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FOLHA DIOCESANA São José dos Pinhais (PR)•ANO I número 08•Novembro e Dezembro de 2008 Distribuição Gratuita São José dos Pinhais São José dos Pinhais Blue Lantern Studio/Corbis Leia a mensagem de Natal que foi preparada para você na página 13 É tempo de advento: Acolhamos o Príncipe da Paz

Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 8

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Folha Diocesana São José dos Pinhais Veículo oficial da Diocese de São José dos Pinhais Rua Izabel a Redentora, 1392 Centro - São José dos Pinhais e-mail: [email protected]

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FOLHA DIOCESANASão José dos Pinhais (PR)•ANO I número 08•Novembro e Dezembro de 2008 Distribuição Gratuita

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É tempo de advento: Acolhamos o Príncipe da Paz

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2 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008

AGENDA DO BISPO EM NOVEMBRO E DEZEMBRO

EXPEDIENTE Folha Diocesana São José dos Pinhais Veículo ofi cial da Diocese de São José dos Pinhais Rua Dona Izabel A Redentora, 1392. Centro - São José dos Pinhais Fone: (41) 3035-9800 / (41) 9127-1554 / e-mail: [email protected]: Bispo dom Ladislau Biernaski Conselho Editorial: Padre Aleixo Wardzynski de Souza, Padre Paulo Sgaraboto, Padre João Maria Stech, Diácono Douglas Marchiori e Leo Marcelo Plantes Machado. Jornalista responsável: Tânia Jeferson - MTB 5965/PR Diagramação: Anderson de Souza Publicidade: Nilson Vieira da Costa. Fone: 9162 4761 / 3398 6952 Circulação mensal: Araucária, Campo do Tenente, Contenda, Fazenda Rio Grande, Lapa, Mandirituba, Piên, Piraquara, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Agudos do Sul. Tiragem: 10 mil exemplares / Impressão: Gráfi ca e Editora Helvética

01 – 16h00 - Encontro Nacional da Juventude;02 – 19h00 – Celebração na Catedral;04 – Atendimento aos Padres For-madores, Lançamento da Agenda Latino-americana;05 – Expediente no Centro Dioce-sano;06 – 1h00 - Reunião com Párocos e Secretárias (os);07 – Expediente no Centro Dioce-sano;08 – 16h00 e 19h00 – Crismas na Paróquia São Pedro em São José dos Pinhais;09 - 10h00 - Posse do. Vicente Hernández Castelló SS.cc. como Ad-ministrador Paroquial na Paróquia São Sebastião da Contenda em São José dos Pinhais;11 - Elevação do Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo a Abadia e Benção Abacial de Dom Bernardo Bonowitz,18h00 - Missa de reabertura da Capela do Hospital e Maternidade São José dos Pinhais;13 – Encontro dos Padres Diocesa-nos em Mandirituba;14 – Expediente no Centro Dioce-sano;16 – 15h00 - Lançamento da Pedra Fundamental na Capela N.S. do Rocio da Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Xingú,16h00 – Missa no Encontro de lide-ranças do Cursilho da Cristandade em Pien;18 – Expediente no Centro Dioce-

sano;19 - 19h30 Crismas na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro em São José dos Pinhais;20 – 09h00 Conselho Presbiteral,19h30 Crismas na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em São José dos Pinhais;21 – 19h30 Crismas na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em São José dos Pinhais;22 - 11h00 Missa no Encontro de Formação do GER Cursilho da Cris-tandade em Rio Negro,16h00 Crismas na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em São José dos Pinhais,19h00 Crismas na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em São José dos Pinhais;23 - 08h00 Crismas na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em São José dos Pinhais;10h00 - Crismas na Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em São José dos Pinhais;26 - Expediente no Centro Diocesano;28 - 08h00 Encontro EPC – Abertu-ra; 19h30 Crismas na Lapa;29 - 09h00 Encontro Diocesano da Pastoral da Criança; 14h00 Missa da Pastoral da Criança;30 - 08h30 e 10h30 Crismas na Paróquia Nossa Senhora Aparecida no Guatupê em S.J. dos Pinhais;

DEZEMBRO DE 200801 – Confraternização dos Padres Diocesanos; 20h00 Celebração no Parque da Fonte em São José dos

Pinhais;03 - Expediente no Centro Dioce-sano;05 - Conselho Regional da CPT; 19h00 Missa na Catedral – Movi-mento Serra;06 - Conselho Regional da CPT;07 - 08h30 e 10h30 - Crismas na Paróquia N.S. da Conceição em Agudos do Sul; 16h00 - Ordenação Presbiteral do Dc. Eliseu Wisniewski, CM Paróquia Santa Cândida em Curitiba;10 - Expediente no Centro Dioce-sano;12 - Ordenação Presbiteral dos dc. José Vanol e Fábio Jr. na Lapa;13 - Ordenação Presbiteral do Dc. Valério na Paróquia Senhor Bom Jesus em São José dos Pinhais; 19h30 Posse do Pe. Osvânio na Paróquia N. S. Aparecida do Xingú em São José dos Pinhais;14 - 10h00 - Celebração dos 100 anos da Colônia Johannesdorf na Lapa; 15h00 - Catedral de São José - Ordenação Diaconal de Lucas Muchau e Odair José Durau15 - 10h30 - Reunião do Setor Pira-quara na Chácara de Leo Grande;19 - 19h00 - Crismas na Paróquia N. S. do Perpétuo Socorro em Piraquara;21 - 19h00 - Celebração na Catedral;24 – 20h00 Celebração da Vigília de Natal na Comunidade São Do-mingos em São José dos Pinhais;25 - 09h00 - Missa de Natal na Catedral;28 - 19h00 - Missa na Catedral.

PADRES ANIVERSARIANTES DE NOVEMBRO E DEZEMBRO

O XII Sínodo dos Bispos EDITORIAL Bispo Dom Ladislau Biernaski

“A Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja”

POR UMA FELIZ INICIATIVA DO PAPA BENTO XVI, foi convocado o XII Sínodo dos Bispos. O tema deste sí-nodo foi “A Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja”. A Assembléia aconteceu em Roma de 5 a 26 de outubro. Estiveram presentes 253 padres sinodais que vieram dos 5 continentes: 51 da África, 62 das América, 41 da Ásia, 90 da Europa e 9 da Oce-ania e 10 das Igrejas orientais.

O XI Sínodo sobre a Eucaristia fonte e cume da vida e da missão da Igreja encerrado em 2005, aprofundou o signifi cado da relação entre Eucaristia e Pala-vra de Deus, a partir do qual o Papa Bento XVI publicou a exortação apostólica “Sacramentum Caritatis”.

Em continuidade e complementando o Sínodo anterior, a razão profunda e, ao mesmo tempo, o fi m primário deste Sínodo foi encontrar em plenitude a Palavra de Deus no Senhor Jesus, presente na Escritura e na Eucaristia.

O que é o Sínodo dos bispos?Antiqüíssimo na História da Igreja, originário dos primeiros séculos cristãos.

Sínodo deriva de dois termos gregos: “Sin” que signifi ca “junto” e “Hódos” que signifi ca “caminho”. Portanto,“Sínodo”, etimologicamente, signifi ca “caminhar juntos”, o Papa, os bispos, a Igreja toda.

A Mensagem do SínodoQuatro são os pontos cardeais que somos convidados a conhecer e que se

expressam na mensagem fi nal: A voz, o rosto, a casa e os caminhos da Palavra. Assim, a voz ou a Revelação é a voz divina que ressoa nas origens da criação,

quebrando o silêncio do nada e dando origem às maravilhas do Universo. É uma voz que desce nas páginas das Sagradas Escrituras e que nós lemos na Igreja, sob a guia do Espírito Santo que foi doado como luz de verdade a ela e a seus pastores.

O Rosto da Palavra, também como escreve São João: “O Verbo (Palavra) se fez carne”. É o próprio Jesus, Filho do Deus eterno e infi nito e ao mesmo tempo um homem mortal, ligado a uma época histórica, a um povo, a uma terra. É Ele que nos revela o sentido pleno e unitário das Sagradas Escrituras, pelas quais o cristianismo é uma religião que tem no centro uma pessoa, Jesus Cristo, revelador do Pai.

A Casa da Palavra divina, ou seja, a Igreja. Que proclama o ensinamento dos apóstolos, lendo e anunciando a Bíblia, inclusive na homilia e na catequese. A Igreja celebra a fração do pão, a Eucaristia, que é fonte e cume da vida e da missão. Temos ainda a Liturgia das Horas, a leitura orante da Sagrada Escritura, que pela meditação, oração me contemplação conduz ao encontro com Cristo, Palavra do Deus vivo. Na casa da Palavra de Deus encontramos também irmãos e irmãs das outras Igrejas e comunidades cristãs que, ainda nas separações, vi-vem uma unidade real, ainda que não plena, através da veneração e do amor pela Palavra Divina.

Chegamos assim à última imagem do mapa espiritual. Os caminhos da Pa-lavra. É o caminho sobre o qual se baseia a Palavra de Deus: “Ide, pois, e fazei discípulos todos os povos, ensinando-os a guardar tudo o que vos mandei”; “o que ouvis, proclamai-o desde os telhados” (Mt 28, 19-20; 10,27).

É a missão, pela qual a Palavra deve percorrer os caminhos do mundo, que hoje são também, os da comunicação, da informática, televisiva e virtual. A Bíblia deve entrar nas famílias para que pais e fi lhos a leiam e com ele rezem para que seja para eles uma lâmpada para seus passos no caminho da igreja doméstica.

A Bíblia nos apresenta também o sopro de dor que se eleva da terra, vai ao encontro do grito dos oprimidos e do lamento dos infelizes. Traz no vértice a cruz, onde Cristo, sozinho e abandonado, vive a tragédia do sofrimento mais atroz e da morte. Mas, pela presença do Filho de Deus, a escuridão do mal e da morte está iluminada pela luz pascal e pela esperança da glória.

Enfi m, os Padres sinodais confi am o resultado do presente Sínodo a Maria, a Virgem da Escuta, que meditava a Palavra de Deus e a vivia no dia a dia. É o que se espera de cada cristão que acolhendo a Palavra, a viva no dia a dia.

Paz e saúde, são os mais sinceros desejos de Dom Ladislau e do Conselho Presbiteral Diocesano

Data Nome

18/11 Pe. Wanderly Calça (Seminário Dom Orione) Aniversário de Ordenação27/11 Pe Fabiano Spilla, CM (Colégio São Vicente de Paulo) Aniversário de Nascimento29/11 Pe. Aparecido do Nascimento (Par. São Sebastião - Quatro Barras) Aniversário de Ordenação02/12 Pe Francisco Mazur (Par. Nossa Senhora dos Remédios) Aniversário de Ordenação06/12 Pe. Sérgio Barbosa do Amaral (Par. Nossa Senhora da Luz) Aniversário de Ordenação06/12 Pe Pedro Kohut (Par. N. Sra. Aparecida – Rio Negro) Aniversário de Ordenação07/12 Pe. Antonio F. M. Viana (Par. N. Sra. Perpétuo Socorro – Piraquara) Aniversário de Ordenação08/12 Pe Sérgio S. Nishiyama (Par. N. Sra. de Fátima) Aniversário de Ordenação08/12 Pe. Antônio Lemos da Costa (Par. N. Sra. Aparecida – SJP) Aniversário de Ordenação09/12 Pe. Vicente H. Castello (Par. São Sebastião – Contenda da Roseira) Aniversário de Ordenação12/12 Pe Ozenildo Staviski (Par. Sr. Bom Jesus da Coluna – Rio Negro) Aniversário de Ordenação12/12 Pe Rodinei Carlos Thomazella (Par. São Sebastião – Quatro Barras) Aniversário de Ordenação13/12 Pe. Vitalino Rodrigues de Lima Aniversário de Ordenação13/12 Pe Airton Grespan (Par. N. Sra. das Dores – Tijucas do Sul) Aniversário de Ordenação14/12 Pe Celmo Suchek de Lima (Catedral São José) Aniversário de Ordenação16/12 Pe Alcione José de Andrade (Par. Sr. Bom Jesus – SJP) Aniversário de Ordenação17/12 Mos. Domingos S. Kachel (Par. Sr. Bom Jesus da Cana Verde) Aniversário de Ordenação19/12 Pe Francisco Beltran de Otálora Aniversário de Nascimento22/12 Pe. Sérgio Barbosa do Amaral (Par. Nossa Senhora da Luz) Aniversário de Nascimento23/12 Pe. Alirio Joaquin Anghelem (Par. N. Sra. Perpétuo Socorro – Piraquara) Aniversário de Ordenação30/12 Pe. Octávio Cirillo Bortoluzzi Aniversário de Ordenação

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Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008 • 3

PARÓQUIAS DIOCESANASCATEDRAL SÃO JOSÉ DOS PINHAISTelefone: 3282-0243 (Pe. Aleixo W. de Souza) (Pe. Celmo Suchek de Lima)Agudos do Sul - Par. Nossa Senhora da ConceiçãoTelefone: 0xx41-3624-1240 (Pe. Carlos Alberto Chiquin)

Araucária - Nossa Senhora dos RemédiosTelefone: 3642-1291 (Pe. Francisco Mazur) (Pe. Marco Aurélio Soares da Costa)Araucária - Par. Nossa Senhora do Perpétuo SocorroTelefone: 3643-1491/3643-1342 (Pe. Claudio Valenga)

Araucária- Tomaz Coelho - Par. Nossa Senhora das DoresTelefone: 3643-3349 (Pe. André Marmilicz)

Campo do Tenente - Par. Cristo ReiTelefone: 0xx41-3628-1292 (Pe. Estanislau Gogulski)

Contenda - Catanduvas do Sul - Par. Imaculada ConceiçãoTelefone: 3638-1161 (Pe. Marcos Miguel Valaski)

Contenda - Par. São João BatistaTelefone: 3625-1414 (Pe. Luiz Czarnecki)

Faz. Rio Grande - Par. Nossa Senhora da LuzTelefone: 3608-1810 (Pe. Sergio Barbosa Amaral)

Faz. Rio Grande - Par. Nossa Senhora de FátimaTelefone: 3382-3130 (Pe. Sérgio S. Nishiyama)

Faz. Rio Grande - Par. São Gabriel da Virgem DolorosaTelefone: 3627-1391 (Pe. Walmir Pacheco Cordeiro)

Lapa - Par. Santo AntonioTelefone: 3622-1484/3622-5970 (Pe. Emerson da Silva Lipinski) (Pe. Marcos Kastel) (Pe. Conrado Felski)Lapa- Mariental - Par. Imaculada ConceiçãoTelefone: 3639-1145 (Pe. Liberato José Bortoluzzi)

Mandirituba - Par. Senhor Bom JesusTelefone: 3626-1185 (Pe. João Maria Rodrigues Stech)

Piên - Par. Nossa Senhora das GraçasTelefone: 0xx41-3632-1152 (Pe. Paulo Henrique Sgarabotto)

Piraquara - Par. Nossa Senhora AuxiliadoraTelefone: 3667-0678 (Pe. Lotário Welter)

Piraquara - Par. Nossa Senhora do Perpétuo SocorroTelefone: 3673-1265 (Pe. Antonio Viana) (Pe. Alírio Joaquin Aughebem)Piraquara - Par. Senhor Bom Jesus dos PassosTelefone: 3673-1694 (Pe. Dirceu Rudinik)

Quatro Barras - Par. São SebastiãoTelefone: 0xx41-3672-1144 (Pe. Rodinei Carlos Thomazella) (Pe. Aparecido do Nascimento)

Quitandinha - Par. Senhor Bom Jesus da Cana VerdeTelefone: 0xx41-3623-1240 (Pe. Aleixo Kochinski) (Mons. Domingos Salomão Kachel)

Rio Negro - Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 0xx47- 3645-0364 (Pe. Pedro Kohut)

Rio Negro - Par. Senhor Bom Jesus da ColunaTelefone: 0xx47-3642-0080 (Pe. José Airton de Oliveira) (Pe. Ozenildo Staviski)

S. J. dos Pinhais - Par. Nossa Senhora do Monte ClaroTelefone: 3382-3130 (Pe. Nikolaus Gelinger Gafeor) (Pe. Jean Wargulewski)

S. J. dos Pinhais - Par. São CristóvãoTelefone: 3282-0744 (Pe. Guilherme Giesen) (Pe. Mario José Steffen)

S. J. dos Pinhais - Par. São PedroTelefone: 3282-1394 (Pe. Leon Grzyska) (Pe. Raju Devarakonda)

S. J. dos Pinhais - Par. Senhor Bom JesusTelefone: 3282-1335 (Pe. João da Silva Soares) (Pe. Alcione José de Andrade)

São José dos Pinhais - Colônia MuricyPar. Sagrado Coração de Jesus Telefone: 3635-1144 (Pe. Alouzy Fludra)

São José dos Pinhais - Contenda da Roseira Par. São SebastiãoTelefone: 3634-1118 (Pe. Vicente Hernandes)

São José dos Pinhais - Guatupê Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 3385-4955 (Pe. Ednilson Turozi de Oliveira)

São José dos Pinhais - Xingú Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 3282-3595 (Pe. Osvânio Humberto Mariano) (Pe. Antonio Lemos Costa)

São José dos Pinhais- Borda do Campo Par. Nossa Senhora Rainha da Paz Telefone: 3385-8345 3385-7194 (Pe. Jaime Schmitz) (Pe. Sizenando de Jesus Kicheleski)

Tijucas do Sul - Par. Nossa Senhora das DoresTelefone: 0xx41-3629-1124 (Pe. Airton Grespam)

Dioceses do Paraná estudam o tema da CF 2009

CAMPANHA DA FRATERNIDADE

NO DIA 15 DE OUTUBRO a Regional Sul II organizou um encontro de forma-ção sobre a Campanha da Fraternidade de 2009, que terá como tema: “Fraternidade e segurança pública” e o lema “A paz é fru-to da justiça” (Is 32,17). A escolha do tema mostra a preocupação da Igreja no Brasil em criar condições para que o Evangelho seja melhor vivido na sociedade que está se tornando cada vez mais violenta e insegura para as pessoas.

O encontro foi assessorado pelo Pe. Vanzella, secretário Executivo da Campanha da Fraternidade em âmbi-to nacional, que abordou os principais pontos das três partes do Texto-Base da CF 2009. Na primeira parte, o “VER”, apresentou a realidade: as relações so-ciais, o conflito, a questão do medo e a pedagogia do controle, os discursos sobre a violência, a pirâmide social e a criminalidade, violência, corrupção e injustiça social, políticas públicas de segurança, sinais de esperança. Na se-gunda parte, o “JULGAR”, discorreu sobre os valores do reino e suas decor-rências éticas: a iluminação bíblica, os fundamentos cristológicos da missão

da Igreja e a promoção e a cultura da paz. Na terceira parte, “O AGIR”, dis-cutiu-se os gestos concretos em relação a CF 2009.

A diocese de São José dos Pinhais esteve representada por: Pe. Paulo Henrique Sgarabotto (Coordenador da Ação Evangelizadora), Pe. Antônio Vianna (Assessor Diocesano da Pas-

toral Carcerária), Rosenilda Mourão Ribeiro (Coordenadora Diocesana da Pastoral da Sobriedade), Cleonice San-tos (Membro da Equipe Diocesana da Pastoral da Sobriedade), Clair Terezi-nha de Faria (Coordenadora Diocesa-na da Pastoral Familiar) e Léo Marcelo Machado (Secretário da Ação Evange-lizadora).

Encontro esclareceu sobre CF do próximo ano

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AGENDA DA AÇÃO EVANGELIZADORA

SAV – Encontro Diocesano com coordenadores de coroinhas

NOVEMBRO

xx

14h às 16h17h19h3014h às 17h14h às 17h17h9h19h30

14h3013h30 às 17h

9h19h

9h14h às 16h14h19h30

14h às 16h13h30 às 16h

8h às 11h11h às 12h

Setor Juventude – Dia Nacional da Juventude

Movimento de Cursilhos de Cristandade – Reunião do Grupo Executivo Diocesano

Reunião para apresentação do sistema financeiro

COMIDI – Curso de Extensão Universitária em Missiologia

Catequese – Reunião do Setor AraucáriaCatequese – Reunião do Setor Agudos

Movimento de Cursilhos de Cristandade – Reunião da Escola Vivencial

Reunião dos Presbíteros Diocesanos

Movimento das Capelinhas – Reunião com as coordenadoras paroquiais

Movimento das Capelinhas – Tarde de formação das mensageiras da cidade de Rio Negro

Movimento de Cursilhos de Cristandade – 24.º Encontrão MCC

Reunião do Conselho Presbiteral

Reunião com Coordenações dos Grupos de Reflexão

Movimento de Cursilhos de Cristandade – Encontro de Formação GER

Catequese – Reunião do Setor Piraquara

Pastoral Litúrgica – Formação para o Setor Agudos

Catequese – Reunião do Setor Lapa

EPC – 1.º EPC Diocese de São José dos PinhaisSAV – Encontro com os coordenadores do SAV

Pastoral Litúrgica – Formação para os Setores São José e Piraquara

010104060808091113131616202021 a 232222222628 a 30292929303030

Pastoral da Criança – Encontro com voluntários da Pastoral da Criança – 25 anos da Pastoral da Criança

Pastoral Carcerária – Formação para agentes

Sede Paroquial da Catedral São José

Setor Juventude – Curso de Liderança Jovem

Setor Juventude – Reunião do Setor Juventude

Sede Paroquial da Catedral São José

Sede Paroquial da Catedral São José

PUCPR – Auditório Alceu Amoroso Lima

Par. Nossa Senhora das Dores – Araucária

Par. Nossa Senhora da Conceição – Agudos do Sul

Sede Paroquial da Catedral São José

Par. N. Sra. Aparecida – Rio Negro

Piên

Centro Diocesano

Sede Paroquial da Catedral São José

Par. N. Sra Perpétuo Socorro – Piraquara

Par. Sr. Bom Jesus – Mandirituba

Paróquia Santo Antônio - Lapa

Centro Diocesano

Sede Paroquial da Catedral São José

Par. N. Sra. Auxiliadora – Sitio Cercado

Div

ulga

ção

DEZEMBRO0101071112 a 1413 e 1421

14h30

Dia Mundial de Luta Contra a AIDSConfraternização dos Padres Diocesanos

Movimento das Capelinhas – Reunião com as coordenadoras paroquiais

Setor Juventude – Acampamento de Formação Jovem (AFOJO)

Coleta para Evangelização

Pastoral Carcerária - Confraternização

Sede Paroquial da Catedral São José

Pusillun

Pastoral da Pessoa com Deficiência – Festa de um ano da Paróquia Nossa Senhora da Ternura – Missa Par. Nossa Senhora da Ternura - Curitiba

Sede Paroquial da Catedral São José

Catequese – Reunião do Setor São José dos Pinhais Centro Diocesano

Centro Social Pe. Arnaldo Jansen

Centro Social Pe. Arnaldo Jansen

Page 4: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 8

4 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008

>> NO DIA 4 DE OUTUBRO estive-ram reunidos no Pusillum os Diá-conos Permanentes da Diocese de São José dos Pinhais. Com a asses-soria do Pe. Dirceu Rudniki, Pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus dos Passos de Piraquara, refl etiram so-bre o “Documento de Aparecida” e a caminhada diaconal. Participaram 16 Diáconos e o encontro encerrou com um almoço.>> O PAPA BENTO XVI nomeou no dia 24 de setembro, o Padre Rafael Biernaski como chefe de seção da Congregação para os Bispos.>> A 47ª A ASSEMBLÉIA Geral da CNBB, que acontecerá de 22 de abril a 1º de maio de 2009, em Indaiatuba (SP), terá como tema central “A formação Presbiteral: Diretrizes e Desafi os”. A Comissão responsável pelo tema esteve reu-nida na sede da CNBB, em Brasília, nos dias 30 e 31 de outubro. >> NO DIA 30 DE OUTUBRO acon-teceu a Festa de Nossa Senhora dos Remédios, em Araucária. Ini-ciou com uma procissão, seguida de Missa presidida por Dom Ladis-lau Biernaski. Concelebraram os Padres Francisco Mazur e Marco Aurélio Soares da Costa (Pároco e Vigário da Paróquia N. Sra. dos Remédios) Pe. André Marmilicz (Pároco de N. Sra. das Dores). Par-ticiparam ainda os Diáconos Per-manentes Douglas L. Marchiori e Luiz de Oliveira.>> ESTÁ EM ANDAMENTO o “Censo Anual da Igreja no Brasil” por ini-ciativa do CERIS Centro de Esta-tísticas Religiosas e Investigações Sociais em parceria com a CNBB e o CRB. Foi encaminhado a todas as Paróquias uma circular motivan-do a participarem da campanha de aquisição do Anuário Católico que será a única fonte de receita para implantação do projeto que visa editar o Guia, o CD e agora também através da Internet, todas as infor-mações atualizadas diariamente. O custo para a compra do Guia é de R$ 149,40 e deve ser acertado na tesouraria da Diocese até o dia 10 de dezembro.>> ACONTECEU NO DIA 4 de novem-bro o lançamento da Agenda Latino Americana no auditório da Biblioteca da PUC em Curitiba. Contando com a presença de Frei Patricio Sciadini, sa-cerdote carmelita com mais de 60 li-vros publicados no Brasil e no exterior a respeito da mística e da espirituali-dade. Frei Sciadini participa também do evento que encerra o Ciclo de Con-ferência “Filosofi a e Vida Religiosa”, re-alizado pela PUC-PR. em parceria com a CPT, a CRB, a Comissão Dominicana de Justiça e Paz e Livrarias Paulinas. A Agenda é traduzida para 15 línguas e publicada em mais de 100 países.>> A ESCOLA DIACONAL São Filipe da Arquidiocese de Curitiba colocou à disposição da Diocese de São Jo-sé dos Pinhais 10 vagas para novos candidatos. Os mesmos deverão ser apresentados pela comunidade e pelo Pároco e participarão de um teste seletivo baseados nos docu-mentos 74 da CNBB (Diretrizes para o Diaconado Permanente) Docu-mento de Aparecida e da Bíblia.

CÁRITASNOTAS

INFORME FINANCEIRO DA CÁRITAS BRASILEIRA

Dados: Controladoria da Cáritas - Atualização - Jul/08

Resumo do plano de reabilitação S.O.S Nordeste

FESTA EM LOUVORA Nossa Senhora do Rocio

Rua Claudio José Ravaglio, 70 - Jardim Jurema - São José dos Pinhais

Convidamos você e sua família para participar conosco neste evento festivo em prol da construção

Dia 16 - 15 horas - Benção da pedra fundamental pelo bispo Dom Ladislau

Dia 15 e 16 de Novembro

GRANDIOSA FESTA E SHOW DE PRÊMIOSNossa Senhora da LuzRua Quero-Quero, 842 - Gralha Azul - Fazenda Rio Grande (PR)

de dezembro21

9 horas - Santa Missa14 horas - Início do Show de Prêmios

1º prêmio: R$ 3.000,00Prêmios: R$ 1.000,00 - TV 29’’ - Computador - Máqui-na de lavar - Microondas - MP5 - Bicicleta - DVD - Ba-tedeira - Liquidifi cador - Ferro Elétrico + cesta básica

INFORMAÇÕES: Secretaria Paroquial - tel.: (41) 3608-1810

Campanhas Internacionais

A Cáritas Brasileira faz parte da Rede Caritas Internationalis, rede da Igreja Católica de atuação social composta por 162 organizações presentes em 200 países e territórios, com sede em Roma.

No Brasil é um organismo da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e foi criada em 12 de novembro de 1956 e é reconhecida como de utilidade pública federal.

Atua na defesa dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável solidário na perspectiva de políticas públicas, com uma mística ecumênica. Seus agentes trabalham junto aos excluídos e excluídas, muitas vezes em parceria com outras instituições e movi-mentos sociais. Atualmente, a Cáritas Brasileira tem quatro diretrizes institucionais: defesa e promoção de direitos; incidência e controle social de políticas públicas; construção de um projeto de desenvolvimento solidário e sustentável; fortalecimento da Rede Cáritas.

A seguir um balanço das principais destinações de recursos fi nanceiros das últimas campanhas realizadas pela Cáritas: Campanha Internacionais (Bangladesh, SOS Peru, Timor Leste, SOS Líbano) Campanha Nacional (SOS Nordeste).

Campanha nacional - SOS Nordeste

Fase de Atendimento Imediato

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Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008 • 5

CATEQUESE

Catequese diocesana reúne formadores de catequistas

A EQUIPE DE Catequese da Diocese de São José dos Pi-nhais reuniu, no último dia 19 de outubro, catequistas forma-dores das paróquias que com-põem a diocese. Este encontro faz parte das atividades do Pro-jeto de Formação de Catequis-tas, implantado na diocese em agosto de 2007, que prevê em uma de suas ações a criação de escolas paroquiais de catequese, espaços destinados à formação de catequistas, mediante pales-tras, estudos individuais, ofi ci-nas e trabalhos em grupos.

Para o planejamento, execu-ção e avaliação das escolas pa-roquiais, surgiu a necessidade de constituir um grupo de catequis-tas em cada paróquia que esti-vesse a frente desta tarefa, sendo formadores dos catequistas.

Foi assim que, em 2007, um grupo de 140 catequis-tas iniciou um processo for-mativo no CURSO PARA FORMADORES DE CATE-QUISTAS, em duas etapas (23 de setembro e 28 de ou-tubro de 2007) com o objeti-vo de preparar-se para serem os assessores das disciplinas na escola e ajudar também no planejamento. Este curso contou com a presença de 29 paróquias do total de 32 que compõem a diocese.

Durante o ano de 2008, os formadores desenvolveram o projeto da Escola Catequética São José – Formação Básica em suas paróquias, como tam-bém ministraram as disciplinas nestas escolas paroquiais com um currículo constituído por sete disciplinas (Ser Catequista, Metodologia, Cristologia, Bíblia na Catequese, Espiritualidade do Catequista, Psicologia das Idades, Noções Básicas de Ca-

tequese). No dia 19 de outubro, no

salão paroquial da Catedral São José, das 8h às 17h, esti-veram reunidos os formado-res de catequistas, represen-tando 27 das 32 paróquias, para avaliar o processo rea-lizado e planejar os encami-nhamentos futuros. O even-to contou com a presença de Dom Ladislau, na Celebração Eucarística.

O encontro foi desenvolvido em dois momentos: no primei-ro, os formadores reuniram-se por disciplina para avaliar as 25 escolas paroquiais que aconte-ceram em 2008, enquanto que no salão a equipe diocesana tra-balhava as orientações básicas com os novos formadores.

No segundo momento, os novos integrantes do grupo de formadores foram inseridos nas ofi cinas para uma troca e par-tilha de experiências, além de darem início ao planejamento dos projetos para as escolas ca-tequéticas básicas de 2009, com metas a serem atingidas.

Vanderlei José dos Santos

e Léo Marcelo P. Machado

Participantes do encontro para formadores de catequistas realizado no dia 19 de outubro

Divulgação

NO DIA 05 DE OUTUBRO na Basílica São Paulo Fora dos Mu-ros, o Papa Bento XVI inaugurou a XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos com a celebração eucarística. O tema deste Sínodo foi “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”. Participaram 253 padres sinodais: 51 da África, 62 da América, 41 da Ásia, 90 da Europa e 9 da Oceania. Além deles um grupo de especialistas e auditores.

O Sínodo dos Bispos é uma instituição permanente da Igreja, criada por Paulo VI, em 1965, em resposta ao anseio dos Bispos no Concílio Vaticano II (1962-1965), de manter vivo o espírito da cole-gialidade. A origem da palavra sí-nodo é grega e signifi ca “caminhar juntos”.

Um sínodo é um encontro reli-gioso ou assembléia na qual alguns bispos, reunidos com o papa, têm a oportunidade de trocar informa-ções e partilhar experiências com o objetivo comum de buscar solu-ções pastorais que tenham validade e aplicação universal.

Ao comentar sobre a importân-

cia do tema do Sínodo e sua relação com a catequese, Ir. Zélia Batista, assessora Nacional da Catequese, diz que “a evangelização e a cate-quese não reduzam a Palavra de Deus a conteúdo ou qualquer outro conhecimento. A catequese é lugar de encontro com a Palavra e que leva a experiência da presença amo-rosa de Deus na vida do ser huma-no. Nesta perspectiva a catequese é bíblica, experiencial e litúrgica e o método da Lectio Divina (Leitura Orante) é um dos caminhos”.

Os trabalhos do Sínodo foram encerrados no dia 26 de outubro com a votação, aprovação e publicação do elenco fi nal das propostas que serão apresentadas a Bento XVI. O docu-mento, dividido em 55 pontos, foi di-vulgado em italiano. A versão ofi cial, em latim, tem um caráter reservado e serve como base para a redação da exortação apostólica pós-sino-dal, por parte do Papa, documento com o qual é ofi cialmente encerra-do o Sínodo. O documento com as propostas está estruturado em três capítulos. Após uma introdução, que engloba duas proposições, o primei-

A palavra de Deus na vida e na missão da Igreja

ro capítulo tem como título “A Pala-vra de Deus na fé da Igreja” (3-13). A segunda parte trata da “Palavra de Deus na vida da Igreja” (14-37). O último capítulo refere-se à “Palavra de Deus na missão da Igreja” (38-54). A última proposição, intitulada “Maria Mater Dei et Mater fi dei”, é a conclusão do documento.

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CONFRATERNIZAÇÃO

Padres se reúnem e comemoram aniversário de Dom LadislauTemas do encontro formativo foram Projeto Missionário e futuro Seminário

NO ÚLTIMO DIA 24 DE OUTUBRO PADRES E diáconos da Diocese de São José dos Pinhais se encontraram no Salão Paroquial da Catedral para reunião do clero e comemoração pelos 71 anos do bispo dom Ladislau Biernaski.

A acolhida aconteceu às 9 horas, o padre Thomaz Hughes mi-nistrou uma palestra sobre fundamentação missionária para que desse ainda mais propriedade para o projeto missionário.

O projeto vai contar com formação de um grupo composto por padres, diáconos e religiosas e organizado pela Ação Evange-lizadora.

O padre Paulo Sgaraboto, de Piên, ressaltou a necessidade e urgência de sermos uma igreja missionária indo ao encontro da diversas realidades.

Construção do seminárioO padre Emerson Lipinsky, da Lapa, explicou o projeto que

prevê a construção do primeiro Seminário Diocesano. Várias idéias foram lançadas para angariar recursos, mas uma campanha de doações deve vivifi car o projeto.

“Todas as paróquias devem participar e os diocesanos devem ser fi éis”, disse o padre. Uma das sugestões apresentadas foi ins-pirada na “Campanha de R$ 1,00”.

O projeto contempla, nesse primeiro momento, um seminário com 22 alojamentos e não deve passar de mil metros quadrados. Estudos preliminares estão acontecendo para a apresentação do anti-projeto. Na primeira fase devem ser gastos aproximadamente R$ 20 mil.

Ao meio-dia, uma bonita celebração eucarística com a participa-ção de quase todo o clero diocesano, selou e abençoou a nova idade do bispo. A Catedral fi cou ainda mais bonita. O almoço comemo-rativo aconteceu no Restaurante Galpão da Costela.

Padre Paulo Sgaraboto falou sobre Projeto Missionário

Bispo diocesano comemorou 71 anos

O clero participou da missa em ação de graças Claro que não poderia faltar bolo para celebrar a nova idade

fotos: Tânia Jeferson

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Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008 • 7

Benção em Tarumã, penúltima comunidade percorrida pela romaria

DURANTE O MÊS de outu-bro são muitas as manifesta-ções de fé e devoção à Nossa Senhora Aparecida, mãe de todo o povo brasileiro. Dentre estas manifestações, a da Paróquia de Agudos do Sul, na comunidade de Palmitos, acontece há 14 anos e merece destaque.

Um pouco da história: como tudo começouEra o ano de 1992 quando

Francisco Zeszotko, Inácio Fer-raz da Silva, Francisco kobus e Mercdes Dreveck, membros da comunidade de Palmitos e Taru-mã, pensaram em celebrar com mais intensidade a festa da pa-droeira com um cunho mais reli-gioso devocional.

Levaram então a Imagem de Nossa Senhora Aparecida no dia anterior à comunidade do Taru-mã, que fi ca a cinco quilômetros. No dia seguinte, 12 de outubro, al-guns membros da comunidade de Palmitos foram buscar a Imagem

para celebração da Santa Missa e homenagem à padroeira, com o incentivo do padre Jorge, atual pároco da Paróquia de Agudos do Sul. Ao fi nal da celebração já se começou a pensar em aumentar o trajeto da romaria para outras co-munidades da paróquia .

Nos anos posteriores Nos anos seguintes a comu-

nidade de Palmitos começou le-var a imagem de Nossa Senhora Aparecida às outras comunida-des da paróquia, onde era feita uma celebração, mas somente os membros da comunidade de Pal-mitos acompanhava a imagem de comunidade em comunidade.

Nos anos 1998 e 1999, com a participação dos missionários redentoristas, a romaria teve um impulso maior onde os mem-bros das outras comunidades começaram a acompanhar a imagem em todo o trajeto de 75 quilômetros.

De 2000 a 2007, com o apoio e

contribuição do padre Walmir, quehavia assumido a Paróquia de Agu-dos, a romaria começou a tomarmaior proporção com uma riquezaainda maior de símbolos e sinais, oque começou a atrair fi éis das maisdiversas comunidades da região .

Nos tempos atuais Neste ano foi celebrada a

14ª Romaria de Nossa SenhoraAparecida com a participaçãode aproximadamente seis milpessoas. Conduzida pelo padreCarlos, atual administrador pa-roquial, a romaria teve missade encerramento presidida porDom Ladislau.

De acordo com o bispo dio-cesano, a romaria é uma fontede unidade das comunidades deAgudos do Sul. “Hoje a roma-ria já ultrapassa os limites destaparóquia e atrai peregrinos deparóquias vizinhas, inclusive doestado de Santa Catarina. É o ca-rinho do povo pela mãe e padro-eira do Brasil”, disse o bispo.

TRADIÇÃO

Romaria de Nossa Senhora Aparecida de Agudos do Sul reúne milhares

ACONTECEU NOS DIAS 13 e 14 de setembro, na Casa do Trabalhador em Curitiba, a segunda Assembléia Regional da Pastoral Carcerária com a presença de dez dioceses do Regional Sul II (que cor-responde a todo o Estado do Paraná). Esta Assembléia foi organizada pela Equipe In-terdiocesana da Pastoral (Arquidiocese de Curitiba e Diocese de São José dos Pinhais) coordenada por Leiri Mareti e a Assessoria do Regional pelo padre Antonio Viana.

O Tema Central foi a Campanha da Fra-

ternidade de 2009, com o Tema: Fraterni-dade e Segurança Pública e como Lema: A Paz é Fruto da Justiça e que foi conduzido pelo padre Valdir João Pereira, vice-coorde-nador nacional da pastoral e coordenador na Arquidiocese e Estado de São Paulo.

Outro assunto relevante foi o Siste-ma Carcerário no Brasil. Partindo des-tes assuntos buscou-se organizar mais a Pastoral no Estado do Paraná, onde se possa ter uma ação de conjunto, e tam-bém diante de uma missão um tanto di-fícil e desafi adora, os agentes de pastoral se sintam mais fortalecidos.

Outro objetivo do encontro foi fortale-cer as equipes que estão atuando na Arqui-diocese de Curitiba e Diocese de São José dos Pinhais que cuidam da metade da po-pulação carcerária do Estado. Dentre desse objetivo, criar uma unidade de formação destes agentes, pois além do atendimento religioso ao encarcerado, também é preciso ver o todo da pessoa encarcerada, ou seja, como este preso está sendo atendido.

O agente precisa saber o que pode e o que não pode tratar dentro dos presídios, como chegar às autoridades, como falar dos interesses e deveres do encarcerado, e como

trabalhar para alimentar sempre a esperançade se buscar a paz na luta pela justiça.

Será muito bom saber um dia que es-tes nossos irmãos e irmãs saiam destascadeias melhores de quando entraram enão piores, será melhor para todos. Umagradecimento queremos fazer ao ar-cebispo de Curitiba, Dom Moacir, e aobispo de São José dos Pinhas, Dom La-dislau, pelo apoio muito signifi cativo narealização desta Assembléia, assim comoao Regional Sul II da CNBB, que Deusabençoe a todos, unindo forças muitoconseguiremos.

PASTORAL CARCERÁRIA

Assembléia fortaleceu as equipes que cuidam da metade da população carcerária do EstadoPor padre Antonio Viana

Missa de encerramento reuniu milhares de fi éis

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CATEDRAL

Por pe. aleixo w. souza

Beleza da arquitetura da Catedral merece preservação

Conheça caros conceitosCaracterísticas arquitetônica

OInício da construção da Catedral da nova Diocese, antiga Ma-triz, é registrado em

1905, com a demolição da antiga igreja. Tem elementos arquitetô-nicos não de nidos em um estilo, mas repete os modelos da época, ecléticos, harmonizados com as expressões culturais das etnias predominantes. Incorpora mate-riais construtivos da região, como o tijolo, telha cerâmica e madeiras (assoalhos e estrutura do telhado). O espaço religioso tem pinturas, parcialmente encobertas com tin-tas do nal dos anos 80.

Os assoalhos de madeira já fo-ram substituídos por contrapiso e o conhecido e popularizado mosaico dos anos 60. As clássicas gateiras dos sóculos laterais denunciam, até hoje, essa intervenção.

Mas a grande marca de tecno-logia construtiva da época ainda se preserva, também como um dos poucos exemplares da velha São José dos Pinhais: o forro de estu-que. Verdadeira obra de arte, com pinturas originais, as seqüências si-métricas de arcos, na nave central como um único “toldo” e, nas late-rais, pequenas abóbodas de quatro gomos, constituem o grande atrati-vo do templo.

O toldo central é segmentado

em grandes arcos romanos (de berço) apoiados sobre os seis pares de colunas cilíndricas. Esses arcos são decorativos e aparecem apenas como relevo do conjunto total do estuque. Sustentam-se nas cam-botas de madeira, visíveis interna-mente como grandes tiaras.

Longitudinalmente pousam, nas mesmas colunas, arcos es-truturais da parede que se eleva como apoio intermediário da es-trutura do telhado. Esses arcos menores formam, com as com-posições decorativas internas, o forro das naves laterais. As gran-des colunas são encimadas com belos capitéis coríntios adorna-dos de relevos multicores. Nas paredes laterais são vistas as sali-ências quadradas de pilastras, em simetria com as colunas internas, insinuando função de contrafor-te para todo o estrutural.

A estrutura de telhado, de duas águas, exibe elevada técnica de car-pintaria da época. A araucária, em cortes generosos e calculados, ga-rante apoio para a grande cobertu-ra sobre tesouras, barrotes, caibros e ripas num conjunto único, de auto-sustentação, em desenho de autotravamento, que pousa sobre os quatro apoios de alvenaria.

A torre, central, sobre o nár-tex, de linhas retas, não apresenta

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racterísticas da Catedral e s e aplicações da restauraçãoas e construtivas da Matriz

nenhum adereço externo, apenas cornijas de traços simpli cados in-dicando os pavimentos até a altura da cúpula que abriga os três sinos, de porte médio. O teto da cúpula, que aponta para o in nito, em pe-queno cruzeiro, é feito em metal e desenhado em linhas dos torreões góticos.

O Presbitério tem uma semi-abóboda, formada pela estrutura do telhado, em leque ou “cauda de pato”, de grande leveza, com pé-direito bem elevado, apresen-tando duas cenas pictóricas muito expressivas: A SS. Trindade e a Sa-grada Família.

O Altar, hoje, é em forma de retábulo em mármores branco, cin-za e rosa, substituindo o altar ori-ginal, em madeira. As janelas late-rais, em arco romano, são de vidro colorido. Apenas as duas janelas do Presbitério e as portas laterais e frontal, no acabamento de arco, apresentam vitrais com motivos da Sagrada Família e outros.

A balaustrada, separando o Presbitério da grande nave, foi projetada de dentro, do limite do piso do Presbitério para baixo e para fora, intermediando a primei-ra bancada dos éis e o primeiro degrau do Presbitério, em mármo-re branco e rosa, como mesa de comunhão.

ImagensPassando para alguns aspec-

tos da arte sacra e do ideário reli-gioso, observamos suas pinturas e acervo de imagens. Essas, em grande parte, estão recolhidas para a intervenção restauratória, após agressão sofrida no epi-sódio do dia 03 de março desse ano (2008). As pinturas, típicas da primeira me-tade do século passado, parietais e de teto, apre-sentam os belos e multicores cha-peados, mais ou menos, comuns em todos os exempla-res contemporâne-os. Esses motivos, mais as figuras de Cristo, Nossa Senhora, São José, São Pedro e São Paulo merecerão especiais atenções no momento da restauração.

Por m, voltamos à torre para registrar a presença do centenário relógio de corda, cujos mostrado-res são emoldurados como vistosos óculos para todos os quadrantes. E que continue, a velha máquina do tempo, a marcar para cada um, os passos da história.

RESTAURAÇÃO – CONCEITO E APLICABILIDADE

Restauração é a intervenção que visa devolver e garantir ao objeto ou à edi cação elementos e características de origem, nos aspectos da estrutura, da arquitetura e decorativos. Consi-derando-se os valores históricos e artísticos dos bens.

Restaurar, portanto, não é substituir o antigo pelo novo. Mas é devolver ao objeto restaurado, ainda que pela utilização de técnicas e materiais modernos, sua forma, características e funcio-nalidade originais. Assim, restaurar a estrutura da cobertura da Catedral implica na substituição parcial das madeiras e na recuperação das partes não condenadas ainda.

Esse procedimento consiste na aplicação de reforços de madeira nova (itaúba) pregadas, coladas e parafusadas às estruturas originais. Ainda, em muitos pontos do complexo estrutural, está sendo praticada a técnica da aplicação de pasta, resultante da mistura de resina e serragem, em racha-duras, em falhas provocadas pela umidade (goteiras), etc. Essa técnica funciona como uma prótese preventiva, para estancar o progresso das fragilizações, herdadas da história.

No caso da Catedral, portanto, após diversas interven-ções ocorridas durante sua história, iniciou-se, pelo estí-mulo da criação da Diocese e pela consciência da própria comunidade, através de seus representantes, a intervenção restauratória, iniciada no telhado (troca das telhas e aplica-ção de manta térmica). O telhado apresentava problemas estruturais pelo normal desgaste dos materiais, principal-mente as madeiras (araucária) e pela natural ação do tem-

po, cupim, etc.O projeto global ainda contempla:

consolidação dos estuques, reforço das estruturas em madeira dos mesmos, substituição geral das instalações elétri-cas, instalação de pára-raios, sensores de incêndio, construção de passarelas para visitas técnicas, dentre outros.

Na foto acima, 23 mil telhas foram substituídas na igreja. Ao lado, madeiras podres foram deixadas expostas para que a comunidade visualizasse a necessidade do restauro

FAÇA SUA DOAÇÃO PARA QUE A CATEDRAL CONTINUE SENDO RESTAURADABRADESCO AGÊNCIA 0926 / CONTA 30300-3

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A CAMPANHA DE Solidarie-dade do povo latino-america-no com seus irmãos caribenhos atingidos pelos furacões Ike e Gustav, no início do mês de se-tembro, prossegue com mais intensidade. A catástrofe deixou um rastro de destruição em vá-rias regiões do Haiti, Cuba, Re-pública Dominicana e Jamaica.

No Paraná, após duas sema-nas de trabalhos preliminares, uma rede de entidades da socie-dade civil organizada e as Pas-torais Sociais decidiram lançar a “Campanha de Solidariedade aos Povos do Caribe”.

A Diocese de São José dos Pinhais também aderiu à cam-panha e está solicitando à to-das as paróquias que enviem

CAMPANHA

Solidariedade aos povos caribenhosAjude você também com materiais elétricos, hidráulicos, materiais de construção civil e alimentos não perecíveis

seus donativos (principalmente materiais elétricos, hidráulicos, materiais de construção civil, alimentos não perecíveis, etc.) para os seguintes endereços:

PARÓQUIA NOSSA

SENHORA RAINHA DA PAZ

Rua Joana Persegona Zen, nº 78 Borda do CampoSão José dos Pinhais-Pr.CEP: 83075-310Fones: (41) 3385-8345 e 3385-7194

SEDE DAS ASSOCIAÇÕES

CATÓLICAS

Rua Isabel A Redentora, nº 1332CentroSão José dos Pinhais-Pr.CEP: 83005-010 Fone: (41) 3282 0243

Os organizadores esperam poder arrecadar o suficiente para enviar os materiais no

Só no Haiti há centenas de desabrigados: seja solidário e colabore

navio que partirá de Parana-guá na segunda semana de dezembro.

CNBBNota sobre a doação de órgãos

Reunidos em Brasília nos dias 24 a 26 de setembro de 2008, nós – Bispos do Conselho Permanente da CNBB – desejamos esclarecer a posição da Igreja Católica a respeito da doa-ção de órgãos de pessoas com morte encefálica comprovada. A questão tem sua relevância, dado o grande número de pessoas que estão à espera de algum tipo de órgão.

Recordamos antes de tudo a Palavra do Senhor, que diz: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). Guiados pela luz do evangelho, vemos na doação volun-tária de órgãos um gesto de amor fraterno em favor da vida e da saúde do próximo. É uma prova de solidariedade, grandeza de espírito e nobreza humana.

O magistério da Igreja tem se manifesta-do favorável à doação voluntária de órgãos. O Catecismo da Igreja Católica afi rma: “a doação gratuita de órgãos após a morte é legítima e pode ser meritória” (n. 2301). A encíclica Evan-gelium Vitae ensina: “merece particular apreço a doação de órgãos feita segundo normas eti-camente aceitáveis para oferecer possibilidades de saúde e de vida a doentes, por vezes já sem esperança” (n. 86). O Papa João Paulo II por ocasião do 18º Congresso Internacional sobre Transplantes de Órgãos, dizia: “A doação de órgãos é uma decisão livre de oferecer, sem recompensa, uma parte do próprio corpo em benefício da saúde e do bem-estar de outra pes-soa”. (Roma 29 de agosto de 2000).

Manifestamos nossa solidariedade para com milhares de pessoas que estão em lista de espera, na expectativa de receber algum órgão para sua sobrevivência, recuperação e saúde. Encorajamos as pessoas e especialmente as famílias a que – livre, conscientemente e com a devida proteção legal – doem órgãos como gesto de amor solidário em consonância com o evangelho da vida. Certamente estamos dian-te de um gesto nobre e comovente: um sim à vida. Aproveitamos a ocasião também para recordar que a moral católica considera lícita não apenas a doação voluntária de órgãos, bem como os transplantes. Encorajamos a todos a colaborarem sempre mais com as doações de sangue e de medula óssea, tão necessárias.

No entanto, destacamos que a doação de órgãos exige rigorosa observância dos princípios éticos que proíbem a provoca-ção da morte dos doadores, a comerciali-zação e o tráfi co de órgãos. Sejam cons-cienciosamente respeitadas a inviolabilida-de da vida e a dignidade da pessoa. A ética determina, ainda, que o consentimento do doador ou de sua família seja livre e cons-ciente, após ter recebido todas as informa-ções requeridas.

A Lei Federal nº 10.211 de 23 de mar-ço de 2001, determina que a família tem o direito de decidir a doação de órgãos da pessoa em estado de morte encefálica; assim, aqueles que se dispõem à doação, devem manifestar previamente aos familia-res a sua intenção. O Sistema Nacional de Transplantes é que decide sobre os crité-rios de destinação justa dos órgãos doados e sobre a organização das listas de espera, evitando e coibindo toda tentativa de co-mércio de órgãos.

A doação de órgãos não contraria à fé cristã na ressurreição fi nal, pois “Deus dá vida aos mortos e chama à existência o que antes não existia” (Rm 4,17). Todos aqueles que se dispõem a doar órgãos aos irmãos, te-nham a certeza de que o amor e tudo o que se faz por amor permanecerão para sempre: “o amor jamais acabará” (1Cor 13,8).

O CaminhoA Coordenação da Ação Evangelizadora lançou no mês de novembro o subsídio “O

Caminho - 2”, destinado aos grupos de refl exão em família. Este subsídio traz os encontros da Novena de Natal 2008, os encontros da Campanha

da Fraternidade 2009, a Via-Sacra e demais temáticas para serem refl etidas durante o ano de 2009.

Que São José abençoe todas as famílias dos grupos de refl exão, para que sejam como Cristo, gente evangelizadora, instrumento de libertação, fortalecidos pela oração na constru-ção do reino e do projeto do Pai.

Para saber mais informações sobre este subsídio entre em contato com a secretaria de sua paróquia.

Vaticano e Brasil assinam acordo jurídico sobre Igreja Católica

O Vaticano e o Brasil assinaram no dia 13 de novembro um acordo que regulamentará aspectos jurídicos da Igreja Católica no país. O acordo foi assinado durante a visita realizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao papa Bento 16. O Va-ticano anunciou que não serão divulgados detalhes do estatuto jurídico, que, segundo fontes brasilei-ras, inclui “aspectos relativos à liberdade de credos e ao ensino religioso nas escolas públicas”.

O núncio apostólico no Brasil, Lorenzo Bal-disseri, disse à “Rádio Vaticana” que o acordo defende “a personalidade jurídica da igreja para o pleno desenvolvimento de sua missão apostó-lica e pastoral”. A assinatura do estatuto acon-teceu no Palácio Apostólico, pouco depois da reunião entre Bento 16 e Lula. O papa expres-sou seu agradecimento ao presidente brasileiro pelo acordo. Lula com o papa Bento XVI no Vaticano

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A HISTÓRIA DAS IRMÃS Pas-sionistas de São Paulo da Cruz, iniciou em 17 de março de 1815. Foram fundadas pela Marquesa Ma-ria Madalena Frescobaldi Capponi, da nobreza de Florença, Itália. O projeto era resgatar a vida, e restituir a digni-dade e a possibilidade de jovens dese-josas de serem felizes, transformando suas fi sionomias abatidas em fi siono-mias de esperança através da contem-plação do Mistério da Paixão de Jesus e das Dores de Nossa Senhora das Dores, expressão máxima do amor de Deus para com a pessoa, criada à sua imagem e semelhança.

Carisma-missãoÉ uma Congregação de vida apos-

tólica que à luz da Memória da Paixão de Jesus, anuncia o seu infi nito amor, e se dedica de “diversas formas ao serviço educativo-pastoral promovendo a cul-tura da vida, conforme as necessidades das pessoas e das realidades sócio-cultu-rais e religiosas”, com particular atenção à mulher, à família, à infância e à juven-tude marcadas por inúmeras formas de violência, exploração e exclusão social.

Presença das Irmãs Passionistas, no MundoAs Irmãs Passionistas estão presen-

tes nos cinco continentes, em 27 paí-ses. Fazem parte da Família Passionista formada por religiosos(sacerdotes e irmãos), monjas, religiosas, leigas con-sagradas, leigos e leigas que comparti-lham o Carisma e todos reconhecem em São Paulo da Cruz, o inspirador de sua espiritualidade.

Presença das Irmãs Passionistas, no brasilEm 1919, no dia 07 de novem-

bro, a convite dos Padres Passionis-tas, três Irmãs italianas vieram para São Paulo (capital), assumir uma obra educativo-assistencial, destina-da a crianças órfãs. A semente lan-çada há 90 anos, cresceu e frutifi cou tornando-se uma árvore frondosa e acolhedora, marcando presença em 12 Estados brasileiros.

CONGREGAÇÕES RELIGIOSAS

Presença das irmãs passionistas, na dioceseNa Diocese de São José dos

Pinhais, estão em Piraquara, no CENTRO EDUCATIVO PASSIONISTA MARIA JOSÉ, onde atuam num projeto de Contraturno Social, atenden-do 90 crianças e adolescentes, de 06 a 15 anos, visando pro-porcionar um espaço educati-vo, onde são cultivados valores humano-sociais e religiosos que possibilitem a vivência do amor, do respeito, da solidariedade e o exercício da cidadania.

Este ano, no dia 09 de novem-bro, as Irmãs Passionistas inicia-ram as comemorações dos 90 anos de Brasil com uma peregrinação, em ação de graças, no Santuário de Nossa Senhora do Rocio, em Paranaguá, onde realizou-se uma Celebração Eucarística.

Irmãs passionistas: resgatando valores da juventude

Irmãs Passionistas de São Paulo da Cruz - 90 anos de presença no Brasil

FELIZ... ALEGRE... REALIZADA... ABENÇOADA...UM DOM À HUMANIDADE...Assim é a Irmã Passionista de São Paulo da Cruz! O que ainda VOCÊ está esperando? Siga a seta do Amor que o próprio Jesus colocou em seu coração e seja uma consagrada, levando ao mundo um pouco de luz! Você ilumina os caminhos de muitos irmãos e irmãs.Cristo Crucifi cado-Ressuscitado conta com Você... diga Sim!!!Estamos comemorando 90 Anos de presença das Irmãs Passionistas no Brasil,Que tal Você também começar a fazer parte da nossa História?Entre em contato conosco pelo E-mail: [email protected] entre na página do nosso site: www.passionista.org.br

VENHA SER...

ATENÇÃO! ANOTE NA SUA AGENDA!PROGRAMAÇÃO 2009 DO NÚCLEO CRB/SÃO JOSÉ DOS PINHAISRealizaremos três encontros nas seguintes datas: 14/03 (sábado) - das 09 às 13 h – Tema: Prioridades da Diocese e da VRC. Assessoria: Equipe da Ação Evangelizadora da Diocese e do núcleo CRB - Local: São José dos Pinhais08/08 (sábado) - das 09 às 13 h –Celebração do DIA da VRC e confraternização 03/10 (sábado) - das 09 às 13 h – Avaliação da caminhada 2009 e Programação 2010

Adolescentes do contraturno do Centro Passionista Maria José

Diocese festeja juventude durante DNJNO ÚLTIMO DIA 1º DE no-vembro, a juventude católica participou do Dia Nacional da Juventude (DNJ) da Diocese de São José dos Pinhais. O evento foi promovido pelo Setor Juventude, sob a responsabilidade do diácono Valério da Cruz.

A festa cristã, que começou às 16 horas e teve como animador o padre João Maria Stech, de Mandiri-tuba, aconteceu no Salão Paroquial da Catedral e reuniu cerca de quatro mil pessoas, segundo a organização. Os jovens participaram de apresen-tações musicais e pregações.

A banda Tabernáculos, de Rio Negro, abriu a programação. O bis-po dom Ladislau Biernaski falou aos jovens, que vibraram muito. “Que bom que vocês estão felizes de es-tarem aqui. A juventude deve estar presente na vida em Deus, e vocês estão. É com alegria que realizamos o DNJ da Diocese”, disse o bispo.

Depois da banda Tabernáculos, a animação fi cou por conta do Dj Ice, da Banda Raquel e do Ministério Fusão Sagrada. À noite, o evento foi selado com a santa missa celebrada pelo padre Reginaldo Manzotti.

Com o tema Juventude e os Meios de Comunicação, o DNJ deste

ano teve o lema “Queremos pautar as razões de nosso viver!”. Com esse grito, a juventude pretende denunciar toda visão equivocada sobre a juven-tude, além de colocar na pauta de discussões da mídia, da sociedade, e da igreja, sua verdadeira realidade, e anunciar seus sonhos e todas as razões do seu viver: justiça, vida digna, liber-dadade, paz para todas as criaturas.

O Dia Nacional da Juventude foi celebrado pela primeira vez por ocasião do Ano Internacional da Juventude, proclamado pela ONU, em 1985. Surgiu, portanto, em sin-tonia com as discussões mundiais sobre a realidade dos jovens, mas com o objetivo de tornar essas dis-cussões mais próximas da realidade brasileira.

A cada ano é proposta uma temá-tica que gere refl exão e ação com re-lação a alguma situação que afl ige ou interpela a juventude. Neste dia pro-cura-se criar, em todas as dioceses do Brasil, momentos para que os jovens reavivem metas possíveis no serviço à juventude nos diferentes meios em que ela se encontra. Em todo o Brasil é criada a comunhão de sonhos, de metas e de ações concretas em prol da evangelização dos jovens, protagonis-tas na construção do Reino de Deus.

Jovens fi zeram a festa durante o DNJ da Diocese

SETOR JUVENTUDE

Missa atraiu muitos fi éis: organização contabilizou

presença de quatro mil pessoas

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12 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008

NO DIA 23 DE NOVEMBRO as paróquias da Diocese de São José dos Pinhais realizam cele-brações em alusão ao ‘Dia do Rio’. A intenção é conscientizar os fi éis, e assim propagar a mensagem so-bre a importância da preservação das águas e das matas ciliares.

A data é comemorada no dia 24/11. No Paraná, o ‘Dia do Rio’ foi idealizado em 1991 pelo Rotary Club de Piraqüara, Distrito 4.730. No mesmo ano a iniciativa se tor-nou lei municipal e em 1995 o go-vernador Jaime Lerner decretou lei estadual.

O projeto de criação do ‘Dia do Rio’ tem como objetivo a conscien-tização sobre o quadro de degrada-ção dos rios paranaenses, em espe-cial do Rio Iguaçu, rio símbolo do Paraná. Na data, as principais ativi-dades realizadas por instituições e entidades envolvidas com a causa são plantio de árvores adequadas em cada região, limpeza de rios, co-leta de amostras d’água, missas, cul-tos, gincanas, atividades educativas, feiras e concursos escolares.

DIA DO RIO

Diocese celebra a vida dos riosSegundo Aroldo Bertossoni

Biss, do Rotary Club de Piraquara, nas cidades pioneiras na criação da lei do ‘Dia do Rio’ como Piraqüa-ra, Pinhais, Quatro Barras, Cho-pinzinho, Foz do Iguaçu e Curitiba ocorreram projetos efetivos que mudaram o perfi l do desenvolvi-mento dessas cidades. “Algumas regiões tiveram suas ocupações ri-beirinhas recolocadas para lugares dignos àquelas populações”, disse.

Ele afi rma que a mata ciliar está sendo recuperada em vários pontos. “Redes de tratamento de esgoto estão sendo implantadas em muitas regiões amplamente ur-banizadas e há muito tempo caren-tes deste serviço fundamental. A educação ambiental hoje também faz parte do currículo escolar em várias cidades e a variável ecológi-ca passou a fazer parte do planeja-mento urbano e do plano diretor destas gestões municipais”, exem-plifi cou Biss.

ProteçãoOs rios são de grande impor-

Conscientizar sobre a preservação do meio ambiente é luta incessante da Igrejatância para a vida nos mais variados ecossistemas. A vegetação existen-te nas margens de rios, chamada de mata ciliar, mata de galeria, ou fl oresta ripária, deve ser preservada pois evita o processo de erosão do solo, já que parte da água que escoa das chuvas é retida pelas raízes dessa vegetação.

A mata ciliar exerce um papel fundamental na proteção dos rios, funcionando como se fosse uma esponja. A Mata Ciliar não só pro-tege os rios como evita o resseca-mento do solo, a erosão e o desbar-rancamento, mas também preserva a fl ora e a fauna que habitam estas áreas, contribuindo para evitar o desaparecimento de espécies.

Biodiversidade Nos rios habitam milhares de

espécies da fauna e da fl ora, desde a grande diversidade de peixes até as diversas e coloridas macrófi tas, po-dendo até formar distintos hábitats que proporcionam a existência de outros organismos. Nos rios ainda observamos fenômenos, como a pororoca, a piracema e o ciclo hidro-

lógico. O Pantanal Matogrossense é um grande ecossistema formado por rios e que abriga inúmeras espécies aquáticas de peixes, aves, répteis, ma-míferos e milhares de invertebrados, apresentando um dos mais belos es-petáculos da natureza.

Poluição Atualmente, com a grande in-

dustrialização e o forte crescimen-to de centros urbanos, os rios es-tão sendo cada vez mais poluídos, através dos esgotos que são despe-jados diretamente neles, através de despejos químicos de grandes in-dústrias, ou até mesmo das popula-ções que moram em seus entornos, jogando resíduos e outros detritos que alteram a qualidade e a compo-sição da água, assim prejudicando todos os organismos que dele ne-cessitam. Muitas doenças são con-traídas através de águas poluídas, como a cólera, esquistossomose, teníase, febre entre outras. Por isso, a colaboração e conscientização de cada um é essencial para manter o rio vivo.

Potencial - Recursos Hídricos O Brasil possui a maior dis-

ponibilidade hídrica do planeta, ou seja, 13,8% do defl úvio médio mundial. Há três grandes unida-des hidrográfi cas: Amazonas, São Francisco e Paraná, onde estão concentradas cerca de 80% da pro-dução hídrica do país. Estas bacias cobrem cerca de 72% do território brasileiro, destacando-se a Bacia Amazônica, que possui cerca de 60% da superfície do País.

Hidrelétricas A Rede Hidrometeorológi-

ca Nacional, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, é composta hoje por 5.138 estações. A pro-dução de energia é realizada por usinas hidrelétricas e termoelé-tricas, sendo que as usinas hidre-létricas respondem, por cerca de 97% da energia elétrica gerada, sendo que no Brasil, destaca-se a Usina Hidrelétrica de Itaipu, uma das maiores do mundo.

Dupla perda: rio poluído com material que poderia ser reciclado

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13 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008

CAMPANHA FELIZ NATAL

CHEGOU o Na-tal! que celebra o nascimento de Jesus Cristo,

anunciado aos pastores em meio à música entoada por um coro angelical (Lucas 2,10-14). O nascimento do Senhor é motivo de louvor, porque Ele representa e in-tercede por todos os seres humanos da face da terra, em todas as eras, em todos os lugares, em todo o tem-po, oferecendo-lhes gratui-tamente o perdão dos peca-dos e a vida eterna. O Na-

tal representa o novo ciclo do mundo, porém só é lembrado por muitos apenas durante as festividades natalinas.

A data foi transformada em apelo comercial. É dado mais valor aos presentes, às decorações, mas muitos ainda não se guiam pela re-fl exão. Claro que festejar o Natal com muitas luzes representa a alegria em ser cristão e também simbo-liza Cristo, que é a Luz do Mundo, mas a ostentação se tornou praxe. Muitas vezes, durante todo o ano, as pes-

soas esquecem de agir se-gundo a Palavra de Deus.

O Natal vem para renovar a vida e prende-se no nasci-mento de Cristo, que veio ao mundo com o propósito de justifi car os nossos peca-dos e, através da sua própria morte, limpar os pecados da humanidade para que um dia possamos alcançar a vida eterna, por intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus.

No verdadeiro espíri-to de Natal, o bispo Dom Ladislau Biernaski e toda a equipe diocesana dese-jam a você, leitor, um Na-tal cheio de paz, pois “Ele é nossa paz” (Ef 2, 14). É tempo de parar. Decrete al-guns dias de paz. Dê férias ao coração. Aceite meia hora de silêncio. Contem-ple uma fl or. Deixe que sua voz interior grite. Pare um minuto. Reze. Olhe para o Universo e veja o que exis-te de bom. Exercite-se na arte de ser feliz. Confrater-nize com todas as pessoas de todo o mundo.

Que nesse momento de paz, onde as pessoas se abraçam, se entendem, se cumprimentam e buscam por novos sonhos, você consiga descobrir a razão de ser feliz de verdade.

Neste momento onde Deus se faz presente em cada oração, cada família, em todos os lares, nós que-remos transmitir o nosso carinho por você.

Que neste Natal você possa sentir a presença de Deus, da paz, do amor e do perdão. Feliz Natal, na paz de Deus, que sempre pode todas as coisas; pois, para o Senhor nada é impossível.

Campanha para a Evangelização 2008

A CAMPANHA DA EVANGE-lização nos dá motivo especial para nos prepararmos e celebrar-mos bem o Natal, voltando-nos para acolher a Jesus em nossas pes-soas, em nossos lares, comunidades e em todos os ambientes. Muitos, no entanto, não têm oportunidade de conhecer a fonte do amor de Cris-to. Todos somos chamados a levar-lhes a Boa-Nova da salvação. Por isso, esta Campanha nos estimula a sermos solidários com essa impor-tante causa. Todos, se quisermos ser católicos conscientes e cada vez mais responsáveis, nos unimos para ajudar a tantas pessoas na evangeli-zação. Muitos organismos e institui-ções da Igreja, em nossas dioceses, regionais e instâncias nacionais pre-cisam de colaboração para fazerem uma evangelização mais aprofunda-da e abrangente!

A Campanha para Evangeliza-ção se expressa concretamente pela oferta de doações em dinheiro na coleta para a evangelização. A co-leta da Evangelização é parte inte-

grante da Campanha para a Evan-gelização. Todas as pessoas das co-munidades eclesiais são convidadas a organizar este gesto concreto du-rante o tempo forte da Campanha, que vai do domingo da festa de Cristo Rei (23 de novembro) até o dia da coleta. A coleta acontece no 3.º Domingo do Advento, no dia 13 e 14 de dezembro.

Os recursos arrecadados por essa Campanha serão repartidos, seguindo critérios específi cos, prio-rizando sempre as regiões mais carentes e as necessidades mais prementes nos diversos campos da evangelização.

DESTINAÇÃO DA COLETA• Dioceses: 45% do total arrecadado• Regionais: 20% do total arrecadado• Nacional: 35% do total arrecadado

COLABORE COM A COLETA PARA A EVANGELIZAÇÃODia 13 ou 14 de dezembro nas celebrações das paróquias da diocese

Corbis

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14 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008

LITURGIAComentário do Evangelho

Atualmente, estamos estu-dando no mosteiro o gran-de tratado de São João da Cruz: “A Subida do Monte Carmelo”. Lá ele descreve uma noite, a famosa “Noite Escura”, pela qual o cristão precisa passar para alcançar a união com Deus. Esta noite tem dois aspectos, chamados por João a “noite ativa” e a “noite passiva”. A noite ativa consiste em todas as práticas de mortifi cação e renúncia que a gente assume volun-tariamente a fi m de se livrar dos apegos que impedem a vinda de Deus para dentro da alma. A noite passiva é a atividade do próprio Deus. Ele vem nos purifi car de uma maneira muito mais radical e total; a sua presença penetra e cura os lugares secretos do coração, inacessíveis a nosso autoconhecimento ou aos esforços de nossa vontade. Segundo João, a noite ativa realiza pouca coisa; sua ver-dadeira fi nalidade é simples-mente nos dispor a sermos abertos à ação de Deus. Ela constitui um sinal para Deus, uma afi rmação da nossa par-te de que estamos desejosos para que Ele inicie sua obra transformadora.

Assim é com o batis-mo de um outro São João, o Batista- e ele mesmo seria o primeiro a concordar. O seu batismo é um acontecimento humano, inspirado pela gra-ça certamente, mas não um “sacramento”, uma ação vi-vifi cante e divinizadora. Ele é, como João diz, apenas “água”, enquanto o verdadei-ro batismo que vem depois

será do “Espírito Santo” (e também de “fogo”, como dizem os outros evangelis-tas). Este segundo batismo será ministrado pelo próprio Messias e nos transformará em novas criaturas, “parti-cipantes da natureza divina” (2 Pd 1,4). Então, para que serve o batismo de João? Ele é um ensaio, uma prepara-ção; ele representa o que o ser humano pode fazer para estar pronto para a descida do Espírito Santo. O ser hu-mano pode se arrepender de seus pecados e tomar a reso-lução de não pecar mais. Ele pode admitir suas defi ciên-cias e fazer gestos autênticos de penitência e conversão. E depois ele pode esperar com paciência a chegada do “mais forte”, do Enviado, do Ungido de Deus, e deixá-lo agir nele. São João da Cruz afi rma que sem a noite ativa- sem a nossa pobre mas indis-pensável colaboração - Deus não dará início à noite passi-va. Da mesma maneira, sem a nossa atenção ao chamado profético de nos arrepender e assim “preparar o caminho do Senhor e endireitar as suas veredas”, não há razão para esperar a sua vinda. O caminho precisa ser desblo-queado e retifi cado antes do Senhor do caminho o atra-vessar e vir ao nosso encon-tro. Tornar-nos conscientes desta “pré-condição” pela vinda em poder do Senhor da glória é o serviço humilde do Batista, ele que se consi-derava indigno de desamar-rar a correia das sandálias daquele que haveria de vir.

II Domingo do Advento (Mc 1, 1-8)

07/12/08Por dom bernardo bonowitz

13/07/08Comentário do Evangelho

Escutaremos este texto do evangelho duas vezes no decorrer deste Advento: hoje, ainda no início deste tempo litúrgico, e no quarto domingo do Advento, 21 de dezembro, nas vésperas da solenidade de Natal. Quan-do o escutarmos pela segun-da vez, a nossa mente e o nosso coração será cheio da expectativa do nascimento do Salvador; interiormente, nós nos encontraremos em Belém. Esta vez, porém, es-cutamos o texto pensando em duas mulheres, em nossas duas mães, Eva e Maria. A primeira leitura da missa de hoje nos lembra da história de Eva, sua desobediência ao mandamento de Deus, a co-desobediência de seu marido, e a astúcia da serpente, fonte e inspiração de toda desobe-diência. De alguma maneira, desde aquele primeiro mo-mento de pecado, os três se-rão inseparavelmente ligados num “nó de víboras”: as su-gestões egoístas e destrutivas da serpente sussurrarão no ouvido de todo homem e de toda mulher, e muitas vezes, eles prestarão ouvidos a estas sugestões. Igualmente, a ser-pente estragará a comunhão primordial entre o homem e a mulher: cada um deles vi-verá culpando o outro por suas desgraças e infortúnios. Mas a própria primeira lei-tura nos adverte que esta si-tuação triste não durará para sempre. Deus mesmo cuida-rá de pôr inimizade entre a mulher e a serpente. Um dia não serão mais “parceiros no crime”. A mulher se libertará da infl uência nefasta da ser-pente pela força e graça de seu fi lho, que ferirá defi niti-

vamente a cabeça da serpen-te, pisando-a e esmagando-a no pó da terra.

É este fi nal feliz que é proclamado no evangelho de hoje. Maria, fi lha de Eva, sabe a quem prestar atenção - não mais à serpente, mas ao anjo do Senhor. Sabe escutar com fé e humildade, ao invés de com concupiscência. É con-tente (e até orgulhosa) de se considerar e se afi rmar “serva do Senhor”; não a interessa tornar-se igual a Deus, como a sua mãe almejava. Abraça o mistério da obediência e abandona a ambição pessoal que sempre acompanha a de-sobediência. E assim como as pessoas da Galiléia pergunta-ram a respeito de Jesus: “De onde ele ganhou estes pode-res, ele, o fi lho do carpintei-ro?”, nós podemos perguntar a respeito de Maria: “De onde ela ganhou todas estas virtu-des, ela, fi lha da primeira pe-cadora?” A Igreja nos ensina que este ser imaculado de Ma-ria não é uma santidade pura-mente humana, uma exceção inexplicável à lei do pecado à qual todos nós estamos sub-metidos. O ser imaculado de Maria, que a carateriza desde a sua conceição, é o cumpri-mento da profecia do Gêne-sis. É pela força e a graça de seu Filho, Jesus Cristo, a força e graça de sua morte e res-surreição, que Maria é isenta de pecado desde o primeiro momento de sua existência, é “cheia de graça”. Ela re-presenta e prefi gura assim a nova possibilidade do ser para todos nós, e portanto, é ela, infi nitamente mais do que sua mãe Eva, quem merece o nome de “mãe de todos os viventes.”

Imaculada Conceição (Lc 1,26-38)

08/12/08 Comentário Comentário do Evangelhodo Evangelho14/12/08

III Domingo do Advento (Jo 1, 6-8. 19-28)

“Quem és tu?” É esta a pergunta que os sacerdotes e levitas colocam a João. Tanto o próprio João em sua resposta a eles quanto o prólogo do Evangelho que escutamos no início desta leitura acham mais importante começar por dizer quem João não é do que afi rmar quem ele é. “Eu não sou o Cristo.” “Eu não sou Elias.” “Eu não sou o profeta”. “Ele não era a luz.” Evidentemente João pos-suía uma santidade e uma graça tão grande que as pessoas eram levadas a pensar na possibilidade de que ele fosse todas estas coisas. Mas para João era claríssimo que não o era. A sua missão era mais simples, mais humilde, mais comum. Era de dar testemunho a um Outro, e afi rmar que este Outro era de fato tudo aquilo que João não era nem pretendia ser. João não negava que tinha um Cristo, um profeta, uma Luz. Ao contrário, a alegria de sua vida era que tinha, e que este estava chegando perto, pertinho, e ago-ra estava aqui. “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.” “Eu vejo e dou testemunho que este é o Eleito de Deus.”

João reconhecia por instinto es-piritual que o primeiro e talvez mais importante passo de seu testemunho a Cristo era o de “tirar seu corpo fora.” Como asceta, homem de ora-ção, pregador do arrependimento, ele tinha atraído grandes multidões em torno de si. E tudo isto poderia ser para a glória de Deus se agora ele conseguisse transferir a atenção e a adesão destas multidões de si mesmo para Jesus, já que Jesus havia chega-do ao Jordão para acolher o Espírito sobre si, aquele Espírito Santo que iria descer e permanecer sobre ele para sempre. Ao contrário, tudo se tornaria perda se as multidões tei-massem em pensar que João fosse mais do que uma “voz que clama no deserto”, se eles insistissem em endeusá-lo. João compreendia que o papel dele era de ser o da “banda de entrada” num concerto de músi-ca rock. Tal grupo nunca funciona como a atração principal, mas (...) CONTINUA NA PÁGINA AO LADO (PARTE SUPERIOR)

Page 15: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 8

Comentário do Evangelho

O que estava fazendo a moça Maria de Nazaré na hora em que o anjo Gabriel veio com a mensa-gem que iria mudar a vida dela e a do mundo inteiro? Nunca sabere-mos; a Bíblia não diz nada a res-peito. Segundo as muitas repre-sentações deste cenário na arte clássica da Idade Média e do Re-nascimento, Maria estava sentada em uma poltrona confortável em uma casa reluzente de limpeza da classe média alta, lendo a Bíblia, provavelmente uma passagem profética sobre a vinda do Mes-sias. Mas para entender bem tais representações, devemos levar em conta três fatores: 1) Estas obras de arte foram pagas por benfeitores abastados que gos-tavam de ver a si mesmos refl e-tidos nos retratos e estátuas que custeavam. 2) Até o século 17, era um princípio de estética (po-esia, drama, artes plásticas) que a realeza e a aristocracia- e não os negociantes, artesãos, e ainda menos os pobres- eram os per-sonagens convenientes a serem tratados dentro de tais obras.3) A

21/12/08IV Domingo do Advento (Lc 1, 26-38)

LITURGIA Por dom bernardo bonowitz

tranqüilidade, limpeza e riqueza da casa de Nazaré e da própria Maria nestes trabalhos podem - e devem, acho eu- ser compreendi-dos simbolicamente e não literal-mente. Quer dizer, referem-se ao estado interior da alma de Maria ao invés de sua condição sócio-econômica.

Porque Maria, em seu grande canto de gratidão, o Magnifi cat, que é a sua resposta pessoal à Anunciação, coloca-se solidamen-te ao lado da gente simples: “Pois sobre a sua humilde serva se in-clinou.” Ela prossegue falando daquilo que Deus está realizando e vai realizar pela Encarnação de seu Filho: “Depôs os poderosos dos seus tronos, aos humildes, porém, quis exaltar. Cumulou com seus bens quem tinha fome, aos ricos despediu de mãos va-zias.” Esta não é a linguagem de uma condessa mas sim de uma campesina. Não é uma linguagem de vingança, mas uma linguagem de esperança: Deus na vinda de seu fi lho vai trazer justiça aos hu-mildes da terra.

E então, se Maria não es-tava “poltronizada”, entronizada no momento em que Gabriel chegou, o que estava fazendo? Certeza não tenho, é óbvio, mas acho mais do que coincidência que certa vez recebi (qual melhor presente de Natal?) uma imagem de uma jovem Maria varrendo o chão, Santa Maria da Vassoura, poderíamos chamá-la. Isto não nega que ela estava rezando en-quanto varria - se alguém tinha o dom de rezar em todas as circuns-tâncias, sem dúvida alguma, esse alguém era Nossa Senhora. Mas me parece muito mais provável que ela, como uma dos anawim- dos “pobres de Deus” estava em pé trabalhando e não conforta-velmente sentada com um livro na mão. A gente simples costuma passar mais tempo em pé do que na cadeira. E aliás, não é assim que Maria se descreve na conclu-são do encontro com o arcanjo: “Eis aqui a serva do Senhor.”? Ó Gabriel, se o chão do céu precisa de alguém para passar pano, eis me aqui, às ordens!”

Comentário do Evangelho25/12/08

Natal (Lc 2,15-20 Jo 1,1-18)Hoje, 25 de dezembro de

2008, celebro quarenta anos de batismo na Igreja Católica. Em 1968, era um menino de 19 anos; este ano me encontro pronto para ingressar na terceira idade. Nunca posso agradecer o sufi ciente pelo dom da fé e do batismo, pelo fato de ter sido batizado e “eucaristizado” (ter recebido a primeira comunhão) no dia Natal, e de ter recebido estes sacramentos de iniciação cristã no mosteiro trapista de Nossa Senhora de São José no estado de Massachusetts.

Poucas semanas depois de me

batizar, o monge que celebrou o sacramento recebeu permissão para viver num pequeno eremi-tério no terreno da abadia- onde, aliás, mora até hoje. Quando fi -nalmente ingressei no mesmo mosteiro em 1982, nós iniciamos a tradição de nos encontrar no seu eremitério uma vez por ano - no dia de Natal - e celebrar jun-tos o aniversário do meu batis-mo. Nós já teríamos celebrado à meia-noite a Missa de Galo com seu evangelho do nascimento de Cristo e mais tarde, no fi m da manhã, iríamos ainda celebrar a terceira missa de Natal, onde o

texto do evangelho é o sublime prólogo de São João: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós.” O que sobrava para nós era a se-gunda missa de Natal, a chamada “Missa da Aurora” ou “Missa dos Pastores”. É uma pena que esta missa se celebra tão raramente hoje em dia. O evangelho (Lc 2, 15-20) é totalmente contemplati-vo e celebrativo. Fala-se dos pas-tores, orientados pelo canto dos anjos: “Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que Ele ama”. Eles vão às pressas a Belém e lá se tornam os primeiros seres humanos a te-

rem o privilégio de “encontrarem Maria, José e o recém-nascido deitado na manjedoura.” Por mais simples que sejam (pastores não eram a nata da sociedade judia da época), eles entendem tudo com o simples olhar da fé. A visão do menino e sua mãe os enchem de um espírito de louvor e exultação, e eles voltam para os campos ou-tros homens do que foram antes da aparição do Anjo do Senhor e a multidão do exército celeste. Ao mesmo tempo, Maria, realiza pela primeira vez no evangelho de Lu-cas aquela atividade totalmente característica dela: “Maria, contu-do, conservava cuidadosamente todos esses acontecimentos e os meditava em seu coração.” Tudo

neste evangelho respira maravi-lhamento, louvor, glorifi cação deDeus, recolhimento, oração inte-rior. E no centro deste evangelhoestá o coração de Maria, acolhen-do e conservando e ruminando omilagre de amor que acaba de semanifestar diante de seus olhos,milagre que ela tinha trazido emsegredo nos últimos nove mesesno seu seio : a vida eterna e bem-aventurada de Deus, presente en-tre nós, visível na carne . “Eleestá no meio de nós! Ele está nomeio de nós”. Assim a mãe me-ditava cheia de gratidão; assimnós proclamamos hoje e em todaMissa cada vez que o sacerdoteproclama: “O Senhor esteja con-vosco.”

Comentário do Evangelho28/12/08

Sagrada Família (Lc 2, 22-40)

A primeira impressão que esta festa passa para nós é a de uma ce-lebração litúrgica de absoluta ale-gria e concórdia familiar. Todos nós sonhamos com uma família perfeita (embora não tivéssemos), e fi camos contentes por contem-plar no pequeno trio de Jesus, Ma-ria e José o nosso sonho realizado, pelo menos uma vez na história da humanidade. Normalmente os cantos desta missa proclamam as virtudes domésticas, e muitas ve-zes o pregador vem ao encontro de nossa idealização, falando com muita doçura e delicadeza acerca do lar de Nazaré.

Infelizmente, é o Evangelho que atrapalha tudo. Cada vez que encontramos a sagrada família nos evangelhos, ela se encontra em apuros - se não com a lei ro-mana que exige um deslocamento da família pobre da Galiléia para a Judéia por causa do recensea-mento, ou com o governo local de Herodes, que “busca a vida do menino para destruí-la”, então por causa de uma difi culdade “in-trafamiliar” como o desentendi-mento entre José e Maria quando ele descobre que a sua noiva está grávida, ou a falta de compreen-são por parte dos pais ao encon-trarem o perdido menino Jesus sentado no Templo que se apressa em os informar que deveriam ter entendido que ele “teria que estar na casa do seu Pai.” As coisas não melhoram quando Jesus chega à idade adulta. O Evangelho de Marcos abertamente fala de um momento quando os parentes de Jesus “saíram para detê-lo, porque

diziam: ‘Enlouqueceu!’”(3,21), ede um segundo momento, logodepois, quando pedem para con-versar com ele, e ele em respostaproclama que os seus parentes nãosão estes, mas sim, “quem fi zer avontade de Deus.” (3,35).

Qual é o problema? É como ovelho Simeão diz, inspirado peloEspírito Santo. “Este menino seráum sinal de contradição” - ou seja,em linguagem mais atualizada:“Este menino vai dar trabalho.”Jesus não cabe dentro dos limitesda normalidade. Ele não nasceupara ser o centro de uma famíliasossegada. Sagrada, sim; sossega-da, não. Ele é o Verbo Encarnadodo Pai que se fez carne para noslivrar do pecado e da morte e dainjustiça e do desamor. E porqueo mundo está cheio destas coisasacima mencionadas, Jesus entraráem choque constante com elas,despertará medo e ressentimentoem todos aqueles que vivem porestes valores negativos e exigi-rá uma conversão cada vez maisplena de seus familiares, amigose discípulos que ainda não con-seguiram renunciar totalmente aestes contra-valores.

É bom neste último domin-go do ano 2008 nos darmos con-ta de que o seguimento de Jesustem mais que ver com um passeionuma montanha russa do que comum passeio no parque. Ele veiotrazer a espada e não a paz, masesta espada nos liberta de todamentira e mediocridade, e sua pa-lavra e exemplo, aceitos com fé,podem fazer de toda família cristãuma família sagrada.

simplesmente prepara e “es-quenta” o ambiente para que quando no devido momento o verdadeiro astro chegar, os fãs estejam dispostos a lhe dar uma acolhida calorosa e entusiasta. Podemos até dizer que a intui-ção central da carreira de João era a de perceber a necessidade de sumir, de se retrair, de ceder espaço a Jesus. Assim ele fala

no capítulo 3 do Evangelho de João, em sua última declaração: “É preciso que Ele -Jesus- cres-ça, e que eu diminua.”

Para nós também esta atitude constitui o início de nosso disci-pulado e de nosso testemunho. “Eu não sou o Cristo.” Dizer isto verbalmente não requer um esforço tão grande, mas viver esta “negação” com coerência

em nossas palavras, atos e atitu-des é uma escola de humildade. Proclamando a nossa pequenez, não por baixa auto-estima, mas porque sabemos quem é o ver-dadeiro Messias, não damos a Cristo o espaço que ele requer para cumprir sua única e eterna missão de ser a “luz que ilumina todo homem.” Jesus, por favor, passe à minha frente.

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16 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008

clickFesta das CapelinhasNo último dia 26 de outubro, a Catedral São José realizou, mais uma vez, a Festa das Capelinhas. Após santa missa, a procissão com as mensageiras e fiéis percorreu as ruas do centro da cidade até o Salão Paroquial da Catedral.

fotos: 3F Imagens