Upload
others
View
4
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UM POUCO DE HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA PRIMEIRA PARTE: O QUE É COMUNICAÇÃO LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA FUNÇÕES DA LINGUAGEM REDAÇÃO E REDAÇÃO TÉCNICA SEGUNDA PARTE: O TEXTO TÉCNICO NAS EMPRESAS texto científico texto técnico carta comercial redação oficial TERCEIRA PARTE: AS CINCO COLUNAS DA GRAMÁTICA NORMATIVA FONÉTICA MORFOLOGIA SINTAXE SEMÂNTICA ESTILÍSTICA QUARTA PARTE: TÓPICOS DE LINGUAGEM Abaixo / a baixo É bom / é boa Proibido / proibida Meio / meiaQuite / quites Mesmo / mesma Bastante / bastantes É necessário / é necessária A fim / afim Ao encontro de / de encontro a A par / ao par Mal / mau / mas / mais / más / má Demais / de mais Há / a / Anexo(s) / anexa(s)Amenos de / há menos de A princípio / em princípio/ por princípio Nenhum / nem um Por que / por quê / porque / porquê Onde / aonde Porventura / por ventura Se não / senão Tampouco / tão pouco QUINTA PARTE: CRASE Casos de crase obrigatória Não ocorre crase
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
02030304040606070707090909090909091010101010101011111111111112121212121313131313141415
1
SEXTA PARTE: VÍCIOS DE LINGUAGEM BarbarismoSolecismoEstrangeirismoAmbiguidadeCacofoniaPleonasmoEcoColisãoHiatoSÉTIMAPARTE: FIGURAS DE LINGUAGEMConotaçãoDenotaçãoFiguras de palavras ou semânticasFiguras de sintaxe ou construção frasalFiguras sonoras ou de HarmoniaANEXOS
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
1515151515151515151516161616161717
2
UM POUCO DE HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
É a evolução do idioma português desde a sua origem ao Noroeste da até aos dias Península Ibérica
atuais como falada em e em outros países lusófonos (de Língua Portuguesa). O dialeto língua oficial Portugal
português que falamos originou-se do latim vulgar, o qual foi introduzido na Península Ibérica pelos
conquistadores romanos. Quando os germanos e árabes, invadiram a Península, a língua sofreu notáveis
modificações, mas o idioma falado pelos invasores jamais conseguiu se estabelecer de forma geral. Os dialetos
deixados pelos invasores foram, com o tempo, modificando-se, até constituírem novas línguas. Foi a partir do
século XI, com a expulsão dos árabes, promovida pelos cristãos, o galego-português passou a ser falado e escrito
na Lusitânia, da qual surgiram dialetos originados do contato do árabe com o Latim. Derivado do romanço, o
galego-português era um modo de falar limitado por questões geográficas da faixa ocidental da Península, que
corresponde aos atuais territórios da Galiza e de Portugal. Com as grandes navegações, ocorridas a partir do
século XV d.C. intensificam-se os territórios de Portugal, os quais levaram a Língua Portuguesa às suas novas
conquistas territoriais na África (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe), às ilhas próximas da
costa africana (Açores, Madeira), Ásia (Macau, Goa, Damão, Diu), Oceania (Timor) e América do Sul (Brasil).
Quanto à sua evolução ao longo da História, o Português compreende as seguintes fases:
A primeira fase, também chamada de Proto-histórica, que compreende o período que vem antes do século
XII, compreendendo textos escritos em Latim Bárbaro, ou seja, uma modalidade da escrita usada apenas em
documentos, por este motivo também chamada de Latim Tabeliônico (Instrumental).
A segunda fase, conhecida como Português Arcaico, a qual vai do século XII ao século XVI, composta por
dois períodos:
1-séculos XII ao XIV, identificada pelos textos escritos em galego-português;
2-séculos XIV ao XVI, que compreende a separação entre o galego e o português propriamente ditos.
A terceira fase chama-se Português Moderno, e se inicia a partir do século XVI, quando a língua passa a ser
uniformizada, com caracteres do Português falado atualmente. E, é com a literatura produzida no período
renascentista português produzida por Luiz Vaz de Camões, desenvolve papel de fundamental importância nesse
processo. Já em 1536, o padre Fernão de Oliveira divulga a primeira gramática de Língua Portuguesa, a
Grammatica de Lingoagem Portuguesa, com estilo baseado no conceito clássico de gramática, que
compreendia como (arte de falar e escrever corretamente).
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
3
PRIMEIRA PARTE: O QUE É COMUNICAÇÃO
É preciso entender que Comunicação é uma palavra derivada do termo latino "communicare", que significa
"partilhar, participar algo, tornar comum". Desde o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital,
sendo uma ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. Quando a comunicação se
realiza por meio de uma linguagem falada ou escrita, denomina-se comunicação verbal.
Comunicação Social
A é a transmissão de transmissão de mensagens para um público variado de comunicação social
interlocutores em pleno uso da linguagem. Essa designação abrange essencialmente os chamados órgãos de
informação de massas das áreas da imprensa periódica, rádio, televisão e cinema e rede mundial de
computadores.
Comunicação Empresarial (técnica)
Técnica de escrita num ambiente empresarial é o conjunto de métodos para execução de um determinado
trabalho, a fim de se obter um resultado. A , portanto, é a área estratégica de comunicação empresarial
planejamento dentro do contexto de uma empresa. Uma boa estratégia de comunicação contribui para uma
empresa de sucesso. Neste âmbito, assessoria de imprensa e comunicação interna constituem as partes
essenciais deste órgão. Assim, a redação oficial deve ser isenta do ponto de vista particular, e, o tratamento
impessoal que deve ser usado nos assuntos que constam das comunicações oficiais decorrem em
imparcialidade. Português Instrumental é simplesmente o estudo da Língua Portuguesa voltado para a
capacitação do indivíduo no que diz respeito à leitura, compreensão, interpretação e produção de textos no
contexto administrativo.
Portanto, uma das características peculiares para a construção do texto técnico é o uso de uma linguagem
específica, ou seja, deve ser trabalhada numa dada área que envolva tanto a terminologia como as formas
de expressão específicas para tal.
Língua Falada e Língua Escrita
Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de comunicação distintos. A escrita
representa um estágio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação
linguística em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mímicas,
incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema
mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
Atualmente, o domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por
meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, divide ou
constrói visões de mundo e produz novos conhecimentos. A ideia de erro surge no contexto da existência de um
padrão considerado correto. A solução insatisfatória de um problema só pode ser considerada errada, a partir do
momento que se tem uma forma considerada certa de resolvê-lo; uma conduta é considerada errada, na medida
em que se tem uma definição de como seria considerada correta, e assim por diante.
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
4
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Vejamos:
1) Função Referencial ou Denotativa
Seu objetivo é transmitir uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos,
fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer
exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere.
2) Função Expressiva ou Emotiva
Tem como finalidade refletir o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos
indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as
reticências e o ponto de exclamação.
3) Função Apelativa ou Conativa
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe
ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos
vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente
ao consumidor.
4) Função Fática/Contato
Ocorre quando o canal é posto em destaque, ou seja, o canal que dá suporte à mensagem. Ocorre quando
o emissor tem a intenção de testar o canal.
5) Função Poética
É a função que se concentra sobre a própria mensagem. Tudo o que, numa mensagem, suplementa o
sentimento da mensagem através do jogo de sua estrutura, de sua tonalidade, de seu ritmo, de sua sonoridade. É
importante não confundir esta função com a “emotiva.”
6) Função Metalinguística
Concentra-se na preocupação com o código. Pode ser definida como a linguagem que fala da própria
linguagem, ou seja, descreve o ato de falar ou escrever. Programas de TV que falam sobre a própria TV ou
programas de TV que falam sobre a própria mídia. Peças de teatro que falam sobre o teatro, etc.
REDAÇÃO E REDAÇÃO TÉCNICA
Em primeiro lugar redação é o ato de redigir, ou seja, de escrever, de exprimir pensamentos e ideias através
da escrita, e, dessa forma, a necessidade de certa habilidade e de se ter os conhecimentos prévios para se fazer
uma redação técnica são imprescindíveis. Técnica é o conjunto de métodos para execução de um trabalho, a fim
de se obter um resultado. A redação técnica engloba textos como: ata, circular, certificado, contrato, memorando,
parecer, procuração, recibo, relatório, currículo, etc. O contato com tais documentos torna o redator mais hábil na
execução do seu trabalho. Para a realização desta tarefa é necessário levar em conta alguns procedimentos:
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
5
COERÊNCIA-COESÃO TEXTUAL
Coerência e coesão são fundamentais para o parágrafo. Enquanto a unidade seleciona as ideias, central e
secundárias, escolhendo as mais importantes, a coerência organiza a sequência dessas ideias, de modo que o
leitor perceba facilmente “como” elas são importantes para o desenvolvimento do parágrafo. Mesmo que todos os
períodos do parágrafo estejam relacionados entre si, ou deem suporte à ideia central, se faltar a organização
dessas ideias, o parágrafo será confuso, sem coerência. Ser coerente é ser organizado. A coesão é a relação
adequada entre ideias ou vocábulos. Não é necessário dizer que o texto deve ser estruturado sem erros de
ortografia. Agora vejamos os três tipos básicos de texto:
TEXTO TIPO DESCRITIVO
É o texto que consiste em uma percepção mental, representada pelos cinco sentidos (visão, tato, paladar,
olfato e audição) no intuito de relatar as impressões capturadas com base em uma pessoa, objeto, animal, lugar ou
mesmo um determinado acontecimento do dia-a-dia. Praticamente prevalecem os adjetivos. A descrição pode ser
representada sob dois parâmetros: objetivo e subjetivo. No ponto objetivo princípio é relatar as características do
“objeto” de modo preciso e nada mais. No ponto subjetivo o escritor faz uso de uma linguagem mais pessoal, na
qual são permitidas opiniões, expressão de sentimentos. Na redação empresarial temos um simples exemplo de
texto descritivo: a nota fiscal.
TEXTO TIPO NARRATIVO
O texto narrativo é baseado na ação que envolve personagens, tempo, espaço e conflito. A narração
consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço à
medida que o tempo passa. No texto narrativo percebe-se que a evidência está no verbo. Vejamos um bom exemplo
com o texto de Chico Xavier:
“A sua irritação não solucionará problema algum...
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas...
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida...
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus...
A sua tristeza não iluminará os caminhos...
O seu desânimo não edificará ninguém...
As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade...
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por
você...
Não estrague o seu dia.
Aprenda a sabedoria divina,
A desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre...
Para o infinito bem!”
( )Chico Xavier
TEXTO TIPO ARGUMENTATIVOÉ o texto em que o escritor defende uma ideia, opinião ou ponto de vista, ou seja, uma tese, procurando fazer com que o ouvinte ou leitor aceite a aceite e passe a acreditar na mesma. Nas empresas, o processo argumentativo influencia nas tomadas de decisões executivas.
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
6
A estrutura de um texto argumentativo:
1- Introdução- apresentação das ideias a serem defendidas pelo redator/escritor, a qual tem o objetivo de atrair o
leitor ou ouvinte para todo o conteúdo.
2- Desenvolvimento- defesa de ideias que foram apresentadas na introdução. Nessa fase, o escritor lança os
argumentos que sustentam o seu ponto de vista com o intuito de convencer o leitor/ouvinte.
3- Conclusão- retomada das ideias, apontando as soluções para a problemática que foi trabalhada.
Vejamos um modelo de texto argumentativo, uma obra-prima de Carlos Drummond de Andrade:
Política e politicalha
A política afina o espírito humano, educa os povos, desenvolve nos indivíduos a atividade, a coragem, a
nobreza, a previsão, a energia, cria, apura, eleva o merecimento. Não é esse jogo da intriga, da inveja e da
incapacidade, entre nós se deu a alcunha de politicagem. Esta palavra não traduz ainda todo o desprezo do objeto
significado.
Não há dúvida de que rima bem com criadagem e parolagem, afilhadagem e ladroagem. Mas não tem o
mesmo vigor de expressão que os seus consoantes. Quem lhe dará o batismo adequado? Politiquice?
Politiquismo? Politicaria? Politicalha? Neste último, sim, o sufixo pejorativo queima como ferrete, e desperta ao
ouvido uma consonância elucidativa. Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam
uma com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente. A política é a ar te de gerir o Estado,
segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas, ou tradições respeitáveis. A politicalha é a indústria de
explorar o benefício de interesses pessoais. Constitui a política uma função, ou um conjunto de funções do
organismo nacional: é o exercício normal das forças de uma nação consciente e senhora de si.
A politicalha, pelo contrário, é o envenenamento crônico dos povos negligentes e viciosos pela
contaminação de parasitas inexoráveis. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a
malária dos povos de moralidade estragada.
SEGUNDA PARTE: O TEXTO TÉCNICO NAS EMPRESAS
Na vida pessoal ou profissional, as pessoas se deparam a todo o momento com a necessidade de produzir
textos que, muitas vezes, não foram ensinados, porém, as redações técnica e científica vão apresentar
características que são regidas pelos mesmos princípios básicos: clareza, que se refere à coesão e coerência,
correção ortográfica, obediência às normas gramaticais e objetividade, etc. Vejamos:
1-texto científico: é o texto no qual se revelam pesquisa e rigor científicos e tem como objetivo a publicação em
revistas especializadas ou livros. O texto científico é representado pelos artigos científicos, monografias,
dissertações, teses e resenhas.
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
7
2-texto técnico: é o texto mais inerente às empresas. É fundamental nas atividades organizacionais públicas e
privadas e é representado pelos memorandos, circulares, requerimentos, relatórios, avisos, atas, relatórios, etc.
3-carta comercial: trata-se de um texto considerado como um veículo de informação simples, e, sem qualquer
outra implicação no mundo dos negócios. A mesma faz parte integrante de todo um sistema de comunicação o
qual contém um emissor, uma mensagem e receptor.
4-redação oficial: é a forma com a qual o Poder Público escreve seus atos normativos buscando a comunicação
com seus interlocutores.
O texto técnico geralmente é mais complicado que um texto jornalístico, ou que um livro de divulgação
científica. Pois o foco nos resultados tem levado as empresas a buscar ferramentas que possibilitem análises
mais eficazes do seu gerenciamento financeiro. E para tanto, o processo da comunicação especializada ou
técnica distingue-se da comunicação geral pelos fatores constituintes da interação. Dentre os principais textos
técnicos ou documentos que circulam na área empresarial, podemos destacar os seguintes:
1-ABAIXO-ASSINADO: espécie de solicitação coletiva feita em um documento para pedir algo de interesse
comum a uma autoridade ou para manifestar apoio a alguém ou demonstrar queixa ou protesto coletivo.
2-ATESTADO: é um tipo de documento geralmente utilizado na esfera social, uma vez que as informações
prestadas tendem a se caracterizar pela sua veracidade, tornando-se passíveis de posteriores comprovações pela
pessoa que o emitiu.
3-ATA: espécie de documento em que se registram resumidamente e com clareza as ocorrências, deliberações,
resoluções e decisões de reuniões.
4-AVISO: termo oriundo do latim (ad visum), ou seja, é uma espécie de advertência que se comunica algo a
alguém.
5-CIRCULAR: espécie de carta destinada a funcionários de um determinado setor, remetida pelo chefe da
repartição ou do departamento.
6-COMUNICAÇÃO INTERNA: é um documento que engloba todas as práticas e processos comunicativos de uma
determinada empresa com o seu quadro de funcionários.
7-CURRICULUM VITAE: é um tipo imprescindível de documento que agrupa informações pessoais de um
profissional relativo à formação acadêmica e trajetória no mercado de trabalho, visando demonstrar suas
qualificações, competências e habilidades na área a que pretende candidatar-se.
8-PPROCURAÇÃO: é o ato ou espécie de mandato pelo qual o interessado, também chamado outorgante, nomeia
alguém de sua plena confiança como seu procurador, para praticar determinados atos em seu nome.
9-MEMORANDO: trata-se de uma comunicação escrita de consumo interno, somente para funcionários e
operários. Não é tão formal quanto a carta comercial ou ofício.
10-PARECER: é o pronunciamento por escrito da opinião técnica que deve ser assinado e datado, deve conter o
nome e o registro do profissional, emitido por um especialista sobre determinada situação que exija
conhecimentos técnicos dentro de determinada área.
11-REQUERIMENTO: é um documento utilizado com o objetivo de obter um bem, um direito ou uma declaração de
uma autoridade pública. O requerimento é uma petição dirigida a uma entidade oficial, organismo ou instituição
através da qual se solicita a satisfação de uma necessidade ou interesse ao tem direito ou pressupõe tê-lo.
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
8
12-RELATÓRIO: é um conjunto de informações utilizado para apresentar resultados parciais ou totais de uma
determinada atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa, ou outro evento que esteja finalizado ou em
andamento.
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
9
TERCEIRA PARTE: AS CINCO COLUNAS DA GRAMÁTICA NORMATIVA.
É importante entender que a Gramática da Língua Portuguesa está dividida em cinco colunas (partes
fundamentais) que a sustentam, e, a falta desse conhecimento gera um certo pessimismo em aprender ou se
apropriar da Norma Culta, principalmente quando o assunto é análise sintática. Vejamos as cinco colunas.
1-FONÉTICA: é a parte da Gramática que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons das letras
na fala humana.
Exemplo: Quando pronunciamos a palavra mala, é possível perceber o som de 4 letras, que separadas por barras
oblíquas, passam a ser lidos os seus fonemas.
/m/=mê, /a/=a, /l/=lê, /a/=a.
2-MORFOLOGIA: é a parte da Gramática que estuda a estrutura e a forma como as palavras são montadas a partir
dos fonemas. Assim, no mesmo exemplo da palavra mala, é possível verificar a seguinte estrutura:
mal= radical, que é a parte indivisível e, dela pede-se formar outra palavra, por exemplo maleta.
3-SINTAXE: é a parte da Gramática que estuda a relação das palavras na frase ou oração. Toda oração deve conter
os termos essenciais, ou seja, sujeito e predicado; em alguns casos, pelo menos o predicado. Em sintaxe o que
vamos estudar é:
3.1-sintaxe de concordância
Para que haja entendimento e harmonia entre as palavras na construção textual, é necessário perceber os dois
tipos de concordância:
3.1.1-concordância nominal, ou seja, a relação entre os nomes (substantivo, artigo, adjetivo, pronome,
numeral), concordando entre si em gênero e número. Caso bem simples. Exemplo: “A casa é muito bonita.”/”As casas são muito bonitas.”
Com gêneros diferentes é necessário haver concordância com o masculino, ou seja, o sexismo de linguagem.
Exemplo:“A moça vestia casaco e calça pretos.”
Pode também haver concordância com elemento mais próximo, porém, no singular. “A moça vestia casaco e calça preta.”
3.1.2-concordância verbal, ou seja, é a adaptação em número e pessoa ocorrida entre o verbo e seu respectivo
sujeito. Exemplo:
“Nós vamos à praia.” / “A gente vai à praia.” / “Os pombos ciscavam a terra.”
“Um bando de pássaros voava / voavam pelo pomar.” / “Mais de um candidato desistiu da prova.”
Observação: quando o verbo indica reciprocidade o plural é obrigatório.
Exemplo: “Mais de um prisioneiro agrediram-se durante a rebelião.”
4-SEMÂNTICA: é simplesmente a parte da Gramática que verifica a relação de sentidos que uma mesma palavra
pode assumir em contextos diversos. Exemplos: “Comprei uma manga deliciosa na feira.”
“A manga da minha camisa está suja.”
“Por que você manga das pessoas?”
5-ESTILÍSTICA: é a parte da gramática que verifica a forma de escrita na construção de um texto, ou seja o uso dos recursos lingüísticos do autor de um texto.
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
10
QUARTA PARTE: TÓPICOS DE LINGUAGEM
Casos que merecem um certo cuidado, principalmente na construção textual de documentos que
circulam no âmbito empresarial no que se refere à concordância, pois na Língua Portuguesa, algumas palavras e
expressões muito comuns na pronúncia, podem provocar problemas na hora da escrita.
Abaixo / a baixo
abaixo: posição hierárquica. Exemplo: “O gerente está abaixo do diretor.”
a baixo: noção de medida. Exemplo: “A parede foi pintada de cima a baixo.”
A mesma regra vale para acima/ a cima.
É bom / é boa
é bom: quando o substantivo não for precedido do artigo (a). Exemplo:
“Laranja é bom para a saúde.”
é boa: quando o substantivo for precedido do artigo (a). Exemplo:
“A laranja é boa para a saúde.”
Proibido / proibida
proibido: quando o substantivo não for precedido do artigo (a). Exemplo:
“Proibido entrada de pessoas não autorizada.”
proibida: quando o substantivo for precedido do artigo (a). Exemplo:
“Proibida a entrada de pessoas estranhas.”
Meio / meia
meio: advérbio de modo (invariável). Exemplo:
“A atendente está meio desmotivada.”/”As atendentes estão meio desmotivadas.”
meia: advérbio de intensidade (variável). Exemplo:
“Tomarei meia colher de xarope.”/ “detesto meias palavras.”
Quite / quites: só ocorre concordância de número com o termo que acompanha.
Exemplos:
“Estou quite com o Serviço Militar.”/”Estamos quites com o Serviço Militar.”
Mesmo / mesma
mesmo: para o gênero masculino. Exemplo:
“Ele mesmo fez o negócio imobiliário.”
mesma: para o gênero feminino. Exemplo:
“Ela mesma fez o negócio imobiliário.”
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
11
Bastante / bastantes
bastante: advérbio de modo (invariável). Exemplo:
“A corretora está bastante ocupada.”/”O corretor está bastante ocupado.”
bastantes: advérbio de intensidade (variável). Exemplo:
“A corretora tem bastantes tarefa para resolver na imobiliária.”
É necessário / é necessária
é necessário: quando não houver determinante (artigo feminino). Exemplo:
“Paciência é necessário nas transações imobiliárias.”
é necessária: quando houver determinante (artigo feminino). Exemplo:
“A paciência é necessária nas transações imobiliárias.”
A fim / afim
a fim: significa com o objetivo de:
“Estou aqui com o objetivo de aprimorar meu Português.”
afim: é adjetivo invariável, significando semelhante.
“Você e eu sempre tivemos ideias afins.”
Ao encontro de / de encontro aao encontro de: tem significado de estar de acordo com.
“Suas ideias vêm ao encontro das minhas.”
de encontro a: tem significado de chocar-se com.
“O carro foi de encontro ao muro.”
A par / ao para par significa ciente, bem informado.
“Estamos a par de toda situação financeira da construtora.”
ao par só é utilizado para indicar equivalência cambial.
“A moeda brasileira está tão valorizada, que fica quase ao par com o dólar.”
Mal / mau / mas / mais / más / má.
mal: antônimo de bem: “O mercado vai muito mal.”
mau: antônimo de bom: “Ele é um mau profissional.”
mas: indica adversidade: “Trabalho muito, mas descanso no fim de semana.”
mais: indica intensidade, soma: “”Este apartamento é mais espaçoso.”
más: é antônimo de boas: “Eles são más pessoas.”
má: é antônimo de boa: “Ele é uma má pessoa.”
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
12
Demais / de mais
demais: advérbio de intensidade, equivale a excesso.
“Aquele corretor sempre vendeu demais.”
de mais: é antônimo da expressão de menos.
“Você colocou folhas de mais na impressora.”
Há / a
há: verbo haver no sentido de existir. “Naquela empresa há muitos clientes.”
a: é preposição, e só pode ser utilizada se não for conveniente usar faz.
“O Santa Cruz empatou a um minuto do final da partida.”
Anexo(s) / anexa(s)
anexo: deve concordar com o masculino, como também em número: singular ou plural. “Segue(m) anexo(s) o(s)
documentos solicitados.”
anexas: concorda com o feminino, tanto quanto em número: singular ou plural. “Segue(m) anexa(s) as cópias
dos documentos solicitados.”
A menos de / há menos de
a menos de: trata-se de uma locução prepositiva, e significa tempo futuro ou uma distância aproximada. “Os
alunos estão a menos de quinze dias para as férias.”
há menos de: o verbo haver tem o sentido de fazer, usado impessoalmente.”O cliente saiu há menos de cinco
minutos.”
A princípio / em princípio/ por princípio
a princípio: no sentido de no começo, inicialmente. “A princípio corria tudo bem na empresa.”
em princípio: tem o significado da expressão em tese. “Em princípio é necessário reconhecer a importância de
outras pessoas.”
por princípio: pode ser substituído pelas expressões em virtude de valores superiores, por forte razão. “Em
princípio o cliente não queria efetuar a compra do imóvel.”
Nenhum / nem um
nenhum: em oposição à expressão algum. “Nenhum corretor faltou à reunião.”
nem um: em sentido numérico, equivalendo a nem um sequer, único. “Nem um corretor deixou a reunião.”
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
13
Por que / por quê / porque / porquê
por que: é usa para iniciar frases interrogativas, ou no meio de frases interrogativas indiretas. “Por que você
chegou tarde?” Não sei por que você chegou tarde.”
por quê: no final de uma frase interrogativa direta. “Você chegou tarde por quê?”
porque: no sentido de pois, para que, visto que, uma vez que. “Cheguei tarde hoje porque o trânsito me
atrapalhou.”
porquê: exerce função de substantivo, sempre precedido de artigo significando O motivo pelo qual. “Não sabia o
porquê de seu atraso.”
Onde / aonde
onde: quando o verbo indica algo imóvel. “Onde você esta ontem à noite?”
aonde: quando o verbo indica sentido de deslocamento. “Aonde vamos esta noite?”
Porventura / por ventura
Porventura: pode significar a expressão acaso, por acaso. “Porventura não posso negociar nesta empresa?”
Por ventura: pode significar a expressão por sorte. “Por ventura, com dificuldades vendi o imóvel.”
Se não / senão
se não: s significa caso não. “Se não houver problemas, conseguirei negociar o valor do imóvel em Boa Viagem.”
senão: significa a não ser, do contrário, mas sim. “Venderei o apartamento ainda hoje, senão terei prejuízo.”
Tampouco / tão pouco
tampouco: é o mesmo que também não. “Não consegui vender o terreno, tampouco a casa.”
tão pouco: é o mesmo que muito pouco. “Trabalha muito e ganha tão pouco.”
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
14
QUINTA PARTE: CRASE
Crase é um fenômeno de fusão que ocorre entre a preposição (a) mais o artigo definido feminino (a), e
com os pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo, no sentido de dirigir-se ou referir-se. É
importante ressaltar que crase é um fenômeno, pois em Português Arcaico escrevia-se (aa), por exemplo: “Vou
aa coordenação do curso”; com o fenômeno crase a sentença agora fica da seguinte forma: “Vou à coordenação
do curso.”
Assim, não existe nenhum a craseado pois o acento indicador de crase chama-se acento grave (`),
portanto , é incorreta a expressão “ O a desta frase é craseado.”; devendo ser evitada. O correto uso da crase se
faz através do conhecimento dos termos regente e regido.
Termo regente: é o caso em que o verbo ou nome exige complemento por meio da preposição (a).
Termo regido: é o caso em que o termo completa o sentido do termo regente pela anteposição da
preposição (a) ou (as). Vejamos alguns exemplos.
“Falei à professora sobre a prova.” / “Falei às professoras sobre a prova.”
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: o primeiro princípio de uso da crase é que este só se aplica a palavras
femininas, pois para os termos masculinos são utilizadas a preposição (a) mais o artigo definido masculino
(o) ou (ao). Exemplo: “Sempre vamos à praia no verão pela manhã.”
Casos de crase obrigatória
1- Diante da palavra "moda", no sentido de "à moda de" ainda que a expressão moda fique subentendida:
“Romário fez um gol à moda de Pelé.”
2- Para indicação de horas:
“Acordo sempre às dez horas da manhã.”
3- Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas: à tarde, às
ocultas, à medida que.
“Chegamos ontem à tarde.”; “Fizeram os planos às ocultas.”; À medida que estudamos, aprendemos mais.”
4-No caso de nomes próprios geográficos, basta substituir o verbo da oração pelo verbo voltar, se ocorrer a
expressão voltar da, ocorrerá crase. “Irei à Argentina nas férias.”; “Voltarei da Argentina nas férias.”
5-Os pronomes demonstrativos recebem crase quando dão a ideia de dirigir-se a, pois neste caso o verbo pedirá
complemento pela preposição (a).
“Entreguei o lápis àquele colega de classe.”; “Vou àquela loja amanhã.”; “Fizeram críticas àquilo que falaste.”
1-com nomes próprios referindo-se a pessoas: “Refiro-me a (à) Márcia.”
2-no singular para pronomes possessivos antes de um substantivo. “Todos fizemos elogios a (à) sua
apresentação.”
3-depois da preposição (até), se o termo regente exigir a preposição (a).
“O cliente deu mais atenção a (à) minha proposta do que a (à) sua.”
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
15
Não ocorre crase
1-antes de substantivos masculinos, desde que não precedidos das expressões à moda de, à maneira de.
“A prova foi respondida a lápis.”; “Entreguei as apostilas a Carlos.”
2-antes de verbos no infinitivo: “Durante o jogo começou a chover.”
3-na preposição a antes de palavras no plural: “Não costumo ir a baladas.”
4-antes de numerais: “O número de apartamentos vendidos chegou a vinte.”
SEXTA PARTE: VÍCIOS DE LINGUAGEM
São os desvios (erros) que ocorrem no uso da norma culta, os quais devem ser evitados não apenas no
ato de fala, mas também na escrita de documentos no âmbito empresarial. Os desvios de linguagem costumam
ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do emissor. Vejamos:
1- Barbarismo: ocorre com desvio da norma nas seguintes situações:
Na pronúncia:
b) Silabada: falha na pronúncia do acento tônico. “
“Pedi ao cliente sua rúbrica.” O correto é rubrica.
c) Cacoépia: falha na pronúncia dos fonemas.
“Estamos com poblemas no setor de vendas.” O correto é problemas.
d) Cacografia: falha na escrita de uma palavra.
“Eu advinhei que você efetuaria a venda.” O correto é adivinhei.
2-Solecismo: É uma falha no uso da sintaxe, ou seja, na:
a) Concordância: “Haviam muitos corretores naquela sala. O correto é Havia.
b) Regência: “Vamos assistir o jogo do Brasil”. O correto é ao.
c) Colocação pronominal: “Corri tanto que não aguentei-me em pé.” O correto é “... não me aguentei...”
3-Estrangeirismo: trata-se do uso de palavras pertencentes ao léxico de línguas estrangeiras, e, podem ocorrer
quando se escreve uma palavra como na língua de origem. Exemplos: ok, brother, chauffeur, delivery , drive-
thru, fashion, deletar.
4-Ambiguidade ou anfibologia: ocorre quando o sentido resultante gera uma má construção da frase. “O policial
conduziu o cidadão para sua casa.” (casa de quem?)
5-Cacofonia: acontece quando as sílabas das palavras diferentes se chocam, originando outra palavra de sentido
indecoroso. “Da boca dela só saem bobagens.” “Vou-me já até você.”
6-Pleonasmo vicioso: é o uso de palavras redundante ou desnecessárias. “O meliante entrou para dentro da
cadeia.
Observação: quando empregado para enfatizar algo o pleonasmo deixa de ser vicioso. “Sonhei um sonho
terrível esta noite.”
7-Eco: trata-se de um feito sonoro não agradável durante a sequência de palavras com a mesma terminação.
“João teve a sensação de que a situação era uma decepção.”
8-Colisão: é o som desagradável produzido pela repetição constante de fonemas consonantais semelhantes. “O
rato roeu a roupa do rei de Roma.”
9-Hiato: repetição de palavras com o mesmo fonema vocálico. “Veja a aurora à mesma hora.”
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
16
SÉTIMA PARTE: FIGURAS DE LINGUAGEM
Tratam-se de recursos lingüísticos aos quais os escritores recorrem afim de tornar a linguagem mais
enriquecida, no que diz respeito à sua expressividade, pois as palavras não apresentam apenas um significado
objetivo e literal, mas sim uma variedade de significados. Para tanto, é necessário dominar os conceitos de
denotação e conotação.
Denotação: ocorre quando uma palavra é usada no sentido apresentado no significado original, no dicionário.
“Uma pedra no meio do caminho interrompeu o trânsito.”
Conotação: ocorre quando uma palavra é usada no sentido em que apresenta diferentes significados, abrindo
espaço para diferentes interpretações, dependendo do contexto em que é aplicada. “Tinha uma pedra no meio do
caminho/No meio do caminho tinha uma pedra/tinha uma pedra [...]” (Carlos Drummond). As figuras de
linguagem classificam-se da seguinte forma:
1-figuras de palavras ou semânticas: é o emprego de palavras no sentido conotativo.
a) comparação: aproximação entre dois elementos que se identificam. “A crise econômica foi como uma marola.”
b) metáfora: quando um termo substitui outro por semelhança. “Minha boca é um cadeado.”
c) catacrese: quando se aplica uma palavra em comparação por se desconhecer sua etimologia. “Estava só à boca da noite.”
d) metonímia: usa-se colocando um nome em lugar de outro quando há entre eles alguma semelhança. “Gosto de ler Machado de Assis.” (autor pela obra)
e) antonomásia: usa-se para designar uma pessoa pela sua obra, ou característica marcante e conhecida. “O rei do cangaço continua vivo.” (Luiz Gonzaga)
f) sinestesia: é o uso de palavras com o objetivo de transmitir sensações no leitor. “Um doce abraço indicava o perdão.” (sensação de toque).
g) antítese: ocorre quando se usam palavras ou expressões de significados opostos, mas que de certa forma se aproximam em ideias. “Morrer para o mundo e viver para Deus.”
h) paradoxo: ocorre com o uso de palavras de sentidos opostos, e, que se excluem. “Amor é fogo que arde sem doer / É ferida que dói e não se sente [...]” (Renato Russo)
i) eufemismo: é um recurso que se usa para atenuar um pensamento desagradável. “Não é correto apropria-se do que é alheio.”
j) gradação: é o seguimento de palavras para intensificar uma idéia progressiva ou regressiva. “Trabalhou, estudou, e com esforço enriqueceu.” (progressão); “Era rico, gastou sem pensar no futuro, ficou pobre, morreu.”
k) hipérbole: é um exagero na forma de expressão. “Estou morto de fome.”
l) prosopopeia: é a personificação de seres animados ou inanimados. “A rua dorme com o silêncio da madrugada.”
m) perífrase: consiste na expressão que designa algo por sua característica, atribuições ou fato marcante. “A Veneza Brasileira é mais bela que a européia.” (Recife).
n) ironia: é usada para afirmar algo contrário. “Os mensaleiros foram punidos pelos seus magníficos feitos em favor do povo.”
2-Figuras de sintaxe ou construção frasal: são os desvios que se observam na construção (escrita) normal do período. São as seguintes:
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
17
a) elipse: é a omissão de um termo facilmente identificado. “Estava à toa na vida/o meu amor chamou [...]” (Eu).
b) zeugma: omissão de um termo já expresso.“De um lado da rua sol, do outro, chuva.”
c) assíndeto: supressão de um conectivo entre os elementos coordenados. “João entrou na festa, comeu, bebeu, dançou, foi embora.” (conectivo e).
d) polissíndeto: repetição intencional do conectivo (e). “João entrou na festa e comeu e bebeu e dançou e foi embora.”
e) silepse: acontece quando a concordância se faz com uma idéia subentendida, e não com os termos expressos. São as seguintes:
- silepse de gênero: “Moro na bela São Lourenço da Mata.” (a cidade).
- silepse de número: “Corria gente de todos os lados e gritavam.” (gente = pessoas que gritavam).
- silepse de pessoa: “Os brasileiros somos otimistas.”
3-figuras sonoras ou de harmonia: são recursos utilizados para reproduzir sons realizados pelos seres. São as
seguintes:
a) aliteração: ocorre com a repetição ordenada ou proposital de fonemas (sons) consonantais em uma oração.
“Será que ela mexe o chocalho, ou o chocalho é que mexe com ela?” (Chico Buarque).
b) assonância: ocorre com a sequência ordenada de sons vocálicos (vogais) na construção frasal. “Sou Ana / da
cama / da cana [...]” (Chico Buarque).
c) paronomásia: ocorre com a aproximação de palavras de sons semelhantes, mas com significação diferente.
“Na sexta vou apanhar as roupas que guardei na cesta.”
d) onomatopeia: fenômeno que ocorre ao se reproduzir o som natural de seres ou coisas por meio da escrita ou da
fala. “Chocalhos tilintariam pelos arredores.” (Graciliano Ramos).
ANEXOS
Ao Excelentíssimo Senhor Prefeito de Camaragibe
Os abaixo-assinados, brasileiros, residentes e domiciliados na rua Maria Rosa, bairro do Viana,
nesta cidade de Camaragibe, solicitam de V.Exª, a instalação de coletores seletivos de lixo, a fim de atender ao
projeto comunitário de reciclagem de plásticos, alumínio e vidros.
Na certeza de sermos atendidos, encaminhamos esse documento em três folhas numeradas e
assinadas por todos os moradores, e em duas vias que serão protocoladas em seu Gabinete.
Nomeamos o morador Emanoel Vieira Costa, fone 3458-0101, como nosso representante, caso
V.Exª necessite de outras informações.
Camaragibe, 04 de julho de 2014
Nome Identidade Endereço Rubrica
José Maria Silva
João de Jesus Rocha
0X0.0X0 SDS/PE
001.999 SSP/PE
Rua Mª Rosa, 01
Rua Mª Rosa, 13
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
18
Curso técnico em transações imobiliárias - Língua Portuguesa
2. ATESTADO
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
19
EMPRESA SABE TUDO Rua: Câmara, n.84, Bairro: Ingá
Tel:........./ e-mail:.............CNPJ:.........
ATESTADO
Atesto para fins de registro curricular, que o Sr. João Victor, estagiário, trabalhou nesta empresa, no período de novembro de 2012 à junho de 2014, onde ingressou mediante aprovação em testes de capacitação a que se submeteu, havendo sempre desempenhado, de forma competente e aplicada, as tarefas que lhe foram confiadas e de cujo exercício se demitiu por interesse pessoal, nada constando contra este.
Recife, 05 de julho de 2014
(assinatura)(Nome completo e cargo que ocupa)
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
20
3. ATA
ATA TRADICIONAL:
ATA DA ASSÉMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DA ASSOCIAÇÃO DE PESCADORES DE CAMARAGIBE
Aos vinte (vinte) dias do mês de Novembro de 2014 (dois mil e QUATORZE), pelas 22:00 (vinte e duas horas),
na sede social localizada na Rua Totó, número 20 (vinte), no bairro de Santa Mônica, desta cidade de
Camaragibe, reuniram-se em Assembléia Geral Extraordinária, sócios da Associação de Pescadores de
Camaragibe, CNPJ. Nº.8009090/0001, representando a totalidade dos associados com direito a voto,
conforme se verifica pelas assinaturas colocadas no Livro de Presença. Assumindo a presidência dos
trabalhos, na forma prevista no Estatuto, o sócio Figueiras, convidou a mim, sócio Roberto Luis, para
secretariar a Assembleia. Formada assim a Mesa, o Sr. Presidente encerrou o Livro de Presenças e declarou
aberta a Assembleia, convocada pelo Aviso do dia 16 (dezesseis) deste corrente mês, publicado no pátio da
Creche “Filhos de Peixe”, situada neste bairro de Amaralina. Aviso –“Ficam convidados os senhores sócios
para se reunirem em Assembleia Geral Extraordinária, em primeira convocação, no dia vinte de Novembro
corrente, às 22:00, com o quórum declarado no Estatuto, ou às 22:30 (vinte duas e trinta) minutos, com
qualquer número de participantes, na sede social, Rua Timbó, número 20, desta cidade, a fim de avaliarem a
proposta da Diretoria, com a segui; b) o que ocorrer. Salvador, 16 de novembro de 2003. Figueiras – Diretor-
Presidente”. Dando prosseguimento aos trabalhos, o Senhor Presidente determinou que se procedesse à
leitura da proposta (deve-se escrever toda a proposta) da Diretoria, citada na pauta da convocação. Terminada
a leitura do documento de proposta, que foi feita em voz alta, por mim, na qualidade de Secretário ad hoc,o
Senhor Presidente submeteu à discussão dos presentes a nova redação da proposta para o Estatuto, artigo
por artigo, e, ao final da discussão, como não houve qualquer sugestão ou emenda, foi a matéria posta em
votação pelo Senhor Presidente, resultando unanimemente aprovada, em conseqüência do que ele declarou
que o Estatuto da Associação passava, então, a vigorar com a redação constante da proposta aprovada. Nada
mais havendo a tratar, foi suspensa a reunião para que fosse lavrada esta ata, no livro próprio, a qual, depois de
lida e achada conforme, vai assinada por mim que redigi e lavrei, e por todos os presentes, dando o Senhor
Presidente por encerrada a Assembleia. (seguem as assinaturas, logo após, sem deixar espaços).
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
21
AVISO
AOS ESTUDANTES DO BERÇO DA CULTURA
As Diretorias das Escolas do Berço da Cultura levam ao conhecimento de todos que, a partir do próximo mês de abril, darão inicio à pintura externa dos muros das escolas, e desejam informar àqueles estudantes que realizarão pinturas, desenhos e artes nestes, com a intenção de decorar
o e personalizar o patrimônio escolar que é de todos nós, devemos comparecer à Diretoria no dia 1de maio para acertarmos as atividades e materiais.
Atenciosamente,
Salvador, 22 de março de 2014.
(assinatura das diretoras das Escolas do Beco)Maria Fernanda das Dores, etc.Diretora da Escola Sorrindo e Educando.
4. AVISO
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
22
5. CIRCULAR
Disponível em: http://redacaooficial.ufsc.br/modelo-de-memorando-circular
SERVIÇO PÚBLICO FEDERALMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAGABINETE DA REITORIACAMPUS UNIVERSITÁRIO REITOR JOÃO DAVID FERREIRA LIMA - TRINDADE CEP: 88040-900 - FLORIANÓPOLIS - SCTELEFONE: (48) 3721-9320 – FAX: (48) 3721-8422E-mail: [email protected]
Memorando Circular n.º 8/2014/GRFlorianópolis, 1 de janeiro de 2014.
Aos Senhores Diretores das Unidades Acadêmicas
Assunto: Resumo do teor do documento
1. Introdução.
2. Desenvolvimento.
3. Conclusão.
Atenciosamente,]
NOMECargo
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
23
6. COMUNICAÇÃO INTERNA
PAPEL TIMBRADO
Comunicação Interna Nº XXX/ANO – Nome do servidor remetente/LACET/UFBD
14 de junho de 2014.
De: Cargo ou Função do remetente/FACET/UFGD
Nome do servidor remetente
Para: Cargo ou Função do destinatário/Setor destinado/UFGD
Nome do destinatário
Assunto: Inserir título do assunto principal
Senhor Diretor,
Inserir assunto da Comunicação Interna.
Respeitosamente,
Nome do Servidor remetente
Cargo ou Função/LACET/UFBD
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
24
7. CURRICULUM VITAE
Curriculum Vitae
JOSÉ DE CRISTO DE TAL
Dados pessoais:
Data de nascimento 24 / 12/1971 Sexo: masculinoLocal : Manaus / Amazonas Tipo sanguíneo: A fator RH: +Estado civil: casadoNome do cônjuge: Maria Ciclana de TalDependentes: 02 – esposa e filhoEndereço: Rua da Paz, n° 1000 – Dores – Manaus/AM CEP: 69000-000Telefone: (92) 111-3333 Celular: 9999-9999Filiação: Maria de Jesus de Tal e José Maria de Tal
Formação:
. Superior Completo - Bacharel em Ciências Contábeis pela Ufam – turma de 2000
. Especialização: Auditoria Contábil, pela FEG, turma de 2002
Experiência Profissional:
. Suframa – serviços prestados – 2002 - 2004
. Amazônia Comercial – gerente administrativo financeiro – 2004
Conhecimentos em Informática:
. Informática básica em ambiente Windows
. Excel Básico e Avançado
. Open Office Planilha
. Open Office Texto
Idiomas
Inglês – LeituraEspanhol – fala e escreve
Capacitação:
. Contabilidade Bancária – CRC – 40h/a – 2001
. Balanço Financeiro – Auditores Associados - 2002
. Congresso Brasileiro de Auditoria - Rio de Janeiro - 2002
. Seminário sobre Auditoria Financeira - São Paulo – 2003
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
25
Áreas de Interesse de Lotação
. Auditoria
. Setor financeiro
. Setor Administrativo
Interesses pessoais (para fins de banco de dados de hobbies):
. esportes
. lutas e artes marciais
. música
. fotografia
Informações Adicionais
Quaisquer informações que você considere necessária para o seu currículo
Recife, de de 2014.
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
26
8. PROCURAÇÃO
ANUÊNCIA PARA DOAÇÃO OU VENDA DE IMÓVEL ENTRE ASCENDENTE E DESCENDENTES ao utilizar este modelo, lembre-se de preencher os dados específicos no texto abaixo
Neste modelo de procuração, são passados a um ou mais outorgantes:
poderes para o fim especial de, como interveniente na escritura de ( doação, venda ) que seu(a)(s) ( pai, mãe, pais) (nome completo do doador ou vendedor)_______________________________ faz a (nome completo do donatário ou comprador)____________________________do imóvel (endereço completo do imóvel)___________________________________ em nome do(a)(s) Outorgante(s) dar sua anuência em caráter irrevogável para que o fato seja inteiramente válido, assinar a respectiva escritura e tornar expressa a declaração de concordância, praticando todos os atos necessários ao cumprimento deste mandato, podendo substabelecer.
Caso queira colocar um prazo de validade na procuração, indique:
Esta procuração é válida até o dia _____/____/20____.
Com exceção de procurações cujo prazo é determinado por lei, como para a realização de casamentos (em que o prazo é de 90 dias), em geral as procurações têm validade por tempo indeterminado, salvo quando é explícito em seu texto, a pedido do outorgante, o seu prazo de validade.
9. MEMORANDO
(TIMBRE)
MEMORANDO
PARA: _________________ DEPARTAMENTO DE MARKETING
DE: ___________________ DEPARTAMENTO RELAÇÕES PÚBLICAS
DATA: 26/12/1999ASSUNTO: Estágio
A partir de 2 de janeiro de 2014, Sr. ______________, novo assistente do Gerente de Relações Públicas, fará estágio no Departamento de Marketing, durante uma semana. Gostaríamos de contar com sua assistência pessoal, de modo que o Sr. ____________ possa ter o máximo de aproveitamento e conhecimento de nossos produtos e de nossos clientes.
(a)______________
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
27
10. PARECER
Este parecer decorre de demonstrações contábeis incorretas ou incompletas.
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
Aos
Administradores e Acionistas (Quotistas) da
NOME DA ENTIDADE AUDITADA
Cidade - Estado
1. Examinamos os balanços patrimoniais da (NOME DA ENTIDADE AUDITADA), levantados em 31 de dezembro de 2002 e 2001, e as respectivas demonstrações de resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com……..
3. Nos exercícios de 2002 e 2001, a entidade não contabilizou os encargos financeiros compreendidos de juros, correção monetária e variação cambial sobre os empréstimos e financiamentos em divisas estrangeiras a curto e longo prazos no montante anual de R$ 700 mil e R$ 300 mil, respectivamente. Como consequência, os resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro daqueles exercícios, estão demonstrados a maior em valores equivalentes aos mencionados acima, respectivamente, R$ 700 mil e R$ 300 mil.
4. Em nossa opinião, considerando a relevância dos efeitos dos fatos mencionados no item 3, as demonstrações contábeis mencionadas no item 1, não representam adequadamente em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da .......... (NOME DA ENTIDADE AUDITADA), em 31 de dezembro de 2002 e 2001, nem o resultado de suas operações, nem as mutações de seu patrimônio líquido e tampouco as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os Princípios Fundamentais da Contabilidade.
Local e data:
NOME DA EMPRESA DE AUDITORIA
CRC-(UF) .....
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa
28
11-REQUERIMENTO
Ilmº. Sr. Diretor da Escola Estadual Vivendo e Aprendendo
(Nome da pessoa que solicita o requerimento), estudante regularmente matriculada no oitavo ano do ensino fundamental desta escola, vem respeitosamente solicitar a V. Sª a expedição dos documentos necessários à sua transferência para outro estabelecimento de ensino. Nestes termos, pede deferimento
Recife, 04 de julho de 2014.
(Assinatura)
Curso técnico em transações imobiliárias
Lín
gua
Por
tugu
esa