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ANO 1 Nº 47 05/06/2011 R E V I S T A R E V I S T A InterBuss InterBuss Leia também nesta edição: • Estudantes em guerra contra alta de tarifa no ES • São Paulo tem onda de greves e reajustes de tarifas • A homenagem de Marisa Vanessa ao Prof. Waldemar Stiel Sindicato de São Paulo aprova pedido de fim de cobradores na maior capital do país. José Euvilásio comenta o assunto POSTO EM EXTINÇÃO POSTO EM EXTINÇÃO

Revista InterBuss - Edição 47 - 05/06/2011

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 47 - 05/06/2011

ANO 1Nº 47

05/06/2011

R E V I S T AR E V I S T A

InterBussInterBuss

Leia também nesta edição:• Estudantes em guerra contra alta de tarifa no ES• São Paulo tem onda de greves e reajustes de tarifas• A homenagem de Marisa Vanessa ao Prof. Waldemar Stiel

Sindicato de São Paulo aprova pedido de fim de cobradores na maior capital do país. José Euvilásio comenta o assunto

POSTO EMEXTINÇÃOPOSTO EMEXTINÇÃO

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CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

REVISTA

InterBuss

PEDIMOS DESCULPAS PELO ATRASO NA PUBLICAÇÃO DESTA EDIÇÃO EM UM DIA POR CONTA DE NOVOS PROBLEMAS TÉCNICOS, JÁ SOLUCIONADOS. APRÓXIMA EDIÇÃO (Nº 48) SERÁ PUBLICADANORMALMENTE NOPRÓXIMO DOMINGO, DIA 11/06. AGRADECEMOS A COMPREENSÃO.

INFORMAÇÃO COM QUALIDADE

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Foto

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N E S T A E D I Ç Ã O

EDITORIAL • Investimentos adiados ............................ 4

PÔSTER • Ailton Florêncio da Silva ............................. 14

MURAL • Os sociais da Revista InterBuss..................... 23

COLUNISTAS • Adamo Bazani ..................................... 17

DIÁRIO DE BORDO • São Paulo X Brasília ............... 24

Revista na RedeOs sites do grupo Portal InterBuss são atualizados frequentemente com novos conteúdos. Fiquem atualizados com eles:

• REVISTA ELETRÔNICAAcesse nosso conteúdo também na revista eletrônica, todos os dias, 24h por dia, em:www.portalinterbuss.com.br/revista

• NOTÍCIASVeja notícias do setor de transportes atua-lizadas diariamente em nosso site:www.portalinterbuss.com.br/revista

• GALERIAS DE IMAGENSNossas galerias são atualizadas semanal-mente com fotos, desenhos e conteúdos enviados por diversos colaboradores de todo o Brasil. Veja em:www.portalinterbuss.com.br/galeria

Tudo no site: www.portalinterbuss.com.br

A SEMANA EM 10 TEMPOS ......................................... 5

Edição número 47 • Domingo, 5 de Junho de 2011 • Concluída às 21h29 (3º) • Esta edição tem 28 páginas

VÁ, MAS VISITE • Congresso Nacional ...................... 18

COLUNISTAS • José Euvilásio Sales Bezerra ................. 22

SÃO PAULO • Onda de greves paralisa SP ................ 10

COLUNISTAS • Fábio Takahashi Tanniguchi ............... 16

COLUNISTAS • Marisa Vanessa N. Cruz ....................... 23

Foto da capa: Luciano Roncolato

COLUNISTAS • William Gimenes .................................. 20

São Paulo • Página 10São Paulo • Página 10

ONDA DE GREVES NO TRANSPORTE PREJUDICA PAULISTANOS

Estação da CPTM na Barra Funda fechada na última quinta-feira

ONDA DE GREVES NO TRANSPORTE PREJUDICA PAULISTANOS

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E D I T O R I A L

A Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autorizada apenas após um pedido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito dis-ponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A im-pressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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De quê adianta querer-mos ônibus melhores, piso baixo, motor traseiro, cheio de tecnolo-gia, se o viário das cidades não colabora? A pergunta, simples e direta, não tem uma resposta ao mesmo nível. É muito fácil chegar numa mesa e colocar a seguinte condição: “compre ônibus de mo-tor traseiro, piso baixo, com tudo que há de mais moderno”. Mas e colocar este carro, caríssimo, em ruas e avenidas que mais parecem queijos suíços – aqueles cheios de buracos? Também é fácil, e co-mum até, ouvirmos por aí “a em-presa X não compra ônibus mel-hor para nossa cidade”. Alguém já parou para pen-sar que a própria Prefeitura não colabora? Perceba que, quando dizemos “colabora”, não estamos nos referindo aos financiamentos e coisas do gênero. Mas, sim, em dar condições decentes para que os ônibus que a população merece possam circular. De quê adianta

uma frota ‘dos sonhos’, se ela fica mais parada na garagem arru-mando “N” itens do que nas ruas, servindo à população? As Prefeituras têm – grande – parcela de culpa na qualidade do nosso transporte atual. É uma ‘ação e reação’ simples: fazendo investimento em um asfalto de qualidade (leia bem: qualidade, não aquele asfalto que parece farinha, levado pela primeira chuva), num recapeamento de-cente, os benefícios no transporte coletivo vêm imediatamente após. Não só na qualidade da frota, em outros itens, como o cumprimento dos horários, já que não seriam necessárias manobras malucas e redução de velocidade em trechos esburacados e a queda no gasto em manutenção. Afinal, vias mel-hores ‘estressam’ menos o veículo. É um dinheiro a mais que será gasto? Sim. Mas com benefícios que podem ser multiplicados por 20.

Prefeituras inertes etransporte de baixa qualidade

Do Leitor

Este espaço é para você deixar a sua opinião sobre nosso conteúdo. Para isso, entre em contato através do e-mail [email protected]. Na próxima e-dição, publicaremos sua opinião neste espaço.

Contatos em geral

Nota da redação: Agradecemos o con-tato André! Primeiramente pedimos descul-pas pela demora na resposta de sua primeira mensagem. Estamos com um grande acúmulo de e-mails de diversos assuntos no [email protected] e provavelmente o seu contato acabou passando sem ser respondido. Estamos preparando grandes novidades para daqui a algumas edições e uma delas envolve fotos e empresas antigas. Aguarde mais um pouco e com certeza você se surpreenderá com nosso novo conteúdo! Quanto ao fim da Via-ção Caprioli realmente é algo bastante triste, pois é uma empresa com 83 anos de tradição em nossa região, porém o nome acabou não entrando na negociação. É uma pena, mas es-peramos que os serviços das linhas rodoviárias melhore um pouco, o que a Caprioli vinha deixando de lado já há algum tempo, priori-zando o fretamento e o turismo.

Estou indignado com vocês por que vocês não responderam a minha pergunta so-bre fazer matérias sobre ônibus que não existe mais, ou pelo menos arrumar alguma foto de ônibus antigos como: Expresso Aliança, Ex-presso São João e Expresso Mirante. Gostaria de dizer também que ví a reportagem sobre a Caprioli e acho uma pena que não mais vou ver esses ônibus, acho eles muito bonitos, principalmente os da Marco-polo G6.

Sugestão e Caprioli

André OliveiraMogi Guaçu/SP

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Estudantes protestam contra alta de tarifa e enfrentam PM em Vitória

DE 29/05 A 04/06/2011

Depois de fechar uma das principais avenidas de Vitória e se envolver em um con-fronto com policiais militares, um grupo de cerca de 100 estudantes voltou a enfrentar as autoridades capixabas na última quinta-feira. Após serem forçados a liberar o trânsito no centro da capital, os manifestantes seguiram para a zona norte da cidade, onde interrom-peram os dois sentidos da avenida Fernando Ferrari, em frente ao campus da Universidade Federal do Espírito Santo. Apenas ambulân-cias eram autorizadas a passar. Por conta disso, o Batalhão de Missões Especiais da PM foi acionado para dissipar o protesto, o que motivou novos en-frentamentos. Após a explosão das bombas de efeito moral, os manifestantes correram para o interior do campus, de onde atiraram pe-dras contra os policiais. Os militares revida-ram com tiros de munição de borracha, gás de pimenta e bombas de efeito moral. O trân-sito ainda não havia sido totalmente liberado no local até as 20h15. Segundo a Polícia Militar, houve presos e feridos, mas a corporação não soube precisar números. Os manifestantes reivindi-cavam passe livre para todos os estudantes no transporte coletivo. O protesto começou ainda pela manhã. Os manifestantes atearam fogo em pneus e fecharam uma das principais aveni-das da capital. Desde as 8h até pelo menos as 12h15, nenhum veículo conseguia passar em frente ao Palácio Anchieta, sede do governo estadual. O movimento conta com a adesão de membros do Diretório Central da Uni-versidade Federal do Espírito Santo, alunos da rede pública estadual, além do Fórum Es-tadual da Juventude Negra e do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL).

Congestionamentos Por conta da manifestação, longos congestionamentos se formaram. Na Segunda Ponte, que liga a capital aos municípios de Vila Velha e Cariacica, o trânsito estava comple-tamente parado e já se refletia na BR-262. Na ponte Florentino Avidos, que também liga Vitória a Vila Velha, a situação era idêntica, e os motoristas, inconformados, questionaram a

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Fotos: Terra

Trânsito ficou travado por várias horas; polícia usou a força para liberar trânsito na parte da noite

legitimidade do movimento. “Acho um absur-do isso. Se eles querem protestar, que fiquem na porta do Palácio. Não tem nada a ver preju-dicar os outros trabalhadores”, afirmou o téc-nico em refrigeração Aloízio Antunes. O vice-governador do Estado, Gi-valdo Vieira (PT), agendou uma reunião com os estudantes no Palácio da Fonte Grande, sede administrativa do governo, para o final da manhã de sexta. No entanto, até as 12h, a reunião ainda não havia começado, e o pro-

testo prosseguia. Nesse horário, os cerca de 100 manifestantes mantinham as avenidas Jerônimo Monteiro e Princesa Isabel inter-ditadas. O bloqueio das vias também causava impactos no transporte coletivo. Dezenas de ônibus pararam nos congestionamentos, e as conexões nos terminais metropolitanos es-tavam comprometidas. Em algumas linhas, passageiros aguardavam havia horas, sem conseguir sair dos terminais. (Terra)

Ônibus parados no protesto na zona portuária de Vitória e o congestionamento na Ponte

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Bragantino apresenta seu ônibus

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O presidente do Bragantino Marco Chedid apresentou oficialmente na manhã da última segunda-feira, o novo ônibus do Mas-sa Bruta para suas viagens a partir de agora. O veículo é um Mercedes modelo Paradiso 366/6, tipo leito turismo, com capacidade para 36 passageiros, e chegou a ser utilizado para teste numa viagem para Lins, quando o Braga fez seu último jogo fora de casa no Paulistão. Por ter sido aprovado por todos que estavam no ônibus, o presidente Marco Chedid adquiriu o veículo e mandou adesivar o nome, escudo e as cores do clube. Na parte interna ele oferece ar condicionado ecológico, aparelho de DVD, som da melhor qualidade, banheiro, e poltronas reclináveis a ponto de deixar os atle-tas quase que deitados durante as viagens. “Estamos profissionalizando cada vez mais o Bragantino. que tem todo o conforto para os jogadores e a comissão técnica. Des-ta forma as viagens serão menos cansativas. Pintamos com as cores do clube para que todos saibam que tudo está mudando e sendo levado mais a sério em Bragança”, falou o presidente

do Massa Bruta. Para os jogadores que são mais al-tos, casos do zagueiro Carlinhos, que inclu-sive viajou no ônibus para Lins, o conforto é fundamental em trajetos de longa distância. “Podemos esticar o corpo e principalmente as pernas. Um jogador que tem a minha estatura precisa de espaço para não ficar moído e no nosso ônibus isso é possível. Na ida para Lins o desgaste não foi grande, apesar das cinco horas de viagem”, explicou o zagueiro do Braga. O novo ônibus do Bragantino será o responsável pelo transporte dos atletas e comissão técnica para os aeroportos no estado de São Paulo e para alguns locais que o time precise de locomoção, casos de jogos treinos. Para as partidas do Campeonato Brasileiro da Série B, o clube é obrigado a utilizar o trans-porte oferecido pela CBF. Além do novo veí-culo, o clube tem também um outro ônibus que leva os jogadores para os treinos quando rea-lizados no CT do Nakasawa e para as con-centrações quando ocorridas em Bragança Paulista ou Atibaia. (Futebol Interior)

Veículo tem 36 poltronas semi-leito e transportará o time de Bragança pelo Estado de SP

O presidente da Câmara de Curitiba, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), proto-colou um requerimento à prefeitura para que seja criada uma linha de ônibus para percorrer o “Circuito dos Bares”. Nela estariam inclusos os principais pontos gastronômicos e de entreteni-mento do município. O ônibus ficaria em func-ionamento das 20h às cinco da manhã. Para o parlamentar, a medida, além de incrementar a economia local, contribuiria para que mais pessoas deixassem o carro em casa e não voltassem alcoolizadas dirigindo. “Muitas pessoas procuram bares, restaurantes e demais pontos turísticos da cidade no período da noite, quando ocorrem muitos acidentes de trânsito, assaltos, furtos e brigas de gangues, pois neste período há uma redução do número dos meios de transporte públicos, para o acesso da popula-ção e dos turistas a estes espaços de lazer”, argu-mentou Derosso. Segundo ele, é preciso criar alternati-vas para que a população local e os turistas usu-fruam melhor do segmento produtivo do lazer, gastronomia e entretenimento. (Bonde News com Câmara Municipal de Curitiba)

Curitiba estuda criar linha de ônibus para percorrer bares

Fruto de encaminhamento feito pelo vereador Fernando Rezende (DEM), na última quinta-feira, 02, a Câmara Municipal de Pal-mas aprovou por unanimidade o requerimen-to nº 1101/11, que solicita ao poder executivo municipal a cobertura das paradas de ônibus coletivos das avenidas Taquaruçu e Perimetal Norte. “O requerimento foi motivado pelos depoimentos da população que reclama da exposição ao sol a falta de abrigo em períodos chuvosos. Vou acompanhar e cobrar da prefei-tura para que a solicitação seja atendida”, co-mentou Rezende. (Jornal Stylo com assessoria)

Palmas terá novos pontos de ônibus

Ação civil faz empresa de Nova Friburgo resolver lotação Duas Ações Civis Públicas relativas a irregularidades na prestação do serviço de transporte coletivo por ônibus em Nova Fri-burgo foram propostas, nesta quarta-feira (01), contra a empresa Friburgo Auto Ônibus Ltda e a Agência Reguladora de Serviços Públicos Mu-nicipais. A primeira ação é relativa à constante superlotação da linha 505, que liga partes rurais do 3º Distrito de Nova Friburgo - em especial as localidades de São Lourenço, Santa Cruz, Cen-tenário, Salinas e adjacências da Ceasa e da RJ-130 (Rodovia Teresópolis Friburgo) - ao Centro

da Cidade. A segunda refere-se à superlotação da linha 407, que liga a localidade rural de São Pedro da Serra ao Centro de Friburgo, via Lumi-ar, e tem sido alvo de reclamações por parte dos consumidores a respeito dos enguiços constan-tes e também da utilização de ônibus velhos (o que estaria em desacordo com o prazo máximo de uso dos ônibus estabelecido no contrato de concessão). Nessa mesma ação, o Ministério Pú-blico exigiu o cumprimento de um item que ficara estabelecido na oferta mínima de trans-porte coletivo por ocasião do edital e que não

estaria sendo respeitado: a criação da linha 305 - que faria o trajeto São Pedro da Serra/Vargem Alta/Centro de Nova Friburgo -, prevista no edital e que até hoje não está em funcionamento. “Em ambos os casos, as investigações do Ministério Público demonstraram a ocorrência reiterada de superlotação, em desrespeito aos ter-mos do contrato de concessão, do edital da licita-ção realizada em 2007, à Lei 8.987/95 e ao Código de Defesa do Consumidor”, ressaltou o Promotor de Justiça Carlos Gustavo Coelho de Andrade, Ti-tular da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Nova Friburgo. (Jornal do Brasil)

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Tarifa em Belém volta a custar R$ 2 “Isso é uma palhaçada! Eles es-tão brincando com a cara da população”. Essa foi a reação da doméstica Socorro de Oliveira quando soube que a passagem de ônibus, que desde da última quinta-feira estava custando R$ 1,85, voltaria a custar R$ 2 em Belém. A decisão de revogar a tu-tela antecipada que determinou a redução da tarifa paga pelo transporte público em Belém desde o dia 31 de maio, foi do próprio juiz que a concedeu, Elder Lisboa, titular da 1ª Vara de Fazenda da Capital. Segundo o despacho do juiz, a de-cisão foi motivada porque, segundo ele, o Município de Ananindeua teria questiona-do, junto ao Tribunal de Justiça, sua com-petência para julgar a ação, mesmo após ela já ter sido concedida em benefício de Ananindeua. “O Município de Ananindeua, au-tor da ação civil pública, mesmo diante da satisfação de sua pretensão, pela me-dida liminar concedida, interpôs junto ao Tribunal de Justiça deste Estado, agravo de instrumento onde questiona a com-petência deste Juízo para dirimir e julgar o feito”, dizia no despacho. Como consta no documento, foi o próprio Município de Ananindeua quem ajuizou uma ação civil pública pedindo que o reajuste da passa-gem para R$ 2 fosse revogado. Ainda assim, o juiz justifica sua decisão a partir da afirmação de que o au-tor da ação teria requerido que ele (juiz) fosse declarado incompetente para julgar a ação. “Ora, se o próprio autor da ação, mesmo diante da decisão que almejava, busca destituir este Juízo da condição de competente para dirimir e julgar o feito, nos resta evidente que a liminar concedida não deve prevalecer, até que o Tribunal de Justiça do Estado do Pará se pronuncie sobre a competência absoluta no presente feito”, informava o documento. Inicialmente, a procuradoria ju-rídica de Ananindeua entrou com o pe-dido de liminar para impedir o reajuste da tarifa no transporte coletivo na Região Metropolitana de Belém na 4ª vara da Fa-zenda Pública da comarca do município. Ocorre que a juíza se julgou incompetente para apreciar a matéria sob a alegação que o assunto extrapolava a sua jurisdição. Em seguida, a magistrada encaminhou o pro-cesso para Belém. “A prefeitura de Ananindeua agra-vou da decisão da juíza, alegando que a questão da tarifa era afeita tanto a Anan-indeua como Belém, já que afetava a área metropolitana e que qualquer um dos dois

municípios estava apto a julgar o feito”, disse o Procurador Geral de Ananindeua, Edílson Dantas. Segundo ele, nesse ínterim, o pro-cesso foi recebido por Elder Lisboa em Belém, que imediatamente deferiu a lim-inar reduzindo a passagem para R$ 1,85. “Ao tomar conhecimento dessa decisão, a procuradoria de Ananindeua desistiu do agravo na vara do município, já que a limi-nar a seu favor havia sido dada, e o agravo perdido o objeto”, afirmou o procurador.

Engano Ocorre que Elder Lisboa tomou conhecimento do agravo e revogou a li-minar anteriormente concedida contra o reajuste. No despacho, o magistrado res-salta que em 20 anos de profissão nunca havia visto um beneficiado por liminar agravando um benefício recebido, o que mostra que houve um equívoco de inter-pretação do juiz. Anteontem, a procuradoria ju-rídica de Ananindeua deu entrada com um pedido de reconsideração da decisão do juiz. Na segunda-feira, os advogados de Ananindeua tentarão uma audiência com Lisboa para tentar desfazer o mal-entendi-do. Enquanto o valor definitivo da tarifa não sai, a confusão toma conta dos usuários que, na tarde de ontem, já es-tavam pagando R$ 2 pelo serviço. “Isso

confunde muito todo mundo. Logo que baixaram o preço, muita gente pagou R$ 2 porque não sabia. E agora já aumentou de novo”, disse a funcionária pública Jacirema da Gama. “Eu já separei R$ 1,85 para pagar a passagem, eu não vou pagar R$ 2”. Apesar de as empresas de ônibus terem demorado até o dia seguinte para cumprir a decisão que baixou o preço para R$ 1,85, na tarde de ontem, mesmo dia da decisão que aumentou a tarifa para R$2 o novo valor já estava sendo cobrado. “Eu não estava sabendo dessa de-cisão. Enquanto isso, o consumidor fica sendo lesado por esses empresários”, in-dignava-se a operadora de caixa, Patrícia de Cássia. “Eu já saí de casa com o dinhei-ro contado porque de manhã eu paguei R$ 1,85. Eles tinham que definir isso de uma vez”, reclamava a bacharel em direito, Si-mone Lima. Para agravar ainda mais a situação da população, o valor da tarifa cobrada pe-los ônibus que circulavam na tarde de an-teontem na capital não era o mesmo. Em alguns, ainda prevalecia o valor de R$ 1,85 e em outros o novo valor de R$ 2 já es-tava sendo cobrado, ou seja, ocorreu um problema grave de falta de informação en-tre as próprias empresas operadoras. “Hoje eu já paguei os dois valores. No dinheiro paguei R$ 1,85 e no vale transporte paguei R$ 2”, comentava o vigilante Valdemir Ro-drigues. (Diário do Pará)

Ônibus novo embarca para Belém: tarifa a R$ 2 depois de brigas na justiça

Foto: Josenilton Cavalcante da Cruz

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Aposentado garante gratuidade em ônibus de Campo Grande após ação na justiça

Passageiros de ônibus intermunici-pais estão sendo prejudicados com a inter-dição de um ponto de embarque na altura do km 150 da via Dutra, nas pista sentido São Paulo, perto do Vale Sul Shopping, região sul de São José. Utilizado principalmente por ônibus da empresa Pássaro Marron, o embarque no local foi cancelado por causa do estreitamen-to da faixa de acostamento naquele trecho da pista. A “baia” usada pelos ônibus para o embarque dos passageiros perdeu dois metros de largura após a criação da terceira faixa de rolamento na pista marginal da Dutra. Com isso, a empresa cancelou a parada dos coleti-vos no ponto da Dutra para evitar acidentes.

Prejuízo A medida prejudicou principal-mente os passageiros que moram na zona sul de São José e pegam ônibus para São Paulo.

Foto: Reginaldo Vieira

A eles restou duas alternativas: usar um ponto na altura do km 152, perto do Car-refour, ou entre os km 148 e 149, próximo à PIB (Primeira Igreja Batista). Os dois pontos estão a mais de dois quilômetros do Vale Sul.

Faixa A criação de terceira faixa na pista marginal foi necessária, de acordo com a No-vaDutra, por causa do aumento de tráfego na rodovia como reflexo das obras de alargamen-to da avenida Jorge Zarur, em São José, que causaram a interdição do acesso à marginal da Dutra pela avenida Deputado Benedito Mata-razzo, em frente à PIB. Não há prazo para a reabertura do acesso.

Outro lado A Pássaro Marron informou que o cancelamento do ponto ocorreu como me-dida de segurança. A empresa disse ainda que estuda adotar um ponto alternativo na ave-

Ônibus urbano em Campo Grande: briga na justiça por gratuidade

Por unanimidade, os desembarga-dores da 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Estado negaram provimento à Apelação Cível de nº 2011.012429-4, interposta pela Agência Municipal de Transporte Coletivo e Trânsito de Campo Grande. O juízo em primeira instância havia concedido a L.T.A. o direito a uma credencial de isenção tarifária para transporte urbano de prazo indeterminado, já que ele não pos-sui condições financeiras para a condução até o hospital em que realiza o tratamento dos transtornos causados por um disparo de arma de fogo. A Agetran, inconformada com a de-cisão, ingressou com apelação cível buscando a improcedência da sentença. Na apelação, a Agetran alega que o mal que o apelado possui não se enquadra naquelas hipóteses previstas no Decreto Mu-nicipal n° 10.535/2008, razão pela qual ele não teria direito à isenção tarifária para o transporte coletivo. O relator do processo, Des. Paulo Alfeu Puccinelli, esclareceu em seu voto que, assim como dispõe a Lei Municipal 3.649/99, “o artigo 173 da Constituição Estadual expres-samente prevê o direito ao transporte público gratuito aos portadores de moléstia grave ou incapacitante, que necessitem de tratamento

Rodovia Presidente Dutra tem ponto de parada interditado e passageiros reclamam em S. José

contínuo e não tenham recursos econômicos para arcar com as despesas de acesso aos es-tabelecimentos de saúde, como é o caso do apelado”. “Não bastasse isso, constata-se da certidão de fl. 23 que o recorrido é aposen-tado por invalidez pelo INSS, o que exige inú-meros exames clínicos e médicos, realizados pelos peritos do próprio órgão federal, razão pela qual se conclui que a sua enfermidade é incapacitante”, argumentou o desembargador.

Quanto à fundamentação apre-sentada pela Agetran, o Des. Paulo Alfeu aduziu que “não devem prevalecer as limi-tações impostas pelo Decreto Municipal n° 10.535/2008, mas sim as regras previstas na Constituição Estadual e legislação municipal pertinente, que, como já dito, para concessão de isenção tarifária, exigem que o beneficiado seja portador de deficiência, carente e sub-metido a tratamento médico contínuo”. (MS Notícias)

nida Deputado Benedito Matarazzo. Sem poder usar o ponto na Dutra, o administrador de ambientes informatizados Silvio Basilio, 42 anos, recorreu ao próprio carro para chegar ao ponto do Carrefour. Ele deixa o veículo perto do ponto e vai para São Paulo. Horas depois, o veículo é “resgatado” por uma filha do administrador. “Corro risco, mas não houve outra alternativa.”

Passageiros reclamam do cancelamento do ponto Segundo Basilio, a falta de informa-ção sobre o cancelamento do ponto pegou muitos passageiros de surpresa. “A Pássaro Marron poderia ter encontrado uma alterna-tiva para evitar o cancelamento do ponto.” A passadeira Zilda Gonçalves, 38 anos, foi uma delas. Na tarde de ontem, ela precisou pegar um ônibus para Jacareí e desc-er na Dutra no ponto do Carrefour. “Não sa-bia da interdição.” (Rede Bom Dia)

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que em 30 dias deve lançar um projeto que cria um anel de ciclovia na cidade de São Paulo para que a população possa utilizar a bicicleta como um meio de transporte e não apenas como forma de lazer. A ideia é criar uma via compar-tilhada entre carros e bicicletas e, a princípio, o trecho ligará a Avenida Roberto Marinho ao parque Severo Gomes. Branco explicou que o anel cicloviário é um teste e poderá incluir trechos da Ciclofaixa de Lazer que funciona na cidade aos domin-gos, mas que não abrangerá todo o trajeto dela porque “elas ligam um parque ao outro”, percur-so não muito utilizado para quem deseja ir ao trabalho de bicicleta. (Mídia News / IG)

Ônibus metropolitanos no terminal de Campinas:a região recebeu novas promessas e implantação do Bilhete Único Metropolitano está em pauta

Corredores de ônibus são escolhidos como soluções para trânsito pesado O BRT (Bus Rapid Transit), ou os já conhecidos corredores de ônibus são a grande aposta de cidades para a melhoria do trânsito. A cidade de São Paulo tem sete milhões de veícu-los e enfrenta congestionamentos diários, além de ver crescer a frota de veículos particulares em detrimento do transporte público. Por isso, durante o evento C-40 Grandes Cidades o secretário dos Transportes, Marcelo Branco, anunciou que a meta da Prefei-tura é, em dez anos, ter 70% das viagens sendo realizadas por transportes públicos e 30% por transportes particulares. Atualmente, apenas 55% são feitas pelo sistema público. Branco explicou que a maior dificul-dade é “convencer a população de que o trans-porte público é necessário” e que são necessárias intervenções físicas e operacionais. Ele afirmou que serão criados novos corredores para au-mentar a agilidade dos veículos públicos, os semáforos serão adequados para favorecer o fluxo dos ônibus e não dos carros e mudanças serão estudadas para facilitar a ultrapassagem de ônibus no próprio corredor. Segundo o se-cretário, o novo corredor da Radial Leste deve ficar pronto até o meio do ano de 2012 e custará cerca de R$100 milhões. Ele será segregado da via e já contará com essas mudanças. Em Johanesburgo, cidade da África com 3,8 milhões de habitantes, o congestio-namento também é um problema. Segundo a diretora de desenvolvimento de Johanesburgo, Flora Mokgohloa, o sistema BRT foi a solução encontrada e ainda ajuda na questão social. “É nossa principal ferramenta para integrar os ne-gros e os brancos”, afirma Flora, explicando que o local já marcado pelo apartheid. Além disso,

ela ressaltou que os corredores de ônibus são uma “oportunidade de oferecer um sistema de transporte seguro e barato” para a população. Em Seul, cidade da Coréia do Sul com 45% da área de São Paulo, o BRT também está sendo feito e 100 quilômetros de faixas de ôni-bus já foram criadas. No local, as faixas ficam no centro das vias, com barreiras que as separam dos outros veículos, com a intenção de melho-rar a segurança. Com isso, o resultado foi o au-mento da velocidade média dos ônibus em 13%, desde 2005.

Ciclovias O secretário Marcelo Branco anunciou

Secretário de Transportes de São Paulo, Marcelo Branco, quer ciclovias em São Paulo

Foto: Divulgação

10 coisas sobre os ônibus a biodisel de São Paulo Saiba sobre dez coisas sobre veículos movidos a biodiesel que rodam pela cidade de São Paulo:• 1. Desde fevereiro, a cidade conta com 1.280 ônibus que usam uma mistura de diesel e biodiesel como combustível. Isso representa 13% da frota (9.000 veículos).• 2. Segundo a prefeitura, a emissão de mate-rial particulado, um dos principais poluentes do diesel, cai 22% com a mistura. Os ônibus do programa têm um selo com a inscrição Eco-frota nas laterais.• 3. Esse combustível “ecológico” tem 80% de diesel comum (de petróleo) e 20% de biodiesel.• 4. Outros combustíveis limpos estão sendo testados. Na semana passada, 50 ônibus movi-dos a etanol começaram a rodar.

• 5. A maior parte dos ônibus movidos a biodiesel atua na ligação entre o nordeste (bair-ros como Penha e Vila Matilde) e o centro.• 6. A estimativa é que, só neste ano, cerca de 3,2 toneladas de poluentes deixem de ser lan-çadas no ar da cidade por conta do programa. O cidadão pode acompanhar essa conta no site www.sptrans.com.br.• 7. O restante da frota também passa por mu-danças. Desde o ano passado, as empresas de ônibus são obrigadas a usar um tipo de diesel mais limpo, chamado B5 S50, que libera menos enxofre.• 8. Por outro lado, um transporte limpo e já em uso na cidade vem sendo deixado de lado: o trólebus. A meta é que os 140 veículos mais antigos (da frota de 200) sejam substituídos até

2012. Mas, até agora, só 12 foram comprados. A prefeitura diz que não encontra fornece-dores.• 9. Apesar de o biodiesel ser menos poluente, a produção desse combustível, que é obtido principalmente da soja ou de vegetais como a mamona, ainda é baixa no país.• 10. A prefeitura diz que sua meta é eliminar o diesel comum do transporte público até 2018. É uma obrigação imposta pela Lei Municipal de Mudanças Climáticas, de 2009. Fontes: André Luís Ferreira, presi-dente do Iema (Instituto de Energia e Meio Ambiente); José Roberto Augusto de Campos, professor de motores de combustão interna do Instituto Mauá de Tecnologia; SPtrans. (Jornal Floripa)

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S Ã O P A U L O

ONDA DE GREVES E REAJUSTES

São Paulo praticamente parou com a greve dos ferroviários da CPTM durante a semana, enquanto no interior reajustes de tarifas evitam paralisações

Felipe Pereira

O mês de junho começou confuso para usuários do transporte coletivo do Es-tado de São Paulo. No interior de São Paulo, a greve em Campinas foi cancelada a pou-cas horas de começar, levantando dúvidas e preocupações. Em Limeira, o transporte parou, prejudicando 200 mil usuários. No primeiro dia do novo mês, as cidades de Di-adema, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Santo André e Mauá, no Grande ABC, passaram o dia com poucos ou nenhum ôni-bus dos transportes coletivos municipais e intermunicipais operando. E, no mesmo dia, duas linhas da Companhia de Trens Metro-politanos (CPTM) não circularam, e mesmo com ônibus fazendo o trecho, a situação só piorou. O Metrô apenas adiou o sofrimento: a greve que também ia começar em 01/06 foi adiada, mas o estado de greve mantido. Ironicamente, foi o metrô que salvou alguns usuários na quinta-feira. No ABC, a paralisação começou à 0h, sem respeitar o prazo legal de 72 horas

determinadas por lei. Trabalhadores dos serviços municipais, intermunicipais e do corredor ABD cruzaram os braços após rejeitar a proposta de aumento em 8% nos salários feita pelas empresas. Em assembleia realizada na terça-feira (31/05), cerca de 2 mil trabalhadores pediam pelo aumento de 15% já proposto pelo sindicato no começo da campanha salarial. Porém, as outras rei-vindicações foram atendidas. As empresas agora vão pagar R$ 450 sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) para moto-ristas e cobradores, e aqueles que exercem as duas funções vão receber, além deste valor, uma bonificação de R$ 1,5 mil. Além disso, os funcionários vão poder contar com um inédito tíquete-refeição durante as férias, no valor de R$ 330, e também vão receber das empresas auxílio médico se afastados. Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários e Anexos do ABC, Francisco Mendes da Silva, o fato dos trabalhadores não aceita-rem a proposta de 8%, exigindo os 15%, pode botar tudo a perder. “É preciso levar em conta tudo aquilo que conseguimos con-quistar. Acredito que os trabalhadores estão

colocando tudo a perder, mas a democracia é assim. A categoria é quem decide”, afirmou. O salário atual dos motoristas é de R$ 1.890, e de cobradores R$ 1.096. Se o reajuste de 8% fosse aceito, os valores passariam para R$ 2.051 e R$ 1.184, respectivamente. A cidade mais afetada foi Mauá. Lá, 100% da frota não circulou durante todo o dia na cidade. Em Santo André, o índice che-gou a 95%. Já as cidades de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ficaram, pela manhã, com metade das frotas paradas, mas os tra-balhadores decidiram voltar a circular no período da tarde, normalizando a operação. Diadema foi a cidade que menos sentiu os efeitos da greve. Já na operação metropoli-tana, das 19 empresas que fazem o trans-porte em 130 linhas com 850 ônibus, apenas quatro operaram normalmente. No Corre-dor ABD, operado pela Metra, considerada pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), que gerencia o sistema, como a melhor empresa das Regiões Metro-politanas, 70% da frota de trólebus operou no período da manhã. À tarde, o número subiu para 75%. Em Santo André e São Bernardo

ONDA DE GREVES E REAJUSTES

Terminal de Diadema lotado de pessoas esperando ônibus que não vinha

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Busscar VB Elegance Scania da Viação Caprioli, a última compra de carros novos que a empresa vez antes de ser

vendida: marca desaparecerá a partir de agosto

Fotos: G1 e Estadão

não havia ônibus intermunicipal circulando. Nas outras, um número bastante reduzido. Como consequência, lotação, e atrasos que chegaram a mais de três horas. De acordo com a EMTU, mais de 200 mil pessoas foram prejudicadas. O Terminal Santo André che-gou a ficar fechado entre 5h e 7h. No final do primeiro dia de greve no ABC, uma confusão provocada por mo-toristas parados teve como saldo quatro veículos depredados. Os grevistas pararam os ônibus e trólebus que circulavam na ave-nida Ramiro Coleoni, próximo ao Shopping ABC, e obrigaram os motoristas a descerem dos veículos e aderirem forçosamente ao movimento. Depois, com pedras e paus, que-braram os vidros. Em assembleia realizada às 17h da quarta, os grevistas decidiram manter a paralisação. A única cidade que operou foi Diadema, com 50% da frota circulando. Este fato pode ser explicado: a Empresa de Trans-porte Coletivo de Diadema (ETCD) ainda é uma empresa pública, e a greve atingiu so-mente as particulares. Nas intermunicipais, apenas as linhas que ligavam Santo André ao Terminal Sacomã, São Caetano e Aeroporto de Congonhas operaram normalmente. A-penas 15% da frota de trólebus circulou. No Corredor ABD, o número de ônibus circu-lando chegou a 90. A EMTU conseguiu uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª região para garantir que 80% da frota circulasse na quinta-feira, mas o sindi-cato não cumpriu a determinação. De acor-do com a assessoria, as empresas Imigrantes, Tucuruvi, Interbus e Padre Eustáquio foram as únicas que circularam normalmente pela manhã. Na noite de quinta, porém, veio a notícia que a população esperava: através de mediação do TRT, o sindicato aceitou a pro-posta de 7,8% de aumento salarial. A reunião acabou às 20h, e, apesar disso, a greve não estava totalmente encerrada. Uma assem-bleia foi convocada às 9h da sexta-feira para, daí sim, dar fim ao movimento de paralisa-ção. Só depois disso que todos os ônibus mu-nicipais e intermunicipais voltaram a rodar, gradativamente. À tarde, a situação já estava normalizada. Mais de 1 milhão de passage-iros foram afetados com os dias parados. Duas linhas da CPTM pararam na quarta, prejudicando 400 mil. No dia seguinte, todas não circularam Ao mesmo tempo que acontecia a greve do ABC, na quarta-feira, as linhas 11 – Coral e 12 – Safira foram prejudicadas por uma greve parcial dos funcionários da CPTM. Outras duas linhas também foram prejudicadas. Dos quatro sindicatos que atu-am, dois deflagraram a greve, que prejudicou

400 mil passageiros. A linha 12, que liga a região do Brás, na capital, até Calmon Viana, em Poá, nem começou a circular, por volta das 4h. Já a extensão da linha 11 (Expresso Leste) es-teve inoperante no trecho entre Guaianazes (capital) e a Estação Estudantes, em Mogi das Cruzes. Neste dia, ônibus percorreram gratuitamente os trechos afetados, numa tentativa de minimizar o caos para a popula-ção. Na quinta-feira (02/06), todas as linhas de trens pararam, e não houve condições para ativar o Plano de Apoio En-tre Empresas em Situação de Emergência (PAESE). Como forma de garantir a segu-rança dos usuários e dos poucos funcionári-os que apareceram para trabalhar, a CPTM decidiu fechar todas as 89 estações espalha-das pelas cidades da Grande São Paulo. Uma nota divulgada pela empresa afirmou que eles “tentaram até o último minuto sensibi-lizar os sindicatos da importância de manter as linhas operando nesta quinta”. Mais de 2,5 milhões de passageiros foram afetados só na quinta. O motivo da paralisação também é questão salarial: eles querem aumento de 8% conforme inflação mais 5% de aumento real, e vale-alimentação de R$ 19. A proposta feita pela CPTM foi de 3,07% e vale de R$ 17. A parada de 100% dos trens contraria a determinação do (TRT), que obrigava o sin-dicato a manter 90% da frota nos horários de pico, e 70% nos entrepicos. Para o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos, a decisão do TRT não afeta a decisão da entidade de classe. “A multa que o tribunal coloca vale tanto para o sindicato quanto para a empresa”, disse. E justamente a multa que fez os sin-dicatos reverem a posição de parar 100% dos trens na sexta-feira. Logo após o anúncio do TRT de que a punição por dia de paralisação

total subiu para R$ 200 mil, os trens volta-ram a circular gradativamente nas linhas da CPTM. O estado de greve foi mantido, mas com 90% da frota de trens circulando no horário de pico, o prejuízo à população foi bem menor. Uma nova reunião entre a em-presa e os quatro sindicatos foi marcada para 10 de junho.

Metroviários adiaram paralisação, e Metrô foi uma das salvações do usuário Os metroviários de São Paulo tam-bém estavam preparados para paralisar as atividades no dia 1 de junho. Até então, o que a empresa oferecia era um reajuste de 7,7%. Os trabalhadores pediam que o valor do reajuste fosse de 10,79%. Durante a as-sembleia, quando a greve parecia iminente, o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Prazeres, deu mais cinco minutos para que o Metrô apresentasse uma contra-proposta. E ela veio. O presidente da com-panhia, Sérgio Avelleda, propôs 8%, incluin-do 6,39% da variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) e 1,5% de aumento real. A proposta dividiu os cerca de 1.200 trabalhadores que estavam reunidos. O sin-dicato então decidiu adiar a greve, e uma nova assembleia para definir os rumos da paralisação foi marcada para a quinta-feira (02/06). A própria reivindicação de aumento salarial feita pelo sindicato baixou para 8,5% após a primeira proposta. Nessa reunião na noite de quinta, os metroviários aceitaram o índice de 8% oferecido pela companhia. O vale-alimentação também subiu. Graças ao adiamento da greve, o Metrô circulou com número de usuários maior que o normal nos dias em que trens e ônibus intermunicipais estavam parados.

Início da integração entre CPTM e Metrô em Pinheiros foi adiada Por causa da paralisação dos fer-

Terminal urbano de Vila Luzita, em Santo André, fechado no dia da greve

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roviários da CPTM, a integração entre as linhas 9 (Esmeralda – Osasco / Grajaú), da CPTM, e a 4 (Amarela), do Metrô, anun-ciada na terça-feira (31/05) pela STM foi adiada por dois dias. A operação, na Estação Pinheiros, ia começar na quinta-feira (02), a partir das 4h, mas só começou a valer na sexta-feira (03). A operação é sempre de se-gunda à sexta, das 4h40 às 15h. A nova inte-gração é gratuita e beneficiará mais de 100 mil usuários que circulam entre as estações Pinheiros por dia. Para viabilizar o serviço, o Metrô instalou uma passarela de 56,6m de extensão e 8,9m de largura entre as duas es-tações.

No interior, extremos: em Campinas, greve foi cancelada horas antes de começar... A greve anunciada pelos motoristas e cobradores de Campinas não aconteceu. Mas foi por pouco. Com uma manobra rá-pida da Associação das Empresas de Trans-porte Coletivo Urbano da cidade (Transurc), um bom valor negociado e a intervenção do TRT, a paralisação foi cancelada às 15h55 da terça-feira (31/05), menos de 10 horas antes do início programado. A reunião na sede de Campinas do TRT começou pela manhã, e acabou no meio da tarde. Numa mesa-redonda presidida pelo Desembargador Dr. Flávio Allegrette de

M A T É R I A D A S E M A N A

Campos Cooper, o sindicato aceitou a pro-posta de 9% de reajuste salarial, mais 20% de aumento no tíquete-refeição, que agora é de R$ 300, troca do convênio médico e R$ 420 de Participação de Lucros e Resultados, que será pago em duas parcelas a partir de julho. O sindicato pedia reposição de 6,31% mais 15% de aumento real. De acordo com o Sindicato dos Tra-balhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região, este índice foi o maior conseguido pela categoria na região em vári-os anos. O salário médio de um motorista de ônibus foi para R$ 1.615,33, e cobradores agora vão ganhar R$ 718,00.

... em Limeira, paralisação pegou usuários de surpresa na volta para casa ... Em Limeira, cidade que fica a 40km de Campinas, a paralisação dos motoris-tas e cobradores não só aconteceu, como pegou a população de surpresa. Os ônibus começaram a parar gradativamente às 19h da quarta-feira (01). Duas propostas foram feitas pela Prefeitura, mas recusadas pelo sindicato. A primeira garantiria um reajuste de 10% imediatamente, e, em janeiro de 2012 o reajuste em mais 3%. Já a segunda aumen-taria os salários em 13% de forma imediata, mas o valor da hora-extra seria reduzido de 75% para 50%.

Em entrevista para o programa “Em cima do fato”, da TV Mix, Oliveira, representante do sindicato, foi categórico. “Nós aceitamos a proposta de reajuste de 13% agora e a manutenção da hora-extra em 75%”, disse. Segundo ele, apenas 40% da frota está circulando na cidade, conforme determinação do TRT. Oliveira ainda pediu apoio à população, e argumentou que o au-mento da tarifa na cidade foi de 12,5%. “Um absurdo”, afirmou. Segundo a Prefeitura, 70 mil pessoas foram afetadas diretamente pela redução de frota. Contratos emergenciais com empresas foram feitos para tentar ame-nizar o problema. O transporte na cidade é operado pelas empresas Limeirense e Rápido Sudeste. A manifestação, porém, não durou dois dias. Na sexta-feira (03), graças à inter-venção do TRT, a Prefeitura e o Sindicato chegaram a um acordo: 12% de reajuste e a manutenção dos 75% do valor das horas-extras, e os ônibus voltaram a circular por volta das 12h30.

... e em Ribeirão Preto, sindicato pede reajuste ‘fora da realidade’ Em duas assembleias na quinta-fei-ra (02), os trabalhadores das três empresas que fazem o transporte urbano de Ribeirão Preto, Transcorp, Rápido D’Oeste e Turb, decidiram fazer uma manifestação no centro

Estação Corinthians - Itaquera do Metrô de São Paulo, superlotada no dia da greve dos trens

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da cidade. O sindicato pede reajuste de 66% no salário dos motoristas, um número in-édito no Estado. A Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano da cidade (Transurb) oferece 6,3%. “Sabemos que 66% é um valor alto. Queremos algo compatível com o que foi oferecido nas outras cidades”, comentou o presidente do Sindicato dos Em-pregados de Empresas de Transporte Urbano de Ribeirão Preto, João Henrique Bueno. Os motoristas também pedem o aumento da Participação de Lucros e Resul-tados e o pagamento integral do convênio médico. A manifestação travou as avenidas do quadrilátero central às 8h. Apenas os ônibus que circulam no centro da cidade pa-raram nas avenidas, ficando lá por cerca de duas horas. Para o presidente da Tran-surb, Roque Felício, as concessionárias estão dispostas a negociar, mas por valores mais rea-listas. “É preciso achar uma negociação coerente e responsável, não apenas pedir reajuste por ‘achismo’”, ponderou. A empre-sa, porém, já afirmou que não vai renegociar o valor do PLR e o pagamento integral do plano de saúde. Na noite da sexta-feira (03), a Transurb ofereceu uma nova proposta: 8%. A reunião que vai definir se o valor será aceito ou não só acontecerá na quarta-feira (08/06). O valor de 66% novamente foi mo-tivo de divisão no sindicato. “Eu acho que acima de 10% seria um número razoável. Mas essa é minha opinião, não da categoria. No Brasil, não há política de reajustes as-tronômicos, nós entendemos que está fora da realidade, mas estamos trabalhando com esse número, pois foi aprovado em pauta”, comentou Alcides Lopes de Souza Filho, vice-diretor do Sindicato. Caso os trabalha-dores não aceitem o valor, a greve será defla-grada logo após a assembleia, que acontecerá no período da manhã.

Sorocaba terá nova tarifa a partir do próx-imo sábado (11) Os usuários do transporte coletivo de Sorocaba, interior de São Paulo, já po-dem se preparar para tirar mais dinheiro do bolso ao pegar ônibus. A partir do próximo sábado (11/06), as tarifas cobradas no siste-ma vão subir, na média, 5,17%. O aumento nos salários dos motoristas, a contratação de 40 novos agentes de bordo e a reposição de variação dos preços dos insumos básicos são os motivos da Prefeitura e da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Social de Soro-caba (Urbes) para o aumento. Na ponta do lápis, a tarifa comum vai subir de R$ 2,65 para R$ 2,85. Já o vale-transporte tem o maior aumento: de R$ 2,69 para R$ 2,95. Já a tarifa para os estu-dantes sobe apenas cinco centavos: de R$ 1,45 para R$ 1,50. Já a tarifa especial aos do-

mingos, chamado de “Domingão”, não sofre alteração: neste dia, a passagem continuará custando apenas R$ 1. Os usuários podem adquirir os passes nos preços antigos até o dia 10, com validade de 180 dias. Para usufruir da tarifa especial de 1 real, o passageiro deve fazer o Cartão de Ônibus Municipal (COM), que pode ser retirado nos dois terminais (Santo Antônio e Central). Atualmente, cinco em-presas operam as mais de 90 linhas, que transportam mais de 4 milhões de usuários.

Jundiaí reajusta tarifa e promete mais ôni-bus aos domingos A Secretaria de Transportes de Jun-diaí (Setransp), interior de SP, reajustou a tarifa do transporte público no último do-mingo (29/05). Agora, o valor cobrado nos ônibus municipais do Sistema Integrado de Transporte Urbano (SITU) é de R$ 2,90. O reajuste anterior aconteceu em abril de 2010. Além do aumento da tarifa, a Secretaria anunciou o aumento no número de ônibus circulando aos domingos e fez promessas para melhorar a qualidade do transporte. Os índices que ajudaram a elevar a tarifa em R$ 0,25 foram: reajuste salarial dos motoristas e cobradores (que chegou a 10%); pneus, que subiram 14,43%, e o investimento em novos ônibus, que pesou 14,13% na composição da nova tarifa. Além do reajuste, a Prefeitura anun-ciou que vai ampliar a circulação de ônibus aos domingos na cidade. Ao todo, circularão 25% mais veículos em, ao menos, 20 linhas, reduzindo os intervalos atuais para menos da metade. A primeira fase começou neste domingo (05/06) (veja quadro). Em mais al-guns meses, outras linhas terão os horários ampliados, conforme estudos realizados pela própria Setransp. Fora o aumento de veícu-los, algumas linhas tiveram seus horários re-planejados, que também contribuíram para a redução do intervalo.

Mas o aumento de frota não fica só aos domingos. Em até um mês, mais 15 ônibus vão ser incorporados para aumen-tar a quantidade de lugares disponíveis nos horários de pico em várias linhas. Dados ob-tidos pelos aparelhos de GPS instalados nos ônibus apontaram a necessidade do aumento de frota, já que a superlotação é problema recorrente na cidade. A Prefeitura também fez promes-sas para melhorar o transporte coletivo da cidade, além da implantação do GPS em to-dos os ônibus da frota até o fim deste ano. Há também o projeto de aumentar a quan-tidade de linhas expressas pela cidade. A reforma e implantação de abrigos também continuará. Outro projeto é o do Cartão Idoso, que permite que o usuário com mais de 60 anos passe a catraca sem necessidade de pagamento da tarifa. O “Embarque Fácil”, que cria filas, organizando e agilizando a en-trada dos passageiros nos ônibus em termi-nais também será levado a outros terminais. Hoje, apenas duas linhas do Terminal Eloy Chaves já contam com o sistema. O programa “Ganha Tempo”, que possibilita a integração em pontos de ônibus específicos, sem a necessidade do usuário se deslocar a um terminal distante, será ampliado para outras 10 regiões da cidade. Hoje, o programa funciona apenas para os moradores dos bairros Jundiaí-Mirim, Mato Dentro, Rio Acima e São Camilo, que não precisam mais ir até o Terminal Vila Arens para chegar à Vila Hortolândia. Próximo à igreja do Jundiaí-Mirim, pontos de ônibus identificados com placas “Integração Ganha Tempo” possibilitam que os usuários que usam o cartão, seja vale-transporte, comum ou estudante, em-barquem em outro ônibus num prazo de até 90 minutos nos dois sentidos. Os testes mostraram que os moradores destas regiões economizaram até 40 minutos no desloca-mento.

Jundiaí/SPLinhas com novos horários de operação a partir de 05/06504 – Sta. Gertrudes / T. Vl. Arens507 – Jd. do Lago / T. Vl. Arens513 – São Camilo / T. Vl. Arens541 – Medeiros Ermida / T. E.Chaves552 - Cid.Nova - J. Carpas / T. Colônia556 – Roseira-Spiandorello/ T. Colônia562 – Morada das Vinhas / T. Cecap563 – Fernandes / T. Cecap570 – Dist. Industrial / T. Hortolândia703 – Rio Acima / T. Vl. Arens751 – Ivoturucaia / T. V. Arens -T. Colônia940 – T. E.Chaves / T. Hortol.-Maxi Shop.

941A – T. Eloy Chaves / T. Vl. Arens via Marg. Norte 941B – T. Eloy Chaves / T. Vl. Arens via Marg. Sul952 – T. Colônia / T. Central via Antenor Gandra953 – T. Colônia / T. Central956 – T. Colônia / T. Cecap via Maxi Shopping968 – T. Cecap / T. Rami -9 de julho986 – T. Rami / T. Cecap via T. Vl. Arens

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R E V I S T A

InterBussAilton Florêncio da SilvaAilton Florêncio da Silva

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Fábio Takahashi TanniguchiP A R A D A D I G I T A L

Os colecionadores de fotos de ônibus aumentam pelo Brasil. Surge mais gente, de to-dos os cantos. E a internet ajudou a impulsionar o hobby, divulgando-o e tornando-se a base de uma rede de pessoas com uma característica muito particular: compartilhar fotos, dar opin-iões sobre sistemas de transportes, empresas de ônibus, encarroçadoras, chassis, etc. Ou seja, chegamos a um ponto no qual uma só plataforma tem sido insufici-ente. O Orkut não é suficiente porque não dá tanta privacidade e, no final, as pessoas são obrigadas a misturar no Orkut os colegas de hobby, os amigos e os colegas de trabalho/escola. Além disso, o Orkut não é um local muito interessante para colocar fotos, espe-cialmente por ter que creditar tudo sozinho e acabar misturando fotos do hobby e fotos do churrasco da empresa/escola, por exemplo. O Facebook é uma rede social mais robusta, mais focada na função de juntar todos os seus amigos. Ou seja, não é algo ideal para o hobby. Já os fotologs e álbuns virtuais (como o Picasa e o Flickr) são muito restritos a fotos, e não incentivam muito o debate de qualidade. O Twitter nem merece citação por estar muito longe de ser algo que possa ser usado plena-mente pelo hobby. Atualmente, percebe-se um enorme contingente passando a colocar fotos no Ôni-busBrasil. A ideia do site é maravilhosa. Seu desenvolvimento foi muito bem feito, e tem melhorado bastante. O uso de links fáceis para cada álbum é um diferencial muito im-portante que foi decisivo para o sucesso. A partir do momento no qual eu posso acessar seu álbum pelo “onibusbrasil.com/joaodasil-va”, o álbum do indivíduo pode ser divulgado de forma fácil e eficiente. Cria-se, portanto,

O hobby, as redes sociais e um desejo o início de uma rede social da busologia brasileira. O ÔnibusBrasil tem alguns desafios a superar, mas em especial a falta de credi-bilidade, devido ao excesso de usuários que espalham boatos infundados. Lógico que não deve ser fácil moderar comentários num site do tamanho do ÔnibusBrasil, mas é essencial que busquem diminuir esse problema. Mas o ÔnibusBrasil tem um grande potencial, que não pode ser jogado no lixo ou restrito a fo-tos. Falta uma plataforma integrada com um fórum de discussões, notícias atualizadas do mercado em maior escala, etc. Ao verificar outros sites, também percebe-se a falta de um elemento, a existên-cia de outro, mas nunca há uma plataforma verdadeiramente completa. Talvez porque esteja faltando união de esforços para que se junte o melhor de cada um. E, para isso, falta coragem das pessoas, muitas delas precon-ceituosas, que acabam por julgar a qualidade de tal site simplesmente porque ouviu de fu-lano de tal que as pessoas lá são retardadas. Mas, infelizmente, muita gente se comporta como verdadeiros doentes mentais. As listas de discussão ainda possuem certo grau de qualidade em seus debates, es-pecialmente por causa da permanência de algumas pessoas de grande credibilidade do hobby. Porém, vem crescendo o número de pessoas que só aparecem para fazer discur-sos, alguns inclusive preconceituosos contra várias coisas (inclusive contra a população brasileira), e dar showzinhos. Outros ficam de informantes para empresas e fabricantes, fun-ção que parece ter sido inspirada nas ditaduras militares. Ou seja, algumas listas viraram ver-dadeiros ninhos de cobras. Algumas pessoas

ficam caladas, ficam tímidas, diante do enorme número de mensagens de algumas poucas pes-soas. Ainda se salvam por alguns debates inter-essantes e por algumas pessoas que promovem esses debates de forma saudável e sempre estão lá para falar educadamente. Algo que está em falta ultimamente é a qualidade e os bons modos das pessoas. Moleques irresponsáveis divulgam boatos infundados, notícias absurdas, mas não con-seguem formular uma frase dizendo o que precisa melhorar no sistema de transporte da cidade em que vive. Muita gente coloca fotos de ônibus desfocadas, com poste no meio, pedaços de ônibus de forma totalmente nonsense, etc. Outras pessoas ainda roubam as fotos dos outros e colocam créditos como se elas mesmas tivessem tirado a foto. Sem contar ainda nas pessoas que só sabem falar bem de tal empresa, de tal encarroçadora, ou de tal montadora; gente com uma paixão fora do comum. Alguns chegam ao cúmulo de chamar o ônibus de “meu amigo”. Ou seja, as pessoas precisam colaborar. Precisam ativar o bom senso. Bons modos na internet são mui-to importantes, tanto quanto no mundo real. Esse tipo de gente mal-educada está jogando a vida fora. Está perdendo tempo. Devia estu-dar, trabalhar um pouquinho mais, arrumar algo pra fazer de útil. Como sempre, ainda temos muita gente educada e que tem bom senso. Precisam usar a internet para se unirem e formarem uma plataforma consistente para o hobby, uma plataforma central que procure integrar tudo o que há de melhor hoje. Lógico que trata-se uma certa utopia. Mas certas utopias são essenciais para se alcançar um estágio su-perior.

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Para entrar em contato com Fábio Takahashi Tanniguchi e tirar dúvidas ou sugerir pautas para sua colunaquinzenal, é só enviar uma mensagem para o seu e-mail: [email protected]

• Não deixe de baixar o...

Foi lançado o Busscar Urbanuss Pluss Articulado com chassi Volvo B12M/B340M para o jogo Midtown Madness 2. O modelo foi desenvolvido pela nova equipe Busteam, com vários usuários busólogos do fórum MM2BR. O modelo vem com uma pintura fictícia de Campinas, que troquei para uso pessoal pela pintura da VB-1, esta sim uma empresa real da cidade. Não tenho intenções, no momento, de divulgar a pintura.Foi, de fato, um dos melhores lançamentos de ônibus para MM2. Com excelente qualidade, sem pesar no hardware. O download pode ser feito através do link: http://www.mm2br.com/forum/in-dex.php?app=downloads&showfile=1563

Busscar Urbanuss Pluss - Volvo B12M/B340M Articulado (para Midtown Madness 2)

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As inscrições vão até o dia 15 de junho e os participantes terão o currículo divulgado no mercado de trabalho

Adamo BazaniN O S S O T R A N S P O R T E

Empresas de ônibus oferecemcurso gratuito para deficientes

físicos e auditivos

Incluir um portador de deficiên-cia física no dia a dia não é apenas oferecer rampas nas calçadas, transporte público com equipamentos como elevador ou piso baixo, sinais de trânsito especiais ou dispensar um errôneo tratamento com dó ou piedade. O portador de limitações, apesar de estar ciente que em muitos casos precisa de um tratamento diferenciado, não quer ser tratado como um outro tipo de cidadão. Afi-nal, isso não seria inclusão. Ele quer e tem o direito a transi-tar pela cidade, estudar, trabalhar, sentir-se produtivo. Em várias funções, o portador de necessidade especial é tão produtivo quanto um outro cidadão que não possui nenhuma limitação física ou audiovisual. O que faltam mesmo são oportuni-dades, principalmente de trabalho. E trabalhar deixa o cidadão com a sensação de dignidade, o que as pessoas com deficiência têm direito. Vários órgãos, instituições e em-presas tomam atitudes não só de auxílio mas acima de tudo de capacitação. É o que vão realizar várias empre-

sas de ônibus pelo SETPESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado de São Paulo em parceria com o STE-RIIISP- Sindicato dos Trabalhadores nas Em-presas de Ônibus Rodoviários Internacionais, Interestaduais, Intermunicipais e setor dife-renciado de São Paulo, Itapecerica da Serra, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Poá e Itaquaquecetuba, sob a orientação do Instituto Cultural de Integra-ção, Desenvolvimento e Cidadania – Grupo O Resgate. Até o dia 15 de junho podem ser re-alizadas inscrições para o Curso de Capacita-ção para a inclusão de pessoas com deficiên-cia no mercado de trabalho. O curso é de graça e pode represen-tar a oportunidade que muita gente sonha. Podem participar pessoas com de-ficiência física, mobilidade reduzida ou defi-ciência auditiva que já tenham completado o ensino fundamental. As aulas têm o objetivo de oferecer maior capacidade profissional para estas pes-soas entrarem no mercado de trabalho, em especial no setor de transportes. O curso tem sete módulos distribuí-

dos em oito dias e a carga horária diária é de 5 horas a 6 horas. Entre os temas abordados estão:•Atendimento ao cliente•.Educação Financeira•Redação empresarial•Qualidade de vida no trabalho•Inclusão Digital•Comunicação•Operação e funcionamento das empresas que atuam no setor rodoviário de passageiros.

PARTICIPANTES PODEM SAIRCOM EMPREGO Participar do curso pode ser a vez tão desejada para quem possui necessidade especial mas quer trabalhar. Isso porque após a conclusão dos estudos, os freqüentadores vão receber uma certificação que comprova a participação, terão os currículos divulgados no mercado de trabalho e podem conseguir emprego nas viações participantes, caso haja disponibilidade de vagas. Entre as empresas participantes es-tão:•Metra – Sistema Metropolitano de Trans-portes Ltda•Viação Cometa•Translitoral•Reunidas Paulista •Pássaro Marron O curso tem início no dia 27 de jun-ho e termina no dia 05 de julho de 2011. O local é no Instituto Resgate que fica na Rua da Abolição, 117, Bela Vista – São Paulo/SP, perto da Câmara Municipal de São Paulo.

INSCRIÇÕES As inscrições que são gratuitas de-vem ser feitas até o dia 15 de junho pelos seguintes endereços eletrônicos:[email protected]@[email protected]@[email protected] Empresas modernas, cada vez mais estão preocupadas não apenas no exercício puro de suas atividades, mas com seu papel social e ambiental. Incluir o portador de deficiência no mercado de trabalho é um ato de cidadania, respeito e amor ao próximo. O setor de transportes, por meio de órgãos como o SETPESP, estacada vez mais engajado em causas como estas, o que prova evolução do ramo. Muitas das empresas que vão pro-mover este curso já possuem pessoas com necessidades especiais em seus quadros e ga-rantem que os trabalhos são realizados com excelência.

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Metra é uma das empresas que participam do curso gratuito que as empresas de transporte oferecem para a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com deficiência física, deficiência auditiva ou mobilidade reduzida. O portador de deficiência não quer ser tratado como um outro tipo de cidadão. Ele precisa fazer parte da rotina das cidades e ter sua capacidade de trabalho aproveitada

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V Á, M A S V I S I T E

O Congresso Federal oferece visitas guiadas a quem se interessa em conhecer por dentro um dos mais belos e importantes pré-dios de nosso país. A visita começa ainda no saguão de entrada onde podemos adquirir algumas lembrancinhas, e após isso somos convidados a adentrar ao prédio por uma pequena sa-linha onde é passado um vídeo explicando a história do Congresso, desde a sua construção até os dias de hoje e explicando detalhes sobre a visita. Após esse vídeo a primeira parada da visita é na Câmara dos Deputados, no Salão Verde, onde temos maquetes do pré-dio, e uma exposição sobre todas as moedas que circularam em nosso país até os dias de hoje, mais a frente uma visita ao Gabinete da Presidência da Câmara, com direito a con-hecer a Sala do Presidente! Logo após a visita segue para o Plenário da Câmara, onde vamos conhecer o funcionamento das reuinões da Câmara,

como são as votações e com direito a sentar em uma das cadeiras e por alguns minutos se sentir um Deputado Federal! Na saída do Plenário está o quadro com o rosto de todos os Presidentes da Câ-mara até os dias de hoje, e ao lado um quadro exatamente igual porém com um espaço vazio onde você pode colocar o seu rosto e ser tam-bém um Presidente da Câmara. A visita segue agora para o Senado Federal, começando pelo Salão Azul e a Sala das Bandeiras, no saguão está um quadro com fotos de todos os senadores em mandato no momento, o Plenário do Senado está em re-formas, portanto a visita está proibida, mas faz parte do cronograma de visitação tam-bém, quando acabar a reforma será aberto a visitação normalmente. A parte mais interessante da visita ao Senado é o Túnel do Tempo, um túnel subterrâneo que dá acesso do Congresso aos prédios anexos aonde estão os gabinetes e as comissões do senado é possível avistar tudo, inclusive a Biblioteca do Senado e o “Ple-narinho” (antigo Plenário), e a visita termina

na Chapelaria do Senado. Toda a visitação é acompanhada por um guia, que explica tudo e responde todas as perguntas, e é permitido tirar fotografias, fazer filmagens e coisas do tipo. A visitação ocorre aos sábados, do-mingos e feriados de 09:30 as 17:30, os grupos são formados no saguão de entrada, e as visi-tas tem inicio a cada 30 minutos, com entrada franca.

Tiago de Grande

Fotos ao lado

1. Plenário da Câmara

2. Plenarinho

3. Salão Verde da Câmara

4. Ala dos Gabinetes

5. Túnel do Tempo

O CONGRESSO NACIONALO CONGRESSO NACIONAL

NA CIDADE DE BRASÍLIA - DF

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Fotos: Tiago de Grande

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William GimenesC O L U N I S T A S

De São Paulo a Ribeirão Pirespelo Riacho Grande

Nesta semana minha coluna vai ser um pouco diferente: menos técnica e mais narrativa, bem parecida com as do meu grande amigo e colega de Revista Interbuss José Euvilásio, contando uma história do ro-teiro mais demorado feito durante os quatro anos de Faculdade de Jornalismo, cursado por mim na Estácio de Sá no bairro da Saúde, Zona Sul de São Paulo: o roteiro para Ribeirão Pires partindo da Saúde e passando por toda a cidade de São Bernardo do Campo e pelo distrito de Riacho Grande. Nove de novembro de dois mil e dez, mais de nove horas da noite. Trabalhos encer-rados na Estácio de Sá (na época, os trabal-hos se encerravam às 20h30, o que provocou um aumento na distância dos meus roteiros. Alguns colegas de classe chegaram a partici-par esporadicamente de alguns deles) e um iminente temporal se aproximando da Zona Sul paulistana. Escuto trovões ao longe. Saio da universidade e vou à Rua Fiação da Saúde, onde ficam os pontos finais das linhas da Via-ção Imigrantes e da Triângulo para São Ber-nardo do Campo e Diadema. Aparece o 050 (São Bernardo do Campo/Paço Municipal), um Apache S21 sob chassi Scania F-113 reen-carroçado. Essa linha, junto com a 359 (mes-mo itinerário) são as únicas da grande São Paulo a terem em sua frota ônibus de chassi Scania.

Terminal Rodoviário Turístico da cidade de Ribeirão Pires

Antigo terminal da cidade A viagem de 050 passa pela região do Zoológico, em São Paulo, e pelos bairros de Taboão, Rudge Ramos (onde a maioria dos passageiros desce) e pelo Centro de São Bernardo. Na metade do trajeto o temporal começou: peguei alagamento na Avenida Se-nador Vergueiro, no coração do Rudge Ra-mos. Chego ao ponto-final, no Terminal Met-ropolitano de São Bernardo às 22h25. A cidade de São Bernardo possui 59

linhas e uma frota de mais de 200 veículos, com operação do consórcio São Bernardo Transportes (SBCTrans) desde a década de 90. Ainda há Mafersas M-210 rodando, mas a frota atual é composta de muitos carros no-vos, inclusive Millenium 2 Scania K-270. Há várias linhas rurais além da Balsa do Riacho Grande, pegando estradas de chão. No Terminal está parado o carro da linha 165 (SBC x Ribeirão Pires). Mesmo em-

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Ônibus urbanos de Ribeirão Pires: RIGRAS e Irmãos Corrêa

baixo de temporal, resolvo encarar o trajeto, mesmo sem a certeza de conseguir pegar o trem (o último passaria 00h06) para casa, no Ipiranga. O Spectrum City sai cheio de São Bernardo e enche mais ainda no trajeto até o Terminal Ferrazópolis, ainda na cidade. Logo após sair deste terminal, onde inicia-se o cor-redor de trólebus da Metra, o veículo entra na Via Anchieta, onde desenvolve uma boa velo-cidade. A conservação do veículo da Viripisa era tão ruim que eu achava que naquele tem-poral e velocidade, o veículo ia se desmanchar no meio da Anchieta. Assim que o ônibus sai da Anchieta ele entra no distrito de Riacho Grande, pas-sando pelas ruas principais (mas longe da conhecida Balsa) e entrando no Terminal Urbano do bairro. Em seguida ele entra na Rodovia Índio Tibiriçá, onde além do tempo-ral há a escuridão, pois não havia iluminação pública. Iluminação só a do conhecido Estân-cia do Alto da Serra, palco de diversos eventos e shows. O medo aumenta. Será que eu con-sigo chegar em casa? São 23h40 e o ônibus cir-cula por algumas ruas de bairros de Ribeirão Pires. O temporal havia terminado. Para evi-tar o nervosismo, em vez de ouvir notícias pelo rádio como faço desde o final da década de 80, ouço música na OiFM. E evito olhar no relógio, claro! Mas às 23h55 o ônibus chega ao Centro de Ribeirão Pires. Consegui! Desço e saio correndo em direção à CPTM. A cidade de Ribeirão Pires inau-gurou recentemente um Terminal Rodoviário, e nele operam as 14 linhas da cidade, opera-das pela Rigras e pela Irmãos Corrêa, além das linhas rodoviárias da Cometa (ex-Expres-so Brasileiro) e da Útil, para a cidade do Rio de Janeiro. E pontualmente aos 6 minutos daquela quarta-feira o trem da CPTM en-costa na plataforma da Estação de Ribeirão Pires, me levando para casa em 35 minutos, terminando assim o maior (até então) e maior roteiro da minha história como universitário aqui em São Paulo.

Calçadão de Rib. Pires já na madrugada do dia 10/nov e Estação da cidade no mesmo dia por volta da meia-noite, minutos antes do último trem

Municipais de São Bernardo

Quero aproveitar este espaço para fazer uma homenagem aos meus colegas que mesmo involuntariamente me incentivaram nos meus roteiros depois das aulas e foram minhas companhias em muitos deles: Karol

Albuquerque, Karla Divino, Marina Vale-riano, Alline Lima, Elaine Moura, Leonardo Britos, Célio Vaz, Fernanda Cremonezi, Carla Pandolfi, Rodrigo Mattar, Eduardo Carraro, Raoni David, Fábio Pereira e Viviane Pires.

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Posto de cobrador: em vias de ser extinto na cidade de São Paulo

José Euvilásio Sales BezerraC I R C U L A N D O

Asteriscos – Informações e Comentários...

FIM DOS COBRADORES NOS ÔNIBUS UR-BANOS DE SÃO PAULO – Nesta semana que passou, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de São Paulo (SPUrbanuss) e o Sindi-cato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo (Sindimotoristas) anunciaram que chegaram a um acordo para a extinção da função de co-brador. Segundo as entidades, os funcionários que ocupam essa função não serão demitidos e sim remanejados para outras funções dentro das empresas.

* Sinceramente, espero não ver algo semelhante ao que ocorreu no fim dos anos 90. Naquela é-poca, quando uma atitude semelhante foi toma-da, os passageiros, ao invés de usarem a bilheta-gem eletrônica, simplesmente pularam a catraca, viajando de graça. O prejuízo foi tanto que, rapi-damente, os cobradores foram recontratados.

** De todo o modo, fica a pergunta: será que as entidades sabem que os cobradores cumprem várias outras funções além da cobrança da pas-sagem? Eles também são responsáveis em infor-mar os usuários que não conhecem pontos do trajeto, ajudar no acesso de usuários portadores de deficiência ao veículo, ajudar o motorista em

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ocasiões como uma mudança de faixa (várias linhas deixam o corredor de ônibus à esquerda e nem sempre os motorista dos veículos de pas-seio atendem à seta, cabendo ao cobrador a fa-zer sinal de braço para poder seguir para a faixa à direita), observar o que ocorre no salão de passageiros, recolher objetos perdidos durante a viagem, zelar pela limpeza do veículo, indicar aos motoristas novos de linha o trajeto desta... Enfim, várias funções que, sozinho, o motorista não daria conta.

*** Infelizmente é muito mais fácil extinguir uma função tão necessária que é a de cobra-dor de ônibus do que, simplesmente, adaptá-la a uma nova realidade. Vamos aguardar e ver no que isso vai dar...

ENERGIA ALTERNATIVA – Na última semana de maio, foram entregues cerca de dez Caio Mil-lennium II, chassi Scania K270, movidos a etanol pela VIM – Viação Metropolitana de São Paulo. Esses dez são os primeiros de um primeiro lote de 50 carros com essa configuração. Além desses veículos, a cidade já possui dezenas Caio Mil-lennium MBB O500M flex (diesel e etanol), da viação Sambaíba, vários veículos da viação VIP

Transportes Urbano movidos com diesel com adição de 20% de biodiesel e três veículos da Via-ção Santa Brígida movidos com cerca de 10% de diesel de cana – estes ainda em testes.

* Acho muito legal essa iniciativa. Mas já há notí-cias de que o etanol não é tão limpo como se diz. Até por essas controvérsias, seria interessante um estudo mais profundo da prefeitura em cima da limpeza desses combustíveis. Cada fornecedor desses combustíveis vende o seu peixe... Mas pouco se diz de concreto sobre a eficiência desses combustíveis. Isso também ajudaria a garantir que esse tipo de projeto não tenha o mesmo fim de outros projetos, como o dos ônibus híbridos, que hoje estão fazendo número no Expresso Ti-radentes, ou das centenas de ônibus a gás natural que, no fim das contas, viraram ônibus a diesel.

GREVE NOS TRANSPORTES – Na Grande São Paulo, a semana que passou foi infernal para os usuários dos trens Metropolitanos e dos usuários das linhas de ônibus municipais e in-termunicipais do ABC e do Grande ABC: uma greve de dois dias afetou os serviços citados, deixando milhares de pessoas a pé. Isso trás de volta a tona o debate sobre a greve em serviços essenciais...

* O direito de greve é um direito constitucional do trabalhador. No entanto, em certas categorias – a dos transportes é uma delas – trás prejuízos não só às empresas – que é a intenção real da greve – mas muito mais aos trabalhadores. In-felizmente, nossas cidades não foram planejadas de modo a colocar os empregos perto da casa dos trabalhadores. Uma greve de dois dias como a que ocorreu, pode por em cheque a decisão de muitos empregadores em aceitar pessoas que morem em municípios diferentes dos de seus lo-cais de trabalho.

** Até por esse problemática social, acho que seria interessante mais ponderação da parte dos sindicalistas e trabalhadores na hora de partirem para atos como esse. Que, ao menos, mantives-sem uma frota circulante nos horários de pico de modo a atender a maior parte da população. Da maneira que foi feita, a iniciativa provocou mais revolta e indignação do que apoio da parte da população.

PRA ENCERRAR – Vamos curtir o hobby de maneira saudável. Infelizmente há pessoas que, em nome de uma “paixão”, fazem coisas absur-das, como retirar placas de itinerários, adesivos e placas de fabricantes de chassis e carrocerias. Isso é vandalismo. E o busólogo ou “entusiasta”, não importa como queiram ser chamados, que gosta e curte o hobby de maneira saudável, não faz coi-sas como essas. A você que faz isso, repense suas atitudes. Você é uma maçã podre no meio de um hobby saudável.

Ônibus da Expandir, do Grupo Vip: movido a biodiesel misturado ao diesel comum

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M U R A L

Colecionadores, frotistas epessoas ligadas ao setor detransportes estarão aqui,todas as semanas

2011 • Os amigos do Ônibus de Mogi, da es-querda pra direita: Marcel Truffa, Carlos Agh-lar e Ademir Bolinha. Nossos objetivos: mapear o transporte e ter conhecimento aprofundado sobre as em-presas da região do Alto Tietê. Principais empresas que temos conhecimentos: Eroles Turismo, Mito Turismo, Samavisa (antiga), Na-tal Transportadora Turística, Alto Grande Tur-ismo, JSL, Visul, Primavera, Radial e algumas pequenas como Nito, Aster, Transkm e TRR .

Envie você também a sua foto com sua equipe e veja-a aqui. O e-mail é [email protected]

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Marisa Vanessa N. CruzV I A G E N S & M E M Ó R I A

O legado deixado peloprof. Waldemar Stiel

Hoje farei um curto comentário, lembrando somente da importância em que o prof. Waldemar Corrêa Stiel teve com nos-

sos admiradores do transporte público. Conheci o prof. Waldemar na VVR de 2006, o último evento na garagem da Re-

denção na Vila Guilherme, São Paulo, antes de migrar para o Memorial da América Lati-na. Foi a oportunidade para poder conhecer o maior historiador de bondes do país. Em seguida, ele estava em um dia 25 de janeiro, não me lembro o ano (talvez 2008), no pas-seio de trólebus no centro de São Paulo, junto com integrantes do movimento “Respira São Paulo”. Observando os trólebus estampados com as fotos dos elétricos dos anos 50 (en-contrados em cerca de 10 trólebus que ro-dam até hoje), um dos integrantes mostrou para uma participante do evento: “Tá vendo aquela foto dos trólebus naquele veículo? Foi ele mesmo que tirou!”, apontando para o prof. Waldemar. Seus três livros, já li todos: o primei-ro livro, “História dos Transportes Coletivos de São Paulo” eu só encontrei um exemplar para ler na Biblioteca do Metrô. O segundo, encontrei a maior parte das páginas no Cen-tro Cultural de São Paulo e o último, encon-tra-se em bibliotecas de várias universidades do país. Nesse último livro há muitas tabelas, inclusive tarifas de ônibus de todos os tem-pos e muitas estatísticas. Numa época em que eu não tinha nascido, Waldemar trouxe seu valor i-nestimável para a preservação da história dos bondes, inclusive para quem nasceu após deixar de existir esse meio de transporte, que hoje é encontrado no museu Gaetano Fer-olla e também na cidade de Santos rodando como passeio turístico. Semana que vem teremos mais as-suntos.

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A linha Brasília x São Paulo é o-perada de forma legal pelas empresas Real Expresso e Rápido Federal, ambas são do mesmo grupo e os serviços são bem pareci-dos, e também há outras empresas que ope-ram a rota: Trans Brasil, Real Maia e Em-tram. A Emtram opera o trecho como São Paulo x Formosa/GO (cidade que fica no entorno do DF) e a Trans Brasil e Real Maia operam com liminares judiciais. A linha tem uma boa demanda em alguns horários, outros nem tanto. É um percurso longo, são 1020 kms, cumpridos em média com 15 horas. A Rápido Federal opera horários com menos paradas, enquan-to a Real Expresso opera os horários com mais paradas, os famosos “pinga-pinga”, e o trajeto básico é feito pelas BR-040, BR-050, Via Anhanguera (SP-330) e Rodovia dos Bandeirantes (SP-348).

A viagem A nova Rodoviária Interestadual de

Brasília está localizada bem na entrada do Plano Piloto, próximo a Asa Sul e ao Aero-porto, ao lado dela estão um shopping e um hipermercado, e ela também é integrada ao Metrô, sendo assim de fácil acesso, é bem limpa e organizada, porém na minha opi-nião com um movimento fraco. O meu embarque estava marcado para as 20hs, logo que cheguei o carro já es-tava lá, só tive tempo de preencher o canhoto e embarcar, o carro é novo, ainda é possível sentir o cheirinho de coisa nova. São 42 pol-tronas com encosto para as pernas, boa re-clinação e um espaço bom também, porém o serviço é bem básico, a empresa não oferece nada, nem água, a geladeira estava vazia. No horário da partida o primeiro motorista se apresenta e explica detalhes so-bre o trecho o qual ele fará, que é de Brasília até Uberaba/MG, hora de partir. Já ao sair da rodoviária a avenida dá acesso a BR-040, e com pouco tempo já esta-mos na rodovia, a divisa dos estados do Dis-

trito Federal e Goiás é bem próxima, aproxi-madamente 8 kms a frente e logo ao sairmos do DF chegamos as primeiras cidades de Goiás: Valparaiso de Goiás, aonde fizemos uma parada rápida na agencia da empresa, Cidade Ocidental e Luziânia. Esse trecho da BR-040 é duplicado e com grande movimento, as cidades se con-centram a beira da rodovia, são cidades com pouca infra estrutura e dependentes de Bra-sília para a maioria das coisas, sendo pratica-mente cidades-dormitório. Após passarmos por Luziânia, a duplicação termina, e também a paisagem muda completamente, a paisagem urbana some, ficando os grandes descampados e a vegetação rasteira típica dessa região do país, são descampados enormes, a se perder de vista, e esse trecho é uma leve descida e com poucas curvas, é um trecho até meio en-joativo. A próxima cidade é a pequena e ru-ral cidade de Cristalina, é no trecho perten-

SÃO PAULO X BRASÍLIA

Linha: Brasília (DF) x São Paulo (SP)Empresa: Rápido FederalCarro: 3105 (Marcopolo Paradiso G7 1200 – MBB O-500RS) A BR-050, em um de seus vários trechos

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cente a cidade que vamos sair da BR-040 e pegar o inicio da BR-050, que vai nos levar até a divisa com São Paulo, passando pelo estado de Minas Gerais, após o entronca-mento pegamos a BR-050, o trecho urbano de Cristalina é duplicado, mas após passar-mos a cidade volta a ser de pista simples, e não muito diferente da BR-040, com poucas curvas, e longas retas, porém a rodovia está em péssimas condições, com asfalto cheio de buracos e ondulações, o que torna a via-gem perigosa nesse trecho, que também é bem monótono e passando por cidades bem pequenas como: Domiciano Ribeiro, Campo Alegre de Goiás e Pires Belo, até chegarmos a cidade de Catalão, ultima cidade do estado de Goiás, e a nossa primeira parada para descanso, com 4 horas de viagem. No trecho de Catalão a rodovia também é duplicada e a cidade é espalhada as margens da rodovia. Antes de chegarmos na nossa parada, passa-mos em frente a rodoviária da cidade, que fica ao lado de um shopping, e mais a frente chegamos ao Posto JK para fazer a parada. O Posto JK é um posto de gasolina, ao lado uma agencia da Real Expresso/Rápi-do Federal, e um restaurante com instalações bem simples, é parada exclusiva dos ônibus da Rápido Federal e Real Expresso, inclusive para embarque e desembarque na cidade, uma parada rápida de 15 minutos, tempo de descer descansar um pouco da viagem, com-prar água e lanchar. Com exatos 15 minutos todos em-barcam e a viagem recomeça, de volta a BR-050, após passarmos Catalão a duplicação termina e com aproximadamente 30 kms a frente o estado de Goiás fica para trás e entramos no estado de Minas Gerais. No trecho mineiro, a BR-050 está em obras de duplicação e estão sendo construídos pontes, passarelas, trevos de acesso as cidades e re-capeando, com isso é um trecho esburacado, com muitos desvios de pista, cones para to-dos os lados, a primeira cidade em Minas é a simpática Araguari, na região do Triangulo Mineiro. Devido as obras pegamos alguns desvios por dentro da cidade, mas não dá pra ver muita coisa da cidade, pois não adentra-mos muito, apenas em algumas paralelas a rodovia. Após Araguari seguimos por mais 40 kms até a cidade mais importante da região, Uberlândia. O trecho ainda em ob-ras, segue cheio de desvios e com asfalto muito ruim, perto de Uberlândia passamos por uma balança. Da cidade de Uberlândia também não conseguimos ver muita coisa, pois a cidade é um pouco afastada da rodo-via, apenas algumas luzes ao fundo. Agora o trecho entre Uberlândia e Uberaba já é duplicado, porém é bem ruim,

com muitos buracos e asfalto muito mal cui-dado, esse trecho desde Catalão, passando por todo o estado de Minas até a divisa com São Paulo, é muito perigoso e exige atenção redobrada de quem trafega por ali, espero que com a conclusão das obras, a estrada fique menos perigosa. De Uberlândia até Uberaba são aproximadamente 100kms, e com 3 horas que saímos da parada em Catalão, estamos chegando a Uberaba, segunda parada para descanso e aonde há troca de motoristas, as 03:25 da manhã chegamos ao Posto Graal Antares, as margens da rodovia, parada de várias linhas que trafegam na região, e ao lado da garagem da Rápido Federal e Real Expresso, lá a parada é mais longa, 20 minu-tos para a troca de motorista, aproveito para descer e descansar um pouco também, afinal de contas já completamos a metade do per-curso. Agora com outro motorista, vamos seguir a viagem, ao sairmos do Antares para pegarmos de volta a BR-050 temos que pas-sar por um pequeno bairro, e logo estamos de volta a rodovia, a cidade de Uberaba fica as margens da rodovia e possui um entron-camento rodoviário importante entre as BRs 050 e 262, que dá acesso a Belo Horizonte, e logo após passarmos Uberaba chegamos a ultima cidade mineira da rota, a pequena cidade de Delta, que fica bem próxima a di-visa dos estados de Minas e São Paulo, que é numa ponte e após passarmos a ponte che-gamos no estado de São Paulo, e a Via An-hanguera que é a continuação natural da BR-050. Rodovia já privatizada e com asfalto bom, a Anhanguera é a porta de entrada do estado, com grande movimento, nesse trecho ela faz jus a quem diz que as rodovias paulis-

tas são as melhores do país. O primeiro trecho compreende as cidades de Igarapava, Aramina, Ituverava, São Joaquim da Barra, Morro Agudo e Or-lândia, até chegarmos a mais importante ci-dade da região e uma das mais importantes do estado, Ribeirão Preto. Após Ribeirão Preto, o trafego au-menta e com o dia amanhecendo é possível ver mais detalhes da paisagens, que nessa região do estado é predominante pelos cana-viais e muitas usinas. Após passarmos Ri-beirão Preto seguimos por mais um trecho que compreende as cidades de Cravinhos, São Simão, Santa Rita do Passa Quatro, Por-to Ferreira e Pirassununga, aonde vamos fa-zer a terceira e ultima parada para descanso e lanche. Chegamos em Pirassununga, no posto Graal Coral por volta das 7 da manhã, e o frio estava maltratando tanto fora como dentro do ônibus. Hora de descer, tomar um café bem quente e descansar um pouco para a reta final da viagem. As 07:20 a viagem recomeça e já com o dia bem claro é mais proveitosa, vejo passar as cidades de Pirassununga, Leme, Araras, Cordeirópolis e Limeira, onde fare-mos a primeira parada para desembarques, chegamos em Limeira por volta de 08:15 da manhã, desembarcou apenas uma pessoa. De volta a Anhanguera saímos de Limeira e passamos por Americana e Sumaré, cidades já pertencentes a Região Metropoli-tana de Campinas, região de tráfego pesado e pela primeira vez na viagem pegamos o tran-sito parado próximo a divisa das cidades de Sumaré e Campinas e o entroncamento com a Rodovia Dom Pedro I, mais a frente chega-mos a Campinas, importante cidade paulista e nossa segunda parada para desembarque,

Carro similar ao da viagem

Fotos: Divulgação e Luciano Roncolato

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D I Á R I O D E B O R D O

a entrada da cidade é pela Avenida Lix da Cunha, que da acesso direto da Anhanguera para a rodoviária, e as 09 da manhã em pon-to paramos na rodoviária de Campinas onde desceu a maioria das pessoas. A volta para a Anhanguera é pela mesma Lix da Cunha, e logo estamos de volta a rodovia e o fim da viagem se aprox-ima, Campinas é separada de São Paulo a-penas por 90 kms, e nesses 90kms passam as cidades de Valinhos, Vinhedo, Louveira e Jundiaí, aonde saímos da Anhanguera para pegarmos a Rodovia dos Bandeirantes, na minha opinião a melhor rodovia do país. A Bandeirantes estava com tran-sito carregado, mais não chegou a parar e o trecho até São Paulo é pequeno, com a-penas 50kms, com pouco tempo entramos na Região Metropolitana de São Paulo pela cidade de Caieiras e logo na cidade de São Paulo pelos bairros de Perus, Jaraguá (Onde é possível avistar o Pico do Jaraguá, cartão postal da cidade), Pirituba e Piqueri, e logo a frente a Marginal Tietê, que na hora que chegamos já não tinha o transito tão ruim característico dos horários de pico. Quando saímos da Marginal e pe-gamos a Ponte das Bandeiras tomei con-sciência que a viagem chegou ao fim, hora de me arrumar, pegar a mochila e desembarcar, chegamos nas plataformas de desembarque do Tietê as 10:30 da manhã, viagem comple-

ta com 14:30 de percurso, meia hora adian-tado.

Impressões sobre a viagem Na minha opinião por ser uma rota longa e ligando duas cidades muito impor-tantes do país, as empresas que a operam de-

veriam olhar pra essa rota com olhos diferen-tes, o serviço é muito precário, carros com pouco conforto e apesar de novos já mostram sintomas de mal uso, peças batendo, rangi-dos na carroceria, motores superaquecendo, o que chega a atrapalhar a qualidade da via-gem.

Pontos turísticos de Brasília: vista do Eixo Monumental e a Catedral

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