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Folha de Oração mensal em comunhão com os Cristãos perseguidos e necessitados. www.fundacao-ais.pt
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MAIO 2015 | Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
S E M E N T E S DE ESPERANÇA
2 Sementes de Esperança | Maio 15
Intenções de Oração do Santo Padre
Intenção Geral
Cuidado pelos que sofremPara que, rejeitando a cultura da indiferença, possamos cuidar dos sofrimentos do próxi-mo, particularmente dos doentes e dos pobres.
Intenção Missionária
Disponibilidade para a missãoA fim de que a intercessão de Maria ajude os Cristãos que vivem em contextos seculari-zados a tornarem-se disponíveis para anunciar Jesus.
ENSINA-NOS A CUIDAR DOS QUE SOFREM
Ensina-nos, Jesus, de Coração aberto sempre pronto a amar,a ter um cuidado, uma solicitude, um amor dedicado,aos mais pobres, aos doentes, aos carenciados, aos marginalizados.O mundo descarta-os, prefere a riqueza, o triunfalismo, a vanglória,mas Tu, Jesus, ensinas-nos sempre que só o amor salva,disseste que estás presente em cada pobre, nu, faminto, doente.Queres ensinar-nos a ter um coração pobre e humilde,a sermos servos dos nossos irmãos, sobretudo dos que mais precisam.Dá-nos um coração grande e generoso, sempre pronto a amar.Faz que a nossa vida seja uma sinfonia de amor em favor de todos.Ensina-nos a “arte de amar” sem medida, de nos darmos até à cruz.O mundo precisa do fogo do Teu Coração que tem de passar pelo nosso,para incendiar a todos e construir a civilização do amor,um mundo mais justo, mais pacífico, mais humano.Dá-nos um coração semelhante ao Teu para amarmos sem medida.
Ámen.
Dário Pedroso, s.j.
A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os Cristãos que sofrem por causa da sua fé.
Para ajudar estes Cristãos perseguidos e necessitados criámos uma grande corrente de oração e distri-buímos gratuitamente esta Folha de Oração, precisamente porque queremos que este movimento de oração seja cada vez maior. Por favor, ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, nos grupos de oração, pelos amigos e vizinhos. Não deite fora esta Folha de Oração. Depois de a ler, partilhe-a com alguém ou coloque-a na sua paróquia.
3Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
O AVIÃO DA NOSSA VIDA
Reflectir
Quem de nós não se terá sentido pro-
fundamente abalado quando surgiram
as primeiras interpretações da causa
da queda do avião da Germanwings no
dia 24 de Março passado, quando um
Airbus A320 daquela companhia, que
voava entre Barcelona e Düsseldorf,
se precipitou nos Alpes franceses com
142 passageiros a bordo, sem sobre-
viventes. Houve quem tenha afirma-
do que o copiloto do avião sofria de
alguma patologia psicológica ou moral
e que essa teria sido a causa de ter
provocado a queda do avião; esta e
outras explicações desta natureza não
me satisfazem totalmente (embora,
evidentemente, sejam plausíveis),
porque, segundo os testemunhos, era
uma pessoa que «parecia» normal.
No entanto, o facto de se ter fechado
no cockpit do avião e não ter aberto
a porta quando de fora o piloto pedia
que o fizesse, leva a crer que o copi-
loto voluntariamente conduziu o avião
para a tragédia que provocou a morte
de todos os passageiros e tripulantes
do avião. Por isso a questão que eu
tenho colocado desde então é esta:
que terá passado pela cabeça daquele
homem para assim provocar a própria
morte e a de todos os que o acom-
panhavam? Que mistério é este da
liberdade?
O mundo ocidental tem tomado
todas as medidas possíveis para se
proteger das ameaças exteriores,
sobretudo do terrorismo internacional.
Temos viva na memória a tragédia
das torres gémeas de Nova Iorque
naquele fatídico dia 11 de Setembro
de 2001. Por essa razão é que foram
tomadas medidas de protecção, das
quais uma foi não permitir que a porta
INTENÇÃO NACIONAL
Para que a devoção a Nossa Senhora, tão profunda em Portugal especialmente no mês de Maio, seja fonte de paz, confiança e de abandono na Providência divina, que proteja todos das grandes tentações do maligno
4 Sementes de Esperança | Maio 15
do comando do avião possa ser aberta
por fora! A tragédia do dia 24 de Março
passado mostra que afinal o «terroris-
mo» pode estar dentro do espaço do
comando do avião! O terrorismo pode
estar dentro de cada um de nós. Por
isso é que esta tragédia tem no meu
entendimento uma dimensão «meta-
física», pois o copiloto representa cada
homem, cada um de nós, que pode
ser levado pela terrível «tentação» de
se fechar em si mesmo e de conduzir
o avião da própria vida para a destrui-
ção e para a morte.
Leibniz dizia que o início da filosofia
se encontra na admiração perante
este mistério: porque é que há o ser
e não o nada? Eu penso, porém, que
esta pergunta deve ser formulada de
outro modo: porque é que existe a
liberdade? O que significa verdadei-
ramente para cada homem ser livre?
Que mistério é este: que Deus que nos
criou sem nós, criou-nos de tal modo
que, porque livres, não pode salvar-
-nos sem nós?!...
Estamos ainda em tempo pascal.
Na Páscoa celebramos a vitória de
Cristo sobre o pecado, sobre a morte,
sobre a tentação e sobre o demónio.
O Senhor é vitorioso e deu o Seu
Espírito à Igreja e a cada um de nós
no baptismo e nos outros sacramen-
tos, para podermos participar nesta
vitória. E é isso que o Senhor nos
ensina a pedir no Pai-nosso: não nos
deixeis cair em tentação, mas livrai-
-nos do mal (do maligno).
É preciso rezar com insistência e
com fé esta oração do Senhor. Porque
se não for Ele a guardar-nos de nós
mesmos, das terríveis tentações,
podemos precipitar no abismo o avião
das nossas vidas: “se não for o Senhor
a guardar a cidade, em vão vigiam as
sentinelas” (Sl 127,1).
P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj
Assistente Espiritual da Fundação AIS
Reflectir
5Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Erbil e a sua paisagem semidesértica é deslumbrante sob os 44º do escaldante Verão iraquiano. Aprecia-se a calma enganadora da capital do Curdistão. Nada deixaria supor que a sorte de milhares de pessoas se deci-de, neste momento, nesta parte do mundo. Não se ouvem nem se vêem, mas as forças islâmicas estão apenas a 40 km de distância. Em meados de Agosto de 2014 estavam às portas da cidade. A realidade esconde-se por trás dos muros das igrejas, nas escolas e centros desportivos, à sombra dos edifícios em construção: dezenas de milhares de
refugiados, quase 70 mil, espalhados por vinte e dois pontos de acolhimento.
Um dos principais pontos de acolhimento é a catedral católica caldeia, no bairro cristão da cidade de Ankawa, mais conhecida pelo nome de Igreja de São José. Estima-se que cerca de 170 casais tenham encontrado refú-gio aqui e nos edifícios circundantes. Uma tenda improvisada ou a sombra dos edifícios são o magro consolo de que dispõem para se protegerem de um calor assustador e implacável. A maior parte das pessoas está sentada no chão, em colchões ou tapetes,
Eclipsado pela sua vizinha Síria, o Iraque tinha desaparecido da cena mediática antes de retornar ao primeiro plano, depois da tomada de Mossul, no mês de Junho de 2014, pelos combatentes do Estado islâmico (ISIS). Perseguidas, as minorias religiosas – em particular os cristãos – estão ameaçadas de extinção.Mas a ameaça também nos diz respeito…
IRAQUE O FIM DOS CRISTÃOS?
Superfície
435.244 Km2
População
33 milhões (estimativa)
Religiões (estimativa)
Islão, religião oficial
Xiitas 60-65%
Sunitas 32-37%
Cristianismo, Yazidismo, Mandaísmo e Sabeísmo 3%
Línguas correntes
Árabe, Curdo, Turcomano, Aramaico
Iraque
6 Sementes de Esperança | Maio 15
organizada em pequenos grupos ou famílias. Ankawa é uma grande sala de espera. Estas centenas de rostos partilham uma mesma história, um mesmo testemunho, um mes-mo destino: são fugitivos, condenados à morte por serem cristãos.
A 6 de Agosto de 2014, a milícia dos “peshmergas” que defendia a zona cristã a norte de Mossul, retirou-se. Foi então lança-do o alerta por toda a cidade. “O ISIS está à porta, os peshmergas já não nos defendem, peguem nas vossas famílias e fujam.” Havia 50 mil habitantes em Qaraqosh, cidade cris-tã desde há séculos. Partiram todos, apenas com o que tinham vestido. Só ficaram os que não podiam sair de sua casa, os idosos e os doentes. Outras pequenas cidades dos arredores, como Bartella ou Karemlesh, tive-ram a mesma sorte que Qaraqosh. Estima-se num total de 100 mil, o número de cristãos que nesses dias abandonaram as suas casas, na região de Nínive, num êxodo apocalíptico para Duhok, Zakho e Erbil.
“Não é por nós mas pelos nossos filhos” é o grito de uma mãe de uma das sete famílias ortodoxas sírias, com dezasseis crianças, no
total, que encontraram refúgio sob o toldo de um armazém, na comunidade caldeia de Mangesh. Uma das raparigas, rodeada por todas as outras crianças, canta uma canção em inglês: “Todos me amam, todos me amam”. As crianças não compreendem as guerras nem o ódio nem os massacres, não sabem o que se passa nem se inquietam com o futuro. É estranho ver tantas crianças juntas sem um brinquedo ou uma bola. Muitos dos bebés dormem deitados no chão, às vezes numa cadeira de bebé.
“ESTE PAÍS ESTÁ MERGULHADO EM SANGUE”
“Salvar a nossa vida, a honra das nossas mulheres e das nossas filhas e a nossa fé”: são as três razões principais da sua fuga precipitada. E esta rapidez na acção permitiu-lhes fugir à sorte da comunidade yazidi que foi massacrada, violada e redu-zida à escravatura. Todavia, os cristãos de Nínive, Qaraqosh, Al Qosh, Telfek e de tantos outros lugares perderam algo mais que os simples bens materiais: a esperança. “Não posso continuar a viver aqui”, geme o pai
A presença de cristãos
em Mossul remonta
aos primeiros séculos.
Fé e identidade estão
interligadas.
Iraque
7Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
de David, uma das crianças mortas pelo ISIS, em Qaraqosh, “este país está mergulhado em sangue”. A mãe, jovem, com traje de luto, chora escondendo a cara entre as mãos. Não têm documentos nem passaportes. Não sabem como fazer para pedir um visto, mas repetem, constantemente, que querem par-tir, não interessa para onde, desde que seja para longe deste país de sofrimento.
Aqui não há pessoal especializado para os ajudar nos seus traumas e na sua tragé-dia. Estão juntamente com todos os outros refugiados, numa escola de Ankawa. O seu irmão Adeeb, que trabalhava na barragem de Mossul, pergunta: “Porque é que nos países europeus se reconhecem direitos aos muçulmanos que chegam do estrangeiro enquanto aqui nos tratam como cães? E, no entanto, estamos em nossa casa, este é o nosso país. Não viemos do estrangeiro!” Adeeb evoca as raízes bíblicas de Nínive, a terra do Tigre e do Eufrates, a presença dos Cristãos em Mossul desde o séc. V, o mostei-ro de S. Mateus, o aramaico, a língua mater-na de Cristo, os sírios e os caldeus católicos, as comunidades cristãs ortodoxas, e todo um
passado religioso e cultural, muitas vezes centenário, ferido de morte.
Este passado manifesta-se ainda real e activo: padres, religiosas e bispos tentam aju-dar como podem, movimentam-se, lançam apelos, organizam, pedem, escutam, conso-lam, oram. D. Emil Nona, Arcebispo caldeu de Mossul, é um dos cinco bispos também expulsos e deslocados que perderam as suas casas. Acompanhado por um padre, leva pacotes de comida, visita as comunidades, faz a lista das coisas necessárias: colchões, tendas, medicamentos, um frigorífico. Dá conforto e coragem. Nestes dias, são visíveis a Igreja sofredora e a Igreja heróica que vive o Evangelho. Uma Igreja que precisa de apoio, de oração e da solidariedade dos seus irmãos cristãos de todo o mundo.
Em Erbil, Duhok, Zakko e em todo o Iraque vêem-se inúmeros rostos cheios de sofri-mento e de lágrimas. Há pouca esperança e ouve-se um grito unânime: “Ajudem-nos, não podemos continuar assim. Os Cristãos do Iraque são náufragos que estendem a mão para que alguém os salve da morte.” Esperam que a comunidade internacional
O Patriarca D. Sako rodeado pelos seus bispos, eles próprios refugiados, em Tilkef.
Iraque
Refugiados
em Ankawa,
Erbil. Perderam
tudo: casa,
passaporte e
emprego.
8 Sementes de Esperança | Maio 15
Iraque
reaja e que a Igreja não seja a única a vir em seu socorro. Trata-se de algo mais que a mera caridade cristã, trata-se de salvar uma cultura e uma religião ancestrais. É por isso que pedem uma ajuda imediata, não só para deixar os campos improvisados mas também para obter um apoio duradouro. Querem protecção e segurança, e o direito de viver a sua fé, que para os Cristãos do Iraque é também uma identidade e uma cul-tura que querem viver na sua terra. A terra dos seus pais e dos seus avós.
OraçãoPara que os martirizados cristãos do Iraque não percam a fé e a esperança, e se sintam consolados e fortalecidos no amor de Jesus, nós Te pedimos Senhor!
“PARA ALÉM DE TUDO O QUE SE POSSA IMAGINAR”
“Visitei campos de pessoas deslocadas nas províncias de Erbil e de Dohol, e o que vi e ouvi está para além de tudo o que se possa imaginar!”, diz D. Sako, o Patriarca caldeu. Simultaneamente, deplora que desde 6 de Agosto de 2014 não exista ainda “nenhuma solução concreta para resolver a crise com a
qual estamos confrontados”, enquanto conti-nua “o afluxo de dinheiro, armas e combaten-tes que se juntam ao ISIS”. Até ao momento, as medidas tomadas “não mudaram nada e o destino das pessoas envolvidas continua em suspenso como se estes seres humanos não fossem membros da humanidade”.
Salientou que a comunidade internacional e, nomeadamente, os EUA e a Europa “não podem ficar indiferentes à situação no Iraque devido à sua responsabilidade moral e histó-rica”. Segundo o Patriarca, “a consciência do mundo não se apercebe completamente da gravidade da situação”.
OraçãoPara que a comunidade internacional se decida a actuar de forma responsável e eficaz face a esta situação dramática, nós Te pedimos Senhor!
AMEAÇA PARA A EUROPAD. Louis Raphael Sako adverte contra uma
expansão da violência do ISIS: “O silêncio e a passividade poderiam encorajar o ISIS a causar ainda mais tragédias” e acrescenta: “quem será o seguinte?” D. Nona Amel, Arcebispo caldeu de Mossul, presentemen-te exilado em Erbil, confirma: “Os nossos
Após o ataque do ISIS a Qaraqosh e outras aldeias cristãs, milhares de cristãos encontraram refúgio em Ankawa, Erbil, na noite de 6 para 7 de Agosto de 2014, onde dormiram ao relento.
9Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
sofrimentos actuais são o prelúdio daqueles que vocês, Europeus e os cristãos ocidentais, vão também sofrer num futuro próximo. Perdi a minha diocese. A cadeira do meu Arcebispado e do meu apostolado foi ocu-pada por islâmicos radicais que querem que nos convertamos ou morramos. Mas a minha comunidade continua viva.”
“Por favor, tentem compreender-nos. Os vossos princípios liberais e democratas não valem nada aqui. Têm de examinar de novo esta realidade do Médio Oriente, porque aco-lhem nos vossos países um número cada vez maior de muçulmanos. Vocês também estão em perigo. Têm de tomar decisões fortes e corajosas mesmo que contradigam os vossos princípios. Vocês pensam que os homens são todos iguais, mas isso não é verdade: o Islão não diz que os homens são todos iguais. Os vossos valores não são os valores deles. Se não compreenderem isto, rapidamente, vão tornar-se vítimas do inimigo que acolheram na vossa casa.”
OraçãoPara que os cristãos de todo o mundo se unam em oração incessante à misericórdia de Deus pelo fim do Estado islâmico, nós Te pedimos Senhor!
NOVAS NORMASDesde a queda de Mossul que os habitantes,
actualmente todos sunitas, vivem à som-
bra das mesquitas (incluindo também as
igrejas transformadas em mesquitas) e do
Estado islâmico. Os homens devem vestir-se
à maneira afegã, deixar crescer a barba e
rapar o cabelo. As mulheres, que já não têm
o direito de trabalhar fora de casa, devem
estar cobertas da cabeça aos pés. Os jiha-
distas obrigam as famílias a oferecer-lhes as
suas jovens filhas. A sharia é letra de lei.
POSIÇÃO DA SANTA SÉ “Posso dizer que é lícito deter o agressor”
afirmou o Papa. “Sublinho o verbo: deter,
não digo bombardear. Temos de ter memó-
ria, não é verdade? Tantas vezes, com esta
desculpa, as potências apoderaram-se dos
povos e desencadearam uma verdadeira
guerra de conquista!”, acrescentou o Papa
numa alusão implícita à intervenção ameri-
cana de 2003, no Iraque. “Uma só nação não
pode decidir como acabar com esta situa-
ção”, concluiu.
Iraque
Crianças
de Mossul
refugiadas
em Tilkef.
D. Sako apela
à comunidade
internacional.
10 Sementes de Esperança | Maio 15
Oração
Virgem Mãe do meu JESUS,
sois minha força, alento e luz!
A vós me consagro, na vida e na morte;
A vós me consagro na dor e na sorte,
Vosso eu sou na felicidade;
Vosso por tempo e eternidade.
Virgem Mãe do meu JESUS,
Sois minha força, alento e luz!
Mãe de JESUS, em vós confio,
Mãe de JESUS, a vós imploro;
Mãe piedosa, guardai-me;
Mãe poderosa, salvai-me!
Ó Mãe, vinde ajudar-me a rezar,
Ó Mãe, vinde ajudar-me a lutar!
Ó Mãe, vinde ajudar-me a sofrer;
Ó Mãe, vinde comigo viver!
Podeis ajudar-me, Mãe poderosa!
Quereis ajudar-me, Mãe piedosa!
Deveis ajudar-me, Mãe fidelíssima!
Tendes de me ajudar, Mãe clementíssima,
Ó Mãe da graça, dos cristãos abrigo.
Esperança da terra, do céu alegria;
Saúde dos enfermos, ó doce Maria!
SÚPLICAS À MÃE DE DEUS
Quem jamais debalde a vós implorou?Quem jamais em vão vosso amor invocou?Por isso, imploro com todo o ardor:Maria, ajudai-me na angústia e na dor!
A vós eu confio a minha sorte,Em cada dia, na vida e na morte.Eu creio e confio em vós, ó Maria,A DEUS bendiremos na eterna alegria.Virgem Mãe do meu JESUS,Sois minha força, alento e luz!A vós me consagro, na vida e na morte;A vós me consagro na dor e na sorte,Vosso eu sou na felicidade; Vosso por tempo e eternidade.Virgem Mãe do meu JESUS,Sois minha força, alento e luz!Ámen.
11Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
2015 - Ano da Vida Consagrada
O Instituto Secular Nossa Senhora de
Schoenstatt faz parte do Movimento
Apostólico de Schoenstatt, um
grande movimento de leigos em
todo o mundo, com cerca de 200
santuários, quatro dos quais em
Portugal - Aveiro, Porto, Braga e
Lisboa - tendo sido o de Lisboa o
primeiro a ser instituído e, por isso,
de certa forma, o mais emblemáti-
co. Do Movimento também fazem
parte outros institutos seculares
femininos, masculinos e familiares.
Nome Oficial: Instituto Secular Nossa Senhora de Schoenstatt
Fundação e data: Formou-se nos anos 1930-1946, sendo a constituição oficial a 2-2-1946.
Fundador: Pe. José Kentenich
Situação canónica: Direito Pontifício – Decretum Laudis a 15-09-1977
Sede: Haus Regina - Alemanha
Número de membros: (aprox.) 300 em todo o mundo e sete em Portugal
INSTITUTO SECULAR NOSSA
SENHORA DE SCHOENSTATT
12 Sementes de Esperança | Maio 15
2015 - Ano da Vida Consagrada
ESPIRITUALIDADEO núcleo da espiritualidade – comum à Obra de Schoenstatt na sua totalidade – é a Aliança de Amor com Nossa Senhora. É uma forma original de renovar e vivificar a aliança baptismal, levando à transforma-ção interior segundo a imagem de Maria. Pela Aliança, Nossa Senhora educa para o encontro e o diálogo permanente com o Deus da vida e para a resposta às Suas interpelações no quotidiano. Educa para a disponibilidade instrumental no seguimen-to de Cristo e na abertura para a vontade do Pai, e conduz a um profundo empenha-mento e compromisso com a Igreja e a sua missão de ser alma no mundo.
O Instituto tem carácter familiar: oferece aos seus membros acolhimento e apoio para o desenvolvimento de personali-dades marianas, com uma característica simultaneamente filial e maternal; procura capacitá-las para que, na vida de consa-gração no meio do mundo, se conjuguem a dimensão contemplativa e a activa; leva-as a assumir, com responsabilidade e autonomia, o trabalho profissional e apos-tólico nos campos mais diversos.
FINALIDADEConjuntamente com as outras necessida-des da Obra de Schoenstatt, o Instituto Secular Nossa Senhora de Schoenstatt tem
como finalidade a “configuração maria-na do mundo com Cristo”, ou seja, o desenvolvimento e consolidação de uma nova cultura, de um humanismo cristão com os rasgos de Maria. Procura, de modo particular, que as realidades do mundo sejam enriquecidas com o valor próprio da presença da mulher. Especificamente, pela presença e actuação de cada uma nos âmbitos profissional e familiar, social e apostólico – em que está inserida, o Instituto visa o estabelecimento de laços humanos de vinculação pessoal, o desen-volvimento de relações sãs e profundas com Deus, com as pessoas, com as coisas e o trabalho. Deste modo, busca o Instituto ajudar a superar as dicotomias e o separa-tismo da vida moderna e contribuir para o restabelecimento do “organismo de vinculações” - a perfeita harmonia entre a fé e a vida, entre o Evangelho e a cultura, entre o natural e o sobrenatural, em todas as estruturas sociais e eclesiais.
PORTUGAL
Principais Actividades As actividades são tão diversificadas quan-to os empenhos profissionais e apostólicos dos membros do Instituto. Os membros normalmente não vivem em comunidade e continuam a exercer uma profissão no meio do mundo.
13Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
ORAÇÕES DO PADRE KENTENICH
Cântico do Instrumento
(…)Mãe, torna-nos semelhantes a tie ensina-nos a caminhar na vida como Tu:forte e digna, simples e bondosa,irradiando amor, paz e alegria.Em nós percorre o nosso tempo,prepara-o para Cristo.(…)
Oração de Confiança
Confio em teu poderem tua bondadeem ti confiocom filialidade.Confio cegamenteem toda a situação,Mãe no teu Filhoe na tua protecção.
Oração ao Espírito Santo
Espírito Santo
Tu és a alma da minha alma.
Cheio de humildade eu te adoro.
Ilumina-me, fortifica-me,
guia-me e consola-me.
Revela-me, tanto quanto corresponde
ao plano do Pai Eterno,
revela-me os teus desejos.
Faz-me entender o que
o Amor Eterno deseja de mim.
Faz-me entender o que devo fazer.
Faz-me entender o que devo sofrer.
Faz-me entender o que em silêncio,
com modéstia e reflexão,
devo aceitar, carregar e suportar.
Sim, Espírito Santo, faz-me entender
a tua vontade e a vontade do Pai.
Pois a minha vida inteira não quer ser senão
um contínuo e perpétuo SIM
aos desejos e ao querer do Pai Eterno.
Ámen.
Actualidade
SEDE:Praça de Damão, 71400-085 LisboaTel: 213 014 901Tlm: 917 825 863 917 615 115GPS: 38°41’56.40”N / 9°12’53.48”OE-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]://insenhoraschoenstatt.home.sapo.pt
Horário:O Santuário está aberto diariamente das 9h00 às 22h00, a todos, para rezar e quase todos os dias da semana tem o Santíssimo exposto para adoração
14 Sementes de Esperança | Maio 15
Actualidade
“SOMOS O EVANGELHO VIVO”
A fuga, descreveram-na como um verdadei-ro tsunami humano. Foram cerca de 2 milhões de pessoas em fuga. Todos foram ameaçados, muçulmanos xiitas, yazidis, drusos, turcoma-nos, assírios e tantas outras minorias.
As estradas estavam congestionadas, não se conseguia andar, havia muito pó no ar devido à fuga de carros e pessoas. Não se via nada. Não tinham nada nem para comer nem para beber. Os milhares em fuga dormiam e descansavam nas estradas, no chão.
Foi muito duro, mas…. todos me disseram que não tinham nada mas tinham TUDO. Todos disseram que tinham Deus ao seu lado e que Ele os acompanhou e os protegeu ao
longo das muitas horas no caminho da fuga. Tantas vezes ouvi dizer: “sei que Deus nunca me abandona, sei que Deus está comigo e me dá tudo o que preciso.” É a entrega e a confiança plena em Deus.
De 18 a 31 de Março estive no Líbano e no Iraque, integrada numa delegação internacional da AIS. É uma viagem que jamais esquece-rei. Jamais esquecerei todas as pes-soas com quem me cruzei e falei. Jamais me esquecerei das suas palavras! Jamais me esquecerei do seu testemunho de fé e alegria!
Catarina, a Ir. Micheline e o P. Halemba com refugiados sírios no campo Deir al Ahmar, no norte do Líbano
O que mais me impressionou foi, de facto, a sua fé e alegria. Todas as histórias de vida são ver-dadeiros dramas, com muito sofrimento e muita dor. Quase todos fugiram na noite mais negra da história do Iraque. Fugiram a 6 de Agosto, depois do auto-proclamado Estado Islâmico ter chegado às vilas e aldeias cristãs e comunicado: “ou se convertem, ou pagam um imposto ou fogem. Se ficarem, apenas a espada vos espera. Serão todos mortos.” Não tinham alternativa. Tiveram de fugir. Fugiram durante a noite. Fugiram sem nada. Fugiram apenas com a roupa no corpo. Tudo o resto ficou para trás. As suas vidas, os seus pertences, a sua história. Alguns perderam familiares, amigos.
15Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
Actualidade
A vida nos campos de refugiados é tudo menos fácil. Todos estão à mercê da nossa ajuda, da ajuda internacional. Não há trabalho. A maioria das crianças não tem escola. As escolas existen-tes não têm capacidade para acolher todos. Os jovens que estavam a estudar interromperam também as suas vidas e os seus estudos.
A violência está a aumentar dentro dos cam-pos. Nas “casas”, isto é, nos contentores com cerca de 10m2 vivem muitas vezes seis, sete, oito até onze pessoas. Não há espaço. Não há pri-vacidade. Depois de tudo por que passaram estas pessoas também perderam a sua dignidade.
São milhões os refugiados, actualmente. Só no Líbano há cerca de 2 milhões de refugiados sírios e milhares de iraquianos. As estruturas destes países já não suportam todos estes homens e mulheres que tudo perderam e que nada têm.
A Igreja está no terreno. Um trabalho extraordinário e de uma dimensão que não é possível descrever. Todos sabem que a Igreja está junto do povo e que ajuda todos os que chegam. Ninguém é excluído.
Estes nossos irmãos são o Evangelho vivo, porque diariamente é estendida a mão a quem
necessita de apoio: “tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes--me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.” (Mt 25,35-36).
É por isso que é tão importante o nosso apoio, o seu apoio. Estamos a ajudar para que diariamente haja milagres.
O Padre Samir, de Aniske, no Norte do Iraque, disse-me: “sem a vossa ajuda muitas destas pessoas já teriam perdido a vida. Eu tenho 550 famílias há oito meses a meu cargo. Dou-lhes tudo o que necessitam, o básico, diariamente. Sem o vosso apoio seria impossível. Muito obrigada em nome de todos os que estão a receber esta vossa ajuda.”
Precisam de nós. Precisam da nossa ajuda. Precisam acima de tudo das nossas orações. Precisam de saber que não nos esquecemos deles.
Pediram-me para rezar por eles e para que a via sacra das suas vidas acabe. Querem que
a luz, a esperança regresse às suas vidas. Querem celebrar a Ressurreição do Senhor!
Não podemos ficar indiferentes! Catarina Martins de Bettencourt, directora da Fundação AIS
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TRua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOAel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304
[email protected] • www.fundacao-ais.pt
SEMENTES DE ESPERANÇA - Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre
PROPRIEDADEDIRECTORA
REDACÇÃO E EDIÇÃO
FONTEFOTOS
CAPAPERIODICIDADE
IMPRESSÃOPAGINAÇÃO
DEPÓSITO LEGALISSN
Fundação AIS Catarina Martins de BettencourtP. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix LunguL’Église dans le monde – AIS França© AIS; © Ankawa.com
Ícone de Nossa Senhora de Fátima11 Edições AnuaisGráfica ArtipolJSDesign352561/122182-3928
Isento de registo na ERC ao abrigo do Dec. Reg. 8/99 de 9/6 art.º 12 n.º 1 A
LIVROMãe dos Consagrados, a Igreja precisa de mais evangelizadores, de mais adoradores em espírito e em verdade!
Concede aos teus filhos consagrados a graça da coragem, para enfrentarem as perseguições, incompreensões e dificuldades de toda a ordem, especialmente nos países onde os Cristãos estão em minoria e onde são perseguidos.
Este livro, com ilustrações a aguarela, apresenta-nos a Virgem Maria com muitos e variados títulos, mas há um que permanece comum a todos: Mãe.
TERÇOContas redondas de 6 mm em vidro de cor azul.
A cruz inspira-se no “SIM” como adesão à Sua Chamada, à Sua Missão.
A medalha, inspirada nesta passagem do Evangelho, representa o chamamento de Jesus. No verso da medalha, o brasão de armas da Santa Sé.
Terço benzido pelo Papa Francisco
Vem numa bolsa azul com brochura explicativa
Destaque
Cód. PR100€ 19,50€ 15,00