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Questões de Concursos Tudo para você conquistar o seu cargo público www.qconcursos.com ] 1 Processo Penal- profs. Jamil Chaim e Pablo Souza Cruz 1. Acerca das provas, das sentenças e dos princípios do direito processual penal, julgue os itens a seguir. De acordo com a jurisprudência do STF, é vedado ao juiz requisitar novas diligências probatórias caso o MP tenha-se manifestado pelo arquivamento do feito. Certo Errado Comentários: A assertiva está correta. O juiz, discordando do pedido de arquivamento, deve remeter o feito ao procurar-geral, nos termos do art. 28 do CPP: “Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender”. Nesse sentido: “I. STF: competência originária: habeas corpus contra decisão individual de ministro de tribunal superior, não obstante susceptível de agravo. II. Foro por prerrogativa de função: inquérito policial. 1. A competência penal originária por prerrogativa não desloca por si só para o tribunal respectivo as funções de polícia judiciária. 2. A remessa do inquérito policial em curso ao tribunal competente para a eventual ação penal e sua imediata distribuição a um relator não faz deste "autoridade investigadora", mas apenas lhe comete as funções, jurisdicionais ou não, ordinariamente conferidas ao juiz de primeiro grau, na fase pré-processual das investigações. III. Ministério Público: iniciativa privativa da ação penal, da qual decorrem (1) a irrecusabilidade do pedido de arquivamento de inquérito policial fundado na falta de base empírica para a denúncia, quando formulado pelo Procurador-Geral ou por Subprocurador-Geral a quem delegada, nos termos da lei, a atuação no caso e também (2) por imperativo do princípio acusatório, a impossibilidade de o juiz determinar de ofício novas diligências de investigação no inquérito cujo arquivamento é requerido” (STF. HC 82507 SE. Rel. Sepúlveda Pertence. 1ª. T. j. 10.12.2002.) “HABEAS CORPUS. INQUERITO POLICIAL. PEDIDO DE ARQUIVAMENTO. NOVAS DILIGENCIAS. A SÓ DETERMINAÇÃO DE NOVAS DILIGENCIAS NO INQUERITO CUJO ARQUIVAMENTO E REQUERIDO PELO PROMOTOR PÚBLICO, CONFIGURA A HIPÓTESE DO ARTIGO 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COM A DESIGNAÇÃO DE OUTRO MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PELO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA. NEM PODE OUTRO PROMOTOR OFERECER A DENUNCIA, EM FACE DOS NOVOS ELEMENTOS TRAZIDOS AO INQUERITO, SE TAL NÃO FOR DETERMINADO PELO CHEFE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. HABEAS CORPUS CONCEDIDO PARA TRANCAR A DENUNCIA INEPTA” (STF. RHC 65108 / SP - SÃO PAULO. Rel. Min. Carlos Madeira. 2ª. T. j. 1987).

Direito Processual Penal[1]

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Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 1 Processo Penal-profs. Jamil Chaim e Pablo Souza Cruz 1.Acerca das provas, das sentenas e dos princpios do direito processual penal, julgue os itens a seguir.De acordo com a jurisprudncia do STF, vedado ao juiz requisitar novas diligncias probatrias caso o MP tenha-se manifestado pelo arquivamento do feito. Certo Errado Comentrios: A assertiva est correta. O juiz, discordando do pedido de arquivamento, deve remeter o feito ao procurar-geral, nos termos do art. 28 do CPP: Se o rgo do Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial ou de quaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito ou peas de informao ao procurador-geral, e este oferecer a denncia, designar outro rgo do Ministrio Pblico para oferec-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual s ento estar o juiz obrigado a atender. Nesse sentido:

I. STF: competncia originria: habeas corpus contra deciso individual de ministro de tribunal superior, no obstante susceptvel de agravo. II. Foro por prerrogativa de funo: inqurito policial. 1. A competncia penal originria por prerrogativa no desloca por si s para o tribunal respectivo as funes de polcia judiciria. 2. A remessa do inqurito policial em curso ao tribunal competente para a eventual ao penal e sua imediata distribuio a um relator no faz deste "autoridade investigadora", mas apenas lhe comete as funes, jurisdicionais ou no, ordinariamente conferidas ao juiz de primeiro grau, na fase pr-processual das investigaes. III. Ministrio Pblico: iniciativa privativa da ao penal, da qual decorrem (1) a irrecusabilidade do pedido de arquivamento de inqurito policial fundado na falta de base emprica para a denncia, quando formulado pelo Procurador-Geral ou por Subprocurador-Geral a quem delegada, nos termos da lei, a atuao no caso e tambm (2) por imperativo do princpio acusatrio, a impossibilidade de o juiz determinar de ofcio novas diligncias de investigao no inqurito cujo arquivamento requerido (STF. HC 82507 SE. Rel. Seplveda Pertence. 1. T. j. 10.12.2002.) HABEAS CORPUS. INQUERITO POLICIAL. PEDIDO DE ARQUIVAMENTO. NOVAS DILIGENCIAS. A S DETERMINAO DE NOVAS DILIGENCIAS NO INQUERITO CUJO ARQUIVAMENTO E REQUERIDO PELO PROMOTOR PBLICO, CONFIGURA A HIPTESE DO ARTIGO 28 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL COM A DESIGNAO DE OUTRO MEMBRO DO MINISTRIO PBLICO PELO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA. NEM PODE OUTRO PROMOTOR OFERECER A DENUNCIA, EM FACE DOS NOVOS ELEMENTOS TRAZIDOS AO INQUERITO, SE TAL NO FOR DETERMINADO PELO CHEFE DO MINISTRIO PBLICO. HABEAS CORPUS CONCEDIDO PARA TRANCAR A DENUNCIA INEPTA (STF. RHC 65108 / SP - SO PAULO. Rel. Min. Carlos Madeira. 2. T. j. 1987). Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 2 Gabarito : correto 2.No processo penal, o momento adequado para a especificao de provas pelo ru a apresentao da resposta acusao. Entretanto, isso no impede que, por ocasio de seu interrogatrio, o ru indique outros meios de prova que deseje produzir. Certo Errado Comentrios: A afirmao est certa. Na resposta acusao, o acusado poder arguir preliminares e alegar tudo o que interesse sua defesa, oferecer documentos e justificaes, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimao, quando necessrio (art. 396-A, CPP).No tocante ao interrogatrio, deve-se lembrar que este um momento em que o ru pode exercer a autodefesa. Manifestao disso o art. 189 do CPP, segundo o qual se o ru negar a acusao, no todo ou em parte, poder prestar esclarecimentos e indicar provas (art. 189, CPP). Gabarito: correto 3.A competncia do Senado Federal para o julgamento do presidente da Repblica nos crimes de responsabilidade constitui exceo ao princpio, segundo o qual devem ser aplicadas as normas processuais penais brasileiras aos crimes cometidos no territrionacional. Certo Errado Comentrios: A assertiva est correta. Nos termos do art. 1 do CPP, o processo penal reger-se-, em todo o territrio brasileiro, por este Cdigo,ressalvadas as prerrogativas constitucionais do Presidente da Repblica, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da Repblica, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (II). A CF, por seu turno, estabelece que compete privativamente ao Senado Federal processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da Repblica nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica nos crimes damesma natureza conexos com aqueles (art. 52, I). Resposta: Correto Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 3 4.Julgue os itens seguintes, considerando os dispositivos constitucionais e o processo penal A presuno de inocncia da pessoa presa em flagrante delito, ainda que pela prtica de crime inafianvel e hediondo, razo, em regra, para que ela permanea em liberdadeParte superior do formulrio Certo Errado Comentrios: Correta. Em homenagem ao princpio constitucional da presuno de inocncia (art. 5, LVII, CF), a regra que a pessoa permanea em liberdade durante o curso do processo. A priso excepcional, devendo ser fundamentada e ocorrer apenas nas hipteses legais (ex.: quando presentes os requisitos do art. 312 do CPP). Resposta: Correto CertoErrado 5. Ricardo, de dezoito anos de idade, convidou seu irmo Flvio, de dezesseis anos de idade, para ir a uma casa noturna. J no interior desse estabelecimento, Ricardo subtraiu de uma mulher enquanto Flvio perguntava-lhe as horas, distraindo-a sua bolsa pessoal, com dinheiro e documentos, que estava em cima de uma mesa atrs da vtima. Ao tentarem sair do estabelecimento comercial, foram abordados pelo segurana da casa noturna, que apreendeu a bolsa da vtima, que estava na posse de Ricardo, e deteve os irmos at a chegada de policiais militares acionados por outros empregados da casa noturna. Os policiais militares que abordaram Ricardo e Flvio encontraram, em poder de Flvio, uma arma de fogo municiada com um cartucho no deflagrado. A arma de fogo era legalmente registrada em nome de um policial militar que, cinco meses antes, registrou ocorrncia policial por crime de furto em sua residncia. No curso da instruo criminal, foi realizado exame mdico-legal para verificar a integridade mental de Ricardo, por meio do qual se constatou que o acusado tinha inteira capacidade de entender o carter ilcito do fato. Foiverificado que Flvio no havia cometido anteriormente nenhum ato infracional anlogo prtica de crime. Com relao ao caso hipottico relatado acima, julgue os itens de 111 a 114, luz do Cdigo de Processo Penal. Encerrada a instruo processual e no havendo requerimento de diligncias, as partes podero dispor de vinte minutos cada uma para apresentar alegaes orais, tanto pela acusao como pela defesa, ou o juiz poder conceder s partes o prazo sucessivo de cinco dias para apresentao de memoriais. Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 4 Certo Errado Comentrios: Trata a questo, em termos literais, do art. 403 do CPP: "Art. 403. No havendo requerimento de diligncias, ou sendo indeferido, sero oferecidas alegaes finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente,pela acusao e pela defesa, prorrogveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentena.... 3 O juiz poder, considerada a complexidade do caso ou o nmero de acusados, conceder s partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentao de memoriais.Nesse caso, ter o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentena. " A resposta da questo no mudaria em razo de participao de menor, uma vez que o artigo 403 do CPP continuaria sendo aplicado em sua totalidade. O que se deve considerar que o menor no constar como ru na ao penal, porquanto o juzo que tem competncia absoluta para julgar menor infrator o Juizado da Infncia e da Juventude, no sendo possvel a unio dos feitos em virtude do disposto no artigo 79, II, do CPP (A conexo e a continncia importaro unidade de processo e julgamento, salvo: I- no concurso entre a jurisdio comum e a militar; II - no concurso entre a jurisdio comum e a do juzo de menores...). O estudante que fez a pergunta talvez tenha ficado em dvida em razo do artigo 403 do CPP mencionar partes no plural. Ocorre que est no plural porque diz respeito parte autora (acusao) e a parte r (que pode ser mais de uma). Assim, se houver vrios rus (o que no o caso, pois Flvio, menor de dezoito, no responde por crime e no integrar essa ao penal),e se as alegaes finais forem apresentadas oralmente em audincia (caput do artigo 403 do CPP), cada defesa ter o direito a apresent-las por vinte minutos, aps a apresentao das alegaes finais pela acusao pelo mesmo tempo. Caso seja concedida a apresentao das alegaes finais por meio de memoriais (artigo 403, 3, do CPP), a acusao ter o prazo de cinco dias para apr esent-los e a defesa, sucessivamente, ter o mesmo prazo. O prazo da defesa comum, correndo em cartrio, o que implica que, havendo mais de um ru, todas as defesas devero apresentar as alegaes finais dentro do prazo de cinco dias. Resposta: Correto 6. Ricardo, de dezoito anos de idade, convidou seu irmo Flvio, de dezesseis anos de idade, para ir a uma casa noturna. J no interior desse estabelecimento, Ricardo subtraiu de uma mulher enquanto Flvio perguntava-lhe as horas, distraindo-a sua bolsa pessoal, com dinheiro e documentos, que estava em cima de uma mesa atrs da vtima. Ao tentarem sair do estabelecimento comercial, foram abordados pelo segurana da casa noturna, que apreendeu a bolsa da vtima, que estava na posse de Ricardo, e deteveos irmos at a chegada de policiais militares acionados por outros empregados da casa noturna. Os policiais militares que abordaram Ricardo e Flvio encontraram, em poder de Flvio, uma Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 5 arma de fogo municiada com um cartucho no deflagrado. A arma de fogo era legalmente registrada em nome de um policial militar que, cinco meses antes, registrou ocorrncia policial por crime de furto em sua residncia. No curso da instruo criminal, foi realizado exame mdico-legal para verificar a integridade mental de Ri cardo, por meio do qual se constatou que o acusado tinha inteira capacidade de entender o carter ilcito do fato. Foi verificado que Flvio no havia cometido anteriormente nenhum ato infracional anlogo prtica de crime. Com relao ao caso hipottico relatado acima, julgue os itens de 111 a 114, luz do Cdigo de Processo Penal. Aps encerrada a instruo processual, o juiz que a presidiu a dever proferir a sentena no prazo de cinco dias. Certo Errado Comentrios: Primeiramente se tem que, em virtude da oralidade ser a regra nos procedimentos criminais, mormente aps as reformas procedimentais de 2008, a sentena deveria ser proferida, preferencialmente, em audincia.

Contudo, no sendo possvel, ainda sim no se falaria no prazo de 5 dias, mas no de 10 dias, conforme se verifica dos dispositivos abaixo.

Art. 403.No havendo requerimento de diligncias, ou sendo indeferido, sero oferecidas alegaes finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusao e pela defesa, prorrogveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentena.(Redao dada pela Lei n 11.719, de 2008). 1oHavendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um ser individual. (Includo pela Lei n 11.719, de 2008). 2oAo assistente do Ministrio Pblico, aps a manifestao desse, sero concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual perodo o tempo de manifestao da defesa. (Includo pela Lei n 11.719, de 2008). 3oO juiz poder, considerada a complexidade do caso ou o nmero de acusados, conceder s partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentao de memoriais.Nesse caso, ter o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentena.(Includo pela Lei n 11.719, de 2008).

Mencionado artigo, ademais, ratifica a regra contida no art. 800: Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 6

Art. 800.Os juzes singulares daro seus despachos e decises dentro dos prazos seguintes, quando outros no estiverem estabelecidos: I - de dez dias, se a deciso for definitiva, ou interlocutria mista;II - de cinco dias, se for interlocutria simples; III - de um dia, se se tratar de despacho de expediente. Resposta: Errado7. Joo, condenado definitivamente pelo crime de violao de domiclio, foi preso em flagrante pelo crime de receptao de veculo, ocorrido no ms anterior. Pedro, o proprietrio do veculo subtrado, registrou a ocorrncia de roubo. Joo afirmou perante a autoridade policial que adquiriu o veculo de uma pessoa desconhecida no dia anterior sua priso, mediante o pagamento de trezentos reais, e que havia combinado com o vendedor que retornaria na semana seguinte para receber o licenciamento anual do veculo, que estava sem o estepe e sem o aparelho de som, tendo Pedro, por isso, sofrido prejuzo de novecentos reais. Considerando a situao hipottica acima, julgue os itens a seguir. O Ministrio Pblico pode oferecer proposta de suspenso condicional do processo desde que Joo repare o dano material a Pedro mediante o pagamento de novecentos reais. Certoerrado Comentrios: No cabe suspenso condicional do processo, pois Joo no preenche todos os requisitos para a concesso do benefcio: 1) o crime imputado ao ru no pode estar sujeito jurisdio militar (art. 90-A da Lei 9099/95);2) a pena mnima cominada ao crime deve ser igual ou inferior a 1 (um) ano;3) o ru no pode estar sendo processado por outro crime;4) o ru no pode ter sido condenado por outro crime; e5) devem estar presentes os requisitos que autorizariam a suspenso condicional da pena (art. 77 do Cdigo Penal). I - o condenado no seja reincidente em crime doloso; (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984) II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstncias autorizem a concesso do benefcio; (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984) Referida concluso se extrai da lei 9009/95: Art. 89. Nos crimes em que a pena mnima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou no por esta Lei, o Ministrio Pblico, ao oferecer a Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 7 denncia, poder propor a suspenso do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado no esteja sendo processado ou no tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspenso condicional da pena (art. 77 do Cdigo Penal). Resposta: Errada 8. Um juiz recebeu a denncia de crime de estelionato oferecida pelo Ministrio Pblico contra Juliano, que nunca havia respondido a inqurito policial ou ao penal. O oficial de justia, ao comparecer ao local informado por Juliano nos autos, a fim de cit-lo, foi recebido por Vincius, que informou que residia naquele local havia dez anos e que no conhecia Juliano. Com relao a essa situao hipottica, julgue os itens seguintes. Caso Juliano comparea ao cartrio judicial e, citado pessoalmente, informe ao juzo no ter condies de arcar com os custos de advogado particular, o juiz poder nomear um defensor pblico para responder por Juliano, devendo o defensor apresentar resposta acusao no prazo de dez dias. Certo Errado Comentrios: Diante da leitura do 2 do art. 396-A, poderia se chegar concluso de que a afirmao estaria correta, vejamos: No apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, no constituir defensor, o juiz nomear defensor para oferec-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. (Includo pela Lei n 11.719, de 2008).

Entretanto, em se tratando de defensor pblico se conclui que os prazos devam correr em dobro, haja vista a incidncia da lei complementar 80/94:

art. 44 - So prerrogativas dos membros da Defensoria Pblica da Unio: I receber, inclusive quando necessrio, mediante entrega dos autos com vista, intimao pessoal em qualquer processo e grau de jurisdio ou instncia administrativa,contando-se-lhes em dobro todos os prazos. ... Art. 128. So prerrogativas dos membros da Defensoria Pblica do Estado, dentre outras que a lei local estabelecer: I receber, inclusive quando necessrio, mediante entrega dos autos com vista, intimao pessoal em qualquer processo e grau de jurisdio ou instncia administrativa, contando-se-lhes em dobro todos os prazos; (Redao dada pela Lei Complementar n 132, de 2009).

Assim, no caso o defensor pblico teria 20 dias para apresentar resposta acusao e no 10 como afirma a questo. Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 8

Acresa-se ainda o disposto na lei de Assistncia Judiciria, Lei 1060/50, Art. 5, ... 5 Nos Estados onde a Assistncia Judiciria seja organizada e por eles mantida, o Defensor Pblico, ou quem exera cargo equivalente, ser intimado pessoalmente de todos os atos do processo, em ambas as Instncias, contando-se-lhes em dobro todos os prazos. (Includo pela Lei n 7.871, de 1989). Resposta: Errada

9. Se o promotor de justia, aps analisar as concluses do inqurito policial, no apresentar denncia, mas, ao contrrio, pedir o arquivamento do inqurito, o juiz, se entender improcedentes as razes do promotor, dever indeferir o pedido e determinar o imediato incio da ao penal . CertoErrado Comentrios: Pois o magistrado deve remeter os autos ao Procurador Geral de Justia, para que a deliberao final seja dada por rgo superior do prprio Ministrio Pblico. J no mbito federal, essa atribuio est a cargo da Cmara de Coordenao e Reviso (artigo 62, IV, da Lei Complementar n 75/1993). O fundamento legal da resposta se encontra no art. 28, caput: Se o rgo Ministerial ao invs de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial ou de quaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito ou peas de informao ao procurador-geral.... Resposta:Errado 10.O delegado de polcia no poder instaurar inqurito policial para a apurao de crime de ao penal privada sem o requerimento de quem tenha legitimidade para intent-la. Certoerrado Comentrios: Certo, pois no caso de ao penal privada, o CPP afirma: Art.5, 5: Nos crimes de ao privada, a autoridade policial somente poder proceder a inqurito a requerimento de quem tenha qualidade para intent-la. Resposta: correto. Questes de Concursos Tudo para voc conquistar o seu cargo pblicowww.qconcursos.com ] 9