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[email protected] @jornallona Ano XIII - Número 733 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, terça-feira, 12 de junho de 2012 O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil lona.redeteia.com O show Varekai permanece na capital paranaense até dia 15 de julho, na Arena Expotrade, em Pinhais. Com trilha sonora ao vivo, o espetáculo se divide em 14 atos e faz homenagem aos nômades. Os ingressos já estão a venda. Pág. 3 Cirque du Soleil estreia novo espetáculo nesta sexta-feira Largo da Ordem é um ponto de referência na cidade de Curitiba Pág. 8 PERFIL Mercado de smartphones bateu recorde de vendas em 2011 e deve crescer 73% este ano Págs. 4 e 5 ESPECIAL Conheça a história e os benefícios de se praticar esgrima Pág. 7 ESPORTE

LONA 733 - 12/06/2012

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALSMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, terça-feira, 12 de junho de 2012

[email protected] @jornallona

Ano XIII - Número 733Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade PositivoCuritiba, terça-feira, 12 de junho de 2012

O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

lona.redeteia.com

O show Varekaipermanece nacapital paranaense até dia 15 de julho, na ArenaExpotrade, emPinhais. Com trilha sonora ao vivo, o espetáculo sedivide em 14 atos e faz homenagem aos nômades. Os ingressos já estão a venda.

Pág. 3

Cirque du Soleil estreia novo espetáculo nesta sexta-feira

Largo da Ordem é um

ponto de referência na

cidade de Curitiba

Pág. 8

PERFIL

Mercado de smartphones

bateu recorde de vendas

em 2011 e deve crescer

73% este ano

Págs. 4 e 5

ESPECIAL

Conheça a história e os

benefícios de se praticar

esgrima

Pág. 7

ESPORTE

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Curitiba, terça-feira, 12 de junho de 2012

Ninguém sabe ao certo se o comerciante João Dória, nos anos 1950, foi mesmo o responsável pela popularização do 12 de junho como Dia dos Namorados, ou Dia de São Valentim, uma das datas comerciais mais fortes do calendário anual – 13 de junho é Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro.

Assim como a origem obscura do Dia dos Namorados no Brasil, pouca gente sabe que 12 de junho também marca o Dia Internacional contra o Trabalho Infantil. A data é símbolo da luta e da mobilização mundial para o combate, erradicação do trabalho infantil e proteção dos direitos da criança.

(O poeta inglês William Wordsworth dizia que a criança é o pai do homem. Desde 13 de julho de 1990, a Lei 8.069 es-tabelece no país o Estatuto da Criança e do Adolescente, mais conhecido como ECA, inspirado pelas diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988, indo ao encontro de uma série de normativas internacionais.)

Dentre os trabalhos a favor da criança, um dos mais signi-ficantes é o realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), criado em 11 de dezembro de 1946, por decisão unânime da Assembleia Geral das Nações Unidas. Os primeiros programas do UNICEF objetivavam oferecer auxí-lio às crianças diretamente atingidas pelos efeitos da Segunda Guerra Mundial.

A partir de1953, o UNICEF tornou-se órgão permanente do sistema das Nações Unidas e direcionou seus esforços aos países mais pobres e carentes de recursos. No Brasil, o UNI-CEF existe desde 1950, auxiliando na redução da mortalida-de infantil e em campanhas de imunidade e aleitamento. O trabalho desenvolvido pelo programa é fundamental em um país com problemas severos no gerenciamento de soluções e prioridades.

Estima-se que quatro milhões de crianças brasileiras entre 5 e 14 estejam trabalhando em atividades como agricultura, carvoaria e serviços domésticos – uma demonstração clara de que ainda somos um país com dificuldades crônicas no que se refere à criança, tanto a que se forma, tanto aquela que vive em condições desumanas.

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Expediente

Reitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Ad-ministração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Mar-cia Sebastiani | Coordenação dos Cursos de Comunicação Social: André Tezza Consentino | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Ana Paula Mira, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editora-chefe: Suelen Lorianny |Re-pórter: Vitória Peluso | Pauteira: Renata Silva Pinto| Edi-torial: Daniel Zanella

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

OpiniãoEditorial

Mulher de empresário da Yoki mata-o com tiro na cabeça, e aproximadamente dez horas após a morte do marido, o esquarteja. O caso do empresário Marcos Matsunaga e sua mulher Elize Matsunaga é mais um daqueles no estilo Nardoni, ou Richthofen. Um assassinato frio e calculista, agravado pela mídia exacerbada.

Segundo a confissão da própria homicida, o motivo que a fez atirar contra a cabeça do próprio marido seria o ciúme provocado durante uma briga, já que desconfiava da infidelidade de empresário. Vale lembrar que o casal possuía uma coleção de mais ou menos 30 armas, entre elas pistolas, fuzis e até submetra-lhadoras. O crime ocorreu entre os dias 19 e 20 de maio, e desde então vem ganhando grande espaço em todos os veículos de comunicação, e principalmente – é claro -, na Globo. De fato, o caso é aterrador - como muitos não divulgados também o devem ser – e realmente deve passar por todos os processos de inves-tigação necessários. Mas há também outra questão: por traz de uma notícia como esta, às vezes há outro assunto encoberto por ela.

Até semana passada, para quem ainda se lembra, o foco estava na CPI do Cachoeira. É certo que até esse assunto, que tem sua devida importância, foi explorado de forma exagerada e cansativa. Mas ainda que se encerre o assunto atual (assassinato de Matsunaga) dificilmente serão retomados os escândalos po-líticos anteriores. O controle da informação usado pela mídia beira os métodos utilizados pela Igreja na Idade Média, e a Globo, por exemplo, corresponde ao Clero. Viramos especialistas em alguns assuntos, ignorantes em outros.

O que nos permitem saber é que Elize Matsugana reclamou aos policiais so-bre o tamanho da cela de nove metros quadrados, comparando-a com seu aparta-mento luxuoso de cobertura, em que morava com o marido a filha de um ano. E que a suposta amante havia ganhado um carro de Marcos Matsunaga. Informa-ções desse gênero são tão valiosas que mereceram até matérias exclusivas.

Outra realidade Um futuro trânsito incerto

Os que viajam de Curitiba sabem a tristeza que é sair da capital rumo a sua ci-dade em vésperas de feriados - ou ainda mesmo em um simples final de semana. O problema de trânsito, não restrito apenas a Curitiba, já incomoda muitas pes-soas e preocupa a todos com relação ao crescimento do movimento nas cidades e rodovias. Uma simples viagem até São José dos Pinhais pode durar horas, se a sua sorte permitir.

O extenso consumo de carros populares, bem como o aumento do número de automóveis transitando pela cidade, já incomoda os que dependem desse meio de locomoção. Antigamente, as rodovias não eram saturadas e o trânsito fluía tranquilamente. Hoje, basta um pedágio para criar uma espera de horas, atrasan-do a sociedade em que “tempo é dinheiro”.

Prefiro evitar perspectivas com relação à situação do trânsito em São Paulo, mas se chegaremos a essa realidade só o futuro nos dirá. Investimentos são ne-cessários para evitar essa perspectiva, bem como a organização.

Lembra-se dos Jetsons? Naquele mundo - quase organizado utopicamente - eles transitavam em veículos aéreos, mas nem por isso deixavam de utilizar semáforos ou seguir por um fluxo definido de veículos. Isso é necessário para evitar o caos no trânsito. Por mais que essa organização nos pareça futurista ou utópica, não precisamos passar horas para entrar ou sair de Curitiba.

Maximillian Rox

Já não mascara tão bemIsabelle Kolb

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Cirque du Soleil estreia novo espetáculo em Curitiba

Estreia no dia 15 de junho o novo espetáculo do Cirque Du Soleil, Varekai. Devido à grande procura foram aber-tos cinco novos dias (11 a 15 de julho). Os shows serão na Arena Expotrade em Pinhais, com ingressos que vão de R$ 140 s R$ 395 (entrada inteira).

O show se divide em 14 atos com acrobacias, contor-cionismos, palhaços, malaba-res, coreografias e trapézios. O espetáculo faz uma home-nagem aos nômades: Varekai significa “onde quer que seja” na linguagem cigana.

A trilha sonora é tocada ao vivo por uma banda com maestro, tecladista, baterista, percussionista, baixista, vio-linista, cantores e um músico que comanda os instrumentos de sopro.

História

Les Échassiers de Baie-Saint-Paul (“os Equilibristas de pernas-de-pau de Baie-Saint-Paul”), um grupo teatral fundado por Gilles Ste-Croix, andavam em pernas-de-pau, faziam malabarismo, dança-vam, cuspiam fogo e tocavam músicas. Dentre os artistas que impressionavam os mo-radores do vilarejo, ao norte

Giuliana NogaraJoana CastroMaria Luiza de Paula

de Québec, estava o fundador do Cirque du Soleil (Circo do Sol, em francês), Guy Laliber-té.

Para a comemoração do 450º aniversário da desco-berta do Canadá, por Jacques Cartier, a cidade de Québec procurava um evento para comemorar a data. Guy Lali-berté convenceu os organiza-dores de que a melhor escolha seria uma turnê dos artistas do Cirque du Soleil, e foi ali que tudo começou.

Cirque du Soleil

Cirque du Soleil é uma companhia com sede no Qué-bec, que leva entretenimento artístico para o mundo intei-ro. Desde a sua fundação em 1984, procura provocar a ima-ginação, os sentidos e as emo-ções no público.

Uma característica dos cir-cos em geral é a pluralidade de culturas dentro do grupo que realiza os espetáculos circenses. No Cirque du So-leil, os artistas da companhia representam cerca de 50 na-cionalidades e falam 25 idio-mas diferentes, sendo que no Québec, existem hoje 5000 funcionários e, na sede, em Montréal, 2000 funcionários.

O grupo já passou pelo Brasil três vezes, (Saltim-banco, Alegria e Quidam). O próximo espetáculo a visitar o Brasil será Varekai, que che-gará no país este ano, come-çando por São Paulo e seguin-do para mais 7 cidades: Rio de

Varekai, novo show da equipe de circo canadense, exibirá shows a partir de 15 de junho, durante 27 dias, até dia 15 de julho

Janeiro, Belo Horizonte, Bra-sília, Recife, Salvador, Curiti-ba e Porto Alegre.

A Grande Tenda

Tradicionalmente, a chega-da oficial do Cirque du Soleil em uma nova cidade é marca-da pela montagem da Grande Tenda e da Vila Cirque du So-leil . O mágico mundo da tru-pe canadense ganha vida pelas mãos de mais de 60 homens e mulheres que transformam o trabalho em um show à parte.

A Grande Tenda mede 17 metros de altura e 50 metros de diâmetro e são necessá-rias 550 estacas para manter a Grande Tenda firme sobre os 4.500 metros quadrados de pavimento. A Grande Tenda tem capacidade para acomo-dar 2.500 pessoas. A monta-gem geral inclui a instalação dos portões de entrada, área de convivência e tenda de en-saios, bilheteria oficial, salas de produção, refeitório e esco-la. A produção de Varekai via-ja com 70 trailers que trans-portam mais de mil toneladas de equipamentos.

Público

A primeira vez que o gru-po desembarcou em Curitiba foi com o show “Alegria”, em 2007, e, a segunda, com Quidam, em 2009. Marjorye Bunn, estudante de direito, compareceu à primeira apre-sentação da equipe em terras curitibanas. “Tinha 14 anos na

época, mas não foi a primeira vez que vi o Cirque du Soleil. A primeira vez foi na Disney, eu tinha 12 anos, no espetá-culo “Nouba”. E ano passado fui em uma apresentação em Las Vegas chamada “AKÀ” , a que eu mais gostei porque eles contam uma história co-movente e fazem malabaris-mo ao mesmo tempo”, afirma a estudante que já assistiu a três espetáculos do Cirque du Soleil.

A estudante de psicologia Larissa Lantmann diz que es-teve em dois shows: Quidam, em Curitiba (2009) e Love em Las Vegas (2011). “Sou sus-peita para falar qual foi o que eu mais gostei, porque sou fã dos Beatles e o show Love é inspirado neles, então é meu preferido. Mas o Quidam é muito lindo também, têm mais acrobacias, mais números de circo mesmo, o Love era mais teatro”, relata Larissa.

Os pássaros nostálgicos, do espetáculo Alegria do Cirque du Soleil

Divulgação C

irque du Soleil

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ESPECIAL

Mercado de smartphones deve crescer 73% em 2012Dilcélia QueirozJuliana Cordeiro

Em 2011, o mercado de smartphones bateu recorde de vendas.

Segundo estudo da Inter-national Data Corporation (IDC), foram vendidos cer-ca de nove milhões desses aparelhos no país. O que mostra um aumento de 84% em relação ao ano de 2010, quando o país comerciali-zou 4,8 milhões de smar-tphones. Esse crescimento

é superior a média mundial, que foi de 62%. Com esses números o Brasil passa da 16º para a 10º posição en-tre os maiores mercados de aparelhos smartphones do

Maior variedade de modelos e a oferta de pacotes e planos mais acessíveis prometem aquecer o comércio de smartphones. A expectativa é de que sejam

vendidos 15,4 milhões de aparelhos nesse ano

mundo. Segundo estimati-va da IDC, o Brasil poderá alcançar a 4º posição já em 2016.

De acordo com a IDC, vários fatores influencia-ram o aumento nas vendas: a ampliação das opções de modelos de celulares in-teligentes, o subsídio para a compra de smartphone por parte das operadoras, o crescimento da participação do varejo nas vendas desses aparelhos e o próprio avan-ço na tecnologia.

“Hoje existem aparelhos

com preços mais acessí-veis, oferta de pacotes de dados até para celulares pré-pagos, e uma demanda muito grande ligada às re-des sociais e a mobilidade.

Isso impulsiona as vendas e a migração de telefones ce-lulares convencionais para smartphones, o que indica que neste ano teremos um mercado bastante aqueci-do”, revela Bruno Freitas, analista de mercado da IDC Brasil, em texto divulgado pela assessoria de imprensa da organização.

Os aparelhos com An-droid, sistema operacional do Google usado por di-versos fabricantes, repre-sentaram, em 2010, 15% do mercado brasileiro de

smartphones. No ano pas-sado passaram para 50% do mercado, já que os fa-bricantes conseguiram re-duzir o preço dos produtos. “Mundialmente, o mercado

de smartphones cresceu no ano passado 62% em rela-ção a 2010. Só os dispositi-vos com Android passaram de 20% em 2010 para 50% em 2011”, completa o ana-lista da IDC Brasil.

Para os próximos anos, a IDC prevê que o segmento continuará em expansão. Os investimentos em tec-nologia 4G que devem ser realizados em 2012 e 2013 contribuirão para o desen-volvimento desse mercado, principalmente a partir de 2014, onde algumas capi-tais já passarão a oferecer 4G aumentando, assim, a rapidez na troca de infor-mações entre os celulares. Além disso, o governo pla-neja incluir os smatphones no programa de incentivo fiscal, o que deve ampliar o interesse dos fabricantes e estimular a produção des-ses aparelhos, assim como já acontece com os compu-tadores e tablets.

Dependência

A estudante de moda Rhuani Barbosa Veloso, 18 anos, começou a usar celu-lar com acesso à internet há três anos. Optou por um smartphone pela questão estética e pela facilidade na hora de digitar. “Com um celular com ‘touch scre-am’ a gente acaba perdendo tempo com o toque, já que é

muito mais fácil errar a di-gitação nesse tipo de apare-lho, com o smartphone não. Com ele consigo me comu-nicar com muito mais agili-dade”, conta Rhuani.

A verdade é que os smar-tphone estão cada dia mais inteligentes e completos. Além de todas as funções que os celulares comuns oferecem, os smartphones também operam como na-vegador GPS, permitem editar planilhas e textos, re-gistram vídeos em alta defi-nição e, com a instalação de aplicativos, podem ser usa-dos para aulas de idiomas e até identificar músicas que tocam em um ambiente.

A internet e o celular permitem que todos pos-sam interagir com diversas pessoas em qualquer canto do mundo, fazer amizades virtuais e reais, trocar in-formações e se entreter. Por outro lado, estar conectado 24 horas por dia pode cau-sar dependência e transtor-nos para a vida pessoal dos usuários. “Muitos adoles-centes desenvolvem com-portamentos de isolamento social, depressão, timidez e se atrapalham nos estudos e nos relacionamentos com os demais”, explica Márcio Roberto Régis, especialis-ta em Psicologia Clínica Comportamental e editor-chefe do Portal Atlaspsico, que trata da psicologia na

Juliana Cordeiro

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era digital.A jovem Rhuani já expe-

rimentou a angústia de ficar sem seu aparelho. “Fiquei sem ele algumas semanas. Os primeiros dias foram uma tortura. Nos momentos em que eu esta acostumada a puxá-lo do bolso ele não esta lá e isso me deixava perdida. Nas duas semanas em que ele ficou na assis-tência eu percebi o quanto era dependente. Fiquei sem agenda, sem calendário e sem hora certa. Outra coisa que uso muito são os lem-bretes, coloco ali tarefas da faculdade, nomes de livros, aniversários de pessoas im-portantes”, conta.

Mesmo passando por momentos difíceis longe do celular, Rhuani não admite que é dependente. Para ela, o smartphone representa mais uma forma de se comu-nicar com o mundo. “Não acho que o uso do apare-lho seja prejudicial à minha vida, afinal é uma forma de comunicação. Só acho que ele traz uma necessidade de se comunicar de forma ex-cessiva. Chego a ficar mais de duas horas ininterruptas com ele na mão. Fico pas-sando torpedos, acompa-nhando as redes sociais e principalmente, atualizan-do meu twitter”, revela a estudante.

Já a estudante de publi-cidade e propaganda Que-zia Leal, de 23 anos, admite que não sobrevive sem seu aparelho smartphone. “Não consigo ficar sem ele, já se tornou um hábito. Assim que acordo, antes mesmo de levantar, acesso meu email e minhas redes sociais ain-da na cama”, conta. Quando diz que não consegue ficar sem o celular, Quezia não está exagerando. Já chegou ao ponto de comprar um

carregador extra por não conseguir ficar sem bateria por quatro horas. “Um dia aca-bou minha bateria no meio do expediente de trabalho. Estava sem meu carregador e, por-tanto, teria que espe-rar até a noite quando chegaria em casa e co-locaria o celular para carregar. Tinha que ir pra faculdade à noi-te e tinha certeza que não aguentaria passar mais quatro horas sem acessar meu email e olhar minhas redes. A solução foi comprar um carregador extra”, explica Quezia.

Essa dependência e a necessidade de se manter conectado confi-guram um novo transtorno psicológico, é a tecnose, comportamento típico dos viciados em tecnologia. “Os primeiros sintomas são o isolamento, a queda no rendimento e na produtivi-dade. Os relacionamentos afetivos ficam compro-metidos já que a pessoa não interage fisicamente, se isola no mundo virtual, permanecendo várias horas online. A tendência é que essas pessoas tenham mais amizades virtuais do que reais”, explica Márcio Ro-berto Régis.

O psicólogo analisa esse isolamento como uma gra-ve patologia da vida mo-derna. “Ter um aparelho que possibilita essa comu-nicação instantânea acaba afastando as pessoas. As redes sociais, por exemplo, acabam alienando seus usu-ários. Fazem com que eles se comportem como se esti-vesse usando um cabresto, só enxergam seu teclado. Na vida real perdem a ca-

pacidade de se comunicar, coisas simples como cum-primentar alguém, se tor-nam algo impossível para quem está habituado a se relacionar somente através da internet”, afirma o espe-cialista.

Redes sociais

A maioria dos usuários de smartphones escolhe esses aparelhos por causa da rapidez no acesso à in-ternet e, principalmente, para acompanhar as redes sociais 24horas por dia. Quezia Leal não esconde que o principal motivo para manter seu smartphone é a necessidade de estar conec-tada o tempo todo. “Não acesso quase nenhum outro conteúdo na internet. Ape-sar de ter um celular com acesso rápido e ágil, os úni-cos sites que visito são o do facebook, twitter e orkut. Fico o dia todo disponível no face, é ali que fico sa-bendo das novidades, das notícias e é ali, também,

que posso conversar com meus amigos, parentes e colegas a qualquer hora do dia”, conta a estudante.

Para o psicólogo Már-cio Régis, esse vício é uma mistura de narcisismo e necessidade de reconheci-mento. “È uma mistura da necessidade de receber re-forçadores positivos e ao mesmo tempo é uma ques-tão narcísica. Ela tem que mostrar que é inteligente, que não perde uma novi-dade, para isso posta fotos, frases, conta detalhes de sua vida”, explica. O espe-cialista acredita que as re-des sociais estão gerando novos padrões comporta-mentais. “Você não precisa perguntar mais da vida das pessoas; pela rede social você tem acesso a tudo o que está acontecendo com elas. Quando você encontra alguém já não existe a no-vidade porque você já leu tudo na rede”, afirma.

Por outro lado, Régis acredita que não tem como fugir das redes sociais. Elas

já fazem parte do modelo de vida atual. “Somos for-çados a viver em rede. Se você estuda, tem a neces-sidade de entrar numa co-munidade para ter acesso às informações postadas pela sua turma. Se não entra, é excluído das discussões e acaba ficando por fora do que está acontecendo. Não importa de qual nicho você faça parte, faculdade, gru-po do trabalho, grupo de pesquisa, se você quer se comunicar com esse nicho, você terá que participar das redes”, explica.

Já que não é possível viver sem as redes sociais, o psicólogo tem algumas dicas de como fazer isso sem se tornar um viciado. “O importante é diminuir os acessos, utilizar as re-des como mais uma forma de comunicação. Evitar bisbilhotar a vida alheia e, principalmente, tomar cui-dado com a quantidade de informações que colocamos no facebook, por exemplo”, finaliza.

Juliana Cordeiro

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A ficção científica na TVSÉRIES DE TV

Não é de hoje que a TV vem produ-zindo ficção científica. E ficção cien-tífica de qualidade. Se você não acom-panha os lançamentos televisivos do gênero, vou te dar algumas boas razões para apostar na ficção científica da pró-xima vez que for escolher uma série para acompanhar.

Pois muito bem, se você nunca ouviu falar em Battlestar Galactica, só posso dizer que você não sabe o que é ficção científica de verdade. E nem o que é drama de verdade. Battlestar Galacti-ca foi ao ar pela primeira vez em 2003. Iniciou-se com uma minissérie exibida em dois capítulos, seguida por 4 tempo-radas e dois filmes. Battlestar Galactica vai contar a história dos sobreviventes de um ataque nuclear às Doze Colônias de Kobol. Esse ataque foi arquitetado pelos Cylons, androides criados pelos seres humanos, que acabaram se vol-tando contra seus criadores. Os poucos sobreviventes vagam pelo espaço em busca de uma nova casa. O nome da sé-rie, Battlestar Galactica faz referência a uma nave de batalha espacial, a Ga-lactica, que centraliza toda a trama da série. Sob o comando de William Ada-ma, a Galactica tem a missão de garan-tir a sobrevivência dos civis que esca-

Luciana Cristina dos [email protected]

param do ataque às Colônias. Por se tornar uma pequena sociedade, com necessidades fundamentais como comida, água e segurança, Battlestar Galactica tem o cenário ideal para discutir desde questões sociais até questões religiosas, que estão bastante presentes ao longo da série.

Já Doctor Who sai um pouco, mas não completamente, do drama, e se volta para a comédia. Doctor Who acompanha as aventuras de um alienígena, um Time Lord, co-nhecido simplesmente como o Dou-tor. Ele viaja não só pelo espaço, mais pelo tempo também, salvando a Terra e diversos outros planetas, e às vezes até o próprio universo, dos mais variados perigos. Sempre leva consigo um companheiro, que

pode ou não, ser humano. Doctor Who figura no Guiness, o livro dos Records, como “a mais longa sé-rie de ficção científica do mundo”, tendo ido ao ar pela primeira vez em 1963. Uma curiosidade é que o Doutor que dá nome à série já foi interpretado por 11 atores diferen-tes, estando atualmente na sua 11ª encarnação.

Se você quer uma série mais atual, ou prefere seus alienígenas verdes e assassinos, então ain-da dá tempo de pegar o começo da segunda temporada de Falling Skies. Assinada por Robert Rodat e Steven Spielberg, a série narra as consequências de uma invasão alienígena mundial, que neutrali-zou grande parte da tecnologia do planeta. A história segue um gru-po de sobreviventes, entre eles o protagonista Tom Mason, um pro-fessor de história que é forçado a se tornar um militar para proteger sua família. A segunda temporada estreia no próximo dia 22, então corre que dá tempo de ficar em dia com Falling Skies.

O que não faltam são opções de séries sci-fi. Não só Battlestar Galactica, Doctor Who e Falling Skies, mas também clássicos do gênero como Arquivo X, Star Trek, Stargate e The Twilight Zone, só para citar algumas. É só escolher a que mais combina com você.

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Esporte

Giuliana NogaraJoana CastroMaria Luiza de Paula

Uma história da esgrima

Inicialmente, a esgrima era utilizada para caça e sobrevivên-cia. Ela pode ser dividida em quatro períodos. No primeiro, da pré-história ao século XVI, estão os primeiros relatos de esgrima em documentos egípcios, apre-sentando uma esgrima de impac-to, onde eram utilizadas armas de percussão.

Nesse período, os gregos também utilizavam armas muito parecidas com as dos egípcios, utilizando o metal para dar pan-cadas. No segundo período, que se deu do século XVI até meados do século XVIII, as armas se tor-naram maiores e mais pesadas, a fim de aumentar o impacto dos golpes.

Com isso, as armaduras tiveram que ser mais fortes e resistentes. Dois fatores já es-tavam contribuindo para mu-danças na esgrima em combate: o surgimento das armas de fogo portáteis, que feriam os cavalei-ros através das couraças, e as no-vas espadas, com lâminas mais resistentes e ponta fina, que cor-tavam e feriam mortalmente em combate.

Assim, as grandes espadas e as armaduras sairiam do cenário, tornando as lutas mais velozes. Para essa nova esgrima, criou-se um novo adestramento ao combate, treinando saltos sobre o cavalo, que antes não eram possíveis devido ao peso dos ar-mamentos. Por volta do século XVII, na França, surgiram as primeiras escolas de esgrima. O

material começou a evoluir, tor-nando a esgrima mais parecida com a dos dias atuais.

Surgiram as luvas, a máscara, os punhais, os coletes para os mestres, bem como os floretes, armas de treinamento mais leves e com golpes não letais. No final do século XVIII, iniciou-se o terceiro período da esgrima. La Bosiére criou a máscara, semel-hante a dos dias atuais. A esgri-ma sofreu uma grande mudança nos seus treinamentos em escola, surgindo a troca sucessiva de golpes com velocidade, agora sem o risco de ferimento nos ol-hos, devido ao uso da máscara.

No Brasil

No Brasil, a esgrima começou no período imperial. Devido ao interesse de Dom Pedro II, a es-grima começou a surgir, princi-palmente, no emprego do sabre nos corpos de tropa. Em 1858, é estabelecida a esgrima regi-mentalmente para os cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola Militar de Realengo, havendo, inclusive, a fundação de uma escola de esgrima no Batalhão de Caçadores de São Paulo. Em 1927, a Federação Paulista de Esgrima e a Federação Carioca

de Esgrima se unem e criam a União Brasileira de Esgrima, com o apoio da Liga de Despor-tos do Exército e da Marinha. A União Brasileira de Esgrima se filia a Federação Internacional de Esgrima, e, em 1936, o Brasil participa dos Jogos Olímpicos de Berlim.

Porém, a esgrima nunca foi um esporte muito popular dentro do Brasil. “A esgrima é um es-porte elitizado”, disse em entre-vista ao LONA o técnico da se-leção brasileira de esgrima, Jorge Tuffi. Ele explica que os mate-riais para a pratica de esgrima, em sua maioria, vêm do exterior, pois não existem produções na-cionais. Tuffi começou na dé-cada de 80 e sempre esteve em Curitiba, onde ele também é trei-nador no Circulo Militar.

Jorge Tuffi diz que o Brasil na década de 80 dava muito in-centivo ao esporte, mas durante as décadas seguintes abandonou esse apoio. Segundo ele, isto só voltou recentemente. Tuffi acha que parte disso se deve a realiza-ção das Olímpiadas de 2016 no Brasil, mas também pela consci-entização da prática de esportes, que devem ser incentivados prin-cipalmente nas escolas.

• Aumento da acuidade visual;

• Desenvolvimento da agilidade nos pensamentos e mov-imentos, fazendo com que o atleta aja em um tempo extrema-mente curto;

• Aumento da acuidade auditiva e tátil;

• Aumento da concentração e do equilíbrio;

• Desenvolvimento de coordenação perfeita dos movi-mentos;

• Incremento da destreza mental;

• Aumento da força de explosão;

• Desenvolvimento de flexibilidade;

• Aumento da força;

• Desenvolvimento do raciocínio e de reflexos rápidos;

• Aumento da resistência muscular;

• Desenvolvimento da criatividade;

• Aumento da autoconfiança e da autoestima.

Benefícios

JUNHO

Campeonato Pan Americano de MaioresOnde: Monterrey, México.Quando: 15 a 20. JULHO

Torneio Nacional de Esgrima.Onde: Curitiba, Paraná.Quando: 6 a 8.

Campeonatos

Giuliana Nogara

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Curitiba, terça-feira, 12 de junho de 20128

Um Largo commuita Ordem

Texto e fotos: João Marcelo Vieira

Um lugar com grande concentração de barzinhos, feiras arte-sanais, cafeterias, livrarias e outros aconchegos para os mais variados tipos de pessoas que compõem a vasta Curitiba.

Quer a prova? Então aí vai!Pediu sebos? O local é referência. Quer um barzinho boêmio

para curtir com os amigos? As opções oferecidas são muitas. Falou em artesanato e feirinhas ao ar livre? Com certeza será citado. Quer conhecer prédios históricos? É o lugar certo para ir.

Se ainda não se localizou é porque precisa, de fato, conhecer a cidade. Tantas opções assim, só o Largo Coronel Enéas pode oferecer. Já ouviu falar? Não? Aposto que já! Você apenas não está lembrado. Esse é o Largo da Ordem!

Desde 1917 o nome oficial é Largo Coronel Enéas, em hom-enagem ao coronel Benedito Enéas de Paula. Esta foi a maneira encontrada para homenagear o militar, que desempenhou diver-sas atividades no quadro legislativo do Estado do Paraná.

No século XVIII chamava-se Pátio de Nossa Senhora do Terço. Posteriormente, passou a se chamar Pátio de São Fran-cisco das Chagas. Hoje, apesar de seu nome oficial, todos o con-hecem como Largo da Ordem.

O Largo é o coração do Setor Histórico de Curitiba e onde se encontra a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Cha-gas, a mais antiga da cidade. O local já abrigou um convento franciscano, foi paróquia de poloneses, desmoronou e foi res-taurada em 1880 para receber o Imperador Dom Pedro II. Em seguida passou a ser frequentada por alemães, foi interditada, restaurada novamente em 1980, e desde então se tornou o Museu de Arte Sacra de Curitiba, um lugar que guarda as mais difer-entes peças de igrejas históricas da cidade.

Nos séculos XVIII, XIX e boa parte do século XX, o Largo da Ordem era uma área de intenso comércio. Hoje, um pouco mais fraco, ainda existe e tem características bem marcantes.

Falar em Largo da Ordem é falar em feirinha. A tradicional feira de arte e artesanato acontece todos os domingos, desde que foi criada, em 1973. Mas, antes de ser fixada ali, a feira pas-sou por vários outros locais. Começou na Praça Tiradentes e em seguida foi para a Praça Zacarias, com um processo rígido na se-leção dos artesãos que a iriam compor. Com o objetivo de opor-tunizar novos artistas, muitas vezes com trabalho de artesanato doméstico, a Fundação Cultural de Curitiba resolveu dar vida à Feira Popular de Curitiba, que foi para a Praça Garibaldi, antes de ser fixada no Largo da Ordem, onde permanece até os dias de hoje.

Na feira que acontece todos os domingos, a partir das 9 ho-ras, é possível encontrar de tudo, desde acessórios e roupas, até móveis e artes plásticas. Aos finais de semana o que não falta é movimento e circulação entre os mais de 1.300 feirantes.

De segunda a sexta o pequeno movimento permite observar as belezas bucólicas e históricas que compõem o local. Entre o vazio dos paralelepípedos, monumentos, Igrejas e antigos casarões, é possível mergulhar na imaginação e se encontrar em uma Curitiba que não mais existe, em um tempo que já passou, mas que muito tem para contar às novas gerações.

Impossível é andar pelo Largo e não perceber uma estrutura antiga e vermelha. Entre dois outros prédios, também antigos e de cor amarela, se destaca a chamada Casa Vermelha.

Construída em 1891 pelo alemão Wilhelm Peters, a casa abrig-ou lojas e sedes de firmas comerciais, passando por vários donos. Recebeu este nome por ter sempre, em toda sua história, tons aver-melhadas na fachada. Suas características originais foram preser-vadas, mesmo depois de restaurada. Durante décadas a casa foi tradicional no ramo das ferragens, até que em 1993 tornou-se um espaço cultural administrado pela Fundação Cultural de Curitiba.

Bem de frente para a Casa Vermelha, outra construção chama a atenção: a casa Romário Martins. Não por sua cor, mas por sua idade. Hoje centro de informações turísticas e culturais, além de espaço destinado a exposições de artes e fotografias de famílias e artistas tradicionais do estado, a casa Romário Martins, construída no século XVIII, em estilo colonial português, é considerada a mais antiga de Curitiba. Já serviu de residência, açougue e armazém de secos e molhados. Restaurada em 1973, recebeu o nome do croni-sta e historiador Alfredo Romário Martins (1874-1948). Foi uma homenagem a um dos principais articuladores do chamado mov-imento ‘Paranista’, que tinha o objetivo de criar uma identidade para o estado. Ele foi um dos fundadores da Universidade Federal do Paraná e do Instituto Histórico e Geográfico Paranaense.

Bem ao centro da Praça do Largo da Ordem, entre a Casa Ver-melha e a Romário Martins, uma pequena construção chama a at-enção para si. Não é estátua nem monumento de uma personalidade importante da cidade. É apenas uma fonte, ou bebedouro. Era ali que os tropeiros e fazendeiros da região de Curitiba costumavam dar de beber a seus cavalos e mulas, em meados do século XVIII. A fonte existe até hoje e está fixada no centro do Largo da Or-dem. É construída em pedra, com uma bacia de ferro. Antigamente fonte de refresco para tropeiros e cavalos, hoje ponto de encontro de pombos.

Indo de uma ponta a outra da praça, encontram-se monumentos que, mesmo distantes fisicamente, têm ligação entre si. É assim que podemos descrever a Fonte da Memória, ou Cavalo Babão, como é popularmente conhecido, visto que jorra água a todo instante pela boca do animal, dando a impressão de que está babando.

A fonte em forma de cabeça de cavalo foi construída em tributo aos imigrantes e tropeiros que vinham para Curitiba, com carroças, para comercializar seus produtos e mercadorias. O monumento é uma criação em granito e bronze, do curitibano Ricardo Tod, que planejou a obra em 1995 e a fixou na Praça Garibaldi.

Meio ofuscado pela contemporaneidade do cavalo, houve quem dissesse que o Relógio das Flores, havia sido esquecido. Ponto turístico durante muitos anos, o relógio que também fica na praça, não perdeu sua singela e colorida beleza, existente em qualquer estação do ano. O Relógio das Flores foi um presente que Curiti-ba recebeu de joalheiros em 1972. Tem oito metros de diâmetro e flores que são modificadas a cada estação do ano, deixando assim um diferente colorido a cada época.

Seja à procura de história ou conhecimento, o coração histórico de Curitiba é capaz de atender as mais diferentes necessidades e pessoas. Vão desde jovens que procuram momentos de diversão em uma rodinha de amigos ou bares aconchegantes, crianças que se deliciam com as coloridas e diferentes atrações, até idosos que param, olham e revivem os bons momentos que ficaram apenas na memória.

Muito mais que prédios históricos ou figuras atrativas e difer-entes, o Largo, como diz a poeta e cronista Marilda Confortin, no poema Largo Esquerdo da Ordem, é um espelho de Curitiba.

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