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AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB POLÍTICA PÁGINA 5 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 QUARTA-FEIRA 20 DE MAIO DE 2015 ANO XIV Nº 3334 PARQUE DA TAIPA Deputados pedem acção do CCAC PUB RENDAS VIDA DIFÍCIL PARA DONOS DE RESTAURANTES Não há lei para os senhorios. Proprietários de restaurantes com vários anos de actividade em Macau lutam com grandes dificuldades face aos exorbitantes aumentos das rendas. Entre o fechar portas e a sobrevivência, que mal dá para pagar aos empregados, os proprietários vão-se “aguentando” sem grandes esperanças de que as regras do arrendamento no território lhes tragam algum alívio. As leis do caos hojemacau GRANDE PLANO PÁGINA 3 h Os mortos não se vingam PÁGINA 17 Um deserto de ideias OPINIÃO ARNALDO GONÇALVES PUB

Hoje Macau 20 MAI 2015 #3334

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Hoje Macau N.º3334 de 20 de Maio de 2015

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Não há lei para os senhorios. Proprietáriosde restaurantes com vários anos de actividade

em Macau lutam com grandes dificuldades faceaos exorbitantes aumentos das rendas. Entre o fechar

portas e a sobrevivência, que mal dá para pagaraos empregados, os proprietários vão-se “aguentando”

sem grandes esperanças de que as regrasdo arrendamento no território

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2 hoje macau quarta-feira 20.5.2015

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l i g u e - s e • pa r t i l h e • v i c i e - s ePropriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Filipa Araújo; Flora Fong; Leonor Sá Machado Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Gonçalo Lobo Pinheiro; José Simões Morais; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas António Conceição Júnior; Arnaldo Gonçalves; David Chan; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

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Finalmente, é esquisito pen-sar: alinhavar ideias, tecer conside-rações, construir sistemas. Até que ponto esse bricabraque nos pertence ou meramente deparamos com uma ocasional bóia de salvação, que tanto jeito nos dá?Quem a fez, quem a deitou ao rio dos pensamentos onde obrigatoriamente navegamos? Ninguém, responde Ulisses do fundo da gruta. E, prova-velmente, tinha razão. Ou não estivesse numa gruta, mortinho da Ítaca por sair. Os pensamentos, que em nós se enquistam, sobre a vida ou sobre a

morte, sobre a tia ou sobre o primo, sobre a polis ou o oikos, que em nós ganham espaço e nos subjugam, quantas vezes são nossos, seja o tema alhos ou a simplicidade dos bugalhos? Onde estou eu? E, pen-sando melhor, por que razão deveria realmente existir e, pelo contrário, não passar de um Frankenstein de mensagens, de um Arcimboldo à maneira da estação?Somos composição e estrutura alheia, rearranjo que o tempo se encarregará de repetir. Tivéramos alma e ela estaria cansada. Tivéra-

mos corpo e ele se dissolveria em auto-contemplação. Não temos nada disso.Alguém disse que, como humani-dade (ou indivíduos), éramos uma corda estendida sobre um abismo entre o animal e algo ainda por construir, mas que estaria além do homem tal qual o conhecemos ontem e conhecemos hoje. Uma nova ética, imanente e inclusiva, na qual o amor não é culpa nem salvação mas hábito/inteligência, entreajuda/superação.O entendimento é complexo. Sendo fácil a todos desfiar argumentos,

reconheçamos que raramente a nós mesmos atribuímos, na intimidade, o peso total da razão. E reconhece-mos o primado de emoções. Para as quais a lógica, a racionalidade, incessantemente trabalham.A humildade (ou o sucessivo desa-parecimento) é, afinal, uma estética. Não o seu lado físico ou mártir mas o riso que desperta a contemplação das certezas e das alhadas. Só os animais e os deuses foram contemplados pela graça. Era verdade: quem paga é o mensageiro, o tal que não passa de uma corda sobre um abismo.

A Ex-PRIMEIRA ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, chega ao Tribunal Supremo de Banguecoque para ser ouvida no âmbito da acusação de crimes de corrupção. Yingluck manteve a sua posição de inocente e pediu um julgamento justo.

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Quem paga é o mensageiro

“A DSSOPTinfringiu as disposições legais, afectou o funcionamento das instalações e colocou em risco a segurança dos utentes, alémde ter prejudicadoos direitos e interesses do Governo”• Relatório do Comissariadode Auditoria, sobre o ParqueCentral da Taipa

“Falámos com vários médicos do hospital público, que asseguravam o serviço [de obstetrícia], mas que tiveram de abandonar as suas funções por terem sido alvo de perseguição contínua por partedo director dos SS”José Pereira Coutinho• Deputado

“Vir aqui e gastar dinheiro, mesmo que seja ilegal, não é branqueamento, é só gastar dinheiro ilegal”nelson rose• Especialista em Jogo, sobrea preocupação dos EUAno dinheiro gasto nos casinos

“A companhia responsável pela supervisão (do Parque da Taipa) entregou apenassete relatórios dos 40 que teria de entregar. Esta companhia estaria absolutamente reprovada,

mas o Governo nem investigou a empresa, tolerando totalmente a forma como fez a fiscalização”Kwan tsui hang, deputada, sobre o relatório do Ca a propósito do Parque Central da taipa | P. 5

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3grande planohoje macau quarta-feira 20.5.2015

a problemática dos con-tratos de arrendamento continua a dar que falar e desta vez o azar bateu

à porta do “Restaurante Lopes”, na velha Taipa. “O senhorio decidiu que não queria mais arrendar o espaço, por isso tenho que fechar”, começou por contar o proprietário do espaço, Lourenço Lopes. Há cinco anos de portas abertas, o Lopes não tem data para reabrir. Isto porque, segundo nos conta o proprietário, as rendas “estão a preços exorbitantes”.

O negócio da restauração começa a ser difícil de se manter, dizem os proprietários e Lourenço Lopes nem sequer consegue garantir que o seu restaurante volte a abrir ao público. “Ando à procura [na Taipa], mas é tudo muito caro. Estamos a falar de rendas, de um espaço pequeno, de 60 mil Hong Kong dólares (HKD)”, explica.

No estudo de mercado que fez, o empresário chegou a encontrar imóveis que ultrapassavam os cem mil HKD. “O máximo que me pediram até agora foi 180 mil HKD, para um espaço de três an-dares, mas [onde] os dois andares de cima já estão divididos para

“Tive um aumento de mais de 50% e aumentos consecutivos anuais. É uma situação muito difícil”Carlos alberto lau “Café lisboa”

Rendas elevadas e contratos de arrendamento com “aumentos extraordinários” são alguns dos problemas que os proprietários de restaurantes enfrentam nos dias que correm. Alguns a fechar as portas, outros a assinar contratos com muito esforço, os empresários que ainda restam temem pelo futuro do negócio. Há quem diga que, um dia, desiste e fecha portas. Outros játêm data marcadapara encerrar

arrendamento RestauRantes temem o pioR cenáRio devido à subida de pReços

Contratos a peso d’oiro

uma casa, portanto só posso usar a loja do rés-do-chão. Assim não dá”, frisa.

Recorde-se que muitos têm sido os casos de estabelecimentos que não suportam as actualizações das rendas feitas de forma descontrolada pelos senhorios e são obrigados a fechar as suas portas. O famoso restaurante português “Afonso” abandonou a Rua Central devido ao aumento da renda e o mesmo aconteceu, por exemplo, com o restaurante de comi-da tailandesa “Tuk Tuk” na Avenida de Kwong Tung, na Taipa.

Também o restaurante “Mexi-cana”, na Taipa, fechou ao público no ano passado devido ao pedido de 125 mil patacas por parte do senhorio para manter o contrato. O espaço estava aberto há nove anos e o proprietário disse ao HM, na altura, que na procura de um novo espaço lhe pediram 300 mil patacas por espaços muito pequenos. “Isto é impensável”, afirmou na altura.

Mais recentemente, o caso do “Lopes” não é o único.

Pagar a dobrar“A história é sempre a mesma”, aponta Marisol da Silva, proprietária do restaurante mexicano “Tapas”, na

Taipa. “Este já é um assunto velho. Nós [proprietários] falamos, recla-mamos, mas nada acontece”, conta.

Também esta proprietária foi “expulsa” do seu antigo estabeleci-mento, situado nos NAPE, porque o “senhorio não quis seguir com o contrato”. Agora com restaurante aberto na Taipa, Marisol conta que está a “pagar pouco menos de 150 mil HKD”. Ainda que vá ficando de portas abertas, a proprietária do “Tapas” lamenta o facto de muitos espaços serem obrigados a fechar. E coloca-se nessa pele.

“Eu garanto, não tenho dúvida nenhuma, que se ao final dos dois anos de contrato que me restam o se-nhorio quiser dobrar a renda, como eu vejo acontecer, fecho portas.”

Marco Policarpo, empresário e gerente de vários estabelecimentos comerciais da área da restauração, conta ao HM o aumento de renda “extraordinário” que sofreu recen-temente num dos seus restaurantes: o “Boa Mesa”.

“O contrato terminou e o se-nhorio decidiu aumentar a renda para quase o dobro”, começa por contar, clarificando que “só assim é que o senhor renovou contrato, caso contrário não o faria”.

Feitas as contas, uma renda que já se situava em valores altos, cerca de 88 mil HKD, passou para 148 mil, com a actualização no final do contrato. Uma subida que poderia ter sido maior caso “o mercado não estivesse a abrandar”, acredita.

Em busca de um novo lugar para onde deslocar o “Boa Mesa”, antes de renovar o actual contrato, Marco Policarpo e os seus sócios investigaram o mercado imobiliário em volta e ficaram “espantados” com os preços.

“Na zona das ruínas de São Paulo há senhorios a pedir meio milhão, um milhão, dois milhões e até três milhões de HKD. Claro que fugimos logo”, relembra.

A culpa destas “subidas altíssi-mas”, defende, é a localização do espaço. “Temos outros espaços fora da zona central, desta zona históri-ca e os preços são outros”, refere, exemplificando com o restaurante “Banza”, na Taipa, e a “Metro Pizza”, na Barra.

“Com o Banza temos um con-trato de três anos e pagamos 36 mil HKD, porque não fica num lugar muito central. É também o caso da Metro Pizza, [pelo qual] assinámos contrato de cinco anos e estamos a

pagar uma renda de 23 mil HKD. A diferença é muita”, enumera.

Com contrato acabado de renovar está Carlos Alberto Lau, proprietário do “Café Lisboa”, também na Taipa, que conseguiu ver o seu tempo de exploração estender-se por mais cinco anos, ainda que com algumas condições.

“Tive um aumento de mais de 50% da renda e aumentos consecuti-vos anuais”, conta. Agora, diz, resta--lhe “tentar aguentar” o negócio. “É uma situação muito difícil”, reitera.

Sem eSPaço Para creScerPerante o cenário a que se assiste, Lourenço Lopes explica que é difícil que os negócios cresçam. Até por-que, além do montante das rendas dos imóveis em causa, adverte, há ainda a problemática do número de rendas a pagar na assinatura do novo contrato e a licença necessária para ter um negócio no activo.

“Não nos podemos esquecer que não são 100 mil HKD no início. É este valor vezes quatro, porque são duas rendas de caução, uma renda e a comissão da agência. A juntar a isto ainda temos a licença para termos o nosso negócio, que só nos permite abrir portas quando a tivermos. Um papel que demora entre seis a nove meses. Como é que alguém aguenta este investimento e continuar a pagar renda com a casa fechada? Ninguém”, argumenta.

A juntar a isto, as despesas restantes que todos os restaurantes têm de acarretar ao nível dos pro-dutos e contas de água e luz, por exemplo. Mas há outros factores, como relembra o dono do “Lopes”.

“Para um negócio começar a ganhar as suas raízes e a sua carteira de clientes fixos são preciso quase cinco anos. Só neste tempo é que podemos dizer que temos os nossos clientes e começamos a ganhar. Se tenho um contrato de cinco anos que depois não é renovado, ou é a preços incomportáveis, como faço o meu negócio?”, questiona.

Ganhar para sobreviver é, se-gundo estes proprietários, a situação que se vive agora. “É muito difícil assim. A verdade é esta: [o Boa Mesa] está a ganhar para pagar a renda e o pessoal trabalhador, só”, remata ainda Marco Policarpo.

Filipa araújo [email protected]

“O senhorio decidiu que não queria mais arrendar o espaço, por isso tenho que fechar”lourenço lopes “restaurante lopes”

“Eu garanto que se ao finaldos dois anos de contrato que me restam o senhorio quiser dobrara renda, fecho portas”marisol da silva restaurante “tapas”

“Na zona das ruínas de São Paulo há senhorios a pedir meio milhão, um milhão, dois milhões e até três milhões de HKD. Claro que fugimos logo”marCo poliCarpo restaurante “boa mesa”

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“Trata-se de uma medida positiva e o Governo finalmente começou a tomar medidas acertadas para o melhor funcionamento das estruturas públicas”Pereira Coutinho Deputado

Justiça DefenDiDa fusão entre DsaJ e serviços De reforma JuríDica

Bom vento e casamento?Dois juristas e o deputado Pereira Coutinho defendem que os Serviços para os Assuntos de Justiça e os Serviços de Reforma Jurídica e do Direito Internacional deveriam fundir-se numa só Direcção. Não só não haverá corte de trabalhadores como passará a haver maior coordenação de competências, acreditam

Governodeve responder “rapidamente” às mudanças sociais a secretária para a administração e Justiça, sónia chan, esteve ontem reunida com os representantes da associação dos Licenciados em administração Pública. o seu presidente, Wai cheng iong, referiu que “o desenvolvimento económico de macau entrou numa nova situação, em que a área da administração e Justiça deve responder rapidamente às exigências cada vez mais elevadas dos cidadãos às acções governativas”, refere um comunicado. os dirigentes afirmaram concordar com a secretária quanto às medidas de racionalização de recursos humanos e de serviços, incluindo a simplificação administrativa. sónia chan referiu que “o Governo da raem tem sempre em atenção as questões existentes no regime da função Pública em vigor, pelo que procederá gradualmente à revisão segundo a sua prioridade”.

T êm funções que mui-tas vezes se cruzam e sobrepõem, mas continuam a existir

em separado. São assim as Direcções dos Serviços para os Assuntos de Justiça (DSAJ) e de Reforma Jurídica e do Di-reito Internacional (DSRJDI). Em Junho, data anunciada pela Secretária para a Ad-ministração e Justiça, Sónia

Chan, para avançar com um projecto preliminar de mudan-ças na Função Pública, deverá saber-se o que vai acontecer a estas Direcções.

Figuras do meio legisla-tivo e jurídico, contactadas pelo Hm, defendem que o caminho passa mesmo pela fusão das duas entidades. “Defendo a fusão, para que seja apenas uma Direcção

e espero que isso aconteça sem nenhum despedimento de trabalhadores. Essa é a medida mais acertada”, disse o deputado José Pe-reira Coutinho, também presidente da Associa-ção dos Trabalhadores da Função Pública de macau (ATFPm), ao Hm.

“Trata-se de uma me-dida positiva e o Governo finalmente começou a tomar medidas acertadas para o melhor funcionamento das estruturas públicas, por forma a coordenar melhor os trabalhos”, acrescentou.

Um jurista, que pediu para não ser identificado, também defende a fusão das

duas Direcções. “A fusão da DSAJ com a DSRJDI pode ser muito vantajosa na medida em que oferece a perspectiva de uma maior eficácia e celeridade dos pro-cessos. Uma vez que ambas as Direcções trabalham no âmbito geral da Justiça e das

questões jurídicas, [a fusão] traz também a vantagem de permitir ultrapassar situa-ções pontuais de conflito positivo de competências, ou seja deixa de haver situa-ções em que há dúvida sobre a quem compete determina-da actividade ou o caso de ambas as direcções deseja-rem intervir em simultâneo no mesmo procedimento”, referiu ao Hm.

O regressO aO gaDI?Outra jurista, que também não quis ser identificada, diz que o Governo pode analisar duas possibilidades: ou funde as duas Direcções de serviços, ou reestrutura a área de produção legislativa, a qual passaria a estar apenas na DSAJ. “Aí teríamos três grandes áreas – a produção de leis, a reforma e a tradu-ção jurídica”, acrescentou.

Com essa reforma, o Executivo “poderia autono-mizar a DSRJDI, que teria as competências iguais ao antigo GADI (Gabinete para os Assuntos do Direito In-ternacional). Essa Direcção está caótica e assim dava-se a dignidade de que está a precisar”, apontou ao Hm.

Uma vez autónoma, a DSRJDI teria de ter “uma área de [acordos] multilate-rais, bilaterais e cooperação judiciária, bem como publi-cações, que também deveria ser autónoma”, explicou.

Ambos os juristas con-cordam que uma eventual fu-são não iria originar despedi-mentos. “Continuará a haver postos de trabalho para todos, podendo eventualmente justificar-se o recrutamento de mais recursos humanos. Não haverá uma redução, já que há tanto trabalho para fa-zer. Esta fusão vai levar a um melhor reaproveitamento dos trabalhadores, que devem ser colocados nos locais certos”, apontam.

Recorde-se que o sub-director dos Serviços para a Administração e Função Pública, Eddie Kou, disse esta semana que haveria ainda 20 vagas por preencher nestas duas direcções.

andreia sofia [email protected]

José Pereira Coutinho acredita que, dentro da tutela de Sónia Chan, também o Instituto para os Assuntos Cívicos e municipais (IACm) deveria sofrer uma reestruturação. “O IACm deve começar a fazer os trabalhos no sentido da sua fusão. Não entendo como é que os responsáveis pelos pelouros da cultura ainda se mantém quando os serviços culturais já foram transferidos para o Instituo Cultural”, disse ao Hm.

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POLÍTICA

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5 políticahoje macau quarta-feira 20.5.2015

F alta de fiscalização e fal- ta de profissionalismo, ao mesmo tempo que não há responsabilização. São as

críticas de três deputados, depois de mais um relatório do Comissariado de Auditoria (CA) ter acusado as Obras Públicas de negligência e violação da lei nas obras do Parque Central da Taipa. Os deputados pedem a intervenção do Comissa-riado contra Corrupção (CCAC).

Para Kwan Tsui Hang, Mak Soi Kun e José Pereira Coutinho continua a haver insuficiências na fiscalização do organismo, falta de investigação “séria” e assunção de responsabilidades e, mais uma vez, a inexistência de uma classificação das empresas que constroem e que fiscalizam.

A deputada Kwan Tsui Hang afirmou ao Jornal do Cidadão que o problema do Parque Central da Tai-pa não mostra apenas insuficiência de fiscalização da parte da Direc-ção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT), mas também coloca a suspeita se, de facto, as empresas envolvidas na construção foram profissionais.

“A companhia responsável pela supervisão entregou apenas sete relatórios dos 40 que teria de entregar. Essa companhia estaria absolutamente reprovada, mas o Governo nem investigou a empresa, tolerando totalmente a forma como fez a fiscalização”, disse a deputada.

E-government Planeamento conhecido ainda este ano Deputado pergunta se o Governo já desistiu do metro

a Direcção dos Serviços para Administração e

Função Pública (SAFP) con-firmou que o planeamento para o E-government (governo electrónico) até 2019 será co-nhecido ainda este ano, depois da realização de uma consulta interna a ser feita em Junho. Os resultados deverão ser co-nhecidos no terceiro trimestre.

A informação foi confirma-da depois do deputado Chan Meng Kam ter entregue uma interpelação escrita ao Execu-tivo onde falou de diferentes níveis de E-government na

O deputado Ng Kuok Cheong ques-tionou o Governo sobre se este já

desistiu da ideia de que o metro ligeiro possa realmente ser uma política para resolver os problemas de trânsito no que aos transportes público de Macau diz respeito. O deputado mostra-se preocupado com a inexistência de um calendário de trabalho e com a falta de responsabilização dos funcionários das Obras Públicas envolvidos no assunto.

Numa interpelação escrita, Ng Kuok Cheong lembra que o Secretário para Transportes e Obras Públicas, Raimun-do do Rosário, declarou que ainda não há calendário para a primeira fase do metro, que estava previsto entrar em funcionamento em 2014, visto que a segunda fase do projecto “só pode ser considerada depois da conclusão da primeira”. O deputado quer saber se o Executivo mantém a mesma postura face aos benefícios do metro ou se “desistiu oficialmente [do transporte] como política de resolução dos pro-blemas das ruas estreitas e dos muitos veículos em Macau”.

“Como o orçamento do projecto é ilimitado e a conclusão está sem ca-lendário, o metro ligeiro prejudicou os interesses públicos. O Secretário disse que não consegue responsabilizar os antigos nem os actuais oficiais da sua pasta. Apesar de tudo, quem é que vai coordenar a responsabilização dos ofi-ciais de Obras Públicas e Transportes? Será o Chefe do Executivo, ou já foi nomeado alguém, ou simplesmente, o Governo já desistiu?”, indagou. F.F.

“O Governo não fiscalizou as companhias. [O que aconteceu] foi por negligência, preguiça ou de propósito, para beneficiar certas companhias ou pessoas?”Kwan Tsui Hang Deputada

Parque Da TaiPa Pedida intervenção do CCaC e avaliação das emPresas

O Ca grita e a caravana passa

Kwan volta a insistir que o problema crítico na fiscalização é a falta de um mecanismo de ava-liação das Obras Públicas pelos utentes das construções cedidas à população, pelo que a deputada sugere esta implementação, para que através dessa avaliação se possa fazer uma classificação da empresa responsável pela cons-trução. A deputada diz mesmo

que este deveria ser um critério nos concursos públicos para obras públicas futuras.

Além disso, como o CA disse que a DSSOPT violou leis, porque não fez uma fiscalização de acordo com a sua responsabilidade, Kwan Tsui Hang sugere uma intervenção do CCAC.

“O Governo não fiscalizou as companhias. [O que aconteceu]

foi por negligência, preguiça ou de propósito, para beneficiar certas companhias ou pessoas?”, questionou.

AvAliAção precisA-se Também o deputado José Pereira Coutinho referiu ao mesmo jornal que problema não se sente apenas no Parque Central da Taipa, mas noutras obras públicas de grande dimensão, cuja responsabilidade e investigação não foi assumida. “O Secretário e os directores da pasta saíram das posições, por-tanto ninguém precisa de assumir a culpa”, referiu.

Pereira Coutinho criticou ainda as regras e os estatutos para os titulares de principais cargos que, diz, não conseguem reflectir conse-quências em caso de responsabili-zação. O deputado acredita que vão ser descobertos mais problemas ao nível das infra-estrutura das obras públicas, pelo que Pereira Coutinho espera que o Executivo questione o assunto com “séria responsabilidade”.

Para Mak Soi Kun, tal como para outros deputados, o problema mais crítico é a falta de classifica-ção das companhias de construção. Só assim, diz, poderá evitar-se atribuir obras a empresas que não as fazem com qualidade.

“Quando houver uma classi-ficação de diferentes níveis das companhias, as de nível baixo

já não conseguem ganhar nos concursos públicos e isso, de certa forma, evita problemas de qualidade. Também a empresa de supervisão deve ser de um nível mais alto do que a de construção”, disse ao HM, acrescentando que a ideia do funcionamento é como a das escolas primária, secundária e universidade e que “os professores da escola primá-ria não podem dar aulas aos da universidade”.

Mak Soi Kun acredita que, com a constante demonstração de que obras que não têm custos de milhões patacas, chegam a atingir mais do que esse valor, leve o Governo a agir.

Recorde-se que a empresa res-ponsável pelas obras de construção do Parque da Taipa é a Chon Tit, empresa envolvida no caso de corrupção de Ao Man Long, ex--Secretário para as Obras Públicas. Não foi possível apurar qual a em-presa de fiscalização responsável por esta obra.

Flora [email protected]

Função Pública. O deputado sugeriu mesmo a possibili-dade de se criar um grupo de trabalho interdepartamental por forma a consolidar a comunicação e coordenação dos trabalhos dos diferentes organismos públicos.

Eddie Kou Peng Kuan, sub-director dos SAFP, referiu, na resposta ao deputado, que tem sido dada atenção ao governo electrónico, sendo que actual-mente 200 serviços públicos do Governo já estão na internet e é possível efectuar marcações, pedidos e consultas.

O responsável adiantou que, para melhorar os traba-lhos, está a ser preparada a consulta interna, por forma a “garantir o consenso para as respectivas metas e estra-tégias”. O documento visa analisar seis componentes do governo electrónico, nomea-damente a gestão de risco, segurança de informações e o sistema de cloud computing (armazenamento de dados numa ‘nuvem’ online) e a reestruturação do website do Governo. Está também a ser analisada a construção de uma rede online de participação e consulta pública.

O responsável dos SAFP explicou ainda que vai ser estabelecido um mecanismo de cooperação e coordenação do E-government, por forma a aumentar a capacidade de implementação e planea-mento de cada departamento público. F.F.

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6 política hoje macau quarta-feira 20.5.2015

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ANÚNCIO

A Região Administrativa Especial de Macau faz público que, de acordo com o Despacho de 7 de Maio de 2015, do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, foi autorizado o procedimento administrativo para adjudicação da empreitada “Obra Nº 5 – Instalação de Bancadas e Coberturas junto ao reservatório para o 62º Grande Prémio de Macau”.

1. Entidade que põe a obra a concurso: Comissão do Grande Prémio de Macau.

2. Modalidade do procedimento: Concurso público.

3. Local de execução da obra: Zona do passeio pedonal do reservatório.

4. Objecto da empreitada: Planeamento, montagem e desmontagem das bancadas provisórias para espectadores localizadas no passeio pedonal do reservatório, denominadas por “Reservoir Stand” e “Grand stand”, incluindo a construção das fundações e estrutura de suporte da cobertura, o nivelamento do terreno da obra e a construção de acessos, passagens e todos os trabalhos preparatórios.

5. Prazo máximo de execução: datas limite constantes no Caderno de Encargos.

6. Prazo de validade das propostas: 90 dias, a contar do acto público do concurso.

7. Tipo de empreitada: Por Preço Global.

8. Caução provisória: MOP300.000,00 (trezentas mil patacas), prestada, em numerário ou mediante cheque visado, a entregar na Divisão Financeira da Direcção dos Serviços de Turismo, por depósito bancário ou garantia bancária aprovada nos termos legais à ordem da Comissão do Grande Prémio de Macau, devendo ser especificado o fim a que se destina.

9. Caução definitiva: 5% do preço total de adjudicação.

10. Valor da Obra: Sem preço base.

11. Condições de admissão: Entidades inscritas na Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes na modalidade de execução de obras.

12. Adiamento: Em caso de encerramento dos serviços públicos por motivo de força maior, a sessão de esclarecimento, o termo de entrega das propostas e a abertura das propostas será adiado para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.

13. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Comissão do Grande Prémio de Macau, sita em Macau, na Avenida da Amizade n.º 207, Torre de Controlo do Grande Prémio de Macau, 1.° Andar, até às 17.45 horas do dia 9 de Junho de 2015.

14. Sessão de esclarecimento: Os interessados podem assistir à sessão de esclarecimento deste concurso público que terá lugar às 10:00 horas, do dia 27 de Maio de 2015, na sede da Comissão do Grande Prémio de Macau.

15. Local, dia e hora do acto público do concurso:

Local: Comissão do Grande Prémio de Macau;

Dia e hora: 10 de Junho de 2015, pelas 10:00 horas.

Os concorrentes deverão fazer-se representar no acto público de abertura das propostas para apresentação de eventuais reclamações e/ou esclarecimento de dúvidas acerca da documentação integrante da proposta.

16. Critérios de apreciação das propostas e respectivos factores de ponderação:a) Preço: 80%; b) Prazo de execução: 5%;c) Plano de trabalhos: 10% ;e

i. Nível de detalhe, descrição, encadeamento e caminho crítico das tarefas: 3%;ii. Adequabilidade à mão-de-obra e meios propostos: 7%.

d) Experiência em obras semelhantes: 5% i. Obras executadas deste tipo, de valor e dimensão igual ou superior, com

comprovativos de recepção e de qualidade pelos Donos de Obras Públicas: 3%;

ii. Currículo de obras públicas e privadas desta natureza: 2%.

O cálculo está descrito no artigo 11.° do Programa de Concurso.

17. Local, data, horário para exame do processo e preço para a obtenção de cópia: Local: Comissão do Grande Prémio de MacauData e horário: Dias úteis, a contar da data da publicação do anúncio até ao dia e hora do Acto Público do Concurso;Preço: MOP500,00 (quinhentas patacas).

A Comissão do Grande Prémio de Macau, aos 12 de Maio de 2015.

O Coordenador,

João Manuel Costa Antunes

O Secretário de Esta-do das Comunida-des Portuguesas,

José Cesário, já chegou a Macau e tem encontro mar-cado com Wong Sio Chak, Secretário para a Segurança. Além da habitual reunião com o cônsul de Portugal em Macau, neste caso Vítor Sereno, Cesário vai ainda falar com responsáveis de associações de matriz por-tuguesa e macaense.

Hoje, Cesário encontra--se com o cônsul, pelas 21h30, partindo no dia se-guinte às 13h00 para uma reunião com a Associação

Hoje, Cesário encontra-se com o cônsul, pelas 21h30. No dia seguinte (...) pelas 15h30, é a vez de uma reunião com o Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, que deverá durar cerca de uma hora

Visita José Cesário Vai enContrar-se Com Wong sio Chak

Macau, Pequim e Xangai

dos Aposentados, Reforma-dos e Pensionistas de Macau, na sede da instituição.

Pelas 15h30, é a vez de uma reunião com o Secretá-rio para a Segurança, Wong Sio Chak, que deverá durar cerca de uma hora.

Através do comunicado do programa da visita do responsável ao território não é possível perceber o tema a ser tratado nesta reunião com o Secretário da tutela da Se-gurança. Recorde-se que, já em Janeiro deste ano – data da última visita de Cesário a Macau - a atribuição do bilhete de identidade de

Assine-otelefone 28752401 | fax 28752405

e-mail [email protected]

www.hojemacau.com.mo

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residente de Macau a cida-dãos portugueses foi um dos temas abordados na reunião, ainda que “genericamente”. Na altura, Wong Sio Chak garantiu que “a intenção das autoridades do território é a de facilitar ao máximo a fixação de residência” aos portugueses que cá chegam.

Às 17h00, José Cesário encontra-se com os Conse-lheiros das Comunidades Portuguesas para um en-contro que vai durar cerca de meia hora, já que para as 17h30 está marcada uma reunião “Associações Portuguesas e de Matriz Portuguesa na RAEM”.

Hora de medalHarJosé Cesário, que chega a Macau também com medalhas de Méritos das Comunidades, tem marcada para as 19h30 a cerimónia de imposição destas insígnias a cinco portugueses.

Na quinta-feira, Cesário ainda se mantém em Macau, onde fará uma visita às ins-talações do Consulado Geral de Portugal, incluindo o Ins-tituto Português do Oriente e a AICEP, seguida de uma reunião de trabalho com os responsáveis do Consulado e do IPOR.

O Secretário de Estado parte para Pequim a 23 de Maio, onde tem agendado um encontro com o embai-xador de Portugal na capital e “com a comunidade e ins-tituições portuguesas”. A 25 de Maio, tempo ainda para uma viagem a Xangai, local onde se destaca o encontro entre Cesário e a directora do Centro do Turismo de Portugal na China. J.F.

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7sociedadehoje macau quarta-feira 20.5.2015

Visita José Cesário Vai enContrar-se Com Wong sio Chak

Macau, Pequim e XangaiGastos dos visitantes desceram 16,2% no primeiro trimestre

Nível de vida Dois terçosvive abaixo da médiados países desenvolvidos

• Uma pequena parte - uma “linha decorativa” - da fachada de um edifício na Rua da Barra que faz parte do património cultural caiu devido ao mau tempo sentido nos últimos dias. Num comunicado à imprensa, o Instituto Cultural (IC) informou que os bombeiros já removeram os componentes decorativos pouco sólidos para evitar acidentes futuros. Actualmente, indica, o local já está desbloqueado.

a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) prometeu melhorar a gestão dos auto-silos, depois do caso

de corrupção que envolveu dois funcio-nários do organismo e um empresário. Isto mesmo já está em acção, disse ontem o Chefe Substituto da Divisão de Ges-tão de Transportes da DSAT, Mok Soi Tou, que falava à margem da entrega de propostas para a gestão do Auto-Silo de Pak Wu, nos Nam Van.

Mok Soi Tou referiu que já tinha re-visto e ajustado os processos e a gestão dos concursos públicos para parques de estacionamento do Governo, depois do caso, e deu como exemplo disso mes-mo o facto de, agora, a fiscalização e procedimentos da gestão dos parques já não ser feita pela Divisão de Gestão de Transportes, mas ter passado a ser dividida. Agora, cabe à Divisão de Obras Viáveis e a Divisão de Equipamentos de Tráfego, de forma a evitar que seja apenas um funcionário o responsável por estes procedimentos, o que torna, diz Mok Soi Tou, mais difícil descobrir os problemas.

Recorde-se que dois funcionários da DSAT estariam desde 2012 a rece-ber dinheiro em troca de favores a três

empresas que gerem os auto-silos pú-blicos. Os homens, conforme avançou o Comissariado contra a Corrupção (CCAC), terão conseguido auferir 16 milhões de patacas em subornos, para manipularem, em conjunto, o processo de adjudicação de contratos de curto prazo para a prestação do serviço de gestão de auto-silos públicos, a fim de ajudar três companhias de gestão a obter, de forma ilegal, a adjudicação daquele serviço.

SIlêNCIo SoBRe eNvolvIdoS Wong Wan, director da DSAT na altura, recusou-se a dar o nome dos funcionários. O HM também tentou junto do CCAC saber o nome dos envolvidos ou, pelo menos, das empresas, mas o Comissaria-do liderado por André Cheong também recusou.

“O CCAC vai divulgar as respectivas informações complementares quando entenda necessário após uma prudente avaliação das circunstâncias”, disse o organismo ao nosso jornal.

As três companhias de gestão re-ceberam luz verde para a adjudicação de serviços de gestão de auto-silos por mais de 60 vezes, o que representa 70% dos contratos de gestão dos auto-silos

de Macau. Isto envolveu 68 milhões de patacas, 16 milhões dos quais serviram para subornar os funcionários. E os bene-fícios dados às empresas foram mais além da adjudicação dos serviços de gestão.

O HM tentou apurar quem são as empresas envolvidas, mas tal não foi também possível. Sabe-se apenas que, no total, são sete as empresas que lideram os parques de estacionamento actualmente – os auto-silos públicos são 39.

Mok Soi Tou reiterou ontem que a política futura do organismo vai mesmo ser a de cancelar os passes mensais em 11 auto-silos, para já, mas que gradual-mente a DSAT vai tomar esta medida em todos os parques públicos, ainda que não haja data de implementação devido à necessidade de “equilibrar benefícios de cada parte, bem como ouvir as opiniões da população”.

Ontem, dez companhias entregaram propostas para o funcionamento e gestão dos futuros seis anos do Auto-Silo Pak Wu, um dos que integra a lista de can-celamento dos passes mensais.

Flora [email protected]

Joana [email protected]

OS gastos dos vi-sitantes em Ma-

cau desceram 16,2% no primeiro trimestre, relativamente ao mes-mo período de 2014, fixando-se em 13,36 mil milhões de patacas, segundo dados ontem divulgados. De acordo com os dados oficiais, a despesa ‘per capita’ dos visitantes (que inclui turistas e excursionis-tas) nos primeiros três meses de 2015 situou-se em 1802 patacas, me-nos 13,1% em termos anuais. Os visitantes da China continental gas-taram, per capita, 2152 patacas, menos 15,1% que em 2014.

Em termos de es-trutura da despesa, as compras foram res-ponsáveis por 48,3% dos gastos, seguidas

do alojamento (25,6%) e alimentação (18,8%). No primeiro trimestre do ano, 88,6% dos vi-sitantes mostraram-se satisfeitos com os ser-viços e instalações dos hotéis, mais 0,4% do que último trimestre do ano passado, de acordo com os resultados obti-dos através do Inquérito aos Comentários dos Visitantes. A maio-ria, 83,3%, mostrou-se também satisfeita com os estabelecimentos de Jogo (mais 1,9% em termos trimestrais). Já as zonas turísticas só agradaram a 41% dos visitantes.

O inquérito revelou também que 13,4% dos visitantes considera que os transportes públicos deviam ser melhora-dos.

IEONG Wan Chong considera que dois

terços dos residentes de Macau vivem abai-xo do nível de vida médio praticado nos países desenvolvidos. O professor e director do centro de estudos ‘Um País, Dois Sis-temas’ do Instituto Politécnico de Macau (IPM) justificou que a população deve come-çar a estar mais atenta à situação de desigual-dade social da região. Ieong afirmou que, embora Macau se tenha desenvolvido bastante nos últimos anos e ganho mais aceitação e notoriedade, como mostra a Faculdade de Ciências Sociais da China, a população deve atentar mais na desigualdade econó-mica que diz haver na RAEM.

Quanto ao índice de Cidade Competitiva de Conhecimentos e de Informações, Macau fica nos lugares 39º e 20º. Ieong sugere que o território possa aumen-tar o poder competitivo de liberdade social, pois considera que a aceita-ção social e a liberdade académica de Macau estão num nível mais elevado do aqueles praticados em Hong Kong ou Taiwan. O professor não se fica por aqui: Macau poderia ser a região com os níveis mais elevados de toda a China.

O Relatório de Com-petitividade de Cidades Chinesas 2015 mostra que Macau fica em 4º lugar em relação ao índice da cidade mais Adequada para Viver, bem como para fazer comércio. F.F.

A DSAT dividiu entre departamentos as funções relacionadas com a adjudicação de parques públicos a empresas, depois do caso de corrupção que envolveu três empresas e dois funcionários do organismo. O CCACe a DSAT recusam dar o nome dos envolvidos e até dos parques implicados

auto-silos AjustAmentos de gestão em AndAmento, diz dsAt

evitar males maiores

PatrimóNio LiNha decorativa cai de edifício

ic

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8 publicidade hoje macau quarta-feira 20.5.2015

A Região Administrativa Especial de Macau, através da Direcção dos Serviços de Turismo, faz público que, de acordo com o Despacho do Ex.mo Senhor Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, de 8 de Maio de 2015, se encontra aberto concurso público para adjudicação do serviço de “Transporte de Material Pirotécnico, Morteiros e Materiais Sobressalentes destinados ao 27.º Concurso Internacional de Fogo de Artifício de Macau”.1. Entidade que põe a prestação de serviços a concurso: Direcção dos Serviços de Turismo.2. Modalidade do procedimento: Concurso público.3. Local de execução dos serviços: Locais mencionados no Caderno de Encargos.4. Objecto dos serviços: Transporte de Material Pirotécnico, Morteiros e Materiais Sobressalentes destinados ao 27.º Concurso Internacional de Fogo de Artifício de Macau.5. Prazo de execução: Cumprimento das datas constantes no Caderno de Encargos.6. Prazo de validade das propostas: Noventa dias, a contar da data do encerramento do acto público do concurso.7. Caução provisória: MOP120.000,00 (cento e vinte mil patacas), mediante 1) depósito bancário à ordem, do Fundo de Turismo

no Banco Nacional Ultramarino de Macau; 2) garantia bancária; 3) depósito entregue nesta Direcção dos Serviços de Turismo em numerário, em ordem de caixa ou em cheque visado, emitidos à ordem do Fundo de Turismo; 4) por transferência bancária na conta do Fundo de Turismo do Banco Nacional Ultramarino de Macau.

8. Cauçãodefinitiva:4%dopreçototaldaadjudicação.9. Preço base: Não há.10. Local, dia e hora limite para entrega das propostas: Direcção dos Serviços de Turismo, sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’ Assumpção, n.os 335-341, Edifício Hotline, 12.º andar até às 17:30 horas do dia 5 de Junho de 2015.11. Local, dia e hora do acto de abertura das propostas: Auditório da Direcção dos Serviços de Turismo, sito no 14.º andar da sede dos serviços, pelas 10:00 horas do dia 8 de Junho de 2015.

Os concorrentes ou os seus representantes legais deverão estar presentes no acto público de abertura das propostas para os efeitos de apresentação de eventuais reclamações e/ou para esclarecimento de eventuais dúvidas dos documentos apresentados a concurso, nos termos do artigo 27.° do Decreto-Lei n.° 63/85/M, de 6 de Julho.Os concorrentes ou os seus representantes legais poderão fazer-se representar por procurador devendo, neste caso, apresentar procuração notarial conferindo-lhe poderes para o acto de abertura das propostas.

12. Adiamento: Em caso de encerramento dos serviços públicos por motivo de força maior, o termo do prazo de entrega das propostas, a data e a hora de abertura de propostas serão adiados para o primeiro dia útil imediatamente seguinte, à mesma hora.13. Critérios de apreciação das propostas:

Critérios de adjudicação Factores de ponderaçãoPreço 40%Maiorflexibilidadedosprazosdaprestação 30%Maiorgarantiadesegurançaeeficiêncianaprestaçãodoserviço 20%Experiência do concorrente 10%

14. Local, dias, horário para a obtenção da cópia e exame do processo do concurso:

Local: Balcão de Atendimento da Direcção dos Serviços de Turismo, sito em Macau, na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção, n.os 335-341, Edifício Hotline, 12.º andar, além disso ainda se encontra igualmente patente no website da Direcção dos Serviços de Turismo (http://industry.macautourism.gov.mo), podendo os concorrentes fazer “download” do mesmo.Dias e horário: Dias úteis, desde a data da publicação do presente anúncio até ao dia e hora limite para entrega das proposta e durante o horário normal de expediente.

Direcção dos Serviços de Turismo, aos 13 de Maio de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

Direcção dos Serviços de Turismo Anúncio

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 314/AI/2015-----Atendendoàgravidadeparaointeressepúblicoenãosendopossívelprocederàrespectivanotificaçãopessoal,pelopresentenotifique-seainfractora 何萍, portadora do passaporte da RPC n.° G39543xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 5/DI-AI/2013 levantado pela DST a 09.01.2013, e por despacho da signatária de 13.05.2015, exarado no Relatório n.° 361/DI/2015, de 29.04.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na Rua de Xangai n.° 21-E, Edf. I Tou Kok, 14.° andar D. ----------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contadoapartirdapresentepublicação,deacordocomodispostonon.°1doartigo16.°daLein.°3/2010,findooqualserácobradacoercivamenteatravés da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. --------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. --------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ---------------------------

-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 13 de Maio de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 315/AI/2015-----Atendendoàgravidadeparaointeressepúblicoenãosendopossívelprocederàrespectivanotificaçãopessoal,pelopresentenotifique-seoinfractor邱文奎, portador do passaporte da RPC n.° G39472xxx, que na sequência do Auto de Notícia n.° 5/DI-AI/2013 levantado pela DST a 09.01.2013, e por despacho da signatária de 13.05.2015, exarado no Relatório n.° 362/DI/2015, de 29.04.2015, nos termos do n.° 1 do artigo 10.° e do n.° 1 do artigo 15.°, ambos da Lei n.° 3/2010, lhe foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas) por prestação de alojamento ilegal na fracção autónoma situada na rua de Xangai n.° 21-E, Edf. I Tou Kok, 14.° andar D. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir dapresentepublicação,deacordocomodispostonon.°1doartigo16.°daLein.°3/2010,findooqualserácobradacoercivamenteatravésdaRepartiçãodeExecuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo conforme o disposto no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010, a interpor no prazo de 60 dias, conforme o disposto na alínea b) do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Desta decisão pode o infractor, querendo, reclamar para o autor do acto, no prazo de 15 dias, sem efeito suspensivo, conforme o disposto no n.° 1 do artigo 148.°, artigo 149.° e n.° 2 do artigo 150.°, todos do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.os 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau. ----------------------------------------------------------

-----Direcção dos Serviços de Turismo, aos 13 de Maio de 2015.

A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

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9 sociedadehoje macau quarta-feira 20.5.2015

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AnúncioHM-1ª vez 20-5-15

PROCESSO: Execução por Custas CV3-11-0045-CAO-A 3º Juízo Cível

EXEQUENTE: MINISTÉRIO PÚBLICO.--------------------------------------EXECUTADO: HU QI KANG aliás WU KAI HONG, ausente em parte incerta, e com última residência conhecida em Macau, na Rua Luís Gonzaga Gomes, s/n, Edif. “Kam Fung”, 8º andar H.-------------------------------------------

*** FAZ-SE SABER que, nos autos acima indicados, são citados os credores desconhecidos dos executados, acima identificados, para no prazo de QUINZE DIAS, que começa a correr depois de finda a dilação de VINTE DIAS, contada da data da segunda e última publicação do anúncio, reclamarem o pagamento dos seus créditos pelo produto do bem penhorado sobre que tenham garantia real, e que é o seguinte:------------------------------------------------------------------------------------------

DIREITO PENHORADO Denominação: 1/3 (um terço) da fracção autónoma designada por “AR/C”;---- Situação: Nº 79-B da Rua Carlos Eugénio, Taipa;--------------------------------- Fim: Para comércio;---------------------------------------------------------------- Número de matriz: 040645.------------------------------------------------------- Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: nº.11728, a fls. 136 do Livro B31.-------------------------------------------------------------------

***

Macau, 07 de Maio de 2015

***

Menos casas transaccionadasentre Janeiro e Março O número de casas transaccionadas e o preço médio por metro quadrado em Macau caíram entre Janeiro e Março, indicam dados oficiais divulgados ontem. De acordo com a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), no primeiro trimestre do ano, o preço médio por metro quadrado (área útil) das fracções autónomas habitacionais transaccionadas foi de 89.941 patacas - menos 5,5% em termos trimestrais. Com base no imposto de selo de transmissão de bens, foram transaccionadas 1883 fracções autónomas e lugares de estacionamento, menos 12,7% em termos trimestrais. Do total, 1114 eram fracções habitacionais, transaccionadas por 6,09 mil milhões de patacas, menos 29%, respectivamente, face ao trimestre terminado em Dezembro. Já o preço médio por metro quadrado das fracções de edifícios em construção foi de 121.249 patacas, menos 17,3% em relação ao período entre Outubro e Dezembro. Das fracções autónomas habitacionais transaccionadas entre Janeiro e Março, 580 pertenciam a edifícios construídos há mais de 20 anos e 209 eram de imóveis com idades entre 11 e 20 anos.

“Trabalhador de casino” lidera lista de pedidos de emprego

O cargo de trabalhador de casino é o mais pretendido por aqueles

que estão à procura de emprego. As-sim indicam dados da Direcção dos Serviços para os Assunto Laborais (DSAL) relativamente ao emprego no 1.º semestre deste ano. Os indicadores mostram que existem actualmente 1916 candidatos, dos quais 33% se inscreveram devido à cessação da relação laboral.

Relativamente à procura, a DSAL indica que o segundo cargo mais procu-rado é o de “empregado administrativo”, seguindo-se “vendedor”, “segurança/porteiro de prédios” e “empregado de limpeza”, sendo os salários médios mensais pretendidos entre as oito mil patacas e as 16 mil patacas.

Quanto à idade e formação acadé-mica dos inscritos, os dados indicam que são os candidatos entre os 25 a 44

anos que ocupam a maior fatia do bolo, com 38%, e são também os inscritos com apenas o “ensino secundário” a ocupar a 1ª posição, com 57%.

Por fim, referindo-se às ofertas de trabalho, a DSAL indica que o maior número de ofertas surge para “em-pregados de limpeza”, “empregado de mesa”, “cozinheiro”, “vendedor” e “assentador de tijolos e tacos/estu-cador”.

A proporção de médicos e enfermeiros por cada mil habitantes não cresceu de 2013 para o ano passado e

continua abaixo da média recomen-dada pela Organização para a Coope-ração e Desenvolvimento Económico (OCDE), embora o número destes profissionais tenha aumentado. Facto é que também a procura pelos serviços de saúde aumentou exponencialmente em 2014, havendo inclusive 52 mil pessoas internadas.

Em 2014, houve um aumento do número de médicos, em 5,2%, e de enfermeiros, 7,3%, mas a proporção face à população manteve-se nos 2,5 médicos e 3,1 enfermeiros por cada mil pessoas. De acordo com as estatís-ticas da saúde do ano passado, ontem publicadas pela Direcção dos Servi-ços de Estatística e Censos (DSEC), havia 1421 camas de internamento disponíveis, mais 55 do que em 2013, 1592 médicos e 1990 enfermeiros. A subida destes valores vai ao encontro do alegado anúncio do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, de contratar mais profissionais

Em 2014, houve um aumento do número de médicos, em 5,2%, e de enfermeiros, 7,3%, mas a proporção face à população manteve-se nos 2,5 médicos e 3,1 enfermeiros por cada mil pessoas

Aumentaram os médicos e as camas de internamento, mas também aumentou a população. Os dados indicam, por isso, que Macau continua atrás da média da OCDE. Os dados da saúde de 2014 mostram melhorias, mas também maior necessidade de recorrer a estes cuidados

Saúde RElaçãO EntRE núMERO DE MéDiCOS E DOEntES COntinua DíSpaR

desproporcionalmente igual

de saúde para colmatar a falta sentida nos diversos serviços.

Contudo, as recomendações de 2012 da OCDE fixam a média destes profis-sionais acima dos três pontos percentuais por milhar de habitantes. Os valores mostram, assim, que continua a haver uma discrepância notória entre os valo-res do número de profissionais e camas de internamento registados em Macau e aqueles recomendados pela OCDE.

No final de 2014 havia disponí-veis 1421 camas de internamento,

registando-se um aumento de 55 ca-mas face ao ano anterior. No entanto, registou-se uma diminuição de 8,4% dos dadores de sangue face a 2013.

Também a percentagem de trata-mentos de diálise aumentou mais de 7%, situando-se nos 77 mil.

A DSEC informa ainda que o nú-mero de pessoas internadas aumentou 3,2%, tendo havido mais adolescentes a usar estes serviços do que no passado e mais pessoas internadas mais tempo.

Já o número de idosos com mais de 65 anos internados diminuiu rela-tivamente ao ano anterior, tendo feito uso das camas dos hospitais cerca de 52 mil pessoas no total.

As consultas nos hospitais da RAEM aumentaram 4,8% em re-lação a 2013, tendo sido atendidas neste serviço mais de milhão e meio de utentes. Aumentaram também as consultas externas: nos hospitais foram prestadas 1513 milhões destas consultas, um aumento de quase 5%.

Como o algodãoOs números não enganam: O serviço de saúde oferecido em Macau continua a não ir ao encontro das recomen-dações feitas pela OCDE, embora o número de médicos, enfermeiros e ca-mas de internamento tenha aumentado ao longo dos anos. Têm sido vários os deputados a exigir ao Governo o aumento do número de profissionais de saúde no sistema local e melhores condições.

Há cerca de um ano, Zheng Anting questionou o director dos SS, Lei Chin Ion, quanto ao número de camas exis-tentes nos hospitais locais, referindo que o aumento registado em 2012 era positivo, “mas fica ainda muito aquém do registado nos territórios vizinhos”, como Japão ou Singapura.

leonor Sá [email protected]

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10 hoje macau quarta-feira 20.5.2015eventos

À venda na Livraria Portuguesa Rua de S. domingoS 16-18 • Tel: +853 28566442 | 28515915 • Fax: +853 28378014 • [email protected]

uma eScuRidão BoniTa • ondjaki • ilustrações de antónio Jorge gonçalvesVencedor do Prémio Nacional de Ilustração 2013. Eleito um dos melhores livros de 2013 para a infância e juventude, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) do Brasil. Numa das muitas noites em que falta a luz em Luanda, dois adolescentes ensaiam o seu primeiro beijo, mas este primeiro beijo precisa de muitos ensaios, de muitos momentos de aproximação e afastamento, de certezas e de inseguranças… o ambiente ajuda e o pretexto surge: estão os dois na varanda da avó Dezanove, às escuras, à espera do cinema bu: um cinema que só acontece (na p. 80) quando um carro passa com a velocidade e os faróis certos para projetar sombras/imagens nas paredes brancas das casas da rua escura. O beijo acontece mesmo, mas apenas na p. 101. Esta é uma das mais comoventes estórias do narrador infantil Ondjaki.

a BicicLeta que tinhaBigodeS • ondjakiPrémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância 2012 Da mestria incomparável de Ondjaki, uma história sem luz elétrica.

A Universidade de São José (USJ) leva a cabo, este mês, uma série de palestras e exposições. O

Design e a Arquitectura vão estar em foco nas actividades que acontecem no final de Maio.

A partir de dia 28, quinta-feira, a Faculdade de Indústrias Criativas apresenta o pavilhão “Trace Pavillion”, uma construção perto dos lagos Sai Van feita pelos alunos do terceiro ano de Arquitectura. Esta, avança a orga-nização, é uma estrutura temporária, feita a partir de bambu e tecido.

“Do pavilhão, controlados por uma computador, emergem espec-táculos de som e luz. Ao aplicar técnicas digitais avançadas ao nível do Design em conjunto com estes materiais de construção, o pavilhão ‘acorda’, tornando-se um elo entre a forma tradicional de construção de Macau e a paisagem contempo-rânea”, avança a USJ.

O pavilhão, que ficará em pé até ao dia 5 de Junho, foi feito por uma dezena de alunos. A cerimónia de inauguração está marcada para as 19h30.

Na mesma senda do Design e Arquitectura, inaugura no dia seguin-te – 29 de Maio – a exibição “2015: Novas Sinergias”. Da autoria de alunos da área de Arquitectura, a exposição mostra os projectos que os estudantes fizeram para a graduação deste ano.

Palestra Professor japonês fala de Matemática na UM

ShigefUMi Mori vai condu-zir uma palestra sobre a sua

paixão pela disciplina na qual se especializou: Matemática, foca-da em Geometria Algébrica. A iniciativa vai ter lugar das 17h00 às 18h30 do dia 2 de Junho, no auditório do edifício Anthony Lau da Universidade de Macau (UM).

Mori licenciou-se na Univer-sidade de Quioto, passando mais tarde por uma série de conhecidas instituições de ensino superior como professor. Entre elas estão Harvard, Columbia e Utah. Um dos principais êxitos do estudioso foi a criação, em parceria com um outro matemático, de um teorema específico da área de Álgebra. O Teorema Keel-Mori foi comprovado em 1997. Além disso, Mori venceu ainda vários prémios na sua área de investi-gação, o mais importante sendo a Medalha fields, no Congresso internacional de Matemáticos de 1990.

A palestra tem entrada gra-tuita e pretende dar a conhecer aos espectadores uma diferente perspectiva da matemática, fazendo por desmistificar a eterna questão desta disciplina ser comummente adjectivada de difícil ou complexa. A conversa é conduzida em língua inglesa e traduzida simultaneamente para cantonês, estando integrada na Série de Palestras da UM.

A Faculdade de Arquitectura e Design da Universidade de São José realiza várias exposições de trabalhosdos “futuros designers e arquitectos de Macau”, além de dedicar um dia inteiro a uma palestra sobre os temas.As actividades têm todas entrada gratuita

USJ Palestras e exPosições a Partir de dia 28 de Maio

Da Arquitectura ao Design

“Emergindo da preocupação face à cultura e história local, os diversos tipos de design incluídos aqui vão desde o gráfico ao interactivo, do produto ao design de interiores.A exposição compreende o talento da nova geração de designers de Macau”

“Visões futuristas para o de-sign urbano e arquitectónico de Macau, os projectos foram todos concebidos em resposta à iminente conclusão da ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau e dos seus efeitos na Região do Delta do Rio das Pé-rolas”, pode ler-se no comunicado da organização, que adianta ainda que o trabalho é fruto do “talento e compromisso da nova geração de arquitectos de Macau”.

A começar às 18h00, a mostra fica patente até 19 de Junho, no Centro de Indústrias Culturais do Instituto Cultural.

Das 9h00 às 18h00 do dia 30 de Maio, sábado, a USJ apresenta “Iconophilia: Design e Arquitectu-

ra Espectaculares”. A acontecer no Centro de Arquitectura e Urbanis-mo da universidade, no Ponte 9 da Rua das Lorchas, este seminário junta diversas personalidades da RAeM e não só. Clara Brito, da Lines Lab, é uma das oradoras convidadas.

exigênciaS icónicaS“A história da Arquitectura e Design é apresentada frequentemente como a invenção sequencial de objectos icónicos. Mas, se essas formas icónicas já tiveram conteúdos sim-bólicos ou culturais, hoje em dia vemos a proliferação de formas extraordinárias sem conteúdo sé-rio. Todas as instituições culturais

e comerciais exigem, agora, a sua própria identidade icónica”, começa por realçar o comunicado da USJ. “Este simpósio traz um grupo de arquitectos e designers da Ásia, Europa e América para debaterem as novas relações entre decoração e

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11 eventoshoje macau quarta-feira 20.5.2015

O azulejo português vai candidatar-se a Patri-mónio da Humanidade

da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A intenção foi anunciada na semana passada durante a cerimónia de inauguração uma nova sala no Museu Nacional do Azulejo (MNAZ), em Lisboa.

O anúncio coube a Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura, que marcou presença na inauguração da sala Manuel dos Santos, famoso pintor de azulejos português cujo trabalho é home-nageado neste novo espaço da instituição museológica lisboeta.

Numa publicação feita, após o evento, na sua página oficial no Facebook, o governante revelou que “esta candidatura que agora é lançada” e que o Estado espera que “venha a ser bem sucedida”, vai ser preparada pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) em parceria com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Comissão Nacional da UNESCO/Ministério dos Negócios Estran-geiros.

No entender de Jorge Barreto Xavier, se se concretizar, a elevação do azulejo português a Património da Humanidade “será certamente muito importante para uma maior sensibilização da sociedade para a necessidade de conservação desta forma de expressão artística.

“Os portugueses foram, e são, originais criadores na arte do Azu-lejo”, afirma o secretário de Estado, que considera que “esta é, sem dúvi-da, uma das mais originais criações do espírito inventivo português que, integrado na Arquitectura, confere uma singularidade aos nossos edi-fícios, aos nossos monumentos, às nossas vilas e cidades”.

Maior destaque internacionalA decisão de candidatar a azulejaria nacional a Património da Humani-dade da UNESCO deve-se, segundo um comunicado da Secretaria de Estado da Cultura, ao destaque que este tipo de arte tem vindo a ganhar a nível internacional, “servindo de inspiração, nomeadamente, a muitos costureiros e designers” e estando “cada vez mais presente um pouco por todo o espaço lusófono”.

Embora, recentemente, a sua fama cresça cada vez mais, a emergência do azulejo português remonta ao século XVI quando, durante uma visita a Espanha, o rei D. Manuel I ficou encantado com os azulejos hispano-mouriscos, muito populares no país vizinho.

À data, o monarca começou a importá-los de oficinas em Sevilha para decorar edifícios nacionais, caso do Palácio Nacional de Sintra, onde residiu, mas não tardou até que a cria-tividade portuguesa entrasse em cena.

Pouco a pouco, também as téc-nicas tradicionais de produção do azulejo foram “importadas” e os artistas nacionais acabaram por co-meçar a utilizá-las “de uma maneira original”, desenvolvendo padrões e estéticas distintas das antigas.

Predominando, no século XVIII, no interior de edifícios históricos, o azulejo “saltou”, dois séculos depois, para as fachadas e, já no século XX, entrou, pro-gressivamente, na arte urbana, sendo utilizado, até à actualidade, em aeroportos, estações de metro e de comboio e até em viadutos rodoviários.

F ALtAM sete dias para a abertu-ra dos hotéis da cadeia Marriott International, que vão nascer no

Cotai. O JW Marriott Hotel Macau e o the Ritz-Carlton abrem a dia 27 de Maio no Galaxy.

De acordo com um comunicado da empresa, para celebrar a abertura ambos os hotéis têm ofertas limitadas de descontos no preço da estadia por noite. No JW Marriott, os preços começam nas 1388 patacas, sendo

Galaxy Marriott e ritz-Carlton abreM para a seMana

Suites, luxo e culináriaque no Carlton, o único da marca em que todos os quartos são suites, os preços começam nas 4888 patacas.

De 27 de Maio até ao fim do mês de Julho, os visitantes podem ainda usufruir de “uma jornada culinária”

nos restaurantes que ambos os hotéis trazem a Macau.

No JW Marriott podem ser encontrados espaços dedicados à comida chinesa, com o Man Ho Chinese Restaurant, que traz preços

“dos anos 1980”, que vão desde as 18 às 38 patacas.

Um buffet internacional – com comida de Macau, Portugal, Can-tão, Itália, Japão, Coreia, Pequim e Sichuan – pode ser encontrado no

Urban Kitchen, enquanto os lanches estilo “high tea” podem ser servidos no the Lounge.

Já o Ritz-Carlton oferece também comida cantonesa, com o Lai Heen, mas dedica-se ainda à comida fran-cesa com o the Ritz-Carlton Café. Neste hotel, abre ainda o the Ritz--Carlton Bar & Lounge – que oferece lanches à tarde e bebidas à noite, com música ao vivo - e o ESPA, um spa dedicado “ao relaxamento”.

azulejo portuGuês quer ser patriMónio da HuManidade

Uma singular arte lusitana

A Faculdade de Arquitectura e Design da Universidade de São José realiza várias exposições de trabalhosdos “futuros designers e arquitectos de Macau”, além de dedicar um dia inteiro a uma palestra sobre os temas.As actividades têm todas entrada gratuita

usj Palestras e exPosições a Partir de dia 28 de Maio

da arquitectura ao design

“Emergindo da preocupação face à cultura e história local, os diversos tipos de design incluídos aqui vão desde o gráfico ao interactivo, do produto ao design de interiores.A exposição compreende o talento da nova geração de designers de Macau”

abstracto, substância e imagem (...) e a forma como a arquitectura e o design afectam a nossa experiência no mundo.”

As actividades da USJ terminam apenas neste dia, ainda que com outra exibição: “Intensify” junta projectos

levados a cabo mais uma vez por estudantes de Design.

Marcada para as 18h30 de sába-do, a exposição – que estará patente até dia 13 de Junho no Centro de Arquitectura e Urbanismo – mos-tra trabalhos criados durante o ano académico de 2014/2015.

“Emergindo da preocupação face à cultura e história local, os diversos tipos de design incluídos aqui vão desde o gráfico ao interactivo, do produto ao design de interiores. A exposição compreende o talento da nova geração de designers de Macau.”

A entrada em todas as actividades é gratuita.

Joana [email protected]

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12 publicidade hoje macau quarta-feira 20.5.2015

RELATÓRIO DOS AUDITORES EXTERNOS SOBRE AS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS RESUMIDAS

PARA A GERÊNCIA DO BANK OF COMMUNICATIONS CO., LTD.– SUCURSAL DE MACAU

As demonstrações financeiras resumidas anexas do Bank of Communications Co., Ltd – Su-cursal de Macau (a Sucursal) referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 re-sultam das demonstrações financeiras auditadas e dos registos contabilísticos da Sucursal referentes ao exercício findo naquela data. Estas demonstrações financeiras resumidas, as quais compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2014 e a demonstração dos resultados do exercício findo naquela data, são da responsabilidade da Gerência da Sucursal. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião, unicamente dirigida a V. Exas. enquanto Gerência, sobre se as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os as-pectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e com os registos contabilísticos da Sucursal, e sem qualquer outra finalidade. Não assumimos responsabilidade nem aceitamos obrigações perante terceiros pelo conteúdo deste relatório.

Auditámos as demonstrações financeiras da Sucursal referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 de acordo com as Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria emitidas pelo Governo da Região Administrativa Especial de Macau, e expressámos a nossa opinião sem reservas sobre estas demonstrações financeiras, no relatório de 26 de Março de 2015.

As demonstrações financeiras auditadas compreendem o balanço em 31 de Dezembro de 2014, a demonstração dos resultados, a demonstração de alterações nas reservas e a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e um resumo das principais políticas con-tabilísticas e outras notas explicativas.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os as-pectos materiais, com as demonstrações financeiras auditadas e com os registos contabilísticos da Sucursal.

Para uma melhor compreensão da posição financeira da Sucursal, dos resultados das suas operações e do âmbito da nossa auditoria, as demonstrações financeiras resumidas em anexo devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras auditadas e com o respectivo relatório do auditor independente.

Cheung Pui Peng GraceAuditor da contasPricewaterhouseCoopers

Macau, 9 de Abril de 2015

RESUMO DO RELATÓRIO DE EXERCÍCIO

Em 2014, o Bank of Communications Co, Ltd. Sucursal de Macau centrou-se firmemente no tema “inovação reformadora e desenvolvimento transformador” e continuou a concretizar a estratégia de desenvolvimento, determinada pela nossa empresa-mãe, no sentido de “encetar o caminho da internacionalização e multiplicação, de modo a implementar um grupo bancário de primeira classe, cujas acções são detidas pelo público, e que se caracteriza pela gestão patrimonial”, aderindo ao objectivo de “se integrar em Macau e servir Macau”. “Servir os clientes de todo o grupo bancário, reforçar as acções de intercâmbio com as entidades dentro e fora da China Continental, expandir activamente as empresas de Macau, salientar a carac-terística de gestão patrimonial” têm sido os princípios adoptados para o desenvolvimento do negócio da sucursal, tendo consolidado constantemente a base dos clientes, desempenhado plenamente a função de plataforma integrada de gestão de património transfronteiriço, que caracteriza significativamente o negócio da sucursal, e melhorado sucessivamente a imagem de marca da gestão patrimonial do Banco. Fortalecemos a concepção empresarial de “explo-ração em conformidade com as normas relevantes e desenvolvimento estável”, controlámos em termos rigorosos a qualidade do património. Mediante o esforço conjunto de todos os fun-cionários da sucursal, e com o grande apoio de vários sectores da comunidade de Macau, as várias actividades desenvolveram-se em termos estáveis. Obtivemos um crescimento estável na economia de escala; no final do ano, as várias dimensões patrimoniais da sucursal atingiram o valor de 30.866.000.000,00 patacas, concretizando um lucro pós-imposto de 143.820.000,00 patacas. A qualidade do património é excelente, mantendo-se em zero o activo inadimplente.

A sucursal de Macau, a par do desenvolvimento do seu negócio, tem reforçado sucessivamente os laços com os vários sectores da comunidade de Macau, participando activamente em activi-dades de solidariedade social e cumprindo a responsabilidade social da empresa.

Em 2015, o Bank of Communications Co., Ltd. Sucursal de Macau continuará a desenvol-ver-se em termos estáveis, aumentará sucessivamente a qualidade dos serviços financeiros, respondendo ao enorme afecto de toda a comunidade e dando o devido contributo para o de-senvolvimento da diversificação económica e a prosperidade social de Macau.

O Gerente-GeralWu Ye

9 de Abril de 2015

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13chinahoje macau quarta-feira 20.5.2015

O vice-presidente da China, Li Yuanchao, manifestou segunda--feira a disposição do

Partido Comunista Chinês (PCC) de “ampliar o amigável intercâmbio com o PS português, de modo a promover o crescimento das relações entre os dois países”.

Num encontro com uma de-legação socialista chefiada pelo presidente do PS, Carlos César, Li Yunchao salientou que as relações sino-portuguesas registaram “rápido desenvolvimento” desde que os dois países estabeleceram um acordo de “parceria estratégica global”, há 10 anos, relatou a agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.

O vice-presidente chinês ma-nifestou também o desejo de que os dois países “desempenhem um papel activo na promoção de um duradouro e estável desenvolvi-mento das relações China-União Europeia”, indicou a mesma fonte.

Li Yuanchao, 65 anos, é mem-bro do Politburo do PCC.

O presidente do PS iniciou na

PC Chinês quer exPandir relações Com Ps e Portugal

Disponível para ampliar

quinta-feira em Pequim uma visita de uma semana à China, a convite do PCC.

Bom investimentoNo dia seguinte, em declarações à agência Lusa, Carlos César disse ter

Sismos no Nepal danificaram 242 templos no Tibeteos sismos que abalaram o nepal nos dias 25 de abril e 12 de maio causaram danos em 242 templos no tibete, no sudoeste da China, informou ontem o gabinete de assuntos religiosos daquela divisão administrativa. os sismos, que causaram 25 mortos e cerca de 800 feridos no tibete, obrigaram a realojar 2.566 monges budistas desses templos em abrigos temporários, adiantou o mesmo organismo à agência noticiosa xinhua. todos os templos estão localizados no condado de xigaze, no sudoeste do tibete, junto à parte norte do monte evereste. um dos locais religiosos danificados é o templo de qoigar, cujo abade, Jamba gonbo, relatou à xinhua que os sismos tinham destruído pelo menos 20 estátuas de Buda e derrubado totalmente a zona dos dormitórios dos monges, estando estes a ser transferidos para acampamentos em zonas seguras.

Por ano abrem 200 novos museus uma média de 200 novos museus abriu anualmente na China ao longo da última década, anunciou um responsável do património cultural do país na segunda-feira. no final de 2014, a China tinha 4.510 museus, mais 345 do que um ano antes, disse o director da administração estatal do Património Cultural, li xiaojie, numa cerimónia realizada em shijiazhuang, no norte do país, para assinalar o dia internacional dos museus. Cerca de um quinto dos museus chineses são privados, mas a maioria pertence ao estado, indicou a agência noticiosa oficial xinhua. antes do Partido Comunista Chinês ter adoptado a política de “reforma económica e abertura ao exterior”, no final de década de 1970, a China tinha menos de 350 museus, referiu a xinhua.

A China investiu cerca de 19.000 milhões de dólares

no Brasil até ao final de 2014, fazendo daquele país o principal destino do investimento chinês na América Latina, assinalou ontem a imprensa oficial chinesa.

Energia, minas, agricultura, infra-estruturas e manufactura são os sectores que atraíram mais capital chinês.

Quanto ao investimento bra-sileiro na China, o montante referido na imprensa chinesa ronda os 640 milhões de dólares

América Latina Brasil é o primeiro destino do investimento chinês

“uma visão benigna” do investimen-to chinês em Portugal e exortou a China a investir também nas áreas da inovação e da economia do mar.

“Temos procurado salientar que, além de tomarem posições

em sectores tradicionais como a banca, os seguros e a energia, os chineses fizessem também investimentos de inovação, no turismo, nas novas tecnologias e na economia do mar”, afirmou o presidente do PS.

Foi a segunda delegação do PS recebida em Pequim em cerca de dois anos, depois da visita da antecessora de Carlos César, Maria de Belém Roseira, em Janeiro de 2013.

Trata-se de “uma delegação multidisciplinar e multi-geracio-nal”, que integra economistas que participaram na elaboração do programa do PS e responsáveis políticos, entre os quais o vice--presidente do governo regional dos Açores, Sérgio Ávila, indicou o presidente do partido.

O secretário do PS para as Relações Internacionais, Sérgio Sousa Pinto, que esteve um mês na China na qualidade de presidente da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros, também faz parte da delegação.

Carlos César seguiu para Ji-ning, município da província de Shandong onde se localiza a terra natal de Confucio (Qufu), e re-gressa a Portugal esta quinta-feira. Os outros membros da delegação visitarão ainda Xangai.

e visou sobretudo a produção de aviões, carvão, imobiliário, peças de automóveis e têxteis.

A divulgação daqueles nú-meros coincide com a chegada ao Brasil do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil e o seu principal mercado, absorvendo 22% das exportações agrícolas brasileiras, nomeadamente soja.

Soja, ferro e produtos pe-trolíferas representam 79% das importações chinesas do Brasil,

referiu um diplomata brasileiro citado pelo China Daily.

Entre 2009 e 2013, o comércio bilateral mais do que duplicou, mas em 2014 caiu 4% em relação ao ano ante-rior, para 86.580 milhões de dólares.

Contudo, o saldo da balança co-mercial, no valor de 16.800 milhões de dólares, continuou a ser favorável ao Brasil, o que não aconteceria no primeiro trimestre de 2015.

Depois do Brasil, onde perma-necerá três dias, o primeiro-mi-nistro chinês visitará a Colômbia, Peru e Chile.

puB

Concurso Público n.º 2/2015da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública para a Prestação

dos Serviços de Condomínio do Edifício Administração Pública

Concurso Público n.º 3/2015da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública para a Prestação

dos Serviços de Segurança do Edifício Administração PúblicaNos termos previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M,

de 6 de Julho, e em conformidade com o despacho da Secretária para a Administração e Justiça, de 6 de Maio de 2015, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público para a aquisição dos serviços de condomínio do Edifício Administração Pública.

A partir da data da publicação do presente anúncio, os interessados poderão dirigir-se ao balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, R/C, nos dias úteis, das 9,00 às 17,30 horas, para a obtenção da cópia do programa do concurso e do caderno de encargos, mediante o pagamento da importância de MOP100,00 (cem patacas) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica: www.safp.gov.mo.

A sessão de esclarecimento deste concurso terá lugar no próximo dia 28 de Maio de 2015, pelas 11,00 horas, no auditório do Edifício Administração Pública, sito na cave 1. Caso os interessados tenham dúvidas sobre o programa do concurso e o caderno de encargos deste concurso, devem apresentá-las até às 17,30 horas do dia 26 de Maio de 2015, de acordo com a forma estabelecida no respectivo programa do concurso, para que as

dúvidas sejam esclarecidas na sessão de esclarecimento.O prazo para a apresentação das propostas termina às 17,30 horas do

dia 11 de Junho de 2015, não sendo aquelas admitidas fora do prazo. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido no balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, entregando um depósito no valor de MOP150 000,00 (cento e cinquenta mil patacas), em garantia bancária, a favor da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública ou efectuar um depósito em dinheiro no banco indicado, para efeitos de pagamento da caução provisória deste concurso.

O acto público de abertura das propostas do concurso terá lugar no dia 12 de Junho de 2015, pelas 10,00 horas, no auditório do Edifício Administração Pública acima referido.

Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, aos 13 de Maio de 2015.

O Director, subst.ºKou Peng Kuan

Nos termos previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 63/85/M, de 6 de Julho, e em conformidade com o despacho da Secretária para a Administração e Justiça, de 6 de Maio de 2015, a Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública vem proceder, em representação do adjudicante, à abertura do concurso público para a aquisição dos Serviços de Segurança do Edifício Administração Pública.

A partir da data da publicação do presente anúncio, os interessados poderão dirigir-se ao balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, R/C, nos dias úteis, das 9,00 às 17,30 horas, para a obtenção da cópia do programa do concurso e do caderno de encargos, mediante o pagamento da importância de MOP100,00 (cem patacas) ou ainda mediante a transferência gratuita de ficheiros pela internet na página electrónica: www.safp.gov.mo.

A sessão de esclarecimento deste concurso terá lugar no próximo dia 27 de Maio de 2015, pelas 11,00 horas, no auditório do Edifício Administração Pública, sito na cave 1. Caso os interessados tenham dúvidas sobre o programa do concurso e o caderno de encargos deste concurso, devem apresentá-las até às 17,30 horas do dia 26 de Maio de 2015, de acordo com a forma estabelecida no respectivo programa do concurso, para que as

dúvidas sejam esclarecidas na sessão de esclarecimento.O prazo para a apresentação das propostas termina às 17,30 horas do

dia 9 de Junho de 2015, não sendo aquelas admitidas fora do prazo. Os concorrentes devem apresentar a sua proposta dentro do prazo estabelecido no balcão de atendimento do SAFP, sito na Rua do Campo, n.º 162, Edifício Administração Pública, entregando um depósito no valor de MOP100 000,00 (cem mil patacas), em garantia bancária, a favor da Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública ou efectuar um depósito em dinheiro no banco indicado, para efeitos de pagamento da caução provisória deste concurso.

O acto público de abertura das propostas do concurso terá lugar no dia 10 de Junho de 2015, pelas 10,00 horas, no auditório do Edifício Administração Pública acima referido.

Direcção dos Serviços de Administração e Função Pública, aos 13 de Maio de 2015.

O Director, subst.ºKou Peng Kuan

O vice-presidente chinês manifestou também o desejo de que os dois países “desempenhem um papel activo na promoção de um duradouro e estável desenvolvimento das relações China- -União Europeia”

Li Yuanchao

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hoje macau quarta-feira 20.5.2015

WANG CHONG 王充 OS DiScurSOS POnDeraDOS De WanG cHOnG

Invenções sobre a morte – 21 & 22

Para lhe suceder, o imperador Gaozu [fundador da Dinastia Han] quis nomear o rei de Zhao, Ruyi, pois se parecia com ele. Porém, a imperatriz Lu não gostou da ideia e mandou envenenar o rei. Algum tempo depois, ao sair, tropeçou num cão de cor verde, que a mordeu no braço esquerdo. Sobressaltada, consultou os adivinhos, que concluíram ser o malefício culpa de Ruyi. A ferida não sarou e a imperatriz faleceu. Os espíritos subtis de Ruyi ter-se-iam transformado em cão de cor verde para se vingarem, sobrenaturalmente, da imperatriz.

* * *

Quando os bravos se encolerizam, batem-se à espada, caindo sobre terra o vencido, golpeado até morrer. Com os seus olhos vê o vencedor cair o vencido, cujo espírito, todavia, não se vinga após a morte. Quando a imperatriz Lu mandou envenenar o rei de Zhao, não o fez em pessoa, encarregando alguém de o fazer tragar um veneno. Ou seja, o rei não pode saber que tinha sido envenenado e morto: como, nestas circunstâncias, poderemos acreditar que tenha desejado vingar-se da imperatriz?Se os mortos são dotados de consciência, ninguém se teria enfurecido mais com a imperatriz do que o imperador Gaozu, dado ter ela assassinado Ruyi, por quem ele nutria um afecto especial: a alma do imperador teria atingido a imperatriz como um raio no próprio dia do seu crime. Será que os espíritos subtis de um imperador como Gaozu valem menos dos que os de alguém como Ruyi? Ou, depois de morto, será que se pôs de súbito a detestar Ruyi, passando a aprovar o crime da imperatriz?

Tradução de Rui CascaisIlustração de Rui Rasquinho

Wang Chong (王充), nasceu em Shangyu (actual Shaoxing, província de Zhejiang) no ano 27 da Era Comum e terá falecido por volta do ano 100, tendo vivido no período correspondente à Dinastia Han do Leste. A sua obra principal, Lùnhéng (論衡), ou Discursos Ponderados, oferece uma visão racional, secular e naturalista do mundo e do homem, constituindo uma reacção crítica àquilo que Wang entendia ser uma época dominada pela superstição e ritualismo. Segundo a sinóloga Anne Cheng, Wang terá sido “um espírito crítico particularmente audacioso”, um pensador independente situado nas margens do poder central. A versão portuguesa aqui apresentada baseia-se na tradução francesa em Wang Chong, Discussions Critiques, Gallimard: Paris, 1997.

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15 artes, letras e ideiashoje macau quarta-feira 20.5.2015

A ferida não sarou e a imperatriz faleceu.

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16 hoje macau quarta-feira 20.5.2015(F)utilidadestempo trovoadas min 24 max 27 hum 80 -98% • euro 8 .90 baht 0 .23 yuan 1 .28

João Corvofonte da inveja

Aconteceu Hoje 20 de maio

Inauguração de Auschwitz• A 20 de Maio de 1940 entra em funcionamento o campo nazi de Auschwitz. Este, que foi o maior campo de concentração em funcionamento durante a II Guerra Mundial, viu dezenas de milhares de judeus perecer. Auschwitz não é apenas um campo, mas o nome de uma rede de campos de concentração, localizados no sul da Polónia. Foram montados e dirigidos pelo 3º Reich de Adolf Hitler, líder da Alemanha Nazi. Foi a partir de 1940 que o governo de Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio, tornando estes um dos maiores símbolos do Holocausto, perpetrado na Segunda Guerra Mundial. Por um longo tempo, Auschwitz era o nome alemão dado a Oświścim, na Baixa Polónia, a cidade em volta da qual os campos eram localizados. O campo tornou-se novamente oficial após a invasão da Polónia pela Alemanha em Setembro de 1939. “Bi-rkenau”, a tradução alemã para Brzezinka (floresta de bétulas), referia-se originalmente a uma pequena vila da Polónia, que foi destruída para que o campo pudesse ser construído.Este foi o maior dos campos de concentração nazis, consistindo de Auschwitz I (Stammlager, campo principal e centro administrativo do complexo); Auschwitz II–Birkenau (campo de extermínio), Auschwitz III–Monowitz e mais 45 campos satélites. A 27 de Abril de 1940, Heinrich Himmler, o Reichsführer da SS, deu ordens para que a área dos antigos alojamentos da artilharia do exército, no local agora oficialmente denominado Auschwitz, fosse transformada em campos de concentração.Entre o começo de 1942 e o fim de 1944, comboios transportaram judeus de toda a Europa ocupada para as câmaras de gás do campo. O primeiro comandante, Rudolf Höss, testemunhou depois da guerra, no Julgamento de Nuremberga, que mais de três milhões de pessoas teriam morrido ali – 2,5 milhões gaseificadas e 500 mil de fome e doenças.Hoje em dia os números mais aceites rondam os 1,3 milhões, sendo 90% destes judeus. Outros deportados para Auschwitz e executados foram 150 mil polacos, 23 mil ciganos romenos, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos, cerca de 400 Testemu-nhas de Jeová e dezenas de milhares de pessoas de diversas nacionalidades.Em 2002, a UNESCO declarou oficialmente as ruínas de Auschwitz-Birkenau como Património da Humanidade.

O que fazer esta semana? C i n e m aCineteatro

Sala 1woman in black 2:angel of death [c]Filme de: Tom HarperCom: Jeremy Irvin, Oaklee Pendergast, Helen McCrory14.30, 16.30, 19.30, 21.30

Sala 2mad max: fury road [c]Filme de: George MillerCom: Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult14.30, 16.45, 21.30

mad max: fury road [3d] [c]Filme de: George Miller

Com: Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult19.15

Sala 3the tenor-lirico Spinto [b]lEGENdAdO EM CHINêS E INGlêSFilme de: Kim Sang-manCom: Yoo Ji-tae, Yusuke Iseya, Cha Ye-ryun14.30, 16.45, 19.15

the avengerS:age of ultron [b]Filme de: Joss WhedonCom: Robert downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo21.30

Quinta-feiraTEATRO “A TERCEIRA IdAdE”(FESTIvAl dE ARTES dE MACAU) Edifício do antigo tribunal, 20h00Bilhetes a 150 patacas

Sexta-feiraTEATRO “A TERCEIRA IdAdE”(FESTIvAl dE ARTES dE MACAU) Edifício do antigo tribunal, 20h00Bilhetes a 150 patacas

MúSICA “OS CONTOS dE FAdAS BIzARROS”(FESTIvAl dE ARTES dE MACAU)Teatro d. Pedro v, 20h00Bilhetes a 120 e 150 patacas

SábadodóCI PAPIAçAM APRESENTAM “MACAU TEM TAlENTO” Centro Cultural de Macau, 19h30Bilhetes a 120 e 180 patacas

TEATRO “A TERCEIRA IdAdE”(FESTIvAl dE ARTES dE MACAU) Edifício do antigo tribunal, 20h00Bilhetes a 150 patacas

MúSICA “OS CONTOS dE FAdAS BIzARROS”(FESTIvAl dE ARTES dE MACAU)Teatro d. Pedro v, 20h00Bilhetes a 120 e 150 patacas

ORQUESTRA dE MACAU APRESENTA “AlMA dE MACAU” (FESTIvAl dE ARTES dE MACAU)Igreja de São domingos, 20h00entrada gratuita

domingodóCI PAPIAçAM APRESENTAM “MACAU TEM TAlENTO” Centro Cultural de Macau, 19h30Bilhetes a 120 e 180 patacas

MúSICA “OS CONTOS dE FAdAS BIzARROS”(FESTIvAl dE ARTES dE MACAU)Teatro d. Pedro v, 15h00Bilhetes a 120 e 150 patacas

diariamente ExPOSIçãO dE ARTES vISUAIS dE MACAU (ATé 2/8)Pintura e Caligrafia ChinesasEdifício do antigo tribunal, 10h00 às 20h00entrada livre

ExPOSIçãO “A úlTIMA FRONTEIRA:MISTéRIOS dO OCEANO PROFUNdO” (ATé 31/05)Centro de Ciência de Macau

ExPOSIçãO “vAlQUíRIA”, dE JOANA vASCONCElOS(ATé 31 dE OUTUBRO)MGM Macau, Grande Praça entrada livre

Poucos meses antes de ser assassinado, em nova iorque, o lendário membro dos não menos lendários The Beatles gravou este álbum com a sua esposa japonesa, também ela um nome habitual no mundo das artes. Um álbum que ganhou alguns prémios internacionais e que tem várias músicas interessantes ao ouvido, como é o caso da “Woman”. Um pu-nhado de canções para ouvir e recordar outros tempos. Andreia Sofia Silva

“DouBle FAntASy” (joHn lennon e yoko ono, 1980)

U m d i s C o h o j e

WOMAN IN BlACK 2: ANGEl OF dEATH

Diz-me o que não entendes e eu te direi quem não és.

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17opiniãohoje macau quarta-feira 20.5.2015

A ntónio Costa foi eleito em referendo interno no Partido Socialista, em novembro de 2014, com 96% dos votos. tornou-se nesse momento o líder in-contestado dos socialistas, depois de durante quatro anos ter minado a liderança de António José Seguro,

apresentando-se ao partido e ao país como um líder providencial. Muitos homens de esquerda e comentadores viram nele uma capacidade de liderança e de visão, que prenunciaria um novo ciclo político para Portugal, desta sorte governado à esquer-da. Eu próprio, neste espaço, enalteci as qualidades do político lisboeta, assinalando a necessidade de uma oposição forte para marcar as políticas do governo e forçar o seu esclarecimento e melhor comunicação à população.

Seis meses depois, reconheço que estava equivocado. o Dr. António Costa é um saco vazio de ideias, uma ‘banhada’ de políticas para o país, uma infeliz repetição dos tiques do socratismo de que ele, aliás, foi um fiel cúmplice. Desde logo, a demagogia e o po-pulismo das soluções apresentadas, a retórica oca das declarações políticas, a leviandade com que sumaria os compromissos assumi-dos pelo seu ex-governo com os credores de Portugal. As visitas repetidas ao preso da cela 44 do estabelecimento prisional de Évora e as palmadas nas costas do decrépito fundador do PS podem fazer bem ao seu ego, mas sinalizam o deslizar para a asneira e a banalidade.

numa encenação teatral como gosta de afirmar a sua liderança, convocou um grupo de economistas para elaborar um programa de medidas económicas para quando o PS for governo, colocando o país fora dos compromissos assumidos com a troika e a milhas da política de austeri-dade e contenção do governo do PSD-PP. o anúncio das medidas foi feito em Abril passado, vamos olhar para as medidas em detalhe. o que é que os economistas do PS propuseram?

Eliminação gradual da sobretaxa do iRS até 2017; reposição gradual dos salários da função pública em 2016 e 2017 (40% cada); descida acentuada da taxa social única dos trabalhadores de 11% para 7% em 2018 (e de 23,7 para 19,3 % na parte relativa às en-tidades patronais), medida financiada com a diminuição das pensões futuras; descida do iVA da restauração para 13%; aumento do crédito fiscal ao investimento (subida para 10 milhões do limite de aplicação automá-tica); criação de um complemento salarial anual para os trabalhadores que recebem o salário mínimo; reposição dos níveis do apoio estatal via rendimento social único, abono de família e complemento solidário para idosos (níveis de 2012); criação de um imposto sucessório para heranças superio-res a um milhão de euros; penalização das

crepúsculo dos ídolosArnAldo GonçAlves

António Costa: um deserto de ideias

O Dr. António Costa é um saco vazio de ideias, uma ‘banhada’ de políticas para o país, uma infeliz repetição dos tiques do socratismo de que ele, aliás, foi um fiel cúmplice

empresas com rotação excessiva de traba-lhadores; descongelamento das carreiras da função pública em 2018; limitação de contratos a prazo aos casos de substituição de trabalhadores; crescimento económico significativo no fim do período; descida do défice público para 0.9% em 2019.

À primeira vista o cenário rosáceo é atraente. Distribui um pouco do bolo a todos. Contenta os segmentos do eleitorado que os estrategas do PS crêem que deram a vitória do PSD em 2010 e que esperam agora inverter no sentido dos socialistas

É um cenário irrealista, desfasado da realidade económica do país, pois conta com disponibilidades financeiras em sede do orçamento do Estado que Portugal não

tem nem terá na próxima década. Aliás uma ponderação sectorial das várias medidas propostas permite constar que a reposição dos salários da função pública custaria €300 milhões, a descida do iVA da restauração €300 milhões, o crescimento das prestações sociais €178 milhões, o complemento para os salários mais baixos €350 milhões, a redução da sobretaxa de iRS €380 milhões, os cortes na tSU, do lado das empresas e dos trabalhadores, €915 milhões. no total, um acréscimo de 2420 milhões de euros no capítulo das despesas do Estado.

O financiamento deste programa ma-croeconómico seria operado por duas vias. A primeira, a oneração das futuras pensões dos trabalhadores que se reformarem nesta década o que constituiria uma degradação sensível do valor recebido a partir de 2020, presumivelmente num novo ciclo eleitoral e com outros responsáveis políticos. A segunda a ideia popularizada pela extrema--esquerda de ‘os ricos que paguem a crise’. o que vai de encontro à ideia marxista que o o agravamento significativo da tributação dos rendimentos mais elevados é não só politicamente desejável mas socialmente justa. Esta medida populista é enganosa. Desde logo porque não é possível estimar quanto a medida traria aos cofres do Estado

dada a imprevisibilidade do universo sobre que incide; depois porque convidaria à fuga de capitais para o estrangeiro. Como o país bem conheceu em 1975-6.

o programa macroeconómico do PS é uma concessão à demagogia, mas atropela duas coisas importantes: os avanços que o país fez nos últimos quatro anos com sacri-fícios evidentes; o facto de tendo o período de monitoragem da troika acabado, nem por isso caducaram as nossas obrigações perante os credores internacionais. na verdade há uma parte muito significativa do empréstimo ainda por reembolsar.

Em matéria de recuperação económica, se olharmos para o período de 2010-2014 que corresponde aos quatro anos da coli-gação PSD-PP sete pontos positivos são assinaláveis: a redução das despesas do Estado em 5% nos últimos três anos; cres-cimento sustentado do PiB para 173 mil milhões de euros (2014) com uma trajec-tória ascensional desde 2012; a redução do consumo público para 18,6% (percentagem do PiB), com uma queda de 6% quanto a 2010; a diminuição do consumo privado para 63,7% (rácio PiB), menos 5,7% do que em 2010; a diminuição do número de beneficiários das prestações assistenciais aos desempregados para 304 000 pessoas (2014) menos 3,7% do que em 2013; a queda da taxa de desemprego para 13,6% (2014) com ganho importante face a 2013; défice público de 3,7% do PIB em 2014 (anda pelos 220 milhões de euros) face aos 5.1% de 2013.

o ataque à situação de desequilíbrio estrutural das finanças do país e de pré--insolvência externa foi assim desenvolvido através da poupança pública e privada, do aumento e maior eficiência na colecta de impostos, da transferência de rendimentos dos particulares para o Estado (em sede de salários dos funcionários públicos e das pensões) e de uma gestão controlada do aparelho do Estado. Sou dos que entendo que o faseamento poderia ter sido outro e mais espaçado no tempo mas o essencial das medidas não teria alternativa.

o que é que nos trará a aplicação do programa do PS se os eleitores lhe derem a vitória em outubro? não é preciso ser cartomante para adivinhar que teremos o regresso a um socratismo não menos des-pesista mas desta vez mais cordato e sim-pático: um crescimento não sustentado dos rendimentos das famílias com o disparar do consumo privado, a subida das importações e o aumento do défice comercial externo, a subida das despesas do Estado. Em duas pa-lavras o agravamento do défice orçamental, um novo pedido de ajuda externa. Quanto a esse descambar das contas públicas, An-tónio Costa pede confiança e boa-vontade aos eleitores. Acena-lhes com o caminho para o paraíso, um caminho sem pedras e veredas, aplanado pelo calor dos slogans e pela natureza bonacheira do querido líder. Convenhamos que é pouco, muito pouco.

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18 opinião hoje macau quarta-feira 20.5.2015

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C om pouco mais de dez anos e um fervoroso de-sejo de explorar o mun-do, foi assim que conheci a TAP – e foi amor à primeira vista.

mais de uma década depois, com profunda tris-teza assisto, conforme se tornou evidente no debate do

Prós e Contras da semana passada, à queda livre daquilo que fez parte da minha infância e acompanhou até aos dias de hoje.

Apesar de alguns (poucos) voos ra-santes, nenhum dos intervenientes parecia querer aterrar verdadeiramente no cerne da questão. A apresentadora, além da infeliz escolha dos participantes, ingenuamente reduzia a disputa às diuturnidades.

outro “ignorante” (qualitativo do qual não sou autor, mas subscrevo) exultava in-genuamente o altruísmo da TAP em recorrer a um empréstimo da Parpública com juros a 8% em detrimento de um outro alegadamente proveniente de um banco estrangeiro com juros a 2,5%.

José Álvares

Em queda livre

Se é para continuar com rodeios, mais vale nem levantar voo... Resta- -me o consolo de que a privatização vai mesmo avançar e a esperançaque a atitude narcisista de alguns pilotos não impeçao surgimento de propostas

De seguida, tentou-se qualificar o problema como sendo de Estado e, como tal, exigindo um consenso político alargado, ignorando por com-pleto tratar-se de uma questão do foro empre-sarial, ainda que o accionista seja o Estado, representado pelo governo, qualquer que seja a sua cor. Pior, tomámos conhecimento da exis-tência de um movimento, que se diz cívico, cujo propósito único é travar uma privatização que faz parte do manifesto eleitoral de um governo maioritário democraticamente eleito.

Para ajudar à festa, aparece ainda o se-cretário de estado ao telefone, como se de um espectador se tratasse, mas teimando novamente nas questões periféricas, con-tribuindo para um debate rico, mas vazio de conteúdo.

Regressemos às origens. Fim da 2ª guerra mundial, o território Português encontra-se disperso por três continentes justificando-se a criação pelo Estado de uma ligação rápida e estável, susceptível de colmatar essa distância. Não se tinha assim como objectivo primordial que a operação da TAP fosse rentável.

Hoje em dia há alternativas fidedignas, não se justificando que se continue a ter a TAP

como um quasi serviço público, sendo o cancro financeiro que esta representa suportado pela população, que, quando recorre aos préstimos da companhia, tem de pagar (e não se pense barato) como qualquer outro.

Essa maleita financeira de que a TAP padece surge, entre outros factores, do pesadíssimo custo da mão-de-obra, vertido nomeadamente nas generosas condições que os ora pilotos grevistas lutam desesperada-mente por manter, e que foram acumulando ao longo dos anos, mas que se a TAP fosse privada dificilmente teriam direito. Mas não se pense que a demanda deixa de ser legítima, todas são. Agora é igualmente profundamente egoísta e assente em acor-dos feitos noutros tempos (de bonança). Se ainda acreditam em promessas políticas, talvez devamos também desmistificar-lhes a lenda de São Nicolau.

Se é para continuar com rodeios, mais vale nem levantar voo... Resta-me o consolo de que a privatização vai mesmo avançar e a esperança que a atitude narcisista de alguns pilotos não impeça o surgimento de propostas.

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hoje macau quarta-feira 20.5.2015 ócios / negócios 19

“S omos como a Forever 21 ou a H&m, mas temos comida à ven-da, preços mais baratos e roupas

em menor quantidade.” É assim que a empresária e designer sharis Lau fala do seu mais recente projecto.

A loja “Easymarket” abriu há cerca de duas semanas na avenida da Praia Grande e já não passa despercebida a publicidade feita para que, quem passa na rua agitada, conheça os produtos oriundos da Coreia do sul. malas, roupa de homem e senhora, cremes para a cara ou noodles coreanos. o cliente pode encontrar de tudo sem ir à Coreia e ao melhor preço, garante sharis Lau.

“Queremos trazer coisas novas para macau. Todos gostam da Coreia e quere-mos trazer coisas variadas, que vendemos ao mesmo preço do que custam na Coreia. Penso que somos os primeiros a fazer isso em macau”, conta ao Hm a empresária que garante que um bom serviço ao cliente é fundamental no seu negócio.

“Quero que todos os meus clientes fiquem satisfeitos. Temos um grande grupo fornecedor por detrás do negócio e muitos designers aqui representados. Quando as pessoas vão às grandes lojas, não têm serviço, perguntam se há um tamanho e não têm nenhum empregado a atendê-los. A qualidade dos tecidos e das roupas também é garantida, porque controlamos a quantidade.”

Aberta há cerca de duas semanas, a

EasymarkEt, loja dE produtos corEanos sharis lau, fundadora

“O estilO cOreanOé para tOda a gente”

Depois de duas lojas no centro de macau, a sul-coreana sharis Lau decidiu abrir mais um espaço de produtos do seu país na avenida da Praia Grande. Quemlá entra encontra as últimas tendências da moda coreana, incluindo produtosde beleza e comida, com a promessa dos melhores preços. A inauguração oficial da “Easymarket” é este sábado

“Queremos trazer coisas novas para Macau. Todos gostam da Coreia e queremos trazer coisas variadas, que vendemos ao mesmo preço do que custam na Coreia. Penso que somos os primeiros a fazer isso em Macau”

“Easymarket” já conta com cerca de 500 membros, número que “não é mau”. Para este sábado já está marcada a festa de inauguração bem ao estilo coreano, com um dj do país, juntamente com outro inglês.

“Queremos muito que os nossos clientes, quando vierem às nossas lojas, mesmo que não comprem, possam deixar um comentário. Há muitos produtos novos que são muito famosos entre os coreanos, mas que as pessoas de macau nunca viram antes. Por isso é que queremos que os nos-sos clientes nos digam ‘gostamos destes noodles, tragam mais’. Não queremos ser a loja mais barata, nem a mais cara”, revela sharis Lau.

A febre coreAnANos últimos tempos tem sido frequente a abertura de lojas com roupa coreana, que é protagonista dos estilos de rua e das capas de revistas de moda. Perguntamos a sharis Lau porque é que o estilo das saias abaixo do joelho combinadas com bonés é tão procurado.

“Penso que a prioridade da nossa rou-pa são os tecidos. Procuramos sobretudo o conforto e apostamos na impressão dos tecidos e nos padrões que garantam esse conforto. Estou aqui também para treinar os meus empregados, para que aprendam a vender peças de roupa que se adaptam às pessoas e aos seus estilos. o estilo coreano é para toda a gente”, frisa a designer.

“É fácil explicar porque é que os pro-dutos coreanos são tão famosos em macau e até em Hong Kong. Antes havia muito a moda dos produtos japoneses, tanto ao nível alimentar como de beleza, mas depois do acidente nuclear (Fukushima) houve uma alteração. Havia muito a moda dos noodles japoneses e depois as pessoas começaram a procurar os noodles coreanos”, disse ainda sharis Lau.

Ao contrário do que possa parecer, os clientes da “Easymarket” procuram, sobretudo, produtos de beleza e snacks vindos da Coreia. só depois olham para as malas e roupas.

“Temos cerca de duas empresas com quem trabalhamos e que exportam os produtos directamente para nós. A maior parte das lojas que vendem produtos coreanos, não é directamente oriunda do país. mas nós temos pelo menos dois importadores todos os meses. Queremos focar-nos nas pessoas locais. Começamos o negócio aqui num edifício comercial, com muitos escritórios, por causa disso. Todos os que vão à Coreia do sul querem comprar os produtos que temos aqui”, assegura.

Para esta empresária, há 12 anos radicada em macau, não é difícil manter um negócio destes, tanto que já vai na terceira loja aberta. E não pretende ficar por aqui: até finais deste ano, deverá abrir um quarto espaço, com o dobro do tamanho. Tudo para que cada cliente entre e se sinta na Coreia, sem nunca lá ter ido. Não falta sequer o famoso K-Pop, que nos faz companhia enquanto vislumbramos as últimas tendências.

Andreia Sofia [email protected]

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hoje macau quarta-feira 20.5.2015

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O governador de Tó-quio, cidade anfitriã dos Jogos Olímpicos

de 2020, acusou ontem o Go-verno japonês de se comportar como o “exército imperial da II Guerra Mundial” no projecto de financiamento do novo estádio olímpico.

Yoichi Masuzoe acusou o ministro do Desporto, Haku-bun Shimomura, de “atitudes irresponsáveis” por não ter ainda informado formalmente o município dos valores que caberão a Tóquio para custear o novo estádio, cujo orçamento global está estimado em 1,2 mil milhões de euros, segundo a agência noticiosa AFP.

Coreia do Sul Exercício naval apesardo clima de tensão com vizinho do norteA marinha da Coreia do Sul realizou ontem um exercício com fogo real no Mar do Japão, numa nova acção que reflecte a tensão militar vivida nos últimos dias na fronteira com a vizinha Coreia do Norte. As manobras tiveram como objectivo reforçar a posição de defesa sul-coreana no mar perante um eventual ataque do regime de Kim Jong-un, informou a Força Naval de Seul. “O objectivo é colocar à prova a nossa capacidade de realizar operações militares conjuntas face a possíveis provocações da Coreia do Norte como as realizadas perto da linha de demarcação militar que divide a península”, afirmou a marinha sul-coreana em comunicado. As duas Coreias permanecem tecnicamente em guerra depois de o conflito armado (1950 - 1953) ter terminado com um armistício e não com um tratado de paz.

Tóquio diz que governoage como “exérciTo imperial”

Atitude olímpica“Fala-se de 50 mil milhões de

ienes. Até agora não recebemos qualquer comunicação formal sobre o assunto. É uma atitude irresponsável, porque temos de pensar nos nossos contri-buintes”, comentou Masuzoe à imprensa japonesa.

Para Masuzoe, o Governo di-zer que pode construir o estádio, sem saber à partida se Tóquio tem capacidade para avançar com um terço do orçamento “é como o exército imperial na II Guerra, quando dizia que estava a ganhar e, realmente, perdeu”.

O governador de Tóquio recusa financiar uma ‘fatia’ de um estádio “de cariz nacional e não local, só porque o Governo é incapaz de cobrir as despesas”.

“Se o país não pode pagar, então devemos considerar a possibilidade de construção de um estádio municipal”, sugeriu Masuzoe.

A construção do novo estádio olímpico, cujas obras devem começar em Outubro, tem domi-nado o debate no Japão desde que Tóquio foi eleita para albergar os Jogos de 2020 ao ponto de o orçamento original ter já sofrido um corte de 40 por cento.