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lona.redeteia.com Opinião Colunistas Página 5 3° Quilt Craft Show é Destaque da Expo Unimed O evento que reúne cur- sos, workshops, exposições de artistas nacionais e in- ternacionais, obras com temas voltados para o fol- clore brasileiro e também uma feira de artesanato. A feira e os cursos estão dis- poníveis para o público até o dia sete de setembro. O ingresso para o evento cus- ta R$ 10 com possibilidade de meia-entrada. Página 3 Na Sexta fora de série de hoje, a co- lunista Júlia Trin- dade fala sobre a série americana Community, reco- nhecida por usar a metaliguagem em seus episódios. Muita gente acredi- ta que a moda para homens é cara e pre- cária. Alguns ainda enxergam isso como um tabu. A colunista Elana Borri desmis- tifica esse assunto na coluna Moda por Ai. Séries Moda A Equoterapia utiliza cavalos no tratamento de diversas dificuldades motoras, físicas, psíquicas e intelectuais e já possui um grande histórico de sucesso nas superações dos praticantes, como é o caso de Iuri de Paiva Mota, que hoje vive normalment graças ao apoio familiar e as terapias realizadas em sua vida, principalmente a Equoterapia. Página 4 “A relação já não se sustenta, mas muitas delas mor- reram ou vivem hoje com sequelas porque praticaram seu livre arbítrio e deram fim ao casa- mento” “O que se passa no cotidiano do casal fica apenas entre o casal, mesmo que o nível das brigas vá além de xin- gamentos e cho- radeiras”, Marina Geronazzo. O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Giulia Lacerda. Editorial Violência Por onde anda? Notícia Antiga No dia 06 de setembro de 1997, aconteceu o fu- neral de Diana, Princesa de Gales. Assistido por 2,5 bilhões de pessoas pela televisão. Edição 823 Curitiba, 06 de setembro de 2013

Lona 823 - 06/09/2013

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JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Page 1: Lona 823 - 06/09/2013

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Opinião

Colunistas

Página 5

3° Quilt Craft Show é Destaque da Expo Unimed

O evento que reúne cur-sos, workshops, exposições de artistas nacionais e in-ternacionais, obras com temas voltados para o fol-clore brasileiro e também uma feira de artesanato. A feira e os cursos estão dis-poníveis para o público até o dia sete de setembro. O ingresso para o evento cus-ta R$ 10 com possibilidade de meia-entrada.

Página 3

Na Sexta fora de série de hoje, a co-lunista Júlia Trin-dade fala sobre a série americana Community, reco-nhecida por usar a metaliguagem em seus episódios.

Muita gente acredi-ta que a moda para homens é cara e pre-cária. Alguns ainda enxergam isso como um tabu. A colunista Elana Borri desmis-tifica esse assunto na coluna Moda por Ai.

Séries Moda

A Equoterapia utiliza cavalos no tratamento de diversas dificuldades motoras, físicas, psíquicas e intelectuais e já possui um grande histórico de sucesso nas superações dos praticantes, como é o caso de Iuri de Paiva Mota, que hoje vive normalment graças ao apoio familiar e as terapias realizadas em sua vida, principalmente a Equoterapia.

Página 4

“A relação já não se sustenta, mas muitas delas mor-reram ou vivem hoje com sequelas porque praticaram seu livre arbítrio e deram fim ao casa-mento”

“O que se passa no cotidiano do casal fica apenas entre o casal, mesmo que o nível das brigas vá além de xin-gamentos e cho-radeiras”, Marina Geronazzo.

O que fazem os estudantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda a ex-aluna Giulia Lacerda.

Editorial Violência Por onde anda?

Notícia AntigaNo dia 06 de setembro de 1997, aconteceu o fu-neral de Diana, Princesa de Gales. Assistido por

2,5 bilhões de pessoas pela televisão.

Edição 823 Curitiba, 06 de setembro de 2013

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Expediente

O receio de que al-gum assunto caia no lugar comum justa-mente pela insistência em abordá-lo sempre existe, no entanto, não é possível ignorar mais um caso bárbaro de violência contra a mu-lher que aconteceu em Goiânia, no último dia 29. A operadora de cai-xa Mara Rúbia Guima-rães teve os olhos per-furados com uma faca de cozinha, além de ter sido espancada e tortu-rada. Ela perdeu total-mente a visão no olho esquerdo e depende de uma cirurgia para con-seguir recuperar 25% da visão no outro olho.

Segundo a vítima, ela já havia prestado queixas quatro vezes na Dele-gacia da Mulher. Em todas elas, encontrou barreiras, descaso e falta de atitude concre-ta. A história de Mara Rúbia é mais uma entre tantas, mas não menos singular e aterrorizante.O Lona fez, na sema-na passada, uma série de reportagens sobre a violência contra a mu-lher. O fato motivador foi a divulgação do re-latório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência contra a Mu-lher, divulgado no últi-mo dia 27. Entre várias

informações sobre o tema, o relatório trazia o vergonhoso 3º lugar do Paraná no ranking dos estados mais vio-lentos contra a mulher. Ao apurar a matéria, o repórter Lucas de La-vor esteve em uma Delegacia da Mulher. Viu o tratamento dado às mulheres, a espera e a vergonha de preci-sar se submeter a esse tipo de atendimento. E o que presenciou faz parte de dois elemen-tos bastante comuns nessas trágicas histó-rias.O primeiro elemento é o descaso nas delega-cias. De modo geral, as

vítimas são questiona-das e, não raro, trans-formadas em pivôs da violência. Além disso, muitas são dissuadidas da ideia de manter a queixa, com argumen-tos como “o agressor pode ficar mais violen-to” ou “você terá con-sequências ao manter a queixa até o fim”. Mara Rúbia, que vai “viver na escuridão”, como ela mesma disse, também ouviu que “as coisas não são assim, não é só chegar e falar”. Mas as coisas foram assim – o ex-marido chegou e a cegou.Outro elemento co-mum é o traço ma-

Mais do mesmo

Giulia Lacerda

Abri uma em-presa, como mi-c r o e m p r e e n d -edora individual. O nome é Curta Produções. Ofe-reço serviços de produção de con-teúdo, roteiros para vídeos in-stitucionais e sou redatora do por-tal Guia da Se-mana de Curitiba.

Faço conteúdo de sites, crio página do Facebook para pequenas empre-sas. Além disso, meu principal trabalho hoje é cuidar principal-mente do Guia da Semana; faço tex-tos de cultura, ro-teiro do que fazer em Curitiba e no Estado e atualiza-

ção a agenda. Sou a única redatora do Paraná atu-almente. Escrevi um livro durante a faculdade, Fa-mintas, e conse-gui vender muitos exemplares. Não publiquei o livro, imprimi por con-ta própria. Uma das participantes do livro trabalha

com a Editora Moderna em es-colas do Paraná e está tentando in-cluir o livro como leitura obrigatória para os professo-res. Se acontecer, farei palestras também sobre o assunto, mas ai-nda é um projeto, espero que dê cer-to!

As consequências da violência Marina Geronazzo

Na última segunda-feira (02), foi di-vulgado na mídia um caso absurdo de violência contra a mulher em Goiâ-nia. Uma vítima de 27 anos, operadora de caixa, foi tortu-rada e teve os olhos perfurados, pelo próprio ex-marido, com o qual foi casa-da por seis anos. O agressor ainda não foi localizado desde o acontecido. Além de ser um fato de extrema cruel-dade, a polêmica não para por aí,

a vítima afirmou que buscou ajuda da polícia cerca de quatro vezes para denunciar o agres-sor. Nada foi feito a respeito. Apesar de realizar o regris-tro da ocorrência, o medo teria im-pedido que pedisse proteção. Estamos em pleno século XI e ainda nos depara-mos com situações de agressão dignas de tempos medi-evais. Uma coisa podemos ter certe-za, as delegacias da mulher ainda não

atendem às neces-sidades e à maioria das denúncias de forma correta ou no mínimo com-preensível. Não são poucos os casos de mulheres que che-gam às delagacias para realizar algum tipo de denúncia, e são destratadas, além de não serem levadas a sério. A violência contra as mulheres não pode ser perdoada, seja ela verbal ou físi-ca. Acontece que vivemos em uma sociedade regida

pela política de não meter a colher. O que se passa no cotidiano do casal fica apenas entre o casal, mesmo que o nível das brigas vá além de xingamen-tos e choradeiras, chegando ao ponto dramático em que um marido enfu-recido fura os ol-hos da mulher. En-quanto agressões, mesmo as menores, forem considera-das normais, é im-possível evitar que casos como esse aconteçam com

frequência. Ati-tudes violentas são fruto da uma aceit-ação generalizada.

Por Onde Anda?

Reitor: José Pio Martins Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração: Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo: Maria Zaclis Veiga Ferreira

Professora-orientadora: Ana Paula MiraEditores: Júlio Rocha, Lucas de Lavor e Marina GeronazzoEditorial: Da Redação

chista e repugnante do homem que não aceita um não. É inacreditável a repetição dessa “justi-ficativa”. A mulher não tem vontade própria em todas essas histó-rias. A relação já não se sustenta, mas muitas delas morreram ou vi-vem hoje com sequelas porque praticaram seu livre arbítrio e deram fim ao casamento, na-moro, noivado. É ina-ceitável que o homem ainda tenha essa pos-tura do macho que não pode ser contrariado. É repugnante e intolerá-vel.As histórias de violên-cia contra a mulher são

numerosas e assustado-ras. Mas pior que isso é a propaganda que se faz em torno da Lei Maria da Penha ou da criação de delegacias especiali-zadas da mulher, como se vivenciássemos avanços no atendimen-to e proteção às mulhe-res que são diariamente agredidas, humilhadas e mortas. Não há avan-ços. Enquanto o aten-dimento nas delegacias continuar precário, enquanto não houver efetiva fiscalização de denúncias e verdadei-ra atenção às mulheres que procuram ajuda, nada vai mudar.

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“Estrutura jurídica é o maior problema que a gente tem”Jurista Paulo Coen fala sobre redução da maioridade penal e duvida que punição penal traga mudanças

Em 1940, a maioridade penal no Brasil foi re-duzida de 21 para 18 anos. A mudança foi estabelecida na Legis-lação Brasileira antes da criação do Estatuto da Criança e do Ado-lescente, que permitiu que os jovens infra-tores fossem reinse-ridos na sociedade. A partir do envolvim-ento de menores em crimes bárbaros assim como o da dentista Cinthya Moutinho assassinada em São Paulo no mês de julho por um menor, que as-sumiu ter ateado fogo na vítima, o assunto da redução da maiori-dade penal volta a ser discutido.O jurista Paulo Coen, Mestre em Direitos Fundamentais e De-mocracia, falou sobre o tema com o Lona: O que é a maioridade penal? A maioridade penal é uma idade, baseada em um critério ide-ológico, a partir da

qual se entende que a pessoa tem maturi-dade física e mental o suficiente para re-sponder criminal-mente pelos seus atos. No Brasil, a idade es-colhida há muito tem-po é a de 18 anos e, em cada país, temos uma idade diferente. O senhor acha que o Brasil tem estrutura física e psicológica pra reduzir a maiori-dade penal? Eu entendo que es-trutura psicológica não se refere ao país, o ser humano é igual no mundo todo, agora eu acho que a estru-tura jurídica é o maior problema que a gente tem, porque em algu-mas regiões e cidades os menores acabam tendo necessidade ou, talvez por outro moti-vo, contato com certas situações que acabam produzindo o amadu-recimento precoce. Por isso acabam se en-volvendo em situações que normalmente não

aconteceriam, mas isso é um problema social, o que não faz com que isso seja mo-tivo pra você aplicar uma punição crimi-nal. O que eu quero dizer é que, lógico, ex-istem todos os dias e a gente vê na imprensa casos de crimes muito graves praticado por menores, mas isso é uma coisa pontual dos grandes centros. A dúvida é se a punição criminal traria algu-ma solução. Outros aspectos en-volvem a criminali-dade precoce, como acesso a áreas bási-cas como a educa-ção. O senhor acha que investimentos nessa área devem ser feitos em paralelo a uma medida como a redução? Eu diria que nem em paralelo, a prioridade na educação faria com que essas medidas não fossem necessárias. No país, existem

regiões onde o acesso à educação é precário e essa educação a que se tem acesso é mais precária ainda, além disso, muitas crian-ças acabam vivendo ou sustentando famí-lias a partir do crime, exatamente pela falta de educação, tanto da criança como da família, pela falta de oportunidade. Se você simplesmente aplica uma punição você atua apenas so-bre esse indivíduo e essa punição não vai resolver, ela é na ver-dade uma vingança uma retribuição, ela não tem fim preven-tivo, e a educação tem. Um menor é punido de que forma? Pelo sistema penal co-mum? No Brasil, dois crité-rios fazem com que uma pessoa não possa ser tocada pelo siste-ma de justiça penal. A primeira é a maio-ridade, um menor de idade não pode ser

punido pelo sistema penal comum. Ele não fica impune, mas tem uma lei própria que está no Estatuto da Criança e do ado-lescente. O segundo grupo é o das pessoas que têm doenças men-tais graves, pois eles agem por causa da doença e não porque desejam praticar um delito. Esses dois gru-pos têm uma garantia da constituição que a liberdade deles não deve ser afetada pelo sistema penal comum. O parágrafo 4º, do artigo 60, impede uma mudança na Constituição? No artigo 228 é dito que a maioridade pe-nal no Brasil é de 18 anos. O problema é exatamente esse ar-tigo 60, parágrafo 4, que diz que os direitos e garantias individ-uais não podem ser alterados por emenda constitucional, que é a chamada cláusula pétrea. Ou seja, não

conseguiríamos alter-ar a maioridade penal sem fazer uma nova Constituição. Nosso país tem dois hábi-tos, um de produzir muita lei e o segundo de não cumprir quase nenhuma. Eu acredito que se fosse cumprido tudo que se fala na Constituição e na lei em relação aos meno-res (ECA) não haveria esse problema, mas não adianta a gente ser contra ou a favor da redução da maio-ridade penal, se ela é impossível de ser mu-dada perante as leis que existem, não adi-anta querer uma coisa que não pode existir. Se fosse possível essa mudança eu não se-ria favorável, mas não adianta eu ter essa opinião, pois não há como.

Entre os dias 4 e 7 de setembro acon-tece o 3° Quilt Craft Show, um evento que reú-ne cursos, wor-kshops, exposi-ções de artistas nacionais e inter-nacionais, obras com temas volta-dos para o folclore brasileiro e tam-bém uma feira de artesanato onde pode-se encontrar pintura em ma-deira, mosaico em vidro, bijuterias, sabonetes artesa-nais, costuras e etc.

O artesanato ge-ralmente surge como hobby e acaba se tonando profissão, e para Emíllia Aoki, or-ganizadora do evento, é uma o p o r t u n i d a d e para os profissio-nais da área di-vulgarem o seu trabalho “Nós re-cebemos um pú-blico maior esse ano, tanto que o evento é reconhe-cido nacional e in-ternacionalmente e com isso a quali-dade dos trabalhos melhorou”. Para

Emíllia também é possível alcan-çar a formaliza-ção do segmento, pr i n c ip a l m e nte na parceria com o SEBRAE, e a ex-pectativa de recor-de de movimen-tação financeira também é grande. A movimentação no salão da Expo Unimed é grande em todos os dias do evento. Cara-vanas de diversos lugares do Brasil não param de che-gar e o público, na sua grande maio-ria mulheres, pro-

curam os princi-pais lançamentos da área. Oficinas e cursos, como a “Aula de Bonecas” da artesã Lu Gastal que veio de Porto Alegre, têm tido bastante procura e as inscrições deste e outros cursos e oficinas são feitas no próprio local um pouco antes de começar as au-las. Para Fábio Souza, artesão destaque e premiado em al-guns festivais, o evento nada mais é do que uma

grande oportuni-dade para quem já é da área ou pensa em entrar “ Além de vir visitar e co-nhecer nossos tra-balhos e materiais novos, as pessoas podem futura-mente participar do evento expon-do seus trabalhos”.

Serviços

Feira e Mostra de Arte – De 4 a 7 de Setembro das 13h às 20hCursos – De 4 a 7 de Setembro das 9h às 20h

Workshops – De 4 a 7 de Setem-bro das 14h às 20h (inscrições no lo-cal)Local: Expo Uni-med CuritibaRua professor Pe-dro Viriato Pa-rigot de Souza, 5.300Universidade Po-sitivo – Curitiba/PRIngressos: Inteira R$ 10,00 Meia R$ 5,00

3° Quilt Craft Show é Destaque da Expo UnimedO festival internacional de patchwork e artes traz as principais novidades na área do artesanato

Fernanda Anacleto de Ramiro

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Terapia PrazerosaVítima da paralisia cerebral, Iuri de Paiva Mota superou todos os obstáculos de suas necessidades especiais montado em um cavalo

Nunes de Paiva Mota, 22 anos, é graduado em Marketing, pós-graduado em Gestão Social e funcionário público concursado no cargo de agente administrativo da Companhia de Hab-itação Popular de Curitiba (Cohab), tudo isso com a ajuda do que ele chama de “prática de lazer”: a Equoterapia. Há dez anos, Iuri iniciou o tratamento no Insti-tuto de Convivên-cia Incluir (ICI) por conta de sequelas da paralisia cerebral: “A terapia é um prazer pra mim, e traz mui-to mais benefícios do que qualquer te-rapia convencional”, diz Iuri. Quando garoto, o diagnósti-co dos médicos era de que ele poderia nunca andar nem desenvolver-se in-telectualmente de uma forma conven-cional, mas hoje Iuri não vê mais obstácu-los em seu caminho para o sucesso: “A Equoterapia me aju-dou e ainda ajuda na autoestima, no meu equilíbrio e na minha postura”.Hoje Iuri faz parte da equipe de Enduro Equestre Adaptado do ICI equipe de En-duro Equestre Adap-tado do ICI , tendo total autonomia para desenvolver suas atividades rotinei-ras e com o cavalo, sendo apenas um dos casos de grande superação e sucesso que passaram pelas mãos dos profis-sionais da prática equoterapêutica.A Equoterapia con-siste em inúmeras atividades terapêu-ticas que têm como principal instru-mento o cavalo. Se-gundo a Associação Nacional de Equote-rapia (ANDE-BRA-SIL), órgão que f is-caliza os centros de equoterapia por todo o país, a práti-ca é “realizada em proveito da melhoria da qualidade de vida de pessoas tão espe-ciais, onde aparece de modo marcante, o cavalo como grande facilitador do pro-cedimento terapêu-tico”.

Aline Katzinsky

O tratamento é in-terdisciplinar e utilizado no de-senvolvimento biop-sicossocial de cri-anças, adolescentes, adultos e até mesmo idosos e bebês (es-timulação precoce).

“A prática propor-ciona fortalecimen-to muscular, melho-ria das capacidades emocionais, mo-toras e cognitivas, aumento da autoes-tima, autoconheci-mento e participa-

ção mais ativa no meio social e muitos outros benefícios”, af irma a supervisora do Instituto de Con-vivência Incluir, co-ordenadora e desen-volvedora do projeto de especialização em

Equoterapia da UTP, Fabiana Ryscalla.Segundo Fabiana, as áreas mais co-muns do desenvolvi-mento trabalhadas pela Equoterapia são motora, intelec-tual, sensorial, emo-

cional e social. O tratamento também pode ser utilizado contra a depressão, v u l n e r a b i l i d a d e funcional, epilep-sia, hiperatividade, déficit de atenção, deficiências intelec-tuais, deficiências auditivas, sequelas de AVC, paralisias cerebrais e muitas outras dif iculdades. “Cada caso é anali-sado por uma equipe de profissionais da área de saúde e edu-cação, especialistas na prática, que irão indicar os melhores métodos dentro da prática Equoter-apêutica”, explica a supervisora do In-stituto Incluir. Entre os profissionais que atuam na área estão terapeutas ocupa-cionais, psicólogos, educadores e f i-sioterapeutas. Segundo a ANDE-BRASIL, a Equotera-pia pode ser dividida nas categorias Hipo-terapia, Reeducação e Educação, Pré-es-porte e Esporte; em ordem de evolução.

Ser viço:Instituto de Con-vivência Incluir – (41) 3677- 9084 ou (41) 8413-0705w w w. i n c lu i r. or g . br | [email protected]ário de aten-dimento: das 8h às 17h.

Geral

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5Colunistas

Sexta fora de série

Quebrando a quarta parede

Júlia Trindade

Você já ouviu falar da expressão “break the fourth wall”? Essa fra-se quer dizer, literal-mente, quebrar a quar-ta parede. Porém, no universo dos filmes e séries de TV, esse termo ganha um significado especial. Geralmente, um set de filmagem tem três paredes: a uma no fundo e duas later-ais. A quarta parede, pela qual a audiência assiste ao filme, sé-rie ou até mesmo uma peça de teatro é invi-sível. Quando as obras fictícias “quebram” a quarta parede elas têm consciência de que es-tão sendo assistidas e se comunicam di-retamente com o pú-blico. Esse fenômeno pode ser observado quando um person-agem olha diretamente para câmera e dá uma piscada ou fala com a audiência. Há cenas desse tipo em Amélie

Poulain (quando ela está no cinema e expli-ca porque ela gosta de olhar para a expressão das pessoas) e em vári-os outros filmes como Rocky Horror Picture Show e Clube da Luta. Atualmente, a série que utiliza mais (e melhor) esse recurso se chama Community, um se-riado norte-americano lançado em 2009. O enredo é bem simples: sete estudantes de uma universidade comuni-tária formam um gru-po de estudos para as aulas de espanhol, mas eles sempre acabam deixando os estudos de lado para resolv-er algum problema, ou inventam alguma coisa para não estuda-rem. Jeff Winger (Joel McHale) é um advo-gado suspenso por tem um diploma falsificado e, por isso, deve cursar a Universidade Co-munitária Greendale

para se formar e con-seguir um verdadeiro diploma. As princi-pais características desse personagem são seus discursos longos e convincentes e a sua natureza como líder do grupo de estudos. Britta Perry (Gillian Jacobs) é uma jovem que, depois de viajar o mundo como uma ativ-ista, resolveu voltar aos estudos. Annie Edison (Alison Brie) tem 19 anos e, apesar de ter sido umas das mel-hores alunas no ensino médio, ela teve uma crise por causa do seu vício por pílulas duran-te seus estudos. Shirley Bennett (Yvette Brown) é uma mãe solteira vista como a “mãe” do grupo. Troy Barnes (Donald Glover) tinha uma bolsa de estudos jogando futebol ameri-cano, mas ele a perdeu quando se machucou “gravemente” em uma

de suas partidas. Pierce Howthorne é o mais velho (e mais chato) do grupo. A maioria dos membros não gosta de Pierce por causa de sua arrogância. E por último, mas não me-nos importante, Abed Nadir (Danny Pudi), que é o responsável por boa parte da metalin-guagem que a série uti-liza. Abed é um grande fã de série e filmes e, como tem dificuldade de interagir com out-ras pessoas, ele tende a copiar algumas ce-nas ou personagens de suas histórias favoritas. Há alguns episódios em que ele realmente acredita ser o Batman, por exemplo. Juntando todos esses personagens é difícil perceber como a série faz tanto sucesso. O segredo está na criativ-idade e genialidade de Dan Harmon, o criador de Community. Har-

mon ganhou o coração dos fãs com episódios muito especiais e dife-rentes em comparação a outras séries produ-zidas no mundo todo. A batalha épica de paint ball, a partida emocionante de Dun-geons and Dragons, ou quando os personagens entram dentro de um vídeo game. Todos es-ses foram episódios que aumentaram o número de fãs da série. O episódio mais famo-so, porém, foi quando o grupo sorteou, us-ando um dado, quem iria buscar a pizza que eles tinham pedido. Cada lançamento do dado é uma dimensão diferente, ou seja, o que aconteceria quan-do cada pessoa fosse pegar a pizza. Será que uma dessas histórias poderia terminar em um apartamento em chamas? Talvez. Além da metalingua-

gem, os personagens são bem desenvolvi-dos durante a série e eles nunca abando-nam as suas carac-terísticas essenciais. Mudar o conceito de um personagem no meio da história é um erro muito cometido por escritores que tem problemas com con-tinuidade e não sabem mais o que fazer com o enredo. O único personagem com qual o público não conse-guia se relacionar bem é Pierce, mas o ator já está fora da série a par-tir da quinta tempo-rada. Community é exibido no Brasil pelo canal Sony Entertainment Television. Duas tem-poradas da série tam-bém estão disponíveis no Netflix Brasil.

Moda por aí

Homens na moda

Elana Borri

Há quem diga que ho-mens que se preocu-pam com moda são todos homossexuais. Não que isso seja real-mente uma ofensa, mas nessa sociedade ho-mofóbica que estamos presenciando, algumas pessoas “xingam”, sim, as outras de gays, lés-bicas e afins. Mas se engana muito quem possui essa mentali-dade de que os homens não dão a mínima para o que vestem. A moda masculina é o segundo maior setor lucrativo para a indústria têxtil, e a cada dia ganha mais espaço no mercado. As roupas masculinas que vemos nas vitrines de lojas mais acessíveis

são, na grande maio-ria das vezes, sempre a mesma coisa: Uma bermuda de tecido leve ou uma calça jeans e uma camiseta estam-pada. Moda masculina não se limita somente a isso. Alfaiataria para o dia a dia, sapatos estilo Oxford e bolsas estão invadindo o guarda-roupa dos homens de uma maneira estron-dosa. O que antes era sinal de esnobismo, hoje caracteriza um homem que se preocu-pa com sua aparência e quer se sentir bem do jeito que se veste. Entretanto, alguns ho-mens ainda olham isso com muito preconcei-to. Preferem ir comprar

suas roupas sozinhos porque sabem que não vão ser tão influencia-dos a mudar o próprio estilo como quando estão com alguma mul-her – seja mãe, namo-rada, esposa ou sogra. Se vestir bem não é so-mente uma questão de “quero me mostrar” e sim de ter uma noção mínima do que se veste. A questão não é começar a comprar roupas caríssimas em lojas de luxo, e sim de, minimamente, com-binar o sapato social com a meia e o terno. É questão de colocar algo legal e adequado pra usar, não aquela camiseta velha com 5 anos de estrada. É

questão de, quem sabe, pedir opinião para al-guém e perguntar: “tá legal assim?”. São coi-sas muito básicas, mas que trazem a garantia de que vão fazer muita gente satisfeita com o que observa. Exemplos de homens que se vestem bem não faltam. Só pra citar al-guns: David Beckham, Bruno Mars, Justin Timberlake, George Clooney, John Mayer, entre muitos outros que representam o sexo masculino muito bem. Homens que talvez leiam essa coluna: Não custa nada tentar melhorar o visual um pouquinho, não é? Desfile da marca Erre Nove, no Paraná Business

Jorg

e Nik

olas

Cam

argo

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NOTÍCIANTIGAA Princesa de Gales, foi a pri-meira esposa do Príncipe Charles, filho mais velho e herdeiro de Isabel II do Re-ino Unido. Após o seu casamen-to, Diana tor-nou-se uma das mulheres mais conhecidas do mundo, sendo admirada por seus trabalhos

de caridade em especial por seu envolvimento no combate à AIDS. Sua morte acon-teceu de forma trágica e ines-perada, após so-frer um acidente de carro em Par-is, no dia 31 de agosto de 1997. A sua morte sen-sibilizou grande parte da popu-lação do Re-

ino Unido, que se uniu em um grande luto pú-blico. Seu funeral foi realizado no dia 06 de setem-bro do mesmo ano, e foi assis-tido pela tele-visão, por cerca de 2,5 bilhões de pessoas, sendo conhecido como um dos eventos históricos mais assistidos.

O que fazer em Curitiba?Exposição “Consiente do Inconsciente” no MASAC

De 8 de agosto a 3 de novembro, no Masac – Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de Curitiba (Largo da Ordem - Setor Histórico), tem a exposição São Fran-cisco de Assis – O Homem Atemporal, com esculturas da artista plástica Nilva Rossi.

Museu de Arte Contemporânea

Até dia 23 de setembro no Museu de Arte Contem-porânea (Rua Desembargador Westphalen, 16) ficam as exposições “Cor, Cordis”, com obras do acervo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná; e ax-posição “Lugar inComum”, das artistas Erica Kamini-shi, Julia Ishida e Sandra Hiromoto. Informações: (41) 3323-5328 e 3323-5337.

Teatro Novelas Curitibanas

De 23 de agosto a 29 de setembro, no Teatro Nove-las Curitibanas (Rua Carlos Cavalcanti,1222 – São Francisco), tem apresentação do Espetáculo teatral Cronópios da Cosmopista – Um antimusical psico-délico, do Coletivo Portátil do Theatro de Alumínio. Informações: (41) 3222-0355.