em-presarial Senior - Sapiens® Gestão Empre-sarial (ERP), Vetorh® Gestão de Pessoas e Ronda® Acesso e Segurança. Em 2004, iniciou as pesquisas de desenvolvimento para a internet, usando a tecnologia Java. Atualmente, possui quatro unidades em Blumenau e uma filial em São Paulo, além de uma rede de mais de 100 canais distri-buídos pelo Brasil, que juntos somam mais de 1,2 mil consultores credenciados.

Page 12: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

Estão previstas para começar em maio – mês de aniversário da Senior Sistemas – as obras da nova sede da empresa em Blumenau, na Rua São Paulo. O novo pré-dio, de 8 mil metros quadrados, deve ficar pronto em maio de 2009. “A idéia é aglu-tinar os quatro ambientes da cidade para atender melhor os clientes e as nossas ne-cessidades”, justificou Cenci.

Soluções em gestão

Presente em todo mercado nacional, a Senior Sistemas conquistou excelente po-sição no ranking entre as maiores empre-sas brasileiras de software. Em sua história, vem atingindo índices de crescimento aci-ma da média de mercado, entre as em-presas do mesmo segmento, preservando lucratividade e investimentos em produtos e tecnologia.

As soluções desenvolvidas pela em-presa atendem, entre outras, as áreas de gestão empresarial (ERP Sapiens); gerenciamento estratégico de RH, folha de pagamento e controle de freqüência (Vetorh); acesso e segurança (Ronda); in-fra-estrutura para ambientes de TI (Senior TI) e gerenciamento de dados para apoio à tomada de decisões (Senior BI). Dire-cionadas a clientes de todos os portes, as ferramentas da Senior Sistemas têm como objetivo garantir total domínio sobre in-formações e processos empresariais.

As unidades Senior são capacitadas para atender o mercado e oferecem, além da comercialização do produto, todo su-

porte técnico desde o momento da im-plantação. Esses canais de vendas ofere-cem agilidade e proximidade aos clientes e usuários dos produtos Senior. Com exper-tise próprio, resultado de vários anos de atuação e de investimentos constantes em aprimoramento profissional e tecnológico, em 2000, foi contemplada com a certifica-ção internacional ISO 9001.

Parcerias e clientes

A Senior Sistemas investe em parcerias empresariais e educacionais, como alianças estratégicas nas soluções de gestão que oferece. Na área educacional, conta com o apoio de universidades e fundações. Em soluções complementares, empresas es-pecializadas agregam diferencial competi-tivo aos sistemas Senior.

Com quase 9 mil clientes, entre eles algumas das maiores empresas do Brasil, como Grupo Weg, Fiat, Marisol, Karsten, Cervejaria Eisenbahn, Petrobrás, dentre outras, a Senior Sistemas se consolida no mercado como uma das mais competiti-vas companhias de software de gestão do país. “O possível cliente Senior é toda em-presa que busca automatizar seu processo de produção, integrado entre os departa-mentos”, define Jorge Cenci.

Treinamento

Por ter a capacitação como um dos pilares, a Senior Sistemas criou uma área de treinamento altamente qualificada para

atender todo o Brasil. A área de negócios tem como objetivo a capacitação de clien-tes e profissionais do canal de distribuição.

Os treinamentos são periódicos e re-alizados de forma presencial ou pelo mé-todo e-learning (ensino a distância). Além de capacitar os profissionais envolvidos e clientes, a Senior realiza o programa de certificação de conhecimentos, onde apli-ca provas técnicas e mensuração do alcan-ce de metas.

Responsabilidade Social

Desde a fundação, quando nem se usavam termos como desenvolvimento sustentável, já existia na Senior Sistemas o questionamento: como será daqui a 20 anos? Hoje, a alguns meses de completar 20 anos, a trajetória confirma o sentimen-to de cidadania da empresa voltado à pre-servação dos recursos naturais, ambientais e sociais. Graças a essa visão, foi contem-plada com o Selo Faema – Certificado de Qualidade Ambiental –, concedido pela Fundação do Meio Ambiente.

Os princípios da Responsabilidade So-cial e Sustentabilidade se fazem presentes não somente nos projetos específicos, mas na gestão empresarial da Senior. Os valo-res éticos norteiam todo o planejamento, os programas desenvolvidos e a ações so-ciais da empresa. A Senior mantém a linha de transparência com todos os públicos impactados pelas atividades institucionais, envolvendo colaboradores, comunidade, acionistas, governo e terceiros em geral.

cAsE EmpREsARIAL

12

nova sede

a sede atual dará lugar às novas instalações que serão erguidas na Rua São Paulo,

com 8 mil metros quadrados

Page 13: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

PERFIL

nome:senior sistema

endereço matriz: Rua Luiz sachtleben, 115, Itoupava seca, blumenau

Filial:Rua Guilherme nannitz, 126, 12º andar, vila Olímpia, são paulo

Segmento:Tecnologia da Informação

número de funcionários:490

Faturamento 2007:R$ 55 milhões

Volume de negócios:R$ 180 milhões

www.senior.com.br

FEIRA DE HANNOVER

Em março, a senior sistemas participa pela quarta vez, como visitante, da cebIT – feira de Hannover (Alemanha) –, o maior evento de tec-nologia da informação do mundo. A feira reúne milhares de pessoas, entre expositores e visitantes, de várias partes do mundo.

Page 14: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

O DEsAfIO DE sER a pioneiRa

Quando em 1984 o técnico em mecânica industrial Paulo Rober-to Zimmermann decidiu criar, junto com um cunhado, uma empresa de piscinas, poucos foram os que acre-ditaram no sucesso. os tempos eram bicudos, o País estava em transição de regime político e a economia não inspirava confiança. era mais van-tajoso especular no mercado finan-ceiro do que se arriscar e investir no setor produtivo.

EmpREEnDEDORIsmO

14

O pai José Francisco, empresário do ramo metalúrgico, queria que o filho fosse trabalhar na empresa da família. Mas Pau-lo acreditou no sonho e estava decidido a persegui-lo com persistência. E foi assim que, em setembro de 1984, inaugura a Flipper Piscinas, na Rua Paraíba, apenas a alguns metros de onde funciona hoje a empresa.

“Na realidade, a teimosia fez parte do sucesso. Só mesmo muita teimosia pra le-var adiante um projeto deste naquela épo-ca. Se não bastasse a instabilidade política e econômica, não tínhamos capital de giro suficiente para driblar as peripécias eco-nômicas”, recorda Paulo Zimmmermann. Ele lembra que a inflação alta (na casa dos 30, 40% ao mês) inviabilizava qualquer planejamento orçamentário. “Essas eram as nossas principais dificuldades no início”, revela

Hoje, 24 anos depois, a Flipper, a mais antiga de Blumenau, é referência regional quando se fala em piscina de vinil, com obras em todo o Estado de Santa Catarina e em outras cidades como Curitiba e Cer-quilho (SP). Pioneira do setor no Sul do País, a Flipper Piscinas sempre apostou na

qualidade como diferencial. Essa premissa norteia os negócios e sustenta o sucesso da empresa, que vem conquistando clien-tes a cada dia.

Produtos

Além de piscinas de vinil, a Flipper ofe-rece saunas, banheiras de hidromassagem, móveis para jardim, aquecimento para a gás, elétrico e solar para piscinas, cober-

turas para piscinas aquecidas e produtos para o tratamento de piscinas. Também presta assessoria na construção.

“Para maior comodidade, disponi-bilizamos um sistema de orçamento on-line no site www.flipper.com.br. O cliente escolhe o tipo e o nosso Departamento Comercial entra em contato para executá-lo”, avisa Zimmermann, fazendo questão de frisar que o projeto é feito por uma arquiteta da empresa, sem compromisso.

a atual sede da Flipper Piscinas, na Rua Paraíba

Page 15: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 16: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

Embora a decisão de montar um negócio já estivesse tomada, a escolha do segmento surgiu meio por acaso. Em 1984, Paulo Zimmermann e o cunhado, desempregados, aceitaram o convite de um tio, que morava no Rio de Janeiro e trabalhava com piscinas, para fazerem um curso na capital fluminense.

O início foi difícil, como todo o em-preendimento, mas a dificuldade foi supe-rada com persistência e a força de von-tade. “Éramos muito jovens, eu tinha 24 anos. Motivados pelo sonho, não medi-mos esforços para concretizá-lo”, lembra com entusiasmo Zimmermann. Ele cita o pouco conhecimento de gestão empresa-rial adquirida na empresa do pai como um dos fatores do sucesso inicial.

O nome Flipper surgiu quando foi as-sistir ao show dos golfinhos amestrados de Miami, no Shopping da Barra, no Rio de Ja-neiro, na época em que fazia o curso para aprender a trabalhar no ramo.

Dez anos depois de inaugurada a Flipper Piscinas, o cunhado deixa a socie-dade e Zimmermann assume o controle total da empresa. Os tempos eram outros,

da idéia à realização

EmpREEnDEDORIsmO

16

A PRIMEIRA SEDE

paulo Zimmermann e o sócio marcos vieira na porta do prédio onde funcionava a flipper piscina, também na Rua paraíba, dois anos após a inauguração

Zimmermann assumiu o controle da empresa que a filha ajuda a administrar

não quero ser quem mais vende, mas quem está no mercado há mais tempo vendendo

Page 17: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

o Brasil já era um país democrático e a economia estava sendo posta nos trilhos com a implantação do Plano Real. A era da incer-teza dava lugar à esperança de estabilidade política e econômica.

Assim, com as experiências dos diferentes planos econômi-cos e dos anos de administração do empreendimento, aliados à estabilidade financeira, Zimmmermann inicia um novo período da Flipper Piscinas. “Passamos a revender piscinas de fibra e, mais tarde, optamos pelo vinil em função da versatilidade do material”, comenta, garantindo que não quer ser a empresa que mais vende, mas a que está no mercado há mais tempo vendendo.

modelos exclusivos

A flexibilidade do vinil permite conciliar o sonho de ter uma piscina em casa com a disponibilidade financeira de cada cliente, além de garantir a exclusividade do modelo. “O vinil permite muita criatividade. Além da exclusividade do modelo, o cliente pode ter a piscina do tamanho do seu bolso”. Zimmermann garante que a Flipper tem projeto e orçamentos exclusivos para cada cliente.

Ele faz questão de explicar que os orçamentos podem apre-sentar valores diferentes devido às condições do terreno onde serão construídas as piscinas. “Embora os projetos sejam únicos, há tamanhos iguais, mas que podem apresentar preços diferentes. Vai depender da topografia do terreno e das obras a serem feitas para a construção da piscina”, explica.

Além da versatilidade, a piscina de vinil é mais resistente que a de fibra, porque tem uma parede de 15 centímetros de concreto, mais dois centímetros de reboco e o revestimento de vinil. “O que dá a forma à piscina é o modelo do concreto, que o cliente pode fazer de várias formatos e tamanhos”, reforça. Segundo Zim-mermann, do projeto à conclusão da obra são gastos, em média, 45 dias. “Com tudo pronto: calçada, ajardinamento, casa de máqui-na e água tratada na piscina”, completa.

A piscina deixou de ser um objeto de luxo e passou a ser um complemento da casa. Além dos bons momentos que proporcio-na à família, favorece a socialização por ser, por si só, um convite ao lazer. Pesquisas do mercado imobiliário apontam que a piscina valoriza em até 20% o imóvel.

Page 18: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

cOOpERATIvIsmO

18

cOOpERATIvAs DE cRéDITOComemoRam boa faSe

originário da inglaterra em con-seqüência da Revolução industrial, o cooperativismo se tornou uma força de grande representatividade em quase todos os países. hoje, é o se-gundo maior movimento econômico na europa e tem mostrado cresci-mento constante também no Brasil.

Com base na união de interesses e forças individuais em prol do trabalho em conjunto e vantagens coletivas, as coope-rativas existem nos mais variados ramos, como consumo, agropecuária, saúde, tra-balho, educação, crédito e tantos outros. No Brasil, as cooperativas de crédito exis-tem há mais de um século e têm apre-sentado inúmeras vantagens frente aos grandes bancos. Apesar disso, as pessoas ainda estão descobrindo e conhecendo o cooperativismo, que sempre teve uma divulgação parca, segundo Vanildo Leoni, diretor executivo da Cooperativa de Cré-dito Vale do Itajaí (Viacredi).

Atualmente o Estado conta com oito cooperativas de crédito associadas à Cooperativa Central de Crédito Urba-no de Santa Catarina (Cecred), que jun-tas possuem mais de 76 mil cooperados. “Os micro e pequenos empresários têm as necessidades próprias do segmento e

buscam, através da união de esforços, me-lhores propostas para abertura de crédi-tos financeiros. Este objetivo comum os faz procurar as Cooperativas de Crédito. A experiência de mais de 50 anos do Sis-tema Cecred representa uma força a estas Cooperativas por viabilizar produtos e ser-viços”, enfatiza o gerente geral da Cecred, Ivo José Bracht.

Bracht avalia que um dos motivos do crescimento da procura da classe empre-sarial por contas em cooperativas é que elas não se limitam a oferecer produtos com preços diferenciados, mas possuem também o compromisso com a educação, formação e informação do cliente. “So-mente em 2007 a Cecred contabilizou um número de mais de 25 mil participações de palestras e cursos de diversos eixos te-máticos para cooperados”, observa.

A Cecred é uma entidade do sistema com a missão de apoiar várias cooperati-vas de Santa Catarina. Ela realiza controle, auditoria, infra-estrutura, desenvolvimento profissional, centralização financeira, convê-nios de compensação e tecnologia. Além disso, visa fortalecer a categoria através de um projeto de médio e longo prazo, cons-truído com base no associativismo, que viabiliza o desenvolvimento econômico, social e cultural dos participantes.

Page 19: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

Para o diretor presidente da Coope-rativa de Crédito (Concredi), Udo Proch-now, o momento econômico vivido pelo País é um fator importante, porém ressalta que o fundamental é a transparência dos negócios que tem fortalecido a relação com os cooperados.

Os benefícios apontados pelos dire-tores e pelo gerente comparando bancos e cooperativas de crédito formam uma grande lista que inclui baixas taxas prati-cadas, custos infinitamente menores que o sistema financeiro tradicional, melhor aces-so a qualquer tipo de crédito com juros menores, tarifas de serviços mais baratas ou inexistentes, menor burocracia, atendi-mento mais próximo e personalizado, par-ticipação do associado e mais rapidez no processo de liberação do crédito.

Além disso, as sobras, que equivalem aos resultados da cooperativa, são ra-

teadas entre os cooperados, que são os donos da cooperativa, de forma justa e eqüitativa, não havendo concentração de renda. Também têm à disposição um le-que de serviços tais quais as grandes redes bancárias.

O cooperativismo experimenta um bom momento de expansão e ganha cada vez mais evidência. Para Prochnow, o retorno dos investimentos reflete direta-mente na percepção do associado de que está crescendo junto com a cooperativa.

Vanildo Leoni acredita que a potência das cooperativas está em sua presença regional. “A maior virtude é que elas fo-mentam a economia local. Produzem mais para a comunidade e geram sobras para os sócios”, aponta. Nesse ritmo, segundo Le-oni, as expectativas são muito boas. “Com a economia mais estável, as pessoas pro-curam soluções de investimento” conclui Leoni.

números que convencem

A Concredi nasceu há 10 anos dentro da Câmara de Dirigentes Lojistas de Blu-menau (CDL), com 31 sócios fundadores. Rapidamente tornou-se destaque em sua

área de abrangência, que atinge 19 municí-pios do Vale do Itajaí. Atendendo o micro e pequeno empresário do Vale, a Con-credi apresenta resultados extremamente positivos a cada ano. Prochnow aponta que nos últimos três anos a cooperativa teve um crescimento de 156% com mais de 350 associações ao ano, salientando os princípios cooperativistas sem fins lucrati-vos e gestão democrática. O projeto de 2008 em relação a 2007 é de uma expan-são de 25%.

Para a Viacredi, as perspectivas tam-bém são otimistas. Há 56 anos em ati-vidade no Vale do Itajaí, a empresa que tem crescido uma média de 30% ao ano registrou em 2007 exatos 17 mil novos associados.

Segundo Leoni, essa é uma tendência para todas as cooperativas. Ele salienta que além da distribuição de renda, que faz a diferença entre uma comunidade ser mais rica ou mais pobre, e de não visar o lucro de poucas pessoas, mas de todos os associados e da sociedade, a cooperativa atua também com a educação e informa-ção financeira, orientando os membros a administrar da melhor forma possível o seu dinheiro.

as vantagens e o momento econômico

Page 20: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

A Diretoria da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) definiu, no dia 28 de janeiro, as sete diretrizes que vão orientar a entidade até o fim da atual gestão, em maio de 2009. O trabalho foi realizado durante toda a tarde e início da noite sob orientação do consultor da Federação das Associações Empresariais de Santa Catari-na (Facisc), Osmar Vicentin.

Participaram 14 dos 15 diretores da entidade. Coordenados pelo consultor da Facisc, os representantes da Acib traçaram o cenário atual da cidade e da região para então estabelecer, com base na missão e visão da Associação, as principais áreas de atuação nos próximos quinze meses. Al-gumas linhas de trabalho, dentro de cada diretriz, já foram definidas, assim como os

diretores responsáveis por cada área. O próximo passo é organizar essas linhas, estabelecendo ações e prazos.

Para o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, o trabalho foi extremamente produtivo. “Os diretores estão muito bem entrosados, o que facilitou a realização do planejamento. Conseguimos ser objetivos e não deixamos de lado, em nenhum mo-mento, o principal objetivo da entidade, que é lutar pelo desenvolvimento socioe-conômico da região”. O trabalho deve ser concluído em março.

conheças as diretrizes da entidade para os próximos 15 meses e os di-retores responsáveis:

Soluções empresariaisSolange Rejane Schröder (coordenador)Avelino LombardiCarlos Odebrecht

Representatividade e lobbyRicardo Stodieck (c)Carlos Tavares D’AmaralRonaldo Baumgarten

gestão internaManfredo Krieck (c)Avelino LombardiRonaldo Baumgarten Junior

núcleos SetoriaisAvelino Lombardi (c)Maria Denise Ribeiro ErnRonaldo Baumgarten

mercado e imagemCarlos Tavares D’Amaral (c)Ingo TiergartenJaime GrossenbacherSolange Rejane Schröder

desenvolvimento da comunidadeBruno Nebelung (c)Ido SteinerJorge Rodacki

Responsabilidade Social e Sustenta-bilidadeHaida Siegle (c)Bruno NebelungJaime GrossenbacherMaria Denise Ribeiro ErnMauro Kreibich

DIRETORIA DA ACIB DEFINE PRIORIDADES

20

AcIb é nOTÍcIA

Diretores assinaram compromisso com o planejamento estratégico

Os conselhos estadual e nacional da mulher empresária estiveram reunidos nos dias 8 e 9 de fevereiro em Balneário Camboriú para traçar as ações a serem desenvolvidas pelos grupos nos próximos dois anos. As reuniões contaram com a participação da integrante da Câmara da Mulher Empresária da Acib, Zalfa Benites, que é vice-presidente para a Região Sul do Conselho Nacional e presidente do Con-selho Estadual.

No dia 8, a empresária de Blumenau assessorou a presidente do Conselho Na-cional, Maria Salete Rodrigues de Mello, na condução dos trabalhos. Além da criação

de novos conselhos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Pará e no Distrito Federal, o grupo também dis-cutiu a realização dos encontros nacional e sul-brasileiro e a criação do prêmio Desta-que Nacional da Mulher Empresária.

Já no dia 9, durante reunião do Con-selho Estadual, foi aprovado um folder que trará informações do grupo. Também foi definido que as reuniões do Conselho se-rão regionais, dirigidas pelas vice-presiden-tes de cada região. A medida deve fazer com que todas as câmaras do Estado se envolvam nos assuntos tratados pelo Con-selho e pela Facisc.

MULHERES EMPRESÁRIAS TRAçAM NOVAS AçõES

Maria Salete Rodrigues de Mello (E) e Zalfa Benites

Page 21: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 22: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

A conclusão de três grandes obras deve melhorar substancialmente a qualida-de de vida do blumenauense. Duas delas estão diretamente ligadas à estrutura viária da cidade: a conclusão da Via Expressa e o viaduto sobre o Trevo da Mafisa. A outra dá a Blumenau a possibilidade de sediar grandes eventos esportivos e de desen-volver uma equipe de atletismo com po-tencial nunca visto antes: a instalação da pista sintética do Complexo Esportivo Bernardo Werner (Sesi). Todas as obras são frutos da parceria de diferentes esferas de governo e tiveram o envolvimento da Acib na articulação dessas parcerias.

A Prefeitura de Blumenau espera abrir a Via Expressa para o trânsito no segundo semestre deste ano. Os trabalhos foram reiniciados neste mês com recursos públi-cos municipais, mas só serão concluídos depois da liberação dos R$ 4 milhões que o Governo Federal empenhou no final de 2007. Segundo o diretor de Obras da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos, Evandro Schüler, a verba será suficiente para construir duas passarelas metálicas; concluir o acesso à BR-470 e o eixo principal da via.

A obra está sendo viabilizada através de um convênio firmado entre Prefeitu-ra e Governo Federal em 2003. Dos R$ 28,75 milhões previstos, já foram investi-dos R$ 16,75 milhões. Depois de liberar os R$ 4 milhões, a União ainda terá que investir R$ 7 milhões que serão utilizados na conclusão das pistas marginais, sinaliza-ção e outras obras complementares. O R$ 1 milhão que faltava da contrapartida da Prefeitura está sendo utilizado no reinício das obras.

Já o viaduto sobre o Trevo da Mafisa pode ser liberado para o trânsito ainda no primeiro semestre. A previsão é do enge-nheiro responsável pela obra, Handerson Cabral Ribeiro. “Se a chuva não atrapa-lhar muito, em junho ou julho teremos o trânsito liberado sobre o viaduto”, conta. No momento, 50 homens trabalham no cruzamento da SC-474 (Rodovia Guilher-me Jensen) com a BR-470 (Rodovia Ingo Hering).

Até final do mês, as alças construídas na primeira etapa devem ser pavimentadas e liberadas ao trânsito, o que deve dimi-nuir os transtornos causados pela obra no local. “Já liberamos o trânsito na alça para os que vêm do Norte do Estado em dire-ção a Blumenau e as filas diminuíram con-sideravelmente”, diz o engenheiro. Nos

próximos três meses os trabalhos estarão concentrados no viaduto propriamente dito. A terceira etapa, que é a construção da passagem subterrânea para a Rua Fre-derico Jensen (Itoupavazinha), pode ser concluída até o final do ano.

O Governo Federal está investindo pouco mais de R$ 7 milhões na obra da região Norte da cidade. O projeto, que custou R$ 150 mil, foi pago por empre-sários, através de uma campanha lidera-da pela Acib com apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico da Itoupava Central (Codeic), e pela Prefeitura.

esportes

As máquinas também não param no Centro Esportivo Bernardo Wolfgang Werner (Sesi). Desde setembro do ano passado está sendo preparado o terreno para a instalação da tão sonhada pista sin-tética de atletismo, equipamento que vai melhorar as condições de treinamento da

equipe de Blumenau e dará à cidade con-dições de sediar grandes eventos espor-tivos. Além disso, o gramado do estádio do Sesi está sendo substituído e receberá sistemas automatizados de drenagem e irrigação.

De acordo com o gerente regional do Sesi, Hermes Tomedi, a previsão é entre-gar a obra em junho. “O ritmo depende da quantidade de chuva no período”, avalia. O terreno já está recebendo a bri-ta para depois ser colocado o asfalto. Só então é que o material sintético, importa-do da Alemanha, deve ser instalado. Para instalar a pista sintética do estádio do Sesi estão sendo investidos R$ 4,1 milhões. R$ 2,1 milhões vêm do Governo Federal. A contrapartida do Sesi é de R$ 1,5 milhão e a Prefeitura está investindo R$ 500 mil. O próximo passo para incluir definitivamente Blumenau na rota dos grandes eventos es-portivos é a ampliação do estádio. O pro-jeto, que prevê uma estrutura para 30 mil pessoas, deve ser apresentado em março.

GRANDES OBRAS DEVEM MUDAR BLUMENAU

22

AcIb é nOTÍcIA

Page 23: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 24: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

Empresas de Santa Catarina são al-vos mais uma vez de entidades que usam nomes parecidos aos das associações co-merciais e industriais ou empresariais para cobrar mensalidades. O valor da maioria dos boletos enviados às empresas é de R$ 198,50. O alerta é feito pela Federação das Associações Empresariais de Santa Ca-tarina (Facisc) e por todas as associações filiadas ao sistema para que as empresas catarinenses não fiquem no prejuízo. O boleto bancário da Caixa Econômica Fe-

deral é emitido pela Associação Comercial e Empresarial do Brasil, uma entidade que não possui vínculo com a CACB – Confe-deração das Associações Empresariais do Brasil e tão pouco com a FACISC.

“Não conhecemos estas entidades. Alertamos os empresários para não re-alizarem qualquer pagamento sem falar com a associação que fazem parte ou com seu contador. Todos os pagamentos provenientes das associações empresariais filiadas aos Sistema Facisc e CACB são

previamente aprovadas pelos presiden-tes e executivos das entidades”, explica o presidente da Facisc, Luiz Carlos Furtado Neves.

Ele ressalta que isso não é proibido, mas que judicialmente não se pode fazer nada já que não tem nenhum ônus se não efetuar o pagamento. “O ônus está justamente em pagar, pois o empresário paga uma mensalidade de uma entidade que não conhece”, finaliza o presidente da entidade..

FACISC ALERTA EMPRESAS PARA NOVO GOLPE

24

AcIb é nOTÍcIA

Levantamento feito pelo Departa-mento Financeiro da Acib mostra que os associados da entidade colaboraram mui-to mais com a campanha Feliz Natal em Blumenau 2007 do que no ano anterior. De junho a dezembro foram arrecadados através da Acib R$ 41,1 mil. Em 2006 o total foi de R$ 22,55 mil. O aumento de um ano para o outro foi de pouco mais de 82%.

Um dos motivos para o bom resulta-do foi a ampliação do tempo para arreca-dação. Em 2006 foram enviados boletos aos associados nos meses de setembro, outubro e novembro. Em 2007 a arreca-

dação foi feita em sete meses, de junho a dezembro.

Segundo o diretor para Assuntos de Comércio e Turismo da Acib, Bruno Ne-belung, o empresário de Blumenau tam-bém está mais engajado na realização da campanha. “Está clara, para o empresário da cidade, a importância que o Feliz Natal em Blumenau tem para o desenvolvimen-to da região. O aumento da arrecadação é um reconhecimento ao esforço do poder público”, avalia o diretor.

O Feliz Natal em Blumenau é uma campanha que foi coordenada pelo Blume-nau Convention & Visitors Bureau (BCVB)

em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo, Acib, CDL, Sindilojas e Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Blumenau. O valor arrecadado pelas entidades com os associados foi integral-mente investido na decoração natalina dos espaços públicos do centro da cidade.

O presidente do BCVB, Luciano Mon-teiro, faz uma avaliação positiva da campa-nha de 2007. “A contribuição da comuni-dade foi significativa e o retorno que ela teve foi muito bom, através da visita de turistas e da elevação da auto-estima do blumenauense”, avalia. O dirigente prevê uma campanha ainda melhor para 2008.

ACIB ARRECADA 82% MAIS PARA O NATAL 2007

Maria Denise Ribeiro Ern (titular) e Joaquim Araújo Teixeira Paulo Filho (su-plente) são os dois representantes da Acib no recém-criado Conselho Municipal de Combate à Pirataria. Eles foram empossa-dos no dia 19 de fevereiro, em cerimônia

realizada no Salão Nobre da Prefeitura. O grupo será presidido pelo secretário mu-nicipal de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Bahls de Almeida.

A criação do Conselho Municipal de Combate à Pirataria era o principal objeti-

vo da campanha Blumenau Sem Pirataria, lançada em setembro do ano passado por 19 entidades e órgãos municipais, estadu-ais e federais. Praticamente todos os en-volvidos têm representantes no Conselho Municipal.

CONSELHO MUNICIPAL DE COMBATE à PIRATARIA

Page 25: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 26: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

26

AcIb é nOTÍcIA

ExECUTIVA VAI PALESTRAR NO DIA DA MULHERA Câmara da Mulher Empresária da

Acib já está com tudo pronto para o even-to que vai comemorar o Dia Internacional da Mulher em Blumenau. Neste ano o destaque é a participação da consultora de Comércio Exterior da São Paulo Alparga-tas e responsável pelo sucesso internacio-nal das sandálias Havaianas, Angela Tamiko Hirata (foto).

A executiva vai falar sobre a experi-ência que teve com o produto e com ou-tros trabalhos que realizou em empresas como Levi’s, Hering, Boticário e Azaléia. O evento em homenagem ao Dia Interna-cional da Mulher também vai homenagear 10 mulheres de Blumenau e região que se destacaram em suas atividades durante o ano de 2007. Os nomes foram definidos pelas integrantes da Câmara. A festa será realizada no dia 6 de março, no Teatro Carlos Gomes, a partir das 19h30min. Os convites já estão à venda na sede da Acib ou com as representantes da Câmara da Mulher Empresária.

Interessados podem ter mais informa-ções pelo telefone (47) 3326-1230 com Carla ou Daniela.

confira relação das homenageadas:

1 artístico culturalGrupo Vocal da Casa da Amizade2 Responsabilidade SocialAlda Niemeyer (radioamadora)3 Revelação empreendedoraElise Stodieck4 empreendedorismo Tania Marquato(sócia da Duna Atelier)5 educacionalElita Grosch Maba (diretora do Senac)6 SaúdeDra. Elizabete Ternes Pereira(secretária de Saúde de Blumenau)7 PolíticaVivian Bertoldi (presidente do Sintrafite)8 destaque Regional da cmeEliete Maria Busarello Panini(sócia da Paninox)9 destaque estadual Maitê Guadalupe Lang (sócia da Chocolates Nugali)10 destaque nacionalLili Stefens (escritora)

NOVOS ASSOCIADOS Artesigns Comunicação Visual e Com. Ltda.

Doupler Internet Ltda.

Emporio Piacere

Fácil Informática Ltda

Helioprint Locadora de Equipamentos Ltda.

Nobre Online

(Distribuidora e Com. Nobre Online Ltda.)

José Candido Espíndola Sobrinho

Pietro Allegrini (Allegrini Imp. eExp. Ltda.)

Rotas Tur (New Prest Serviços Ltda.)

Yes! Curso de Idiomas

(Centralsol Escola de Idiomas Ltda.)

JANEIRO / 2008

Angela Hirata é a responsável pelo sucesso internacional das

sandálias Havaianas

Diretores, integrantes da Acib Jovem e colaboradores da Acib visita-ram em janeiro a sede da empresa Tecnoblu. O grupo foi convidado e recebido pelo empresário Cristiano Buerger. A Tecnoblu fabrica etique-tas e embalagens personalizadas para o mercado de jeanswear.

A empresa tem como principais clientes nomes importantes da moda nacional e internacional, como a Zoomp, Colcci, Hering e Malwee. São três unidades de produção que geram 138 empregos diretos e mais 103 indiretos. A Tecnoblu também exporta para a Argentina, Colômbia e México e possui importantes parcerias na Europa.

A Tecnoblu foi uma das empresas vencedoras do Prêmio Gustav Sa-linger, promovido em novembro pela Acib Jovem. Seu case foi avaliado na categoria Indústria e o prêmio, segundo Cristiano Buerger, é conseqüên-cia do trabalho de melhoria do sistema gestão que está sendo realizado desde 2005 através de uma parceria com a Fundação Dom Cabral. Além do prêmio concedido pela Acib Jovem, a Tecnoblu também recebeu o prêmio Empreendedor de Sucesso 2007.

DIRETORIA E ACIB JOVEM VISITAM A TECNOBLU

Buerger (D) recepcionou os visitantes na Tecnoblu

Page 27: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 28: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

Planejar é uma atividade inerente ao ser humano. Uns mais, outros menos, fazem o seu planejamento para um final de semana na praia ou na casa de campo. Planejamento para ampliar ou mudar de residência; para a troca de carro. Até a so-fisticação de um planejamento para o ho-mem ter chegado à lua. Por que fazemos isto já na nossa rotina diária para atingir metas pessoais e profissionais?

A necessidade do planejamento ad-vém do fato de as atividades humanas exigirem a utilização de recursos, tecnolo-gia, processos e pessoas, coordenados de forma integrada, para que se atinjam resul-tados. Esta necessidade reforça-se ao lem-brarmos que essas atividades acontecem numa realidade cada vez mais complexa, num mundo de mudanças cada vez mais aceleradas, com variáveis cada vez mais in-controláveis. E convenhamos, quanto mais forte a tempestade e maior o balanço do mar, mais o timoneiro precisa estar atento e seguro aos desafios das águas por onde navega. As turbulências e incertezas que caracterizam o mundo atual de negócios

impõem enormes e constantes desafios às organizações.

O objetivo principal do planejamento

estratégico é proporcionar bases necessá-rias para as manobras que permitam que as empresas naveguem e se perpetuem mesmo dentro das condições mutáveis, cada vez mais adversas, em seu contexto de negócios. Nos tempos atuais, as organi-zações de sucesso são aquelas capazes de se adaptar adequadamente ao processo contínuo de mudanças no mundo dinâ-mico e competitivo. Mais ainda, o sucesso pode ser maior ainda à medida que elas se antecipam de maneira proativa a essas mudanças.

Na prática, isso significa planejar de modo que a empresa descubra e apro-veite as oportunidades da maneira mais inteligente e compatível com seus recur-sos (dinheiro, capital humano e intelectual, produtos diferenciados, agilidade no cum-primento de prazos de entrega de produ-tos ou serviços, portfólio de clientes com um bom grau de fidelização, logística mo-

derna, enfim, outras vantagens frente aos próprios concorrentes.

A estratégia é a arte de captar valor,

de agregar valor e manter valor. Planejar é conhecer e entender o cenário e contex-to; é saber onde se quer chegar e como atingir os objetivos; é saber como se pre-venir ; é calcular os riscos e buscar minimi-zá-los; é preparar-se também taticamente; é ousar as metas propostas e superar-se de maneira contínua e constante, median-te uma cobrança implacável de resultados. O planejamento estratégico direciona as ações da empresa em busca de resultados, lucros, crescimento e desenvolvimento que assegurem seu sucesso e perpetui-dade. É uma ferramenta de gestão que já vai comemorar os 50 anos de existência e somente atinge sua eficácia máxima quan-do bem entendida e realizada por todas as pessoas da organização, num mutirão per-manente e muito bem orquestrado.

Felix Theissconsultor empresarial

ARTIGO

28

fERRAmEnTA mODERnA DE GEsTãOpLanejamento eStRatégiCo

Page 29: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 30: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10

mEmÓRIA

30

a missão prioritária dos novos diretores, determinada pela assembléia de fundação da entidade, foi buscar en-tendimento com os líderes do Kulturverein. uma medida compreensível, pois tratava-se da entidade associativa mais forte de Blumenau, unindo agricultores e comer-ciantes. os fundadores da associação comercial queriam mostrar aos integrantes do Kulturverein seus objetivos, deixando claro que não se tratava de um movimento de enfraquecimento da entidade já existente. Também se apressaram em dissipar os rumores de que os comercian-

tes haviam se unido em torno de um cartel para explorar os colonos, diminuindo os valores pagos por sua produ-ção.

Afinal, a idéia de criar a Associação Comercial havia surgido de uma reunião do próprio Kulturverein, realizada no dia 17 de agosto de 1901. O encontro, convocado para discutir o delicado momen-to econômico, apontou como saída a criação de melhores meios de comunicação com os centros consumidores e de uma organiza-ção comercial. Para viabilizar esta última proposta, foi formada uma comissão de cinco comerciantes e dois industriais, encarregados de iniciar os preparativos para a fundação da Associação. A entidade, conforme predeterminado pelos presentes ao encontro da Kultur-verein, deveria buscar um certo controle sobre os preços de venda dos produtos e também garantir sua boa qualidade. O temor geral era de que, com a queda dos preços, os colonos e industriais com-prometessem a qualidade dos produtos para baixar seus custos.

A edição do dia 9 de novembro de 1901 do jornal Der Urwal-dsbote enaltecia a representatividade da reunião que oficializou a fundação da nova entidade e afirmava que “a atuação da Associa-ção Comercial não será somente vantajosa para os comerciantes mas, também, para os próprios colonos”. O periódico apoiava a iniciativa, argumentando: “o comércio organizado conseguirá um melhoramento da qualidade dos produtos de exportação, estabe-lecendo e facilitando assim a venda dos produtos. Com o decorrer do tempo, conseguirá também uma baixa dos preços dos fretes e das despesas, conseguindo assim melhores preços para os produ-tores”.

No dia 8 de dezembro realizou-se uma reunião pública com os integrantes da Kulturverein e da Associação. O cônsul Gustav Salinger, presidente da Acib, mostrou que 34 empresas já haviam aderido à iniciativa. Ele garantia que as principais preocupações da entidade seriam assegurar bons preços e zelar pela qualidade dos produtos feitos em Blumenau. Preocupou-se em tentar dissipar os rumores de que a iniciativa era uma conspiração dos comerciantes com a finalidade de pagar menos aos colonos pelos produtos.

A preocupação dos agricultores era traduzida pelo jornal Blu-menauer Zeitung, que em uma de suas edições daqueles dias re-latava: “Hoje é preciso trabalhar o dobro para ter o mesmo ganho que o agricultor tinha diariamente, há três anos”. Salinger, no entan-to, afirmava que, se alcançadas as metas da Associação, seria pos-sível o comerciante economizar em outros custos para remunerar o colono com justiça. O presidente da Associação Comercial pro-meteu centrar seu foco no barateamento do transporte, do seguro marítimo e da aduana. Ele afirmou: “Se nossa Associação conseguir maiores exportações com menores despesas, o comércio também poderá pagar melhores preços aos produtores”.

A argumentação do cônsul parece ter arrefecido os ânimos entre os colonos, que passaram a apostar na vantagem mútua con-seguida com a adesão aos interesses dos comerciantes. Como con-trapartida, os agricultores exigiram o fim do sistema de escambo praticado por grande parte dos comerciantes. Sem condições ou vontade de comprar os produtos coloniais em dinheiro, os inter-mediários trocavam-nos por itens importados, uma prática retró-grada e de resultados duvidosos para ambas as partes.

* Trecho do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publicado em comemoração ao centenário da Acib, no ano de 2001.

Reprodução da ata de fundação da Acib

Arquivo Histórico

NASCE A aCib (1901-1913) Parte II

Page 31: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10
Page 32: Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 10