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PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2015 Município de Balneário Camboriú Data de Fundação – 20/07/1964 População: 128.155 habitantes (IBGE - 2015) PIB: 3.882,42 (em milhões) (IBGE - 2013) 465 465

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2015consulta.tce.sc.gov.br/RelatoriosDecisao/RelatorioTecnico/4459547.pdf · nos artigos 113 da Constituição Estadual e 50 e 54 da

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  • PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO

    EXERCCIO DE 2015

    Municpio de Balnerio

    Cambori

    Data de Fundao 20/07/1964

    Populao: 128.155 habitantes (IBGE - 2015)

    PIB: 3.882,42 (em milhes)

    (IBGE - 2013)

    465465

  • S U M R I O

    INTRODUO ...................................................................................................... 4

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................... 5

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ....................................................... 6

    3.1. Apurao do resultado oramentrio ....................................................................... 6

    3.2. Anlise do resultado oramentrio ........................................................................... 8

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ........................................................ 9

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 15

    4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 15

    4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 16

    4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos .......... 18

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 21

    4.4. Situao Atuarial do Regime Prprio de Previdncia ............................................. 24

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 25

    5.1. Sade ....................................................................................................................... 25

    5.2. Ensino ...................................................................................................................... 27

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 27

    5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 28

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 31

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 31

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 32

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 34

    6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 35

    6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS

    FUNDEB) ..................................................................................................................... 36

    6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)................................................................... 37

    6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente .......................... 41

    6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) .............................................. 41

    6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ......................................... 42

    6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa

    Idosa) .......................................................................................................................... 43

    466466

  • 7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

    DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 44

    8. Auditoria Operacional no Sistema de Esgotamento Sanitrio de Balnerio

    Cambori ............................................................................................................ 48

    9. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 51

    10. SNTESE DO EXERCCIO DE 2015 ............................................................. 52

    CONCLUSO ..................................................................................................... 53

    ANEXO ............................................................................................................... 55

    APNDICE .......................................................................................................... 56

    467467

  • PROCESSO PCP 16/00240485

    UNIDADE Municpio de Balnerio Cambori

    RESPONSVEL Sr. Edson Renato Dias - Prefeito Municipal

    ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2015

    RELATRIO N 2327/2016

    INTRODUO

    O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

    competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

    31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

    nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

    202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de

    Balnerio Cambori, relativas ao exerccio de 2015.

    O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

    financeiro de 2015 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

    oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

    alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos

    artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94, alterada pela Resoluo n TC-

    77/2013, e artigo 22 da Instruo Normativa n TC-02/2001, bem como o artigo

    3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.

    A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

    Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

    de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

    auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

    processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

    Contas.

    No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

    abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

    financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

    resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

    Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

    corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Balnerio

    Cambori, sendo que as mdias do exerccio em anlise foram geradas em

    20/09/2016 conforme base de dados constituda a partir das informaes

    bimestrais encaminhadas pelos municpios atravs do Sistema e-Sfinge e as

    mdias dos exerccios anteriores a partir dos dados analisados, julgados ou

    apreciados por este Tribunal.

    468468

  • Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

    os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

    forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

    atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

    estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO

    O Municpio de Balnerio Cambori tem uma populao estimada em

    128.1551 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,852. O Produto

    Interno Bruto alcanava o valor de R$ 3.882.423.037,003, revelando um PIB per

    capita poca de R$ 32.105,78, considerando uma populao estimada em

    2013 de 120.926 habitantes.

    Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

    Fonte: IBGE 2013

    No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

    IDH/PNUD/2010, o Municpio de Balnerio Cambori encontra-se na seguinte

    situao:

    1 IBGE - 2015 2 PNUD - 2010 3 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2013

    0,00

    500.000.000,00

    1.000.000.000,00

    1.500.000.000,00

    2.000.000.000,00

    2.500.000.000,00

    3.000.000.000,00

    3.500.000.000,00

    4.000.000.000,00

    Mdia AMFRI MUNICPIO

    2.438.326.739,27

    3.882.423.037,00

    PIB EM REAIS

    469469

  • Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

    Fonte: PNUD 2010

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

    A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

    demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

    com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

    Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

    resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

    das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

    evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

    ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

    transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

    Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

    exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

    receita e despesa inicialmente oradas:

    Quadro 01 Leis Oramentrias

    LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

    631.158.093,34 PPA 3.585/2013 29/05/2013

    LDO 3.707/2014 29/07/2014 DESPESA FIXADA

    631.158.093,34 LOA 3.737/2014 14/10/2014

    0,66

    0,68

    0,70

    0,72

    0,74

    0,76

    0,78

    0,80

    0,82

    0,84

    0,86

    BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMFRI MUNICPIO

    0,727

    0,744

    0,760

    0,850

    470470

  • 3.1. Apurao do resultado oramentrio

    O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

    no Supervit de execuo oramentria da ordem de R$ 76.076.292,93,

    correspondendo a 11,94% da receita arrecadada.

    Salienta-se que o resultado consolidado, Supervit de R$

    76.076.292,93, composto pelo resultado do Oramento Centralizado -

    Prefeitura Municipal, Supervit de R$ 5.203.145,50 e do conjunto do Oramento

    das demais Unidades Municipais Supervit de R$ 70.873.147,43.

    Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de

    Previdncia e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor, o Municpio

    apresentou Supervit de R$ 30.242.798,49.

    Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

    sinteticamente, da seguinte forma:

    Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2015

    Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

    RECEITA 631.158.093,34 637.067.349,00 100,94

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    790.566.536,50 560.991.056,07 70,96

    Supervit de Execuo Oramentria 76.076.292,93

    Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor

    Supervit Consolidado Ajustado

    Supervit do RPPS e Fundo de

    Previdncia e Seguridade do

    Servidor

    Supervit excludo RPPS e Fundo de

    Previdncia e Seguridade do Servidor

    RECEITA 637.067.349,00 84.315.478,08 552.751.870,92

    DESPESA 560.991.056,07 38.481.983,64 522.509.072,43

    Resultado de Execuo Oramentria

    76.076.292,93 45.833.494,44 30.242.798,49

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: A divergncia, no valor de R$ 614.397,43, apurada entre a variao do saldo patrimonial

    financeiro (R$ 44.397.566,66) e o resultado da execuo oramentria Supervit (R$

    30.242.798,49), considerando o cancelamento de restos a pagar de R$ 14.769.165,60, sendo R$

    14.608.411,21 de Restos a Pagar No Processados e R$ 160.754,39 de Restos a Pagar

    Processados - vide restrio anotada no item 9.1.3 - Restries de Ordem Legal do captulo

    Restries Apuradas, deste Relatrio.

    Obs.: Consideradas as Transferncias Concedidas e Recebidas, no tocante receita no

    montante de R$ 84.315.478,08, o valor de R$ 14.238.152,03 se refere receita, sem ajuste, do

    Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor. No que tange despesa no montante de R$

    38.481.983,64, o valor de R$ 11.158.166,08 se refere a despesa, sem ajuste, do Fundo de

    Previdncia e Seguridade do Servidor (consideradas as Transferncias Financeiras Concedidas

    e Recebidas).

    471471

  • 3.2. Anlise do resultado oramentrio

    A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

    uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

    contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

    e Municpios distintos.

    A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

    Resultado Oramentrio do Municpio de Balnerio Cambori nos ltimos 5

    anos:

    Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Excludo RPPS 2011-2015

    ITENS / ANO 2011 2012 2013 2014 2015 1 Receita realizada 363.704.848,13 411.707.223,47 510.481.076,11 490.447.770,23 552.751.870,92

    2 Despesa executada 362.161.990,81 433.418.669,03 434.738.166,20 500.733.569,73 522.509.072,43

    QUOCIENTE 2011 2012 2013 2014 2015 Resultado Oramentrio (12) 1,00 0,95 1,17 0,98 1,06

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

    entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

    for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

    (receitas superiores s despesas).

    Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    1,000,95

    1,17

    0,981,06

    0,00

    0,20

    0,40

    0,60

    0,80

    1,00

    1,20

    1,40

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    472472

  • 3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

    Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

    exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

    Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

    Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

    No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

    como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

    A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

    637.067.349,00, equivalendo a 100,94% da receita orada.

    As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

    arrecadados so assim demonstrados:

    Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2015

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receita Tributria 192.238.300,00 191.708.076,67 99,72

    Receita de Contribuies 24.578.000,00 27.804.890,29 113,13

    Receita Patrimonial 53.719.850,00 62.961.693,87 117,20

    Receita de Servios 46.282.900,00 66.977.311,31 144,71

    Transferncias Correntes 156.339.280,71 160.939.582,49 102,94

    Outras Receitas Correntes 42.423.275,00 54.001.121,78 127,29

    Receitas Correntes Intra-Oramentrias 34.352.568,00 36.573.568,36 106,47

    RECEITA CORRENTE 549.934.173,71 600.966.244,77 109,28

    Operaes de Crdito 43.428.714,83 214.224,25 0,49

    Alienao de Bens 290.000,00 869.523,97 299,84

    Transferncias de Capital 6.141.204,80 809.849,51 13,19

    Outras Receitas de Capital 31.364.000,00 34.207.506,50 109,07

    RECEITA DE CAPITAL 81.223.919,63 36.101.104,23 44,45

    TOTAL DA RECEITA 631.158.093,34 637.067.349,00 100,94 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

    consolidado.

    473473

    mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]mailto:c@[11583]

  • Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2015

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

    o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

    25,26%, est concentrada nas transferncias correntes.

    Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

    oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

    mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

    do Municpio.

    Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Tributria 30,09%

    Contribuies 4,36%

    Patrimonial 9,88%

    Servios 10,51%

    Transferncia Corrente25,26%

    Outras Correntes 8,48%

    Correntes Intra-Oramentrias 5,74%

    Operaes de Crdito0,03%

    Alienao de Bens 0,14%

    Transferncias de Capital0,13%

    Outras de Capital 5,37%

    33,40 33,45 34,0835,17 33,97

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    40,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    474474

  • Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

    receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

    estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

    arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

    Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

    A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

    anlise:

    Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2015

    Saldo Anterior Inscrio/Transferncia

    s/ Atualizao Recebimento

    Transferncias/

    Outras Baixas

    Saldo

    Final

    133.466.157,66 307.861.350,58 16.691.768,63 9.949.074,08 414.686.665,53

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

    Obs.: O montante de R$ 231.542.396,71, relativo movimentao da conta Ajuste de Perdas de Dvida

    Ativa, foi acrescentado na coluna Inscrio/Transferncias/ Atualizao, para que o saldo final represente

    todos os valores a receber registrados em contas de Dvida Ativa, desconsideradas as provises.

    Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

    ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

    dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

    534,95578,46

    605,19643,37

    686,08

    0,00

    100,00

    200,00

    300,00

    400,00

    500,00

    600,00

    700,00

    800,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    475475

  • Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

    (incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

    se a demonstrao do prximo quadro:

    Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2015

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    01-Legislativa 15.120.000,00 12.846.080,41 84,96

    02-Judiciria 18.781.500,00 15.471.751,00 82,38

    04-Administrao 64.478.119,10 56.541.427,38 87,69

    06-Segurana Pblica 28.017.104,03 22.758.526,35 81,23

    08-Assistncia Social 19.348.231,42 13.679.567,12 70,70

    09-Previdncia Social 25.614.000,00 25.015.415,98 97,66

    10-Sade 136.774.095,87 124.078.029,95 90,72

    11-Trabalho 7.190.000,00 7.008.632,00 97,48

    12-Educao 145.464.780,20 137.977.194,22 94,85

    13-Cultura 7.294.521,00 3.624.958,18 49,69

    14-Direitos da Cidadania 1.685.500,00 1.138.010,25 67,52

    15-Urbanismo 151.794.850,05 49.251.550,44 32,45

    16-Habitao 3.785.000,00 17.300,40 0,46

    17-Saneamento 71.564.103,74 55.366.322,18 77,37

    18-Gesto Ambiental 4.506.196,68 2.292.882,60 50,88

    23-Comrcio e Servios 7.503.500,00 6.725.778,02 89,64

    27-Desporto e Lazer 6.943.786,41 6.873.829,16 98,99

    7,035,79

    7,30

    12,65 12,51

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    20,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    476476

  • DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    28-Encargos Especiais 21.732.630,00 20.323.800,43 93,52

    99-Reserva de Contingncia 52.968.618,00 - -

    TOTAL DA DESPESA 790.566.536,50 560.991.056,07 70,96

    Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

    Geral consolidado.

    A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

    importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

    identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

    deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

    O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

    autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

    representao grfica do Quadro anterior.

    Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2015

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    84,9682,3887,6981,2370,7097,6690,7297,4894,8549,6967,5232,450,4677,3750,8889,6498,9993,52

    0,00 100.000.000,00 200.000.000,00

    01-Legislativa02-Judiciria

    04-Administrao06-Segurana Pblica08-Assistncia Social

    09-Previdncia Social10-Sade

    11-Trabalho12-Educao

    13-Cultura14-Direitos da Cidadania

    15-Urbanismo16-Habitao

    17-Saneamento18-Gesto Ambiental

    23-Comrcio e Servios27-Desporto e Lazer

    28-Encargos Especiais99-Reserva de Contingncia

    AUTORIZAO

    EXECUO

    477477

  • A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

    demonstrada no quadro a seguir:

    Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2011 2015

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2011 2012 2013 2014 2015

    01-Legislativa 7.244.658,39 8.151.851,37 9.510.619,40 12.748.787,38 12.846.080,41

    02-Judiciria 7.480.352,03 10.501.299,18 7.982.512,43 38.606.749,40 15.471.751,00

    04-Administrao 35.100.246,54 37.823.821,36 39.406.667,21 57.950.965,11 56.541.427,38

    06-Segurana Pblica 16.285.639,59 18.078.976,36 17.462.997,37 10.290.628,35 22.758.526,35

    08-Assistncia Social 9.905.406,36 11.900.096,16 12.698.818,60 13.670.801,81 13.679.567,12

    09-Previdncia Social 11.430.425,62 13.979.272,13 16.535.101,87 19.986.752,37 25.015.415,98

    10-Sade 77.549.526,59 94.324.560,98 99.644.015,62 111.804.176,20 124.078.029,95

    11-Trabalho 3.390.000,00 3.999.998,00 4.350.000,00 5.349.992,00 7.008.632,00

    12-Educao 77.052.407,74 108.075.945,84 107.696.226,83 124.318.521,07 137.977.194,22

    13-Cultura 3.708.039,91 5.216.297,09 3.013.189,65 2.574.528,87 3.624.958,18

    14-Direitos da Cidadania 849.891,96 1.057.501,66 1.046.651,59 1.142.408,40 1.138.010,25

    15-Urbanismo 64.702.283,12 68.215.893,67 67.213.115,80 48.995.687,53 49.251.550,44

    16-Habitao 207.776,21 3.933.346,22 3.760.647,03 1.155.673,59 17.300,40

    17-Saneamento 47.430.040,51 49.372.455,64 39.895.577,13 49.028.507,08 55.366.322,18

    18-Gesto Ambiental 2.171.729,92 3.432.108,48 3.495.190,55 2.167.055,66 2.292.882,60

    23-Comrcio e Servios 6.199.240,85 6.483.849,16 6.046.994,51 6.788.988,59 6.725.778,02

    27-Desporto e Lazer 4.930.779,68 5.147.475,84 5.769.050,80 5.972.851,52 6.873.829,16

    28-Encargos Especiais 6.793.326,18 8.640.165,29 18.876.724,86 21.557.093,66 20.323.800,43

    TOTAL DA DESPESA REALIZADA 382.431.771,20 458.334.914,43 464.404.101,25 534.110.168,59 560.991.056,07

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

    de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

    Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2015

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Imposto Predial e Territorial Urbano 87.923.946,39 30,52

    Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 40.603.164,35 14,09

    Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 12.645.453,67 4,39

    Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

    39.514.398,50 13,72

    Cota do ICMS 37.222.618,94 12,92

    Cota-Parte do IPVA 19.503.258,69 6,77

    Cota-Parte do IPI sobre Exportao 585.995,51 0,20

    Cota-Parte do FPM 33.383.834,32 11,59

    478478

  • RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Cota-Parte do FPM (1%, entregue no ms de dezembro) - art. 159, I, alnea d da C.F.

    1.858.973,59 0,65

    Cota do ITR 194,74 0,00

    Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 156.489,36 0,05

    Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 12.379.495,52 4,30

    Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

    2.293.361,66 0,80

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Educao)

    288.071.185,24 100,00

    (-) Cota-Parte do FPM (1%, entregue no ms de dezembro) - art. 159, I, alnea d da C.F.

    1.858.973,59

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Sade)

    286.212.211,65 100,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

    gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

    percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

    Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

    demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

    percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2015

    DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

    Receitas Correntes Arrecadadas 582.563.297,11

    (-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 18.170.620,70

    (-) Compensao entre Regimes de Previdncia 103.824,88

    (-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia

    12.679.659,72

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 551.609.191,81 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

    A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

    situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

    existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

    da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

    prazo.

    479479

  • 4.1. Situao Patrimonial

    A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

    Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Balnerio Cambori (em Reais): 2015

    ATIVO 2015

    PASSIVO 2015

    ATIVO CIRCULANTE 559.633.091,49

    Caixa e Equivalentes de Caixa 258.364.774,12

    Crditos a Curto Prazo 26.157.657,53

    Crditos Tributrios a Receber 1.871.071,70

    Clientes 7.968.166,16

    Dvida Ativa Tributria 15.500.000,00

    Dvida Ativa No Tributria 818.419,67

    Demais Crditos e Valores a Curto Prazo 27.231.533,05

    Investimentos e Aplicaes Temporrias a Curto Prazo

    247.879.126,79

    Ttulos e valores mobilirios 4.810,00

    Investimento do RPPS 247.874.316,79

    PASSIVO CIRCULANTE 46.548.175,47

    Obrigaes Trabalhistas, Previdencirias e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo

    25.292.502,06

    Emprstimos e Financiamentos a Curto Prazo

    881.000,00

    Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo

    16.831.788,17

    Obrigaes Fiscais a Curto Prazo 535.640,97

    Demais Obrigaes a Curto Prazo 3.007.244,27

    ATIVO NO CIRCULANTE 596.904.064,06

    Ativo Realizvel a Longo Prazo 118.443.116,44

    Crditos a Longo Prazo 108.601.751,17

    Dvida Ativa Tributria 237.788.557,07

    Dvida Ativa No Tributria 160.579.688,79

    (-) Ajuste de Perdas de Crditos a Longo Prazo

    -289.766.494,69

    Demais Crditos e Valores Longo Prazo 9.841.365,27

    Imobilizado 478.298.945,62

    Bens Mveis 92.518.574,96

    (-) Depreciao, exausto e amortizaes acumuladas - Bens Mveis)

    -2.928.515,33

    Bens Imveis 390.225.976,74

    (-) Depreciao, exausto e amortizaes acumuladas Imveis

    -1.517.090,75

    Intangvel 162.002,00

    PASSIVO NO CIRCULANTE 303.830.949,31

    Emprstimos e Financiamentos a Longo Prazo 12.361.202,21

    Provises a Longo Prazo 291.469.747,10

    Provises Matemticas Previdencirias 291.469.747,10

    TOTAL DO PASSIVO 350.379.124,78

    PATRIMONIO LIQUIDO 806.158.030,77

    Patrimnio Social e Capital Social 7.270.104,18

    Resultados Acumulados 798.887.926,59

    Resultado do Exerccio 172.097.576,49

    Resultado de Exerccios Anteriores 587.059.084,45

    Ajustes de exerccios anteriores 39.731.265,65

    TOTAL 1.156.537.155,55

    TOTAL 1.156.537.155,55

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.

    Obs.: A divergncia de R$ 325.817,45 entre o saldo do grupo Disponvel do Balano Patrimonial

    do exerccio anterior Anexo 14 (R$ 399.830.344,82) e o saldo inicial do Balano Financeiro do

    exerccio atual Anexo 13 (R$ 400.156.162,27) refere-se reclassificao do realizvel de 2014.

    4.2. Anlise do resultado financeiro

    480480

  • Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de

    anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a

    verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da

    situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos

    financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de

    pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.

    O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do

    exerccio encerrado resulta em Supervit Financeiro de R$ 185.693.746,14 e a

    sua correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos

    financeiros existentes, o Municpio possui R$ 0,26 de dvida de curto prazo.

    Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao positiva de R$

    44.397.566,66 passando de um Supervit de R$ 141.296.179,48 para um

    Supervit de R$ 185.693.746,14.

    Registre-se que a Prefeitura apresentou um Supervit de R$

    120.405.301,30.

    Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante

    o exerccio demonstrada no quadro seguinte:

    Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2014 - 2015

    Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao

    Ativo Financeiro 399.847.333,25 506.484.101,64 106.636.768,39

    Passivo Financeiro 49.804.820,13 65.593.233,99 15.788.413,86

    Saldo Patrimonial Financeiro Ajustado 350.042.513,12 440.890.867,65 90.848.354,53

    Ativo Financeiro do RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor

    210.150.390,06 255.941.244,95 45.790.854,89

    Passivo Financeiro do RPPS do RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor

    1.404.056,42 744.123,44 -659.932,98

    Saldo Patrimonial Financeiro s/ RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor

    141.296.179,48 185.693.746,14 44.397.566,66

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: No tocante ao Ativo Financeiro no montante de R$ 255.941.244,95, o valor de R$

    6.755.192,35 se refere ao Ativo, sem ajuste, do Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor.

    No que tange ao Passivo Financeiro no montante de R$ 744.123,44, o valor de R$ 633.874,27 se

    refere ao Passivo, sem ajuste, do Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor.

    O saldo patrimonial financeiro foi ajustado pelas seguintes situaes:

    481481

  • Quadro 11 A Ajustes do Patrimnio Financeiro (em Reais)

    Descrio Valor

    Receitas Antecipadas da Prefeitura Ajuste exerccio anterior 308.829,02

    Receitas Antecipadas RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor Ajuste exerccio anterior

    4.355,18

    Total excludo no Saldo Inicial do Ativo Financeiro 313.184,20

    Receitas Antecipadas RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor Ajuste exerccio atual

    4.355,18

    Total excludo no Saldo Final do Ativo Financeiro 4.355,18

    Obs.: A divergncia, no valor de R$ 614.397,43, apurada entre a variao do saldo patrimonial

    financeiro (R$ 44.397.566,66) e o resultado da execuo oramentria Supervit (R$

    30.242.798,49), considerando o cancelamento de restos a pagar de R$ 14.769.165,60, sendo R$

    14.608.411,21 de Restos a Pagar No Processados e R$ 160.754,39 de Restos a Pagar

    Processados - vide restrio anotada no item 9.1.3 - Restries de Ordem Legal do captulo

    Restries Apuradas, deste Relatrio.

    4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de

    fontes de recursos

    A situao financeira analisada neste item tem como objetivo

    demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes

    financeiras, segregadas por vnculo de recurso.

    Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de

    Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua

    disponibilidade especfica.

    Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:

    a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das

    especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita

    deste Tribunal de Contas;

    b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos

    financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades

    financeiras) em 31/12/2015, segregados por especificaes de fontes de

    recursos;

    c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por

    disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de

    consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a

    pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou

    no, e que esto pendentes de pagamento.

    Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de

    auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,

    482482

  • entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na

    disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.

    d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o

    resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o

    confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em

    considerao os possveis ajustes.

    No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e

    Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero

    consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente

    com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo

    procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.

    A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de

    Balnerio Cambori, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o

    clculo de forma detalhada.

    Quadro 11- B Demonstrativo do Resultado Financeiro por

    especificaes de Fonte de Recurso.

    FONTE DE RECURSOS

    DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA /

    INSUFICINCIA FINANCEIRA

    Supervit / Dficit

    RECURSOS VINCULADOS 00 - Recursos Ordinrios 2.241.518,43 SUPERAVIT

    01- Receitas e Transferncias de Impostos - Educao 0,00 SUPERAVIT

    02 - Receitas e Transferncias de Impostos - Sade 0,00 SUPERAVIT

    03 - Contribuio para Fundo Previdencirio do Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira) 0,00 SUPERAVIT

    04 - Contribuio para Fundo Financeiro do Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira) 0,00 SUPERAVIT

    05 - Aporte para Cobertura de Dficit Atuarial ao RPPS 0,00 SUPERAVIT

    06 - Recursos Diretamente Arrecadados pela Administrao Indireta e Fundos 27.366.975,43 SUPERAVIT

    07 - Contribuio de Interveno no Domnio Econmico - CIDE 47.682,14 SUPERAVIT

    08 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP 1.697.131,33 SUPERAVIT

    09 - FIA Imposto de Renda 119.694,40 SUPERAVIT

    10 - Convnio de Trnsito - Militar 252.866,53 SUPERAVIT

    11 - Convnio de Trnsito - Civil 599.175,65 SUPERAVIT

    12 Convnio de Trnsito - Prefeitura 10.609.787,63 SUPERAVIT

    18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio da Educao Bsica em efetivo exerccio) - R$ 20.264,94 48.502,85 SUPERAVIT 19 -Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ 28.237,91

    31 - Transferncias de Convnios Unio/Assistncia Social 0,00 SUPERAVIT

    32 - Transferncias de Convnios Unio/Educao -90.420,62 DFICIT

    33 - Transferncias de Convnios Unio/Sade 1.939,59 SUPERAVIT

    34 - Transferncias de Convnios Unio/Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social) 441.018,39 SUPERAVIT

    35 - Transferncias do Sistema nico de Assistncia Social SUAS/Unio 288.516,25 SUPERAVIT

    36 - Salrio-Educao 2.070.211,98 SUPERAVIT

    483483

  • FONTE DE RECURSOS

    DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA /

    INSUFICINCIA FINANCEIRA

    Supervit / Dficit

    37 - Outras Transferncias do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE (no repassadas por meio de convnios) 128.317,11 SUPERAVIT

    38 - Transferncias do Sistema nico de Sade SUS/Unio 9.353.394,30 SUPERAVIT

    39 - Fundo Especial do Petrleo e Transferncias Decorrentes de Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Naturais 61.090,43 SUPERAVIT

    40 - Royalties de Petrleo Educao - Lei n 12.858/2013 0,00 SUPERAVIT

    41 - Royalties de Petrleo Sade - Lei n 12.858/2013 0,00 SUPERAVIT

    42 - Outras Transferncias Legais e Constitucionais Unio 0,00 SUPERAVIT

    61 - Transferncias de Convnios Estado/Assistncia Social 0,00 SUPERAVIT

    62 - Transferncias de Convnios Estado/Educao 7.432,00 SUPERAVIT

    63 - Transferncias de Convnios Estado/Sade 61.338,89 SUPERAVIT

    64 - Transferncias de Convnios Estado/Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social) 1.288,60 SUPERAVIT

    65 - Transferncias do Sistema nico de Assistncia Social SUAS/Estado 198.528,39 SUPERAVIT

    66 -Transferncias Legais e Constitucionais do Estado para o Desenvolvimento da Educao 93.075,56 SUPERAVIT

    67 - Transferncias do Sistema nico de Sade SUS/Estado 2.893.041,51 SUPERAVIT

    68 - Outras Transferncias Legais e Constitucionais - Estado 0,00 SUPERAVIT

    80 - Outras Especificaes 0,00 SUPERAVIT

    81 - Operaes de Crdito Internas para Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    82 - Operaes de Crdito Internas para Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT

    83 - Operaes de Credito Internas - Outros Programas 107.064,31 SUPERAVIT

    84 - Operaes de Crdito Externas para Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    85 - Operaes de Crdito Externas para Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT

    86 - Operaes de Crdito Externas - Outros Programas 0,00 SUPERAVIT

    87 - Alienaes de Bens destinados a Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT

    88 - Alienaes de Bens destinados a Programas de Sade 13.325,97 SUPERAVIT

    89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 784.871,21 SUPERAVIT

    93 - Outras Receitas No-Primrias 0,00 SUPERAVIT

    TOTAL RECURSOS VINCULADOS 59.397.368,26

    00 - Recursos Ordinrios 126.281.318,29 SUPERAVIT

    01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao 344,97 SUPERAVIT

    02 - Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Sade 14.714,62 SUPERAVIT

    TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS 126.296.377,88

    Fonte: e-Sfinge

    Obs.: As disponibilidades de caixa da Cmara Municipal de Balnerio Cambori, da Empresa Municipal de gua e Saneamento de Balnerio Cambori, do Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor Pblico do Municpio de Balnerio Cambori e do Instituto de Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Municpio de Balnerio Cambori, foram consideradas como recursos vinculados.

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira

    484484

  • A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou

    ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a

    partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes

    patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes

    contbeis.

    Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo

    patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no

    quadro a seguir, com a devida memria de clculo:

    Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2011 2015

    ITENS / ANO 2011 2012 2013 2014 2015

    1 Despesa Executada 382.431.771,20 458.334.914,43 464.404.101,25 534.110.168,59 560.991.056,07

    2 Restos a Pagar 42.126.771,30 32.209.750,74 42.133.418,74 48.322.209,38 63.279.162,35

    3

    Ativo Financeiro Ajustado - Excludo RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor

    129.035.814,91 100.275.761,16 186.096.927,39 189.692.588,01 250.542.856,69

    4

    Passivo Financeiro Ajustado Excludo RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor

    43.689.989,00 33.266.163,32 42.173.099,71 48.400.763,71 64.849.110,55

    5 Ativo Real 762.360.380,96 899.385.523,33 909.564.965,16 1.018.123.399,87 1.156.537.155,55

    6 Passivo Real 255.182.556,92 180.000.288,58 274.211.839,77 423.794.211,24 401.391.681,98

    QUOCIENTES 2011 2012 2013 2014 2015

    Resultado Patrimonial (56) 2,99 5,00 3,32 2,40 2,88

    Situao Financeira (34) 2,95 3,01 4,41 3,92 3,86

    Restos a Pagar (21)*100 11,02 7,03 9,07 9,05 11,28

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o

    Ativo Real e o Passivo Real.

    No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste

    quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas

    (curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.

    485485

  • Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2015 o

    Ativo Real apresenta-se 2,88 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).

    O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o

    Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de

    pagamento de curto prazo do Municpio.

    O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois

    assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas

    pelos ativos financeiros do Municpio.

    Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    2,99

    5,00

    3,322,40 2,88

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    2,95 3,01

    4,413,92 3,86

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    486486

  • Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio

    apresenta-se Superavitria, sendo que no final do exerccio de 2015 o Ativo

    Financeiro representa 3,86 vezes o valor do Passivo Financeiro.

    O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)

    expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar

    e o total da Despesa Oramentria.

    Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto

    oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste

    quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no

    exerccio as despesas que nele empenhou.

    A situao apresentada pelo Municpio de Balnerio Cambori

    demonstrada no grfico a seguir:

    Grfico 11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar

    corresponde a 11,28% da despesa oramentria do exerccio.

    11,02

    7,03

    9,07 9,05

    11,28

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios

    487487

  • 4.4. Situao Atuarial do Regime Prprio de Previdncia

    O Regime Prprio de Previdncia de Balnerio Cambori, gerido pelo

    Instituto de Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Municpio de

    Balnerio Cambori - BCPREVI, constitudo sob a forma de AUTARQUIA,

    apresentou o Relatrio de Avaliao Atuarial RAA para o exerccio de 2015,

    com data-base em 31/12/2014, com os seguintes resultados:

    BALNERIO CAMBORI 2015

    N Servidores ativos 2909

    N Beneficirios (Inativos e

    pensionistas) 580

    TOTAL 3.489

    Resultados Consolidado

    Patrimnio Atual 208.818.109,21

    (+) Receitas Futuras Projetadas4 426.057.010,29

    (-) Benefcios Futuros Projetados5 781.647.524,53

    Resultado Atuarial (146.772.405,03)

    De forma comparativa aos exerccios anteriores, tm-se os seguintes

    resultados:

    Resultados 31/12/20126 31/12/2013 31/12/2014

    Patrimnio Atual 155.689.417,56 172.345.593,31 208.818.109,21

    (+) Receitas Futuras

    Projetadas1 65.287.804,04 591.880.387,57 426.057.010,29

    (-) Benefcios Futuros

    Projetados2 240.521.725,98 985.286.191,33 781.647.524,53

    Resultado Atuarial (19.544.504,38) (221.060.210,45) (146.772.405,03)

    4

    O valor resultante da presente rubrica composto pela somatria das receitas de contribuio dos servidores, receitas de

    contribuio da quota patronal e, dependendo da Unidade, das receitas oriundas de compensao previdenciria COMPREV, amortizao de dvidas das contribuies passadas e das alquotas suplementares e/ou aportes de caixa.

    5O valor resultante da presente rubrica composto pela somatria das despesas de benefcio concedido, despesas de benefcio a

    conceder e, dependendo da Unidade, das despesas oriundas de compensao previdenciria COMPREV. 6 Em relao aos exerccios anteriores, embora apresente o resultado atuarial correto, a anlise est prejudicada em funo de que no esto discriminadas as receitas bem como as despesas.

    488488

  • Segundo dados apresentados no relatrio dos aturios, Sr. Fernando

    Traleski (MIBA n 1.291) e Vinicius Alexandre Bietkoski (MIBA 1.241), constata-

    se que a situao do Regime Prprio de Previdncia dos Servidores de

    Balnerio Cambori de Desequilbrio nos ltimos trs exerccios, tendo sido

    apontado Dficit Atuarial no Relatrio de Avaliao Atuarial de 2015, com data

    base em 31/12/2014, no valor de R$ 146.772.405,03, o que indica que em 2015

    as obrigaes futuras do RPPS estavam descobertas pelo rol de direitos

    financeiros no montante indicado.

    Por estas razes deve o atual gestor do Municpio de Balnerio

    Cambori manifestar-se acerca de quais medidas foram adotadas no exerccio

    de 2015 no intuito de sanar, ou ao menos combater o dficit atuarial encontrado,

    sempre na busca do reequilbrio atuarial de seu regime prprio de previdncia,

    conduta que lhe exigvel ante ao ordenamento ptrio.

    Em manifestao protocolada neste Tribunal sob o n 12.069/2016,

    em 01/07/16, o Prefeito do Municpio de Balnerio Cambori sustentou,

    resumidamente, que o dficit atuarial apresentado pelo Relatrio de Avaliao

    Atuarial de 2015 foi objeto de estudo e encaminhado projeto de lei para

    aprovao com o intuito de corrigir o plano de amortizao, tendo sido aprovado

    e transformado na Lei Complementar n 13/2016.

    Notadamente, o Municpio de Balnerio Cambori adotou medidas

    efetivas de combate situao atuarial deficitria, mesmo que a referida lei

    tenha sido aprovada s em maro de 2016, uma vez que j demonstra que

    houve medidas para sua consecuo ainda em 2015, de forma que se

    considera que o gestor tomou as medidas hbeis ao combate ao dficit atuarial

    vigente.

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES

    O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de

    recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas

    com pessoal.

    5.1. Sade

    Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive

    transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o

    exerccio de 2015 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias - ADCT.

    489489

  • Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$

    86.054.094,77 em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que

    corresponde a 30,07% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A

    MAIOR o valor de R$ 43.122.263,02, representando 15,07% do mesmo

    parmetro, CUMPRINDO o disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das

    Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT.

    A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,

    pode ser demonstrada da seguinte forma: Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 286.212.211,65 100,00

    Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade

    124.078.029,95 43,35

    Ateno Bsica 52.098.740,94 18,20

    Assistncia Hospitalar e Ambulatorial 58.692.581,35 20,51 Vigilncia Sanitria 2.290.433,22 0,80 Vigilncia Epidemiolgica 864.044,95 0,30 Outras Despesas com Aes e Servios Pblicos

    de Sade (10.331 fl. 100) 10.132.229,49 3,54

    (-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade*

    38.023.935,18 13,29

    Total das Despesas para Efeito do Clculo 86.054.094,77 30,07 Valor Mnimo a ser Aplicado 42.931.831,75 15,00

    Valor Acima do Limite 43.122.263,02 15,07 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:

    Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    24,80

    27,61

    23,66

    26,82

    30,07

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    490490

  • O grfico anterior demonstra que o Municpio de Balnerio Cambori

    em 2015 aumentou seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em

    termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2. Ensino

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias

    Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a

    proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento

    do Ensino (exerccio de 2015) art. 212 da Constituio Federal.

    Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 90.810.169,41

    em gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a

    31,52% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

    R$ 18.792.373,10, representando 6,52% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

    disposto no artigo 212 da Constituio Federal.

    A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do

    Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 288.071.185,24 100,00

    Valor Aplicado Educao Infantil 65.881.806,98 22,87

    Educao Infantil 65.881.806,98 22,87

    Valor Aplicado Ensino Fundamental 71.956.537,13 24,98

    Ensino Fundamental 71.956.537,13 24,98

    (-) Total das Dedues consideradas para fins de apurao do Limite Constitucional*

    47.028.174,70 16,33

    Total das Despesas para efeito de Clculo 90.810.169,41 31,52

    Valor Mnimo a ser Aplicado 72.017.796,31 25,00

    Valor Acima do Limite (25%) 18.792.373,10 6,52

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    Obs.: Embora esta Corte de Contas somente considere os gastos com Educao Especial para fins de verificao de cumprimento do limite de 25% do ensino, quando h a comprovao de que os alunos atendidos esto matriculados na rede regular de ensino, no Municpio de Balnerio Cambori, em razo de informaes resultantes de Auditoria realizadas, bem como da instruo processual de outros exerccios, entende-se que os gastos realizados na Funo/Subfuno 12.367 devem ser considerados para fins de apurao do limite de 25% da educao e de aplicao dos recursos do FUNDEB quando custeados com essa FR.

    491491

  • O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:

    Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Balnerio Cambori

    em 2015 aumentou seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino,

    em termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2.2. FUNDEB

    Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,

    do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n

    11.494/07.

    Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 48.586.373,13,

    equivalendo a 99,82% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO

    o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo

    exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:

    25,32

    35,05

    28,1030,50

    31,52

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    40,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    492492

  • Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio

    FUNDEB: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Transferncias do FUNDEB 48.407.131,16

    (+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 267.276,96

    Total dos recursos oriundos do FUNDEB 48.674.408,12

    60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 29.204.644,87

    Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB

    48.586.373,13

    Valor Acima do Limite 19.381.728,26

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:

    Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no

    exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e

    Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 48.625.905,27,

    equivalendo a 99,90% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com

    Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.

    92,1196,99 97,15 97,25 99,82

    0,00

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    100,00

    120,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    493493

  • A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da

    seguinte forma:

    Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 48.674.408,12

    95% dos Recursos do FUNDEB 46.240.687,71

    Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *

    48.625.905,27

    Valor Acima do Limite 2.385.217,56

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo oramentria (despesas empenhadas, liquidadas e pagas e os restos a pagar inscritos no exerccio com disponibilidade financeira, considerando-se ainda as possveis excluses relativas s despesas imprprias, entre outras).

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos

    oriundos do FUNDEB:

    Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,

    o Municpio de Balnerio Cambori ampliou sua aplicao, quando comparado

    ao exerccio anterior.

    96,3497,99 97,30 97,37

    99,90

    75,00

    80,00

    85,00

    90,00

    95,00

    100,00

    105,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    494494

  • Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte

    ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007.

    O Municpio utilizou, no 1 trimestre mediante a abertura de crdito

    adicional, parcialmente o saldo anterior dos recursos do FUNDEB no valor de R$

    1.220.961,41, quando o saldo total era de R$ 1.224.186,86, DESCUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21, 2 da Lei n 11.494/2007 (Obs.: Vide restrio anotada no

    item Restries de Ordem Legal).

    Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2015: No tocante ao

    controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte

    apresenta-se o Quadro abaixo:

    Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2015 63.545,78

    (-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB

    14.500,94

    (=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 49.044,84

    Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio

    Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei

    Complementar n 101/2000 (LRF).

    Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 551.609.191,81 100,00

    LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 330.965.515,09 60,00

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    254.376.086,65 46,12

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    8.621.671,92 1,56

    TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO

    262.997.758,57 47,68

    Valor Abaixo do Limite (60%) 67.967.756,52 12,32

    Fonte: Sistema e-Sfinge/Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    495495

  • No exerccio em exame, o Municpio gastou 47,68% do total da receita

    corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no

    artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n

    101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Municpio:

    Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior mostra o crescimento dos gastos com pessoal do

    Municpio de Balnerio Cambori, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Executivo

    Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas

    Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000

    (LRF).

    38,11

    42,6640,84

    46,59 47,68

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    496496

  • Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 551.609.191,81 100,00

    LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 297.868.963,58 54,00

    Total das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 285.909.209,81 51,83

    Pessoal e Encargos* 280.877.097,33 50,92

    Pessoal e encargos Inscritos em Restos a Pagar no Processados* (com as dedues)

    15.672,62 -

    Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo

    5.016.439,86 0,91

    Dedues das Despesas com Pessoal do Poder Executivo**

    31.533.123,16 5,72

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    254.376.086,65 46,12

    Valor Abaixo do Limite (54%) 43.492.876,93 7,88

    Fonte: * Sistema e-Sfinge/7Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    **Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o

    Poder Executivo gastou 46,12% do total da receita corrente lquida em despesas

    com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei

    Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Executivo:

    7 Apurao da Despesa de Pessoal: conforme orientao do Manual dos Demonstrativos Fiscais 6 edio, publicado no endereo

    http://www.stn.fazenda.gov.br/pt/web/stn/mdf

    497497

    http://www.stn.fazenda.gov.br/pt/web/stn/mdf

  • Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2011 2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder

    Executivo aumentaram, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Legislativo

    Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar

    n 101/2000 (LRF).

    Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2015

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 551.609.191,81 100,00

    LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 33.096.551,51 6,00

    Total das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    8.669.442,19 1,57

    Pessoal e Encargos* 8.621.671,92 1,56

    Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo

    47.770,27 0,01

    Total das Dedues das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    47.770,27 0,01

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    8.621.671,92 1,56

    Valor Abaixo do Limite (6%) 24.474.879,59 4,44 Fonte: * Sistema e-Sfinge/Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    36,62

    41,12 39,39

    44,97 46,12

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    498498

  • O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 1,56% do total da

    receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma

    contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Legislativo:

    Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2011

    2015

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que

    houve uma reduo do percentual quando comparado ao exerccio anterior.

    6. CONSELHOS MUNICIPAIS

    Os Conselhos Municipais so considerados rgos pblicos que

    contribuem de forma significativa na execuo de polticas pblicas setoriais.

    Podem ser de natureza obrigatria ou discricionria, ou seja, os de

    criao obrigatria so exigidos por leis federais, cujas funes so definidas

    como deliberativas, fiscalizadoras, assessoramento, supervisora e executiva;

    enquanto que os discricionrios so decorrentes de legislao municipal.

    O artigo 20, 2 da Resoluo n. TC 16/94, alterado pelo artigo 1

    da Resoluo n. TC 077/2013, de 29 de abril de 2013 exige a remessa dos

    pareceres dos conselhos obrigatrios, juntamente com a prestao de contas

    anual, quais sejam:

    1,49 1,54 1,45 1,62 1,56

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    2011 2012 2013 2014 2015

    Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite

    499499

  • a) Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

    Fundeb, previsto no art. 24, da Lei Federal n. 11.494, de 20 de junho de 2007.

    b) Conselho Municipal de Sade, previsto no art. 1, caput e 2 da Lei

    Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;

    c) Conselho Municipal dos Diretitos da Infncia e do Adolescente,

    previsto no art. 88, inciso II da Lei Federal n. 8.069, de 13 de junho de 1990;

    d) Conselho Municipal de Assistncia Social, previsto no art. 16, inciso

    IV, da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993;

    e) Conselho Municipal de Alimentao Escolar, previsto no art. 18 da Lei

    Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009;

    f) Conselho Municipal do Idoso, previsto no art. 6 da Lei Federal n.

    8.842, de 04 de janeiro de 1994.

    6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social

    do FUNDEB (CACS FUNDEB)

    O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do

    Fundeb est previsto no artigo 24 da Lei Federal n. 44.494, de 20 de junho de

    2007.

    Referido rgo tem a funo de acompanhar a correta aplicao dos

    recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar

    (PNATE), bem como supervisionar o censo escolar anual.

    O Conselho Municipal do Fundeb autnomo, no subordinado ao

    Poder Executivo e seus membros no so remunerados. No entanto, dever ser

    criado por lei especfica municipal, e sua composio deve obedecer ao que

    prescreve o art. 24, 1, IV e 2 da Lei n. 11.494/2007:

    Art. 24. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuio, a transferncia e a aplicao dos recursos dos Fundos sero exercidos, junto aos respectivos governos, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por conselhos institudos especificamente para esse fim.

    1o Os conselhos sero criados por legislao especfica, editada no pertinente mbito governamental, observados os seguintes critrios de composio:

    [....]

    IV - em mbito municipal, por no mnimo 9 (nove) membros, sendo:

    500500

  • a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educao ou rgo educacional equivalente;

    b) 1 (um) representante dos professores da educao bsica pblica;

    c) 1 (um) representante dos diretores das escolas bsicas pblicas;

    d) 1 (um) representante dos servidores tcnico-administrativos das escolas bsicas pblicas;

    e) 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educao bsica pblica;

    f) 2 (dois) representantes dos estudantes da educao bsica pblica, um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas.

    2o Integraro ainda os conselhos municipais dos Fundos, quando houver, 1 (um) representante do respectivo Conselho Municipal de Educao e 1 (um) representante do Conselho Tutelar a que se refere a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, indicados por seus pares.

    Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, constata-se que o

    Parecer do Conselho do FUNDEB indica que as respectivas contas foram

    aprovadas (fls. 405/406).

    6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)

    O Conselho Municipal de Sade CMS est previsto no art. 1, inciso

    II da Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.

    Trata-se de um rgo colegiado composto por representantes do

    governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na

    formao de estratgias e no controle da execuo das polticas de sade,

    inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero

    homologadas pelo chefe do poder executivo municipal8.

    Compe-se, conforme prescreve a terceira diretriz da Resoluo n.

    453, de 10 de maio de 2012:

    8 Viana, Luiz Cludio. O papel dos conselhos municipais na gesto pblica [monografia];

    orientadora, Maria Eliana Cristina Bar. - Florianpolis, SC, 2011. p. 26

    501501

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm

  • a) 50% de entidades e movimentos representativos de usurios;

    b) 25% de entidades representativas dos trabalhadores da rea de

    Sade;

    c) 25% de representao de governo e prestadores de servios

    privados conveniados, ou sem fins lucrativos.

    O Conselho Municipal de Sade tem as competncias elencadas pela

    quinta diretriz da Resoluo n. 453/2012:

    Quinta Diretriz: aos Conselhos de Sade Nacional,

    Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que tm

    competncias definidas nas leis federais, bem como em

    indicaes advindas das Conferncias de Sade, compete:

    I - fortalecer a participao e o Controle Social no SUS,

    mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na

    defesa dos princpios constitucionais que fundamentam o

    SUS;

    II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras

    normas de funcionamento;

    III - discutir, elaborar e aprovar propostas de

    operacionalizao das diretrizes aprovadas pelas

    Conferncias de Sade;

    IV - atuar na formulao e no controle da execuo da

    poltica de sade, incluindo os seus aspectos econmicos

    e financeiros, e propor estratgias para a sua aplicao

    aos setores pblico e privado;

    V - definir diretrizes para elaborao dos planos de sade

    e deliberar sobre o seu contedo, conforme as diversas

    situaes epidemiolgicas e a capacidade organizacional

    dos servios;

    VI - anualmente deliberar sobre a aprovao ou no do

    relatrio de gesto;

    VII - estabelecer estratgias e procedimentos de

    acompanhamento da gesto do SUS, articulando-se com

    os demais colegiados, a exemplo dos de seguridade

    social, meio ambiente, justia, educao, trabalho,

    agricultura, idosos, criana e adolescente e outros;

    VIII - proceder reviso peridica dos planos de sade;

    IX - deliberar sobre os programas de sade e aprovar

    projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo,

    propor a adoo de critrios definidores de qualidade e

    resolutividade, atualizando-os face ao processo de

    incorporao dos avanos cientficos e tecnolgicos na

    rea da Sade;

    502502

  • X - avaliar, explicitando os critrios utilizados, a

    organizao e o funcionamento do Sistema nico de

    Sade do SUS;

    XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consrcios e

    convnios, conforme as diretrizes dos Planos de Sade

    Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;

    XII - acompanhar e controlar a atuao do setor privado

    credenciado mediante contrato ou convnio na rea de

    sade;

    XIII - aprovar a proposta oramentria anual da sade,

    tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei

    de Diretrizes Oramentrias, observado o princpio do

    processo de planejamento e oramento ascendentes,

    conforme legislao vigente;

    XIV - propor critrios para programao e execuo

    financeira e oramentria dos Fundos de Sade e

    acompanhar a movimentao e destino dos recursos;

    XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critrios

    de movimentao de recursos da Sade, incluindo o

    Fundo de Sade e os recursos transferidos e prprios do

    Municpio, Estado, Distrito Federal e da Unio, com base

    no que a lei disciplina;

    XVI - analisar, discutir e aprovar o relatrio de gesto, com

    a prestao de contas e informaes financeiras,

    repassadas em tempo hbil aos conselheiros, e garantia

    do devido assessoramento;

    XVII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das

    aes e dos servios de sade e encaminhar denncias

    aos respectivos rgos de controle interno e externo,

    conforme legislao vigente;

    XVIII - examinar propostas e denncias de indcios de

    irregularidades, responder no seu mbito a consultas sobre

    assuntos pertinentes s aes e aos servios de sade,

    bem como apreciar recursos a respeito de deliberaes do

    Conselho nas suas respectivas instncias;

    XIX - estabelecer a periodicidade de convocao e

    organizar as Conferncias de Sade, propor sua

    convocao ordinria ou extraordinria e estruturar a

    comisso organizadora, submeter o respectivo regimento e

    programa ao Pleno do Conselho de Sade

    correspondente, convocar a sociedade para a participao

    nas pr-conferncias e conferncias de sade;

    XX - estimular articulao e intercmbio entre os

    Conselhos de Sade, entidades, movimentos populares,

    instituies pblicas e privadas para a promoo da

    Sade;

    503503

  • XXI - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas

    sobre assuntos e temas na rea de sade pertinente ao

    desenvolvimento do Sistema nico de Sade (SUS);

    XXII - acompanhar o processo de desenvolvimento e

    incorporao cientfica e tecnolgica, observados os

    padres ticos compatveis com o desenvolvimento

    sociocultural do Pas;

    XXIII - estabelecer aes de informao, educao e

    comunicao em sade, divulgar as funes e

    competncias do Conselho de Sade, seus trabalhos e

    decises nos meios de comunicao, incluindo

    informaes sobre as agendas, datas e local das reunies

    e dos eventos;

    XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educao

    permanente para o controle social, de acordo com as

    Diretrizes e a Poltica Nacional de Educao Permanente

    para o Controle Social do SUS;

    XXV - incrementar e aperfeioar o relacionamento

    sistemtico com os poderes constitudos, Ministrio

    Pblico, Judicirio e Legislativo, meios de comunicao,

    bem como setores relevantes no representados nos

    conselhos;

    XXVI - acompanhar a aplicao das normas sobre tica

    em pesquisas aprovadas pelo CNS;

    XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Poltica de

    Gesto do Trabalho e Educao para a Sade no SUS;

    XXVIII - acompanhar a implementao das propostas

    constantes do relatrio das plenrias dos Conselhos de

    Sade; e

    XXIX - atualizar periodicamente as informaes sobre o

    Conselho de Sade no Sistema de Acompanhamento dos

    Conselhos de Sade (SIACS).

    Salienta-se que os membros do Conselho no so remunerados e

    suas funes so consideradas de relevncia pblica. Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, a anlise do Parecer do

    Conselho Municipal de Sade indica que as contas foram aprovadas (fls.

    407/408).

    504504

  • 6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do

    Adolescente

    A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do

    Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma

    srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:

    dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

    Nessa linha foi promulgada a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,

    que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e trata sobre a

    proteo integral desses.

    A referida Lei prev em seu artigo 88, incisos II e IV, a criao do

    Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente e a manuteno

    de fundo especial, respectivamente. Esse fundo, no caso dos Municpios, deve

    ser criado por lei municipal, obedecendo ao disposto no artigo 167, IX da

    Constituio Federal e artigo 74 da Lei n 4.320/64.

    O Conselho Municipal da Criana e do Adolescente rgo deliberativo e controlador das aes relacionadas poltica de atendimento dos direitos da criana e do adolescente (fl. 413).

    6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS)

    O Conselho Municipal de Assistncia Social est previsto no art. 16,

    inciso IV da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Citado rgo tem a competncia de acompanhar a execuo da

    poltica de assistncia social, e seus membros no so remunerados. No entanto, conforme pargrafo nico do art. 16 da Lei n. 8.742/93 as despesas referentes a passagens e dirias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exerccio de suas atribuies devem ser custeadas pelo rgo gestor da Assistncia Social.

    Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, a anlise do Parecer do

    Conselho Municipal de Assistncia Social indica que as contas foram aprovadas

    (fl. 409).

    505505

  • 6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE)

    O Conselho Municipal de Alimentao Escolar est previsto no artigo

    18 da Lei Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009:

    Art. 18. Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de suas respectivas jurisdies administrativas, Conselhos de Alimentao Escolar - CAE, rgos colegiados de carter fiscalizador, permanente, deliberativo e de assessoramento, compostos da seguinte forma:

    I - 1 (um) representante indicado pelo Poder Executivo do respectivo ente federado;

    II - 2 (dois) representantes das entidades de trabalhadores da educao e de discentes, indicados pelo respectivo rgo de representao, a serem escolhidos por meio de assembleia especfica;

    III - 2 (dois) representantes de pais de alunos, indicados pelos Conselhos Escolares, Associaes de Pais e Mestres ou entidades similares, escolhidos por meio de assembleia especfica;

    IV - 2 (dois) representantes indicados por entidades civis organizadas, escolhidos em assembleia especfica.

    1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero, a seu critrio, ampliar a composio dos membros do CAE, desde que obedecida a proporcionalidade definida nos incisos deste artigo.

    2o Cada membro titular do CAE ter 1 (um) suplente do mesmo segmento representado.

    3o Os membros tero mandato de 4 (quatro) anos, podendo ser reconduzidos de acordo com a indicao dos seus respectivos segmentos.

    4o A presidncia e a vice-presidncia do CAE somente podero ser exercidas pelos representantes indicados nos incisos II, III e IV deste artigo.

    5o O exerccio do mandato de conselheiros do CAE considerado servio pblico relevante, no remunerado.

    6o Caber aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios informar ao FNDE a composio do seu respectivo CAE, na forma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

    506506

  • A sua atuao est prevista no artigo 19 da citada lei:

    Art. 19. Compete ao CAE:

    I - acompanhar e fiscalizar o cumprimento das diretrizes estabelecidas na forma do art. 2o desta Lei;

    II - acompanhar e fiscalizar a aplicao dos recursos destinados alimentao escolar;

    III - zelar pela qualidade dos alimentos, em especial quanto s condies higinicas, bem como a aceitabilidade dos cardpios oferecidos;

    IV - receber o relatrio anual de gesto do PNAE e emitir parecer conclusivo a respeito, aprovando ou reprovando a execuo do Programa.

    Pargrafo nico. Os CAEs podero desenvolver suas atribuies em regime de cooperao com os Conselhos de Segurana Alimentar e Nutricional estaduais e municipais e demais conselhos afins, e devero observar as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional - CONSEA.

    Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, a anlise do Parecer do

    Conselho Municipal de Alimentao Escolar indica que as contas foram

    aprovadas (fls. 410/411).

    6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos

    Direitos da Pessoa Idosa)

    O Conselho Municipal do Idoso est previsto no artigo 6 da Lei Federal n. 8.842, de 04 de janeiro de 1994.

    Suas competncias esto previstas no artigo 7 da mesma lei, na

    redao dada pela Lei n. 10.741/2003:

    Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito

    Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelaro pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.

    Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados

    encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, a anlise do Parecer do

    Conselho Municipal do Idoso indica que as contas foram aprovadas (fl. 412).

    507507

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htm

  • 7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E

    DO DECRETO FEDERAL N 7.185/2010

    A transparncia da gesto fiscal, entendida como a produo e

    divulgao sistemtica de informaes, um dos pilares em que se assenta a

    Lei Complementar n 101/2000.

    Para assegurar essa transparncia a Lei Complementar n 131/2009

    acrescentou dispositivos a referida Lei a fim de determinar a disponibilizao, em

    tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e

    financeira, referentes receita e despesa, da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, bem como definiu prazos para a implantao.

    O artigo 48, pargrafo nico, da Lei Complementar n 101/2000

    alterado pela Lei Complementar n 131/2009, assim determina:

    Art. 48. [...]

    Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante:

    I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;

    II liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico;

    III adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio e ao disposto no art. 48-A.

    Os contedos das informaes sobre a execuo oramentria e

    financeira, liberados em meios eletrnicos de acesso pblico, so definidos no

    artigo 48-A, I e II, da Lei Complementar n 101/2000 includo pela Lei

    Complementar n 131/2009, a saber:

    Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 48, os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes referentes a:

    I quanto despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado;

    II quanto receita: o lanamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios.

    Quanto aos prazos para o cumprimento das determinaes dispostas

    nos referidos artigos a Lei Complementar n 131/2009 estabeleceu:

    508508

  • Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinaes dispostas nos incisos II e III do pargrafo nico do art. 48 e do art. 48-A:

    I 1 (um) ano para a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes;

    II 2 (dois) anos para os Municpios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes;

    III 4 (quatro) anos para os Municpios que tenham at 50.000 (cinquenta mil) habitantes.

    Pargrafo nico. Os prazos estabelecidos neste artigo sero contados a partir da data de publicao da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.

    O sistema integrado de administrao financeira e controle

    SISTEMA mencionado no inciso III do pargrafo nico do artigo 48 da Lei

    Complementar n 101/2000 alterado pela Lei Complementar n 131/2009, foi

    regulamentado por meio do Decreto Federal n 7.185/2010, que em seu artigo 1

    assim determina:

    Art. 1 A transparncia da gesto fiscal dos entes da Federao referidos no art. 1, 3, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, ser assegurada mediante a observncia do disposto no art. 48, pargrafo nico, da referida Lei e das normas estabelecidas neste Decreto.

    Dessa forma, o referido Decreto tambm estabeleceu requisitos com

    padro mnimo de qu