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Revista em Movimento DMPTSP

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Assumi a presidência do PT Mu-nicipal de SP no dia 8 de março de 2013. Foi um acontecimento du-plamente signifi cativo, pois é um dia simbólico, que lembra a luta das mulheres, sendo eu a primeira mulher e a primeira jovem a presi-dir o PT em São Paulo. Foi de ex-trema importância para mim que nasci e cresci com o PT.

No início deste ano toma-mos como principal tarefa junto com os membros da Executiva promover plenárias e reuniões para compreendermos melhor àquela conjuntura política, já que tínhamos vencido nas urnas o des-calabro instalado na cidade pela gestão Serra/Kassab.

Foi e é uma grande res-ponsabilidade presidir o PT com seus 131 mil fi liados e seus 36 Diretórios Zonais e nesse pouco tempo, trabalhar para levar os de-bates para os DZs, preparando a militância para o discurso e para o embate político após a conquista da Prefeitura.

Esses encontros por regi-ões reuniram dirigentes, militan-tes, fi liados e simpatizantes, em debates que apontaram cami-nhos a serem trilhados pelo Par-tido, ao mesmo tempo em que fortaleceu o partido para garan-tir que o programa de governo construído pelo PT esteja sendo cumprido.

Ao aproximar ainda mais nossos dirigentes zonais das instâncias de governo, ten-tamos dar visibilidade às políti-cas públicas e mostrar o modo petista de governar.

Também foi um marco a festa de comemoração dos 33 anos do PT, quando pudemos re-lembrar momentos inesquecíveis de nossas lutas e da construção do Partido, com o resgate de fotos va-lorizando a militância ao longo de pouco mais de três décadas e com a participação de artistas que nos apoiaram desde a primeira hora da construção partidária entre tantos Zé Geraldo e Chico Esperança.

Agora avançamos para re-alização do Processo de Eleições Diretas – PED.

Independente do resulta-do das eleições internas, que será conhecido em novembro, fi ca evi-dente o fortalecimento do Partido marcado pela ampla participação dos fi liados nas refl exões conjun-tas e nas decisões.

Trabalhamos para que o PED seja sempre um forte instru-mento de mobilização das bases petistas, além de ser um momento privilegiado de acumularmos for-ças para um debate mais aprofun-dado sobre a estratégia política do PT. Esperamos que os próximos dirigentes eleitos no dia 10 de no-

vembro assumam o comando do partido com muita disposição e ciência dos desafi os colocados, de dar sustentação ao Governo Dil-ma e Haddad e de apoiar os mo-vimentos sociais e sindicais nos-sos parceiros de caminhada na luta além de valorizar a militância aguerrida do PT.

Muito me orgulha a mi-nha contribuição mesmo que pe-quena neste mandato relâmpago, para a paridade - igualdade en-tre homens e mulheres - dentro do Partido, embora o ideal fosse um tempo maior de mandato, porém, infelizmente meu nome não foi consenso entre as forças do partido.

O bom é que na presi-dência ou na militância a luta e as responsabilidades são as mesmas de reafi rmar nossos compromis-sos históricos do PT, de intervir na vida social e política do país e transformá-la numa sociedade mais humana e menos desigual.

Juliana Cardoso – VereadoraPresidenta do PT de São Paulo

Firmes na luta! Vamos ao PED! Reafi rmar nossos compromissos históricos do PT

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* Mais de 1 milhão (1.056.182) de imóveis isentos do pagamento do imposto

O projeto da Prefeitura de São Paulo enviado à Câmara Muni-cipal amplia a faixa de isenção. O total de contribuintes que não pa-gará o IPTU cresce em 2014.

Imóvel cujo valor venal é de até R$ 160 mil não pagará nada, bene-fi ciando 33% de todos os imóveis da cidade. Em 2013 a isenção era para imóvel até R$ 97,6 mil.

E cerca de 300 mil imóveis aci-ma de R$ 160 mil sofrerão reajuste abaixo da infl ação.

A grande maioria dos imóveis isentos ou que terão aumento abaixo da infl ação fi cam nos bair-ros distantes do centro da cidade.

* 227 mil contribuintes residen-ciais (10% do total) terão redução do imposto em 2014

No ano que vem elas pagarão me-nos IPTU do que em 2013.

* Contribuintes que pagam IPTU de até R$ 200,00 terão redução em media de 16,35%.

* Quem paga até R$ 600,00 de IPTU terá seu imposto reduzido em 2014.

* Travas de aumento máximo do imposto de 20% (residencial) e 35% (não residencial), para não repassar de uma vez toda a corre-ção da PGV (Planta Genérica de Valores), base de cálculo do IPTU

* Redução de 0,1 ponto percentu-al para alíquotas de todas as faixas de valor venal

Junto com as travas, a redução das alíquotas contribuirá para di-minuir o valor do IPTU.

ATUALIZAÇÃO DA PGV É OBRIGATÓRIA POR LEI

Uma lei de 2009 obriga a Prefeitu-ra de SP a fazer a revisão da Planta Genérica de Valores (base de cál-culo do IPTU) em 2013. Através de uma pesquisa de mercado, es-tabelece-se o valor venal do imóvel em cada região da cidade.

A valorização imobiliária na cida-de, desde a última atualização, foi superior a 100%. A prefeitura está atualizando a PGV bem abaixo disso (aproximadamente metade).

A lei da gestão passada prevê que a PGV seja atualizada a cada dois anos (próxima seria em 2015). A prefeitura está mudando a lei para

que a correção da PGV seja a cada quatro anos (próxima passa para 2017), para não penalizar a popu-lação.

QUEM PAGARÁ MAIS?

Os imóveis das áreas mais es-truturadas, em bairros centrais, que fi caram mais valorizados nos últimos anos. Portanto, vão con-tribuir mais para que a cidade te-nha mais recursos para melhorar a saúde, a educação, o transporte público e a habitação dos bairros da periferia.

JUSTIÇA SOCIAL

A PGV fi cará socialmente mais justa. O projeto da prefeitura divi-de a cidade em três zonas fi scais. Isto permite que os valores uti-lizados nos cálculos de um imó-vel situado em Parelheiros (Zona Sul) ou Cidade Tiradentes (Les-te), bairros carentes e afastados do centro, sejam diferentes da-queles empregados no cálculo de um imóvel nos Jardins, área mais rica da cidade e que conta com ampla infraestrutura de serviços públicos.

Na lei de 2009 não existe esta diferença, o que faz com que hoje a periferia pague relativamente mais imposto.

Quem tem mais, paga mais. Quem tem menos, paga menos. Quem tem pouco, não paga.

ENTENDA AS MUDANÇAS NO IPTU

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Areforma política sempre foi uma das principais bandeiras do PT e continuará sendo até que seja

viabilizada e promova as mudanças necessárias para reverter às distorções do nosso sistema político-eleitoral. Por isso, além de lutar para que a reforma se concretize no Congresso Nacional, o partido se mobiliza em busca de apoio da sociedade ao projeto de emenda de iniciativa popular que pretende apre-sentar em fevereiro de 2014.

Com esse objetivo, já está nas ruas uma campanha nacional em busca do apoio da sociedade. Com 1,5 milhão de assinaturas de aprovação à nossa proposta, sustentaremos um projeto de lei de iniciativa popular que mudará o cenário político atual.

Em entrevista exclusiva para o jornal PT em Movimento, o presidente Nacional do PT, deputado Rui Falcão, defendeu e explicou porque o Partido dos Trabalhadores está apoiando es-ses dois projetos tão importantes para consolidar ainda mais a democracia no país.

Quais as principais mudanças que o

PT defende no projeto de Reforma Política?Rui- O sistema eleitoral hoje é distor-cido e começa pelo fato de não haver principio fundamental da democra-cia representativa que é o principio de uma pessoa, um voto. Então para mudar esse cenário e para fazer uma reforma mais ampla desse sistema é necessário fazer uma constituinte ex-clusiva, com outra composição, com pessoas eleitas exclusivamente para aquela fi nalidade, visto que o atual congresso não mostra vontade politica nem para efetuar as reformas mínimas que o sistema requer.

Por esse motivo estamos propondo uma campanha de coleta de assinaturas para apresentar o que chamamos de iniciativa popular legis-lativa.

Essa iniciativa prevê a mu-dança de 3 pontos importantes que es-tão no foco da campanha:

Constituinte - maneira com a qual a população pode participar e sugerir mudanças como plebiscitos, referendos que estão na constituição,

mas com grandes barreiras para a sua realização.

Financiamento público ex-clusivo das campanhas - uma forma de acabar com fi nanciamento privado. Defendemos que o fi nanciamento seja exclusivamente público. Dessa forma, combate a corrupção, diminui o peso do poder econômico e ajuda a baratear as eleições.

Listas partidárias - que aju-dem a vincular o voto do eleitor a programas e a partidos que reforce a fi delidade partidária. Essas listas, esta-mos propondo uma alternância entre homens e mulheres, é a chamada lista com paridade de gênero. Uma forma de incentivar a presença das mulheres na política, nos parlamentos, no executivo, visto que hoje a presença das mulheres é irrisória.

O que melhora com a proposta de mudanças defendidas pelo PT?Rui - Hoje a lei eleitoral admite que vocêreceba contribuições de empresas ou de pessoas físicas tendo como limite uma percentagem do faturamento das empresas e da renda da pessoa física. O que ocorre é que as grandes empresas não contribuem desinteressadamente.

Isso cria uma espécie de sim-biose entre o politico que recebe e o fi -nanciador que doa resultando em com-promissos de formação de bancadas ligadas a interesse empresariais tanto no congresso, como no executivo, além das contrapartidas nas licitações, nos favorecimentos.

O fi nanciamento público seria feito através de fundo constituído espe-cifi camente para esse fi m e que dividiria essa verba de acordo com o tamanho dos partidos na ultima eleição e fi xando um percentual por eleitor, por exemplo, doação de R$ 5,00 ou R$ 10,00 por elei-tor. Mas isso tem que ser regulamenta-

PROJETOS COMO A REFORMA POLÍTICA E MARCO REGULATÓRIO DAS COMUNICAÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS PARA O PTPartido apoia esses dois projetos de iniciativa popular e lança campanha para arrecadar 1,5 milhão de assinaturas

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do. Dessa forma, quem teve 17 milhões de votos, receberia x vezes 17 milhões para fazer a sua campanha.

A verba tem que ser diferen-ciada para fazer a campanha do presi-dente, governador, deputados federais e estaduais. Cada um com um custo. Não vamos tirar dinheiro nem da saúde e nem da educação como muita gente acha. Na verdade pelo sistema atual essas coisas acabam sendo retiradas não de forma transparente, mas pos-tas no orçamento das obras do sistema de transporte etc. e em votações como ocorre no congresso, onde se tem a ban-cada dos ruralistas, das igrejas evangéli-cas, do sistema fi nanceiro, entre outros, em que se defendem interesses setoriais, corporativos e empresariais, resulta na difi culdade de aprovação de diferentes projetos de interesse nacional.

Qual o refl exo dessas mudanças para a sociedade?Rui - As eleições vão fi car mais baratas, pessoas que nunca se candidataram, vão ter chances, e a participação das mulheres vai aumentar.

Com esse movimento de coleta das assinaturas, o eleitor pode se tornar mais consciente?Rui- Com certeza. Tem a possibilidade de votar em propostas em programas inscritos por um partido e não votar necessariamente em pessoas.

A própria coleta de assinatu-ras, quem não é fi liado vai querer saber mais porque está propondo a assinatu-ra. Esse movimento contribuirá para quea militância do partido volte a res-gatar a sua função original de dialogar com a população sobre o que está acon-tecendo no país, como o Brasil mudou nesses 10 anos de governo PT, além de propostas para que o país volte a crescer mais, aperfeiçoando cada dia maisa de-mocracia.

Esse é o momento de fazer com que a militância dialogue sempre com a po-pulação e não só no período eleitoral.

Qual a importância de um novo marco regulatório para as co-municações?

Todos os países têm algum tipo de re-gulação sobre os meios eletrônicos. Isso não é censura, ao contrário, é correspon-der ao fato de que o direito à informação, à liberdade de expressão é também um direito individual. Hoje não é isso que se aplica. Com os meios modernos de comunicação, com a convergência das mídias, cada vez mais o que vemos é que esse direito é interativo, coletivo e social.

O que temos defendido é que o marco regulatório deve se restringir ao que está escrito na Constituição e preci-sa de regulamentação. Há pelos menos 4 razões que o justifi ca:

- Ausência de pluralidade e diversidade da mídia atual, que esvazia a dimensão pública dos meios de comunicação e exige medidas afi rmativas para ser con-traposta- A legislação brasileira no setor das co-municações é arcaica e defasada. Isto é, não está adequado aos padrões interna-cionais de liberdade de expressão e não contempla questões atuais, como as ino-vações tecnológicas de mídias.- A legislação é fragmentada, multiface-tada e composta por várias leis que não dialogam uma com as outras e não são coerentes entre elas- A Constituição Federal de 1988 con-tinua precisando da regulamentação da maioria dos artigos dedicados à comu-nicação (220, 221, 222, e 223), deixando temas importantes como a restrição aos monopólios e oligopólios e a regiona-lização da produção sem nenhuma referência legal. Isso dificulta o exer-

cício de liberdade de expressão do conjunto da população.

Quais os principais pontos desse projeto que o PT defende?Rui- Primeiro, como disse anterior-mente, que se cumpra os artigos da Constituição que proíbem a existência de monopólios e oligopólios e a aplica-ção da complementaridade, a convivên-cia de 3 tipos de sistema de comunica-ção: o privado, que predomina no Brasil e não vai ser desapropriado e nem seus conteúdos proibidos; o estatal é o setor público, que também deveria conviver nesse conjunto.

A ausência deste marco legal só benefi cia as poucas empresas que hoje se favorecem da grave concentração no se-tor. Esses grupos, muitas vezes impedem a circulação de idéias e pontos de vistas com os quais não concordam e acabam impedindo o pleno exercício de direito à comunicação e da liberdade de expres-são pelos cidadãos e cidadãs, afetando a democracia brasileira.

Defendemos que é preciso esti-mular o surgimento de um setor público, ter novas normas e leis que protejam as rádios comunitárias para que deixem de funcionar ilegalmente. A própria nor-matização das TVs abertas exige um percentual de conteúdo nacional, neces-sitando que produzam um conteúdo que atenda à complexidade do país, as cultu-ras e os sotaques.

Com relação a mídia impressa, a discussão se refere se é necessário ou não uma lei específi ca para o direito de resposta.

Por fi m, é importante deixar claro que isso não é uma forma de cer-ceamento de liberdade de expressão. Não estamos propondo nenhum tipo de censura, apenas nos restringindo aquilo que já está previsto na Constituição.

MARCO REGULATÓRIO DAS COMUNICAÇÕES

PROJETOS COMO A REFORMA POLÍTICA E MARCO REGULATÓRIO DAS COMUNICAÇÕES SÃO FUNDAMENTAIS PARA O PTPartido apoia esses dois projetos de iniciativa popular e lança campanha para arrecadar 1,5 milhão de assinaturas

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O desvio de bilhões de reais dos cofres paulistas pelos se-guidos governos do PSDB no

Estado foi revelado com a divulgação de um grande esquema de propinas recebidas das multinacionais Sie-mens e Alstom, por meio dos contra-tos das obras do Metrô e da CPTM.

Há anos os deputados do PT já vinham denunciando o esquema. Os parlamentares petistas apresen-taram junto aos Ministérios Público Estadual e Federal 15 representações que denunciavam irregularidades, pagamentos de propinas e conse-quente sobre preço em licitações do Metrô e CPTM, entre 2008 e 2010.

Até agora, passados cinco anos, ninguém foi responsabilizado. É bom lembrar que atos de impro-bidade administrativa caducam em cinco anos, não sendo mais aplicável punição.

Aqui segue entrevista com o deputado Luiz Cláudio Marcolino, líder da bancada do PT na Assem-bleia Legislativa, que explica todas as ações tomadas pelo partido muito antes das denúncias do Propinoduto Tucano.

DM: Deputado, como está o anda-mento dos processos sobre a de-núncia de formação de cartel nos contratos de licitação na compra de trens para o Metrô de São Paulo e da CPTM?Marcolino: O esquema do Propino-duto é denunciado para órgãos do Governo do Estado desde 2008, mas a blindagem tucana na mídia nunca deixou aparecer. A ação do Ministé-rio Público é lenta.

Há letargia do MP estadual de não fazer investigação como deve-ria. Ainda não entendemos o porquê da demora na investigação dos casos.

A impressão é que foi mon-tada uma estrutura de corrupção entre a empresa Siemens e a Als-tom, que é outra empresa que opera no Metrô e CPTM, inclusive com repasses a executivos importantes do estado.

DM: Desde quando o PT sabe des-sas denúncias e qual o procedimen-to adotado?Marcolino: Desde 2008 estamos de-nunciando essas irregularidades em contratos. Foram 15 denúncias pro-tocoladas junto ao MP Estadual e Tribunal de Contas do Estado.

Na época, a bancada do PT levantou junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que a Alstom teria firmado 139 contratos com governos do PSDB, totalizando uma quantia de R$ 7,5 bilhões, sendo que desse total cerca de R$ 1 bilhão havia sido julgado irregular pelo TCE.

DM: Qual o montante do dinheiro desviado? Quais os investimentos possíveis de fazer com essa quan-tia?Marcolino: Foram desviados dos co-fres públicos R$ 425 milhões de reais. Isso é o que sabemos até o momento. E o governador Alckmin diz que não sabia. Só pra se ter uma ideia com esse dinheiro seria possível comprar mais 17 trens com 6 carros cada e transportar mais 400 mil passageiros por dia.

DM: Quais as medidas que estão sendo adotadas para combater esse esquema de corrupção?Marcolino: A bancada do PT fez tentativa de instalação de três Co-missões Parlamentares de Inquéri-to (CPIs) na Assembleia Legislati-va e nunca conseguimos instalar uma CPI porque a base do governo e os partidos aliados se recusaram a apoiar sua criação.

PT DENUNCIA ESQUEMA DE PROPINA NO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO DESDE 2008

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Agora há um fator favorá-vel à criação da CPI. Com a denúncia da prática de car-tel, agora será inadmissível que a bancada do governo na Assembleia não assine pela CPI. Quando a empresa vai a público e fala que manipulou contratos de licitação do go-verno do estado, há que tra-zer a público que houve des-vio de dinheiro.

Não dá mais pra admitir que a impunidade continue a permitir que a corrupção se estenda pelo Estado

DM: O que aconteceu com os documentos que comprovam essas irregularidades? Marcolino: É outro fato de extrema gravidade. Diz res-peito ao incêndio criminoso na empresa PA Arquivos Ltda contratada para fazer a guar-da e armazenamento de docu-

mentos do Metrô.

O fato aconteceu em 09 de julho de 2012, mas foi divulgado meses depois, aos 30 de novembro de 2012, pela Companhia do Me-

tropolitano de São Paulo.

Segundo noticiado em di-versos órgãos de imprensa os do-cumentos estavam acondicionados em 15.399 caixas contendo contra-tos assinados entre 1997 e 2011 e relatórios de análises das ocorrên-cias da Comissão Permanente de Segurança – COPESE, dentre ou-tros documentos.

O período dos processos e documentos sinistrados (1997 a 2011) corresponde ao período em que foram realizadas grandes licita-ções no Metrô seja para realização de obras, seja para aquisição de compo-sições ferroviárias.

Não temos a dimensão dos documentos sinistrados e se estavam preservados de outra forma (micro-filmagem, xerocopiados) fato é que é que são documentos de extrema im-portância, tanto sob o aspecto histó-rico quanto sob o aspecto jurídico.

A Siemens relatou a autori-dades antitrustes brasileiras a formação de cartel em li-

citações referentes a linhas ferrovi-árias e metroviárias de São Paulo e Distrito Federal. O cartel envolveria outras multinacionais, como a fran-cesa Alstom, a canadense Bombar-dier, a espanhola CAF e a japonesa Mitsui, além da própria Siemens, que se comprometeu a colaborar com as investigações.

Conforme investigações de 2008, a filial suíça da Alstom usou empresas sediadas em paraísos fis-cais e conta de doleiros brasileiros. A bancada do PT levantou dados que revelam que a Alstom teria firma-do 139 contratos com governos do PSDB, totalizando R$ 7,5 bilhões.

Os contratos envolvem além do Metrô e da CPTM, a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), a Eletropaulo e Sabesp, entre outras empresas.

No caso da Siemens, o Con-selho Administrativo de Defesa Eco-nômica (Cade) fechou um acordo que pode garantir a isenção da em-presa e dos executivos. Pelo acerto, o Cade concentra os dados e repassa ao Ministério Público o material para as investigações.

PT DENUNCIA ESQUEMA DE PROPINA NO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO DESDE 2008

HISTÓRICO

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DM: O PT volta a presidir a Câ-mara Municipal oito anos depois da última experiência de governar a cidade de São Paulo com a pre-feita Marta Suplicy. Em relação aos projetos tramitando no legis-lativo, qual o quadro que o Sr. se deparou ao assumir a presidência da casa?José Américo: A Câmara Municipal de São Paulo tem os mesmos pro-blemas que o legislativo brasileiro em geral, que são as limitações da sua atuação, os limites que são im-postos pela legislação contra o fun-cionamento do legislativo no Brasil ou pelas indefinições da constitui-ção de 1988 e também pela interfe-rência, muitas vezes, descabidas do ministério público e da justiça con-

tra os poderes da Câmara municipal e também por causa do executivo que invadem o nosso poder.

À Câmara é dado um papel secundário de debate e homologação dos projetos que vem do executivo, cabendo ao vereador e ao deputado estadual uma função de limitada de legislar sobre poucas coisas.

Eu tenho procurado fazer um trabalho de fortalecimento po-lítico na Câmara Municipal. A mi-nha gestão é de unidade partidária baseada na proporcionalidade por-que tenho apoio de dos principais partidos da casa, o que dá uma es-tabilidade muito grande. Temos fei-to debates com o executivo e com

a justiça no sentido de que algum tipo de projeto a gente possa fazer. Também tenho me articulado com as Câmaras Municipais de todo o Brasil para realizar até o fim do ano um seminário para apresentar uma PEC que possa assegurar um poder razoável para o legislativo.

Penso que a constituição precisa ser aperfeiçoada para deixar mais claro as atribuições e o fortale-cimento do legislativo. Poder legislar sobre matéria tributária depende de uma Câmara forte e de uma PEC.

A ideia é elaborar uma PEC que, na verdade, retome ou pelo menos atribua poder real para o Legislativo municipal. Eu acho

ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, VEREADOR JOSÉ AMÉRICO

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que a Constituição não deixou cla-ro os papéis dos Poderes.

Como prioridade, eu vejo questões de que o Legislativo não possa atuar sobre questões adminis-trativas, mas eu digo que pode desde que não crie cargo para o Executivo, o que seria de fato uma distorção.

Nós podemos, sim, fazer projetos que gerem despesa, en-quanto isso não é feito, por enquanto estamos trabalhando no sentido de qualificar mais as comissões, estimu-lar debates e os vereadores para que apresentem seus projetos próprios. É um esforço no sentido da Câmara funcionar como tal. Ano passado, aprovamos um projeto muito impor-tante que é o alvará comissionado, a possibilidade de legislar sobre orga-nização econômica. Isso é um prece-dente importante porque ganhamos esse direito do ponto de vista legisla-tivo e, negociação com o executivo e também na justiça.

DM: Além dos partidos que fize-ram a coligação que elegeu o pre-feito Fernando Haddad, foi ne-cessário diálogo com os demais partidos para discutir o programa de Governo e sua implementação. De certa forma podemos dizer que temos um governo de coalizão na cidade de São Paulo. Como se deu essa construção e quais foram às dificuldades encontradas, tendo em vista as diferenças partidárias e conceituais quanto à forma de ges-tão na cidade?José Américo: A parte política do go-verno Haddad é muito bem feita. Ele próprio é um prefeito que prestigia muito o legislativo. Não estamos ten-do problemas nem com outros par-tidos que não apoiaram o Haddad porque ele apresentou um programa

de governo bem elaborado nas prin-cipais áreas para recuperar a cidade, a capacidade de investimentos, a ma-lha viária e o transporte da cidade. Capacidade de diálogo que ele tem.

Estamos votando agora pro-jetos importantes como a Operação Urbana Água Branca, que vai permi-tir a arrecadação de quase R$ 3 bi-lhões de reais pra investir na região oeste em obras de infraestrutura e de interesse social. A partir do dia 17/9 vamos começar a debater para vota-ção o Plano Diretor da cidade e em seguida a Lei de Zoneamento.

O Plano Diretor que o exe-cutivo está encaminhando pro Legis-lativo é um plano que já foi debatido com a população e chega revisado. O plano em linhas gerais estimula o desenvolvimento nas periferias e desestimula nas regiões centrais. A descentralização econômica do de-senvolvimento da cidade é um ganho no sistema de transporte. Estratégia de melhor organização da cidade.

Antes de votar, pretendemos fazer um grande debate com a socie-dade. Teremos algumas audiências públicas de caráter técnico e algumas nos bairros. E a Câmara pretende fa-zer umas quatro audiências públicas regionais, gigantescas, de massa. Se-rão bem grandes para sinalizar uma nova postura de participação na ci-dade. Eu pretendo convocá-las atra-vés de anúncios de tevê, na Globo, Record, Rede TV e outras emissoras, e também em rádio e jornal.

DM: Recentemente a Presiden-ta Dilma Rousseff esteve em São Paulo e anunciou investimentos do Governo Federal de R$ 8 bilhões em mobilidade urbana. O que re-presenta este investimento para a

cidade tendo em vista as limitações orçamentárias para investimento que São Paulo convive nos últimos anos?José Américo: Durante o governo Marta, o governo federal na ges-tão de Fernando Henrique Cardoso pouco ajudou porque o país viveu uma crise de financiamento público. Agora na gestão do governo do PT a situação era inversa, mas os governos Serra e Kassab não buscaram parce-rias. Na verdade não se interessaram pelos programas do governo federal como Minha Casa, Minha Vida, de Urbanização de Favelas, Creches e Mobilidade urbana.

Uma das bandeiras do pre-feito Haddad é a parceria com o go-verno federal. Agora com os R$ 8 bilhões de investimento do governo federal em São Paulo nas áreas de mobilidade urbana, habitação, ur-banização de favelas a cidade vai dar um grande salto de modernidade. A falta de investimentos nos últimos 8 anos provocou um grande atraso no desenvolvimento da nossa cidade.

DM: E como está a relação da Câ-mara Municipal com o Executivo aqui em São Paulo?José Américo: Muito boa muito boa. O Haddad é uma pessoa muito boa, ele tem uma experiência muito gran-de com o Legislativo. Ele tem muita experiência no Congresso Nacional, num ministério complexo (da Edu-cação) no qual ele precisava lidar com parlamentares do Brasil inteiro, então ele respeita, e isso é extraordi-nário, é excelente. Logo no começo do mandato a gente aprovou muitos projetos de vereadores, inclusive da oposição, e ele tem sancionado. A re-lação é muito boa, é muito saudável. Aqui não existe essa coisa de império do Executivo, mas existem limites.

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Em 10 de novembro deste ano, o Partido dos Trabalhadores realiza o Processo de Eleições Di-retas (PED). Método instituído desde 2001, através do qual os fi -liados elegem seus dirigentes a ní-vel nacional, estadual e municipal e zonal em todo o país de forma direta e democrática. Com mais de 1,5 milhão de petistas de car-teirinha, o PT é o único partido brasileiro que adota esse siste-ma de eleição.

Em São Paulo temos 131 mil fi liados, mas diferente do PED passado (2009) onde o fi lia-do podia pagar sua contribuição no dia da eleição, com as novas regras aprovadas pela Direção Nacional, todo fi liado para po-der estar apto, deveria estar quite

com sua contribuição partidária até 30 de agosto deste ano. Com isto a cidade de São Paulo tem 53 mil fi liados aptos a votar no dia 10 de novembro.

Para concorrer a Presi-dente nos 36 Diretórios Zonais foram inscritas 169 Chapas e 98 candidatos (as).

A novidade para esta elei-ção do PED em 2013, segundo o secretário de organização, Luiz Roque, é que mais uma vez o PT sai na frente ao estabelecer, 50% das vagas de direção às mulheres, 20% para jovens; além de uma cota destinada a negros e índios de 14% em SP na composição da direção, conforme aprovado no IV Congresso Nacional do PT.

Para Luiz Roque esse processo de eleição interna é muito importan-te para solidifi car a democracia do partido e dar transparência para a politica interna do PT.

E reforça: “O PT não é um partido de práticas tradicionais. Ele sempre inova na política, per-mitindo aos fi liados e militantes debater, deliberar, infl uenciar e escolher a sua direção e os ru-mos políticos do país. O PED é um processo que contribui com o crescimento do partido e é moti-vo de orgulho para todos nós”.Para disputa municipal do maior Diretório do PT, da maior cidade do país foram inscritos seis candi-datos a Presidente e nove Chapas para Direção Municipal:

PED 2013: Com as novas regras para este PED, a ci-dade de São Paulo tem 53 mil fi liados aptos a votar

A eleição para a escolha dos novos dirigentes dos diretórios Nacional, Estadual, Municipal e Zonais será em 10 de novembro.

600 UNIDADE NA LUTA - POR UM PARTIDO MILITANTE610 CONSTITUINTE POR TERRA, TRABALHO E SO-BERANIA620 ESQUERDA SOCIALISTA630 NOVO RUMO640 MENSAGEM AO PARTIDO650 PARTIDO É PARA TODOS NA LUTA SP660 PARTIDO DE LUTAS E DE MASSA680 CONSTRUINDO UM NOVO BRASIL - ARTICULAÇÃO DA CAPITAL690 FORA MALUF! VIRAR A ESQUERDA! REATAR COM O SOCIALISMO!

500 PAULO SERGIO MACIEL 510 BABI520 ISAIAS DIAS570 LUCIANO GARCIA580 PAULO FIORILO590 CAIO DEZORZI

CANDIDATOS

CHAPAS

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Vereador Alessandro Guedes (1° Mandato)

Alessandro Guedes, 32 anos, casado, é formado em Recursos Humanos e pós-gra-duado em Gestão Pública.

Iniciou sua militância social e política a partir de 1997, com apenas 16 anos de idade. Obteve suas primeiras vitórias quando participou como liderança nos movimen-tos populares que levaram melhoria para comunidades da Zona Leste. Participou de lutas por regularização fun-diária, urbanização, melhoria no atendimento da saúde, mo-vimento de juventude e pelo desenvolvimento da região de Itaquera.

Na mesma época in-gressou no Partido dos Tra-balhadores (PT). Foi diretor da Associação do Bem Estar Social dos Moradores do Jar-dim Vila Nova, delegado do Orçamento Participativo, aos 23 anos foi administrador do Parque Raul Seixas na gestão da prefeita Marta Suplicy, fun-dou a ONG Nova Atitude (que já ajudou mais de 4 mil pesso-as), em 2006 ingressou no gru-po político social Casa Rosada, que hoje é composto por várias lideranças, associações, conse-lheiros tutelares, movimentos populares e de Direitos Huma-nos da cidade de São Paulo, em 2007 foi eleito o mais jovem presidente do Diretório Zonal do PT em Itaquera e em 2010 se tornou membro do Diretó-rio Municipal do PT-SP.

Em sua primeira elei-ção, o vereador foi eleito com 26.142 votos.

Alguns Projetos de Lei:

PL 13/2013 - Institui o Programa de Atendimento à População em Situação de Rua integrado com os benefí-cios de atendimento habitacio-nal e de saúde.

PL 102/2013 – Institui a “Semana Municipal de Preven-

ção, Conscientização, e Combate ao uso de drogas

PL 358/2013 – “Dispõe sobre o corte no fornecimento de água tratada e de energia elétrica no Município, por falta de pagamento, nas sextas-feiras, sábados, domingos, feriados e no último dia útil que anteceder os feriados”.

O Projeto de Lei pro-íbe cortes de água e luz nas sextas-feiras, sábados, domin-gos, feriados e nas vésperas de feriados com o objetivo de evitar prejuízos à população menos favorecida.

PL 387/2013 – “Esta-belece diretrizes para institui-ção pela Prefeitura do Muni-cípio de São Paulo do Sistema Municipal de Monitoramento de informações sobre o sistema de Limpeza Urbana”.

O Projeto de Lei pre-tende instituir um sistema de monitoramento de informações referentes à limpeza urbana com o objetivo de que os dados nele reunidos contribuam no proces-so de planejamento, articulação, coordenação e execução de po-líticas públicas para a área de pre-servação do meio-ambiente e do bem-estar da população.

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Vereador Alfredinho (2 ° Man-dato)

Líder da bancada do PT na Câmara Municipal, vereador da cidade de São Paulo, reeleito com 36.634 votos, está em seu segundo mandato no parla-mento paulistano e é membro da comissão de Administração Pública.

Nascido em Oeiras (PI), é casado, pai de três filhas e há mais de 30 anos vive em São Paulo.

Atuou na fundação do PT e da CUT, destacou-se como liderança entre os tra-balhadores da Ford e foi eleito diretor do Sindicato dos Meta-lúrgicos do ABC, na gestão do atual prefeito de São Bernardo

do Campo, Luiz Marinho.

No PT, presidiu o DZ Capela do Socorro, foi Secre-tário de Movimentos Popula-res do Diretório Municipal e hoje responde pela Secretaria de Planejamento e Finanças da mesma instância.

Chefiou o gabinete da Subprefeitura da Capela do So-corro na gestão da ex-prefeita, hoje senadora, Marta Suplicy. Em 2004 aceitou o desafio de disputar as eleições, ficando na terceira suplência. Em 2008 foi eleito para seu primeiro man-dato, com 33.417 votos.

Na Câmara, apresentou 106 proposituras, entre títulos, decretos e importantes proje-tos de lei na área de transpor-te, meio ambiente, educação e cultura. Foi vice-presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, presidiu a da Crian-ça, Adolescente e Juventude e hoje é presidente da Comissão de Administração Pública. In-tegrou a Corregedoria da Casa e foi membro das CPIs dos Da-nos Ambientais e das Enchen-tes.

Os principais projetos do verea-dor Alfredinho são:

-O PL 01/2010, que já foi sancionado pelo prefeito Haddad, institui o Programa

Municipal de Equoterapia, dis-ponibilizando a terapia com animais para pessoas com de-ficiência ou mobilidade reduzi-da. Além de ser um tratamento extremamente caro, esta opção terapêutica faz muita diferença no cotidiano dessas pessoas.

-O PL 333/2013 cria a Casa de Cultura da região de Parelheiros, esta proposta visa divulgar a contribuição cul-tural da região de Parelheiros para a cidade de São Paulo.

-O PL 294/2013 possibi-lita a criação do Pólo de Ecotu-rismo da região de Parelheiros Marsilac e Ilha do Bororé, esta iniciativa valoriza esta região.

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Vereador Arselino Tatto (7º Mandato)

Eleito pela primeira vez em 1988, Arselino Tatto começa a desenhar sua trajetória ao partici-par da elaboração da lei orgânica do município.

De 1990 a 1994 atua como líder da bancada do PT, um manda-to que contribuiu densamente para o fortalecimento do partido na câ-mara. Em 1996, reeleito pela 3ª vez é o vereador mais votado do PT, algo que viria a se repetir no ano de 2000, quando com mais de 45.000 mil vo-tos torna-se o vereador mais votado do PT e o 4º mais votado na cidade.

Em 2003 um novo desafi o surgiu quando se tornou Presidente da Câmara Municipal. Com muita coragem e determinação realizou a

Reforma Administrativa, uma pro-posta engavetada há anos.

O trabalho intenso, reno-vador e revolucionário que realizou durante o período em que esteve na presidência o levou a um segundo mandato em 2004, ano em que tam-bém foi reeleito vereador pela 5ª vez.

É autor de inúmeras leis e projetos que benefi ciam toda a po-pulação, dentre elas Renda Mínima, Lei da Meia Entrada, Assédio Mo-ral, Ônibus Adaptados, Transporte Especial Atende, Ônibus Bibliote-ca, Banco de Alimentos, Isenção de IPTU para aposentados, Gratuidade nos serviços de sepultamento e exu-mação, dentre outras.

Atualmente é líder do Go-verno na Câmara, e referência no legislativo municipal, trabalha in-cessantemente para fazer da cidade de São Paulo um exemplo de admi-nistração a ser seguido pelas demais metrópoles.

Leis em vigor:

Renda Mínima: trata-se de um benefício mensal de até R$ 260,00 destinado às famílias de bai-xa renda que tenham fi lhos de até 15 anos, matriculados em escolas públicas.

Meia Entrada – Lei que ga-rante aos estudantes de cursos pré--vestibulares, ensino médio, técni-cos e universitários o pagamento de

50% do valor do ingresso em cine-mas, eventos culturais e esportivos.

Assédio Moral – Combate e pune a humilhação no local de tra-balho no âmbito da administração pública municipal.

Lei do Atende – Lei que cria um serviço gratuito de transporte especializado para pessoas portado-ras de defi ciências.

Isenção de IPTU para víti-mas de enchentes – Isenta do IPTU, taxas de conservação e limpeza aqueles que tiveram prejuízos cau-sados por enchentes.

Ônibus Adaptado – Lei que garante pelo menos um ônibus por linha adaptado para portadores de defi ciências.

Banco de Alimentos – Pro-grama que arrecada alimentos e dis-tribui às entidades assistenciais do município de São Paulo que estejam cadastradas no referido programa.

Gratuidade nos serviços de sepultamento e exumação: Duas leis criadas para garantir a gratuidade nos serviços de sepultamento e exu-mação para famílias de baixa renda.

Abrigos para mulheres

Lei que cria abrigos e cen-tros de referência destinados às mu-lheres vítimas de violências físicas e morais.

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Jair José Tatto é natural de Corbé-lia (PR) e nasceu em 17/06/1968.

Iniciou sua militância po-lítica na Zona Sul da cidade de São Paulo e está fi liado ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 1985.

No período de 1998 a 2001, foi Secretário de Organiza-ção Geral do Diretório Zonal do PT de Capela do Socorro. Foi co-ordenador da campanha majoritá-ria, em 2002, de Lula Presidente e Mercadante Senador.

Jair Tatto foi secretário geral, vice - presidente, secretá-rio de organização do Diretório Estadual do PT de São Paulo, coordenador do GTE (Grupo de Trabalho Eleitoral) nas elei-ções 2006 e responsável pela

elaboração do programa de go-verno do PT.

Sob a coordenação política organizacional de Jair Tatto, o PT ampliou sua atuação de 509 para 622 municípios; a gestão no Di-retório Estadual registrou o maior número de fi liações desde 1980, sendo realizadas mais de 60 mil novas fi liações, no ano de 2008, no Estado de São Paulo.

Com vasta experiência política, coordenou campanhas de vereadores da capital, deputados estadual e federal - inclusive dos irmãos: Arselino Tatto, Enio Tatto e Jilmar Tatto, o último, atual se-cretário municipal de Transportes da gestão Haddad.

Eleito em 2012, com 31.685 votos, exercerá pela primei-ra vez o mandato.

Projetos de Leis:

Projeto de Lei 85/2013- Dispõe sobre a criação do Bilhe-te Único Mensal - O Bilhete Único Mensal permitirá a eco-nomia aos usuários que utilizam diariamente o sistema público municipal de transporte, além do aumento da quantidade de horas que passará de 180 horas de transporte público para mais de 720 horas.

Projeto de Lei 139/2013- Institui o Programa Bolsa Creche que apoia mensalmente com re-cursos fi nanceiros, as mães que tenham fi lhos em idade de Educa-ção Infantil, nas despesas com cre-che e prestação de serviço similar.

Projeto de Lei 420/2013- Dispõe sobre a criação do Bilhete Ùnico Infantil - O Bilhete Único infantil proporcionará con-dições para que as crianças não se submetam ao constrangimento de passar por baixo da catraca do ôni-bus ou sobre esta, o que ocasiona transtornos à mesma, além do ris-co de acidentes dentro do veículo.

Considerando como pres-suposto que a criança em questão somente viaja no colo de seu res-ponsável, é entendimento que não há oneração ao sistema de trans-porte urbano e, portanto não fi ca caracterizada a inclusão de nova isenção na grade tarifária;

As crianças exercerão sua cidadania e garantirão a sua autoestima.

Projeto de Lei 583/2013- Dispõe aplicação de multa ao ci-dadão que for fl agrado jogando resíduos sólidos ou lixo de qual-quer substância ou objeto nos lo-gradouros públicos fora dos equi-pamentos destinados para este fi m e dá outras providências

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Vereador José Américo (4º man-dato)-

José Américo Dias é jor-nalista e vereador pelo quarto mandato.

Atualmente, é presiden-te da Câmara Municipal de São Paulo.

Trabalhou no Diário do Comércio, na Folha de S. Paulo e em outras publicações paulista-nas. Lecionou nos cursos de jor-nalismo da Faculdade de Comu-nicação Social Cásper Líbero e da UniSant´Anna.

Foi secretário de Abas-tecimento e de Comunicação da cidade de São Paulo, na gestão

da ex-prefeita, Marta Suplicy, e secretário de comunicação em Mauá, no ABC paulista.

Coordenou os programas de TV e Rádio das campanhas presidenciais de Lula, em 1989 e em 1998. Na gestão 2008/2009, José Amé-rico foi presidente do Diretório Municipal do PT da cidade de São Paulo.

José Américo prioriza em seu mandato a defesa dos direitos fundamentais do povo paulista-no, além da expansão do ensino profi ssionalizante para a juventu-de, projetos de habitação popular, defesa da micro e pequena em-presa e urbanização dos bairros mais carentes.

Alguns Projetos apresentados este ano:

Projeto de Lei Nº115/2013: altera o art. 12 da Lei 11.123, de 22 de novembro de 1991, que trata sobre o mandato dos membros dos Conselheiros Tutelares, acrescenta à redação do Art. 5º da Lei 13.116, de 09 de abril de 2001, que dispõe obre a remuneração dos Conselheiros Tutelares.

Projeto de Lei Nº 432/2013: dispõe sobre a amplia-ção do Rol de produtos e serviços

a serem oferecidos e comerciali-zados em bancas de jornal e revis-tas na cidade de São Paulo. A Co-missão de Constituição, Justiça E Legislação Participativa aprovou, na última quarta-feira (04/09), a Legalidade com substitutivo.

Projeto de Lei Nº 445/2013: Altera o art. 2º da Lei 15.720, de 24 de abril de 2013, que Regulamenta a Regularização Fundiária de Interesse Social do Município de São Paulo.

Projeto de Lei Nº484/2013: Disciplina a remo-ção de ocupações de cunho habi-tacionais realizadas em áreas pú-blicas do município de São Paulo.

ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Vereadora Juliana Cardoso (2° Mandato)

Descendente de indíge-na e militante do movimento popular, Juliana Cardoso nas-ceu e se criou em Sapopemba, na periferia da Zona Leste de São Paulo. Naquela região, de-senvolve um extenso trabalho voltado à defesa dos direitos da criança e do adolescente, à mo-radia e à cultura popular.

Na administração Mar-ta Suplicy, ela trabalhou na São Paulo Turismo (hoje SPTuris), com formação profissional e cultural dos jovens através da organização do Carnaval Pau-listano. Na Secretaria do Verde e Meio Ambiente, coordenou o

projeto cultural Usina de Idéias, que relacionou arte e meio am-biente.

Exercendo seu segundo mandato na Câmara Munici-pal, Juliana cumpre um manda-to popular através do “Gabinete Cidadão”, dando voz às reivin-dicações da periferia e dos mo-vimentos sociais.

Juliana é Presidenta do Diretório Municipal do PT de São Paulo e Presidenta da Co-missão de Direitos Humanos da Câmara Municipal. Também é integrante da Comissão Mu-nicipal da Verdade e da Saúde.

Projetos de Leis da Vereadora Juliana Cardoso

Aprovados

PL 349/2009 - Instituiu o Programa Mãe Canguru que estabeleceu diretrizes a serem adotadas pelos hospitais e ma-ternidades no atendimento ao recém-nascido pré-termo e/ou de baixo peso. Aprovado na Câ-mara em 2009 foi sancionado pelo executivo e se tornou Lei.

PL 382/09 – Instituiu o Conselho Municipal Indígena com o objetivo de subsidiar a

elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação da política municipal de aten-ção aos povos indígenas.. Apro-vado, foi sancionado pelo exe-cutivo e se tornou Lei em 2010.

Em tramitação

PL 542/2009 – Institui o Programa Centro de Parto Normal-Casa de Parto, que es-tabelece condições para a rea-lização de parto humanizado e fora do ambiente hospitalar. Já aprovado em 1ª votação na Câ-mara.

PL 359/2013 – Institui a inclusão de Obstetrizes nos serviços da rede municipal, vi-sando a sua atenção benéfica na atenção à mulher e na humani-zação da assistência durante a gestação, parto e pós-parto. Em análise nas Comissões da Câ-mara.

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Vereador Nabil Bonduki (2° Man-dato)

Nabil Bonduki é pro-fessor titular do Departamento de Planejamento da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU--USP). É mestre e doutor em es-truturas ambientais urbanas e livre-docente em planejamento urbano pela Universidade de São Paulo, onde é professor de arqui-tetura e urbanismo desde 1986. Foi superintendente de habitação popular da prefeitura de São Pau-lo no governo de Luiza Erundina (1989-1992). Em 2011, exerceu a função de secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente. Foi vereador de São Paulo nas le-gislaturas de 2001-2004, quando

atuou como relator do Plano Di-retor Estratégico (2002). Voltou à Câmara Municipal para a legisla-tura 2013-2016.

Projetos de Lei

Projetos 24 horas - É um conjunto de três projetos de lei para criar políticas públicas para adequar a cidade de São Paulo para funcionar 24 horas, com acesso à cultura, ao espor-te e ao lazer. São propostas para ampliar a utilização dos equipa-mentos municipais, como par-ques, bibliotecas, CEUs e teatros em horário estendido; criar ruas de lazer no período noturno; e garantir a circulação ininterrup-ta do transporte público em toda a cidade.

Vai Comunica - O pro-jeto de lei é para fomentar a produção e difusão de conte-údo jornalístico e informativo no âmbito do município, con-tribuindo com a democratiza-ção da comunicação. O PL cria o Programa para a Valorização de Iniciativas de Comunicação Social - VAI Comunica -, que oferecerá apoio fi nanceiro para iniciativas veiculadas por meio de rádios e TVs comunitárias, mídias livres, blogs, sites, revis-tas e jornais sem fi ns lucrativos.Praças - O projeto de lei de Gestão Participativa das Praças fi xa crité-

rios para revitalização e gestão de praças na cidade, com parcerias entre poder público, comunidade e setor privado. E prevê a criação de um cadastro das praças de São Paulo.

VAI 2 - O projeto altera o Vai - Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais - e propõe duas modalidades de apoio às atividades artístico-culturais no âmbito da Secretaria Municipal de Cultura. Esse programa ofere-ce apoio técnico e fi nanceiro para grupos ou coletivos que desenvol-vam atividades culturais priorita-riamente em áreas periféricas.

Participação Comissões e Frentes Parlamentares

-Membro da Comissão Perma-nente de Política Urbana, Metro-politana e Meio Ambiente-Presidente da Subcomissão da Juventude da Comissão Extraor-dinária Permanente da Criança, Adolescente e juventude.

-Presidente da Frente Parlamen-tar em Defesa da Cultura-Secretário da Frente Parlamentar pela Sustentabilidade-Relator da Frente Parlamentar de Apoio e Acompanhamento do Arco do Futuro-Vice-presidente da Frente Parla-mentar em Defesa da Mobilidade Humana.

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Vereador Paulo Fiorilo- 2° Mandato)

Paulo Fiorilo foi eleito vereador em 2012 com 27.805 votos.

Nascido em Araraqua-ra (SP), mudou-se para a Zona Leste de São Paulo em 1984. Nos anos seguintes, foi presi-dente do DZ de São Mateus, secretário e vice-presidente do Diretório Municipal e dirigente estadual do PT.

Durante 14 anos, foi chefe de gabinete do Legislativo paulistano, até ser convidado a assumir a chefia de gabinete da prefeita Marta Suplicy, a partir de 2003. Em 2004, foi eleito ve-

reador e, no ano seguinte, tam-bém se elegeu presidente do Diretório Municipal do PT.

Formado em filosofia e mestre em ciências políticas, Fiorilo é professor da rede mu-nicipal de ensino de São Paulo. Também foi diretor da Funda-ção Perseu Abramo, espaço do PT destinado à reflexão política e ideológica.De 2009 a 2012, Fiorilo foi se-cretário de Administração de Osasco (SP) na gestão do pre-feito Emídio de Souza, em uma gestão inovadora que promo-veu ações para melhorar a efi-ciência do serviço público e do atendimento ao cidadão, a for-mação e capacitação dos fun-cionários públicos.

Atuação

CPI do Transporte - Paulo Fiorilo preside a CPI do Transporte Coletivo, iniciada em junho com o objetivo de discutir as planilhas de custos e a qualidade do sistema pau-listano. Ao fi nal, a comissão vai apresentar importantes suges-tões ao Executivo para a próxi-ma licitação, a fi m de contribuir com a melhoria da qualidade e a redução do custo da operação.

Finanças e Orçamen-to – O vereador é membro da

Comissão de Finanças e Orça-mento, uma das mais impor-tantes da CMSP, em razão da discussão da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) - da qual foi relator no primeiro semes-tre -, do Plano Plurianual e do Orçamento Municipal.

Meio Ambiente - Paulo Fiorilo também é membro da Comissão Extraordinária de Meio Ambiente, na qual tem pautado discussões sobre áreas contaminadas na cidade e so-bre a implantação do Rodoanel Norte.

Arco do Futuro – Pre-side também a Frente Parla-mentar de Apoio e Acompa-nhamento do Arco do Futuro, criada no mês de abril e que já realizou reuniões com o secre-tário municipal de Desenvol-vimento Urbano, Fernando de Mello Franco, com o Secovi-SP, com a SPTrans, o secretário municipal de Finanças, Marcos de Barros Cruz, e a Secretaria Municipal de Educação.

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Vereador Reis (1º mandato)

Paulo Batista dos Reis, formado em Direito pela Universidade São Fran-cisco, é militante do PT há mais de 20 anos.

Iniciou sua vida profi ssional na CMTC,.

Durante a gestão Marta Su-plicy, na Secretaria de Governo, Reis colaborou na implementação das subprefeituras, do Bilhete Único, da distribuição de uniformes e mate-riais escolares e dos CEUs.

Na assessoria do deputado Rui Falcão, na Assembleia Legis-lativa, Reis coordenou as ações de regularização fundiária e defesa da universalização do saneamento bá-sico, além de acompanhar as ações

dos movimentos sociais. Políticas de inclusão social, combate ao racismo, defesa da edu-cação pública de qualidade, da cul-tura e do esporte são bandeiras que Reis vem defendendo na Câmara Municipal de São Paulo, onde atua como presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, pre-sidente da CPI dos Estacionamentos e membro da Comissão Especial de Segurança Pública.

Alguns dos Projetos de Lei apresentados

PL 11/13 – Estabelece o ensino obrigatório de música nas escolas. Debatido em duas audiên-cias públicas em que compareceram autoridades, especialistas em educa-ção, músicos e o público em geral, o projeto teve sua importância reco-nhecida para a melhoria da quali-dade da educação, a valorização da escola como espaço de socialização e para o aprendizado dos valores da cidadania. O projeto já foi aprovado em primeira votação.

PL 12/13 – Regulamenta a iniciativa popular por meio da rede mundial de computadores no mu-nicípio de São Paulo. O projeto fortalece a democracia e moderniza o processo legislativo, colocando-o em sintonia com a reivindicação so-cial de novas formas de participação

no processo legislativo e propõe que as assinaturas de apoio aos projetos de iniciativa popular sejam colhidas por meio da rede mundial de com-putadores.

PL 46/13 – Institui o Fundo Municipal de Cultura de São PauloCom essa propositura, o mandato objetiva dotar a cultura de um fun-do constituído de recursos públi-cos oriundos de diferentes fontes, que contemple todos os segmentos culturais. A proposta é inovadora e difere de outras iniciativas em vigor ou projetos de lei apresentados, por possibilitar que diferentes produ-tores culturais individuais, empre-sas, instituições sem fi ns lucrativos, além de cooperativas e associações tenham acesso aos recursos desse fundo, sem que dependam de cap-tação ou incentivos fi scais para o in-vestimento.

PL 108/13 – Institui a políti-ca de prevenção e combate ao câncer de ovário no município de São Pau-lo. O câncer de ovário é considerado o “câncer silencioso”, pois os seus si-nais, em geral, são confundidos com os sintomas de outras doenças. Em 75% dos casos, quando é detectado, já está em estágio avançado, difi -cultando o tratamento e cura. Daí a importância deste projeto de lei que propõe uma política de prevenção que inclui exames para o diagnósti-co precoce, atendimento humaniza-do e multidisciplinar.

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ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

Vereador Senival Pereira deMoura (2 º Mandato)

Nasceu em Batalha, cidade do estado de Alagoas, em 27 de abril de 1965. Chegou a São Paulo em 1977 e se enraizou em Guaianases,. Senival Moura é casado e pai de dois fi lhos.

Na década de 80, trabalhou no transporte de passageiros pelo sistema de lotação. Inclusive foi um dos fundadores do Sindilotação (Sin-dicato dos Proprietários de Veículos Profi ssionais Autônomos que traba-lham no Transporte de Passageiros através de Lotação em São Paulo e Grande São Paulo) – entidade da qual é o atual presidente.

Senival Moura é fi liado ao Partido dos Trabalhadores (PT) des-de 1984 . Desenvolve um trabalho social, principalmente nas regiões

mais carentes da Zona Leste, Norte e Oeste. Senival Moura foi candidato a deputado Estadual em 2002, poste-riormente (2004) pleiteou uma vaga à Câmara Municipal, fi cando com a primeira suplência. Em 1º de feve-reiro de 2007 assumiu o mandato de vereador e em 2008 foi reeleito com 66.139 votos, sendo o vereador do PT mais votado.

Em 2012, foi reeleito com 46.524 votos e é o atual presidente da Comissão de Transito e transporte na Câmara Municipal de São Paulo, a qual, tem, dentre as várias competên-cias, a de opinar sobre proposições e matérias relativas à disciplina das ati-vidades econômicas desenvolvidas no Município de São Paulo.

PL Nº 184/2006. O projeto tem como principal fun-damento aperfeiçoar o Sistema de Transpore Coletivo Urbano de Pas-sageiros do Município de São Paulo, propiciando padrões de qualidade, efi ciência e segurança com uma me-dida simples e barata, ou seja, o in-vestimento de 10%, por parte do Po-der Executivo, das multas aplicadas com base no RESAM - Regulamento de Sanções e Multas,.. O projeto foi aprovado em primeira e segunda votação, entretanto, foi vetado pelo então Prefeito Kassab, sob a simples alegação de que tal projeto cabe ao Prefeito.

PL Nº 697/2009. Trata-se de projeto de lei que visa alterar o artigo 1º da Lei nº 11.775, de 29 de maio de

1995, cuja fi nalidade é de permitir que parcelamentos do solo para fi ns urbanos, implantados irregularmen-te no Município de São Paulo até 31 de dezembro de 2008, possam ser re-gularizados.

Isso porque a regularização urbanística outorgará às famílias o direito à moradia digna, possibili-tando, também, o lançamento do Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU nas áreas regularizadas, aten-dendo aos interesses de toda a socie-dade e concretizando o Princípio da Função Social da Propriedade.

PL Nº 561/2006. A cidade de São Paulo sofre com o dilema dos Bens Públicos, pois não exis-te iniciativa da sociedade que va-lorize os bens da Municipalidade, do Estado e da União. Tais bens, frequentemente são alvos de van-dalismo e, por conta de sua impor-tância é imprescindível para sua preservação e consequente valo-rização dos recursos arrecadados através dos tributos, a difusão da conscientização na conservação do patrimônio público, motivo pelo qual, o PL nº 561/2006 dispõe sobre a Semana de Educação sobre os Bens Públicos na Rede Munici-pal de Ensino de São Paulo.

O projeto foi aprovado em primeira e segunda votação e, vi-rou lei a partir do dia 21 de maio de 2007, por advento da Lei nº 14.405 de 2007.

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Vereador Vavá do Transporte (1° Mandato)

Valdemar Silva, o popular Vavá, casado, tem mais de 35 anos dedicados à categoria dos Trans-portes Urbano da Capital. Come-çou como cobrador e, posterior-mente, ocupou outros cargos em diversas empresas, entre as quais a CMTC.

Nesta longa trajetória sempre teve como princípios o Trabalho, a Luta e a Obstinação, que foram os responsáveis por inúmeras conquistas. Na catego-ria, ele esteve sempre na linha de frente das principais lutas sindi-cais, como cipeiro, integrante da Comissão de Garagem, delegado, diretor de base e, por quase oito anos, ocupou a função de diretor

da Secretaria de Atividades So-ciais, Esporte e Lazer do Sindicato. Toda essa atuação levou Vavá a ocupar lugar de destaque no livro da história gloriosa do Sindicato dos Condutores de São Paulo e, consequentente, foi a sua porta de entrada para a vida polí-tica.

Vavá fi liou-se ao Partido dos Trabalhadores (PT) em setem-bro de 2011 por ser o partido que tem propostas políticas que vão de encontro com a luta da categoria de transportes e também com o trabalho social desenvolvido pelo sindicato, por meio do Grupo Res-gate, principalmente, com adoles-centes e com a terceira idade. Por todo esse trabalho, Vavá foi indi-cado pela categoria para ser can-didato a vereador pela cidade de São Paulo no pleito de 2012, sendo eleito com 29.242 votos.

Alguns projetos de Lei:

PL 153/2013 – Dispõe so-bre a Escola de Formação de Tra-balhadores do Transporte Público – “Garagem Escola” no município de São Paulo(Em tramitação).

PL 154/2013 – Dispõe so-bre condições sanitárias e de con-forto nos locais de trabalho a céu aberto dos motoristas e trabalha-dores em transporte rodoviário urbano.(instalação de espaço de descanso nos fi nais do ponto de ônibus com infra-estrutura).

Obs: Aprovado - Lei 15.774/2013

PL 205/2013 – Dispõe so-bre vestuário padronizado aos tra-balhadores do transporte público rodoviário urbano no município de São Paulo. (Uniformes)Em tramitação

PL 327/2013 – Dispõe so-bre a regulamentação da venda de dispositivo de alarmes sono-ro e iluminação intermitente em veículo automotor, no âmbito do Município de São Paulo e dá ou-tras providências.Obs: Tramitando na Comissão de Política Urbana.

Comissões:

Membro:Comissão Permanente de Trânsi-to, Transporte, Atividade Econô-mica, Turismo Lazer e Gastrono-mia.Comissão Extraordinária Perma-nente de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente e da Ju-ventude.

CPI:

CPI do Estacionamento – averi-guar irregularidades no funciona-mento de estacionamento de veí-culos na cidade de São Paulo.

ATUAÇÃO DA BANCADA DE VEREADORES DO PT NA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO

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Prefeito Haddad e secretários munici-pais se reuniram com integrantes do movimento ‘Território Funk’ para

discutir apoio no reconhecimento do valor cultural do funk

A Prefeitura de São Paulo, por meio de um trabalho Inter setorial, pro-moverá ações para diminuir a criminaliza-ção sofrida pelo movimento do funk e aju-dar no reconhecimento do valor cultural do estilo musical. O anúncio foi feito pelo prefeito Fernando Haddad, em reunião com integrantes do movimento ‘Território Funk’. Mais de 60 pessoas participaram do encontro, que foi a primeira abertura de diálogo da história entre a administração municipal e os representantes do estilo.

A intenção da Prefeitura é repe-tir ações como a que foi promovida quan-do o município apoiou com infraestrutura um evento na Vila Natal, na Zona Sul, co-locando a manifestação artística em local adequado, oferecendo segurança aos fre-quentadores e sem incomodar os vizinhos.

Além disso, outras ações de apoio ao funk ainda serão desenvolvidas em diálogo com os movimentos popula-res. Na reunião, Haddad recebeu o pro-jeto nomeado ‘Território Funk’ que, além de ações de apoio à manifestação cultural, ainda propõe a criação de oficinas, pales-tras e ações sociais, usando o estilo musi-cal como mote. “Temos que continuar com es-

sas experiências, sem pretender em uma semana arrematar um projeto e congelar. Não temos nenhuma intenção de tutelar nada e nem ninguém. Nossa ideia é dar su-porte e ambiente para que as coisas aconte-çam”, disse o prefeito Fernando Haddad.

Participaram do encontro os se-cretários Juca Ferreira (Cultura), Netinho de Paula (Promoção da Igualdade Racial), Celso Jatene (Esportes, Lazer e Recreação), Chico Macena (Coordenação das Subpre-feituras), Roberto Porto (Segurança Urba-na), César Callegari (Educação) e Rogério Sottili (Direitos Humanos e Cidadania).

“Essa experiência de sucesso serviu para estudarmos um formato para que vire uma política pública dessa gestão”, disse o secretário Netinho de Paula.

- Movimento Funk -

Além de reiterar apoio para ga-rantir as manifestações artísticas, a Pre-feitura abriu espaço para ouvir pleitos e sugestões de integrantes do movimento ‘Território Funk’. Grupos que reúnem ar-tistas e ações sociais em prol do estilo mu-sical, como a Liga do Funk e a Liga dos DJ’s puderam dar suas contribuições, que serão avaliadas por diversas secretarias e pode-rão ajudar na construção de uma convi-vência melhor entre a sociedade e o funk.

A família do MC Daleste, assas-sinado este ano em cima do palco, também participou da reunião. ”Enxergo esse mo-mento em que o prefeito nos recebe como uma nova era do funk. Chegou a nossa hora e nossa presença aqui, com voz, mos-tra que a morte do Daniel (MC Daleste) não foi em vão”, disse Carolina Sena, irmã do cantor. O irmão de Daleste, o MC Pet cantou a música ‘Nossa História’ em ho-menagem ao artista.

”O que as pessoas chamam de pancadões é a pessoa que pega o carro com som, abre o porta-malas e colo-ca sua música. Os jovens vão ali, ficam juntos e dançam, mas isso é porque não tem outro lugar para lazer. Precisamos discutir o lazer dos jovens na periferia”, afirmou o DJ Xenon.

”Pela primeira vez, uma Pre-feitura abre o espaço para que o funk possa mostrar seu valor. Nem mesmo no Rio de Janeiro, esse espaço foi dado”, exaltou Teles, integrante da Liga do Funk.

”As pessoas tem preconceito e dizem que o funk é machista e se-xista, mas não é o funk que é machista e sexista. O mundo é que é. Não foi o funk que inventou isso e isso mostra o preconceito e a discriminação que so-fremos”, comentou MC Claudinho da Favela Monte Azul, no Jardim São Luiz.

Prefeitura abre diálogo para fortalecer o conhecimento cultural do funk

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Entrevista com a Secretária Muni-cipal de Combate ao Racismo do Diretório Municipal do PT-SP e

assessora técnica da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Cátia Cristina Dias da Silva.

DM- Como aconteceu essa aproximação do Funk com o Governo Municipal?

C: Essa aproximação se deu a partir de uma reunião no governo onde surgiu a demanda de resolver o problema dos cha-mados pankadões. Foi quando o nosso prefeito Fernando Haddad se posicionou a favor dos jovens de periferia, afirmando que é dever do poder público dar oportu-nidades e condições de lazer e cultura aos mesmos. Ele designou para o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Chico Macena, que conduzisse a conversa com a nossa secretaria de Promoção da Igualda-de Racial e as demais parceiras para jun-tos pensarmos como trabalhar com esses jovens que estão nesse segmento musical.

A SMPIR mobilizou então uma reunião com as principais lideranças do movimen-to funk, onde realizamos uma primeira reunião para pensarmos o formato das ati-vidades e também elaborar um calendário de reuniões, onde construímos um ousado projeto para a juventude de periferia inti-tulado “TERRITÓRIO FUNK”.

DM: Quais as políticas que podem ser implantadas para promover essa cultura

popular e de que forma a prefeitura pode colaborar?

C: As políticas podem ser diversas, desde organizar bailes nas periferias de nossa cidade até qualificar e preparar o jovem para o mercado de trabalho. Por isso, a iniciativa da prefeitura será efetiva com a cooperação das demais secretarias, prin-cipalmente a de Igualdade Racial, Direitos Humanos e Cultura. Não podemos es-quecer a importância que a secretaria de Coordenação das Subprefeituras possui, pois é ela quem ajuda no diálogo com as subprefeituras que estão nos diversos ter-ritórios, cada uma tem sua especificidade.

DM: Quais serão os benefícios?

C: Os benefícios podem ser inúmeros, mas o principal é o reconhecimento e empode-ramento dos jovens da periferia, utilizan-do o seu próprio território e o que mais ele gosta de fazer.

DM: Como acontecem hoje esses movi-mentos na periferia da cidade?

C: Quando a prefeitura entrou com a par-ceria, esses jovens se sentiram parte da so-ciedade (segundo relato dos mesmos), daí passou a promover diálogos nas subpre-feituras entre movimento funk, sociedade civil e poder público.

No início foi um pouco impressionante, assustador, pois identificamos que havia

muitas críticas de todas as partes, mas in-sistimos em realizar no mínimo três reu-niões em cada sub, onde tivemos sucesso, pois sugerimos a criação de uma comissão onde os moradores participaram junto com os jovens e poder público na constru-ção de dois eventos piloto, que foram rea-lizados na zona sul da cidade de São Paulo, nos dias 22 e 28 de julho de 2013.

DM: Com essa parceria, funk e prefeitu-ra podem ajudar a divulgar essa cultura?

C: Sim muito. Além de ajudar a divulgar acredito que o mais importante é a oportu-nidade que a prefeitura está dando para o crescimento profissional, cultural e artísti-co desses jovens, por exemplo, os Danados, um grupo de funk que além da música têm dançarinos, fazendo passinhos e co-reografias, esses jovens foram lançados no segundo Baile do TERRITÓRIO FUNK e hoje está a pelo menos quatro semanas indo ao Programa Super Pop com o apoio e acompanhamento de A Liga do Funk, uma organização não governamental, res-ponsável por organizar o movimento funk e que também está junto com a Governo Municipal nessa ousada empreitada.

DM: O que pode mudar e ajudar?

C: No meu ponto de vista não devemos mudar nada, o prefeito quando recebeu o movimento funk se mostrou supersensível e parceiro da causa.

Prefeitura abre diálogo para fortalecer o conhecimento cultural do funk

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