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Sementes de Esperança | Março de 2012

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Folha mensal de oração em comunhão com a Igreja que sofre Saiba mais em www.fundacao-ais.pt

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1Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Março

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

2012

Sementes de Esperança

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2 Sementes de Esperança | Mar12

Intenção Geral

Mulheres e desenvolvimento

Para que o contributo dado pelas mulheres ao desenvolvimento da sociedade seja adequadamente reconhecido em todo o mundo.

Intenção Missionária

Cristãos perseguidos

Para que o Espírito conceda perseverança a quantos, particularmente na Ásia, são discriminados, perseguidos e mortos por causa do nome de Cristo.

Intenção Nacional

Onde está o teu irmão?

Para que neste tempo da Quaresma todos os católicos em Portugal, pelo menos os que habitualmente frequentam as celebrações dominicais, tomem a sério a atenção ao irmão de cuja salvação também são responsáveis, de acordo com a pergunta da Senhor: onde está o teu irmão?

SEMENTES DE ESPERANÇAFolha Mensal de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

PROPRIEDADECONTACTOSREDACÇÃO

FOTOS

FONTESDISTRIBUIÇÃO

PERIODICIDADEIMPRESSÃOPAGINAÇÃO

Fundação AIS, Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LisboaTel.: 217 544 000, [email protected], www.fundacao-ais.ptP. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix Lungu© Fundação AIS; Mapas © GEOnext; © Bradi BarthVaticano. Relatório 2010 - Liberdade Religiosa no MundoGratuita, mediante simples pedido11 Edições AnuaisGráfica ArtipolJSDesign

Por favor não deite fora esta Folha de Oração. Depois de a ler, partilhe-a com alguém ou coloque-a na sua paróquia.

Intenção de Oração do Santo Padre

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3Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Por altura do dia 11 de Fevereiro,

data que assinala a mais grave tragédia

que ocorre em Portugal, com a lei da

despenalização do aborto, foram publi-

cados alguns dados sobre o número de

abortos que desde então, num cres-

cendo impressionante, têm ocorrido

em Portugal: cerca de 80.000 já foram

praticados e alguns milhares represen-

tam repetições na mesma mulher. Isto

é de si mesmo tremendo, pois que se

trata de 80.000 crianças que foram

impedidas de nascer, por vontade das

próprias mães, que contradizem, em

primeira pessoa, a sua mesma natu-

reza e instinto maternal, com terríveis

consequências para as próprias, pois

elas são igualmente vítimas do acto

que praticam, do qual nunca mais se

libertam. Tenho conhecimento de casos

de mães que volvidas décadas continu-

am assombradas pelo fantasma do acto

que praticaram. E deste trauma não há

medicina, aconselhamento ou assistên-

cia psicológica que as cure ou liberte;

mesmo no caso de mães católicas que

praticaram estes actos e que recorre-

ram ao ministério do perdão que na

Igreja se celebra, a dor mesmo assim

permanece, como sombra da qual

nunca mais conseguem libertar-se. É

verdade que este drama se transforma

num caso gravíssimo de saúde pública,

como alguém comentava; mas a tra-

gédia é ainda maior se considerarmos

o acto em si mesmo praticado, que o

magistério da Igreja considera como

uma acção iníqua e perversa, que é

verdadeiramente um atentado contra

a humanidade. Por mais incómodo que

este tema seja, não deixemos que as

nossas consciências adormeçam, tanto

mais que a situação agrava-se cada

dia, pela situação também em que se

encontra a família ou a sua ausência,

como insistentemente tem vindo a

recordar a associação das famílias

numerosas, que, sendo uma ínfima

percentagem das famílias, são as que

garantem a mais elevada percentagem

da natalidade em Portugal, o país que

se encontra, neste domínio (embora

Sermos guarda do nosso irmão

Reflectir

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4 Sementes de Esperança | Mar12

não seja o único) na cauda do subdesen-

volvimento em toda a União Europeia.

E parece que o drama não tem solução,

pois na maior parte das uniões em

Portugal – de facto, pelo civil e mesmo

nos casamentos pela Igreja, onde a

abertura à vida faz parte das condições

para a validade do casamento – uma

percentagem elevadíssima não quer

ter filhos, e então sabe-se lá os méto-

dos que utilizam para os evitar, pois é

evidente que não pretendem prescindir

de uma intensa actividade sexual, esti-

mulada pela erotização generalizada da

sociedade e da mentalidade contempo-

rânea. Tudo isto é sintoma de uma crise

profunda do sentido da vida das actuais

gerações, totalmente materializadas e

insensíveis em termos de abertura à

dimensão espiritual e escatológica da

vida – estamos aqui de passagem, e,

quer queiramos quer não, não temos

aqui morada permanente – , porque só

quem não acredita na vida não a quer

transmitir, e assim estamos a viver

numa cultura da morte, tão denunciada

pelo magistério da Igreja, com particu-

lar intensidade pelo Beato João Paulo II.

Na mensagem para a Quaresma,

Bento XVI convida-nos a todos a que

não nos tornemos insensíveis ao nosso

irmão, e que tomemos a sério a reco-

mendação da Escritura que nos diz que

devemos ser guardas dos nossos irmãos

(Gen 4,9), velando pelo seu bem-estar,

não apenas material, mas sobretudo,

moral e espiritual. Talvez este clima

de surdez aos apelos do Espírito na

nossa sociedade tenham também a sua

origem na nossa surdez ou desatenção

ou a não nos querermos incomodar e

assim desinteressar-nos mesmo da

correcção fraterna tão importante para

que possamos crescer em comunidade.

Que este apelo de Bento XVI para a

Quaresma que estamos a viver não

seja em vão.

P. José Jacinto Ferreira de Farias, scjAssistente Eclesiástico da Fundação AIS

Reflectir

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5Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Sendo o sétimo país do mundo em número de católicos, a Colômbia é ao mesmo tempo con-siderada um dos países mais perigosos do pla-neta devido ao tráfico de droga, das múltiplas extorsões dos diferentes grupos paramilitares e duma cultura de violência que se desenvolveu de há meio século para cá e que cresce num terreno de extrema pobreza.

No princípio de Julho, as autoridades de Cali, segunda cidade do país, estavam satisfeitas: só tinha havido 125 homicídios na cidade durante o mês de Junho, ou seja, menos trinta e nove que no mês anterior! Isso representava uma dimi-nuição de 24%, o que não é de menosprezar, embora uma média de quatro homicídios por dia não seja muito tranquilizador. Os números são semelhantes nas duas outras grandes cida-des da Colômbia, Bogotá e Medellin, a cidade tristemente célebre no coração do narcotráfico,

mesmo que a situação não seja tão má como há uns anos atrás. No início da Semana Santa de 2011, Bento XVI apelou ao fim da violência e à paz na Colômbia. Unindo-se à Jornada de Oração para as vítimas da violência, que iria ser celebrada na Sexta feira Santa, o Papa convidou insistentemente os Colombianos à “conversão, arrependimento e reconciliação” exclamando bem alto: “Violência na Colômbia nunca mais, e que a paz reine sempre!” Esta Jornada foi uma iniciativa da Conferência Episcopal da Colômbia, cujo secretário, D. Vicente Cordoba Villota, Bispo Auxiliar de Bucaramanga, apre-sentou o desafio: “Convido todos os católicos e todos os colombianos de boa vontade a meditar profundamente sobre os sofrimentos e sobre a realidade das vítimas da violência”, acrescen-tando, “Peço aos parlamentares que ouçam a voz do povo Colombiano para poderem gover-nar com responsabilidade social e em benefício

A Igreja ao serviço da paz

Superfície 1.138.914 Km2População 46.300.000 habitantes

ReligiõesCristãos 95%Católicos 41.897.000 Outros 5%

Língua oficial Espanhol

Colômbia

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das vítimas”. O bispo especificou que “a Igreja não tinha uma solução técnica concreta ou um apoio para dar a qualquer partido político, mas seguiria de perto o processo legislativo em cur-so e continuaria a trabalhar para que os direitos dos pobres e dos cidadãos mais fracos fossem reconhecidos e protegidos de maneira eficaz”. E concluiu que «A violência, sob diferentes formas, foi uma constante na história política e social da nossa nação” e “As grandes vítimas deste fenómeno foram numerosas mas, na maior parte dos casos, invisíveis e esquecidas”. A Jornada de Oração pretendia ser um meio de manifestar a solidariedade dos colombianos para com as vítimas e de “as acompanhar na sua caminhada de reconciliação e de perdão”.

Oração

Para que nesta Quaresma, o povo da Colômbia escute e aceite o convite à conversão, arrepen-dimento e reconciliação, nós Te pedimos Senhor!

CLIMA DE IMPUNIDADE

É preciso dizer que, mesmo que o exército tenha reconquistado certas regiões do país nes-tes últimos anos, se constata que as violações dos direitos humanos e a impunidade quase total persistem na Colômbia. No início de Junho de 2011, e para marcar os 300 dias de governo do novo Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, numerosas organizações europeias elevaram o tom para exigirem dos governos do continente uma pressão mais consequente e activa sobre Bogotá. “As palavras civilizadas não travam a violação dos direitos do homem na Colômbia”, sublinhava o documento que

apresentava alguns números: de Julho de 2010 a Abril de 2011 podiam-se enumerar 206 agressões individuais contra os defensores dos direitos humanos, estando nelas englobados 34 homicídios; o assassínio de 15 dirigentes agrícolas que reclamavam o direito à terra para as suas comunidades; 230 casos de agressão contra os sindicalistas, dos quais 24 assassí-nios e 122 tentativas de assassínio contra os dirigentes nativos. Só no primeiro trimestre de 2010, mais de 36.000 pessoas foram vítimas de deslocalização forçada. É imperativo resti-tuir dois milhões de hectares aos camponeses deslocados, mas o total das terras roubadas é de seis milhões de hectares. Qual o destino dos restantes quatro milhões?

No que diz respeito à impunidade, esta ronda 97% dos casos denunciados de acordo com a Organização Internacional dos Direitos Humanos “Acção Colômbia”, sobre mais de 50.000 desmobilizados no quadro do proces-so aberto pela lei 975 denominada “Justiça e paz”, promulgada em 2005 - o Supremo Tribunal de Justiça só pronunciou uma única condenação resoluta… Outro exemplo: de 2001 a 2009, 490.000 mulheres foram vítimas de abusos sexuais. Dos 70.780 delitos confessados pelos paramilitares só 69 casos se referem explicitamente aos abusos sexuais mas, até agora, nenhuma sentença foi pronunciada con-tra este tipo de crime. Neste contexto, a Igreja quer reforçar o seu apoio às vítimas dos para-militares. Na edição de 26 de Abril do diário El Colombiano, D. Julio Cesar Vidal Ortiz, Bispo de Monteria, no norte do país, censurou o Governo pela sua inacção face aos grupos armados

Colômbia

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7Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

ilegais e afirmou que a Igreja devia retomar a iniciativa e contactar organizações internacio-nais como a Cruz Vermelha, as Nações Unidas ou a Organização dos Estados Americanos.

Outro grande desafio é o flagelo das crianças soldados, cujo número chegará aos 11.000 na Colômbia. Uma nota da agência jornalística brasileira ADITAL indica que a estes milhares de jovens devem ser acrescentadas as outras crianças usadas como “detectores de minas anti-pessoais” pelos exércitos, para que estes possam avançar sem baixas... Os grupos para-militares e as guerrilhas continuam a atrair crianças para as suas fileiras, pela lábia ou pela força, chegando a organizar campanhas de recrutamento nas escolas.

Oração

Pelas vítimas das violações dos direitos huma-nos, dos abusos sexuais e por todas as crianças atingidas pelo flagelo da guerra, nós Te pedi-mos Senhor!

O PREÇO A PAGAR

Seja pelo seu empenho a favor da justiça e da paz ou simplesmente porque está ao ser-viço dos mais pobres, mesmo nas zonas mais perigosas, a Igreja paga muitas vezes o preço, sobretudo os sacerdotes, especialmente visa-dos, o que torna a Colômbia o país que detém o recorde do número de sacerdotes assassinados.

A 26 de Janeiro, o P. Rafael Reatiga Rojas, 35 anos, ecónomo da Diocese de Soacha (arredores de Bogotá ) e pároco da catedral Jesucristo Nuestra Paz, e Richard Armando Piffano Laguado, 37 anos, pároco da Igreja de San Juan de la Cruz, na cidade de Kennedy,

foram abatidos dentro do seu carro. De acordo com os testemunhos das duas comunidades paroquiais, os sacerdotes em questão estavam muito empenhados junto da população, eram inteiramente dedicados ao seu trabalho e não tinham problemas com ninguém.

Três semanas mais tarde, o P. Luis Carlos Orozco Cardona, 26 anos, vigário da catedral, foi abatido em Rio Negro (Antioquia), a 12 de Fevereiro, por um menor. “Lamentamos pro-fundamente o cruel assassinato do P. Luis Carlos Orozco Cardona” refere o comunicado assinado pelo bispo da diocese e pelo presbitério. “Isto demonstra, uma vez mais, a grave crise de valores humanos e cristãos que atinge a nossa sociedade por causa do esquecimento de Deus e do desprezo pela vida e pela dignidade da pessoa humana.”

Em Maio foi a vez do P. Gustavo Garcia, 34 anos, eudista, ser morto. O sacerdote esperava o autocarro na rua 68, em Bogotá, para ir visi-tar um doente. Falava ao telemóvel quando um delinquente o surpreendeu e o feriu gravemen-te com uma faca para lhe roubar o telemóvel, ferimento esse ao qual não sobreviveu.

Duas semanas mais tarde, as autoridades colombianas encontravam os despojos do P. Cesar Dario Penja, desaparecido há sete anos. Uma comissão de inquérito concluiu que, em Março 2004, o P. Penja tinha caído numa emboscada, de uma suposta chamada de socorro, e capturado pelas FARC. Em seguida, fora morto a tiro.

Recentemente, o P. José Reinel Restrepo Idárraga, sacerdote da cidade mineira de Marmato, no oeste da Colômbia, foi assassinado

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a 1 de Setembro de 2011, segundo informa-ções fornecidas pelo secretário do Governo desta região, Henry Murillo. Este informou que o sacerdote tinha sido morto na estrada, quando se deslocava de moto: foi retido por indivíduos desconhecidos que dispararam sobre ele, ferindo-o mortalmente. Os assaltan-tes tinham fugido com a moto e com outros objectos do sacerdote. O P. Restrepo, natural de Viterbe (Caldas), tinha 36 anos. Era, desde 2009, pároco de Marmato, onde tinha ganho o respeito e o afecto da população graças à sua actuação em favor dos desfavorecidos. O P. Oviedo Arrieta, 34 anos, foi assassinado a 12 de Setembro de 2011.

Duma maneira geral, os sacerdotes são muito prudentes, sobretudo nos bairros difíceis onde, apesar do perigo, ficam para assegurar a sua missão junto dos mais desfavorecidos. Em geral, sabem antecipar e pressentir o perigo sem que, no entanto, estejam livres de inci-dentes mais graves.

Oração

Por todos os sacerdotes da Colômbia, para que desempenhem com coragem e fidelidade a mis-são de pastores junto dos mais desfavorecidos, nós Te pedimos Senhor!

RECONHECIMENTO DO TRABALHO DA IGREJA

Esta situação difícil não impede a Igreja de prestar um serviço eficaz junto da população, também na vertente social. O próprio Governo colombiano usa, muitas vezes, as paróquias para a distribuição de ajuda alimentar porque

sabe bem que só a igreja dispõe duma rede e competência necessárias para chegar mais per-to da população. Segundo o vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzon, “a Igreja tem um papel insubstituível” tanto no trabalho social, onde ele reconhece “a sua grande eficácia”, como na reconciliação do país. É preciso dizer que a Igreja é proprietária: fundou colégios, hospitais, centros de saúde, universidades, e os Colombianos não esqueceram isso. Também sabem que a Igreja é a única organização oficialmente encarregada pelo Governo para negociar com as FARC e outros grupos arma-dos. Para além disso, é uma Igreja jovem: a idade média do clero está na casa dos 50 e nalgumas dioceses ainda mais jovens, como a de Barranquilla, é de 38 anos! O número de sacerdotes aumenta. As ordens religiosas estão vivas, particularmente os dominicanos e as ordens apostólicas com congregações muito específicas como, por exemplo, uma comuni-dade de religiosas dedicadas à formação e à evangelização das tribos indígenas na selva. Com 87% da população a declarar-se católica, constata-se que a sociedade ainda é profun-damente cristã. Mesmo as longínquas JMJ de Madrid conseguiram reunir 5.000 colombianos, o que é um feito dada a distância e o nível de vida do país.

Oração

Pela Igreja da Colômbia, para que se deixe con-duzir pela força do Espírito Santo na sua missão de anunciar a todas as pessoas a Boa Nova da salvação, nós Te pedimos Senhor!

Indonésia

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9Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Ó glorioso São José, a quem foi dado

o poder de tornar possíveis as coisas humanamente impossíveis,

vinde em nosso auxílio nas dificuldades em que nos achamos.

Tomai sob a vossa protecção a causa que vos confiamos,

para que tenha uma solução favorável.

Ó S. José muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança.

Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão.

Já que tudo podeis junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que a vossa bondade

é igual ao vosso poder.

São José, a quem Deus confiou o cuidado

da mais santa família de sempre, sede o pai e protector da nossa

e alcançai-nos a graça de vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria.

São José do perpétuo socorro, rogai por nós, que recorremos a vós.

Ámen.

Oração S. José

Oração

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10 Sementes de Esperança | Mar12

Em todas as nossas necessidades, sofrimentos e dificuldades, não há meio melhor

e mais seguro do que a oração e a esperança de que Deus providenciará pelos

meios que quiser.

Este conselho é-nos dado pela Sagrada Escritura, onde se diz que o Rei Josafat,

estando muitíssimo aflito e rodeado de inimigos, pondo-se em oração, disse a

Deus: “Quando não sabemos o que fazer [e a razão não basta para prover às

necessidades], só nos resta levantar os olhos para Ti”

(2Cr 20,3-12).

S. João da Cruz,

2 Subida do Monte Carmelo 21,5

Oração & Esperança

Pensamento Positivo

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11Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Querido amigo:Abandonado e sozinho na cruz, entre o céu e a terra, Jesus resgatou-nos a todos. Mas só quando O amamos e permanecemos unidos a Ele conseguimos o resgate dos nossos pecados e nos é dada a chave que nos abre o Céu. Estar unidos a Ele deve ser para nós mais valioso do que todos os tesouros que a terra nos possa oferecer.Ninguém pode permanecer unido a Ele se não participar da Sua Paixão e da Sua Cruz. Por isso, em nenhum lugar floresce tanto a Igreja como onde se sofre perseguição e pobreza. E em nenhum lugar se corre maior perigo do que onde se foge da solidão de Cristo crucificado.

No seio da Igreja, a Fundação AIS oferece-vos uma possibilidade concreta de se tornarem participes no sofrimento de Jesus. Cruzando todas as fronteiras, tomamos algo que vos pertence, uma parte do vosso coração, um punhado de consolos, um lenço para enxugar as lágrimas, para o entregar nessas regiões onde o Senhor volta a percorrer a Sua Via Sacra, onde morre nos Calvários do nosso tempo. Através de nós, podeis acender uma luz no Seu caminho da crucifixão, como fizeram Verónica ou Simão de Cirene, e permanecer ao pé da Sua cruz, como a Virgem Maria ou São João.Não ignoreis esta possibilidade, pois nada é tão grave como afastar-se com desprezo de Jesus, que sofre na Sua Igreja. E nada há de mais valioso do que consolar Nosso Senhor abandonado, que vive nos irmãos perseguidos.Não penseis que se trata de uma questão de dinheiro. É uma questão de amor. O vosso sacrifício económico não tem nenhum mérito se o realizardes por outros motivos, se o vosso coração não padecer o sofrimento dos que sangram juntamente com o Cordeiro de Deus. Somente compartilhando sinceramente os sofrimentos dos vossos irmãos necessitados, nos quais reconheceis Nosso Senhor, podeis permanecer unidos a Jesus abandonado.As consequências desta situação não se podem quantificar. Em Jesus possuireis Deus. N’Ele não apenas encontrareis o Céu e o gozo da Santíssima Trindade, mas também a Terra com a humanidade inteira. Em Jesus possuireis todas as coisas porque tudo o que é D’Ele também passa a ser vosso.Portanto, não vos separeis da imagem do Homem das Dores que é crucificado em milhões de cristãos. Não permitais que as pequenas preocupações quotidianas vos façam esquecer o dia em que tereis de aceitar a última cruz. Lutai contra a vossa condição humana, contra a cobardia e o medo de sofrer, contra as vossas paixões e os vossos pecados.Vivei assim, aceitando as pequenas cruzes que Deus vos envia. Renunciai a algo, privai-vos de algo valioso que suponha um consolo para os outros. Deste modo lançareis alguma claridade na cruz que subjuga os eleitos de Deus. E não vos esqueceis de pedir a Deus que conceda aos que carregam sozinhos a cruz, a força para compartilhar o destino de Cristo abandonado. Rezai pela Igreja que sofre, por vós e também pelo vosso Werenfried van Straaten.

Werenfried van Straaten

Testemunhas de Fé

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11,90