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Exercício de Contestação – Aula de 17/05/2014 = seu cliente, empresa Céu Azul, o procurou por conta de reclamação trabalhista proposta por ex- empregado, José da Silva, em 01/06/2013, o qual havia sido contratado 01/01/2005, alegando e postulando o seguinte: - que eventualmente comprava gasolina em galão de combustível e abastecia o gerador da empresa; - que trabalhava 10 horas por dia na segunda-feira das duas primeiras semanas do mês, apesar de reconhecer que nas duas últimas trabalhava 06 horas por dia na mesma segunda feira, sendo que havia acordo coletivo que tratava do sistema de compensação de jornada de uma semana para outra; - que sua bolsa era revistada ao final do expediente, sem contato pessoal ou físico, e que se sentia humilhado; - que foi dispensado em 01/10/2011 e que recebeu apenas aviso prévio indenizado de 30 dias; = formulou os seguintes pedidos: - horas extras; - aviso prévio indenizado; - adicional de periculosidade; - vale transporte; = faça o que precisa ser feito, para a defesa dos interesses de seu cliente. 1- Das preliminares: 1.1- Da inépcia quanto à alegação de dano moral: Alega o reclamante que sofria revista de bolsas, sem contato físico, e que se sentia humilhado, sofrendo dano moral. Não formulou qualquer pedido decorrente do referido fato. Conforme o art. 295, parágrafo único, I do CPC, combinado com o art. 769 CLT, considera-se configurada a inépcia quando há falta de pedido. Assim, requer o acolhimento da presente preliminar, diante da inépcia, para extinguir o processo sem exame do mérito, na forma do art. 267 do CPC, combinado com o art. 769 da CLT. 2.1 da Prejudicial de prescrição:

Exercício-de-Contestação-17-05-14

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  • Exerccio de Contestao Aula de 17/05/2014 = seu cliente, empresa Cu Azul, o procurou por conta de reclamao trabalhista proposta por ex-empregado, Jos da Silva, em 01/06/2013, o qual havia sido contratado 01/01/2005, alegando e postulando o seguinte: - que eventualmente comprava gasolina em galo de combustvel e abastecia o gerador da empresa; - que trabalhava 10 horas por dia na segunda-feira das duas primeiras semanas do ms, apesar de reconhecer que nas duas ltimas trabalhava 06 horas por dia na mesma segunda feira, sendo que havia acordo coletivo que tratava do sistema de compensao de jornada de uma semana para outra; - que sua bolsa era revistada ao final do expediente, sem contato pessoal ou fsico, e que se sentia humilhado; - que foi dispensado em 01/10/2011 e que recebeu apenas aviso prvio indenizado de 30 dias;

    = formulou os seguintes pedidos: - horas extras; - aviso prvio indenizado; - adicional de periculosidade; - vale transporte;

    = faa o que precisa ser feito, para a defesa dos interesses de seu cliente.

    1- Das preliminares: 1.1- Da inpcia quanto alegao de dano moral: Alega o reclamante que sofria revista de bolsas, sem contato fsico, e que se sentia humilhado, sofrendo dano moral. No formulou qualquer pedido decorrente do referido fato. Conforme o art. 295, pargrafo nico, I do CPC, combinado com o art. 769 CLT, considera-se configurada a inpcia quando h falta de pedido. Assim, requer o acolhimento da presente preliminar, diante da inpcia, para extinguir o processo sem exame do mrito, na forma do art. 267 do CPC, combinado com o art. 769 da CLT.

    2.1 da Prejudicial de prescrio:

  • A presente reclamao foi ajuizada em 01/06/2013, tendo o contrato de trabalho se iniciado em 01/01/2005. Conforme o art. 7, XXIX da CF, os direitos decorrentes do contrato de trabalho prescrevem em cinco anos. Assim, requer a pronncia da prescrio qinqenal, quando aos direitos anteriores a 01/06/2008.

    2.2- Do adicional de periculosidade: Postula o reclamante a condenao ao pagamento de adicional de periculosidade. Alega que eventualmente abastecia o gerador da reclamada e que tal situao configura trabalho perigoso. Entretanto, nos termos da tese da Sm 364 do TST, no devido o adicional de periculosidade no caso de contato eventual com o agente perigoso. Assim, requer a improcedncia do pedido de condenao ao pagamento de adicional de periculosidade.