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Curitiba, quinta-feira, 10 de junho de 2010 - Ano XII - Número 574 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Dia dos Namorados movimenta economia em Curitiba e RMC Assim como acontece em outras datas comemorativas, o comércio es- pera faturar com o Dia dos Namora- dos. Apesar de não representar um ganho tão grande quanto o Dia das Mães, a expectativa é alta entre os co- merciantes. A proximidade da Copa do Mundo pode estimular os presen- tes com a temática do futebol e da se- leção brasileira. Pág. 3 Diego H. da Silva Cobertura da Copa do Mundo Equipes de jornalismo do Paraná estão preparadas para trazer informações espe- ciais direto da África do Sul. A bola rola amanhã, e o LONA trará uma edição es- pecial sobre o evento, com análise dos gru- pos e da seleção brasileira, além de curio- sidades do evento e dicas de bares para assistir aos jogos. Pág. 3 Jornalismo Uma alternativa Cursar uma faculdade pode representar um caminho importante para portadores de defi- ciência visual. Marco Eonio da Cunha perdeu a visão há quatro anos, mas encontrou no cur- so de Tecnologia em Produções Cênicas uma boa alternativa. Ele conta os desafios da es- colha e como se relaciona com o ambiente universitário. Pág. 4 Acessibilidade Perda de um ícone Em maio faleceu uma das mais importantes personalida- des da música. Confira um de- poimento sobre a morte de Ronnie James Dio, ex-integran- te da banda Black Sabbath. Pág. 5 Música Divulgação

LONA - 574 - 10/06/2010

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Jornal Laboratório do curso de jornalismo da Universidade Positivo.

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Curitiba, quinta-feira, 10 de junho de 2010 - Ano XII - Número 574Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Dia dos Namorados movimentaeconomia em Curitiba e RMC

Assim como acontece em outrasdatas comemorativas, o comércio es-pera faturar com o Dia dos Namora-dos. Apesar de não representar umganho tão grande quanto o Dia dasMães, a expectativa é alta entre os co-merciantes. A proximidade da Copado Mundo pode estimular os presen-tes com a temática do futebol e da se-leção brasileira.

Pág. 3

Diego H. da Silva

Cobertura daCopa do Mundo

Equipes de jornalismo do Paraná estãopreparadas para trazer informações espe-ciais direto da África do Sul. A bola rolaamanhã, e o LONA trará uma edição es-pecial sobre o evento, com análise dos gru-pos e da seleção brasileira, além de curio-sidades do evento e dicas de bares paraassistir aos jogos.

Pág. 3

Jornalismo

Umaalternativa

Cursar uma faculdade pode representar umcaminho importante para portadores de defi-ciência visual. Marco Eonio da Cunha perdeua visão há quatro anos, mas encontrou no cur-so de Tecnologia em Produções Cênicas umaboa alternativa. Ele conta os desafios da es-colha e como se relaciona com o ambienteuniversitário.

Pág. 4

Acessibilidade

Perdade um ícone

Em maio faleceu uma dasmais importantes personalida-des da música. Confira um de-poimento sobre a morte deRonnie James Dio, ex-integran-te da banda Black Sabbath.

Pág. 5

MúsicaDivulgação

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Crônica

Ônibus:Dezesseis horas. O senhor de boné, camisa social

azul e pulôver distribui um pequeno panfleto. O tex-to, ilustrado com um lírio e uma borboleta, versa so-bre um piloto de avião chinês que, no instante derra-deiro, evitou a queda do avião e salvou, assim, a vidade mais de duzentos passageiros. O escrito pergun-ta: “Será que isso não era a mão misericordiosa deDeus?”. O senhor entrega os panfletos a todos os pas-sageiros, inclusive aos que dormem, encosta-se naporta, dá uma suntuosa tosse e cospe na lixeira. O ôni-bus está intrincado num congestionamento e o senhorpede um minuto da atenção de todos, em nome doSenhor, que domina a Palavra.

Sebo:Dezessete horas e vinte minutos. O dono do sebo

analisa os quatro livros usados que lhe trouxe. Trêsestão em bom estado e argumento que a biografia doPelé venderá rapidamente. É ano de Copa. É o Brasil.O dono do sebo revira e desvira os livros e com umar técnico de quem tem o veredicto supremo diz quecompra os quatro por doze reais.

Transação completada, pergunto se tem Incidenteem Antares. Tem um exemplar só. Custa treze reais,capa dura, excelente estado de conservação. Quer vê-lo? Não, obrigado. Despeço-me, agradecendo a aten-ção e desejando um ótimo final de tarde. O dono dosebo pagou quatro reais pelo meu exemplar de Inci-dente em Antares no ano passado. Excelente estadode conservação.

Boca Maldita:Dezoito horas. Ao palco, a banda Terminal Guada-

lupe entoa uma canção de protesto. Sou brasileiro, ca-ralho, afirma soberano o vocalista. O calçadão da XVestá formigando. As pessoas estão chegando uma auma pra manifestar-se contra os desmandos do poderpúblico. O orador acaba de informar o que o presiden-te da Assembleia disse acerca dos preparativos damanifestação: tomara que não chova e que todos se di-

coberturade uma manifestaçãoDaniel [email protected]

Reitor: José Pio Martins.Vice-Reitor: Arno Anto-nio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: RenatoCasagrande; Pró-Reitorde Planejamento e Ava-liação Institucional: Cos-me Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Gradua-ção e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bru-no Fernandes; Pró-Reitorde Administração: ArnoAntonio Gnoatto; Coor-denador do Curso deJornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Cas-tro; Professores-orienta-dores: Ana Paula Mira eMarcelo Lima; Editores-chefes: Aline Reis (sccpa-line@ gmail.com), DanielCastro ([email protected]) e Diego Henri-que da Silva([email protected]).

“Formar jornalistas comabrangentes conhecimen-tos gerais e humanísticos,capacitação técnica, espíri-to criativo e empreendedor,sólidos princípios éticos eresponsabilidade social quecontribuam com seu traba-lho para o enriquecimentocultural, social, político eeconômico da sociedade”.

O LONA é o jornal-labora-tório diário do Curso deJornalismo da Universida-de Positivo – UPRedação LONA: (41) 3317-3044 Rua Pedro V. Parigotde Souza, 5.300 – Conectora5. Campo Comprido. Curi-tiba-PR - CEP 81280-30.Fone (41) 3317-3000

Expediente

Missão do cursode Jornalismo

Mar

isa

Rodr

igue

s

virtam.A manifestação abriga uma gente dos mais dife-

rentes feitios e intentos. Um sujeito travestido demilho acaba de me oferecer um folder da Festa doPinhão de São José dos Pinhais, a acontecer no pró-ximo final de semana. Leio que o evento contarácom a eleição do Garoto da Festa e com a dupla Ja-ckson & Junior.

Um rapaz está a distribuir uma bandeirinha coma insigne do estado, escrita no verso Quero Já UmNovo Paraná. A banca de jornais está cheia. Com-pro a Tribuna do Paraná e a Tribuna do Vale, im-presso de Santo Antônio da Platina. O primeiro pe-riódico está a publicar um edital do Conselho daAssembleia do Paraná intitulado A Assembleia queQueremos e Que Teremos. A Tribuna do Vale abreo noticiário político com matéria referente ao pedi-do de impeachment proposto por um partido.

A manifestação está a deter bom público, apesardo frio cortante. Não chove. Bandeirões de movi-mentos sindicais, partidos políticos, cartolinas es-critas à mão ilustram as proximidades do palco, oque parece incomodar um pouco o vocalista da ban-da Blindagem, que pede que os manifestantes bai-xem as bandeiras. Hoje somos uma única bandei-ra, alega. Os manifestantes não atendem o pedidoe a bandeira do Professor Galdino, vereador de Cu-ritiba, também permanece hasteada.

O Professor Galdino está nas mãos dos manifes-tantes. Seu texto diz em certo momento: DiremosNÃO a toda e qualquer tentativa de solapar estaNAÇÃO. Gosto da palavra solapar. Em qualquersituação.

O advogado enumera a cartilha de reivindicaçõese discursa emocionado para um público heterogê-neo. São estudantes, senhoras, pipoqueiros, punks,engravatados, deficientes físicos, crianças, mendi-gos, comerciantes, atendente do Mcdonald’s, todosouvidos atentos, olhares fixos.

Dezenove horas. É hora de pegar o ônibus, rumo àuniversidade.

Quase

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Economia

Aline Reis

No próximo sábado, os ca-sais apaixonados provavel-mente irão trocar presentes.Pelo menos é isso que esperao comércio para o Dia dos Na-morados deste ano. O cresci-mento esperado no Sul do paísé de 51%, enquanto no Paraná,é de cerca de 54% comparan-do com o ano anterior, de acor-do com a pesquisa da SerasaExperian.

O comércio aproveita a datapara seduzir os pombinhos eesquentar as vendas, que nes-te mês são impulsionadas tam-bém por conta da Copa doMundo da África do Sul e asFestas Juninas. “Colocamosalgumas faixas com promo-

ções de alianças em aço eouro e ficaremos abertos atésete (19h) no sábado”, expli-ca Elinir Padilha, proprietá-ria da joalheria Fina Prata.

Na Capital da Uva, a As-sociação Comercial Industri-al de Colombo (ACIC) não temdados exatos sobre a expecta-tiva das vendas, mas os lojis-tas esperam que os namora-dos saiam às compras a partirde hoje. “É sempre uma dataespecial [Dia dos Namorados],mas ainda está tranquilo.Deve acontecer como o Dia dasMães, que, na véspera cresceuo movimento”.

É o caso dos estudantesJoão Samuel Santana eFernanda de Fátima, que op-taram pela aliança para co-memorar a data. “Entramos

Paraná noclima da Copa

Fernando Mad/ LONA

Representantes paranaenses vãoser enviados para cobrir a Copado Mundo na África do Sul

No clima da Copa doMundo, as empresas de co-municação do Paraná estãoem ritmo de adrenalina total.Todos os meios estão em umestado acelerado de trabalhopara ver quem vai fazer a me-lhor cobertura jornalística daCopa. Duas empresas preten-dem assistir de perto a todosos acontecimentos. Serão en-viadas para a África do Suluma equipe de jornalismo daGazeta do Povo e outra daemissora de rádio Banda B.

A Gazeta do Povo é o úni-co jornal impressoparanaense credenciado parafazer a cobertura do Mundi-al. Para presenciar de pertotodos os acontecimentos dacompetição, a Gazeta vai en-viar um grupo de jornalistasformado por três repórteres,dois fotógrafos e um colunista.Eles vão acompanhar o dia adia da seleção brasileira etambém das outras seleçõesparticipantes.

O jornal já teve a experi-ência de cobrir eventos espor-tivos. Enviou corresponden-tes para algumas copas domundo, incluindo sua maisrecente cobertura na Alema-nha. Participou também datransmissão de algumas olim-píadas e também enviou umaequipe para a cobertura dosúltimos jogos Panamerica-nos. Além, claro de estar pre-sente em todos os eventos es-portivos aqui do Paraná.

O time de jornalistas quevai para a África do Sul é com-posto por Marcio Reinecken,Robson de Lazzari, EdsonMilitão, Albari Rosa, ValterciSantos e Carlos EduardoVicelli. Dentro da redaçãotambém haverá uma equipede mais de 20 profissionais,que estarão trabalhando dire-tamente na produção especi-al do caderno de esportes e napágina online da Gazeta. A

grande novidade que estão pre-parando é o blog que os envia-dos especiais vão abastecer comnovidades diretamente do país-sede da Copa. Além disso, osprofissionais pretendem fazertransmissões em tempo real, co-mentários em alguns progra-mas, vídeos com comentários etambém debates junto aos leito-res, interagindo diretamentecom o público.

A Banda B também conse-guiu sua credencial para o gran-de evento esportivo. A expecta-tiva é das mais animadoras; tan-to os equipamentos de transmis-são quanto os do Centro de Im-prensa são novos. Os jornalis-tas pretendem utilizar a mesmatecnologia que foi utilizada naAlemanha, onde eles tambémestavam presentes.

Os profissionais que serãoenviados estão se preparandoreligiosamente, estudando sobrea África do Sul e as seleções. Alogística para que tudo acabeperfeito na Copa está toda pron-ta. Com reservas de hotel, pas-sagens aéreas nas mãos e umcarro disponível para o desloca-mento dos profissionais no país,está tudo preparado para come-morar. A equipe está apostandoem uma transmissão maisabrangente, pois como é a únicarádio que vai cobrir o Mundial,onde todos querem saber novi-dades, a responsabilidade au-menta.

Além dos jogos, acontecerãodebates com participação deconvidados na África e no Bra-sil e informações de toda a cida-de de Johanesburgo, mostrandoo ambiente da Copa. Tambémterão destaques com personali-dades de diversos países presen-tes na África do Sul. Além disso,vão realizar participações aovivo durante toda a programa-ção, das 7h às 21h, junto aosboletins 24 horas. A equipe é for-mada por Marcelo Ortiz, JaquesSantos, Sicupira, Dionísio Filho,Edu Brasil e Osmar Antonio.

Lojas têmexpectativapositiva para oDia dos Namorados

Cobertura

num acordo, e a gente vai pegara aliança amanhã”, conta João.

Outra curiosidade é o fato deos homens comprarem maispresentes do que as mulheres.“Eles buscam presentes para asnamoradas e esposas, e quemcompra mais é mesmo o ho-mem”, diz Padilha. Quem con-firma é João. “Ela escolheu opresente”, revela.

O número de indecisos égrande, mas quem ainda nãosabe o que comprar já saiu àsruas para pesquisar. “Ano pas-sado a gente foi num jantar bemromântico, mas esse ano eu nãosei o que vai ser, porque é eleque faz a surpresa. Mas eu achoque vou gastar uns cem reais nopresente”, averigua AlessandraBorges dos Santos, estudante,que namora há três anos.

Data não devesuperar onúmero devendas do diadas mães; em2009, 30%doscomerciantesacreditavamno aumentodas vendas,hoje, númeroé de 54%

Jéssica Marcatti

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Educação

Gabriela Junqueira

Há quatro anos, MarcoEonio da Cunha, de 48 anos,perdeu a visão em decorrên-cia de uma retinopatia dia-bética, um agravamento dadiabete. No início, foi difícilse adaptar à nova realidade,mas ele não desistiu. Procu-rou uma distração, algo quelhe fizesse bem à alma.

Em 2009, Marco Eoniovoltou às salas de aula. Hoje,cursa o terceiro período deTecnologia em Produções Cê-nicas, na Universidade Fede-ral do Paraná (UFPR). Ape-sar de saber das dificuldadesque poderia enfrentar numambiente universitário aindapouco adequado às suas ne-cessidades, jamais pensouem desistir.

Por que você escolheu ocurso de Tecnologia emProduções Cênicas?

Antigamente, eu era ana-lista de sistemas nas Livra-rias Curitiba, mas queria fa-zer algo diferente. O cursode Produções Cênicas foi es-colhido por considerá- lo

uma terapia.

Você considera a estruturado curso adequada a seutipo de deficiência?

Não. Apesar de já existi-rem a lgumas in ic ia t ivaspara atender as pessoas comdef ic iência v isual , a indaexistem muitos obstáculos aserem superados.

Qual é a maior dificuldadeque você ainda enfrenta nauniversidade?

O acesso a l ivrosdigitalizados. Embora exis-ta na Federal um departa-mento (NAPNE) de auxílioàs pessoas com necessida-des especiais, os títulos dis-poníveis ainda são muitorestritos.

Como você tem acesso aomaterial solicitado pelosprofessores?

Os professoresdisponibilizam para os alu-nos textos no xerox e partedeste material é posterior-mente digitalizado. Às vezesbaixo da internet o livro de-sejado e, através de um pro-

grama, transformo-o em voz,ou se ja , e le f icadisponibilizado em áudio. Eé assim que estudo. Muitasvezes transformo os textosem MP3 e coloco no meu ce-lular.

Você lê em braile? O braileé uma alternativa viávelpara você?

Estou aprendendo braileno Instituto Paranaense deCegos. Como ainda não do-mino completamente a lin-guagem, costumo recorrer àinformática: utilizo o com-putador para converter emvoz meu material eletrônico.

Você entrou por cotas naUniversidade? O que pen-sa sobre o assunto?

Entrei. Não vejo proble-ma algum com as cotas, achoque são um direito conquis-tado. Apesar de ter entradopor cota, teria nota para en-trar de qualquer forma.

Como é a sua relação comos outros alunos?

A minha relação com osoutros alunos é ótima, elessão superprestativos. Quan-do preciso de alguma coisa,eles estão sempre dispostosa ajudar.

Existe alguma diferencia-ção no tratamento dado avocê e aos outros alunos porparte dos professores?

Não, eu sou tratado iguala todos os outros alunos. Asexigências e cobranças sãoas mesmas para todos. Aúnica diferença se dá naquestão das provas escritas:já fiz prova oral, em dupla ecom a minha esposa trans-crevendo minhas respostas.

Sua esposa o ajuda muito.Qual a importância do apoiofamiliar?

Como ainda tenho pou-ca experiência como cego,

Universitários portadores denecessidades especiais ainda têmdificuldade no acesso a livros adaptados

Arquivo Pessoal

“Embora exista na Federal umdepartamento (NAPNE) de auxílio àspessoas com necessidades especiais,os títulos disponíveis ainda são muitorestritos”Marco Eonio, estudante deTecnologia em Produções Cênicas

Arquivo PessoalMarco participou do Festival de Curitiba de 2010

Um de seus últimos personagens em cena no TEUNI

sou muito dependente. Pre-c i so de a juda para melocomover de um local parao outro, alguém que possame levar e me trazer. Até nassimples ações do dia a diaprec iso de a juda. Para adigitação de textos é a mes-

ma coisa. A ajuda familiar éessencial nessas horas.

Alguns de seus colegasde sala afirmam que você éo aluno mais dedicado...

Não sou o mais dedica-do, mas procuro fazer tudoque é solicitado.

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MúsicaMarcos Assis

“Hoje meu coração se des-pedaçou, Ronnie faleceu às07h45m de 16 de maio. Muitosamigos e familiares puderamse despedir antes de sua mor-te. Ronnie sabia o quanto eraamado por todos vocês. Nóstambém agradecemos o amor eo apoio que todos vocês nosderam. Por favor, nos deem al-guns dias de privacidade paralidarmos com essa terrível per-da. Saibam que ele os amava esua música viverá para sem-pre”. Com essa mensagempublicada no site do cantor, aesposa e empresária de RonnieJames Dio, Wendy Dio, infor-mou aos fãs de todo o mundo ofalecimento do vocalista.

O heavy metal perdeu suamelhor voz. Dio faleceu, vítimade câncer no estômago diagnos-ticado no fim do ano passado.Há mais de 30 anos na estrada,Dio era respeitado não só porsua música, mas por sua sim-plicidade. Nascido emPortsmouth, nos Estados Uni-dos, ele começou a obter desta-que em sua carreira no ELF, ban-da com influências de blues erock. Dio cantou também noRainbow, banda formada pelogenial Ritchie Blackmore, ex-guitarrista do Deep Purple. Suavoz logo chamou a atenção dopúblico, pela força fantásticaque possuía. Apesar de ter apro-ximadamente 1,60 metro de al-tura, Dio tinha a voz de um gi-gante. Sua passagem pelo BlackSabbath rendeu o que muitosconsideram os três melhores ál-buns da banda: Dehumanizer,Mob Rules e o fantástico Heavenand Hell, além do disco ao vivoLive Evil. A união do peso doSabbath, principalmente dosriffs de Tony Iommi, ao vocal po-deroso de Dio era indescritível.

Em Curitiba, o mestre to-cou três vezes. Estive presen-te no show de 1997 noMarumby Expocenter, em queDio tocou ao lado de BruceDickinson e da banda deJason Bonham, filho de JohnBonham, ex-baterista do LedZeppel in , e em 2006 , noMasterhall, na turnê de lan-çamento do disco Holy DiverLive, uma comemoração dos23 anos de lançamento deHoly Diver. O show de 2006foi no dia 13 de setembro, trêsdias depois do aniversário deDio. Um fã levou essa bandei-ra que está na foto com osdizeres: "Happy BirthdayHoly Dio", feliz aniversário

sagrado Dio, um trocadilhocom o nome da turnê. O carase emocionou com o carinhodos fãs curitibanos. Possodizer que foram dois dos me-lhores shows que já tive aoportunidade de ver. A pre-sença de palco do baixinhoera espetacular, dominandocom simpatia o público, comgestos característicos como o“devi l ’ s horn”, os“chifrinhos”, que fazia comas mãos a cada música.

Atualmente ele estava emturnê com o Heaven andHell, banda formada comTony Iommi na guitarra ,Vinny Appice na bateria,Geezer Buttler no baixo e Dionos vocais. Simplesmente o

Black Sabbath, sem OzzyOsbourne e o baterista BillWard. A banda se reuniu em2007 para reviver os temposdo álbum Heaven and Hell,do Black Sabbath. Após umabem-sucedida turnê mundi-al, que passou pelo Brasil em2009, eles lançaram um dis-co com músicas inéditas, TheDevil You Know. Infelizmen-te, a vida sempre nos pregapeças que não podemos ex-plicar. Num dos melhoresmomentos de sua brilhantecarreira, Dio foi rapidamen-te consumido pela doença.Músicos que tiveram a honrade conviver com ele estão di-vulgando notas de pesar emseus sites. Todos ressaltam a

O metal

Divulgação

perde

Dio faleceu, vítima de câncer no estômago,diagnosticado no fim do ano passado. Há mais de 30anos na estrada, Dio era respeitado não só por suamúsica, mas por sua simplicidade

a sua voz

forma amável como ele trata-va as pessoas, músicos, ami-gos ou desconhecidos. “Eutive o privilégio de tocar comele em um show em São Pau-lo, em 2006 ele me convidoupara tocar Mob Rules, a últi-ma canção do show e comdireito a um espaço para umsolo! Eu nunca vou esquecer,foi um dos dias mais felizesda minha vida, apenas ummestre real pode ser tão amá-vel” , dec larou AndreasKisser, guitarrista do Sepul-tura.

“Ronnie não foi apenasum vocalista incrivelmentetalentoso, mas também umapessoa maravilhosamenteafável, inteligente e generosa

e essa pessoa brilhou tantoem cima quanto fora do pal-co, deixando uma marca po-sitiva em todos que entraramem contato com ele. O mun-do perdeu um ta lentoinsubstituível e, em primeirolugar, um dos melhores sereshumanos que você poderiasempre querer conhecer”,afirmaram os membros doIron Maiden. O parceiro detantos anos, Tony Iommi,publicou uma nota falandoda terrível perda. “Ontemmeu querido amigo RonnieJames Dio morreu às 7h45 damanhã, horár io de LosAngeles. Estou em choquetotal. Eu simplesmente nãoposso acreditar que ele se foi.Ronnie era uma das pessoasmais legais que eu já conhe-ci. Tivemos alguns momen-tos fantást icos juntos .Ronnie amava o que fazia,compor músicas e cantar nopalco. Ele amava tanto seusfãs. Ele era um homem amá-vel e podia se colocar em se-gundo plano para ajudar aosoutros. Eu posso dizer hones-tamente que verdadeiramen-te foi uma honra tocar ao seulado todos estes anos. Suamúsica viverá para sempre.Temos muita consideraçãopela Wendy Dio (esposa eempresária), que esteve comRonnie até o final. Ele a ama-va muito. O homem com avoz mágica é uma estrela en-tre as estrelas, um profissio-nal verdadeiro. Vou sentirmuito a sua falta, meu queri-do amigo”.

Dio foi sepultado no últimodomingo, dia 30, no cemitérioForest Lawn, em Los Angeles.No mesmo local estão enterra-dos músicos famosos, comoMichael Jackson. Aproximada-mente 1.200 fãs foram prestarsua última homenagem aovocalista. Um telão foi instala-do para que o público pudessever a cerimônia realizada emsua memória. Alguns nomeslendários do rock, como o ex-baixista e vocalista do DeepPurple, Glenn Hughes, GeoffTate do Queensryche e JoeyBelladonna, vocalista doAnthrax, que cantou “Man onthe silver mountain”, partici-param da homenagem. Comodiz a letra de Heaven and Hell,um dos maiores clássicos doSabbath e do heavy metal: “Seisto parece ser real, é ilusão.Para cada momento da verda-de, há confusão na vida”.

Rest in peace, master Dio!

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Cavalheirismo, por definição, é o ato deser cavalheiro. Por sua vez, cavalheiro querdizer homem de sentimentos e ações nobres.Trocando em miúdos, um homem que é ca-valheiro é gentil. Porém, essa “gentileza”passa a ser obrigação e machismo quando étida como uma atitude de cavalheiro.

Por que obrigação? Porque o tal cavalhei-rismo manda que o homem pague a conta,carregue as sacolas, abra a porta do carro,ande do lado de fora da rua. Todas essas coi-sas deixam de ser gentilezas para se torna-rem um dever quando tomam a mulher comodependente do homem, por isso é machismo.

Mas aí vem o velho comentário: “Feminis-ta, é? Mas na hora de carregar as compras epagar a conta, não ligam do homem fazer”.Para começar que feminista não é sinônimode mulher, existem muitos homens feministas.Mas se tratando de mulher feminista, o fato éque nenhuma vai defender tal contradição. Seela defende a igualdade só quando é coniven-te para ela, no mínimo ela é femista.

E o que é femismo? Femismo é um neolo-gismo que significa, literalmente, o machismoao contrário. Um femista busca a superiorida-de da mulher. Logo, uma mulher que quer to-dos os direitos alcançados pelo feminismo e

Durante esta semana, a Assembleia Legislativa do Pa-raná, mais uma vez, andou em ovos. O Partido Verde pe-diu o impeachment do presidente da casa e do primeiro se-cretário (deputado Nelson Justus e deputado AlexandreCuri). Agora será encaminhado para a conselho de ética,presidido pelo deputado Pedro Ivo (sem experiências em si-tuações como esta) que escolherá relatores para analisareme encaminharem para a Comissão de Constituição e Justiçae daí ser levado a plenário para votação dos deputados. Nomeio de todo esse trâmite, questões começam a ser pontua-das, por um olhar mais crítico da situação da Assembleia.Sem dúvida, diante da história dos escândalos presentes,uma pode ser considerada um ponto de vista importante.Até que ponto o afastamento do presidente da casa é umaatitude eficaz para a transparência e possível alinhamentodo poder legislativo do Paraná ao de uma nova era sem cor-rupções e descasos dos políticos?

Um olhar diferenteCavalheirismo é machismo?

Henrique Bonacin FilhoÉ colunista de política e escrevequinzenalmente, às quintas-feiras, para o [email protected]

Priscila SchipEscreve quinzenalmente sobre questões de gênero,sempre às [email protected]

Política

Dilvugação

Gênero

Femismo é umneologismo quesignifica, literalmente, omachismo ao contrário.Um femista busca asuperioridade da mulher

A manifestação da OAB é louvável,democrática e necessária, paramostrar a voz do povo, dosmovimentos sociais, ONGs e dasiniciativas a favor da democracia

as regalias do machismo, é uma femista.Porém o fato é que cavalheirismo tem, em

sua denominação, um caráter masculino eisso já é errôneo. Já que por ser uma genti-leza deve ser praticada não só pelos ho-mens, mas também pelas mulheres. Porqueé machismo quando o homem não admiteque a mulher possa pagar a conta, mas tam-bém é machismo se a mulher acha inadmis-sível que o homem não pague. Talvez umasolução seja substituir o “cavalheirismo” epraticar a boa e velha gentileza.

Divulgação

Sinceramente, o presidente, Deputado Nelson Justus(DEM), é uma pessoa que sem dúvida nenhuma tem seusproblemas, e, com certeza, não é um santo. Entretanto, elefoi uma figura ímpar dentro da história da casa do povo.Começaram com ele as medidas de transparência da casa,como a criação do portal de transparência, o placar das vo-tações, a criação da TV Sinal e o recadastramento dos fun-cionários. Caso esses meios não fossem criados, o povo nãopoderia acompanhar mais facilmente o que está ocorrendo,aparentemente, na casa. Possivelmente, os diários secretosda Gazeta do Povo e da RPCTV não ganhariam tanto apoioda população. Já uma Utopia de uma casa alinhada ao bomsenso e longe de desvios, não é, de perto, uma casa sem fá-cil acesso da observação do povo. Coisa que antes dessepresidente sempre predominou.

A manifestação da OAB é louvável, democrática e neces-sária, para mostrar a voz do povo, dos movimentos sociais,ONGs e das iniciativas a favor da democracia. Contudo,crucificar uma pessoa, por todo o problema presente, é nomínimo burrice. É histórico o problema da corrupção no le-gislativo. E o resto dos deputados não estavam cientes doque acontecia na casa deles? Só o presidente é omisso?Questões necessárias de serem lembradas. Atire a primeirapedra quem não é pecador. Sem dúvida que as denúnciasfeitas são as mais relevantes da história jornalística para-naense. Entretanto, não podemos esquecer dos jogos de in-teresses e, ainda mais, pensar se isso não é o grande pro-blema presente na nossa sociedade; melhor ainda, do mun-do jornalístico. Eu vejo uma multidão de bons samaritanos,desinformados e sem uma visão mais crítica. Infelizmente.Corrupção, ao pé da palavra, é o ato de depravar, degene-rar. O processo de transparência é, no mínimo, regeneraçãode um poder desacreditado.

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Curitiba, quinta-feira, 10 de junho de 2010 7

Página Literária

Dia de ProcissãoDia de Procissão

Plafon. Ao lado da canaleta de

ônibus, uma empresa vende plafon.

Ônibus. Dentro, os passageiros

da manhã acalanto pouco dizem,

murmuram, soluçam, pedaços baía

de palavras a espiar o cansaço em

olhos fumês.O ônibus a seguir sua marcha

de enfado, o ronco trovejante dos

motores, todos ao destino, que é o

mesmo destino, a chuva discreta a

aplainar ainda mais os sonhos,

inertes a observar as paradas e re-

tomadas, os caminhos e suas vol-

tas contínuas. Um jovem, talvez,

uns dezesseis anos, comenta com a

mocinha que a última vez que foi

ao shopping, ontem a tarde, ele ti-

nha dinheiro. Comprou um tênis:

duzentão.

Ontem à tarde, vi o documen-

tário Koyaanisqatsi, de Godfrey

Reggio, 1983, o primeiro exemplar

da trilogia Qatsi, que versa aber-

tamente sobre o desequilíbrio hu-

mano.É um filme certamente pontua-

do. A trilha sonora do compositor

estadunidense Philip Glass se

ocupa em demonstrar intensamen-

te a aceleração cotidiana, a fragili-

dade dos corpos, a insensatez hu-

mana, alternando o abrupto com

a candidez das paisagens natu-

rais, grandes blocos de pedra, nu-

vens caminhando no céu do sem-

pre, música escorrendo como

águas do riacho.O pintor norueguês Edvard

Munch escreveu a forma de sua

famosa obra O Grito: “Eu andava

pela rua com dois amigos - e o sol

se pôs / O céu, de repente, tornou-

se sangue - e eu senti como/ se

fosse um sopro de tristeza / Eu

parei - inclinado contra a grade/

morto de cansaço/ Sobre o fiorde

negro azulado e a cidade assen-

taram nuvens de exalante sangue

em pingos/ Meus amigos conti-

nuaram caminhando e eu fui/

deixado com medo e com uma fe-

rida aberta em meu/ peito/ Um

grande grito veio através da Na-

tureza.”João Moreira Salles também

reconhece uma significante gui-

nada conceitual em sua carreira.

O corte está entre Notícias de

Uma Guerra Particular (1999) e

Nelson Freire (2003). Para ele, o

tema, a partir de então, passa a ser

uma mera contingência, o tema

não pode falar sozinho, já que o

que determina o caráter do docu-

mentário é a forma de abordagem

do tema, sua originalidade, a mão

sucinta do autor sobre seus per-

sonagens, seu respeito, sua vene-

ração, sua crítica ou humilhação.

Primeiramente, a forma de contar.

Não existe, assim, tema desim-

portante.O que incomoda em Koyaanis-

qatsi, aquém de sua exuberância

técnica e de sua grandiosidade

imagética é essa mão autoral, pe-

sada, a dizer: como são reles es-

ses seres humanos, não param

sua marcha sucessiva para admi-

rar a natureza e a poesia, vejam

como se mexem para lugar ne-

nhum...É hora de descer do ônibus,

rumo, de fato, rumo à velocidade

inevitável do mundo.

É dia de procissão em Curiti-ba. A Praça Tiradentes propagauníssona sua oração cristã en-quanto o vendedor de cocada re-clama do tempo. Na avenida aolado, mendigos, trapos esparra-mados ao chão, escutam o cantodo líder religioso, balançando acartilha doada pelos ministros dafé e recebendo entusiasticamentea hóstia. É dia de fé pública.

Estou a vir de longe e queroatravessar a procissão. Nada te-nho contra procissões, exceto acocada. A cocada de procissãonão é boa, é pouca e muito quei-mada. Todos levantem as mãos,pede o padre:

Uma bênção aos familiares.Bênção!Uma bênção aos amigos.

Daniel ZanellaBênção!Uma bênção aos necessitados.Bênção!Uma bênção aos doentes.Bênção!

Uma bênção ao vizinho do lado. Oclamor público é menor neste mo-mento porque é Curitiba e uma li-geira garoa se faz, mística.

Venço a primeira etapa do per-curso para além da procissão, masoutra questão: a avenida está como chão cortado por toalhas, grãos,mendigos de mãos abertas, vozesocas e é preciso atravessar. Umcarro de potente sistema sonorotransmite as vozes ecumênicaspara que ninguém perca nada.Quinhentos metros e uma entradaà esquerda. Caminho com algumapressa e, aos poucos, a procissãovai transformando-se em murmú-rios e memória.

Estou a encerrar a leitura deCrônicas do Descobrimento. Oportuguês Pero de MagalhãesGandavo, que descreve com gran-de perspicácia a questão indígena:

“São as mais bárbaras cria-turas que Deus criou. Faltam-lhe três letras do ABC, que sãoF, L e R, coisa muito para senotar. Se não tem F é porquenão têm fé em nenhuma coisaque adorem. Se não tem L éporque não têm lei nenhumapara resguardar, nem preceitospara governarem. E se não temR é porque não têm rei que osreja.”

Leio que Portugal ainda arre-dio à reforma ortográfica. Enten-do-os no que tange ao uso adequa-do das palavras que perderam ohífen. O jornal brasileiro de litera-

tura também.Em Notícias de Uma Guerra

Particular, de João Moreira Sallese Kátia Lund, o soldado reconhe-ce que o único agente estatal pre-sente nos morros cariocas é o po-licial, de assegurada tendência àviolência e repressão. A morado-ra: se a criança adoece, é o di-nheiro do traficante que comprao remédio.

A pesquisa da jornalista curi-tibana em livro recente: no séculodezenove havia jornais impressosdirecionados aos escravos brasi-leiros, apesar do ínfimo percentu-al de alfabetizados.

A última coisa que ouço daprocissão é que devemos honrar onome de Jesus. Mas, o padre de lu-minosos olhos azuis não vestetrapos.

Daniel Zanella

Koyaanisqatsi

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Curitiba, quinta-feira, 10 de junho de 20108

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O Ballet Imperial da Rússia apresenta o espetáculo clássico“Romeu e Julieta” em Curitiba, neste sábado. Adaptado da obra deWilliam Shakespeare, o espetáculo conta a história de amor entredois jovens cujas famílias – Os Montecchio e os Capuleto – seodeiam. Formado por mais de 40 bailarinos, a companhia é umadas mais importantes do mundo.Quando: Sábado, às 21h. | Onde: Teatro Guaíra (R. XV deNovembro, 971, Centro). | Quanto: R$ 70 a R$ 130.

Balé Russo

Rodrigo Cintra

Cultura

A jovem musica Mallu Magalhães vem a Curitiba neste sábadopara uma apresentação da turnê de lançamento de seu segundoálbum, que leva o nome da cantora. O show é parte do projetoPUC Muito Mais, que deve trazer o músico Marcelo Camelo paraa capital paranaense ainda este ano. Além de canções do segundoCD, Mallu também cantará músicas do primeiro álbum como“Versinho Número Um” e “Shine Yellow”.Quando: Sábado, às 20h. | Onde: TUCA – Teatro da PUC PR (R.Imaculada Conceição, 1155, Prado Velho).Quanto: R$ 60 e R$ 15 (estudantes da PUC).

Precoce

A banda brasileira Restart, quemais faz sucesso atualmente e éprecursora do movimento colori-do, se apresenta em Curitiba emfesta de comemoração do Dia dosNamorados. Esse movimento, fe-bre no país inteiro, é característicopelo vestuário de cada peça de umacor diferente, e é composto de, es-sencialmente, tênis Nike de canoalto, óculos Ray Ban Wayfarer co-res, de preferência, com a lente trans-parente e camisetas com desenhoschamativos, visual inspirado nasbandas de synth-pop americanas.Os meninos de 17 anos, que estãona estrada há pouco tempo, já con-quistaram legiões de fãs em todasas cidades em que se apresentam,e mais que isso, ditaram a modaadolescente do momento.

A Restart se criou a partir deum grupo de amigos do colégio, quese juntou para formar uma bandae participar de festivais adolescen-tes. Virou febre na web, gravou umálbum com os produtores do mo-mento e começou a viajar para to-dos os cantos, realizando o sonhode quase todo jovem: montar umabanda e fazer sucesso. O diferenci-

al, talvez, foi que, o sucesso dessesmeninos não atingiu só meninas;tem muitos meninos que são fãs decarteirinha da banda, adotam seusestilos e criam sua própria bandabaseada no som dos seus ídolos.

No mês passado ocorreu umepisódio envolvendo a Restart queficou para a história dos vídeos maisvistos e mais engraçados doYoutube, o que todos conhecemcomo “Puta Falta de Sacanagem”.A Fnac de São Paulo organizou umpocket show da banda,disponibilizando 250 pulseiraspara quem quisesse assistir aoshow, mas o público presente foide 3500 adolescentes e o show nãoaconteceu, pois não havia comocontrolar todos esses fãs desespe-rados, que se revoltaram, xingarammuito no twitter e só se acalmaramquando a polícia apareceu para darum jeito na situação. O produtorque está realizando o show emCuritiba, André Sandes, dono daprodutora de eventos teen, PositiveVibrations, afirma que show daRestart é febre, lota em todo lugarem que eles tocam, e sempre é oshow que ele produz e mais dápúblico em Curitiba.

Os preparativos para o Dia dos

Dia dos Namorados

Namorados já começaram desde asemana passada. As meninas dofã-clube têm se organizado na pro-dução de camisetas especiais parao evento e plaquinhas com pedi-dos de namoro e casamento com onome dos meninos da banda, paralevantar durante o show. “Eles sãomuito queridos, por isso estamosfazendo esse letreiro com o nomeda banda dentro de corações colo-ridos, pra mostrar que nós amamosmuito eles e todas as meninas pre-sentes serão as namoradas delesnesse dia”, comenta Camila, mem-bro do fã clube.

Elas dizem ainda que se sen-tem satisfeitas com as promoçõesque a produtora de Curitiba faz;após o show, quem tiver o nome nalista, pode entrar no backstage parapassar um tempo com a banda etirar fotos com eles. “O ingresso tá33 reais, mas vale a pena, pois pelomenos, terei a chance de conhecê-los pessoalmente e entregar issopra eles”, afirma Isadora, que fezuma roupinha especial da Restartpara um ursinho de pelúcia quepretende entregar para a banda. Oshow acontece no Moinho Even-tos, dia 12 de junho, a partir das 15horas.

Amanda Queiroz

Divulgação

Arquivo do fã-clube

Uma das cidades com o patrimônio histórico mais bemconservado do país, a Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba,recebe até o dia 13 um dos mais importantes festivais de cinemado Paraná. Durante cinco dias, o Festival da Lapa 2010 transformao cenário histórico da cidade, que deve receber mais de 30 milpessoas. Durante o festival haverá uma intensa programação commostra competitiva, exibição de filmes de época, debates, entreoutros eventos. A programação completa pode ser conferida nosite oficial do festival, www.festivaldalapa.com.br.

Para esta nota tem uma foto com a legenda: Cena do filme“Mauro Shampoo – Jogador, Cabeleireiro e Homem”, que seráexibido durante o festival

Cinema na Lapa

Divulgação

Divulgação

A banda Restarttoca em Curitibano dia 12 de junho

nas cores do arco-íris

Fã-clube

oficial de Curitiba

Divulgação

Até o dia 20 de junho é possível conferir de graça os espetáculosdo 5º Festival de Teatro de Colombo, o FETECO. São 42 peças dividasentre stand-up comedy, drama, suspense, comédia contemporâneo,circense, entre outros. A programação completa do festival podeser conferida no site www.colombo.gov.pr.br.Quando: Até 20 de junho.Onde: Auditório da Prefeitura Regional Maracanã (R. DorvalCeccon, 664, Maracanã, Colombo). | Quando: Gratuito.

Teatro na RMC