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Prestação de Contas de Prefeito Município de Abdon Batista exercício de 2016 - Reinstrução PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2016 Município de Abdon Batista Data de Fundação – 26/04/1989 População: 2.617 habitantes (IBGE - 2016) PIB: 60,56 (em milhões) (IBGE - 2014)

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2016consulta.tce.sc.gov.br/RelatoriosDecisao/RelatorioTecnico/4602900.pdf · 5.2.2. FUNDEB ... sobre a FR 83, o Responsável informou

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  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 1

    PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO

    EXERCCIO DE 2016

    Municpio de Abdon Batista

    Data de Fundao 26/04/1989

    Populao: 2.617 habitantes (IBGE - 2016)

    PIB: 60,56 (em milhes)

    (IBGE - 2014)

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    S U M R I O

    INTRODUO ...................................................................................................... 4

    1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL ............................................. 5

    1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR (RELATRIO N

    1502/2017) ............................................................................................................ 6

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................. 10

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ..................................................... 12

    3.1. Apurao do resultado oramentrio ..................................................................... 12

    3.2. Anlise do resultado oramentrio ......................................................................... 13

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ...................................................... 14

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 21

    4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 21

    4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 22

    4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos .......... 23

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 25

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 28

    5.1. Sade ....................................................................................................................... 28

    5.2. Ensino ...................................................................................................................... 30

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 30

    5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 31

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 34

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 34

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 35

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 37

    6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 38

    6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS

    FUNDEB) ..................................................................................................................... 38

    6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)................................................................... 39

    6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente .......................... 43

    6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) .............................................. 44

    6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ......................................... 44

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    6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa

    Idosa) .......................................................................................................................... 45

    7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

    DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 46

    8. DO CUMPRIMENTO DO ARTIGO 42 DA LEI DE RESPONSABILIDADE

    FISCAL - LRF ...................................................................................................... 50

    9. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 54

    10. SNTESE DO EXERCCIO DE 2016 ............................................................. 55

    CONCLUSO ..................................................................................................... 56

    ANEXO ............................................................................................................... 61

    APNDICE .......................................................................................................... 62

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    PROCESSO PCP 17/00410420

    UNIDADE Municpio de Abdon Batista

    RESPONSVEL Sr. Lucimar Antnio Salmria - Prefeito Municipal

    ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2016 Reinstruo

    RELATRIO N 2006/2017

    INTRODUO

    O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

    competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

    31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

    nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

    202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de

    Abdon Batista, relativas ao exerccio de 2016.

    O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

    financeiro de 2016 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

    oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

    alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies do

    artigo 7 da Instruo Normativa n TC-20/2015 e artigo 22 da Instruo

    Normativa n TC-02/2001, bem como o artigo 3, I da Instruo Normativa n TC-

    04/2004.

    A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

    Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

    de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

    auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

    processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

    Contas.

    No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

    abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

    financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

    resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

    Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

    corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Abdon Batista,

    sendo que as mdias do exerccio em anlise foram geradas em 30/08/2017

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    conforme base de dados constituda a partir das informaes bimestrais

    encaminhadas pelos municpios atravs do Sistema e-Sfinge e as mdias dos

    exerccios anteriores a partir dos dados analisados, julgados ou apreciados por

    este Tribunal.

    Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

    os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

    forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

    atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

    estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

    1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL

    Procedido o exame das contas do exerccio de 2016 do Municpio, foi

    emitido o Relatrio n 1502/2017, integrante do Processo PCP 17/00410420.

    Referido Processo foi tramitado ao Exmo. Relator, que decidiu

    devolver DMU para que esta encaminhasse ao Responsvel poca, Sr.

    Lucimar Antnio Salmria - Prefeito Municipal, no sentido de manifestar-se sobre

    as restries contidas no item 9 do Relatrio n 1502/2017, em observncia ao

    disposto no art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do

    Regimento Interno, o que foi efetuado atravs do Ofcio TCE/DMU n

    14.627/2017, de 09/10/2017.

    Em seu Despacho, o Exmo. Relator determinou que o Responsvel se

    manifestasse em especial acerca da restrio contida no item 9.1.1 do Captulo 9

    - Restries Apuradas do citado Relatrio.

    O Prefeito Municipal, pelo Ofcio s/n de 25/10/2017, apresentou

    alegaes de defesa apenas para o item 9.1.1 do aludido Relatrio, estando

    anexadas folha 245 dos autos.

    Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida reinstruo.

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    1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR

    (RELATRIO N 1502/2017)

    1.2.1 RESTRIES DE ORDEM LEGAL

    1.2.1.1 Obrigaes de despesas liquidadas at 31 de dezembro de

    2016 contradas pelo Poder Executivo sem a

    correspondente disponibilidade de caixa de RECURSOS

    ORDINRIOS e VINCULADOS para pagamento das

    obrigaes, deixando a descoberto DESPESAS

    ORDINRIAS no montante de R$ 12.080.815,56 e

    DESPESAS VINCULADAS s Fontes de Recursos (FR 34

    R$ 553.955,55 e FR 83 R$ 61.359,67), no montante de R$

    615.315,22, evidenciando o descumprimento ao artigo 42 da

    Lei Complementar n 101/2000 LRF (Captulo 8 e item

    9.1.1).

    (Relatrio n 1502/2017, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise

    Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As justificativas e os documentos encaminhados pela

    Unidade esto anexados folha 245 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel manifestou-se separadamente em relao

    aos descumprimentos verificados nos recursos ordinrios e

    vinculados, conforme segue:

    a) com relao s Fontes de Recursos Vinculadas, o

    Responsvel argumentou que no tocante FR 34, o

    municpio possui convnios com o governo federal que no

    foram recebidos em sua totalidade cujos empenhos foram

    feitos de forma global, inclusive em exerccios anteriores. J

    sobre a FR 83, o Responsvel informou que se trata de

    recursos de operao de crdito, cujo valor integral no teria

    sido recebido pelo municpio, sendo que a respectiva

    despesa se encontra empenhada de forma global. E

    mencionou ao final que tais situaes j tinham sido tratadas

    pela Nota Explicativa do Balano Geral de 2016.

    Observa-se que a Nota Explicativa (fl. 138) to sucinta

    quanto a defesa apresentada (fl. 245). De dados adicionais

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    constam apenas o n do contrato de operao de crdito

    junto Caixa Econmica Federal, a informao de que a

    FUNASA o rgo concedente do convnio e os valores a

    receber (R$ 266.143,58 referente FR 83, e R$ 503.915,33

    referente FR 34).

    Verifica-se que no foram apresentadas informaes

    imprescindveis para a anlise, tais como os Termos de

    Convnio, o Contrato de Operao de Crdito, as Notas de

    Empenhos relativas a estes recursos, bem como as datas

    dos repasses recebidos e respectiva conta contbil bancria.

    Desta forma, tais argumentos no merecem prosperar.

    b) j sobre o saldo a descoberto da Fonte de Recursos - FR

    00, de recursos ordinrios, o Responsvel solicita que seja

    considerado no clculo o conjunto das disponibilidades das

    FR 00, 01 e 02, por entender que so todos recursos

    prprios, como sempre foi o consenso e a forma que o ente

    trabalha.

    Neste ponto, vale destacar que a LRF estabelece que a

    responsabilidade na gesto fiscal pressupe a ao

    planejada e transparente, em que se previnem riscos e

    corrigem desvios capazes de afetar o equilbrio das contas

    pblicas (art. 1, 1), o que impem a necessidade de

    acompanhamento tanto das receitas quanto das obrigaes

    financeiras, impondo por meio dos artigos 8, pargrafo

    nico e 50, I que seja realizado por meio de Fontes de

    Recursos.

    A verificao do cumprimento/descumprimento do artigo 42

    da Lei Complementar n. 101/2000 LRF realizada por

    especificaes de Fontes de Recursos, ou seja, para cada

    cdigo da Tabela de Destinao de Receita confronta-se a

    disponibilidade de caixa bruta com as obrigaes

    financeiras, de acordo com a metodologia aplicada, e

    apura-se a ocorrncia de resultado superavitrio ou

    deficitrio para cada uma das Fontes de Recursos FR.

    A definio de quais cdigos so destinados aos processos

    de vinculao entre a origem dos recursos e respectiva

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    aplicao ou a livre alocao dos recursos vem sendo

    publicada pelo Tribunal de Contas ao longo dos anos e com

    a cobrana efetiva desde o exerccio de 2011, seja por meio

    de orientaes, publicaes, ciclos de estudos ou reunies

    tcnicas.

    A Tabela de Destinao da Receita em vigor para o

    exerccio de 2016, publicada no sitio deste Tribunal,

    apresenta as seguintes definies para as codificaes ora

    questionadas:

    00 - RECURSOS ORDINRIOS Recursos oriundos de receitas

    ordinrias, ou seja, aquelas que ocorrem regularmente em cada perodo

    financeiro, e considerados de livre aplicao pelo ente.

    01 - RECEITAS E TRANSFERNCIAS DE IMPOSTOS - EDUCAO

    Recursos provenientes dos impostos municipais e as transferncias de

    impostos do Estado e Unio aos Municpios, destinados educao.

    02 - RECEITAS E TRANSFERNCIAS DE IMPOSTOS - SADE

    Recursos provenientes dos impostos municipais e as transferncias de

    impostos do Estado e Unio aos Municpios, destinados sade.

    Portanto, em que pese as receitas terem a sua origem

    relacionadas a impostos, estas tiveram suas destinaes

    definidas pelas respectivas Fontes de Recursos, ou seja,

    uma para como recursos livres (os quais podem ser usados

    para atender qualquer finalidade, dentro da legalidade

    obviamente), e os demais recursos para aplicao em fins

    especficos, no caso em tela para despesas vinculadas com

    Educao e Sade.

    Para que fosse dado o efetivo cumprimento no exerccio de

    2016 da utilizao dos cdigos das Fontes de Recursos

    destinados exclusivamente para a Educao e Sade, este

    Tribunal em 07/12/2015 emitiu um Comunicado Oficial, que

    posteriormente foi reiterado em 26/08/2016, informando que

    a apurao do limite com Educao previsto no artigo 212

    da Constituio Federal seria efetuada considerando apenas

    os empenhos contendo os cdigos de disponibilidades por

    Destinao de Recursos 01, 18 e 19, enquanto que para a

    Sade, a verificao do limite previsto no artigo 198 da

    Constituio Federal c/c 7 da Lei Complementar n.

    141/2012 seria realizada considerando-se os empenhos

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    contendo o cdigo de Destinao de Recursos 02.

    Com isso, a partir do exerccio em anlise, os recursos

    vinculados finalidade especfica das Fontes de Recursos

    01 e 02 no seriam mais considerados como recursos livres

    para fins de apurao do resultado financeiro por

    especificaes de Fontes de Recursos e consequentemente

    para a apurao do cumprimento do artigo 42 da LRF, pois,

    embora a origem das receitas seja a mesma (impostos), as

    destinaes so especficas, e foram assim registradas pela

    contabilidade do Municpio no exerccio de 2016, para

    atender exclusivamente a Educao e Sade.

    Uma vez vinculados os recursos, deve-se dar cumprimento

    ao disposto nos artigos 8, pargrafo nico e 50, I da LRF a

    saber:

    Art. 8 (...)

    Pargrafo nico. Os recursos legalmente vinculados a finalidade

    especfica sero utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua

    vinculao, ainda que em exerccio diverso daquele em que ocorrer o

    ingresso.

    (...)

    Art. 50. Alm de obedecer s demais normas de contabilidade pblica, a

    escriturao das contas pblicas observar as seguintes:

    I - a disponibilidade de caixa constar de registro prprio, de modo que

    os recursos vinculados a rgo, fundo ou despesa obrigatria fiquem

    identificados e escriturados de forma individualizada;

    Assim, dando pleno atendimento ao disposto acima a

    apurao permanece inalterada, mantendo-se a restrio.

    Por fim, convm mencionar que a FR 00 j apresenta

    indevidamente saldo credor no Ativo Financeiro (atributo F),

    ou seja, antes mesmo de descontar as obrigaes

    financeiras j est deficitria, sendo que referida

    irregularidade contbil est apontada no item seguinte.

    1.2.1.2 Registro indevido de Ativo Financeiro (atributo F) com saldo

    credor nas Fonte de Recursos FR 00 (R$ -11.737.068,94) e

    FR 83 (R$ -30.569,70) e de Valores Restituveis e Outras

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 10

    Obrigaes do Passivo Financeiro nas Fontes de Recursos

    FR 02 R$ 8.354,52, FR 19 R$ 438,31, FR 37 R$

    148,70 e FR 80 R$ 924,30, com saldo devedor, em afronta

    ao previsto no artigo 85 da Lei n 4.320/64 e arts. 8,

    pargrafo nico e 50, I da LRF (Apndice - Clculo

    detalhado do Resultado Financeiro por Especificaes de

    Fonte de Recursos e item 9.1.2).

    (Relatrio n 1502/2017, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise

    Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As justificativas e os documentos encaminhados pela

    Unidade esto anexados folha 245 dos autos.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    Em atendimento ao Despacho COE/CMG 267/2017 (fls.

    241 a 242), no qual o Relator determinou que houvesse

    manifestaes especialmente quanto irregularidade

    descrita no item 9.1.1, o Responsvel deixou de se

    manifestar acerca deste item, motivo pelo qual fica mantida

    a restrio.

    luz das ponderaes de ordem tcnica referentes s justificativas

    apresentadas pelo responsvel, por ventura do cumprimento das disposies

    contidas no art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do

    Regimento Interno, conforme consta do item 1.2, as contas relativas ao exerccio

    de 2016 passam a apresentar os seguintes dados:

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO

    O Municpio de Abdon Batista tem uma populao estimada em

    2.6171 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,692. O Produto

    Interno Bruto alcanava o valor de R$ 60.555.473,003, revelando um PIB per

    capita poca de R$ 22.911,64, considerando uma populao estimada em

    2014 de 2.643 habitantes.

    1 IBGE - 2016 2 PNUD - 2010 3 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2014

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    Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

    Fonte: IBGE 2013

    No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

    IDH/PNUD/2010, o Municpio de Abdon Batista encontra-se na seguinte

    situao:

    Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

    Fonte: PNUD 2010

    0,00

    50.000.000,00

    100.000.000,00

    150.000.000,00

    200.000.000,00

    250.000.000,00

    300.000.000,00

    350.000.000,00

    Mdia AMPLASC MUNICPIO

    301.523.119,71

    60.555.473,00

    PIB EM REAIS

    0,66

    0,67

    0,68

    0,69

    0,70

    0,71

    0,72

    0,73

    0,74

    0,75

    BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMPLASC MUNICPIO

    0,727

    0,744

    0,690 0,690

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    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

    A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

    demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

    com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

    Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

    resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

    das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

    evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

    ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

    transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

    Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

    exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

    receita e despesa inicialmente oradas:

    Quadro 01 Leis Oramentrias

    LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

    23.160.033,12 PPA 778/2013 16/08/2013

    LDO 860/2015 01/12/2015 DESPESA FIXADA

    23.160.033,12 LOA 864/2015 11/12/2015

    3.1. Apurao do resultado oramentrio

    O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

    no Supervit de execuo oramentria da ordem de R$ 2.460.931,68,

    correspondendo a 10,61% da receita arrecadada.

    Salienta-se que o resultado consolidado, Supervit de R$

    2.460.931,68, composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura

    Municipal, Supervit de R$ 2.498.086,63 e do conjunto do Oramento das

    demais Unidades Municipais Dficit de R$ 37.154,95.

    Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

    sinteticamente, da seguinte forma:

    Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2016

    Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

    RECEITA 23.160.033,12 23.188.343,93 100,12

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    27.790.562,30 20.727.412,25 74,58

    Supervit de Execuo Oramentria 2.460.931,68 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: A divergncia entre a variao do patrimnio financeiro e o resultado da execuo

    oramentria no montante de R$ 329.428,85, refere-se ao cancelamento de Restos a Pagar.

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    3.2. Anlise do resultado oramentrio

    A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

    uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

    contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

    e Municpios distintos.

    A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

    Resultado Oramentrio do Municpio de Abdon Batista nos ltimos 5 anos:

    Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio 2012-2016

    ITENS / ANO 2012 2013 2014 2015 2016 1 Receita realizada 19.894.830,90 16.932.252,52 17.267.246,13 17.004.076,34 23.188.343,93

    2 Despesa executada 18.800.885,70 14.897.450,88 18.773.102,44 23.855.883,54 20.727.412,25

    QUOCIENTE 2012 2013 2014 2015 2016 Resultado Oramentrio (12) 1,06 1,14 0,92 0,71 1,12

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado e anlise tcnica.

    O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

    entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

    for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

    (receitas superiores s despesas).

    Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    1,061,14

    0,92

    0,71

    1,12

    0,00

    0,20

    0,40

    0,60

    0,80

    1,00

    1,20

    1,40

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios

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    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

    Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

    exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

    Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

    Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

    No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

    como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

    A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

    23.188.343,93, equivalendo a 100,12% da receita orada.

    As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

    arrecadados so assim demonstrados:

    Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2016

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receita Tributria 1.843.284,60 791.147,19 42,92

    Receita de Contribuies 98.254,46 120.658,49 122,80

    Receita Patrimonial 99.927,88 281.943,17 282,15

    Receita Agropecuria 567,11 - -

    Receita de Servios 190.155,13 113.843,04 59,87

    Transferncias Correntes 14.431.287,43 17.349.250,36 120,22

    Outras Receitas Correntes 24.641,14 69.393,62 281,62

    RECEITA CORRENTE 16.688.117,75 18.726.235,87 112,21

    Operaes de Crdito 4.000.000,00 1.422.659,62 35,57

    Alienao de Bens 220.000,00 56.900,00 25,86

    Transferncias de Capital 2.251.915,37 2.982.548,44 132,44

    RECEITA DE CAPITAL 6.471.915,37 4.462.108,06 68,95

    TOTAL DA RECEITA 23.160.033,12 23.188.343,93 100,12 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

    consolidado.

    mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11574]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]

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    Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2016

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

    o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

    74,82%, est concentrada nas transferncias correntes.

    Tributria 3,41%

    Contribuies0,52%

    Patrimonial 1,22%

    Servios 0,49%

    Transferncia Corrente74,82%

    Outras Correntes 0,30%

    Operaes de Crdito6,14%

    Alienao de Bens 0,25%

    Transferncias de Capital12,86%

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    Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

    oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

    mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

    do Municpio.

    Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

    receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

    estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

    arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

    32,62

    27,20

    16,03

    7,36

    4,22

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios

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    Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

    A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

    anlise:

    Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2016

    Saldo

    Anterior

    Inscrio/Transferncias/

    Atualizao Recebimento

    Transferncias/

    Outras Baixas

    Saldo

    Final

    256.939,44 108.952,21 10.478,70 36.340,31 319.072,64

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

    Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

    ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

    dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

    5,13 5,498,92

    16,37 16,89

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    80,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios

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    Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

    (incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

    se a demonstrao do prximo quadro:

    Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2016

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    01-Legislativa 812.401,25 609.684,61 75,05

    04-Administrao 2.760.002,50 2.717.314,33 98,45

    08-Assistncia Social 1.396.583,52 867.310,96 62,10

    10-Sade 3.929.827,58 3.453.187,04 87,87

    12-Educao 4.414.631,81 3.540.582,54 80,20

    13-Cultura 743.500,00 144.508,28 19,44

    15-Urbanismo 2.059.349,08 1.926.400,93 93,54

    16-Habitao 47.399,54 43.836,04 92,48

    17-Saneamento 36.289,42 33.743,26 92,98

    20-Agricultura 1.812.907,57 847.205,87 46,73

    26-Transporte 8.007.871,37 4.925.194,87 61,50

    27-Desporto e Lazer 967.544,93 832.861,74 86,08

    28-Encargos Especiais 786.965,38 785.581,78 99,82

    99-Reserva de Contingncia 15.288,35 - -

    TOTAL DA DESPESA 27.790.562,30 20.727.412,25 74,58

    Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

    Geral consolidado.

    7,30

    12,96

    7,39

    3,22 4,08

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios

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    A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

    importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

    identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

    deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

    O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

    autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

    representao grfica do Quadro anterior.

    Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2016

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

    demonstrada no quadro a seguir:

    Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2012 2016

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2012 2013 2014 2015 2016

    01-Legislativa 403.902,88 479.478,54 528.855,23 602.337,99 609.684,61

    04-Administrao 1.383.238,36 2.576.132,98 3.193.701,30 2.778.414,50 2.717.314,33

    06-Segurana Pblica 299.788,54 - - - -

    08-Assistncia Social 1.053.633,73 892.598,00 813.420,58 902.498,78 867.310,96

    10-Sade 3.267.289,89 3.176.999,81 3.769.754,87 3.296.560,69 3.453.187,04

    12-Educao 4.160.887,48 3.600.173,07 3.130.607,79 3.841.164,07 3.540.582,54

    13-Cultura - - 857.444,87 30.484,30 144.508,28

    15-Urbanismo 890.217,07 1.126.895,66 1.400.429,56 2.374.200,44 1.926.400,93

    16-Habitao 1.053,00 9.465,00 203.767,87 556.688,29 43.836,04

    75,05

    98,45

    62,10

    87,87

    80,20

    19,44

    93,54

    92,48

    92,98

    46,73

    61,50

    86,08

    99,82

    0,00 5.000.000,00 10.000.000,00

    01-Legislativa

    04-Administrao

    08-Assistncia Social

    10-Sade

    12-Educao

    13-Cultura

    15-Urbanismo

    16-Habitao

    17-Saneamento

    20-Agricultura

    26-Transporte

    27-Desporto e Lazer

    28-Encargos Especiais

    99-Reserva de Contingncia

    AUTORIZAO

    EXECUO

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 20

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2012 2013 2014 2015 2016

    17-Saneamento 671.569,67 89.850,00 73.182,26 3.359.912,96 33.743,26

    20-Agricultura 1.430.543,43 551.886,36 949.882,01 956.227,68 847.205,87

    23-Comrcio e Servios - - 80.000,00 - -

    26-Transporte 3.439.236,01 2.053.450,40 3.314.769,51 4.440.043,18 4.925.194,87

    27-Desporto e Lazer 1.424.412,42 27.838,48 55.602,99 229.916,48 832.861,74

    28-Encargos Especiais 375.113,22 312.682,58 401.683,60 487.434,18 785.581,78

    TOTAL DA DESPESA REALIZADA 18.800.885,70 14.897.450,88 18.773.102,44 23.855.883,54 20.727.412,25

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

    de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

    Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2016

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Imposto Predial e Territorial Urbano 44.203,88 0,31

    Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 454.877,90 3,17

    Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 225.286,80 1,57

    Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

    43.863,54 0,31

    Cota do ICMS 6.462.425,20 45,03

    Cota-Parte do IPVA 200.708,79 1,40

    Cota-Parte do IPI sobre Exportao 92.449,98 0,64

    Cota-Parte do FPM 6.743.573,83 46,99

    Cota do ITR 52.141,62 0,36

    Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 25.808,16 0,18

    Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 3.109,14 0,02

    Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

    3.809,41 0,03

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Educao)

    14.352.258,25 100,00

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Sade)

    14.352.258,25 100,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

    gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

    percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 21

    Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

    demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

    percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2016

    DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

    Receitas Correntes Arrecadadas 21.441.654,77

    (-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 2.715.418,90

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 18.726.235,87

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

    A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

    situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

    existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

    da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

    prazo.

    4.1. Situao Patrimonial

    A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

    Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Abdon Batista (em Reais): 2016

    ATIVO 2015 2016

    PASSIVO 2015 2016

    ATIVO CIRCULANTE 2.980.817,10 5.024.382,45

    Caixa e Equivalentes de Caixa

    2.933.309,20 3.235.330,89

    Crditos a Curto Prazo - 771.442,18

    Crditos Tributrios a Receber

    - 1.383,27

    Crditos de Transferncias a Receber

    - 770.058,91

    Demais Crditos e Valores a Curto Prazo

    2.458,98 1.009.320,59

    Estoques 260,00 -

    Variao Patrimoniais Diminutivas Pagas Antecipadamente

    44.788,92 8.288,79

    PASSIVO CIRCULANTE 1.278.074,60 1.635.156,80

    Obrigaes Trabalhistas, Previdencirias e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo

    113.308,36 785.227,70

    Emprstimos e Financiamentos a Curto Prazo

    413.310,38 509.229,34

    Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo

    644.136,09 252.227,60

    Obrigaes Fiscais a Curto Prazo

    2.393,56 2.393,56

    Demais Obrigaes a Curto Prazo

    105.652,47 86.078,60

    ATIVO NO CIRCULANTE 23.958.444,96 29.050.019,38

    Ativo Realizvel a Longo Prazo

    290.539,44 352.672,64

    Crditos a Longo Prazo 256.939,44 319.072,64

    Dvida Ativa Tributria 81.783,85 108.166,39

    PASSIVO NO CIRCULANTE 78.743,31 869.845,10

    Emprstimos e Financiamentos a Longo Prazo

    78.743,31 869.845,10

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 22

    ATIVO 2015 2016

    PASSIVO 2015 2016

    Dvida Ativa No Tributria

    175.155,59 210.906,25

    Demais Crditos e Valores Longo Prazo

    33.600,00 33.600,00

    Imobilizado 23.667.905,52 28.697.346,74

    Bens Mveis 6.677.174,74 7.156.168,48

    (-) Depreciao, exausto e amortizaes acumuladas - Bens Mveis)

    - -1.060.432,79

    TOTAL DO PASSIVO 1.356.817,91 2.505.001,90

    Bens Imveis 16.990.730,78 22.716.811,14

    (-) Depreciao, exausto e amortizaes acumuladas Imveis

    - -115.200,09

    PATRIMNIO LIQUIDO 25.582.444,15 31.569.399,93

    Patrimnio Social e Capital Social

    27.622.905,00 27.622.905,00

    Resultados Acumulados -2.040.460,85 3.946.494,93

    Resultado do Exerccio

    921.762,54 5.621.543,61

    Resultado de Exerccios Anteriores

    -2.962.223,39 -2.040.460,85

    Ajustes de exerccios anteriores

    - 365.412,17

    TOTAL 26.939.262,06 34.074.401,83

    TOTAL 26.939.262,06 34.074.401,83

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.

    4.2. Anlise do resultado financeiro

    Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de

    anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a

    verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da

    situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos

    financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de

    pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.

    O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do

    exerccio encerrado resulta em Supervit Financeiro de R$ 62.299,87 e a sua

    correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos financeiros

    existentes, o Municpio possui R$ 0,98 de dvida de curto prazo.

    Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao positiva de R$

    2.790.360,53 passando de um Dficit de R$ 2.728.060,66 para um Supervit de

    R$ 62.299,87.

    Registre-se que a Prefeitura apresentou um Dficit de R$ 200.946,05.

    Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante

    o exerccio demonstrada no quadro seguinte:

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    Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2015 - 2016

    Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao

    Ativo Financeiro 2.933.309,20 3.235.330,89 302.021,69

    Passivo Financeiro 5.661.369,86 3.173.031,02 -2.488.338,84

    Saldo Patrimonial Financeiro -2.728.060,66 62.299,87 2.790.360,53 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: A divergncia entre a variao do patrimnio financeiro e o resultado da execuo

    oramentria no montante de R$ 329.428,85, refere-se ao cancelamento de Restos a Pagar.

    4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de

    fontes de recursos

    A situao financeira analisada neste item tem como objetivo

    demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes

    financeiras, segregadas por vnculo de recurso.

    Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de

    Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua

    disponibilidade especfica.

    Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:

    a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das

    especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita

    deste Tribunal de Contas;

    b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos

    financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades

    financeiras) em 31/12/2016, segregados por especificaes de fontes de

    recursos;

    c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por

    disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de

    consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a

    pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou

    no, e que esto pendentes de pagamento.

    Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de

    auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,

    entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na

    disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.

    d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o

    resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o

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    confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em

    considerao os possveis ajustes.

    No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e

    Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero

    consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente

    com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo

    procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.

    A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de

    Abdon Batista, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o clculo de

    forma detalhada.

    Quadro 11- A Demonstrativo do Resultado Financeiro por

    especificaes de Fonte de Recurso.

    FONTE DE RECURSOS

    DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA

    / INSUFICINCIA FINANCEIRA

    Supervit / Dficit

    RECURSOS VINCULADOS 00 - Recursos Ordinrios 0,00 SUPERAVIT

    01- Receitas e Transferncias de Impostos - Educao 6.101.219,03 SUPERAVIT

    02 - Receitas e Transferncias de Impostos - Sade 6.211.883,83 SUPERAVIT

    03 - Contribuio para Fundo Previdencirio do Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira) 0,00 SUPERAVIT

    04 - Contribuio para Fundo Financeiro do Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira) 0,00 SUPERAVIT

    05 - Aporte para Cobertura de Dficit Atuarial ao RPPS 0,00 SUPERAVIT

    06 - Recursos Diretamente Arrecadados pela Administrao Indireta e Fundos 0,00 SUPERAVIT

    07 - Contribuio de Interveno no Domnio Econmico - CIDE 3.615,41 SUPERAVIT

    08 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP 1.369,17 SUPERAVIT

    09 - FIA Imposto de Renda 0,00 SUPERAVIT

    10 - Convnio de Trnsito - Militar 0,00 SUPERAVIT

    11 - Convnio de Trnsito - Civil 0,00 SUPERAVIT

    12 - Convnio de Trnsito - Prefeitura 0,00 SUPERAVIT

    18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio da Educao Bsica em efetivo exerccio) - R$ 19.247,75

    19.686,06 SUPERAVIT 19 -Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ 438,31

    31 - Transferncias de Convnios Unio/Assistncia Social 0,00 SUPERAVIT

    32 - Transferncias de Convnios Unio/Educao 0,00 SUPERAVIT

    33 - Transferncias de Convnios Unio/Sade 0,00 SUPERAVIT

    34 - Transferncias de Convnios Unio/Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social) -553.955,55 DFICIT

    35 - Transferncias do Sistema nico de Assistncia Social SUAS/Unio 69.381,62 SUPERAVIT

    36 - Salrio-Educao 22.692,58 SUPERAVIT

    37 - Outras Transferncias do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE (no repassadas por meio de convnios) 34.329,83 SUPERAVIT

    38 - Transferncias do Sistema nico de Sade SUS/Unio 170.917,37 SUPERAVIT

    39 - Fundo Especial do Petrleo e Transferncias Decorrentes de Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Naturais 4.108,00 SUPERAVIT

    40 - Royalties de Petrleo Educao - Lei n 12.858/2013 0,00 SUPERAVIT

    41 - Royalties de Petrleo Sade - Lei n 12.858/2013 0,00 SUPERAVIT

    42 - Outras Transferncias Legais e Constitucionais Unio 0,00 SUPERAVIT

    61 - Transferncias de Convnios Estado/Assistncia Social 0,00 SUPERAVIT

    62 - Transferncias de Convnios Estado/Educao 189,95 SUPERAVIT

    63 - Transferncias de Convnios Estado/Sade 49.499,13 SUPERAVIT

    64 - Transferncias de Convnios Estado/Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social) 131.189,33 SUPERAVIT

    65 - Transferncias do Sistema nico de Assistncia Social SUAS/Estado 0,00 SUPERAVIT

    66 -Transferncias Legais e Constitucionais do Estado para o Desenvolvimento da Educao 0,00 SUPERAVIT

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    FONTE DE RECURSOS

    DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA

    / INSUFICINCIA FINANCEIRA

    Supervit / Dficit

    67 - Transferncias do Sistema nico de Sade SUS/Estado 0,00 SUPERAVIT

    68 - Outras Transferncias Legais e Constitucionais - Estado 0,00 SUPERAVIT

    80 - Outras Especificaes 177.856,11 SUPERAVIT

    81 - Operaes de Crdito Internas para Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    82 - Operaes de Crdito Internas para Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT

    83 - Operaes de Credito Internas - Outros Programas -266.143,58 DFICIT

    84 - Operaes de Crdito Externas para Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    85 - Operaes de Crdito Externas para Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT

    86 - Operaes de Crdito Externas - Outros Programas 0,00 SUPERAVIT

    87 - Alienaes de Bens destinados a Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    88 - Alienaes de Bens destinados a Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT

    89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 90.921,09 SUPERAVIT

    93 - Outras Receitas No-Primrias 0,00 SUPERAVIT

    95 - Antecipao de Depsitos Judiciais 0,00 SUPERAVIT

    TOTAL RECURSOS VINCULADOS 12.268.759,38

    00 - Recursos Ordinrios -12.206.459,51 DFICIT

    TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS -12.206.459,51

    Fonte: e-Sfinge

    Obs.: As disponibilidades de caixa da Cmara Municipal foram consideradas como recursos

    vinculados.

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira

    A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou

    ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a

    partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes

    patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes

    contbeis.

    Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo

    patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no

    quadro a seguir, com a devida memria de clculo:

    Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2012 2016

    ITENS / ANO 2012 2013 2014 2015 2016

    1 Despesa Executada 18.800.885,70 14.897.450,88 18.773.102,44 23.855.883,54 20.727.412,25

    2 Restos a Pagar 898.485,28 661.471,99 2.079.688,38 5.555.717,39 3.088.857,35

    3 Ativo Financeiro Ajustado 4.301.439,54 6.071.967,20 6.136.498,36 2.933.309,20 3.235.330,89

    4 Passivo Financeiro Ajustado 942.803,07 679.620,20 2.109.324,73 5.661.369,86 3.173.031,02

    5 Ativo Real 20.541.643,58 25.949.510,50 30.228.376,72 26.939.262,06 34.074.401,83

    6 Passivo Real 1.603.001,10 1.273.077,73 2.519.276,29 6.174.668,97 5.236.550,54

    QUOCIENTES 2012 2013 2014 2015 2016

    Resultado Patrimonial (56) 12,81 20,38 12,00 4,36 6,51

    Situao Financeira (34) 4,56 8,93 2,91 0,52 1,02

    Restos a Pagar (21)*100 4,78 4,44 11,08 23,29 14,90

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

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    O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o

    Ativo Real e o Passivo Real.

    No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste

    quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas

    (curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.

    Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2016 o

    Ativo Real apresenta-se 6,51 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).

    O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o

    Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de

    pagamento de curto prazo do Municpio.

    O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois

    assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas

    pelos ativos financeiros do Municpio.

    12,81

    20,38

    12,00

    4,36

    6,51

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios

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    Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio

    apresenta-se Superavitria, sendo que no final do exerccio de 2016 o Ativo

    Financeiro representa 1,02 vezes o valor do Passivo Financeiro.

    O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)

    expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar

    e o total da Despesa Oramentria.

    Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto

    oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste

    quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no

    exerccio as despesas que nele empenhou.

    A situao apresentada pelo Municpio de Abdon Batista

    demonstrada no grfico a seguir:

    4,56

    8,93

    2,91

    0,521,02

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    8,00

    9,00

    10,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios

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    Grfico 11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar

    corresponde a 14,90% da despesa oramentria do exerccio.

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES

    O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de

    recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas

    com pessoal.

    5.1. Sade

    Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive

    transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o

    exerccio de 2016 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias - ADCT.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 2.669.379,45

    em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que corresponde a

    18,60% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

    R$ 516.540,71, representando 3,60% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

    disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias - ADCT.

    4,78 4,44

    11,08

    23,29

    14,90

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios

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    A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,

    pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2016

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 14.352.258,25 100,00

    Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade

    3.248.010,06 22,63

    Ateno Bsica 3.248.010,06 22,63

    (-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade*

    578.630,61 4,03

    Total das Despesas para Efeito do Clculo 2.669.379,45 18,60

    Valor Mnimo a ser Aplicado 2.152.838,74 15,00

    Valor Acima do Limite 516.540,71 3,60

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:

    Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Abdon Batista em

    2016 aumentou seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em

    termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    19,8918,00

    22,12

    18,56 18,60

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios Limite

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    5.2. Ensino

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias

    Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a

    proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento

    do Ensino (exerccio de 2016) art. 212 da Constituio Federal.

    Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 4.395.165,64 em

    gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a

    30,62% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

    R$ 807.101,08, representando 5,62% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

    disposto no artigo 212 da Constituio Federal.

    A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do

    Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2016

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 14.352.258,25 100,00

    Valor Aplicado Educao Infantil 208.573,51 1,45

    Educao Infantil 208.573,51 1,45

    Valor Aplicado Ensino Fundamental 3.132.288,23 21,82

    Ensino Fundamental 3.132.288,23 21,82

    (-) Total das Dedues consideradas para fins de apurao do Limite Constitucional*

    -1.054.303,90 -7,35

    Total das Despesas para efeito de Clculo 4.395.165,64 30,62

    Valor Mnimo a ser Aplicado 3.588.064,56 25,00

    Valor Acima do Limite (25%) 807.101,08 5,62 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:

  • TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

    DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU

    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 31

    Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Abdon Batista em

    2016 reduziu seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em

    termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2.2. FUNDEB

    Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,

    do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n

    11.494/07.

    Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 1.155.496,14,

    equivalendo a 98,32% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO

    o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo

    exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:

    27,51 28,39

    25,00

    32,3230,62

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    40,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios Limite

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 32

    Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio

    FUNDEB: 2016

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Transferncias do FUNDEB 1.168.932,50

    (+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 6.249,70

    Total dos recursos oriundos do FUNDEB 1.175.182,20

    60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 705.109,32

    Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB *

    1.155.496,14

    Valor Acima do Limite 450.386,82

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.

    Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo financeira, vide Quadro no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:

    Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no

    exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e

    Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 1.155.496,14,

    equivalendo a 98,32% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com

    Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.

    87,4193,92

    60,74

    87,10

    98,32

    0,00

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    100,00

    120,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios Limite

  • TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

    DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU

    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 33

    A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da

    seguinte forma:

    Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2016

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 1.175.182,20

    95% dos Recursos do FUNDEB 1.116.423,09

    Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *

    1.155.496,14

    Valor Acima do Limite 39.073,05

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo financeira, vide Quadro no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos

    oriundos do FUNDEB:

    Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,

    o Municpio de Abdon Batista reduziu sua aplicao, quando comparado ao

    exerccio anterior.

    87,41

    96,09

    98,3399,25

    98,32

    80,00

    82,00

    84,00

    86,00

    88,00

    90,00

    92,00

    94,00

    96,00

    98,00

    100,00

    102,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios Limite

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 34

    Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte

    ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007.

    Ante a inexistncia de saldo no encerramento do exerccio de 2015 de

    recursos do FUNDEB, resta prejudicada a verificao prevista no art. 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007.

    Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2016: No tocante ao

    controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte

    apresenta-se o Quadro abaixo:

    Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2016 39.172,41

    (-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB

    19.486,35

    (=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 19.686,06

    Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio

    Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei

    Complementar n 101/2000 (LRF).

    Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2016

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 18.726.235,87 100,00

    LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 11.235.741,52 60,00

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    7.928.416,89 42,34

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    548.509,51 2,93

    TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO

    8.476.926,40 45,27

    Valor Abaixo do Limite (60%) 2.758.815,12 14,73

    Fonte: Sistema e-Sfinge/Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

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    DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU

    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 35

    No exerccio em exame, o Municpio gastou 45,27% do total da receita

    corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no

    artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n

    101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Municpio:

    Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior mostra a reduo dos gastos com pessoal do

    Municpio de Abdon Batista, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Executivo

    Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas

    Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000

    (LRF).

    31,98

    36,86

    45,33

    52,58

    45,27

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios Limite

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 36

    Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2016

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 18.726.235,87 100,00

    LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 10.112.167,37 54,00

    Total das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 7.950.952,35 42,46

    Pessoal e Encargos* 7.945.201,76 42,43

    Pessoal e encargos Inscritos em Restos a Pagar no Processados* (com as dedues)

    5.750,59 0,03

    Dedues das Despesas com Pessoal do Poder Executivo**

    22.535,46 0,12

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    7.928.416,89 42,34

    Valor Abaixo do Limite (54%) 2.183.750,48 11,66

    Fonte: * Sistema e-Sfinge/4Demonstrativos do Balano Geral consolidado. **Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o

    Poder Executivo gastou 42,34% do total da receita corrente lquida em despesas

    com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei

    Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Executivo:

    Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica. 4 Apurao da Despesa de Pessoal: conforme orientao do Manual dos Demonstrativos Fiscais 6 edio, publicado no endereo

    http://www.stn.fazenda.gov.br/pt/web/stn/mdf

    29,54

    34,01

    42,19

    49,12

    42,34

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios Limite

    http://www.stn.fazenda.gov.br/pt/web/stn/mdf

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 37

    Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder

    Executivo reduziram, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Legislativo

    Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar

    n 101/2000 (LRF).

    Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2016

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 18.726.235,87 100,00

    LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 1.123.574,15 6,00

    Total das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 548.509,51 2,93

    Pessoal e Encargos* 548.509,51 2,93

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    548.509,51 2,93

    Valor Abaixo do Limite (6%) 575.064,64 3,07 Fonte: * Sistema e-Sfinge/Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 2,93% do total da

    receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma

    contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Legislativo:

    Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2012 2016

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    2,432,85

    3,143,46

    2,93

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    2012 2013 2014 2015 2016

    Municpio Mdia AMPLASC Mdia dos Municpios Limite

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 38

    O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que

    houve uma reduo do percentual quando comparado ao exerccio anterior.

    6. CONSELHOS MUNICIPAIS

    Os Conselhos Municipais so considerados rgos pblicos que

    contribuem de forma significativa na execuo de polticas pblicas setoriais.

    Podem ser de natureza obrigatria ou discricionria, ou seja, os de

    criao obrigatria so exigidos por leis federais, cujas funes so definidas

    como deliberativas, fiscalizadoras, assessoramento, supervisora e executiva;

    enquanto que os discricionrios so decorrentes de legislao municipal.

    O artigo 7, nico, da Instruo Normativa n 20 , de 01 de maro de

    2015 exige a remessa dos pareceres dos conselhos obrigatrios, juntamente

    com a prestao de contas anual, quais sejam:

    a) Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

    Fundeb, previsto no art. 24, da Lei Federal n. 11.494, de 20 de junho de 2007.

    b) Conselho Municipal de Sade, previsto no art. 1, caput e 2 da Lei

    Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;

    c) Conselho Municipal dos Direitos da Infncia e do Adolescente,

    previsto no art. 88, inciso II da Lei Federal n. 8.069, de 13 de junho de 1990;

    d) Conselho Municipal de Assistncia Social, previsto no art. 16, inciso

    IV, da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993;

    e) Conselho Municipal de Alimentao Escolar, previsto no art. 18 da Lei

    Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009;

    f) Conselho Municipal do Idoso, previsto no art. 6 da Lei Federal n.

    8.842, de 04 de janeiro de 1994.

    6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social

    do FUNDEB (CACS FUNDEB)

    O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

    Fundeb est previsto no artigo 24 da Lei Federal n. 44.494, de 20 de junho de

    2007.

    Referido rgo tem a funo de acompanhar a correta aplicao dos

    recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar

    (PNATE), bem como supervisionar o censo escolar anual.

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    DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU

    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 39

    O Conselho Municipal do Fundeb autnomo, no subordinado ao

    Poder Executivo e seus membros no so remunerados. No entanto, dever ser

    criado por lei especfica municipal, e sua composio deve obedecer ao que

    prescreve o art. 24, 1, IV e 2 da Lei n. 11.494/2007:

    Art. 24. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuio, a transferncia e a aplicao dos recursos dos Fundos sero exercidos, junto aos respectivos governos, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por conselhos institudos especificamente para esse fim.

    1o Os conselhos sero criados por legislao especfica, editada no pertinente mbito governamental, observados os seguintes critrios de composio:

    [....]

    IV - em mbito municipal, por no mnimo 9 (nove) membros, sendo:

    a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educao ou rgo educacional equivalente;

    b) 1 (um) representante dos professores da educao bsica pblica;

    c) 1 (um) representante dos diretores das escolas bsicas pblicas;

    d) 1 (um) representante dos servidores tcnico-administrativos das escolas bsicas pblicas;

    e) 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educao bsica pblica;

    f) 2 (dois) representantes dos estudantes da educao bsica pblica, um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas.

    2o Integraro ainda os conselhos municipais dos Fundos, quando houver, 1 (um) representante do respectivo Conselho Municipal de Educao e 1 (um) representante do Conselho Tutelar a que se refere a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, indicados por seus pares.

    Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Abdon Batista, constata-se que o Parecer do

    Conselho do FUNDEB indica que as respectivas contas foram aprovadas.

    6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)

    O Conselho Municipal de Sade CMS est previsto no art. 1, inciso

    II da Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

    Trata-se de um rgo colegiado composto por representantes do

    governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 40

    formao de estratgias e no controle da execuo das polticas de sade,

    inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero

    homologadas pelo chefe do poder executivo municipal5.

    Compe-se, conforme prescreve a terceira diretriz da Resoluo n.

    453, de 10 de maio de 2012:

    a) 50% de entidades e movimentos representativos de usurios;

    b) 25% de entidades representativas dos trabalhadores da rea de

    Sade;

    c) 25% de representao de governo e prestadores de servios

    privados conveniados, ou sem fins lucrativos.

    O Conselho Municipal de Sade tem as competncias elencadas pela

    quinta diretriz da Resoluo n. 453/2012:

    Quinta Diretriz: aos Conselhos de Sade Nacional,

    Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que tm

    competncias definidas nas leis federais, bem como em

    indicaes advindas das Conferncias de Sade, compete:

    I - fortalecer a participao e o Controle Social no SUS,

    mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na

    defesa dos princpios constitucionais que fundamentam o

    SUS;

    II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras

    normas de funcionamento;

    III - discutir, elaborar e aprovar propostas de

    operacionalizao das diretrizes aprovadas pelas

    Conferncias de Sade;

    IV - atuar na formulao e no controle da execuo da

    poltica de sade, incluindo os seus aspectos econmicos

    e financeiros, e propor estratgias para a sua aplicao

    aos setores pblico e privado;

    V - definir diretrizes para elaborao dos planos de sade

    e deliberar sobre o seu contedo, conforme as diversas

    situaes epidemiolgicas e a capacidade organizacional

    dos servios;

    VI - anualmente deliberar sobre a aprovao ou no do

    relatrio de gesto;

    VII - estabelecer estratgias e procedimentos de

    acompanhamento da gesto do SUS, articulando-se com

    os demais colegiados, a exemplo dos de seguridade

    5 Viana, Luiz Cludio. O papel dos conselhos municipais na gesto pblica [monografia]; orientadora, Maria

    Eliana Cristina Bar. - Florianpolis, SC, 2011. p. 26

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    Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Abdon Batista exerccio de 2016 - Reinstruo 41

    social, meio ambiente, justia, educao, trabalho,

    agricultura, idosos, criana e adolescente e outros;

    VIII - proceder reviso peridica dos planos de sade;

    IX - deliberar sobre os programas de sade e aprovar

    projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo,

    propor a adoo de critrios definidores de qualidade e

    resolutividade, atualizando-os face ao processo de

    incorporao dos avanos cientficos e tecnolgicos na

    rea da Sade;

    X - a cada quadrimestre dever constar dos itens da pauta

    o pronunciamento do gestor, das respectivas esferas de

    governo, para que faa a prestao de contas, em relatrio

    detalhado, sobre andamento do plano de sade, agenda

    da sade pactuada, relatrio de gesto, dados sobre o

    montante e a forma de aplicao dos recursos, as

    auditorias iniciadas e concludas no perodo, bem como a

    produo e a oferta de servios na rede assistencial

    prpria, contratada ou conveniada, de acordo com a Lei

    Complementar no 141/2012.

    XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consrcios e

    convnios, conforme as diretrizes dos Planos de Sade

    Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;

    XII - acompanhar e controlar a atuao do setor privado

    credenciado mediante contrato ou convnio na rea de

    sade;

    XIII - aprovar a proposta oramentria anual da sade,

    tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei

    de Diretrizes Oramentrias, observado o princpio do

    processo de planejamento e oramento ascendentes,

    conforme legislao vigente;

    XIV - propor critrios para programao e execuo

    financeira e oramentria dos Fundos de Sade e

    acompanhar a movimentao e destino dos recursos;

    XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critrios

    de movimentao de recursos da Sade, incluindo o

    Fundo de Sade e os recursos transferidos e prprios do

    Municpio, Estado, Distrito Federal e da Unio, com base

    no que a lei disciplina;

    XVI - analisar, discutir e aprovar o relatrio de gesto, com

    a prestao de contas e informaes financeiras,

    repassadas em tempo hbil aos conselheiros, e garantia

    do devido assessoramento;

    XVII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das

    aes e dos servios de sade e encaminhar denncias

    aos respectivos rgos de controle interno e externo,

    conforme legislao vigente;

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    XVIII - examinar propostas e denncias de indcios de

    irregularidades, responder no seu mbito a consultas sobre

    assuntos pertinentes s aes e aos servios de sade,

    bem como apreciar recursos a respeito de deliberaes do

    Conselho nas suas respectivas instncias;

    XIX - estabelecer a periodicidade de convocao e

    organizar as Conferncias de Sade, propor sua

    convocao ordinria ou extraordinria e estruturar a

    comisso organizadora, submeter o respectivo regimento e

    programa ao Pleno do Conselho de Sade

    correspondente, convocar a sociedade para a participao

    nas pr-conferncias e conferncias de sade;

    XX - estimular articulao e intercmbio entre os

    Conselhos de Sade, entidades, movimentos populares,

    instituies pblicas e privadas para a promoo da

    Sade;

    XXI - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas

    sobre assuntos e temas na rea de sade pertinente ao

    desenvolvimento do Sistema nico de Sade (SUS);

    XXII - acompanhar o processo de desenvolvimento e

    incorporao cientfica e tecnolgica, observados os

    padres ticos compatveis com o desenvolvimento

    sociocultural do Pas;

    XXIII - estabelecer aes de informao, educao e

    comunicao em sade, divulgar as funes e

    competncias do Conselho de Sade, seus trabalhos e

    decises nos meios de comunicao, incluindo

    informaes sobre as agendas, datas e local das reunies

    e dos eventos;

    XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educao

    permanente para o controle social, de acordo com as

    Diretrizes e a Poltica Nacional de Educao Permanente

    para o Controle Social do SUS;

    XXV - incrementar e aperfeioar o relacionamento

    sistemtico com os poderes constitudos, Ministrio

    Pblico, Judicirio e Legislativo, meios de comunicao,

    bem como setores relevantes no representados nos

    conselhos;

    XXVI - acompanhar a aplicao das normas sobre tica

    em pesquisas aprovadas pelo CNS;

    XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Poltica de

    Gesto do Trabalho e Educao para a Sade no SUS;

    XXVIII - acompanhar a implementao das propostas

    constantes do relatrio das plenrias dos Conselhos de

    Sade; e

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    XXIX - atualizar periodicamente as informaes sobre o

    Conselho de Sade no Sistema de Acompanhamento dos

    Conselhos de Sade (SIACS).

    Salienta-se que os membros do Conselho no so remunerados e

    suas funes so consideradas de relevncia pblica.

    Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Abdon Batista, a anlise do Parecer do

    Conselho Municipal de Sade indica que as contas foram aprovadas.

    6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do

    Adolescente

    A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do

    Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma

    srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:

    dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

    Nessa linha foi promulgada a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,

    que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e trata sobre a

    proteo integral desses.

    A referida Lei prev em seu artigo 88, incisos II e IV, a criao do

    Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente e a manuteno

    de fundo especial, respectivamente. Esse fundo, no caso dos Municpios, deve

    ser criado por lei municipal, obedecendo ao disposto no artigo 167, IX da

    Constituio Federal e artigo 74 da Lei n 4.320/64.

    O Conselho Municipal da Criana e do Adolescente rgo

    deliberativo e controlador das aes relacionadas poltica de atendimento dos

    direitos da criana e do adolescente.

    Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Abdon Batista, constata-se que as contas

    foram aprovadas pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do

    Adolescente.

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    6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS)

    O Conselho Municipal de Assistncia Social est previsto no art. 16,

    inciso IV da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993.

    Citado rgo tem a competncia de acompanhar a execuo da

    poltica de assistncia social, e seus membros no so remunerados. No

    entanto, conforme pargrafo nico do art. 16 da Lei n. 8.742/93 as despesas

    referentes a passagens e dirias de conselheiros representantes do governo ou

    da sociedade civil, quando estiverem no exerccio de suas atribuies devem ser

    custeadas pelo rgo gestor da Assistncia Social.

    Conforme consta do processo