Hoje Macau 25 JUL 2011 #2417

Exercício físico

PROGRAMA PARAPÔR OS PEQUENOS

A MEXEREM• PÁGINA 6

TEMPO POUCO NUBLADO MIN 26 MAX 33 HUMIDADE 50-90% • CÂMBIOS EURO 11.5 BAHT 0.3 YUAN 1.2

hoje

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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MOP$10macau

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEGUNDA-FEIRA 25 DE JULHO DE 2011 • ANO X • Nº 2417

Vamos lá ouvir de novo

Esquartejamento de 2008

TRÊS ARGUIDOS COM PENA DUPLICADA PELA

ÚLTIMA INSTÂNCIA• PÁGINA 3

Património Histórico

IC PAGA 36 MILHÕESPOR SUPOSTA FARMÁCIA

DE SUN YAT-SEN• PÁGINA 10

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Na primeira vez, os residentes pediram mais áreas verdes, mais habitação e mais espaço para as indústrias culturais. Os novos aterros começam agora a ganhar forma, mas antes de qualquer decisão o Governo vai avançar para novas auscultações. A próxima é já em Outubro. É preciso saber de cor quais são as necessidades da população de Macau. > PÁGINA 7

Governo avança para outra auscultação para traçar novos aterros

Ter para ler

SEGUNDA-FEIRA 25.7.2011

2www.hojemacau.com.mo ACTUAL

COREIAS SEUL PEDE EXPLICAÇÕES POR ATAQUESAs autoridades da Coreia do Sul salientaram que as recentes conversações nucleares com a Coreia do Norte em Bali no âmbito da cimeira da ASEAN não são suficientes para desbloquear o diálogo e querem explicações dos ataques perpetrados por Pyonyang em 2010. De acordo com uma fonte oficial sul-coreana citada pela agência Yonhap, “é prematuro esperar uma mudança significativa” nas relações na península coreana, apesar das delegações das duas Coreias enviadas a Bali para as questões nucleares terem mantido contacto. Na ilha indonésia, as duas delegações acordaram redobrar esforços para retomar “quanto antes” as negociações a seis sobre o programa nuclear de Pyonyang, suspensas desde 2008 e que decorriam em Pequim.

GUIZHOU EXPLOSÃO CAUSA TRÊS MORTOS Três pessoas morreram e outras tantas ficaram feridas numa explosão registada num edifício de habitação da cidade chinesa de Tongren, na província de Guizhou. O incidente ocorreu cerca das 5h00 de sábado num prédio de nove andares, referiu Yu Weidong. Os destroços, incluindo vidros, tijolos e fragmentos de canalização, foram projectados num raio de várias dezenas de metros nas imediações do edifício. Os bombeiros continuam as operações de resgate das vítimas, enquanto a polícia local investiga as causas da explosão.

NUCLEAR PRIMEIRO REACTOR DE NEUTRÕES EM FUNCIONAMENTOA China colocou em funcionamento o primeiro reactor de neutrões rápidos, equipamento de quarta geração que vai reduzir o consumo de urânio e minimizar a produção de resíduos radioactivos, informou o Instituto de Energia Atómica chinês (CIAE). O reactor experimental, com uma potência eléctrica de 20 megawatts, e em funcionamento desde quinta-feira, é o culminar de mais de 20 anos de investigação no âmbito do programa “863”. De acordo com a SFEN – Sociedade Francesa de Energia Nuclear, o protótipo, que utiliza tecnologia de refrigeração por sódio, foi construído nos arredores de Pequim pela entidades russas OKBM Afrikantov, OKB Gidopress, Nikiet e o instituto Kurchatov. As reservas de urânio da China são limitadas, pelo que o país deverá importar quantidades crescentes deste minério para o desenvolvimento do seu programa nuclear civil.

A China pediu aos Estados Unidos que respeitem a sua “integridade territorial”,

numa altura em que sobe a tensão entre os dois países por causa das águas disputadas do Mar da China meridional.

O ministro chinês dos Negócios Estrangei-ros, Yang Jiechi, levantou essa questão durante um encontro na ilha indonésia de Bali com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de acordo com um porta-voz da delegação chi-nesa citado pela AFP. “É importante respeitar a soberania e a integridade territorial da China”, sublinhou o mesmo porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Liu Weiming.

“E é igualmente importante respeitar as inquietudes da China no que toca ao Tibete e no que toca a outros assuntos sensíveis”,

acrescentou, afirmando que os Estados Unidos “compreendem a sensibilidade dessas questões” e que os dois países tinham prometido promover “a compreensão mútua”.

Os dois ministros - que se reuniram à margem das reuniões da Associação de Nações do Sudes-te Asiático (ASEAN) na sexta-feira - abordaram especificamente o problema do mar da China meridional, acrescentou Liu Weiming.

Ao passo que a ASEAN, apoiada por Wa-shington, defende o debate das disputas terri-toriais nessas águas num quadro multilateral, Pequim insiste em manter discussões bilaterais com os seus vizinhos.

A China e o Vietname, por exemplo, dispu-tam o arquipélago de Paracel e as ilhas Spratley, supostamente ricas em petróleo e atravessadas

por vias marítimas internacionais. As ilhas Spra-tley são igualmente reivindicadas, em parte ou na totalidade, pelas Filipinas, mas também pelo Brunei, pela Malásia e por Taiwan.

A tensão tem-se acentuado nos últimos meses e as Filipinas e o Vietname acusam Pequim de ser responsável por diversos incidentes nessas águas disputadas. A China e os países da ASEAN chegaram, porém, a um acordo “de princípio” sobre as grandes linhas de uma cooperação no Mar da China meridional.

Hillary Clinton saudou o acordo forjado, reafirmando no seu discurso a importância de “respeitar a liberdade da navegação, o comércio sem entraves e a manutenção da paz e da estabi-lidade”, declarações consideradas susceptíveis de irritar Pequim.

TRINTA e cinco mortos e 190 feridos é o novo balanço do choque entre dois comboios de alta velocidade na provín-

cia oriental chinesa de Zhejiang. Um comboio que fazia o trajecto entre as cidades de Hangzhou e Wenzhou, na província de Zhejiang, descarrilou quando passava por uma ponte depois do choque de outro comboio que seguia atrás, às 20h27 de sábado.

Dois estrangeiros estão entre as vítimas mortais, mas para já Pequim não divulgou as suas nacionalidades.

Na sequência do descarrila-mento, quatro carruagens caíram num precipício com uma altura de 20 a 30 metros, indicou uma inves-

CHINA PEDE A WASHINGTON QUE RESPEITE A SUA “INTEGRIDADE TERRITORIAL”

Já somos crescidos e soberanos

Choque de TGVs na China faz 35 mortos e deixa 210 feridos

Cena de filme mas sem duplostigação preliminar do governo da província de Zhejiang. Segundo responsáveis ferroviários, o com-boio que seguia à frente foi atingido por um raio e deixou de funcionar.

Durante o fim-de-semana, o presidente chinês Hu Jintao e o pri-meiro-ministro Wen Jiabao pediram um esforço conjunto para resgatar os passageiros ainda presos nos destroços horas depois da colisão. O ministro dos Caminhos-de-ferro Sheng Guangzu já visitou o local do sinistro e ordenou uma investigação das causas do acidente.

Os veículos envolvidos são conhecidos por comboios “D”, a primeira geração da alta velocida-

de, podendo viajar a cerca de 150 quilómetros por hora.

A China tem estado a investir fortemente numa rede ferroviária de alta velocidade em todo o país. Re-centemente, tanto a falta de energia como outras avarias têm afectado a nova linha de alta velocidade entre Pequim e Xangai, inaugurada no iní-cio de Julho. Os planos oficiais para o comboio de alta velocidade prevêem a expansão de linha ferroviária ao longo de 13 mil quilómetros este ano e 16 mil até 2020.

CAOSUm total de 21 comboios foram suspensos depois do choque

e descarrilamento. Durante o fim-de-semana, as autoridades precisaram que tinham sido suspensas as operações de qua-tro comboios de alta velocidade, que seguiam de Hangzhou em direcção à província de Fujian, e outros 14 a partir da estação de Hanzhou Sul.

Hangzhou é ponto de pas-sagem diário de cerca de 30 comboios de alta velocidade com direcção a Wenzhou. De acordo com a agência oficial Xinhua, as autoridades chinesas de cami-nhos-de-ferro estão a reembolsar os passageiros afectados pelos cancelamentos.


3www.hojemacau.com.moPaz, piedade, perdão. Estas palavras imortais de Azaña, figura trágica desses anos em que o incêndio de Espanha

antecipou a mais devastadora de todas as guerras, deviam ressoar hoje como o dobre de um sino em permanente sinal de alerta. Quem não aprende com os erros da História está condenado a repeti-los. Pedro Correia, P.15

Vanessa [email protected]

JÁ não vão passar nove anos na cadeia, mas sim 18. Foi essa a decisão proferida na sexta-feira pelo Tribunal de Última Instância (TUI) no caso

do homicídio e esquartejamento de Lai King Man, em Setembro de 2008, em relação a três arguidos tailandeses.

Em Março do ano passado, o Tribunal Judicial de Base (TJB) considerou Niwat Sa-Artsri, Adun Rungruang e Patikorn Suttisart cúmplices do crime de homicídio ocorrido dentro de uma sala VIP do restaurante Meng Mun Fo Wo, já que os arguidos estavam do lado de fora a guardar o local. Os três, que foram então condenados a nove anos por pertença a sociedade secreta e homi-cídio, interpuseram um recurso no TUI a pedir uma revisão da pena. O Ministério Público (MP), por sua vez, também entrou com um recurso para que a sentença fosse elevada e para que o trio fosse considerado co-autor do crime e não apenas cúmplice. O colectivo de juízes da Última Instân-cia avaliou todas as provas e decidiu dar razão ao MP.

“Segundo a matéria de facto apurada, os três arguidos em causa estavam sentados fora da sala VIP onde ocorreu a agressão fatal e a fazer vigilância daquela sala. E só aban-donaram o restaurante logo depois de saírem o primeiro e o segundo arguidos [Wong Koon Wah, descrito como líder da seita Ngai dos 14K, e Ma Tak], altura em que já tinha sido morta a vítima na sala VIP. Por outro lado, os três arguidos agiram em conjugação com os outros arguidos, conheciam e admitiam a prática dos crimes em nome e no interesse da as-sociação secreta”, escrevem Chu Kin, Viriato Pinheiro de lima e Sam Hou Fai no acórdão de sexta-feira. “As condutas dos três arguidos integram no conjunto dos actos que conduzem à morte da vítima. Trata-se de uma comparticipação entre os três argui-dos e outros no crime de homicídio qualificado na forma de co-autoria, e não simplesmente de cumplicidade”, reconheceram.

As penas concretas foram então fixadas em 16 anos, mas em cúmulo com as penas de seis anos de prisão pelo crime de associação secreta, a sentença foi revista para os 18 anos de prisão.

SEM HIPÓTESEOs outros quatro arguidos que

TUI duplica pena a três culpados do caso do homicídio de Lai King Man

Benevolência a maisPassados quase três anos do assassinato e esquartejamento de Lai King Man, o Tribunal de Última Instância (TUI) elevou a pena de três arguidos no processo que envolvia 12 pessoas. O Ministério Público pediu e o colectivo de juízes deu-lhe razão. Outros três sentenciados à prisão pediram redução da pena, mas levaram uma nega

também recorreram ao TUI leva-ram nega ao pedido de redução de pena. Wong Kwok Fai Kelly, condenado a 21 anos e nove meses de prisão, recebeu 100 mil patacas para “arrumar” o cadáver de Lai King Man. Pagou então a outros três arguidos para que desmem-brassem o corpo, que foi mais tarde guardado dentro da própria casa de Wong, num quarto com o ar condicionado ligado.

Wong Kwok Fai Kelly, que era então dono de uma empresa de logística e ganhava cerca de 100 mil patacas mensais, argumentou ao TUI que faltavam elementos que concluísse a sua participação em associação secreta e que não matou nem nunca teve a intenção de matar Lai King Man. Dado, no entanto, que o empresário partici-pou também nos actos de agressão dentro da sala VIP do restaurante, o TUI considerou que houve com-participação no homicídio, “em que a intenção de matar a vítima é manifesta”. “Atendendo às cir-cunstâncias dos crimes, nada se revelam desproporcionais as penas fixadas”, decidiram os juízes.

Dois arguidos residentes em Hong Kong foram absolvidos da acusação de homicídio qualificado, mas não escaparam à condenação de seis anos de prisão por pertença a uma sociedade secreta. Ambos também recorreram da sentença, a alegaram que “a pena é mani-festamente excessiva, porque a

pena concreta não deve ser igual em relação a outros arguidos que detinham uma posição hierárquica superior na associação secreta”.

Depois de avaliar os factos, o TUI não deu o braço a torcer. “A pena de seis anos fixada nas ins-tâncias, muito próxima do limite mínimo [cinco anos] nada se revela pesada”, apontam os juízes. “Senão já benevolente”, acrescentam.

RETROSPECTIVAO homicídio aconteceu a 6 de Setembro de 2008, quando de Lai King Man veio a Macau para discutir a sua dívida de 2 milhões de patacas com Wong Koon Wah e Ma Tak. A vítima estava a jogar no casino do Venetian quando foi levado para o restaurante Meng Fun Fo Wo por outros arguidos no

processo. Na sala VIP do restau-rante, Lai King Man foi duramente agredido depois de confirmar que tinha chamado “lixo” a Ma Tak. Já a agonizar e a caminho da casa de banho, Choi Un Peng, outro arguido, infligiu uma facada no pescoço da vítima para acabar com o serviço. Os três tailandeses estavam à porta do restaurante a controlar o movimento e a garantir que ninguém interferiria no ajuste de contas.

Os empregados do restaurante receberam ordem para sair mais cedo do local de trabalho. Na ma-drugada de 7 de Setembro, Wong Koon Wah entregou a Wong Kwok Fai Kelly, que participou também nas agressões, 100 mil patacas para que se livrasse do corpo. O empresário foi então a uma loja de ferramentas na Areia Preta, onde comprou uma série de instrumen-tos para desmembrar o cadáver. De seguida, outro trio levou o corpo e esquartejou-o. Os pedaços foram

distribuídos por três malas pretas e transportados de táxi para a casa de Choi Un Peng.

Como ainda havia trabalho a fa-zer, Wong Kwok Fai Kelly entregou mais dinheiro a Choi Un Peng, que comprou então uma serra eléctrica para reduzir ao máximo os mem-bros de Lai King Man.

No dia 19 de Setembro, o cor-po – ou o que restava dele – foi transportado da casa de Choi Un Peng, onde estava guardado num frigorífico comprado para o efeito, para o apartamento de Wong Kwok Fai Kelly. A 11 de Novembro, a Po-lícia Judiciária encontrou o cadáver na casa do empresário condenado a 21 anos e nove meses, depois de uma parte dos 12 arguidos ter sido detida. Estava dentro de um quarto com o ar condicionado ligado na temperatura mínima.

Wong Koon Wah, descrito como o chefe da facção Ngai dos 14K de Hong Kong, foi julgado à revelia e condenado a 25 anos de prisão. Ninguém sabe onde está. Ma Tak, que durante 15 anos foi agente da polícia de Hong Kong e mudou de ramo para dedicar-se a facções cri-minosas, foi sentenciado a 23 anos.

Dos 12 arguidos, só nove esti-veram presentes durante o julga-mento, que acabou em Março do ano passado.


4www.hojemacau.com.mo POLÍTICA

Instabilidade profissional dos docentes prejudica qualidade da educação

Professores inseguros no empregoVirginia [email protected]

SEM saber se mantêm o emprego para o próximo ano lectivo ou se terão de procurar outro trabalho.

Assim se encontra a maior parte dos professores do ensino privado, onde os contratos de um ano são prática comum, criticada pelo de-putado da Assembleia Legislativa (AL) Au Kam San. Com o estabele-cimento de um novo “quadro para as escolas privadas”, o democrata espera que seja dado suporte legislativo que crie uma maior segurança no emprego para os docentes, com consequências po-sitivas para a qualidade do ensino.

Existem, para Au Kam San, duas metas para optimizar o contributo que os professores dão para a sociedade: a primeira é proporcionar uma maior seguran-ça no emprego, criando equipas mais estáveis de professores. A segunda é, através da legislação necessária, incentivar o desen-volvimento do profissional de

O promotor do empreendi-mento Jardins de Lisboa,

na Taipa, pode ter de alterar o plano de obras caso o Go-verno o considere necessário, garantiu Jaime Carion, chefe da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). Em resposta a interpelações apre-sentadas pelos deputados da Assembleia Legislativa (AL) Chan Meng Kam e Au Kam San, o director da DSSOPT garantiu que o Governo es-tava altamente preocupado com o impacte ambiental e que já tinha recomendado ao promotor que tivesse em especial atenção a protecção da Taipa Pequena e com o ambiente circundante.

Chan Meng Kam, depu-tado eleito directamente pela pró-empresarial Associação dos Cidadãos Unidos de Ma-

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GOVERNO RESPONDE A INTERPELAÇÕES SOBRE CASO JARDINS DE LISBOA

Promotor pode ter de alterar projecto

educação. Só assim, defende, se criarão as condições para propor-cionar uma educação de qualidade para as próximas gerações e para a sociedade.

No que diz respeito à seguran-ça no trabalho, Au observou que a maioria das escolas privadas de Macau tem instituído o sistema de

contrato de trabalho de apenas um ano, o que significa que com o final de cada ano, aumenta a tensão en-tre os professores, que esperam an-siosos por documentos enviados pelo director para a renovação do contrato por mais um ano. Se não receber, o professor tem de procu-rar outro emprego, possivelmente

até noutra área. Esse sistema, considera o deputado, mantém os professores pressionados e amea-çados. O democrata vai mais longe e considera que essa prática resulta naquilo que se pode enquadrar como despedimentos não justi-ficados. De acordo com o Direito do Trabalho, se um empregador despede um funcionário, este tem de receber uma indemnização proveniente de parte dos lucros da organização. No entanto, para as chefias das escolas, que estão enquadradas como organização “não lucrativa” com a maior parte dos seus orçamentos suportados por fundos públicos, quando um professor é despedido, quem paga a factura é o contribuinte.

Citando o exemplo de Taiwan, onde os professores estão muito mais protegidos de serem demi-tidos sem justa causa, com um sistema em que está explícito que, a menos que o professor em causa cometa determinadas faltas de comportamento, não pode ser despedido nem ver o seu contrato cancelado, Au Kam San aconselha:

no acordo-quadro para as escolas privadas, o Governo deve conside-rar importar o conceito de “sistema de nomeação a longo prazo” e estabelecer uma proibição de as escolas despedirem professores sem justa causa. Essa medida seria um incentivo para os professores desenvolverem as suas compe-tências académicas e ajudaria a criar equipas qualificadas de professores, com benefícios para a qualidade da educação em geral.

Além disso, Au Kam San cri-ticou os métodos de formação de talentos em Macau, que considera ultrapassados. As escolas, defen-deu, deveriam incentivar cada es-tudante a se tornar um aluno bem sucedido na escola. Se os alunos não aprendem nas aulas, o tempo que passam nas salas de aulas é apenas para assistir o “show” do professor e isso não é educação, considera. O deputado sublinhou que este era o maior desafio, só superado através de educação profissional contínua, mas que proporcionaria o devido apoio à eficácia educativa em Macau.

cau, havia apresentado uma interpelação a 25 de Maio, em que punha em causa as razões que levaram à re-concessão das terras e da razão porque tinha de ser o promotor a nomear a entidade respon-sável pelo Estudo de Impacte Ambiental (EIA). Depois de ter recebido o relatório do EIA em Fevereiro, assinalou Jaime Carion, o Governo já terá exigido ao promotor mais atenção à protecção ecológica da Taipa Pequena e requerido que fosse expandida em 500 metros a área de avaliação. No

entanto, o relatório precisava de ser analisado, estando ainda a caminho mais infor-mação suplementar.

Além disso, e de acor-do com opiniões recebidas através de diferentes canais, referiu Carion, o Governo iria proceder a uma análise abrangente, tendo em con-ta outros factores, como o plano urbanístico da cidade e protecção ambiental em conjugação com o interesse público. Por isso, não está descartada a possibilidade de exigir ao promotor alterações ao projecto, caso necessário.

Au Kam San, deputado eleito directamente pela Associação Novo Macau Democrático, também tinha apresentado uma interpela-ção escrita em que observava que os terrenos em causa tinham sido concedidos há

30 anos e que, sem quaisquer desenvolvimentos observá-veis, o período de concessão já teria expirado, pelo que as terras podiam considerar-se abandonadas. Au perguntava se o Governo estava ciente de tudo o que estava implicado na aprovação de alterações no uso a dar aos terrenos, e criticava a atitude do Governo ao aprovar as contínuas mu-danças de planos do promotor para o uso das terras, além da falta de divulgação de infor-mação. A DSSOPT respondeu que as responsabilidades não podiam ser todas colocadas sobre os ombros do promotor e sublinhou que o Governo já tinha reconcedido as terras em 2009 e que os promotores já tinham tido de pagar a dife-rença de custos dos terrenos de acordo com a lei de cálculo aplicável.- V.L.


5www.hojemacau.com.mo

PARQUE TEMPORÁRIO PARA AUTOCARROS JUNTO DA TORRE DE MACAUTerminaram as obras de terraplenagem e repavimentação da zona de estacionamento temporário de 30 mil metros quadrados para autocarros junto da Torre de Macau. Agora a Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego (DSAT) irá organizar a ocupação do espaço pelos autocarros das três empresas concessionárias. A zona de estacionamento tem uma capacidade para mais de 300 veículos. A sua entrada em funcionamento contribuirá para reduzir o impacto na rotina diária dos cidadãos. Em conjunto com a zona de estacionamento temporário junto da Rua Marginal da Concórdia, no COTAI, o território ganha capacidade para cerca de 400 veículos.

EDIFÍCIO INCLINADO NA CONSELHEIRO BORJA CONSIDERADO AMEAÇA À SEGURANÇA PÚBLICA

A Torre de Pisa de MacauVirginia [email protected]

NÃO é ilusão de óptica. O edi-fício dos números 360 a 362

da Avenida Conselheiro Borja está mesmo inclinado. Mas ao contrário da Torre de Pisa, que continua a ser uma das mais populares atracções turísticas de Itália graças a injecções de betão que têm mantido firmes as suas fundações, o Edifício Meng Heng está mesmo na lista dos pré-dios perigosos de Macau e arrisca--se a ceder à força da gravidade a qualquer momento, pondo em perigo a segurança pública. Paul Chan Wai Chi, deputado da As-sembleia Legislativa (AL), mostra preocupação pela forma como o Governo tem acompanhado o caso.

A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) já requereu às pessoas que habitam o prédio para que o abandonassem num prazo de 30 dias para que se procedesse à sua demolição. O Governo já organi-zou em conjunto com o Instituto de Acção Social (IAS) e o Instituto de Habitação (IH) a assistência

Paul Chan observa que, a respeito do edifício Meng Heng, o Governo levou um ano inteiro a avaliar o problema da inclinação para acabar por listar o prédio como “edifício perigoso” e requerer a sua demolição. Chan questiona se o Executivo não teria à sua consideração uma proposta alter-nativa para salvar o edifício, em vez de o demolir, evitando assim que as famílias perdessem as suas moradias. O Governo, observa, tem avançado recentemente para grandes obras de construção, como as do metro ligeiro, que podem vir a ter grande impacte sobre os edifícios das zonas afectas às obras. O parlamentar pergunta por isso se têm sido feitos todos os trabalhos de preparação e ava-liação de “ameaças secretas”, de forma a assegurar que essas gran-des empreitadas não ameacem os interesses dos moradores.

às famílias de moradores. Pouco convencido com a solução encon-trada, Paul Chan apresentou uma interpelação escrita na sexta-feira, apelando à protecção dos interesses dos moradores.

Chan questiona porque é que um edifício de apenas 30 anos que não tem outras construções por perto ficou inclinado daquela forma. O Governo observou que o problema de inclinação não era recente e que, de acordo com o relatório de avaliação, o problema devia ter a sua origem em falhas na fase inicial da construção.

Mas actualmente, sublinha Paul Chan, existem em Macau mais de três mil edifícios com mais de 30 anos e, se as zonas vizinhas tiverem grandes obras de construção, é possível que a situação do edifício Meng Heng se repita noutros prédios. O Governo, considera o deputado

pró-democrata, tem responsa-bilidades na preparação prévia de grandes obras para evitar situações semelhantes, que pos-

sam prejudicar os interesses das famílias que ficam com as casas na lista de edifícios perigosos.

Na sua interpelação escrita,

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6www.hojemacau.com.mo SOCIEDADE

NÚMERO DE TURISTAS NO PRIMEIRO SEMESTRE SOBE 8,3% PARA 13,2 MILHÕESMais de 13,2 milhões de pessoas visitaram Macau no primeiro semestre do ano, um aumento de 8,3% face ao mesmo período de 2010 fortemente sustentado pelo mercado chinês. De acordo com dados oficiais, 56,43% dos visitantes – 7,47 milhões de pessoas – eram oriundas do continente chinês, 28% – 3,7 milhões de pessoas – de Hong Kong, mercados que registaram uma subida homologa de, respectivamente, 14,9% e 3,9%. Também em sentido positivo estavam os visitantes da Coreia do Sul – 195.384 pessoas – que contabilizavam 1,47% do total, acrescentam os dados dos Serviços de Estatística. Com um peso de 4,5%, 1,35% e 1,1%, os visitantes de Taiwan (600.310 pessoas), Japão (179.493 pessoas) e da Malásia (154.205 pessoas) registavam quedas homólogas de, respectivamente, 8,1%, 10,8% e 9,5%. Entre os visitantes no primeiro semestre, um total de 54,3% ou 7,19 milhões de pessoas entraram em Macau através de excursões. Só no mês de Junho entraram 2,18 milhões de pessoas, mais 14,5% face ao mesmo mês de 2010 e dos quais 1,14 excursionistas, o que traduz um peso de 52,4% do total. Do continente chinês, chegaram em Junho 1,19 milhões de pessoas – 55% do total – o que reflecte um aumento homólogo de 21,7%.

HABITAÇÃO SOCIAL CONCLUÍDAS MAIS 375 CASAS NA ZONA DA ILHA VERDESão 375 os apartamentos vão ser entregues aos agregados candidatos à habitação social. Foi concluído na sexta-feira o Edifício Cheng Nga, na Ilha Verde, um dos lotes de prometidos pelo Governo, que se vem juntar aos sete edifícios e 3000 fracções já concluídos. Com 25 pisos, o edifício conta com 168 fracções de T0, 105 fracções T1 e 84 fracções T2, tendo também instalações sociais e áreas de lazer. O custo das obras contabilizou-se em cerca de 200 milhões de patacas. O Instituto da Habitação (IH) compromete-se, em comunicado, a entregar o mais rapidamente possível os apartamentos aos candidatos, de forma a “apoiar os residentes com reais necessidades”. O Executivo está a concretizar de forma faseada a construção dos projectos de habitação pública, de forma a concretizar a promessa das 19 mil habitações. Com o aumento dos edifícios deste tipo naquele zona do território aumentaram também as necessidades de transporte, pelo que os percursos de autocarros foram ajustados e as novas carreiras que ligam a Ilha Verde às Portas do Cerco e Areia Preta foram acrescentadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos de Tráfego.

Joana [email protected]

AS crianças de Macau são fisicamente menos activas do que as de Singapura e da China

Continental, segundo um estudo do Instituto de Desporto (ID) de 2005. Por isso mesmo, a Direcção dos Serviços de Educação e Juventude (DSEJ) vai apostar cerca de 900 mil patacas por ano lectivo para lançar o plano “Viver em Movimento 123”, um programa que visa melhorar a aptidão física e incentivar à prática do desporto.

Tendo como base registos de um programa-piloto que durou três anos - do ano lectivo de 2008 ao de 2011 - a DSEJ criou, em conjunto com a Faculdade de Educação da Universidade de Macau (UMAC), um sistema computorizado que traça o perfil de cada estudante consoante o registo dos seus hábitos alimentares e condição física.

Os resultados não foram mui-tos satisfatórios. “Depois de cada aluno preencher os testes, era-lhes dada uma pontuação geral que os incluía em diferentes categorias - da 1.ª como excelente à 4.ª como muito insuficiente. No primeiro ano do programa tivemos a maioria dos alunos colocados na terceira cate-goria e alguns na segunda”, frisa Walter Ho da UMAC.

No entanto, avança ainda o responsável, apesar de não terem tido muito sucesso no primeiro ano, as entidades denotaram mais inte-resse da parte dos educandos, que conseguiram descer de categoria e 85% de encarregados de educação empenhados em contribuir na educação para uma vida saudável.

O programa-teste - “Aptidão Física Saudável” - contou com a

CUIDARDOS JOVENSChan Iok Wai, chefe substituto do departamento da juventude da DSEJ, apresentou ainda a execução orçamental do plano “Cuidar do Crescimento dos Jovens”, que termina este ano e ficou contabilizada em 3,3 milhões de patacas. Para o próximo ano, o programa muda de nome - “Vida activa 2012” e está orçamentado em quatro milhões de patacas. Ambos têm como principal objectivo incentivar à participação da vida em sociedade, a trabalhos de voluntariado e a desenvolver valores positivos em relação a si próprios. O plano inclui, por exemplo, a implementação de bibliotecas e espaços públicos dedicados aos jovens.

DSEJ financia programa de incentivo à prática de desporto entre as crianças da primária

Mudar os maus hábitos de pequenino

participação de um total de 6330 alunos durante três anos e foram cerca de 2200 os questionários que serviram de base para a avaliação das crianças.

Contudo, além dos workshops, palestras e actividades conjuntas com alunos e professores, Kong Chi Meng, chefe substituto da di-visão do desporto escolar da DSEJ, ressalva a necessidade de se fazer mais. “Não é suficiente alertar, por isso as escolas vão ter comida mais saudável nos bares e vai ser reduzido o número de alimentos prejudiciais à saúde, impor um dia semanal de fruta e continuar a comparticipar com a distribuição de leite nas escolas”.

Segundo os dados recolhidos pela UMAC, os piores hábitos das crian-

ças do território são “o ficar sentado durante muitas horas, ter uma vida estática, ausência de movimento e a escolha alimentar”, explica Walter Ho, acrescentando que “as crianças sabem que faz mal o sal, por exemplo, mas esquecem as teorias na hora de escolher os alimentos”.

A razão para estes comporta-mentos prende-se com o ambiente familiar e social e com a evolução tecnológica. “[Incentivar ao exercí-cio físico] é uma necessidade real, até porque em Macau tem muita tendência para a utilização de no-vas tecnologias e as crianças usam muito as consolas para entreteni-mento”, explicou Kong Chi Meng.

O plano “Viver em Movimento 123” conta já com 28 escolas e 5500 alunos, mas as inscrições, que

abriram apenas este mês, ainda não terminaram. O programa, que dá continuidade ao anterior “Aptidão Física Saudável”, inicia em Setembro e está orçamentado em 900 mil patacas por ano lectivo para todas as escolas.

O objectivo, que passa por perceber como é feito o desenvol-vimento das crianças do território, visa implementar a consciência desportiva, aumentar os bons hábitos alimentares e, até, ajudar as escolas a aperfeiçoar as aulas de educação física, de acordo com as necessidades dos estudantes.

FINANCIAROS ESPAÇOS DESPORTIVOSA falta de espaços públicos de la-zer e desportivos esteve também

na agenda da reunião do Conse-lho de Juventude da DSEJ. As-sim, a entidade pretende apoiar financeira ou materialmente as escolas que queiram ceder as suas instalações desportivas ao público durante os horários nocturnos - das 18 às 22h.

“É muito importante este gesto, mas também percebemos que há custos que as escolas não conseguem suportar. Por isso, a DSEJ comparticipa com equipa-mentos, infra-estruturas ou obras de melhoria, para que tudo seja feito em segurança”, salienta Kong Chi Meng. Também a con-tratação de mais pessoal de vigia e o pagamento da electricidade pode ser apoiada financeiramen-te pela DSEJ.

Para já são apenas três as escolas que escolheram abrir as portas, mas a entidade salienta que todas as interessadas podem participar.



Quadro conceptual do planeamento

Gonçalo Lobo [email protected]

A discussão do Projecto do Plano Director das Novas Zonas Urbanas come-çou ontem na Torre de

Macau. Especialistas dos diversos quadrantes desde a arquitectura ao trânsito, passando pelo ambiente e pela geografia, reuniram-se para debater ideias sobre o futuro dos novos aterros de Macau.

A primeira reunião não des-lindou grandes conclusões. Para os responsáveis, os estudos e as auscultações são para continuar e em Outubro realizar-se-á nova consulta pública, que durará dois meses, e debaterá os anseios da po-pulação bem como as explicações do porquê das localizações dos novos aterros. “Temos de estudar ao pormenor as necessidades da população de Macau para estes novos aterros”, referiu o secretário geral e vice-presidente da Direcção do Instituto de Planeamento Urba-no da China, Shi Nan.

Os 350 hectares reservados aos novos aterros foram o mote da discussão, mas apenas ocorreram algumas trocas de opiniões. Certo é que o projecto terá de sofrer me-

1 Construção conjunta do Portal Urbano do Canal de Shizimen para Macau e Zhuhai

2 Articulação da rede regional das faixas verdes do Delta do Rio das Pérolas

3 Beneficiação do sistema de faixas verdes ecológicas de toda a RAEM

4 Protecção do “corredor de paisagem visual” de “colinas, mar e cidade”

5 Primazia dos transportes públicos e deslocações ecológicas

6 Apoio mútuo e complementaridade entre os novos aterros urbanos e bairros antigos

Novos aterros | Primeira discussão apenas para troca de ideias

Muito a fazer pela ecologia e pelo lazerEstá dado o mote. A primeira reunião de discussão do Projecto do Plano Director das Novas Zonas Urbanas decorreu ontem. Ainda pouco se decidiu mas tudo aponta que os novos 350 hectares de terra dados por Pequim a Macau sejam aproveitados para a criação de espaços verdes e instalações culturais. Tudo em prol do turismo

lhorias e ajustamentos, de acordo com a reunião de ontem. “Estamos a discutir se a ligação entre as ilhas será por túnel ou por ponte, mas ainda não sabemos”, referiu Shi Nan a título de exemplo.

A altura dos prédios é outro ponto fulcral. O planeamento urbano reservado para os novos aterros prevê a limitação da altura dos edifícios por diversas razões. Entre elas está a discrepância en-tre as zonas antigas de Macau e os prédios a construir, bem como o adequado limite de altura da servidão aeronáutica. “Esse é um assunto que será discutido ao pormenor no próximo seminário. Estaremos atentos à altura e à den-sidade dos prédios a construir”, garantiu o subdirector da Direc-ção de Habitação e Planeamento e Construção Urbano e Rural da cidade de Zhuhai, Peng Zhiquan.

Os aterros estarão divididos em zonas. A zona A, localizada entre a Península de Macau e a ilha artificial da mega-ponte Hong Kong-Zhuhai--Macau, ficará perto do terminal de barcos do Porto Exterior. A mudança do terminal marítimo também é uma questão que, deste modo, se coloca em cima da mesa. “A mudança tem todo o cabimento. Essa é uma das questões mais importantes de todo o projecto”, afirmou Shi Nan, que relembrou o facto de Macau precisar urgentemente de um porto comercial.

AS ZONAS EMERGENTESO projecto das novas terras de Macau será dividido em cinco zonas (A, B, C, D e E). Em todas elas, conforme promessa feita pelo Executivo da RAEM ao Governo Central, não haverá equipamento relacionado com o jogo.

A zona A tem como objectivo a criação de um sistema complemen-tar para a vida quotidiana. Ali, o Governo pretende ver implemen-tados serviços públicos, zona mista de habitação e comércio, bem como estruturas industriais diversificadas e serviços turísticos. O ambiente também será salvaguardado com a criação de espaços verdes costeiros. “Convém desenvolver as funções urbanas diversificadas com particu-laridades e adequadas à habitação e ao turismo”, disse Shi Nan.

A zona B, localizada em frente ao lago Nam Van, fará a ligação com os bairros antigos e é o portal

FERIDOS LIGEIROS EM AVIÃO DA EVA AIRWAYS COM DESTINO A MACAUVárias pessoas ficaram ligeiramente feridas na manhã de ontem, quando foram obrigadas a abandonar um avião da Eva Airways. O voo, que se preparava para descolar do aeroporto de Tao Yuan, em Taiwan, com destino à RAEM, teve se ser evacuado de emergência e os passageiros tiveram de abandonar o aparelho através de rampas insufláveis. A Rádio Televisão de Hong Kong (RTHK) deu conta de 15 feridos ligeiros durante a evacuação depois da aeronave ter dado sinais de anomalias pouco antes da descolagem. Testemunhas oculares revelaram fumos que saíram de um dos motores, situação ainda não confirmada. O Gabinete de Gestão de Crises de Turismo já afirmou, em declarações à Rádio Macau, que não há residentes de Macau entre os feridos do incidente.

marítimo do Centro Histórico de Macau. Sem beliscar o ‘skyline’ do território e preservando a paisagem da Colina da Penha, nesta zona serão instalados serviços públicos urbanos e municipais, zonas mistas de habitação e comércio e ainda um corredor verde costeiro, por forma a diversificar os espaços verdes, quase inexistentes, do território. “Dar continuidade nesta zona aos serviços de instalações públicas e às funções culturais e comerciais, criando uma imagem urbana com-pletamente nova.”

As zonas C, D e E, localizadas junto da Taipa, procurarão oferecer uma zona piloto à beira-mar, onde se concretize o conceito de baixo teor de carbono. Nesta área, sujeita ao limite de altura do instrumento de navegação aeronáutica da Taipa Pequena, nascerá a quarta ponte Macau-Taipa. Mais instalações mu-nicipais, assim como zonas mistas de habitação e comércio são espera-das para este aterros. As zonas C e D obedecerão a um desenvolvimento flexível, com realce para os espaços verdes. A zona E será um suposto portal urbano, também de desen-volvimento flexível mas com uma estrutura industrial diversificada. “Nas zonas C e D esperamos desen-volver bairros ecológicos costeiros bem apetrechados de instalações públicas de apoio. A zona E quer-se desenvolver como bairro costeiro e zona de expansão do centro de infra-estruturas.”

Fora do âmbito do jogo, os novos aterros procurarão, essen-cialmente, resolver questões de espaços verdes e proporcionar áre-as culturais e de lazer à população e turistas que visitem o território. Ali também vão nascer hotéis dife-rentes daqueles que já existem em Macau. “As experiências das zonas costeiras mundiais vão ajudar imenso naquilo que queremos para as novas terras”, referiu Shi Nam.

Na primeira fase de auscultação pública, que ocorreu entre Junho e Agosto de 2010, foram recolhi-das 1879 opiniões abrangendo 14 áreas e 96 tópicos. Na altura, as principais preocupações da população reveladas foram a falta de instalações públicas, omissão de planeamento urbanístico, fraca protecção ambiental e pouca oferta de turismo e espaços culturais. A próxima auscultação será daqui a pouco mais de dois meses.


8www.hojemacau.com.mo vida

AMÉRICA CENTRAL LANÇA UM “GOOGLE DA METEOROLOGIA” CONTRA CATÁSTROFES NATURAISA América Central, uma das regiões do planeta onde as catástrofes naturais matam mais pessoas, lançou ontem um “google da meteorologia”, uma base de dados que será partilhada por sete países. “Este é o google da informação meteorológica da América Central”, anunciou o director técnico do projecto, o engenheiro Normal Ávila. Este apresentou a base de dados, alimentada por 150 estações de meteorologia, numa cimeira em São Salvador dedicada às catástrofes naturais. A informação deverá permitir tomar melhores decisões em situações de ciclones ou tempestades porque “os fenómenos hidrometeorológicos extremos são a principal ameaça sentida pela América Central”, sublinhou Patricia Ramirez.

Clickecológico

UM TUBARÃO A BRINCAR• Uma criança brinca no chão, pintado com um tubarão em 3D, dentro de um centro comercial em Fuzhou, na província chinesa de Fujian.

PELA primeira vez, a União Europeia revelou qual o

melhor destino final para os resíduos nucleares dos seus 143 reactores. Contentores debaixo do solo, diz, são a forma mais segura para armazenar os 50 mil metros cúbicos produzidos todos os anos. “Depois de anos de inacção, pela primeira vez a UE compromete-se com um destino final para os resídu-os nucleares”, comentou o comissário europeu da Ener-gia, Guenther Oettinger, em comunicado.

O Conselho Europeu adoptou uma Directiva sobre resíduos nucleares na semana passada, que deverá entrar em vigor em Setembro. Os Estados membros passam, então, a ter de cumprir pa-drões vinculativos quanto à gestão destes lixos, incluindo

repositórios subterrâneos, e a ter de notificar a UE sobre programas detalhados rela-tivamente a quando e como querem construir esses locais. Os países são obrigados a elaborar as suas estratégias até 2015.

Actualmente, os resíduos nucleares da União Europeia (UE) que têm energia nuclear são armazenados em con-tentores à superfície. Dos 50 mil metros cúbicos gerados por ano, 15 por cento são de perigosidade elevada.

Mas desde o ano passado que esta solução começou a parecer menos perfeita. Aos incêndios que assolaram a Rússia no último Verão – que lançaram receios de atingirem uma central nu-clear -, juntou-se a crise de Fukushima, no Japão.

Na verdade, desde que

o tsunami varreu a central nuclear japonesa, causando a paragem dos sistemas de ar-refecimento e o consequente sobre-aquecimento dos reac-tores, Oettinger assumiu a segurança nuclear como uma missão para o seu mandato de cinco anos. O primeiro passo foi o arranque, em Ju-nho, de uma série de “testes de resistência” às centrais. O segundo foi a decisão to-mada ontem pelos ministros europeus de enterrar os lixos radioactivos.

A equipa do comissário já tinha declarado a sua preferência por “depósitos geológicos profundos”, aber-tos na rocha a cerca de cem a 700 metros de profundidade.

A Foratom, associação de indústrias europeias do nuclear, concordou com a de-cisão. “O consenso científico

UE ESCOLHE SUBSOLO COMO O MELHOR DESTINO FINAL PARA O SEU LIXO NUCLEAR

Varrer a sujeira para debaixo do tapete

Planetaem números

é a percentagem do gelo mundial que se concentra apenas na Antárctica

CINCO toneladas de presas de elefante, avaliadas

em 150 milhões de patacas, foram empilhadas e incen-diadas num parque nacional do Quénia. O presidente quis mostrar de que lado está na guerra contra os traficantes de marfim.

As 355 presas - de elefan-tes mortos no Malawi e na Zâmbia - foram apreendidas em Singapura, em Junho de 2002. Anteontem ficaram re-duzidas a cinzas, pela mão do próprio presidente queniano Mwai Kibaki.

“Com a destruição do

QUÉNIA QUEIMA CINCO TONELADAS DE MARFIM EM GUERRA CONTRA TRAFICANTES

Presidente ensina a lição na práticamarfim contrabandeado que-remos demonstrar ao mundo a nossa determinação em acabar com todas as formas de tráfico de marfim”, declarou Kibaki durante a cerimónia e perante centenas de conservacionistas quenianos e de outras naciona-lidades, militares e jornalistas no Parque Nacional Tsavo Ocidental.

Nos últimos anos, os países africanos têm debatido o que fazer ao marfim apreendido, com uns a defender a destrui-ção e outros a venda faseada, por quotas, alegando que os animais já tinham morrido

e que as receitas poderiam reverter para a conservação dos elefantes.

“Temos de conhecer os efeitos negativos do tráfico para as nossas economias nacionais. Não nos podemos dar ao luxo de ficar sentados e permitir que redes crimino-sas destruam o nosso futuro comum”, acrescentou, citado num comunicado publicado no site oficial daquele parque nacional.

Além das 355 presas de elefante foram deitadas para a pilha 41.553 esculturas de mar-fim. O acto simbólico de deitar fogo a este marfim recreou uma cerimónia semelhante que aconteceu em 1989 no Parque Nacional Nairobi, com o então Presidente Daniel Arap Moi, e que levou à moratória interna-cional ao comércio de marfim.

Anteontem, o ministro do Turismo e da Vida Selvagem queniano, Ephraim Kamuntu, deixou também uma mensa-gem clara aos traficantes: “os seus dias estão contados”. Noah Wekesa, ministro das

Florestas e da Vida Selvagem, revelou que o Quénia deverá aprovar em breve uma nova política e documento legisla-tivo sobre vida selvagem, que prevê multas pesadas para quem contrabandear marfim.

Esta queima de presas de elefante foi o terceiro a acon-tecer em África depois do de 1989 e de um outro em 1992, na Zâmbia. Desde a moratória de 1989, o número de elefantes começou a recuperar, dos 16 mil nesse ano para os cerca de 37 mil dos nossos dias.

No entanto, nos últimos anos tem-se registado um au-mento da procura de marfim pelos países asiáticos. “Tem havido um aumento do abate ilegal de elefantes, como já não víamos há 20 anos”, co-mentou Iain Douglas-Hamil-ton, fundador da organização Save the Elephants. “Nos últimos dois anos, o preço do marfim subiu descontro-ladamente, incentivado pelo aumento da procura”, disse à agência Reuters, em frente à pilha em chamas.

Deputado critica excesso de consultas para resolver problemas simples

Lâmpadas de mercúrio à esperaVirginia [email protected]

LÂMPADAS de mercú-rio existem em todo o lado e são um proble-ma quando deixam de

funcionar. Mas um problema para o qual existe uma solução: reciclagem. Mas até lá chegar, o Governo acha que tem de pas-sar por uma série de consultas e auscultações. Entretanto, o mercúrio tóxico dos resíduos acumulados fica à espera, co-locando possíveis riscos para a saúde pública. O deputado da Assembleia Legislativa (AL) Au Kam San critica essa forma de funcionar, que considera tudo menos “científica”, como gosta de apregoar o Chefe do Execu-tivo, a respeito do seu estilo de tomada de decisão.

Au Kam San apresentou uma interpelação escrita na sexta-feira passada, em que critica a forma de actuar do Governo, que tem deixado adiado o problema do mercúrio tóxico proveniente de

lâmpadas fluorescentes, mos-trando pouca preocupação com possíveis consequências para a saúde pública. Uma consulta pública é uma coisa em princípio boa quando estão em causa certos assuntos, considera o deputado, mas pode ser um obstáculo à efici-ência quando invocada por tudo e por nada. Em matérias simples

90%



AMÉRICA CENTRAL LANÇA UM “GOOGLE DA METEOROLOGIA” CONTRA CATÁSTROFES NATURAISA América Central, uma das regiões do planeta onde as catástrofes naturais matam mais pessoas, lançou ontem um “google da meteorologia”, uma base de dados que será partilhada por sete países. “Este é o google da informação meteorológica da América Central”, anunciou o director técnico do projecto, o engenheiro Normal Ávila. Este apresentou a base de dados, alimentada por 150 estações de meteorologia, numa cimeira em São Salvador dedicada às catástrofes naturais. A informação deverá permitir tomar melhores decisões em situações de ciclones ou tempestades porque “os fenómenos hidrometeorológicos extremos são a principal ameaça sentida pela América Central”, sublinhou Patricia Ramirez.

CIENTISTAS FILMAM ANIMAL A CORTAR PAUZINHO PARA FAZER “PEDICURE”

Vaidades de macaco

o tsunami varreu a central nuclear japonesa, causando a paragem dos sistemas de ar-refecimento e o consequente sobre-aquecimento dos reac-tores, Oettinger assumiu a segurança nuclear como uma missão para o seu mandato de cinco anos. O primeiro passo foi o arranque, em Ju-nho, de uma série de “testes de resistência” às centrais. O segundo foi a decisão to-mada ontem pelos ministros europeus de enterrar os lixos radioactivos.

A equipa do comissário já tinha declarado a sua preferência por “depósitos geológicos profundos”, aber-tos na rocha a cerca de cem a 700 metros de profundidade.

A Foratom, associação de indústrias europeias do nuclear, concordou com a de-cisão. “O consenso científico

é de que o armazenamento em profundidade representa o destino final mais seguro e sustentável”, comentou Santiago San Antonio, di-rector-geral do organismo. Já a Greenpeace não ficou muito satisfeita, alegando que a decisão não resolve a questão fundamental da responsabilidade pelos resí-duos, a longo prazo.

EXPORTAÇÃO CONTINUAOutro tema em discussão foi o do transporte de resí-duos nucleares entre países. Inicialmente, Oettinger pro-pôs uma moratória total à exportação de lixo radioac-tivo para outros países, para serem reprocessados. Mas os ministros decidiram que os resíduos poderão continuar a ser enviados para outros países, desde que estes já

tenham armazéns geológicos de profundidade.

“De momento, não exis-tem em nenhum lugar do mundo estes repositórios em profundidade, nem nenhum está em construção fora da UE”, declarou a equipa de Oettinger, para responder a receios desta decisão. “É preci-so um mínimo de 40 anos para conceber e construir um.”

No início deste ano, a lista de países europeus com cen-trais nucleares, elaborada pela Sociedade Nuclear Europeia (ENS), era constituída por Es-panha (oito), França (58), Rei-no Unido (19), Bélgica (sete), Holanda (uma), Alemanha (17), República Checa (seis), Eslovénia (uma), Eslováquia (quatro), Suíça (cinco), Suécia (dez), Finlândia (quatro), Hungria (quatro), Bulgária (duas), Roménia (duas).

INVESTIGADORES da Universi-dade de Durham filmaram um

macaco a cortar um pauzinho e a usá--lo como utensílio para “pedicure”, sugerindo que a inteligência destes animais poderá ter sido subestima-da. O estudo dos cientistas, que foi publicado na revista “Behavioural Processes”, defende que o mandril (“Mandrillus sphinx”) é a quinta espécie de macacos do Velho Mundo a, deliberadamente, modificar fer-ramentas para funções específicas. Neste caso, para limpar as unhas.

Um caso bem conhecido para a ciência é a captura de térmitas pelos chimpanzés, animais que cortam pauzinhos para apanhar os insectos. Riccardo Pansini - investigador que coordenou a pesquisa, durante um estudo sobre o comportamento dos animais no Zoo, especialmente a ansiedade - comentou à BBC que a inteligência do mandril poderá ter sido subestimada.

Na filmagem, Pansini captou imagens de um macho a cortar um ramo, aparentemente para o encurtar. Depois, o animal usou o pauzinho, já mais pequeno, para raspar a sujidade

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UE ESCOLHE SUBSOLO COMO O MELHOR DESTINO FINAL PARA O SEU LIXO NUCLEAR

Varrer a sujeira para debaixo do tapete

de debaixo das unhas. “Se as ferra-mentas forem alteradas, e não ape-nas usadas, isso sugere complexas capacidades cognitivas”, escreveu Pansini no seu site.

“Os animais em cativeiro têm mais tempo para realizar tarefas que não a procura de alimento ou de parceiros reprodutores”, explicou à BBC. “Por isso, nos zoos podemos encontrar comportamentos que são um pouco estranhos.”

Amanda Seed, que estuda a utilização de utensílios por primatas na Universidade de St Andrews, comentou à BBC que as imagens não tornam totalmente claro que o animal deliberadamente alterou o ramo para o específico fim de produzir uma ferramenta afiada de limpeza.

Deputado critica excesso de consultas para resolver problemas simples

Lâmpadas de mercúrio à espera

lâmpadas fluorescentes, mos-trando pouca preocupação com possíveis consequências para a saúde pública. Uma consulta pública é uma coisa em princípio boa quando estão em causa certos assuntos, considera o deputado, mas pode ser um obstáculo à efici-ência quando invocada por tudo e por nada. Em matérias simples

como o problema das lâmpadas, afirma, o Governo deveria ser ca-paz de chegar ao melhor método para resolver a questão sem ter de deixar tudo suspenso enquanto o dossiê é submetido a uma série de consultas.

O democrata observou que, para o problema da reciclagem de lâmpadas fluorescentes e de

poupança de energia, os depar-tamentos competentes do Go-verno já dispõem da informação relevante. Essas lâmpadas contêm mercúrio tóxico que, em caso de manipulação incorrecta, pode constituir uma ameaça para a saúde. Por isso, Au Kam San afirma que já tinha solicita-do ao Governo, a 13 de Maio,

informação de interesse público, a respeito de eventuais medidas que o Executivo pretenderia tomar a respeito das lâmpadas fluorescentes. O deputado pediu informação detalhada sobre se seria possível criar os locais de tratamento para esses resíduos e como é que o Governo estava a tratar as lâmpadas entretanto recolhidas.

A resposta terá chegado ape-nas passados dois meses, a 13 de Julho, da Direcção dos Serviços de Protecção Ambiental (DSPA), mas sem abordar as questões co-locadas de forma específica, pro-testou Au. “Presentemente, não há medidas específicas para lidar com as lâmpadas fluorescentes e de poupança de energia”, terá admitido a DSPA, segundo o deputado, comprometendo-se a investigar “a situação actual e tomar medidas melhores para a eliminação do resíduo especial”. Apenas fazendo consultas e “in-vestigação”, critica o democrata, “bem podemos esperar até 2012 pelos resultados”.


10www.hojemacau.com.mo CULTURA

Governo compra edifício que terá albergado farmácia de Sun Yat-sen

36 milhões para criar ponto turístico

O Governo decidiu avan-çar para a compra de um edifício que “muito provavelmente” acolheu

a farmácia do médico Sun Yat-sen, primeiro presidente da China, com quase 120 anos de história, para abrir ao público depois de o recuperar.

O prédio na rua das Estalagens foi comprado por 36 milhões de patacas depois de um longo perío-do de negociações com o até então proprietário, que pretendia construir um prédio de habitação no local. “É muito provavelmente o local onde se encontrava instalada a antiga Farmácia Chong Sai”, referiu Gui-

Joana [email protected]

MAIS de mil biquínis e calções de banho juntaram-se na segunda

edição das “Splash Pool Parties Series” do Hard Rock Hotel. Cerca de 15 horas de festa que começaram na área da piscina do hotel e terminaram no Club

CANDIDATURAS ABERTAS PARA O FESTIVAL DE ARTES DE MACAU PARA 2012Até 30 de Setembro, os artistas locais podem tentar a sua sorte no Festival de Artes de Macau do próximo ano. O Instituto Cultural (IC) está agora a receber propostas de espectáculos por parte das organizações artísticas locais. Os seleccionados serão incluídos no festival que arrancará em Maio de 2012. Não há restrições quanto ao género ou a forma dos espectáculos, nem ao facto de já terem sido antes encenados. “As propostas devem estar de acordo com os princípios do festival, realçando o contexto social rico, o património cultural e o espírito perseverante da população de Macau, e possuir padrões de produção e mérito artístico elevados”, assinala o IC num comunicado à imprensa. O organismo irá assinar contratos com as associações e artistas cujas propostas forem aprovadas, patrocinando os custos de produção e sendo responsável pela divulgação e venda de bilhetes durante o 28.º Festival de Artes.

BANDAS DE ROCK CONVOCADAS PARA O HUSH!!O Centro Cultural de Macau está a convocar as bandas de rock locais para se juntarem aos sons metálicos do Hush!! Maratona de Rock 2011. O festival anual de rock vai voltar aos palcos no dia 12 de Novembro, na Praceta de Arte do CCM, e as inscrições dos candidatos devem ser entregues até 12 de Agosto. Pelo sétimo ano consecutivo, o festival vai mostrar o melhor dos grupos locais juntamente com alguns dos melhores grupos asiáticos, oferecendo uma plataforma de intercâmbio perante uma assistência de cerca de 5000 pessoas. Aceitam-se originais e versões ‘cover’, contudo os temas originais têm prioridade. Além disso, a demo deve ser entregue num dos seguintes formatos: CD, MD, ou MP3. A organização vai escolher as melhores tendo em conta a criatividade, habilidade musical, técnicas de produção e experiência dos grupos candidatos.

Depois de mais de um ano de estudos, o Instituto Cultural não conseguiu provar que o prédio na rua das Estalagens serviu de farmácia ao pai da China moderna. A certeza de “quase 100%” levou, contudo, o Governo avançar para a compra do edifício, que será agora revitalizado para servir de atracção turística

lherme Ung Vai Meng, presidente do Instituto Cultural (IC), para justificar os esforços na aquisição do local. Sun Yat-sen terá fundado a farmácia em 1892, depois de pedir um emprésti-mo ao hospital Kiang Wu.

Na fase inicial dos trabalhos de recuperação, o IC vai realizar um estudo no local, na expectativa de delinear, até ao fim do ano, um projecto mais detalhado e de modo a que as obras de revitalização possam arrancar no início de 2012. Apesar de reconhecer que “não há 100% de provas” de que um dia o edifício acomodou a farmácia do médico que viria a ser o primeiro presidente

chinês, o responsável indicou que um acervo de manuscritos serviu de apoio.

Entre eles, documentos originais da antiga farmácia que mencionam a lista de medicamentos que vendia (ocidentais incluídos), mas sem referência ao seu endereço e um talão que indica que Sun Yat-sen pretendia contrair um empréstimo.

Já no registo predial “há uma des-crição que coincide com aquilo que conseguimos ver ‘in loco’”, disse Ung Vai Meng.

Em Maio do ano passado, o IC foi notificado por parte de “dois entusiastas do património de que um edifício, na rua das Estalagens, e provavelmente de grande inte-resse histórico, se encontrava em

perigo iminente de ser demolido”. Um grupo inter-departamental foi estabelecido com a missão de dar seguimento às investigações sobre o prédio de três pisos, com uma área de 178 metros quadrados, “exemplo típico” da construção em Macau na época, com loja no rés-do-chão e habitação no primeiro andar.

Na busca por comprovativos de que a farmácia de Sun Yat-sen se loca-lizava naquele prédio, o IC solicitou o apoio de vários serviços públicos e contou com associações ligadas à história e património para um grupo de acompanhamento. Não obstante a ausência de certezas, o edifício só por si “tem valor”, merecendo ser protegido e podendo mesmo “ser utilizado como ponto de partida para a revitalização” da zona em que se insere, frisou Ung Vai Meng.

Sun Yat-sen nasceu na aldeia de Kui Heng, a pouco mais de 30 quilómetros de Macau. Depois de concluir o curso de medicina em Hong Kong fixou-se no antigo ter-ritório português, tendo exercido no hospital privado Kiang Wu e estabelecido um consultório, bem como a farmácia.

HARD ROCK ORGANIZA SEGUNDA EDIÇÃO ANUAL DE FESTAS DE PISCINA

Verão também à noiteCubic, que abriu em Abril. Este ano, os convidados especiais foram o rapper Lil Jon, que tocou durante cerca de três horas na piscina, e T-Pain, vencedor de dois “Grammys”.

O Cubic recebeu o segundo con-vidado em substituição de Akon, conhecido cantor de r&b e hip hop, de origem senegalesa. Segundo a direcção

do City of Dreams, do grupo do Hard Rock, “a performance de Akon será reajustada”.

Apesar de alguns desapontamentos dos fãs do cantor, à entrada da piscina, “o preço dos bilhetes valeu a pena” mesmo sem a sua presença.

A entrada para a festa da piscina rondava as 250 patacas e para a noite o bilhete subia já até às 400 patacas.

Foram mais as presenças no Club Cubic do que na área da piscina que, mesmo assim, contava com mais de mil pessoas oriundas de Hong Kong, China continental, Austrália, Porto Rico, entre outras.

Equipado com barracas de comida, bolas e cadeiras insufláveis e muita música com vários sets de Dj’s, o terraço do hotel do Cotai foi visto ainda pela televisão por toda a Ásia, devido à pre-sença de uma equipa da MTV asiática.

Esta foi a segunda edição das Splash Pool Parties, mas a organização garante que não acabam aqui.



ORQUESTRA DE MACAU COM PIANISTA DE RENOMEBarry Douglas, vencedor do concurso internacional de Piano Tchaikovsky, vai actuar no dia 31, no Centro Cultural de Macau, com a Orquestra do território. O pianista irlandês junta-se assim à equipa de músicos dirigida pelo maestro Lu Jia, na actuação que marca o encerramento da temporada 2010/2011 da Orquestra de Macau. Os bilhetes para o concerto já estão à venda e os preços variam entre as 80 e as 150 patacas.

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1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, encontra-se terminado, e, que de acordo com o artigo 3.º da Lei nº. 8/91/M de 29 de Julho, conjugado com o artigo 2.º e o artigo 4.º da Portaria n.º 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que, deverão os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

Localização do terreno: - Avenida do Almirante Lacerda, n.º 118 e Avenida do Ouvidor Arriaga, n.º 147 (Edifício Bairro C.T.T.); - Avenida do Conselheiro Borja, n.os 16 a 40, Avenida de Artur Tamagnini Barbosa, n.os 25 a 73, Rua Central de T’oi San, n.os 100 a 136 e Travessa do Conselheiro Borja, n.os 10 a 72 (Edifício Tai Meng Kok); - Rua de Francisco Xavier Pereira, n.os 177 a 199, Avenida de Venceslau de Morais, n.os 124 a 130 e Rua das Indústrias, n.os 1 a 25 (Edifício Jardim Dragão); - Avenida da Amizade, n.os 846 a 876 (Edifício Marina Gardens).2. Agradecemosaoscontribuintesque,noprazode30diasapósarecepçãodanotificaçãodopagamento,ou,até01/08/2011,sedirijamaoNúcleoda

ContribuiçãoPredialeRenda,situadonorés-do-chãodoEdifícioFinanças,aoCentrodeServiçosdaRAEM,ou,aoCentrodeAtendimentoTaipa,paralevantamento da guia de pagamento M/B, destinada ao respectivo pagamento nas Recebedorias dos referidos locais.

3. Nafaltadepagamentodacontribuiçãonoprazoestipulado,proceder-se-áàcobrançacoercivadadívida,deacordocomodispostonoartigo6.ºdaPortaria acima mencionada.

Aos, 15 de Junho de 2011.

A Directora dos Serviços de Finanças,Vitória da Conceição

AVISOCOBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 217/2011(Solicitação de Comparência do Empregador)

Nostermosdasalíneasb)ec)don.º1doartigo6.ºdoRegulamentodaInspecçãodoTrabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 60/89/M, de 18 de Setembro, conjugadas com o artigo 58.º e n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lein.º57/99/M,de11deOutubro,notifica-seoSr.CheangManFai,proprietáriodaempresa“ConstruçãoPredialManFai”,sitanaAvenida1deMaio,SN,JardimKongFokCheong,BlocoI,Lj.P,r/c,Macau,paranoprazode10(dez)dias,acontardo1.ºdiaútilseguinteàdapublicaçãodospresenteséditos,comparecernoDepartamentodeInspecçãodoTrabalho,sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.ºandar,afimdeprestardeclaraçõesnosprocessosn.os 7958/2010, 7983/2010, 8352/2010 e 9412/2010, provenientes das queixas apresentadas nestes Serviços em 28 de Outubro de 2010,10deNovembrode2010e17deDezembrode2010,pelostrabalhadoresLeiIaoSeng,ChanKengMan,NgaiIanWa,ChanInKuong,ChanMengChong,WongSekKit,WongKitChio,LouKaiWeng,LeongTatChao,HoIonChun,WongUSam,ChanHongKeng,LaoKuongLai,CheIatWai,WongSioLeong,LeiSekMeng,ChuSengSam,LamIokMeng,HoChongWa,SuWeian,ChaoWaiIn,ChongLeongChak,IeongChiSang,LoKinSang,PangVaHei,HoChiOn,LamHongWa,CheokWaSeng,ChoiHonChoi,ChongSam,LeiKunPeng,HoSonChun,CheangPengIao,IamPouSeng,AoTakKim,IongWaIao,CheongKinKao,LauMengSon,ChaoMan,WongSeWu,ChanWaiChio,ChanKuokCheng,LeiKinMan,ChanKinKeong,TamIoMeng,ChanSeTam,FokHoiMan,CaiZhongyao,ChaoChiPui,LeongKanWai,LoKuokLeong,LeiChioChong,LeiKuongPan,WuChekNgou,CheMengChan,LeiKamChio,LeiWaiKao,ChangHongIp,LeongChunIokeHuangZhihuai,relativamenteàsmatériasde salárioemdívida, compensaçõesdo trabalhoextraordinário,descanso semanal e feriados obrigatórios. Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Tra-balho, aos 15 de Julho de 2011.

O Chefe do Departamento,

Raimundo Vizeu Bento

Mais uma artista de fama mundial que entra no Clube dos 27, tal como Cobain, Hendrix, Morrison e Joplin

AMY Winehouse foi encontrada morta, este sábado, na sua casa

de Londres. Tinha 27 anos e vivera uma vida cheia de polémicas, à custa das drogas e do álcool. E tinha uma grande voz, tão desperdiçada quanto a sua juventude.

A notícia espalhou-se com al-guma dose de incerteza, pois nos últimos anos tinham sido várias as vezes em que a Internet avançara com a morte da cantora. Até havia um site em que se apostava na data do funesto acontecimento. Este sábado, porém, foi verdade. A polícia de Londres confirmou que a cantora morreu. As especulações, essas, apontam o dedo ao excesso de drogas.

A morte da britânica Amy

BRITÂNICA AMY WINEHOUSE ENCONTRADA MORTA EM CASA

A morte após vida de excessosWinehouse foi declarada no local pelas equipas médicas que respon-deram à chamada de emergência, feita pouco depois das 16h. Se-gundo um comunicado oficial, “a polícia foi chamada pelo serviço de ambulâncias de Londres a uma

morada de Camden Square”, na sequência de “informações que davam conta de uma mulher en-contrada morta”.

Os médicos nada puderam fazer pela cantora, cujo estado de saúde - física e mental - havia

muito tempo que claudicava. Des-de que se tornou conhecido o seu primeiro internamento devido ao consumo de drogas, em 2007, foram muitas as tentativas que a artista fez no sentido da desintoxicação. O casamento com Blake Fielder--Civil também não terá ajudado a dignificar a sua existência.

Os sucessivos casos de cancela-mento de concertos - mais recente-mente, até de toda uma digressão, a que iria fazê-la regressar a Por-tugal - já não constituíam grande novidade. Pouco tempo depois da passagem da cantora pelo Brasil, o próprio agente deixou de acreditar na recuperação.

“TALENTO ENORME”Luís Montez, promotor que seria responsável pela ida de Amy Wi-nehouse ao Festival Sudoeste, em Portugal, no próximo mês, lamentou o desamparo em que a artista se en-

contrava. Amy apenas gravou dois álbuns de estúdio. O primeiro, sob o título Frank”, foi lançado em 2003 e mereceu elogios de alguma crítica. Mas seria “Back to black”, surgido três anos mais tarde, a dar-lhe cinco Grammy, em seis nomeações. Só lhe escapou o título de álbum do ano e Amy tornou-se a primeira cantora britânica a levar para casa uma mão cheia de tão cobiçados prémios.

A intermitente cantora também entrou para o macabro “Clube dos 27”, em que constam grandes figuras da música desaparecidos aos 27 anos. Juntou o seu nome aos de Kurt Cobain, vocalista dos Nirvana, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, líder dos Doors, e Brian Jones, que foi fundador dos Rolling Stones.

Amy Winehouse esteve na pas-sada quarta-feira no Festival iTunes, em Londres, naquela que foi a sua última aparição pública. Segundo o site “NME”, na altura, a cantora abraçou a sua afilhada Dionne Bromfield, tendo dançado com ela.

“Good For The Soul” foi o úl-timo trabalho da cantora, lançado no início deste mês.

Aviso Avisa-seatodosquea“listaprovisóriadoscandidatosparaorecrutamentode6lugaresdeTécnicoSuperiorde2ªclasse,1ºescalão”(ÁreadePlaneamentoUrbanísticaouArquitectura),destaDirecçãodeServiçosencontra-seafixadanorés-do-chãodas instalaçõesdaDSSOPT,sitasnaEstradaD.Maria II,Edifício CEM, e ainda disponível para consulta no nosso website (http://www.dssopt.gov.mo). Os candidatos condicionalmente admitidos deverão, no prazo de 10 dias a contar da data da publicação destalista,entregarosdocumentosemfaltano4ºandardestasinstalações(SecçãodeRecursosHumanos)sendocasocontráriofindoesteprazoseráconsideradocomodesistência. Emcasodedúvidas,queiramcontactarduranteohoráriodeexpedienteaSrªChan(85977611)ouSrª Leong (8597 7683).

O Director dos Serviços,

Jaime Roberto Carion 18/7/2011


12www.hojemacau.com.mo DESPORTO

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NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 216/2011(Reparação coerciva)

Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se proceda, nos termos dos artigos 14.º e 15.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 --- Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho conjugados com os artigos 58.º, 72.º n.º 2 e 136.º n.º 2 do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação da transgressora da Notificação n.º 103/R/2011, Sociedade “IOGA UNIVERSAL ÁSIA LIMITADA”, sita na Avenida Infante D. Henrique, n.º 43-53A, Macau Squa-re, 2.º andar, em Macau, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada na aludida notificação, no valor de Mop$5.000,00 (cinco mil patacas), por prática da infracção administrativa prevista no n.º 6 do artigo 63.º e punida na alínea 9) do n.º 1 do artigo 88.º da Lei n.º 7/2008 – Lei das relações de trabalho, de 18 de Agosto, devendo ainda, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova do pagamento efectuado.

As cópias da informação e do despacho, a notificação e a guia de depósito deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, sendo facultada a consulta do processo em causa, instruído por estes Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, as cópias de todos os documentos acompanhados do comprovativo de cobrança coerciva serão remetidos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para ser efectuada a cobrança coerciva nos termos legais.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 15 de Julho de 2011.

O Chefe de Departamento,


NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 215/2011(Reparação coerciva)

Raimundo Vizeu Bento, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho, manda que se pro-ceda, nos termos do n.º 3 do artigo 9.º e do artigo 11.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 --- Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho conjugados com os artigos 58.º, n.º 2 do 72.º e n.º 2 do 136.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto--Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação do transgressor do Auto n.º 181/0708/2011, de 21 de Junho de 2011, sr. Chio Peng Fai, proprietário da Agência Comercial Ka Fai, com sede na Rua Ferreira do Amaral, n.º 7A, edifício “Tung Heng Lau”, rés-do-chão, Macau, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento da multa aplicada no aludido auto, no valor de Mop$5.000,00 (cinco mil patacas), por prática da transgressão laboral prevista no artigo 77.º e punida nos termos da alínea 5) do n.º 3 do artigo 85.º da Lei n.º 7/2008 – Lei das relações de trabalho, de 18 de Agosto. O notificado deve, no mesmo prazo, proceder ao pagamento da quantia em dívida ao trabalhador Chan Ioi Meng no valor total de Mop$1.500,00 (mil e quinhentas patacas), devendo ainda, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova do pagamento efectuado.

A cópia do auto, a notificação, o mapa de apuramento e as guias de depósito deverão ser le-vantados, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221-279, Edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, sendo facultada a consulta do processo em causa, instruído por estes Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á a tramitação judicial, com a remessa do auto ao Juízo.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 14 de Julho de 2011.

O Chefe do Departamento,


Marco [email protected]

É a menina bonita do atletismo do território e

ontem voltou a mostrar cre-denciais fora de portas. Hoi Long colocou uma vez mais o nome de Macau nas bocas do mundo, ao conquistar a edição de 2011 do Open In-ternacional de Triatlo de Port Dickson. A estância balnear malaia, situada 90 quilóme-tros a sul de Kuala Lumpur, recebeu quase um milhar e meio de atletas, oriundos de mais de três dezenas de países e territórios, para a 10.ª edição de um dos mais competitivos eventos do calendário asiático de triatlo.

Nas ruas de Port Dickson a concorrência era de monta, mas Hoi Long não se dei-xou atemorizar e concluiu a prova com um tempo de 02:00:01 e com uma vanta-gem de quase sete minutos para a segunda classificada,

TRIATLO | HOI LONG VENCE PROVA INTERNACIONAL EM PORT DICKSON

“Dama de Ferro” triunfa na Malásiaa filipina Monica Torres. Angie Tan, de Singapura, foi terceira. A atleta da próspera cidade-estado concluiu o triplo evento com um tempo de 02:09:44, a quase dez mi-nutos da vencedora e a mais de dois minutos e meio da segunda posição no pódio.

Se o triunfo de Hoi Long na prova feminina da décima edição do Open Internacio-nal de Triatlo de Port Dick-son apanhou de surpresa os entusiastas da modalidade, na prova masculina não houve surpresas e venceu o principal candidato à vitó-ria. Lee Chi Woo, atleta da vizinha Região Administra-tiva Especial de Hong Kong que representou as cores da antiga colónia britânica quer nos Jogos Asiáticos,

quer nos Jogos Olímpicos, partia para a prova malaia como o principal candidato ao triunfo e não desiludiu. Lee não deixou créditos por mãos alheias, terminando os cinquenta e um quilómetros e meio do evento com um tempo de uma hora, 51

minutos e 14 segundos, à frente do australiano Assad Attamimi (1:53:46) e do belga Kristof Van Houdt (1:59:57). Hoi Long terminou logo atrás de Van Houdt, sendo a quarta atleta em termos absolutos a cruzar a linha da meta.

Lee Chi Woo não deu hipóteses à concorrência, dominando do princípio ao fim da competição. O atleta de Hong Kong concluiu os mil e quinhentos metros da etapa de natação com uma ligeira vantagem sobre At-tamimi e conseguiu manter

a liderança da prova nos quarenta quilómetros da manga de ciclismo. Nos dez mil metros de atletismo, Lee geriu de forma equilibrada o esforço e a vantagem de que dispunha, acabando por cruzar a meta com uma vantagem de quase dois minutos e meio sobre o se-gundo classificado.

O feito alcançado por Hoi e por Lee rendeu a am-bos os atletas um prémio pecuniário na ordem das 3750 patacas. Com mais de 1450 atletas inscritos, a edição de 2011 do Open Internacional de Triatlo de Port Dickson foi a maior de sempre. O evento vai entrar para a história também por ter atraído o mais jovem e o mais idoso competidor de sempre: à partida para o evento estavam inscritos um pequeno atleta de apenas cinco anos e um veteranís-simo com a bonita idade de 74 primaveras.

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[Tele]visãowww.macaucabletv.com

STAR SPORTS 3112:00 MotoGP World Championship 2011 - Main Race US Grand Prix13:30 Superleague Formula 201114:30 Meydan FEI Nations Cup 2011 15:30 FIA F1 World Championship Raceday 2011 German Grand Prix 16:15 FIA F1 World Championship 2011 - Main Race German Grand Prix 18:15 FIA F1 World Championship Chequered Flag 2011 German Grand Prix 19:00 FIA Wtcc 2011 - Highlights 19:30 MotoGP World Championship 2011 - Main Race US Grand Prix21:00 Game 21:30 (LIVE) Score Tonight 22:00 Inside Racing 2011 22:30 Engine Block 2011 23:00 FIA F1 World Championship Highlights 2011 German Grand Prix

STAR MOVIES 4011:40 Toys13:45 Disney’S A Christmas Carol15:25 Signs17:15 The Ghost Writer 19:25 The Honeymooners 21:00 Alice In Wonderland22:55 Date Night00:30 Six Days, Seven Nights

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(MCTV 54) History Channel23:00 AMERICAN PICKERS

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INFORMAÇÃO TDM

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19:00 Get Out Alive20:00 Man, Woman, Wild: Tasmania21:00 Man Vs. Wild22:00 Beyond Survival With Les Stroud23:00 Gold Rush: Alaska00:00 Man Vs. Wild

NATIONAL GEOGRAPHIC CHANNEL 5112:30 Sumatra’s Last Tiger13:25 Butchering Beauty14:20 Hawaii: Rivers of Fire 15:15 Inside - Muslim Brotherhood 16:10 Nefertiti’s Odyssey17:05 The Mafia - What Mafia?18:00 Is It Real?19:00 Fish Warrior20:00 Sumatra’s Last Tiger21:00 Rebuilding Titanic22:00 Helicopter Wars23:00 Apocalypse: The Second World War00:00 The Border

ANIMAL PLANET 5213:00 The Web Of Life13:30 Fooled By Nature14:00 Dogs 10115:00 Speed Of Life16:00 Pit Bulls And Parolees17:00 Human Prey: Killer Sharks18:00 Meerkat Manor19:00 Caught In The Moment20:00 The Web Of Life20:30 Fooled By Nature 21:00 Most Extreme 5 22:00 Pit Bulls And Parolees 23:00 The Haunted: The Bloody Man00:00 Meerkat Manor

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AXN 6212:15 Csi: Crime Scene Investigation13:05 House14:00 Breaking The Magician’S Code14:55 Numb3Rs (Season 6) - Arm In Arms15:45 Csi: Crime Scene Investigation16:40 So You Think You Can Dance19:15 Top Chef21:05 Chuck22:00 Csi: Miami22:55 Justified23:50 Chuck 00:45 Top Chef

STAR WORLD 6312:10 Masterchef Australia13:05 Rules of Engagement13:35 Hell’s Kitchen15:25 Desperate Housewives16:20 Parenthood17:15 Don’t Stop Believing18:10 Melissa & Joey18:40 Masterchef Australia19:35 Cougar Town20:00 Raising Hope20:55 Traffic Light21:50 Desperate Housewives22:45 Masterchef Australia23:40 How I Met Your Mother00:05 Raising Hope

Su doku

[ ] Cru

zadas

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

HORIZONTAIS: 1-FAUSEL. MACA. 2-ARE. METAL. U. 3-CA. TERAIS. 4-H. FES. SOPES. 5-EGRO. ATROPA. 6-IRA. GOA. AIR. 7-RADIOS. ADAS. 8-ODIAR. UDO. O. 9-ENTANTO. DR. 10-A. HEROI. PAI. 11-PROS. ELATRO.VERTICAIS: 1-FACHEIRO. AP. 2-ARA. GRADE. R. 3-UE. FRADINHO. 4-S. TEO. IATES. 5-EMAS. FORAR. 6-LER. AOS. NOE. 7-TESTA. UTIL. 8-MAIOR. ADO. A. 9-ALAPOADO. PT. 10-C. SEPIA. DAR. 11-AU. SARSORIO.

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Aveleira da Índia. Espécie de padiola de lona. 2-Unidade das medidas agrárias. Dinheiro (Fig.). 3-Nesta terra. Pancadarias. 4-Virtude teologal (pl.). Base da montanha (pl.). 5-O m. q. doente. Mobiliza. 6-Irrit. Antiga possessão portuguesa na Índia. Oásis de Saará Central. 7-Receptores de radiodifusão. Adites, agregues. 8-Sentir repugnância por. Gráudo (Ant.). 9-Entrementes. Doutor (abrev.). 10-Homem ilustre por feitos de grande coragem. Papá. 11-Conveniências. Espéce de escaravelho.

VERTICAIS: 1-Homem armado de facha. Aprovado (abrev.). 2-Lugar dos sacrifícios. Gradeamento de madeira. 3-Vogais diferentes. Espécie de crustáceo. 4-Elemento grego de composição de palavras que exprime a ideia de Deus. Navios de pequena lotação, para recreio. 5-Ave corredora (pl.). Frustrar, malograr. 6-Ver e estudar (coisa escrita). A eles. Patriarca bíblico. 7-A fronte, cabeça. Que tem utilidade. 8-De idade adulta. Ajunto, somo. 9-Grosseiro, rude. Platina (s.q.). 10-Líquido escuro que se tira das sibas. Fazer doação. 11-Ouro (s.q.). Mosaico antigo feito de mármore variegado.

SALA 1HARRY POTTER AND THEDEATHLY HALLOWS: PART 2 [B] Um filme de: David YatesCom: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint14.30, 16.45, 19.15, 21.30

SALA 2MR. POPPER’S PENGUINS [A] Um filme de: Mark WatersCom: Jim Carrey14.30, 16.30, 19.30, 21.30

SALA 3KUNG FU PANDA 2 [A] FALADO EM CANTONENSEUm filme de: Jennifer Yuh Nelson14.15, 16.00, 17.45, 19.30

SALA 3TRANSFORMERSDARK OF THE MOON [B] Um filme de: Michael BayCom: Shia LaBeouf, Markiss McFadden21.15

SEGUNDA-FEIRA 25.7.2011www.hojemacau.com.mo

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PUB.SEGUNDA-FEIRA 25.7.2011

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OPINIÃOcaderno d iá r i o

Pedro Correia



Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editor Vanessa Amaro Redacção Filipa Queiroz; Gonçalo Lobo Pinheiro; Joana Freitas; Patrícia Ferreira, Rodrigo de Matos; Virginia Leung Colaboradores António Falcão; Carlos Picassinos; José Manuel Simões; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Rui Cascais; Sérgio Fonseca Colunistas Arnaldo Gonçalves; Boi Luxo; Correia Marques; Gilberto Lopes; Hélder Fernando; João Miguel Barros, Jorge Rodrigues Simão; José I. Duarte, José Pereira Coutinho, Luís Sá Cunha, Marinho de Bastos; Paul Chan Wai Chi; Pedro Correia Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia António Falcão, Gonçalo Lobo Pinheiro; António Mil-Homens; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Laurentina Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Av. Dr. Rodrigo Rodrigues nº 600 E, Centro Comercial First Nacional, 14º andar, Sala 1407 – Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

DOMINGO, 17 Aproveito a tarde soalheira mas fresca para um longo passeio a pé entre Campo de Ourique e o Saldanha. Os lisbo-etas andam pouco a pé: cruzo-me quase só com turistas.

De caminho, passo por ruas inteiras que são um autêntico pesadelo estético, com as fachadas dos prédios sistematicamente desfiguradas por marquises, essa triste instituição nacional – e lisboeta em particu-lar. O que levará os nossos compatriotas a fechar as varandas neste país felizmente tão bafejado pelo sol?

No Largo do Rato, passo pela histórica Papelaria Fernandes, que ainda ali marca presença apesar das notícias sobre a sua iminente falência. Mas logo a seguir, já na rua Alexandre Herculano, verifico que a charcutaria Brasil deixou de existir: era um dos melhores estabelecimentos do género na capital, tinha clientes famosos (uma vez vi lá Mário Soares), mas nem isso a fez resistir à crise. “Foi vendida”, informa-me o emprega-do de um café vizinho, onde não se vislumbra um só cliente. No lugar da inconfundível charcutaria há agora obras que se destinam a um estabelecimento de características bem diferentes. Não me admirava que fosse mais uma loja chinesa – vão proliferando como cogumelos em Lisboa.

Na rua Braancamp, a poucos metros do prédio onde vive José Sócrates, uma moto passa por mim e logo se imobiliza a poucos metros, num semáforo. Ouço o condutor: “Tás bom, Pedro?” É o novo ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Luís Pedro Mota Soares. Sentado na sua vespa, com a maior simplicidade do mundo. Este é, de facto, um Governo diferente do que estávamos habituados…

Perto das Picoas, na rua Sousa Martins, também o restaurante Sucre – um dos meus preferidos – deixou de existir, dando lugar a um pronto-a-comer qualquer. Os restau-rantes alfacinhas sofreram uma quebra de 30 por cento na clientela desde que a crise se instalou em força. A muitos, sem crédito bancário disponível nem clientes, só resta fechar as portas.

No Saldanha, entro numa das minhas livrarias favoritas. Há uma nova edição portuguesa do melhor romance da I Guerra Mundial. A Oeste Nada de Novo, de Erich Maria Remarque. Tenho um exemplar ve-lhinho, que pertenceu ao meu avô paterno, antigo combatente em La Lys. Hesito: com-prarei esta versão actualizada? Mas logo nas primeiras páginas a editora me informa que o texto “está conforme” as novas regras estabelecidas no (des)Acordo Ortográfico. Desfeito o dilema: reponho de imediato o livro na estante.

A nova ministra Assunção Cristas tem sido criticada por ter recomendado que os funcionários sob a sua tutela não usem gravata nestes meses mais quentes do ano. Medida certíssima, que está a ser contestada até por quem nunca usou gravata na vida. Em ocasiões como esta, prevalece a típica falta de memória portuguesa

Folheio duas outras obras: A Volta do Gato Preto, o diário que Erico Veríssimo escreveu durante a sua permanência nos Es-tados Unidos, nos anos da II Guerra Mundial. Nunca lii este livro, ainda por cima de um gé-nero literário que tanto me seduz. Mas reparo no preço: 28 euros. Excessivo. Pelo mesmo motivo, não trago uma biografia de George Gershwin, do brasileiro José Olympio, que também gostaria muito de ler: igualmente 28 euros. O aumento do IVA afugenta cada vez mais os leitores. Vejo por mim.

Mas não saio de mãos a abanar: trago El Hombre que amaba a los perros, do cubano Leonardo Padura. Por apenas 12 euros. Di-zem-me que há já uma tradução portuguesa. Mas é seguramente mais cara e assim tenho o prazer acrescido de ler Padura no original.

No pórtico da obra, uma citação de Gre-gorio Marañón: “La vida es más ancha que la história.” É bem verdade.

TERÇA, 19 A nova ministra Assunção Cris-tas tem sido criticada por ter recomendado que os funcionários sob a sua tutela não usem gravata nestes meses mais quentes do ano. Medida certíssima, que está a ser contestada até por quem nunca usou gravata na vida. Em ocasiões como esta, prevalece a típica falta de memória portuguesa: em 2008, um dos temas que aqueceram a política em Es-panha relacionou-se com uma recomendação idêntica subscrita pelo ministro espanhol da Indústria, o socialista Miguel Sebastián, amigo pessoal do chefe do Governo, José Luis Rodríguez Zapatero. Motivo? “É pre-ciso poupar energia”, declarou Sebastián, justificando esta medida, para escândalo de muito boa gente engravatada no país vizinho. Três anos volvidos, Sebastián continua a comparecer no Parlamento madrileno sem gravata, nesta altura do ano, por muito que isso irrite o seu camarada de partido José Bono, presidente do Congresso.

Em Portugal, é o que se sabe: a medida da ministra foi recebida de forma alarve e machista. Nada que surpreenda quem quer que seja.

QUARTA, 20 A propósito do 75.º aniversário do início da Guerra Civil de Espanha, agora assinalado, ficou patente que as marcas deste conflito permanecem cristalizadas em sectores políticos e mediáticos do país. Há referências insistentes às “duas Espa-nhas” – a franquista e a republicana – e reedita-se em colunas de jornal o espírito de trincheira que dilacerou o país durante um triénio sangrento – de Julho de 1936 a Março de 1939. Não falta quem procure fazer tábua rasa do espírito da transição protagonizada nos anos imediatos do pós--franquismo pelo Rei Juan Carlos e pelo então primeiro-ministro Adolfo Suárez, um dos mais hábeis estadistas europeus da segunda metade do século XX. A Lei de Amnistia, de 14 de Outubro de 1977, e a Constituição, aprovada pelas Cortes em 31 de Outubro de 1978, selaram um pacto duradouro entre essas duas Espanhas que se defrontaram ferozmente nos campos

de batalha. Desenterrar os fantasmas do passado é de uma irresponsabilidade sem limites, numa proporção inversa ao espírito de concórdia que animou todos os sectores da sociedade espanhola naqueles dias de recuperação da liberdade após os anos de chumbo do franquismo – da Aliança Popular liderada por Manuel Fraga Iri-barne, ex-ministro de Franco, ao Partido Comunista de Espanha (PCE), onde então pontificavam figuras quase mitológicas da esquerda espanhola e europeia, como La Pasionaria e o poeta Rafael Albertí, além do próprio secretário-geral, Santiago Carrillo.

No debate da Lei de Amnistia, falando precisamente em nome do PCE, o sindi-calista Marcelino Camacho, líder histórico das Comissões Operárias, deixou bem claro que o seu partido tinha “enterrado os seus mortos e os rancores”, decidindo “apagar o passado de uma vez para sempre”. Pondo assim em prática a política de reconciliação nacional aprovada pelo Comité Central em Junho de 1956.

É criminoso fomentar o mito das duas Espanhas. Convém ter sempre presente, a propósito disto, um dos mais notáveis discursos de que há memória no país vizi-nho, proferido no município de Barcelona em 1938, pelo presidente espanhol Manuel Azaña. A guerra estava no auge, com cente-nas de milhares de vítimas já contabilizadas e anteviam-se ainda muitos combates san-grentos. Azaña proferiu então as palavras que se impunham:

“Quando a tocha passar a outras mãos, a outros homens, a outras gerações, se al-guma vez sentirem que lhes ferve o sangue iracundo e outra vez o génio espanhol voltar a enfurecer-se com a intolerância e o ódio e o apetite de destruição, devem pensar nos mortos e escutar a lição que nos transmitem: a desses homens que caíram embravecidos na batalha, lutando magnanimamente por um ideal grandioso e que agora, abrigados na terra materna, já não sentem ódio, já não alimentam rancor, e nos enviam a mensagem da pátria eterna que diz a todos os seus filhos: paz, piedade, perdão.”

Paz, piedade, perdão. Estas palavras imortais de Azaña, figura trágica desses anos em que o incêndio de Espanha antecipou a mais devastadora de todas as guerras, deviam ressoar hoje como o dobre de um sino em permanente sinal de alerta. Quem não aprende com os erros da História está condenado a repeti-los.

SEXTA, 22 Uma frase: «Apareça em locais onde o inimigo tem de se apressar para montar defesa; marche rapidamente para lugares onde não é esperado.» (Sun Tzu, A Arte da Guerra)

SEGUNDA-FEIRA 25.7.2011www.hojemacau.com.mo

NORUEGA SUSPEITO ADMITE RESPONSABILIDADE Anders Behring Breivik, um norueguês simpatizante das ideologias de extrema-direita, admitiu ser o responsável pelos ataques que fizeram 93 mortos e 97 feridos em Oslo e na ilha de Utoeya, o pior acto de violência cometido na Noruega desde a II Guerra Mundial. Breivik declarou ainda ter agido sozinho. Na sexta-feira, a Noruega foi abalada com dois ataques, um à bomba em Oslo e um a tiro na ilha vizinha de Utoeya num acampamento de jovens, que causaram a morte a pelo menos 93 pessoas e ferimentos em 97.

PORTUGAL UMA CRIANÇA ADOPTADA POR DIAEm média é adoptada uma criança por dia em Portugal. É um projecto que deixou de ser exclusivo dos casais. Em Abril, 385 pessoas sozinhas estavam inscritas nas listas nacionais de adopção, representando cerca de um quinto dos processos. Em Portugal existem actualmente pouco mais de 500 crianças em condições de ser adoptadas, mas são mais de 2000 os processos de candidatos a futuros pais. De acordo com os últimos dados do Instituto de Segurança Social (ISS), desde Junho de 2006 até Abril deste ano foram adoptadas em Portugal 2022 crianças. Ou seja, todos os anos 404 menores encontraram uma nova família.

HK ERVA NO TRATAMENTO DE PARKINSONUma erva medicinal chinesa poderá ser eficaz no tratamento da doença de Parkinson e ainda dos efeitos secundários provocados pelos tratamentos com medicamentos “ocidentais”, revela um estudo da Universidade Batista de Hong Kong. O estudo refere que os pacientes tratados com a erva medicinal chinesa “gou teng”, feita à base de caules e espinhos de videira, apresentaram melhorias significativas ao nível da capacidade de comunicação e uma moderação de sintomas como a depressão e dificuldade em adormecer.

DIRIGENTE DA ETA CONDENADO A 377 ANOSO antigo líder da ETA, Garikoitz Aspiazu, conhecido como Txeroki, foi condenado a 377 anos de prisão pelo Tribunal Nacional espanhol. Garikoitz Aspiazu esteve por trás de 20 tentativas de assassinato, incluindo à ex-prefeita adjunto de Portugalete (Vizcaya) Esther Cabezudo, a Fevereiro de 2002, e foi ainda condenado por crime de terrorismo. A sentença foi decidida no fim-de-semana com a primeira secção da divisão penal do tribunal depois de, no mês passado, Txeroki ter sido julgado pela primeira vez em Espanha, e absolvido pela tentativa de homicídio do vice-presidente do Grupo Correo, Enrique Ybarra, que recebeu um pacote-bomba, a Janeiro de 2002.

MULHERES ENVIAM MAIS SMS ERÓTICOSDe acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos, as mulheres possuem maior tendência para enviar fotos nuas ou mensagens de texto com mensagens eróticas do que os homens. A pesquisa, realizada por Diane Kholos Wysocki, professora de sociologia na Universidade de Nebraska, e Cheryl Childers, professora de sociologia na Universidade Washburn, mostrou que cerca de dois terços das mulheres questionadas no inquérito enviam mensagens sexuais. O estudo revelou que os entrevistados estavam mais interessados em encontrar parceiros na vida real do que manter a infidelidade virtual.

NOVA IORQUE O PRIMEIRO CASAMENTO GAYOs primeiros casamentos entre pessoas do mesmo sexo em Nova Iorque foram ontem realizados na cidade norte-americana que recentemente aprovou uma lei que autoriza as uniões homossexuais. As activistas dos direitos dos homossexuais Kitty Lambert e Cheryle Rudd foram as primeiras a ser declaradas casadas em Niagara Falls, pouco depois da meia-noite de sábado, revelou a Associated Press. Nova Iorque tornou-se em Junho no sexto estado norte-americano a permitir casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

car toonpor Steff

Habitantes de Coloane contra construção de edifício

Uma obra nada diplomática

MASSACRE NA NORUEGA

Gonçalo Lobo [email protected]

UM grupo de habitantes da vila de Coloane está desesperado com aquilo que considera um aten-

tado ao património da vila e às suas próprias habitações. Numa carta enviada à redacção do Hoje Macau, o residente permanente Robert Blakey fala de “escavações que podem danificar” a sua pro-priedade, bem como da “falta de espaço” entre a obra e o seu edifício, o que “afectará a distribuição de água a ambos”.

O edifício de três andares, cujo projecto já foi apresentado pela Direcção dos Serviços de Solos e Obras Públicas (DSSOPT) – con-forme comprovam documentos em anexo à carta dos queixosos -, será construído por trás do café Lord Stow’s e terá “um impacto muito dramático em todos os residentes” daquela zona de Coloane.

Robert Blakey e a mulher, resi-dentes há 16 anos na casa contígua ao terreno onde nascerá o edifício, alegam que aquela obra nada trará de bom ao bairro. “Até a visão da paisagem ficará inibida”, pode ler--se na sua missiva. Outra questão le-vantada pelos moradores prende-se com a função do terreno. De acordo com Blakey, o lote a construir está registado, pelo menos há 70 anos, como terra agrícola e nenhum dos residentes terá sido consultado das intenções de construção no espaço, nem tão pouco da alteração do uso das terras.

Blakey fala ainda que será pre-ciso “remover o muro” da sua casa para ter acesso amplo ao edifício, o que “irá quebrar a segurança e degradar o estilo de vida” dos re-

sidentes. “Se houver um incêndio ou outra emergência no edifício será muito difícil aos bombeiros lidar com tal situação”, referiu Robert Blakey.

A PERDA DE COLOANEOutro grupo, composto por mora-dores da Rua da Cordoaria e resi-dentes no edifício Coloane, também se mostra insatisfeito com aquilo que considera um “atentado” à lei n.º 83/92 que protege a parte his-tórica e antiga de Coloane. “É uma zona protegida com luxuriosas e centenárias árvores”, indica a carta dos residentes.

Para os residentes, que consi-deram já o caso “uma perda para Coloane”, tal construção irá dimi-nuir drasticamente a luz natural de suas casas bem como a correcta circulação de ar fresco. Alertam, igualmente, que em épocas chuvo-

sas o espaço existente entre a nova construção e as demais pode ser prejudicial para o correcto escoa-mento das águas pluviais.

Tanto Blakey como os morado-res do edifício Coloane já endere-çaram queixas formais à DSSOPT para que esta instaure um inquérito, no sentido de garantir que a nova construção, se possível, não veja a luz do dia, mas acima de tudo, que não se torne num “perigo imi-nente” para a população daquela zona. “Queremos ter a certeza que todas as permissões foram feitas legalmente e o público tem de ser devidamente informado do resulta-do do inquérito”, enfatizou Blakey.

Os alertas foram ainda enviados ao Gabinete do Chefe do Executivo. Nos documentos, os moradores pedem a Chui Sai On que interfira no processo e que não deixe a obra andar para frente.

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Hoje Macau 25 JUL 2011 #2417