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AMBIENTE SAUDÁVEL Lauro Luiz Leone Vianna, da Momento Ambiental: plantio de 2 mil mudas nativas JUNTA COMERCIAL: sistema via web deve por fim à burocracia na Jucesc Ano 2 nº 11 Março 2008 Momento Engenharia Ambiental surgiu da necessidade e preocupação de a indústria blumenauense dar uma destinação ecologicamente correta aos resíduos resultantes do processo produtivo

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AMBIENTESAUDÁVEL

Lauro Luiz Leone Vianna, da Momento Ambiental: plantio

de 2 mil mudas nativas

JUNTA CoMErCIAL: sistema via web deve por fim à burocracia na Jucesc

Ano 2nº 11Março2008

Momento Engenharia Ambiental surgiu da necessidade e preocupação de a indústria blumenauense dar uma destinação ecologicamente correta aos resíduos resultantes do processo produtivo

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EDITORIAL

Há poucas semanas recebemos uma péssima notícia. O Congresso Nacional cortou do Orçamento Geral da União de 2008 os quase R$ 10 milhões que seriam destinados ao início da construção da Ponte do Vale, importante obra que ligaria as rodovias Jorge Lacerda (SC-470) e Ingo Hering (BR-470), em Gaspar. Mais do que ligar as estradas, a ponte seria o início de um grande projeto que visa construir um contorno rodoviário para desafogar o trânsito da Rodovia Jorge Lacerda no centro da cidade vizinha. O corte da verba veio depois de um acordo feito entre os deputados e senadores, através de seus líderes partidários. Mais de R$ 500 milhões foram retirados do Orçamento, o que fez com que a Ponte do Vale fosse “atropelada”.

As lideranças que tomaram a decisão ignoraram o crescimento da região do Vale, a necessidade de novas vias de escoamento da produção de todo o Estado para os portos de Itajaí e Navegantes e a segurança no trânsito das rodovias catarinense. Ignoraram a vontade do povo que anseia pelo desenvolvimento da economia local, gerando mais renda e, por conseqüência, mais qualidade de vida. Ignoraram o empenho da Prefeitura de Gaspar que fez sua parte, desapropriando as áreas necessárias para a construção da ponte. Ignoraram a contribuição dada pelos empresários do Médio Vale que, através das associações empresariais e CDLs de Gaspar, Brusque e Blumenau, bancaram parte do projeto executivo da Ponte do Vale, outra ação que teve participação da Prefeitura.

O problema do trânsito em Gaspar, com a rodovia passando pelo centro da cidade, é tão grande quanto o problema que está por ser solucionado no entroncamento da BR-470 com a SC-474, onde está sendo construído o viaduto sobre o chamado Trevo da Mafisa. A obra, bancada pelo Governo Federal, resolve um dos grandes gargalos do acesso à BR-101 pela margem esquerda do Rio Itajaí-Açu. Com a Ponte do Vale e o contorno rodoviário de Gaspar se resolveria o problema de acesso pela margem direita, beneficiando todo o Vale do Itajaí.

Apesar de todos os problemas enfrentados, mais uma vez acreditamos na capacidade de mobilização e de superação de todos os partidos políticos envolvidos. Ao longo do ano, aproveitaremos todas as oportunidades possíveis para, em conjunto com nossos representantes em Brasília, encontrarmos mecanismos que possibilitem o retorno desses valores ao Orçamento de 2008, possibilitando o início da construção da Ponte do Vale. Da mesma forma, vamos trabalhar incessan-temente para obter recursos e licitar, ainda este ano, o projeto executivo do contorno rodoviário de Gaspar. Pelo bem da região metropolitana, precisamos de união e determinação da classe política e da sociedade organizada.

A Diretoria

Diferente do Trevo da Mafisa (foto), a Ponte do Vale ainda está longe de tornar-se realidade

O VALESEM A PONTE

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PRESIDENTE DAJucESc fALASObRE O REgINO sistema pioneiro deve pôr fim à burocracia na hora de registrar uma empresa

6O fuTuRO DOTRANSPORTE AéREONO VALE

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HOMENAgENS NODIA INTERNAcIONALDA MuLHER

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22 Acib é notícia

28 Artigo – Indústria do patrocínio

30 Memória

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SuMÁRIO

EDITor EXECUTIVoSidnei dos Santos - 1198 JP (MTb/Sc) - [email protected] ASSISTENTEfábio Ricardo - 3034 JP (MTb/Sc)rEPÓrTErESAna Paula Lauth, gisele Scopel e francisco fresard (Institucional)DIrETor DE ArTERicardo Augusto Kühl - [email protected] DE CAPAIvan fernando SchulzeFoToSIvan fernando Schulze, Luís c. Kriewall filho e DivulgaçãoTrATAMENTo DE IMAGEMfilipe AlvarengaDIrETor CoMErCIALcleomar Debarba - 47 3035.5500 - [email protected] EXECUTIVoNiclas Mund - [email protected] EDITorIALLuiz Mund - 0189 JP (MTb/Sc) - [email protected]

Câmara da Mulher Empresária homenageia personalidades que fazem a diferença

Classe empresarial luta por melhorias em Navegantes e reativação do Quero-Quero

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EM fAVOR DA NATuREzAMomento Engenharia Ambiental reflete a preocupação com o meio ambiente

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DIrETorIAPresidente: Ricardo Stodieck / Vice-presidente: car-los Tavares D’Amaral / Administrativo e Financeiro: Manfredo Krieck / Assuntos da Indústria: carlos Odebrecht / Assuntos de Comércio e Turismo: bruno Nebelung / Assuntos de Desenvolvimento e Plane-jamento Urbano: Jorge Rodacki / Assuntos de Pres-tação de Serviços: Maria Denise Ribeiro Ern / Assun-tos da Pequena e Micro Empresa: Haida Leny Siegle / Assuntos Comunitários: Solange Rejane Schröder / Núcleos e Câmaras: Avelino Lombardi / Assuntos Ambientais e de Energia: Jaime grossenbacher / As-suntos Internacionais: Ido José Steiner / relações Institucionais: Ronaldo baumgarten Jr / Assuntos da Saúde: Mauro Sergio Kreibich / Assuntos Tecnológi-cos: Ingo Tiergarten

CoNSELho EDITorIALAvelino Lombardicarlos Tavares D’Amaralcharles Schwankefrancisco fresardHans Dieter DidjurgeitLuiz MundMarilda Steil Ricardo StodieckRubens Olbrisch

Rua Ingo Hering, 20 – 8º andarNeumarkt financial & Trade centercEP: 89010-205blumenau – Sc47 3326.1230www.acib.net

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ENTREVISTA: ANTôNIO cARLOS zIMMERMANN, PRESIDENTE DA JucESc

ANTôNIO cARLOSZIMMERMANN

JucESc NA LuTA PELO FIM DA BuROcRAcIA

O esforço da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc) para facili-tar os processos de abertura de empresas em Santa Catarina é o tema central da entrevista concedida pelo presidente do órgão, Antônio Carlos Zimmermann. Ele também aborda os erros em documentos encaminhados à Junta, que prejudicam o andamento dos procedimentos.

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Empresário Acib: Quais os princi-pais erros nos processos encaminha-dos para a Jucesc? o que os escri-tórios de contabilidade devem fazer para evitar o retrabalho e agilizar os procedimentos internos?

Antônio Carlos Zimmermann: Dos processos encaminhados para regis-tro na Jucesc, 50% ficam em exigência, sendo que destes, 90% são erros de total falta de atenção, tais como CNPJ, nome, RG, CPF e outros. Isso prejudica muito o nosso trabalho, pois a análise exige muito mais atenção, sendo que, alguns proces-sos são alterados de forma proposital e induzindo a erro, podendo levar a Jucesc a ser responsabilizada por danos a terceiros. Prejudica a nossa eficiência, atrasando os nossos serviços. Os titulares dos escritó-rios de contabilidade deveriam fazer uma leitura do ato antes de encaminhar para a Junta.

EA: Quais os principais planos de investimentos da Junta para Blume-nau e região?

Zimmermann: A Jucesc deverá assu-mir totalmente a gestão do escritório de Blumenau. Para isto, já contamos com dois funcionários da casa e estamos chamando mais um funcionário aprovado em concur-so. Existe, por parte da Acib e sindicatos, iniciativa junto à Prefeitura para a cedência de um funcionário municipal para prestar serviço em nosso escritório. Contratare-mos estagiários e pessoal terceirizado em número suficiente para um bom atendi-mento.

EA: Quanto à sede em Blume-nau, ela continua no espaço cedido pela Acib ou vai acompanhar a Se-cretaria de Desenvolvimento regio-nal, que está de mudança para outra estrutura?

Zimmermann: O Escritório Regio-nal da Jucesc em Blumenau será instalado na nova sede da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional. O Secretario Regional Paulo França já conversou com o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, nes-te sentido. Acredito que no prazo de 60 dias já estaremos junto com a SDR, pois esta é a determinação do governador Luiz Henrique da Silveira.

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JucESc NA LuTA PELO FIM DA BuROcRAcIA

EA: Como está e qual a impor-tância da parceria da Jucesc com a Acib?

Zimmermann: A Acib é uma par-ceira de fundamental importância para os nossos serviços. Constantemente tem nos cobrado pela melhoria do atendimento. Além de oferecer as instalações para o es-critório, sempre esteve pronta a ajudar nas outras necessidades e fiscalizar as nossas ações. A Jucesc tem muito a agradecer à Acib.

EA: Quanto tempo deve levar o processo para abertura de uma em-presa?

Zimmermann: Em Florianópolis (sede) e em alguns escritórios no inte-rior do Estado, efetuamos o registro de Empresário (antiga firma individual) e So-ciedade Limitada em apenas duas horas (pouco mais ou menos), emitindo tam-bém o CNPJ. Gostaria de registrar que fomos pioneiros no Brasil em agilidade de abertura de empresas. Parece que duas outras juntas agora registram com a mes-ma agilidade.

EA: o registro Mercantil Inte-grado (regin) começa a operar para todo o Estado a partir de quando?

Zimmermann: O Regin é um proje-to inédito e pioneiro no Brasil. Tem como objetivo propiciar à classe empresarial ca-tarinense ir a um único local para começar o seu negócio (Jucesc). É um sistema que integra a Junta a outros sistemas, como Receita Federal, Secretaria da Fazenda, prefeituras, Corpo de Bombeiros, Vigilân-cia Sanitária e outros. Já temos convênio firmado com a Prefeitura de Blumenau e, tão logo a Receita Federal homologue a nova versão do CNPJ, o que, provavel-mente, deverá ocorrer até o dia 24 de março, liberaremos o Regin para a cidade de Blumenau.

EA: Quais as perspectivas da Ju-cesc em relação à implantação do regin?

Zimmermann: No dia 7 de feverei-ro, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre a Jucesc, Federação Cata-rinense de Municípios (Fecam) e a Brasil Telecom, para instalação, treinamento e capacitação do pessoal das prefeituras nas 293 cidades de Santa Catarina, bem como a doação de 250 máquinas destinadas ao Regin. A Brasil Telecom está bancando o Regin em parceria com o governo de San-ta Catarina. A implantação começa agora em março e termina em agosto, atingindo todos os municípios do território catari-nense.

EA: Como ele vai funcionar e quais os ganhos que as empresas te-rão com este sistema?

Zimmermann: Ao fazer o registro da empresa na Junta Comercial, no prazo de duas horas, o Regin permite expedir concomitantemente o CNPJ, Inscrição Es-tadual, protocolo da solicitação do Alvará de Licença na Prefeitura, da vistoria nos Bombeiros e Alvará Sanitário na Vigilância Sanitária, bem como em outros órgãos locais que necessitam do nosso cadastro para emitir licença. Antes de o empresário sair da Junta, os nossos parceiros recebem o nosso cadastro, podendo, a partir daí, iniciar todos os procedimentos administra-tivos para a emissão das licenças, sem que o empresário tenha que ir a estes órgãos. Pretendemos, junto aos órgãos locais, su-gerir mudanças na emissão dos alvarás de funcionamento, pois acreditamos que para 70% das atividades é possível emitir alvará (condicionado) para vistoria futura, permi-tindo o funcionamento imediato, sem bu-rocracia, em apenas duas horas. Assim, o empresário sairá com todos os documen-tos indo unicamente à Junta Comercial. Segundo dados do Banco Mundial sobre

agilização de empresas, que coloca a Aus-trália como o primeiro país do mundo em dois dias, posso afirmar que poderemos ser os primeiros do mundo em apenas duas horas. O funcionamento do Regin é via web.

EA: o regin já está disponível desde 2006 em Palhoça, Jaraguá do Sul, Guaramirim e Navegantes. o que já se pode concluir a partir da experiência nestes municípios?

Zimmermann: O Regin é uma que-bra de paradigma, é uma mudança radi-cal que mexe com pessoas, instituições, sistemas, procedimentos administrativos e aniquila definitivamente a burocracia no registro de empresas. Como um projeto inovador, encontramos dificuldades para implantá-lo, pois dependemos da integra-ção de outros sistemas e da vontade de outras pessoas para o perfeito funciona-mento. Foi um trabalho exaustivo, estres-sante, demorado – quatro anos –, com a parceria das instituições já mencionadas e da sociedade representada pelas entidades empresariais e de classe. É uma vitória de todos sobre a burocracia, provando que quando se tem vontade política e admi-nistrativa é possível mudar, facilitando a vida do cidadão que é quem paga a conta. Como diz o Governador Luiz Henrique da Silveira, conseguimos acabar com o pape-lório e o carimbório.

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O Regin é uma quebra de paradigma, é uma mudança radical que mexe com pessoas, instituições, sistemas e

aniquila a burocracia no registro de empresas

A Acib sempre esteve pronta

a ajudar e fiscalizar as

nossas ações

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cASE EMPRESARIAL

A NATuREzA EMPRIMEIRO LuGAR

A história da Momento Engenharia Ambiental está diretamente ligada à da Acib. o engenheiro Lauro Luiz Leone Vianna, diretor-administrativo, conta que a empresa surgiu após conversas com empresários e com o então presidente da Asso-ciação, hans Prayon, que sentiam necessidade de resolver com urgência os problemas de destina-ção dos resíduos resultantes dos processos pro-dutivos de suas empresas.

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Blumenau foi pioneira no tratamento de seus resíduos líquidos, mas isso gerou um novo problema ao não ter uma des-tinação ambientalmente correta para os resíduos sólidos desse processo: um lodo de cor escura. Assim, as empresas procu-raram a Momento Engenharia para buscar a solução ao problema. Com os projetos desenvolvidos, foi dado início a uma nova era no tratamento de resíduos em Santa Catarina.

Localizado no Distrito Vila Itoupava, o Aterro Industrial e Sanitário de Blume-nau, sob responsabilidade da Momento Ambiental, atende atualmente mais de mil empresas, dando tratamento e uma disposição segura aos resíduos industriais de classe 1 e 2, evitando a degradação do meio ambiente. A empresa utiliza as mais modernas tecnologias existentes para a disposição final dos resíduos, desde as análises laboratoriais realizadas na chegada do material, passando pelos tratamentos efetuados em diversos processos, até o monitoramento ambiental de toda a área. Além disso, a empresa possui um Sistema de Gestão Ambiental que tem como meta manter a qualidade e o respeito à nature-za nos processos, buscando o desenvolvi-mento sustentável.

A da clientela de mais de mil empre-

sas está num raio de 100 quilômetros de sua sede, abrangendo Blumenau e região. Todo o maquinário, criação e desenvol-vimento também são feitos aqui mesmo na região. “Quando comparamos o que é apresentado no Exterior com o que temos aqui, vemos que dentro do Esta-do surgiram soluções de ponta, de nível mundial. Blumenau e Santa Catarina como um todo fazem parte de um núcleo onde a preservação do meio ambiente é muito bem tratada”, diz Vianna, ao citar entida-des como a Furb, Acib, Senai, Faema, Fat-ma e Acaprena, que desenvolvem novos projetos de qualidade, demonstrando a preocupação com a questão ambiental.

Essa preocupação, tanto da Momento Engenharia Ambiental, quanto da cidade em geral, faz com que o número de clien-tes da empresa continue crescendo: quem iniciou seus trabalhos junto com a empre-sa, continua cliente até hoje. A empresa foi a primeira do Estado a oferecer este tipo de tratamento. “A Momento Ambiental é uma demonstração da preocupação da indústria blumenauense com a ecologia. Se não fosse por essa preocupação, não existiríamos”, diz Vianna. “Onde estaria todo esse resíduo se não fossem trabalhos como o da Momento Ambiental?”, com-pleta o diretor-administrativo da empresa.

Processo

Ao chegar à empresa, o caminhão que contém os resíduos industriais é pesado em uma balança de alta precisão, com ca-pacidade para até 100 toneladas. Depois de despejar os resíduos, o caminhão é pe-sado novamente ao sair. Assim é feito o cálculo do peso dos resíduos, o que entra automaticamente no sistema. Os clientes têm acesso através da internet em tempo real aos dados, desde o horário da entrega até a pesagem e a impressão da certidão de correta destinação de resíduos.

A Momento Engenharia Ambiental não faz o transporte dos resíduos, apenas a recepção e destinação final. Os locais são divididos para cada tipo de resíduo, separando entre classe 1 e classe 2. Até mesmo a água de chuva é tratada, por ter contato com os resíduos que estão em lo-cal aberto. Os resíduos mais perigosos são mantidos em um local fechado. Em abril, um equipamento importado da Espanha será instalado para atuar na prensagem e enfardamento dos resíduos sólidos.

A Usina de Solidificação de Lodo foi projetada e criada pela Momento Ambien-tal e agora está em processo de patente. Até então, eram feitas valas de lodo, sem ter como se resolver de forma prática o problema. Com o conhecimento da Mo-mento Engenharia, começou-se a fazer di-versas experiências em lodo, com material de solidificação. A experiência deu certo e hoje a empresa consegue transformar o lodo em algo totalmente sólido, podendo ser enfardado e controlado. Novas pesqui-sas e experiências continuam sendo reali-zadas, muitas em parceria com a Furb, para encontrar uma solução eficaz para outros tipos de resíduos. Atualmente, uma análise completa está sendo feita em busca do re-aproveitamento do óleo de cozinha usado, para ser utilizado como biocombustível.

Galpão para depósito dos resíduos que não podem ficar em local aberto

Aterro, na Vila Itoupava, onde a empresa dá a destinação correta aos resíduos

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Com 1,2 milhão de metros quadrados de área, boa parte dela de matas prote-gidas, a preocupação da empresa com o meio ambiente é aliada a ações de res-ponsabilidade social. São desenvolvidas ações sociais como a aquisição e doação do imóvel onde está instalado o Centro Cultural da Vila Itoupava, uma construção histórica, com mais de 110 anos, onde fun-cionava a Cervejaria Feldmann, a primeira da região. Os recursos para reforma e ma-nutenção do prédio também estão sendo disponibilizados pela Momento Engenharia Ambiental.

Esta preocupação em pé de igualdade entre o ambiental e o social já rendeu di-versos prêmios para a empresa, como o Prêmio Fritz Müller, concedido pela Fun-dação do Meio Ambiente de Santa Cata-rina (Fatma), em 2004 e 2005; o Prêmio Qualidade de Vida 2003, da Federação das Entidades Ecologistas Catarinenses; o Prêmio Otto Rohköhl de Conservação da Água e o Prêmio Amigo do Parque das Nascentes, em 2007.

Atualmente, a Momento Engenharia Ambiental está realizando o plantio de 2 mil mudas de árvores nativas da região para ampliar a rica natureza que mantém ao seu redor e reforçar a vocação pre-servacionista com a qual foi criada com o apoio do empresariado blumenauense.

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Preocupação Social

cASE EMPRESARIAL

POLíTICA AMBIENTAL

Para proteger o meio ambiente e atender os geradores de resíduos industriais, domiciliares e de saúde, a Momento Engenharia Ambiental, responsável pelo Aterro Industrial e Sanitário de blumenau adota uma série de princípios:

garantir o tratamento e a disposição dos resíduos de forma segura

Atender requisitos legais e outros re-quisitos aplicáveis às atividades

Melhorar continuamente a qualida-de de serviços, educando e motivan-do os funcionários e os prestadores de serviço a adotarem princípios am-bientais em suas atividades

Adotar procedimentos que contribu-am para a prevenção da poluição

Manter um canal de comunicação aberto com as partes interessadas

colaborar com as organizações go-vernamentais e não-governamentais

TURISMO INDUSTRIAL

Para conhecer de perto o trabalho que é realizado na Momento En-genharia Ambiental, deve-se entrar em contato com Lusane Méri Reiter Rosa. Até 20 pessoas podem inte-grar cada grupo. O agendamento deve ser feito através do site www.momentoambiental.com.br e as visi-tas ocorrem de terça à sexta, das 8h às 16h. O roteiro inclui recepção, au-ditório, usina, mirante, aterro classe 2, aterro classe 1 e estação de trata-mento de efluentes. O programa de visitação da Momento Engenharia Ambiental já recebeu mais de 9,5 mil pessoas.

PERFIL

Nome: Momento Engenharia Am-biental Ltda.Postos de trabalho: 34 diretosÁrea própria: 1,2 milhão de metros quadradosTelefone: (47) 3378-1414www.momentoambiental.com.br

Prédio onde funcionava a Cervejaria Feldmann e a reserva ambiental mantida pela empresa: preocupação social e ecológica

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TRANSPORTE AéREO

PREPARANDONOVOs VôOs

Com o período de fortes chuvas de Verão na região do Vale do Itajaí, fo-ram crescentes as reclamações de empresários locais sobre as condições do Aeroporto de Navegantes, que sob chuvas fortes impossibilitava os aviões de realizarem pousos e decolagens, por falta de segurança. A discussão fortaleceu duas frentes de projetos para aeroportos, trazendo à tona os debates tanto sobre as condições do Aeroporto de Navegantes, quanto sobre a ampliação e reestruturação do Aeroporto Quero-Quero, em Blumenau.

A opinião do presidente da Acib, Ricar-do Stodieck, é de que ambos os aeropor-tos são extremamente importantes e são prioridade absoluta nas lutas da entidade. Mesmo assim, ele não define uma ordem de prioridade entre os dois aeroportos. “Os dois devem ser trabalhados simulta-neamente. São coisas paralelas, que não concorrem entre si. Os recursos para os dois aeroportos vêm de fontes diferentes, então, ambos devem ser encaminhados ao mesmo tempo”, explica Stodieck.

As soluções para o Aeroporto de Navegantes já estão chegando, de acordo com o presidente. A prestação de contas da Prefeitura de Navegantes com a Infra-ero está sendo realizada e não existe falta de vontade política para a realização das obras. Vontade política também não fal-ta para dar encaminhamento ao projeto de reestruturação do Aeroporto Quero-Quero. No dia 31 de março, será assinado um contrato com uma empresa especiali-zada para a realização dos estudos de ex-pansão do aeroporto. Uma parceria entre Prefeitura e o empresariado local, capita-

neado pela Acib, irá bancar os custos da contratação.

Este estudo irá informar qual será a capacidade real do aeroporto. Definirá qual deverá ser o tamanho da pista para a realização dos vôos regulares, com absolu-ta segurança, e como se dará tanto a de-sapropriação de terras nos arredores do aeroporto, quanto como deverá ser feito o desvio da Rodovia Guilherme Jensen. Com os estudos prontos, a preocupação se volta à busca de recursos federais para a ampliação da pista e a estação de passagei-ros, recursos do Estado para a realização do desvio da rodovia e a desapropriação de terras para a ampliação do aeroporto.

“Temos que preservar o aeroporto de Blumenau. Quando ele ficar pronto, o sis-tema viário já vai estar muito melhor para se chegar até lá, com Trevo da Mafisa e Via Expressa. Seja para turismo de negócios, de eventos ou de lazer, ele será muito im-portante para a cidade”, conclui Stodieck, lembrando que não adianta buscar vôos regulares em Blumenau antes de todas as obras de ampliação serem realizadas.

Stodieck: trabalho paralelo para resolver os problemas dos dois aeroportos

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As perspectivas de reestruturação do Aeroporto Quero-Quero também se mantêm otimistas para o presidente do Seterb, Rudolph Clebsch. Ele conta que, com a disposição da Acib em dividir os custos do projeto de reestruturação do aeroporto com a Prefeitura, se torna mais próxima a realidade das obras.

Hoje, a gestão do aeroporto é impos-sível pela falta de um especialista na área aeroportuária dentro do Seterb. Por isso, a sugestão feita à Prefeitura é pela contra-tação de uma empresa especializada. Uma visita realizada ao Aeroporto de Maringá (PR) mostrou que a contratação de um especialista seria mesmo o melhor cami-nho. Depois de quatro meses de reuniões, a contratação está sendo encaminhada.

O aeroporto Quero-Quero está atu-almente com diversas não-conformidades com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que precisariam ser sanadas em sua reestruturação. “A Anac está mais exigente; as restrições aumentaram muito. Todo o entorno dos aeroportos está sen-

do fiscalizado”, diz Clebsch. Com a contra-tação da empresa especializada, o primeiro passo é dar baixa nas não-conformidades. “São muitas questões, diversos detalhes de segurança e de receitas que precisam ser resolvidos. Mas estamos otimistas. Que-remos ser uma cidade à altura de captar eventos, uma cidade turística e ser exce-lência em saúde e educação. Com tudo isso e como cidade sede da região me-tropolitana, temos que ter um aeroporto”, conclui o presidente do Seterb.

Clebsch também chama a atenção para a significativa atividade econômica que gira em torno de uma obra desse porte e alerta para a necessidade de uma estruturação definitiva, tanto burocratica-mente quanto em termos financeiros, de receita. “O que nos atrasa no momento é a falta de profissionais capacitados para isso. Se precisarmos formar estes profis-sionais, levaremos muito tempo e não po-demos esperar tanto. Algumas questões são urgentes e o melhor é buscar ajuda especializada”, explica.

otimismo

Clebsch: Blumenau e região precisam de um aeroporto em plenas operações

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TRANSPORTE AéREO

A coordenadora do Núcleo de Agên-cias de Viagens e Turismo da Acib, Cristine Nort Ziel, diz que os problemas com o Aeroporto de Navegantes já existem há tempos. São diversas as reclamações de empresários a respeito das más condições do aeroporto, que fica impossibilitado de fazer decolagens e pousos sob chuva for-te.

Cristine explica que o aparelho que serviria de apoio aos pousos e decolagens

através de instrumentos já foi adquirido, mas está fora de uso. O VOR está encai-xotado há quatro anos e, para sua instala-ção, ainda faltam algumas desapropriações de terras nos arredores do aeroporto, de acordo com as informações recebidas por ela. Ao que tudo indica, na melhor das hi-póteses, seu funcionamento estaria previs-to apenas para 2010.

Com o Aeroporto de Navegantes mantendo os atrasos por causa da chuva,

os empresários blumenauenses acabam optando por vôos partindo de Florianó-polis e Curitiba. “Ir até Navegantes não é problema, 60 km para nós não é nada. Mas o Vale todo está sendo lesado com um aeroporto que fecha em dia de chuva. Não temos nenhum vôo que vá para São Paulo antes das 10h e nenhum que retor-ne após as 17h. Como uma empresa pode ir até São Paulo negociar com um cliente ou prestar um serviço entre 10h e 17h?”.

Um olhar sobre Navegantes

O superintendente do Aeroporto de Navegantes, Sérgio Luiz Canez, não atri-bui os atrasos e cancelamentos de vôos às condições do aeroporto. De acordo com ele, são problemas ocasionados pelas for-tes chuvas que diminuem a visibilidade. Ele informa que o aparelho VOR, que ajudaria nas decolagens e pousos através de equi-pamentos, já está em posse do aeroporto, apenas aguardando a desapropriação de terras nas cercanias para sua instalação.

Ele também não relaciona a diminui-ção no fluxo de passageiros do aeroporto com os atrasos ocasionados pela falta de visibilidade. “A diminuição foi por causa das conexões diretas em Congonhas, que foram proibidas. Com isso, muitos opta-ram por Florianópolis e Curitiba. Com a volta das conexões, este problema deve ser resolvido”, afirma Canez, sobre a proi-bição que durou até o dia 17 de março.

O empresário Ronaldo Baumgarten Junior, diretor para Assuntos da Indústria da Acib, faz parte do grupo que se reuniu três vezes para discutir as necessidades do Aeroporto de Navegantes. Na primeira reunião, foram rediscutidos os principais

problemas do aeroporto e a Prefeitura de Navegantes foi ouvida sobre os dados de quitação do primeiro convênio com a Infraero. Também foram apontadas as so-luções de todas as pendências com os ter-renos que foram desapropriados e estão à disposição da Infraero. De acordo com o empresário, 70% da área pleiteada pelo órgão federal já estão disponíveis.

Na segunda reunião, a Prefeitura de Navegantes confirmou todos os dados explanados no primeiro encontro e o as-sunto foi apresentado ao deputado João Matos, que ficou à disposição do grupo e responsável por marcar uma nova reunião com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em um terceiro encontro, realizado no dia 19 de março, já foi pos-sível sentir os efeitos da pressão realizada pelas entidades, com Prefeitura de Nave-gantes e Infraero chegando a um consen-so e já encaminhando o fechamento do primeiro convênio, que trata sobre 70% da área reivindicada pela Infraero para a expansão do aeroporto. A área vizinha à pista foi considerada de utilidade pública pela Prefeitura, impedindo o surgimento

de novas construções que atrapalhem a ampliação do aeroporto.

O momento agora é de expectativa. Baumgarten conta que é preciso fazer pressão política para que em Brasília bus-que-se esse progresso. “A gente sabe que o Aeroporto de Navegantes precisa ser tratado de outra maneira, com a importân-cia estratégica que ele tem, principalmente para o Vale do Itajaí e todo o turismo da região”. A expectativa atual é que com o empenho da bancada catarinense, algum retorno em médio prazo seja conquista-do. “É muito importante que a bancada se esforce para ajudar o Aeroporto de Nave-gantes”, diz.

Quanto à divisão de prioridades entre os aeroportos de Navegantes e o Que-ro-Quero, de Blumenau, o diretor para Assuntos da Indústria da Acib deixa cla-ro que eles não são concorrentes. “São dois assuntos completamente diferentes. O Quero-Quero é regional, é assunto de Blumenau. Navegantes é internacional e tem o interesse direto do Estado”, finali-za o diretor da Acib, Ronaldo Baungarten Junior.

Negociações avançam no Litoral

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Ho-

MAIS DE 400 PESSOAS PRESTIgIARAM ODIA INtERNAcIONAL DA MuLhER

o auditório do Teatro Carlos Go-mes praticamente lotou na noite de 6 de março. Mais de 400 pesso-as, entre convidados e autoridades, prestigiaram a sexta edição do En-contro Dia Internacional da Mulher, promovido pela Câmara da Mulher Empresária da Acib. o evento foi aberto com um vídeo sobre a histó-ria das empresárias e com a execu-ção do hino Nacional pela banda do 23º Batalhão de Infantaria.

Em seguida, os discursos da coorde-nadora da Câmara, Rosângela Balzan, do presidente da Acib, Ricardo Stodieck, da presidente do Conselho Estadual da Mu-lher Empresária, Zalfa Benites, do prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, e do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Paulo França, serviram para re-lembrar as razões de comemorar o Dia In-ternacional da Mulher. Todos destacaram os avanços para o fim da discriminação contra a mulher nas mais diversas áreas e relembraram que ainda há muito a fazer. Era o prenúncio de uma noite emocionan-te e produtiva.

Logo após os discursos, a Câmara da Mulher Empresária fez uma homenagem a oito mulheres e uma entidade (ver página

21) que se destacaram em suas atividades durante o ano de 2007. Cada homenage-ada recebeu como lembrança um troféu confeccionado em cristal, uma referência à transparência e à consistência das mu-lheres e entidade escolhidas. Duas delas ganharam, além do troféu, um prêmio sur-presa. A radioamadora Alda Niemeyer e a escritora Lilli Steffens foram aplaudidas de pé, reconhecimento espontâneo da co-munidade que identificou nas histórias de vida delas a essência da força de vontade necessária para driblar a discriminação e atingir os objetivos traçados.

Palestra

Na parte final do evento, homenage-adas e autoridades que formavam a mesa de trabalho deram lugar à experiência da consultora de Comércio Exterior da São Paulo Alpargatas, Angela Tamiko Hirata. A executiva é a responsável pelo sucesso das sandálias Havaianas no exterior e con-tou, em uma palestra de aproximadamen-te uma hora, como transformou um dos produtos mais característicos do país em objeto de desejo nos cinco continentes.

Hirata fez um histórico das Havaianas em seus 45 anos, mostrou o aumento das vendas até 1988 e a reformulação do pro-

duto em 1994, após sucessivas quedas na virada dos anos 80 e 90. O lançamento de novos produtos, sem abandonar o con-ceito de produto genuinamente brasileiro, deu novo fôlego às vendas e foi a mola propulsora para o início da internaciona-lização das sandálias, no início dos anos 2000, quando Hirata assumiu a diretoria do Departamento de Comércio Exterior da São Paulo Alpargatas.

Em quatro anos, as exportações da empresa passaram de 1,5% para 10% do faturamento, e tiveram as Havaianas como a maior responsável pelo crescimento. “Hoje, o produto está presente em mais de 80 países dos cinco continentes e tem se transformado em sinônimo de brasili-dade”, enaltece a consultora que reforça o poder que os produtos fabricados no Brasil têm no mercado exterior.

O evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher teve o patrocínio da WK Sistemas e o apoio de Arianne De-corações, Cia Hering, Electro-Aço Altona, ERB Informática, Escola de Idiomas YES, Espaço Margarete Cabeleireira e Equipe, Estúdio Criação, Honda Takai, Odorizzi Editora e Gráfica, RBS TV, Rede Plaza de Hotéis, Restaurante Sabor Imperial, Se-cretaria Municipal de Turismo e Stuttgart Artigos Finos.

HOMENAgEM

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Grupo Vocal da Casa da Amizade (artístico-cultural)

Elita Grosch Maba (educacional)

Alda Niemeyer(responsabilidade social)

Elise Stodieck (revelação empreendedora)

Elizabete Ternes Pereira (saúde)

Tânia Marquato (empreendedorismo)

Eliete Maria Busarello Panini (destaque regional)

Angela Tamiko Hirata (C) foi a palestrante da noite

Lilli Stefens(destaque nacional)

Maitê Guadalupe Lang (destaque estadual)

Mais de 400 pessoas prestigiaram o evento

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O governador Luiz Henrique da Silvei-ra recebeu no dia 10 de março um ofício pedindo mais atenção do governo do Es-tado ao efetivo do 3º Batalhão de Bombei-ros Militares. O documento foi assinado pelos presidentes da Associação Empre-sarial de Blumenau (Acib), Associação das Micro e Pequenas Empresas de Blumenau (Ampe), Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau (CDL), Intersindical Patronal de Blumenau e Região e Sindicato das Indús-trias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex).

O ofício foi preparado após as entida-des tomarem conhecimento dos números da corporação. Blumenau conta hoje com o trabalho de 84 bombeiros, sendo que o ideal seria 120. “O atendimento à comuni-dade está sendo prejudicado. Os bombei-ros trabalham 24 horas e folgam 48 horas, o que significa dizer que diariamente po-demos contar com aproximadamente 20 homens para realizar todas as funções do Corpo de Bombeiros, desde as adminis-trativas até o atendimento à comunidade”, revela Stodieck.

O documento pede ao governador que determine a abertura de um novo

concurso público para suprir a falta de efetivo. Uma solicitação já foi encaminha-da ao Grupo Gestor do governo estadual, que negou o pedido. “A nossa esperança é que o governador convença os secretários

que fazem parte do Grupo Gestor sobre a necessidade de contratar mais bombeiros, dando à comunidade o atendimento me-recido”, acrescenta o presidente da Asso-ciação Empresarial.

EMPRESÁRIOS PEDEM MAIS EFETIVO PARA O CORPO DE BOMBEIROS

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AcIb é NOTÍcIA

Governador recebeu ofício das entidades de Blumenau

Associados da Acib, reunidos em Assem-bléia Geral realizada no dia 18 de fevereiro, aprovaram a venda de um imóvel da entidade. Trata-se do 3º andar do Edifício Visconde de Mauá, na Rua XV de Novembro, antiga sede da Associação. O imóvel foi vendido por R$ 225 mil. Segundo o presidente da Acib, Ricardo Stodieck, o valor será reservado para aportar recursos na construção do Centro Empresarial de Blumenau (CEB), onde a entidade terá sede própria.

A construção do CEB deve começar em meados deste ano. O terreno já foi adquirido e fica na Rua Antônio Treis, bairro Vorstadt. Além da Acib, a construção deve abrigar outras enti-dades empresariais, como o próprio CEB e sin-dicatos patronais. Na Assembléia, os associados também decidiram colocar à venda o 2º andar do Edifício Mauá, que também pertence à Acib. “Todos os recursos arrecadados com a venda de imóveis serão destinados à construção da sede própria”, reforça Stodieck.

ACIB VENDE IMóVEL. DINHEIRO SERÁ INVESTIDO EM SEDE PRóPRIA

Contrato de compra e venda foi assinado na sede da Acib

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Conselheiros e diretores da Acib deci-diram apostar mais uma vez na visão em-preendedora e de futuro dos empresários de Blumenau. Depois de arrecadar quase R$ 100 mil para pagar a maior parte do projeto executivo da construção do viadu-

to sobre o Trevo da Mafisa, em campanha que contou com o apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico da Itoupava Central, a entidade vai agora convocar os empresários blumenauenses para que co-laborem com o pagamento da metade de

um projeto para viabilizar as operações no Aeroporto Regional de Blumenau (Que-ro-Quero). A outra metade ficará sob res-ponsabilidade da Prefeitura, que também pagou 1/3 do projeto do Trevo da Mafisa.

Um estudo prévio já foi feito por uma empresa especializada no ramo, a pedido da Prefeitura de Blumenau. No trabalho ficou clara a viabilidade do projeto, que transformará o atual Quero-Quero em um aeroporto regional seguro e financei-ramente sustentável. O projeto a ser ela-borado contempla desde as adequações exigidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) até o modelo de gestão a ser adotado no aeroporto.

Trabalho semelhante já foi realizado em Maringá, cidade semelhante a Blume-nau e que teve seu aeroporto totalmente reestruturado, tornando-se referência na região Sul. O diretor da Acib, Jaime Gros-senbacher, que também é piloto, acom-panhou o trabalho da empresa contrata-da pela Prefeitura e visitou o aeroporto paranaense. “Pela primeira vez percebo seriedade no trabalho que está para ser realizado. Não podemos perder esta oportunidade”disse Grossenbacher.

EMPRESÁRIOS VãO AJUDAR A PAGAR PROJETO PARA AEROPORTO REGIONAL

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AcIb é NOTÍcIA

Hans Dieter Didjurgeit (E) presidiu reunião que aprovou ajuda

FACISC E EMPREENDER ORGANIZAM MISSãO PARA FEIRA MUNDIAL

A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e a Fundação Empreender estão organizando uma missão técnica empresarial para a 15ª IFAT 2008 – Feira Internacional do Meio Ambiente e Tratamento de Resíduos. O evento será rea-lizado em Munique (Alemanha), de 3 a 10 de maio.

A programação contempla visita à feira, estação de tratamento de Munique, em-presa de transformação de lixo orgânico, empresa de coleta seletiva de lixo e outros contatos conforme formação e interesse do grupo. A IFAT é a feira líder mundial na área do meio ambiente. O evento funciona como uma plataforma para transferência de tecnologia e a troca do know-how.

Em 2005, a feira, que acontece de três em três anos, teve um número recorde de expositores: 2.223 companhias de 36 países apresentaram as tendências e as inovações de produto, tecnologia, água, esgoto, reciclagem e tratamento.

Outras informações podem ser obtidas pelo fone (47) 3461-3367, com Lucilena, ou pelo e-mail [email protected].

MAIS DE 40 PARTICIPARAM

O Núcleo de Impressão Digital em Grandes Formatos da Acib, um dos mais recentes criados pela entidade, promoveu no dia 16 de fevereiro um Treinamento Prático de Envelopamento de Frota. Dois instrutores vieram de Joinville para orientar 43 participantes, de 15 diferentes cidades, que passaram o dia na DAY Brasil, empre-sa que cedeu o espaço para a realização do curso e ajudou na organização.

Envelopamento é a técnica utilizada para aplicar películas auto-adesivas em ve-ículos que fazem parte da frota de uma organização. Geralmente os veículos rece-bem elementos que identificam a empresa

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O reitor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Eduardo Deschamps, é o convidado do Encontro com Gestores de Escolas, evento promovido pelo Nú-cleo de Escolas de Educação Profissional da Acib. Deschamps fará uma palestra sobre

Planejamento Estratégico para Esco-las. O Encontro está marcado para o dia 8 de abril, às 8h, no auditório do Senai (Rua São Paulo, 1147). Podem participar diretores, orientadores pedagógicos e demais profissionais ligados à gestão es-colar.

As inscrições são gratuitas e as vagas, limitadas. Para se inscrever, basta enviar um e-mail para [email protected] ou ligar para (47) 3326-1230 e falar com Fá-bio ou Daniela, até o dia 4 de abril.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA ESCOLAS É TEMA DE ENCONTRO

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AcIb é NOTÍcIA

O reitor da Furb Eduardo Deschampsé o convidado do evento

O secretário de Estado da Segu-rança Pública e Defesa do Cidadão, Ronaldo Benedet, participou, no dia 10 de março, da primeira reunião oficial do Núcleo de Centros de Formação de Condutores da Acib. Benedet elogiou a iniciativa, que teve o apoio do sindicato do setor, e disse que, além de fortale-cer as empresas, o Núcleo pode ser um aliado no combate à violência no trânsito. “O trânsito de Santa Catarina é um dos que mais matam no país. Es-pero que iniciativas como essa ajudem a reduzir as estatísticas”.

O presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Santa Catarina (Sindemosc), Murilo dos Santos, que também integra o Nú-cleo, comemora a criação do grupo. “A região de Blumenau tem particularida-des que serão debatidas nas reuniões. Por isso estamos convidando os CFCs da região para que busquem a Acib e façam parte do Núcleo”. Para obter mais informações, ligue para (47) 3326-1230 e fale com Alexandra.

SECRETÁRIO DE ESTADO PRESTIGIA NúCLEO DE CFCs DA ACIB

Ronaldo Benedet (E) quer empresários como aliados

PROMOÇãO UNIODONTO

Até o dia 15 de abril, a Uniodon-to oferece uma promoção especial para empresas associadas à Associa-ção Empresarial de Blumenau (Acib). Neste período, quem aderir ao plano fica isento da taxa de inscrição e o tempo de carência é reduzido de 60 para apenas 15 dias. O valor individual mensal para quem contratar o plano é de somente R$ 19,50 e não há núme-ro limite de usuários por empresa.

A Uniodonto é o Sistema Nacio-nal de Planos de Assistência Odonto-lógica e coloca à disposição de seus clientes a comodidade de serem aten-didos por mais de 20 mil cirurgiões dentistas em qualquer lugar do terri-tório nacional.

Mais informações com Patrícia, no telefone (47) 3326-1230.

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NOVOS ASSOCIADOS Centro de Formação de Condutores Ascurra

Ltda Centro de Formação de Condutores Beira Rio

Ltda Centro de Formação de Condutores Blu Ltda Centro de Formação de Condutores Garcia

Ltda Centro de Formação de Condutores Pérola do

Vale Ltda Clínica e Laboratório Dr. Joel SC Ltda Instituto Brasileiro de Gerontogia Ltda Magrass Franchising Ltda Mídia Digital Comunicação Visual Ltda Proesi Comércio Serviços Ltda Rafatricons Bordados Ltda Rocefe Ind. Comércio de Máquinas e Equipa-

mentos Eletrônicos Rosil Comércio de Carnes e Frios Ltda Schmitt & Souza Distribuidora Ltda Tam Linhas Aéreas S.A. Tecnosan Tecnologia e San. Ambiental Ltda Transportes Keller Ltda Vértice Sistemas de Informática Ltda Vitória Brasil C.FC Ltda

FEVEREIRO / 2008

O Núcleo de Agências de Viagens e Turismo da Acib está preocupado com a falta de opções e com as altas tarifas de vôos para São Paulo a partir de Navegantes. Segundo a coordenadora, Cristine Ziel, a única linha entre o aeroporto catarinense e Cumbica (Guarulhos), lançada no mês passado pela GOL, operou por duas semanas e foi desativada sem qualquer justificativa para as agências. “Lutamos por esse vôo importante para conexões nacionais e in-ternacionais, divulgamos entre os clientes e em me-nos de um mês temos que enfrentar essa nova crise”, desabafa Ziel.

Para o Aeroporto de Congonhas a situação não é muito diferente. Os horários disponibilizados pela TAM são incompatíveis com a necessidade dos clien-tes corporativos, que geralmente passam o dia na capital paulista. “O primeiro vôo chega a São Paulo às 11h e às 16h o passageiro já tem que estar no Aeroporto para retornar”, explica a coordenadora. O grupo enviou ofício às duas empresas solicitando mudanças para melhor atender os clientes da região.

AGêNCIAS RECLAMAM DAS OPÇõES DE VôOS A PARTIR DE NAVEGANTES A Associação Empresarial de Blumenau (Acib) está preocu-

pada com a quantidade de erros encontrados na documenta-ção enviada pelas empresas de Blumenau ao escritório da Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc). Levantamento recente revelou que aproximadamente metade dos livros con-tábeis encaminhados ao órgão contém erro e é devolvida para correção. O mesmo acontece com os processos de alteração contratual. De 447 processos analisados, 172 continham erros, sendo que em 76 deles os erros foram classificados como de “falta de atenção”.

Esse tipo de problema ajuda a criar um grande gargalo nos serviços prestados pela Junta, atrasando o andamento dos pro-cessos e rotinas realizadas pelos seus servidores e, por conseqü-ência, atrasando processos e rotinas contábeis das empresas de Blumenau. A Acib fez um apelo aos seus associados para que a situação seja repassada ao departamento contábil das empresas, terceirizado ou não, a fim de solicitar o cumprimento do que estabelece a Jucesc para garantir a legalidade dos processos.

Segundo o diretor financeiro da Acib, Manfredo Krieck, que também é contador, muito se fala do atendimento da Jucesc em Blumenau e boa parte dos problemas pode ser resolvida observando com atenção o que está previsto em lei. “Sabemos que existem problemas de outras naturezas na Junta, mas temos que começar pelos mais simples para melhorar cada vez mais o atendimento no órgão”, destaca Krieck.

PROBLEMAS NA JUCESC PODEM SER RESOLVIDOS EM CONJUNTO

Encontro com Gestores de EscolasPalestra sobre Planejamento Estratégico para Es-colas, com o reitor da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Eduardo Deschamps. Evento di-recionado a diretores, orientadores pedagógicos e demais profissionais ligados a gestão escolar.Promoção: Núcleo de Escolas de Educação Pro-fissional da AcibQuando: 8 de abril, às 8hOnde: Senai - Auditório (Rua São Paulo, 1147)Inscrições gratuitas pelo telefone (47) 3326-1230 ou e-mail [email protected]

Vagas limitadas! Café da Manhã – redex

Palestra com representantes do Grupo Localfrio (Itajaí) sobre o Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex).Promoção: Núcleo de Comércio Exterior da AcibQuando: 10 de abril, às 8hOnde: Acib (Rua Ingo Hering, 20 – 8º andar – Neumarkt Trade & Financial Center)Inscrições gratuitas pelo telefone (47) 3326-1230 ou e-mail [email protected]

Encontro de ClubesEvento direcionado a gestores, dirigentes e cola-boradores de clubes e associações de Blumenau e região. Palestras: Sistemas de Seguros, Contratos, Planejamento Estratégico em Clubes e O Clube Administrado Como Uma Empresa.Promoção: Núcleo de Associações Esportivas e Clubes da AcibQuando: 25 de abril, das 8h às 19hOnde: Bela Vista Country Club (Rodovia Jorge

AGENDAABRIL / 2008

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“A Lei Rouanet precisa ser melhora-da”. Com esta frase, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, reflete uma visão nacional: a de que apoiar projetos e eventos é uma vertente que está cada vez mais em evi-dência como um bom negócio, principal-mente para a iniciativa privada. Ao todo, mais de 800 fontes de recursos podem ser exploradas para apoiar eventos e pro-jetos. No Brasil, estes recursos não são bem aproveitados e, nos estados do Sul, a situação é ainda pior. Pesquisa recente do IBGE aponta que os estados do Sul do Brasil são os que menos investem nesta área. Somados os anos de 2003, 2004 e 2005, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina gastaram R$ 110 milhões, repre-sentando apenas 9,8% do bolo nacional investido em cultura, considerando Lei Fe-deral de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet e Audiovisual).

Esta realidade se dá porque a busca por patrocínio pode se tornar uma expe-dição mal-sucedida já no meio do cami-nho e muitos projetos não concorrerem até o final pelas verbas disponíveis. Entre os maiores entraves estão burocracia e a falta de informação. Além disso, o que também impera é o desconhecimento dos procedimentos destes processos que, na realidade, deveriam servir como um elo entre as instituições públicas, detentoras destas verbas, e as boas idéias em prol do bem comum. O Estado de Santa Catarina, por exemplo, já fez sua parte aprovando e regulamentando leis de incentivo à cultu-ra, esporte, turismo, ciência e tecnologia, social, emprego e outros. O Governo Fe-deral também vem tentando regulamen-tar e ajustar estes caminhos para facilitar o emprego destas verbas em eventos e projetos.

Em virtude desta crescente busca por

apoio e profissionalização deste mercado de patrocínio, está se formando um fenô-meno chamado de “indústria do patro-cínio”. Iniciativas sociais e culturais estão sendo vistas como bons negócios e têm combinado responsabilidade social com lucro. Dados do IBGE indicam que, entre 2003 e 2005, o número de empresas re-lacionadas à cultura constituídas na forma-lidade teve um crescimento superior ao crescimento do número de todas as de-mais empresas no País. Neste momento, então, registramos uma expectativa real

de mudança nos processos e no anda-mento das etapas de captação de recursos para apoios e patrocínios. Assim, como o terceiro setor se organizou nas últimas dé-cadas e hoje forma uma força considerável na economia nacional, a indústria do pa-trocínio tende a ser um grande e respeita-do mercado que vai pertencer aos empre-endedores visionários num futuro breve.

Márcio GodoyDiretor-presidente do Instituto

Movimento Pró-Projetos de Santa Catarina

ARTIgO

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INDústRIA DO PATROcÍNIO

SAIBA MAIS

No site www.institutomovi-mento.com.br pode-se fa-zer o download do livro “A Indústria do Patrocínio em Santa Catarina”, de Márcio Godoy. A obra contém um grui com as fontes nacio-nais e internacionais para apoio e patrocínio de proje-tos sociais e ambientais.

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MEMÓRIA

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Sobre as intenções da Associação, o Blumenauer Zeitung opinava, em 28 de dezembro: “Se a Associação Comercial conseguir tudo aquilo a que se propõe, será dado um grande passo em direção ao melhoramento de todo o comércio da região”. E complementava, adiante: “Tomara que não sejam palavras vazias, pro-nunciadas ao tomar uma boa cerveja, durante as reuniões pela manhã de terça-feira”. As ações que se segui-ram, no entanto, mostraram que o surgimento da Associação Comercial seria fundamental para o desenvol-vimento da economia de Blumenau.

O surgimento formal da Associação foi, na verdade, fruto de um movimento que vinha amadurecendo há três anos. Desde 1898, os comerciantes e industriais mantinham encontros regulares para dis-cutir as dificuldades de comercialização de seus produtos e buscar soluções conjun-tas para o problema. Não havia, contudo, nenhuma formalidade que os unisse em torno de uma entidade, fato que surgiu

somente em 1901, com o registro da ata e dos estatutos da Associação.

A principal motivação que uniu as lide-ranças locais foi a possibilidade de, juntas, poderem ter mais força para reivindicar ao governo a abertura e manutenção de me-lhores vias de escoamento da produção local, fixar bons preços de compra junto aos colonos e de venda dos produtos ma-nufaturados nos mercados externos. Pre-ocupava-os muito a queda do preço da manteiga, responsável por um quarto do valor total produzido pela indústria blume-nauense no início do século passado.

É importante lembrar que, quando criada, a Associação Comercial abrangia um território muito maior que o da atual Blumenau. Na época, englobava os atuais municípios de Gaspar, Massaranduba, Po-merode, Indaial, Timbó, Benedito Novo, Rio dos Cedros, Doutor Pedrinho, Ascur-ra, Rodeio, Apiúna, Ibirama, José Boiteux, Dona Emma, Witmarsun, Lontras e Rio do Sul, entre outros.

A redução das exportações de Blume-nau estava atrelada aos problemas enfren-tados pela economia do Brasil no início do

século 20, reflexo da instabilidade política causada pela mudança do sistema imperial para a República.

“A idéia das novas elites era promo-ver uma industrialização imediata e a mo-dernização do país ‘a todo custo’. Houve uma completa abertura da economia aos capitais estrangeiros e, com isso, a mais es-candalosa fraude especulativa, propiciando a ascensão de uma nova camada de ar-rivistas, enriquecidos no jogo especulativo que, junto aos cafeicultores do Sudoeste, transformaria-se numa das principais ba-ses sociais e econômicas de sustentação da elite científica e tecnocrática. Esse pro-cesso de mudança social alcançou amplas, dimensões, à medida que o advento do novo regime e a instauração da nova or-dem econômica desencadearam igualmen-te movimentos especulativos em torno de taxas cambiais, do mercado imobiliário e de aluguéis, do fornecimento de gêneros alimentícios de primeira necessidade e de ampla gama de importações”.

* Trecho do livro 100 Anos Construindo Blumenau, de Nelson Marcelo Santiago, publicado em comemora-ção ao centenário da Acib, no ano de 2001.

Rua XV de Novembro, onde estava a maior parte dos associados da Acib no início do século 20

Arquivo Histórico de blumenau

NASCE A AcIB (1901-1913) Parte III

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