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Maurício da Silva Miranda• Procurador do Município de Matão-SP desde 2011.

• Especialista em Direito Empresarial pelo Uniseb.• Foi aprovado em concursos para os cargos de Procurador do Município de Aparecida de Goiânia-GO, Notário e Registrador do Estado do Espírito Santo

e Notário Registrador do Estado do Tocantins.

Rafael Assed de Castro• Procurador do Estado de Minas Gerais desde 2008.

• Especialista em Direito Tributário pela Uniderp.• Foi aprovado em concursos para os cargos de Procurador do Estado do Tocantins; Procurador do Município de Ribeirão Preto-SP; Procurador do

Município de Sertãozinho-SP e Advogado da Caixa Econômica Federal.

4ª Edição - Revista, ampliada, atualizada.2016

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CAPÍTULO II

FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL

1. CONCEITO

-do na designação de pessoas jurídicas de direito público: União, Estados, Distri-to Federal e Municípios. Logo, a expressão Fazenda Pública Municipal represen-

Segundo Hely Lopes Meirelles, a Administração Pública, quando ingressa em juízo por qualquer de suas entidades estatais, por suas autarquias, por suas fundações públicas ou por seus órgãos que tenham capacidade processual, recebe a designação tradicional de , porque seu erário é que suporta os encargos patrimoniais da demanda3.

Vale observar, ainda, que a expressão não con-templa as empresas públicas e as sociedades de economia mista, já que são es-tas últimas pessoas jurídicas de direito privado.

Segundo o Código de Processo Civil de 2015, em seu art. 75, inciso III (art. 12, inciso II do CPC/1973), os Municípios são representados em juízo por seu Procurador ou por seu Prefeito.

2. PRERROGATIVAS PROCESSUAIS

A Fazenda Pública Municipal possui prerrogativas processuais próprias, em razão de sua função primordial: a defesa do interesse público.

Neste contexto, elencamos alguns motivos autorizadores de prerrogativas pro-cessuais, como o caráter obrigatório de defesa por parte do ente público munici-pal, o maior volume de trabalho e a maior burocracia em sua atividade. Vejamos:

2.1 Prazo em dobro para manifestações processuais e intimação pessoal do Procurador Municipal

Conforme determina o art. 183 (art. 188 do CPC 1973) do Código de Pro-cesso Civil de 2015, a Fazenda Pública Municipal detém, em regra, o prazo em dobro para manifestações processuais. Importante assinalar que, na vigência do CPC/1973, o prazo diferenciado, previsto em seu art. 188, referia-se apenas à contestação – prazo em quádruplo – e aos recursos – em dobro; ou seja, para responder a um recurso, por exemplo, o prazo era simples. Hoje, com o novo

3 MEIRELES. Hely Lopes. . São Paulo: Malheiros, 2000. p. 590.

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CPC, qualquer manifestação da Fazenda Pública, terá seu prazo contado em dobro, e sempre com intimação pessoal, mediante carga dos autos.Importante ressaltar que tal regra é também aplicável quando a Fazenda Pública Municipal atua como assistente ou como terceiro em determinada causa.

Destacamos, ainda, que a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público, segundo deter-mina o § 2º do art. 183. Podemos citar como exemplos os seguintes:

1 Nos juizados especiais da Fazenda Pública;2 Prestar informações em Mandados de Segurança3. Prazo de interposição de embargos de devedor pela Fazenda Pública

-art. 535 (art. 730 CPC 1973), do Código de Processo Civil de 2015.-

mação pessoal do Procurador Municipal para todos os atos, mediante carga dos autos; pedimos vênia para transcrevê-lo;

Art. 183 - A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas res-pectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.

§ 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.

(prazo em dobro e intimação pessoal) introduzidas pelo novo Código de Pro-cesso Civil na atuação judicial do Procurador Municipal.

2.2 Citação pessoal da Fazenda Pública Municipal

Dispõe o Código de Processo Civil, em seu art. 247, inciso III (art. 222 CPC 1973), que a citação da Fazenda Pública deve ser realizada de modo pessoal,

Tal regra, contudo, possui uma ressalva, qual seja, a citação do ente público por carta. Temos como exemplo desta exceção a atuação dos Procuradores Mu-nicipais na esfera da (Decreto-Lei n º 779/69).

2.3 Revelia e a Fazenda Pública Municipal

Em apertada síntese, pode-se dizer que a revelia é o não comparecimento do réu ao processo para apresentação de sua defesa4.

4 Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.

Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação; II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;

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ATENÇÃO

A revelia possui basicamente dois efeitos:a) Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor e;b) Dispensa de intimação do réu para os atos posteriores do processo.

Diante do fato de a Fazenda Pública tutelar direito público indisponível, assevera o professor Leonardo José Carneiro da Cunha5 que, sendo ré a Fazenda Pública, não se opera, quantos aos fatos alegados pelo autor, a presunção de veracidade decorrente da revelia.

Importante ressaltarmos, contudo, que, em novembro de 2012, o STJ, no REsp 1.084.745, decidiu que os efeitos materiais da revelia se aplicam contra a Fazenda Pública quando a relação é direito privado. Segundo o Ministro Luis Felipe Salomão, os efeitos materiais da revelia não são afastados quando, mes-mo citado, o Município deixa de contestar o pedido do autor, sempre que não estiver em litígio contrato genuinamente administrativo, mas sim obrigação de

-

privado deve se consolidar em nossos Tribunais.

2.4 Contestação pela Fazenda Pública Municipal

Contestação é uma das possíveis peças processuais de defesa inicial do réu em um processo judicial, ao lado da reconvenção e da exceção6. Nela estão pre-sentes todas as possíveis alegações frente ao pedido do autor. Vale ressaltar no-vamente que se aplica à contestação o disposto no art. 183 do CPC/2015.

III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;

IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.

Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.

5 CUNHA. Leonardo José Carneiro da. . São Paulo: Dialética, 2010. p. 99.6 Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial

será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer

parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado

pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I; III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.

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ATENÇÃO a--

-

3. TAXAS E CUSTAS JUDICIAIS

No ordenamento jurídico pátrio, mais precisamente no Código de Processo Civil de 2015, art. 82 (art. 19 CPC 1973), temos que as partes têm o dever de prover as despesas processuais.

Neste contexto, Leonardo José Carneiro da Cunha7 ensina que o termo despesa constitui gênero, do qual decorrem três espécies:

a) custas: que se destina a remunerar a prestação da atividade jurisdicio-nal, desenvolvida pelo Estado-juiz por meio de seus serventuários e cartórios;

b) emolumentos: que se destinam a remunerar os serviços prestados pe-

c) despesas em sentido estrito: que se destinam a remunerar terceiras pessoas acionadas pelo aparelho judicial, no desenvolvimento da ativi-dade do Estado-juiz.

A partir dessa lição, asseveramos que a

-ça, os honorários do perito e a postagem de comunicações processuais.

Nesse sentido, a súmula 232 do Superior Tribunal de Justiça: “A Fazenda

dos honorários do perito”.

4. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA CAUTELAR E ANTECIPADA

O Novo Código de Processo Civil, em seu artigo 294, expressamente enuncia a tutela provisória de urgência antecipada e a cautelar.

7 Op. cit. p. 122.

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Tendo por base a conceituação trazida por Leonardo José Carneiro da Cunha8, medida cautelar é o meio destinado a garantir a efetividade ou utilidade

A tutela antecipada é uma medida que visa tutelar um provimento satisfati-vo ao pedido inaugural, ou seja, o pedido realizado incidentalmente no processo

Neste contexto, pergunta-se: é possível tutela provisória de urgência, medi-das cautelares e tutelas antecipadas, frente à Fazenda Pública Municipal?

O artigo 1.059 do Código de Processo Civil de 2015 assevera “à tutela provi-sória requerida contra a Fazenda Pública aplica-se o disposto nos arts. 1o a 4o da Lei no 8.437, de 30 de junho de 1992, e no art. 7o, § 2o, da Lei no 12.016, de 7 de agosto de 2009.

Para melhor elucidar a indagação acima, precisamos fazer uma análise con-junta de alguns parâmetros legais, como a Lei nº 8437/92, Lei nº 9494/1997, Lei nº 12.016/2009 (Nova Lei do Mandado de Segurança) e a Lei nº 13105/2015 (Código de Processo Civil de 2015).

Tratando do tema tutela provisória de urgência cautelar, asseveramos a pos-sibilidade de tais medidas frente à Fazenda Pública Municipal, sem prejuízo das vedações previstas na Lei nº 12.016/2009, em seu art. 7º, §2º. Logo, não será concedida a tutela provisória de urgência cautelar em face da Fazenda Pública Municipal:

1. Em medidas que tenham por objeto a compensação de crédito tributá-rio;

2. Que tenham por alvo a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior;

4. Que almejem a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza.

A tutela provisória de urgência antecipada frente à Fazenda Pública Muni-cipal também é possível, mas há restrições preceituadas pelas Leis 8437/92, artigos de 1o a 4o e Lei nº 9494/97, em seu art. 1º.

Leonardo José Carneiro da Cunha9

tutela antecipada conta a Fazenda Pública nos seguintes casos excepcionais:

públicos, ou a concessão de aumento ou extensão de vantagens;

8 Op. cit. p. 230.9 Op. cit. p. 258/259.

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2. Toda vez que providência semelhante não puder ser concedida em ações de mandado de segurança;

3. Quando impugnado, na primeira instância, ato de autoridade sujeita, na via do mandado de segurança, à competência originaria do Tribunal;

4. Quando a medida esgotar, no todo ou em parte, o objeto da ação;5. Para compensação de créditos tributários ou previdenciários;6. Para a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior.

Concluindo, podemos dizer que a tutela provisória de urgência cautelares e antecipadas são possíveis em face da Fazenda Pública Municipal, observadas as respectivas restrições legais.

5. REEXAME NECESSÁRIO

O ilustre doutrinador Marcus Vinicius Rios Gonçalves10 conceitua reexame necessário como sendo “a necessidade de que determinadas sentenças sejam

partes”.A doutrina, majoritariamente, indica que o reexame necessário possui natu-

reza jurídica de . Logo, reexame necessário é a

um tribunal superior para ter efetividade.Conforme assevera Leonardo José Carneiro da Cunha11, o reexame necessário

não é um recurso pelos seguintes fundamentos: inexistência de previsão expressa na lei, em atenção ao princípio da taxatividade; não possui prazo de interposição; não há voluntariedade em recorrer; não há fundamentação ou razões escritas e; por último, não existe legitimidade do magistrado em recorrer.

As hipóteses de cabimento do reexame necessário estão elencadas no artigo 496 (art. 475 CPC 1973) do Código de Processo Civil de 2015 Segundo o inciso I

da Fazenda Pública. Já o inciso II prega a obrigatoriedade do reexame necessá-

O artigo 496 (art. 475 CPC 1973) do Código de Processo Civil de 2015 traz também as seguintes hipóteses em que pode haver a dispensa do reexame ne-cessário, sendo elas: quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; 500 (quinhen-

10 Op. Cit. P. 5611 Op. Cit. P. 214

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tos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autar-quias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.

Ainda, o artigo 496 enuncia a não necessidade da remessa obrigatória quando a sentença estiver fundada em súmula de tribunal superior; acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça

resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência e entendi--

vo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

O reexame necessário não pode reformar para pior a sentença prolatada (proibição do reformatio in pejus), segundo determina a Súmula nº 45 do STJ12;

Vale assinalar também que não se aplica o reexame necessário às decisões interlocutórias e também aos processos em que a Fazenda Pública atua como assistente simples.

o julgamento do reexame necessário, nos termos do REsp 823.905/SC e da Sú-mula 390 do Superior Tribunal de Justiça13, cabendo apenas o recurso extraor-dinário e o recurso especial, conforme decidido no REsp 905771:

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. REQUISITO DE ADMISSIBILIDADE. RECUR-SO INTERPOSTO PELA FAZENDA PÚBLICA CONTRA ACÓRDÃO QUE NEGOU PRO-VIMENTO A REEXAME NECESSÁRIO. PRELIMINAR DE PRECLUSÃO LÓGICA (POR AQUIESCÊNCIA TÁCITA) CONTRA A RECORRENTE, QUE NÃO APELOU DA SENTEN-ÇA: IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTES DO STJ E DO STF. NO CASO, ADEMAIS, ALÉM DE ERROR IN JUDICANDO, RELATIVAMENTE À MATÉRIA PRÓPRIA DO REEXAME NECESSÁRIO, O RECURSO ESPECIAL ALEGA VIOLAÇÃO DE LEI FEDERAL POR ER-ROR IN PROCEDENDO, OCORRIDO NO PRÓPRIO JULGAMENTO DE SEGUNDO GRAU, MATÉRIA A CUJO RESPEITO A FALTA DE ANTERIOR APELAÇÃO NÃO OPEROU, NEM PODERIA OPERAR, QUALQUER EFEITO PRECLUSIVO. PRELIMINAR DE PRECLUSÃO AFASTADA, COM RETORNO DOS AUTOS À 1ª. TURMA, PARA PROSSEGUIR NO JUL-GAMENTO DO RECURSO ESPECIAL.

5.1 O reexame necessário e a questão intertemporal

Com a entrada em vigor do novo CPC, poderá ocorrer que a sentença submetida ao reexame necessário tenha sido proferida na vigência do CPC/1973, mas, quando da sua análise pelo Tribunal, já esteja em vigor a Lei nº 13.105/2015.

12 No reexame necessário, é defeso, ao Tribunal, agravar a condenação imposta a Fazenda Pública.13 Nas decisões por maioria, em reexame necessário, não se admitem embargos infringentes.

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Segundo o disposto no art. 1.046 do CPC/2015, ao entrar em vigor este Có-

revogada a Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Ocorre que, este mesmo di-ploma processual, em seu art. 14, determina que a norma processual não re-troagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

Desta forma, forçoso concluir que todos os processos com sentenças profe-ridas até 16/03/2016 deverão seguir o disposto no art. 475 do antigo CPC, suas hipóteses e requisitos.

6. DENUNCIAÇÃO DA LIDE E O MUNICÍPIO

14 denunciação da lide é a “forma de intervenção de terceiro provocada que tem natureza jurídica de ação. É também chamada de litisdenunciação”.

A denunciação da lide está exposta no artigo 125 (art. 70 CPC 1973) do Có-digo de Processo Civil de 2015 que assim enuncia;

Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi

evicção lhe resultam;

II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denun-ciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.

§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denun-ciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja res-ponsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exer-cido por ação autônoma.

A nomeação à autoria, prevista nos arts. 62 a 69 do CPC/1973, já não encon-tra mais previsão no novo CPC, deixando, desta forma, de ser uma hipótese de intervenção; da mesma forma, ocorreu com a hipótese do inciso II, do artigo 70 do antigo CPC, que também foi excluída das hipóteses de denunciação da lide previstas no novo Código de Processo Civil, pois, na prática, deve ser considera-da como uma espécie de nomeação à autoria.

14 Op. Cit. P. 188

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Há, na doutrina, uma questão polêmica sempre levantada no tema denuncia-ção da lide e a Fazenda Pública, qual seja, pode a Fazenda Pública enfrentando uma ação indenizatória denunciar a lide o agente público causador do dano?

Em resposta ao questionamento elencado, o autor Leonardo José Carneiro da Cunha, em seu livro A Fazenda Pública em Juízo15, assevera que pode a

É o que tem decidido nossos Tribunais:TJ-SC - Agravo de Instrumento AI 449209 SC 2009.044920-9 (TJ-SC)

Data de publicação: 29/11/2011

Ementa: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE PELA FAZENDA PÚBLICA. ART. 70, INC. III , DO CPC E § 6º DO ART. 37 DA CF . CABIMENTO. Nas ações de reparação de danos em que se imputa a um agente estatal culpa ou dolo na prática do ato que constitui a causa de pe-dir, a Fazenda Pública pode, sem agregar fato novo ao processo, denunciar a lide ao seu preposto.

7. PRESCRIÇÃO EM FACE DA FAZENDA PÚBLICA

Conceituamos prescrição como sendo a perda do direito à pretensão em razão do decurso do tempo. A prescrição, em apertada síntese, interrompe a possibilidade de se exigir judicialmente um direito.

O instituto da prescrição está elencado nos ditames do Código Civil e em leis especiais. No caso especial da prescrição em face da Fazenda Pública, o Decreto nº 20.910/1932 prega que as pretensões dirigidas a Fazenda Pública possui prazo prescricional de 5 (cinco) anos.

Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos con-tados da data do ato ou fato do qual se originarem.

nos termos da lei nº 11.280/200616. Importante ressaltar também que o artigo 8º deste Decreto dispõe que a pretensão em face da Fazenda Pública somente pode ser interrompida uma vez e, uma vez interrompida, nos termos do artigo

15 Op. Cit. P. 20916

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ATENÇÃO

ATENÇÃO

9º, a prescrição recomeça a correr, pela metade do prazo, da data do ato que a interrompeu ou do último ato ou termo do respectivo processo.

Com o advento do Código Civil de 2002, surgiu a indagação frente ao prazo prescricional nas ações indenizatórias propostas em face da Fazenda Pública, já que o diploma civil em seu artigo 206 dispõe que a pretensão de reparação civil prescreve em 3 (três) anos.

Diante o tema, assevera com sabedoria o renomado doutrinador Leonardo José Carneiro da Cunha17 “que a legislação geral atual (Código Civil de 2002) passou a prever um prazo de prescrição de 3 (três) anos para as pretensões

jurídico é conferir um prazo menor à Fazenda Pública, não há razão para o prazo geral – aplicável a todos, indistintamente – ser inferior àquele outorgado às pessoas jurídicas de direito público. A estas deve ser aplicado, ao menos, o mesmo prazo, e não um superior, até mesmo em observância ao disposto no art. 10 do Decreto nº 20.910/1932”.

Art. 10. O disposto nos artigos anteriores não altera as prescrições de me-

às mesmas regras.

Ainda, leciona o doutrinador que a pretensão de reparação civil contra a Fazenda Pública se sujeita ao prazo prescricional de 3 (três) anos.

Vale notar, que a posição acima exposta é a que melhor defende a Fazenda Pública Municipal nas ações indenizatórias, malgrado decisão18 recente em contrário do STJ, que entende ser este prazo o quinquenal. Cabe, porém, ao Procurador do Município, em uma ação indenizatória em face do ente público, defender com veemência que seja observado o prazo trienal, já que mais favorável ao Município e ainda aplicável.

8. DAS SÚMULAS APROVADAS NA COMISSÃO NACIONAL DE ADVOCACIA PÚBLICA19

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17 Op. Cit. P. 8918 REsp 125199319 Súmulas aprovadas pela Comissão Nacional da Advocacia Pública sobre a atuação da OAB em defesa do

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: O exercício das funções da Advocacia Pública, na União, nos Es-tados, nos Municípios e no Distrito Federal, constitui atividade exclusiva dos advogados públicos efetivos a teor dos artigos 131 e 132 da Constitui-ção Federal de 1988;

: A independência técnica é prerrogativa inata à advocacia, seja ela pública ou privada. A tentativa de subordinação ou ingerência do Esta-do na liberdade funcional e independência no livre exercício da função do advogado público constitui violação aos preceitos Constitucionais e garan-tias insertas no Estatuto da OAB;

: A Advocacia Pública somente se vincula, direta e exclusivamen-te, ao órgão jurídico que ela integra, sendo inconstitucional qualquer outro tipo de subordinação;

: As matérias afetas às atividades funcionais, estruturais e orgâ-nicas da Advocacia Pública devem ser submetidas ao Conselho Superior do respectivo órgão, o qual deve resguardar a representatividade das carrei-ras e o poder normativo e deliberativo;

: Os Advogados Públicos são invioláveis no exercício da função. -

vios, bem como garantir o devido processo legal, a ampla defesa e a moti-vação do ato;

: Os Advogados Públicos são invioláveis no exercício da função, não sendo passíveis de responsabilização por suas opiniões técnicas, res-salvada a hipótese de dolo ou fraude;

: Os Advogados Públicos, no exercício de suas atribuições, não podem ser presos ou responsabilizados pelo descumprimento de decisões judiciais. A responsabilização dos gestores não pode ser confundida com a atividade de representação judicial e extrajudicial do advogado público;

: Os honorários constituem direito autônomo do advogado, seja ele público ou privado. A apropriação dos valores pagos a título de hono-rários sucumbenciais como se fosse verba pública pelos Entes Federados

: O controle de ponto é incompatível com as atividades do Advo-

: Os Advogados Públicos têm os direitos e prerrogativas inser-tos no Estatuto da OAB20.

9. SÚMULAS VINCULANTES APLICÁVEIS À FAZENDA PÚBLICA

municipal, as súmulas vinculantes que tenham pertinência em seu trabalho. São as seguintes:

: Não viola a Constituição o estabelecimento de re-muneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de ser-viço militar inicial;

20 Neste mesmo sentido determinou o art. 85 do CPC/2015, em seu § 19: Os advogados públicos percebe-rão honorários de sucumbência, nos termos da lei.

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: São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do decreto-lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário;

: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte;

A cobrança de taxa de matrícula nas universida-des públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal;

: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente

autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido

-tração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da união, dos es-tados, do distrito federal e dos Municípios, compreendido o ajuste median-te designações recíprocas, viola a Constituição Federal;

servidor público não incidem sobre o abono utilizado para se atingir o sa-lário mínimo;

: Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servi-dor público;

Durante o período previsto no parágrafo 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos;

A taxa cobrada exclusivamente em razão dos ser-viços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, da Constitui-ção Federal;

-nico-administrativa – GDATA, instituída pela lei nº 10.404/2002, deve ser deferida aos inativos nos valores correspondentes a 37,5 (trinta e sete vír-gula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de 2002 e, nos termos do artigo 5º, parágrafo único, da lei nº 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitos do último ciclo de avaliação a que se refere o artigo 1º da medida provisória no 198/2004, a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos;

É inconstitucional a exigência de depósito ou ar-rolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo;

A justiça do trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decor-rentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra emprega-dor, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em pri-meiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04;

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-quer que seja a modalidade do depósito;

: Compete à justiça estadual julgar causas entre consumidor e concessionária de serviço público de telefonia, quando a ANATEL não seja litisconsorte passiva necessária, assistente, nem opoente;

: É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda dis-cutir a exigibilidade de crédito tributário;

: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra;

É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS sobre operações de locação de bens móveis;

: O ICMS não incide sobre alienação de salvados de sinistro pelas seguradoras;

: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição

-guridade social e do trabalho - GDASST, instituída pela lei 10.483/2002, deve ser estendida aos inativos no valor correspondente a 60 (sessenta) pontos, desde o advento da medida provisória 198/2004, convertida na lei 10.971/2004, quando tais inativos façam jus à paridade constitucional (EC 20/1998, 41/2003 e 47/2005);

35: A homologação da transação penal prevista no ar-tigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministé-rio Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial.

36: Compete à Justiça Federal comum processar e jul-

(CIR) ou de Carteira de Habilitação de Amador (CHA), ainda que expedidas pela Marinha do Brasil.

37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamen-to de isonomia.

É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial.

: Compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bom-beiros militar do Distrito Federal.

: A contribuição confederativa de que trata o art. -

pectivo.

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: O serviço de iluminação pública não pode ser re-munerado mediante taxa.

: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária.

: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusiva-mente pela constituição estadual.

-pectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União.

: Os honorários advocatícios incluídos na conde-nação ou destacados do montante principal devido ao credor consubstan-ciam verba de natureza alimentar cuja satisfação ocorrerá com a expedição de precatório ou requisição de pequeno valor, observada ordem especial restrita aos créditos dessa natureza.

: Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro.

: Ofende o princípio da livre concorrência lei muni-cipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.

: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.

O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores militares pelas Leis 8622/1993 e 8627/1993, estende-se aos servidores civis do poder executivo, observadas as eventuais compensações decorren-tes dos reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos diplomas legais.

: Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição Federal, desde que o valor dos alugu-éis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram consti-tuídas.

: A competência da Justiça do Trabalho prevista no -

tribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.

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10. QUESTÕES DE CONCURSOS

Quanto aos processos envolvendo a Fazenda Pública, assinale a alternativa correta.A) Não se antecipa tutela contra a Fazenda Pública.B) A Fazenda Pública tem prazo dobrado para, em geral, manifestar-se nos autos.C) A execução de sentença mandamental contra Estado será realizada em processo autônomo.D) É de 30 dias o prazo para embargos à execução contra a Fazenda Pública.

C) Não haverá, caso o Estado tenha apelado intempestivamente.D) Caberá o reexame, quando a sentença estiver de acordo com a orientação do plenário do Su-

perior Tribunal de Justiça.

Em relação à execução em face dos entes de Direito Público, em sede trabalhista, não tem prevalecido o seguinte entendimento:

A) Há dispensa da expedição de precatório, na forma do art. 100, § 3º, da CF/1988, quando a exe-

Constitucional nº 37/2002, como obrigações de pequeno valor, inexistindo ilegalidade, por esse prisma, na determinação de sequestro da quantia devida pelo ente público.

B) O sequestro de verbas públicas para satisfação de precatórios trabalhistas só é admitido na hipótese de preterição do direito de precedência do credor, a ela não se equiparando as situa-

do exercício, quando incluído no orçamento.C) Os juros de mora em relação à Fazenda Pública devem observar os seguintes critérios: I -

Nas condenações impostas à Fazenda Pública, incidem juros de mora segundo os seguintes critérios: a) 1% (um por cento) ao mês, até agosto de 2001, nos termos do § 1º do art. 39 da Lei n.º 8.177, de 1/03/1991; b) 0,5% (meio por cento) ao mês, de setembro de 2001 a junho de 2009, conforme determina o art. 1º - F da Lei nº 9.494, de 10/09/1997, introduzido pela Medida Provisória nº 2.180-35, de 24/08/2001. II - A partir de 30 de junho de 2009, atuali-

de remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, por força do art. 5º da Lei n.º 11.960, de 29/06/2009. III - A adequação do montante da condenação deve observar essa limitação legal, ainda que em sede de precatório.

D) Tratando-se de reclamações trabalhistas plúrimas, a aferição do que vem a ser obrigação de pequeno valor, para efeito de dispensa de formação de precatório e aplicação do disposto no § 3º do art. 100 da CF/88, deve ser realizada considerando-se o valor total da ação.

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I – Em matéria de execução contra a Fazenda Pública, a demonstração de que houve quebra da ordem de precedência cronológica é requisito para o sequestro de verbas públicas.II – Considerando a natureza da pretensão e da violação, pode o próprio presidente do TRT no qual se processa a execução contra a Fazenda Pública, no processamento do precatório, declarar a inexigibili-dade do título exequendo, com fundamento no art. 884, § 5º, da CLT.

-lários mínimos e colidir com decisão do pleno do STF, súmula ou orientação jurisprudencial do TST.

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Alternativas:

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A) O Ministério Público intervirá nos pedidos de suspensão de segurança, mas não possui legiti-midade ativa para requerê-los.

B) As decisões proferidas nos pedidos de suspensão de segurança ensejam recurso especial e extraordinário.

C) O pedido de suspensão de segurança vigorará até o trânsito em julgado da decisão de mérito

D) Agravo contra decisão que indefere o pedido de suspensão da execução da liminar ou da sen-tença em mandado de segurança é incabível.

E) A interposição de agravo de instrumento pelo Poder Público acarreta preclusão lógica e con-sumativa para a formulação de pedido de suspensão de segurança contra a mesma decisão.

A) o reexame necessário é permitido ao Tribunal agravara condenação imposta à Fazenda Públi-ca sem que tenha a parte contrária interposto recurso.

B) as decisões por maioria, proferidas em reexame necessário para reformar a sentença de mé-rito, admitem embargos infringentes.

C) é admissível recurso extraordinário ou especial interposto pela Fazenda Pública contra o acórdão do reexame necessário, mesmo que não tenha havido apelação.

D) as sentenças ilíquidas não se sujeitam ao reexame necessário.E) é vedado ao relator, nas hipóteses em que poderia fazê-lo em recurso de apelação, julgar mo-

nocraticamente o reexame necessário.

RESPOSTAS:

1 2 3 4 5 6

D A D C C C

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