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Ano I nº 07 Novembro 2007 ENCONTRO PRODUTIVO Empresários e governantes dos dois países discutem intercâmbio econômico durante o Encontro Brasil-Alemanha O presidente do Conselho de Administração da Cia. Hering, Hans Prayon, será homenageado durante o evento. Prayon é filho de imigrantes e sempre manteve forte relação com as duas culturas QUALIFICAÇÃO: Entra21 treina jovens para o mercado tecnológico

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Ano Inº 07

Novembro2007

ENCONTRO PRODUTIVOEmpresários e governantes dos dois países discutem intercâmbio econômico durante o Encontro Brasil-Alemanha

O presidente do Conselho de Administração da Cia. Hering, Hans Prayon, será homenageado durante o evento. Prayon é filho de imigrantes e sempre manteve forte relação com as duas culturas

QUALIFICAÇÃO: Entra21 treina jovens para o mercado tecnológico

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EDITORIAL

A vida de uma pessoa é determinada por inúmeros fatores. Alguns mais importantes que outros. Nesse enorme leque destacamos dois: atitude e oportunidade. Tudo o que você faz (atitude) vai influenciar diretamente no desenvolvimento do seu viver, assim como as oportunidades aproveitadas. Destacamos estes dois fatores para mostrar a relação de Blumenau com o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, evento que será realizado neste mês, no Parque Vila Germânica e no Teatro Carlos Gomes.

As atitudes tomadas pelos representantes da cidade e do Estado, políticos, empresariais ou comunitários, fizeram com que a organização do evento escolhesse pela primeira vez, em 25 edições, uma cidade do interior para sediar o Encontro. Fato inédito, conquistado pelo trabalho daqueles que sabem qual a importância de ter, por três dias, empresários e políti-cos alemães discutindo novas possibilidades de negócios com o Brasil. Esse tipo de atitude, com o pensamento focado no coletivo, deve ser sempre reconhecido e valorizado. A vinda do presidente Lula endossa esse sentimento. A presença do comandante maior da Nação é fruto do reconhecimento e da valorização do trabalho que está sendo realizado para fazer deste encontro o mais importante já promovido.

Resta a nós, blumenauenses, aproveitar ao máximo as oportunidades que surgirão durante a estada dos alemães na cidade. E o mais importante, nesse caso específico, é identificar uma boa oportunidade. Ela pode surgir a qualquer momento e sem ser anunciada. Pode estar na fala de algum palestrante, como é esperado, mas também pode estar camuflada em um bate-papo despretensioso no intervalo para o café ou na saída do evento, quando os participantes dividem o mesmo taxi. Oportunidades de negócios não podem ser desperdiçadas. Se quisermos exportar para a Alemanha ou atrair novos investi-mentos germânicos na região, temos que redobrar a atenção e avaliar todas as possibilidades que serão apresentadas de 18 a 20 deste mês.

O Encontro Econômico Brasil-Alemanha não está presente nesta edição da Empresário Acib só no editorial. Nas próxi-mas páginas você vai saber qual a expectativa das autoridades em torno do evento, além de conhecer um pouco mais sobre um dos homenageados do Encontro, o empresário, ex-presidente da Acib e ex-cônsul honorário da Alemanha em Blume-nau, Hans Prayon. O atual cônsul e atual presidente do Conselho Deliberativo da Acib, Hans Dieter Didjurgeit, também deixa o seu recado para os que vão participar do Encontro.

Dois cases importantes ilustram a capacidade de captação de investimento que nossa cidade tem. A vinda de duas em-presas, uma de São Paulo (Nathor) e outra da Alemanha (Altendorf), reforça a nossa vocação para bem receber e oferecer excelentes oportunidades para empreendedores dispostos a investir em Blumenau. Vocação que encontra outras ramifica-ções, como na iniciativa do programa Entra21, que capacita mão-de-obra especializada para as empresas de tecnologia, ou na preocupação com o meio-ambiente, retratada na matéria que aborda o problema do descarte das lâmpadas fluorescen-tes.

Ainda nesta edição você vai conhecer o trabalho da Câmara de Mediação e Arbitragem do Vale do Itajaí (Mediarvi), uma alternativa rápida e justa para os conflitos que demorariam anos na justiça. As notícias da Acib, a agenda de eventos e um pouco mais da história do surgimento da indústria em Blumenau completam esta edição que, como sempre, foi feita pensando no bem da economia de Blumenau e no desenvolvimento sustentável dos empreendimentos aqui erguidos, refle-tindo positivamente na qualidade de vida de nossa comunidade. Boa leitura!

A Diretoria

Blumenau é a primeira cidade não capital a sediar o Encontro Econômico Brasil-Alemanha

OpOrtunidadeATITuDE E

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PROJETO ENTRA21QuALIFICA PARAO SETOR DE TIJovens oriundos de famílias de baixa renda são treinados gratuitamente

22O DESCARTECORRETO DASLÂMPADAS

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BICICLETASPARA O BRASILE MERCOSuL

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18 Empresa alemã centenária começa a operar em Blumenau

32 Mediarvi é alternativa à morosidade do Judiciário

34 Artigo: Encontro marcado com o futuro

36 Acib é notícia

44 Agenda

46 Memória

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SuMÁRIO

EDITOR EXECUTIVOSidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - [email protected] ASSISTENTEFábio Ricardo REPÓRTERESAna Paula Lauth, Gisele Scopel e Francisco Fresard (Institucional)DIRETOR DE ARTERicardo Augusto KühlFOTO DE CAPAIvan Fernando SchulzeFOTOSIvan Fernando Schulze, Gilberto Viegas e DivulgaçãoDIRETOR COMERCIALCleomar Debarba - 47 3035.5500 - [email protected] EXECUTIVONiclas Mund - [email protected] EDITORIALLuiz Mund - 0189 JP (MTb/SC) - [email protected]

Nathor produz bicicletas aro 12 para as principais marcas do País e América do Sul

Empresa recolhe, descontamina e encaminha os materiais para a reciclagem

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O ELO FORTE DO DR. BLuMENAuEmpresário Hans Prayon será homenageado no Encontro Econômico Brasil-Alemanha

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DIRETORIAPresidente: Ricardo Stodieck / Vice-presidente: Car-los Tavares D’Amaral / Administrativo e Financeiro: Manfredo Krieck / Assuntos da Indústria: Carlos Odebrecht / Assuntos de Comércio e Turismo: Bruno Nebelung / Assuntos de Desenvolvimento e Plane-jamento Urbano: Jorge Rodacki / Assuntos de Pres-tação de Serviços: Maria Denise Ribeiro Ern / Assun-tos da Pequena e Micro Empresa: Haida Leny Siegle / Assuntos Comunitários: Solange Rejane Schröder / Núcleos e Câmaras: Avelino Lombardi / Assuntos Ambientais e de Energia: Jaime Grossembacher / Assuntos Internacionais: Ido José Steiner / Relações Institucionais: Ronaldo Baumgarten Jr / Assuntos da Saúde: Mauro Sergio Kreibich / Assuntos Tecnológi-cos: Ingo Tiergarten

CONSELHO EDITORIALAvelino LombardiCarlos Tavares D’AmaralCharles SchwankeFrancisco FresardHans Dieter DidjurgeitLuiz MundMarilda Steil Ricardo StodieckRubens Olbrisch

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andarNeumarkt Financial & Trade CenterCEP: 89010-205Blumenau – SC47 3326.1230www.acib.net

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ENCONTRO BRASIL-ALEMANHA

PARA ESTREITARrelações

Realizado anualmente, o Encon-tro Econômico Brasil-Alemanha re-veza-se entre as duas nações, sedia-do sempre em uma diferente capital destes dois países. Pela primeira vez na história do evento, uma cidade do interior foi escolhida como sede. Blumenau abrigará, de 18 a 20 de novembro, o mais importante even-to econômico entre empresários e governantes brasileiros e alemães.

O prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, lembra que uma das grandes preocupações de empresários e execu-tivos ao viajar a outro país é a cultura do povo a ser visitado. Outra barreira natu-ral e ainda mais grave é a língua, que está se amenizando pela profu-são do inglês no mundo. “Essa preocupação, no entanto, não aflige nem o empreendedor alemão que chega a Blumenau, nem o daqui que busca oportu-nidades na Alemanha. Afinal, nossa cidade conserva, mesmo após mais de 150 anos de história, uma importante influência ger-mânica”, afirma o prefeito ao citar influên-cias na língua, nos costumes, na qualidade e precisão do trabalho executado e na educação levada a sério desde o início da fase escolar.

O presidente da Associação Empresa-

rial de Blumenau (Acib), Ricar-do Stodieck, considera o evento mais um exemplo bem sucedi-do da união entre a iniciativa privada e o Poder Público. Ele explica que a captação do evento teve o trabalho exemplar desenvolvido pelo governador Luiz Henrique da Silveira, pelo prefeito João Paulo Klienübing e pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Alcantaro

Corrêa, que contaram com o apoio da Acib e de outras entidades. “Essa união conseguiu fazer de Blume-nau a primeira cidade do interior

do País a sediar o evento”, comemora Stodieck.

Kleinübing aposta no sucesso do evento, ao lembrar que o em-presário alemão que

chega a Blumenau se sente praticamente em

casa. “Nosso povo é co-nhecido por sua hospitalidade, em muitos lugares ainda fala-se a língua alemã que, in-clusive, é ensinada em algumas escolas do município. Mantemos a cultura germânica em nossas festas típicas, sendo a principal delas a Oktoberfest, que neste ano che-gou à 24ª edição”, diz.

De acordo com o prefeito, a visão de um povo que está acostumado a trabalhar em prol da comunidade e preocupado com as questões sociais foi trazida pelo Dr. Hermann Blumenau e todos os imi-

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João Paulo Kleinübing

Luís C. Kriew

all Filho

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grantes que vieram de ter-

ras distantes. “Quan-do chegaram, estes

alemães arrega-çaram as man-gas e construí-

ram da mata uma cidade pujante, modelo para o Bra-

sil em muitas questões econômicas e sociais, que além de indústrias, conta com um sólido setor de serviços e um variado comércio”, detalha.

Hoje, os alemães continuam atuando como importantes agentes de desenvol-vimento da cidade, através do Encontro Econômico Brasil-Alemanha. “Centenas de empresários alemães estarão em Blu-menau com o objetivo de intensificar o relacionamento comercial entre os dois países. Temos que fazer o papel que nos cabe, atraindo o interesse dos representan-tes de uma das mais dinâmicas economias do globo para os nossos produtos e para a

possibilidade de novos investimentos com a instalação de filiais alemãs em nossa re-gião, como vem acontecendo nos últimos anos”, declara o presidente da Acib.

As características germânicas estão espalhadas pela cidade, nas construções mais antigas e nas casas em enxaimel en-contradas mais facilmente na área rural. A cultura alemã faz parte do cotidiano do blumenauense, que se espelha no País de onde vieram seus primeiros descenden-tes, orgulhando-se de suas raízes. Com um evento deste porte sediado em Blu-menau, a cidade chega mais próxima do objetivo de se igualar à Alemanha não apenas na área cultural, mas também na econômica. “Tenho certeza de que o En-contro Econômico Brasil-Alemanha 2007 pode marcar o início de uma nova fase na economia regional. A realização deste im-portante evento é a prova de que somos competentes e temos o diferencial neces-sário para competir de igual para igual com outros centros empresariais do País e do mundo”, completa Stodieck. Ricardo Stodieck

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ENCONTRO BRASIL-ALEMANHA

PROGRAMAÇÃO

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DIAS DO EVENTO13h às 15h - Reunião brasileira da Comissão de Agrobusiness15h às 17h - Reunião brasileira da Comissão de Infra-estrutura e Energia

10h30 - Culto em alemão na Igreja Evangélica Luterana12h - Almoço e reunião preparatória alemã14h às 17h - Reuniões simultâneas das comissões Brasil-Alemanha: Agrobusiness, Infra-Estrutura e Energia18h - Inauguração da nova Deutsches Haus (Casa Alemã), na Rua Herman Hering, nº 119h - Prêmio Personalidade Brasil-Alemanha 2007, no Teatro Carlos Gomes

8h – Credenciamento8h30 às 9h30 - Abertura do 25º Encontro Econômico e da 34ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica9h30 às 10h - Apresentação especial sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)10h - Coffee break10h30 às 12h30 - Painel 1: Cooperação tecnológica e inovação: reforçando a competitividade Internacional12h30 – Almoço14h às 15h30 – Workshops 1 - Logística e infra-estrutura 2 - Subcontratação industrial 3 - Segurança energética15h30 - Coffee break16h às 17h30 – Workshops 4 - Setor automobilístico: o desafio de competitividade internacional 5 - Responsabilidade social e corporativa 6 - Eficiência energética 17h30 às 18h30 - Painel 2: Apresentação dos workshops sobre inovação20h – Jantar

9h às 10h30 - Painel 3: Oportunidades para as pequenas e médias empresas em mercados inter-nacionais.Abertura da reunião da Comissão Brasil-Alemanha de Cooperação EconômicaApresentação da Comissão de Infra-estrutura e EnergiaApresentação da Comissão de Agribusiness10h30 - Coffee break10h45 às 12h15 - Painel 4: Fazendo negócios no Brasil e na Alemanha.Continuação da reunião da Comissão Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica12h15 às 13h30 – Workshops 7 - Tecnologia de informação 8 - Saúde e bem-estarContinuação da reunião da Comissão Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica13h30 - Almoço de trabalho15h às 16h - Encerramento Encontro Econômico e da Comissão Mista e assinatura da Ata16h - Coquetel de encerramento17h - Visita às indústrias de Blumenau e Médio Vale do Itajaí

Programa turístico (Opcional)

17/11Sábado

18/11Domingo

19/11Segunda

20/11Terça

21/11Quarta

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ENTREVISTA: HANS PRAyON, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CIA. HERING

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HANSpraYOn

O Encontro Brasil-Alemanha é o mais impor-tante evento realizado entre empresários brasileiros, alemães e governantes. Sempre sediado em capitais, este ano ocorrerá em Blumenau entre 18 e 20 de novembro, no Parque Vila Germânica, tendo como tema a Inovação Tecnológica. Durante o encontro, o presidente do Conselho de Administração da Cia. Hering, Hans Prayon, será homenageado. Filho de imigrantes alemães que construíram parte da história do município, Prayon fala nesta entrevista sobre a re-levância do encontro, a relação entre os dois países, economia, negócios e sobre a cidade com mentalida-de mais européia da região: Blumenau.

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“VIVO ENTRE DuAS CuLTuRAS:alemã e brasileira”

Empresário Acib: Qual a impor-tância do encontro Brasil-Alemanha para Blumenau e o Estado?

Hans Prayon: Tanto o governador do Estado como o prefeito de Blumenau fizeram uma análise de quais são as reais vantagens do Estado de Santa Catarina perante os outros Estados para atrair in-vestimentos. Nós sabemos que temos um Estado pequeno, com problemas de trans-porte, mas com a grande vantagem de ter uma forte imigração européia, principal-mente de alemães. Foi aí que saiu a idéia de convidar o encontro mais importante entre empresários brasileiros, alemães e também governantes, que é o Encontro Brasil-Alemanha. Ele é anual, com realiza-ções alternadas no Brasil e na Alemanha. Até agora, sempre foi realizado nas capi-tais dos dois países. Pela primeira vez se conseguiu levar este encontro importan-tíssimo para uma cidade não-capital, que é Blumenau, bem conhecida na Alemanha. E também é de interesse do prefeito e do governador pôr outra vez nossa re-gião como centro do Mercosul, como um campo fértil para investimentos europeus. Evidentemente, este encontro cria mídia na Europa. Então, eu acho que para ambos os lados, tanto para Alemanha como para o Brasil, ele é de suma importância.

EA: Como o senhor analisa as re-lações de negócios já existentes en-tre os dois países?

Prayon: Quem investia bastante no Brasil era a Alemanha, porque tem todas as grandes empresas alemãs presentes aqui no Brasil, principalmente em São Pau-lo. E sabemos que em São Paulo já existe uma superlotação, não só de empresas, mas também no tamanho da cidade e no problema de trânsito. O Brasil preci-sa de investimentos, de know-how e de ligação com a comunidade européia. Por-que quando falamos da Alemanha, falamos

hoje de um complexo de 27 Estados que é a União Européia, e a Alemanha segue rigorosamente as leis desta União e é van-guardista em investimentos aqui no Brasil, mas que ultimamente foi suplantada, sur-preendentemente, pela Espanha. E a Ale-manha tem interesse outra vez, depois de investir muito no lado oriental, no bloco do Leste Europeu e na China, em investir no Brasil e fora de São Paulo.

EA: O senhor será homenagea-do no encontro. O que isto significa para um filho de imigrantes alemães que construíram uma história sólida em Blumenau?

Prayon: Blumenau tem uma situação diferente de qualquer outra por ser um enclave de cultura alemã no coração do Brasil. Então, as pessoas que vivem aqui têm toda uma tendência a serem embai-xadores dos dois países, tanto para Ale-manha, como para o Brasil. Eu estudei na Alemanha, trabalhei na Alemanha, estudei no Brasil e também trabalhei aqui no Brasil. Eu conheço a mentalidade brasileira e ale-mã e, evidentemente, tive a sorte de co-nhecer diversas pessoas importantes com as quais a gente pode travar programas in-teressantes para os dois países. Então, esta escolha é um reconhecimento pela minha ação para juntar os dois países e fazer en-tender um e outro, que possuem menta-lidades diferentes, mas que se completam perfeitamente. E isso temos aqui também, porque Blumenau é considerada na Ale-manha a iniciativa de colonização mais bem sucedida de alemães no exterior.

EA: O que Blumenau e o Estado têm a oferecer a empresas estrangei-ras que queiram investir aqui?

Prayon: Em primeiro lugar, temos aqui um clima favorável que não é tão frio como mais no extremo-Sul, nem tão quente como no Nordeste. É um clima

mais europeu. Por outro lado, temos aqui uma cultura-base muito semelhante a da Europa, não só na natureza, mas princi-palmente na cultura dos habitantes, que mesmo não sendo mais de descendência direta da Europa, se acostumaram a viver numa aculturação européia. E isto é im-portante porque os empresários que vêm para cá, vêm com famílias e diretores. E gerentes têm famílias e querem colocá-las em um ambiente semelhante àqueles de onde vieram na Europa. Aqui temos ex-celentes universidades, boas escolas, lindas praias; tudo isso impressiona. Por outro lado, temos um pessoal aqui que, mesmo se não falam mais o alemão, tem a vontade de trabalhar, pontualidade e toda esta cul-tura milenar que se deu na Europa.

EA: Como foi a chegada de sua família e o início desta história de su-cesso em Blumenau?

Prayon: Meu bisavô por parte ma-terna veio em 1878 e fundou em Blume-nau uma pequena malharia, por serem malheiros em Saxônia, na Alemanha. Ti-veram aqui, como todos os imigrantes e desbravadores de um novo continente, os problemas, mas também a persistência de criar praticamente a primeira indústria na cidade, ajudados pessoalmente pelo Dr. Blumenau, que queria originalmente fazer de Blumenau uma comunidade somente de agricultores. Depois ele viu que o ter-reno aqui não era grande o suficiente para alimentar a todos que vieram para cá, tan-to da Europa, quanto do Brasil. Então, era necessário construir indústrias e a nossa foi a primeira. Em 1880 foi criada a Malharia Hering, hoje Cia. Hering, e desde então vi-vemos junto com a cidade numa simbiose fabulosa, ajudando um ao outro.

EA: Qual é o legado que a família Prayon deixa para o município?

Prayon: A família Prayon começou

E a Alemanha tem interesse outra vez no Brasil, depois de investir muito no lado oriental,

no bloco do Leste Europeu e na China

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com a imigração de meu pai para o Brasil, que em 1930 saiu da Alemanha por ser oficial da Primeira Guerra Mundial, depois voltou para Alemanha, viu que a economia estava muito debilitada e decidiu vir para o Brasil. Veio para Blumenau, gostou e casou com minha mãe, uma Hering, e ficamos aqui até o tempo que Getúlio Vargas proi-biu a língua alemã no Brasil. Então a família Prayon voltou toda para Alemanha, ficou 10 anos lá, passou a guerra toda na Ale-manha e só depois de 1948 voltamos para Blumenau. Desde então trabalho na Cia. Hering como um dos membros da famí-lia, criei minha família particular aqui e não quero mais sair, pois achei a cidade onde me sinto bem, justamente uma cidade no Brasil com uma mentalidade européia.

EA: O senhor concorda que o Brasil passa por um período de aque-cimento econômico? Isto se reflete

também no setor têxtil?Prayon: Sim, realmente o Brasil está

crescendo, está numa fase interessante pela segurança econômica que temos ulti-mamente com a introdução do Plano Real. Hoje já notamos que poderíamos crescer bem mais se tivéssemos mais investimen-tos, a carga de impostos menores e se ti-véssemos uma infra-estrutura de transpor-te melhor: estradas, portos, trens, aviões. De resto, estamos em uma época de um crescimento até retido, que nos dá certeza de que o Brasil irá crescer, porque existem instituições fortes. Vamos com pensamen-to positivo para o futuro.

EA: O dólar em baixa tem preju-dicado até que ponto o negócio das têxteis?

Prayon: O dólar baixo é principal-mente ruim para aqueles que exportam, porque a exportação é uma imposição econômica. O país que não exporta não se espelha ou não se compara com aqueles lá fora. E a Cia. Hering exporta há vários anos, antigamente para Alemanha, mas com o Plano Real não éramos mais competitivos lá, onde também houve a abertura para o Leste, que produzia com mão de obra tão ou mais barata que no Brasil. Estamos direcionando nossa exportação para os Estados Unidos e, naturalmente, é um problema sério. Conseguimos driblar este problema porque compramos e importa-mos com o dólar baixo. Por exemplo, a matéria-prima que é o fio, compramos da

Índia e com isso acompanhamos o baixo valor do dólar.

EA: Qual a sua expectativa e os seus desejos para 2008?

Prayon: Em primeiro lugar, espera-mos ainda que haja mudanças na revisão dos impostos do Brasil. Está começan-do a luta pelo CPMF e outros impostos. Aguardamos que aquelas promessas de melhoria na infra-estrutura, saúde, educa-ção, realmente aconteçam, porque o povo depende da educação de seus filhos, estes que irão fazer o futuro. O povo depende da saúde, da segurança. Acho que isto é o principal objetivo do governo: cuidar bem do seu cidadão. Rezamos para isto melho-rar aqui no Brasil.

EA: Para encerrar, defina quem é o homem e o empresário Hans Prayon.

Prayon: Vivo entre duas culturas: alemã e brasileira. Entendo e compreen-do ambas. Trouxe minhas experiências da Alemanha para aplicar em um país novo que carece de experiências já conhecidas no mundo. Este é um dos meus interesses aqui. Considero-me um catalisador para problemas em termos bilaterias. E depois de ter encerrado minha atuação na exe-cutiva da Cia. Hering, estou me dedicando profundamente a ajudar pessoas e institui-ções que precisam de gente com experi-ência e, se for possível, com a possibilida-de de buscar ajuda nos dois países.

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ENTREVISTA: HANS PRAyON, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CIA. HERING

O povo depende da saúde, da segurança.

Acho que isto é o principal objetivo do

governo: cui-dar bem do seu cidadão

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INVESTIMENTO

TRADIçãO ALEMã

A Altendorf foi fundada em 1906, em Minden (fotos), por Wilhem Altendorf, o inventor da serra esquadrejadeira. Somente há 10 anos, investiu em uma unidade na China e agora chega ao Brasil, que será base de produção e distribuição para toda a América Latina.

Inicialmente, 30% da produção de Blumenau, prevista em 150 máquinas em 2008, serão destinados à exportação

BLuMENAu é PORTA PARA A américa latina

Em outubro deste ano, às vés-peras do Encontro Econômico Bra-sil-Alemanha, foi inaugurada em Blumenau a filial da centenária em-presa alemã Altendorf. A empresa traz para o município um investimen-to inédito, produzindo serras esqua-drejadeiras modelo WA 8M, equipa-mento que permite o corte preciso de placas de MDF para pequenas indústrias moveleiras e marcenarias. Esta, que é a terceira unidade indus-trial da empresa no mundo, tem uma posição estratégica para atender a demanda do Brasil e seus vizinhos latino-americanos. Aqui, a Altendorf servirá como base para abastecer a América do Sul, América Central e até o México.

Segundo Markus Ziel, diretor da Al-tendorf do Brasil, a vinda para Blumenau se deu pela parceria ativa entre a empre-sa alemã e a Ferramak, que há sete anos representa a marca como importadora para atender o mercado nacional. Outros

fatores como a cultura, qualidade de mão-de-obra e a proximidade com o Porto de Itajaí favoreceram a escolha. A sede blu-menauense será responsável pela monta-gem de máquinas a partir de componen-tes fornecidos por fabricantes nacionais e também importados da própria matriz, em Minden. Ziel conta que os fornecedores locais passaram por um processo de de-senvolvimento para atestar a qualidade em relação às especificações da Altendorf. A previsão para 2008 é a montagem de 150 máquinas e 30% delas estão destinadas à exportação, o que fortalece a região como pólo exportador.

O equipamento produzido no Brasil foi disponibilizado em 2005 pela empresa alemã e desenvolvido especialmente para se adequar às necessidades do mercado brasileiro e latino americano. Tanto na parte estrutural e na sua capacidade de produção, quanto no investimento neces-sário para se adquirir a máquina. “Esse foi o primeiro passo, a Altendorf desenvolveu um produto para o mercado de menor poder aquisitivo”, diz o diretor, garantindo

que a qualidade de corte e a precisão são mantidas.

Cerca de R$ 1,5 milhão foram investi-dos, inicialmente, no parque fabril de 800 metros quadrados. Ziel aponta que, em curto prazo, 10 empregos diretos devem ser gerados. Ele declara que a Altendorf sempre teve por princípio dar passos pequenos, tanto que na China a unidade começou com 15 funcionários, 10 anos atrás. Hoje são 120. “Foi um crescimento bastante planejado e hoje produzem, em média, mil máquinas por ano”, enfatiza o diretor. Na matriz, 4 mil máquinas são pro-duzidas ao ano.

A Altendorf desen-volveu produto para o mercado de menor

poder aquisitivo

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A matriz, na Alemanha, produz 4 mil máquinas por ano, destinadas à indústria

moveleira e marcenarias.

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INVESTIMENTO

A Altendorf é modelo mundial de tecnologia em serras esquadrejadeiras e Markus Ziel acredita que a região só tem a ganhar com esse investimento. Em primeiro lugar, ele aponta a técnica mo-derna e sofisticada que está sendo imple-mentada nos processos de produção. Em conseqüência disso, os fornecedores irão absorver esse conhecimento e aplicar nos métodos de fabricação, que devem seguir o padrão da alemã. A intenção é naciona-

lizar todos os componentes e ter no Brasil toda a infra-estrutura para a montagem. Para o cliente, a vantagem está em ter a tecnologia de ponta, padrão de qualidade alemão e mais produtividade com um cus-to mais acessível. “É um investimento pos-sível para as pequenas e médias empresas desse setor”, cita Ziel.

A Altendorf foi fundada em 1906, na cidade alemã de Minden. O proprie-tário da empresa, Wilhem Altendorf, foi

o inventor da serra esquadrejadeira, que introduziu uma nova maneira de cortar a madeira sem usar esquadros e riscos. Há 50 anos, a empresa decidiu produzir somente esse tipo de máquina, o que a torna uma das poucas fábricas no mundo que se concentra em um único produto. Um século depois, a empresa se destaca como líder em tecnologia e no mercado internacional com mais de 110 mil exem-plares vendidos.

INFORMAçõESRAZÃO SOCIAL:Altendorf do Brasil Ltda.

FUNDAÇÃO5 de outubro de 2007

ÁREA CONSTRUíDA800 metros quadrados

POSTOS DE TRABALHO10

MATRIZMinden, Alemanha (Fundação: 1906)

www.altendorf.com.br(47) 3323-5005

Empresa traz novos métodos de fabricação

Os diretores Fernando Keunecke, Markus Ziel, Vilfried Altendorf e Henrique Keunecke

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QuALIFICAÇÃO

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ENTRA21 FORMA prOfissiOnais de ti

O projeto Entra21, que chegou a Blumenau em 2006, em uma ini-ciativa da IYF – sigla em inglês para a Fundação Internacional pela Ju-ventude – e Blusoft, já formou 504 jovens de baixa renda de Blumenau e de outros oito municípios vizinhos em dois anos de atuação. Criado para qualificar e estimular a mão-de-obra local na área de informática, a meta inicial do projeto era chegar a 400 formados ao final de dois anos e que 50% desses jovens saíssem do curso com emprego garantido.

Não só o número de formados foi superado, assim como o índice de empre-gabilidade chegou próximo aos 90%, de acordo com os dados do Centro de Educa-ção Profissional Hermann Hering (Cedup), onde as aulas são ministradas. Segundo o coordenador-geral do Entra21-Blusoft, Sérgio Tomio, o sucesso do projeto se deve à aprendizagem de várias linguagens de programação aliada à grande demanda de mão-de-obra qualificada no município, escassa no mercado atualmente. Trata-se de uma iniciativa inédita de investimento em formação baseada em demanda.

O projeto de US$ 515 mil conta com o apoio do Fundo Multilateral de Investi-mentos (Fomin), órgão do Banco Intera-mericano de Desenvolvimento (BID), que é responsáveis por 60% dos recursos apli-cados. A contrapartida dos 40% restantes veio através da união entre a Prefeitura de Blumenau, Fapesc (órgão de fomento do governo de Santa Catarina) e empresários de tecnologia da informação (TI) do mu-nicípio.

A IYF estende o programa para toda a América Latina e Caribe, totalizando 15 projetos ligados à tecnologia de informa-ção em vários setores. O de Blumenau é um dos quatro projetos financiados no Brasil e o município se destaca por ser o único em que o jovem sai focado para trabalhar em empresas de informática. “O diferencial do nosso projeto é que o aluno sai direto para o emprego com muita qua-lidade. E este é o emprego que mais paga hoje”, afirma o coordenador-geral Sérgio Tomio.

Quase 90% dos alunos saem do projeto com emprego nas empresas de informática

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A maior parte dos alunos chega sem conhecimento nenhum do setor. Por isso, o primeiro módulo, que inclui aulas teóri-cas, é igual para todos e trata do relaciona-mento humano, interpessoal, trabalho em equipe, como desenvolver um currículo e como o aluno deve se comportar em uma entrevista. No restante do curso, cada alu-no utiliza um computador e passa pela for-mação básica, que inclui Windows, Word, Excel, PowerPoint, Internet, Algoritmo, MS-Project e Iniciação Gráfica. A partir do momento em que se verifica a aptidão de cada aluno, eles são separados em turmas de 20 para a formação extensiva nas áreas de desenvolvimento de sistemas, suporte a servidores e redes, web design, design gráfico, CAD Design e manutenção de hardware. No total, são 360 horas de treinamento gratuito com transporte pago e mais três meses de estágio.

Para Ingo Tiergarten, diretor para As-suntos Tecnológicos da Acib, o trabalho merece atenção, pois contribui para a in-clusão social e para suprir a necessidade do mercado. Dessa forma, os associados da Associação Empresarial apóiam o pro-jeto com a contratação dos jovens recém formados, o que garante a continuidade e superação de metas do Entra21.

A intenção de Sérgio Tomio e todos os envolvidos é dar seqüência ao proje-to e formar mil estudantes em 2008 e 2009. Para se destacar entre as entidades concorrentes da América Latina e Caribe e garantir o financiamento da IYF, o gru-po blumenauense já preparou um novo projeto. Os próximos períodos devem contemplar também pessoas com neces-sidades especiais, jovens em risco social e de áreas rurais. Os objetivos são muitos e Tomio acredita que a grande vitrine para essa conquista é o sucesso da performan-ce atual, em que todas as metas impostas foram ultrapassadas.

Para se inscrever no Entra21-Blusoft o jovem precisa ter uma renda familiar menor que quatro salários mínimos, estar cursando ou ter cursado o Ensino Médio e passar por testes psicotécnicos e de ló-gica para avaliar a aptidão. O coordenador conta que a média de concorrentes é de cinco candidatos por vaga. Em 2006, foram abertos 200 lugares, no início de 2007, 240 e no mês de setembro mais 100 vagas. “Se as expectativas se confirmarem, em março do próximo ano abriremos mais uma tur-ma”, torce Tomio.

Expansão

O diferen-cial do nosso projeto é que

o aluno sai direto para o emprego com muita quali-dade. E este é o empre-go que mais paga hoje

Sérgio Tomio coordena o projeto Entra21 em Blumenau

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SuSTENTABILIDADE

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DESCARTE CORRETO DAS LÂMPADAS

beneficia a natureza

Devido à grande economia que proporcionam, as lâmpadas fluo-rescentes substituíram as incandes-centes e são muito utilizadas em galpões industriais. Uma lâmpada fluorescente padrão é formada por tubo selado de vidro preenchido com gás argônio à baixa pressão e vapor de mercúrio, também à baixa pressão parcial. O interior do tubo é revestido com uma poeira fosforo-sa, composta por vários elementos. O mercúrio presente nas lâmpadas é um metal altamente tóxico e bas-tante volátil nas condições de pres-são e temperatura. Pode contaminar o solo, os animais, a água e os se-res humanos. Isoladamente, o risco oferecido por uma lâmpada é qua-se nulo, mas se consideradas as 80 milhões comercializadas no Brasil, o problema se agrava.

Quando intacta, a lâmpada não ofe-rece perigo. A contaminação acontece ao ser quebrada, com a liberação de vapor de mercúrio. O procedimento de jogar lâmpadas fluorescentes e outras que con-tenham mercúrio seja nos lixões, como em terrenos baldios, ou simplesmente repassar para pessoas ou empresas não aptas a realizar a devida descontaminação, libera uma pequena quantidade de mer-cúrio existente em cada lâmpada que se integrará a natureza, causando diversos efeitos nocivos aos seres vivos. “O des-

carte inadequado faz com que o mercúrio das lâmpadas chegue aos rios. Em contato com bactérias presentes nas escamas dos peixes, o mercúrio elementar transfor-ma-se em orgânico e torna-se tóxico. Ao entrar na cadeia alimentar dos seres hu-manos, este elemento pode trazer trans-tornos respiratórios, no sistema nervoso central e em todo o organismo”, explica a

engenheira química da Brasil Recicle, Carla Tatiana Nau.

Para evitar possíveis impactos ao meio ambiente ocasionado pelo descarte inade-quado destas lâmpadas, há necessidade de se regulamentar o gerenciamento ambien-talmente adequado a elas no final do uso. E para isso, a reciclagem é considerada a melhor solução.

País recicla apenas entre 3% e 4% das lâmpadas utilizadas

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A Brasil Recicle, empresa com sede em Indaial, atua no mercado nacional des-de 2000 na atividade de coleta, transpor-te e descontaminação de lâmpadas com a prestação de serviços a empresas que seguem uma política ambiental correta. Hoje, no País existem apenas quatro em-presas que realizam este tipo de serviço, a Brasil Recicle é a única em Santa Catarina. Ela realiza coleta na Região Sul, Sudeste, Centro-Oeste e já chegou a atender em-presas no Nordeste, como nos estados da Bahia e Sergipe. Possui mais de mil clientes nessas regiões.

Apenas o processo de descontamina-ção é cobrado por unidade de lâmpada. Deve haver uma quantidade mínima de mil lâmpadas para coleta. As empresas re-

cebem um certificado de recepção e res-ponsabilidade. “Processamos atualmente em torno de 300 mil lâmpadas por mês”, diz Carla.

O transporte é realizado por funcioná-rios treinados e com o uso de caminhões equipados com sistema de filtros para cap-tação dos vapores de mercúrio das lâm-padas que vierem a quebrar. Na empresa, as lâmpadas são descarregadas na sala de estoque e separadas por comprimento e diâmetro; em seguida, são acondicionadas em paletes.

Os paletes com lâmpadas fluorescen-tes são conduzidos à máquina de descon-taminação, que está enclausurada e sob pressão negativa para que não haja fuga do vapor do mercúrio. Uma máquina rea-

liza o corte e a limpeza das lâmpadas atra-vés de processo automatizado. Durante o processo de corte, o vapor de mercúrio é capturado através de exaustão forçada em filtros de carvão ativado.

O ar carregado com partículas de po-eira fosforosa, exaurido durante a limpeza das lâmpadas, passa através de filtros onde as partículas ficam retidas e o ar segue pelo filtro de carvão ativado saindo limpo para a atmosfera. O tubo de vidro des-contaminado é recolhido no final da linha de produção. A descontaminação também é realizada em lâmpadas de bulbo (HID). Todos os equipamentos utilizados no pro-cesso são desenvolvidos na própria Brasil Recicle por não existirem similares no mercado nacional.

Coleta e descontaminação

OS PASSOS DO PROCESSO

As lâmpadas fluorescentes são coletadas nas empresas e transportadas em caminhões especialmente equipados até a sede da Brasil Recicle. Lá, são separadas por tamanho, descontaminadas e os materiais, como vidro e metal, separados e encaminhados para empresas

de reciclagem. Equipamentos especiais impedem que o processo gere contaminação do ar com partículas de elementos tóxicos

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Após o processo, os elementos sepa-rados recebem diferentes destinações. O vidro é encaminhado à indústria cerâmica e artesanal; as sucatas metálicas vão para as fundições; a poeira fosforosa é aproveitada na indústria de tinta e o mercúrio metáli-co pode ser reaproveitado para fabricação de novas lâmpadas ou para fabricação de termômetros.

Por enquanto, a empresa encaminha apenas os dois primeiros, mas já está sen-do testada e entrará em operação, no início do próximo ano, uma máquina para destinar a poeira fosforosa e o mercúrio. Enquanto isso, estas substâncias permane-cem armazenadas.

A engenheira Carla constata que hoje no Brasil apenas entre 3% e 4% das lâm-padas fluorescentes usadas são recicladas, mas acredita que a proporção tenda a

aumentar. “Hoje, se fala bastante sobre temas como o aquecimento global, o que demonstra certa conscientização quanto à necessidade de políticas industriais de pro-teção ambiental”, declara.

Por exercer uma atividade poten-cialmente poluidora, a Brasil Recicle tem convênios com laboratórios especializados para fazer avaliações de emissão atmos-férica, de solo, água e exposição ocupa-cional. A empresa também realiza análises de emissões dos gases de escapamentos (fumaça preta) em toda a frota de veículos utilizada no transporte.

Novo ciclo produtivo

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SuSTENTABILIDADE

Hoje, se fala bastan-te sobre te-mas como o aquecimento global, o que demonstra

conscientiza-ção quanto à necessidade de proteção ambiental

INFORMAçõESBrasil Recicle (47) 3333-5055

A engenheira química Carla Tatiana Nau acompanha o

processo de descarte

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EMPREENDEDORISMO

A PRIMEIRAbicicleta

Especializada na fabricação de bi-cicletas infantis e rodinhas para car-rinhos de bebê, a Nathor nasceu no ABC paulista há 21 anos. A empresa cresceu em Santo André e há três anos mudou de endereço, instalan-do-se em Blumenau. Hoje, a empre-sa produz 3,5 mil bicicletas por dia (77 mil/mês) e é responsável pelo abastecimento das grandes marcas que não fazem a linha aro 12 (para crianças de até 5 anos). O brinquedo sai da fábrica já com o símbolo da empresa que vai distribuir as bicicle-tas no mercado. A venda só acontece no atacado, para conseguir um preço competitivo.

Nos quase 10 mil metros quadra-dos de área construída, a fábrica produz mais de 90% de todo o material utiliza-do na montagem. Somente uma pequena

quantidade é importada por não existir no Brasil, como as correntes. A parte meta-lúrgica, plásticos e pneus em EVA é toda feita no local.

De acordo com o diretor da Nathor, Antonio Nicolas Vergos, nos últimos três anos a empresa cresceu muito, principal-mente na questão da qualidade do pro-duto e da venda. Para garantir a segurança dos brinquedos, a empresa tem a certifi-cação do Instituto Nacional de Metrolo-gia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e segue a Norma Mercosul NM301, que especifica os requisitos de segurança, desempenho e métodos de ensaios para bicicletas infantis. O Inmetro credencia um laboratório para fazer os testes que fornecem ao fabricante o cer-tificado de conformidade. A Nathor faz o teste anualmente e ainda repete os mes-mos dentro da empresa.

As exportações já chegaram a cerca

de 20% da produção. Hoje, significam me-nos de 5% e as bicicletas infantis percor-rem os países do Mercosul – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai –, um pouco da América Central e alguns países do leste europeu. “Diminuiu bas-tante, mas conseguimos exportar mesmo como o dólar baixo”, aponta Vergos. Em 2006, a Nathor foi responsável por 90% do abastecimento do mercado de bicicle-tas infantis na Argentina.

Apesar do mercado de bicicletas ser mais estável e não acompanhar o de car-ros e motocicletas, a expectativa é crescer uma média de 10% ao ano no próximo triênio, diz o diretor da Nathor. O maior poder de aquisição da população e o cré-dito facilitado contribuem para esse qua-dro, mas o grande potencial das bicicletas está no lazer. “A bicicleta já está no DNA do ser humano, toda criança quer uma bi-cicleta”, afirma o diretor da empresa.

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PERFILRAZÃO SOCIAL:Nathor Indústria e Comércio de Bicicletas Infantis

FUNDAÇÃO1986, em Santo André – SP, há três anos em Blumenau

PRODUÇÃO3,5 mil bicicletas por dia (77 mil/mês)

ÁREA CONSTRUíDA10 mil metros quadrados

EXPORTAÇÃOmenos de 5% da produção

POSTOS DE TRABALHO160 no segundo semestre

Vergos, que também é engenheiro mecânico, investe em tecnologia. Da es-pecialização que fez no Japão durante um ano, ele trouxe conceitos mais aprimora-dos para aplicar em sua fábrica. Ele garan-te que tudo que existe de tecnologia de ponta é utilizado em sua empresa, o que reflete na ótima produtividade. Recente-mente, voltou de uma feira mundial de plásticos, que acontece a cada três anos, na Alemanha, onde conheceu a tecnologia da injeção a gás para moldar plástico. A técnica faz ganhar em resistência, diminui o peso do produto e aumenta a veloci-dade de produção. “Somos uma empresa que está sempre buscando inovar nos pro-cessos e queremos estar sempre à frente e não esperar que o outro faça”, aponta Vergos, que vê na tecnologia seu grande diferencial.

A Nathor é a maior fabricante de bi-cicletas infantis da América do Sul. O nú-mero de postos de trabalho, assim como outras empresas que trabalham com de-manda, é sazonal. No primeiro semestre, o número de funcionários varia entre 60 e 70, mas no segundo semestre chega a ge-rar 160 empregos. Todos os funcionários

seguem uma política interna em busca da ISO 9000. “É importante ter um sistema de gestão que reflita na qualidade do pro-duto”, salienta o diretor.

Vergos cita que a bicicleta é o primeiro veículo do ser humano. “A criança quer a bicicleta porque ela consegue se deslocar sozinha e sem colocar os pés no chão”, diz. É a descoberta de um novo universo e faz parte do crescimento, assim como a mamadeira, a chupeta e assim por diante. O adulto usa a bicicleta para transporte, atividade física e lazer. O empresário ob-serva que países da Europa que disponi-bilizam bicicletas para as pessoas irem de um lugar a outro são modelos a serem seguidos.

No Brasil, são vendidas cerca de 5 milhões de bicicletas por ano. Há alguns anos, um estudo mostrou que o verda-deiro potencial é para 9 milhões, relata o diretor. Segundo ele, esse número só não foi atingido porque não existem ciclovias suficientes. “Em Blumenau há muitas áreas planas, se houvesse ciclovias interligando a cidade, o volume de bicicletas chegaria próximo a esses números”, conclui o em-presário.

Aposta na tecnologia

Empresa produz bicicletas aro 12 para grandes marcas de

todo o Brasil e exporta para outros países do Mercosul

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DEMANDA JuDICIAL

Fugindo da lentidão do Judi-ciário, devido à grande procura pelos serviços prestados, surgem as Câmaras de Mediação e Arbi-tragem, que oferecem serviços semelhantes com o intuito de de-

safogar a Justiça. A mediação é um recurso extrajudicial para a solução de conflitos. Funciona como um di-álogo entre as partes conflitantes,

com a ajuda de mediadores, para se chegar a uma conclusão satisfatória.

A Câmara de Mediação e Arbitragem do Vale do Itajaí (Mediarvi) funciona como uma empresa sem fins lucrativos, que administra a mediação e arbitragem em Blumenau e re-gião. O objetivo é administrar todos os tipos de casos através da mediação e, caso não seja possível, da arbitragem. O presidente da Mediarvi, Valmir Pedro Cardoso, conta que a mediação é bastante utilizada em todo o mundo. “Em muitos países, toda ação passa obrigatoriamente por uma mediação antes de ir para a Justiça”, explica.

A obrigatoriedade da mediação tornou-se lei na Argentina, em 1995, e no Peru, em 2000. Desde então, o número de ações na Justiça diminuiu 30% no segundo caso. No Brasil, esta cultura ainda não está difundida. Mesmo assim, Cardoso acredita que a media-ção é muito mais justa que o Judiciário. “No

Judiciário, sempre tem um lado que sai ga-nhando e outro que sai perdendo. A

mediação atende as duas partes”, argumenta. Além da mediação, que resolve os problemas

antes que estes sejam levados à Justiça, acelerando o processo, a arbitragem também se mostra uma al-ternativa muito mais rápida e democrática do que o Sistema Judiciário, por agir de forma menos formal e burocrática. O resultado entre uma ação julgada pelo Judiciário e por um árbitro é o mesmo. A dife-rença é que o árbitro é privado e o juiz é estatal.

O presidente informa que qualquer tipo de conflito pode ser decidido através da mediação e da arbitragem, com o benefício dos casos serem re-solvidos muito mais rapidamente. “Em um cartório existem 10 mil ações para um único juiz resolver, na arbitragem são 200 processos para 18 árbitros”.

Fundada em 2001 por uma série de empresas e entidades representantes de classes, a Mediarvi teve como primeiro presidente o ex-juiz Arlindo Bernart. Com eleições para presidência a cada dois anos, atualmente o cargo é ocupado por Cardoso.

A Mediarvi atende uma média de 90 casos por mês, sendo que hoje a maioria ainda não conse-gue chegar a uma resolução através de mediação. Apenas 40% dos casos são resolvidos na mediação. A expectativa, porém, é de cada vez mais os pro-blemas serem resolvidos sem que seja necessário levá-los à arbitragem ou ao Judiciário.

Advogado Valmir Pedro Cardoso preside a Câmara de Mediação e Arbitragem

ALTERNATIVA legal

INFORMAçõES(47) 3222-1655www.mediarvi.com.br

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ARTIGO

Dizem que para termos sorte depen-demos de dois fatores: oportunidade e competência. O Encontro Econômico Bra-sil-Alemanha será a grande oportunidade de colocar Blumenau e Santa Catarina no foco para fomentar uma forte relação com a Alemanha, quer seja no campo cultural, turístico, negócios ou investimentos.

A Alemanha é a terceira maior eco-nomia do mundo. O País da Siemens, BMW, Bayer, Adidas, SAP, T-Systems, ThyssenKrupp, Faber-Castell, Volkswagen, Manessmann, Mercedes, Audi, DHL, Bos-ch, Allianz, ZF Friedrichshafen, etc., que é campeã mundial em exportações, com quase U$ 1 trilhão/anual, uma população de 83 milhões de pessoas, com altíssimo poder aquisitivo, uma economia caracte-rizada, sobretudo, de pequenas e médias empresas (3,4 milhões) ávidas em formar parcerias. A Alemanha como um dos três países mais atraentes para se estudar (244 mil estudantes estrangeiros), primeiro lu-gar em registro de patentes (chip cards, tela de cristal líquido, MP3, scanner, televi-sor, telefone, bicicleta, lâmpada, motor die-sel, teoria da relatividade, geladeira, etc.) Esta é a Alemanha, o País das idéias (77 Prêmios Nobel). Nós temos uma grande proximidade, quer seja no campo cultu-ral, língua, história e, principalmente, pela nossa disciplina de qualidade no trabalho enriquecida com o jeito brasileiro.

Estarão aqui grandes e médios em-presários da Alemanha e Brasil. Também marcarão presença o ministro da Econo-mia da Alemanha, Sr. Michael Glos, vice-ministros, jornalistas e deputados alemães. Temos que mostrar a todos a cidade de Blumenau e, principalmente, o Médio Vale do Itajaí, a nossa cultura, a qualidade de nossos profissionais, a infra-estrutura de portos e aeroportos, o projeto de duplica-ção da BR-470 (incluída no PAC), a diver-sificação da nossa economia, a qualidade de vida, etc.

O momento mostra uma grande convergência de movimentos na rela-ção Blumenau e Alemanha. Observa-se um crescente interesse de empresários

e universidades pela nossa região. Vários fatores contribuem para isto. O adiantado processo de globalização que a Alemanha vem buscando no mundo, identidades cul-turais e oportunidades para investimentos com grande expectativa de consolidação. Por outro lado, a nossa cidade e o Esta-do de Santa Catarina, pela proximidade cultural com a Alemanha, pela estratégia de governo de incentivo às atividades do terceiro setor e tecnologia, busca atrair in-vestimentos na fabricação de produtos e serviços de grande valor agregado. Temos ainda que fazer a lição de casa, necessi-tamos nos atualizar e aproveitar a nossa identificação de origem com a Alemanha e que, infelizmente, se fixou no século 19, merecendo ser reciclada.

Precisamos avançar no desenvolvi-mento do conhecimento. A nossa bem-guardada e tradicional culinária colonial se tornou na Alemanha diversificada, mais saudável, mais leve e mais inspirada. Os vinhos estão renascendo em nível inter-nacional. Somente os norte-americanos aumentaram em cem por cento as impor-tações de Riesling em quatro anos.

No campo cultural, a Alemanha tem muito a oferecer, com seus mais de 400 teatros, 600 museus, 80 mil novas publi-cações em livros, 160 orquestras pro-fissionais. O ensino e ciência, pesquisa e desenvolvimento têm grande importância na Alemanha. O País é um dos prediletos para se estudar, pólo internacional de pes-quisa de ponta.

A recente atuação do Conselho Muni-cipal do Ensino de língua alemã, as missões empresariais da Fundação Empreender (Facisc) e Acib, além de convênios com universidades são apenas uma pequena amostra de que devemos fomentar para uma maior integração com a Alemanha. Com certeza, colheremos os frutos, em curto prazo, desta aproximação e inter-câmbio com este País que tem muito ha-ver conosco.

Outro fato relevante é a inauguração, pelo próprio ministro Michael Glos, da

Casa da Alemanha no dia 19 de novem-bro. As instalações serão ocupadas pelo Consulado Alemão e Câmara Brasil-Ale-manha (AHK) e têm o objetivo de ofe-recer às pessoas e empresas que tenham ou queiram ter qualquer relação com a Alemanha, todas as informações e serviços necessários. A Casa da Alemanha terá um papel importante no desenvolvimento das relações bilaterais entre a Alemanha e o Brasil após o encontro. Será uma organiza-ção em forma de business center, promo-vendo encontros e seminários, a vinda de investidores e o comércio bilateral.

O encontro econômico por si só não objetiva apresentar atratividade de investi-mentos para a nossa região, mas com cer-teza seremos a vitrine do Brasil e, principal-mente, na Alemanha, despertando através dos encontros paralelos e da formação do network, muitos interesses entre os dois países. Temos certeza que em longo pra-zo colheremos os frutos deste encontro. Acreditamos no potencial a oferecer aos alemães e, a partir daí, conheceremos me-lhor a Alemanha. Com isso, uma cortina de oportunidades se abrirá e cabe a todos nós, empresários, Poder Público, imprensa e população, contribuir cada um com a sua parcela de responsabilidade para o suces-so do evento.

Hans Dieter DidjurgeitCônsul Honorário da República

Federal da Alemanha e presidente do Conselho Deliberativo da Acib

ENCONTRO MARCADO COM O futurO(Ou REFLExõES SOBRE NOSSA RELAÇÃO COM A ALEMANHA)

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Três empresas e um jovem em-presário foram premiados na noite do dia 5 de novembro, na sexta edi-ção do Prêmio Gustav Salinger, du-rante evento realizado no Salão de Festas do Teatro Carlos Gomes. A ISO Audiovisuais, representada pelo sócio Rodrigo Heron Moreira, foi a vencedora na categoria Comércio. Na categoria Serviços, o prêmio foi para a Umwelt Assessoria Am-biental, representada por Nilma de Jesus Furtado Saar. A vencedora na categoria Indústria foi a Tecnoblu, representada pelo diretor de opera-ções Edmur Polli. Já o prêmio Jovem Empreendedor foi concedido ao advogado Eduardo Fogaça Olivier da Nemetz, Kuhnen & Olivier Ad-vocacia.

Os quatro vencedores recebe-ram troféu, certificado e uma bolsa de estudos para uma pós-graduação da Fundação Getúlio Vargas, ofere-cida pela mais nova instituição de ensino de Blumenau, a Sociesc/Ibes. Esta foi a sexta edição do Prêmio Gustav Salinger, criado pela Acib Jo-vem, Núcleo de Jovens Empreende-dores da Associação Empresarial de Blumenau, para incentivar o empre-endedorismo na cidade. A entrega

do prêmio é o ponto alto das ativi-dades relacionadas ao Dia Municipal e Estadual do Empreendedor e ao aniversário da Acib, comemorados no dia 5 de novembro. Neste ano, a Associação completou 106 anos de história, sendo a mais antiga en-tidade empresarial em atividade do Estado.

Além da entrega do prêmio, autoridades, associados e parceiros da entidade receberam, em primeira mão, o calendário 2008 da entidade e conheceram a nova pasta-folder que será utilizada pela Associação em eventos e na captação de novos associados. O material de divulgação foi elaborado pelo Núcleo de Criação e Design da Acib e foi confecciona-do em papel reciclado. O calendário e a pasta trazem informações sobre os serviços e a participação da Acib no desenvolvimento econômico de Blumenau e região. Os presentes também conferiram o lançamento do Guia de Negócio Online, uma ferramenta que está disponível no site da Acib para localizar, entre os associados, novos parceiros comer-ciais. O jantar contou com o patro-cínio da Accor Services, Sociesc/Ibes e Caixa Econômica Federal.

EMPREENDEDORES RECEBEM PRêMIO GUSTAV SALINGER

ACIB é NOTÍCIA

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Eduardo Olivier, Nilma Saar, Rodrigo Moreira e Edmur Polli

Premiação foi entregue durante a festa de aniversário da Associação Empresarial de Blumenau

COMISSãO JULGADORA

Comissão Técnica da Caixa Econômica Federal

Alcantaro Corrêa, presidente da Fiesc

Ivo Hering, presidente da Cia. Hering

Antônio Hélio Oliveira de Souza, agente articulador do Sebrae/SC em Blumenau

Fábio Roberto Ghedin, gestor de pós-graduação e ma-rketing Sociesc/Ibes/FGV

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A campanha Blumenau Sem Pirataria recebeu um importante reforço neste fim de ano. Até o dia 28 de dezembro os associados da Acib poderão comprar sof-twares da Microsoft com preço diferenciado. O benefí-cio só foi possível graças a um acordo comercial firmado entre a Associação e a KeepIT, empresa de Blumenau especializada em soluções Microsoft. O documento foi assinado durante o jantar em comemoração ao aniversá-rio da Acib, realizado no dia 5 de novembro, no Teatro Carlos Gomes.

Estão incluídos no acordo softwares líderes de mer-cado, como o Windows XP Pro, Windows Small Busi-ness Server e o pacote Office. Além do desconto exclu-sivo, os interessados também podem financiar a compra em 10 vezes sem juros e têm a possibilidade de ganhar treinamentos em alguns softwares. Para mais informa-ções entre em contato com a KeepIT pelo telefone (47) 3336-0200.

SOFTWARES MAIS BARATOS PARA ASSOCIADOS

ACIB é NOTÍCIA

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SOFTWARES CONTEMPLADOS: Win SBS Std 2003 R2 Sngl OLP NL 5 Clt

Win SBS Prem 2003 R2 Sngl OLP NL 5 Clt

Win SBS CAL 2003 Sngl OLP 5 NL Device CAL

Windows Svr Std Sngl Lic/SA Pack OLP NL

Windows Server CAL Sngl Lic/SA Pack OLP NL Device CAL

Windows XP Professional XP Brazilian OLP NL Get Genui-ne

Office 2007 Sngl OLP NL

Office Professional Plus 2007 Sngl OLP NL

Office Small Business 2007 Sngl OLP NL

As 19 entidades que fazem parte da organiza-ção da campanha Blumenau Sem Pirataria foram homenageadas na noite do dia 29 de outubro, durante a pré-estréia nacional do filme Valente (The Brave One), realizada no Cine 1 do Shop-ping Neumarkt. O vice-presidente da Acib, Carlos Tavares D’Amaral, o secretário de Estado do De-senvolvimento Regional, Paulo França, o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Bahls de Almeida, e o delegado regional de Policia Civil, Rodrigo Marquetti, representaram o grupo na homenagem prestada em Blumenau.

O evento foi organizado pela Associação Anti-Pirataria Cinema e Música (APCM), Warner Bros., Motion Picture Association (MPA) e GNC Cinemas. O diretor da MPA na América Latina, Márcio Gonçalves, destacou a importância de uma campanha como a promovida em Blumenau para conscientizar a comunidade contra a Pirataria. O vice-presidente da Acib enfatizou o objetivo da campanha. “Os cofres públicos e a nossa saúde estão sendo prejudicados com a Pirataria. Temos que acabar com essa cultura”, disse Amaral.

Mais de cem pessoas prestigiaram o evento. Além da exibição do filme inédito, todos participa-ram de um coquetel servido antes da projeção.

BLUMENAU SEM PIRATARIA RECEBE HOMENAGEM EM PRÉ-ESTRÉIA

Homenageados falaram aos presentes na pré-estréia

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O diretor de Relações Institucionais da Acib e membro do Conselho Curador do Hospital Santo Antônio, Ronaldo Baum-garten Junior, voltou confiante da viagem que fez a Brasília, no dia 16 de outubro. Acompanhado do presidente do Conselho, Luis Carlos Schmidt de Carvalho, e do presidente da Acib, Ri-cardo Stodieck, ele foi recebido por deputados e senadores que formam a bancada catarinense no Congresso Nacional.

O grupo apresentou projetos que prevêem melhorias na infra-estrutura, aquisição de equipamentos e novas subvenções para manter a casa de saúde. Os deputados e senadores ma-nifestaram total apoio aos projetos e devem garantir emendas individuais no Orçamento de 2008 para beneficiar o Hospital Santo Antônio. Segundo o diretor da Acib, “esses projetos são de vital importância para o bom funcionamento do Hospital”.

A Acib participa ativamente da administração do Hospital Santo Antônio. Além do diretor Ronaldo Baumgarten Jr., o Conselho Curador também conta com a participação do diretor para Assuntos da Saúde da Acib, Dr. Mauro Kreibich.

CONSELHO DO SANTO ANTôNIO CONSEGUE APOIO DA BANCADA CATARINENSE

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Representantes do Núcleo de Comércio Exte-rior da Acib se reuniram no dia 23 de outubro com representantes do Núcleo de Comércio Exterior da Associação Empresarial de Brusque e da Câmara Se-torial do Porto, ligada à Associação Empresarial de Itajaí. Na reunião, realizada no Terminal de Contêi-neres do Vale do Itajaí (Teconvi), eles conversaram sobre a possibilidade de criar um Conselho Estadual de Comércio Exterior.

Segundo o coordenador do Núcleo da Acib, Carlos Silveira, os problemas enfrentados na área são comuns a todos os municípios. “Com o con-selho, teremos a oportunidade de unificar ações, ganhar força e reduzir gastos”, destaca. Um docu-mento com a proposta de criação do conselho será entregue ao presidente da Federação das Associa-ções Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Luiz Carlos Furtado Neves.

Se aprovado, o grupo pretende começar os trabalhos no início de 2008, com uma reunião de planejamento. Além dos representantes das asso-ciações de Blumenau, Brusque e Itajaí, o conselho pode contar com representantes de Jaraguá do Sul, Joinville e São Bento do Sul.

NúCLEOS DE COMÉRCIO EXTERIOR QUEREM CONSELHO ESTADUAL

Reunião foi realizada no Teconvi, em Itajaí

NúCLEO DA ACIB RECEBERá PRESIDENTE DA ABESE

A presidente nacional da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Ele-trônicos de Segurança (Abese), Selma Migliori, vem a Blumenau para participar de uma reunião com os empresários que fazem parte do Núcleo de Segurança Ele-trônica da Acib. O encontro está marcado para o dia 27 de novembro na sede da Associação Empresarial de Blumenau.

Selma vem conhecer o trabalho do grupo e expor um pouco do trabalho re-alizado na Abese, entidade com sede em São Paulo. A Associação foi fundada em 1995 e tem como principal objetivo o for-talecimento do setor através da defesa dos direitos e interesses comuns e a realização de cursos e eventos diferenciados.

Ronaldo Baumgarten Jr.

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A advogada, escritora e ge-rontóloga, Rosane Magaly Martins, e a assistente social, educadora ambiental e gerontóloga, Sulei-ca Iara Hagen, vão abordar uma nova maneira de analisar o enve-lhecimento a partir de um olhar científico na palestra “Ame Suas Rugas”, que está sendo promo-vida pela Câmara da Mulher Em-

presária da Acib. As especialistas vão falar sobre as mudanças de paradigmas do envelhecimento, ações governamentais e de responsabilidade social e as perspectivas para o cenário mundial.

A palestra está marcada para o dia 26 de novembro, às 19h, na sede da Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center). Os ingressos estão sendo vendidos na Acib. Associados pagam R$ 5,00. Para os não associados o investimento é de R$ 10,00. Para mais in-formações ou reservas, ligue para (47) 3326-1230 e fale com Carla ou Daniela. Se preferir, mande uma mensagem para o e-mail [email protected]. As vagas são limitadas.

AME SUAS RUGAS

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O Núcleo de Responsabilidade Social da Acib está promovendo um evento para intensificar a troca de idéias e experiências entre os integrantes do grupo e os demais associados da Acib. Trata-se do Café de Idéias, que terá a presença da presidente da Dudalina, Sônia Regina Hess de Souza, e do presidente da Unimed Blumenau, Jauro Soares. Os convidados vão falar sobre o Pacto Global.

O evento vai ser realizado no dia 28 de novembro (quar-ta-feira), às 8h, na sede da Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center). Os interessa-dos serão recebidos com um café da manhã. Às 8h30min o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, fará a abertura para, na seqüência, passar a palavra aos convidados.

Se você tem interesse em participar do Café de Idéias, deve confirmar presença até o dia 23 de novembro atra-vés do e-mail [email protected] ou pelo telefone (47) 3326-1230, com Marilda ou Daniela. O evento é gratuito e as vagas, limitadas.

PRESIDENTES DA DUDALINA E UNIMED NO CAFÉ DE IDÉIAS

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A Acib Jovem, núcleo de jovens empreendedores da Associação Empresarial de Blumenau, já está trabalhando na organização de mais um Feirão do Imposto. Na manhã do dia 24 de novembro, em frente à escadaria da Cate-dral São Paulo Apóstolo, haverá exposição de produtos que fazem parte do dia-a-dia da população, com desta-que para a quantidade de impostos embutidos no preço final de cada item.

A idéia é conscientizar a população sobre o quanto se paga de impostos quando compra alimentos, produtos de limpeza, equipamentos eletrônicos e outros produtos. Hoje, a carga tributária no Brasil chega, em média, a 40% do Produto Interno Bruto (PIB). O Feirão do Imposto será realizado simultaneamente em todas as cidades do Estado que possuem núcleos de jovens empreendedores nas suas associações empresariais.

ACIB JOVEM PROMOVE FEIRãO DO IMPOSTO

O Núcleo de Escolas Particulares de Educação infantil da Acib está for-mando mais uma turma para a formação pedagógica direcionada para pro-fissionais da educação infantil. O tema “Planejar Pra Quê?” vai nortear os trabalhos comandados pela professora Valéria Cristina Coelho.

O evento será realizado na sede da Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º an-dar – Neumarkt Trade & Financial Center), no dia 24 de novembro, das 8h às 13h30min. O investimento para escolas associados à Acib e para alunos do Instituto Catarinense de Pós-Graduação (ICPG) é de R$ 15,00. Para os demais, o investimento é de R$ 25,00.

A primeira turma participou da formação pedagógica no início de outu-bro. Cerca de 90 profissionais aproveitaram a oportunidade de capacitação. Para mais informações e inscrições ligue para (47) 3326-1230 e fale com Alexandra ou Daniela. Se preferir, envie um e-mail para [email protected].

FORMAçãO PEDAGóGICA PARA EDUCAçãO INFANTIL TEM 2ª TURMA

NOVOS ASSOCIADOS Altendorf do Brasil Ind. e Com. de Maq. Ltda. Bar Donna D Ltda. ME Dental Tedesco Com. Material Odontológico

Getal - GTA Gestão Ambiental Ltda. Procecon Assessoria Empresarial Ltda. RGL Informática e Assistência Técnica Ltda.

Valor Gestão de Resíduos Ltda. Via Paraíso Malhas Ltda. Zilli Engenharia Elétrica S/S Ltda.

OUTUBRO / 2007

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NOVEMBRO/DEZEMBRO

25º ENCONTRO ECONÔMICO BRASIL-ALEMANHATema: Inovação tecnológica: uma cooperação para a competitividade internacional.Quando: de 18 a 20 de novembroOnde: Parque Vila Germânica (Rua Alberto Stein, 199)Informações: www.brasilalemanha2007.comPromoção: Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Bundesver-band der Deutschen Industrie (BDI).

SIMPÓSIO BRASIL-ALEMANHAQuando: 18 de novembro, às 14hOnde: Teatro Carlos Gomes (Rua XV de Novembro, 1181)Inscrições e informações: www.sejubra.org.br ou [email protected]ção: Sociedade de Estudos Jurídicos Brasil-Alemanha (Sejubra)

2º FÓRUM SOBRE ESGOTO SANITÁRIO BACIA DO ITAJAí- Debate sobre o maço regulatório do saneamento, lei federal nº 11.445. - Apresentação de cases de projetos alternativos de saneamento: pós-tratamento de esgoto sanitário através de zona de raízes, tanques sép-ticos em loteamentos, gestão compartilhada de saneamento ambiental e o projeto da Prefeitura de Indaial - Painel sobre ações de saneamento em Blumenau - Samae, Vigilância Sanitária, Secretaria de Planejamento Urbano, Faema.Quando: 22 de novembro, às 8hOnde: Senai Blumenau (Rua São Paulo, 1147)Investimento: gratuitoInscrições: [email protected] ou (47) 3326-1230 com Marilda ou DanielaPromoção: Núcleo de Gestão Ambiental da Acib

CICLO DE DEBATES: AGENTES QUíMICOSParticipação do coordenador do Serviço de Medicina e Segurança do Trabalho da Univali, engenheiro Francisco José Serran, e do coordena-dor de Segurança da Rigesa, Daniel Lemos.Quando: 22 de novembro, às 14hOnde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Fi-nancial Center)Investimento: R$ 5,00 (associados Acib) e R$ 10,00 (não associa-dos)Inscrições: [email protected] ou (47) 3326-1230 com Marilda ou DanielaPromoção: Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional da Acib

PALESTRA MOTIVACIONAL: TURISMOMinistrante: Félix Theiss, consultorQuando: 22 de novembro, às 19hOnde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Fi-nancial Center)Inscrição gratuita pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (47) 3326-1230 com Carla ou Daniela. Vagas limitadas!Promoção: Núcleo de Turismo Receptivo da Acib

FORMAÇÃO PEDAGÓGICA PARA PROFISSIONAIS DE EDU-CAÇÃO INFANTILMinistrante: professora Valéria Cristina Coelho.Quando: 24 de novembro, às 8hOnde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Fi-

nancial Center)Investimento: R$ 15,00 (associados Acib e alunos do ICPG) e R$ 25,00 (não associados)Inscrições: [email protected] ou (47) 3326-1230 com Alexandra ou DanielaPromoção: Núcleo de Escolas Particulares de Educação Infantil

FEIRÃO DO IMPOSTOExposição de produtos que fazem parte do dia-a-dia do blumenauense com destaque para a quantidade de imposto embutida no preço final.Quando: 24 de novembro, das 9h às 14hOnde: em frente à escadaria da Catedral São Paulo Apóstolo (Rua XV de Novembro)Informações: (47) 3326-1230 com CarlaPromoção: Acib Jovem – Jovens Empreendedores de Blumenau

PALESTRA: AME SUAS RUGASMinistrantes: Rosane Magaly Martins e Suleica Iara Hagen.O projeto Ame Suas Rugas propõe um olhar científico sobre o enve-lhecimento e aborda:- mudanças de paradigmas sobre o envelhecimento;- ações governamentais e ações de responsabilidade social;- cenário mundial (perspectivas).Quando: 26 de novembro, às 19hOnde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Fi-nancial Center)Investimento: R$ 5,00 (sócios Acib) e R$ 10,00 (não-sócios)Inscrições: [email protected] ou (47) 3326-1230 com Carla ou Da-nielaPromoção: Câmara da Mulher Empresária da Acib

JANTAR COMEMORATIVO AO DIA DO PROFISSIONAL DE SEGURANÇA NO TRABALHOHomenagem a três personalidades que participaram da entrega de uma ambulância doada pela Acib ao Corpo de Bombeiros de Blumenau em 1987.Quando: 27 de novembro, às 19h30minOnde: A.D.R. Sulfabril (Rua Itajaí, 1047)Investimento: R$ 15,00Informações: (47) 3326-1230 com MarildaPromoção: Núcleo de Segurança no Trabalho e Saúde Ocupacional da Acib

CAFÉ DE IDÉIASParticipação da presidente da Dudalina, Sônia Hess de Souza, e do pre-sidente da Unimed Blumenau, Dr. Jauro Soares.Quando: 28 de novembro, às 8hOnde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Fi-nancial Center)Informações: (47) 3326-1230Promoção: Núcleo de Responsabilidade Social da Acib

FESTA DE FIM DE ANO DA ACIBJantar de confraternização entre diretores, colaboradores, associados e parceiros da Associação Empresarial de BlumenauQuando: 3 de dezembro, às 20hOnde: Park Blumenau Restaurante (Rua Alberto Stein, 250)Venda antecipada de convitesInformações: (47) 3326-1230

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MEMÓRIA

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Foi a partir de 1880 que Blume-nau iniciou seu processo de indus-trialização, com o surgimento da pri-meira fábrica que quebrava o ciclo de manufatura diretamente ligado ao setor primário. O pioneiro desta guinada foi o tecelão Hermann He-ring. Ele se estabeleceu na então co-lônia em 1879, vindo da Alemanha, onde tinha uma pequena tecelagem em sociedade com o irmão Bruno. Trouxe algum capital, inicialmente investido na manufatura de charutos e, posteriormente, numa casa de co-mércio. Em 1880, o empreendedor comprou um tear circular manual e uma caixa de fios, iniciando as ati-vidades da indústria, novamente em parceria com o irmão. A mão-de-obra, exclusivamente familiar, foi aplicada na fabricação de meias. Em 1882, a Hering era a única fábrica de tecidos de malha do Brasil e estava instalada na Rua XV de Novembro.

Em 1881, a associação de Johann Kars-ten, Heinrich Hadlich e Gustav Roeder fez surgir a segunda empresa têxtil da cidade, a Karsten & Hadlich. Tudo começou com

a compra de seis teares e uma máquina de fiação, numa sociedade que durou cinco anos. em 1886, Karsten assumiu as cotas dos outros dois fundadores e passou a di-rigir a fábrica sozinho.

Paralelamente a essas iniciativas, insta-lou-se tardiamente no município a indús-tria tipográfica. A imprensa em Blumenau surgiu somente após 31 anos de existên-cia da colônia. Principalmente porque Dr. Blumenau pretendia evitar a divulgação de notícias e opiniões contrárias ao império brasileiro. O Blumenauer Zeitung surgiu em 1881, editado por Hermann Baum-garten. Em 1883, apareceu o Immigrant, iniciativa do tipógrafo Bernhard Scheide-mantel, que já produzia rótulos para em-balagens desde 1864. Dez anos depois, esse jornal foi adquirido pela comunidade pastoral. Sua redação foi deixada a cargo do pastor Hermann Faulhaber, que batizou o periódico de Der Urwaldsbote (O Men-sageiro da Floresta). Todos eram redigidos em alemão.

Gustav Roeder, que havia sido um dos fundadores da Karsten, deixou a socieda-de e criou, em 1883, outra indústria têxtil no bairro Garcia. Ele trouxe da Alema-nha quatro teares e uma caldeira a vapor,

montando uma tecelagem e tinturaria. Três anos mais tarde, já estava instalando mais dez teares, resultado da prosperidade do negócio, que produzia tecidos de lã e al-godão. Eram os primórdios da Companhia Industrial Garcia.

Dando ainda mais dinamismo ao pro-cesso de diversificação da economia local, K. Ernst Auerbach criou, em 1886, uma indústria metalúrgica, embrião da atual Electro-Aço Altona.

O nascimento de indústrias indepen-dentes da atividade primária não impedia o florescimento de diversas outras iniciati-vas fabris tradicionais, como os curtumes, os moinhos e as cervejarias. A indústria de curtume teve sua origem em 1880, com a firma fundada por Oswald Otte. Em segui-da, surgiram outras iniciativas de empreen-dimentos, como os de Walter Thomsen, dos irmãos Huscher e o Curtume Sander.

(continua na próxima edição)

* Trecho do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publica-do em comemoração ao centenário da Acib, no ano de 2001.

Funcionários da Companhia Industrial Garcia, em frente à fábrica

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O SURGIMENTO DA

indÚstria (1880-1900)parte III

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