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PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO
EXERCCIO DE 2015
Municpio de Balnerio
Cambori
Data de Fundao 20/07/1964
Populao: 128.155 habitantes (IBGE - 2015)
PIB: 3.882,42 (em milhes)
(IBGE - 2013)
465465
S U M R I O
INTRODUO ...................................................................................................... 4
2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................... 5
3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ....................................................... 6
3.1. Apurao do resultado oramentrio ....................................................................... 6
3.2. Anlise do resultado oramentrio ........................................................................... 8
3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ........................................................ 9
4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 15
4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 15
4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 16
4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de fontes de recursos .......... 18
4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 21
4.4. Situao Atuarial do Regime Prprio de Previdncia ............................................. 24
5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 25
5.1. Sade ....................................................................................................................... 25
5.2. Ensino ...................................................................................................................... 27
5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 27
5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 28
5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 31
5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 31
5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 32
5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 34
6. CONSELHOS MUNICIPAIS ............................................................................ 35
6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB (CACS
FUNDEB) ..................................................................................................................... 36
6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)................................................................... 37
6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente .......................... 41
6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS) .............................................. 41
6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE) ......................................... 42
6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos Direitos da Pessoa
Idosa) .......................................................................................................................... 43
466466
7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO
DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 44
8. Auditoria Operacional no Sistema de Esgotamento Sanitrio de Balnerio
Cambori ............................................................................................................ 48
9. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 51
10. SNTESE DO EXERCCIO DE 2015 ............................................................. 52
CONCLUSO ..................................................................................................... 53
ANEXO ............................................................................................................... 55
APNDICE .......................................................................................................... 56
467467
PROCESSO PCP 16/00240485
UNIDADE Municpio de Balnerio Cambori
RESPONSVEL Sr. Edson Renato Dias - Prefeito Municipal
ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2015
RELATRIO N 2327/2016
INTRODUO
O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas
competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo
31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes
nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n
202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de
Balnerio Cambori, relativas ao exerccio de 2015.
O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio
financeiro de 2015 e as informaes dos registros contbeis e de execuo
oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados
alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos
artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94, alterada pela Resoluo n TC-
77/2013, e artigo 22 da Instruo Normativa n TC-02/2001, bem como o artigo
3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.
A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,
Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame
de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais
auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar
processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de
Contas.
No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram
abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado
financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos
resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.
Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio
corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Balnerio
Cambori, sendo que as mdias do exerccio em anlise foram geradas em
20/09/2016 conforme base de dados constituda a partir das informaes
bimestrais encaminhadas pelos municpios atravs do Sistema e-Sfinge e as
mdias dos exerccios anteriores a partir dos dados analisados, julgados ou
apreciados por este Tribunal.
468468
Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base
os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de
forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,
atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais
estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.
2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO
O Municpio de Balnerio Cambori tem uma populao estimada em
128.1551 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,852. O Produto
Interno Bruto alcanava o valor de R$ 3.882.423.037,003, revelando um PIB per
capita poca de R$ 32.105,78, considerando uma populao estimada em
2013 de 120.926 habitantes.
Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB
Fonte: IBGE 2013
No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo
IDH/PNUD/2010, o Municpio de Balnerio Cambori encontra-se na seguinte
situao:
1 IBGE - 2015 2 PNUD - 2010 3 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2013
0,00
500.000.000,00
1.000.000.000,00
1.500.000.000,00
2.000.000.000,00
2.500.000.000,00
3.000.000.000,00
3.500.000.000,00
4.000.000.000,00
Mdia AMFRI MUNICPIO
2.438.326.739,27
3.882.423.037,00
PIB EM REAIS
469469
Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH
Fonte: PNUD 2010
3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA
A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:
demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,
com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder
Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do
resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo
das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a
evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida
ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as
transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.
Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao
exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da
receita e despesa inicialmente oradas:
Quadro 01 Leis Oramentrias
LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA
631.158.093,34 PPA 3.585/2013 29/05/2013
LDO 3.707/2014 29/07/2014 DESPESA FIXADA
631.158.093,34 LOA 3.737/2014 14/10/2014
0,66
0,68
0,70
0,72
0,74
0,76
0,78
0,80
0,82
0,84
0,86
BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMFRI MUNICPIO
0,727
0,744
0,760
0,850
470470
3.1. Apurao do resultado oramentrio
O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou
no Supervit de execuo oramentria da ordem de R$ 76.076.292,93,
correspondendo a 11,94% da receita arrecadada.
Salienta-se que o resultado consolidado, Supervit de R$
76.076.292,93, composto pelo resultado do Oramento Centralizado -
Prefeitura Municipal, Supervit de R$ 5.203.145,50 e do conjunto do Oramento
das demais Unidades Municipais Supervit de R$ 70.873.147,43.
Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de
Previdncia e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor, o Municpio
apresentou Supervit de R$ 30.242.798,49.
Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,
sinteticamente, da seguinte forma:
Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2015
Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado
RECEITA 631.158.093,34 637.067.349,00 100,94
DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)
790.566.536,50 560.991.056,07 70,96
Supervit de Execuo Oramentria 76.076.292,93
Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor
Supervit Consolidado Ajustado
Supervit do RPPS e Fundo de
Previdncia e Seguridade do
Servidor
Supervit excludo RPPS e Fundo de
Previdncia e Seguridade do Servidor
RECEITA 637.067.349,00 84.315.478,08 552.751.870,92
DESPESA 560.991.056,07 38.481.983,64 522.509.072,43
Resultado de Execuo Oramentria
76.076.292,93 45.833.494,44 30.242.798,49
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Obs.: A divergncia, no valor de R$ 614.397,43, apurada entre a variao do saldo patrimonial
financeiro (R$ 44.397.566,66) e o resultado da execuo oramentria Supervit (R$
30.242.798,49), considerando o cancelamento de restos a pagar de R$ 14.769.165,60, sendo R$
14.608.411,21 de Restos a Pagar No Processados e R$ 160.754,39 de Restos a Pagar
Processados - vide restrio anotada no item 9.1.3 - Restries de Ordem Legal do captulo
Restries Apuradas, deste Relatrio.
Obs.: Consideradas as Transferncias Concedidas e Recebidas, no tocante receita no
montante de R$ 84.315.478,08, o valor de R$ 14.238.152,03 se refere receita, sem ajuste, do
Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor. No que tange despesa no montante de R$
38.481.983,64, o valor de R$ 11.158.166,08 se refere a despesa, sem ajuste, do Fundo de
Previdncia e Seguridade do Servidor (consideradas as Transferncias Financeiras Concedidas
e Recebidas).
471471
3.2. Anlise do resultado oramentrio
A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o
uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes
contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios
e Municpios distintos.
A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de
Resultado Oramentrio do Municpio de Balnerio Cambori nos ltimos 5
anos:
Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Excludo RPPS 2011-2015
ITENS / ANO 2011 2012 2013 2014 2015 1 Receita realizada 363.704.848,13 411.707.223,47 510.481.076,11 490.447.770,23 552.751.870,92
2 Despesa executada 362.161.990,81 433.418.669,03 434.738.166,20 500.733.569,73 522.509.072,43
QUOCIENTE 2011 2012 2013 2014 2015 Resultado Oramentrio (12) 1,00 0,95 1,17 0,98 1,06
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente
entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador
for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio
(receitas superiores s despesas).
Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
1,000,95
1,17
0,981,06
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
472472
3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias
Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no
exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo
Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder
Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.
No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida
como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.
A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$
637.067.349,00, equivalendo a 100,94% da receita orada.
As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os
arrecadados so assim demonstrados:
Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2015
RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %
ARRECADADO
Receita Tributria 192.238.300,00 191.708.076,67 99,72
Receita de Contribuies 24.578.000,00 27.804.890,29 113,13
Receita Patrimonial 53.719.850,00 62.961.693,87 117,20
Receita de Servios 46.282.900,00 66.977.311,31 144,71
Transferncias Correntes 156.339.280,71 160.939.582,49 102,94
Outras Receitas Correntes 42.423.275,00 54.001.121,78 127,29
Receitas Correntes Intra-Oramentrias 34.352.568,00 36.573.568,36 106,47
RECEITA CORRENTE 549.934.173,71 600.966.244,77 109,28
Operaes de Crdito 43.428.714,83 214.224,25 0,49
Alienao de Bens 290.000,00 869.523,97 299,84
Transferncias de Capital 6.141.204,80 809.849,51 13,19
Outras Receitas de Capital 31.364.000,00 34.207.506,50 109,07
RECEITA DE CAPITAL 81.223.919,63 36.101.104,23 44,45
TOTAL DA RECEITA 631.158.093,34 637.067.349,00 100,94 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral
consolidado.
473473
mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]mailto:c@[11583]
Grfico 04 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2015
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com
o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,
25,26%, est concentrada nas transferncias correntes.
Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita
oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue
mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes
do Municpio.
Grfico 05 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Tributria 30,09%
Contribuies 4,36%
Patrimonial 9,88%
Servios 10,51%
Transferncia Corrente25,26%
Outras Correntes 8,48%
Correntes Intra-Oramentrias 5,74%
Operaes de Crdito0,03%
Alienao de Bens 0,14%
Transferncias de Capital0,13%
Outras de Capital 5,37%
33,40 33,45 34,0835,17 33,97
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
474474
Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s
receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria
estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU
arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.
Grfico 06 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.
A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em
anlise:
Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2015
Saldo Anterior Inscrio/Transferncia
s/ Atualizao Recebimento
Transferncias/
Outras Baixas
Saldo
Final
133.466.157,66 307.861.350,58 16.691.768,63 9.949.074,08 414.686.665,53
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.
Obs.: O montante de R$ 231.542.396,71, relativo movimentao da conta Ajuste de Perdas de Dvida
Ativa, foi acrescentado na coluna Inscrio/Transferncias/ Atualizao, para que o saldo final represente
todos os valores a receber registrados em contas de Dvida Ativa, desconsideradas as provises.
Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa
ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de
dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:
534,95578,46
605,19643,37
686,08
0,00
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
700,00
800,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
475475
Grfico 07 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas
(incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-
se a demonstrao do prximo quadro:
Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2015
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO
01-Legislativa 15.120.000,00 12.846.080,41 84,96
02-Judiciria 18.781.500,00 15.471.751,00 82,38
04-Administrao 64.478.119,10 56.541.427,38 87,69
06-Segurana Pblica 28.017.104,03 22.758.526,35 81,23
08-Assistncia Social 19.348.231,42 13.679.567,12 70,70
09-Previdncia Social 25.614.000,00 25.015.415,98 97,66
10-Sade 136.774.095,87 124.078.029,95 90,72
11-Trabalho 7.190.000,00 7.008.632,00 97,48
12-Educao 145.464.780,20 137.977.194,22 94,85
13-Cultura 7.294.521,00 3.624.958,18 49,69
14-Direitos da Cidadania 1.685.500,00 1.138.010,25 67,52
15-Urbanismo 151.794.850,05 49.251.550,44 32,45
16-Habitao 3.785.000,00 17.300,40 0,46
17-Saneamento 71.564.103,74 55.366.322,18 77,37
18-Gesto Ambiental 4.506.196,68 2.292.882,60 50,88
23-Comrcio e Servios 7.503.500,00 6.725.778,02 89,64
27-Desporto e Lazer 6.943.786,41 6.873.829,16 98,99
7,035,79
7,30
12,65 12,51
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
476476
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO
28-Encargos Especiais 21.732.630,00 20.323.800,43 93,52
99-Reserva de Contingncia 52.968.618,00 - -
TOTAL DA DESPESA 790.566.536,50 560.991.056,07 70,96
Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano
Geral consolidado.
A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se
importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo
identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao
deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.
O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas
autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma
representao grfica do Quadro anterior.
Grfico 08 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2015
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
84,9682,3887,6981,2370,7097,6690,7297,4894,8549,6967,5232,450,4677,3750,8889,6498,9993,52
0,00 100.000.000,00 200.000.000,00
01-Legislativa02-Judiciria
04-Administrao06-Segurana Pblica08-Assistncia Social
09-Previdncia Social10-Sade
11-Trabalho12-Educao
13-Cultura14-Direitos da Cidadania
15-Urbanismo16-Habitao
17-Saneamento18-Gesto Ambiental
23-Comrcio e Servios27-Desporto e Lazer
28-Encargos Especiais99-Reserva de Contingncia
AUTORIZAO
EXECUO
477477
A evoluo das despesas executadas por funo de governo est
demonstrada no quadro a seguir:
Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2011 2015
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
2011 2012 2013 2014 2015
01-Legislativa 7.244.658,39 8.151.851,37 9.510.619,40 12.748.787,38 12.846.080,41
02-Judiciria 7.480.352,03 10.501.299,18 7.982.512,43 38.606.749,40 15.471.751,00
04-Administrao 35.100.246,54 37.823.821,36 39.406.667,21 57.950.965,11 56.541.427,38
06-Segurana Pblica 16.285.639,59 18.078.976,36 17.462.997,37 10.290.628,35 22.758.526,35
08-Assistncia Social 9.905.406,36 11.900.096,16 12.698.818,60 13.670.801,81 13.679.567,12
09-Previdncia Social 11.430.425,62 13.979.272,13 16.535.101,87 19.986.752,37 25.015.415,98
10-Sade 77.549.526,59 94.324.560,98 99.644.015,62 111.804.176,20 124.078.029,95
11-Trabalho 3.390.000,00 3.999.998,00 4.350.000,00 5.349.992,00 7.008.632,00
12-Educao 77.052.407,74 108.075.945,84 107.696.226,83 124.318.521,07 137.977.194,22
13-Cultura 3.708.039,91 5.216.297,09 3.013.189,65 2.574.528,87 3.624.958,18
14-Direitos da Cidadania 849.891,96 1.057.501,66 1.046.651,59 1.142.408,40 1.138.010,25
15-Urbanismo 64.702.283,12 68.215.893,67 67.213.115,80 48.995.687,53 49.251.550,44
16-Habitao 207.776,21 3.933.346,22 3.760.647,03 1.155.673,59 17.300,40
17-Saneamento 47.430.040,51 49.372.455,64 39.895.577,13 49.028.507,08 55.366.322,18
18-Gesto Ambiental 2.171.729,92 3.432.108,48 3.495.190,55 2.167.055,66 2.292.882,60
23-Comrcio e Servios 6.199.240,85 6.483.849,16 6.046.994,51 6.788.988,59 6.725.778,02
27-Desporto e Lazer 4.930.779,68 5.147.475,84 5.769.050,80 5.972.851,52 6.873.829,16
28-Encargos Especiais 6.793.326,18 8.640.165,29 18.876.724,86 21.557.093,66 20.323.800,43
TOTAL DA DESPESA REALIZADA 382.431.771,20 458.334.914,43 464.404.101,25 534.110.168,59 560.991.056,07
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente
de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.
Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2015
RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)
Valor (R$) %
Imposto Predial e Territorial Urbano 87.923.946,39 30,52
Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 40.603.164,35 14,09
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 12.645.453,67 4,39
Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis
39.514.398,50 13,72
Cota do ICMS 37.222.618,94 12,92
Cota-Parte do IPVA 19.503.258,69 6,77
Cota-Parte do IPI sobre Exportao 585.995,51 0,20
Cota-Parte do FPM 33.383.834,32 11,59
478478
RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)
Valor (R$) %
Cota-Parte do FPM (1%, entregue no ms de dezembro) - art. 159, I, alnea d da C.F.
1.858.973,59 0,65
Cota do ITR 194,74 0,00
Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 156.489,36 0,05
Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 12.379.495,52 4,30
Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos
2.293.361,66 0,80
TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Educao)
288.071.185,24 100,00
(-) Cota-Parte do FPM (1%, entregue no ms de dezembro) - art. 159, I, alnea d da C.F.
1.858.973,59
TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS (Base de clculo para a Sade)
286.212.211,65 100,00
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na
gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos
percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.
Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),
demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos
percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2015
DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)
Receitas Correntes Arrecadadas 582.563.297,11
(-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 18.170.620,70
(-) Compensao entre Regimes de Previdncia 103.824,88
(-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia
12.679.659,72
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 551.609.191,81 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA
A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a
situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao
existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao
da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto
prazo.
479479
4.1. Situao Patrimonial
A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:
Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Balnerio Cambori (em Reais): 2015
ATIVO 2015
PASSIVO 2015
ATIVO CIRCULANTE 559.633.091,49
Caixa e Equivalentes de Caixa 258.364.774,12
Crditos a Curto Prazo 26.157.657,53
Crditos Tributrios a Receber 1.871.071,70
Clientes 7.968.166,16
Dvida Ativa Tributria 15.500.000,00
Dvida Ativa No Tributria 818.419,67
Demais Crditos e Valores a Curto Prazo 27.231.533,05
Investimentos e Aplicaes Temporrias a Curto Prazo
247.879.126,79
Ttulos e valores mobilirios 4.810,00
Investimento do RPPS 247.874.316,79
PASSIVO CIRCULANTE 46.548.175,47
Obrigaes Trabalhistas, Previdencirias e Assistenciais a Pagar a Curto Prazo
25.292.502,06
Emprstimos e Financiamentos a Curto Prazo
881.000,00
Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo
16.831.788,17
Obrigaes Fiscais a Curto Prazo 535.640,97
Demais Obrigaes a Curto Prazo 3.007.244,27
ATIVO NO CIRCULANTE 596.904.064,06
Ativo Realizvel a Longo Prazo 118.443.116,44
Crditos a Longo Prazo 108.601.751,17
Dvida Ativa Tributria 237.788.557,07
Dvida Ativa No Tributria 160.579.688,79
(-) Ajuste de Perdas de Crditos a Longo Prazo
-289.766.494,69
Demais Crditos e Valores Longo Prazo 9.841.365,27
Imobilizado 478.298.945,62
Bens Mveis 92.518.574,96
(-) Depreciao, exausto e amortizaes acumuladas - Bens Mveis)
-2.928.515,33
Bens Imveis 390.225.976,74
(-) Depreciao, exausto e amortizaes acumuladas Imveis
-1.517.090,75
Intangvel 162.002,00
PASSIVO NO CIRCULANTE 303.830.949,31
Emprstimos e Financiamentos a Longo Prazo 12.361.202,21
Provises a Longo Prazo 291.469.747,10
Provises Matemticas Previdencirias 291.469.747,10
TOTAL DO PASSIVO 350.379.124,78
PATRIMONIO LIQUIDO 806.158.030,77
Patrimnio Social e Capital Social 7.270.104,18
Resultados Acumulados 798.887.926,59
Resultado do Exerccio 172.097.576,49
Resultado de Exerccios Anteriores 587.059.084,45
Ajustes de exerccios anteriores 39.731.265,65
TOTAL 1.156.537.155,55
TOTAL 1.156.537.155,55
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.
Obs.: A divergncia de R$ 325.817,45 entre o saldo do grupo Disponvel do Balano Patrimonial
do exerccio anterior Anexo 14 (R$ 399.830.344,82) e o saldo inicial do Balano Financeiro do
exerccio atual Anexo 13 (R$ 400.156.162,27) refere-se reclassificao do realizvel de 2014.
4.2. Anlise do resultado financeiro
480480
Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de
anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a
verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da
situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos
financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de
pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.
O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do
exerccio encerrado resulta em Supervit Financeiro de R$ 185.693.746,14 e a
sua correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos
financeiros existentes, o Municpio possui R$ 0,26 de dvida de curto prazo.
Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao positiva de R$
44.397.566,66 passando de um Supervit de R$ 141.296.179,48 para um
Supervit de R$ 185.693.746,14.
Registre-se que a Prefeitura apresentou um Supervit de R$
120.405.301,30.
Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante
o exerccio demonstrada no quadro seguinte:
Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2014 - 2015
Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao
Ativo Financeiro 399.847.333,25 506.484.101,64 106.636.768,39
Passivo Financeiro 49.804.820,13 65.593.233,99 15.788.413,86
Saldo Patrimonial Financeiro Ajustado 350.042.513,12 440.890.867,65 90.848.354,53
Ativo Financeiro do RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor
210.150.390,06 255.941.244,95 45.790.854,89
Passivo Financeiro do RPPS do RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor
1.404.056,42 744.123,44 -659.932,98
Saldo Patrimonial Financeiro s/ RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor
141.296.179,48 185.693.746,14 44.397.566,66
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Obs.: No tocante ao Ativo Financeiro no montante de R$ 255.941.244,95, o valor de R$
6.755.192,35 se refere ao Ativo, sem ajuste, do Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor.
No que tange ao Passivo Financeiro no montante de R$ 744.123,44, o valor de R$ 633.874,27 se
refere ao Passivo, sem ajuste, do Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor.
O saldo patrimonial financeiro foi ajustado pelas seguintes situaes:
481481
Quadro 11 A Ajustes do Patrimnio Financeiro (em Reais)
Descrio Valor
Receitas Antecipadas da Prefeitura Ajuste exerccio anterior 308.829,02
Receitas Antecipadas RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor Ajuste exerccio anterior
4.355,18
Total excludo no Saldo Inicial do Ativo Financeiro 313.184,20
Receitas Antecipadas RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor Ajuste exerccio atual
4.355,18
Total excludo no Saldo Final do Ativo Financeiro 4.355,18
Obs.: A divergncia, no valor de R$ 614.397,43, apurada entre a variao do saldo patrimonial
financeiro (R$ 44.397.566,66) e o resultado da execuo oramentria Supervit (R$
30.242.798,49), considerando o cancelamento de restos a pagar de R$ 14.769.165,60, sendo R$
14.608.411,21 de Restos a Pagar No Processados e R$ 160.754,39 de Restos a Pagar
Processados - vide restrio anotada no item 9.1.3 - Restries de Ordem Legal do captulo
Restries Apuradas, deste Relatrio.
4.2.1. Anlise do resultado financeiro por especificao de
fontes de recursos
A situao financeira analisada neste item tem como objetivo
demonstrar o confronto entre os recursos financeiros e as respectivas obrigaes
financeiras, segregadas por vnculo de recurso.
Referida anlise atende ao que determina o artigo 8, 50, I da Lei de
Responsabilidade Fiscal LRF, ou seja, vincular os recursos a sua
disponibilidade especfica.
Para o clculo utilizou-se os seguintes critrios:
a) FR Fonte de Recursos: refere-se discriminao das
especificaes das fontes de recursos, conforme tabela de destinao de receita
deste Tribunal de Contas;
b) Disponibilidade de Caixa Bruta: constitui-se dos saldos recursos
financeiros (caixa, bancos, aplicaes financeiras e outras disponibilidades
financeiras) em 31/12/2015, segregados por especificaes de fontes de
recursos;
c) Obrigaes financeiras: representa os valores, igualmente por
disponibilidade de fontes de recursos, dos depsitos de terceiros e resultantes de
consignaes, caues, outros depsitos de diversas origens e dos restos a
pagar, sendo que, este ltimo refere-se s despesas empenhadas, liquidadas ou
no, e que esto pendentes de pagamento.
Ressalta-se, todavia, que em razo da anlise tcnica decorrente de
auditorias, levantamentos, ofcios circulares encaminhados aos jurisdicionados,
482482
entre outros instrumentos de verificaes, poder haver ajustes na
disponibilidade de caixa e nas obrigaes financeiras apresentadas pelo ente.
d) Disponibilidade de Caixa lquida/resultado financeiro: evidencia o
resultado financeiro por especificaes de fontes de recursos, apurado entre o
confronto dos recursos financeiros e as obrigaes financeiras, levando-se em
considerao os possveis ajustes.
No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e
Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero
consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente
com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo
procedimento ser adotado com relao s obrigaes financeiras.
A seguir, expe-se resumo da situao constatada do Municpio de
Balnerio Cambori, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o
clculo de forma detalhada.
Quadro 11- B Demonstrativo do Resultado Financeiro por
especificaes de Fonte de Recurso.
FONTE DE RECURSOS
DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA /
INSUFICINCIA FINANCEIRA
Supervit / Dficit
RECURSOS VINCULADOS 00 - Recursos Ordinrios 2.241.518,43 SUPERAVIT
01- Receitas e Transferncias de Impostos - Educao 0,00 SUPERAVIT
02 - Receitas e Transferncias de Impostos - Sade 0,00 SUPERAVIT
03 - Contribuio para Fundo Previdencirio do Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira) 0,00 SUPERAVIT
04 - Contribuio para Fundo Financeiro do Regime Prprio de Previdncia Social RPPS (patronal, servidores e compensao financeira) 0,00 SUPERAVIT
05 - Aporte para Cobertura de Dficit Atuarial ao RPPS 0,00 SUPERAVIT
06 - Recursos Diretamente Arrecadados pela Administrao Indireta e Fundos 27.366.975,43 SUPERAVIT
07 - Contribuio de Interveno no Domnio Econmico - CIDE 47.682,14 SUPERAVIT
08 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP 1.697.131,33 SUPERAVIT
09 - FIA Imposto de Renda 119.694,40 SUPERAVIT
10 - Convnio de Trnsito - Militar 252.866,53 SUPERAVIT
11 - Convnio de Trnsito - Civil 599.175,65 SUPERAVIT
12 Convnio de Trnsito - Prefeitura 10.609.787,63 SUPERAVIT
18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio da Educao Bsica em efetivo exerccio) - R$ 20.264,94 48.502,85 SUPERAVIT 19 -Transferncias do FUNDEB - (aplicao em outras despesas da Educao Bsica) - R$ 28.237,91
31 - Transferncias de Convnios Unio/Assistncia Social 0,00 SUPERAVIT
32 - Transferncias de Convnios Unio/Educao -90.420,62 DFICIT
33 - Transferncias de Convnios Unio/Sade 1.939,59 SUPERAVIT
34 - Transferncias de Convnios Unio/Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social) 441.018,39 SUPERAVIT
35 - Transferncias do Sistema nico de Assistncia Social SUAS/Unio 288.516,25 SUPERAVIT
36 - Salrio-Educao 2.070.211,98 SUPERAVIT
483483
FONTE DE RECURSOS
DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA /
INSUFICINCIA FINANCEIRA
Supervit / Dficit
37 - Outras Transferncias do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educao FNDE (no repassadas por meio de convnios) 128.317,11 SUPERAVIT
38 - Transferncias do Sistema nico de Sade SUS/Unio 9.353.394,30 SUPERAVIT
39 - Fundo Especial do Petrleo e Transferncias Decorrentes de Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Naturais 61.090,43 SUPERAVIT
40 - Royalties de Petrleo Educao - Lei n 12.858/2013 0,00 SUPERAVIT
41 - Royalties de Petrleo Sade - Lei n 12.858/2013 0,00 SUPERAVIT
42 - Outras Transferncias Legais e Constitucionais Unio 0,00 SUPERAVIT
61 - Transferncias de Convnios Estado/Assistncia Social 0,00 SUPERAVIT
62 - Transferncias de Convnios Estado/Educao 7.432,00 SUPERAVIT
63 - Transferncias de Convnios Estado/Sade 61.338,89 SUPERAVIT
64 - Transferncias de Convnios Estado/Outros (no relacionados educao/sade/assistncia social) 1.288,60 SUPERAVIT
65 - Transferncias do Sistema nico de Assistncia Social SUAS/Estado 198.528,39 SUPERAVIT
66 -Transferncias Legais e Constitucionais do Estado para o Desenvolvimento da Educao 93.075,56 SUPERAVIT
67 - Transferncias do Sistema nico de Sade SUS/Estado 2.893.041,51 SUPERAVIT
68 - Outras Transferncias Legais e Constitucionais - Estado 0,00 SUPERAVIT
80 - Outras Especificaes 0,00 SUPERAVIT
81 - Operaes de Crdito Internas para Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT
82 - Operaes de Crdito Internas para Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT
83 - Operaes de Credito Internas - Outros Programas 107.064,31 SUPERAVIT
84 - Operaes de Crdito Externas para Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT
85 - Operaes de Crdito Externas para Programas de Sade 0,00 SUPERAVIT
86 - Operaes de Crdito Externas - Outros Programas 0,00 SUPERAVIT
87 - Alienaes de Bens destinados a Programas da Educao Bsica 0,00 SUPERAVIT
88 - Alienaes de Bens destinados a Programas de Sade 13.325,97 SUPERAVIT
89 - Alienaes de Bens destinados a Outros Programas 784.871,21 SUPERAVIT
93 - Outras Receitas No-Primrias 0,00 SUPERAVIT
TOTAL RECURSOS VINCULADOS 59.397.368,26
00 - Recursos Ordinrios 126.281.318,29 SUPERAVIT
01- Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Educao 344,97 SUPERAVIT
02 - Receitas de Impostos e de Transferncia de Impostos - Sade 14.714,62 SUPERAVIT
TOTAL RECURSOS NO VINCULADOS 126.296.377,88
Fonte: e-Sfinge
Obs.: As disponibilidades de caixa da Cmara Municipal de Balnerio Cambori, da Empresa Municipal de gua e Saneamento de Balnerio Cambori, do Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor Pblico do Municpio de Balnerio Cambori e do Instituto de Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Municpio de Balnerio Cambori, foram consideradas como recursos vinculados.
4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira
484484
A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou
ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a
partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes
patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes
contbeis.
Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo
patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no
quadro a seguir, com a devida memria de clculo:
Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2011 2015
ITENS / ANO 2011 2012 2013 2014 2015
1 Despesa Executada 382.431.771,20 458.334.914,43 464.404.101,25 534.110.168,59 560.991.056,07
2 Restos a Pagar 42.126.771,30 32.209.750,74 42.133.418,74 48.322.209,38 63.279.162,35
3
Ativo Financeiro Ajustado - Excludo RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor
129.035.814,91 100.275.761,16 186.096.927,39 189.692.588,01 250.542.856,69
4
Passivo Financeiro Ajustado Excludo RPPS e Fundo de Previdncia e Seguridade do Servidor
43.689.989,00 33.266.163,32 42.173.099,71 48.400.763,71 64.849.110,55
5 Ativo Real 762.360.380,96 899.385.523,33 909.564.965,16 1.018.123.399,87 1.156.537.155,55
6 Passivo Real 255.182.556,92 180.000.288,58 274.211.839,77 423.794.211,24 401.391.681,98
QUOCIENTES 2011 2012 2013 2014 2015
Resultado Patrimonial (56) 2,99 5,00 3,32 2,40 2,88
Situao Financeira (34) 2,95 3,01 4,41 3,92 3,86
Restos a Pagar (21)*100 11,02 7,03 9,07 9,05 11,28
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o
Ativo Real e o Passivo Real.
No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste
quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas
(curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.
485485
Grfico 09 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2015 o
Ativo Real apresenta-se 2,88 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).
O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o
Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de
pagamento de curto prazo do Municpio.
O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois
assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas
pelos ativos financeiros do Municpio.
Grfico 10 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
2,99
5,00
3,322,40 2,88
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
2,95 3,01
4,413,92 3,86
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
486486
Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio
apresenta-se Superavitria, sendo que no final do exerccio de 2015 o Ativo
Financeiro representa 3,86 vezes o valor do Passivo Financeiro.
O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)
expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar
e o total da Despesa Oramentria.
Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto
oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste
quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no
exerccio as despesas que nele empenhou.
A situao apresentada pelo Municpio de Balnerio Cambori
demonstrada no grfico a seguir:
Grfico 11 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar
corresponde a 11,28% da despesa oramentria do exerccio.
11,02
7,03
9,07 9,05
11,28
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios
487487
4.4. Situao Atuarial do Regime Prprio de Previdncia
O Regime Prprio de Previdncia de Balnerio Cambori, gerido pelo
Instituto de Previdncia Social dos Servidores Pblicos do Municpio de
Balnerio Cambori - BCPREVI, constitudo sob a forma de AUTARQUIA,
apresentou o Relatrio de Avaliao Atuarial RAA para o exerccio de 2015,
com data-base em 31/12/2014, com os seguintes resultados:
BALNERIO CAMBORI 2015
N Servidores ativos 2909
N Beneficirios (Inativos e
pensionistas) 580
TOTAL 3.489
Resultados Consolidado
Patrimnio Atual 208.818.109,21
(+) Receitas Futuras Projetadas4 426.057.010,29
(-) Benefcios Futuros Projetados5 781.647.524,53
Resultado Atuarial (146.772.405,03)
De forma comparativa aos exerccios anteriores, tm-se os seguintes
resultados:
Resultados 31/12/20126 31/12/2013 31/12/2014
Patrimnio Atual 155.689.417,56 172.345.593,31 208.818.109,21
(+) Receitas Futuras
Projetadas1 65.287.804,04 591.880.387,57 426.057.010,29
(-) Benefcios Futuros
Projetados2 240.521.725,98 985.286.191,33 781.647.524,53
Resultado Atuarial (19.544.504,38) (221.060.210,45) (146.772.405,03)
4
O valor resultante da presente rubrica composto pela somatria das receitas de contribuio dos servidores, receitas de
contribuio da quota patronal e, dependendo da Unidade, das receitas oriundas de compensao previdenciria COMPREV, amortizao de dvidas das contribuies passadas e das alquotas suplementares e/ou aportes de caixa.
5O valor resultante da presente rubrica composto pela somatria das despesas de benefcio concedido, despesas de benefcio a
conceder e, dependendo da Unidade, das despesas oriundas de compensao previdenciria COMPREV. 6 Em relao aos exerccios anteriores, embora apresente o resultado atuarial correto, a anlise est prejudicada em funo de que no esto discriminadas as receitas bem como as despesas.
488488
Segundo dados apresentados no relatrio dos aturios, Sr. Fernando
Traleski (MIBA n 1.291) e Vinicius Alexandre Bietkoski (MIBA 1.241), constata-
se que a situao do Regime Prprio de Previdncia dos Servidores de
Balnerio Cambori de Desequilbrio nos ltimos trs exerccios, tendo sido
apontado Dficit Atuarial no Relatrio de Avaliao Atuarial de 2015, com data
base em 31/12/2014, no valor de R$ 146.772.405,03, o que indica que em 2015
as obrigaes futuras do RPPS estavam descobertas pelo rol de direitos
financeiros no montante indicado.
Por estas razes deve o atual gestor do Municpio de Balnerio
Cambori manifestar-se acerca de quais medidas foram adotadas no exerccio
de 2015 no intuito de sanar, ou ao menos combater o dficit atuarial encontrado,
sempre na busca do reequilbrio atuarial de seu regime prprio de previdncia,
conduta que lhe exigvel ante ao ordenamento ptrio.
Em manifestao protocolada neste Tribunal sob o n 12.069/2016,
em 01/07/16, o Prefeito do Municpio de Balnerio Cambori sustentou,
resumidamente, que o dficit atuarial apresentado pelo Relatrio de Avaliao
Atuarial de 2015 foi objeto de estudo e encaminhado projeto de lei para
aprovao com o intuito de corrigir o plano de amortizao, tendo sido aprovado
e transformado na Lei Complementar n 13/2016.
Notadamente, o Municpio de Balnerio Cambori adotou medidas
efetivas de combate situao atuarial deficitria, mesmo que a referida lei
tenha sido aprovada s em maro de 2016, uma vez que j demonstra que
houve medidas para sua consecuo ainda em 2015, de forma que se
considera que o gestor tomou as medidas hbeis ao combate ao dficit atuarial
vigente.
5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES
O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de
recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas
com pessoal.
5.1. Sade
Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive
transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o
exerccio de 2015 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias - ADCT.
489489
Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$
86.054.094,77 em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que
corresponde a 30,07% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A
MAIOR o valor de R$ 43.122.263,02, representando 15,07% do mesmo
parmetro, CUMPRINDO o disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das
Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT.
A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,
pode ser demonstrada da seguinte forma: Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2015
COMPONENTE VALOR (R$) %
Total da Receita com Impostos 286.212.211,65 100,00
Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade
124.078.029,95 43,35
Ateno Bsica 52.098.740,94 18,20
Assistncia Hospitalar e Ambulatorial 58.692.581,35 20,51 Vigilncia Sanitria 2.290.433,22 0,80 Vigilncia Epidemiolgica 864.044,95 0,30 Outras Despesas com Aes e Servios Pblicos
de Sade (10.331 fl. 100) 10.132.229,49 3,54
(-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade*
38.023.935,18 13,29
Total das Despesas para Efeito do Clculo 86.054.094,77 30,07 Valor Mnimo a ser Aplicado 42.931.831,75 15,00
Valor Acima do Limite 43.122.263,02 15,07 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
*Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:
Grfico 12 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
24,80
27,61
23,66
26,82
30,07
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
490490
O grfico anterior demonstra que o Municpio de Balnerio Cambori
em 2015 aumentou seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em
termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.
5.2. Ensino
5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias
Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a
proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento
do Ensino (exerccio de 2015) art. 212 da Constituio Federal.
Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 90.810.169,41
em gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a
31,52% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de
R$ 18.792.373,10, representando 6,52% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o
disposto no artigo 212 da Constituio Federal.
A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do
Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:
Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2015
COMPONENTE VALOR (R$) %
Total da Receita com Impostos 288.071.185,24 100,00
Valor Aplicado Educao Infantil 65.881.806,98 22,87
Educao Infantil 65.881.806,98 22,87
Valor Aplicado Ensino Fundamental 71.956.537,13 24,98
Ensino Fundamental 71.956.537,13 24,98
(-) Total das Dedues consideradas para fins de apurao do Limite Constitucional*
47.028.174,70 16,33
Total das Despesas para efeito de Clculo 90.810.169,41 31,52
Valor Mnimo a ser Aplicado 72.017.796,31 25,00
Valor Acima do Limite (25%) 18.792.373,10 6,52
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
*Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.
Obs.: Embora esta Corte de Contas somente considere os gastos com Educao Especial para fins de verificao de cumprimento do limite de 25% do ensino, quando h a comprovao de que os alunos atendidos esto matriculados na rede regular de ensino, no Municpio de Balnerio Cambori, em razo de informaes resultantes de Auditoria realizadas, bem como da instruo processual de outros exerccios, entende-se que os gastos realizados na Funo/Subfuno 12.367 devem ser considerados para fins de apurao do limite de 25% da educao e de aplicao dos recursos do FUNDEB quando custeados com essa FR.
491491
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:
Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O grfico anterior demonstra que o Municpio de Balnerio Cambori
em 2015 aumentou seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino,
em termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.
5.2.2. FUNDEB
Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na
remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,
do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n
11.494/07.
Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 48.586.373,13,
equivalendo a 99,82% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a
remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO
o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.
A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo
exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:
25,32
35,05
28,1030,50
31,52
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
492492
Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio
FUNDEB: 2015
COMPONENTE VALOR (R$)
Transferncias do FUNDEB 48.407.131,16
(+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 267.276,96
Total dos recursos oriundos do FUNDEB 48.674.408,12
60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 29.204.644,87
Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB
48.586.373,13
Valor Acima do Limite 19.381.728,26
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:
Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no
exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e
Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.
Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 48.625.905,27,
equivalendo a 99,90% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com
Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o
estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.
92,1196,99 97,15 97,25 99,82
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
493493
A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da
Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da
seguinte forma:
Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2015
COMPONENTE VALOR (R$)
Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 48.674.408,12
95% dos Recursos do FUNDEB 46.240.687,71
Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *
48.625.905,27
Valor Acima do Limite 2.385.217,56
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo oramentria (despesas empenhadas, liquidadas e pagas e os restos a pagar inscritos no exerccio com disponibilidade financeira, considerando-se ainda as possveis excluses relativas s despesas imprprias, entre outras).
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos
oriundos do FUNDEB:
Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da
Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,
o Municpio de Balnerio Cambori ampliou sua aplicao, quando comparado
ao exerccio anterior.
96,3497,99 97,30 97,37
99,90
75,00
80,00
85,00
90,00
95,00
100,00
105,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
494494
Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte
ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da
Lei n 11.494/2007.
O Municpio utilizou, no 1 trimestre mediante a abertura de crdito
adicional, parcialmente o saldo anterior dos recursos do FUNDEB no valor de R$
1.220.961,41, quando o saldo total era de R$ 1.224.186,86, DESCUMPRINDO o
estabelecido no artigo 21, 2 da Lei n 11.494/2007 (Obs.: Vide restrio anotada no
item Restries de Ordem Legal).
Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2015: No tocante ao
controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte
apresenta-se o Quadro abaixo:
Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da
Lei n 11.494/2007
COMPONENTE VALOR (R$)
Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2015 63.545,78
(-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB
14.500,94
(=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 49.044,84
Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.
5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)
5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio
Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei
Complementar n 101/2000 (LRF).
Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2015
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 551.609.191,81 100,00
LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 330.965.515,09 60,00
Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo
254.376.086,65 46,12
Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo
8.621.671,92 1,56
TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO
262.997.758,57 47,68
Valor Abaixo do Limite (60%) 67.967.756,52 12,32
Fonte: Sistema e-Sfinge/Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
495495
No exerccio em exame, o Municpio gastou 47,68% do total da receita
corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no
artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n
101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Municpio:
Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O grfico anterior mostra o crescimento dos gastos com pessoal do
Municpio de Balnerio Cambori, quando comparado ao exerccio anterior.
5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder
Executivo
Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas
Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000
(LRF).
38,11
42,6640,84
46,59 47,68
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
496496
Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2015
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 551.609.191,81 100,00
LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 297.868.963,58 54,00
Total das Despesas com Pessoal do Poder Executivo 285.909.209,81 51,83
Pessoal e Encargos* 280.877.097,33 50,92
Pessoal e encargos Inscritos em Restos a Pagar no Processados* (com as dedues)
15.672,62 -
Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo
5.016.439,86 0,91
Dedues das Despesas com Pessoal do Poder Executivo**
31.533.123,16 5,72
Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo
254.376.086,65 46,12
Valor Abaixo do Limite (54%) 43.492.876,93 7,88
Fonte: * Sistema e-Sfinge/7Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
**Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.
O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o
Poder Executivo gastou 46,12% do total da receita corrente lquida em despesas
com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei
Complementar n 101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Poder Executivo:
7 Apurao da Despesa de Pessoal: conforme orientao do Manual dos Demonstrativos Fiscais 6 edio, publicado no endereo
http://www.stn.fazenda.gov.br/pt/web/stn/mdf
497497
http://www.stn.fazenda.gov.br/pt/web/stn/mdf
Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2011 2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder
Executivo aumentaram, quando comparado ao exerccio anterior.
5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder
Legislativo
Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar
n 101/2000 (LRF).
Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2015
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 551.609.191,81 100,00
LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 33.096.551,51 6,00
Total das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo
8.669.442,19 1,57
Pessoal e Encargos* 8.621.671,92 1,56
Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo
47.770,27 0,01
Total das Dedues das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo
47.770,27 0,01
Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo
8.621.671,92 1,56
Valor Abaixo do Limite (6%) 24.474.879,59 4,44 Fonte: * Sistema e-Sfinge/Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.
36,62
41,12 39,39
44,97 46,12
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
498498
O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 1,56% do total da
receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma
contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Poder Legislativo:
Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2011
2015
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que
houve uma reduo do percentual quando comparado ao exerccio anterior.
6. CONSELHOS MUNICIPAIS
Os Conselhos Municipais so considerados rgos pblicos que
contribuem de forma significativa na execuo de polticas pblicas setoriais.
Podem ser de natureza obrigatria ou discricionria, ou seja, os de
criao obrigatria so exigidos por leis federais, cujas funes so definidas
como deliberativas, fiscalizadoras, assessoramento, supervisora e executiva;
enquanto que os discricionrios so decorrentes de legislao municipal.
O artigo 20, 2 da Resoluo n. TC 16/94, alterado pelo artigo 1
da Resoluo n. TC 077/2013, de 29 de abril de 2013 exige a remessa dos
pareceres dos conselhos obrigatrios, juntamente com a prestao de contas
anual, quais sejam:
1,49 1,54 1,45 1,62 1,56
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
2011 2012 2013 2014 2015
Municpio Mdia AMFRI Mdia dos Municpios Limite
499499
a) Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do
Fundeb, previsto no art. 24, da Lei Federal n. 11.494, de 20 de junho de 2007.
b) Conselho Municipal de Sade, previsto no art. 1, caput e 2 da Lei
Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990;
c) Conselho Municipal dos Diretitos da Infncia e do Adolescente,
previsto no art. 88, inciso II da Lei Federal n. 8.069, de 13 de junho de 1990;
d) Conselho Municipal de Assistncia Social, previsto no art. 16, inciso
IV, da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993;
e) Conselho Municipal de Alimentao Escolar, previsto no art. 18 da Lei
Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009;
f) Conselho Municipal do Idoso, previsto no art. 6 da Lei Federal n.
8.842, de 04 de janeiro de 1994.
6.1. Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social
do FUNDEB (CACS FUNDEB)
O Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do
Fundeb est previsto no artigo 24 da Lei Federal n. 44.494, de 20 de junho de
2007.
Referido rgo tem a funo de acompanhar a correta aplicao dos
recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar
(PNATE), bem como supervisionar o censo escolar anual.
O Conselho Municipal do Fundeb autnomo, no subordinado ao
Poder Executivo e seus membros no so remunerados. No entanto, dever ser
criado por lei especfica municipal, e sua composio deve obedecer ao que
prescreve o art. 24, 1, IV e 2 da Lei n. 11.494/2007:
Art. 24. O acompanhamento e o controle social sobre a distribuio, a transferncia e a aplicao dos recursos dos Fundos sero exercidos, junto aos respectivos governos, no mbito da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, por conselhos institudos especificamente para esse fim.
1o Os conselhos sero criados por legislao especfica, editada no pertinente mbito governamental, observados os seguintes critrios de composio:
[....]
IV - em mbito municipal, por no mnimo 9 (nove) membros, sendo:
500500
a) 2 (dois) representantes do Poder Executivo Municipal, dos quais pelo menos 1 (um) da Secretaria Municipal de Educao ou rgo educacional equivalente;
b) 1 (um) representante dos professores da educao bsica pblica;
c) 1 (um) representante dos diretores das escolas bsicas pblicas;
d) 1 (um) representante dos servidores tcnico-administrativos das escolas bsicas pblicas;
e) 2 (dois) representantes dos pais de alunos da educao bsica pblica;
f) 2 (dois) representantes dos estudantes da educao bsica pblica, um dos quais indicado pela entidade de estudantes secundaristas.
2o Integraro ainda os conselhos municipais dos Fundos, quando houver, 1 (um) representante do respectivo Conselho Municipal de Educao e 1 (um) representante do Conselho Tutelar a que se refere a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, indicados por seus pares.
Em consulta ao processo eletrnico gerado atravs dos dados
encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, constata-se que o
Parecer do Conselho do FUNDEB indica que as respectivas contas foram
aprovadas (fls. 405/406).
6.2. Conselho Municipal de Sade (CMS)
O Conselho Municipal de Sade CMS est previsto no art. 1, inciso
II da Lei Federal n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990.
Trata-se de um rgo colegiado composto por representantes do
governo, prestadores de servio, profissionais de sade e usurios, atua na
formao de estratgias e no controle da execuo das polticas de sade,
inclusive nos aspectos econmicos e financeiros, cujas decises sero
homologadas pelo chefe do poder executivo municipal8.
Compe-se, conforme prescreve a terceira diretriz da Resoluo n.
453, de 10 de maio de 2012:
8 Viana, Luiz Cludio. O papel dos conselhos municipais na gesto pblica [monografia];
orientadora, Maria Eliana Cristina Bar. - Florianpolis, SC, 2011. p. 26
501501
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm
a) 50% de entidades e movimentos representativos de usurios;
b) 25% de entidades representativas dos trabalhadores da rea de
Sade;
c) 25% de representao de governo e prestadores de servios
privados conveniados, ou sem fins lucrativos.
O Conselho Municipal de Sade tem as competncias elencadas pela
quinta diretriz da Resoluo n. 453/2012:
Quinta Diretriz: aos Conselhos de Sade Nacional,
Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, que tm
competncias definidas nas leis federais, bem como em
indicaes advindas das Conferncias de Sade, compete:
I - fortalecer a participao e o Controle Social no SUS,
mobilizar e articular a sociedade de forma permanente na
defesa dos princpios constitucionais que fundamentam o
SUS;
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras
normas de funcionamento;
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de
operacionalizao das diretrizes aprovadas pelas
Conferncias de Sade;
IV - atuar na formulao e no controle da execuo da
poltica de sade, incluindo os seus aspectos econmicos
e financeiros, e propor estratgias para a sua aplicao
aos setores pblico e privado;
V - definir diretrizes para elaborao dos planos de sade
e deliberar sobre o seu contedo, conforme as diversas
situaes epidemiolgicas e a capacidade organizacional
dos servios;
VI - anualmente deliberar sobre a aprovao ou no do
relatrio de gesto;
VII - estabelecer estratgias e procedimentos de
acompanhamento da gesto do SUS, articulando-se com
os demais colegiados, a exemplo dos de seguridade
social, meio ambiente, justia, educao, trabalho,
agricultura, idosos, criana e adolescente e outros;
VIII - proceder reviso peridica dos planos de sade;
IX - deliberar sobre os programas de sade e aprovar
projetos a serem encaminhados ao Poder Legislativo,
propor a adoo de critrios definidores de qualidade e
resolutividade, atualizando-os face ao processo de
incorporao dos avanos cientficos e tecnolgicos na
rea da Sade;
502502
X - avaliar, explicitando os critrios utilizados, a
organizao e o funcionamento do Sistema nico de
Sade do SUS;
XI - avaliar e deliberar sobre contratos, consrcios e
convnios, conforme as diretrizes dos Planos de Sade
Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipais;
XII - acompanhar e controlar a atuao do setor privado
credenciado mediante contrato ou convnio na rea de
sade;
XIII - aprovar a proposta oramentria anual da sade,
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei
de Diretrizes Oramentrias, observado o princpio do
processo de planejamento e oramento ascendentes,
conforme legislao vigente;
XIV - propor critrios para programao e execuo
financeira e oramentria dos Fundos de Sade e
acompanhar a movimentao e destino dos recursos;
XV - fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre critrios
de movimentao de recursos da Sade, incluindo o
Fundo de Sade e os recursos transferidos e prprios do
Municpio, Estado, Distrito Federal e da Unio, com base
no que a lei disciplina;
XVI - analisar, discutir e aprovar o relatrio de gesto, com
a prestao de contas e informaes financeiras,
repassadas em tempo hbil aos conselheiros, e garantia
do devido assessoramento;
XVII - fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das
aes e dos servios de sade e encaminhar denncias
aos respectivos rgos de controle interno e externo,
conforme legislao vigente;
XVIII - examinar propostas e denncias de indcios de
irregularidades, responder no seu mbito a consultas sobre
assuntos pertinentes s aes e aos servios de sade,
bem como apreciar recursos a respeito de deliberaes do
Conselho nas suas respectivas instncias;
XIX - estabelecer a periodicidade de convocao e
organizar as Conferncias de Sade, propor sua
convocao ordinria ou extraordinria e estruturar a
comisso organizadora, submeter o respectivo regimento e
programa ao Pleno do Conselho de Sade
correspondente, convocar a sociedade para a participao
nas pr-conferncias e conferncias de sade;
XX - estimular articulao e intercmbio entre os
Conselhos de Sade, entidades, movimentos populares,
instituies pblicas e privadas para a promoo da
Sade;
503503
XXI - estimular, apoiar e promover estudos e pesquisas
sobre assuntos e temas na rea de sade pertinente ao
desenvolvimento do Sistema nico de Sade (SUS);
XXII - acompanhar o processo de desenvolvimento e
incorporao cientfica e tecnolgica, observados os
padres ticos compatveis com o desenvolvimento
sociocultural do Pas;
XXIII - estabelecer aes de informao, educao e
comunicao em sade, divulgar as funes e
competncias do Conselho de Sade, seus trabalhos e
decises nos meios de comunicao, incluindo
informaes sobre as agendas, datas e local das reunies
e dos eventos;
XXIV - deliberar, elaborar, apoiar e promover a educao
permanente para o controle social, de acordo com as
Diretrizes e a Poltica Nacional de Educao Permanente
para o Controle Social do SUS;
XXV - incrementar e aperfeioar o relacionamento
sistemtico com os poderes constitudos, Ministrio
Pblico, Judicirio e Legislativo, meios de comunicao,
bem como setores relevantes no representados nos
conselhos;
XXVI - acompanhar a aplicao das normas sobre tica
em pesquisas aprovadas pelo CNS;
XXVII - deliberar, encaminhar e avaliar a Poltica de
Gesto do Trabalho e Educao para a Sade no SUS;
XXVIII - acompanhar a implementao das propostas
constantes do relatrio das plenrias dos Conselhos de
Sade; e
XXIX - atualizar periodicamente as informaes sobre o
Conselho de Sade no Sistema de Acompanhamento dos
Conselhos de Sade (SIACS).
Salienta-se que os membros do Conselho no so remunerados e
suas funes so consideradas de relevncia pblica. Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados
encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, a anlise do Parecer do
Conselho Municipal de Sade indica que as contas foram aprovadas (fls.
407/408).
504504
6.3. Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do
Adolescente
A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do
Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma
srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:
dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.
Nessa linha foi promulgada a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,
que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e trata sobre a
proteo integral desses.
A referida Lei prev em seu artigo 88, incisos II e IV, a criao do
Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente e a manuteno
de fundo especial, respectivamente. Esse fundo, no caso dos Municpios, deve
ser criado por lei municipal, obedecendo ao disposto no artigo 167, IX da
Constituio Federal e artigo 74 da Lei n 4.320/64.
O Conselho Municipal da Criana e do Adolescente rgo deliberativo e controlador das aes relacionadas poltica de atendimento dos direitos da criana e do adolescente (fl. 413).
6.4. Conselho Municipal de Assistncia Social (CMAS)
O Conselho Municipal de Assistncia Social est previsto no art. 16,
inciso IV da Lei Federal n. 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Citado rgo tem a competncia de acompanhar a execuo da
poltica de assistncia social, e seus membros no so remunerados. No entanto, conforme pargrafo nico do art. 16 da Lei n. 8.742/93 as despesas referentes a passagens e dirias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estiverem no exerccio de suas atribuies devem ser custeadas pelo rgo gestor da Assistncia Social.
Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados
encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, a anlise do Parecer do
Conselho Municipal de Assistncia Social indica que as contas foram aprovadas
(fl. 409).
505505
6.5. Conselho Municipal de Alimentao Escolar (CMAE)
O Conselho Municipal de Alimentao Escolar est previsto no artigo
18 da Lei Federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009:
Art. 18. Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de suas respectivas jurisdies administrativas, Conselhos de Alimentao Escolar - CAE, rgos colegiados de carter fiscalizador, permanente, deliberativo e de assessoramento, compostos da seguinte forma:
I - 1 (um) representante indicado pelo Poder Executivo do respectivo ente federado;
II - 2 (dois) representantes das entidades de trabalhadores da educao e de discentes, indicados pelo respectivo rgo de representao, a serem escolhidos por meio de assembleia especfica;
III - 2 (dois) representantes de pais de alunos, indicados pelos Conselhos Escolares, Associaes de Pais e Mestres ou entidades similares, escolhidos por meio de assembleia especfica;
IV - 2 (dois) representantes indicados por entidades civis organizadas, escolhidos em assembleia especfica.
1o Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero, a seu critrio, ampliar a composio dos membros do CAE, desde que obedecida a proporcionalidade definida nos incisos deste artigo.
2o Cada membro titular do CAE ter 1 (um) suplente do mesmo segmento representado.
3o Os membros tero mandato de 4 (quatro) anos, podendo ser reconduzidos de acordo com a indicao dos seus respectivos segmentos.
4o A presidncia e a vice-presidncia do CAE somente podero ser exercidas pelos representantes indicados nos incisos II, III e IV deste artigo.
5o O exerccio do mandato de conselheiros do CAE considerado servio pblico relevante, no remunerado.
6o Caber aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios informar ao FNDE a composio do seu respectivo CAE, na forma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.
506506
A sua atuao est prevista no artigo 19 da citada lei:
Art. 19. Compete ao CAE:
I - acompanhar e fiscalizar o cumprimento das diretrizes estabelecidas na forma do art. 2o desta Lei;
II - acompanhar e fiscalizar a aplicao dos recursos destinados alimentao escolar;
III - zelar pela qualidade dos alimentos, em especial quanto s condies higinicas, bem como a aceitabilidade dos cardpios oferecidos;
IV - receber o relatrio anual de gesto do PNAE e emitir parecer conclusivo a respeito, aprovando ou reprovando a execuo do Programa.
Pargrafo nico. Os CAEs podero desenvolver suas atribuies em regime de cooperao com os Conselhos de Segurana Alimentar e Nutricional estaduais e municipais e demais conselhos afins, e devero observar as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional - CONSEA.
Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados
encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, a anlise do Parecer do
Conselho Municipal de Alimentao Escolar indica que as contas foram
aprovadas (fls. 410/411).
6.6. Conselho Municipal do Idoso (ou da Pessoa Idosa ou dos
Direitos da Pessoa Idosa)
O Conselho Municipal do Idoso est previsto no artigo 6 da Lei Federal n. 8.842, de 04 de janeiro de 1994.
Suas competncias esto previstas no artigo 7 da mesma lei, na
redao dada pela Lei n. 10.741/2003:
Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito
Federal e Municipais do Idoso, previstos na Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelaro pelo cumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.
Conforme consta do processo eletrnico gerado atravs dos dados
encaminhados pelo Municpio de Balnerio Cambori, a anlise do Parecer do
Conselho Municipal do Idoso indica que as contas foram aprovadas (fl. 412).
507507
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htm
7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E
DO DECRETO FEDERAL N 7.185/2010
A transparncia da gesto fiscal, entendida como a produo e
divulgao sistemtica de informaes, um dos pilares em que se assenta a
Lei Complementar n 101/2000.
Para assegurar essa transparncia a Lei Complementar n 131/2009
acrescentou dispositivos a referida Lei a fim de determinar a disponibilizao, em
tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e
financeira, referentes receita e despesa, da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios, bem como definiu prazos para a implantao.
O artigo 48, pargrafo nico, da Lei Complementar n 101/2000
alterado pela Lei Complementar n 131/2009, assim determina:
Art. 48. [...]
Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante:
I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;
II liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico;
III adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio e ao disposto no art. 48-A.
Os contedos das informaes sobre a execuo oramentria e
financeira, liberados em meios eletrnicos de acesso pblico, so definidos no
artigo 48-A, I e II, da Lei Complementar n 101/2000 includo pela Lei
Complementar n 131/2009, a saber:
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 48, os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes referentes a:
I quanto despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado;
II quanto receita: o lanamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios.
Quanto aos prazos para o cumprimento das determinaes dispostas
nos referidos artigos a Lei Complementar n 131/2009 estabeleceu:
508508
Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinaes dispostas nos incisos II e III do pargrafo nico do art. 48 e do art. 48-A:
I 1 (um) ano para a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes;
II 2 (dois) anos para os Municpios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes;
III 4 (quatro) anos para os Municpios que tenham at 50.000 (cinquenta mil) habitantes.
Pargrafo nico. Os prazos estabelecidos neste artigo sero contados a partir da data de publicao da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.
O sistema integrado de administrao financeira e controle
SISTEMA mencionado no inciso III do pargrafo nico do artigo 48 da Lei
Complementar n 101/2000 alterado pela Lei Complementar n 131/2009, foi
regulamentado por meio do Decreto Federal n 7.185/2010, que em seu artigo 1
assim determina:
Art. 1 A transparncia da gesto fiscal dos entes da Federao referidos no art. 1, 3, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, ser assegurada mediante a observncia do disposto no art. 48, pargrafo nico, da referida Lei e das normas estabelecidas neste Decreto.
Dessa forma, o referido Decreto tambm estabeleceu requisitos com
padro mnimo de qu