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Prestação de Contas de Prefeito Município de Rio Negrinho exercício de 2012 - Reinstrução 1 PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2012 Município de Rio Negrinho Data de Fundação – 24/04/1880 População: 40.169 habitantes (IBGE - 2012) PIB: 578,63 (em milhões) (IBGE - 2010) 439

PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO EXERCÍCIO DE 2012consulta.tce.sc.gov.br/RelatoriosDecisao/RelatorioTecnico/3944762.pdf · PROCESSO PCP 13/00310976 ... cabe destacar que nas perguntas

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  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 1

    PRESTAO DE CONTAS DO PREFEITO

    EXERCCIO DE 2012

    Municpio de Rio Negrinho

    Data de Fundao 24/04/1880

    Populao: 40.169 habitantes (IBGE - 2012)

    PIB: 578,63 (em milhes)

    (IBGE - 2010)

    439

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 2

    S U M R I O

    INTRODUO ...................................................................................................... 4

    1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL ............................................. 5

    1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR (RELATRIO N

    2030/2013) ............................................................................................................ 6

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................. 17

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ..................................................... 19

    3.1. Apurao do resultado oramentrio ..................................................................... 19

    3.2. Anlise do resultado oramentrio ......................................................................... 20

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ...................................................... 21

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 29

    4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 29

    4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 31

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 32

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 35

    5.1. Sade ....................................................................................................................... 35

    5.2. Ensino ...................................................................................................................... 37

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 37

    5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 39

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 42

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 42

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 44

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 45

    6. DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO

    ADOLESCENTE - FIA ......................................................................................... 47

    7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO

    DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 49

    ............................................................................................................................ 51

    8. DO CUMPRIMENTO DO ARTIGO 42 DA LEI DE RESPONSABILIDADE

    FISCAL - LRF ...................................................................................................... 51

    9. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 54

    10. SNTESE DO EXERCCIO DE 2012 ............................................................. 57

    CONCLUSO ..................................................................................................... 58

    ANEXO ............................................................................................................... 61

    APNDICE .......................................................................................................... 63

    440

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 3

    PROCESSO PCP 13/00310976

    UNIDADE Municpio de Rio Negrinho

    RESPONSVEL Sr. Osni Jos Schroeder - Prefeito Municipal

    ASSUNTO Prestao de Contas do Prefeito referente ao ano de 2012 - Reinstruo

    RELATRIO N 5127/2013

    INTRODUO

    O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas

    competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo

    31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes

    nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n

    202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de Rio

    Negrinho, relativas ao exerccio de 2012.

    O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio

    financeiro de 2012 e as informaes dos registros contbeis e de execuo

    oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados

    alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos

    artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94 e artigo 22 da Instruo Normativa n

    TC-02/2001, bem como o artigo 3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.

    A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,

    Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame

    de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais

    auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar

    processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de

    Contas.

    No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram

    abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado

    financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos

    resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.

    Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio

    corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Rio Negrinho,

    sendo que as mdias apresentadas foram geradas em 24/11/2013.

    Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base

    os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de

    forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,

    441

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 4

    atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais

    estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.

    1.1. MANIFESTAO DO PREFEITO MUNICIPAL

    Procedido o exame das contas do exerccio de 2012 do Municpio, foi

    emitido o Relatrio n 2030/2013, integrante do Processo PCP 13/00310976.

    Referido Processo foi tramitado ao Exmo. Auditor Relator, que decidiu

    devolver DMU para que esta encaminhasse ao Responsvel poca, Sr. Osni

    Jos Schroeder - Prefeito Municipal, no sentido de manifestar-se sobre as

    restries contidas no Relatrio n 2030/2013, em observncia ao disposto no

    art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do Regimento Interno, o

    que foi efetuado atravs do Ofcio TCE/DMU n 16.186/2013, de 14/10/2013.

    Conforme solicitao do Exmo. Auditor Relator, o Prefeito Municipal,

    pelo Ofcio s/n de 04/11/2013, apresentou alegaes de defesa assim como

    remeteu documentos sobre as restries contidas no aludido Relatrio, estando

    anexadas s folhas 411 a 438 dos autos.

    Assim, retornaram os autos a esta Diretoria para a devida reinstruo.

    1.2. RESTRIES APURADAS NA ANLISE PRELIMINAR

    (RELATRIO N 2030/2013)

    1.2.1 RESTRIES DE ORDEM LEGAL

    1.2.1.1 Obrigaes de despesas liquidadas at 31 de dezembro de 2012 contradas pelo Poder Executivo sem a correspondente disponibilidade de caixa de RECURSOS ORDINRIOS e RECURSOS VINCULADOS para o pagamento das obrigaes, deixando a descoberto DESPESAS ORDINRIAS no montante de R$ 3.777.435,47 e DESPESAS VINCULADAS s Fontes de Recursos (FR 3 - R$ 712,87; FR 17 - R$ 23.976,80; FR 47 - R$ 21.159,45; FR 48 - R$ 21.065,37; FR 54 - R$ 41.855,78; FR 56 - R$ 118.623,30; FR 58 - R$ 48.329,90; FR 61 - R$ 12.493,38; FR 64 - R$ 1.426.010,58; FR 83 - R$ 181.967,18 e FR 89 - R$ 470.633,42), no montante de R$ 2.366.828,03, evidenciando o descumprimento do artigo 42 da Lei Complementar n 101/2000. (Captulo 8). (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    442

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 5

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    Em sua manifestao, o Responsvel, apresenta a situao do Municpio de Rio Negrinho, o qual, desde 2007, vem sofrendo intensamente a crise econmica. Isto decorre principalmente da queda do dlar vivenciada nos ltimos anos visto que, por ser um Municpio com caractersticas de exportador de madeira e mveis, teve sua receita bastante afetada, tanto pela queda de arrecadao como pelo fechamento de diversas empresas.

    Este cenrio causou uma taxa de desemprego alta, fazendo com que a populao buscasse mais os servios pblicos, tanto atravs da solicitao de cestas bsicas, como vagas em creches e escolas municipais. A sade foi outro setor que teve um grande aumento de demanda.

    Toda esta situao teve reflexo nos anos que se seguiram, afetando, tambm, o exerccio de 2012. Assim, a necessidade do setor pblico atender s solicitaes da populao, juntamente com uma queda na arrecadao foi determinante para assuno de obrigaes acima das disponibilidades financeiras. No que pese os argumentos do responsvel sobre a queda da movimentao econmica do municpio, o descumprindo ao artigo 42 da LRF de fato ocorreu, motivo pelo qual, mantm-se a restrio.

    1.2.1.2 Dficit de execuo oramentria do Municpio (Consolidado)

    da ordem de R$ 5.833.342,38, representando 6,56% da

    receita arrecadada do Municpio no exerccio em exame,

    resultante da excluso do supervit oramentrio do Instituto

    de Previdncia (R$ 11.562.808,19), em desacordo ao artigo

    48, b da Lei n 4.320/64 e artigo 1, 1, da Lei

    Complementar n 101/2000 LRF (item 3.1).

    (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    443

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 6

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    As justificativas do Responsvel acerca da ocorrncia de Dficit Oramentrio baseiam-se na crise histrica que o Municpio vivenciou entre os anos de 2007 e 2012. Salienta tambm, que a legislao possibilita a ocorrncia de pequeno desequilbrio financeiro, o que seria plenamente justificado pela situao vivenciada por Rio Negrinho.

    Registra-se, conforme j apontado na restrio, que o presente dficit oramentrio representa 6,56% da receita arrecadada do Municpio no exerccio em exame. Entretanto, importante salientar que cabe a rea tcnica deste Tribunal fazer a verificao dos cumprimentos da legislao pertinente, no cabendo, desta forma, ponderaes subjetivas.

    Pelo exposto, permanece inalterada a presente restrio.

    1.2.1.3 Dficit financeiro do Municpio (Consolidado) da ordem de R$

    9.692.744,71, resultante do dficit financeiro remanescente do

    exerccio anterior, correspondendo a 10,90% da Receita

    Arrecadada do Municpio no exerccio em exame (R$

    88.960.742,24), em desacordo ao artigo 48, b da Lei n

    4.320/64 e artigo 1 da Lei Complementar n 101/2000 LRF

    (item 4.2).

    (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel manifesta-se nos mesmos termos do item 1.2.1.2, referente ao Dficit Oramentrio.

    Desta forma, mantm-se o apontamento em virtude da efetiva ocorrncia de Dficit Financeiro no exerccio de 2012, sendo que o mesmo resultante do dficit financeiro remanescente do exerccio anterior, aumentado pelo resultado oramentrio deficitrio do exerccio em anlise.

    444

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 7

    1.2.1.4 Despesas com Manuteno e Desenvolvimento da educao

    bsica no valor de R$ 17.448.019,06, equivalendo a 94,51%

    (menos que 95%) dos recursos do FUNDEB, gerando

    aplicao a menor no valor de R$ 90.421,98, em

    descumprimento ao artigo 21 da Lei n 11.494/2007 (item

    5.2.2, limite 2).

    (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel questiona a excluso de despesas relacionadas a ginsio, bem como aquelas referentes aula de teatro do montante gasto de recursos do FUNDEB.

    Importante destacar que as despesas com ginsios de esporte somente so computadas como aplicao em educao se de uso exclusivo das escolas municipais, no sendo possvel seu pagamento com recursos do FUNDEB, nem constar do cmputo das despesas com educao se o ginsio a que se referem as despesas seja o ginsio municipal, de uso de toda a populao. Desta forma, em virtude da alegao do Responsvel de que os ginsios em questo so anexos s Unidades Escolares, sendo os mesmos utilizados para a prtica da Educao Fsica curricular, reconsidera-se o valor de R$ 56.757,36.

    Relativamente s despesas realizadas com aulas de teatro, cabe destacar que nas perguntas e resposta acerca da utilizao dos recursos do FUNDEB, no site do FNDE, consta que possvel o custeio de aulas de dana, lngua estrangeira, informtica, jogos, artes plsticas, canto e msica, bem como apresentaes teatrais desde que essas aulas "integrem as atividades escolares, desenvolvidas de acordo com as diretrizes e parmetros curriculares do respectivo sistema de ensino e com as propostas poltico pedaggicas das escolas, como parte de um conjunto de aes educativas que compem o processo ensino-aprendizagem, trabalhado no interior dessas escolas, na perspectiva da consecuo dos objetivos das instituies educacionais que oferecem a educao bsica, na forma preconizada no caput do art. 70 da Lei 9.394/96 - LDB".

    Assim, em consonncia com o entendimento esposado, reconsidera-se o valor de R$ 66.375,00.

    445

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 8

    Por todo exposto, apresenta-se novo clculo da aplicao dos recursos provenientes do FUNDEB no exerccio de 2012, onde, sendo cumprido o mnimo legal, desconsidera-se a presente restrio.

    1.2.1.5 Divergncia, no valor de R$ 35.496,64, entre as

    Transferncias Financeiras Recebidas (R$ 22.254.291,79) e

    as Transferncias Financeiras Concedidas (R$

    22.289.788,43), evidenciadas no Balano Financeiro Anexo

    13 da Lei n 4.320/64, caracterizando afronta ao artigo 85 da

    referida Lei (fl. 202 dos autos).

    (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel alega que a divergncia apontada no tocante aos valores das Transferncias Financeiras Recebidas e Concedidas se refere movimentao de recursos repassados e devolvidos entre a Prefeitura e o SAMAE.

    Assim, a operacionalizao do registro contbil desta movimentao deu-se de forma imprpria, visto que, por tratar-se de Balano Consolidado, os valores das Transferncias Financeiras Concedidas devem ser os mesmos das Transferncias Financeiras Recebidas. Ou seja, na consolidao dos valores, obrigatoriamente os mesmos devem se equivaler. Pelo exposto, mantm-se a restrio.

    1.2.1.6 Divergncia, no valor de R$ 4.924,40, entre o Resultado

    Patrimonial apurado na Demonstrao das Variaes

    Patrimoniais Anexo 15 (R$ 23.352.740,96) e o Saldo

    Patrimonial do exerccio corrente, apurado no Balano

    Patrimonial Anexo 14, (R$ 94.539.729,78), deduzido o

    Saldo Patrimonial do exerccio anterior (R$ 71.191.913,22),

    em afronta aos artigos 104 e 105 da Lei n 4.320/64 (fls. 203 a

    208 dos autos).

    (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    446

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 9

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel salienta que a divergncia em tela se refere a problemas nos registros de Restos a Pagar do Poder Legislativo. Tal fato decorreu pela utilizao pela Cmara de sistema de contabilidade diferente do utilizado pela Prefeitura.

    Destaca, entretanto, que a divergncia j foi sanada no exerccio de 2013.

    Todavia, apesar das justificativas, a restrio se mantm em virtude da efetiva divergncia no exerccio em anlise.

    1.2.1.7 Divergncia, no valor de R$ 40.501,04, apurada entre a

    variao do saldo patrimonial financeiro (R$ 5.666.396,53) e o

    resultado da execuo oramentria Dficit (R$

    5.833.342,38), considerando o cancelamento de restos a

    pagar de R$ 207.446,89, em afronta ao artigo 102 da Lei n

    4.320/64 (Item 3.1).

    (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel pondera que a presente divergncia decorre de lanamentos realizados em 2010. Salienta que sero tomadas providncias para regularizao do mesmo.

    Apesar das justificativas, pela efetiva divergncia no exerccio em anlise, mantm-se a restrio.

    1.2.1.8 Divergncia, no valor de R$ 867.980,83, entre o saldo da

    Dvida Ativa apurada a partir da Demonstrao das Variaes

    Patrimoniais Anexo 15 (R$ 18.932.456,89) e o constante do

    447

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 10

    Balano Patrimonial Anexo 14 da Lei n 4.320/64 (R$

    19.800.437,72), caracterizando afronta aos artigos 85 e 105

    da referida Lei (fls. 203 a 208 dos autos).

    (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    Da mesma forma apresentada no item 1.2.1.7, o Responsvel pondera que a presente divergncia decorre de lanamentos realizados em 2010. Salienta que sero tomadas providncias para regularizao do mesmo.

    Apesar das justificativas, pela efetiva divergncia no exerccio em anlise, mantm-se a restrio.

    1.2.1.9 Divergncia, no valor de R$ 884.672,34, entre o saldo financeiro dos recursos do Fundeb registrado em conta especfica em 31/12/2012 aps ajuste (R$ 67.312,93), e o saldo apurado pela diferena dos valores recebidos e os valores pagos em 2012 (R$ 951.985,27), em desacordo ao artigo 2 da Lei 11.494/2007 (Quadro 16A). (Relatrio n 2030/2013, de Prestao de Contas do Prefeito, Anlise Preliminar)

    Manifestao da Unidade:

    As manifestaes do Responsvel encontram-se s fls. 411 a 438.

    Consideraes da Anlise Tcnica:

    O Responsvel destaca que a divergncia dos valores do FUNDEB presentes na restrio em tela, se referem municipalizao da Escola Estadual Aurora Siqueira. Salienta que no foram repassados pelo Estado todos os recursos previstos para 2012.

    Todavia, importante salientar que os recursos do FUNDEB repassados pelo Estado, com fundamento no Decreto n 502/2011 deveriam estar contabilizados separadamente, na Fonte de Recursos 22.

    Assim, em virtude da efetiva divergncia constatada no exerccio de 2012, mantm-se a restrio.

    448

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 11

    luz das ponderaes de ordem tcnica referentes s justificativas

    apresentadas pelo responsvel, por ventura do cumprimento das disposies

    contidas no art. 52 da Lei Complementar n 202/2000 e art. 57, 3 do

    Regimento Interno, conforme consta do item 1.2, as contas relativas ao exerccio

    de 2012 passam a apresentar os seguintes dados:

    2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1

    Rio Negrinho, como todas as cidades do Planalto Norte Catarinense,

    recebeu seus primeiros colonizadores a partir de 1858, com o incio da

    construo da Estrada Dona Francisca, inaugurada em 1880. Povoada por

    alemes, portugueses, poloneses e italianos, desenvolveu-se efetivamente a

    partir de 1913, com a inaugurao da estao ferroviria e da estrada-de-ferro,

    que ainda hoje utilizada, tambm para fins tursticos. Tornou-se distrito em

    1925 e municpio em 1953, desmembrando-se de So Bento do Sul. Teve

    impulsionado seu progresso e da regio, com a maior fbrica de mveis da

    Amrica latina da dcada de 20 de 70, ento extinta Mveis Cimo S/A.

    O Municpio de Rio Negrinho tem uma populao estimada em

    40.1692 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,743. O Produto

    Interno Bruto alcanava o valor de R$ 578.627.646,004, revelando um PIB per

    capita poca de R$ 14.520,51, considerando uma populao estimada em

    2010 de 39.849 habitantes.

    1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo 2 IBGE - 2012 3 PNUD - 2010 4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2010

    449

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 12

    Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB

    Fonte: IBGE 2009

    No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo

    IDH/PNUD/2010, o Municpio de Rio Negrinho encontra-se na seguinte situao:

    Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH

    Fonte: PNUD 2010

    0,00

    500.000.000,00

    1.000.000.000,00

    1.500.000.000,00

    2.000.000.000,00

    2.500.000.000,00

    3.000.000.000,00

    Mdia AMUNESC MUNICPIO

    2.904.301.239,00

    578.627.646,00

    PIB EM REAIS

    0,72

    0,72

    0,73

    0,73

    0,74

    0,74

    0,75

    0,75

    0,76

    BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMUNESC MUNICPIO

    0,727

    0,744

    0,750

    0,740

    450

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 13

    3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA

    A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:

    demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,

    com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder

    Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do

    resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo

    das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a

    evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida

    ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as

    transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.

    Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao

    exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da

    receita e despesa inicialmente oradas:

    Quadro 01 Leis Oramentrias

    LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA

    94.363.275,00 PPA 2090 27/04/2009

    LDO 2384/11 01/07/2011 DESPESA FIXADA

    94.363.275,00 LOA 2412/11 24/10/2011

    3.1. Apurao do resultado oramentrio

    O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou

    no Supervit de execuo oramentria da ordem de R$ 5.729.465,81,

    correspondendo a 5,54% da receita arrecadada.

    Salienta-se que o resultado consolidado, Supervit de R$

    5.729.465,81, composto pelo resultado do Oramento Centralizado - Prefeitura

    Municipal, Dficit de R$ 3.737.232,01 e do conjunto do Oramento das demais

    Unidades Municipais Supervit de R$ 9.466.697,82.

    Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de

    Previdncia do Servidor, o Municpio apresentou Dficit de R$ 5.833.342,38.

    Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,

    sinteticamente, da seguinte forma:

    451

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 14

    Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2012

    Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado

    RECEITA 94.363.275,00 103.350.933,82 109,52

    DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)

    120.075.008,33 97.621.468,01 81,30

    Supervit de Execuo Oramentria 5.729.465,81

    Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS

    Supervit Consolidado Ajustado

    Supervit do RPPS Dficit excludo RPPS

    RECEITA 103.350.933,82 14.390.191,58 88.960.742,24

    DESPESA 97.621.468,01 2.827.383,39 94.794.084,62

    Resultado de Execuo Oramentria

    5.729.465,81 11.562.808,19 5.833.342,38

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: Para a divergncia entre a variao do patrimnio financeiro ajustado sem RPPS e o resultado da execuo oramentria ajustada sem RPPS, vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste Relatrio. Obs.: A receita no montante de R$ 14.390.191,58, assim como a despesa no montante de R$

    2.827.383,39, consideradas as Transferncias Financeiras, se referem exclusivamente ao RPPS.

    3.2. Anlise do resultado oramentrio

    A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o

    uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes

    contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios

    e Municpios distintos.

    A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de

    Resultado Oramentrio do Municpio de Rio Negrinho nos ltimos 5 anos:

    Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Excludo RPPS 2008-2012

    ITENS / ANO 2008 2009 2010 2011 2012 1 Receita realizada 59.333.946,00 61.833.223,34 69.444.173,86 70.154.248,93 88.960.742,24

    2 Despesa executada 59.147.088,48 61.807.178,39 69.180.805,28 76.847.425,39 94.794.084,62

    QUOCIENTE 2008 2009 2010 2011 2012 Resultado Oramentrio (12) 1,00 1,00 1,00 0,91 0,94

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    452

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 15

    O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente

    entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador

    for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio

    (receitas superiores s despesas).

    Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias

    Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no

    exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo

    Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder

    Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.

    No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida

    como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.

    A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$

    103.350.933,82, equivalendo a 109,52% da receita orada.

    As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os

    arrecadados so assim demonstrados:

    1,00 1,00 1,00

    0,91

    0,94

    0,84

    0,86

    0,88

    0,90

    0,92

    0,94

    0,96

    0,98

    1,00

    1,02

    1,04

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios

    453

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 16

    Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2012

    RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %

    ARRECADADO

    Receita Tributria 9.840.000,00 8.075.434,05 82,07

    Receita de Contribuies 2.752.000,00 3.778.084,32 137,29

    Receita Patrimonial 3.521.300,00 8.541.354,16 242,56

    Receita de Servios 5.460.000,00 5.655.623,19 103,58

    Transferncias Correntes 59.211.615,00 56.584.191,13 95,56

    Outras Receitas Correntes 4.511.000,00 1.818.819,13 40,32

    Receitas Correntes Intra-Oramentrias 4.627.000,00 4.074.023,20 88,05

    RECEITA CORRENTE 89.922.915,00 88.527.529,18 98,45

    Operaes de Crdito 1.650.000,00 3.127.690,63 189,56

    Alienao de Bens 325.000,00 120.958,02 37,22

    Transferncias de Capital 2.465.360,00 11.574.755,99 469,50

    RECEITA DE CAPITAL 4.440.360,00 14.823.404,64 333,83

    TOTAL DA RECEITA 94.363.275,00 103.350.933,82 109,52 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral

    consolidado.

    Grfico 05 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2012

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Tributria 7,81%

    Contribuies 3,66%

    Patrimonial8,26%

    Servios 5,47%

    Transferncia Corrente54,75%

    Outras Correntes 1,76%Correntes

    Intra-Oramentrias

    3,94%

    Operaes de Crdito3,03%

    Alienao de Bens 0,12%

    Transferncias de Capital 11,20%

    454

    mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11582]
  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 17

    O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com

    o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,

    54,75%, est concentrada nas transferncias correntes.

    Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita

    oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue

    mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes

    do Municpio.

    Grfico 06 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s

    receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria

    estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU

    arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.

    9,179,74 9,43 9,85 9,56

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    18,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios

    455

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 18

    Grfico 07 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.

    A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em

    anlise:

    Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2012

    Saldo

    Anterior Inscrio

    Atualizao,

    juros e multa

    Proviso

    (lquida) Recebimento

    Outras

    Baixas

    Saldo

    Final

    19.798.862,57 0,00 0,00 0,00 861.776,56 4.629,12 18.932.456,89

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados.

    Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa

    ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de

    dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:

    30,27 30,8738,48 38,86

    44,07

    0,00

    20,00

    40,00

    60,00

    80,00

    100,00

    120,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios

    456

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 19

    Grfico 08 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas

    (incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-

    se a demonstrao do prximo quadro:

    Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2012

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    01-Legislativa 1.920.000,00 1.404.151,80 73,13

    02-Judiciria 275.000,00 228.171,68 82,97

    04-Administrao 16.561.236,87 14.052.687,85 84,85

    06-Segurana Pblica 694.626,35 355.064,46 51,12

    08-Assistncia Social 2.866.450,05 2.126.984,74 74,20

    09-Previdncia Social 895.000,00 437.947,50 48,93

    10-Sade 21.964.717,01 20.426.701,89 93,00

    12-Educao 29.505.507,89 27.221.688,80 92,26

    13-Cultura 1.881.000,00 1.573.717,47 83,66

    15-Urbanismo 4.773.000,00 4.011.212,68 84,04

    16-Habitao 4.454.811,81 2.749.056,81 61,71

    17-Saneamento 15.126.224,91 12.974.529,46 85,78

    18-Gesto Ambiental 175.000,00 - -

    20-Agricultura 1.127.100,00 920.406,12 81,66

    23-Comrcio e Servios 625.100,00 26.751,08 4,28

    28,32

    20,81

    9,37

    5,424,35

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios

    457

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 20

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO

    24-Comunicaes 170.500,00 163.273,24 95,76

    26-Transporte 10.025.733,44 8.320.728,52 82,99

    27-Desporto e Lazer 984.000,00 628.393,91 63,86

    99-Reserva de Contingncia 6.050.000,00 - -

    TOTAL DA DESPESA 120.075.008,33 97.621.468,01 81,30

    Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano

    Geral consolidado.

    A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se

    importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo

    identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao

    deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.

    O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas

    autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma

    representao grfica do Quadro anterior.

    Grfico 09 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2012

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    A evoluo das despesas executadas por funo de governo est

    demonstrada no quadro a seguir:

    73,1382,9784,8551,1274,2048,9393,0092,2683,6684,0461,7185,780,0081,664,2895,7682,9963,86

    0,00 10.000.000,0020.000.000,0030.000.000,0040.000.000,00

    01-Legislativa02-Judiciria

    04-Administrao06-Segurana Pblica08-Assistncia Social

    09-Previdncia Social10-Sade

    12-Educao13-Cultura

    15-Urbanismo16-Habitao

    17-Saneamento18-Gesto Ambiental

    20-Agricultura23-Comrcio e Servios

    24-Comunicaes26-Transporte

    27-Desporto e Lazer99-Reserva de Contingncia

    AUTORIZAO

    EXECUO

    458

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 21

    Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2008 2012

    DESPESA POR FUNO DE GOVERNO

    2008 2009 2010 2011 2012

    01-Legislativa 805.721,84 1.007.728,99 1.220.178,90 1.470.792,96 1.404.151,80

    02-Judiciria 93.817,10 81.938,31 182.812,34 183.707,53 228.171,68

    04-Administrao 6.063.500,67 6.731.736,09 9.347.988,52 10.210.649,28 14.052.687,85

    06-Segurana Pblica 543.484,11 419.301,41 400.614,23 756.383,10 355.064,46

    08-Assistncia Social 1.291.353,56 1.202.625,67 1.379.284,01 1.503.184,85 2.126.984,74

    09-Previdncia Social 1.043.313,99 1.223.090,16 1.470.083,50 1.787.298,40 437.947,50

    10-Sade 13.509.636,38 13.795.814,06 16.363.942,16 18.072.850,98 20.426.701,89

    12-Educao 17.940.897,08 18.820.953,68 22.149.066,80 24.872.293,33 27.221.688,80

    13-Cultura 987.345,59 1.171.382,50 1.313.882,75 1.397.912,37 1.573.717,47

    15-Urbanismo 3.583.916,66 2.484.513,36 4.086.881,86 3.928.266,64 4.011.212,68

    16-Habitao 51.538,82 162.976,26 368.177,88 527.205,09 2.749.056,81

    17-Saneamento 8.107.061,38 8.500.088,15 5.899.924,58 6.850.582,35 12.974.529,46

    18-Gesto Ambiental 35.327,05 15.270,82 - - -

    20-Agricultura 589.830,75 432.154,67 1.030.991,64 767.965,12 920.406,12

    23-Comrcio e Servios 126.624,52 299.462,90 248.387,58 184.028,14 26.751,08

    24-Comunicaes - - 142.580,57 166.113,92 163.273,24

    26-Transporte 4.964.824,17 6.194.734,76 4.451.006,25 5.311.369,98 8.320.728,52

    27-Desporto e Lazer 452.208,80 486.496,76 595.085,21 644.119,75 628.393,91

    TOTAL DA DESPESA REALIZADA 60.190.402,47 63.030.268,55 70.650.888,78 78.634.723,79 97.621.468,01

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente

    de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.

    Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2012

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Imposto Predial e Territorial Urbano 1.770.240,33 4,46

    Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 3.041.469,67 7,66

    Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 1.445.887,16 3,64

    Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis

    391.984,85 0,99

    Cota do ICMS 14.415.817,35 36,29

    Cota-Parte do IPVA 2.921.556,61 7,35

    Cota-Parte do IPI sobre Exportao 241.167,62 0,61

    Cota-Parte do FPM 14.755.274,22 37,14

    Cota do ITR 127.790,00 0,32

    459

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 22

    RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)

    Valor (R$) %

    Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 73.469,70 0,18

    Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 389.605,95 0,98

    Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos

    150.823,00 0,38

    TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 39.725.086,46 100,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na

    gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos

    percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.

    Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),

    demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos

    percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de

    Responsabilidade Fiscal.

    Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2012

    DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)

    Receitas Correntes Arrecadadas 90.970.511,39

    (-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 6.517.005,41

    (-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia

    2.109.662,79

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 82.343.843,19

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

    A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a

    situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao

    existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao

    da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto

    prazo.

    460

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 23

    4.1. Situao Patrimonial

    A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:

    Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Rio Negrinho (em Reais): 2011 2012

    ATIVO 2011 2012

    PASSIVO 2011 2012

    Financeiro 49.924.545,45 62.096.073,37

    Disponvel 49.924.545,45 62.096.073,37

    Bancos Conta Movimento 2.299.833,65 2.032.697,22

    Bancos Conta Vinculada 2.982.607,45 2.787.678,50

    Investimentos do RPPS 46.357.283,62 58.846.855,57

    (-) Proviso para Perdas em Investimentos do RPPS

    1.715.179,27 1.571.157,92

    Financeiro 8.808.371,83 14.939.386,74

    Depsitos 1.004.255,17 1.234.458,52

    Consignaes 574.968,67 832.648,70

    Depsitos de Diversas Origens

    429.286,50 401.809,82

    Restos a Pagar 7.804.116,66 13.663.999,92

    Obrigaes a Pagar 7.804.116,66 13.663.999,92

    Servios da Dvida a Pagar - 40.928,30

    Operaes de Crdito em Liquidao

    - 40.928,30

    Permanente 80.516.430,19 102.243.373,47

    Crditos - 6.997.005,83

    Crditos a Receber - 6.997.005,83

    Bens e Valores em Circulao

    607.817,64 417.232,96

    Dvida Ativa 19.798.862,57 19.800.437,72

    Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Curto Prazo

    3.832.735,88 3.347.539,99

    Crditos em processo de Inscrio Dvida Ativa

    0,00 1.057.544,66

    Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Longo Prazo

    15.966.126,69 15.395.353,07

    Imobilizado 60.109.749,98 75.028.696,96

    Bens Mveis e Imveis 60.050.126,45 74.969.073,43

    Bens Imveis 44.574.803,39 58.625.466,71

    Bens Mveis 15.475.323,06 16.343.606,72

    Bens Intangveis 59.623,53 59.623,53

    Permanente 50.440.690,59 54.860.330,32

    Dvida Fundada 6.461.611,16 10.759.490,70

    Dbitos Consolidados 133.531,35 255.291,54

    Dvidas Renegociadas - 101.899,64

    Obrigaes a Pagar 133.531,35 153.391,90

    Diversos 43.845.548,08 43.845.548,08

    Provises Matemticas Previdencirias

    43.845.548,08 43.845.548,08

    DIVERSAS PROVISES 0,00 0,00

    Valores Pendentes a Longo Prazo

    0,00 0,00

    ATIVO REAL 130.440.975,64 164.339.446,84

    SALDO PATRIMONIAL 0,00 0,00

    PASSIVO REAL 59.249.062,42 69.799.717,06

    SALDO PATRIMONIAL 71.191.913,22 94.539.729,78

    Ativo Real Lquido 71.191.913,22 94.539.729,78

    TOTAL 130.440.975,64 164.339.446,84

    TOTAL 130.440.975,64 164.339.446,84

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado.

    Obs.: Com relao divergncia entre o resultado patrimonial apurada atravs do Anexo 15 e

    aquele obtido atravs do Anexo 14, vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do

    captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.

    461

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 24

    4.2. Anlise do resultado financeiro

    Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de

    anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a

    verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da

    situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos

    financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de

    pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.

    O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do

    exerccio encerrado resulta em Dficit Financeiro de R$ 9.692.744,71 e a sua

    correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos financeiros

    existentes, o Municpio possui R$ 3,01 de dvida de curto prazo.

    Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao negativa de R$

    5.666.396,53 passando de um Dficit de R$ 4.026.348,18 para um Dficit de R$

    9.692.744,71.

    Registre-se que a Prefeitura apresentou um Dficit de R$

    7.851.764,04.

    Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante

    o exerccio demonstrada no quadro seguinte:

    Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2011 - 2012

    Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao

    Ativo Financeiro 49.924.545,45 62.096.073,37 12.171.527,92

    Passivo Financeiro 8.808.371,83 14.939.386,74 6.131.014,91

    Saldo Patrimonial Financeiro 41.116.173,62 47.156.686,63 6.040.513,01

    Ativo Financeiro do RPPS 45.143.833,25 57.279.272,57 12.135.439,32

    Passivo Financeiro do RPPS 1.311,45 429.841,23 428.529,78

    Saldo Patrimonial Financeiro s/ -4.026.348,18 -9.692.744,71 -5.666.396,53 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.

    Obs.: O Ativo Financeiro no montante de R$ 57.279.272,57, assim como o Passivo Financeiro no

    montante de R$ 429.841,23, se referem exclusivamente ao RPPS.

    Obs.: Sobre a divergncia entre as Transferncias Financeiras Recebidas e as Concedidas, vide

    restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste

    Relatrio.

    Obs.: A divergncia entre a variao do Saldo Patrimonial Financeiro e o Resultado da Execuo

    Oramentria consta como restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo

    Restries Apuradas, deste Relatrio.

    Obs.: Vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo Restries

    Apuradas, deste Relatrio.

    462

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 25

    4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira

    A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou

    ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a

    partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes

    patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes

    contbeis.

    Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo

    patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no

    quadro a seguir, com a devida memria de clculo:

    Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2008 2012

    ITENS / ANO 2008 2009 2010 2011 2012

    1 Despesa Executada 60.190.402,47 63.030.268,55 70.650.888,78 78.634.723,79 97.621.468,01

    2 Restos a Pagar 1.783.031,04 4.751.372,32 4.491.376,86 7.804.116,66 13.663.999,92

    3 Ativo Financeiro Ajustado - Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    4.235.226,20 7.284.395,80 7.469.888,66 4.780.712,20 4.816.800,80

    4 Passivo Financeiro Ajustado Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor

    2.314.052,38 5.388.836,13 5.004.024,88 8.807.060,38 14.509.545,51

    5 Ativo Real 79.392.846,37 104.859.246,86 119.201.751,01 130.440.975,64 164.339.446,84

    6 Passivo Real 5.019.101,39 36.776.236,44 37.506.548,41 59.249.062,42 69.799.717,06

    QUOCIENTES 2008 2009 2010 2011 2012

    Resultado Patrimonial (56) 15,82 2,85 3,18 2,20 2,35

    Situao Financeira (34) 1,83 1,35 1,49 0,54 0,33

    Restos a Pagar (21)*100 2,96 7,54 6,36 9,92 14,00

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o

    Ativo Real e o Passivo Real.

    No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste

    quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas

    (curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.

    463

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 26

    Grfico 10 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2012 o

    Ativo Real apresenta-se 2,35 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).

    O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o

    Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de

    pagamento de curto prazo do Municpio.

    O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois

    assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas

    pelos ativos financeiros do Municpio.

    15,82

    2,85 3,182,20 2,35

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios

    464

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 27

    Grfico 11 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio

    apresenta-se Deficitria, sendo que no final do exerccio de 2012 o Ativo

    Financeiro representa 0,33 vezes o valor do Passivo Financeiro.

    O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)

    expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar

    e o total da Despesa Oramentria.

    Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto

    oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste

    quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no

    exerccio as despesas que nele empenhou.

    A situao apresentada pelo Municpio de Rio Negrinho

    demonstrada no grfico a seguir:

    1,83 1,35 1,49 0,54 0,330,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios

    465

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 28

    Grfico 12 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar

    corresponde a 14,00% da despesa oramentria do exerccio.

    5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES

    O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de

    recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas

    com pessoal.

    5.1. Sade

    Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive

    transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o

    exerccio de 2012 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias - ADCT.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$

    12.679.105,45 em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que

    corresponde a 31,92% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A

    MAIOR o valor de R$ 6.720.342,48, representando 16,92% do mesmo

    2,96

    7,54

    6,36

    9,92

    14,00

    0,00

    2,00

    4,00

    6,00

    8,00

    10,00

    12,00

    14,00

    16,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios

    466

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 29

    parmetro, CUMPRINDO o disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das

    Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT.

    A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,

    pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2012

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 39.725.086,46 100,00

    Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 19.572.501,03 49,27

    Ateno Bsica 9.181.051,88 23,11

    Vigilncia Sanitria 362.572,64 0,91

    Administrao Geral 9.866.755,04 24,84

    Outras Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 162.121,47 0,41

    (-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade* 6.893.395,58 17,35

    Total das Despesas para Efeito do Clculo 12.679.105,45 31,92

    Valor Mnimo a ser Aplicado 5.958.762,97 15,00

    Valor Acima do Limite 6.720.342,48 16,92

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:

    467

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 30

    Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Rio Negrinho em

    2012 aumentou seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em

    termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.2. Ensino

    5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias

    Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a

    proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento

    do Ensino (exerccio de 2012) art. 212 da Constituio Federal.

    Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 10.270.616,97

    em gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a

    25,85% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de

    R$ 339.345,35, representando 0,85% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o

    disposto no artigo 212 da Constituio Federal.

    A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do

    Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:

    24,6123,20

    27,94 28,41

    31,92

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    30,00

    35,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios Limite

    468

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 31

    Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2012

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    Total da Receita com Impostos 39.725.086,46 100,00

    Valor Aplicado Educao Infantil 7.817.123,47 19,68

    Educao Infantil 7.817.123,47 19,68

    Valor Aplicado Ensino Fundamental 19.404.565,33 48,85

    Ensino Fundamental 19.404.565,33 48,85

    (-) Total das Dedues com Educao Bsica* 5.006.560,36 12,60

    (-) Ganho com FUNDEB 11.881.382,81 29,91

    (-) Rendimentos de Aplicaes Financeiras 63.128,66 0,16

    Total das Despesas para efeito de Clculo 10.270.616,97 25,85

    Valor Mnimo a ser Aplicado 9.931.271,62 25,00

    Valor Acima do Limite (25%) 339.345,35 0,85 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:

    Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior demonstra que o Municpio de Rio Negrinho em

    2012 reduziu seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em

    termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.

    28,9828,64

    29,32

    27,88

    25,85

    22,00

    23,00

    24,00

    25,00

    26,00

    27,00

    28,00

    29,00

    30,00

    31,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios Limite

    469

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 32

    5.2.2. FUNDEB

    Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,

    do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n

    11.494/07.

    Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 15.049.245,43,

    equivalendo a 81,52% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a

    remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO

    o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais

    Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo

    exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:

    Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio

    FUNDEB: 2012

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Transferncias do FUNDEB 18.398.388,22

    (+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 63.128,66

    Total dos recursos oriundos do FUNDEB 18.461.516,88

    60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 11.076.910,13

    Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB

    15.049.245,43

    Valor Acima do Limite 3.972.335,30

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:

    470

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 33

    Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no

    exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e

    Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.

    Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 17.571.151,42,

    equivalendo a 95,18% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com

    Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o

    estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.

    A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da

    seguinte forma:

    Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2012

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 18.461.516,88

    95% dos Recursos do FUNDEB 17.538.441,04

    Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *

    17.571.151,42

    Valor Acima do Limite 32.710,38

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.

    Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo oramentria (despesas empenhadas, liquidadas e pagas e os restos a pagar inscritos no exerccio com disponibilidade financeira, considerando-se ainda as possveis excluses relativas s despesas imprprias, entre outras).

    80,39 80,81

    72,79

    81,75 81,52

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    80,00

    90,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios Limite

    471

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 34

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da

    aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos

    oriundos do FUNDEB:

    Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da

    Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,

    o Municpio de Rio Negrinho reduziu sua aplicao, quando comparado ao

    exerccio anterior.

    Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte

    ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007.

    O Municpio utilizou, no 1 trimestre mediante a abertura de crdito

    adicional, integralmente o saldo anterior dos recursos do FUNDEB, no valor de

    R$ 483.443,19, CUMPRINDO o estabelecido no artigo 21, 2 da Lei n

    11.494/2007.

    95,08

    95,99

    97,53

    97,21

    95,18

    93,50

    94,00

    94,50

    95,00

    95,50

    96,00

    96,50

    97,00

    97,50

    98,00

    98,50

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios Limite

    472

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 35

    Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2012: No tocante ao

    controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte

    apresenta-se o Quadro abaixo:

    Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da

    Lei n 11.494/2007

    COMPONENTE VALOR (R$)

    Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2012 69.027,43

    * Recursos do Fundeb que deveriam compor o saldo financeiro ao final do exerccio de 2012 884.672,34

    (-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB

    588.003,59

    (=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 365.696,18

    Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.

    * Os Recursos do Fundeb que deveriam compor o saldo financeiro ao final do exerccio de 2012 foram apurados considerando os valores recebidos em 2012, no montante de R$ 18.461.516,88 excludos as despesas empenhadas e pagas na fonte 18 e 19, no montante de R$ 17.509.531,61, subtraindo o saldo financeiro do FUNDEB em 31/12/2012 ajustado, no montante de R$ 67.312,93 (ajustado em razo da existncia de restos a pagar inscritos nos (2) dois ltimos exerccios anteriores ao analisado, pendentes de pagamento e com cobertura financeira no exerccio em que foram inscritos no valor de R$ 1.714,50). Obs: O Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb emitiu Parecer

    considerando Irregulares as Contas do Fundeb do Exerccio de 2012 (fls. 289 a 292 dos autos),

    devido ocorrncia de transferncias Financeiras para a Conta Movimento da Prefeitura. Assim,

    pela movimentao financeira, infere-se que houve desvio de finalidade devida a ausncia de

    despesas vinculadas ao Fundeb que justifiquem as transferncias financeiras efetuadas no

    perodo. Vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo Restries

    Apuradas, deste Relatrio.

    5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)

    5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio

    Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei

    Complementar n 101/2000 (LRF).

    Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2012

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 82.343.843,19 100,00

    LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 49.406.305,91 60,00

    473

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 36

    Despesas com Pessoal do Poder Executivo 43.456.628,22 52,77

    Pessoal e Encargos 42.425.225,17 51,52

    Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo 1.031.403,05 1,25

    Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 827.920,53 1,01

    Pessoal e Encargos 814.859,90 0,99

    Outras Despesas de Pessoal consideradas pela Instruo 13.060,63 0,02

    Total das dedues das despesas com pessoal* 1.132.654,12 1,38

    TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO

    43.151.894,63 52,40

    Valor Abaixo do Limite (60%) 6.254.411,28 7,60

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    No exerccio em exame, o Municpio gastou 52,40% do total da receita

    corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no

    artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n

    101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Municpio:

    Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O grfico anterior mostra o crescimento dos gastos com pessoal do

    Municpio de Rio Negrinho, quando comparado ao exerccio anterior.

    48,3950,33

    47,9551,19 52,40

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    70,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios Limite

    474

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 37

    5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Executivo

    Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas

    Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000

    (LRF).

    Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2012

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 82.343.843,19 100,00

    LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 44.465.675,32 54,00

    Despesas com Pessoal do Poder Executivo 43.456.628,22 52,77

    Dedues das despesas com pessoal do Poder Executivo* 1.119.593,49 1,36

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo

    42.337.034,73 51,41

    Valor Abaixo do Limite (54%) 2.128.640,59 2,59 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o

    Poder Executivo gastou 51,41% do total da receita corrente lquida em despesas

    com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei

    Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Executivo:

    475

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 38

    Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2008 2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder

    Executivo aumentaram, quando comparado ao exerccio anterior.

    5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder

    Legislativo

    Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal

    do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar

    n 101/2000 (LRF).

    Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2012

    COMPONENTE VALOR (R$) %

    TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 82.343.843,19 100,00

    LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 4.940.630,59 6,00

    Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 827.920,53 1,01

    Dedues com pessoal do Poder Legislativo* 13.060,63 0,02

    Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo

    814.859,90 0,99

    Valor Abaixo do Limite (6%) 4.125.770,69 5,01

    Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.

    47,4249,33

    46,9650,18 51,41

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    40,00

    50,00

    60,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios Limite

    476

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 39

    O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 0,99% do total da

    receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma

    contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.

    O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das

    despesas com pessoal do Poder Legislativo:

    Grfico 19 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2008

    2012

    Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.

    O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que

    houve uma reduo do percentual quando comparado ao exerccio anterior.

    6. DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO

    ADOLESCENTE - FIA

    A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do

    Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma

    srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:

    dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.

    0,96 1,00 0,99 1,01 0,99

    0,00

    1,00

    2,00

    3,00

    4,00

    5,00

    6,00

    7,00

    2008 2009 2010 2011 2012

    Municpio Mdia AMUNESC Mdia dos Municpios Limite

    477

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 40

    Nessa linha foi promulgada a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,

    que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e trata sobre a

    proteo integral desses.

    A referida Lei prev em seu artigo 88, incisos II e IV, a criao do

    Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente e a manuteno

    de fundo especial, respectivamente. Esse fundo, no caso dos Municpios, deve

    ser criado por lei municipal, obedecendo ao disposto no artigo 167, IX da

    Constituio Federal e artigo 74 da Lei n 4.320/64.

    A receita do referido Fundo deve ser vinculada aos seus objetivos e

    sua finalidade, sendo que a forma de aplicao dos recursos determinada pelo

    Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente. Isto

    operacionalizado atravs da aprovao de seu Plano de Aplicao feita

    anualmente, em consonncia com o Plano de Ao elaborado anteriormente

    tambm pelo referido Conselho, de acordo com o artigo 260, 2 da Lei n

    8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do Conselho Nacional dos Direitos da

    Criana e do Adolescente - CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005,

    conforme segue:

    Lei n 8.069/90 Art. 260. [...] 2 Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente fixaro critrios de utilizao, atravs de planos de aplicao das doaes subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criana ou adolescente, rfos ou abandonado, na forma do disposto no art. 227, 3, VI, da Constituio Federal.

    Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005: Art.1 - Ficam estabelecidos os Parmetros para a Criao e Funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criana e do Adolescente em todo o territrio nacional, nos termos do art.88, inciso II, do Estatuto da Criana e do Adolescente, e artigos. 227, 7 da Constituio Federal, como rgos deliberativos da poltica de promoo dos diretos da criana e do adolescente, controladores das aes em todos os nveis no sentido da implementao desta mesma poltica e responsveis por fixar critrios de utilizao atravs de planos de aplicao do Fundo dos Direitos da Criana e do Adolescente, incumbindo-lhes ainda zelar pelo efetivo respeito ao princpio da prioridade absoluta criana e ao adolescente, nos moldes do previsto no art.4, caput e pargrafo nico, alneas b, c e d combinado com os artigos 87, 88 e 259, pargrafo nico, todos da Lei n 8.069/90 e art. 227, caput, da Constituio Federal. (grifo nosso)

    No caso do Municpio de Rio Negrinho, constata-se que a despesa do

    Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente (R$ 8.010,50)

    478

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vi
  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 41

    representa 0,01% da despesa total realizada pela Prefeitura Municipal (R$

    61.409.312,12).

    Alm disso, conforme documentao acostada ao processo s fls. 293

    a 330, verifica-se que:

    1) A nominata e os atos de posse dos Conselheiros do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente esto acostados aos autos, s fls. 308 a 311;

    2) Houve a elaborao do Plano de Ao referente ao Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente - FIA, em consonncia com o disposto no artigo 260, 2 da Lei n 8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005;

    3) No houve a remessa do Plano de Aplicao dos recursos do FIA, caracterizando a ausncia de elaborao do mesmo, contrariando o disposto no artigo 260, 2 da Lei n 8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005;

    4) A remunerao dos Conselheiros Tutelares foi paga com recursos

    da Prefeitura Municipal, conforme fls. 314.

    7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E

    DO DECRETO FEDERAL N 7.185/2010

    A transparncia da gesto fiscal, entendida como a produo e

    divulgao sistemtica de informaes, um dos pilares em que se assenta a

    Lei Complementar n 101/2000.

    Para assegurar essa transparncia a Lei Complementar n 131/2009

    acrescentou dispositivos a referida Lei a fim de determinar a disponibilizao, em

    tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e

    financeira, referentes receita e despesa, da Unio, dos Estados, do Distrito

    Federal e dos Municpios, bem como definiu prazos para a implantao.

    O artigo 48, pargrafo nico, da Lei Complementar n 101/2000

    alterado pela Lei Complementar n 131/2009, assim determina:

    Art. 48. [...]

    Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante:

    479

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 42

    I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;

    II liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico;

    III adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio e ao disposto no art. 48-A.

    Os contedos das informaes sobre a execuo oramentria e

    financeira, liberados em meios eletrnicos de acesso pblico, so definidos no

    artigo 48-A, I e II, da Lei Complementar n 101/2000 includo pela Lei

    Complementar n 131/2009, a saber:

    Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 48, os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes referentes a:

    I quanto despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado;

    II quanto receita: o lanamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios.

    Quanto aos prazos para o cumprimento das determinaes dispostas

    nos referidos artigos a Lei Complementar n 131/2009 estabeleceu:

    Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinaes dispostas nos incisos II e III do pargrafo nico do art. 48 e do art. 48-A:

    I 1 (um) ano para a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes;

    II 2 (dois) anos para os Municpios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes;

    III 4 (quatro) anos para os Municpios que tenham at 50.000 (cinquenta mil) habitantes.

    Pargrafo nico. Os prazos estabelecidos neste artigo sero contados a partir da data de publicao da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.

    O sistema integrado de administrao financeira e controle

    SISTEMA mencionado no inciso III do pargrafo nico do artigo 48 da Lei

    Complementar n 101/2000 alterado pela Lei Complementar n 131/2009, foi

    regulamentado por meio do Decreto Federal n 7.185/2010, que em seu artigo 1

    assim determina:

    Art. 1 A transparncia da gesto fiscal dos entes da Federao referidos no art. 1, 3, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, ser assegurada mediante a observncia do disposto no art. 48, pargrafo nico, da referida Lei e das normas estabelecidas neste Decreto.

    480

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm#art73bhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art13
  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 43

    Dessa forma, o referido Decreto tambm estabeleceu requisitos com

    padro mnimo de qualidade necessrio para assegurar a transparncia da

    gesto fiscal, onde se extraiu os seguintes:

    Art. 2 O sistema integrado de administrao financeira e controle utilizado no mbito de cada ente da Federao, doravante denominado SISTEMA, dever permitir a liberao em tempo real das informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira das unidades gestoras, referentes receita e despesa, com a abertura mnima estabelecida neste Decreto, bem como o registro contbil tempestivo dos atos e fatos que afetam ou possam afetar o patrimnio da entidade.

    1 Integraro o SISTEMA todas as entidades da administrao direta, as autarquias, as fundaes, os fundos e as empresas estatais dependentes, sem prejuzo da autonomia do ordenador de despesa para a gesto dos crditos e recursos autorizados na forma da legislao vigente e em conformidade com os limites de empenho e o cronograma de desembolso estabelecido.

    2 Para fins deste Decreto, entende-se por:

    I [...]

    II - liberao em tempo real: a disponibilizao das informaes, em meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico, at o primeiro dia til subseqente data do registro contbil no respectivo SISTEMA, sem prejuzo do desempenho e da preservao das rotinas de segurana operacional necessrios ao seu pleno funcionamento;

    III - meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico: a Internet, sem exigncias de cadastramento de usurios ou utilizao de senhas para acesso; e

    IV - [...]

    Art. 4 Sem prejuzo da exigncia de caractersticas adicionais no mbito de cada ente da Federao, consistem requisitos tecnolgicos do padro mnimo de qualidade do SISTEMA:

    I - [...]

    II - permitir o armazenamento, a importao e a exportao de dados; e

    III - [...]

    Art. 7 Sem prejuzo dos direitos e garantias individuais constitucionalmente estabelecidos, o SISTEMA dever gerar, para disponibilizao em meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico, pelo menos, as seguintes informaes relativas aos atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo oramentria e financeira:

    I - quanto despesa:

    a) o valor do empenho, liquidao e pagamento;

    b) o nmero do correspondente processo da execuo, quando for o caso;

    c) a classificao oramentria, especificando a unidade oramentria, funo, subfuno, natureza da despesa e a fonte dos recursos que financiaram o gasto;

    481

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 44

    d) a pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento, inclusive nos desembolsos de operaes independentes da execuo oramentria, exceto no caso de folha de pagamento de pessoal e de benefcios previdencirios;

    e) o procedimento licitatrio realizado, bem como sua dispensa ou inexigibilidade, quando for o caso, com o nmero do correspondente processo; e

    f) o bem fornecido ou servio prestado, quando for o caso;

    II - quanto receita, os valores de todas as receitas da unidade gestora, compreendendo no mnimo sua natureza, relativas a:

    a) previso;

    b) lanamento, quando for o caso; e

    c) arrecadao, inclusive referente a recursos extraordinrios.

    O Municpio de Rio Negrinho, com base na populao estimada

    quando a Lei Complementar n 131/2009 entrou em vigor (Populao de 44.023

    habitantes, IBGE 2008), acrescentando dispositivos Lei Complementar n

    101/2000, se enquadra na regra estabelecida no artigo 73-B, III, do citado

    diploma legal, ou seja, o cumprimento das determinaes dispostas nos incisos II

    e III do pargrafo nico do artigo 48 e do artigo 48-A da referida Lei inicia-se no

    exerccio de 2013.

    A anlise no que se refere disponibilizao de informaes

    pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira do Municpio

    consistiu na verificao da existncia ou no da divulgao dessas informaes

    por meios eletrnicos.

    Assim, constatou-se que o Municpio de Rio Negrinho possui em

    meios eletrnicos a divulgao de informaes sobre a execuo oramentria e

    financeira, salientado-se que a divulgao desses dados, de acordo com os

    ditames da Lei Complementar n 101/2000, alterada pela Lei Complementar n

    131/2009, e do Decreto Federal n 7.185/2010, passou a ser obrigatria a partir

    de maio de 2013.

    8. DO CUMPRIMENTO DO ARTIGO 42 DA LEI DE

    RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF

    A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu artigo 42 dispe que:

    Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigaes de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que

    482

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 45

    tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

    Pargrafo nico. Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do exerccio.

    Para fins de verificao do cumprimento do dispositivo legal antes

    mencionado, foi apurada a disponibilidade de caixa lquida por fonte de recursos,

    conforme metodologia da Portaria STN n 407, de 20 de junho de 2011, que

    "aprova a 4 edio do Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF)".

    A Fonte de Recursos trata-se de mecanismo integrador entre a receita

    e a despesa, onde atribudo um cdigo que exerce duplo papel no processo

    oramentrio permitindo compatibilizar a execuo oramentria com as

    disponibilidades financeiras:

    a) na receita oramentria: indica a destinao de recursos para a

    realizao de determinadas despesas;

    b) na despesa oramentria: identifica a origem dos recursos que

    esto sendo utilizados.

    Como processo pelo qual os recursos pblicos so correlacionados a

    uma aplicao, pode ser classificada em:

    c) destinao vinculada: so cdigos que especificam a vinculao

    entre a origem e a aplicao de recursos, de acordo com suas finalidades. Ex.:

    convnios e operaes de crdito;

    d) destinao ordinria: so cdigos em que a alocao entre a

    origem e aplicao de recursos livre. Ex.: receita de taxas e impostos.

    Com base nesses conceitos, para verificar o cumprimento do art. 42

    da LRF, aplicou-se no clculo os seguintes critrios:

    e) Para a disponibilidade de caixa: foram considerados os saldos por

    fonte de recursos das Contas Financeiras do Ativo Financeiro (caixa, bancos,

    aplicaes financeiras e outras disponibilidades financeiras) em 31/12/2012, os

    quais necessariamente devem ser aqueles utilizados para abertura do exerccio

    seguinte.

    No caso especfico das contas do exerccio de 2012, considerando a

    implementao de "conta corrente especfica" no sistema e_sfinge para

    discriminao das fontes a partir de 2013, foi efetuada conferncia entre os

    dados de encerramento do exerccio de 2012 e de abertura do exerccio de

    2013, utilizando-se sempre os valores de coincidiam com o Ativo Financeiro.

    Convm esclarecer que o controle das disponibilidades por

    especificaes de fontes de recursos realizado simultaneamente tanto no

    483

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 46

    Sistema Financeiro como no Sistema Compensado, cujos saldos de

    disponibilidade de caixa devem ser iguais.

    f) Obrigaes Financeiras: considerou-se todas as despesas

    contradas, por especificaes de fontes de recursos, divididas em at o 1

    quadrimestre de 2012 (despesas de exerccios anteriores e as contradas at

    30/04/2012) e as do 2 e 3 quadrimestres de 2012.

    Ressalta-se que as despesas de exerccios anteriores e aquelas

    assumidas at 30/04/2012 j esto compromissadas para serem pagas, e

    conseqentemente, devem ser consideradas para efeito de projeo de fluxo de

    caixa para verificao das disponibilidades financeiras ao final do mandato.

    Neste sentido, esses compromissos interferem no comprometimento

    dos recursos financeiros quando do levantamento das disponibilidades de caixa

    para efeito da LRF. Assim, segundo a mesma, disponibilidade de caixa no o

    valor financeiro existente em espcie na tesouraria ou nos bancos (componente

    do Ativo Financeiro), sendo pois o resultado entre esses saldos e as dvidas

    existentes registradas no Passivo Financeiro, alm de outras despesas no

    contabilizadas, todas pendentes de pagamento. Este entendimento advm da

    redao do pargrafo nico do artigo 42, o qual estabelece que "na

    determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e

    despesas compromissadas a pagar at o final do exerccios".

    As obrigaes financeiras so compostas pelos seguintes itens:

    1) Depsitos - total dos Depsitos em 31/12/2012, pertencentes a

    terceiros e resultantes de consignaes, caues e outros depsitos de diversas

    origens;

    2) Despesas liquidadas e no pagas - total em 31/12/2012, divididas

    em at o 1 quadrimestre e 2 e 3 quadrimestres (tomando-se por base a dada

    da emisso do empenho), as quais referem-se a obrigaes a pagar com

    fornecedores, convnios, precatrios, pessoal, encargos sociais, provises

    diversas, benefcios diversos e dbitos diversos.

    3) Despesas empenhadas e no liquidadas de exerccios anteriores -

    saldo em 31/12/2012 das despesas empenhadas e no liquidadas de anos

    anteriores, referentes a obrigaes a pagar com fornecedores, convnios,

    precatrios, pessoal, encargos sociais, provises diversas, benefcios diversos e

    dbitos diversos.

    4) Outras obrigaes financeiras - total em 31/12/2012, relativos as

    operaes realizadas com terceiros, independentes da execuo oramentria e

    so constitudas dos grupos de contas de Servio da Dvida a Pagar, Outras

    Obrigaes a Curto Prazo, Depsitos Exigveis a Longo Prazo e Valores

    484

  • Prestao de Contas de Prefeito Municpio de Rio Negrinho exerccio de 2012 - Reinstruo 47

    Pendentes a Curto Prazo, evidenciadas no Balano Patrimonial - Passivo

    Financeiro.

    Com relao aos ajustes das disponibilidades de caixa e das

    obrigaes financeiras, foram utilizadas as seguintes fontes de info