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AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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MOP$10 DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ • SEGUNDA-FEIRA 9 DE JULHO DE 2012 • ANO XI • Nº 2647

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Ter para ler

HABITAÇÃO ECONÓMICA

Ho Ion Sang diz que T1 têm metade da área que tinham

PÁGINA 2

Visita do líder da diplomacia lusa ao território seguiu o mesmo guião do resto da viagem: negócios, negócios, negócios. Presidente da Casa de Portugal preferia outra postura, mas ilibao ministro. “A assessoria não fez o trabalho de casa.”

CENTRAIS

Maria Amélia António triste com faltade atenção à comunidade portuguesa

Portas sóvê cifrões

HOJE MACAU ERROU

Anteneiros absolvidos, TV Cabo recorre da sentença PÁGINA 4

FUNDAÇÃO DA EPM

Ambrose So confirma “doação” de 65,5 milhões

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COOPERAÇÃO ESTRATÉGICA

EDP pondera reforçar a sua posição na CEM

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2 política segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.mo

A primeira consulta pública da Lei de

Proteção dos Idosos, rea-lizada no Hospital Kiang Wu na sexta-feira, trouxe boas notícias aos cidadãos

Chan Wai Chi quer rigor nos subsídios às ONGO deputado Paul Chan Wai Chi pediu mais rigor ao Governo, através de uma interpelação escrita, na forma como distribui subsídios pecuniários às organizações não-governamentais (ONG). E perguntou se o dinheiro já desembolsado pelo Instituto de Acção Social (IAS) foi usado exactamente para aumentar o salário dos funcionários dessas organizações ou se houve desvios. O IAS vai dar mais recursos para as ONG este ano, incluindo ajustes salariais variáveis conforme o grau de ensino das pessoas. – C.L.

Cecília Lincecilia.lin@hojemacau.com.mo

HO Ion Sang utilizou uma interpelação escrita, na sexta-feira para mostrar o seu desagrado pela

política de habitação económica do Executivo. Diz que as áreas habitá-veis destas casas diminuíram e que a política actual não funciona na regulação do mercado imobiliário privado, onde não se vê no horizonte possibilidade de travar a especulação.

O deputado referiu que os habi-

Garantia do Executivo na primeira consulta pública da Lei de Proteção dos Idosos

Mil camas para idosos até 2015mais velhos: o Governo aumentou o subsídio anu-al e prometeu melhorar o serviço de trânsito e apoiar a criação de mais mil camas em lares. Uma

garantia dada pelo Chefe de Departamento de Soli-dariedade Social, Choi Sio Un, significando um rácio de 3,4 camas por cada cem idosos.

Choi Sio Un admitiu que Macau não tem camas suficientes nos lares para dar resposta às exigências actuais do idoso, mas que isso está a mudar. O novo

lar na Taipa, pronto no próximo ano, trará já uma capacidade de mais 300 camas para os idosos na lista de espera para terem entrada num lar. O respon-sável acredita ainda que, com o serviço de tratamen-to nocturno e os cuidados das famílias, a maioria dos idosos terá sempre o apoio que precisar.

TRÂNSITO NA MIRAAnunciou ainda que o sub-sídio anual de apoio aos idosos será aumentado, ainda este ano, de cinco mil para seis mil patacas.

O serviço de trânsito também foi visado durante a consulta pública, em particular os autocarros. Segundo testemunhos na sala, muitos motoristas não têm paciência de espe-rar pelos idosos e seguem viagem antes de eles terem oportunidade de entrar no veículo.

O Governo disse que ia estar mais atento a este tipo de casos. - C.L.

Há mais orçamento para investir em casas subsidiadas, mas, sublinha o deputado, as respectivas áreas para viver diminuíram drasticamente. Sem ter havido consulta pública

Ho Ion Sang acusa Governode encolher espaços da habitação económica

Macau dos pequeninostantes do território já perceberam que as casas disponibilizadas têm agora áreas muito menores. Por exemplo, os apartamentos T1 de habitação económica no Edifício Weng Leng, no Edifício do Lago e no Edifício Koi Nga, só têm, respectivamente, 41,34 m², 36,82 m² e 31,53 m². Muitos residentes dizem que a área da habitação económica dos T1 feita antes da transição é igual aos T2 de hoje.

Além disso, Ho Ion Sang questionou a decisão de o Gover-no ter feito a redução das áreas sem primeiro proceder a uma consulta. Nomeadamente pública. “A RAEM tem um crescimento económico de primeiro plano, mas a qualidade (e espaço) para viver é cada vez pior. O Executivo tem políticas e medidas pensadas para garantir aos moradores casas com mais espaço? Ou seja, os residen-tes que concorreram à habitação económica estão preocupados que as suas futuras casas estejam cada vez mais pequenas. O Governo já

fez alguma consulta pública para explicar a situação ou já consultou a Comissão dos Assuntos de Ha-bitação Pública?”

NÃO REGULAM BEMPara Ho Ion Sang, a política para a habitação económica também falha na regulação do mercado imobiliário privado. “Antiga-mente a proporção de habitação económica para a social era de 7:3. Mas agora, ao privilegiar-se a construção de habitação social, passando a económica a ser apenas complementar, significa que nos próximos dez anos de desenvolvi-mento de habitação pública, cada vez será menor a económica. Por isso, proponho que o Governo estenda o tempo de existência do imposto de selo especial, assim como ir aprender com as zonas vizinhas de Macau as medidas para o mercado imobiliário tenha um valor próximo da realidade, em vez da especulação desenfreada que vivemos.”

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3políticasegunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia Silvaandreia.silva@hojemacau.com.mo

DEPOIS do pedi-do de ajuda apre-sentado junto da Associação dos

Trabalhadores da Função Pública de Macau (ATFPM), Lo Kin Leong e a mulher, Un Kio Hang, resolveram ir mais longe. Acompanhados por José Pereira Coutinho, presidente da ATFPM e depu-tado, entregaram este fim-de--semana uma petição a Chui Sai On, Chefe do Executivo, para que interceda junto da Di-recção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT). O casal mora no 18º andar de um apartamento na zona do Fai Chi Kei e teme pela segurança da casa, desde que o vizinho do 19º andar iniciou obras que originaram fendas profundas no tecto da sua sala.

Pereira Coutinho fala em “falta de fiscalização”. “A DSSOPT não quer saber, o responsável pelas obras do an-dar de cima também não quer saber, então em que ficamos? Solicitámos a intervenção do Chefe do Executivo junto das Obras Públicas, para que assuma responsabilidades de fiscalização, depois de ter licenciado as obras. No caso de ter ocorrido negligência, prejudicando o andar de baixo, queremos que sejam feitas as devidas indemnizações para que as coisas voltem à normalidade.”

A 1.ª Comissão Per-manente da Assem-

bleia Legislativa recebeu uma carta dos magis-trados do Ministério Público, expressando o seu descontentamento com a decisão de terem de revelar os rendimen-tos. A preocupação surge depois de ter sido confir-mada, na sexta-feira, que a nova Lei de Declaração de Rendimentos e Bens Patrimoniais vai obrigar também o Chefe do Exe-cutivo, os deputados e os magistrados judiciais a declarar publicamente o que ganham e o que têm.

A presidente da Co-missão encarregue de analisar a proposta na especialidade, Kwan Tsui Hang, já tinha afir-

mado em Fevereiro que o diploma iria abranger estes cargos. Na altura, a deputada afirmou que a inclusão de todos os funcionários se devia à situação de separação de poderes em Macau. Na sexta-feira, reafir-mou que não vai existir qualquer impacto na independência dos ma-gistrados.

Ainda assim, quem trabalha na justiça quis manifestar-se. A carta dos magistrados judi-ciais apontava preocu-pação com a segurança pessoal. Por exemplo, a possibilidade de serem postos em risco se fos-sem reveladas moradas de residência. Este já tinha, contudo, sido um

assunto debatido pela Comissão e AL – Kwan Tsui Hang assegura que quem vai declarar os bens e património não tem de divulgar dados específicos.

Os rendimentos te-rão de ser declarados detalhadamente no for-mulário, mas nem todos os pormenores passam para o público. A quan-tidade de imóveis que possui, dentro ou fora da RAEM, é publicitada, mas sem definir o local das fracções. Se o titular tiver algum cargo numa empresa tem de o men-cionar também, assim como a percentagem de participação, o capital da empresa – mesmo que seja sem fins lucrativos

– e o tipo de posição que ocupa.

VERSÃO ALTERADANa versão inicial do diploma estava previsto serem apenas os titulares de cargos com poderes decisórios ou que do-minassem determinadas informações os sujeitos à declaração de bens.

Na altura da aprovação da lei na generalidade na AL, todos os deputados, excepto Chan Chak Mo, se mostraram a favor de serem incluídos na decla-ração de rendimentos.

Agora, o consenso chegou entre os membros da Comissão e da Assem-bleia - todos os cargos vão mesmo mostrar ao público o que possuem. - J.F.

Lo Kin Leong e a mulher entregaram no fim-de-semana uma petição para que o Chefe do Executivo interceda junto das Obras Públicas. O objectivo é garantir a segurança da casa onde moram

Sem acção da DSSOPT, casal pede ajuda a Chui Sai On

Tecto a cair origina petição

Magistrados preocupados com obrigatoriedade de divulgação de rendimentos

Kwan Tsui Hang não vê motivo de alarme

Un Kio Hang contou que teve uma reunião com um dos responsáveis da DS-SOPT na semana passada, mas que de nada adiantou. “Disse-me que, por en-quanto, não havia perigo.

Disse ainda que, se o tecto caísse, assumia as responsa-bilidades. Mas não nos deu quaisquer garantias.”

O casal tem mais receio por tratar-se de uma habita-ção comprada na década de

90 e de não terem quaisquer alternativas de alojamento, caso o tecto venha abaixo.

ADVOGADO NEGOCEIAHá cerca de uma semana, o advogado Rui Simões

começou a acompanhar o caso. Ao Hoje Macau, contou que já está em pro-cesso de negociações com o proprietário do 19º andar, responsável pelas obras. “O vizinho disse que ia seguir

todas as recomendações das Obras Públicas. Estou de momento a negociar para que disponibilize um aloja-mento temporário, nem que seja num hotel. Vamos dar um prazo ao vizinho para corrigir a situação e para que se chegue a um acordo. O responsável é o proprie-tário do 19ºandar. Caso não queira pagar o alojamento, terei de meter uma acção em tribunal.”

Rui Simões aponta ainda para outros factores caso recorram aos tribunais. “Mesmo que não haja um perigo iminente, são sempre casos que levam um ano a resolver. E as pessoas não podem viver um ano assim.”

“POUCA ARTICULAÇÃO”O advogado do casal queixo-so confirmou que na passada segunda-feira uma equipa de engenheiros da DSSOPT visitou o apartamento, tendo feito uma fiscalização às fen-das do tecto. Contudo, “não tomaram medidas concretas e disseram que a situação tinha tendência a piorar”, contou Rui Simões.

“Até agora o casal tem sido pouco apoiado pelo Governo. A obra até pode estar licenciada, mas quando existe uma anomalia, se hou-vesse uma maior articulação entre a DSSOPT, o Instituto da Habitação e o Instituto de Acção Social, pelo menos poder-se-ia encontrar uma solução temporária.”

4 sociedade segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.mo

O responsável pela EDP Ásia disse ao Hoje Macau que existem intenções de um reforço accionista na Companhia de Electricidade de Macau no futuro, sem esquecer as possibilidades de parcerias com a EDP Renováveis

Andreia Sofia Silvaandreia.silva@hojemacau.com.mo

DESDE a década de oitenta que a EDP detém a principal po-

sição accionista na Com-panhia de Electricidade de Macau (CEM) onde, para além dos 21%, ainda é líder de um grupo que, com outros parceiros, detém 48% da empresa. Contudo, tal posi-ção poderá ficar ainda mais

O Hoje Macau errou, na passada sexta-feira, quando escreveu que

os anteneiros teriam sido condenados ao pagamento de 60 milhões de patacas à TV Cabo pelo Tribunal Judicial de Base. Na verdade, a sentença absolveu os anteneiros , apesar de reconhecer a existência de concorrência desleal. Pelo nosso erro de sexta-feira, o Hoje Macau pede as mais sinceras desculpas aos visados na notícia e aos nossos leitores.

Na opinião do tribunal, o Governo deveria ter agido, durante o longo perío-do de tempo em que o referido crime foi praticado, e por tal não ter acontecido a TV Cabo deveria ter colocado a sua

acção contra o Executivo, por incum-primento do contrato de concessão, e não contra os anteneiros.

Nas razões que fundamentam a de-cisão do tribunal, sobressai o facto de caber “ao Governo fiscalizar e perseguir as actividades ilícitas”, ao invés de olhar para o outro lado. Portanto, não colhe-ram as pretensões da TV Cabo, a saber: proibição da actividade e indemnização por prejuízos causados.

Os anteneiros vão absolvidos. Para os juízes, a acção foi mal dirigida: deve-ria ter sido colocada contra o Governo. Segundo a TDM, a TV Cabo tenciona recorrer da sentença.

O Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais

concebeu e produziu uma instalação intitulada “Grande Maçã, símbolo da Segurança Alimentar” para promover a importância da segurança alimentar. O objectivo é atrair a atenção dos cidadãos para as informações relacionadas com a segurança alimentar.

Manter a segurança ali-mentar é uma missão que a RAEM encara como um dever importante a cumprir. Dado o interesse em que o público tenha um melhor co-nhecimento sobre a segurança alimentar e tome consciência da sua importância para a vida quotidiana, o IACM concebeu e produziu a “Grande Maçã, símbolo da Segurança Ali-mentar” para realçar os pontos essenciais a observar na área da segurança alimentar duran-te esta época. Com a chegada do Verão, a comida, na tem-peratura ambiente, deteriora--se facilmente, porque esse ambiente é propício à repro-dução e desenvolvimento de bactérias. E porque, de facto, influencia negativamente a segurança alimentar, o IACM,

João Marques da Cruz confiante na cooperação estratégica

EDP pode reforçar posição na CEM

Hoje Macau errou Anteneiros absolvidos

Acção mal dirigidaIACM promove símbolo da segurança alimentar

A Grande Maçã de Macau

onde esteve a comitiva do ministro Paulo Portas, disse ainda que “o investimento na CEM é estruturante, já o era no passado e agora com a participação da China Tree Gorges é-o mais”.

MOBILIDADE ELÉCTRICA João Marques da Cruz, que ocupa actualmente um cargo no Conselho de Adminis-tração da EDP Renováveis, falou ainda de outras opor-tunidades de cooperação desta empresa com a CEM. Esta “tem o seu negócio focado em Macau, e todos os seus desenvolvimentos devem ser vistos na região. Penso que há outras áreas onde a EDP e a CEM podem cooperar bastante, como por exemplo nos carros eléc-tricos, as chamadas smart greeds. Mais nessa área do que na produção de energia renovável”, admitiu.

forte. João Marques da Cruz, responsável pela EDP Ásia, garantiu ao Hoje Macau que a empresa “está para ficar”. “Estamos disponíveis para que haja um reforço do nosso grupo. É algo que não que-remos forçar, mas estamos disponíveis. Seria, aliás, um passo natural e benéfico para a CEM. Mas independente-mente disso, estamos dispo-níveis para colaborar com a CEM, para que a empresa e Macau possam beneficiar da boa relação entre Portugal e China, e entre a EDP e a China Tree Gorges.”

Sem acrescentar datas para esse reforço, João Marques da Cruz frisou que “o importante é que o nosso grupo possa aumentar a sua participação, para beneficio da CEM e de Macau”. O responsável pela EDP Ásia, que falou à margem do se-minário na Torre de Macau

ao abordar o tema “Higiene da comida e bebidas no Verão”, pretende lembrar aos cida-dãos que é do seu interesse observar os pontos essenciais no acto das compras, as con-dições do armazenamento e a temperatura.

A “Grande Maçã, símbolo da Segurança Alimentar” está exposta na Praça do Tap Seac e no Parque de Hac Sá, passando depois, de forma itinerante, por locais diferentes de Ma-cau, Taipa e Coloane.

As elevadas temperaturas que se verificam no Verão,

favorecem o crescimento e a multiplicação de vários tipos de microrganismos, causado-res de frequentes intoxicações alimentares. O IACM alerta os cidadãos que a prevenção de doenças de origem alimen-tar se faz através da higiene e da compra de comida em estabelecimentos de boa repu-tação. Na incerteza quanto à higiene dos alimentos, não os deve consumir e se tiver dúvi-das relativamente à segurança e à higiene alimentar, pode telefonar para o número 2833 8181 e obter esclarecimentos.

HOJE

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5sociedadesegunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo

Andreia Sofia Silvaandreia.silva@hojemacau.com.mo

FORAM apenas 65,5 milhões de patacas de uma só vez. Foi esta a explicação

apresentada ao Hoje Ma-cau pela boca de Ambrose So, director-executivo da Sociedade de Jogos de Macau (SJM), quando ques-tionado face aos montantes transferidos à Fundação da Escola Portuguesa de Ma-cau (FEPM) desde 2004. Contudo, como o prazo do acordo já chegou ao fim, a SJM encara esse montante como sendo fruto de uma “doação”. “A única coisa que posso confirmar é que fizemos um único pagamen-to de 65,5 milhões. Como o contrato que assinámos com a escola já expirou, classifi-camos tal pagamento como uma doação. Penso que isto clarifica tudo”, disse ao Hoje Macau. Questionado sobre uma possível devolu-ção do montante, Ambrose So foi parco em palavras. “Continuamos interessados no projecto da escola. Se o dinheiro tiver de ser devol-vido, sê-lo-á”, acrescentou. Ambrose So deixou por clarificar as restantes 500 milhões de patacas que terão sido transferidas anualmente para a escola desde 2004.

Joana Freitasjoana.freitas@hojemacau.com.mo

COMEÇAM a ser construídos no final deste ano mais dois blocos de

habitação pública, desta vez na Estrada Nordeste da Taipa. São duas torres de 24 e 26 andares , constítuidas por 694 apartamentos – cerca de 500 são T1.

Apesar de, recentemente, o Institu-to da Habitação (IH) ter sido criticado pelo tamanho das casas de Seac Pai Van - consideradas demasiado pequenas -, as dimensões destes apartamentos da Taipa continuam semelhantes. Uma fracção de tipologia 1 tem uma área de utilização de 36 metros quadrados, um T2 tem mais dez metros quadrados e o T3, 63 metros quadrados.

O IH assegura que as medidas estão dentro do estipulado pela Lei da Habitação Económica, que serviu de referência a estas habitações públicas - sem diploma específico – e afirma que as dimensões servem para que haja um “bom uso dos recursos de solos”.

No mês passado, foi ainda alvo de

polémica a questão de existirem mais T1 do que outros tipos de fracções, uma vez que – tendo em conta os anos de espera para ter uma casa – famílias de duas pessoas entretanto cresceram, não podendo por isso ficar com uma casa de apenas um quarto.

Chan Wa Keong, chefe de divisão de apoio técnico do IH, foi questionado sobre a insistência do Executivo em construir a maioria dos apartamentos T1, na sexta-feira, mas descarta que essa seja a realidade. “Até ao final de Junho deste ano, havia mais de 6800 famílias à espera de habitação social. De todas as que se candidataram, 70% são de uma ou duas pessoas, logo vão ocupar as fracções de tipologia 1.”

O responsável assegura que os dados dos agregados familiares estão actualizados, até porque essa é uma das solicitações do IH, afirma. Não foi possível perceber se em caso de alteração da escolha do apartamento as famílias vão para o final da fila – como foi prática na distribuição das primeiras casas de habitação pública

-, mas Chan Wa Keong é peremptório em afirmar que a atribuição de aparta-mentos só depende de um factor: “As escolhas não são de acordo com o que desejam as famílias, mas sim com o número de pessoas que constituem o agregado familiar.”

Estas novas habitações vão ter um centro para idosos com cerca de 5000 metros quadrados, cuja capacidade de utentes dependerá de quem o gerir – ainda não está escolhida a entidade -, jardins, espaços de lazer e lojas, bem como locais de estacionamento.

No 3º trimestre tem início o con-curso público para a atribuição das obras, que serão iniciadas no final do ano. A conclusão dos apartamentos depende das propostas a concurso, mas segundo Luís Carvalho do Gabinete de Desenvolvimento de Infra-Estruturas, levará dois anos e meio a concluir.

Estes dois blocos são já parte do segundo plano do Executivo da cons-trução de habitação pública, além das 19 mil habitações prometidas até ao final deste ano.

Ambrose So mantém interesse no projecto de uma nova EPM

A “doação” do império Ho

Executivo promete dois blocos de habitação pública para a Taipa. Obras começam no fim do ano

Apartamentos T1 são a maioria

O director-executivo da Sociedade de Jogos de Macau confirmou ao Hoje Macau que fez um único pagamento de 65,5 milhões de patacas à Fundação da Escola Portuguesa de Macau, que se transformaram numa “doação” dada a caducidade do contrato. “Se (o dinheiro) tiver de ser recuperado, então sê-lo-á”

tem direito a reclamar a sua devolução. O que vem nessa parte do relatório corresponde à realidade, mas o resto não tem a ver connosco. A SJM faz os seus relatórios como acha que deve fazer, não tem nada a ver connosco. A única coisa que posso confirmar é que houve um único adianta-mento, cujos contornos estão mais ou menos representados nessa parte do relatório da SJM”, disse Sales Marques.

Quanto a uma possível devolução do dinheiro, foi confirmada pelo responsável, em declarações proferidas à agência Lusa em Junho. O montante “está depositado numa conta bancária e inclu-ído nas nossas contas como passivo, porque é uma divida para com a SJM caso o acordo assinado não seja cumprido”.

As declarações de Am-brose So e Sales Marques revelam que a ideia da EPM se mudar para a Taipa poderá não ter ficado na gaveta. O próprio administrador da FEPM admitiu-o ao Hoje Macau. “A verdade é que as coisas têm continuado, e se têm continuado é porque não é um projecto que está de pé, mas é uma ideia que não foi completamente afastada. (...) O que é importante é que existe esse espírito que não foi completamente posto de lado”, disse.

Esta é a primeira vez que o director-executivo da SJM presta esclareci-mentos em público sobre uma polémica que estalou no passado mês de Junho. De acordo com uma noticia avançada pelo jornal Ponto Final, a SJM terá pago à FEPM, desde 2004, um montante de 524 milhões de

dólares de Hong Kong, fru-to de financiamentos anuais de 65,5 milhões. Contudo, Ambrose So confirmou apenas um único pagamen-to. O contrato de que fala o director-executivo da SJM foi assinado em 2004, sendo que o dinheiro iria servir para as novas instalações da escola, na zona da Tai-

pa, cuja mudança não foi realizada até à data.

O QUE DISSE SALES MARQUESEm declarações ao Hoje Macau na altura, José Sales Marques, administrador da FEPM, já tinha admitido que o prazo do contrato havia expirado e que o dinheiro

permanece na conta bancária da fundação, pronto para ser devolvido. Quanto aos restantes pagamentos anuais, também não foram confirma-dos pelo responsável. “Houve um adiantamento depositado à ordem da Fundação para um projecto. Se não se concreti-zasse, o dinheiro seria devol-vido à SJM. Ou seja, a SJM

6 nacional segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.mo

A China começou a armazenar terras raras, utilizando fundos estatais para

constituir uma reserva estraté-gica destes minérios, usados na produção de bens de alta tecnologia, desde iPhones a mísseis, noticiou a imprensa chinesa. “Este é o início do trabalho, por parte da China, de compra e armazenamento estratégico de terras raras”, diz o jornal financeiro chinês China Securities Journal, que não adianta, especificamente, quando teve início esse arma-zenamento.

A China assegura mais de 90% da produção mundial de terras raras e definiu limites de produção e de exportação nestes minerais indispen-sáveis às indústrias de alta tecnologia.

Segundo o China Securi-ties Journal, foi o actual baixo preço deste material que levou à compra e armazenamento estratégico das terras raras, para utilizar estas reservas em eventuais futuras situações de escassez.

Os maiores parceiros comerciais da China, no mês passado, pediram à Organi-zação Mundial do Comércio a criação de um painel de arbitragem das disputas sobre os limites chineses às expor-tações de terras raras, depois do falhanço de uma primeira ronda de negociações no quadro da instituição.

PROTECCIONISMO?A União Europeia, os Esta-dos Unidos e o Japão acusam

TRÊS dos 16 mineiros soterrados há três dias

numa mina de carvão de Leiyang, na província chinesa de Hunan, foram ontem resgatados com vida pelas autoridades.

Um total de 40 mi-neiros estava a trabalhar na mina na quarta-feira, quando ocorreu uma inundação no seu in-terior. 24 conseguiram escapar, tendo outros 16 ficado soterrados, dos quais 11 foram dados como vivos na noite de sábado.

A polícia chinesa resgatou 181 crianças e deteve

802 alegados membros de duas das principais redes de tráfico infantil na China, informou na sexta-feira o Ministério Chinês de Segu-rança Pública.

Mais de 10 mil agentes de 15 províncias chinesas participaram na operação policial, que culminou na de-tenção de Shao Zhongyuan, um dos principais suspeitos de envolvimento no tráfico de 100 crianças, em Pingyi, na província de Shangdong.

O tráfico de menores é um grave problema na China, tanto de menores como de jovens mulheres de regiões pobres do sudoeste do país.

As jovens são vendidas a rapazes solteiros para se ca-sarem com eles e as crianças, preferencialmente rapazes, são vendidas a casais que não têm filhos.

LUTA SEM TRÉGUASEm Março, a polícia chinesa resgatou 77 menores e dete-ve 310 suspeitos de tráfico infantil no âmbito de uma operação policial que contou com a participação de 7.000 agentes de 14 províncias da China.

De acordo com dados oficiais, a polícia chinesa resgatou nos últimos anos 8.660 crianças e 15.458 mulheres e deteve 3.195 suspeitos em campanhas de combate ao tráfico infantil.

Resgatados com vida mineiros soterrados há três dias

Primeiros salvamentos

Polícia salvou 181 crianças e deteve 802 suspeitos

Golpe no tráfico infantil

Pequim começa a armazenar terras raras para fazer reserva estratégica

A arca do tesouroa China de proteccionismo e dizem que os limites às ex-portações têm como objec-tivo beneficiar as empresas chinesas.

Pequim defende as suas

políticas, justificando-as com políticas ambientais e com a necessidade de assegurar uma produção sustentável dos minerais. Afirma ainda que estão

de acordo com as regras que regulam o comércio internacional.

A China já tinha anun-ciado planos de constituição da reserva estratégica dos

materiais, mas não tinha ainda dito publicamente que o armazenamento já tinha começado.

Segundo dados oficiais, as autoridades chinesas

já atribuíram este ano às empresas do país licenças de exportação de 21.226 toneladas de metais raros, contra uma quota total de 30.200 toneladas, em 2011.

De acordo com a agência oficial chinesa Xinhua, alguns mineiros que ainda estão soterra-dos apresentam ferimen-tos e, por isso, estão a receber tratamento por médicos que entraram na mina.

O acidente só foi reportado ao governo local na quinta-feira de manhã, o que atrasou as operações de resgate em cerca de 12 horas, segundo as autorida-des locais citadas pela Xinhua.

7nacionalsegunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo

O presidente cuba-no, Raul Castro, conseguiu que a sua recente visita

à China fosse um êxito. Em Pequim com o seu homólogo chinês, Hu Jintao, assinou vários acordos que prevêem, nomeadamente, uma ajuda económica a Cuba.

“Estou muito satisfeito por, ao longo dos últimos anos, as relações entre a China e Cuba terem conti-nuado a aprofundar-se e a desenvolver-se”, declarou Castro, depois de ser recebi-do com honras militares no Grande Palácio do Povo, na praça de Tiananmen.

A propósito desta sua primeira visita à China na qualidade de chefe de Esta-do, lembrou ao seu anfitrião que, no total, fez “três visitas à China, tantas quantas as que [Hu Jintao] fez a Cuba”.

O presidente chinês manifestou, por seu lado, a expectativa de que a visita de quatro dias de Raul Castro “permita promover eficaz-mente as trocas bilaterais e a cooperação” entre os dois estados comunistas.

Hu e Castro assinaram oito acordos de cooperação, mas poucos pormenores foram divulgados sobre o seu conteúdo.

Um dos acordos prevê “uma ajuda do governo chinês ao governo cubano para a cooperação eco-nómica e tecnológica”. O China Development Bank concedeu por seu lado um

A China não ambiciona desempenhar um pa-

pel hegemónico no mun-do, declarou no sábado o vice-presidente chinês, Xi Jinping, provável sucessor de Hu Jintao na presidência do país, durante o Fórum Mundial para a Paz, em

Pequim. A China tornou-se em 2010 na segunda econo-mia mundial, ultrapassando o Japão.

“Mesmo quando a China for desenvolvida, não am-bicionará jamais a hegemo-nia”, disse Xi Jinping perante várias personalidades, como

o antigo primeiro-ministro francês Dominique de Vil-lepin, o antigo primeiro--ministro japonês Yukio Hatoyama, o antigo chefe da diplomacia europeia Javier Solana e o ex-presidente peruano Alan Garcia.

Num discurso de cerca

de 20 minutos, durante o qual abordou os grandes princípios que guiarão a política externa chinesa, o provável futuro presidente da China apelou a um “novo conceito de segurança” ba-seado no “desenvolvimen-to, igualdade, confiança

recíproca, cooperação e inovação”.

“A China está comprome-tida com o desenvolvimento económico, a paz no mundo e o desenvolvimento comum da humanidade e participará activamente na reforma do sistema de governação

internacional no sentido de uma ordem internacional política e económica mais justa e equitativa”, salientou ainda o responsável.

No entanto, a China dese-ja para os países emergentes um maior peso nas institui-ções internacionais.

Pequim começa a armazenar terras raras para fazer reserva estratégica

A arca do tesouro

Raul Castro obtém ajuda preciosa na capital

Amigos comunistas

“empréstimo sem juros” a Havana, para a moderniza-ção de instalações médicas na ilha, cujo montante não foi especificado.

Com esta visita, Cuba e China “vão poder reforçar as suas relações em domínios como a construção de estra-das e vias férreas, o desen-volvimento dos transportes marítimos e a prospecção petrolífera, assim como na agricultura”, segundo um especialista em América Latina da Academia de Ciências Sociais chinesa, Xu Shicheng, citado pela agência France Presse.

SUBSTITUTO DA RÚSSIACuba foi o primeiro país do continente americano a estabelecer relações diplo-máticas com a China, em 1960, depois da tomada do poder por Fidel Castro, em 1959.

Os laços entre os dois países reforçaram-se na se-quência da desintegração da União Soviética, em 1991, que provocou uma série de dificuldades económicas a Cuba.

Havana tem tentado in-troduzir alguns elementos de capitalismo e de economia de marcado, processo que a China aplicou com êxito nas últimas três décadas.

A China era em 2010 o segundo maior parceiro comercial de Cuba, depois da Venezuela, com trocas comerciais de cerca de 1,8 mil milhões de dólares.

Pequim garante não ambicionar papel hegemónico no mundo

Compromisso com o desenvolvimento

8 publicidade segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.mo

ANÚNCIO 【N.º 213/2012】

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares do concurso de habitação económica abaixo indicados, no uso da competência delegada pela alínea 20) do n.º 3 do Despacho n.º 09/IH/2012, publicado no Boletim Oficial da RAEM, n.º 13, II Série, de 28 de Março de 2012 e nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

Nome N.º do Boletim Nome N.º do Boletim de candidatura de candidaturaWONG WAI SAN 51990 CHAN CHON PANG 89055CHAO KAI TONG 58368 HOI HIN U 91735CHOI IOK LENG 60836 LEUNG KIN NANG 95205LILIANA NANTES 69168 LEE TSZ LUNG 95629ANTONIOIAM CHAK MENG 72219 ROWENA MALACOCO 111152 CALATIN LEI CHIN NGAN 77966 NG CHON PENG 119629HOI KIN I 85274 WONG FONG I 126600NG MAN CHENG 87558

Após as verificações deste Instituto, notamos que os representantes dos agregados familiares e/ou os seus cônjuges de candidatos a habitação económica acima mencionados são proprietários de fracção autónoma com finalidade habitacional na Região Administrativa Especial de Macau, desde à data da apresentação da candidatura e até à data de celebração da escritura pública de compra e venda da fracção, pelo que, estes não reúnem os requisitos exigidos para a candidatura, nos termos do n.º 3 do artigo 14.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica).

Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa, no dia 8 de Junho de 2012, a solicitar aos interessados acima mencionados para apresentarem por escrito as suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de publicação do referido anúncio, mas não fizeram a entrega das suas contestações dentro do prazo indicado. Nos termos da alínea 2) do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica) e n.º 2 do artigo 16.º do Regulamento de acesso à compra de habitações construídas no regime de contrato de desenvolvimento para a habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, assim como da decisão do despacho do signatário, exarado na Informação n.º 1853/DAHP/DAH/2012, os respectivos representantes dos agregados familiares e/ou os seus cônjuges foram retirados dos agregados familiares e excluídos da lista geral de espera, por não reunirem os requisitos para aquisição de habitação económica.

E nos termos dos n.º 21 do Despacho n.º 09/IH/2012, revisto pelo Despacho n.º 20/IH/2012, e artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, cabem recurso hierárquico necessário da respectiva decisão administrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

A Chefe do Departamento de Assuntos de Habitação Pública, substª.

Ng Lok Mui 4 de Julho de 2012

ANÚNCIO [N.º217/2012]

Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares seleccionados da lista de espera de habitação económica abaixos mencionados:

N.º do boletim de candidatura Nome N.º do boletim

de candidatura Nome

93549 LEI WENG CHIU 126599 SAM MEI SEONG*105524 *KUONG LAI KAM 126996 KOU SI TOU CHAO FONG

52254 LAO LOK KIN 108265 LAM CHIN SENG69716 LAM KENG 76403 WONG MENG IENG91921 MUI KA HOU 86363 LAM KENG SEONG

53828 MENDES RODRIGUES MANUELA 92253 LENG CHIN FONG

99690 HO MENG IAN 116322 CHAN KIN LENG87001 TSANG KIN FAN 70298 IEONG SIO MENG126050 CHAO SON PENG 117076 CHANG MEI KUAN114455 HO UT KIO 77523 LAM SI VAI

108328 LEI SOK IAN *70074 *CHEUNG CHI PANG FRANCIS

117121 KUOK WAI MAN 90464 TAM KIT LAM107320 SIO OI SI 119344 KUAN LAI WA

107552 TERESA NG 78952 GRACA CARLOS ALBERTO DA

100287 XAVIER TING ROGERIO AGOSTINHO 72890 HOI WENG HONG

105483 TAI MAN I 85251 LEONG TEK KEI107505 HOI MENG KIT *84189 *LAM KA CHON77281 WONG TENG PO 72771 KUAN CHI YUEN DALIA

100309 CHAN CHONG 76274 SIO CHENG HANG88941 LEONG SAO MAN 52914 CHAN KAI MENG117635 LO KIT IENG 112158 UN KUN WANG113017 LEI UN MEI 70090 LEI KIM PENG*61093 *CHE CHON IO 119973 KWOK HIN WING75314 LAO CHI KAO 114288 WAN KIN KEONG89754 TANG CHI LEONG 80464 LAO CHOI WAN85897 PUN CHAK PUI 106192 CHAN SOK CHENG61198 MAK HOI FONG 83157 CHOI SAO HEONG80377 CHEANG IOI FONG *92723 *VONG VAI ION114564 FONG CHOI PENG 105152 HO VENG LON78247 CHEANG I SENG 78833 WAN CHI WAIEm virtude de não existirem fracções disponíveis da tipologia no local a que se candidataram, mas há outras

fracções da mesma tipologia disponível em Coloane, de acordo com os termos do n.º 8 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011 (Lei da habitação económica) e do artigo 12.º do Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, o Instituto de Habitação (IH) informa os representantes dos agregados familiares acima referidos, através de ofícios, para se dirigirem pessoalmente ao IH, sita na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau (perto da Escola Primária Luso-Chinesa do Bairro Norte), no dia 26 de Julho de 2012, às horas fixadas nos respectivos ofícios, para escolha das fracções de habitação económica disponíveis de T2 na zona de Coloane.

Nessa altura, os agregados familiares da lista de espera acima referidos devem apresentar os documentos comprovativos (originais e cópias) abaixo mencionados, para efectuar a nova verificação dos requisitos da candidatura da aquisição de habitação económica. Caso as respectivas informações afectem os actuais requisitos da aquisição de fracção ou existirem mudança da composição dos agregados familiares acima referidos, este Instituto irá suspender, imediatamente, o procedimento da escolha de habitação económica:

1. Documentos de identificação de todos os elementos do agregado familiar e os seus cônjuges (caso houver) registados no boletim de candidatura de habitação económica.

2. Prova de casamento (aplicável aos indivíduos casados. Caso tenha entregue ao IH, nos últimos três meses, não é necessário a entregar de novo).

3. Boletim de candidatura dos dados dos agregados familiares de habitação económica devidamente preenchidos e assinados.

De acordo com os termos do n.º 2 do artigo 13.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002, caso os agregados familiares da lista de espera acima referidos não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, por motivo não justificado, implica a perda do direito de escolha e passagem automática para o último lugar da lista geral; ou após a apreciação dos dados apresentados, verifique que não reunirem com os requisitos da candidatura, os agregados familiares seleccionados serão excluídos na lista geral.

* Em caso da 2.ª convocação, os agregados familiares seleccionados que não tenham comparecido no IH, no dia e horas fixados, e apresentado os documentos acima referidos, para escolha de habitação ou não pretendam adquirir nenhuma das fracções de habitação económica disponíveis no momento podem optar entre, serão excluídos na lista geral, de acordo com os termos das alínea a) do artigo 14.º do decreto-lei acima referido, com as alterações introduzidas pelo Regulamento Administrativo n.º 25/2002 e alínea 2 do n.º 5 do artigo 60.º da Lei n.º 10/2011.

No intuito de proporcionar os agregados familiares seleccionados para terem mais conhecimentos sobre as informações das fracções de habitação económica disponíveis, o IH juntamente os ofícios enviará em anexo o catálogo com descrições das fracções para venda, tabela dos preços, rácio bonificado, pontos de observação, informações sobre a fracção de modelo. Caso os agregados familiares seleccionados não tenham recebidos os ofícios remetidos pelo IH, até sete dias antes da data fixada, poderão dirigir-se ao IH sito na Travessa Norte do Patane n.º 102, Ilha Verde, Macau) ou consultar através do telefone n.º 2859 4875, durante o horário de expediente.

A Presidente Subst.a,

Kuoc Vai Han

6 de Julho de 2012

9regiãosegunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo

Coreia do Sul Cidadão apoiante do Norte foi presoAs autoridades da Coreia do Sul detiveram hoje um activista sul-coreano de esquerda, que regressava a casa depois de uma polémica visita ilegal à Coreia do Norte, durante a qual louvou o regime estalinista norte-coreano. As forças de segurança detiveram Ro Su-Hui mal cruzou a fronteira entre os dois países, na aldeia da Panmunjom. A Coreia do Sul promete um castigo duro para Ro, de 68 anos, que visitou Pyongyang a 24 de Março, sem aprovação do governo de Seul, para participar numa sessão em memória dos 100 dias da morte do ex-ditador norte-coreano, Kim Jong-Il.

Birmânia Funcionáriosda ONU detidosUma dezena de funcionários da ONU e dos Médicos sem Fronteiras estão detidos no oeste da Birmânia, afectado por confrontos entre budistas e muçulmanos, informaram hoje as duas organizações. “Actualmente cerca de 10 funcionários da ONU e de organizações internacionais foram detidos pelas autoridades do Estado de Rakhine para interrogatório”, refere em comunicado o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU. A ONU já pediu “informações” ao governo birmanês e aguarda uma resposta.

Japão Governo quer nacionalizar ilhas em disputaO Japão pretende nacionalizar umas ilhas inabitadas no mar da China oriental, actualmente administradas por Tóquio e reivindicadas por Pequim e também por Taiwan, avançou o diário nipónico Asahi Shimbun. O governo japonês, que pretende reforçar o controlo sobre as ilhas Senkaku, em japonês, ou Diaoyou, em chinês, iniciou as negociações com o seu proprietário privado, a família nipónica Kurihara, prevendo concluir as mesmas até ao fim do ano, explica o diário. O projeto prevê a aquisição de três das ilhas, incluindo a maior delas, Uotsuri.

Coreia do Norte Economia cresceu pela primeira vezem três anosA Coreia do Norte registou em 2011, pela primeira vez em três anos, um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de 0,8%, graças a um aumento da produção agrícola, informou hoje o banco central sul-coreano. O Banco da Coreia, sediado em Seul, atribui esta situação a condições climáticas favoráveis e ao uso de fertilizantes que contribuíram para o aumento da produção agrícola da Coreia do Norte no ano passado. A Coreia do Norte registou em 2011 um Rendimento Nacional Bruto de 28 mil milhões de dólares americanos, de acordo com os dados do banco central sul-coreano, baseados em informação recolhida pelas agências do Governo de Seul, uma vez que Pyongyang não divulga dados económicos há vários anos.

DOIS activistas do interior da China que par-ticiparam nos

protestos de domingo em Hong Kong, dia em que se assinalaram os 15 anos da transferência de soberania para a China, foram dados como desaparecidos, infor-ma hoje a imprensa local.

De acordo com o grupo que organizou a visita, nun-ca mais ninguém ouviu no-tícias de Song Ningsheng e Zeng Jiuzi, residentes da província de Jiangxi, desde que deixaram Hong Kong na terça-feira para regressar a casa.

Os activistas partici-param nos protestos que levaram dezenas de mi-lhares de pessoas às ruas

na antiga colónia britânica pelo 15.º aniversário da transferência do exercício de soberania para a China, onde esteve o presidente chinês, Hu Jintao, que partiu rumo a Pequim antes de as manifestações se fazerem ouvir, tal como sucedeu há cinco anos.

O alegado desapare-cimento tem vindo a ser ligado a terem sido ques-tionados durante a mani-festação, por um homem que alegou ser jornalista do Apple Daily, que lhes terá perguntado de onde eram e quem organizou a visita à antiga colónia britânica.

Segundo escreve o jor-nal South China Morning Post, o homem contactou-

-os um dia depois, envian-do-lhe uma mensagem: “vão para casa e parem de protestar de modo a garan-tir a vossa segurança”.

O organizador da vi-sita disse a Song Ning-sheng e Zeng Jiuzi para o contactarem quando chegassem a casa, mas desde então nunca mais ouviu falar deles.

JORNALPROCESSA POLÍCIAO jornal Apple Daily inter-pôs entretanto uma acção legal contra a polícia de Hong Kong pela breve detenção a que foi sujei-to um jornalista, por ter questionado o presidente chinês, Hu Jintao, sobre o massacre de Tiananmen.

O Apple Daily, diário publicado em língua chi-nesa e conhecido pela sua postura anti-Pequim, disse estar a processar civilmente a polícia de Hong Kong por causa da “detenção ilegal” do jornalista Rex Hon.

A acção deu entrada na sexta-feira no tribunal superior da antiga colónia britânica.

O jornalista terá ficado retido pelas autoridades locais no sábado durante cerca de dez minutos, de-pois de ter levantado a voz para interpelar Hu Jintao quando o chefe de Estado visitava um novo terminal de navios de cruzeiro na an-tiga colónia britânica, onde se deslocou para participar das cerimónias oficiais dos

15 anos da transferência de soberania.

Rex Hon perguntou se Hun Jintao estava ciente das preocupações da população de Hong Kong sobre a questão do massacre de Tiananmen em 1989, em que centenas de pessoas foram mortas.

O presidente chinês não respondeu, mas o caso foi transmitido pe-las televisões locais, e traduziu, para as agências internacionais, o elevar de tensão entre a Região e Pequim.

Cinco polícias, in-cluindo o chefe Andy Tsang, foram constitu-ídos réus no processo, de acordo com o jornal Apple Daily.

São do interior da China e participaram num protesto em Hong Kong

Activistas estão desaparecidos

O Conselho Nacional da Re-construção de Timor-Leste

(CNRT), de Xanana Gusmão, venceu ontem, sem maioria absoluta, as eleições legislativas do país, de sábado, segundo os resultados provisórios finais do Secretariado Técnico da Admi-nistração Eleitoral (STAE).

Segundo o STAE, o CNRT obteve 172.831 votos (36,66%). A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fre-tilin) obteve 147.786 votos (28,87%) e ficou em segundo lugar. Em terceiro, segundo os resultados provisórios do STAE, ficou o Partido Demo-crático (PD) com 48.581 votos (10,39%), e na quarta posição a Frente Mudança com 14.648 votos (3,11%). Assim, o novo parlamento de Timor-Leste deverá ter apenas a presença de quatro formações partidárias.

Eleições em Timor-Leste. Partido de Xanana vence sem maioria

Vai uma coligaçãozinha?

Austrália apoia com 8,7 milhõesA cooperação australiana vai apoiar com 8,7 milhões de dólares um projecto de desenvolvimento do sector privado em Timor-Leste, com o objectivo de combater a pobreza no país. O acordo foi hoje assinado entre o ministro da Economia timorense, João Gonçalves, e o embaixador da Austrália em Díli, Miles Armitage. Denominado “Facilidade para Desenvolvimento dos Mercados”, o acordo pretende “incrementar o rendimento e emprego dos mais desfavorecidos em Timor-Leste através de uma maior participação nos circuitos de mercado”, refere uma nota divulgada à imprensa.

O secretár io-geral do CNRT, Dionísio Babo, disse à agência Lusa que poderá haver uma coligação governamental, sem precisar pormenores. Contactado por telefone, afir-mou que o partido pretendia uma maioria absoluta, mas que aceita a decisão dos eleitores timorenses.

Questionado sobre se o partido vai fazer uma coliga-ção governamental, respondeu

afirmativamente. “Acho que sim. Estamos a pensar juntos qual é a forma de coligação que queremos fazer. Tem de haver um encontro a nível do partido e depois anunciamos publicamente.”

Pelo menos um candidato já há - o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, revelou que ninguém vai conseguir formar governo sozinho e que o seu partido está pronto

para se coligar com quem quer que seja.

PRONTO A UNIR-SEMari Alkatiri falava na sequên-cia da divulgação dos resultados das eleições legislativas. “Nin-guém vai conseguir formar o governo sozinho. A Fretilin está pronta para formar governo com quem quer que seja desde que haja acordo programático para tirar o país do marasmo.”

Em relação aos resultados eleitorais obtidos pelo seu parti-do, que obteve 28,87 por cento (172.831 votos) e conseguiu 25 assentos parlamentares, Mari Alkatiri disse que a Fretilin ainda é uma força incontornável. “A Fretilin aumentou e todos os outros partidos desapareceram do mapa político”, disse, salientando que o partido é uma instituição e que não depende de figuras.

10 segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.moreportagem

A presidente da Casa de Portugal esperava mais atenção dada à comunidade portuguesa radicada no território por parte do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, em particular às associações de promoção da língua e da cultura

Rita Marques Ramosrita.ramos@hojemacau.com.mo

A visita da comitiva portu-guesa a Macau, liderada pelo ministro do Estado e dos Negócios Estrangei-

ros de Portugal, Paulo Portas, teve um cunho quase exclusivamente económico. Deslocaram-se empre-sas lusas ao território, em busca de parcerias comerciais, enquanto o ministro apostava na atracção de investimentos, com encontros com a empresária Pansy Ho e as autoridades chinesas. No território, que mantém uma comunidade por-tuguesa histórica, Portas não visitou qualquer das suas entidades locais, nem lhes votou palavras de apreço pela promoção da cultura e língua. Os elogios foram para o Governo local, pelo apoio à comunidade e ao legado lusitano. Prioridades que caíram mal em algumas pes-soas, como a presidente da Casa de Portugal. Maria Amélia António, porém, colocou o ónus da culpa nos assessores de Portas.

No sábado, depois do almoço com o Chefe do Executivo em Santa Sancha, o ministro agradeceu os esforços da RAEM na preservação do ensino e cultura portugueses, considerando que as partes “devem

Os dirigentes da APOMAC foram ontem recebidos pelo ministro no Hotel Rocks. Durante a audiência foram trocadas

informações sobre a situação político-financeira de Portugal e a comunidade do país residente na RAEM, em particular os

aposentados.

Maria Amélia António criticou organização de Paulo Portas na visita à RAEM

“A assessoria não fez o trabalho de casa”

APOMAC RECEBIDA PELO MINISTRO

continuar a intensificar a cooperação nas áreas da educação e cultura”.

À tarde, já na Torre Macau, no seminário “Caminho das Expor-tações”, organizado pelo jornal Expresso e pela AICEP, onde es-tiveram presentes personalidades portuguesas e macaenses, o chefe da diplomacia portuguesa não explicou como pensa reforçar essa cooperação bilateral, focando-se mais no reforço dos laços económicos entre Portugal e China, reforçados pela “platafor-ma” que é Macau.

A PORTA E A MONTRAMaria Amélia António já sabia que a visita seria de carácter económico e que não veria o ministro pisar as instalações da Casa de Portugal, dirigindo ao ilustre visitante uma palavra de descontentamento, en-quanto participante do segundo pai-nel do “Caminho das Exportações”. “A Casa Portugal tem há um ano o projecto Lusitanvs, que é facultado pelo Governo de Macau exactamente para constituir uma grande montra daquilo que, de qualidade, Portugal tem para exportar, para mostrar e vender.”

Referiu ainda que, além de não ter havido um olhar especial do Executivo português, para as instituições de matriz lusitana, os empresários do país também não se interessaram. “Somos nós que, não sendo lucrativos, temos de investir para trazer e comprar e ter ali para mostrar todas essas coisas [vinhos, azeites, produtos gourmet, música portuguesa, artistas de diversos ramos das artes]. O que me parece que mostra que alguma coisa de er-rado está a acontecer em Portugal.”

Salientando que, numa altura em que é preciso avançar para a China e sudeste asiático, Macau é a entrada, mas há mais. “Nós além da porta temos a montra.”

A culpa das opções de agenda, acredita, não vai directamente para o representante máximo da comitiva, mas para a “assessoria que não fez o trabalho de casa” sobre associa-ções portuguesas fundamentais em Macau e que se “sacrificam” para

deixar vivo o legado de um país. “Quando sinto que se passa por cima disso como se não existisse, tenho de perceber porquê” ”, disse ontem, já à margem da visita de Paulo Portas à Escola Portuguesa de Macau, úl-tima etapa da sua agenda. “Se é por ignorância, se é por não se querer dar atenção. Se é porque o trabalho de casa não foi feito como deve ser.”

Na ocasião, teve finalmente opor-tunidade de contactar Paulo Portas,

NEGÓCIOS PORTUGUESES PARA EXPANSÃO “O Millenium BCP quer acompanhar e apoiar as empresas portuguesas neste processo de expansão para o mercado chinês e

de Macau e das empresas chinesas para o mercado português. Queremos ser um facilitador das relações comerciais entre ambos.

Temos aberto algumas portas noutras geografias – como Angola e Moçambique – e temos facilitado essa entrada nesses mercados”

RICARDO VALADARES, director-coordenador do Milleninum BCP

“[O senhor ministro] veio tentar assinar um memorandum de entendimento para criar um show room de vinhos portugueses

em Pequim e nós queremos estar juntos à comitiva para poder ter acesso a todas as reuniões e entidades grandes na China que

são também nossos futuros parceiros”

PEDRO LEITE, director na China do Dão Sul – Sociedade Vitivinícola

“Temos uma oferta de produtos bastante diferenciada – temos colecções temáticas, de autor, de design – e por isso, temos

outros produtos relativamente ao que existe cá. Não queremos competir com produtos básicos da China, grande produtor. Os

primeiros contactos com empresas de desenvolvimento de projectos em Macau agora têm de ser alimentados, até porque em

Macau também há sempre novas construções, como casinos e hotéis”

PAULA ROQUE, conselho de gerência da Revigrés, produtora de revestimentos e pavimentos cerâmicos

que lhe confessou o desconhecimento sobre o projecto da Casa de Portugal. “Disse que ia ter maior conhecimento do que se passava e que, se calhar, íamos ter notícias dele”, sintetizou assim a conversa informal com o mi-nistro, minutos depois de um discurso dele sobre a importância de garantir o legado português no Oriente.

Nestas palavras, no entanto, optou por garantir que o Governo de Macau olha pelos portugueses e

GONÇ

ALO

LOBO

PIN

HEIR

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ANTÓ

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FALC

ÃO

11segunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo reportagem

EPM como “caso de excelência”Na síntese da visita ao continente e a Macau, Portas não se esqueceu de mencionar em discurso, no seminário “Caminho das Exportações”, a importância da Escola Portuguesa de Macau (EPM) para divulgar a língua de Camões. “Portugal está interessado em ter um acordo estável e de longa duração para que a EPM seja um caso de excelência de boa escola internacional”, garantiu o porta-voz da instituição, que detém a maior parcela de investimento sobre a EPM, o estado português. Por essa razão, na sua agenda reservou um espaço para ouvir cantar e dançar estudantes de português, ontem à tarde, e frisou que tem trabalhado a par com o ministério da educação para “defender o projecto da EPM”. Em comunicado à imprensa, afirmou estar atento “à dimensão do problema” da transferência de instalações, confiando na auditoria que porá “todos os factos em cima da mesa”.

Empresários de Macau ajudam lusosRita Santos acredita que a “cultura e confiança que os empresários do interior da China têm com os de Macau” é importante, pelo que os empresários portugueses devem aproveitar estes intermediários para levar os seus produtos ao continente. “É importante sentirem que procurando parceiros em Macau é muito mais fácil entrar no mercado do Delta do Rio das Pérolas”, disse no sábado, à margem da conferência “Caminho das Exportações”. O Fórum Macau impulsiona a entrada dos negócios de empresários de língua portuguesa na China, garante, e tem vindo a registar-se como um intermediário importante. “Não tenho parado de receber e-mails dos empresários de Portugal pedindo para procurar parceiros. Tenho estado a canalizar os pedidos para os empresários de Macau e muitos têm-me dado feedback, que tem facilitado a entrada do produto no mercado chinês, como o vinho e o azeite.” Algumas parcerias de sucesso já se sagraram no âmbito desta visita, garante, no mercado de Xangai e Guangdong, sendo que alguns empresários querem também “recorrer à banca de Macau para reforçar os seus investimentos”.

Os dirigentes da APOMAC foram ontem recebidos pelo ministro no Hotel Rocks. Durante a audiência foram trocadas

informações sobre a situação político-financeira de Portugal e a comunidade do país residente na RAEM, em particular os

aposentados.

COM alguns contactos na maga, o grupo

Leya já tem destinatá-rios no mercado chinês para os seus produtos de ensino à distância do por-tuguês. Ainda em “fase de protótipo”, os conteúdos de português para estran-geiros têm já a produção em larga escala garantida na China, segundo Ana Rita Lessa, directora de novos negócios do grupo editorial Leya.

“Temos algumas uni-versidades com quem

avançámos contactos – UMAC e IPM – e uma das universidades grandes de Pequim, mas são ainda contactos preliminares porque não temos ne-nhum protocolo fechado ainda.”

No entanto, o lan-çamento já tem data marcada para o próximo ano, conta a responsá-vel. Como parceiros em Portugal para ajudar nos sistemas e-learning que desenvolvem, têm universidades públicas

portuguesas e o Instituto Camões. “Podem ajudar numa outra componente muito relevante que é de certificação, portanto, po-dermos fazer um ensino de português à distância mais eficiente, com bai-xos custos e certificado.”

A Leya tem feito gran-des investimentos, tanto em termos tecnológicos como em conteúdos, para um produto que pensam expandir a nível mundial. E que já é um êxito no Brasil. “Depois poderá

também ser vendido noutras geografias onde o português é falado, como Canadá e Venezuela, por exemplo.” O Fórum Macau, adianta, vai ser uma boa plataforma para estabelecer os demais contactos com outros paí-ses de língua portuguesa.

Para já, Ana Rita Bessa, acredita que a dimensão do mercado chinês pode ajudar a “catapultar” o produto facilitando este início do investimento. – R.M.R.

A injecção de dinheiro em em-presas portuguesas tem boas

contrapartidas para a China, garan-tiu Paulo Portas, no seminário “O Caminho das Exportações”, que decorreu no sábado com inúmeros empresários de Portugal, de Macau e da China.

“Pode interessar a política de relacionar investimentos em Portugal com vistos de residência especialmente favoráveis”, avan-çou o ministro. “dentro de algu-mas semanas o estado português disporá de uma política atractiva, competitiva, para que aqueles que acreditam em Portugal agora, trans-ferindo capital para o nosso sistema financeiro – o que o vai reforçar -, adquirindo casas e terrenos para activar o mercado imobiliário ou criando postos de trabalho através de investimentos em Portugal.”

A informação vem numa altura em que em Portugal a lei de estran-geiros se encontra a ser discutida na Assembleia da República, pelo que a nova medida pode vir a ser incluída.

À plateia presente no forum, Portas disse ter convidado Chui Sai On a deslocar-se a Portugal, para que as relações sejam bem regadas, tal como as amizades. “Portugal tem interesse em Macau, Macau tem interesse em Portugal, é preciso cultivar esse interesse com uma aproximação institucional fre-quente e regular.” Depois, lembrou a efeméride que se avizinha, não marginalizando a sua importância na celebração em 2013 dos 500 anos de relações com a China. “Macau é, porventura, o lugar ideal para valorizar culturalmente esse conhecimento.”

Mas é a política de exportações e de investimentos, facilitados a partir de Macau, que merece a palavra de incentivo. “Foi importante abrir novos sectores, nomeadamente na área agro-alimentar para as expor-tações portuguesas. Só acredito nas relações win-win, que os interesses portugueses e chineses têm de ganhar.” No entanto, vê ainda um longo caminho a percorrer.

Os objectivos desta deslocação trouxeram ““bons avanços”, frisou, sobretudo no que diz respeito ao cam-po económico, fazendo já um balanço positivo de 2012. “Os números já o indicam, volta a ser um ano forte no relacionamento económico entre os dois países”. No final da sua visita, disse a compatriotas e radicados, que desenvolvam os seus contactos em-presariais por cá. “Façam contratos. Façam bons negócios.” – R.M.R.

Maria Amélia António criticou organização de Paulo Portas na visita à RAEM

“A assessoria não fez o trabalho de casa”

APOMAC RECEBIDA PELO MINISTRO

Investimento em Portugal traz residência fácil para chineses

“Façam contratos, façam bons negócios”

Leya traz motor para desenvolver produtos de e-learning

Ensinar português à distância

português dá menos importância às associações que aqui mantêm efec-tivamente viva a cultura portuguesa do que o próprio Governo local. E isso magoa quem cá está. Fazemos quase de embaixadores económicos neste espaço, em que o Governo de Macau nos estendeu esta ajuda.”

A consolidação da ligação dos dois territórios, no domínio da edu-cação e da cultura, vieram antes, quando Chui Sai On, no dia anterior, prometeu que o Governo vai conti-nuar a preservar a língua e costumes portugueses, bem como o bem-estar da respectiva comunidade.

O pretexto dos 500 anos da chegada de Jorge Álvares à China, celebrado no próximo ano, levou Portas a pensar numa estratégia de promoção da cultura e produtos por-tugueses para 2013. “Podemos todos surpreender se, para o ano, mostrar-mos em Portugal o melhor do Macau moderno (...) e em Macau o melhor do Portugal contemporâneo.”

PAULINHO DAS FEIRASO ministro deixou bem clara a intenção de promover turisticamente Portugal em Macau para levar chineses do con-tinente à ponta ocidental da Europa. “Portugal tem que fazer, com a cola-boração das autoridades de Macau, um esforço especialmente relevante junto da promoção turística aqui em Macau”, frisou na sua intervenção no seminário Caminho das Exportações.”

A estratégia ainda não está bem de-lineada mas os factores de atracção não serão os habituais “sol e praia”. “O que temos de saber promover é que Portu-gal é um bom país para fazer compras com qualidade, onde se pode fazer jogo legal com boas infra-estruturas, que Portugal sabe organizar turismo de grupo, sabe respeitar a identidade do cliente e é um país fantástico do ponto de vista monumental, bom para descansar e seguro comparativamente com outros.”

Questionada sobre esta interven-ção de Paulo Portas, a secretária de Estado e do Turismo, Cecília Mei-reles, apenas frisou a importância da “presença em várias feiras” pelo continente, uma aposta para manter.

À margem de três protocolos assinados entre a Associação de Agências de Viagem e Turismo (APAVT) e entidades congéneres em Macau, a responsável sublinhou que a cooperação no sector turístico possibilita ao seu país conseguir de “forma eficiente aumentar, e muito, a notoriedade de Portugal”.

Um espaço concreto de promo-ção de marcas e produtos de origem portuguesa não parece, aos seus olhos, uma aposta para já. “As feiras implicam também um investimento num espaço de promoção, é isso que temos feito e é isso que vamos continuar a fazer. Vamos aprofundar. De que forma, ainda está em estudo.”

Numa altura em que Portugal e China se aproximam do ano de comemoração de meio milénio de relações de entendimento mútuo, é bom que o estudo se apresse.

pela a sua “forte tradição e herança”, já que é uma vantagem para captar curiosidade sobre Macau. “Devemos perceber isso e ter uma relação impe-cável com as autoridades de Macau.”

NAS MÃOS DO GOVERNOA presidente da Casa de Portugal garantiu precisamente que a pro-moção do legado português está inteiramente nas mãos do Executivo da RAEM. “Parece que o governo

12 vida segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.mo

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ANÚNCIO

[N.º 187/2012]

Paraosdevidosefeitosvimosporestemeionotificarosrepresentantesdosagregadosfamiliaresdoconcursodehabitaçãoeconómicaabaixoindicados,nousodacompetênciadelegadapelaalínea19)don.º3doDespachon.º09/IH/2012,publicadonoBoletim OficialdaRAEM,n.º13,IISérie,de28deMarçode2012enostermosdon.º2doartigo72.ºdoCódigodoProcedimentoAdministrativo,aprovadopeloDecreto-Lein.º57/99/M,de11deOutubro:

Nome N.ºdoBoletim Nome N.ºdoBoletim decandidatura decandidatura LOKIOKWAN 720 LEIKAMFONG 69464 KUANKUANSENG 8702 HOKAKUI 90700 ISOKWUN 12572 TANGHOISI 97723 KUANSEKMANG 54863 LIOWAIMAN 99417 PUNSOKIENGALIÁS 66061 PANSHUYING

PorcausadosrepresentantesdosagregadosfamiliaresacimamencionadosnãocompareceremnoesteInstitutoparaescolhadehabitaçãoapósaemissãodasegundaconvocação,asrespectivascandidaturasserãoexcluídasnalistageral,deacordocomostermosdaalínea2)don.º5doartigo60.ºdaLein.º10/2011(Leidahabitaçãoeconómica)ealíneaa)doartigo14.ºdoRegulamentodeAcessoàCompradeHabitaçõesConstruídasnoRegimedeContratodeDesenvolvimentoparaaHabitação,aprovadopeloDecreto-Lein.º26/95/M,de26deJunho,revistopeloRegulamentoAdministrativon.º25/2002. TendoesteInstitutopublicadoumanúncionaimprensadelínguachinesaelínguaportuguesa,nodia25deMaiode2012,asolicitaraosinteressadosacimamencionadosparaapresentaremporescritoassuascontestaçõespelosfactosacimareferidosnoprazode10(dez)diasacontardadatadepublicaçãodoreferidoanúncio,masnãofizeramaentregadassuascontestaçõesdentrodoprazoindicado,assimcomodadecisãododespachodosignatário,exaradonaInformaçãon.º 1845/DAHP/DAH/2012,asrespectivascandidaturasforamexcluídasdalistageraldeespera. Enostermosdosn.º21doDespachon.º09/IH/2012,revistopeloDespachon.º20/IH/2012,eartigo155.ºdoCódigodoProcedimentoAdministrativo,aprovadopeloDecreto-Lein.º57/99/M,de11deOutubro,cabemrecursohierárquiconecessáriodarespectivadecisãoadministrativa,aoPresidentedesteInstituto,noprazode30(trinta)diasacontardadatadepublicaçãodopresenteanúncio,orecursohierárquicotemefeitosuspensivo. AChefedoDepartamentode AssuntosdeHabitaçãoPública,substª.

NgLokMui 4deJulhode2012

A Direcção dos Serviços de Protecção Ambien-tal (DSPA) publicou a compilação de opiniões

sobre impacto ambiental. Para a po-pulação, de entre os temas referidos, os do estabelecimento do regime de avaliação do impacto ambiental (cerca de 17%), da organização do procedimento administrativo do regime de avaliação do impacto ambiental (cerca de 16%) e da par-ticipação do público (cerca de 14%) obtiveram a destacada preocupação, quer do público em geral quer dos sectores profissionais relacionados.

Para responder às 229 opiniões, a DSPA emitiu respostas integrais e iniciais no sentido de permitir um melhor conhecimento dos cidadãos sobre as ponderações e expectativas referentes ao regime de avaliação do impacto ambiental de Macau. Ao mesmo tempo, a DSPA apresentou, ainda, a programação de activida-des posteriores que permitirão o desenvolvimento de estudos mais aprofundados sobre a execução do regime de avaliação do impacto am-

DSPA lança as opiniões recolhidas sobre avaliação do impacto ambiental

Muitas águas de bacalhau

biental em Macau, inclusivamente, a definição de procedimentos, guias técnicas de adaptação e instruções do regime de avaliação do impacto ambiental no sentido de estimular a institucionalização deste regime. Para pormenores, solicitamos que consulte a “Compilação das

opiniões recolhidas sobre o texto exploratório para a criação de um regime de avaliação do impacto ambiental”.

O BÁSICO DOS BÁSICOSTendo por objectivo divulgar ao público os conhecimentos básicos

sobre a avaliação do impacto am-biental, esclarecer os conceitos e elevar o nível de conhecimento dos sectores sociais sobre o regime de avaliação do impacto ambiental, a DSPA durante o período compre-endido entre 6 de Agosto a 7 de Setembro do ano passado, publicou

o «Texto exploratório para a cria-ção de um regime de avaliação do impacto ambiental», assim como promoveu uma ampla consulta de opiniões e sugestões do público sobre o texto exploratório, tendo realizado um seminário destinado a especialistas, um intercâmbio destinado aos sectores relaciona-dos, sessões de apresentação ao público, bem como uma palestra destinada aos jovens, no sentido de efectuar a recolha de opiniões por diversas formas e meios, por exem-plo, através de telefone, correio electrónico, telefax e publicação em jornais, entre outros, de modo a auscultar as opiniões sobre o regime de avaliação do impacto ambiental junto do público, de especialistas dos sectores profis-sionais, associações e instituições e entidades governamentais.

Atendendo à necessidade de organizar e analisar as opiniões e sugestões recolhidas, a DSPA encarregou uma terceira parte independente da realização, da ordenação, da estatística e da análise das mesmas. Baseando-se nas informações obtidas, a DSPA elaborou o documento no intuito de permitir a tomada de conhe-cimento oportuna pelas camadas sociais sobre as diversas opiniões e recomendações apresentadas acerca da matéria.

13vidasegunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo

Sabia que...

Pinguins da Patagónia perdidos nas praias do Rio de JaneiroCerca de 40 pinguins, pelo menos, foram vistos e resgatados nas praias do Rio de Janeiro. As aves marinhas da Patagónia, no Sul do continente, normalmente viajam até ao Sul do Brasil, mas estas acabaram por nadar até à orla costeira da “cidade maravilhosa”. Os pinguins da espécie Spheniscus magellanicus, conhecidos como pinguim-Magalhães deram à costa nestes últimos dias e foram resgatados pelos bombeiros no Rio de Janeiro. Por terem viajado muitas mais centenas de quilómetros do que o habitual, os pinguins emagreceram e estão muito cansados. Os bombeiros levaram-nos para instituições de acolhimento como a Patrulha Ambiental, da Secretaria municipal de Meio Ambiente. Três dos pinguins recolhidos não chegaram vivos às instituições de acolhimento, avança o site da Globo. Nos centros, as aves têm sido vigiadas e alimentadas. Apesar disso, dificilmente irão voltar para o seu habitat natural. As associações ainda vão decidir o destino final destes pinguins. O pinguim-Magalhães vive no Sul da América do Sul, na região da Patagónia que abarca o Sul do Chile e da Argentina. Este fenómeno, dos pinguins desviarem-se das rotas normais de migração, não é inédito. Os pinguins mais jovens perdem-se no meio do mar e acabam levados pelas correntes marítimas.

... só num ano, teríamos lixo suficiente para encher uma fila de caixotes da Terra à lua? E ainda não se lembraram de o deixar por lá...

HOJE NO PRATOPaula BichoNaturopata e Fitoterapeuta • obichodabotica@gmail.com

NOME BOTÂNICO: Prunus amygdalus var. dulcis (Mill.) KoehneFAMÍLIA: Rosaceae

Originária das regiões quentes da Ásia, para alguns autores, ou da região medi-terrânica, para outros, a Amendoeira é cultivada há milhares de anos em ambos os locais. Planta bíblica, simbolizava a aprovação divina, estando também associada à virgindade e ao casamento. Tradicionalmente, cinco Amêndoas eram oferecidas aos recém-casados numa alusão aos cinco atributos de um casa-mento feliz: saúde, riqueza, felicidade, fertilidade e longevidade.A Amêndoa é o seu fruto e, por extensão, a sua semente. Existem duas variedades distintas de Amendoeiras: a que produz sementes doces, utilizada na alimen-tação, e a que dá sementes amargas (Prunus amygdalus var. amara (Duhamel) Focke), usada em cosmética e licores.

COMPOSIÇÃOAlto teor em gorduras benéficas para o organismo, proteínas e fibras, e pequena quantidade de hidratos de carbono; rique-za em vitaminas (B1, B2, B3, B5, B6, biotina, ácido fólico, C, E), sais minerais (cálcio, fósforo, magnésio, potássio) e oligoele-mentos (cobre, ferro, iodo, manganês, selénio e zinco); fonte de antioxidantes e fitosterois. A Amêndoa completa é mais rica em fibras, vitaminas, sais minerais e antioxidantes do que a Amêndoa pelada.Este fruto seco é considerado um alimento de excursão: calórico e energético, de elevado valor nutritivo e ocupando muito pouco espaço.

ACÇÃO TERAPÊUTICA / OUTRASPROPRIEDADESPela sua grande riqueza nutricional e energética, a Amêndoa é um alimento imprescindível numa alimentação sau-dável, sendo particularmente indicado durante o crescimento, na gravidez e lactação, e em asténicos, convalescen-tes e idosos; é ideal para vegetarianos pelo seu aporte proteico e mineral. Este fruto seco é igualmente remineralizante do organismo, fortalecendo os ossos e proporcionando força muscular.Excelente para o sistema cardiovascular, a Amêndoa apresenta uma acção protectora sobre o coração e vasos sanguíneos: é antioxidante, reduz os níveis elevados de colesterol sempre associados à ate-rosclerose e doenças cardiovasculares, fortalece as paredes das veias melhorando a circulação venosa e combatendo as varizes. Este fruto seco ajuda a eliminar o excesso de acidez no sangue e é consi-

derado antianémico. O seu baixo teor em hidratos de carbono tornam-no indicado para diabéticos. Apesar de calóricas, uma dieta rica em Amêndoas aumenta a saciedade e contribui para a perda de peso.Sedativa e tónica, a Amêndoa equilibra e nutre o sistema nervoso e o cérebro, estimula a memória e a concentração, e favorece o sono, fazendo maravilhas em períodos de fadiga intelectual. Consta que também alivia os sintomas associa-dos ao consumo exagerado do álcool.

COMO CONSUMIRAs amêndoas podem ser adquiridas com casca (o fruto) ou sem casca (a semente); neste último caso, pode ainda optar entre as amêndoas com ou sem pele, inteiras, lascadas ou picadas. Quanto maior for a exposição ao ar, menor o tempo de conservação; em qualquer dos casos deve armazenar em local seco, fresco e escuro.Se a amêndoa inteira for ligeiramente indigesta, opte pelas amêndoas peladas e pode mesmo torrá-las, o que aumenta a sua digestibilidade e o seu sabor. Apesar de muito saudável, este fruto seco deve ser consumido com moderação, devido ao seu alto teor em gorduras e concentração calórica. Pela energia que proporciona é ideal no Outono e Inverno, sendo muito aconselhado para o pequeno-almoço.Sugestões:• Comidas inteiras e com pele, ao natural.• Em papas de cereais com leite ou iogurte.• Em saladas de vegetais.• Adicionadas ao arroz, massas, cuscuz ou pratos vegetarianos.• Em molhos.• Em bolos, tartes, doces, crepes e gelados.• Em pasta: Manteiga de Amêndoa para barrar no pão ou tosta, como substituto saudável da manteiga, queijo ou compota.• Em bebida: Leite de Amêndoa, como substituto do leite ou de outra bebida. • Especialmente recomendado como laxante suave, nas inflamações no tubo digestivo ou das vias respirató- rias, e na tosse.

PRECAUÇÕESPor vezes, são utilizadas sementes de Damasco ou Amêndoas amargas para falsificar as Amêndoas, o que é perceptível ao paladar. Ambas possuem glicósidos cianogénicos (amigdalina), que no organismo libertam ácido cia-nídrico; porém, o risco de intoxicação é superior nas Amêndoas amargas, pelo que devem ser evitadas.

Amêndoa

O secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, esteve presente na cerimónia de inauguração da Semana da Ciência e Tecnologia 2012 e Exposição de Generalização da Ciência. Como a foto documenta, o responsável do Governo ainda teve tempo para brincar com um dos robôs expostos

LAU E O ROBÔ

GONÇ

ALO

LOBO

PIN

HEIR

O

14 cultura segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.mo

O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Portas, entregou a António Caeiro, de-

legado da Agência Lusa na capital chinesa, a comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelo “contributo ao jornalismo e à aproximação entre Portugal e a China”.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros concretizou, assim, num evento que decorreu nas instalações da embaixada de Portugal em Pequim, a entrega de uma distinção anunciada pelo Presidente da República na cerimónia do Dia de Portugal e das Comuni-dades, no passado dia 10 de junho.

Para além de António Caeiro, também Renato Roldão, um jovem empresário, presi-dente do Conselho Empresarial da embaixada portuguesa em Pequim, recebeu das mãos do ministro dos Negócios Estrangeiros o grau de oficial da Ordem do Infante D. Henrique. “Sinto-me muito honrado, eu e a minha família. Esta é uma distinção de um tipo de jornalismo

que é o de uma agência noticiosa, que muitas vezes passa despercebido, feito por um repórter mais modesto, mas que, pelos vistos, tem a importância que acaba de ser reconhecida”, afirmou António Caeiro à Lusa.

Com 62 anos, o jornalista António Caeiro começou a sua carreira há mais de 35 anos, somando já década e meia a viver na China. Jornalista profissional desde a primavera de 1975, começou a sua carreira no Jornal Novo, ingressando na agência ANOP, antecessora da Lusa, em 1978.

Ao longo dos anos, trabalhou também na Rádio Comercial e colaborou regularmente com os jornais Publico, Expresso e A Bola. Entre Novembro de 1988 e Dezembro de 1990, António Caeiro dirigiu a delegação da agência Lusa em Cabo Verde, tendo depois assumido funções como delegado em Pequim entre Janeiro de 1991 e Julho de 2002.

Em 2002, o jornalista regressou à sede da

agência Lusa em Lisboa, onde foi editor de Sociedade e de Cultura e em Setembro de 2008 reassumiu o posto de delegado da agência Lusa em Pequim, onde permanece actualmente.

O Presidente da República condecorou mais de três dezenas de personalidades e instituições por ocasião do 10 de Junho, entre os quais o sociólogo António Barreto, o historiador José Hermano Saraiva e o general Pinto Ramalho, antigo chefe de Estado-Maior do Exército e, a título póstumo, Diogo Vasconcelos, antigo presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, que foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Para além de António Caeiro, foram na mesma ocasião agraciados, como comenda-dores da Ordem do Infante D. Henrique, o director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, João Fernandes, o artista plástico Pedro Calapez e a fadista Celeste Rodrigues.

Andreia Sofia Silvaandreia.silva@hojemacau.com.mo

O próximo presidente do Instituto Português do Oriente (IPOR) será escolhido de entre os

candidatos que se apresentem a um “concurso por motivo de in-teresses”. Mas enquanto isso não acontece, Rui Rocha prolonga a sua posição na presidência do IPOR até a chegada do seu substituto, que acontece a 1 de Setembro. “Houve um pedido formal por parte dos associados para eu continuar até finais de Agosto, se bem que vou continuar de uma forma não tão presente”, explicou Rui Rocha.

Ana Paula Laborinho, que integrou a comitiva que trouxe Paulo Portas à China, confirmou a manutenção transitória e fez um balanço do processo.

Até ao dia 25 de Julho todas as candidaturas terão de ser apresenta-

Os associados do Instituto Português do Oriente pediram a Rui Rocha para continuar como presidente até ser escolhido um nome para o substituir. O processo deverá ser concluído durante o mês de Agosto, para que o novo nome tome posse a 1 de Setembro, garantiu Ana Paula Laborinho

Novo presidente do IPOR escolhido em Agosto

Rui Rocha com funções transitórias

Portas entrega comenda da Ordem do Infante D. Henrique a jornalista da Lusa

O comendador Caeiro

das, acompanhadas com uma carta de motivação. Depois, a 1 de Setembro o novo presidente do IPOR tomará posse, não havendo, até à data, qual-quer nome, nem mesmo de Portugal. “Esta é uma forma de fazermos um concurso mais aberto, e que permite que todos os interessados se possam apresentar com esta manifestação de interesses”, disse Ana Paula Laborinho.

Contudo, existe um perfil pretendido. “Precisamos de uma

pessoa que lidere projectos na área da língua, que tenha conhecimento de politica externa portuguesa, que tenha experiência do Instituto Ca-mões (IC), essas são características fundamentais”, acrescentou.

Quanto ao aumento do número de alunos que frequentam o IPOR, a presidente do IC garante que decorre do maior “interesse da China e de Macau no ensino do português”. “Temos vários pro-jectos que estão a ser solicitados

a Portugal, e temos esperança que numa melhor articulação com o IC possamos responder a esse interesse da RAEM e da China.”

LABORINHO NÃO FOI AO IPOREste fim-de-semana decorreu a sessão de entrega dos diplomas aos alunos do IPOR que concluíram o 10º nível do ensino do português como língua estrangeira. Tal evento deveria ter contado com a presença de Ana Paula Laborinho, mas à úl-

tima da hora houve uma desmarca-ção. “Estive a acompanhar o senhor ministro”, foi a explicação dada pela responsável, que falou ainda dos objectivos desta viagem. Trata-se de uma “afirmação por parte do governo de Portugal face à impor-tância da língua na sua diplomacia. Não só diplomacia cultural como na sua relação com a diplomacia económica, visto que o português cada vez mais é aprendido no mun-do por razões económicas”, disse a presidente do IC.

Na mala de viagem, Laborinho trouxe a apresentação de novas plataformas de aprendizagem às instituições de ensino locais. “Es-tamos a desenvolver com a Leya, mas temos também outros projec-tos com outros grupos editoriais. Visa responder a necessidades que nos têm sido colocadas para existir mais materiais audiovisuais e, sobretudo, utilizar as bases de e-learning e b-learning.”

FUSÃO QUASE PRONTA1 de Setembro é também a data para que o novo IC comece a funcionar. A fusão com o Instituto Português de Apoio ao Desenvol-vimento (IPAD) vai “estar termi-nada no final do mês de Agosto”, e Laborinho pretende apostar nas parcerias. “Sabemos que Portugal tem um papel relevante ao nível da cooperação na área educativa, e na-turalmente que o IC tem projectos. Trata-se também da maneira de melhorar o trabalho conjunto e al-cançar sinergias. É este o objectivo desta fusão”, rematou Laborinho.

15desportosegunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo

CHAN Sok Ieng corre pelo sonho de chegar à final de um campeonato mundial de atletismo,

Johnny Siu forma jovens talentos e Hetzer Siu luta pela integração social, todos ao abrigo de um projeto comum: o Macau Special Olympics.

Aos 20 anos, Chan Sok Ieng ‘provou’ o sabor de mais de uma dezena de medalhas, conquistadas com as cores de Macau, mas o mo-mento “inesquecível” foi quando colocou o pé pela primeira vez num ‘starter’ durante uma prova de 400 metros em Xangai.

A Austrália foi o destino que mais gostou entre aqueles que o atletismo lhe proporcionou co-nhecer desde que deu as primeiras corridas, aos 12 anos. Hoje, à rotina dos treinos quatro vezes por semana, junta-se o trabalho que realiza como assistente na Macau Special Olympics (MSO), um projecto com 25 anos de história [ver caixa].

No horizonte, a meta que se afigura mais próxima é a dos Jogos Paralímpicos de Londres 2012, mas ainda não tem o “bilhete” na mão: falta o Comité Paralímpico Internacional pronunciar-se sobre o “estatuto” da atleta. Embora cumpra os mínimos, tem de se atestar que tem uma deficiência intelectual, explica Johnny Siu, treinador de natação da MSO. “Fizemos tudo, enviámos a docu-mentação, os relatórios médicos, se ela não for é injusto”, apon-tou Johnny Siu, que serviu de tradutor no diálogo com a atleta que presta provas nos 400, 800 e 1.500 metros e que sonha vir um dia a treinar crianças. Quando o relógio permite, Chan Sok Ieng, de amistosa expressão tímida, gosta de navegar na internet e de ler.

A PISCINA DE SIUJá a ‘praia’ de Johnny Siu é a pisci-na. Treina 16 jovens, a maioria ra-pazes, desfrutando da “experiência especial” do “part-time” que divide com a função pública. A aventura iniciou-se em 1998, depois de ter aceitado ser voluntário, cedendo ao “espicaçar” de um amigo, e hoje é com “orgulho” que constata que já lhe passaram pelas mãos várias gerações.

Johnny Siu pode ensinar as primeiras braçadas a crianças com seis anos, apesar de estes só terem possibilidade de começar a competir aos oito. “Nós ganhamos mais do que eles”, avalia Johnny Siu, a quem os pupilos tratam por

Equipa de Jaime Pacheco ganha em casa e sobe ao terceiro lugar

Special Olympics e as experiências do movimento

O sonho comanda a vida

Um grande grupo de trabalho

‘mister’, mas só inicialmente. “Chamam-me irmão, amigo”, conta.

“Talvez ainda haja um pouco de preconceito, mas não tanto como no passado”, considera, indicando que “trabalhar para que [as pessoas com deficiência] se possam inte-grar e dizer o que pensam e sentem é o mais importante”.

SOCIEDADEAINDA ALHEADAO maior desafio para Hetzer Siu, diretor da MSO, é precisamente a sociedade. “Não compreendem muito bem. Dizem ‘gosto muito deles’, mas desde que não se aproximem”, lamenta, realçando a importância de “educar”.

Hetzer Siu é assistente social há 13 anos, nove dos quais ao serviço do Special Olympics. Embora a sua função seja hoje a de administrar, coordenar, tratar da papelada e ge-rir a empresa social, nunca deixou o trabalho de campo. “Mantenho o contacto, cerca de dez horas de interação por semana”, disse Het-zer Siu que também não dispensa as partidas de futebol.

Vários anos volveram desde a primeira experiência, mas as memórias ficaram. “Realmente não sabia como ensiná-los, foi muito desafiante porque nunca tinha tido contacto (…), mas depois da segunda ou da terceira vez fiquei muito feliz porque me divertia imenso”.

Desde 1997 cerca de 200 pes-soas com deficiência intelectual tiveram um posto de trabalho na empresa social, “plataforma” para um futuro emprego lá fora. Depois, explicou, “quando têm um bom desempenho transferimo-las para uma empresa”.

A integração no mercado labo-ral vai-se fazendo, mas poderia ser melhor, diz. “O Governo não tem realmente encorajado as empresas a contratar pessoas com deficiência (…), nunca elaboraram políticas para apoiar o recrutamento. O Governo diz ‘muito bem’, mas não apoia realmente”, avalia Hetzer Siu.

O Beijing Guo’An, equipa orientada pelo técnico português Jaime Pacheco, venceu em casa o Guangzhou R&F por 1-0, subindo ao terceiro lugar da Superliga chinesa em futebol. O Beijing Guo’An

foi também a equipa que mais atacou, mas o golo da vitória surgiu apenas no 63.º minuto do jogo. Ao fim da 16.ª jornada, a equipa de Jaime Pacheco soma 28 pontos, menos oito do que o líder e actual detentor

do título, o Guangzhou Evergrand. A outra equipa orientada por um técnico português - o Dalian Shide, de Nelo Vingada, que ocupa a 11ª posição, com 16 pontos - só joga hoje, no campo do Changchun.

Com 25 anos de história, a Macau Special Olympics (MSO) apoia hoje um universo de mil pessoas com deficiência intelectual, num projecto que evoluiu e vive muito do trabalho de um “grande grupo” que “dá sem pensar em receber”. Antes ou depois do emprego, ao fim de semana, na folga ou durante as férias, são cerca de 800 os voluntários que garantem as mais de 160 actividades anuais da MSO. Do desporto, à assistência social, ao ensino, até ao emprego, o movimento foi ganhando dimensão

e hoje tem mais de 1.000 membros. “Providenciamos todo o tipo de ajuda. (…) A cultura chinesa está a evoluir e a vir mais para fora e a rede tem crescido nos últimos anos, o que significa que há cada vez mais pais que vêm procurar ajudar os seus filhos. É um bom sinal”, avalia a presidente da MSO, Ada Lo, em entrevista à agência Lusa. Na liderança do movimento há três anos, mas voluntária desde 2003, Ada Lo defende que o trabalho fundamental foi feito ao longo dos 25 anos da

MSO, perspectivando um horizonte ainda melhor, face “aos progressos dos últimos anos, desde o apoio por parte do Governo, à aceitação por parte da comunidade”. “As famílias também aceitam melhor que é um facto que não podem mudar. Temos uma rede de apoio às famílias e o que tentamos fazer é treinar o ‘líder’ para falar com os outros pais (…). Eles são as únicas pessoas que os podem melhor ajudar, podendo tornar-se os melhores assistentes sociais de sempre”, diz.

16 publicidade segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.mo

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N° 358/AI/

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se NGUYEN THI XOAN (portadora de passaporte de Vietname nºB0580xxx) , que na sequência do Auto de Notícia nº 9/DI-AI/, de 06.., levantado pela DST e por despacho de 06.., exarado no Relatório nº 384/DI/, de 27.., foi desencadeado procedimento sancionatório, por controlar a fracção autónoma situada na Travessa da Amizade N° 82, Edifício Centro Internacional de Macau, Bloco 8, 6° andar D e utilizada para a prestação ilegal de alojamento.-----------------------No mesmo despacho foi determinado, que deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito. Nos termos do n° 2 da artigo 14° da Lei n° 3/2010 não é admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A matéria constante daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 2º da Lei n° 3/2010, tal facto é punível nos termos no n° 1 do artigo 10º da Lei n° 3/2010.------------------------------------------------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d'Assumpção nºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18° andar, Macau.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, em Macau, aos 6 de Julho de 2012. O Director dos Serviços, Subst°., Manuel Gonçalves Pires Júnior

MANDADO DE NOTIFICAÇÃO N.° 409/AI/

-----Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal, pelo presente notifique-se LAW, Fu Keung (portador de Hong Kong Permanent Identity Card nº H1033xx(x)), WANG JIN (portador do pas-saporte da China nº G40642xxxx) e LI SHAOJUN (portador do salvo-conduto duplo com autorização para deslocação à RAEM nº W37499xxx), que na sequência do Auto de Notícia n.º 34/DI-AI/ de 25.., levantado pela DST, por prestação ilegal de alojamento da fracção autónoma situada na Avenida da Amizade nºs 361-B – 361K, Edifício I On 17º andar A, bem como por despacho de 06.., exarado no Relatório n.º 434/DI/, de 28.., foi determinada a aplicação de uma multa de $200.000,00 (duzentas mil patacas), e ordenada a cessação imediata da prestação ilegal de alojamento no prédio ou da fracção autónoma em causa, nos termos do n.˚1 do artigo 10.º e n.˚1 do artigo 15.°, todos da Lei n.º 3/2010.-----------------------------------------------------------------------------O pagamento voluntário da multa deve ser efectuado no Departamento de Licenciamento e Inspecção destes Serviços, no prazo de 10 dias, contado a partir da presente publicação, de acordo com o n.° 1 do artigo 16.° dos Lei n.° 3/2010, findo o qual será cobrada coercivamente através da Repartição de Execuções Fiscais, nos termos do n.° 2 do artigo 16.° do mesmo diploma.-----Da presente decisão cabe recurso contencioso para o Tribunal Administrativo, a interpor no prazo de dias, conforme estipulado na alínea do n.° 2 do artigo 25.° do Código do Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 110/99/M, de 13 de Dezembro e no artigo 20.° da Lei n.° 3/2010.--------------------------------------------------------------------------------------Há lugar à execução imediata da decisão caso esta não seja impugnada.-----------------------------------------------------------O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licen-ciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, em Macau, aos 6 de Julho de 2012. O Director dos Serviços, Subst°., Manuel Gonçalves Pires Júnior

AVISO N.° 64/2012

-----Atendendo à gravidade e às circunstâncias das infracções, de acordo com o prescrito no art.° 72.o, con-jugado com o art.° 76.o, ambos do Decreto-Lei n.o 48/98/M, de 3 de Novembro, pelo presente faz-se público que, a Sociedade “Agência de Viagens e Turismo Phoenix, Limitada”, titular da licença de Agência de Via-gens “Agência de Viagens e Turismo Phoenix, Limitada”, sita na Avenida 1.° de Maio n.° 327, Edf. “Polytec Garden”, r/c, Loja M, Macau, na sequência do Auto de Notícia n.° 120/DI/2010, levantado pela DST aos 15.06.2010, e por despacho do Exmo. Senhor Director dos Serviços, de 22.06.2012, exarado no Relatório n.° 287/DI/2012, de 12.06.2012, lhe foi aplicada a multa de $40,000.00 (quarenta mil patacas), nos termos do art.° 82.°-A do Decreto-Lei n.° 48/98/M, de 3 de Novembro, com a nova redacção dada pelo Regulamento Administrativo n.° 42/2004, de 30 de Dezembro, por infracção ao disposto ao art.° 34.°- “Nas viagens turísti-cas colectivas é obrigatório o acompanhamento por guia turístico”, do mesmo diploma, , sanção que lhe foi notificada através do Mandado de Notificação n.o 62/2012, de 22.06.2012.------------------------------------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 5 de Julho de 2012. O Director dos Serviços, Subst°., Manuel Gonçalves Pires Júnior

AVISO N.° 65/2012

-----Atendendo à gravidade e às circunstâncias das infracções, de acordo com o prescrito no art.° 72.o, conjugado com o art.° 76.o, ambos do Decreto-Lei n.o 48/98/M, de 3 de Novembro, pelo presente faz-se público que, a Sociedade “Agência de Viagens e Turismo Phoenix, Limitada”, titular da licença de Agência de Viagens “Agência de Viagens e Turismo Phoenix, Limitada”, sita na Avenida 1.° de Maio n.° 327, Edf. “Polytec Garden”, r/c, Loja M, Macau, na sequência do Auto de Notícia n.° 121/DI/2010, levantado pela DST aos 15.06.2010, e por despacho do Exmo. Senhor Director dos Serviços, de 22.06.2012, exarado no Relatório n.° 288/DI/2012, de 12.06.2012, lhe foi aplicada a multa de $40,000.00 (quarenta mil patacas), nos termos do art.° 82.°-A do Decreto-Lei n.° 48/98/M, de 3 de Novembro, com a nova redacção dada pelo Regulamento Administrativo n.° 42/2004, de 30 de Dezembro, por infracção ao disposto ao art.° 34.°- “Nas viagens turísticas colectivas é obrigatório o acompanhamento por guia turístico”, do mesmo diploma, , sanção que lhe foi notificada através do Mandado de Notificação n.o 63/2012, de 22.06.2012.------------Direcção dos Serviços de Turismo, aos 5 de Julho de 2012. O Director dos Serviços, Subst°., Manuel Gonçalves Pires Júnior

NOTIFICAÇÃO EDITAL N.º 93/2012(Reparação coerciva)

João Paulo Sou, Chefe do Departamento de Inspecção do Trabalho Substituto, manda que se proceda, nos termos do n.º 3 do artigo 9.º e dos artigos 11.º, 14.º e 15.º do Regulamento Administrativo n.º 26/2008 – Normas de funcionamento das acções inspectivas do trabalho conjugados com o artigo 58.º, 72.º n.º 2 e 136.º n.º 2 do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, à notificação da transgressora sociedade “COMPANHIA CORONA MODA MACAU LIMITADA”, sita na 澳門氹仔望德聖母灣大馬路威尼斯人度假村大運河購物中心 2212a 號舖, para no prazo de 15 (quinze) dias, a contar do 1.º dia útil seguinte à da publicação dos presentes éditos, proceder ao pagamento das multas aplicadas por prática das transgressões laborais abaixo indicadas, devendo ainda, nos 5 (cinco) dias subsequentes ao do termo do atrás citado prazo, fazer prova dos pagamentos efectuados.

1. Auto n.º 117/0708/2012, de 3 de Abril de 2012, aplicado à aludida transgressora a multa no valor de Mop$20.000,00 (vinte mil patacas), por prática da transgressão laboral prevista na alínea 3) do artigo 29.º da Lei n.º 7/2008 – Lei das relações de trabalho, de 18 de Agosto e punida na alínea 1) do n.º 2 do artigo 85.º da mesma Lei.

2. Notificação n.º 97/R/2012, de 7 de Maio de 2012, aplicado à aludida transgressora a multa no valor de Mop$2.000,00 (duas mil patacas), por prática de infracção administrativa prevista no artigo 31.º da Lei n.º 7/2008 – Lei das relações de trabalho, de 18 de Agosto, e punida na alínea 3) do n.º 2 do artigo 88.º da mesma Lei.

A cópia do auto, notificação e a guia de depósito relativas ao n.º 1 acima referido, e as cópias da informação e do despacho, notificação e a guia de depósito relativas ao n.º 2 acima referido deverão ser levantados, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Inspecção do Trabalho, sita na Avenida do Dr. Francisco Vieira Machado, n.os 221 a 279, edifício “Advance Plaza”, 1.º andar, Macau, sendo facultada a consulta do processo em causa, instruído por estes Serviços.

Decorridos os prazos, sem que tenha sido dado cumprimento à presente notificação, seguir-se-á a tramitação judicial, com a remessa do auto ao Juízo acerca da circunstância ao n.º 1 acima referida, e para o n.º 2, as cópias de todos os documentos acompanhadas do comprovativo de cobrança coerciva serem remetidos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para ser efectuada a cobrança coerciva nos termos legais.

Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais – Departamento de Inspecção do Trabalho, aos 4 de Julho de 2012. O Chefe de Departamento Substituto, João Paulo Sou

TDM13:00 TDM News - Repetição13:30 Jornal das 24h RTPi14:45 RTPi Directo18:00 Música Movimento (Repetição)18:30 Contraponto (Repetição)19:30 Resistirei20:30 Telejornal21:00 TDM Desporto22:10 Aquarela do Brasil23:00 TDM News23:30 Linha da Frente00:15 Telejornal - Repetição01:45 RTPi Directo

INFORMAÇÃO TDM

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STAR Sports10:00 The Championships, Wimbledon 201214:00 FIA F1 World Championship 2012 - Raceday British Grand Prix 14:45 FIA F1 World Championship 2012 - Main Race British Grand Prix 16:45 FIA F1 World Championship 2012 - Chequered Flag British Grand Prix 17:30 The Championships, Wimbledon 2012 Day #13 Highlights18:30 The Championships, Wimbledon 201220:30 When The Games Begin21:30 (LIVE) Score Tonight 201222:00 Intercontinental Rally Challenge 201222:30 FIA F1 World Championship 2012 - Highlights British Grand Prix

FOX Movies11:00 A Knight’S Tale13:15 The Incredibles15:15 Transporter 216:45 You Again18:40 Angels & Demons21:00 U2 = Bbc22:00 U2 - From The Sky Down23:35 The Other Side Of The Tracks

HBO12:20 Green Zone14:15 Half Past Dead 16:00 3:10 To Yuma18:00 Superman/Batman19:10 Hollywood Buzz19:40 Robin Hood22:00 Kick-Ass23:55 Strike Back00:45 American Pie 2

Cinemax12:15 A Gathering of Old Men13:45 Colors15:45 Heaven’s Gate19:15 The Hunting Party21:00 Roadhouse 6622:45 West Side Story

17futilidadessegunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo

[Tele]visão

Aqui há gato

Sudoku [ ] Cruzadas

REGRAS |Insira algarismos nos quadrados de forma a que cada linha, coluna e caixa de 3X3 contenha os dígitos de 1 a 9 sem repetição

SOLUÇÃO DO PROBLEMADO DIA ANTERIOR

SOLUÇÕES DO PROBLEMA

HORIZONTAIS: 1-Eriçou. Opus (abrev. mus.). 2-Vianense. Pessoa, sujeito. 3-Depois de. Elogies. 4-Idolatram. Arbusto euforbiáceo do chauchu. 5-Tratar com cuidado. Setembro (abrev.). 6-4 (Rom.). Notas. Pronome pessoal. 7-Tal com foi ditto. Deduz, acerta. 8-Pérsico. Efeito do trabalho. 9-Tens amuo. Enseada. 10-Quinhão. Desfeado. 11-Aqueles. Causar marasmo.

VERTICAIS: 1-Avenida (abrev.). Prudente como um bispo. 2-Achavam graça. Chegámos. 3-Homem entre a infância e a adolescência. Não cozidos. 4-Xarope de vinho e mel. Brotam. 5-Bases. Francos, dedicados. 6-Cidade da Babilónia. Convenção, tratado. Graça ou elegância de porte. 7-Circulai. Apre!. 8-Joeirar. Aqueles que manisfestam snobismo. 9-Espécie de cegonha pequena. Destapem. 10-Faças um operação. Porto interior. 11-Nota de classificação igual ou superior a metade do valor máximo da escala (Esc.). Autor (Suf.).

HORIZONTAIS: 1-ARREPIOU. OP. 2-VIANES. TIPO. 3-APOS. GABES. 4-AMAM. PIRIRI. 5-B. ZELAR. SET. 6-IV. LECAS. SI. 7-SIC. ATINA. V. 8-PERSIO. OBRA. 9-AMUAS. ABRA. 10-DOSE. AFEADO. 11-OS. MARASMAR.VERTICAIS: 1-AV. ABISPADO. 2-RIAM. VIEMOS. 3-RAPAZ. CRUS. 4-ENOMEL. SAEM. 5-PES. LEAIS. A. 6-IS. PACTO. AR. 7-O. GIRAI. AFA. 8-UTAR. SNOBES. 9-IBIS. ABRAM. 10-OPERES. RADA. 11-POSITIVA. OR.

PORTASE O EPICURISMO CHINÊSO ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros esteve a fazer um périplo pela China para tentar “vender” Portugal. Houve conversa para todos gostos. Falou-se de dívidas. Falou-se do estado caótico da economia europeia. Falou-se de azeites, cavalos, vinhos, chouriços e queijos.De facto, Portugal pode dar-se ao luxo de ter óptimos azeites, vinhos de excelência, chouriços saborosos, queijos requintados e uma das mais importantes raças de cavalos do mundo: o Puro Sangue Lusitano.Os chineses ouviram e interessaram-se. Parece que o crescimento da China leva-a a ser mais gourmet. O povo, com maior ou menor dificuldade, vai aumentando o seu poder de compra. E há que experimentar as boas coisas da vida. Epicuro de Samos, filósofo grego, acreditava que o maior bem era a procura de prazeres moderados de forma a atingir um estado de tranquilidade. É isso que os chineses agora estão a procurar fazer. Talvez de uma forma pouco moderada, é certo, mas na plena procura dos prazeres da vida.E Paulo Portas, qual Pai Natal, trouxe algumas das coisas boas que Portugal possuí, mas também más. Começando pelas más, o ministro português veio dar a conhecer a real situação económica do país, os problemas sociais e toda a dívida soberana. Depois vieram as boas. Portas falou de turismo, de jogo, de gastronomia, de cavalos, entre outros aliciamentos.Em Macau, reforçou a sua posição e colocou o território – como se já não tivéssemos ouvido isso anteriormente – como plataforma entre a China, Portugal e os restantes Países Lusófonos.Mas Paulo Portas parecia um pouco cansado. “Vender” Portugal ao chinês pode parecer tarefa fácil, mas não é. O ministro teve de se superar e agora vamos esperar pelas cenas dos próximos capítulos. Para já, as sementes estão lançadas, basta Portugal saber regá-las para depois, quiçá, colher frutos. Ou não fosse Portas o “agricultor” e a China uma nação amiga há séculos.

Pu Yi

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SOFÁ DAS ILUSÕES • Gonçalo Lobo Pinheiro“A poesia de Gonçalo Lobo Pinheiro é o rastreio do sentir do poeta, enquanto ser humano, registando um desenrolar límpido e consequente, permitindo que o leitor se deleite nos seus percursos, lendo-a e relendo-a.” (do Prefácio, António MR Martins)

AS ORIGENS DA ORDEM POLÍTICA • Francis FukuyamaO mais recente livro de Fukuyama é uma viagem à história da humanidade, analisando as primeiras formas de Estado e as suas interpretações mais recentes. Reportando um vasto leque de conhecimentos - desde a história até à biologia evolutiva, passando pela arqueologia e a economia - este autor americano escreveu um livro brilhante e provocador, que propõe novas interpretações para a origem das sociedades democráticas, colocando questões essenciais sobre a natureza da política e o descontentamento que tem provocado.

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SALA 1PAINTED SKIN II [C]FALADO MANDARIM LEGENDADO EM CHINÊS E INGLÊSUm filme de: WuershanCom: Chen Kun, Zhou Xun, Mini Yang 14.30, 16.45, 19.15, 21.30

SALA 2THE AMAZING SPIDER-MAN [3D][B]Um filme de: Marc WebbCom: Andrew Garfield,, Emma Stone14.15, 16.45, 19.15, 21.45

SALA 3ABRAHAM LINCOLN: VAMPIRE HUNTER [3D] [C]Um filme de: Timur BekmambetovCom: Benjamin Walker, Anthony Mackie, Dominic Cooper14.30, 19.30, 21.30, 23.30

SALA 3ICE AGE 4: CONTINENTAL DRIFT [3D] [A]Um filme de: Steve Martino, Mike Thurrneier16.30

REFERIAS lavar as tuas fraldas ou usar os teus dez dentes para comer o pão-de-ló seco da avó Guilhermina?” Na mais tenra infância, os dilemas

com que os homens se desafiam uns aos outros mostram já o conceito que vai acompanhá-los por toda a vida: o gosto em dissertar sobre escolhas hipotéticas entre dois horrores.

Trata-se de um mundo obscuro para o sexo feminino, distante das subtilezas intelectuais deste jogo. A formulação para decidir uma escolha até abunda nas mulheres, mas, sejam quais forem as premissas imaginadas, a pergun-ta é sempre a mesma: hipótese A ou hipótese B, qual me faz mais parecer mais gorda?

O jogo dos dilemas é uma abstracção estimulante carimbada no ADN dos homens, confrontando-os com cenários de grande sofrimento que só eles entendem. Como ter o pénis do tamanho de um M&M. Ou ser do Sporting.

Este tipo de discussões académicas, profícuas em grupos onde as senhoras estão

18 opinião segunda-feira 9.7.2012www.hojemacau.com.mo

Na mais tenra infância, os dilemas com que os homens se desafiam uns aos outros mostram já o conceito que vai acompanhá--los por toda a vida: o gosto em dissertar sobre escolhas hipotéticas entre dois horrores

A vida dos homens é um dilema

“P

curva apertadaChico Moore

F I L Ó S O F O

ausentes, admite uma única variação: que horror suportariam para obter uma recom-pensa. Por exemplo: “nenhuma mulher seria capaz de te resistir, mas primeiro tinhas de ir à final do Europeu e, em frente ao estádio cheio, com transmissão em directo vista por milhões de pessoas, fazias um bobó ao Balotelli no meio do relvado”.

Em regra, segue-se um debate intenso, analisando ao máximo detalhe as premissas, com os presentes a bombardearem o autor do desafio com perguntas. “Podia levar uma máscara? Quanto tempo demorava? Tinha de ir até ao fim? Era antes ou depois de ele estar

suado?” Há respostas positivas e negativas, há argumentações capazes de convencer um júri empedernido, há comoções inesperadas. Até, claro, alguém lançar novo dilema.

A argumentação é o ponto máximo do dilema, superando a própria pergunta. “Pre-ferias casar-te ou saltar para dentro de um vulcão havaiano?” Quem puser uma cara resignada e responder a primeira opção, porque só assim se garante a sobrevivência, desilude duas vezes: por falhar a resposta e por achar que há vida no casamento. Até porque esta nem era uma pergunta difícil. Qualquer aprendiz de advogado sairia em ombros desenvolvendo uma tese sobre a qualidade dos modernos fatos de amianto e como permitem nadar na lava.

Quando o homem atinge idade mais avançada, ultrapassando a barreira dos 70 anos, nem por isso perde a acutilância do raciocínio teórico especulativo. Os dilemas continuam, embora pequem, às vezes, por desencadear desafios com o seu quê de déjà vu. “Preferias lavar as tuas fraldas ou usar os teus dez dentes para comer o pão-de-ló seco da avó Guilhermina?”

É inegável que a presença dos casinos americanos em Macau constituiu uma mais-valia para a cidade. A economia cresceu (não se diversificou, é certo) e a RAEM tornou-se na maior referência mundial do Jogo. Os cofres do governo não param de arrecadar mais e mais dinheiro, cabendo às “gentes de Macau” encontrar a melhor forma de o gastar. Na verdade, tudo poderia correr no melhor dos mundos, à maneira do Dr. Pangloss. Infelizmente não corre e uma das razões é sempre a mesma.

Chama-se Sands ou, se quiserem, Ve-netian. Ao contrário dos seus compatriotas competidores, Wynn e MGM, desde o início da sua presença em Macau que a empresa lide-rada por Sheldon Adelson tem sido uma fonte incessante de problemas. Se bem me lembro, a coisa começou logo mal, ainda durante o concurso, com uma série de trapalhadas que incluíram a mudança de representantes legais, idas e mais voltas a Pequim e, finalmente, uma estranha subconcessão que desvirtuou completamente a natureza do evento que era suposto só admitir três empresas.

Da noite para o dia, a Sands apareceu como subconcessionária da Galaxy, de-monstrando que, na prática, foram admitidas quatro empresas e não três. Esta situação levantou, como é natural, suspeitas sobre o processo que, infundadas ou não, em nada ilustraram o nome de Macau.

Claro que a subconcessão à Sands abriria o precedente que permitiu a instalação da Melco e da MGM, alterando completamente as intenções expressas pelo governo quando do concurso para a liberalização do Jogo.

Depois vieram as experiências mal sucedidas com quem a Sands colocou à frente das suas operações. Terá sido raro o alto responsável pelos casinos de Adelson em Macau que não tenha saído daqui de candeias às avessas com a empresa. Os tribunais americanos começaram a receber queixas e mais queixas, processos e mais processos que levaram, inclusivamente, um alto funcionário do governo da RAEM a depor em Las Vegas o que, diga-se, também em nada abona a região.

Repare-se que, nesse julgamento, assis-timos a um desfiar de justificações por parte do referido funcionário (Jorge Oliveira, da Comissão de Jogo) sobre o modo como foi conduzida a concessão do Jogo em Macau. Se isto não fosse humilhante per si e total-mente desnecessário, haveria ainda que per-guntar por que razão o governo local autoriza tal desempenho num território estrangeiro.

A coisa não ficaria, contudo, por aqui. Depois veio a “zanga”, nunca admitida mas

edi tor ia lCarlos Morais José

19opiniãosegunda-feira 9.7.2012 www.hojemacau.com.mo

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Uma incessante fonte de problemas

também nunca desmentida, com um dos mais prestigiados advogados desta praça, Jorge Neto Valente, que era só o administrador--delegado da empresa. Passou-se um período de confusão, indefinição, até que finalmente surgiu outro “peso-pesado” local, Leonel Al-ves, como advogado da Sands. Ora algo que permitiria prever alguma harmonia, devido ao conhecimento extensivo que o advogado, deputado, membro do Conselho Executivo e representante em Pequim tem de variadíssimos meandros, revela-se agora preocupante.

É que nem Leonel Alves, pelos vistos, escapa aos problemas que a empresa cria e que leva depois os Steve Jacobs deste mun-do a usar todo o tipo de munições em seus ataques. Ou seja: como confiar na Sands e nos seus representantes? Como credibilizar uma empresa que constantemente sofre con-vulsões internas com consequências danosas para a imagem internacional de Macau?

A questão agora levantada pelo Wall Street Journal prende-se com um certos pré-dios de apartamentos que a Sands pretende construir e explorar. Mas é sabido que no contrato de concessão vem explícito que as empresas não se podem dedicar a outros negócios que o Jogo e a hotelaria? Por que razão insiste Adelson em desafiar as regras e ainda por cima não satisfazer quem com ele trabalha, expondo a reputação de todos os que o rodeiam a eventuais difamações?

A verdade é que só esta empresa tem levantado problemas sérios a Macau. Cabe agora ao governo puxar-lhes as orelhas com firmeza e pensar muito bem se, quando da renovação do contrato de concessão, a Sands merece mesmo continuar em na RAEM.

Parece que cozinhar em Macau está a revelar-se demasiado quente para Adelson (1). Não sei se deveria sair da cozinha. Mas certa-mente que esta fonte incessante de problemas deveria secar.

(1) Quando nos primórdios da liberalização do jogo, Stanley Ho criticou alguns dos procedimentos de Adelson, este respondeu-lhe: “If it’s too hot for you, you better get out of the kitchen”.

Como confiar na Sands e nos seus representantes? Como credibilizar uma empresa que constantemente sofre convulsões internas com consequências danosas para a imagem internacional de Macau?

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car toonpor Steff

DEBANDADA

Ciclone A diferença entre um empregado asiático e outro português é que o asiático gosta de ter um patrão rico e bem assente. Já o português quer-lhe tirar a cadeira.POR FERNANDO

Melco Crown vai construir nas FilipinasA operadora Melco Crown assinou um contrato com um consórcio de empresas para construir um resort, com casino e hotel, em Manila, nas Filipinas, no valor de 7,8 mil milhões de patacas. O acordo está dependente da aprovação pela Autoridade da Zona Económica das Filipinas. Contudo, a Amusement and Gaming Corp já terá emitido uma licença provisória ao consórcio e pretende emitir uma licença de jogo regular de casino sobre a satisfação de certas condições. O investimento da Melco não deverá ultrapassar as 4,5 mil milhões de patacas – dos quais 2,5 mil milhões oriundos de empréstimo-, sendo o resto coberto pela associada filipina.

Entrevista-se a si mesmo 20 anos depoisUm norte-americano de 32 anos filmou, quando tinha 12, imagens nas quais fazia questões para que ele próprio as respondesse no futuro. Vinte anos depois, Jeremiah McDonald respondeu às questões que o próprio colocara a si mesmo, 20 anos antes. Filmou-se a responder às questões e depois editou as imagens, de forma a que entrevista parece decorrer em tempo real. O resultado foi um vídeo que está a causar sensação na Internet. A profissão de McDonald, cineasta, já levou muitos a criticar as imagens e a argumentar que são falsas. Certo é que o vídeo está a causar sensação no Youtube ultrapassando as 3,7 milhões de visualizações.

Orangotangodeixa de fumarJá era conhecida como a orangotango fumadora, mas os responsáveis do jardim zoológico de Taru Jurugu, na Indonésia, estão decididos a ajudar o animal a deixar o vício, que dura há 10 anos. A orangotango, chamada Tori, foi ganhando fama e é a delícia dos turistas no zoo, que lhe atiram cigarros acesos para dentro da jaula. Tori agradece e gesticula de forma semelhante aos humanos, segura o cigarro entre dois dedos e dá valentes “passas”, expelindo depois o fumo pela boca. Acontece que os responsáveis do zoo não aprovam a prática e pretendem levar Tori para longe dos humanos, e assim pôr um fim aos 10 anos de vício que leva. Tori será transferida para um outro zoo, em Solo, na ilha de Java. Após um período ainda por determinar a primata será transportada para uma ilha, onde viverá o resto dos seus dias em liberdade. Entretanto os responsáveis do zoo aguardam os resultados dos exames médicos a que Tori foi sujeita, de forma a avaliar os danos provocados pelo vício de fumar.

Turtle Giant no festival “Envol et Macadam”A banda de Macau Turtle Giant venceu o concurso Planetrox de Hong Kong e ganhou um passe para se apresentarem, no início de Setembro, no festival de música “Envol et Macadam” que acontece todos os anos no Quebeque, no Canadá. Os Turtle Giant conseguiram deixar para trás as outras quatro bandas, todas de Hong Kong: Venue, Refyi, Tie-Shu-Lan e Bomber. A banda pretende agora aproveitar a grande oportunidade para se mostrar na América do Norte, tentando assegurar concertos em Toronto e Montreal.

Deputado sacade pistola em debateUm deputado ameaçou disparar sobre outro em pleno debate televisivo, em directo, na Jordânia. O representante do Parlamento jordano trocava insultos com um antigo deputado de forma exaltada quando, sem que ninguém previsse, tira uma pistola da cintura e ameaça abrir fogo. Aconteceu, em directo, no canal televisivo privado Jo Sat. A altercação iniciou quando o deputado Mohamed Shawabka acusou o colega de debate, o antigo deputado Mansour Mourad, de ser um “espião” a mando do regime sírio. A acusação não caiu bem a Mourad, que retorquiu: “Tu também, tu és um espião a soldo da Mossad [serviços secretos israelitas] e um ladrão.” Nada fazia prever o que aconteceu de seguida. Shawabka descalça um sapato e atira-o a Mourad, que deixa cair a mesa onde estava para se proteger. Os homens abandonam os sítios onde estavam sentados e é nesse momento que Shawabka saca de uma pistola da cintura e a aponta ao opositor de debate. O moderador tentou intervir, mas o caos estava lançado. As imagens que chegaram às redes sociais terminam com o deputado a recolher a arma, mas com o clima de tensão ainda no ar.

Passos Coelho admite mais austeridade O objectivo de cumprir os prazos e as metas de consolidação das contas podem levar à implementação de mais medidas de austeridade, afirmou este sábado o primeiro-ministro. Pedro Passos Coelho participou esta nas cerimónias de celebração dos 38 anos da Juventude Social Democrata, na Praia do Tamariz, em Oeiras, e lembrou aos presentes a necessidade “redobrar os esforços”. “(...) Temos de redobrar os esforços e a atenção, para alcançar os objectivos”, enalteceu o primeiro-ministro, citado pelo DN.

Assis Ferreira alerta Governo de Portugalpara a importância do jogo

Racionalizar é o lemaRita Marques Ramosrita.ramos@hojemacau.com.mo

MÁRIO Assis Fer-reira, presidente da empresa Estoril Sol, aponta o dedo

ao Governo de Portugal, por não dar suficiente atenção aos casinos, que “financiam” 70% da actividade turística, além de representarem 10% do PIB e 11% do emprego no país.

“Era bem justo que o Governo olhasse com atenção em relação aos casinos porque as tributações praticadas aos casinos portugueses são as mais altas do mundo.”

O representante da prin-cipal concessionária do jogo em Portugal explicou que as tributações representam 62% das receitas brutas. Enfatizou o período difícil que Portugal atravessa, pelo que o Estoril Sol não passa ao lado da recessão, tendo de aplicar medidas para fugir à crise.

“Para que a situação financei-ra da Estoril Sol continue estável é absolutamente necessário fazer racionalizações de pessoal”, avança, “é profundamente pe-noso para mim ter que admitir isso, mas infelizmente até que o Governo tome decisões de fundo

sobre os casinos em Portugal e sobre o seu contributo para o tu-rismo nacional não temos outra solução que não racionalizar”.

Na semana passada, a gestora dos casinos do Estoril, Lisboa e Póvoa do Varzim, anunciou um processo de despedimento coletivo de 38 funcionários li-gados à área alimentar, ao jogo e à direção geral de operações.

Relativamente ao sector do jogo em Macau, a Mário Assis Ferreira não surpreende, dadas as circunstâncias específicas, que “com trinta e tal casinos supere os 250 casinos de Las Vegas seis vezes”, em termos de receita, mas sublinha que na atual região administrativa especial da China vale o “jogo pelo jogo”.

“Em Portugal, o conceito de jogo que nós temos é mais um conceito multifacetado, pluridisciplinar e foi essa a ideia mestra que Stanley Ho me transmitiu quando há 30 anos ele foi pioneiro dos investimentos chineses em relação a Portugal”, explicou, com uma aposta tam-bém na arte, cultura, espectáculo e prémios literários.