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Uma história blumenauense Nascido em 1976, o grupo Blubel conta com quatro lojas em Blumenau. A Blubel Esportes venceu o Prêmio Conceito Varejista em seu segmento LEGISLAÇÃO: QUAIS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS NA HORA DE TERCEIRIZAR José Aloncio da Silva é um entusiasta da economia de Blumenau, tanto que preferiu abrir as filiais do grupo na cidade e busca vender produtos locais Ano 3 nº 22 FEVEREIRO 2009 R$ 8,90

Empresário | Acib - CDL - Intersindical - Sindilojas - Ed. 22

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Uma história blumenauenseNascido em 1976, o grupo Blubel conta com quatro lojas em Blumenau. A Blubel Esportes venceu o Prêmio Conceito Varejista em seu segmento

LEGISLAÇÃO: QUAIS OS CUIDADOS NECESSÁRIOS NA HORA DE TERCEIRIZAR

José Aloncio da Silva é um entusiasta da

economia de Blumenau, tanto que preferiu abrir

as filiais do grupo na cidade e busca vender

produtos locais

Ano 3 nº 22FEVEREIRO2009R$ 8,90

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EDITORIAL

Depois da tragédia de novembro de 2008, todos tivemos que rever nossas expectativas e metas para o crescimento e para o futuro em geral. Atender as famílias atingidas passou a ser a prioridade máxima no município. Todos sentiram uma angústia muito grande por aqueles que perderam seu patrimônio de forma tão violenta.

O comércio que representamos foi solidário por toda Santa Catarina e com grandes demonstrações de união pelo Brasil. Assim, como em outros segmentos e outras comunidades, o comércio se empenhou em também demonstrar atenção com Santa Catarina e em especial Blumenau.

Aqui nós sabemos que a situação foi extremamente grave, totalmente diferente do que aconteceu com Blumenau no passado. Sentimos que tanto a cidade quanto o coração de todos ficaram feridos pelo que aconteceu. Nós do comércio temos a agilidade e, mais do que isso, a obrigação de motivar para que toda esta engrenagem permaneça em movimento. É urgente dar teto, manter empregos, viabilizar a vida que precisa seguir.

E na união de entidades, empresários e governos – municipal, estadual e federal – reforçamos o nosso Natal, trouxemos eventos e muita, muita solidariedade para que aquela data importante fosse menos triste. Temos certeza que, na medida do possível, nós conseguimos. Acreditamos que estamos reconstruindo, estamos refazendo a cidade desde o primeiro momento. E vamos continuar a erguer, a ser a cidade alegre e feliz que sempre se apresentou no cenário nacional e internacional. Graças à ajuda de todos e pela qualidade desta nossa gente que faz de Santa Catarina um grande Estado.

Marcelino CamposPresidente da CDL

ReconstRuindo Blumenau

Daniel Z

imerm

ann

Natal Alles Blau foi uma das ações resultantes da parceria entre as entidades empresariais e o Poder Público

RECUPERAÇÃODO PORTODE ITAJAÍAntonio Ayres dos Santos Jr. fala sobre os investimentos no segundo maior porto do País

06TERCEIRIZARSERVIÇOS EXIGE CUIDADOS

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Baher: uma históriaque começou a nascer ainda na infância

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SUMÁRIO

EDITOR EXECUTIVOSidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/SC) - [email protected] Wilke - 01227 JP (MTb/SC) - [email protected] ASSISTENTEGisele Scopel - 02807 JP (MTb/SC) - [email protected]ÓRTERESAna Paula Lauth, Elis Facchini, e Kakau Santos (Fotografias); Cristiane Soethe Zimmermann e Juliana Pfau (Institucional)EDITOR DE ARTEGuilherme Faust Moreira - [email protected] DE CAPAKakau SantosGERENTE COMERCIALCleomar Debarba - 47 3035.5500 - [email protected] EXECUTIVONiclas Mund - [email protected] EDITORIALLuiz Mund - 0189 JP (MTb/SC) - [email protected]

Empresa se destacana produção e comérciode máquinas

Especialistas orientamsobre as medidas necessáriasna hora de contratar

Gilberto Viegas

Divulgação

Kakau Santos

10 R$ 450 milhões para projetos tecnológicos

20 Os recursos para reconstruir Blumenau

22 Núcleo Setorial de Gestão Ambiental

24 Estado perde Antônio Edmundo Pacheco

25 CEV investe na qualificação do comércio

28 Artigo

30 Acib é notícia

34 CDL é notícia

36 Sindilojas é notícia

38 Memória

Sucesso comercialCom quatro lojas em Blumenau, a Blubel é referência na cidade quando se fala em magazine e loja de material esportivo

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Conselho Editorial

Acib: Ricardo Stodieck, Cristiane Soethe Zimmermann, Charles Schwanke, Avelino Lombardi e Rubens Olbrisch CDL:Marcelino Campos, José Geraldo Pfau, Paulo César Lopes e Jorge Luiz Caresia Sindilojas:Alexandre Ranieri Peters, Márcio Rodrigues, Marco Aurélio Hirt e Juliana Pfau Mundi EditoraLuiz Mund, Sidnei dos Santos e Cleomar Debarba

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andarCEP: 89010-205Blumenau – SC47 3326.1230www.acib.net

Alameda Rio Branco, 165CEP: 89010-300Blumenau - SC47 3221-5735 www.cdlblumenau.com.br

Alameda Rio Branco, 165CEP: 89010-300Blumenau-SC 47 3221 5750 www.sindilojasblumenau.com.br

Kakau Santos

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Natural de Itajaí, engenheiro civil formado pela Universidade Fe-deral do Paraná e pós-graduado em Engenharia Financeira pela Uni-vali. Participou do curso de Gestão Portuária realizado em Gênova, na Itália, em 2002, e também investiu no curso de Desenvolvimento de Dirigentes na Fundação Don Cabral/Fritz Müller. Entre outras fun-ções, já ocupou o cargo de superintendente do Porto de Itajaí, em 2004, e voltou ao cargo em 1º de janeiro de 2009. Nesta entrevista, ele fala sobre a recuperação do terminal portuário e da implicação dos estragos causados em novembro na economia da região.

ENTREVISTA COM O SUPERINTENDENTE DO PORTO DE ITAJAÍ, ANTONIO AyRES DOS SANTOS JR.

ANTONIO AyRES DOS santos JR.

Gilberto V

iegas

Revista Empresário: Como está a situação atual do Porto de Itajaí, comparando à situação de antes da enchente?

Antonio Ayres dos Santos Jr: O Porto de Itajaí tinha quatro berços de atracação e perdeu dois deles. Um ain-da não está operacional porque tem um volume de dragagem a ser reali-zado, que é o berço 1 do Terminal de Contêineres do Vale do Itajaí (Tecon-vi). O berço 4, que não sofreu com as enchentes, está operando. Ele está atracando navios com uma restrição de calado, porque o porto foi assoreado. Antes, ele tinha 10 metros e agora está com restrição para 8,4 metros. Duas dragas já estão trabalhando em tempo integral e nós esperamos que no início de março esse nível alcance o calado anterior às enchentes. Com 9,5 me-tros, o porto tem condições de atender 60% da frota que atracava em Itajaí. Em janeiro do ano passado, acontece-ram 90 atracações. Em 2009, no mes-mo período, este número passou para 47. Antes, os navios carregavam mais; agora, além de ter menos atracações, tem menos carga. Então, nós tivemos a metade de atracações, mas isso nos resultou em apenas 20% da capaci-dade de movimentação de carga. Por consequência, o faturamento em ja-neiro ficou em torno de 30% do que foi em outubro do ano passado. Isso é um problema sério, porque nós temos os custos operacionais que são fixos e temos que administrar esse infortúnio das enchentes que levou a essa dificul-dade de operação. Toda a economia sofre, pois, se o porto não opera, os transportes não são feitos, os retropor-tuários não alugam os terminais, os ar-mazéns não armazenam, toda a cadeia fica prejudicada, de Itajaí e da região.

RE: Qual a programação para a recuperação do Porto de Itajaí?

Antonio Ayres: Os projetos de en-genharia de dragagem e recuperação de berços e da reconstrução foram fei-tos pelo porto de uma maneira muito ágil e competente. Tudo aconteceu em 24 de novembro e no dia 17 de de-zembro já existia uma ordem de serviço para começar a dragar. Projeto de en-genharia, licitação e dinheiro, que era o mais importante, o governo federal colocou. O governo federal também foi muito ágil em buscar recursos com a medida provisória, alocando para a recuperação do Porto de Itajaí R$ 350 milhões para a recuperação dos canais, da bacia de evolução e dos berços que caíram. Isso permitiu que se começasse a fazer a obra de dragagem em 1º de janeiro. Para a recuperação dos berços, também foi feita uma licitação no dia 22 de dezembro, pelo governo fede-ral, mas os preços estavam superiores ao previsto. Então, o ministro cancelou a licitação porque os preços não aten-diam aos preços básicos apresentados, que eram da ordem de R$ 300 milhões. Em janeiro, foi aberta a nova proposta, com mais empresas convidadas e che-garam a um valor de aproximadamen-te R$ 200 milhões. Em 15 dias, uma economia de R$ 100 milhões, que é bastante significativa.

RE: Em quanto tempo o porto deve voltar à normalidade?

Antonio Ayres: O contrato de dra-gagem vence em 15 de março. Então, esperamos que isso se adiante e no fi-nal de fevereiro a gente tenha o porto em condições de profundidade de ca-lado idêntica a que nós tínhamos antes da enchente. Mas a reconstrução dos berços deve levar, após a ordem de ser-

viço, de seis a oito meses. Mas isso não quer dizer que o porto fique prejudica-do, porque tem dois berços que estão operando, o berço novo, o 1, e o ber-ço 4. Então, nós tínhamos três berços operando e vamos passar a trabalhar com dois berços, mas com capacidade operacional maior. Eram três berços e dois equipamentos de terra, aqueles guindastes que colocam os contêineres nos navios. Nos próximos 45 dias nós vamos passar a ter dois berços, mas cinco equipamentos de terra. A produ-tividade deve ser equivalente mesmo com a deficiência de um berço.

RE: Aproveitando as obras de re-cuperação, há algum plano de mo-dernização?

Antonio Ayres: Toda crise gera uma oportunidade e isso está acon-tecendo no porto. Berços, que foram construídos em 1945 e 1946, com uma capacidade de suporte muito peque-na, não tinha equipamentos grandes internos, nem os navios grandes ca-lavam. Os berços dessa época estava construído sobre estacas de 14 metros e quando deu a enchente cavou um poço de 22 metros. Os novos berços serão feitos com condições técnicas melhores para ter condições de colocar equipamentos de terra mais potentes e serão adequados para fazer o porto mais profundo para navios maiores. A bacia de evolução também será mais adequada e o pátio também já prepa-rado para contêineres. Com essa situ-ação de crise, o Porto de Itajaí estará, no final do ano, com condições muito melhores do que estava antes, sob to-dos os aspectos: calado, equipamento de terra, espaço de pátio, iluminação, informática e lógica. Estará muito mais adequado e eficiente.

Antes, os navios carregavam mais; agora, além de ter menos atracações, tem menos carga. Tivemos a metade de atracações, mas isso nos resultou em apenas 20% da capacidade de movimentação de carga

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“CRISE GERA OPORTUNIDADE E ISSO ESTÁ ACONTECENDO NO PORTO DE ITAJAÍ”

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Itajaí movimentava 4,5 mil contêineres de congelados no mês e,com os estragos causados pelas chuvas de novembro, este

volume teve que ser deslocado para outros portos

RE: Que setores da economia são afetados pela baixa capacidade atual do porto?

Antonio Ayres: Todos os setores de logística, principalmente os produ-tores que usavam o Porto de Itajaí com custo operacional mais barato pela questão das distâncias e da operação. A cadeia inclui o exportador, o impor-tador, toda a retroárea de Itajaí, que são os armazéns, os pátios de contêi-neres, os transportadores. A mão-de-obra de Itajaí – os trabalhadores por-tuários avulsos, o pessoal dos antigos sindicatos, hoje gerenciados pelo Ór-gão Gestor de Mão-de-Obra Portuária (OGMO) – em novembro teve uma fo-lha de pagamento de R$ 4,5 milhões. Em dezembro, receberam R$ 600 mil. Esse dinheiro deixou de movimentar a economia de Itajaí. E o trabalhador portuário de Itajaí estava muito bem remunerado, eles ganham pelo serviço que prestam, não tendo serviço, não ganham nada. Não é como um traba-lhador vinculado a qualquer empresa, que mesmo a empresa não tendo tra-balhado, ele tem o seu salário. Se não tem navio, não tem renda. Também tem o problema dos exportadores, que

tiveram que mudar toda a sua logística, porque já tinham contêineres estabele-cidos para exportar por Itajaí e tiveram que levar para outros portos. Isso tem um custo adicional incrível em todas as categorias. Itajaí movimentava 4,5 mil contêineres de congelados no mês e isso teve que ser deslocado.

RE: Por onde estão saindo e en-trando as mercadorias que não po-dem passar por Itajaí?

Antonio Ayres: Por São Francisco, com dificuldades ainda, Paranaguá e Santos. Mas isso não é como mudar um táxi. Com uma rota de navio é pre-ciso ter uma reprogramação grande. Além disso, é preciso considerar que o Porto de Itajaí era o segundo porto em movimento de contêineres do Brasil, só tinha menos volume que Santos. Não é possível imaginar transferir esse vo-lume para os portos vizinhos, eles não têm estrutura para isso. Esses portos estão sofrendo porque não conseguem dar conta, não têm cais para atracar, ar-mazém e espaço. Os portos brasileiros, principalmente na nossa região, estão trabalhando com sua taxa de ocupação acima do normal, ou do racional. O

Porto de São Francisco vai atender den-tro das possibilidades, porque já tem clientes regulares e não pode preterir um cliente tradicional para abrir espaço para um que está eventualmente numa situação de emergência.

RE: O Porto de Navegantes inter-fere de alguma forma na movimen-tação do Porto de Itajaí?

Antonio Ayres: O Porto de Itajaí é a autoridade portuária do comple-xo portuário de Itajaí. O terminal de Navegantes está inserido no Porto de Itajaí e não é um concorrente dele, mas agrega um serviço a ele. Se há um concorrente, é o Teconvi, que é um terminal arrendado na margem direita do Rio Itajaí-Açu, ele é um concorrente do terminal Portonave na margem es-querda do Porto de Itajaí. Nós, como autoridade portuária, somos como um síndico de um grande shopping center de serviços. O síndico tem que cuidar da circulação, da iluminação, da segu-rança e não quer saber se a loja A con-corre com a loja B, ele quer que as duas tenham bons resultados, porque com o faturamento que elas vão ter, o shop-ping terá um melhor resultado. É essa a visão que nós temos. A superintendên-cia do Porto de Itajaí tem uma visão de todo o complexo portuário da cidade, para que seja feita a promoção desse complexo como uma atividade portuá-ria única. Outro exemplo que eu sem-pre cito é que ninguém ouve falar do Porto de Guarujá, que é o outro lado do Porto de Santos. O maior terminal de contêineres do Brasil do Porto de Santos fica no município de Guarujá, mas ninguém fala. Isso é bom, porque dá representatividade para o porto, tem mais recursos, os armadores inter-nacionais têm referência de que aquele porto tem um conjunto de atividades portuárias adequadas para receber de um lado ou de outro, tem opções. So-bre esse aspecto, nós queremos tam-bém fortalecer o complexo portuário de Itajaí e não é uma missão da atual gestão, isso é da lei, a autoridade por-tuária que responde pelo complexo de Itajaí, que tem margem direita e es-querda. Então, o Porto de Navegantes só veio fortalecer o Porto de Itajaí.

Porto de Itajaí opera com capacidade reduzida desde novembro

Divulgação

ENTREVISTA COM O SUPERINTENDENTE DO PORTO DE ITAJAÍ, ANTONIO AyRES DOS SANTOS JR.

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RE: Qual a relação da balança co-mercial do Porto de Itajaí?

Antonio Ayres: Tradicionalmen-te, o Porto de Itajaí tinha uma balan-ça bastante desigual. Eram mais de 90% de exportação contra 5% a 10% de importação. No ano passado, isso mudou, a importação aumentou e as últimas estatísticas de 2008, antes da enchente, estava equivalente. A média do ano deu 38 de importação e 62 de exportação, mas, tradicionalmente, o Porto de Itajaí, nos últimos 10 anos, é muito mais exportador do que impor-tador. Essa mudança se deve às condi-ções do mercado internacional e, prin-cipalmente, aos incentivos fiscais que o governo estadual deu para as empresas catarinenses que importavam por por-tos catarinenses, com redução sensível do ICMS, que passavam de 17% para 5% e algumas outras vantagens. Isso fez com que muitos optassem por fazer a importação por Itajaí.

RE: Que tipos de mercadoria mais passam pelo Porto de Itajaí?

Antonio Ayres: O nosso carro-chefe são os congelados, mas também tem móveis, madeira, metal-mecânica e importa muitos produtos químicos – vem muito polietileno da Argentina, produtos dos Estados Unidos e da Ale-manha –, insumos para indústria quí-mica, peças para montadoras, mas em tonelagem. Da China vem muita coi-sa de R$ 1,99, eletroeletrônicos, mas quantitativamente não é representati-vo em razão dos outros produtos.

RE: Quem administra o Porto de Itajaí?

Antonio Ayres: Constitucional-mente, todos os portos brasileiros são do governo federal. Em certa época, foi feito um convênio de delegações, mas os imóveis do porto ainda eram do governo federal. Porém, a gestão por-tuária, a parte de gerenciamento do porto, que antes era feita pelo governo federal, foi delegada para o Município de Itajaí. Nós temos a atribuição, por delegação do governo federal, de fazer todo o gerenciamento do porto, co-brar as tarifas e fazer os investimentos necessários. Nós não podemos ven-der nada do porto, podemos somente comprar e agregar ao patrimônio por-tuário. Para vendermos qualquer bem ou demolirmos qualquer espaço, temos que pedir autorização ao governo fe-deral. O porto comprou muitas áreas nesses últimos anos que passaram a ser agregadas ao seu patrimônio.

O Porto de Itajaí é o segundo do País em movimentação de

contêineres, atrás apenas do Porto de Santos

RE: Qual a vantagem de o muni-cípio administrar o porto?

Antonio Ayres: A municipalização trouxe a Itajaí uma participação mui-to mais direta, presente e próxima. Na época em que houve um processo de descentralização do governo federal, a comunidade de Itajaí trabalhou para que naquela oportunidade, em que o porto estava perdendo toda as sua ca-pacidade operacional, passasse ao Mu-nicípio. Isso foi passado primeiro em 1995 e firmado em 1997. Para se ter idéia, em 1999, o Porto de Itajaí era o sétimo em movimentação de contêine-res no Brasil, o Porto de São Francisco era o quinto. Em 2006, com a adminis-tração municipal, Itajaí passou a ser o segundo nesse quesito e São Francisco foi para nono lugar. Podem dizer que o Porto de Itajaí cresceu porque a econo-mia de Santa Catarina também cresceu, mas então o Porto de São Francisco de-veria ter crescido proporcionalmente. Com essa nova administração, as co-branças passaram a ser mais presentes e os administradores locais queriam mostrar desempenho e as respostas vinham mais rápido, começando a fa-zer uma gestão mais competente que resultou em atitudes do governo, os portuários, usuários, exportadores e operadores, em Itajaí, com esse crité-rio, passaram a trabalhar de maneira muito forte em termos de comunidade portuária. Muitos fazem críticas de que há interferência política local, mas, no caso de Itajaí, isso conseguiu ser su-perado pelo desempenho do porto. O Porto de Itajaí é um case portuário úni-co, porque é um porto restrito, dentro da cidade, que com 740 metros de cais conseguiu ser o segundo movimenta-dor de contêineres do Brasil, enquanto

o Porto de Santos tem 16 quilômetros de berço e Paranaguá tem 14 berços, nós temos três. E nossa área primária de espaço está presa dentro da cidade.

RE: Quantas pessoas trabalham dentro do porto?

Antonio Ayres: Na superintendên-cia do Porto de Itajaí, que cuida dos acessos, da sinalização, da segurança, são 160 funcionários. Desses, 97 são guardas portuários – é responsabilida-de do porto fazer a guarda das mer-cadorias e das instalações. O Teconvi, que é um terminal portuário arren-dado dentro do porto, tem de 400 a 500 colaboradores. No terminal de Navegantes, a mesma coisa. Os tra-balhadores portuários avulsos chegam a 800 pessoas. Se considerarmos as empresas prestadoras de serviços, en-tre despachantes, agentes, armadores, que estão lá instalados, uma empresa de navios tem 140 funcionários só para fazer o agenciamento e a logística dos seus navios. A Perdigão tem 500 traba-lhadores ligados à logística em função do porto. O porto agrega mão-de-obra não necessariamente vinculada ao terminal, mas se não tiver o porto, não tem essa mão-de-obra. Podemos contabilizar 5 mil empregos diretos. Se cada um desses empregos gera mais cinco empregos indiretos de comércio e serviços, são 25 mil profissionais ati-vos que vivem em torno do porto de Itajaí, sem contar a família. De uma população total de 160 mil pessoas, mas que a população economicamente ativa gira em torno de 40 mil, isso re-flete o número que nós temos de que 70% da atividade econômica da cidade vivem em função do porto, direta ou indiretamente.

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Em janeiro deste ano, a Financia-dora de Estudos e Projetos (Finep), instituição vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, lançou o edital de Subvenção Econômica à Inovação, que irá disponibilizar R$ 450 milhões para o desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores. Os projetos devem estar ligados a seis áreas específicas: Tecnologias da In-formação e Comunicação; Biotec-nologia; Saúde; Defesa Nacional e Segurança Pública; Energia e Desen-volvimento Social.

A liberação do fundo visa fomentar o desenvolvimento de pesquisas aplicadas em empresas brasileiras de qualquer porte em setores que o País mais precisa avan-çar. Neste edital, a Finep liberará a verba diretamente para a empresa, para que ela administre de acordo com o cronograma apresentado na parte inicial do processo

e também preste contas do andamento. Para aqueles que precisarem de algum tipo de ajuda em relação ao processo ou em consultoria tecnológica, o Serviço Na-cional de Aprendizagem Industrial (Senai) está à disposição dos interessados.

Segundo o coordenador de Consulto-ria Tecnológica do Senai no Vale do Itajaí, Hugo Ernesto Klein Filho, de 15 clientes em potencial da instituição, pelo menos dois têm condições de participar do edi-tal da Finep. Os demais aproveitam outros editais ou ainda passam a fazer parte de um banco de projetos. De acordo com o diretor do Senai/Blumenau, Jacir Luiz Lenzi, a entidade tem a missão de elevar a competitividade do setor industrial, desenvolvendo competências por meio da educação profissional e serviços técnicos e tecnológicos; por isso oferece auxílio na parte operacional das indústrias.

O valor do recurso solicitado depen-derá do porte de cada empresa. O valor

mínimo da proposta para micro e peque-nas empresas é de R$ 500 mil e de R$ 1 milhão para médias e grandes, até o máxi-mo de R$ 10 milhões. Os projetos deta-lhados devem ser entregues até o dia 6 de março e obedecer ao tempo de execução de 36 meses. Os recursos do auxílio são não-reembolsáveis, o que significa que a empresa não precisa devolver o dinheiro investido.

O edital também exige que as empre-sas de médio e grande porte indiquem um profissional responsável pelo projeto que ocupe um cargo apropriado para a gestão da inovação dentro da empresa concor-rente.

Contrapartida

As empresas aceitas no edital deverão ainda apresentar uma contrapartida aos recursos da Finep, investindo no projeto um percentual do que for cedido pela financiadora. O valor estipulado é de 5% para microempresas, 20 % para as peque-nas, 100% para médias e de 200% para as grandes. Essa compensação poderá ser financiada através de programas de crédito da Finep.

A contrapartida não é necessariamen-te em dinheiro. Será considerada a compra de equipamentos, softwares, máquinas, contratação de profissionais ou aquisição de qualquer tipo de insumo destinado ao desenvolvimento do projeto.

A responsável pelo setor de Captação de Recursos do Senai/Blumenau, Arleide Rosa da Silva, explica que para o projeto ser aceito é preciso ser inovador. Como nem sempre é possível reinventar a roda, o perfil das propostas é de inovação in-cremental, que aprimora procedimentos já existentes. A idéia também deve ser pas-sível de comercialização, economicamente viável, ter aceitação no mercado e, princi-palmente, contribuir para a sociedade.

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FINEP TEM R$ 450 MILHõES

TECNOLOGIA

Kakau Santos

MAIS INFORMAÇõES

Senai (47) 3321-9652

[email protected]

Hugo Klein, Jacir Luiz Lenzi e Arleide Rosa da Silva orientam os interessados no edital

em incentivos

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A Blubel Esportes foi a mais lembrada em seu segmento pelos consumidorese venceu o Prêmio Conceito Varejista

Fotos Kakau Santos

REPORTAGEM DE CAPA

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UMA HISTÓRIA DE paixão poR Blumenau

Uma história marcada pelo em-preendedorismo e pela visão das opor-tunidades que o mercado oferece. Assim, a Blubel (de Blumenau Belo) fixou suas raízes na cidade. Quan-do abriu a primeira loja, em 1976, a Blubel Magazine buscava atender um público bastante variado, oferecendo confecção, calçados, cama, mesa, ba-nho, tapetes e cortinas. Com o tempo, o espaço já não era suficiente e, em 2001, mudou-se para um local três ve-zes maior, com aproximadamente 1,2 mil metros quadrados em dois pisos.

Vinte anos após a inauguração, diante de um mercado carente, em que a própria Rua XV de Novembro passava por momen-

tos difíceis, sem instalações de novas lojas, a Blubel decidiu expandir a empresa, inaugu-rando a filial no Bairro da Velha. A empresa verificou junto ao seu cadastro que grande parte dos clientes era do Bairro da Velha e, por ser o mais populoso da cidade, em abril de 1996, abriu sua primeira filial.

Logo no ano seguinte nasce a Blubel Calçados. Mais uma vez detectada a ca-rência do mercado e até mesmo pela in-teração com representantes comerciais, que reclamavam da falta de uma loja de calçados mais diversificada, que atendesse um público mais exigente, a empresa não deixou passar a oportunidade e adquiriu as instalações de uma loja já existente em frente à Igreja Matriz. Alguns anos mais tarde, uma nova avaliação mostrou que a

economia havia tomado força e outras lojas do mesmo ramo estabeleceram-se ao lon-go da Rua XV. Para não perder o mercado e estar um passo adiante da concorrência, a loja passou a ter um perfil de magazine, como as duas anteriores, oferecendo um mix de produtos, além dos calçados.

A rede ficou ainda maior quando, em 2000, foi inaugurada a Blubel Esportes, que em 2008 recebeu o troféu Conceito Vare-jista como a loja de esportes mais lembrada pelos blumenauenses. Com o intuito de suprir a demanda de artigos esportivos, a loja ficava ao lado da Blubel Calçados, mas era pequena e logo teve que ser transferida para um local mais amplo na Rua XV de Novembro, trazendo novidades em diver-sas modalidades esportivas.

Ações quese destacam

Como estratégia para se destacar das demais lojas, desde 2005 a Blubel passou a atender tam-bém nos sábados à tarde, até às 17h, com uma oferta especial ou condição de pagamento diferen-ciado, o que significou um incremento nas vendas em torno de 50% do movimento em compara-ção aos sábados pela manhã. Para os sócios José Aloncio da Silva, administrador, e Renata Valtraud Scheffelmeier, que responde pelo departamento de compras das três magazines, a idéia é criar um hábito para que haja um fluxo maior de pessoas, tanto de blumenauenses, quanto de turistas.

Outra idéia adaptada é o Cartão Fidelidade, que começou a ser usado em setembro de 2006. Um atrativo a mais para o consumidor: ele acumula pontos que podem ser utilizados como dinheiro em uma compra à vista ou entrada no pagamento a prazo.

Para manter a qualidade de seus produtos e atender às expectativas dos clientes, Aloncio, diz que a empresa exige de seus fornecedores uma orientação sobre os produtos, além da origem, tipo de material, tudo para conhecer amplamente o que está sendo oferecido. “Tentamos aliar ino-vação e produtos diferenciados, sem abrir mão da qualidade e do bom preço”, afirma o administra-dor.

Conseguir oferecer um bom preço ao con-sumidor também depende de boa negociação na hora de comprar. Por isso, os trâmites se dão sem-pre com muita antecedência e direto com o fabri-cante. As datas comemorativas, como Natal, Dia das Mães, Páscoa, Dia das Crianças e até a volta às aulas também são muito bem aproveitadas e utili-zam um apelo maior que surte bons resultados.

O proprietário preferiu manter as filiais na ci-dade. A empresa chega a importar cerca de 5% de suas mercadorias, o que talvez diminua com a variação do dólar, mas procura valorizar o merca-do interno na maioria das vezes. Segundo Aloncio, a intenção é concentrar a compra de artigos de cama, mesa e banho de produtores de Blumenau – uma forma de fomentar a economia local e as indústrias da cidade, que têm reconhecimento na-cional e internacional. Alguns itens, como cortinas e edredons, são de fabricação própria.

A empresa também promove campanhas em favor do meio ambiente. Em 2008, durante 30 dias, colocou lixeiras de coleta seletiva em frente às lo-jas e os funcionários, uniformizados, distribuíram bolsas ecológicas, feitas com 50% de garrafas PET recicladas, para lembrar da importância de cuidar do meio ambiente.

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José Aloncio da Silva administra o grupo iniciado em 1976

Renata Valtraud Scheffelmeier responde pelas compras das três magazines

Razão social e data de fundação:

Crisbili Com. Confecções Ltda. (abril de 1996)

Bela Blu Com. de Confec. e Calçados Ltda (março de 1997)

Blu Esportes Ltda (fevereiro de 2000)

Blu Com. de Confecções Ltda (junho de 2001)

Ramo de atividade: Magazine e venda de artigos esportivos

Colaboradores diretos: 100

Colaboradores indiretos: 150

PERFIL

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REPORTAGEM DE CAPA

Na primeira edição do Prêmio Con-ceito Varejista, promovido pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato do Comércio Varejista de Blumenau (Sin-dilojas), que premiou os melhores estabe-lecimentos comerciais de Blumenau, em 2008, segundo uma pesquisa realizada

pelo Instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da Furb, a Blubel Esportes foi lembrada como a melhor loja de artigos esportivos da cidade. Aloncio relata que a notícia foi muito agradável. “Ficamos surpresos por-que foi uma idéia inovadora que nos mo-tiva a trabalhar com qualidade no serviço

e oferecer o melhor”. O administrador ressalta a gratidão por quem optou pela Blubel Esportes na pesquisa e pelo quadro de funcionários. “O preço é nivelado no Brasil todo, mas o que destaca é o bom atendimento. Nós queremos encantar o cliente, realizar sonhos”, diz Aloncio.

Escolha blumenauense

Fotos: Kakau Santos

Aloncio (D) e parte da equipe da Blubel Esportes: vencedores do Prêmio Conceito Varejista

A terceirização surgiu nos Es-tados Unidos, antes da 2ª Guerra Mundial, e consolidou-se a partir da década de 1950. No Brasil, foi instituída pelas multinacionais de automóveis. Este tipo de servi-ço não diminui o número de em-pregos, ao contrário, a criação de novas empresas estimula cada vez mais a necessidade de mão-de-obra especializada e melhor remunerada. Com a terceirização, as empresa podem se concentrar integralmente na atividade-fim, aquela que consta no contrato so-cial.

O coordenador do Núcleo de Se-gurança Privada, Asseio e Conservação da Acib e diretor do Grupo Segura, que trabalha nas áreas de limpeza e se-gurança, Avelino Lombardi Júnior, afir-ma que a terceirização de um serviço deve agregar valor ao cliente. “A vanta-gem da terceirização é a especialização da empresa contratada, que permite que o contratante mantenha o foco do trabalho nas competências principais, o que certamente vai aumentar a sua produtividade e gerar melhores resul-tados”, garante.

Lombardi, que também é diretor estadual da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, alerta para alguns cuidados que a empresa que terceiriza serviços deve tomar para evi-tar riscos ao negócio. Ele aponta que o tomador – aquele que contrata o serviço – quando tem intenção de ter-ceirizar não pode pensar em redução de custos ou jogar a responsabilidade na outra empresa. “Um dos cuidados a serem tomados é solicitar para a em-presa que desenvolva um planejamento do trabalho que irá realizar. O proje-to dará o respaldo de que tudo sairá corretamente e apresentará detalhes na visão do especialista”, afirma. Ele observa que o planejamento, alocação de recursos, acompanhamento e entre-ga do serviço prestado são etapas mais importantes do que a simples contrata-ção de pessoas.

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teRceiRização

LEGISLAÇÃO

Lombardi (D) ressalta a importância de buscar informações sobre a prestadora de serviço

Kakau Santos

EXIGE CUIDADOS JURÍDICOS

Antes de contratar o serviço de terceirização, Lombardi reco-menda ao tomador realizar uma criteriosa avaliação. Devem ser observados aspectos como: estrutura adequada para atendimento, equipamentos em bom estado de conservação, suporte ao funcio-nário que está no posto de serviço e conhecimentos técnicos sobre a atividade exercida. Ainda é necessário pesquisar a idoneidade, os clientes da empresa, as leis que regem o segmento, quais as qualificações dos profissionais e que documentação exigir no ato da contratação.

Outra recomendação é inserir no contrato com a empresa prestadora de serviços cláusulas punitivas a serem aplicadas em caso de descumprimento do previsto pelo acordo. Levantar in-formações junto a instituições e órgãos oficiais, como sindicatos patronais e profissionais, Polícia Federal e Procon ajuda no esclare-cimento das principais dúvidas.

Mesmo depois de contratar o serviço, o tomador deverá fis-calizar a mão-de-obra oferecida pelas empresas. Lombardi afirma que uma das maneiras de garantir que o contrato seja cumprido é exigir a nota fiscal dos serviços antes do pagamento, cópia dos contracheques de cada trabalhador locado, monitorar a guia de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) individualizada para cada contrato específico. “Quem contrata também deve reter e recolher, mensalmente, o INSS. Não se pode ser omisso à Lei, nem às questões trabalhistas”, afirma.

O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contá-beis (Sescon), Leomir Antônio Minozzo, reforça a importância da fiscalização ao lembrar que caso o tomador seja conivente com irregularidades, como sonegação de impostos ou fraudes sociais e trabalhistas, será denunciado como co-responsável nos respectivos processos movidos contra as empresas que fornecem o serviço. Essa co-responsabilidade pode assumir a forma jurídica de respon-sabilidade solidária ou subsidiária. A primeira se refere à quitação de dívidas por sonegação previdenciária ou trabalhista tanto pela prestadora, quanto pelo tomador do serviço.

Outro aspecto que dará segurança à tomadora de serviço é solicitar negativas da empresa prestadora junto ao INSS, Caixa Econômica Federal e Junta de Conciliação e Julgamento para che-car se não há ação trabalhista em andamento. “Deverá solicitar e manter em seu poder cópia da ficha de registro dos empregados terceirizados que estão ou que venham a prestar serviços para fins de fiscalização do Ministério do Trabalho, bem como solicitar cópia dos atestados de saúde ocupacional (ASO) admissional e periódi-co”, alerta. Minozzo explica que, desta forma, há como provar que os empregados que prestam serviços estão registrados por outra empresa.

A assinatura da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), o pagamento dos salários e as demais verbas a que o funcionário tem direito, bem como a aplicação de punições, ficam sempre a cargo da prestadora. Porém, quando as obrigações trabalhistas forem descumpridas, o tomador assume a forma de responsável subsidiário. Ao contrário da responsabilidade solidária, que permite a execução de qualquer uma das empresas envolvidas, na respon-sabilidade subsidiária sempre existe dois devedores diferentes: um

Segurança na contratação

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Minozzo lembra que o contratante pode ser punido

principal – no caso quem oferece a mão-de-obra –, que deve ser cobrada primeiro; e outro subsidiário – a empresa tomadora –, que só pagará em caso de inadimplência da primeira. “É importante que a empresa que presta serviço tenha referências e seja idônea. Além de ser necessário fazer um bom contrato de prestação de serviço”, observa Minozzo. Ele também ressalta ser proibida a existência de pessoalidade e subordinação do funcionário terceirizado com o to-mador de serviço.

Mesmo no caso de estarem com todos os documentos em dia, cabe ao tomador do serviço verificar se as normas de segurança estão sendo acatadas pelos empregados terceirizados, o que inclui o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).

Kakau Santos

De acordo com o chefe do setor de Inspeção do Trabalho da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Blumenau, Júlio César Rhenns, o assun-to terceirização é bastante polêmico, pois não tem uma legislação específica. Até que haja uma lei que regulamente a terceirização, o órgão segue, por ex-ceção, a orientação da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, que de-cidiu que não há vínculo empregatício entre os empregados terceirizados e a contratante apenas nos serviços de conservação e limpeza, de vigilância e os trabalhadores que exerçam serviço especializado na atividade-meio da em-presa.

Ao inspecionar uma empresa, a Auditoria Fiscal do Trabalho verifica a regularidade e legalidade da contra-tação dos serviços prestados. Rhenns relata que a auditoria segue os prin-cípios que norteiam a Justiça Laboral, dentre eles o princípio da Primazia da Realidade. “Verificamos os fatos e não apenas documentos formais que algumas vezes procuram disfarçar a relação empregatícia. É procedimen-to normal identificar-se ao emprega-dor e adentrar na empresa, entre-vistando os empregados no local do trabalho e analisando os documentos sujeitos a inspeção do trabalho”.

Constatada a terceirização de serviços, o fiscal irá verificar se tudo está sendo pago corretamente. Em caso de ilegalidade, será exigido o registro do empregado na empresa tomadora do serviço, que pode ser autuada por ter o empregado sem registro, conforme Artigo 41 da CLT, concedendo-se prazo de 10 dias para defesa.

Os serviços temporários também são uma forma de terceirização, que devem ter o contrato de 90 dias, po-dendo ser renovado por mais 90 dias em situações de demanda extraordi-nária, gestação ou acidente. Porém, na prática, o que a Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Blumenau tem encontrado em número consi-derável, são empresas que se fazem valer desse tipo de contratação o ano inteiro.

Ministério do Trabalho fiscaliza terceirização

O qUE INVESTIGAR ANTES DE CONTRATAR SERVIÇO TERCEIRIZADO

quem são os clientes desta empresa

quem é o responsável técnico pela administração e pela operação

qual a qualificação destes profissionais

Onde fica a sede da empresa

quais leis regem o seu segmento e o que estas leis determinam

qual a documentação a ser exigida no ato da contratação e mensalmente

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LEGISLAÇÃO

Para definir o que é atividade-fim ou ati-vidade-meio verifica-se o contrato social da empresa, onde consta a atividade principal, que sempre será atividade-fim e não poderá ser terceirizada. Por exemplo, uma empresa de informática que desenvolve software não pode terceirizar as atividades dos profissionais que trabalham em tais projetos; um comércio não pode terceirizar vendedores. Cada em-presa tem uma situação peculiar e sua ativida-de econômica é analisada individualmente, se-guindo-se a regra geral da não-terceirização.

O chefe da Gerência Regional do Traba-lho e Emprego de Blumenau aponta que ou-tra forma de terceirização adotada por algu-mas empresas é a exigência que empregados

constituam empresas (pessoas jurídicas) para prestar serviços, onde geralmente o capital social é distribuído de forma ínfima entre eles, caracterizando-se fraude. É a chamada “pejotização”. A contratação de serviços atra-vés de pessoa jurídica é licita, desde que nas condições já elencadas, e sem subordinação jurídica.

“Em todos os casos de terceirização com subordinação jurídica (artigo 3º da CLT), a Auditoria Fiscal do Trabalho procurará regu-larizar a situação, sendo sempre a empresa tomadora dos serviços passível de autuação, com prazo de 10 dias para defesa e encami-nhamento de relatório da ação fiscal ao Minis-tério Público do Trabalho”, esclarece Rhenns.

Atividade-fim e atividade-meio

Banco de imagens

Serviços de limpeza estão entre os que podem ser terceirizados pelas empresas

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UNIÃO E ESTADO EXPLICAM tRâmite dos RecuRsos

RECUPERAÇÃO

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Deixar a cidade novamente boni-ta e alegre em tempo recorde é um desafio a ser enfrentado por vários municípios de Santa Catarina. Para que as obras de recuperação sejam viabilizadas, os esforços estão se con-centrando na captação de verbas dos governos federal e estadual. Segundo a senadora catarinense Ideli Salvatti, na medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que liberou R$ 1,6 bilhão para San-ta Catarina e outras regiões atingi-das pelas chuvas no ano passado, os recursos ficaram estabelecidos por área, por ministérios. Dessa forma, o repasse de verbas deverá aconte-cer conforme forem apresentados os projetos de cada setor.

O valor destinado ao Porto de Itajaí não irá direto para o porto, mas sim para a Secretaria Especial de Portos e, assim como na questão das rodovias, que é o caso da BR-470, BR-280 e BR-282, o re-curso também ficou sob a responsabilida-de do Departamento Nacional de Infraes-

trutura de Transportes (DNIT). Parte do dinheiro também foi destina-

da à Defesa Civil durante todo o traba-lho da aeronáutica, marinha e exército no período de emergência e socorro às víti-mas. “Esse dinheiro já foi gasto em todo o deslocamento de pessoal, equipamentos, aeronave, então esse também não virá”, afirma a senadora.

Ideli explica que o que vem para San-ta Catarina é o recurso do Ministério da Integração e do Ministério da Saúde. No Ministério da Saúde são R$ 100 milhões que já foram depositados na conta do go-verno do Estado para que a Secretaria da Saúde efetue as reconstruções e reformas, compra de equipamentos perdidos dos hospitais e postos de saúde. A senadora aponta que é preciso cobrar do governo do Estado a planilha de aplicação desses recursos, pois nenhum recurso na área de saúde será destinado diretamente à prefei-tura de Blumenau.

O mesmo irá acontecer no Ministério da Integração. “Nós já tivemos algo em torno de R$ 100 milhões, daqueles mais de R$ 300 milhões que foram deposita-

dos”, diz a senadora. Ela ressalta que exis-te a ordem bancária da primeira semana, logo em seguida à enxurrada, em R$ 40 milhões que foram depositados de imedia-to, sem qualquer documento, para dar o socorro aos desabrigado. Posteriormente,

Recuperação de estragos causados pelas chuvas depende dos recursos repassados pela União ao governo do Estado

Senadora Ideli Salvati

Kakau SantosD

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ann

Hora de definir o cronogramaDe acordo com o secretário de Desen-

volvimento Regional, Paulo França, o plano de recuperação da cidade está sendo analisa-do pelo Ministério da Integração. Dos R$ 360 milhões liberados pela medida provisória do governo Federal, R$ 120 milhões vêm para o apoio de obras preventivas do desastre.

Em Blumenau, o secretário aponta que o relatório das necessidades calculadas até agora são da ordem de R$ 680 milhões e apenas R$ 160 milhões estão previstos para a cidade após a avaliação do plano de trabalho pelo Ministério da Integração. “O andamento vai depender dos recursos repassados para a cidade”, afirma. França destaca que após o período de emergência, a saída será buscar os recursos normais do município, Estado e União nos processos regulares de captação de verbas. Secretário Paulo França

outro depósito, que aí ultrapassou a casa dos R$ 100 milhões, depositados no final do ano. “O convênio da reconstrução do Ministério da Integração foi feito com o governo do Estado, então nenhum tostão virá direto para a prefeitura”, reforça.

A senadora alerta que agora é funda-mental o monitoramento junto ao gover-no do Estado para que ele faça a explana-ção e apresentação dos recursos, que só podem ser liberados mediante planos de trabalhos. Portanto, tudo precisa ficar bem claro e especificado onde vai ser aplicado.

A senadora também enfatiza que houve um atraso na liberação dos recur-sos, pois o governo do Estado alterou os planos de trabalho entregues após as en-chentes e os problemas ocorridos no sul de Santa Catarina. O socorro para aquela região foi incluído na verba dos R$ 360 milhões da medida provisória. “Nosso li-mite de verbas será de R$ 360 milhões, não vamos ter mais do que isso”, finaliza a senadora Ideli Salvati

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Com o intuito de ressaltar a im-portância do meio ambiente e da redução do impacto causado na na-tureza pelas atividades produtivas, o Núcleo de Gestão Ambiental nasceu dentro da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) em novembro de 2002. Hoje, o grupo reúne empresas que mantêm programas de gestão ambiental, consultores especializa-dos na implantação desse tipo de projeto e representantes do Poder Público.

A idéia de formar o núcleo surgiu a partir de um curso de Gerenciamento Am-biental, realizado pelo Instituto de Pesqui-sas Ambientais (IPA) da Furb. O interesse em comum dos participantes teve grande apoio da professora e coordenadora Bea-te Frank e, no final do curso, o empresário Hans Prayon sugeriu a criação do núcleo para que as informações pudessem ser di-vididas com outras empresas.

A coordenadora do Núcleo de Ges-tão Ambiental, Rosângela Maria Müller, conta que, no início, as empresas tinham maior dificuldade e protelavam a imple-mentação de ações na área. Hoje, cada

vez mais as empresas precisam buscar certificações para se adequar à legislação. Foram as empresas de grande porte que deram o primeiro passo para se encaixar às normas mundiais de meio ambiente e, desde então, o movimento tem ganhado mais força.

Segundo Rosângela, para fazer parte do núcleo basta vontade de mudar, ter es-pírito empreendedor e acreditar no asso-ciativismo. Empresas que não fazem parte do grupo também podem receber infor-mações sobre assuntos ligados à gestão ambiental. “Todos temos que gerenciar nossos resíduos, em casa ou na empresa. Dentro de uma empresa, se bem geren-ciado, pode gerar lucros ou transformar em insumos para outra empresa, resultan-do em lucro”, aponta a coordenadora.

As ações do Núcleo de Gestão Am-biental começam com uma primeira reu-nião em que são identificadas as principais dúvidas dos integrantes e em seguida ava-liam-se quais profissionais serão indicados para prestar esclarecimentos. O trabalho desenvolvido é voltado para as neces-sidades das empresas e também do seu entorno. Questões como tratamento de efluentes, esgoto, entre outras são discuti-das, além da explanação sobre novidades vistas em feiras para soluções no trata-mento de resíduos.

Em 2008, o núcleo participou da Ifat, maior feira de meio ambiente do mundo, que acontece a cada dois anos na Alema-nha e traz as tecnologias atuais em gestão ambiental. O núcleo também promove palestras e debates de interesse de todas as esferas, trazendo empresas de outras cidades para mostrar novidades como o tratamento para lâmpadas fluorescentes, ou ainda incentiva iniciativas locais como a utilização de óleo de cozinha na produção de biocombustíveis.

Para Rosângela, que também é repre-sentante da Acib no Conselho Municipal do Meio Ambiente, além da importância de cuidar da natureza e dos reflexos des-sas ações, é preciso gerenciar cada canto de uma empresa. O resultado disso está

na melhora dos relacionamentos de todos que trabalham, da família que está em casa e que acaba recebendo informações ade-quadas. “Gerir as condições de vida, tam-bém das pessoas do entorno representa uma empresa sólida e economicamente saudável. Quando todas as pessoas fazem a coisa certa dentro do próprio ambiente, fecha-se uma corrente. É uma teia muito grande e quando mexe de um lado é pos-sível sentir do outro”, afirma.

Em 17 de setembro de 2007, o Nú-cleo de Gestão Ambiental da Acib re-cebeu o Troféu Saturnino de Brito de Saneamento, outorgado pelo Samae. A premiação foi em reconhecimento ao permanente trabalho de mobilização das empresas blumenauenses, através da gestão e ações em favor do saneamento ambiental, em especial o Aterro Sanitá-rio Industrial e as estações de tratamen-to de efluentes, que operam em mais de 200 unidades industriais do Município.

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EM BUSCA DA SUSTENTABILIDADE do planeta

NúCLEOS SETORIAIS

Kakau Santos

INTEGRANTES

Duna Serviços Industrial Ltda IPA/Furb Momento Engenharia Ambiental Sul Fabril Teka Umwelt Assessoria Ambiental Cremer Coteminas Senai Luminárias Blumenau Karsten Cia. Hering JGG Pneus Baumgarten Tecnosan Faema Comitê do Itajaí Carlos Musfeldt (Professor) Polícia Militar Ambiental Inst. Parque das Nascentes (Ipan) Vigilância Sanitária

Rosângela Maria Müller

Faleceu no dia 2 de fevereiro, no Hospi-tal de Caridade, em Florianópolis, o presi-dente da Federação do Comércio da Santa Catarina (Fecomércio), Antônio Edmundo Pacheco. O velório e o enterro ocorreram em Blumenau, cidade natal do empresário.

Antônio Edmundo Pacheco tinha 76 anos e fazia tratamento contra leucemia, diagnosticada em 2007. Deixou esposa, um filho e um neto.

Há dez anos Pacheco estava à frente da Feco-mércio, do Conselho Regional do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Era também vice-presidente do Sindicato do Comércio Vare-jista de Blumenau e secretário da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Tu-rismo.

Na Fecomércio atuou na implementação de projetos expressivos para o Sesc e Senac, além de atuar junto aos sindicatos em benefício do empresário do comércio de bens, serviços e tu-rismo, contribuindo para o desenvolvimento e defesa dos interesses destas categorias em Santa Catarina.

Através de ações para a promoção da saúde, do meio ambiente, da responsabilidade social, da educação, da cultura e da qualificação profissional, jovens e adultos foram alfabetizados, crianças e idosos foram cuidados e milhares de profissionais foram qualificados para o mercado de trabalho. Sempre a favor da ética, do crescimento sustentá-vel e do trabalho, Antônio Edmundo Pacheco foi um exemplo de liderança empresarial.

Personalidade marcante pelo seu comando ativo, o empresário contribuiu incansavelmente para o desenvolvimento do setor e a defesa dos interesses das categorias do comércio de bens, serviços e turismo.

Antônio Edmundo Pacheco iniciou sua vida profissional como faturista da Drogaria e Farmácia Catarinense, onde, entre a década de 50 e 70, foi chefe de departamento pessoal, caixa geral, subgerente e gerente. Em 1970 ocupou o cargo de gerente de vendas na Companhia de Fundos Santa Cruz, onde permaneceu até 1973. Neste mesmo ano, até 1992, assumiu a diretoria da Uni-versal Veículos, também em Blumenau. Desde janeiro de 1993 era sócio-gerente do Comércio e Representações A. E. P. Ltda.

Pacheco foi capa da edição 15 da revista Em-presário. Na entrevista ele mostrou sua preocu-pação com a qualificação da mão-de-obra do co-mércio varejista, segundo ele, fundamental para as empresas conquistarem e manterem os clientes.

HOMENAGEM

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ESTADO PERDE antônio pacheco

DEPOIMENTOS

Blumenau e o Estado de Santa Catarina perdem uma grande liderança empresarial, um homem do bem, sentiremos sua falta

Ricardo Stodieck, presidente da Acib

A perda de Antônio Edmundo Pachedo é, para o nosso comércio, um momento muito difícil. Deixamos de ter no cargo mais importante do movimento patronal varejista um grande

representante, profissional e sempre muito competente

Marcelino Campos, Presidente da CDL

Um líder se foi. É, sem dúvida, irreparável a falta que irá fazer Antônio Edmundo Pacheco na presidência da

Fecomécio de Santa Catarina. Lamentamos profundamente a perda deste grande amigo

Alexandre Ranieri Peters, Presidente do Sindilojas

Divulgação

Criado em 2001, dentro da Câ-mara de Dirigentes Lojistas (CDL), o Centro Educacional Varejista (CEV) teve, em 2008, 1.358 pessoas treinadas. A alternativa surgiu da necessidade dos lojistas que per-cebiam a escassez de mão-de-obra qualificada e viram no CEV uma op-ção tanto para desenvolver cursos, palestras, workshops, assim como para fazer uma seleção mais apri-morada na hora da contratação.

Em sete anos de atuação, mais de 6 mil pessoas já passaram pelos cursos do CEV. Dentre os mais procurados estão o de Aperfeiçoamento em Vendas, Aten-dimento e Recepção e o de Análise de Crédito, que tem o auxílio do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

O CEV funciona como uma ferra-menta de aprimoramento constante, pois está sempre atento às principais tendências e mudanças do setor vare-jista. Uma equipe interna com formação nas áreas de pedagogia empresarial, psi-copedagogia, psicologia e educadores especialistas em varejo aperfeiçoa os conteúdos anualmente e está sempre aberta a sugestões. Além dos cursos básicos, O CEV oferece cursos in com-pany, que são moldados às necessidades específicas dos lojistas, podendo ser realizados na própria empresa ou nas instalações da Casa do Comércio. Se a dificuldade está em localizar o problema, o CEV também está à disposição para ajudar a detectar os pontos a serem tra-balhados.

Segundo o diretor de aperfeiçoa-mento profissional do CEV, Udo Luiz Altenburg, a procura pelos cursos tem sido bastante grande, visto o número de formados em 2008. Ele ressalta que o Centro atende tanto colaboradores de empresas associadas ao CDL, como não associadas e pessoas físicas que queiram entrar no mercado de trabalho.

Altenburg ainda destaca que em avaliação feita pelos próprios alunos, os cursos foram considerados de alta efici-

ência, observando itens como material, conteúdo, instalações, didática dos pro-fessores, entre outros.

Referência

O CEV tornou-se referência em treinamento para o varejo e tem sido procurado inclusive por outras CDLs que buscam a capacitação de colabora-dores. “O aluno tem que sair preparado para atender às necessidades dos lojistas e capacitado para o bom atendimento ao cliente”, afirma Altenburg.

Com a característica de serem au-tossustentáveis, pois não visam lucro, mas apenas os valores gastos com ma-terial, os cursos do CEV são em média de 15% a 20% mais baratos que outros similares.

qUALIFICAÇÃO

CURSOS DO CEV FOCAM A qualidade de seRviços

CALENDÁRIO CEV

De 2 a 6 de março – O Poder da Comunicação PersuasivaComo vender idéias, produtos e serviços de maneira convincente e utilizar a voz, o olhar e a expressão corporal.

De 9 a 11 de março – Atendimento e Recepção a ClientesObjetiva orientar o participante na qualidade total do atendimento, caracterizando o cliente em 12 tipos. De 16 a 19 de março – Vitrinismo e Comunicação Visual

Preparar os participantes no desenvolvimento de vitrines, aplicando o senso criativo e lógico, buscando o aumento nas vendas, através da comunicação visual. Dias 23, 24 e 26 de março – Arte de Vender Mais e Melhor

Objetiva desenvolver novas competências no vendedor, promovendo o autoconheci-mento e desenvolvendo o potencial para vender mais e melhor. Dias 31 de março, 3, 6 e 8 de abril - Análise de Crédito

Preparar o participante para realizar com segurança vendas no crediário e aceite de cheques, mediante uso de técnicas e ferramentas disponíveis no mercado.

Local: Casa do Comércio - Alameda Rio Branco, 165 - Centro Horário: 19h às 22h Mais informações: (47) 3221-5724 / 3221-5715

Udo Luiz Altenburg

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Kakau Santos

UMA PAIXÃO DEinfância

CASE EMPRESARIAL

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Quando criança, a lambreta do pai cha-mava a atenção do fundador da Baher Indus-trial, Adilson Baher. Ele conta que, desde pe-queno, consertava as bicicletas dos amigos. Os primeiros empregos foram na área de oficina mecânica, até que, em 1984, fundou a Adilson Motos, oficina e loja de peças, na Rua 2 de Setembro. Este era o início do que se tornaria mais tarde uma empresa fabricante de máquinas e equipamentos para os mais variados segmentos de mercado.

Em 1987, o empreendimento iniciou a fabricação de peças para motos e, em 1993, começou a fabricar peças para terceiros e a trabalhar com automação industrial. Nessa época a empresa já contavam com algumas parcerias. A partir de 1997, a Baher iniciou a produção de equipamentos próprios, para soluções em corte e ergonomia, que hoje é o negócio exclu-sivo da empresa. A produção das peças agora é na maioria terceirizada. “O interesse por novas oportu-nidades me fez buscar constantemente a mudança e o aperfeiçoamento dos negócios”, enfatiza.

Diretor executivo da empresa, Adilson Baher destaca que a permanente adequação da estrutu-ra, aquisição de máquinas, ampliação das instalações, competente equipe técnica e administrativa promo-veram as condições necessárias para consolidar a Baher Industrial, que está no mercado há 25 anos.

Na fase atual, a Baher Industrial conta com uma vasta linha de equipamentos fabricados com tec-nologia própria, gerando soluções em automação de processos industriais. Disponibiliza no mercado máquinas de corte automático de tiras, estação tira manchas, lasers de marcação, dispositivo de cortar frisos, serra fita para corte de tecidos enfestados, má-quinas de limpar passante e formas de bolso.

Dentro da linha de ergonomia, a Baher foi pio-neira no Brasil na utilização da tecnologia de regu-lagem elétrica de altura das estações de trabalho e fabrica produz soluções que atendem as normas er-gonômicas (NR17). Entre elas, se destacam estações de trabalho ergonômicas nas linhas industrial e para escritório, cadeiras ergonômicas, suporte articulado para monitores LCD, estação de trabalho ergonômi-ca para salas de controle e call center.

Todos os equipamentos são desenvolvidos por especialistas dentro da fábrica, o que permite o de-senvolvimento de produtos personalizados, princi-palmente na linha de ergonomia. Nessa área, a em-presa ainda conta com a parceria de um escritório de design do Rio de Janeiro para auxiliar em alguns projetos.

Kakau Santos

PERFIL

Fundação: 11 de janeiro de 1984Razão Social: Baher Indústria e Comércio de Máquinas Ltda.Empregos diretos: 40 funcionáriosMeta de faturamento anual: R$ 6 milhões

Investimento nos colaboradoresInstalada desde 1995 em um terreno

de 7,5 mil metros quadrados e área cons-truída de 1,5 mil metros quadrados, na Rua Franz Volles, Bairro Itoupava Central, a empresa está organizada nos departa-mentos comercial, administrativo, enge-nharia de produção, engenharia de de-senvolvimento, produção e montagem. Os colaboradores têm benefícios como seguro de vida, plano de saúde, Programa de Participação nos Resultados (PPR), re-feições balanceadas e subsidiadas (PAT) e cursos técnicos subsidiados em 50%. “A preocupação com o bem-estar do colaborador e visão de qualidade de vida são prioridades”, observa Baher.

A Baher Industrial tem cerca de 500 clientes cadastrados, entre pequenas, médias e grandes empresas. Atende o Brasil e exporta para diversos países. A

participação em feiras nacionais e inter-nacionais proporcionou a conquista des-tes mercados. “A essência do empresário é a caça às oportunidades”, afirma.

Para o empresário, a crise mundial é uma realidade que deve ser administrada de forma inteligente, para não atingir o empreendimento e ainda servir de incen-tivo e aprendizado. “Não discutimos cri-se na empresa, mas metas e crescimen-to”, afirma.

A empresa mantém, desde a funda-ção, uma política forte de investimentos e se atualiza continuamente. Para evoluir, Baher admite não ter limites na busca de qualidade e competitividade. “Sempre procurei não ter uma visão limitada. O mundo cabe na palma das mãos, basta você querer”, salienta o empresário Adil-son Baher.

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ARTIGO

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Parar para pensar, organizar as idéias, estabelecer prio-ridades e construir um caminho para o futuro desejado é a linha de ação de um planejamento estratégico. A escola do planejamento já demonstrou sua eficácia e avança a passos largos na elaboração de estratégias sólidas e inteligentes voltadas para a melhoria do desempenho das equipes que empreendem, assim como seus resultados.

Os planos estratégicos elaborados pelas entidades do co-

mércio varejista de Blumenau foram construídos dentro de uma proposta ampla e moderna para que as organizações empreendessem, com uma visão de futuro que contemplasse os cenários prospectivos possíveis, projetando instituições mais fortes e representativas no contexto local, regional e nacional.

Entendemos que a identificação, desenvolvimento e po-tencialização de talentos e habilidades dentro da organização, utilizando o coaching aplicado à diretoria e equipe executiva, elevaram a competência do grupo, supriram as diversas neces-sidades de ação dirigidas aos principais objetivos. No caso da CDL, o desafio está sendo fortalecer e atender aos interesses do comércio e comunidade, fornecendo informações, serviços de proteção ao crédito, seleção e educação profissional para estimular a competitividade e rentabilidade dos associados. O que se quer é ser uma entidade forte e influente na sociedade, com alta representatividade e referência nacional em produtos e serviços de interesse do comércio e da comunidade.

Já no Sindilojas, pelas suas características próprias, os prin-cipais objetivos são de promover a união e a solidariedade en-tre os lojistas associados, defendendo seus interesses e aspira-ções. Para isso, são necessárias boas assessorias na elaboração de acordos, aditivos e convenções coletivas de trabalho. Tam-bém realizar pesquisas e estudos técnicos sobre as atividades comerciais, discutir e divulgar problemas e assuntos técnicos, sociais e financeiros de âmbito regional ou nacional, sugerindo e propondo medidas que tragam soluções. Como sindicato, oferecer serviços como assessoria jurídica, orientação traba-lhista, informação contábil e fiscal. Assim, as entidades estão colhendo resultados.

Pela pesquisa de opinião junto aos associados e comuni-dade, como base de direção para a elaboração do plano, já se tem uma primeira visão do que temos e o que pretendemos. Ferramenta imprescindível como informação na elaboração de todas as estratégias. Já se tem, inclusive, um aumento da participação de associados nas diversas reuniões e eventos destinados à informação, formação, troca de experiências e envolvimento.

Está havendo também a participação mais ativa das equipes executivas e diretoria no processo de tomada de decisão, as-sim como maior envolvimento nas ações regionais de interesse dos associados e comunidade. Temos então a construção de um cronograma de ações executivas que norteia o investi-mento, posicionamento e controle dos recursos disponíveis

dirigidos à consecução de metas, de forma mais econômica e sustentável.

Assim, desenvolvemos na orientação pela consultoria uma linha de sinergia de um planejamento estratégico fundamental que está fazendo pensar, organizando as idéias, estabelecendo prioridades e construindo o futuro.

Cláudio PeixerConsultor da Magos Consultoria e Coaching

Kaka

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PLANEJAMENTO estRatégico

ACIB É NOTÍCIA

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Fotos Cristiane Soethe

ACIB DEFINE CALENDÁRIO PARA ELEIÇõES

Diretoria e Conselho da Acib discutem cronograma para o processo eleitoral

As eleições para a nova diretoria da Acib já têm data definida: dia 06 de abril. O presidente eleito, assim como o vice e os novos diretores, tomam posse no dia 27 do mesmo mês. O calendário que de-fine todo o processo eleitoral da entidade foi aprovado em reunião conjunta entre o Conselho Deliberativo e a Diretoria da Acib no dia 2 de fevereiro.

Os candidatos podem apresentar cha-pas de 17 de fevereiro até 3 de março para o conselho fiscal, conselho deliberativo e diretoria (presidente e vice). Apresenta-das as chapas, os candidatos a presidência apresentam novos nomes para compor o quadro de diretores.

CONSELHO DE NúCLEOS FAZ PRIMEIRA REUNIÃO DO ANO

Coordenadores de núcleos traçam diretrizes para 2009

Na primeira reunião de 2009, realizada no dia 10 de fevereiro, o Conselho de Núcleos da Acib recebeu o diretor Ronaldo Baumgar-ten, candidato à presidência da Acib, e o atual vice-presidente Carlos Tavares D’Amaral, que também faz parte da chapa, para apresentação do calendário eleitoral da entidade. Baumgarten tem como proposta manter a linha da atual diretoria, dando continuidade ao trabalho em favor do desenvolvimento do associativismo. “Um dos nossos objeti-vos é fortalecer cada vez mais a representatividade política da Acib”, apontou.

Além dessa questão, a reunião serviu para o Conselho de Nú-cleos traçar novas diretrizes em 2009. Algumas das decisões foram: mudança de horário de início das reuniões para as 8h; programação de uma visita à ACIJ (Associação Empresarial de Joinville), organização do evento de integração para julho deste ano; e a preparação de um questionário de avaliação sobre o trabalho do Conselho e dos núcle-os. A próxima reunião está marcada para o dia 12 de março.

LEI DO CHEqUEA utilização de cheques nos estabeleci-

mentos comerciais tem novas normas, deter-minadas pela Lei Estadual 14.649, assinada no dia 12 de janeiro pelo governador Luiz Henri-que da Silveira. Entre outras regras, a referida legislação determina que o estabelecimento comercial que aceitar cheques como forma de pagamento somente poderá abster-se de recebê-lo quando o titular da conta estiver com restrição perante o CDL, o SPC ou o SERASA, ou ainda quando o consumidor não for o titular da conta apresentada.

Para esclarecer essas novas regras, a assessoria jurídica da Facisc divulgou um pa-recer a respeito da lei. Segundo a advogada da Federação, Patrícia Baratieri Atherino, o objetivo da lei foi vedar a possibilidade dos

estabelecimentos comerciais exigirem tempo de abertura de conta corrente bancária para a aceitação de cheque, prática comum atual-mente no comércio. “Entretanto, não se está diante de uma obrigatoriedade na aceitação de cheque, como muitos têm interpretado. A lei estadual apenas disciplina a utilização deste título de crédito”, aponta o parecer.

Ou seja, uma vez aceito o cheque como forma de pagamento, o vendedor não pode-rá recusar o seu recebimento pelo simples fato do cliente não possuir, por exemplo, mais de um ano de conta corrente. “Seria conduta abusiva, vedada pelo Código de De-fesa do Consumidor, presumir que o cliente estaria passando cheque sem fundos. Por outro lado, é importante mencionar que o

comerciante não fica desprotegido ou en-fraquecido com a edição desta lei, pois, se ao receber o cheque houver dúvida sobre a idoneidade do emitente, poderá consultar os bancos de dados disponíveis (CDL, SPC e Serasa) e recusá-lo, sendo o caso”, explica a advogada, frisando que não é obrigatório que o comércio receba cheques. “Não existe mais, no direito brasileiro, qualquer hipótese de aceitação obrigatória desse título de cré-dito”.

No entanto se o comércio que aceitar o pagamento em cheque estipular como condição que a conta corrente do cliente tenha certo tempo de existência, pode ser penalizado com multa de cinco a dez salários mínimos.

NOVOS ASSOCIADOS

MultiaguaFone: 47 3222-0344www.multiagua.com

Schwanke Cortinas PersianasFone: 47 3036-9000

Nai-Nai Sushi BarFone: 47 3340-0782www.nainai.com.br

SMG Sistemas de SegurançaFone: 47 3037-3509www.smgseguranca.com.br

TrivelaFone: 47 3323-8844

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ACIB É NOTÍCIA

Cristiane Soethe

PORTO DE ITAJAÍ RECEBE MELHORIAS

As perspectivas e os investimen-tos no complexo do porto foram tema de uma apresentação feita pelo superintendente do Porto de Itajaí Antônio Ayres dos Santos Junior, no último dia 05 de fevereiro, em uma reunião com o Núcleo de Comér-cio Exterior da Acib. Ele enumerou todos os investimentos feitos após a enchente de novembro de 2008 e falou sobre os problemas advindos da situação de calamidade. “Os con-têineres tiveram que ser retirados, a estrutura do cais ficou comprometi-da, os berços operacionais caíram, assim como os muros de contenção dos mesmos”, apontou.

No entanto, graças aos R$ 350 milhões prontamente liberados pelo Governo Federal, diversas ações emergenciais começaram a ser colo-cadas em prática ainda em dezembro do ano passado. Entre elas, estão a

ampliação e melhorias das instalações do portão 2; a ocupação de mão-de-obra portuária avulsa nas obras de serviços de recuperação; o estabele-cimento de parcerias com a Portona-ve para aproveitamento de mão-de-obra portuária avulsa; agilização para liberação de mercadorias retidas; e a negociação com o Governo Federal para dilatação do prazo do convênio de delegação do Porto Municipal por mais dez anos.

Além disso, segundo Antônio Ayres, foi assinado um Pacto de Re-dução de Tarifas, por todos os par-ceiros, para reduzir em até 10% as tarifas portuárias e de prestação de serviços pelo prazo de seis meses.

Em cerca de seis meses, todas as obras devem ser concluídas e o funcionamento do porto volta ao normal em 45 dias, afirmou o supe-rintendente.

Antonio Ayres dos Santos Jr. (D) falou sobre investimentos no complexo portuário

NúCLEOS ORGANIZAM VIAGEMA FEIRA DE SEGURANÇA

Os Núcleos de Segurança Eletrônica e de Segurança Privada da Acib estão organizando uma missão para a Expo-sec, feira internacional de segurança, que ocorre em São Paulo, entre os dias 12 e 14 de maio.

A saída de Blumenau está progra-

mada para o dia 11 de maio, às 22h. A visita acontece no primeiro dia da feira e no dia 13 a missão estará de volta a Blumenau. Quem tiver interesse pode entrar em contato com Carla, pelo te-lefone (47) 3326-1230 ou e-mail [email protected].

DIA DA MULHER SERÁ MARCADO COM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

Uma programação especial está sen-do preparada pela Câmara da Mulher Empresária para o Dia da Mulher, co-memorado em 08 de março. O evento será no Teatro Carlos Gomes, no dia 09 de março, e contará com show de Deco Dalponte e banda, além de uma apresen-tação de teatro empresarial.

Neste ano, diferentemente das outras

edições do evento, não haverá palestras, mas as homenagens às mulheres de des-taque em 2008 permanecem na progra-mação.

Os convites para participar de todo o evento, incluindo jantar, custam R$ 40,00 e já estão à venda. Informações com Ma-rilda, pelo telefone (47) 3326-230 ou e-mail nú[email protected].

AGENDA

7º Encontro Dia Internacional da Mulher quando: 09 de marçoHorário: 19h30Local: Teatro Carlos GomesConvites: R$ 40,00, incluindo jantarInformações: (47) 3326-1230, com Maril-da, ou e-mail [email protected]

O Centro Educacional Va-rejista (CEV) realizou, nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro, o curso de Análise de Crédito voltado exclusivamente aos postos de combustíveis de Blumenau. O treinamento foi promovido em parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Deriva-dos de Petróleo de Blumenau (Sinpeb) e contou com 20 inscri-tos. O curso de Análise de Cré-dito tem como objetivo preparar o participante para realizar com segurança vendas a crediário e aceite de cheques, mediante uso de técnicas e ferramentas dispo-níveis no mercado.

CURSO DE ANÁLISE DE CRÉDITO PARA POSTOS DE BLUMENAU

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CDL É NOTÍCIA

NOVOS ASSOCIADOS Blue Dress Moda e Acessórios

Mecânica Presidente

K.L. Confecções

K.L. Confecções filial

D. Almeida Imóveis

Coelho Automóveis

Dimportex

KF Pneus e Borracharia

D’Lara Veículos

Instituto Embelleze

Forma e Arte

Dry Bebidas

Giraffe

Giraffe – filial 1

Giraffe – filial 2

Curso de Análise de Crédito reuniu representantes de postos de combustíveis

Divlugação

A CDL de Blumenau recebeu, em janeiro, dois certificados de “Amigos do Bolshoi”, em agradecimento ao apoio da entidade à escola. A Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, sediada em Joinville, atualmente conta com 199 “amigos”. Estes certificados são concedidos a empresas e pessoas físicas que contribuem financeiramente com a formação profissional de crianças e adolescentes. Este grupo mantém um elo com a escola na promoção da educação de quali-dade, na inclusão social e na formação de artistas, através do fomento à cultura, permitindo a sensibilização de cidadãos, futuros talentos da dança no Brasil. A CDL de Blumenau apoiou, durante anos, uma bailarina de Blumenau em sua estada na Escola Bolshoi.

CDL RECEBE CERTIFICADOSAMIGOS DO BOLSHOI

Para o meu trabalho, este curso foi muito interessante,

pois me fez perceber como é importante prestar

atenção aos pequenos detalhes e a ter certos

cuidados na hora da venda. Com certeza, vai nos ajudar

a evitar problemas

Patrícia Moreira MatesCaixa do Auto Posto Salto

Acho que depois deste treinamento vamos ficar mais

atentos ao que acontece no nosso dia-a-dia e vamos tentar evitar

a inadimplência. As informações nos ajudaram também a ter um

maior conhecimento da realidade hoje em Blumenau, foi muito

proveitoso

Davi Maia Gerente do Posto Badenorte

Nós, do comércio, estamos sempre sujeitos ao calote e o curso nos

deu ferramentas para tentar evitar isso no futuro. Acho também que a troca de experiências, dicas e

informações entre os participantes e o instrutor foi fundamental, vai nos deixar mais alertas em nosso

trabalho

Daisy Isleb Gerente do Posto Isleb

O escritor Eduardo de Alencar Azam-buja promove, a partir do dia 25 de março, no Shopping Neumarkt, uma exposição de 100 fotos antigas relacionadas aos 158 anos de existência do comércio de Blume-nau. As fotos fazem parte de um acervo de mais de 700 ilustrações que o autor obte-ve junto ao Arquivo Histórico José Ferreira da Silva e diversos outros colaboradores da cidade. O escritor está trabalhando em conjunto com a pesquisadora Regina Ball-mann e Ernesto Narcizo Deschamps, na produção de um livro intitulado História Ilustrada do Comércio, que tem a parceria da CDL, Sindilojas e Acib.

A obra deverá ser publicado em no-vembro de 2009 e distribuído durante o 2º Prêmio Conceito Varejista, promovi-do pela CDL e Sindilojas. O trabalho de produção e pesquisa está em fase bem adiantada. O autor pede a outras pesso-as que possuam materiais ou fotos antigas relacionadas ao comércio que entrem em contato pelo telefone (47) 99361882 ou pelo e-mail [email protected].

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FOTOS DO COMÉRCIO NO SHOPPING NEUMARKTA

rquivo histórico

Confeitaria S.Kats, localizada onde atualmenteestá a Loja Flamingo, no inicio da Rua XV

SINDILOJAS É NOTÍCIA

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Os consumidores mostram-se cau-telosos quanto às compras escolares. É o que aponta a Pesquisa de Intenções de Compras da Federação do Comér-cio de Santa Catarina (Fecomércio/SC) feita com 725 entrevistados entre os dias 28 de janeiro a 4 de fevereiro de 2009. Quanto aos gastos com material escolar, 34,9% afirmam gastar até R$ 100; 30,8%

pretendem gastar até R$ 200; 18,2% até R$ 300; enquanto apenas 14,9% esti-mam gastos maiores a R$ 400. A forma de pagamento utilizada por 523 (72,1%) consumidores ouvidos pela Fecomércio é à vista, em dinheiro; ou com cartão de crédito (22,2%).

Fonte: Fecomércio

PESQUISA MOSTRA CAUTELA DO CONSUMIDOR

A cidade do Rio de Janeiro está se preparando para receber dirigentes sin-dicais que participarão do 25º Encon-tro Nacional de Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O evento, promovido pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Municí-pio do Rio de Janeiro será realizado no Hotel Sofitel, em Copacabana, nos dias 20, 21 e 22 de maio.

A diretoria do Sindilojas-Rio está preparando com muita dedicação este encontro, que marcará o jubileu de prata das reuniões. A primeira foi em 1984, também promovida pelo Sindi-lojas-Rio. O objetivo do evento é levar informações atualizadas aos dirigentes sindicais do comércio, visando a melhor qualidade de atendimento às empresas associadas.

O tema do encontro, “Represen-tavidade se Conquista”, evidencia o principal objetivo dos sindicatos, sejam patronais ou de empregados, de repre-sentar a sua categoria, mas, para isso, é preciso atender às necessidades e mes-mo as expectativas dos representados.

Na programação técnica, estão previstas reuniões de assessores ju-rídicos e de executivos de sindicatos patronais do comércio; painéis com temas como a Responsabilidade Social, Novos Caminhos para o Sindicalismo Patronal, Reformas Trabalhista e Sindi-cal e o Dano Moral; além de reuniões de grupos temáticos sobre os mais va-riados temas.

Mais informações sobre o evento no site www.25encontronacional.com.br/ ou pelo telefone (21) 3125-6667.

25º ENCONTRO NACIONALDE SINDICATOS PATRONAIS

O Sindilojas promove este ano a 8ª edição do concurso que elege a mais bela representante do comércio varejista de Blume-nau, a Rainha do Comércio. Será no dia 25 de abril, em local a ser definido, e deve contar com um grande número de candidatas inscritas, a exemplo do que vem acontecendo todos os anos. O evento, que tem o apoio do Sis-tema Fecomércio (Sesc e Senac), CDL, Acib, Sincofarma, Sincavi e do Sindicato dos Empregados no

Comércio de Blumenau, promete reunir cerca de 700 convidados nesta edição.

Para o Sindilojas, organizador do concurso, é muito gratificante realizar este tipo de evento, que promove a integração dos asso-ciados e a beleza e simpatia das representantes do comércio da cidade. As interessadas em se inscrever no concurso podem en-trar em contato diretamente com o Sindilojas pelo telefone (47) 32215750.

RAINHA DO COMÉRCIO 2009

Estão perdendo validade as cláusulas ne-gociadas em acordos coletivos ou convenções que não consideram como tempo de trabalho os registros de ponto feitos até quinze minutos, anteriores ao início da jornada de trabalho ou posteriores ao término. A Comissão de Jurispru-dência e de Precedentes Normativos do TST, fez publicar, em 2 de dezembro, a Orientação Jurisprudencial de n° 372, da Subseção I - Es-pecializada em Dissídios Individuais, no seguinte teor: “MINUTOS QUE ANTECEDEM E SU-CEDEM A JORNADA DE TRABALHO. LEI N. 10.243, DE 27.06.2001. NORMA COLETIVA. FLEXIBILIZAÇÃO. IMPOSSBILIDADE. A partir da vigência da Lei n° 10.243, de 27.6.01, que acrescentou o § 1° ao art. 58 da CLT, não mais prevalece cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de cinco minutos que antecedem e sucedem a jornada para fins de apuração das horas extras”.

COLUNA JURíDICA

REGISTROSDE PONTO

Não raro, as revistas realizadas pelos prepos-tos do empregador em empregados, ao término de seus expedientes, recebem severa censura do Judiciário Trabalhista, que vem penalizando as em-presas com pesadas indenizações por dano moral. Em razão disso cabe transcrever decisão do Ttri-bunal Superior do Trabalho TST, que tem por ob-jetivo informar o empregador sobre o tema: “In-denização por Danos Morais. Revistas em Bolsas e Sacolas dos Empregados. I – A revista realizada com moderação e razoabilidade não caracteriza abuso de direito ou ato ilícito, constituindo, na rea-lidade, exercício regular do direito do empregador inerente ao seu poder diretivo de fiscalização. Des-sa forma, a revista em bolsas, sacolas ou mochilas dos empregados sorteados para tanto, sem que se proceda à revista íntima e sem contato corporal, mas apenas visual do vistoriador, em caráter geral relativamente aos empregados do mesmo nível hierárquico, não denuncia excesso do empregador, inabilitando a autora à percepção da indenização por danos morais. II – Recurso provido. Fixação do valor da indenização por danos morais. I – Excluída a indenização por danos morais, fica prejudicado o exame do recurso quanto aos valores arbitrados a tal título. II – Prejudicado”.

REVISTAS EM EMPREGADOS

C

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AF HE-0169-07F AN ACIB 21X277_DPI .pdf 23.01.08 15:49:14

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MEMÓRIA

Terminada a guerra, prosseguiu acelerado o processo de crescimen-to, modernização e diversificação da economia de Blumenau. Os jor-nais da época anunciavam a cada edição o surgimento de uma nova empresa ou mudanças naquelas já existentes. A organização dos produtores de fumo em coopera-tiva garantiu maior qualidade ao produto e estimulou a exportação para outros estados. Além disso, há registros de novas indústrias de charutos em 1921, quando os irmãos Jacobsen, estabelecidos na Itoupava Norte, passaram a fa-bricar cigarrilhas Glória, charutos Kosmos e charutos Lady Fina. Ini-ciativa semelhante teve W. Köhler & Cia ao instalar, naquele ano, na rua XV de Novembro, uma fábrica de cigarros.

Também em 1921 a firma Huber & Staedele inaugurou na Itoupava Seca uma fábrica de anil para lavação de roupas, “ab-solutamente livre de areia”. O anúncio cha-mava atenção para o fato de o produto ser “tão bom como o estrangeiro e muito mais barato”.

O Blumenauer Zeitung anunciava as atividades da Associação Comercial de Blu-menau, que comunicou no dia 08 de mar-ço de 1922 a eleição de sua nova diretoria para o período de 1922 a 1923. Foi escolhi-do como presidente Hermann Sachtleben, tendo como vice Paul Husadel. Naquele mesmo ano surgiu uma nova indústria têxtil na cidade. Era a fábrica de acolchoados Vi-úva Altenburg.

Blumenau despontava, no Vale do Itajaí, como o maior município exportador em valor per capita da região. As mercadorias seguiam para todas as partes do país atra-vés do porto marítimo de Itajaí. A imprensa

itajaiense criticava a falta de vias de ligação por terra: “Não é mais possível se permitir que dois municípios, como Itajaí e Blume-nau, largamente habitados, ambos conside-rados desenvolvidos pela sua exportação e importação, valendo um e outro pelas extraordinárias e elevadas cotas com que todos os anos enriquecem o Tesouro do Estado, núcleos estes de populações dili-gentes, cultas e progressistas, continuem por mais tempo sem uma fácil comunicação por meio da boa estrada de rodagem”.

O ano de 1923 foi pródigo no surgi-mento de indústrias inovadoras em Blume-nau. Em novembro, Alfredo Hering inau-gurou a primeira indústria de instrumentos musicais da cidade. Na sua própria casa, na Itoupava Seca, ele iniciou a fabricação de gaitas de boca, dando origem à Fábrica de Gaitas Alfredo Hering S.A. Foi neste mes-mo ano que se acionaram pela primeira vez as máquinas da Chocolate Saturno.

A fábrica de gaitas Hering é um dos exemplos de diversificação da economia de Blumenau e da substituição das importações

diveRsificação E CRESCIMENTO

Arquivo histórico