8
[email protected] @jornallona Ano XIII - Número 760 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 2012 O único jornal-laboratório DIÁRIO do Brasil lona.redeteia.com Animais recebem tratamentos médicos antes destinados apenas aos humanos p.4 Padre Reginaldo Manzotti lança o livro “Feridas da Alma” em Curitiba e reúne mais de mil pessoas p. 8 Contos infantis ganham espaço na TV como séries p.6 ESPECIAL EVENTO Obras de John Lennon ganham exposicão na data de seu aniversário A música como forma de protesto sempre existiu, mas John Lennon foi o res- ponsável por fazer com que isso deixasse de ser algo mais restrito e ganhasse um espaço mundial p. 7 No paraná apenas duas empresas ajustarão os honorários com os médicos e após suspender por 15 dias a paralisação garantem parar de atender os cli- entes dos planos de saúde. p. 3 Médicos pelo pais decidem hoje se vão entrar em greve

LONA 760 - 10/10/2012

Embed Size (px)

DESCRIPTION

JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

Citation preview

Page 1: LONA 760 - 10/10/2012

Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 2012

[email protected] @jornallona

Ano XIII - Número 760Jornal-Laboratório do Curso de

Jornalismo da Universidade PositivoCuritiba, quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O único jornal-laboratório

DIÁRIOdo Brasil

lona.redeteia.com

Animais recebem

tratamentos médicos antes

destinados apenas aos

humanos

p.4

Padre Reginaldo

Manzotti lança o

livro “Feridas da

Alma” em Curitiba

e reúne mais de mil

pessoas

p. 8

Contos infantis ganham espaço na TV como séries

p.6

ESPECIAL

EVENTO

Obras de John Lennon ganham exposicão na data de seu aniversário

A música como forma de protesto sempre existiu, mas John Lennon foi o res-ponsável por fazer com que isso deixasse de ser algo mais restrito e ganhasse um espaço mundial p. 7

No paraná apenas duas empresas ajustarão os honorários com os médicos e após suspender por 15 dias a paralisação garantem parar de atender os cli-entes dos planos de saúde. p. 3

Médicos pelo pais decidem hoje se vão entrar em greve

Page 2: LONA 760 - 10/10/2012

Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Requião quer Ratinho Jr. (PSC), Ratinho Jr. quer Dilma e Lula (PT), e se não puder tê-los quer ao menos que eles não apoiem o coligado Gustavo Fruet (PDT). Parece quadrilha de São João, mas é assim que se desenha o cenário político curi-tibano para o próximo dia 28.

Surpreendentemente o candidato pedetista superou as es-peculações eleitoreiras e por pouco mais de quatro mil votos impediu a – possível – reeleição de Luciano Ducci (PSB). O que causou uma confusão geral e mudança no cenário eleito-ral na capital.

O PMDB, partido que lançou candidatura própria com Ra-fael Greca, obteve cerca de 10% dos votos em primeiro turno. Em segundo turno o partido, por meio de uma das figuras mais emblemáticas da política paranaense, Roberto Requião, decla-rou apoio ao PSC de Ratinho Jr. Em esfera nacional tanto o PSC quanto o PMDB têm como hábito coligar com o PT.

Mas em Curitiba há coisas que só acontecem nesta cidade: 1 – Um candidato com nome fortíssimo e simpatia do elei-torado como Fruet ser trocado em detrimento de outro que sempre viveu a sombra de Richa (PSDB) como Ducci; 2 – O candidato trocado por Ducci mudar a sigla partidária e, ainda por cima, coligar seu nome ao PT, partido ao qual atacou for-temente por conta do mensalão enquanto deputado federal; 3 – Uma candidatura que surgiu desacreditada como a de Ra-tinho Jr. ganhar espaço com discursos prontos e sem grandes ideias (apesar do slogan: “novas ideias”); 4 – O improvável confronto entre a classe média tipicamente curitibana e o po-vão. É Fruet versus Ratinho Jr.

O candidato do PSC disse que seria interessante Lula e Dilma não tomarem lado aqui em Curitiba para segundo tur-no. Inteligente articulação, visto que as avalições tanto de um quanto de outro são sempre muito positivas. Por outro lado a corrente majoritária do PT, chama Corrente Novo Brasil (CNB), está de olho nas eleições governamentais na qual a provável candidata será a ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann. Nessa linha é interessante pensar que, com Fruet eleito, o apoio do prefeito de Curitiba será de suma importân-cia para a conquista do Palácio das Araucárias e aí surge um novo empasse: em Brasília o partido de Ratinho Jr. é sempre decisivo em aprovar ou não os projetos do governo.

Resta-nos aguardar os próximos dias para saber qual será, enfim, o posicionamento dos concorrentes. Nesse bang-bang eleitoral o único que pode – realmente – ser ferido à bala é o eleitor.

2

ExpedienteReitor: José Pio Martins | Vice-Reitor e Pró-Reitor de Adminis-tração: Arno Gnoatto | Pró-Reitora Acadêmica: Marcia Sebas-tiani | Coordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira | Professores-orientadores: Emerson Castro, Elza Aparecida de Oliveira Filha e Marcelo Lima | Editores-chefes: Gustavo Panacioni, Renata Silva Pinto e Vitória Peluso | Editorial: Aline Reis

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Uni-versidade Positivo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba - PR. CEP: 81280-30 - Fone: (41) 3317-3044.

OpiniãoEditorial

Na manhã desta terça-feira, o Professor Galdino surpreendeu a Câmara Municipal de Curitiba. O vereador apresentou uma moção de apoio a um Projeto de Lei Complementar que pede a licença de apresentadores de TV e rádio um ano antes de se candidatarem para cargos públicos. Ou seja, Galdi-no foi a público explicitar o que há muito tempo já se nota: o poder da mídia em decisões eleitorais e políticas.

Desde as eleições de 1989 e as famosas edições da Rede Globo, é explicita a capacidade de de-cisão pautada pela mídia diante de eleições. Com um histórico ainda muito recente de radiodifusão (anos 30-50), imprensa livre (1988) e internet (década de 90), nós brasileiros estamos acostumamos a receber informações não só massificadas e portanto superficiais, mas para além disso mediadas pelas linhas editoriais mais ou menos explícitas dos jornais. Em 2004, Emir Sader já publicava no Jornal do Brasil:

“Até um certo momento, a capacidade de compreensão do mundo, e de nós dentro do mundo, es-barrava na falta de informações. Mais recentemente, passamos a sofrer o fenômeno oposto: excesso de informações. Nos dois casos, o que sofre é a capacidade de compreensão, de apreensão dos fe-nômenos que nos rodeiam, que produzem e reproduzem o mundo tal qual é e nós dentro dele. (...) A informação contemporânea, massificada, fragmentada, atenta contra a capacidade de compreensão da realidade como uma totalidade. Os noticiários de televisão enunciam uma enorme quantidade de informação, sem capacitar para sua compreensão, com um ritmo e uma velocidade que impedem sua assimilação e o questionamento do sentido proposto”.

Isso explica a recente demanda por comunicadores com formação pedagógica que possam en-sinar uma nova geração a fazer uma leitura ativa e não meramente passiva da mídia. O exemplo do ano passado, em que a Universidade de São Paulo (USP) inaugurou no Brasil o primeiro curso de Educomunicação de nível superior.

Precisamos acabar com mito que comunicadores são seres iluminados que detêm as chaves de uma porta que separa o que será compreensível ao povo ou não. Ora, quem são os jornalistas e mar-queteiros se não gente como a gente? Mais do que isso, quem são eles senão pessoas com interesses, opiniões próprias e aspirações pessoais, sujeitas às mesmas influências, contradições e pressões?

Desde o início do período colonial, política é hereditária ou então profissão – e muito bem remune-rada. Não é à toa que sempre foi privilégio de poucos. O Projeto Donos da Mídia,por exemplo,reúne e relaciona informações fornecidas pelos próprios grupos de mídia para montar um panorama com-pleto do setor no Brasil. A conclusão da pesquisa demonstra: política é para quem é ou conhece bem concessionário de rádio e TV.

As concessões públicas do espectro eletromagnético brasileiro (radiodifusão) sempre foram uti-lizadas como moeda de troca para alianças políticas. Segundo dados do “Donos da Mídia”, 271 políticos são sócios ou diretores de 324 veículos de comunicação (dados de mandatos até 2009). Isso é o que explica o controle dos Magalhães na Bahia; dos Collor de Mello em Alagoas; dos Barbalho no Pará; dos Sarney no Maranhão; dos Pimentel no Paraná – que por sinal acabam de eleger mais um vereador nas eleições deste domingo.

Falando em Paraná, a capital Curitiba gosta mesmo é de celebridades. Fácil observar tal fenôme-no quando no primeiro turno das eleições de 2012, os candidatos que obtiveram maior número de votos – tanto para prefeito quanto vereador – têm relações muito íntima com a mídia. O candidato mais votado entre os vereadores se chama Cristiano Santos, é jornalista de um programa de televisão chamado 190 e filho do deputado estadual Roberto Acioli – que também era apresentador daquele mesmo programa antes do filho.

Por outro lado, o candidato forte que concorre à prefeitura temos é Carlos Roberto Massa Junior – vulgo Ratinho Junior. O deputado é filho do apresentador Calos Massa (Ratinho) e é herdeiro da popular Rede Massa de Comunicação.

Essas conexões, mesmo as mais difíceis de fazer, estão presentes no dia-a-dia da vida pública do brasileiro. Recentemente, tivemos o escândalo entre o mafioso Cachoeira e a revista Veja – aliança difícil de perceber e que precisou de uma CPI para ser desmascarada.

Sendo assim, não foi a toa que, após descer da Tribuna, Galdino foi vaiado e acusado de invejoso. Afinal, influenciar a opinião pública através da mídia é para poucos, não é para meros cidadãos ou vereadores de fora da patota.

Ô Cride, fala pra mãe!E que comece o segundo turno

Beatriz Moreira

Page 3: LONA 760 - 10/10/2012

Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 2012 3

Flávio MartinsRodrigo SchieveninTiago Pereira

Inscrições para o vestibular da Universidade Positivo se encerram hoje

Os estudantes interessados em prestar vestibular na Uni-versidade Positivo devem se apressar, pois a inscrição via internet já se encerrou no do-mingo (7) e as presenciais se encerram nesta quarta-feira (10).

Na sede da Universidade Positivo, localizada no bairro Campo Comprido, o atendi-

mento é realizado na Central de Atendimento do Bloco Azul. Regiane Gorski, auxi-liar administrativa na Central de Atendimento da Univer-sidade Positivo, afirma que o movimento está tranquilo. “Na segunda-feira (8), foram realizadas 16 inscrições’’, co-menta Gorski.

Alexandre Botega (22) es-colheu prestar vestibular para o curso de Jornalismo, e fez a sua inscrição na terça-feira (9), no período da manhã.

“O atendimento foi rápido e não tive nenhuma dificuldade para fazer a inscrição’’.

As inscrições também po-dem ser realizadas em outros dois endereços: no Curso Positivo do Centro (Av. Dr. Vicente Machado, 317) e no Curso Positivo do Batel (Av. Sete de Setembro, 4228). O horário de atendimento nos dois locais é das 8h às 21h. Já na Universidade Positivo o horário de atendimento é das 8h às 22h.

Larissa Mayra de LimaLarissa Mayra de Lima

Médicos decidem pelo pais se vão entrar em greve nesta quarta-feira

Médicos de todo o pais vão se reunir nesta quarta-feira (10) para decidir se vão suspender as consultas e outros processos clínicos de pacientes conveniados. O Conselho Federal de Medic-ina, Associação Médica Bra-sileira e Federação Nacional dos Médicos estão mobili-zando a greve. A data de par-alisação dos atendimentos, esta a critério de camisões estaduais, que será de no Maximo 15 dias. Os atendi-mentos de emergência serão mantidos.

O presidente da Asso-ciação Médica Brasileira (AMB), Florentino Car-

doso afirma em nota oficial “O sistema suplementar de saúde passa por crises e nós devemos buscar juntos as melhores soluções”. A cate-goria pede aumento dos hon-orários, fim da intervenção na relação médico-paciente, e contratos com índice de periodicidade de reajuste anual.

Os profissionais de saúde estão entrando em greve pela quarta vez em menos de dois anos. A ultima vez foi no dia 25 de abril deste ano, onde entregaram 15 propos-tas a Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS, que é responsável pela regu-larização das operadoras dos planos de saúde. Os avanços foram considerados insatis-fatórios “O que está em jogo é o exercício profissional de 170 mil médicos e a as-sistência a quase 48 milhões de pacientes” relata o vice presidente do Conselho Fed-

eral de Medicina Aloísio Ti-biriçá.

Denúncia Em nota a Associação

médica do Parana AMP re-lata ter recebido uma carta do deputado Leonaldo Para-nhos pedindo para que os médicos reconsiderassem a manifestação, dando um voto de confiança ao trabal-ho da comissão, que já ouviu os médicos, as operadoras, a ANS e os órgãos de defe-sa do consumidor e estaria finalizando uma proposta de acordo que atenderia às reivindicações da classe.

No Paraná os médicos suspenderam a greve por 15 dias depois do pronuncia-mento do deputado Leonal-do Paranhos que comprom-eteu a assembléia legislativa na negociação com os planos de saúde, comenta o presi-dente do conselho Regional

de medicina Alexandre Gus-tavo Bley “ nos sempre es-tivemos abertos ao dialogo mas se nesse período as ne-gociações não avançarem entraremos em greve no dia 24 de outubro”.

A fundação Copel E a sanepar são os únicos órgãos que já fizeram o rea-juste nos honorários dos médicos. Na ultima segunda feira os médicos desistiram-durante os 15 dias de greve, as consultas e processos eletivos devem ser cobra-dos diretamente do paciente que ganhara um recibo para reembolso.

Reclamações O Procon informa que

duvidas sobre cobranças são a maior cobrança contra planos de saúde.Foram feitas duas mil duzentos e noventa e duas reclamações as quais 3 empresas se destacaram

como lideres a clinipan com 143 a amil Assistência médi-ca 169 e a unimed 220 ocor-rências. O procon é uma das entidades que o consumidor pode fazer as denuncias.

A Ans é o outro órgão que recebe as reclamações do conveniados dos planos de saúde e fornece em seu site informações sobre to-dos os planos de saúde basta apenas fornecer o numero do cadastro ou nome da op-eradora na ultima semana foram suspensos por não of-erecer aos clientes consultas com o tempo mínimo pedido pelo órgão sendo assim im-pedidos de vender novos planos

Procon orienta aos pa-cientes de planos de saúde a não pagar qualquer valor além do foi determinado no contrato com as operadoras e se caso for cobrado o pa-ciente deve denunciar o ato para a ANS.

Page 4: LONA 760 - 10/10/2012

Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 20124

Animais domésticos realizam tratamentos cada vez

mais complexos

Especial

Camila Tebet Stephany Guebur

Considerados “membros da família”, eles fazem cirurgias caras, consultas odontológicas e até mesmo sessões de fisioterapia; tudo para que não sofram

Animal sendo examinado na Clínica Alles Blau

Maria Luiza de Paula

Animais domésticos vêm ga-nhando cada vez mais espaço e se tornando membros da família. É cada vez mais comum que eles realizem tratamentos como os dos humanos, para corrigir al-gum problema de saúde, ou até mesmo tratamentos mais supér-fluos, que garantam o seu bem-estar. Hoje, além de cirurgias e consultas preventivas, é possível encontrar lugares especializados em odontologia, ortopedia, tra-tamentos quimioterápicos e até mesmo planos de saúde para os animais. O único porém é que esses tratamentos tendem a tra-zer mais gastos para as famílias. Entretanto, aquelas que podem arcar com essas despesas, nem pensam duas vezes antes de tra-zer mais conforto para os ani-mais.

A estudante de Direito Ulli Saad, que mora no Campo Comprido, é dona de quatro ani-mais: os gatos Lalique, Nero e Dante e o cachorro Ozzy. Ulli já realizou alguns pequenos trata-mentos em seus outros animais, mas quem exige mais atenção é o gatinho Dante, de três anos. Ele nasceu com uma doença rara, desconhecida pelos veteri-nários, que ataca em espaçamen-tos de tempo indeterminado. “A última crise que ele teve foi no

começo do ano; sua quantidade de células vermelhas no sangue cai drasticamente sem que haja explicação, sendo necessária transfusão de sangue e tratamen-to intensivo”, contou. Segundo a estudante, o último tratamento realizado custou aproximada-mente sete mil reais, tendo um total de quinze mil junto com os anteriores. Mais da metade desse dinheiro foi gasto com remédios.

O médico veteriná-rio Carlos Leandro Henemann é proprietário da clínica Alles Blau, situada no centro de Curiti-ba, desde 2003. Além de oferecer hospedagem, banho e tosa e ou-tras consultas de rotina, a clínica também possui equipamentos que permitem tratamentos mais complexos. Segundo o veteriná-rio, o custo desses tratamentos é alto por eles serem muito próxi-mos aos tratamentos humanos. “Para algumas coisas são neces-sários instrumentais adequados que vêm da medicina humana e que têm valores muito altos para a aquisição; o custo para fazer uma cirurgia veterinária é pra-ticamente o mesmo que para a medicina humana, apesar da re-muneração muitas vezes ser bem mais baixa”, explica ele.

De acordo com Hene-mann, os procedimentos de valo-res mais altos são os oftalmológi-cos, neurológicos e ortopédicos. Uma cirurgia de calcificação, que é a de catarata, utiliza len-tes intraoculares importadas, que variam de mil a dois mil reais. Alguns equipamentos oftalmoló-gicos custam de R$ 30 mil a R$

60 mil, assim como os ortopédi-cos, que também são caros. Em tratamentos quimioterápicos são usados fármacos, medicamentos específicos para cada tipo de tu-mor, que podem chegar a custar mil reais uma única ampola do medicamento.

Entretanto, os altos custos não são exatamente uma barrei-ra para quem tem nos bichinhos de estimação algo mais que dis-tração caseira. Segundo Rogério Ribas Lange, diretor do Hospital Veterinário da Universidade Fe-deral do Paraná, o que motiva o dono a procurar esses tratamen-tos é a afeição que ele sente pelo animal: “A afeição do proprie-tário tem grande peso nas deci-sões”.

Apesar de caros, efetivos

A maioria dos tratamentos traz uma melhora efetiva, porém não é só o veterinário que deve trabalhar. A colaboração do dono também é fundamental, já que é ele que vai identificar os limites do animal. “Buscamos fazer o atendimento, o diagnóstico, pro-por um tratamento que resolva o problema, mas também depende-mos da colaboração do proprie-tário, sem isso não conseguimos ter sucesso”, afirma Henemann.

No hospital veterinário mais antigo do Paraná, o Hospital Ve-terinário São Bernardo, inaugu-rado em 1968, o fundador Lui-mar Carlos Kavinski diz que o tratamento mais caro realizado na clínica é a cirurgia de colu-na, orçada em R$5 mil. A clí-

nica oferece consultas, exames laboratoriais e cirurgias e atende cães, gatos e alguns animais sil-vestres. Segundo o médico vete-rinário, os tratamentos são caros porque exigem aparelhos moder-nos e profissionais qualificados. “Cirurgia é uma arte, um dom; cirurgiões são raros e precisam de dedicação e desempenho”,

disse. Planos de Saúde também

ganham espaço O plano de saúde para ani-

mais funciona como o dos hu-manos: depois de escolher o que mais se encaixa para o seu bichi-nho, você paga um valor por mês e evita futuras surpresas. Hoje,

Page 5: LONA 760 - 10/10/2012

Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 2012 5

em Curitiba, ainda são poucos os lugares que apresentam este recurso e poucas as famílias que aderem, mas é algo que está cada vez mais em ascensão. A clínica Alles Blau possui um plano de saúde há quase seis anos. Lá o cliente pode escolher entre qua-tro planos: Alles Blau Saúde Básico, Alles Blau Bronze 50, Alles Blau Prata 25 e Alles Blau Ouro Total. Os preços variam de R$29,59 a R$98,90.

O plano mais básico contempla consultas e vacinas. Os intermediários também ofere-cem alguns exames laboratoriais e procedimentos odontológicos. Já o plano mais completo ofere-ce uma cobertura integral de to-dos os serviços que um paciente pode precisar. Segundo Carlos Leandro Henemann, quem pro-cura o plano de saúde é quem já passou por algum susto, quem precisou realizar um tratamento sério, um internamento longo, uma cirurgia, entre outros. “Es-ses clientes são os que mais pro-curam um plano de saúde, para ter uma segurança; a pessoa tem que confiar, tem que saber que pode contar com a empresa e que ela vai estar à disposição para o que ela necessitar”, afirma.

A estudante Ulli dis-se que ficou sabendo há pouco tempo que existia este tipo de serviço e que agora, está corren-do atrás. “É muito benéfico para mim, visto os problemas do pas-sado e sabendo que podem vol-tar a qualquer minuto”, afirmou. Gisele também disse que não pensaria duas vezes em fazer um plano de saúde para a Menina: “mesmo pagando caro, eu acei-taria um que fosse completo e de qualidade”.

UFPR faz, em média, sete cirurgias diárias

O Hospital Veterinário da Universidade Federal do Pa-raná além de servir como modo de aprendizado para os alunos

de Medicina Veterinária da ins-tituição, presta serviços nas áreas clínicas, clínicas cirúrgi-cas, diagnósticos laboratoriais e teriogenologia (reprodução animal). Lá os alunos têm a oportunidade de acompanhar os procedimentos executados pelos professores, médicos veteriná-rios de diferentes especialidades. No hospital são realizadas cerca de sete cirurgias e 25 atendimen-tos diários, fora emergências e internamentos.

Embora os preços não sejam tão diferentes, compara-dos a outras clínicas, o hospital conta com projetos de extensão que contemplam atendimentos gratuitos ou com custos reduzi-dos, dependendo do caso. “Aqui são atendidos cavalos de carro-ceiros, são esterilizados cães e gatos em programas de contro-le populacional, são atendidos animais selvagens de vida livre e ainda programas como oftal-mologia para todos, que atende alguns casos da especialidade”, afirmou o diretor.

Procura para tratamen-tos odontológicos vem

aumentando

A clínica Odontocão, especializada em tratamentos odontológicos, existe em Curiti-ba desde 1997. Ela oferece tra-tamentos dentais em geral, desde limpeza dentária até remoção de tumores na boca. A clínica faz, atualmente, aproximadamente 50 atendimentos por mês. Em 2006, a clínica realizou a primei-ra Campanha Saúde Bucal para Cães e Gatos no Brasil. O pro-jeto, que inicialmente era desti-nado somente a Curitiba, atingiu o país inteiro e nele foram feitas 7440 escovações dentárias. Se-gundo a fundadora e proprietá-ria da clínica, Maria Izabel Ri-bas Valduga, é importante levar os animais ao dentista porque, como nós, eles também necessi-tam de tratamentos. “Os animais

têm problemas na boca da mes-ma forma que nós temos, pro-blemas que doem, incomodam e prejudicam a qualidade de vida”, afirmou.

Na odontologia, o trata-mento mais caro é a parte de or-todontia e cirurgias que possam levar à remoção da mandíbula. Já o mais barato é a limpeza dentária ou, em termos técnicos, limpeza de cálculo dentário. A limpeza é considerada o trata-mento mais procurado, já que a maioria das pessoas não escova os dentes de seus animais; mas a procura para os outros também aumentou bastante nos últimos dez anos. “As pessoas estão mais conscientes que o animal tam-bém tem dor de dente”, explicou a médica, que também disse que fora do Brasil a procura existe há muito mais tempo.

A doutora explicou que para descobrir se o animal possui algum problema dentário, é ne-cessário observar. Segundo ela o sinal mais comum é o mau hálito, que afeta aproximadamente 85% dos cães e gatos adultos. O que parece uma coisa simples pode ser na verdade doenças como ne-oplasias orais (massa na cavida-de oral), complexo de gengivite, lesão de reabsorção odontoclás-tica felina (possui aspecto seme-lhante à cárie, destrói o dente por desmineralização e inflamação e ao atingir a parte viva do dente causa muita dor; cerca de 70% dos gatos têm a doença), entre outras.

Apesar de custosos, os tratamentos trazem bons resul-tados. Depois dos tratamentos os animais mudam de tempera-mento, já que antes sentiam dor o dia inteiro e ninguém notava. Segundo Maria Izabel, “é muito comum as pessoas falarem que achavam que seu bicho era quie-tinho, irritado, mas depois que ele tratou os dentes ficou mais alegre, mais comilão e voltou a brincar, o que para eles é um grande alívio”.

Stephany Guebur

Cirurgia odontológica sendo realizada em um gatinho

Menina é a cachorrinha da jornalista Gisele Mendes de Paula. Gisele mora em São Paulo e, quando precisou de serviços veteriná-rios para seu animal, gastou um valor aproximado aos de Curitiba. Menina tem quatro anos e foi recolhida da rua pela dona quando tinha quatro meses. Apesar da pouca idade, já fez alguns tratamen-tos e ainda hoje vai a algumas sessões de fisioterapia e natação para diminuir a dor.

No começo do ano passado, a mistura de Viralata com Border Collie, teve uma ruptura de ligamentos e esmagamento da patela do joelho da pata esquerda e precisou realizar uma cirurgia para corrigir os problemas em uma clínica especializada em ortopedia. “Gastamos cerca de R$3200, entre exames (raio-x, ultrassonografia e exames pré-cirúrgicos), cirurgia, anestesia, internação, curativos e medica-mentos”, afirmou Gisele. Há dois meses, Menina apresentou outro problema ortopédico, que causou muitas dores ao caminhar, preci-sando de uma nova cirurgia, orçada em R$2000. Além das cirurgias, ela iniciou um tratamento semanal de fisioterapia em casa, com uma série de procedimentos para fortalecimento da musculatura das patas e coluna e também faz natação e esteira sub-aquática semanalmente, num total de R$900 por mês. Os tratamentos deram resultado, ape-sar da lenta recuperação. Segundo Gisele, em nenhum momento a questão financeira impediu de buscar o melhor. “A opção em ter um animal de estimação deve ser acompanhada pelo respeito e compro-misso em cuidá-lo da melhor forma, lhe oferecendo tudo que garanta seu bem-estar”, disse ela.

Bem-estar do animal é essencial

Page 6: LONA 760 - 10/10/2012

Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 20126

Era uma vez...

Séries de TV

Luciana Cristina dos [email protected]

Música

Angelo [email protected]

Mês movimentado no cenário musicalO mês das bruxas também está

sendo uma época movimentada para a música. Nesta semana, por exemplo, o vocalista Don Dokken mostrou no podcast “Dropping the Neddle” uma prévia de seu novo projeto. Traba-lhando ao lado do guitarrista Michale Schenker (reconhecido por seus tem-pos de UFO e Scorpions), Dokken divulgou a faixa “Faith”, com pegada oitentista que deve agradar aos ou-vintes de Hard Rock.

Trocando um pouco de gênero, um dos ícones do Power Metal também divulgou boas novas recentemente. Estou me referindo ao Helloween, que está produzindo um novo álbum. O “Straight Out Of Hell” tem previ-são de lançamento para o dia 18 de janeiro. A lista de faixas foi divulgada nesta semana: serão 13 músicas, com a inclusão de mais duas faixas bônus para a edição limitada (incluindo uma versão de Burning Sun em homena-

gem ao lendário tecladista do Deep Purple, Jon Lord).

O Grave Digger, outra grande ban-da do Power Metal, divulgou um novo clipe. A faixa “Zurück Nach Haus” nada mais é do que a versão em ale-mão da excelente “Home At Last”. A música original está presente na edi-ção limitada do álbum Clash Of The Gods. Apesar da simplicidade do ví-deo – de tamanha complexidade que poderia muito bem ser editado com o Windows Movie Maker – vale a pena conferir pelo novo áudio.

Voltando um pouco no tempo, ou-tubro também é o mês de falecimento de John Lennon, assassinado em 1980. Lennon completaria 72 anos nesta terça-feira (9). Neste mesmo dia, a po-lêmica empresária Sharon Osbourne, esposa de Ozzy, completou 60 anos. Apesar dos gêneros completamente diferentes, garanto que muitos adora-riam uma mórbida troca entre falecido

e aniversariante (risos!). Voltando a falar sério, nesta sema-

na presenciamos uma grande gafe no Twitter. O guitarrista do Whitesnake, Doug Aldrich (sim, aquele mesmo que foi o estepe da banda de Ronnie Ja-mes Dio durante as ausências de Graig Gold), mandou muito mal nas publica-ções da sua conta. O músico caiu no boato da suposta morte de B.B. King e assustou muitos dos seus seguido-res mal informados. Apesar do boato, o gênio do blues de 87 anos – que na semana passada se apresentou brilhan-temente no Teatro Guaíra – continua encantando seus fãs com sua habilida-de única na guitarra.

Vou fechar a coluna hoje com uma notícia não tão boa. Já estamos cale-jados com os constantes cancelamen-tos de eventos, mas isso não deixa de ser decepcionante. O GreenFest Brasil não virá mesmo para Curitiba. O festi-val, que tem como atrações principais

as bandas KoRn, Jamiroquai e Run DMC, estava previsto para aconte-cer entre os dias 9 e 11 de novem-bro. Quem já havia comprado os ingressos deve entrar em contato com a Alô Ingressos a partir da próxima segunda-feira (15) para pedir o reembolso.

Há alguns anos, as séries de fan-tasia começaram a ganhar destaque na televisão americana. Nesta tem-porada tivemos o retorno de duas das principais estreias do ano passa-do, que apesar das e baixas expec-tativas, surpreenderam, ganharam fãs e garantiram sua permanência na TV. São elas Grimm e Once Upon a Time.

Grimm, que vai ao ar pela NBC, conta a história do detetive Nick Burkhardt, que de repente começa a ver coisas muito estranhas. Estranhas do tipo encanadores com feições de rato e empresários que mais parecem cobras. É quando ele descobre que é um Grimm, ou seja, um descenden-te dos Irmãos Grimm, que consegue identificar os Wesen, criaturas mito-lógicas que fazem parte das não tão fabulosas histórias assim escritas pe-

los irmãos. A função de Nick é ajudar a manter o equilíbrio entre o mundo dos seres humanos e o dessas criatu-ras. Para isso, ele conta com a ajuda de Monroe, um lobo mau que desistiu da vida de devorador de vovozinhas; e de seu parceiro Hank Griffin, que não sabe das habilidades de Nick e muito menos porque a cidade onde vivem passou a ser vítima dos crimes mais estranhos dos quais já se teve notícia. Grimm já está na sua segunda tempo-rada, e se você acha que as versões da Disney das fábulas e histórias infantis são melosas demais, vale a pena con-ferir.

Mas se você prefere histórias mais fofas, Once Upon a Time é a série para você. Once Upon a Time vai contar a história de Emma Swan, interpretada por Jennifer Morrison (a Cameron de House). Emma é uma detetive par-

ticular que se vê arrastada para a ci-dadezinha de Storybrooke por Henry, um menino que alega ser o filho que Emma deu para a adoção quando era adolescente. Henry acredita que a ci-dade onde vive está sob o efeito de uma maldição lançada pela Rainha Má, que não por acaso é sua mãe ado-tiva e prefeita do lugar. Segundo ele, Emma é filha de Branca de Neve e do Príncipe Encantado, e sua missão é quebrar a maldição.

Mesmo achando a história toda um absurdo, Emma resolve se mudar para Storybrooke para cuidar de Henry. Outros personagens como Pinocchio, o Grilo Falante, o Caçador, Chapeu-zinho Vermelho e até Rumpelstiltskin dão o ar da graça na série, com versões totalmente renovadas de suas fábulas. Once Upon a Time também está na sua segunda temporada.

Se interessou por alguma? Por nenhuma? Pelas duas? Vale a pena ver essas revisões e atualizações dos contos mais famosos da literatura infantil. Bom, não tão infantil assim no caso dos Contos de Grimm...

Page 7: LONA 760 - 10/10/2012

Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 2012 7

Cultura

John Lennon completaria 79 anos nesta terça-feira

Julio RochaMatheus Klocker

Ontem completaria 79 anos uns dos maiores mú-sicos de todos os tempos. John Lennon foi eleito pela revista Rolling Stones o quinto maior cantor de to-dos os tempos, perdendo apenas para clássicos da música como Sam Cooke, Elvis Presley, Ray Charles e Aretha Franklin. Começou sua carreira muito jovem, com a banda The Beatles, e rapidamente se tornou um fenômeno musical, com suas músicas inovadoras e em forma de protesto.

Para comemorar a data, desenhos e textos de Len-non foram expostos em uma galeria de SoHo, em Nova Iorque. A exposição, chamada “The Artwork of John Lennon”, ficou aberta desde quinta-feira passa-da até esta terça-feira. Os trabalhos exibidos fazem parte do acervo pessoal de Yoko Ono, mulher de Len-

non até o dia de sua morte. Além da exposição,

foi lançado o livro “As Car-tas de John Lennon”, orga-nizado por Hunter Davis (único biógrafo autorizado dos Beatles). O livro é uma coleção de cartas pessoais do cantor, escritas e recebi-das por ele, que mostram as diversas faces de Lennon. “As Cartas de John Len-non” chegou às lojas ontem e tem o preço médio de R$ 59,90.

Mais de 30 anos depois de sua morte, suas músi-cas e personalidade ainda influenciam pessoas em todo o mundo. ‘’A músi-ca como forma de protesto sempre existiu, mas John Lennon foi o responsável por fazer com que isso dei-xasse de ser algo mais res-trito e ganhasse um espaço mundial’’, explicou Tiago Brandão, músico e ex-bate-rista do Metralhas, a maior banda cover dos Beatles de Curitiba. ‘’Suas músicas eram mais um protesto so-cial do que arte em si’’.

Já o produtor musical, Ben-Hur Pinto, pensa de

outra maneira. ‘’Seu valor era totalmente artístico. Todo seu material se decaiu depois de seu protesto’’, afirmou. “John Lennon foi o responsável por trazer o negócio da beatlemania para o mundo, e consequen-temente o que acontece até hoje com as boybands’’.

História

John Winston Lennon nasceu em Liverpool, In-glaterra, em 9 de Outubro de 1940. Teve uma infância conturbada, cresceu afasta-do do pai e viveu durante um período com sua tia. Em 1956, ainda na escola, John fundou a banda The Quar-rymen, ao lado de também futuros Beatles, Paul Mc-Cartney e George Harrison.

Apenas em 1960 os The Beatles passaram oficial-mente a existir. No início eles eram cinco integran-tes, John Lennon, Paul Mc-Cartney, George Harrison, Stuart Sutcliffe e Pete Best, mas aos poucos isso foi mu-dando. O primeiro single da banda, Love me Do, foi

gravado já sem Stuart Su-tcliffe. Em 1963 Pete Best também largou a banda, dando lugar a Ringo Star, o que se tornou a formação definitiva da banda.

“A qualidade sonora não era tão boa, mas na época eles não tinham o recurso digital, pra reproduzir os instrumentos sem perder qualidade. Eles desafiavam a tecnologia da época’’, ex-plicou Tiago.

Em 31 de Dezembro de 1970 a banda terminou e cada um dos integrantes seguiu carreira solo. John Lennon gravou sete discos em sua carreira solo, alguns ao lado de sua esposa Yoko Ono. O último disco que lançou ainda vivo foi Dou-ble Fantasy. Já falecido, o disco Milk and Honey foi lançado por sua esposa. Em 8 de Dezembro de 1980, John foi brutamente assas-sinado por um fã ao voltar para sua casa.“John Lennon não era so-mente um ícone musical, ele é lembrado fortemente também pela sua persona-lidade’’, lamenta Bem-Hur.

Carreira artística de John Lennon

1956 – Inicia a carreira musical com a banda The Quarrymen

1960 – Com Paul McCartney, Pete Best, George Harrison e Stuart Sutcliffe, cria a banda The Beatles

1962 – Os Beatles fazem suces-so com o single Love Me Do

1963 – Lançam os primeiros discos da banda, Please Please Me e With The Beatles

1966 – O álbum Revolver marca um amadurecimento no som da banda, que deixa de tocar ao vivo

1967 – Lançamento do Sgt. Pep-pers Lonely Hearts Club Banda, álbum favorito de muitos fãs

1970 – A banda tem seu último disco lançado, Let It Be, além disso fazem o último show do grupo no telhado da BBC. No dia 31 de Dezembro, Paul Mc-Cartney inicia a separação da banda.

1971 – Lança o álbum Imagine, considerado pela Rolling Stone como o 80º melhor disco de to-dos os tempos

1980 – John e Yoko lançam o álbum Double Fantasy, apenas 3 semanas após o lançamento John Lennon é assassinado

1994 – Paul, Ringo e George se reúnem para lançar uma inédita de John, Free as a Bird, que é considerada a última música do Beatles

O quinto maior cantor de todos os tempos ganha exposição em sua homenagem em Nova Iorque

Page 8: LONA 760 - 10/10/2012

Curitiba, quarta-feira, 10 de outubro de 20128

Ricardo Tortato

Lançamento de livro reúne mais de mil pessoas em CuritibaPadre Reginaldo Manzotti lançou o livro “Feridas da Alma”, sexto livro de sua carreira, e contou com a participação de mais de mil fiéis

Dizem que a fé move monta-nhas, mas ontem em uma livraria de Curitiba ficou claro que a fé move também muitos fiéis. Mais de mil pessoas compareceram segunda-feira (08) ao evento de lançamento do sexto livro do Pa-dre Reginaldo Manzotti intitula-do de “Feridas na Alma” (Edito-ra Agir) nas Livrarias Curitiba.

As primeiras pessoas che-garam às 8h30 da manhã ao Shopping Estação. A sessão de autógrafos tinha início marcado apenas para às 16h. A contado-ra Luciana Medeiros contou que vale o sacrifício. “O Padre é uma grande ponte entre eu e Deus”, afirma Luciana.

A sessão de autógrafos acon-teceu dentro da Livrarias Curiti-ba que contava com uma grande fila em formato de “zig-zag” en-tre as estantes de livros. No telão que estava na loja ficava passan-do o mais novo DVD do Padre Reginaldo, “Paz e Luz” (grava-dora Som Livre), que foi lançado essa semana. A cada nova músi-ca os fiéis presentes iam cantan-do, assim tornando a Livraria em um local de oração.

Pontualmente, às 16h, Padre Reginaldo começou o evento fa-lando um pouco sobre o livro e rezando com os presentes o terço da Divina Misericórdia - oração criada pelo Papa João Paulo II – e logo em seguida começou o atendimento ao público. Todos os presentes foram atendidos com calma. O padre assinava os livros – cada pessoa podia levar a quantidade que quisesse – tira-

va uma foto e dava uma bênção. Assim se seguiu até as 20h30. Após esse horário, percebeu-se que a quantidade de público para ser atendida continuava enorme e o Padre então começou apenas a abençoar e tirar foto com cada pessoa, para que todos fossem atendidos até às 22 horas.

Manzotti pediu desculpas pelo fato de não conseguir auto-grafar todos os livros, porém dis-se que se o fiel quisesse poderia levar o exemplar na Igreja Nossa Senhora do Guadalupe, onde é pároco, que ele autografaria.

As feridas que não são mostradas em exames

O livro “Feridas da Alma”, lançado pela Editora Agir no dia 20 de setembro, já vem alcançan-do grandes números para o autor. Na primeira semana de vendas o livro já chegou na 11ª posição de livros mais vendidos no ranking da Revista Veja. Essa semana a posição mudou para a 4ª.

A obra contém 224 páginas e é dividido em três partes – diag-nóstico, superação e cura. A ideia do trabalho guiar o leitor com orientações e orações nos pro-blemas de uma sociedade onde as doenças e problemas estão cada vez mais frequentes. No li-vro, Manzotti, cita que as “doen-ças” que ele aborda na obra não são aquelas que são vistas atra-vés de exames, mas sim daquelas feridas que são mentais como a depressão e bipolaridade. O sa-cerdote ainda cita o bullying que vem crescendo cada vez mais como um dos problemas depres-sivos na faixa etárias dos jovens.

Usando trechos da Bíblia, Pa-dre Reginaldo consegue mostrar que as doenças que enfrentamos

Padre Reginaldo Manzotti lança livro em Curitiba

hoje não são criação do século XXI, mas são doenças que vêm de antes de Jesus e que hoje elas são conhecidas por seus nomes como depressão.

“Estar doente não é ser doente”

Antes de iniciar o atendimen-to aos fiéis na Livraria o Padre Reginaldo Manzotti conversou com o Lona. Confira a entrevista.

Lona: Do que se tratam em si as “feridas” que dá nome ao livro?

Padre Reginaldo: Feridas emocionais, feridas sentimen-tais, feridas que a pessoa carrega e que causam um desgosto mui-to grande. Eu tenho dito paras as pessoas que estar doente não é ser doente, que ela não aceite o diagnóstico pelo diagnóstico mas que ela aceite a cura que vem de Deus com todo o apoio

da psicologia e das ciências hu-manas.

Lona: O que o senhor quer dizer é que não devemos abrir mão da medicina, mas que essa é uma parte da cura?

PR: Eu acredito numa cura psicoespiritual. É valer da psi-canalise, da psicologia, das ciên-cias naturais. Mas é também se valer da espiritualidade de um Deus que conhecendo o homem profundamente é capaz de liber-tar o homem. Ele que trouxe a vida um morto-vivo, Lázaro, não seria capaz de curar nossos trau-mas?

Lona: Pode-se dizer então que “Feridas da Alma” é um re-médio para cura espiritual?

PR: Espiritual num conceito do homem todo, eu usei a pa-lavra alma e não espírito nesse conceito: espírito seria o pneu-ma, a alma é um conjunto do

homem todo. Esse conceito que é grego, mas que é muito válido porque nós temos a imagem que o corpo é o cárcere da alma não é verdade, o corpo e a alma são a mesma coisa, mesma coisa no ponto de vista pedagógico. Tem diferença porque o homem não vive sem a alma e alma não vive sem o corpo, pelo menos nesse mundo.

Lona: A quem o senhor atri-bui esse sucesso e essa é uma tentativa de suprir esses fiéis que buscam a ajuda do senhor pela rádio, televisão e pela internet.

PR: Acredito que sim. As pessoas estão necessitadas de Deus, estão necessitas de respos-tas, estão necessitadas de nortea-mento. Quando as pessoas fazem a adesão “Curai as feridas da alma Senhor”, que é uma oração, é sinal de que as pessoas estão buscando serem melhores consi-go e com Deus.

Ricardo Tortato