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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 77 15 de Janeiro de 2012 TRANSPORTE DO RIO COMEÇA ANO COM NOVIDADES Reforma do Terminal Alvorada para conexão do BRT Transoeste e novos trens reforçam qualidade no transporte da Cidade Maravilhosa TRANSPORTE DO RIO COMEÇA ANO COM NOVIDADES Reforma do Terminal Alvorada para conexão do BRT Transoeste e novos trens reforçam qualidade no transporte da Cidade Maravilhosa SAIBA NESTA EDIÇÃO! ü PORQUE A TARIFA DE ÔNIBUS É TÃO CARA?

Revista InterBuss - Edição 77 - 15/01/2012

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Corretoras acreditam queencarroçadora caxiense leva vantagem na concorrência

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 77 15 de Janeiro de 2012

TRANSPORTE DO RIOCOMEÇA ANO COMNOVIDADES

Reforma do Terminal Alvorada para conexãodo BRT Transoeste e novos trens reforçamqualidade no transporte da Cidade Maravilhosa

TRANSPORTE DO RIOCOMEÇA ANO COMNOVIDADES

Reforma do Terminal Alvorada para conexãodo BRT Transoeste e novos trens reforçamqualidade no transporte da Cidade Maravilhosa

SAIBA NESTA

EDIÇÃO!üPORQUE A TARIFA DE ÔNIBUS É TÃO CARA?

VOCÊ PEDIU, NÓS ATENDEMOS!

A GALERIA DE IMAGENS DOPORTAL INTERBUSS ESTÁ DE VOLTA!A PRIMEIRA ATUALIZAÇÃO SAIRÁ

NO DIA 21 DE JANEIRO. PARTICIPE!ENVIE SUA FOTO PARA

[email protected] SEMANA, NOVAS FOTOS! A CLÁSSICA GALERIA DE IMAGENS

DO PORTAL INTERBUSS, AGORA VOCÊ TEM ALTERNATIVA!Atenção: as fotos enviadas anteriormente a 01/01/12 serão descartadas e não valem para esta nova Galeria, porém podem ser reenviadas ao e-mail.

PORTAL INTERBUSS Junto com você, sempre!

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B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 28 PÁGINAS

| A Semana Revista

Saiba por que a tarifa de ônibus é tão cara para quem pagaPoliticagem é o principal motivo do encarecimento da tarifa do transporte público no Brasil com excesso de gratuidades 12

| Diário de Bordo

Fábio Tanniguchi apresenta em uma série de reportagens os vários modais que compõem toda a rede de transporte da capital francesa.Nesta edição, trazemos o tramway e a funicular de Montmartre 22

| A Semana Revista

Estudantes poderão terpasse livre no transporte públicoProjeto de Emenda à Constituição está em tramitação e garantea gratuidade em todo país 07

Conheça um pouco do sistema de transporte de Paris, na França

Terminal noRio de Janeiro serátotalmente reformulado para serponto de integração dos BRTs Transoeste e Transcarioca

Um Alvoradanovo

Página 9

Um Alvoradanovo

ANO 2 • Nº 77 • DOMINGO, 15 DE JANEIRO DE 2012 • 1ª EDIÇÃO - 13h52

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraEmbu-Guaçu quase isolada e BU+BOM 20

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALA politicagem e o transporte 6

SEU MURALA seção especial do leitor 23

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzAs criações do sr. Pelerson Penido 19

COLUNISTAS William GimenesPrimeira viagem a Brasília 13

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 24

DIÁRIO DE BORDO Fábio TanniguchiTransporte em Paris 22

| Colunistas

Saiba comofunciona aintegração BU + BOM, em S. PauloJosé Euvilásio Sales Bezerra explica como funciona a primeira integração desse tipo (metropolitano +urbano) na Grande São Paulo 20

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 16

Obs: Não percam! Na próxima edição tem a coluna sobre mecânica. Envie sua dúvida para [email protected] e veja a resposta na ediçao seguinte!Também não percam a primeira atualização da nova Galeria deImagens do Portal InterBuss, que volta no próximo sábado, dia 21.Envie sua foto para [email protected]

| Deu na Imprensa

Nissan dos EUA irá produzirmotores daMercedes-BenzParceria garante a produção dos propulsores na planta deTennessee, da Nissan 16

PÔSTERMarcopolo Paradiso G7 14

Mateus Barbosa

COLUNISTAS Adamo BazaniLicitação da ANTT: começarão as audiências 26

Página 9

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOFelipe Pereira eLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos a Mateus Barbosa pelo envio do pôster e a Fábio Tanniguchi pelo Diário de Bordo acerca do transporte em Paris.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

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PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A politicagem que está embutida nos transportes do Brasil acaba penalizando o usuário com tarifas altíssimas e qualidade baixa. É muito fácil notar o quão o trans-porte público é ruim por aqui: em um dia de chuva, pergunte para as pessoas que se molham debaixo de coberturas mal feitas se elas preferiam estar ali ou dentro de um carro próprio. São coisas que estimulam a com-pra de veículos de uso individual. É cada vez mais comum passar por casas e ver suas respectivas garagens com três, quatro carros, ficando um para cada membro da família. Isso é bom para a indústria automobilística, que continua enchendo o bolso de dinheiro com a anuência do governo federal, que es-timula cada vez mais a compra de carros e motos, baixando impostos e tomando medi-das que facilitam a compra desses veículos, enquanto o transporte público segue à mín-gua, sem nenhum estímulo. Para não dizer que há algum in-

centivo para ônibus, os empresários têm fa-cilidade na compra de novos veículos com o financiamento pelo FINAME (Financia-mento de Máquinas e Equipamentos), uma linha de crédito especial concedida pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social). E só. Não há isenção de impostos, redução de pedágios, incentivos ou subsídios. O FINAME apenas estimula a compra de ônibus mais novos, e nada mais. Isso não é o suficiente para um sistema de transporte funcionar de forma adequada. Há muitos ônibus mais antigos que estão em excelente estado e dispõe de um confor-to muito maior do que veículos zero km. O amadorismo do poder público no gerencia-mento de sistema de transportes está muito claro na exigência de idade média de frota. Não é um ônibus mais novo que vai fazer a qualidade de vida do povo melhorar, mas sim a eficiência desse meio de transporte. O passageiro quer chegar rápido em seu

A política que não deixa o transporte no Brasil evoluir

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial

destino, ele tem que ter algum motivo posi-tivo que o estimule a deixar seu carro em casa para pegar um ônibus, e com certeza a tarifa não é um desses motivos. Muitos políticos concedem gra-tuidades a diversas classes sem neces-sidade em troca de votos. O problema não está nem em conceder a gratuidade em si, mas alguém tem que pagar por isso, e tudo acaba sendo empurrado para o empresário, pois como de praxe as prefeituras e os go-vernos estaduais nunca têm dinheiro para arcar com isso. O resultado: esses valores acabam sendo rateados entre os pagantes, e a tarifa fica cada vez mais alta. Se não tivessem tantas gratuidades assim como há hoje, a tarifa poderia ser no mínimo metade do preço. A colocação de especialistas em transporte de massa em órgãos públicos é cada vez mais necessária, mas como vi-vemos no Brasil, tais cargos importantes acabam sendo ocupados por apadrinha-dos políticos que geralmente são de outras áreas que não têm nenhuma ligação com o cargo o qual irão assumir. E quem acaba perdendo, como sempre, é o povo, que aca-ba culpando os empresários.

REVISTAINTERBUSS Expediente

[email protected] A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/11, do deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB), que torna obrigatório o transporte coletivo gratuito, entre a casa e a escola, para os estu-dantes de todos os níveis do ensino. A proposta também cria o fundo de financiamento do passe livre do educando, com o objetivo de custear o transporte gra-tuito. Esse fundo deverá ser instituído por lei, depois que a emenda entrar em vigor. Romero Rodrigues argumenta que obrigar o Estado a oferecer transporte gratui-to aos estudantes vai complementar o ensino público obrigatório. “De nada adianta garan-tir a gratuidade do ensino, se o aluno não tem como chegar ao estabelecimento de ensino,

Luciano Roncolato

Nova lei

por absoluta carência de meios financeiros para custear o transporte de ida e volta de sua residência à escola”, justifica.

Tramitação A PEC terá a admissibilidade anali-

sada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Se aprovada, será analisada por uma comissão especial a ser criada para esse fim. Depois, seguirá para o Plenário, onde precisará ser votada em dois turnos e ser aprovada por 3/5 dos deputados.

GRATUIDADE • Ônibus urbano: gratuidade para todos os estudades é estudada

A S E M A N A R E V I S T ADE 9 A 15 DE JANEIRO DE 2012

REVISTAINTERBUSS • 15/01/12 07

A proposta também cria um fundo de financiamento para custear esses passes livres nas cidades

PEC assegura gratuidade à estudantes nos ônibus

Renovação

Praia Grande/SP recebe 5 novos ônibus para reforço• A [email protected] Praia Grande conta com reforço de cinco novos ônibus no transporte co-letivo urbano. Os novos veículos são das linhas municipais 11, 13, 17 e 33 e foram disponibilizados para atender a demanda de usuários, que cresce na temporada de verão. O serviço intermunicipal também recebeu acréscimo no número de veículos. As ações se estenderão até o final do Car-naval e serão readequadas para o decorrer do ano de acordo com as necessidades dos usuários.

Frota Com o aumento, Praia Grande pas-

sará a contar com 75 veículos. Os carros no-vos contam com equipamentos modernos, além de sistemas voltados à redução de po-luição do meio ambiente. Outro destaque está na adaptação para atender comunidade de uma forma ge-ral. Os assentos são estofados. Há ainda assentos especiais para pessoas obesas e acessibilidade para defici-entes visuais e físicos. Também há letreiro eletrônico para facilitar a identificação da linha. “O crescimento do número de veículos tem prejudicado cada vez mais a fluidez no trânsito. Este é o grande pro-blema do transporte coletivo urbano. Com

isso, ocorrem atrasos e o descontentamento da população. Estamos tomando medidas há algum tempo para solucionarmos essas questões”, comentou o diretor da empresa Comporte e Participações, controladora da Viação Piracicabana (detentora da con-cessão do serviço), José Efrain. O transporte na região metropolita-na da Baixada Santista é feito predominante-mente também pela Viação Piracicabana, sobretudo na ligação entre as cidades mais importantes, como Santos, São Vicente, Praia Grande e Cubatão. Outras empresas operam poucas outras linhas, como a Inter-sul e a Translitoral, circulando na região de Peruíbe e na do Guarujá.

• A Crítica [email protected]

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS08

A S E M A N A R E V I S T A

Cidade dos Ônibus teráinvestimento de R$ 50 mi Parte da paisagem na proximidade das Moreninhas, em Campo Grande, deve começar a mudar em março: de uma extensão de 20 hec-tares, nascerá o projeto conhecida como “Ci-dade dos Ônibus”, empreendimento estimado em R$ 50 milhões, que reunirá todos os veícu-los das 17 empresas de transporte rodoviário intermunicipal e interestadual da Capital. No início deste mês, a Prefeitura oficializou a doa-ção da área onde será construída a obra. O vice-prefeito, Edil Albuquerque, detalha que a obra

Campo Grande/MS

trata-se de um grande condomínio. No local será construído o primeiro tanque de combustível vertical do país. A Ci-dade terá toda estrutura até para o cidadão usu-fruir. Por meio do Programa de Desen-volvimento Econômico e Social, a prefeitura doa o terreno e a infraestrutura é custeada pelos empresários que se instalarão no Pólo Empre-sarial. A área fica situada às margens do anel rodoviário, funcionando como eixo para a in-terligação dos sistemas rodoviário e ferroviário, nas BR’s 163, 262 e 060.

Mais Campo Grande/MS

Ônibus éassaltado no Portal Caiobá• Capital News [email protected]

Um ônibus de transporte coletivo foi assaltado por volta das 20h de quinta-feira (12), no Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande. De acordo com o boletim de ocor-rência, o motorista E.A.S., de 33 anos, fazia o itinerário Jardim Caiobá/Terminal Bandeirantes quando em um ponto, dois homens subiram e um deles anunciou o assalto. Os assaltantes estavam com uma faca e pediram o dinheiro do caixa, também levaram o celular do motorista e fugiram do local.

EM 2007 • Apreensão de clandestinos é constante no Grande Rio de Janeiro

Detro faz maior apreensão de clandestinos da história

Rio de Janeiro

• O Dia [email protected]

Grande, Pavuna, no Rio, e nos terminais João Goulart (Niterói), Alcântara, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Nilópolis, Maricá, Barra do Piraí, Macaé, Cabo Frio, Petrópolis, Parati, Angra dos Reis, Friburgo, Três Rios, Paraíba do Sul, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Resende, Volta Redonda e Barra Mansa. Recolhidos 24 piratas Além de verificar as condições dos ônibus intermunicipais, fiscais seguiram com-batendo o transporte irregular de passageiros no estado. Na quarta-feira, 24 veículos foram recolhidos. Na Capital, encaminhados ao depósito público quatro ônibus piratas, duas vans e quatro kombis em Santa Cruz, duas kombis em Bonsucesso, duas vans em Madu-reira, outras duas em Campo Grande e duas kombis e uma van na Pavuna. Em Niterói, equipes retiraram de circulação quatro vans. Já em Cabo Frio, na Região dos Lagos, um par-ticular flagrado fazendo lotada foi recolhido.

A operação “Legal tem que ser Le-gal” realizada pelo Departamento de Trans-portes Rodoviários (Detro) nesta quarta-feira encerrou o dia com 201 veículos apreendidos e 280 infrações aplicadas. Fiscais estiveram em 27 terminais rodoviários da Região Me-tropolitana e do interior do estado, verifi-cando as condições dos ônibus regulares que operam no transporte intermunicipal. O número foi considerado recorde pelo órgão. Entre as principais irregularidades encontradas estão: mau estado de conserva-ção dos veículos, documentação irregular, falta de selo de vistoria e alteração de car-acterísticas, quando a empresa coloca roleta nos ônibus rodoviários ou bancos a mais sem autorização. Na última quarta-feira, a fiscaliza-ção esteve na Rodoviária Novo Rio e nos ter-minais Américo Fontenelle, Castelo, Mariano Procópio (Praça Mauá), Praça XV, Campo

O G

lobo

Porto Velho

Sistema de transporte é modernizado• Rondônia Agora [email protected] A prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria de Municipal de Transportes e Trân-sito (Semtran), começa a implantar os sistemas de modernização nos ônibus de transporte cole-tivo, visando melhor atender aos munícipes. Na manhã da última sexta-feira, dia 13, aconteceu no gabinete do secretário adjunto municipal de Transportes e Trânsito, João Mar-cos, uma reunião para tratar dos ajustes dos últi-mos detalhes para a implantação dos GPS´s, um sistema de monitoramento dos coletivos. Além do adjunto, participaram da reunião o coordena-dor municipal de Transportes, Rogério Viana, o representante das empresas de transportes Rio Madeira, 3 Marias e do Sindicato das Empresas de Transportes/SET, Carlos Baraúna e com Rafael Lagos, Gerente de Projetos da Transdata, empresa contratada para instalar os equipamentos. Com a instalação dos GPS´s fu-turamente a população poderá acompanhar os horários e seus respectivos itinerários, tendo a certeza que naquele determinado ponto o ôni-bus irá passar, dando assim maior comodidade, agilidade e rapidez no percurso.As informações da localização dos ônibus serão transmitidas em tempo real para a Central. Com essas infor-mações em tempo real, será possível ajustar os horários dos itinerários, evitando assim a de-mora nas paradas de ônibus.

CHEGADA • Primeiros dos 30 novos trenschineses jáchegaram ao Rio

REVISTAINTERBUSS • 15/01/12 09

Chegam primeiros trens novos do Rio; Alvorada será reformado

Mudanças

Alvo constante de reclamações de passageiros, o transporte público começa a dar sinais de que pode melhorar. Na última quinta-feira chegaram ao Rio três dos 30 no-vos trens comprados da China pelo estado, que devem começar a circular em 45 dias. No setor de ônibus, a novidade é a modernização do Terminal Alvorada, na Barra, ponto im-portante de parada dos corredores expressos Transoeste e Transcarioca, em construção. Com duas passagens subterrâneas e 12 eleva-dores, a minirrodoviária terá capacidade para, em hora de pico, embarcar 13 mil pessoas e desembarcar seis mil. A promessa é de que não haverá fila no local. Com 13 mil metros quadrados, o ter-minal terá 18 lojas nos subsolos, onde ficarão farmácias, jornaleiros, banheiros, bancos 24 horas e lanchonetes, além de quatro eleva-dores. De acordo com o arquiteto Jozé Can-dido Sampaio de Lacerda, responsável pelo projeto, o estacionamento que será criado no Alvorada terá 241 vagas para carros e 19 para ônibus articulados, que têm, cada um, 23 me-tros de comprimento.

Obra pronta em maio “A previsão é que a obra fique pron-ta em maio. Uma das passagens subterrâneas sai da Cidade da Música e vai cortar todo o terminal. A outra vai interligar as três plata-formas. Nenhum passageiro vai atravessar de uma plataforma para a outra pelas vias por onde passam os ônibus”, explicou o arquiteto. Das três plataformas, uma será para os BRTs (os ônibus de trânsito rápido da Transoeste e Transcarioca). As demais são para os coletivos que levarão os passageiros até as paradas dos corredores expressos. O aumento do espaço no terminal permitiu também que fossem criadas aberturas que vão melhorar a ventilação. As catracas serão iguais às adotadas nas estações de metrô.

Redução de linhas Primeiro dos corredores a sair do papel, em maio, o Transoeste (que vai ligar Santa Cruz à Barra da Tijuca) deve provocar a extinção de cinco linhas de ônibus que cir-culam na Zona Oeste. Outras 20 terão o itine-rário alterado para que seus pontos finais e de embarque coincidam com as estações de

• O Dia [email protected]

BRT. Por dia, 220 mil pessoas devem usar o sistema da Transoeste.

Trens novos podem levartorcedores aos clássicos O primeiro trem importado da China deve começar a circular nos trilhos da Super-Via até o fim do mês. No início, ele não ficará fixo num só ramal, será deslocado conforme a demanda. Em dias de shows e clássicos de futebol no Engenhão, por exemplo, os vagões importados podem ser usados. As composições transportam 1.300 usuários, têm ar-condicionado, circuito de TV, câmeras, painéis eletrônicos que anun-ciam as estações e sistema de comunicação entre o Centro de Controle e os passageiros. “A qualidade do sistema vai melhorar bas-tante”, garante o subsecretário estadual de Transportes, Sebastião Rodrigues. O primeiro trem novo chegou em dezembro e passa por testes com sacos de a-reia que simulam a presença de passageiros

em curvas e acelerações. As três composições que chegaram ontem começam a circular mês que vem. Até julho, chegarão 30 composições, que devem estar nos trilhos até setembro. O estado comprará mais 60 e a SuperVia, mais 30. A concessionária vai modernizar 73 trens de sua frota atual, que receberão ar condicio-nado. O primeiro começa a circular até o fim do mês.

Bilhete Único mais caro dia 15 O Bilhete Único (BU) intermunici-pal será reajustado domingo. A tarifa passará de R$ 4,40 para R$ 4,95, um aumento de 12,27%. Por esse valor é possível embarcar em dois meios de transporte com intervalo de duas horas e meia. O valor das passagens de trens Su-perVia vai aumentar no dia 2 de fevereiro. O bilhete vai saltar de R$ 2,80 para R$ 2,90. A concessionária está informando os passagei-ros por meio de cartazes e avisos sonoros veiculados em todas as estações.

Divulgação

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T ABenefício

S. J. do Rio Preto vai na contramão e reduz tarifa do transporte urbano Ao contrário do que se vê em grandes cidades do país, a prefeitura da ci-dade investe cerca de 9 milhões por ano nos meios de transporte público Em quase todo o país se vê a mesma cena: protestos contra o aumento da passa-gem de ônibus. No Piauí, a tarifa que era de R$ 1,90 foi para R$ 2,10, no Espírito Santo de R$2,20 passaram a custa R$ 2,35. Mas, em meio ao caos, a cidade de São José do Rio Preto (SP) se destaca. Pela primeira vez na história da cidade ao invés das tarifas de ôni-bus aumentarem as passagens foram reduzi-das. Até novembro de 2011 os usuários do sistema de transporte coletivo pagavam R$2,30 e agora pagam R$2,10, o que corre-sponde em uma diminuição de 9%. A redução anunciada pelo prefeito Valdomiro Lopes (PSB), beneficia 2.387.373 passageiros da cidade, por mês. Para concretizar o projeto foi ne-cessário fazer algumas mudanças no sistema do transporte coletivo. A principal delas foi a quebrar monopólio da empresa Circu-lar Santa Luzia, que fazia o transporte no município. “Primeira vez na história de Rio Preto a prefeitura foi ousada no que se refere ao transporte público. Elaboramos um

• Portal Seguros [email protected]

CIRCULAR SANTA LUZIA • Monopolizou transporte até ano passado e agora divide linhasplano diretor de transporte coletivo, quebra-mos monopólios e estamos abrindo as novas concessões. As pessoas querem ônibus mais barato, ônibus mais rápido e confortável”, diz o prefeito Valdomiro Lopes. O prefeito pretende ainda reduzir mais R$ 0,10 nas passagens até março desse

ano. “Estamos investindo R$9 milhões por ano para garantir transporte mais barato para a população. E vamos baixar ainda mais”, afirmou Valdomiro. Além da redução das passagens, a frota do transporte coletivo foi renovada. São 256 novos ônibus atendendo a cidade.

Revolta

Prefeitura de S. José dos Campos nega reajuste de tarifa a empresas A Prefeitura de São José dos Cam-pos não aprovou o pedido de aumento de tarifa de ônibus do transporte coletivo, feito pelas três empresas que operam o sistema na cidade. A análise dos técnicos da Secretaria de Transportes concluiu que não há qualquer necessidade de reajuste nesse momento. De acordo com a pasta, o pedido de reajuste foi feito no último dia 27 de dezem-bro e, desde então, os técnicos estudavam as planilhas apresentadas pelas empresas Saens Peña, Julio Simões e Expresso Maringá. Os dois últimos aumentos ocor-rido na cidade foram nos anos anteriores. O

• TV Vanguarda [email protected]

Luciano Roncolato

primeiro foi em 2009, quando a passagem passou de R$ 2,10 para R$ 2,50. O segundo veio em janeiro do ano passado com a mu-dança para os atuais R$ 2,80. O cálculo das tarifas segue a fórmula estipulada no edital de

licitação e no contrato de concessão do ser-viço. Ainda segundo a administração mu-nicipal, não há previsão para novo aumento de tarifa nos coletivos da cidade.

Luciano Roncolato

REVISTAINTERBUSS • 15/01/12 11

Mercado

Empresas de ônibus inovam para atrair passageiros de volta Com passagens aéreas cada vez mais em conta para a classe C brasileira e as ven-das de veículos batendo recordes sucessivos, empresas de ônibus e terminais rodoviários se esforçam para manter clientes e investem para receber as classes D e E -que agora in-cluem viagens em seus orçamentos. Programas de fidelidade, salas vip, parcelamento de passagens, veículos moder-nos e terminais que cada vez mais se asseme-lham a aeroportos: o setor está otimista, mas preocupado. Isso porque as empresas de trans-porte rodoviário enfrentam outros desafios além da concorrência com aviões e carros. As tarifas pagas pelos passageiros incluem ICMS, o que não ocorre no setor aéreo; e a regulação da Agência Nacional de Transpor-tes Terrestres (ANTT) não permite pro-moções sem autorização prévia. De acordo com a ANTT, o setor transportou 38,2 milhões de passageiros nos nove primeiros meses de 2011 somente nas viagens interestaduais de longa distância, contra 39 milhões no mesmo período de 2010. As viagens de longa distância são as que mais sofrem com o aumento da demanda pelo avião. As de curta e média distância, con-tudo, ganham com a questão da capilaridade das linhas e o alcance das rotas, abrangendo praticamente todo o Brasil. “A gente não consegue concorrer com o avião... Nossos passageiros foram pro aéreo e hoje a gente tem que trabalhar com quem não viajava de ônibus”, afirmou o di-retor de Marketing e Vendas da São Geral-do-Gontijo, Paulo Anselmo, cujas principais rotas ligam São Paulo e Minas Gerais ao Nor-deste. Segundo a assessoria de imprensa da ANTT, a determinação da incidência ou não de impostos não é de competência da agencia. No caso do ICMS, é regida pela Lei Comple-mentar nº 87, de 13 de setembro de 1996. A alíquota do ICMS e sobre Presta-ção de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação é de 12 por cento. Nas operações feitas nas Regiões Sul e Sudeste, destinadas às Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ao Espírito Santo, as alíquotas são de sete por cento. “Nós pagamos ICMS e as aéreas,

• Reuters [email protected] não. Não temos as mesmas condições de

competição”, disse a diretora Comercial e de Marketing da Viação Águia Branca e Salu-taris, Paula Corrêa. Para ela, a cobrança de tributos faz com que muitas vezes as tarifas de ônibus se-jam superiores às aéreas, apesar de a taxa de embarque nos aeroportos ser superior às das rodoviárias. A Associação Brasileira das Empre-sas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) entrou há alguns anos com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para acabar com a cobrança do ICMS, segundo o diretor-executivo da Viação Cometa, Anuar Helayel. Procurada pela Reuters, a Abrati não se pronunciou.

DIFERENCIAIS NÃOINCLUEM PROMOÇÕES A grande vantagem do avião em relação ao ônibus é o tempo de percurso. Entretanto, no que se refere a segurança e conforto as viações não ficam muito atrás do setor aéreo, alegam as empresas. A Cometa, que deve lançar nos próximos meses um plano de fidelidade, possui salas vip em grandes rodoviárias e parcela o pagamento de passagens em 10 vezes. “Temos feito diversas atitudes para trazer mais qualidade do serviço e chegar a novos locais”, disse Helayel. O diretor-presidente da paranaense Viação Garcia, Mario Luft, disse que a em-presa oferece veículos com dois banheiros, duas classes, “recepcionistas com uni-formes mais bonitos que nas companhias aéreas” e motoristas que interagem pelo microfone. Na Viação Águia Branca e Salu-taris, uma das estratégias é fazer segmen-tação de tarifas com preços menores em horários de baixa demanda. “Elas desocu-pam o horário nobre e eu posso vender com o preço normal”, explicou a diretora da em-presa. Pelas regras da ANTT, as compa-nhias precisam informar pedidos de tarifas promocionais e registrar com no mínimo cinco dias de antecedência descontos su-periores a 50 por cento na tarifa máxima autorizada pela agência. Na prática, as empresas não po-dem fazer promoções de última hora. “Se

as empresas tivessem um pouco mais de liberdade, poderíamos beneficiar mais o usuário”, defendeu a diretora da empresa capixaba. A ANTT informou que no ano pas-sado foram requeridas e cadastradas no Sistema de Gerenciamento de Permissões (SGP) da Superintendência de Serviços de Transporte de Passageiros (Supas) mais de 17 mil solicitações e pedidos de prorroga-ção sobre tarifas promocionais. “As solicitações de tarifa promo-cional podem ser cadastradas diretamente via sistema informatizado pelas empresas, o que permite agilidade aos operadores”, argumentou a agência.

RODOVIÁRIASVERSUS AEROPORTOS Os terminais rodoviários se pare-cem cada vez mais com os aeroportos -com novas lojas, ar condicionado, painéis com horários de partidas e chegadas e informa-ções em inglês. “Os novos terminais são muito melhores que os aeroportos e têm obrigação de ser”, afirmou o diretor-geral da Socicam, Altair Moreira. A empresa possui uma cen-tena de concessões de terminais rodoviários, fluviais e pequenos aeroportos. De acordo com Moreira, nos últi-mos cinco anos o aumento no volume de passageiros tem sido de 2 por cento ao ano. “As viagens de longa distância têm di-minuído... Mas nas de até 400 quilômetros têm aumentado bastante.”

GRANDE CONCORRENTE Representantes das empresas de ônibus avaliam que os carros representam, em alguns casos, um rival até maior que o avião. “O maior concorrente do ônibus é o carro, não o avião. As classes D e E vi-eram pro ônibus e a C foi para o automóvel e avião para longas distâncias”, disse Luft, da Viação Garcia. De acordo com ele, no último quadrimestre a empresa perdeu 100 mil passageiros para os automóveis por mês, mas ganhou 38 mil passageiros mensais em rotas entre 400 e 500 quilômetros. “A gente considera o carro um concorrente maior que o avião”, concordou Paula, da Águia Branca.

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS12

A S E M A N A R E V I S T ATarifas

Saiba por que a tarifa de ônibus no Brasil é tão cara aos pagantes “Não são os empresários do trans-porte público a quem devemos condenar pelo preço das passagens de ônibus no país. Esse preço não é controlado pelos empresários e sim pelo próprio setor público. O problema é que em outros países há vultosos subsídios para baratear a tarifa, enquanto que aqui no Brasil os governos não tiram nem os im-postos que estão embutidos na tarifa”. Esta declaração foi dada pelo consultor de em-presas Janduí Finizola Benetti, especialista em transporte público, que esteve em João Pessoa, recentemente. O consultor atua pro-fissionalmente na região Sudeste do país, especialmente na área de Belo Horizonte, cidade em que, como afirmou, tem poucas gratuidades e os estudantes não contam com direito a meia-passagem. “Pagam a passagem no mesmo valor dos demais passageiros”, de-stacou. Quando questionado se realmente as passagens de ônibus no país estão caras, Janduí Finizola respondeu perguntando: “Quem gosta de aumento de preço que atinja seu próprio bolso?”. E completou: “Essa re-clamação de preços deveria acontecer contra todos os serviços e produtos, porque todos esses preços têm aumentado. Mas, não se sa-bendo o porquê, as mobilizações só aconte-cem contra as tarifas dos ônibus, mesmo que sejam mobilizações com objetivos político-partidários e feitos por muito pouca gente... pessoas claramente com tendências políti-co-partidárias”, afirma ele, justificando que “mesmo em cidades em que o preço da pas-sagem é reajustado abaixo da inflação oficial, mesmo assim tem gente pra reclamar”. O consultor Jurandir Finizola en-

• PB Agora [email protected]

TRANSPORTE PÚBLICO • Tarifa alta não é culpa dos empresários, mas sim dos políticosfatizou ainda que um grande problema na questão tarifária do país, no caso do trans-porte público, decorre do fato de que os go-vernos criam gratuidades e abatimentos para estudantes sem fazer a cobertura financeira necessária. “Dá um benefício como se fosse do governo e repassa o custo para quem paga a passagem no valor inteiro”, lembra ele. O consultor fez ainda uma simula-ção relacionada à gratuidade e abatimento no transporte público: “Se você tem um grupo de quatro pessoas para pegar um ônibus e a

conta total desses passageiros é de R$ 6,00, óbvio que caberia a cada um só R$ 1,50. Mas, como entre estas quatro pessoas tem um que diz ter passe livre e outro que diz que ter 50% de desconto, aquela passagem que era de R$ 1,50 igual para todo mundo vai ficar assim: a de passe livre não paga nada; a de meia-passagem paga R$ 1,20 e as duas outras vão pagar, cada uma, R$ 2,40 para poder comple-tar a conta dos R$ 6,00. Ou seja, aquele valor inicial de R$ 1,50, nesta hipótese, sofreu uma variação a mais de 60%”, finaliza o consultor.

Luciano Roncolato

Reajuste

Pindamonhangaba reajusta tarifa Tarifa de ônibus urbanos vai ficar mais cara para os moradores de Pindamo-nhangaba. Segundo informações da empresa de transporte público da cidade a tarifa vai subir de R$ 2,55 para R$ 2,75. O reajuste começa a valer a partir das zero hora do dia 16 de janeiro.

• TV Vanguarda [email protected]

O aumento representa um reajuste de 7,84%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de dezembro de 2010 a dezembro de 2011. De acordo com a empresa Viva Pin-da, o valor de R$ 2,75 é a menor tarifa de transporte municipal no Vale do Paraíba e Litoral Norte. O último reajuste da tarifa do trans-

porte público, na cidade, ocorreu em janeiro de 2011, quando o valor de R$ 2,40 foi al-terado para R$ 2,55, representando reajuste de 6,25%, no período. João Machado, gerente geral da em-presa Viva Pinda, operadora das linhas na ci-dade, explica que o reajuste é correspondente à inflação do período. O aumento da tarifa é realizado anualmente.

REVISTAINTERBUSS • 15/01/12 13

Em Brasília pela primeira vez Na coluna desta semana vou re-latar para vocês a primeira viagem que fiz para Brasília, em 2007, andando em um dos melhores carros que viajei até hoje – os Century da Emtram. Em julho de 2007 resolvi co-nhecer a capital do país. Comprei a pas-sagem na Emtram, por uma recomenda-ção dos amigos Anderson e Douglas Paternezi. A empresa prometia fazer a viagem em menos de doze horas (a Real Expresso e a Rápido Federal percorrem em 15h) entre as capitais paulista e fe-deral. Claro, comprei a poltrona 3. O horário era o das 20h. Saí-mos daqui com alguns minutos de atraso, carro com lotação completa e só eu desceria em Brasília – os demais iam para Formosa/GO. Mas o atraso foi tirado com a velocidade alucinante do motorista – mesmo com uma para-da de 20 min em Campinas (na antiga rodoviária), chegamos ao Graal de Ri-beirão Preto às 23h17 – 317km em pou-co mais de 3h. A viagem prosseguiu até Ubera-ba, onde há a troca de motoristas na ga-ragem da empresa. De lá fomos até Por-to Alegre de Goiás, onde há um boteco de beira de estrada – muito sujo por si-nal – que é a segunda parada da linha. Entre a primeira e a segunda parada foram 644km. E ultrapassamos o Real Expresso que saiu daqui às 16h30, as-sim como todos os posteriores a este (os que saíram às 19h foram alcançados em Araras, tamanha a velocidade do Cen-tury da Emtram). De lá percorremos mais 143km em território goiano e adentramos o ter-ritório do DF às 6h43, onde pegamos um grande engarrafamento. Ás 7h20 o ônibus parou em frente a estação Park-shopping do Metrô (onde anos depois ergueriam a nova rodoviária da cidade) e o motorista perguntou se eu queria descer ali. Visto o engarrafamento à frente, disse que sim e embarquei no Metrô rumo ao Plano Piloto. E eles con-seguiram fazer a viagem em menos de 12h, coisa que eu duvidei quando em-barquei... PS: Não há relato sobre a volta por ter sido feita de avião – houve uma promoção em cima da hora (promoção de balcão) e comprei/embarquei no mesmo dia, mas saindo de Goiânia – o trecho BSB x Goiânia foi feito de ôni-bus, um Campione 2006 da Goiânia.

COLUNISTAS William [email protected]

Luciano Roncolato

EMTRAM • Irizar similares aos utilizados na viagem à Brasilia: grande conforto

REVISTAINTERBUSSM A T E U S B A R B O S AA P A R E C I D A / S P • M A R L I M A Z U L

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS16

Nissan norte-americana vaiproduzir motores da Mercedes A planta da Nissan na cidade de Decherd, Tennessee, nos Estados Unidos, passará a fabricar os propulsores motores Mercedes-Benz de 4 cilindros para a Infiniti (marca da Nissan) e a própria Mercedes-Benz, a partir de 2014. A unidade fabril é re-sponsável pela produção de trens de força da marca japonesa e detém capacidade produ-tiva de 250.000 motores por ano. “Este é o mais novo marco em nossa pragmática colaboração e nosso mais sig-nificativo projeto fora da Europa até então”, disse o diretor-executivo da Renault-Nissan, Carlos Ghosn. “A capacidade localizada re-duz a exposição a taxas de câmbio externas, ao mesmo tempo em que rapidamente per-mite um bom desenvolvimento dos negócios na América do Norte –um ganho mútuo para a Aliança e a Daimler”. É a primeira vez que os propulsores MB serão produzidos na América do Norte. A fábrica está instalada em localização estraté-gica que facilitará as conexões logísticas. Sua

D E U N A I M P R E N S ATranspo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Reprodução

PARCERIA • Planta da Nissan no Tennessee, que fará os motores propulsores da Mercedesprodução será destinada para equipar a linha C-Class, fabricada na planta da Daimler em Tuscaloosa, no Alabama, a partir de 2014. “No contexto de nossa estratégia de crescimento ‘Mercedes-Benz 2020’, de-cidimos pela expansão da capacidade de produção perto dos clientes. Por meio da ex-

tensão estratégica de nossa cooperação com a Renault-Nissan, podemos produzir motores voltados ao mercado imediato da região do NAFTA, em termos econômicos atrativos”, analisa Dieter Zetsche, presidente do Con-selho Administrativo da Daimler e Diretor da Mercedes-Benz Cars.

MAN segue líder no mercado de transporte de cargas no Brasil

Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected] Com a liderança consolidada, mais uma vez, no mercado de transporte de car-gas, a MAN Latin America divulgou o bom desempenho comercial de 2011. No total, a montadora negociou 61.968 unidades entre caminhões e ônibus durante o último ano, o que representa um crescimento de 18% em relação a 2010. Considerando apenas o mercado de caminhões, foram 50.829 unidades ven-didas, que proporcionou uma participa-ção de 29,7% no mercado. No período, o modelo VW Constellation 24.250 obteve 12.721 unidades emplacadas, de acordo com dados do Renavam. O VW Delivery 8.150 teve 7.688 unidades comercializa-das, seguido pelo VW Delivery 9.150, com 5.061 caminhões.

REVISTAINTERBUSS • 15/01/12 17

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Sinotruck agora com cabine MAN Em Jinan, na China, a Sinotruk apresentou o seu primeiro caminhão com cabine MAN, batizado por Howo T5G, sendo apenas uma nova identificação para o modelo TGA da montadora alemã para o mercado chinês. A parte frontal do veículo é do Sitrak T7H. Os motores também são MAN dos modelos MC05 e MC07, com 4.58 e 6.87 L, respectivamente. A Sinotruk prevê lançamentos nas faixas de 12, 16, 18, 20, 25 e 31 toneladas naquele mercado. Embora não exista nenhuma confir-mação sobre um eventual lançamento desses produtos no Brasil, é significativo constatar o aumento da linha de produtos da marca fora da faixa dos pesados.

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Mercedes bate recorde devendas em 2011

Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected] Apesar da vice-liderança no mercado nacional de caminhões, a Mercedes-Benz do Bra-sil nunca vendeu tanto como em 2011. No perío-do, foram mais de 42.600 caminhões e 14.900 ônibus emplacados no país no último ano. No segmento de comerciais leves na faixa de 3,5 a 4,6 toneladas de PBT, a MB co-mercializou 6.300 veículos Sprinter. “Estamos muito satisfeitos com a performance comercial de nossa Empresa em 2011. Atingimos volumes inéditos de vendas de veículos comerciais no mercado brasileiro, além de alcançarmos quase 80 mil caminhões e ônibus produzidos no País”, declara Joachim Maier, vice-presidente de Ven-das da Mercedes-Benz do Brasil. Maier explica a evolução do mercado brasileiro de veículos comerciais, que há 10 anos comercializava cerca de 60.000 camin-hões e atualmente vende mais de 173.000 uni-dades, enquanto o segmento de ônibus passou de 16.000 para 35.000 unidades por ano. “Tra-tam-se de volumes expressivos, que deverão se repetir nos próximos anos, com algumas oscila-ções até 2016. A Copa do Mundo e as Olímpia-das irão refletir positivamente no desempenho de vendas de veículos comerciais”, destaca Maier.

Transpo Online

Facelift no VW Constellation

A MAN Latin America está preparando a atualização das cabines VW Constellation. A novidade, ainda guardada em segredo, viria com a nova tecnologia de motorização Euro V.

Transpo Online

Arla 32 já pode ser encontrado• Do site da Transpo [email protected] A MWM International iniciou a distri-buição do Arla 32 em mais de 350 pontos de co-mercialização do produto no Brasil. Em breve, o produto será comercializado em embalagens de diversos tamanhos.

A fabricante de motores indica ao con-sumidor que só adquira o Arla 32 que tiver o selo do Inmetro, ao certificado da International Orga-nization for Standardization ISO 22241-1 e as especificações da portaria Inmetro de nº 139 de 21/03/2011.

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS18

S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

NO RIO DE JANEIROOs colecionadores Chailander Borges, Diego Almeida e Márcio Douglas durante sessão de fotos na Rodoviária Novo Rio. Outros colecionadores estavam presentes na ocasião.

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE, CONTINUE VOTANDO NA MESMA ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais? VISITE:www.portalinterbuss.com.brE VOTE!

ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Qual montadora de chassis para ônibus você gosta mais?

28,4% • Volvo

41,98% • Scania

27 de Março de 2010

O FIM DA VIAÇÃO CAPRIOLI

Esta cena é cada vez mais comum nas ruas de Campinas e região. Com a venda da Caprioli, a VB, nova dona da empresa, está pintando todos os seus carros. Em breve, todos estarão com essa pintura.

19,34% • M. Benz 7,0% • MAN/Volks

2,06% • Agrale1,23% • Outras

REVISTAINTERBUSS • 15/01/12 19

A Agropecuária Roncador e a extinta São Jorge: duas criações do Sr. Pelerson Penido

Primeiramente, lamento muito pela perda do Sr. Pelerson Soares Penido. Um i-nestimável profissional, engenheiro e ex-pro-prietário de uma empresa que tem a cara do Vale do Paraíba. Construiu praticamente um império, com pelo menos três grandes empre-sas: Serveng Engenharia, Pássaro Marron e Agropecuária Roncador. Antes de comprar a Serveng - Serviços de Engenharia, era sócio também de uma empresa chamada Constru-tora Nelson Luiz do Rego, que permaneceu na sociedade até 1961. Antes disso, falarei de duas de suas propriedades: primeiro pela Agropecuária Roncador, localizada entre o cerrado e a flo-resta amazônica em Querência-MT e fundada em 1978. Passei vendo via Google Maps a ci-dade de Querência-MT, onde está localizada a Agropecuária Roncador, de propriedade do grupo. Vista por cima, eu encontrei algumas fotos do Panoramio, como por exemplo a portaria da agropecuária, seus ranchos e suas criações de pecuária, inclusive um aeroporto de sua propriedade. Direto pelo Google Maps é quase impossível delimitar até que ponto termina a fazenda, mas para vocês terem uma noção de grandeza da entidade, vocês podem acessar no YouTube, a partir da conta Gru-poRoncador, o vídeo institucional e duas re-portagens, entre elas uma do Globo Rural. Agora vamos falar da São Jorge, sua primeira empresa de ônibus, contada a partir de textos extraídos no Diário Oficial do Es-tado de São Paulo: A Empresa de Ônibus São Jorge S/A foi fundada em 6 de abril de 1957 em Guaratinguetá, mas somente em 1961 cons-ta no Diário Oficial uma permissão para seus ônibus circularem entre Guaratinguetá e Aparecida (autos 4064-DER-61). Em 1963, a Rápido Luxo Padroeira transferiu a linha entre São Paulo, Aparecida e Guaratinguetá (autos 4732-DER-63) para a São Jorge, mas no ano seguinte a empresa transferiu a linha rodoviária para outra empresa, a Viação Al-vorada Transportes e Comércio Ltda., só que a empresa não durou muito. Até que em 1967, a São Jorge criou uma nova linha, igual ao que passou para a Alvorada, que liga São Paulo - Aparecida - Guaratinguetá , a 5769-DER-67. Já em 1968, sua primeira linha suburbana Guaratinguetá - Aparecida esten-deu para a cidade de Roseira, passando pelo bairro de Potim, em Aparecida. Cinco anos depois, tentaram prolongar a outra ponta para

a cidade de Lorena, mas o pedido foi inde-ferido. Em 1974, a São Jorge tentou criar uma linha partindo de Lorena e Guaratingue-tá com chegada em Ubatuba, mas foi inde-ferido. Uma empresa do litoral, a Expresso Atlântico, também tentou criar essa mesma linha, mas o pedido foi igualmente negado. Mas somente em 1976 a São Jorge conseguiu sua nova linha, a Lorena - Guaratinguetá - Aparecida - Caraguatatuba, a 7729-DER-76, inicialmente com uma partida diária. Em 8 de dezembro de 1978, saiu a publicação no Diário Oficial sobre a fusão com a Pássaro Marron e em 24 de janeiro de 1979, foi autorizada a transferência de suas linhas 4064, 5769 e suas parciais 6809-DER-71 (Guaratinguetá - Aparecida - Potim), 8571-DER-78 (Guaratinguetá-Aparecida) que eram da São Jorge, inclusive uma que era da São José, a 8572-DER-78 (Aparecida-Roseira). Todas foram para a Pássaro Mar-ron. Lembramos que na cidade de Tatuí existiu entre os anos 1940 e 2010 uma outra São Jorge, fazendo linhas suburbanas, mas não tem nada a ver com o grupo da Pássaro

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

Divulgação e M

arisa Vanessa

Marron. E acrescentando, a linha rodoviária São Paulo - Aparecida também é operada pela Viação Cometa, que opera desde os anos 1940, e o grupo do Sr. Pelerson resolveu criar uma nova alternativa para passageiros nos anos 1960, criando sua própria linha São Pau-lo - Aparecida, para que passageiros romeiros não dependam somente de uma viação. Outra jogada do grupo foi a criação da holding CCR em 1998, que participa o gru-po Soares Penido e outras grandes empresas do setor. Eu até concordo que a empresa está obtendo um lucro bem maior que a própria Pássaro Marron e até suas outras empresas, talvez pode ser isso que originou sua venda. Por exemplo, a ViaQuatro, detentora da linha 4 do Metrô de São Paulo, é uma empresa da CCR e eu até tento estimar o lucro que essa empresa está tendo, mas o investimento de construir a linha foi bastante pesado para ter o seu retorno. E também, em uma revista semanal de grande circulação, o Sr. Pelerson anunciou a venda da Agropecuária Roncador, isso em 2005, mas ainda não se sabe o futuro dessa história.

CRIAS DO SR. PELERSON • A Agropecuária Roncador, e a Empresa de Ônibus São Jorge

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS20

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

INTEGRAÇÃO METROPOLITANA • Ônibus da linha 012: intervalo de dez minutos; Transferidor do Direito de Integração (TDI)

Integração BU + BOM Esta semana foi dado o primeiro passo para uma possível integração entre o Bilhete Único (BU) e o Bilhete Ônibus Me-tropolitano (BOM). Duas linhas metropoli-tanas que ligam Embu-Guaçu a São Paulo (são elas: 012TRO Embu-Guaçu (Cipó) / São Paulo (Metrô Jabaquara) e a 226TRO Embu-Guaçu (Chácara Flórida) / São Paulo (Metrô Santa Cruz)) foram seccionadas no Termi-nal Grajaú, onde também termina a linha 9 da CPTM, a Osasco – Grajaú. Agora as duas linhas passam a ter a seguinte denominação: 012TRO Embu-Guaçu (Cipó) / São Paulo (Ter-minal Grajaú) e 226TRO Embu-Guaçu (Chá-cara Flórida) / São Paulo (Terminal Grajaú). Embora esteja longe de ser uma in-tegração perfeita, visto que o usuário precisa dos dois bilhetes para completar sua viagem, não deixa de ser um grande avanço, uma vez que otimiza o uso da frota metropolitana e, teoricamente, ajuda o passageiro a chegar mais rapidamente ao seu destino, já que ele pode utilizar a frota municipal, que possui maior oferta de horários. Sem falar que man-tém o pagamento de tarifa única e, para quem vem ou vai para a Chácara Flórida, haverá até uma redução tarifária. A integração - O passageiro que vêm de Embu-Guaçu agora desce no Terminal Grajaú, onde pode utilizar qualquer linha de ônibus do município de São Paulo para chegar ao seu destino. Para tanto, o passageiro metro-politano deverá também ter seu Bilhete Único. A integração ocorrerá da seguinte maneira:

• Sentido Embu-Guaçu / São Paulo:O usuário que vêm de Embu-Guaçu paga sua passagem através do BOM na catraca do ônibus metropolitano. Ao descer no Terminal Grajaú, coloca seus bilhetes no TDI (abrevia-ção de Transferidor de Direito de Integração), que nada mais é que dois validadores funcio-nando em paralelo, sendo um para o BOM e outro para o BU. O validador do BOM trans-mite ao do BU as informações sobre a inte-gração. A partir daquele momento, o usuário poderá usar uma linha de ônibus do município de São Paulo para completar sua viagem sem desconto de tarifa. Importante lembrar que só é válida para UMA integração, a ser feita em qualquer linha do Terminal ou na 675G/10 Metrô Jabaquara / Pq. Residencial Cocaia.

• Sentido São Paulo / Embu-Guaçu:O usuário que chegou ao Terminal Grajaú em uma das linhas municipais que o servem ou pela 675G/10 Metrô Jabaquara / Pq. Residen-cial Cocaia, ao chegar à plataforma das linhas metropolitanas coloca seus bilhetes, cada um

em seu respectivo validador. O validador do BU transmite a informações sobre a integra-ção ao do BOM. E, a partir daquele momento, o usuário poderá voltar pra casa usando um ônibus metropolitano de uma das duas linhas – 012 ou 226 – sem pagamento de valor adi-cional. Vale lembrar que essa conexão só vale se o usuário usou uma única linha no trajeto até o Terminal Grajaú. Caso tenha usado mais de um ônibus, pagará valor integral da pas-sagem no ônibus metropolitano. Vale lembrar que se o usuário deixar de passar no TDI, seja na ida, seja na volta, ele pagará a tarifa cheia no validador do ôni-bus em que embarcar. A tarifa destas linhas metropolitanas é de R$ 2,90.

O primeiro dia No primeiro dia dos novos desti-nos das linhas 226 e 012, os operadores das linhas tiveram de se desdobrar pra explicar aos usuários as alterações. A EMTU distri-buiu folhetos explicativos com a relação das linhas do Terminal Grajaú e as que seguem pelo itinerário antigo das linhas seccionadas. Pra quem segue até o Terminal Jabaquara, o folheto menciona a 675G/10 (número da linha Metrô Jabaquara / Parque Residencial

Cocaia). No entanto não faz nenhuma men-ção a ela nem que ela passa fora do terminal. O intervalo da linha 012TRO foi óti-mo: um carro a cada dez minutos, em média. Muitas vezes os carros saiam com menos de cinco minutos entre um e outro. Já o inter-valo da 226TRO é bem mais longo – cerca de 35min entre um carro e outro. O longo in-tervalo provocou acúmulo de passageiros, o que fazia com que os carros já chegassem ao centro de Embu-Guaçu cheios. De acordo com a tabela horária con-stante no site da EMTU, o intervalo máximo da 012 é de 12 min no entre-picos e da 226 de 40 min no entre-picos. Por mais absurdo que seja, o intervalo da 226 é autorizado pela EMTU. Integração com a Linha 9 – As linhas 226 e 012 também fazem integração com a Linha 9 da CPTM, a Grajaú-Osasco. Ao deixar o ônibus, o usuário poderá passar sem cartão BOM nos bloqueios da CPTM e, de seu bilhete, será descontado R$ 1,59. A tarifa da integração é R$ 4,49 (R$ 2,90 do ônibus mais R$ 1,59 da CPTM). Na volta, são descontados os mesmos R$ 2,90 nos bloqueios da CPTM e, na catraca dos ônibus metropolitanos, o R$ 1,59 restante.

José Euvilásio Sales Bezerra

REVISTAINTERBUSS • 15/01/12 21

LONGA ESPERA • Ônibus das linhas 226, 563 e 009: longos intervalos prejudicamquem precisa ir à São Paulo.

Embu-Guaçu quase isolada No último final de semana, foram seccionadas duas linhas de ônibus que ligam o município de Embu-Guaçu à cidade de São Paulo: a 012TRO, agora Cipó-Terminal Grajaú e 226TRO, agora Flórida-Terminal Grajaú. Para os usuários da 012TRO a me-lhoria foi extremamente positiva, uma vez que a oferta de carros melhorou muito. Os intervalos da 012TRO hoje são, em média, de dez minutos. No entanto, para os usuários que vêm do centro do Embu-Guaçu, se nos tem-pos em que a 226TRO ia até o Metrô Santa Cruz o intervalo não era dos melhores, a alte-ração não melhorou a situação. Hoje o centro de Embu-Guaçu tem a pior ligação da região sudoeste da Região Metropolitana com a cidade de São Paulo. Além da 226TRO, outras três linhas intermu-nicipais passam pelo Terminal central local. São elas: 009TRO Vila Louro / Santo Amaro, 558TRO Vila Louro / Metrô Capão Redondo e 563TRO Flórida / Metrô Capão Redondo. Assim como a 226TRO, todas as demais pos-suem mais de 30min de intervalo entre um carro e outro. Um verdadeiro suplício pra quem trabalha na cidade de São Paulo. Sábado estivemos no Terminal Rodoviário, por onde passam todas as linhas que seguem para São Paulo. Em mais de uma hora, pôde-se ver um carro da 563TRO, um da 009TRO e um da 226TRO. Da 558TRO, não passou nenhum veículo. Integração – O problema da falta de transporte ficou muito bem mais crônico depois da inauguração das linhas que fazem integração com a Linha 5 do Metrô, na Es-tação Capão Redondo. Antes, a 009TRO, com partidas um pouco mais regulares, era a segunda principal linha rumo a São Paulo. Os intervalos médios eram de 20min. Depois de inauguradas as novas linhas, o intervalo da 009 subiu para uma média de 40min, já que as novas linhas utilizaram parte de sua frota. O que parecia ser um benefício acabou se tornando um outro problema, uma vez que as duas novas linhas mantém intervalo seme-lhante então. Em junho de 2010, quando a o-per-adora, a Viação Cidade Verde, perdeu a linha 395TRO Jardim das Oliveiras-Metrô São Judas, muitos esperavam que os intervalos melhorasse, já que a frota daquela linha seria repartida entre as demais. Mas, infelizmente, ficou mesmo só na esperança. Todas as linhas continuaram com seus intervalos altos. E, em consequência, os ônibus que passavam lota-vam rapidamente e, para quem vai em pé, um grande desconforto. Opção – Se o transporte é ruim no centro do município, uma alternativa seria

seguir até o bairro do Cipó e, de lá pegar, o Terminal Grajaú. No entanto, como não há nenhuma outra linha oficial de ônibus além da 226TRO, a única opção é uma linha o-perada por alternativos. Agora o detalhe: a linha de lotação, ao invés de seguir direto para o bairro do Cipó, passa primeiro pela divisa de São Paulo com Embu-Guaçu, onde deixa os passageiros que tomam uma linha municipal de São Paulo, a 6099/10 Divisa Embu-Guaçu-Terminal Grajaú, da Cooper Pam, e pegam outros que vem pela mesma linha mas que moram no Cipó. Ou seja, a própria operadora perde dinheiro por conta seus péssimos serviços. Já passou da hora da EMTU cobrar

da Viação Cidade Verde e do Consórcio In-tervias uma melhoria nas linhas metropolita-nas que ligam Embu-Guaçu à São Paulo. A linha 012TRO é uma amostra do que pode ser feito com um pouco mais de boa von-tade da operadora e mais rigidez da EMTU. Mas, enquanto o bom senso não chega aos operadores, a população deve continuar re-gistrando seus protestos de reprovação junto à EMTU. A Cidade Verde perdeu a opera-ção da 395TRO por conta disso. E não acho improvável que, se a população continuar a se manifestar, ela não venha a perder mais linhas, repassando-as para uma empresa que realmente tenha compromisso e condições de prestar um serviço melhor à população.

José Euvilásio Sales Bezerra

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS22

Paris, a glamorosa capital francesa, é a capital mais visitada do mundo, o que é perceptível pelas longas filas nos museus e pontos turísticos durante o verão europeu. Uma cidade com pouco mais de 2 milhões e 200 mil habitantes e com uma região metro-politana que agrega quase 12 milhões habi-tantes com certeza enfrenta grandes desafios no transporte público, que prima pela integra-ção multimodal. Apesar de ser um transporte que comporta seus usuários de forma muito melhor que nas cidades brasileiras, Paris enfrenta diversos problemas e vários deles foram vistos facilmente usando o transporte público. Mesmo assim, oferece um transporte relativamente eficiente e confortável, e ex-tremamente confiável. A economia parisiense está focada no setor de serviços, assim como São Pau-lo, por exemplo. A região de La Defense se tornou, nas últimas três décadas, um grande complexo de arranha-ceus com escritórios das mais importantes empresas do mundo, escritórios que saíram da região de Opéra, assim como o coração empresarial de São Paulo está migrando da Avenida Paulista para a região da Berrini. Por sinal, La De-fense foi muito bem contemplada por novos projetos de transporte público, sendo que um desses projetos foi a segunda linha de tram-way de Paris, a T2, ligando La Defense a Val de Seine, outro grande pólo empresarial. É nesse ponto que começa-se a falar do trans-porte público parisiense, que mostra desde o início uma cultura completamente diferente

daquela adotada nas cidades brasileiras. O transporte público parisiense começou definitivamente em 1828, com ônibus de tração animal. Porém, a primeira tentativa de transporte coletivo em Paris foi em 1662, num projeto realizado durante o reinado de Luís XIV com a ajuda do gran-dioso matemático Blaise Pascal, que criou um sistema de transportes com carruagens que circulavam em cinco rotas pré-definidas. Assim, vários autores dão a Blaise Pascal o mérito de criador do transporte público. Porém, seu sistema não era muito público. A tarifa foi aumentando gradativamente para “elevar o nível” do público, até que o sistema teve suas operações encerradas por falta de demanda. Atualmente, o transporte público em Paris é operado, em quase sua totalidade, pela majoritariamente estatal RATP (Régie Autonome des Transports Parisiens), que hoje é uma grande empresa de transporte pú-blico que opera em vários países do mundo, inclusive é uma das concessionárias do trans-porte de Londres e possui participação (1%) no Consórcio ViaQuatro da Linha 4 do Metrô de São Paulo (pela subsidiária RATP Déve-loppement). Atualmente, a RATP explora to-das as linhas do metrô de Paris (214 km de extensão), todas as linhas de ônibus dentro de Paris e várias metropolitanas, uma parte do serviço de RER (trens metropolitanos de subúrbio) e 3 das 4 linhas de tramway. Como a rede é bastante complexa, dividimos esse Diário de Bordo em partes, pois assim fica mais simples conhecer com detalhes cada um dos modais do transporte parisiense.

D I Á R I O D E B O R D O

Conheça um pouco do transporte de Paris

Europa - Parte 1

• Fábio [email protected]

FUNICULAR • Ideal para ruasmuito estreitas.

As fotos têm créditosda Wikipedia.

É nessa necessidade de aumentar a velocidade dos deslocamentos sem a neces-sidade de construir um metrô e já que o con-ceito BRT ainda estava engatinhando e mui-tos no mundo desenvolvido torciam o nariz, que Paris recorreu ao tramway, na década de 1990. Em 1992 foi inaugurado o T1, de Saint-Denis a Noisy-le-Sec. Seria o início de várias linhas de tramway. Atualmente, já existem T2, T3 e T4, todos com moder-níssimos veículos, e estão em construção as linhas de T5 a T8, e há projetos de mais duas linhas de tramway. Das 4 linhas atuais, apenas o T4 é operado pela SNCF (empresa francesa de linhas ferroviárias que possui desde trens metropolitanos até o trem de alta velocidade TGV), sendo que o restante é da RATP. É muito interessante perceber que, mesmo com o avanço do BRT pelo mundo nos últimos anos e com os bons resultados do Mobilien, Paris ainda recorre ao tramway como um intermediário, e não erra. Como no Mobilien, os passageiros entram por qualquer porta e apenas validam o bilhete no validador situado em cada en-trada. As paradas são muito parecidas com as de ônibus. Toda a estrutura lembra um BRT com veículos de piso baixo total e design mo-derno. Seria perfeitamente possível substituir um projeto de tramway por um BRT com es-sas características. Com o uso de trólebus, a proximidade seria ainda maior.

TRAMWAY

SISTEMA FUNICULAR DE MONTMARTRE Os santistas já vão pensar em sua versão pobre: o sistema funicular de Monte Serrat. Sim, funciona da mesma maneira: é uma cabine que sobe o morro (no caso de Montmartre, é apenas um desnível íngreme). O mais interessante é que o funicular faz parte do sistema de transportes de Paris, e inclusive aceita o Navigo e os passes de pa-pel. Com cabines de design moderno e estações envidraçadas, o sistema funicular parisiense contrasta com os prédios antigos, mas belos, do bairro. Além do funicular, Montmartre é um bairro atendido também pela linha Mont-martrobus, que roda com veículos bem cur-tos e elétricos (não são trólebus), ideais para as estreitíssimas ruas.

REVISTAINTERBUSS • 15/01/12 23

DICAS DE VIAGEM • TURISMO NACIONAL • GASTRONOMIA • TRECHOS E ROTASTiago de G

rande

TRAMWAY

Atualmente, as linhas de tramway estão sendo uma excelente ligação de perí-metro, entre bairros, sendo um ótimo escape

das linhas de metrô que passam pela região central. Uma forma mais simples de explicar seria uma comparação com as linhas Inter-

bairros de Curitiba. Aí dá para ter uma ideia melhor da importância do tramway para me-lhor circulação de pessoas pela cidade.

SISTEMA FUNICULAR DE MONTMARTRE

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS24

FÁBIO TANNIGUCHIMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500R • Cometa

A S F O T O S D A S E M A N A

YARGO RIBEIRO TEIXEIRAMarcopolo Viale MBB O-500MA • Restinga

RAYLLANDER ALMEIDACaio Vitória MBB OF-1318 • Viplan

ADRIANO MINERVINOMarcopolo Torino 2007 MBB OF-1418 • Ideal

ALEX MILJCOVICMarcopolo Paradiso G7 1800 DD Scania K380 • Garcia

DIEGO LEÃOMarcopolo Torino 2007 MBB OF-1418 • Brambilla

Ônibus Brasil • www.onibusbrasil.com

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

CESAR CASTROMarcopolo Viaggio G4 800 MBB OF-1315 • Eucatur

BUSSCAR / DIVULGAÇÃO POR THIAGO BONOMEBusscar Vissta Buss MBB O-400RSD • Itapemirim

DIVULGAÇÃO ANDERSON RIBEIROMarcopolo Paradiso GV 1800DD Volvo B12B • Andorinha

FRANCISCO IVANOBusscar Urbanuss Pluss Scania K94IB • Guerino Seiscento

KLEISSON GONÇALVESCaio Millennium MBB O-500MA • Rodopass

MÁRCIO DOUGLAS RIBEIRO VENINOMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K420 • Gontijo

Comunidade Volvo no Facebook • www.facebook.com/groups/114434498661634/

Mercedes-Benz In Photos • www.portalinterbuss.com.br/mercedes-benz

Comunidade Busscar no Facebook • www.facebook.com/ groups/269321236464387

Expresso Bus - Márcio Douglas • www.expressobus.blogspot.com

15/01/12 • REVISTAINTERBUSS26

Licitação da ANTT: edital de licitação de linhasinterestaduais deve ser concluído até março

A ANTT (Agência Nacional de Trans-portes Terrestres) abriu nesta terça-feira, dia 10 de janeiro de 2012, o prazo para as contribuições e recebimentos de propostas para a licitação de 1967 linhas de ônibus interestaduais e internacio-nais. O edital definitivo deverá ficar pronto em março deste ano, prevê a Agência. O ProPassBrasil - Projeto da Rede Na-cional de Transporte Rodoviário Interestadual e Internacional de Passageiros tenta reformular a rede de ônibus rodoviários em todo o País. Mas a licitação tem enfrentado re-sistência por parte dos empresários de ônibus que dizem que a vários pontos determinados pela ANTT inviabilizaram economicamente e no aspecto operacional, as atividades do setor. Desde 2008, a ANTT tenta licitar as linhas. A maior parte do sistema é operado por permissões precárias, o que contraria a Con-stituição de 1988, que determina que serviços públicos prestados por empresas particulares devem ser regidos por contratos de concessão. Na ocasião, em 2008, a licitação não foi realizada pela posição contrária dos empresários e por inconsistências nos dados sobre o dimension-amento do sistema. O período para recebimento de sugestões vai até 09 de março de 2012. Serão realizadas audiências públicas nas principais capitais brasileiras. Acompanhe o cronograma:- Porto Alegre (RS): dia 31 de janeiro de 2012, terça-feira, das 14h às 18h, Auditório do SEST/SENAT, lotação: 220 lugares, Avenida José Aloísio Filho, nº 695, Humaitá- Belo Horizonte (MG): dia 2 de fevereiro de 2012, quinta-feira, das 14h às 18h, Auditório Centauro do Hotel Mercure, lotação: 156 lugar-es, Avenida do Contorno, nº 7315, Lourdes- Recife (PE): dia 9 de fevereiro de 2012, quin-ta-feira, das 14h às 18h, Salão do Hotel Best Western Manibu, lotação: 250 lugares, Avenida Conselheiro Aguiar, nº 919, Recife, PE- São Paulo (SP): dia 16 de fevereiro de 2012, quinta-feira, das 14h às 18h, Auditório do In-stituto de Engenharia, lotação: 180 lugares, Avenida Doutor Dante Pazzanese, nº 120, Vila Mariana.- Salvador (BA): dia 1º de março de 2012, quin-ta-feira, das 14h às 18h, Auditório da Fundação Luis Eduardo Magalhães – FLEM, lotação: 300 lugares, 3ª avenida, nº 310, Centro Administra-tivo da Bahia- Brasília (DF): dia 8 de março de 2012, quinta-feira, das 14h às 18h, Auditório da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológi-cos – FINATEC, lotação: 300 lugares, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Avenida L3 Norte,

Edifício Finatec, Asa Norte

AUDIÊNCIAS DEVEM SER PALCOSDE INTENSAS DISCUSSÕES Governo Federal pela ANTT e em-presários de ônibus, boa parte representada pela Abrati - Associação Brasileira das Empresas de Transportes Terrestres de Passageiros, apresen-tam ainda várias divergências em relação a lici-tação. A principal delas é em relação a frota para operar o sistema. A ANTT calculou a ne-cessidade de 6 mil 152 ônibus além de 639 de reserva, num total de 6 mil 791 veículos. Para a Abrati, o número é insuficiente e pode provocar falta de atendimento da demanda, principal-mente em épocas de férias, festas ou feriados prolongados. A ANTT calculou uma demanda de 66,8 milhões de passageiros. Os empresários dizem que a quan-tidade de frota suficiente deve ser entre 10 mil e 13 mil ônibus. A ANTT rebate dizendo que este número é exacerbado e leva em considera-ção frota reserva, ônibus que estão cadastrados no sistema mas que não operam em linhas in-terestaduais e internacionais e veículos de freta-mento que também pertencem às prestadores de serviços regulares. A ANTT diz que será possível reduz-ir o valor das passagens de ônibus por conta da racionalização do sistema de linhas e aumento na concorrência entre as empresas. A malha de ônibus rodoviários in-terestaduais e internacionais será dividida em 18 grupos e 60 lotes. Pela proposta da ANTT, será criado um sistema de compensação ou subsídios cruzados entre linhas de ônibus para deixar mais justo o sistema. Assim, empresas que assumirem linhas altamente lucrativas também terão de operar trajetos menos lucrati-vos mas que possuam importância econômica, social e de integração regional ou nacional. A lógica é que em vez de uma empre-sa ou grupo dominarem sozinhos as melhores linhas deixando as empresas menores com tra-jetos difíceis de serem operados e com pouco retorno financeiro, haveria um equilíbrio entre empresas. Os donos de empresas de ônibus di-zem que na prática esta lógica como propõe a ANTT não será possível de existir e que as viações há muito tempo já operam em sistema de subsídios cruzados. A ANTT também defende que seu edital aumenta a concorrência entre as empre-sas de ônibus em várias linhas. Pelo plano de outorgas da Agência, hoje, por exemplo, ex-

istem 4 linhas de ônibus em todo o País que são operadas por 5 empresas e 5 linhas opera-das por 4 empresas de ônibus. A Agência quer que o número suba para 20 linhas operadas por 4 empresas e outras 20 linhas operadas por 5 empresas. As empresas de ônibus dizem não ser contra a concorrência, mas afirma que em al-guns trajetos, o excesso de número de viações tornaria as linhas economicamente inviáveis. Tudo porque, segundo as empresas de ônibus, há inconsistências por parte da ANTT no cál-culo de taxa de ocupação dos veículos. Para entidades representativas das viações, como a Abrati, considerar que linhas como a Rio - São Paulo têm taxa de ocupação de 95% é usar os dados de maneira incorreta, levando em consideração dias e horários de maior demanda, sendo que na média, não trans-portam toda essa quantidade de passageiros. A ANTT diz que os cálculos foram feitos com base na média e por estudos de de-manda. Segundo a Agência, a taxa de retorno para as empresas será de 8,77%. Quanto aos tributos, o PIS sobre os ganhos das empresas será de 3% e o Cofins de 0,65%. As empresas de ônibus dizem que em várias linhas o retorno não vai sequer se aproximar aos 8,77%. As companhias também reclamam que pelas exigências do edital e pela forma de distribuição das linhas, várias empresas serão extintas. A estimativa é de 254 viações, o número seja reduzido para menos de 100 em-presas, o que segundo as companhias operado-ras, pode ocasionar a perda de 40 mil postos de trabalho no setor. A menor empresa terá 155 ônibus e a maior 814 veículos. A ANTT diz que o nível de emprego não deve sofrer grandes impactos mas admite que o número de empresas deve ser reduzido. As companhias alegam que as meno-res tarifas não virão pela racionalização do sistema, mas pela redução da frota e de diversos trajetos, que serão extintos oi linhas que serão seccionadas ou encurtadas. A ANTT diz que o edital tem como objetivo distribuir melhor a oferta de transport-es, servindo a áreas não atendidas e eliminando o que classifica como “serviços redundantes”. O tempo de parada de uma viagem para o início de outra estipulado pela ANTT é considerado pequeno pelas empresas que dizem que pode não ser possível a realização das manutenções e serviços de limpeza nos ônibus, além do deslocamento da garagem ou ponto de apoios até rodoviárias, muitas que fe-cham na madrugada.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

Período de apresentação de propostas e contribuições já está aberto. Estão programadas audiências públicas até o início de março

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