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Jornal do Jornal do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado do Ceará, ANO II - EDIÇÃO 005 - Abril de 2014. Assembleia nega proposta da PLR 2013 e ARM nega negociação A lém de ter a menor proposta entre as prestadoras – 50% do salário (dez/13), a ARM ainda negou a proposta de pagamento do PLR 2013. Com sua eterna prática de enrolar e adiar o quanto pode, a em- presa ainda se mostrou surpresa com o resultado negativo da Assembleia que aconteceu em fevereiro. A Diretoria do SINTTEL ainda insis- tiu e tentou negociar uma alternativa para a proposta de pagamento de PLR, já aprovada em vários estados da região Norte e Nordeste (AM, AP, RR, PE e RN), mas a representação da empresa afirmou que aquela seria a última proposta e não havia nada a acrescentar. Trata-se de um descaso com os tra- balhadores que passam o ano intei- ro se esforçando, trabalhando sobre pressão e assédio, na expectativa de ser bem avaliado. A empresa ainda insistiu na realização de nova assem- bleia, enquanto o SINTTEL solicitou a divulgação do resultado,o que não foi atendido. Durante a reunião, a ARM não apre- sentou o resultado final do ano nem anunciou qual o real valor a ser pago, caso a proposta fosse aprovada. Ape- nas comunicou que não tem altera- ção e ponto final. Agora, só a mobilização poderá mo- dificar esse quadro. O SINTTEL estará nas bases, contactando os trabalha- dores e levantando a disposição de todos perante o resultado daquilo que poderia ter sido uma reunião. SÓ A ARM NÃO QUER PAGAR O PLR 2013 Enquanto as demais prestadoras da OI já pagaram PLR 2013, a ARM conti- nua se negando a fazer o pagamento, acumulando uma negativa de dois anos (2012 e 2013). Até quando vamos encher o caixa da ARM e secar os nossos bolsos? As modificações de procedimentos da empresa têm causado grandes transtornos, suspensões injustas e descontos indevidos. Para piorar a si- tuação, a prestadora vem divulgando um comunicado que consolida sua decisão de não pagar a PLR/ 2013. O conteúdo do documento alega que o mínimo estipulado no Programa não foi atingido este ano. Logo em segui- da, já citam o PLR/ 2014 deixando cla- ro que os trabalhadores terão que se desdobrar, ainda mais, para recebê-lo. Vale lembrar que as demais presta- doras no ramo de telefonia já paga- ram as PRLs. Diante disso, os trabalha- dores já se mobilizam para garantir o que lhe são de direito. Não fique de fora. Faça parte dessa luta!!! O traba- lhador precisa ser respeitado e valori- zado na ARM.

Jornal do SINTTEL-CE

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Edição - Abril/ 2014

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J o r n a l d o

Jornal do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado do Ceará, ANO II - EDIÇÃO 005 - Abril de 2014.

Assembleia nega proposta daPLR 2013 e ARM nega negociação

Além de ter a menor proposta entre as prestadoras – 50% do salário (dez/13), a ARM ainda

negou a proposta de pagamento do PLR 2013. Com sua eterna prática de enrolar e adiar o quanto pode, a em-presa ainda se mostrou surpresa com o resultado negativo da Assembleiaque aconteceu em fevereiro.

A Diretoria do SINTTEL ainda insis-tiu e tentou negociar uma alternativa para a proposta de pagamento de PLR, já aprovada em vários estados da região Norte e Nordeste (AM, AP, RR, PE e RN), mas a representação da empresa afirmou que aquela seria a última proposta e não havia nada a acrescentar.

Trata-se de um descaso com os tra-balhadores que passam o ano intei-ro se esforçando, trabalhando sobre pressão e assédio, na expectativa de ser bem avaliado. A empresa ainda insistiu na realização de nova assem-bleia, enquanto o SINTTEL solicitou a divulgação do resultado,o que não foi atendido.

Durante a reunião, a ARM não apre-sentou o resultado final do ano nem anunciou qual o real valor a ser pago, caso a proposta fosse aprovada. Ape-nas comunicou que não tem altera-ção e ponto final.

Agora, só a mobilização poderá mo-dificar esse quadro. O SINTTEL estará nas bases, contactando os trabalha-dores e levantando a disposição de todos perante o resultado daquilo que poderia ter sido uma reunião.

SÓ A ARM NÃO QUERPAGAR O PLR 2013

Enquanto as demais prestadoras da OI já pagaram PLR 2013, a ARM conti-nua se negando a fazer o pagamento, acumulando uma negativa de dois anos (2012 e 2013). Até quando vamos encher o caixa da ARM e secar os nossos bolsos?

As modificações de procedimentos da empresa têm causado grandes transtornos, suspensões injustas e descontos indevidos. Para piorar a si-tuação, a prestadora vem divulgando um comunicado que consolida sua decisão de não pagar a PLR/ 2013. O conteúdo do documento alega que o mínimo estipulado no Programa não foi atingido este ano. Logo em segui-da, já citam o PLR/ 2014 deixando cla-

ro que os trabalhadores terão que se desdobrar, ainda mais, para recebê-lo.

Vale lembrar que as demais presta-doras no ramo de telefonia já paga-ram as PRLs. Diante disso, os trabalha-dores já se mobilizam para garantir o que lhe são de direito. Não fique de fora. Faça parte dessa luta!!! O traba-lhador precisa ser respeitado e valori-zado na ARM.

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FALA PRESIDENTE

Chegamos ao fim do primeiro trimestre de 2014, e esse curto período já demons-trou que o ano não vai ser nada fácil para

os trabalhadores de Telecom, pois os desa-

fios serão grandes.As alterações do setor, com suas no-

vas regras impostas pela ANATEL, e pelo mercado com readequação de algumas empresas aos novos con-troladores, são fatores que desafiam ainda mais a nossa capacidade de organização pelas empresas. Até ai, nenhuma novidade, e com isso os trabalhadores demonstram cada vez mais sua vontade de ir à luta.

O PPR 2013 ainda é debate em mui-tas empresas como STEIN e SEICOM, inclusive na ARM que além de não pa-gar ainda possui uma sistemática de trabalho complicada que gera diver-sas reclamações. A GVT, pressionada, fechou o acordo, mas ainda lança ou-tras demandas que exigem a reação dos trabalhadores, principalmente em relação as suas terceirizadas como R2, Bital Telecom, Linktech, etc. Já as em-presas que trabalham para a EMBRA-TEL/NET tentam fugir da representa-tividade do SINTTEL. A Prefeitura de Fortaleza pretende eternizar contra-tações sem carteira assinada calando o Ministério Público do Trabalho. As empresas de teleatendimento fogem da Convenção, ampliam a repressão e, também, provocam o Ministério do Trabalho e os trabalhadores com um festival de demissões “por justa cau-sa”. Um processo claro de resgate do caixa financeiro, através de descontos “sombras” lançados nas rescisões de contrato de trabalho. A Procuradoria do Trabalho já possui audiência agen-dada em abril para os desmandos da GVT. Enquanto isso, a GT prestadora da TIM abriu mais uma demanda para o jurídico do SINTTEL: desapareceu sem pagar sequer os reajustes da Con-venção 2013, para os trabalhadores.

São desafios postos que pedem foco concentrado da Direção do SINTTEL, para buscar atender as demandas e ampliar, em conjunto com a FENAT-TEL, a sindicalização rumo aos 100 mil no setor telecom este ano.

VAMOS À LUTA!!!!

CONTAX

SINTTEL ALERTA: FIQUEMATENTOS AOS DESCONTOS

A Contax mais uma vez mostra a forma deplorável que trata seus traba-lhadores. Desta vez, o alvo são os descontos efetuados de forma indevida nas rescisões dos trabalhadores desligados. Desta forma, são criadas diver-sas nomenclaturas para efetuar os descontos que ninguém sabe informar do que se trata.

Tal fato não é motivo impeditivo para que seja feito todos os descon-tos de uma só vez. A empresa tem que efetuá-los normalmente, discrimi-nando-os separadamente nos campos próprios do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT). Ressalte-se, entretanto, que em se tratando de rescisão contratual, qualquer compensação no pagamento das verbas rescisórias, ou seja, os descontos não poderão exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado, conforme assim determina o § 5º do art. 477 da CLT.

Diante desse fato o SINTTEL-CE só fará homologação quando vierem dis-criminadas todas as verbas. Caso não haja comprovação de rendimentos e descontos, o procedimento não será concretizado.

Charge

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Após o fechamento do ACT 2013, a Embratel encaminhou alteração no plano de previdência privada - TELOS, sem sequer tratar com o SINTTEL.

Diante desse fato, o Sindicato agiu imediatamente após ser avisado pelo companheiro Carlos Augusto, demitido por perseguição após a denúncia. Em reunião, a empresa reafirmou sua im-plantação mesmo com os malefícios apon-tados pela representação dos trabalhadores.

Por fim, pressionada, a empresa divulgou mensagem cancelando o novo plano. Mas

a janela continua aberta, o compa-nheiro Carlos Au-gusto(RJ) não re-tornou ao emprego e a tentativa pode acontecer nova-mente.

Estamos de olho!

EMBRATEL NOVO PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA

FOI CANCELADO

APROVADA NOVA PROPOSTA PARAACT 2013 DA GVT

Considerado uma vitória para os trabalhadores, o Acordo Coletivo Tra-balhista 2013 da GVT, enfim foi apro-vado. Na ocasião, a empresa cedeu a proposta de reajuste do aluguel de veículos, depois de ter sido pressiona-da em todo o país. No Paraná o caso foi parar no Tribunal Regional do Tra-balho.

Toda essa movimentação deixou em evidência a forma “suja” que a GVT vi-nha agindo. O problema, é que a ope-radora encaminhava a minuta com redação diferente em várias cláusu-las para os sindicatos. Fato que vinha causando divergências e transtornos,

principalmente, naquelas localidades que já haviam realizado assembleia. Detectando a sujeira há tempo, o SINTTEL-CE adiou sua assembleia e só a realizou quando os fatos foram esclarecidos. Diga-se que no Ceará, a ACT também foi aprovada.

Outro grande problema é em rela-ção à carga horária dos trabalhadores, onde a empresa implantou para os instaladores uma escala sem nenhum tipo de negociação. Uma espécie de “colar colou” para que possa também colocar em prática essa sistemática com os seus demais trabalhadores. Tal ação, além de ser imoral, ainda é

ilegal, pois descumpre não apenas o Acordo, mas principalmente a Legis-lação Brasileira.

Diante disso, o SINTTEL-CE vai acres-centar a enorme lista de irregularida-des que estão sendo apuradas pelo Ministério do Trabalho na GVT. Nin-guém tem obrigação de trabalhar sábado, domingo e feriado. Todos foram contratados para trabalhar 44 horas e não 60h, 70h ou a quantida-de de horas que eles querem. Se for para trabalhar mais, é um direito de todos receberem por isso. Chega de exploração! Vamos juntos cobrar mais nossos direitos.

O SINDICATO JUNTO COM VOCÊ.SINDICALIZE-SE!w w w . s i n t t e l c e . o r g . b r

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CUT CONVOCÃO DOS TRABALHADORES DE TODO O PAÍS

PARA MARCHA NACIONALO ano de 2014 será para intensificar a

luta pela conquista das reivindicações da Classe Trabalhadora, é o que garan-te a Central Única dos Trabalhadores – CUT, juntamente com as demais cen-trais sindicais. Com poucos avanços, a mobilização passa a ser inevitável para manter a negociação e cobrar respos-tas concretas do governo. Além disso, a CUT e as demais centrais devem au-mentar a pressão junto ao Legislativo para evitar que as mesmas reivindica-ções sejam tratadas de maneiras dife-rentes nas “Casas”.

Diante disso, acontecerá no próximo dia 9 de abril, a 8ª Marcha da Classe Tra-balhadora, onde todos os trabalhado-res farão um grande ato unificado. No entanto, a mobilização já começou des-de o dia 15 de março, em todo o Brasil, com a realização de atividades prepara-tórias para o grande ato.

É importante que os trabalhadores fiquem atentos às orientações da CUT e das demais Centrais, para que organi-zem manifestações nas capitais e cida-des estratégicas, mobilizando as bases para esta luta.

PAUTA DA CLASSE TRABALHADORA

• Redução da jornada para 40 horas se-manais sem redução de salário;

• Fim do fator previdenciário;• 10% do PIB para a educação;• Negociação coletiva no setor público;• Reforma agrária e política agrícola;• 10% do orçamento da União para a

saúde;• Combate à demissão imotivada;• Valorização das aposentadorias;• Salário igual para trabalho igual;• Mais investimento público;

A CUT nas ruas de todo o Brasil lutando por

www.cut.org.br

/cutnacional/CUTBrasil /secomcut /cutbrasil

SE

CO

M / C

UT

NA

CIO

NA

L -

2014

Redução da jornada de trabalho para 40 horas

Fim do fator previdenciário

Defesa da política de valorização do salário mínimo

Contra o PL 4330, da terceirização

Correção da tabela do imposto de renda

Vamos lotar a Praça da Sé, em SP, a partir das 10 horas, paradefender a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras

9 DE ABRIL É DIA DE LUTA

8ª MARCHA DA CLASSE TRABALHADORA

Reforma agrária

Verdade e reparação dos crimes da ditadura militar

Plebiscito para Constituinte Exclusiva e Soberana

da reforma política

Democratização dos meios de comunicação

10% do PIB para a Educação

10% do Orçamento da União à Saúde

Em defesa das Convenções 151 e 158 da OIT

• Correção da tabela do Imposto de Renda;

• Não ao PL da terceirização.

Outro grande ato que a Central irá realizar será a Plenária Estatutária, que ocorrerá no período de 20 a 24 de maio

(sem local definido), onde serão discu-tidas as políticas da CUT, para serem levadas para a Plenária Nacional (28 de julho a 01 de agosto) em Guarulhos, São Paulo.

O SINTTEL-CE realizará Assembleia para tirar os delegados até 20 de abril.

Agenda da Marcha: 7 h: Concentração da militância CUTista na Praça da Sé

10 h: Início da passeata da Marcha da Classe Trabalhadora Percurso: saída da Praça da Sé, seguindo pela Rua Brigadeiro até a Avenida Paulista, 1578 (Vão do MASP).

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DIRETORIA PRESTA CONTAS DE 2013

NOKIA PAGA PLR 2013

Prezando por um mandato claro e transparente, o presidente do SINTTEL, João Cezar Barbosa, junta-mente com a diretora Financeira, Marília Gomes e a contadora Maria José Braga, apresentou a prestação de contas 2013, em uma assembleia realizada no úl-timo dia 12 de março, na sede do sindicato.

Em 2013 a Diretoria aplicou em ações e recursos que pudessem cada vez mais beneficiar os associa-dos. Como por exemplo, a aquisição de Kombi, que já está atendendo às demandas apontadas pelos tra-balhadores.

“Esse é o momento dos trabalhadores revisarem as ações da Diretoria a partir da utilização dos recursos em contrapartida às aplicações” finaliza o presidente.

SINTTEL INICIA PROCESSO ELEITORAL PARAMANDATO 2014 / 2018

No dia 1º de março, foi publicado Edital das Eleições 2014 para eleger a nova diretoria do SINTTEL-CE. No final do prazo estatutário, duas chapas fo-ram inscritas para concorrer ao pleito deste ano.

Com isso, foi realizada uma Assem-

bleia no último dia 18 de março, onde foi eleita a Comissão que irá gerir todo o Processo Eleitoral. A eleição está pre-vista para o próximo dia 29 de abril, e todos os sócios do SINTTEL, filiados há mais de três meses, têm direito a voto.

A atual gestão encerra seu mandato

no dia 05 de junho, e a nova diretoria (2014/ 2018) assume no dia seguinte. Os locais de votação e demais deta-lhes sobre o processo serão definidas pela Comissão Eleitoral e divulgadas nos canais de comunicação do sindi-cato.

Após conclusão da negociação ini-ciada no final de novembro 2013, a NOKIA pagou, dia 31 de março, o PLR 2013. A proposta aprovada pe-

los trabalhadores aponta parcela mí-nima de R$ 795,00 com a aplicação do percentual de 75% sobre o salá-rio base. Todos os trabalhadores, in-clusive os desligados, têm direito ao

valor proporcionalmente. Quem saiu deve procurar o banco onde possuía conta corrente ativa quando ainda estava na Nokia. A empresa emitiu Ordem de Pagamento individual.

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Veja mais em: www.sinttelce.org.br ou facebook.com/sinttel.ceara FILIE-SE!

SINTTEL–CE - Pres idente: João Cezar Barbosa de Ass is/ Contatos: (85) 3281-6222 ou s [email protected]/ JORNAL DO S INTTEL - Informe Mensal/Departamento de Comunicação Diretor: Giovanni Fernandes / T iragem: 2.000

Assessor ia de Comunicação: ÁGORA Comunica & Relaciona – Contato: 85 3224-5093 / Diagramação: Aluís io S i lvestre

SINTTEL–CE - Rua: Agapito dos Santos, 660 - Bairro: Fernandes Vieira - Cep: 60 010-250 – Fortaleza – Ceará - Fone: (85) 3281-6222

EXPEDIENTE

OI CONTINUA ENROLANDO TRABALHADORES DA PLANTA INTERNA

INCLUSÃO DIGITAL:UM SONHO AINDA DISTANTE

Baseado no texto de Najla Passos (Carta Maior)

Durante a negociação do Acordo Coletivo 2013, a discriminação ge-ral praticada pela OI aos trabalha-dores que vieram da Nokia foi um dos itens discutidos e debatidos em várias reuniões. Desde a entrega de veículos em péssimas condições ao não pagamento da periculosidade, passando pela discriminação direta ao adotar nomenclatura de cargo in-ferior ao praticado na Nokia, tudo foi empurrado “goela abaixo”.

Diversos trabalhadores desistiram e saíram da empresa, onde alguns de-les procuraram o SINTTEL para orien-tá-los e outros resolveram ir direto à justiça para garantir seus direitos.

Por outro lado, a OI passou a exigir mais ainda daqueles que permane-ceram na Nokia como a implantação de escala de trabalho nos finais de semana. A remuneração média caiu, a falta de incentivo é clara enquanto a discriminação reina.

Diante disso, o SINTTEL já denun-ciou essa manobra, pois não há acor-do para isto. Durante a negociação do ACT 2013 com a Comissão FE-NATTEL, a OI assumiu compromisso de realizar reunião específica para tratar dos problemas, mas até o mo-mento nada mudou. Os trabalhado-res se reuniram em março e estão mobilizados. A Oi precisa dar respos-ta e soluções para demandas criadas por ela mesma.

A Câmara dos Deputados aprovou no último dia 25 de março, por qua-se unanimidade (só o PPS votou contra), o Marco Civil da Internet, que há cinco meses travava a pauta da casa e foi o pivô da maior crise já enfrentada entre o governo Dilma e a base aliada.

A expectativa, agora, é que o pro-jeto seja aprovado pelo Senado em tempo recorde, sem alterações,

para que siga à sanção presidencial.Com isso, o Brasil passará a ser

referência mundial em legislação sobre rede mundial de computa-dores: o projeto é, na opinião dos movimentos de defesa da demo-cratização da comunicação, espe-cialistas em redes de informação e em democracia participativa, um avanço significativo que deve servir de exemplo para o mundo.

De forma geral, a proposta apro-vada pela Câmara disciplina di-reitos e deveres dos usuários da internet, mantendo a liberdade e democracia na rede, protegendo os dados dos usuários de espiona-gens praticadas pelo mercado ou por outros governos e impedindo que as empresas de telecomunica-ções discriminem usuários, ao limi-

tar a velocidade de acesso para os que contratarem os pacotes mais populares. A norma legal também discrimina como a Justiça deve agir para responsabilizar crimes ciber-néticos.

Porém a exclusão digital ainda é uma realidade que atinge milhões de pessoas no mundo inteiro, prin-cipalmente as classes mais baixas e mesmo diante de tantas propostas de mudanças para beneficiar a qua-lidade dos serviços na internet, na prática, a realidade é bem outra.

Preocupadas apenas em lucrar, as empresas de Telecomunicações também não se demonstram pre-ocupadas em mudar e a inclusão digital passa a ser um sonho cada vez mais distante diante do pouco investimento que é feito.