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O A MELHOR INFORMAÇÃO DA ACTUALIDADE NACIONAL, MUNDIAL E DESPORTIVA 7 de Janeiro de 2012 - Nº 9 Revista em-linha das comunidades portuguesas MÁX -2ºC MIN -7ºC DOMINGO MÁX -3ºC MIN -13 ºC SEGUNDA FEIRA MÁX 1ºC MIN -6ºC TERÇA FEIRA MÁX 1ºC MIN -7ºC QUARTA FEIRA MÁX 1ºC MIN -4ºC QUINTA FEIRA Semanal Português SEXTA FEIRA MÁX -2ºC MIN -10ºC

Revista O Semanal Portugues #9

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Foi lançada a 1ª edição (29 de Outubro) a revista, O Semanal Português. Como tema em destaque: noticias, vidas, lazer, desporto, viagem, comunidades atraves do mundo e muito mais. Totalement gratuito.

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  • OA melhor informAo dA ActuAlidAde nAcionAl, mundiAl e desportivA

    7 de Janeiro de 2012 - n 9

    revista em-linha dascomunidades portuguesas

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  • O Semanal Portugus

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    le journal hebdomadaire portugais

    diteurMarie MoreiradirectriceNatrcia RodriguesAdministrAteurMarie MoreirardActeur-en-chefAnthony NunesinfogrAphisteMario Ribeiro

    OSemanal Portugus

    Hebdomadaire tout les dimanchesFond le 29-10-2011Tl.: (514) 299-1593

    E-mail: [email protected]

    Tous droits rservs. Toute re-production totale ou partielle est strictement interdite sans notre autorisation crite. Les auteurs darticles, photos et illustrations prennent la responsabilit de leurs crits.

    editoriAl

    Palavras de boas-vindas

    collAborAteursJessica de S (E-U)Sofia Perptua (E-U)Avelino Teixeira (Toronto)

    correspondAntsAntnio Lobo AntunesJoel NetoJos Carlos de Vasconcelos

    fotogrApheJos Rodrigues

    Natrcia Rodrigues

    Jamais haver Ano novo, se continuarmos a copiar os erros dos anos velhosAinda cheira a Natal, mas agora a

    festa outra. No dia 31 de Dezem-bro de 2011, quando os ponteiros

    do relgio se juntarem, j ser um Novo Ano! 2012! geralmente no princpio de cada

    novo ano que fazemos uma lista de boas intenes. Se no temos no entanto a inteno de a executar, no preciso faz-la para depois apenas arquiv-la na gaveta, como tambm no precisa chorar de ar-rependido pelas maluquices con-cludas nem parvamente acreditar que por decreto de esperana a partir de Janeiro as coisas mudem e seja tudo esplendor, reconheci-mento e justia entre os homens e as naes. Junte a famlia e os amigos, faa

    desta passagem de ano um momen-to nico de alegria por estar com a sua Gente, de partilhar emoes e afectos, e de esperana renovada de ondas positivas. Cada um de

    ns tem seu jeito de lidar com as reminiscncias, com suas vivn-cias do passado. Lembrar como foi aquela experincia alegre e pensar como foram tristes alguns momen-tos pode ajudar-nos na elaborao de nossa esperana e de nossas atitudes neste tempo novo. A cami-nhada ao passado, a visita aos bons e maus momentos um exerccio que cada pessoa pode experimen-tar se est disposta a aprender e a reconhecer valores e falhas. O olhar para trs no deve ser visto como um olhar de quem despreza o que viveu, mas um olhar cheio de gratido por tudo o que viveu e o

    que lhe foi permitido viver e fazer pela graa divina. Que as realiza-es alcanadas este ano, sejam apenas sementes plantadas, que sero colhidas com maior sucesso no ano vindouro.

    Que as realizaes alcanadas noano de 2011, sejam apenas se-mentes plantadas, que sero co-lhidas com maior sucesso no ano vindouro de 2012. Que a lua e as estrelas emprestem um pouco de seu brilho, para iluminar esse Ano Novo, e que todos tenhamos asas de guia para voar bem alto na construo de um futuro melhor.Em cada dia de nossa vida, apren-

    demos com nossos erros ou nossas vitrias, o importante saber que todos os dias vivemos algo novo. Que no Novo Ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e espe-rana, pois a vida uma ddiva e cada instante uma bno de Deus. Que este Ano Novo seja de confraternizao e momentos especiais. Que todos tenham um 2012 abenoado e que os 365 dias, sejam vividos na sua totalidade em busca da Paz, da Felicidade, da Compreenso, das Conquistas e muita prosperidade. Feliz Natal e Feliz Ano Novo! Se chovesse felicidade, eu lhe desejaria uma tempestade. Feliz Ano Novo! So estes os votos de Natrcia e Jos Rodrigues.

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    ActuAlidAde

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    combAte corrupo

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    estAdos unidosestAdos unidos

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    culturAfado interpretado por camanpr-nomeado para os scares

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    fado interpretado por camanpr-nomeado para os scares

    O fado J no estar, interpretado por Caman no documentrio Jos & Pilar , de Miguel Gon-alves Mendes, foi pr-selecionado para o scar de melhor cano ori-ginal, anunciou hoje a Academia que atribui os prmios.

    A Academia de Artes e Cincias Cinematogrficas dos Estados Unidos anun-ciou a lista de 39 temas candidatos a uma nomea-o para o scar de me-lhor cano original e o fado J no estar, com letra de Manuela de Frei-tas e msica de Jos Mrio Branco, interpretado por Caman, foi seleccionado.O fado integra o docu-

    mentrio Jos & Pilar, que Miguel Gonalves Mendes fez sobre o escri-tor portugus, Nobel da Literatura em 1998, sobre o processo criativo, sobre a relao com a mulher, Pilar del Ro, com os leitores e com o mundo.Documentrio candidato

    a Melhor Filme Estran-geiro

    Grande parte da banda so-nora do filme portugus foi composta por David San-tos (noiserv), mas inclui ainda temas interpretados por Caman, Paco Ibaez, Pedro Granato ou Adriana Calcanhoto, e j foi editada em CD.A pr-seleco desta

    cano acontece semanas depois do Fado ter sido considerado Patrimnio

    Imaterial da Humanidade pela UNESCO.A academia divulgou ain-

    da a lista das 265 longas-metragens aceites para uma possvel nomeao para o scar de Melhor Filme, e dela faz parte o documentrio de Jos & Pilar, por cumprir os re-quisitos, como ter tido es-treia comercial nos Estados Unidos e ter estado pelo menos sete dias consecuti-vos em cartaz.O documentrio ainda

    o candidato de Portugal a uma nomeao para o scar de Melhor Filme Estrangeiro. A 84. edio dos scares decorrer a 26 de Fevereiro em Los Ange-les, Califrnia, mas os no-meados sero divulgados a 24 de Janeiro. Expresso

    Coordenado porNatrcia Rodrigues

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    O Semanal Portugusnotcias

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    dossi sade:Anorexia

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    sade

    Anorexiadossi sAude:

    A anorexia nervosa, tam-bm simplesmente conhe-cida como anorexia, um transtorno alimentar que provoca no indivduo tan-to medo de ganhar peso e/ou gordura corporal que ele(a) limitar severamen-te a quantidade de comida que ingere. Por vezes, os anorxicos tambm fa-zem exerccio em excesso, numa tentativa de queimar as calorias que ingeriram, para no ganharem peso extra. Mesmo quando se desgastam fisicamente, e os outros os acham doen-tiamente magros, os anor-xicos ainda acham que os seus corpos so muito pe-sados e continuam a comer to pouco quanto possvel. Infelizmente, sem nutrien-tes suficientes para os ali-mentar, os rgos internos de um anorxico podem falhar, podendo da resultar a morte.Sinais de AnorexiaRaramente um anorxico

    reconhece o seu transtorno alimentar e procura ajuda, portanto cabe muitas ve-

    zes a familiares e amigos que suspeitam de anorexia nervosa procurar ajuda de profissionais. Muitos dos sinais que indicam anore-xia incluem: Contagem obsessiva de

    calorias; Saltar refeies; Brincar com a comida

    no prato em vez de comer; Esconder comida (num

    guardanapo, debaixo de uma travessa, etc.) para evitar com-la; Mentir quanto a j ter

    comido, numa tentativa de evitar uma refeio; Ingerir apenas um de-

    terminado tipo de comida; Fazer exerccio em ex-

    cesso, particularmente de-pois de uma refeio, ou para abrir o apetite; Perda dramtica de peso; Excessivo interesse em

    questes relacionadas com peso, imagem corporal e jejum; Vestir (para esconder o

    corpo) roupa larga ou dis-forme; Baixos nveis de energia; Doenas frequentes; Sono excessivo;

    Reduzido ou inexisten-te apetite sexual.Diagnstico da Anore-

    xiaUm diagnstico de ano-

    rexia s pode ser feito por um mdico qualificado, habitualmente um psiquia-tra. Para diagnosticar ano-rexia tm de surgir quatro critrios de diagnstico. Os critrios padro para o diagnstico de anorexia in-cluem a recusa do indivduo em manter um peso corpo-

    ral apropriado para a sua altura e idade (normalmen-te 15% abaixo da mdia), um medo intenso de ficar gordo ou com excesso de peso, mesmo quando magrssimo, uma falta de auto-confiana relaciona-da com uma auto-imagem distorcida e a perda de pe-rodos menstruais durante pelo menos trs meses (ob-viamente no includo no diagnstico masculino). Se a anorexia diagnosticada de acordo com critrios de doena mental, um anor-xico tambm precisar de um exame fsico completo para determinar a extenso da doena ou da injria que

    foi causada por esta trans-torno alimentar.Obter Ajuda e Trata-

    mentoAnorxicos gravemente

    afectados ao nvel do fsi-co podem precisar de ser tratados num hospital resi-dencial ou clnica e voltar a ganhar fora antes de efec-tivamente iniciarem o tra-tamento do seu transtorno alimentar. No h sistema ou cura reconhecida para a anorexia, mas os trata-

    mentos podem incluir uma mistura de aconselhamen-to/terapia, aconselhamento familiar/terapia, terapia cognitivo-comportamental (para mudar o tipo de co-mida ingerida, bem como comportamentos alimenta-res e/ou tipo de exerccio fsico desenvolvido), o re-curso a grupos de apoio ou terapia de grupo, e acon-selhamento e planeamento nutricional. Raramente se utiliza medicao no tra-tamento da anorexia, a no ser que seja receitada para tratar condies associadas depresso.A anorexia um transtor-

    no alimentar comum mas altamente perigosa que pode ter efeitos duradouros na sade fsica e mental do indivduo. Muitos anorxi-cos no reconhecem a sua transtorno alimentar como prejudicial, e menos ainda procuram diagnstico e tra-tamento por sua iniciativa. Em vez disso, so muitas vezes a famlia e amigos que intervm para procurar ajuda para a anorexia antes que algum dano irrevers-vel ocorra.

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    dossi sAude en frAncsJouets toxiques : une ombre plane sur nol!Phtalates, plomb ou nitro-

    samines autant de subs-tances chimiques poten-tiellement cancrignes se cachent dans les jouets de

    nos enfants ! Du maquillage aux retardateurs de flamme des jeux lectroniques, des jeux en bois ceux en plas-tiqueSi le bisphnol A est interdit dans la fabrication des biberons quid des jou-ets destins aux plus jeunes

    ? A quelques jours de nol, une nouvelle polmique a rveill les craintes : une trentaine de jouets tests par lassociation UFC Que

    Choisir rvlait que substi-tuts de phtalates et nitrosa-mines taient prsents dans certains dentre eux. La l-gislation est-elle suffisante en matire de scurit pour la sant de nos enfants ? Les jouets que nous achetons

    nos enfants prsentent-ils un rel danger de toxicit ? Quacheter pour poser au pied du sapin ? Des tudes des plus inqui-

    tantes !Mtaux lourds dans le

    maquillage des enfants, plomb dans la peinture des poupes Barbies, ou encore tapis puzzle contenant du formanide les produits toxiques sont partout dans

    les jouets, l o pourtant, on les attendrait le moins ! Chaque anne, au moment

    de nol et de sa priode dachat soutenue, les asso-

    ciations de consommateurs tirent la sonnette dalarme. Cette anne, lassociation UFC Que choisir a men une enqute toxicologique sur 30 jouets destins aux moins de 3 ans. Ses rsul-tats sont difiants ! Il ressort

    en effet que plus de 20% des jouets prsentent des substi-tuts de phtalates (plastifiants destins la fabrication des PVC) et la moiti dentre

    eux contient des drivs p-troliers, les hydrocarbures aromatiques polycycliques (HAP), classs comme substances cancrignes probables ou possibles par lAgence amricaine de lenvironnement et lUnion

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    dossi sAude en frAncsJouets toxiques : une ombre plane sur nol!

    europenne. Dautres subs-tances susceptibles dtre transformes en nitrosa-mines ont galement t dceles. Ce compos chi-

    mique est galement class comme cancrignes par lOrganisation mondiale de la sant (OMS) et le Centre international de recherche sur le cancer (CIRC). Lassociation de consom-

    mateurs reproche galement

    ces joujoux de navoir fait lobjet daucune va-luation toxicologique offi-cielle et ne figurant pas dans la liste des additifs pouvant tre utiliss dans les matriaux plastiques en contact avec les aliments . La dangerosit de ces jouets proviendrait en fait de la libration dans la sa-live de prcurseurs de la nitrosamine. Les phtalates et le bisphnol A, utiliss dans les jouets en plastique, sont quant eux des per-turbateurs endocriniens qui peuvent tre responsables de prmaturit prcoce ou de troubles dans le dvelo-ppement des organes repro-ducteurs. Normes, paradoxes et

    contradictions Dans son viseur, la cl-

    bre girafe Sophie, le dou-dou Oui Oui de la marque Lansay, les duplos de Lego, ou encore le Babyouce gre-nadine de chez Corolle.Pourquoi ne tout simple-

    ment pas interdire certains de ces composs chimiques, comme la nitrosamine dans les jouets, alors que cest dj le cas pour les ttines et autres sucettes pour b-bs ? Le gouvernement al-lemand a lui, dj pris une longueur davance en la matire et fait excuter un rglement dans lintrt de la sant des enfants qui interdit ces substances dans les jouets en caoutchouc destins tre mis en bou-che. La France juge bon de limiter lutilisation de ces substances juges canc-rignes, sans pour autant les interdire. Si les jeux et jouets flirtent avec la norme autorise, aucun nen reste pour autant en dehors des clous rglementaires. La directive europenne

    2009/48/CE du parlement europen et du Conseil du

    18 juin 2009 relative la scurit des jouets, qui doit tre pleinement applicable dici 2013, renforce encore les obligations des fabri-cants et des distributeurs en matire de scurit des jouets. Elle dfinit aussi des valeurs spcifiques pour les nitrosamines et liste les substances Cancrignes, mutagnes ou reprotoxi-ques (CMR), ainsi que leur utilisation autorise, mais les tolreCes composs qui nous

    entourent au quotidien nen restent pas moins tudi-s depuis des annes. Les scientifiques attestent que lexposition ces substan-ces chimiques est bien en dessous du seuil qui ex-poserait des probabilits accrues de cancer. Mais que penser de jeunes enfants, vulnrables lexposition de ces produits, et dont le systme pulmonaire nest pas encore entirement dvelopp et la peau plus permable que leurs ans ? Les normes en vigueur sont-elles suffisamment protectrices ? Les effets long terme de ce cocktail de mtaux lourds et produits chimiques ne sont pas en-core connus. LAgence de scurit sanitaire alleman-de alerte : Un enfant qui tiendrait dans ses mains pendant une heure un jou-et intgrant des molcules ou CMR au seuil autoris, en absorberait autant par la peau que sil fumait 40 cigarettes . Outre Rhin, on dfinit les limites et fait valoir le principe ALARA ou Aussi faible que raison-nablement possible. On peut galement d-

    plorer que les normes ne fassent pas de distinction entre jeux et jouets pour les nourrissons et enfants de moins de 3 ans et enfants

    gs de plus de 36 mois ! Si les phtalates sont dsormais interdits des jouets destins aux moins de 3 ans, ltude mene ce mois-ci par lUFC Que Choisir a tou-tefois prouv quun crayon flexible utilis par les moins de 8 ans en contenait 40 fois plus que la norme suprieu-re autorise !Des recommandations

    pour des jouets plus srs dans la hotte de nolMme les jouets en bois,

    rputs plus srs, ne sont pas pour autant exempts de produits chimiques ! Ils peuvent notamment contenir des formaldhy-des, produits utiliss dans lindustrie et irritant les voies respiratoires, ou en-core des mtaux lourds contenus dans les peintures et vernis. Pour ne prendre aucun

    risque, privilgiez les gran-des marques dont les con-trles effectus sont plus rigoureux. vitez les jouets sans marque vendus sur les marchs ou dans les solde-ries dont vous ne connais-sez ni la provenance, ni le distributeur. Ils peuvent tre des contrefaons. Vrifiez toujours la prsence de cer-tains marquages qui doivent figurer sur lemballage. Ltiquette CE atteste par exemple que le fabricant a labor le jouet dans le res-pect des normes de scurit europennes en vigueur. Elle nest malheureusement pas une garantie certaine ! Attention aux jouets im-ports. Prs de 97% pro-viennent dAsie et seuls 2 3% des contrles alatoires effectus par les douanes concernent les jouets. Veillez bien respecter

    lge de lenfant qui vous offrez ou confiez le jouet. Certains produits portent en effet le sigle du cercle

    rouge barr avec une tte de bb et ne sont pas destins aux moins de 3 ans. Com-mencez toujours par dbar-rasser un jouet neuf de son emballage. La Commission de scurit des consomma-teurs (CSC) conseille ga-lement darer si possible un jouet en plastique neuf pendant 24 heures environ. Vous pouvez aussi laver peluches et poupes neu-ves. Ainsi, les odeurs seront moins prsentes. A dfaut doffrir un jouet

    made in China , il vous reste les valeurs sres : jouets garantis non toxi-ques, doudous ou peluches aux symboles bios ou pro-duits en cartons et matires recyclables. Prfrez aussi les jouets en bois brut sans vernis ni peinture. Dcryp-tez les tiquettes. Des men-tions indicatives : Sans phtalates et Sans PVC existent. Si on ne trouve pas encore aujourdhui de label franais certifiant que les jouets sont bios ou respec-tueux du dveloppement durable, certains guides, comme celui du Collectif international Women in eu-rope for a common future (WECF) fait le point sur la dangerosit des jouets selon leur catgorie. Un quart des alertes dans lUnion eu-ropenne sur des produits rappels concernent les jouets, selon la Direction gnrale de la concurrence, de la consommation et de la rpression des fraudes (DGCCRF).Des consommateurs mieux

    informs feront peut-tre voluer la rglementation vers plus de scurit pour la sant de lenfant. En atten-dant, veille et vigilance sont de mise, sans toutefois c-der la panique, pour pro-fiter des ftes de fin danne en toute srnit !

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    O Semanal Portugus

    receitAs

    Gastronomia

    bolo de bananaINGReDIeNTeS:4 bananas150g de acar150g de farinha125g de manteiga3 ovos3 colheres de leite1 colher (sobremesa) de fermentoCaramelo q.b.

    PRePARAO:Bata muito bem o acar com a manteiga previa-mente derretida. Junte as gemas e continue a bater. Junte a farinha, o fermento e o leite. envolva as claras, previamente batidas em castelo.Unte o fundo de uma forma com uma camada gen-erosa de caramelo. Unte a restante forma com man-teiga e polvilhe com farinha apenas na manteiga. Corte a banana e disponha por cima do caramelo. Verta a massa e leve a forno mdio por 30 minutos. Desenforme quente!

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    Gastronomia

    receitAs

    Ingredientes:1/2 kg de arroz agulha; 2dl de azeite500g de carne de porco (sem muita gordura)1/2 chourio de carne2/3 fatias de toucinho fumado aos cubos3 fatias de um bom paio aos cubos1/2 cebola picadinha; 1 folha de louroSalsa picada para a decorao1 caldo de carne diludo em 2dl de vinho branco1 colher a gosto de aafro125g de ervilhas congeladasPiripiri q.b.; Sal q.b.; 2 dentes de alhos picadosCamaro ou gambas a gosto

    Arroz estilo valencianaPRePARAO:Num tacho mdio, leve a cebola picadinha e os alhos a alourar num pouco de azeite. Deixe cozinhar at a cebola ficar tenra. De seguida, junte as carnes todas, acrescentando depois o caldo de carne com o vinho. Deixe cozinhar em lume brando por 5 minutos. parte, leve o arroz a fritar num pouco de leo (apenas o necessrio). Junte ento as carnes, as ervilhas, a folha de louro, o sal e o piripiri. envolva tudo muito bem, acrescentando depois a devida gua, j a ferver, para a coze-dura. Por fim, deite a colher de aafro, deixando ao lume por cerca de 10 a 15 minutos, ou at o arroz ficar al dente ou a seu gosto. Num pote de barro ou travessa, deite o arroz j cozido e enfeite com umas gambas ou camaro, como se pode ver na imagem. Leve ao forno por mais dez minutos, a 180C. Sirva de imediato, polvilhado com salsa picada.

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    O Semanal Portugus

    lendAs de

    portugAl

    cultura

    A princesa ZaraEra uma vez ... nos tem-

    pos j muito distantes do Rei Afonso, que do norte vinha para o Sul, conquis-tando terras e mais terras

    que estavam na posse da moirama, chegou ele s proximidades de Leiria cuja terra conquistou tam-bm.Aqui construiu um caste-

    lo rouqueiro, que entregou guarda dos seus guerrei-ros, abalando conquista de mais terras, a construir

    um Portugal maior.Os mouros sabendo do

    castelo pouco guardado, voltaram e, aps uma luta porfiada, venceram os

    guardas do castelo e toma-ram-no.Passou a ser por essa altu-

    ra, seu guardio, um velho mouro que vivia com sua filha, uma linda moura de olhos esmeraldinos e lou-ros cabelos entranados, chamada Zara.Um dia, j o sol se es-

    condia no horizonte sob nuvens acobreadas, a linda moura, estava janela do castelo voltada ao Arra-balde, a pentear os cabelos

    encanecidos de seu velho pai, quando viu ao longe uma coisa que lhe pareceu estranha, mesmo muito es-tranha.Que viu a linda princesa

    castel, de olhos verdes de esmeralda?Viu o mato a deslocar-se

    de um lado para o outro e

    tambm em direco do castelo.Foi ento que a linda prin-

    cesa castel perguntou ao seu velho pai:

    Oh! Pai, o mato anda? Ao que o pai da linda prin-cesa, respondeu:Anda, sim, minha filha,

    se o levam.E o mato era levado, sim,

    mas pelos guerreiros cris-tos do Rei Afonso, que se escondiam atrs de paveias de mato que cortaram e

    ajuntaram para avanarem para o castelo sem serem vistos.E avanaram, avanaram

    cautelosamente, at que j

    prximo da porta chama-da da traio, correram, passaram-na lestamente e conquistaram o castelo.Nunca mais se soube da

    linda princesa de olhos verdes, nem de seu velho pai, que era o Governador, mas, a partir desse dia, Por-tugal ficou maior.

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    culturahistriA de

    portugAlo reino visigticoDurante quase dois s-

    culos, os visigodos do-minaram quase toda a Pennsula Ibrica, excep-to os territrios bascos. estabeleceram a sua ca-

    pital, primeiro, em Bar-celona e, posteriormente, em Toledo. No entanto, as sucessivas lutas internas fragilizaram a sua esta-bilidade.

    Os visigodos e os hispa-no-romanos viviam sepa-rados pelas leis, lngua e religio, pois, enquanto os hispano-romanos eram cristos, os visigodos eram

    arianos. Isto impedia a co-laborao com a Igreja Ca-tlica, a nica instituio que mantinha a tradio romana na administrao e na vida poltica e cultural.

    A plenitude do reino vi-sigtico teve lugar com o rei Leovigildo, que iniciou uma poltica de centraliza-o do poder que chocava com os privilgios das eli-tes catlicas e com o poder dos suevos. Conseguiu a unidade territorial do reino com a anexao do reino suevo, mudando a capital

    para Toledo de forma a assegurar a centralizao. No ano 589, o rei Recare-do converteu-se ao Catoli-cismo, adoptando-o como religio oficial do reino

    visigtico, superando-se assim mais um obstculo para conseguir a formao de um s povo entre visi-godos e hispano-romanos.

    A definitiva paridade veio a estabelecer-se no ano 654 com a elaborao de uma lei geral - o Cdigo Visi-gtico - que se destinava a ser aplicada igualmente a todos os habitantes da

    Pennsula. Na prtica, tal no deve ter acontecido, pois existia uma separao social baseada na riqueza e no sangue, que se pode considerar j como um

    processo de feudalizao.

    Os ltimos vinte anos do sculo VII e os primeiros do sculo VIII foram desastro-sos para o reino visigodo. O poder fragmentava-se cada vez mais, fragilizado pelas lutas internas entre faces da nobreza pela sucesso ao trono. As consequentes crises polticas iro, mais tarde, debilitar o reino e,

    quando em 711 os inimi-gos do rei Rodrigo pediram auxlio aos muulmanos de Tnger, estes, comandados por Tarique, derrotaram o rei visigodo na batalha de

    Guadalete. Dirigiram-se depois a Toledo, ocuparam a capital do reino sem re-sistncia e dominaram, r-pida e progressivamente, o reino visigtico. A rapidez com que os

    muulmanos conquis-taram o reino visigtico mostra como este se tinha fragilizado.

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    O Semanal Portugus

    destino: negril/Jamaica

    viaGem

    As 25 melhores prAiAs de o mundo

    A Jamaica uma nao insular lo-calizada no mar das Carabas (mar do Caribe), exten-sa 234 quilmetros de leste a oeste e 80 quilmetros de norte a sul. Situa-

    se a cerca 145 quilmetros ao sul de Cuba e a 190 quilmetros a oeste da ilha de Hispan-iola (onde se local-izam o Haiti e a Repblica Domini-cana. o terceiro

    pas anglfono mais populoso das Amricas, super-ada apenas pelos estados Unidos e Canad. Sua capi-tal e maior cidade Kingston.Negril um dos

    lugares mais belos da Jamaica! Uma beleza natural e realmente praias lindas...de areia branca e cercada de rvores tropicais... uma variedade de hotis e resorts.

    No por acaso, Negril mundial-mente considera-da, por renomadas revistas de viagem, como uma das dez praias mais lindas do mundo!

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    destino: negril/Jamaica

    viaGem

    As 25 melhores prAiAs de o mundo

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    O Semanal Portuguscomunidades

    desemprego em luxemburgo

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    comunidades

    ironbound

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    ironbound

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    imigrAo

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    montreAlJoe puga lanou um novo cd vivA

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    Joe puga lanou um novo cd vivANatrcia Rodriguesfotos de Jos Rodrigues

    Foi no dia 10 de Dezembro que este artista lanou, no Centro Leonardo da Vinci em Montreal, o seu ltimo trabalho discogrfico. Mu-sica vida por isso a musi-ca da vida o seu reflexo. O Joe reuniu os familiares, amigos e fs para apresen-tar este seu ltimo trabalho intitulado VIVA. Para alm de ser um excelente cantor tambm composi-tor e um ptimo apresenta-dor. Quem melhor do que ele prprio para apresentar o seu programa, os seus convidados cantores e m-sicos? Falando lindamente bem o portugus, francs, ingls, italiano e espanhol conquistou de imediato a simpatia do povo. O seu primeiro contacto com a msica surgiu logo de ra-pazinho pequeno. Foi can-tando, cantando e a sua voz

    e msica conquistaram o mundo indo at ao Japo. Na hora certa, no Centro

    Leonardo da Vinci, as luzes baixaram de intensidade, fez-se silncio na plateia e comeou uma projeco de fotos, aquelas mais brilhan-tes da vida deste desme-dido artista, o Joe. Muitos aplausos se ouviram e logo a seguir foi a ocasio do ar-tista entrar em cena. Aps algumas das suas canes, foi a apario da primeira convidada da noite, a Ka-thleen Magalhes. Uma menina ainda muito jovem mas com uma voz deslum-brante e interpretou duas canes. Foi em seguida a vez da cotovia Aoria-na a colossal Jordelina Benfeito. A sua trajectria brilhante, podendo mes-mo afirmar que quando ela canta, estamos diante de uma mulher que tem ama-durecido vocalmente at ao ponto de no deixar mar-

    gem de dvida que a mais completa intrprete de fado na nossa comunidade e no s. Dona de uma afinao perfeita sem esquecer a emoo e a frescura que desprendem das suas actu-aes. A ultima convidada da noite, veio de Toronto e chamava-se Sarah Pache-co. Jovem tambm com reconhecido talento. J ganhou muitos concursos e prmios e tem cantado com grandes filarmnicas e orquestras sinfnicas, chegando a esgotar sales e teatros. Assim terminou a primei-

    ra parte do espectculo. Aps um pequeno inter-valo, iniciou-se a segunda parte do sero. Esta lti-ma, foi reservada apenas ao novo lbum VIVA. Fazendo-se acompanhar por duas bailarinas nalgu-mas das suas canes e por alguns membros do grupo folclrico Portugus de

    Montreal noutra cano, parece-me que ofereceu ao pblico uma interpretao mais moderna na apresen-tao das suas canes. Joe fez-se acompanhar por Hernani Raposo e a sua or-questra. Durante este maravilhoso

    espectculo, o artista quis homenagear aquela que tem sido, segundo ele, uma grande mulher que lhe tem escrito vrios poemas, que o tem corrigido e assistido no seu portugus e que tem sido tambm uma grande amiga, Adelaide Vilela. A cano Bengala foi dedi-cada a sua me. O Joe tem uma extenso vocal extra-ordinria. Quando ele se despedia, o publico exigia o seu regresso ao que ele acedeu.Ao integrar-me naque-

    le ambiente senti algo de muito forte naquela sala, perguntando-me: Que fe-nmeno este to estranho,

    que leva todos os presentes a transformarem-se quan-do se ouve o tocar duma guitarra acompanhando es-tas vozes maravilhosas que nos fizeram sentir que em tudo aquilo, havia muito de Portugal?.Nesta noite, Joe Puga

    representou o desafio de testar a sua capacidade e de levar ao extremo o seu trabalho. O seu trabalho tem sido ascendente e lu-minoso!Tenho a certeza que na

    carreira futura, tem a cabe-a cheia de ideias, a qual muitssimo difcil. No en-tanto com o esforo, a von-tade e o savoir-faire, ele vai ir bastante longe. Por estes 25 anos a cantar, os meus parabns. Parabns tam-bm pelo teu orgulho de seres portugus e de trans-mitires to bem as tuas ra-zes. Muito sucesso sempre, so os meus votos.

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    O Semanal Portugus

    montreAleis a magia do natalParece que ainda agora

    acabou o Vero e j esta-mos a falar da poca mais brilhante do ano, o Natal. Pois , j h algum tempo

    que comeou a azfama das decoraes e da compra de presentes, que podem e devem ser feitas atempada-

    Natrcia Rodriguesfotos de Jos Rodrigues

    mente, para evitar o stress de quem deixa tudo para a ltima da hora. verdade. Gosto do Natal e de tudo o

    que o rodeia. Gosto da ale-gria das crianas. Do con-vvio em famlia, e at do Pai Natal e suas prendas.

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    eis a magia do natalTemos no entanto que pla-near o que vamos oferecer. No devemos gastar muito, pois estas lembranas de-

    vem ser s uma lembran-a e no uma competio como muitas vezes acon-tece. No geral so sempre

    muitas prendas que temos que oferecer: fazes parte de um grupo de ginstica, tens que comprar algo para

    outro membro deste grupo; ests no trabalho, compras ofertas para oferecer; tens amigos, tens que oferecer algo; teus pais, filhos, ne-tos; a vizinha guardou a chave da tua casa enquanto foste de frias, ofereces-lhe um mimo; h at quem compre algo para os ani-mais de estimao. Aproxi-ma-se o Natal. As pessoas afadigam-se nas suas com-pras, para que nada falte na celebrao daquela que considerada por muitos a festa da famlia. preciso preparar a ceia e o jantar do Natal, convm ornamentar a casa para lhe dar um ar festivo, com muitos brilhos e muitas luzes.Uma mudana visvel,

    por exemplo, no ms do Natal, que as pessoas sor-riem mais. Tornam-se mais tolerantes, mais pacientes. Algumas ficam mais opti-mistas. As ruas e os centros de lojas ficam apinhados de gente que anda de um lado para o outro, de forma deli-ciosamente barulhenta. Os sons, a confuso e as alga-zarras de Dezembro fazem parte do cenrio natalcio. At o trnsito congestiona-do faz parte da festa.O Natal a festa da fam-

    lia. Onde nasceu a mais ex-traordinria famlia seno na gruta de Belm? Foi l, com o nascimento do Me-nino, que ela se originou. Este ano estou extrema-mente feliz e afortunada, pois na noite de Natal bap-tiza-se a minha neta mais nova que tem trs meses. Seus pais, irm, tios e avs esto verdadeiramente alegres com este aconteci-mento, pois o baptismo a f e esperana renascida nos olhos de uma criana. Que a luz do baptismo per-corra este lar trazendo ale-gria aos coraes de todos.

    Lembrem-se que a verda-deira celebrao do Natal de Jesus pede antes de tudo a reconciliao em famlia. Este perodo muito pro-pcio para isto. Queridos, nunca haver uma famlia sem problemas. Se errar-mos, sejamos humildes e peamos perdo. Se erra-rem contra ns, sejamos justos e perdoemos, pois no final, s o amor ficar.Vou aproveitar este Natal

    para pass-lo em famlia, trocando os presentes nata-lcios e pedindo a Deus que nos traga sade, paz e mui-to amor, para que possa-mos ver os nossos netinhos (Giuliano, Leila, Skyla e Sofia) crescerem rodeados de valores fundamentais. Que este dia possa trazer momentos de f e de espe-rana. Que se possa fazer deste dia todos os dias da nossa vida. Que a paz pos-sa reinar eternamente nos nossos coraes deixando que a alegria se manifes-te em todos os momentos das nossas vidas. O Natal uma poca em que nos lembramos da famlia au-sente e dos amigos. Assim enquadrado nesta poca, a nostalgia, o pensamento e a msica misturam-se...e sem querer, transporto a minha mente freguesia de San-ta Brbara, em S. Miguel, Aores, terra que me viu nascer assim como P-voa de S. Miguel, no Bai-xo Alentejo, onde passei a minha infncia. Recordo a escola onde aprendi a ler e a escrever, o terreiro onde brincava todos os dias, os vizinhos e os familiares que j faleceram. O Natal lindo! tempo de paz, carinho e amor.....Feliz Natal a todos!

    Natrcia e Jos

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    O Semanal Portugus

    montreAl

    6, 5, 4, 3, 2, 1... bom Ano novo!Qual a melhor passagem

    de ano? Quem faz mais

    para o menos? Qual ser a ementa e qual o conjun-to ou DJ? Isto uma das noites mais importante do ano. Associaes fazem-o,

    restaurantes tambm, salas de recepes, claro que sim, ser em portugus, italiano, francs ou ingls. difcil escolher, nestes

    trs ltimos anos decidi

    de ir a Laval, MAIS UMA VEZ. Porqu? Acho que

    Sylvio MartinsFotos de Lina Perreira

    um dever de ver o que bom e apreciar o fruto de um grupo associativo tal como a associao de La-val a fazer esta festa, em grande. Durante 6 anos tive

    a honra de ir ver todas as festas atravs da comuni-

    dade e no final, fiquei can-sado de ir a tantas festas. Neste ltimos trs anos tive ajuda de vrios amigos que apanharam mais ao menos o que acontecia nas festas.

    Este ano, tambm a mes-mo tradio. Apresentando

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    6, 5, 4, 3, 2, 1... bom Ano novo!um pouco da comunidade atravs de Montreal.O ano passado, em Laval

    foi bastante negativo mas este ano fizeram o imposs-vel, possvel. Fecharam

    a porta principal para no entrar tanto frio para a sala e para acomodar os fuma-dores, abriram uma porta

    bastante longe para no afectar a sala nem a festa. PARABNS a pessoa que teve esta ptima ideia. De-pois entrando na sala foi realmente espectacular,

    foro nas cadeiras, a loia, a apresentao o estilo e tambm o servio a mesa foi espectacular. Nunca

    visto numa festa desta al-tura. A comida para mim foi mesmo uma delicia do inicio ao fim. O conjunto

    Tropical fizeram um excel-lente trabalho para animar e fazer bater o pzinho. Para finalizar deve dar os

    parabns a todos para fa-zer desta festa um grande sucesso.

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    O Semanal Portuguscomunidades

    fim de ano com afamilia e os amigos

    montreAl

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    Natrcia Rodriguesfotos de Jos Rodrigues

    Acabamos de abrir um livro. As pginas esto em branco. Vamos escre-ver nele, preench-lo com muitas frases, com mui-tas ideias, muitos sonhos, muitos, muitos e muitos de

    tudo! Vamos chamar esse livro Oportunidade e o primeiro captulo vai ser sobre a Passagem do Ano de 2011 para 2012. No meu

    livro, vou comear com a Passagem de Ano que vivi pela primeira vez, na Casa dos Aores do Quebeque. Todos se prepararam para passarem a passagem de ano em grande e realmente foi uma noite que prometia ser TOPPPP e foi! No t-nhamos casa cheia o que

    foi pena, mas como dizia o nosso j falecido Antnio Vallacorba, antes poucos e bons. At tivemos um DJ novo que muito bem se or-

    ganizou para tocar as me-lhores musicas e todos se

    divertiram. Os cozinheiros preparam uns pratos muito convidativos e colossais que muitos no consegui-ram acabar tudo. Houve bales, chapus, cornetas e champanhe. Trocas de Boas Festas, de um BOM ANO 2012 com sade, paz e amor eram as palavras que se ouviam. Alias a ta-refa das pessoas organiza-doras foi grande. Preparar os pratos da ceia, decorar a sala... a lista de tarefas para o final de ano sempre

    enorme e faz ferver a ca-bea de qualquer um, mas

    quando o resultado bom, vale a pena. A Casa dos Aores est de parabns! certo que cada ano ter

    a sua evoluo, e nunca igual aos outros. Devemos desejar que, pelo menos, no se apresente com epi-demias e outros motivos de perigo que so sempre in-desejveis em muitas re-as, nomeadamente sismos, inundaes, fome, etc., tambm muito vulgares em certas pocas do ano e des-de longa data, infelizmen-

    te. Acredito que muitos dos nossos desejos tenham boa confirmao, para agrade-cermos ao novo ano a sua presena. Ano Novo vida nova diz o Povo! temos que conseguir afastar a fotocpia do que mau, quando se analisar com me-ditao o caminho dos dias, dos meses, etc. porque a DIVINA-PROVIDENCIA no deixar de nos ajudar, para termos, tambm, al-guns sonhos felizes! Que seja esta a boa esperana no Ano 2012 so os meus melhores desejos, a minha melhor profecia. Tenho a certeza que os astrlogos tm passado horas a pensar como ser este novo ANO. Certamente no faltaro conjecturas das mais va-riadas condies e tentati-vas para nos apresentarem, em marcados e inditos trabalhos, as mais bizarras ideias, consoante os en-saios realizados para estes fins. As pesquisas deles continuam em marchamas como eu nada sei da futurologia, apenas peo que nos traga PAZ!

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    O Semanal Portugus

    crnicA | muito bons somos ns

    oPinio

    Joel Neto

    Alapes pouco puerisComo uma bofetada

    numa criana faz des-moronar um grupo de amigos. Retrato de um

    subrbio australiano que se pretende tambm de um tempo. o quarto romance do australiano Christos Tsiolkas e ga-nhou o Commonwealth Writers Prize 2009.

    No momento em que Har-ry espanca Hugo, j todos ns, leitores, o espancmos vrias vezes em pensamen-to. Espancar, na verdade, um verbo demasiado for-

    te para Harry, que se limi-ta a dar-lhe uma bofetada. Mas no para ns: ns pre-feramos t-lo visto espan-cado mesmo, to irritante o mido, to agressivo

    o seu pai alcolico, to autoritria e ridcula e in-suportvel a sua me new age. E, contudo, no ins-tante em que perpetrada, aquela bofetada no apenas

    se faz ouvir em cada recan-to do jardim onde Hector e Aisha recebem os ami-gos para um churrasco de sbado tarde, acabando abruptamente com a festa, mas como que ecoa pelos

    subrbios de Melbourne, pela Austrlia, pelo mundo todo. Hugo no filho de Harry, e o primeiro drama esse. E, porm, o desmo-ronamento daquele grupo de amigos, de imediato di-vidido entre os que tambm teriam esbofeteado Hugo, que naquele instante ame-aava outra criana (preci-samente o filho de Harry) com um taco de crquete, os que jamais esbofetea-riam uma criana, indefe-sa mesmo quando de trato difcil, e os que agora que-rem distncia, to bvia a folia colectiva em que os contendores mergulharam, no parece to resultante da bofetada em si como do desconhecido mas irrepri-mvel desejo de provoc-lo ao primeiro pretexto. E ento vem ao de cima tudo o que cada um deles tem de mau, incluindo o classis-mo, o sexismo, o racismo e todos os demais precon-ceitos fundamentais, que efectivamente se vem a verificar concentrarem-se todos em Harry, mas na verdade se dispersam pe-los amigos em diferentes combinaes. Cada um dos oito captulos tem como centro de conscincia um dos convivas presentes no churrasco, o que faz deri-var a narrativa para os di-lemas pessoais de cada um, que por outro lado passam a funcionar em tenso com as ponderaes sobre se Harry pouco menos do que um assassino ou o mais inesperado dos justiceiros. O pano de fundo a pros-peridade econmica do in-cio do sculo. Ao longe, no entanto, j se fazem ouvir os troves que anunciam a crise, como Auden dizia que anunciavam a morte em dia de piquenique e, se o colapso estiver de-terminado a demorar-se,

    aqueles gregos, indianos, rabes, aborgenes, latinos e britnicos que ali se re-nem, no churrasco com que o livro comea e a que to-dos regressam diariamen-te, inquietos, esto mais do que dispostos a apress-lo. O romance de 2008 e che-ga-nos j com o carimbo de vencedor do Commonwe-alth Writers Prize, que se sucedeu a uma nomeao para o Man Booker. Nem todas as oito narrativas tm a mesma fora, nem seria de esperar tal coisa. H di-logos menos inspirados, imagens pouco consegui-das, figurantes banais, uma certa perda de flego com o avanar das pginas e depois uma perda quase definitiva dele, a seguir ao captulo centrado no velho Manolis. De resto, o liris-mo est muito mais na inte-rioridade das personagens, nos abismos e comoes que vo escorrendo dos seus mal controlados siln-cios, do que propriamente naquilo que expresso, por elas ou pelo narrador. Mas a stira a uma certa contemporaneidade, in-cluindo as suas conven-es e as suas armadilhas, a sua cultura pop e o seu mainstream, a sua escassa capacidade de amar e a sua imensa culpa a stira a um certo tempo, no fundo , implacvel. E os tipos sociais, embora s vezes forados, servem-na com diligncia. Escasseiam, verdade, os momentos de contemplao do belo. Mas Christos Tsiolkas, de que este A Bofetada o quarto romance, esfora-se por no ir alm daquilo que as pessoas sobre que escre-ve conseguiriam decifrar e talvez isso no seja um completo absurdo.

  • O Semanal Portugus

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    oPinio

    crnicA | opinio

    OSemanal Portugus

    Antnio Lobo Antunes

    o sentido da vidaCostumava ir ao cemi-

    trio visitar a minha me mas, por no ter a certeza de qual era a campa, dado no existirem lpides na-quele talho, apenas n-meros na ponta de hastes de ferro, sentava-se por ali, numa salincia a jei-to, e ficava a olhar a terra e as rvores ou um dos cachorros que, de quan-do em quando, passavam por ele, a murmurarem, seguindo um fio de cheiro l deles.

    Ao longe oliveiras e, mais longe, depois de um mu-rozito, uma ou outra runa antes do mar. A me de-via estar por perto, muito calada, sob um dos tufos de ervas ou, se calhar, era agora um tufo de ervas que s vezes suspirava com o auxlio do vento.

    Aos setenta anos tanto lhe fazia, mas sentia-se quase eterno a imaginar que a escutava. Trazia uma gar-rafa no bolso da gabardine, destinada a acompanh-lo se por acaso uma nvoa de desconforto lhe arrepiasse o estmago. No chegava a beber porque as ervas no pronunciavam o seu nome. esquerda oliveiras em lu-gar de choupos, um ou dois

    corvos junto s vacas numa encosta. As vacas no pas-tavam, quietas desde ele pequeno, desde h sculos, as mesmas da sua infncia, de pestanas brancas, com os tendes do pescoo a baloiarem.

    A me costumava dar-lhe caf quando a visitava. Ti-nha o retrato de um homem de barba em cima de um caixote, amparado a uma boneca a que faltava um dos braos.

    - O meu av e a Matilde dizia a me ao olh-los

    - O meu av e a Matilde isto enquanto aquecia o caf, com o sol no freixo das traseiras e, nos inter-valos da voz da me, um imenso silncio no interior do qual, por vezes, latejava uma r, nos charcos do ou-tono, a inchar e a desinchar a garganta. Nunca havia de esquecer o cheiro da roupa da me e uma mala aberta, com talheres e panelas, a um canto. Ou a orla de es-puma castanha no caf pre-to. As ervas do cemitrio no mencionavam o av nem a Matilde, limitavam-se a sussurrar murmrios sem nexo. Contou vinte e sete nmeros em vinte e sete hastes de ferro, vinte e sete defuntos a acompa-

    nharem-no. Se no os con-tasse julgaria que mais de mil, porque a tbua do seu peito lhe parecia oprimida por uma multido de cria-turas.

    - Quantos somos? pergun-tava-se ele

    - Quantos somos ao cer-to? e a pergunta flutuava em torno at se dissolver devagarinho e esquec-la. Em certas ocasies vinha-lhe a recordao do pai, na sua cadeira de pranchas de barrica, com o tubo do cachimbo reforado a ade-sivo. No o pai de dia, o pai noite, observando, pela porta aberta, as duas ou trs luzinhas do escuro, que deviam pertencer aos candeeiros da estrada. Tal-vez s folhas das piteiras sob a lua. Talvez a almas vagabundas em busca de sossego. Perguntou, a tocar na garrafa

    - Acha que so almas, me?e a sua prpria voz tran-

    quilizou-o, ainda que se lhe afigurasse esquisito conti-nuar vivo. Podia ter faleci-do quando caiu do tractor. Podia ter falecido com a febre de h dois anos. Se tivesse falecido era beira da sua campa que estaria agora. Quer dizer, beira

    de um nmero, dele ou de outro. Uma das vacas avan-ou trs passos. A me, ao entregar-lhe o caf

    - Bebe enquanto est quente

    e em que stio parariam agora o retrato do av e a Matilde? No herdara as feies do av, no herda-ra as feies do pai. A me espantava-se

    - A quem sais tu?

    a verificar-lhe o nariz, a boca, o queixo. Apetecia-lhe que algum lhe falas-se. Tivera uma mulher em tempos. Recordava-se dos suspiros dela, dos dedos magros a moverem as coi-sas. Uma tarde no a en-controu.

    Deixou um vestido no cabide, um vestido antigo, com pintinhas. Um cabelo no esmalte do lavatrio. Um gancho na mesa. Um dos cachorros do cemitrio parou a fix-lo. Fixou-o de volta com a certeza de no ter pele, de ser, ele mes-mo, o cemitrio inteiro, as oliveiras, o mar. Uma gui-nadazita de vento transpor-tou-o para norte, roando na terra, nas pedras. Uma guinadazita de vento arti-culou

    - Me

    uma espcie de paz ves-tiu-o inteiro, uma espcie de paz sem relao com a me, sem relao com nada e, no interior da paz, um h-lito tnue que cantava. No compreendia a cantiga mas sabia que vinha de regies confusas, de uma casa que conhecia e perdera e na qual nunca entrara. Fica-va na rua a espreitar uma varanda sem ningum, um tremor lento de cortinas. Talvez lhe acenassem das cortinas, no estava certo. Devagarinho a cantiga foi-se tornando mais forte at tomar conta dele, erguen-do-o como uma semente sem peso. Ainda deu pelo cachorro, agora minsculo, l em baixo, ainda deu pe-los nmeros do cemitrio, ainda deu pela me

    - O meu av e a Matilde

    e o brao que faltava Matilde entristeceu-o. Isto , no bem tristeza, uma coisa parda que se desva-necia e, ao desvanecer-se, ainda deu pelo indicador e o polegar da enfermeira do hospital que lhe fechavam as plpebras.

    O freixo das traseiras continuava cheio de sol.

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    O Semanal Portugus

    vender asJias da coroa

    crnicA

    Sou, como se sabe, a fa-vor de uma economia de mercado. Desde que seja regulamentada com princ-pios ticos e no d lugar a uma economia virtual, facilitada pelos parasos fiscais e pelas grandes ne-gociatas, promovidas por polticos e tecnocratas cor-

    ruptos. Numa s frase: sou pela economia de mercado, mas no por sociedades de mercado. No aceito que os mercados especulativos possam dominar - e at destruir - os Estados, como est a ocorrer na Unio Europeia. Pelo contrrio: penso que os Estados sobe-ranos devem regulamentar os mercados e met-los na ordem. Sou socialista,

    mas no suporto o socia-lismo de Estado, que deu lugar, como se sabe, tira-nia comunista. Sou, acima de tudo, pela Liberdade e pelos Direitos Humanos, numa palavra, por Estados de Direito, regulados pelas Constituies, como leis fundamentais, tendo como

    principais objetivos: a paz, a justia social, o bem-estar dos cidados e a luta con-tra as desigualdades, pela realizao de conquistas sociais, como: as penses para os reformados e os ido-sos, os Servios Nacionais de Sade, tendencialmente gratuitos, e a educao fa-cilitada para os que querem estudar e no tm recursos. Acredito no pluralismo po-

    ltico - no h democracia sem partidos - na liberdade e independncia da im-prensa, no dilogo social entre sindicatos e associa-es patronais e em Esta-dos sem gorduras, como se diz agora, mas com as responsabilidades que lhes incumbem e o poder demo-

    crtico que a Constituio lhes atribui. Sou socialista ou como outros Estados europeus se autoapelidam (exceto Portugal) social-democratas ou trabalhis-tas, trs designaes para a mesma realidade.Vem isto a propsito do

    problema das chamadas privatizaes que o atual Governo entende dever fa-zer, pela sua simples von-

    tade poltica e ideolgica, sem qualquer discusso aprofundada e transparen-te, no Parlamento ou na comunicao social, e num momento de crise aguda para o Pas. Porqu? Por-que a troika manda? Ou porque precisa de dinheiro e o vai gastar? Nesse caso,

    onde? E porqu? Trata-se de um problema srio e que, por isso, me preocu-pa muito. Note-se que no sou, por definio, hostil s privatizaes. Foi num go-verno a que me honro de ter presidido que os primeiros bancos foram privatizados, depois das nacionalizaes que se seguiram ao 11 de Maro de 1975. Mas ago-ra, ao que parece, trata-se

    de vender as joias da co-roa, com o dinheiro que da possa vir a, provavel-mente, esfumar-se, e a po-breza do Estado a acentuar-se de forma irremedivel. Sabero os governantes a tremenda responsabilidade em que incorrem?A verdade que quando

    h dificuldades ao Estado que se recorre. Como su-cedeu mais uma vez com os bancos, quando tivemos que pedir dinheiro Unio Europeia e ao FMI para evitar a bancarrota.O Governo, ao que se

    diz, prepara-se para priva-tizar, vendendo no a gru-pos portugueses, mas ao estrangeiro e a empresas, curiosamente, nacionaliza-das, empresas portuguesas de valor estratgico, como: a EDP, a REN, uma parte da RTP, a GALP, a CP, as guas de Portugal, a ANA, a TAP, os CTT, etc. Para onde vai o dinheiro recebi-do? E com o que ficaremos de slido? Serve isso a Por-tugal ou to s para agra-dar troika? Ou aos agentes desses negcios? Ateno, senhores membros do Go-verno e dos outros rgos de soberania: vender, sem mais nem menos, o patri-mnio mais importante e estratgico do nosso pas, no plano internacional e tendo em vista o futuro, sem que os portugueses no seu conjunto, mas segura-mente na grande maioria, sejam vistos nem achados, algo de muito grave e, se corre mal, como julgo, de imperdovel. Oiam, ao menos, a vontade popular que , em democracia, o que o Povo mais ordena...

    Mrio Soares

    oPinio

  • O Semanal Portugus

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    crnicA | opinioemigrao eos direitos bl-blPortugal est a retomar

    o caminho da emigrao - movimento de algum modo estancado perto dos anos 80, muito por via da injeco de expec-tativas altas aliadas s vantagens, at financei-ras, decorrentes da ade-so ento Comunidade econmica europeia. H, porm, diferenas entre o antes e o agora.

    Nas dcadas de 60 e 70 do sculo passado, primeiro com Salazar e depois com Marcelo Caetano, a recu-sa de participar na guerra colonial e/ou a pobreza quase generalizada foram responsveis pela partida de milhares e milhares de portugueses para os quatro cantos do Mundo em busca de uma vida melhor. Fica-

    ram ento famosos os cha-mados bidonvilles dos arredores de Paris, consti-tudos por uma comunida-de de pouca escolaridade mas muitssimo trabalha-dora; capaz de se adaptar e nunca renegar as origens. Os laos familiares e a casi-nha na aldeia contriburam para a dispora conquistar o respeito de todos.Houve, depois, o tal hia-

    to - mesmo a reverso para pas de acolhimento. A mo-

    dernizao por via da Euro-pa e dos fundos comunit-rios permitiu alguns saltos qualitativos no chamado Portugal de Abril, a come-ar pelo Ensino para todos. Simplesmente, o foco do dinheiro fcil associado especulao financeira e falta de uma estratgia na-cional deu no que deu: des-mantelamento do sistema

    produtivo, endividamento do Estado, das empresas e das famlias.O erro sai caro. Impe

    polticas restritivas. E o redimensionamento da Economia traz associado o paradoxo: a sociedade do Portugal do sculo XXI est mais bem preparada, mais culta, mas esbarra no desemprego galopante. Os ltimos nmeros divulga-dos pelo Eurostat so elo-quentes: Portugal passou a

    ter, em Novembro, a quarta maior taxa de desemprego da Europa - 13,2%, corres-pondente a 731 mil pes-soas. To ou mais grave: 30,7% dos jovens abaixo dos 25 anos de idade esto sem perspectivas de ar-ranjar trabalho. Se se tiver presente o nmero de cida-dos j riscados das contas dos centros de emprego,

    fcil concluir estar o pas a atravessar dificuldades enormes.Aqui chegados, qual a

    sada?No ltimo ano, mais de

    100 mil portugueses fize-ram as malas e partiram em busca de um melhor futuro - primeira linha para o re-gresso a frica e ao Brasil. Uma parte da guerra das convices polticas dos anos 60 e 70 foi substituda por outra: a da sobrevivn-

    cia num patamar de digni-dade.Na actual conjuntura, s

    por mera fantasia poss-vel ao pas acomodar bem todos os seus cidados. um direito legtimo. Mas, infelizmente, um direito bl-bl, igualzinho a tan-tos outros consagrados na Constituio - habitao, educao, sade. Pois.

    A frieza dos nmeros - os da crise e os da dificulda-de de retoma de uma rota de progresso - aconselha a adopo da real politik. Isto : lamentar a expor-tao de portugueses nos quais o pas investiu, mas para quem no tem nada de bom a oferecer no tempo prximo. Eram escusadas algumas afirmaes de certos governantes, como Passos Coelho ou Miguel Relvas - reincidente, ontem

    -, mas tiveram a virtude de pr a nu a hipocrisia dos que, paralisados na hipte-se de encontrar sadas con-junturais, bramam contra tudo o que mexe.Hoje por hoje j bom

    o pas respeitar os novos emigrantes, na expectativa de, no futuro, no renega-rem as suas origens.

    Fernando Santos

    oPinio

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    O Semanal Portugusinformao em destaque

    lArisA riquelmenacionalidade: paraguaiadata de nascimento: 22 de fevereiro de 1985Profisso: Atriz e modelo

    As 100 mulheresmais bonitas de 2011

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    crnicAplano para manter um homem sempre apaixonadoO objectivo do marke-

    ting? Vender um produ-to, fidelizar um cliente, conquistar mercados. e garantir uma relao duradoura e lucrativa para ambos os lados. H

    muito que estas estrat-gias nos podem ensinar. Preparada para aprender como se monta uma cam-panha... para promover o amor?Saiba vender-seEm primeiro lugar, tem de

    acreditar no produto (OK, vamos tirar aspas porque seno passamos o artigo todo com aspas, e j toda a gente percebeu a ideia). Se no se ama a si prpria, no vai conseguir convencer os outros a am-la tambm. Isto uma ideia que nos andam a passar h sculos,

    mas no fundo trata-se de mera lgica promocional: vender melhor um produ-to em que acredita. Por isso acredite em si e nas suas ca-pa-cidades, capriche no vi-sual, desenvolva o que tem

    de melhor, mostre-se no seu mais radiante. Se acha que ajuda, sente-se e anote as suas qualidades...Lance promoesH uma ideia que costuma

    aparecer por alturas do Na-tal como dica para oferecer quelas pessoas que j tm tudo, e que a seguinte: cupes de oferta. No, no so os nossos cupes de desconto! (embora tambm possa us-los com grande vantagem na alnea Cam-panha de Fidelizao). Pode reunir alguns pape-

    linhos e escrever em cada um a actividade ofertada: Fazer prato preferido para o jantar. Ida s compras com a sogra (sem refilar). Tarde a ver um filme escolha dele. Noite de

    sexo escaldante. E depois usar vontade do, enfim, fregus. Claro que, como j no estamos na Idade M-dia, convm que o fregus tambm faa o seu carnet: (Uma noite a levantar-se sempre que o Luisinho cho-ra!. Uma manh de domin-go em que fique ele em casa a fazer o almoo para eu ir hidroginstica!) Claro que, por ele, est vontade para fazer um Especial Kamasu-tra...Planeie uma estratgiaTudo bem, difcil mudar

    de estratgia, a antiga fun-cionou durante tanto tempo. Mas no preciso fazer um transplante de personalida-de nem mudar de vida: vo passar um fim-de-semana sozinhos a qualquer stio

    onde nunca tinham ido. Ex-perimentem uma actividade nova por semana: isto res-ponde a uma regra bsica do marketing: mantenha o cliente interessado. No lhe d tempo para investigar outros mercadosestude a rentabilidadeDizem os manuais que

    no basta satisfazer o con-sumidor se isso no lhe trouxer lucros. A estratgia deve atrair clientes rent-veis. Ou seja, aqueles que geram uma receita que ex-cede o custo de atra-los e

    servi-los. Traduo: vale a pena recuperar a relao ou j um caso perdido? Est a apostar tudo num cliente indeciso e desatento que j f de outros produtos concorrentes ou vale a pena

    tentar reconquistar um mer-cado que est apenas distra-do?Inicie uma estratgia de

    fidelizaoImporta que as estrat-

    gias de fidelizao sejam dirigidas aos interesses do seu consumidor-alvo, e no quilo que acha que devia ser o consumidor-alvo, ou daquilo que era o consu-midor-alvo h cinco anos. Imagine que acha que o seu consumidor-alvo devia per-der gordura abdominal por-que se arrisca a ter um AVC

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    plano para manter um homem sempre apaixonadoaos 55 e portanto inscreve-o numa aula de body combat onde ele nunca ir porque lhe desperta fantasmas da tropa, que ele odiou, e ver a barriga reflectida em 50 espelhos o enerva. Esta a estratgia errada porque no dirigida ao pbli-co real. Estratgia certa: pergunte-lhe que exerccio gostaria de fazer que no seja wrestling de cama e levantamento de copos. Se no houver nenhum, podem pelo menos passear o co depois de jantar...No seja melgaEst a ver aquelas campa-

    nhas que passam por mas-sacrar o cliente? Ol, Sra. Joana Santos. Sra. Joana, j ouviu falar do nosso servi-o que permite por apenas 49,99 por ms reflexionar um packaging de down-sizing? Sra. Joana, estaria interessada em aderir nossa promoo? Sra. Joa-na, quando que podemos voltar a telefonar? AHHH-HHH!!!! No d ao cliente vontade de lhe rachar o crnio com um machado viking. V nadar enquanto ele vai ao golfe. V lanchar com as amigas enquanto ele vai ao futebol. Tenha o seu mundo, e deixe-o ter o dele.Defina o mercado-alvoAs pessoas mudam ao

    longo do tempo: quando se passa muitos anos em casal, podemos crescer na direc-o um do outro ou para longe um do outro. Como este afastamento gradual, geralmente s damos por isso quando o afastamento j to grande que quase no avistamos o outro. Por isso importa olhar, no para a pessoa que ele era h uns anos, mas para a pessoa que ele agora. Como dizem os peritos em marketing, sem definir muito bem quem o

    cliente no se pode elaborar uma estratgia.Desenvolva o atendimen-

    to ao clienteDescobriu que ele afinal

    no gosta de bolo de choco-late como sempre acreditou (era manha para agradar sua av), que fuma 20 ci-garros por dia (como?!!),

    que j no aguenta o Dr. House (comeou a coxear tambm, por empatia, e isso transtornou-o consideravel-mente) e que embirra sole-nemente com a sua prima favorita (isto foi tirado a ferros, por pnico de repre-slias da dita prima). Ficou a saber uma data de coisas novas que podem no ter importncia nenhuma mas que tambm podem ser o princpio de uma nova rela-o. Reinvente-a.equilibre a oferta e a

    procura normal que o consumi-

    dor exija maior qualidade

    por um menor preo de bens e servios. Quer di-zer: normal que ele fique no sof a ler os milagres de Jesus no Benfica enquan-to voc fique na cozinha a vigiar trs tachos; que ele queira ver um Especial Histria sobre as grandes batalhas do sculo XX en-

    quanto voc preferia ver o Perfeito Corao; que ele passe todos os seres at s quatro da manh a regar a plantao de beterraba no Farmville enquanto a sua quinta est a cair de aban-dono virtual. normal que ele queira isto, mas tambm normal que no o tenha: afinal, o poder negocial dos clientes tem de ser equili-brado com as necessidades do fornecedor.Pea o feedback do con-

    sumidorNo sabe o que se passa?

    Pergunte-lhe. Claro que pergunte-lhe no : Olha

    l, tu andas a fazer-te de parvo ou achas que eu sou estrbica e ainda no per-cebi que andas de olho na Belita? Faa da conversa uma prioridade. Crie tem-po em que possam falar com calma, que escusa de ser um frente a frente com uma mesa, um microfone e

    uma garrafa de gua. Pode-se conversar enquanto se anda de carro (embora os homens geralmente sejam incapazes de se concentrar em duas coisas ao mesmo tempo), enquanto se arruma a cozinha, enquanto se v televiso. Desafio: experi-mente ouvir apenas, mesmo que lhe apetea muito mui-to refilar ou mesmo atirar-lhe uma jarra cabea.Ateno aos mercados

    concorrentesAdaptar-se aos novos tem-

    pos exige mudana, adre-nalina e flexibilidade: s vezes, o consumidor expe-

    rimenta produtos novos no porque sejam melhores do que o produto habitual mas apenas por uma questo de novidade, experimentao e variedade. Conhea as suas mais-valias: intimidade e confiana. Isto parece b-vio, mas quantas vezes nos esquecemos de olhar o outro

    nos olhos, de lhe dizermos como ele importante para ns, de estarmos sozinhas com ele? A vantagem desta estratgia que geralmente tem retroactivos: costuma-mos devolver aos outros a maneira como somos tra-tadas. Quando foi a ltima vez que lhe fez um elogio? E isto tambm vale para os filhos, para os pais, para os avs... A famlia deve ser o nosso maior cliente: le-ve-a a srio. No deixe que se transforme apenas nas pessoas que esto consigo todos os dias.

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    cinmA | dvdmacheteAntes de o relgio contar

    cinco minutos de filme, Machete (Danny Trejo) se irrita com uma chama-da em vdeo de seu chefe e esmaga um celular com

    as prprias mos. Isso d o tom: se algo est no ca-minho de Machete, est em vias de ser esmagado, destrudo, explodido ou decapitado. Com Ma-chete, o diretor Robert Rodriguez mergulhou no trash e na mexploitation para entregar um de seus melhores filmes.A histria segue o ex-

    federale (agente federal mexicano) Machete, que trado por seu gover-no, perde sua famlia e deixado para morrer. Por trs das maquinaes, est Torrez (Steven Sea-gal , em verso gorducha e hilariante), um trafican-te que colocou aparente-

    mente todos em sua folha de pagamento, do faxi-neiro de boteco em Gua-dalajara ao senador do Texas, John McLaughlin (Robert DeNiro). Ma-

    chete, claro, no morre e vai para os eUA como imigrante ilegal, onde contratado por Michael Booth (Jeff Fahey) para matar McLaughlin. Tra-do e deixado para morrer novamente, Machete ago-ra busca vingana.Paralelamente a isso,

    McLaughlin quer se re-eleger com a plataforma linha dura contra a imi-grao. O senador mon-tou um esquadro de extermnio na fronteira chefiado por Von Jackson (Don Johnson, o Sonny Crockett de Miami vice) e ainda defende a cria-o de uma cerca eltrica para proteger o Texas dos

    imigrantes.A trama simples sus-

    tenta um argumento poltico completamente exagerado de Rodriguez em prol da imigrao.

    O diretor mexeu em um assunto delicado para os yankees com a sensibili-dade de um rinoceronte em uma loja de porcela-nas, mas a atmosfera do filme o faz funcionar. O ar panfletrio simplrio complementa os dilogos artificiais e a violncia exagerada. em Mache-te, as falhas funcionam em prol do filme, como o caso do discurso mo-tivador que Jessica Alba arremessa em determina-do momento com a frase No cruzamos a frontei-ra, a fronteira que nos cruzou, uma fala to ruim que tem chance de se tornar um fenmeno

    da internet.A escolha do elenco foi

    fantstica. Danny Trejo reprisa seu papel como Danny Trejo, como em todos os filmes de Rodri-guez, um mexicano du-ro e de poucas palavras. Fahey, Seagal esto ex-celentes em seus papis, nunca levando tudo mui-to a srio, mas mantendo

    a coerncia em um mun-do no qual um homem usa o intestino de outro para fazer rapel. Um dos destaques do elenco vai para Cheech Marin, que interpreta o irmo de Machete, um padre que um ex-federale. Quando Marin saca duas escope-tas em um tiroteio com Tom Savini em uma igre-ja ao som de Ave Maria, o espectador sabe que est diante de um momento especial do cinema.A trilha sonora apro-

    priada: beats chicanos se encontram com lamentos de viola texanos em algo que parece ennio Mor-ricone comendo um bur-rito e alguns nachos. A msica executada quan-do Machete subitamente conquista uma garota e a leva para cama brilhan-te, uma guitarra mas-sacrada por um pedal de wah-wah que parece ter sado de um obscuro blaxploitation dos anos 70.O filme tambm conta

    com efeitos especiais sa-tisfatrios. Machete tem uma predileo por facas e, por isso, fatia, dece-pa e decapita qualquer coisa em seu caminho, e a resposta no vdeo sa-tisfatria, com esguichos de sangue e membros vo-ando para todos os lados. Os tiros tambm so bem executados, com sensao

    de impacto e sempre um jato vermelho pintando a parede.O maior crime contra

    Machete levar algu-ma coisa na tela a srio. Robert Rodriguez, que sempre carregou a ban-deira mexicana em suas

    produes, pode conside-rar o filme um manifesto pr imigrao, mas evi-dente que o que est na tela farsesco, insano e exagerado. e mais: pos-svel penalizar um filme que bota Robert DeNiro vestido como um cucara-cho ilegal com direito a poncho e chapu surrado atirando para todos os lados? No, no .

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    Alvim e os esquilos 3 surpreende e ameaou a liderana de misso impossvelDepois dos resultados

    do fim-de-semana passa-do j tnhamos avisado que seriam precisos 10 mil espectadores para Alvim e os esquilos 3 ultrapassar a marca do anterior captulo (cerca de 57 mil espectadores, estvamos em 2009). E sim. O terceiro filme

    desta franquia no s conseguiu a dita marca, como a ultrapassou em larga escala, atingin-do uns impressionantes 45.113 espectadores em trs dias (segunda, tera e quarta-feira), o que o

    coloca como campeo de assistncia aps o fim-de-semana, com 92. 991 espectadores no total dos 7 dias de exibio.

    este valor, apesar de no superar o resulta-do semanal de Misso Impossvel: Operao Fantasma (a rondar os 98.700 espectadores), bastante positivo, pois no s coloca o filme da Big Picture como o 2 fil-me - destinado aos mais jovens - mais visto este ms (atrs de O Gato das Botas), como de-

    monstra que a fita ame-aou mesmo a liderana do mega blockbuster protagonizado por Tom Cruise.

    Claro que o facto de ser natal e de terem come-ado as frias escolares justificam este resulta-do da comdia infantil, mas estranhamente fica a sensao que Misso Impossvel: Operao Fantasma poderia, e deveria, ter feito mais, pois afinal de contas nem aos 100 mil espectadores chegou (superou o re-

    sultado de O Regresso de Johnny english por apenas 2 mil espectado-res) e ficou bem abaixo de Tintin, Velocidade Furiosa 5 e a A Ressa-ca, por exemplo

    Se formos analisar por salas, pode-se dizer que o filme de Brad Bird conseguiu alcanar 1230 espectadores por ecr, um resultado inferior ao de, por exemplo, Meia-Noite em Paris na sua semana em estreia (com-parativamente relao salas/espectadores).

    J o filme Alvim e os esquilos 3 foi mesmo o campeo da semana no que toca a essa mdia, pois alcanou cerca de 1310 espectadores por sala de espectculos.

    em jeito de curiosidade, quem sofreu mais com esta entrada de Alvim parece ter sido Arthur Christmas e Happy Feet 2, ambos com m-dias por sala de exibio na ordem dos 148 e 187 espectadores.

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