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Montadora sueca lança pela primeira vez no Brasil um chassi com motorização dianteira. É o B270F, com motor MWM A Volvo se rendeu aos dianteiros REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 52 10 de Julho de 2011 A Volvo se rendeu aos dianteiros Luiz Carlos Pimenta, presidente da Volvo Buses para a América Latina

Revista InterBuss - Edição 52 - 10/07/2011

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  • Montadora sueca lana pela primeira vez no Brasil umchassi com motorizao dianteira. o B270F, com motor MWM

    A Volvose rendeuaos dianteiros

    REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

    ANO 2 N 52 10 de Julho de 2011

    A Volvose rendeuaos dianteiros

    Luiz Carlos Pimenta, presidente daVolvo Buses para a Amrica Latina

  • PARA VOC QUE SENTIUNOSSA FALTA, VOLTAREMOS

    A ATUALIZAR NESTA SEMANA!Durante esses dois meses em que ficamos sem atualizar

    aproveitamos para corrigir alguns problemas em nossa Galeria de Imagens e reorganizarmos o acervo de fotos. A partir do prximo

    sbado, voltaremos a atualizar semanalmente, comotradicionalmente.

    A primeira atualizaoacontecer no sbado, dia 16

    de julho. Participe!

    ENVIE SUAS FOTOS PELO SISTEMA AUTOMTICO NO SITE OU PARA O NOVO E-MAIL [email protected]

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    NOVO PORTAL

    InterBussVivencie!

  • A Volvo cedeu elanou o B270F

    B E M - V I N D O S R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIO: 32 PGINAS

    Montadora sueca relutou por muitos anos em lanar um chassi com motorizao dianteira, sempre apostando nos veculos pesados e de grande capacidade. Noltimo dia 5 isso acabou, com aapresentao do B270F, que contouinclusive com a presena dacpula mundial da empresa. 12

    | Novo Volvo

    | A Semana Revista

    EMTU quermudar linhas e licitar regio do Grande ABCainda este anoEmpresa Metropolitana deTransportes Urbanos ainda noconseguiu fazer a concesso das linhas da regio depois de diversas tentativas. Reunio visa ajudarna reorganizao das linhas 08

    | A Semana Revista

    TUT e Nanitur tem suas linhasintermunicipais cassadas no MTEmpresas tiveram suas linhas cassadas pelo governo local em virtude deirregularidades. Enquanto as novas empresas no so selecionadas, a operao continua a cargo das antigas empresas 09

    A Volvo cedeu elanou o B270F

    Luiz Carlos Pimenta, presidente daVolvo Buses para a Amrica Latina

    | A Semana Revista

    Empresas de nibus oferecem novos servios aos passageirosIdeia recuperar os passageiros que esto sendo perdidos ao longo dos ltimos anos para as empresas areas. Novos nibus, servio deinternet gratuita e outros mimos so ofertados pelas empresas 07

  • ANO 2 N 52 DOMINGO,10 DE JULHO DE 2011 1 EDIO - 19h21

    COLUNISTAS Jos Euvilsio Sales BezerraTroncalizao 25

    COLUNISTAS Adamo BazaniEspecial: Brs 28

    A SEMANA REVISTAAs notcias da semana no setor de transportes 7

    EDITORIALPossvel adiamento do leilo do TAV 6

    SEU MURALA seo especial do leitor 18

    COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzRecuperando informaes de guias 19

    COLUNISTAS William GimenesRio de Janeiro 24

    AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 26

    NOVO VOLVOMontadora lana chassi de motor dianteiro 12

    PSTERComil Svelto Volksbus 15 190 EOD 16

    Francisco Ivano

    DIRIO DE BORDO Tiago de GrandeTroca de frota em So Paulo 20

    | Deu na Imprensa

    Brasil produzir novo BiodieselOs testes com o novo combustvel em solo brasileiro esto previstos para iniciar no segundo semestre deste ano em dinammetrosde bancada. 11

    DEU NA IMPRENSAAs notcias da imprensa especializada 11

    COLUNISTAS Luciano RoncolatoO passado e a infmia 22

    | Nosso Transporte

    A porteirado BrsAdamo Bazani conta ahistria do bairro paulistano 28

  • Uma publicao da InterBuss Comunicao Ltda.

    DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

    JORNALISTA RESPONSVELAnderson Rogrio Botan (MTB)

    EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogrio Botan, Guilherme Rafael

    EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, Jos Euvilsio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fbio Takahashi Tanniguchi

    REVISOAnderson Rogrio Botan e Luciano de Angelo Ronco-lato

    ARTE E DIAGRAMAOLuciano de Angelo Roncolato

    AGRADECIMENTOS DESTA EDIOAgradecemos por ter colaborado com esta edio: Franz Hecher e Gustavo de Albuquerque Bayde

    SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss uma publicao semanal do site Portal InterBuss com distribuio on-line livre para todo o mundo.Seu pblico-alvo so frotistas, empresrios do setor de transportes, gerenciadores de trnsito e sistemas

    de transporte, poder pblico em geral e admiradores e entusiastas de nibus de todo o Brasil e outros pases.

    Todo o contedo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crdito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe protegido pela lei de direitos autorais e sua reproduo autorizada aps um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista so de autoria prpria e a reproduo tambm autor-izada apenas aps um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira tm seu crdito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorizao de reproduo deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferncia da Revista InterBuss. A impresso da re-vista para fins particulares previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

    PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Voc poder anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou at em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu oramento. Consulte-nos!

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    CONTATOA Revista InterBuss um espao democrtico onde todos tm voz ativa. Voc pode enviar sua sugesto de pauta, ou at uma matria completa, pode enviar tambm sua crtica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de reprteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rpido possvel.

    A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe h nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De l pra c, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para voc em primeira mo com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de m f, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que de nossa equipe.Por conta disso, instrumos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss so devidamente identificados com um crach oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e no estiver devidamente identifi-cada, no tem autorizao para falar em nosso nome, e no nos responsabilizamos por informaes passa-das ou autorizao de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

    E mais uma vez o leilo do Trem de Alta Velocidade sofre srios riscos de ser adiado. Como se no bastasse isso, que j est sendo considerado um grande vexame pela falta de capacidade do go-verno brasileiro em organizar um certame desse porte, surgem as denncias de cor-rupo no Ministrio dos Transportes, respingando diretamente nas negociaes do Trem e em governos locais, como o de Campinas, cidade que est constando como ponto inicial dessa gigantesca obra. Como agravante as denncias atingem o ex-secretrio de transportes da cidade, Gerson Bittencourt, eleito deputado esta-dual no ltimo pleito com grande e amplo auxlio de alguns operadores de transpor-tes locais. No ser hora do goveno federal tomar uma atitude sria, pelo bem de todo o pas, e suspender esse leilo de uma vez por todas e cancelar esse projeto faranico que vai apenas servir para encher ainda mais os bolsos das grandes empreiteiras

    que sobrevivem do dinheiro pblico h dezenas de anos? Para o pblico em geral, a obra no nem um pouco interessante. Compensa para um passageiros pagar mais caro do que uma passagem de avio? A passagem area mais barata e o voo mais rpido do que o trem. Se a ideia praticamente acabar com o transporte rodovirio implantando esse trem, um gravssimo erro de planejamento. Teori-camente, os passageiros que iriam migrar para o trem seriam justamente os do avio, e no do nibus. Os passageiros de ni-bus viajam pelas rodovias justamente por conta das tarifas serem menores (em sua maioria). Se a tarifa do trem for equipa-rada dos nibus, a a conversa muda. Com todo esse dinheiro d para se fazer outras obras de suma importncia na rea dos transportes que melhorariam a qualidade de vida da populao consi-deravelmente. Vrias outras obras de porte muito menor so mais necessrias e impor-tantes, porm insiste-se nesse projeto mal

    Mais um adiamento do leilo do TAV?

    A N O S S A O P I N I O| Editorial feito e que deixa transparecer uma vulne-

    rabilidade enorme corrupo. Parece que desejam a obra apenas para encherem os prprios bolsos. Mesmo aps vrios e vrios estu-dos, o preo do trem no para de subir. A cada adiamento do leilo o preo cresce na mesma velocidade que a pacincia da po-pulao se esgota. Muita gente j se mani-festou pelas redes sociais contrrias essa obra faranica e pedem mais explicaes ao governo federal, que se faz de surdo. Esses respingos das denncias de corrupo no governo municipal de Campinas agravou ainda mais a crise poltica na cidade. A populao local est indignada com o rumo das coisas e com as notcias negativas que chegam a todo mo-mento, enquanto nada muda: todos con-tinuam trabalhando como se nada tivesse acontecido. isso que faz com que a desi-luso com a poltica brasileira cresa cada vez mais. Enquanto o pas no se indig-nar e ir em busca de seus direitos, nada ir mudar. E os leiles do TAV vo continuar sendo adiados, dinheiro gasto, embolsado, etc. Esperamos tambm uma deciso sensata da presidente Dilma Rousseff para que esse trem no saia do papel e o di-nheiro seja usado de forma consciente.

    REVISTAINTERBUSS Expediente

  • Empresas de nibus se mexem para recuperar passageiros

    Numa tentativa de driblar a perda de clientes para as companhias areas, as empresas de nibus esto se renovando. J parcelam os bilhetes em at seis vezes, lanam programas de milhagem, oferecem tarifas diferenciadas para as poltronas e esto at implantando totens de autoatendimento para quem compra passagens pela internet, uma espcie de check-in ante-cipado. Alm das novidades, algumas chegam a oferecer descontos de at 50% no valor das passagens, de olho nas classes D e E. Nos ltimos dois anos, o nmero de passageiros de nibus que viajaram longas dis-tncias (acima de 75 quilmetros) caiu 9%, de quase 54 milhes em 2008 para 49 milhes em 2010, segundo a Agncia Nacional de Trans-portes Terrestres (ANTT). No mesmo perodo, o nmero dos que escolheram o avio para via-jar pelo Brasil a briga entre areas e nibus se d nos trajetos domsticos saltou 39,4%, para 139,4 milhes, de acordo com a Infraero. Foram essas estatsticas discrepantes que fiz-eram as empresas de nibus se mexer e inovar sua estratgia para atrair clientes. A Viao 1001, do grupo JCA, iniciou em maio passado o parcelamento em at seis vezes sem juros no carto de crdito e avalia estend-lo at dez vezes, sem valor mnimo de compra. At ento, o cliente s podia dividir em trs vezes com valor mnimo de R$ 100. A com-panhia tambm vai lanar no segundo semestre o programa Conta Giro, em que os passageiros acumulam pontos e podem troc-los por bil-hetes, uma espcie de programa de milhagem. A iniciativa, segundo o diretor-executivo da empresa, Heinz Wolfgang, visa especialmente s classes D e E, que no costumam ter carto de crdito e j comeam a viajar com a famlia de nibus. Da mesma forma que a classe C gal-gou degraus e est viajando de avio, as classes D e E tambm esto estreando no nibus nas viagens de frias, disse o diretor. As classes D e E tambm so o novo

    Luciano Roncolato

    Novos servios

    foco da Itapemirim, que tem apostado nos preos baixos para atrair a nova clientela. At junho, a empresa oferecia desconto de at 45% em alguns trechos, como na rota Rio-So Paulo (R$ 99). Tambm elegeu alguns trajetos para oferecer tarifas promocionais a quem compra com antecedncia, a exemplo do que fazem as companhias areas. Por exemplo, os seis primeiros que compraram assentos em cada um dos nibus que partem do Rio para Vitria pagaram R$ 45 at o fim de junho. Os menos apressados (so 42 lugares em mdia nos ni-bus) desembolsaram R$ 79 ou 83% mais. Estra-tgia semelhante deve ser adotada nos prximos meses. So estratgias como essas que tm nos permitido estabilizar o nmero de passage-iros transportados em 3,5 milhes por ano, diz o gerente nacional de vendas da Itapemirim, Emlio Mendes, frisando que, alm das areas, os nibus tm perdido clientes para o transporte pirata e para os automveis particulares. A capixaba guia Branca igualmente entrou na guerra de preos. Entre as promoes que oferecia ms passado estava Vitria-Salva-dor (R$ 99, desconto de 50%). Se o passageiro optasse por encurtar a viagem e fazer o trajeto de avio, pagaria de R$ 169 a R$ 209 por perna para voar o mesmo trecho, segundo pesquisa feita pelo jornal O Globo nos sites das princi-pais areas do pas. A empresa tambm est re-forando as rotas em que no h concorrncia area direta. Assim, espera elevar o faturamento este ano em 3%. Nas viagens de capital a capital, su-perior a mil quilmetros, o setor areo mais

    competitivo. Isso porque os aeroportos cos-tumam se localizar nas capitais e, por isso, o passageiro no precisa fazer outra viagem para chegar ao destino final. Caso contrrio, o nibus torna-se mais competitivo, devido sua capilar-idade, avalia Paula Corra, diretora Comercial e de Marketing da Viao guia Branca. As empresas tambm esto renovando esforos para recuperar clientes que faziam o trecho Rio-So Paulo, uma turma que preferiu a rapidez e o conforto dos avies e abandonou os nibus. Na Viao 1001, por exemplo, nos quatro primeiros meses do ano houve perda de 4% no nmero de passageiros nessa rota. Por isso, a companhia passou a ofer-ecer mais uma facilidade a quem embarca na Rodoviria Novo Rio e na Rodoviria Tiet (SP): as chamadas salas net, em que os passage-iros que compram pela internet retiram seus bil-hetes sem enfrentar filas nos guichs. Tambm mantm cinco salas VIP em rodovirias do Sud-este. Alm disso, seus nibus j esto equipa-dos com tomadas, de modo que os passageiros possam recarregar laptops e outros eletrnicos durante a viagem. A Viao Cometa, por sua vez, fechou parcerias h 15 dias com uma faculdade pau-lista para venda das passagens em duas de suas unidades. A exemplo do que vm fazendo algu-mas areas, tambm mantm um canal de ven-das em lojas de varejo, como na matriz da Casas Bahia, em So Caetano do Sul, e parcela o valor dos bilhetes em at seis vezes. Tem apostado ainda em nibus mais modernos: investiu R$ 65 milhes este ano na aquisio de 128 carros para renovar a frota, de mil veculos.

    MUDANA DE CENRIO Movimentos como esse, de 2007, no so mais vistos nas rodovirias

    A S E M A N A R E V I S T ADE 3 A 10 DE JULHO DE 2011

    REVISTAINTERBUSS 10/07/11 07

    Novidades e mimos para os passageiros passaram a ser oferecidos aps perda de clientes para asempresas areas Agncia O [email protected]

  • EMTU/SP quer mudar linhas na regio do Grande ABC

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    O presidente da Empresa Metro-politana de Transportes Urbanos, Joaquim Lopes da Silva Jnior, se reuniu na semana com o Grupo de Trabalho de Mobilidade do Consrcio Intermunicipal do Grande ABC. O principal objetivo foi debater meios para diminuir a sobreposio de trajetos entre as linhas intermunicipais e municipais. A em-presa cobrou das prefeituras estudos sobre o transporte em cada municpio. As anlises iro embasar a execuo de mudanas no transporte regional. Apenas em So Bernardo, 80% dos itinerrios so sobrepostos, ou seja, fazem caminhos idnticos. A informao foi forne-cida pelo secretrio municipal de Transpor-tes e Vias Pblicas, Oscar Silveira Campos. Na cidade, 20% dos passageiros dos nibus intermunicipais no deixam o municpio, portanto, no utilizam as linhas conforme a finalidade proposta. Segundo o presidente, alm de So Bernardo, somente So Caetano e Ribeiro Pires j tm estudos prontos sobre trajetos, demanda, horrios e frota do transporte municipal. A expectativa de Silva Jnior de que as demais prefeituras entreguem os relatrios em at duas semanas. Outra reu-nio dever ser marcada daqui a um ms, aproximadamente. Precisamos recuperar o conceito de transporte metropolitano, que garantir o deslocamento entre cidades. O nibus inter-municipal no precisa entrar nas periferias. Isso quem tem que fazer o municipal, ex-plica o presidente da EMTU. Na avaliao dele, as modificaes iro diminuir o custo operacional das empresas, j que os itine-

    rrios devero ter as distncias encurtadas. Outro objetivo traar com pre-ciso a demanda de passageiros por horrio, para evitar as chamadas viagens ociosas, quando os nibus trafegam sem passageiros. Apesar de resultar em economia para os operadores, o presidente descarta a reduo no valor das tarifas cobradas. O que pode acontecer que, quando houver reajuste, o aumento no seja to alto como seria se no houvesse as modificaes, afir-ma Silva Jnior. A EMTU ainda no tem estimativa de quando os remanejamentos devero sair do papel.

    Edital para licitao da rea 5 deve ser publicado neste ano A EMTU espera publicar ainda neste ano o edital para concesso das linhas intermunicipais da rea 5, que compreende as sete cidades da regio. Desde 2006, quatro editais foram publicados, mas nenhuma em-presa participou da disputa. Atualmente, as viaes de nibus da regio operam em regime de permisso, ao contrrio do que ocorre nos demais lotes da Regio Metropolitana de So Paulo, onde as viaes tm concesso para operar as linhas. O presidente da EMTU, Joaquim Lopes da Silva Jnior, pretende fazer alte-raes no edital para que os empresrios te-nham interesse no certame. Uma das mudan-as possveis a diviso da rea 5 em zonas menores, com a possibilidade de que mais de uma empresa atue na regio. O contrato ter validade at 2016, quando vencem os demais contratos da Regio Metropolitana de So Paulo.

    A Cmara Municipal de Niteri apro-vou, em primeira votao, a reduo da alquo-ta do Imposto Sobre Servio (ISS) cobrado s empresas de nibus da cidade. A mensagem enviada pelo prefeito Jorge Roberto Silveira (PDT) tem o objetivo de viabilizar a implan-tao do Bilhete nico Municipal, j aprovado pelo Legislativo a duas semanas. Na prxima quarta-feira, dia 13, os parlamentares faro uma nova sesso extraordinrio para fazer a segunda votao da proposta do Executivo e analisar outros projetos de lei. A reduo da alquota do ISS foi garantida com o votos dos 12 parlamentares (qurum mnimo) presentes sesso no mo-mento da votao, incluindo o presidente da Cmara, vereador Paulo Bagueira (PPS), que tambm foi favorvel a proposta. O parlamen-tar precisou participar da votao depois que os petistas Leonardo Giordano e Waldeck Car-neiro, acompanhados do vereador Renatinho (PSol), deixaram o plenrio em protesto contra a mensagem do Executivo.

    Cmara aprova reduo de ISS para viaes locais

    Quatro veculos da empresa Lder, que j esto em circulao e fazem a linha 50 (Abadia/Uberabo - via Hospital de Clni-cas), passaram por padronizao visual. Os nibus levam a imagem do santurio da pa-droeira da cidade, Nossa Senhora da Abadia, aps requerimento do vereador Tony Carlos junto ao prefeito Anderson Adauto. De acordo com o superintendente de Planejamento de Trnsito e Transporte, Robinson do Amaral Camargo, existem trs cores de nibus da empresa Lder circulando na cidade (verde, branco e o laranja). A ideia promover um padro para diferenciar as duas empresas que atuam na cidade. Como a Lder recentemente comprou alguns nibus, ns fizemos um acordo de padronizar todos os nibus da empresa. Hoje, ns temos oito estampas diferentes. A ideia alcanarmos a margem de 10 estampas inseridas nos 72 ni-bus da empresa., explicou.

    nibus circulam com estampaalusiva cidade

    A S E M A N A R E V I S T AMudanas

    LICITAO Frota envelhecida tambm motiva a agilizar a licitao na regio

    Dirio do Grande [email protected]

    10/07/11 REVISTAINTERBUSS08

    Niteri

    O So Gonalo [email protected]

    Uberaba

    Jornal de [email protected]

  • Manaus

    delas ficava. Sempre encerravam as atividades e nos deixavam sem o servio. Alm das incertezas sobre a continui-dade dos servios, outro problema que pode ser agravado o do transporte clandestino de pas-sageiros. A assistente administrativo Eva Nilze Silva, que viaja para visitar a famlia em Rosrio Oeste (128 km a norte da Capital), conta que j utilizou o servio de vans. Agora, se no ti-vermos mais a empresa para viajarmos, vamos voltar a ir para a cidade ou vir para Cuiab de van.

    Situao Conforme dados da Agncia Estad-ual Regulao dos Servios Pblicos de Mato Grosso (Ager), no Estado 104 contratos so op-erados por 20 empresas de transporte conven-cional. Destes, 10,58%, ou seja, 11 linhas, so distribudas para 9 empresas de menor porte e os 89,42% restantes, ou seja, 93 linhas, esto sob o comando de 5 grandes grupos. Atualmente, o setor passa por grande reestruturao, fruto de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) fir-mado entre o governo, a agncia e o Ministrio Pblico em 2007. A maior parte das concesses est vencida ou possui entraves jurdicos. O prazo final para cumprimento do TAC terminou em 31 de maro de 2010, mas foi prorrogado.

    MT cassa linhas da TUT, Nanitur e Rio Manso Mais de 250 mil pessoas foram atingidas pela deciso do secretrio de Es-tado de Transporte e Pavimentao Urbana, Arnaldo Alves, que extinguiu a licena de 15 linhas de nibus intermunicipais, concedidas s empresas Tut Transportes, Transportes Rio Manso e Nanitur Viagens e Turismo. Em todas as linhas, as viaes eram as nicas a operar. O fato causa apreenso na populao dos 14 mu-nicpios afetados, principalmente daqueles que dependem dos nibus para se locomoverem e realizar o transporte de mercadorias e docu-mentos. A medida atende Ao Civil Pblica movida pelo Ministrio Pblico e foi publicada no Dirio Oficial do Estado desta sexta-feira. As empresas sero notificadas nos prximos dias sobre a revogao da licena da atividade. At l, continuam operando normalmente, fato que foi constatado na Rodoviria de Cuiab na tarde desta sexta-feira. Na ao, a Promotoria Pblica alegou que o proprietrio da empresa, Amador Atade Tut, foi condenado, em 2005, por improbidade administrativa. Desta forma, todas as com-panhias em que Tut figura como proprietrio ou scio esto proibidas de manter qualquer tipo de contrato de prestao de servios com o Estado. Alm da proibio, Tut, que ex-deputado estadual, teve seus direitos polticos suspensos. Conforme a presidente da Agncia de Regulao dos Servios Pblicos Delega-dos do Estado de Mato Grosso (Ager), Mrcia Vandoni, para atender os passageiros que uti-lizam os nibus nestes itinerrios, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) dever celebrar contrato emergencial com outra em-presa. A concesso provisria dever possuir durao mxima de 1 ano. Ela salientou que a fiscalizao do cumprimento da medida somente ser iniciada aps a notificao, mas que todas as providn-cias no sentido de impedir a circulao dos nibus destas 3 empresas j foram tomadas. No perodo do contrato temporrio, caber Sinfra a preparao de edital de lici-tao para as empresas interessadas em operar as linhas vagas. Aps a realizao de todo o processo, a pasta informa a Ager, que tem a atribuio de fiscalizar o cumprimento do que estabelecido na concesso. Isto porque, con-forme a legislao que regula o setor, o gov-erno, por meio da secretaria, o rgo respon-svel por delegar as concesses.

    Outro lado

    Representantes da Tut Transportes, Transportes Rio Manso e Nanitur Viagens e Turismo no foram localizados pela equipe de reportagem para comentar a deciso. Passageiros das linhas atendidas pelas empresas Tut Transportes, Rio Manso e Nanitur esto preocupados com a deciso da Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra) que extinguiu a concesso de 15 linhas de nibus intermunicipais. Isto porque, em to-dos os casos, as empresas eram as nicas a op-erar nas cidades. A conselheira fiscal da Federao dos Trabalhadores na Agricultura de Mato Grosso (Fetagri), Luzia Souza Simon, viaja h mais de 30 anos de Cuiab para Brasnorte (579 km a noroeste da Capital), onde mora. assusta-dor. A Tut nunca nos abandonou, fizesse chuva ou sol e encarou sempre as estradas de terra de l. Pergunto s autoridades o que vai ser de ns, se haver garantias de que a empresa que assumir ir prestar o servio de forma adequa-da, questiona. Viajando periodicamente em busca de tratamento mdico na Capital, a professora de Aripuan (1.002 km a noroeste de Cuiab), Ceclia Andrade de Oliveira, no escondia o descontentamento com a medida. J tivemos vrias empresas atendendo a regio e nenhuma

    NOVO GOLPE TUT, que j teve linhas interestaduais, agora perde as intermunicipais

    Luciano Roncolato

    S [email protected]

    REVISTAINTERBUSS 10/07/11 09

    RELAO DAS LINHAS CASSADAS PELO AGER/MS

    TUT TransportesCuiab x Baro de MelgaoCuiab x Santo AfonsoCuiab x Nova MarilndiaCuiab x NortelndiaCuiab x Tangar da SerraCuiab x Pocon

    Cuiab x AripuanTangar da Serra x NortelndiaSo Jos do Rio Claro x BrasnorteJuruena x PanelasAripuan x CotriguauAripuan x Juruena

    Transportes Rio MansoJuna x JuruenaJuruena x Cotriguau

    NaniturCuiab x Juna

  • 10/07/11 REVISTAINTERBUSS10

    A S E M A N A R E V I S T A

    TCCC vence licitao e pe 72 novos nibus nas ruas

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    Mais modernos e com pintura dife-renciada, os nibus da nova frota da Trans-porte Coletivo Cidade Cano (TCCC) comearo a circular a partir desta segunda-feira. So 72 veculos, todos da marca Mer-cedes-Benz, equipados com motores MB OF-1418 e MB OF-1722. Os nibus ficaram expostos no estacionamento do terreno da antiga rodoviria, da quinta-feira passada at o final da tarde de sexta-feira. A nova frota promete mais conforto aos usurios, especialmente aos deficientes fsicos. Todos os novos nibus so equi-pados com elevador para atender a acessibi-

    lidade, explica o chefe de trfego da TCCC, Luiz Carlos Alves Pinto, que destacou outro diferencial. Os carros tambm so prepara-dos com equipamentos de GPS. O equipa-mento servir para o controle da frota, re-duzindo a incidncia de atrasos. A TCCC venceu, recentemente, a licitao para operar o transporte coletivo em Maring por obter a maior pontuao no processo. Segundo o procurador jurdico do municpio, Luiz Carlos Manzato, a TCCC apresentou planilha de custos menor, com menor valor da tarifa. A empresa ofertou ai-nda valor inferior para a tarifa em horrios de menor fluxo de passageiros.

    A prefeitura de So Paulo criou uma comisso para avaliar os impactos do uso dos corredores exclusivos de nibus pelos txis e sugere at a proibio da circulao. O objetivo principal encontrar uma forma de aumentar a velocidade dos coletivos nos corredores. O grupo, formado por integran-tes de CET, SPTrans, DTP (Departamento de Transportes Pblicos) e DSV (Departamento de Operao do Sistema Virio), ter 40 dias para elaborar um relatrio que ir apontar se os txis podem continuar circulando, se a au-torizao ser cancelada ou se haver alguma outra alterao. Em vrios horrios do dia, os nibus rodam mais lentos nas faixas exclusivas do que os demais veculos fora delas. Ontem, por volta das 17h30, a velocidade mdia nos cor-redores era de 19 km/h no sentido centro e 16 km/h no sentido bairro. Nas demais vias, era de 20 km/h e 17 km/h, respectivamente. O corredor mais lento era o que liga o Jardim ngela a Santo Amaro, com velocid-ade de 11 km/h s 17h30.

    Prejuzo O presidente do Sindicato dos Taxis-tas, Natalcio Bezerra, avalia que, se o relatrio apontar o cancelamento, quem sair perdendo ser Novo biodiesel ser testado no Brasil o usurio. O taxista poder usar o corredor de nibus benfico para toda a populao, pois impede que mais um carro saia s ruas, disse. Ele admite que alguns taxistas usam o corredor mesmo vazios, o que proibido.

    Cmara aprova reduo de ISS para viaes locais

    Maring

    RENOVAO Nova frota ficou exposta no ptio da antiga rodoviria por dois dias

    O Dirio [email protected]

    Niteri

    O So Gonalo [email protected]

    Ribeiro Preto

    Empresas pedem reajuste de tarifa para R$ 2,76 O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Ribeiro Preto anunciou nesta sexta-feira (8) que pro-tocolou, na Transerp, pedido para reajustar o valor da tarifa de R$ 2,40 para R$ 2,76. O aumento reivindicado de 15%. Esse ndice havia sido antecipado por A Cidade no incio de junho, quando patres e funcionrios entraram em acordo para elevar o salrio em 9,5%, em reunio intermediada pela prefeita Drcy Vera

    (DEM). Na poca, o impasse nas negocia-es levou os motoristas a promover para-lisao de um dia no Centro, que deixou 70 mil usurios sem conduo. Para forar os patres a ceder nas negociaes, chegaram anunciar uma greve, o que fez a prefeita in-tervir no caso. A prefeitura negou que, para incentivar as concessionrias a melhorar o ndice de reajuste, teria convencionado pos-svel autorizao de reajuste da passagem. Por meio de assessoria de impren-sa, as concessionrias informaram que o

    valor de R$ 2,76 reflete o impacto do ndice dado para o salrio da categoria, alm de outras despesas com manuteno dos nibus e combustveis. Como o pedido protocolado, as em-presas iniciam a negociao com a Transerp, que pode acatar ou no o ndice. Em 2010, os patres reivindicaram R$ 2,45, mas a em-presa de trnsito autorizou R$ 2,40. O presidente do sindicato das em-presas, Luiz Gustavo Vianna, afirmou nesta sexta que vai conceder entrevista nesta se-gunda-feira.

    A [email protected]

  • Brilliance Auto vender carros no Brasil

    O Brasil foi um dos pases pionei-ros na criao de combustveis alternati-vos para utilizao veicular e vem, desde o incio do novo milnio, trabalhando no desenvolvimento e produo do biodiesel extrado da mamona e da soja. A novidade que uma empresa norte-americana, a LS9, est com interesse neste mercado e acaba de fechar com a Man Latino Amri-ca, fabricante dos caminhes e nibus com a marca Volkswagen no Pas, um acordo para testar um novo tipo de biodiesel ex-trado de plantas ricas em acar, como a beterraba, mandioca e cana de acar. Ba-tizado de Ultra CleanTM Diesel, o com-bustvel mais avanado em relao aos existentes porque tem melhor combusto, suporta perodos mais longos de armazen-agem e no cristaliza quando utilizado em menor temperatura ambiente. A empresa LS9, cuja matriz esta localizada em So Francisco (EUA), dedicada a pesquisas no campo da biotec-nologia e iniciou suas operaes no Bra-sil h menos de um ms. Os testes com o novo combustvel em solo brasileiro esto previstos para iniciar no segundo semes-tre deste ano em dinammetros de banca-

    da. Os testes de campo, ou seja, rodando com o prprio veculo, s sero realizados a partir de 2012. Nesta fase sero avali-adas diferentes misturas de biodiesel cria-das pela LS9 ao leo diesel convencional, alm do biocombustvel puro. Se tudo cor-rer conforme o planejado, a previso que a produo do novo combustvel no Brasil deve acontecer a partir de 2014 em local ainda a ser definido. Segundo a empresa, a nova soluo mais simples e de menor custo que os biocombustveis j desenvolvidos com matrias-primas de origem vegetal. Para Roberto Cortes, presidente da MAN Latin Amrica, a inteno da montadora oferecer mais alternativas de combustveis renovveis e alternativos para os clientes da marca no Brasil e no exterior. A empre-sa, que nasceu no Brasil com a aquisio da Volkswagen Caminhes e nibus, pos-sui em sua histria passagens importantes no campo do desenvolvimento e testes de combustveis renovveis. Em 2006, por exemplo, foi a primeira montadora brasileira a avaliar em campo o combustv-el B20, uma mistura de 20% de biodiesel ao diesel. Segundo a LS9, o Ultra CleanTM Diesel produzido a partir da fermenta-

    VENDAS Incio da comercializao de dois modelos ser em setembro

    Foi confirmado. Comea em setembro as vendas da Brilliance Auto no Brasil. Viro para c os modelos FRV GL e FRV Cross. A responsvel pela vinda da marca a importadora CN Auto. Ainda no foi divulgado detalhes sobre os novos modelos, mas j se sabe que sero completos de fbrica e equipados com motor 1.5 de 113 vc de potncia, movido a gasolina e com cmbio manual. Tanto o FRV GL como o Cross estaro disponveis nas verses mecnica e automtica. A chegada da Brilliance ao Bra-sil chega depois do previsto, que era para o primeiro trimestre desse ano. As duas verses do FRV j foram apresentados ao pas, durante o Salo do Automvel de So Paulo, em outubro de 2010. A importadora CN Auto abrir 20 concessionrias da chinesa at o final do

    Brasil produzir novo biodiesel

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    D E U N A I M P R E N S ARESUMO DAS PRINCIPAIS NOTCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

    Quatro Rodas

    Lais Modelli / Quatro [email protected]

    Transpo Online

    Do site da Transpo [email protected]

    ano. A empresa, que tambm importa as marcas Towner e Topic, uma das maio-

    res a comercializar automveis chineses no Brasil.

    o de acares de plantas e atravs da biossntese do cido graxo graas ao de bactrias modificadas geneticamente. um processo biotecnolgico bastante eficiente na converso de acares em biocombustveis porque dispensa etapas industriais extras, com menores custos de produo. E mais avanado porque tem melhor combusto, suporta perodos mais longos de armazenagem e no cristaliza quando utilizado em menor temperatura ambiente. Alm disso, o biocombustvel da LS9 no contm benzeno e tem baixs-simos teores de enxofre (ambas as sub-stncias esto presentes no leo diesel convencional e so nocivas sade). Os primeiros testes vo avaliar o nvel de emisses, desempenho (torque, potncia e consumo especfico) e durabili-dade acelerada. Sero avaliadas diferentes misturas de biodiesel da LS9 ao leo die-sel convencional, alm do biocombustvel puro. Para Ed Dineen, presidente da LS9, a cooperao com a MAN Latin Amrica refora o compromisso da empresa de produzir biocombustveis com boa relao custo-benefcio e alta qualidade, alm de amplamente sustentveis e renovveis.

    Quatro Rodas

  • PRESSOConvergncia do mercado para a compra de chassis desse porte foi decisiva para a entrada da Volvo nesse filo

    Volvo cede e lana chassi dianteiroDepois de muitos anos de testes, experincias bem e malsucedidas, declaraes sobre o mercado de chassis com motordianteiro, a Volvo cede s presses do mercado e lana a sua verso do tipo de chassi mais vendido no Brasil

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    Volvo cede e lana chassi dianteiroDepois de muitos anos de testes, experincias bem e malsucedidas, declaraes sobre o mercado de chassis com motordianteiro, a Volvo cede s presses do mercado e lana a sua verso do tipo de chassi mais vendido no Brasil

  • Luciano Roncolato

    REVISTAINTERBUSS 10/07/11 13

  • Ocorreu na ltima tera feira, dia 5 de Julho em So Paulo o lanamento do novo modelo de chassi da volvo, o B270F. Estiveram presentes na apresentao, realizada no Hotel Hilton em So Paulo o Engenheiro de vendas Gilcarlo Prosdcimo, o presidente da Volvo Bus Latin America Luis Carlos Pimenta, o pre-sidente mundial da Volvo Buses Hakn Karls-son, colaboradores da fabricante, membros da Revista Interbuss e Imprensa. Pela primeira vez na histria, a Volvo lana um projeto de chassi com motorizao dianteira, a qual teve todo seu projeto desenvolvido aqui no Brasil a partir da plataforma do caminho semipesado VM, para atender uma demanda quem vem crescendo significativamente ao longo dos anos, e at ento a empresa no tinha nenhum veculo para este tipo de aplicao. Este segmento representa os nibus 4x2 com motor frontal, utilizados em modelos urbanos ou rodovirios de curtas e mdias distncias a qual contam com altura mxima de 3,6m e comprimento de at 13,2m. Antes do anncio do lanamento, a Volvo dis-ponibilizou para testes, unidades do B270F para empresas de Curitiba, Belo Horizonte e Campinas a qual tiveram um desempenho mui-to satisfatrio. Mesmo sendo inspirado em um caminho, Prosdcimo garantiu que o projeto priorizou as necessidades especficas do trans-porte de passageiros, visando cuidados ambi-entais, um maior conforto e principalmente a segurana. Pimenta ressaltou que o volume de vendas deste seguimento prximo a 12 mil unidades anuais. Todavia, a resposta do mer-cado foi to imediata, que antes mesmo do lan-amento oficial, foram comercializados mais de 200 chassis, ressaltando que as primeiras uni-dades sequer saram da linha de montagem. A nica planta no planeta a produzir o B270F ser a de Curitiba, e ela est totalmente preparada para atender a crescente demanda, at mesmo a exportar os novos veculos. A estrutura do novo chassi com lon-garinas e travessas em escada feita com ao especial LNE60 e a suspenso com molas para-blicas no eixo traseiro e dianteiro (exclusivi-dade da Volvo no seguimento, mas lembrando que foi o OF-1218 o chassi inaugural desta tec-nologia no Brasil) resultando em uma menor manuteno, menor rudo, melhor estabilidade e um maior conforto para os passageiros. A soma destes fatores torna o B270F um chassi de fcil encarroamento alm de ser um diferencial entre os concorrentes por ser 400 quilos mais leve que os rivais. A ttulo de curiosidade, um feixe de molas parablicas aproximadamente 150 quilos mais leve que o tradicional, com mo-las semi-elpticas e capaz de manter o veculo

    com praticamente o mesmo nvel em relao ao solo independente da carga. Alm do fato de possurem menos componentes e dispensar manutenes extras, como o arqueamento, em conseqncia disto, traz maior economia para o proprietrio. O motor que equipa o modelo o Vol-vo-MWM 7.12 TCAE de 7 litros que gera 260 cavalos de potncia e 92 Kgfm de torque com tecnologia commom rail atende regulamen-tao EURO III. Este motor, ressaltando que a fabricante j tem disponvel a verso de acordo com a regulamentao EURO V, que ser o-brigatria no Brasil a partir do prximo ano, ter a potncia aumentada para 270 cavalos. Irmo univitelino do propulsor que empurra os Volksbus 17-230EOD e 17-260EOT, ele ganhou o sufixo Volvo na nomenclatura em virtude de possuir diversos componentes da marca e tambm pela existncia da sintonia fina entre a montadora do chassi e a MWM-International na sua construo. Um dos principais responsveis

    pelo sucesso do caminho VM, este motor tem a premissa de continuar econmico, uma vez que a potncia de sobra combinada ao menor peso do chassi no demandar tanto esforo do engenho. No momento esto disponveis para o B270F dois modelos de caixa de transmisso, sendo Eaton FSB 6406B (direct drive) para aplicao urbana, com as primeiras marchas reforadas a fim de evitar rudos e suportar o esforo submetido e a Eaton FSO 6406A (over-drive) para aplicaes rodovirias, onde a ltima marcha serve para que o motor permanea em baixas rotaes quando em rodovias. Ressal-tando que a priori no haver a opo de trans-misso automtica ou automatizada (I-Shift), pois, segundo Pimenta, estes equipamentos no possuem aplicao acentuada neste segmento. Porm ressaltou que se houver demanda, nada torna impossvel uma futura instalao como item opcional. Graas ao acionamento por cabos, criou-se a possibilidade de instalar a

    N O V O V O L V O

    DETALHES Algumas imagens das peas e componentes do B270F, chassi commotorizao MWM tendo como base os caminhes VM, da marca sueca

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    Chailander [email protected]

    Guilherme [email protected]

  • alavanca de mudanas de marchas no painel, prximo ao volante, melhorando a ergonomia na operao e evitando que sejam feitos furos no cap. Dessa forma, operadores e passageiros so poupados de rudos e calor oriundos do trem de fora e o encarroamento facilitado. Alm do freio a tambor S-Came, a qual tem a maior capacidade de frenagem entre os concorrentes e possui regulagem automtica das catracas, o chassi tambm possui coluna de direo regulvel em altura, outra exclusividade do mercado nacional nesta categoria. Ainda com foco na economia dos frotistas, os eixos deste chassi possuem rolamentos de roda livre de manuteno e so baseados nos do VM 6X4, ou seja, so construdos para suportar operaes brutais, possibilitando ngulo de giro das rodas de 48 e menores nveis de esforo ao volan-te. O eixo trator, fabricado pela ArvinMritor,

    modelo MS 23158, recebeu tratamento especial na usinagem das peas com o objetivo de mini-mizar ao mximo os rudos, que em uma escala inversamente proporcional, se traduz no m-ximo conforto para os passageiros. Foram con-figuradas trs relaes de reduo, sendo: 4,10; 4,56 e 4,88, respectivamente para as seguintes aplicaes: rodovirias com caixa overdrive e metropolitanas com caixa direct drive; urbanas e, por ltimo, severas. Com essas caractersticas, Pimenta de-stacou que os nibus B270F so a melhor opo em sua categoria, no apenas em consumo de combustvel, custos de manuteno e facilidade de operao, mas tambm em conforto e segu-rana para os passageiros. O presidente deixou muito claro que a Volvo continua acreditando que os nibus com motorizao traseira e central a maneira mais eficiente para a implantao de

    um sistema de transporte mais confortvel e gil, assim como os BRTs. No entanto, a demanda desses veculos em outros pases est aumentan-do, no Brasil os empresrios esto optando cada vez mais por chassis com motor dianteiro. Esse foi o principal argumento para a fabricao do B270F, que por sua vez alavancar as vendas da fabricante sueca em territrio brasileiro alm de atender uma demanda oculta, onde alguns clien-tes deixaram de comprar os produtos dos con-correntes s para aguardar o lanamento deste produto por parte da Volvo. Ao fim da apresenta-o, todos os convidados foram conhecer o novo chassi, alm de poder testar na pratica o veculo, j encarroado com carroceria Caio Apache Vip com pintura da HP Transportes de Goinia em ruas do bairro do Itaim, onde seguiram at o refinado Restaurante Bar Des Arts, onde todos foram recepcionados com um excelente almoo.

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  • REVISTAINTERBUSSF R A N C I S C O I V A N OO U R I N H O S / S P T U R I S M A R

  • 10/07/11 REVISTAINTERBUSS18

    S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIO E CARTAS

    Em Cariacica

    ENVIADA POR FRANZ HECHEROs amigos Vitor Miranda, Franz Hecher e Gabriel Costa durante volta pela regiometropolitana de Vitria em nibus do sistema Transcol. O registro foi feito em janeiro deste ano.

    Pesquisa da Semana

    A PARTIR DE HOJE,VISITE NOSSO SITE E RESPONDA:

    Voc acha que a Busscar ainda poder voltar um dia aproduzir com fora total, mesmo com a grave crise?

    VISITE:www.portalinterbuss.com.br/revistaE VOTE!

    Nostalgia - Evento29 de Setembro de 2007

    InterBuss City Tour II - CampinasO segundo City Tour realizado pelo Portal InterBuss reuniu vrioscolecionadores de diversas partes do Estado. O evento contou com a cesso de um Caio Apache VipVolksbus 17 230 EOD do Expresso Campibus e terminou com uma visita garagem da empresa. Na foto, esto Gabriel Dias, Ailton Gomes Miguel, Cicero Junior, Jairo Arriente, Erick Dias, Jos Euvilsio (todos em p), Srgio Carvalho, Anderson Ribeiro, Rafael Cuesta, Alex Fiori e Diogo Amorim (sentados)

    AT ONTEM ESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

    Qual seo da RevistaInterBuss voc gosta mais?

    24,6% Coluna do Fbio Tanniguchi

    20% Pster

    9,2% Coluna doAdamo Bazani / Dirio de Bordo

    6,2% Entrevistas / Coluna da Marisa

  • REVISTAINTERBUSS 10/07/11 19

    A arte de pesquisar e documentarlinhas de nibus de SP

    Para um bom pesquisador, guar-dar guia de ruas antigo com seus itine-rrios sem dvida ajuda a enriquecer a histria dos transportes da cidade de So Paulo. Tudo comeou quando no ano de 1988, eu pegava o guia de ruas de 1977 para confrontar com outro guia de 1979 - o primeiro mostra as linhas de nibus anti-gas e o segundo, as novas, j no padro de 1978. Ficava analisando linha por linha, vendo as equivalncias e anotava no guia de 1977 quais eram suas linhas novas. A partir de 2003 eu ia muito em sebos do centro de So Paulo, procurando algum guia de ruas antigo. De l pra c eu encontrei um guia Mapograf de 1984, outro guia Mapograf de 1977 inteiro (pois o que eu tenho aqui vrias pginas foram perdidas), e depois eu pesquisei no Mer-cado Livre se algum tinha guia de ruas bem mais antigos que isso. Encontrei um de 1964 e outro de 1969. Os que eu tenho aqui est dis-ponibilizado no meu lbum de fotos do Picasa, que https://picasaweb.google.com/crescenteoumeia/Linhasantigas# , comeando com as linhas de nibus de 1964, depois de 1969, 1977, 1979 e 1984. A partir de 1977, inclui tambm as linhas intermunicipais da Grande So Paulo. Este link existe desde 2006, e por falta de

    tempo ainda no disponibilizei linhas de nibus superiores a 1984. Mas o que me descontenta que vrios pesquisadores tm alguns exem-plares, diferentes dos que eu tenho. Uns dos anos 60, outros dos anos 70, e acabam no divulgando por a, no ajudando a trazer com preciso o histrico de suas linhas de nibus, que muito importante para ajudar a preservar e enriquecer a histria do transporte urbano da cidade. Ao entrar no link, ver como na ilustrao que existem pginas sequenci-ais, a partir de 1964. No esto subdividi-dos por ano (acho que o Picasa ainda no disponibilizou as entradas em subgrupos). Assim que termina as pginas de 1964, en-tram as de 1969 e assim por diante. E para quiser entender como a lgica de numerar as linhas no padro de 1978, v at as pginas de 1979 e tenta ler as linhas a partir do 2100 at a linha 2688. Vou escolher a rea setorial 2 que mais fcil de entender. A rea setorial 2, que compreende a zona leste acima da linha do trem ajuda a entender como funciona a lgica das r-vores de Numerao, por exemplo: Uma linha de nibus que sai do centro, entra na Rangel Pestana e depois vira direita na Rua Piratininga, no Brs, j recebe auto-maticamente a numerao 210x, porque

    VIAGENS & MEMRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

    entrou no corredor da rea 2 e ficou so-mente alguns metros no corredor princi-pal, e ao sair dela, recebeu aquela numera-o. Agora, os que chegam ao Largo da Concrdia, andam um pouco na Celso Garcia e viram esquerda na Rua Maria Marcolina, recebiam automaticamente a numerao 212x, como as linhas que eram da empresa Alto do Pari. Os que recebiam a numerao 22xx eram os que deixam quase o final da Celso Garcia, entrando esquerda aps o Hospital do Tatuap ou direita na Cesrio Galeno em direo Vila Carro. Os que recebiam a numerao 23xx eram os que entram na Av. Arican-duva e os que entravam no centro da Penha no passando na Amador Bueno da Veiga. J os que recebiam a numerao 24xx en-tram na Amador Bueno da Veiga sem en-trar na Av. So Miguel. A numerao 25xx entra na Av. So Miguel mas no entra na Marechal Tito (antiga Estr. So Paulo-Rio) e a nu-merao 26xx, a ltima das linhas radiais da rea 2, entra na Marechal Tito. Para visualizar melhor, entre no site, procure a lupa, clique na pgina e bom divertimento!! Repetindo: o site https://picasaweb.google.com/crescente-oumeia/Linhasantigas# .

    NA INTERNET Reproduo dos catlogos com as linhas esto na internet

    Reproduo

    REVISTA INTERBUSS. UMA NOVA EDIO A CADA DOMINGO!

  • 10/07/11 REVISTAINTERBUSS20

    Esse ano de 2011 tem sido ano de grandes renovaes na frota urbana de So Paulo, empresas que no renovavam sua frota a alguns anos como por exemplo a Sambaba, fechou a compra de uma nica vez de quase 300 carros, que tem ganhado as ruas da Zona Norte gradualmente, outra empresa que promete uma grande renova-o a Vip Transportes Urbanos da Zona Leste, que tambm fechou a compra de mais de 200 carros, que tem chegado gradativa-mente. Outras empresas tiveram renova-es mais tmidas, porm chamaram a aten-o por trazerem inovaes e por serem configuraes inditas no transporte da ci-dade, entre elas destaco os 50 Caio Millen-niun com Scania K270 4x2 movidos a Eta-nol, comprados pela mais nova operadora do transporte paulistano, a VIM Viao Metropolitana, e tambm os 20 Mascarello Gran Via com Chassi Volvo B290R da Em-presa Novo Horizonte, na minha opinio so os carros novos que mais chamaram a ateno, em termos de carroceria e chassi, uma combinao indita na cidade, a encar-roadora Mascarello tem ganho o seu espao no transporte paulistano, e com essa compra da Novo Horizonte garante mais um bom pedao do bolo. Outro fato que chamou a ateno que a regio aonde a Novo Horizonte opera, vive uma crise no transporte urbano, com apreenso de veculos, empresas entrando em colapso, linhas simplesmente abandona-

    das e outros problemas, com essa compra a empresa tenta demonstrar que tem sim potencial e capacidade de operar sozinha a rea mais populosa de So Paulo, apenas o comeo, muita coisa ainda precisa ser feita na regio e em carter de urgncia, mas o primeiro passo j foi dado, e eu como mora-dor e usurio freqente das linhas da empre-sa experimentei esses novos carros, e hoje vou relatar a vocs a minha impresso sobre eles, que chamam a ateno por onde pas-sam pelo seu design diferenciado da grande maioria dos veculos que rodam em So Paulo. Todos os 20 carros, prefixos 4 4600 a 4 4619 so fixos na linha 309T/10, que liga o maior bairro de So Paulo, a Cidade Tira-dentes ao Terminal Princesa Isabel no cen-tro, passando pelos bairros do Tatuap, Brs e pelo centro velho, essa linha recentemente passou por uma polmica, ela pertencia a Himalaia Transportes, lder do Consrcio Leste 4 na poca e operava ela com carros articulados e 15 metros devido a sua alts-sima demanda, quando de repente foi repas-sada a outra empresa do consrcio a Novo Horizonte, que na poca no tinha carros no mesmo padro da Himalaia para operar a linha, e a assumiu com carros bsicos, muita gente disse na poca que com esse repasse era meio que decretada a falncia da Hi-malaia, e o servio da linha decaiu muito. A chegada desses 20 carros e a escolha da 309T/10 para escalar todos eles, na minha opinio foi uma deciso acertada da Novo Horizonte, era a linha mais deficitria de carros melhores, e o servio dela melhorou muito.

    Em um dia resolvi experimentar esses novos carros, e ver o comportamento deles na 309T, cheguei no Terminal Cidade Tiradentes e em menos de 10 minutos apa-receu o 4 4600 (primeiro carro do lote), e embarco nele j meio lotado rumo ao Ter-minal Princesa Isabel, a 309T, como todas as linhas que atendem a Cidade Tiradentes, tem muita demanda, seus carros so sempre lotados e o intervalo nos dias de semana bem baixo. Por fora o Mascarello Gran Via se destaca e chama a ateno por ser uma carroceria muito bonita, e tambm porque destoa no meio do mar de Caio que temos em So Paulo, a Mascarello na minha opin-io acertou a mo no design do Gran Via, e com o motor traseiro ele fica bem mais bo-nito, com a frente sem grades. No interior no houveram grandes mudanas, os assentos so os mesmos das geraes antigas da Mascarello e tambm o material empregado nos acabamentos no diferente do que utilizado pelas outras encarroadoras, e tambm tem o mesmo problema que a grande maioria dos urba-nos de So Paulo sofrem, a falta de espao interno, os bancos so muito prximos uns dos outros, e apertam os joelhos de pessoas com estatura mais alta, mas como usurio do transporte paulistano desde criana, j sou acostumado com isso. O chassi o Volvo B290R (nova nomenclatura do Volvo B7R, inclusive na traseira desses carros h a plaquetinha com o nome B290R) e com cmbio manual, con-figurao tambm indita em So Paulo. O desempenho dele muito bom, a linha 309T tem muitos trechos em avenidas grandes onde se pode desempenhar mais velocid-ade, e nesses trechos ele se comportou muito bem, com comprimento de 13,20 metros, transporta mais passageiros do que os con-vencionais de 12,60 que estavam antes na linha, mais conforto para os passageiros, menos atrasos e viagens mais rpidas. Como usurio, os carros foram aprovados por mim, pois tornaram a longa viagem na 309T um pouco mais confortvel e menos sofrida, e como admirador tambm aprovei por ser como j disse uma combina-o diferente da mais utilizada na cidade, e por serem carros muito bonitos e bem fun-cionais, e tambm toro para que cheguem mais carros novos nessa regio que to carente de um transporte urbano bom, e que esse passou rumo a qualidade no servio que foi dado na linha 309T, se estenda a outras linhas da empresa que tambm necessitam ser olhadas com os mesmos bons olhos da 309T, e que em breve possamos ver um ser-vio mais digno na Zona Leste da cidade de So Paulo.

    D I R I O D E B O R D O

    Troca de frota e as novas impresses

    E. T. C. Novo Horizonte

    Entrada de novos Volvo B290R em linhasurbanas da rea 4 de So Paulo eleva aqualidade de vida dos moradores Tiago de [email protected]

  • REVISTAINTERBUSS 10/07/11 21

    DICAS DE VIAGEM TURISMO NACIONAL GASTRONOMIA TRECHOS E ROTAS

    NOVOS TEMPOS Na foto acima, um

    dos novos Volvo que esto em operao na linha para a regio de

    Cidade Tiradentes. Ao lado, um dos carros

    que foramsubstitudos com a

    chegada da nova frota. A qualidade de vida melhorou bastante com a chegada dos

    novos nibus, menos barulhentos

    Tiago de Grande

  • A emoo de ver uma novidade nas ruase o dia da infmia no hobby

    Nesta semana tivemos grandes movimentaes no hobby e muita con-fuso armada, porm comentarei a res-peito mais ao fim da coluna. Gostaria de comear a edio de hoje agradecendo a repercusso da coluna da semana passa-da. Muita gente acabou se identificando com o que escrevi e entrou em contato atravs das redes sociais, por e-mail e pessoalmente. Tivemos tambm alguns comentrios a respeito dela em blogs e sites, concordando e discordando. Muito obrigado mesmo pela repercusso e irei voltar a abordar o assunto em outras oportunidades.

    Ontem estive com alguns amigos conversando sobre o hobby nos dias de hoje e recordamos como era h dez anos atrs, quando j existiam vrios sites e galerias independentes, e como funcio-nava a relao entre eles. Tambm re-cordamos as sensaes de prazer que o hobby trazia na poca, ao contrrio de hoje, onde passa-se mais raiva do que prazer. Como j devo ter falado diversas vezes, ingressei no hobby em 1999, quan-do ganhei meu primeiro computador do meu pai e encontrei outras pessoas que tambm gostavam de nibus. O primeiro

    site que entrei eu tambm j devo ter falado tambm, que foi o SETEPI ni-bus, do paulistano Juverci de Melo das Neves. Logo depois, encontrei a primei-ra lista de discusso que entrei, que foi a UBB - Unio de Buslogos Brasileiros. Lista ordeira, saudvel e com muita gente em busca de informaes sobre nibus, trocando fotos, sem neuras. At que aconteceu uma sria briga, e dela nasceu a UBO - Unio Brasileira de ni-bus, lista hoje morta. Na mesma poca, conheci outros sites como o Site do ni-bus, Rede Ton Bus, Speeds Home Page, Pratabus, InternetBus (que tambm tinha

    Luci

    ano

    Ronc

    olat

    o

    HOBBY & DIVERSO Luciano [email protected]

    10/07/11 REVISTAINTERBUSS22

    FOTOS DE NIBUS O hobby mudou muito nos ltimos anos e as fotos tm sido a prioridade. Os longos debates e relatos de experincia em viagens de nibus, paradas, brindes e outras coisas, acabaram ficando para trs

  • lista, super movimentada na poca), in-cio do projeto Portal do nibus, mais tarde veio o nascimento do Railbuss, entre outros. Nessa poca eu j tinha o Portal SIT Campinas, com informaes apenas da cidade que consta no nome do site e que criei em 2000, de forma bem precria, brincando no Front Page. Havia espao para todos. Mui-tos desses sites eram super movimen-tados e levaram as primeiras fotos que movimentavam o hobby. No havia con-corrncia, disputa por novidade, os co-mentrios eram sbrios e inteligentes. Muitas novidades da poca a maioria fi-cava sabendo por intermdio desses sites ou por comentrios nas listas. No havia a histeria frentica de hoje. Os poucos colecionadores dessa poca que ainda continuam na ativa podem falar mais a respeito. A maioria acabou desistindo com o decorrer do tempo, desfizeram de suas colees e seguiram suas vidas. Muitos acervos histricos acabaram per-didos por conta dessas desistncias. Muitos dos colecionadores des-sa poca faziam trocas de fotos por via postal, j que mquina fotogrfica digi-tal ainda era um artigo de luxo e poucos tinham acesso. O uso do scanner para publicao na internet tambm no era muito comum. Havia um hbito de se visitar rodovirias nos finais de semana e outras horas vagas para se ver o movi-mento. Era nesse momento que haviam as reaes at ento naturais para os co-lecionadores, pois ficavam de frente com as novidades. Os primeiros Gerao 6 da Marcopolo, os primeiros Irizar Century, nova linha da Busscar, primeiros Comil Campione, foi nas rodovirias ou nas ruas que os colecionadores tiveram o primeiro contato com eles, tanto que fcil verificar o local das fotos da poca. Muitas fotos antigas foram feitas nas rodovirias do Tiet, do Novo Rio e de Curitiba. Fotos em garagens eram rars-simas, geralmente feitas por motoristas ou por pouqussimas pessoas que tinham algum acesso, e mesmo assim boa parte com restries. Ficar frente--frente com um nibus novo, uma novidade, causava uma reao de nervosismo nos colecio-nadores, como ainda causa quando al-gum v algo novo na rua. Era um senti-mento que apenas quem gostava mesmo de nibus conseguia sentir. Conversava-se civilizadamente a respeito disso na internet ou por telefone mesmo. Havia uma comunho entre a maioria ao avisar hora de sada do carro de algum lugar para que outro pudesse peg-lo em outro

    ponto. Tambm havia-se um maior hbi-to em andar de nibus, conferir os deta-lhes de conforto, ronco de motor, etc. A busologia no consistia em apenas fazer fotos, mas sim reunir informaes e ex-perincias, relatos de viagens, coleo de itens e companheirismo. Com o passar do tempo, o hobby ganhou inmeros participantes de diver-sas localidades do pas e at do mundo, o acesso internet passou a ser cada vez maior e a integrao foi praticamente ab-soluta. Buslogos de todo o Brasil tro-cando informaes e sobretudo fotos. As experincias comearam a ficar pra trs, que justamente o grande mote de mui-tos debates fteis recorrentes ocorrem em listas de discusso e em sites. Em todo hobby, a experincia fundamental para um debate saudvel e valorizador, que sempre deve culminar em algo prazeroso. Na busologia, isso no est acontecendo h pelo menos trs anos (ou at mais). Discute-se toa, por motivos descabidos, transformando tudo em uma grande praa de guerra. Hoje, o ineditismo tem sido um grande cncer que corri o hobby numa velocidade im-pressionante. O nmero de desistentes tem sido cada vez maior. Porm, na mes-ma velocidade, entram novos admirado-res. Da poca em que se via a novidade apenas depois de comear a fazer linha, no resta absolutamente nada. Com o reconhecimento do hobby, os coleciona-dores passaram para dentro das garagens. De l foram para as beiras de rodovias, depois para as portas de fbrica e agora j esto dentro das fbricas. Do jeito que a coisa est andando, daqui a pouco vo comear a publicar reprodues fotogr-ficas de contratos de vendas de chassis e de carrocerias. Tudo isso eclodiu uma grave discusso no site nibus Brasil na sema-na que passou. A briga pelo ineditismo tornou-se pblica em uma foto que no tinha nada a ver com o assunto. A reper-cusso ganhou as redes sociais com du-ras crticas ao fato ocorrido. Para quem acompanhou o bate-boca madrugada afora falo sobre o ocorrido na foto do novo Marcopolo G7 da Tursan, onde ini-ciou-se um pequeno entrave sobre quem deveria publicar primeiro a foto do novo LD G7 da Viao Ouro Branco. Qual a diferena de ser um ou outro? Isso que at agora estou tentando entender e no consigo. pra saber quem vai para o bendito Top 3? Falando em Top 3, era o que estava faltando para transformar o hobby em um p de guerra. O detalhe mais interessante que esse nem o ob-

    jetivo dessa seo do site e ela no foi criada para gerar competio. Os prpri-os usurios do site moldaram a seo e a transformaram numa vitrine de egos inchados. J disse isso em outras opor-tunidades, mas vou repetir: o que o cole-cionador ganha com a foto sendo exposta l? Alm do que tambm j expliquei aqui como funciona a metodologia da seo, onde traz o carro mais buscado, e no a foto mais buscada. Mesmo assim, acabou ocorrendo esse episdio lamen-tvel sobre a publicao da foto do carro da Ouro Branco. Como se no bastasse, no dia seguinte publicao da foto do Ouro Branco, saiu a primeira foto do novo LD G7 da Catarinense, com pintura nova. Foram mais de 300 comentrios em pou-cas horas. Houve uma reao negativa pintura em cadeia. O problema no foi a reao negativa em cascata, mas o que alguns diziam era no mnimo brbaro. Houve quem disse que ia entupir a caixa de e-mails da empresa para reclamar da pintura, outros disseram que vo deixar de viajar com ela por causa da nova pin-tura, h at quem disse que deveriam ser organizados protestos contra a pintura nova. Gente, que que isso? um hobby mesmo? Parece mais uma quitanda com cliente reclamando da laranja podre. A empresa aplica a pintura e cabe a ns, pobres colecionadores e admiradores, gostar ou no. A atitude impensada de alguns ali acabou gerando uma onda de bloqueios de contas, o que continuou no dia seguinte. Essa falta de experincia tem causado muitos danos ao hobby e sua imagem perante sociedade. o tpico fenmeno no vi e no gostei. A pes-soa nunca andou em nenhum carro da empresa, s v por foto ou v parado na rodoviria, talvez possa entrar em algum carro esporadicamente para ver como , mas e o conjunto da obra mesmo, que ver o atendimento, viajar, poucos fa-zem. Antes de criticar ou falar alguma coisa sobre qualquer carro ou empresa, primeiro prove, depois fale. Nota-se tambm a onda de crticas a certas carro-cerias ou chassis, mesmo sem nunca ter andado neles. muita hipocrisia, parece que s comenta-se para dar a impresso de ter conhecimento mximo ou pas-sar a imagem de viajado. Isso ocorre tambm na onda de correes feitas em comentrios de diversas fotas, passando uma falsa impresso de que o conheci-mento sobre o hobby ou sobre o trans-porte exacerbado. Busologia no s fotos. Pensem nisso.

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  • Rio de Janeiro quanta diferena de 2005 pra c... Enquanto os milhares de leitores recebem esta edio da Revista Interbuss, eu estou conhecendo a cidade do Rio de Janei-ro. Conhecendo (apesar de j ter ido ao Rio mais de 60 vezes) pois no que tange ao trans-porte por nibus, tudo mudou: muitas linhas foram renumeradas, outras deixaram de ex-istir, outras foram criadas, alm de empresas extintas e criadas, a agrupagem delas nos quatro consrcios e a pintura padronizada, j aplicada em cerca de 70% da frota carioca (a Rio Rotas est 100% padronizada desde 18 de junho). Algo que nunca imaginei est acontecendo: estou com uma lista de linhas nas mos. Nunca precisei disso, pois sabia as linhas antigas e o trajeto delas de cor. De todas elas, as cerca de 450 que haviam (hoje como as variantes ganharam nmero prprio, so 893). Quando comecei a ir ao Rio, em 2005, a frota da cidade era exemplo para muitas capitais. Havia muitos carros com ar (quase todas as empresas tinham), muitos carros de chassi MBB traseiro ou Volvo cen-tral (s havia um Scania em toda a cidade: era um Alpha da Ocidental) e as linhas de fresco eram feitas com rodovirios mesmo. A era micromaster (ou micro) estava ap-enas comeando. Os intervalos das linhas, salvo algumas excees na Zona Oeste, eram de menos de 5 minutos, durante todo o dia. O carro mais antigo, em 2005, eram os seis Vitrias 1994 da Oriental. Havia muitos B10M na Redentor, Futuro, Litoral Rio, Breda Rio e Oriental, to-dos sob Torino GV. Tijuquinha, Alpha, Real, Paranapuan, Pgaso, entre outras empresas, tinham muitos MBB O-500U ou OH-1628, geralmente como Viale (no caso da Real, Torino G6 e Apache Vip; no caso da Pa-ranapuan, Millenium 1). A Real operava suas rentveis linhas de fresco para a Zona Sul com Viaggios GV-1000 B7R ou Campione, sob o mesmo chassi. A ViaRio s tinha Spec-trum City nas trs linhas de fresco. A Nor-mandy e a Saens Pea tinham micros, mas eram rodovirios. A nica que tinha adotado o motor dianteiro em seus carros rodovirios era a Ideal. A Jabour e a Pgaso operavam as suas linhas com ElBuss 340 ou Viaggio GV-1000 OH-1628. Mesmo com 57 lugares eles eram mais confortveis do que os atuais Ideales 770 ou Spectrum Road. Muita coisa mudou de alguns anos pra c. Muitas linhas foram renumera-das, com suas variantes ganhando nmeros prprios (ou letras: h linhas SVA, SVB, SN e SV). Vrias empresas deixaram de existir (Ocidental, Oriental, Amigos Unidos, Oeste, BredaRio, Autodiesel e ViaRio, se no es-

    queci de alguma), outras foram criadas (Gire, City Rio, Rio Rotas e Translitornea, alm de ressucitarem a Algarve, outrora EVA). Mui-tas linhas trocaram carros convencionais por micromasters. Em comparao a 2005, ni-bus urbano com ar quase no existe. Fora a pintura padro adotada a partir de outubro de 2010. Hoje as linhas de fresco so quase todas operadas por veculos semi-rodovirios ou mesmo com motor dianteiro. Claro que ainda h excees, mas o servio em geral decaiu bastante. Antigamente eu tinha gosto de andar nos fresces do Rio, principalmente nos Viaggios da linha 1134 (Jabour), cujo trajeto de mais de 80km demorava 4 horas. Hoje exitaria em gastar R$ 11 para andar em um Ideale 770 ou R$ 9 em um Spectrum da Redentor. O intervalo das linhas tambm au-mentou muito em diversos pontos da cidade.

    Pelo menos a baguna gerada pelas kombis parece ter diminudo. Na semana que vem voltarei a falar do Rio de Janeiro nesta coluna. Falarei da viagem que est sendo feita enquanto esta re-vista produzida. Vou comentar o que achei das mudanas do transporte urbano carioca. Um adendo: a coluna do Jos Eu-vilsio falou sobre a nova Linha 4 do Metr paulistano e a sua integrao com a CPTM. Andei nela nos primeiros dias de integrao e a outrora vazia linha hoje anda bem lotada. Impressionante o aumento de passageiros da Linha 9 (antiga C) da CPTM: 1200% de aumento de passageiros de 1998 para 2011. Termino esta coluna parabenizando o Portal Interbuss pelo seu 1 ano de revista e agradecer ao Luciano Roncolato e a todos os leitores pela leitura e pela chance de escrever neste espao.

    COLUNISTAS William [email protected]

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    NOVOS TEMPOS Apache Vip da Jabour em dois momentos, com a pintura antiga e a nova

    Gustavo de A

    lbuquerque Bayde

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    Troncalizao Na Circulando da edio n 43, es-crevi sobre o servio de transporte por nibus que as empresas areas disponibilizam para o passageiro que faz seus embarques em Aero-portos mais distantes no caso aqui do Estado de So Paulo, Campinas e Guarulhos. Ao final desse texto, tambm sugeri que poderia existir uma maior integrao entre os modais: o avio faria as vezes de uma linhas tronco e, em um terminal de nibus integrado ao Aeroporto de destino, distribuiria a demanda para outras ci-dades prximas a esse Aeroporto principal. Essa idia me voltou a mente na se-mana em que estive em Curitiba. Enquanto aguardava o horrio do nibus da linha Curiti-ba-So Paulo, na Rodoferroviria, vi uma outra linha regular de nibus que eu ainda no con-hecia: a Cricima Porto Velho, operada pela Eucatur. Essa linha, segundo o site da empresa, tem 3.721km de extenso. Saindo as 12h30 do dia 11/07/2011, de Criciuma/SC, a chegada est prevista para as 02h40 do dia 14/07/2011, em Porto Velho/RO. Trocando em midos: para os heroicos passageiros que fizerem faanha de per-correr o trajeto inteiro da linha, a viagem durar 62h10 (Sessenta e duas horas e dez minutos)!!! A nica vantagem mesmo o preo. O trecho custa R$ 527,95. Caso o passageiro opte por um avio, a passagem sai por mais de R$ 2.200,00. No en-tanto, economiza-se muitas horas perdidas na estrada. Ao invs de 62h, a viagem duraria, pelo menos, 10h, por conta das conexes do trajeto. No h nenhum vo direto entre as duas locali-dades, tendo o passageiro de baldear em outros Aeroportos. As conexes so diversas. Depen-dem do horrio de partida do passageiro. No ex-emplo que citei, a viagem comea s 15h25 em Criciuma; as 18h25 o avio pousa em Guarulhos e o passageiro tem de esperar outro vo, dessa vez direto, que parte s 21h25 e chega em Porto Velho 01h20 da madrugada. Mas h conexes que deixam a viagem com tempo superior a es-sas 10h. Mas nada que chegue essa peregrina-o de 62 horas. Mas esse s um exemplo de muitas outras linhas com trajetos quilomtricos e absurdos existentes em nosso pas. Pelo fato de nosso pas ser um gigante, territorialmente falando, acho essencial que se pense em alternativas ao transporte por nibus em enormes distncias, como no caso da linha citada. As constantes promoes feitas pelas em-presas areas, mostram que elas tambm podem baratear o custo das passagens de muitos trechos. No seria o caso do governo tambm isentar de taxas determinados trechos menos concorridos de modo a atrair novas operadoras para estes? Ainda mais agora. Com a compra da Web-Jet pela Gol, o mercado, perdeu mais uma empresa que, apesar da frota com alta idade mdia, ofer-ecia servios satisfatrios com preos mais aces-

    sveis. E vale lembrar, que em alguns trechos, essa idia poderia ser implantada muito mais facilmente. Pode servir de exemplo, a linha So Paulo-Timbaba, da Itapemirim. Os passageiros seguiriam at Recife pelos vos da So Paulo-Recife. Depois, desceriam em uma rodoviria junto ao Aeroporto dos Guararapes, que teria uma linha que levasse os passageiros diretamente Timbaba ou a uma das seces da linha origi-nal dentro do Estado de Pernambuco. O futuro do transporte est na integ-rao entre os modais. essencial que se pense em idias como essa. At porque, essa integra-o, barateando e facilitando os deslocamentos, vai incentivar o turismo interno do pas, o que vai gerar muito mais recursos para muitas lo-calidades mais pobres e, certamente, traria mais igualdade e justia social.

    ASTERISCOS* NOVA LINHA METROPOLITANA A Pre-feitura de Embu-Guau, em seu site, divulgou que uma nova linha de nibus far a ligao do distrito do Cip Estao Graja da CPTM. Essa linha a Cip - Estao Graja e ser operada pela Viao Cidade Verde. Curiosamente, no

    CIRCULANDO Jos Euvilsio Sales [email protected]

    site, a Prefeitura diz que no dia 27/06/2011 l-timo a empresa reforou a frota das duas linhas existentes, 226TRO Flrida Metr Santa Cruz e 012TRO Cip Metr Jabaquara, com dez car-ros novos.

    * LINHA 4-AMARELA E SEUS REFLEXOS NA LINHA 5 Na semana passada andei na Linha 5-Lils do Metr paulistano, a Capo Re-dondo Largo 13 de Maio. visvel o aumento de demanda de passageiros, causada pela aumen-to do horrio de funcionamento da Linha 4, que passou a operar das 4h40 s 21h. At na Estao Vila das Belezas, que onde descia meia-dzia de pessoas, comeou a receber um grande nmero de passageiros, que antes usavam os nibus mu-nicipais. A Linha 5 faz conexo com a Linha 4 atravs da Linha 9 da CPTM.

    * ERRATA E, pra encerrar, uma correo em uma informao da edio passada. Aqui mesmo na Asteriscos, publiquei que a viao Tupi, de So Paulo, iria receber dez nos nibus Scania K124 15m. A informao correta que so dez novos nibus Scania K270 15m.

    Um abrao a todos e at a prxima semana.

    MODAIS nibus da Eucatur, linha Criciuma-Porto Velho e avio da Gol

  • EUGNIO ILZO DA SILVAMarcopolo Paradiso G7 1600LD Scania K380 Catarinense

    A S F O T O S D A S E M A N Anibus Brasil www.onibusbrasil.com

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    JOO VICTORCaio Apache S21 Volksbus 17 210OD Dois Irmos

    KEVIN WILLIAMBusscar Urbanuss Pluss Tour MBB O-500U Mercs TIAGO DE GRANDE

    Busscar Urbanuss MBB OF-1721 N. S. Ftima

    MARCOS MARTINSMarcopolo Torino 1989 MBB OF-1318 VICASA

    JONAS PEREIRAMarcopolo Torino 2007 MBB OF-1722 Vila Galvo

  • SELEO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

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    FWBus fwbus.blogspot.com

    FBIO HENRIQUEComil Svelto MBB OF-1621 Sandra

    WILLIAN SCHIMITTCaio Millennium Volksbus 17 260 EOT Santo Antonio

    Flickr BusManaco flickr.com/busmaniaco

    COSME SOUZA OLIVEIRAMascarello GranVia Volvo B290R Novo Horizonte

    nibus In Brasil onibusinbrasil.fotopages.com

    ISAAC MATOS PREIZNERNeobus Mega BRT Volvo B12M Ilhabela

    Flickr Franz Hecher flickr.com/franzhecher

    FRANZ HECHERBusscar Urbanuss Pluss Volksbus 17 260 EOT Infraero

    Busologar busologarfotos.blogspot.com

    GUSTAVO DE ALBUQUERQUE BAYDEMarcopolo Torino 2007 OF-1418 Pavunense

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    Um dos bairros mais tradicionais de So Paulo se desenvolveu depois da chegada dos imigrantes a So Paulo.Facilidade de transportes foi determinante, mas sada das indstrias deixou rastros de abandonos

    Brs: da f ao caf,do desenvolvimento degradao

    Andar pelas ruas do Brs, um dos bair-ros mais tradicionais de So Paulo, d um misto de orgulho e tristeza. Orgulho por pensar que as edificaes mais importantes da industrializao paulista, que as atividades econmicas que ajudaram a alavancar o crescimento da cidade e que o en-contro de vrias culturas e povos tiveram o Brs como um dos principais palcos. A tristeza vem s por olhar ao redor. Hoje boa parte do Brs est degradada e, apesar das promessas, com poucas perspectivas reais de mudana to j. Fezes de mendigos nas ruas, o comr-cio informal, atividades ilegais, trfico de drogas, roubos e furtos, prdios descaracterizados e cain-do aos pedaos, prostituio, m condio das vias. s passear pelas ruas prximas ao Largo da Concrdia para se chocar. Muito do que ilegal est no Brs hoje, desde os camels que trabalham sem nenhum tipo de permisso passando pelos nibus clan-destinos que partem para o Nordeste, pela venda e consumo de entorpecentes na luz do dia at as oficinas que em plena era digital, da moderniza-o fabril, escravizam imigrantes latinos. Andar pelas ruas do Brs no d sen-sao de segurana. Mas olhar para o que restou dos prdios antigos ainda permite sentir um pou-co do esprito de luta e desenvolvimento que por l pairou um dia. So Paulo deve muito ao Brs e esta dvida no est sendo paga. No necessrio ser especialista em segurana, transportes, mer-cado informal ou urbanismo para perceber que a regio precisa ser ressuscitada. A histria do Brs rica e envolve a f, o trabalho, as culturas e os transportes. Foi inicialmente pelos trilhos e de-pois pelas vrias linhas de nibus que o bairro comeou a engatar de vez em um ritmo de urban-izao e crescimento. No ano de 1867, quando foi inaugu-rada a Ingleza, a linha da So Paulo Railway, que liga Santos a Jundia, tambm comeava a funcionar a estao do Braz (com Z na poca), pertencente ligao. A linha, idealizada pelo Baro de Mau, Irineu Evangelista de Souza, foi criada para escoar a produo do caf. Mas acabou servindo muito mais urbanizao e indstria que aos poucos dava sinais na cidade de So Paulo, que ainda no mostrava aspiraes para ser metrpole. No caso especfico da Estao do Brs, alm do movimento natural de atrao de

    empreendimentos e os primeiros adensamentos urbanos, caracterstico a quase todas estaes de trem, havia um outro fato: o encontro de culturas. Muitos imigrantes vieram ao Brasil nesta poca para trabalharem nas lavouras do Caf. Quando desembarcavam dos navios, aps meses de viagem, no Porto de Santos seguiam

    para a Capital, onde eram recrutados para as la-vouras no interior. O ponto de parada destes imigrantes, principalmente italianos, era o Brs, onde havia a Hospedaria dos Imigrantes. Para muitos, era esta hospedaria o incio de uma nova vida. A Hospedaria dos Imigrantes do Brs

    NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

    FOTO 1 Entre o final dos anos de 1940 e incio dos anos de 1950, o trnsito em So Paulo j apresentava um grande nmero de veculos.. Na foto possvel identificar um Grassi de chassi Volvo importado de empresa particular, o que mostra quer nesta poca, muitos pequenos empresrios de transportes atuavam no setor. O nmero de empresas era to grande e a m distribuio da oferta dos transportes, com disputas entre donos de nibus em reas de maior demanda, enquanto outras ficavam desprovidas de servios. FOTO 2 A porteira do Brs foi um dos smbolos do bairro. Ela foi construda em 1865 e funcionou at 1967 para evitar acidentes envolvendo os trens. Na foto, um nibus empresa Alto do Pari (mais claro) ao lado de um da CMTC Companhia Municipal de Transportes Coletivos. Foto: Autoria Desconhecida.

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    foi fundada em 1887 pela Sociedade Promotora de Imigrao, pertencente a associaes de ca-feicultores paulistas, que precisavam de mo de obra para as lavouras. Os movimentos anti-escravido se tornavam cada vez maiores e culminaram na abolio da escravatura em 13 de maio de 1888. Os cafeicultores, antes mesmo da Lei urea, j viam a necessidade de encontrar outro tipo de mo de obra em seus negcios. Alm disso, as plantaes e vendas de caf cresciam e apenas a mo de obra dos negros j no era mais suficiente. De 1887 a 1920, a Hospedaria dos Imi-grantes foi responsvel por vender o sonho das Amricas a mais de 3 milhes de pessoas nasci-das em outros pases, de cerca de 60 nacionali-dades diferentes. Para muitos era um sonho apenas, pois quando iam para lavoura, encontravam uma condio de trabalho difcil, poucos direitos e explorao. Muitos tinham de comprar, por ex-emplo, seus alimentos nos prprios armazns das fazendas, cujos preos eram abusivos. Mas esta populao no se intimidava e mesmo no tendo o sonho das Amricas real-izado, conseguiam construir suas vidas e seus futuros com muito sacrifcio. Ocorre que muitos imigrantes, apesar de virem inicialmente para trabalhar com o caf, ficavam pela Capital mesmo, no prprio bairro do Brs, onde trabalhavam e formavam peque-nas indstrias e negcios s margens das linhas dos trens. Linhas no plural. Porque alm da In-gleza, havia a Estrada de Ferro Central do Brasil. A estao da Central do Brasil no Brs era a Estao Roosevelt. Ela foi fundada em 1875, ao lado da Estao Braz da So Paulo Railway. Inicialmente pertencia a Estrada de Ferro do Norte (ou Estrada de Ferro Rio So Paulo), linha construda em 1869 por fazendeiros do Vale do Paraba. Na verdade, esta estao per-tencia a um ramal que em Cachoeira Paulista se encontrava com a Estrada de Ferro Dom Pedro II, que partia do Rio de Janeiro e chegava a Ca-choeira Paulista. A Estrada de Ferro Dom Pedro II foi inaugurada pelo governo imperial em 1855. Foi chamada assim at a queda da monarquia em 1889, quando passou a ser denominada Estrada de Ferro Central do Brasil. Assim, a estao Roosevelt, antes chamada estao Norte, era o incio da viagem ferroviria at o Rio de Janeiro. O nome Roos-evelt foi adotado em 1945. Hoje Roosevelt e Braz formam a mes-ma estao, mas antigamente, apesar de as linhas da Central e da Ingleza se encontrarem no bairro do Brs, eram duas edificaes diferentes. A en-trada principal da Roosevelt era na rea hoje cor-respondente ao Largo da Concrdia e a entrada da Ingleza era na rea hoje que abrange o acesso para o Metr Brs. Muito mais que encontro das duas

    mais importantes ferrovias do Brasil, o Brs marcou o encontro de diversas culturas ao longo da histria. E onde h povo, h necessidade de transportes. Os antigos moradores dos arredores das duas estaes do Brs, se que podemos fa-lar assim, aprendiam com a garra e a vontade de crescer e prosperar dos imigrantes. E os imigran-tes aprendiam com os mais antigos da regio, os hbitos, costumes da So Paulo do sculo XIX e com o estilo de vida batalhador mas compassado que valorizava um viver simples, a famlia e a f. Alis, foi pela presena da religio que o Brs, antes mesmo de engatar de vez para o progresso, comeou a ensaiar as primeiras hab-itaes com caractersticas urbanas, para a poca. H vrias explicaes para o nome Brs, no bairro. Alguns memorialistas dizem que Brs Cubas tinha passado pela regio do bairro e fundou uma vila. Outros dizem que no local havia uma chcara pertencente a um filho da Marquesa de Santos, cujo primeiro nome era Braslico e o apelido era Brs. Mas a verso mais aceita e provvel, inclusive registrada em documentos como atas da Cmara Municipal de So Paulo, de que a regio correspondente ao bairro era ocupada por uma chcara de um benemrito da poca, chamado Jos Braz. Neste terreno foi erguida no incio do sculo 19 uma capela em homenagem ao Senhor Bom Jesus de Matosinho. As referncias sobre a presena de Jos Braz na regio so encontradas em peties Cmara Municipal de So Paulo de 1769. A ca-pela comeou a atrair moradias para perto assim como estabelecimentos comerciais. A chcara do Braz era bem localizada, mesmo antes da existncia da ferrovia. Ao lado dela, outras chcaras se destacavam, como a do engenheiro Carlos Bresser e a chcara do Ferro, pertencente a Marquesa de Santos. Ao lado da chcara do Braz passava uma estrada que dava acesso a regio correspondente a Penha. Essa es-trada era conhecida inicialmente como Caminho do Jos Braz. Depois foi denominada de Rua do Brs at se tornar na Avenida Rangel Pestana. O Caminho de Jos Braz era utilizado por tropeiros e vendedores andantes. Assim, j representava um desenvolvimento econmico para a regio. Mas a formao com caracterstica urbana, contando inclusive com as primeiras f-bricas da regio, se deu com a instalao das fer-rovias e a conseqente chegada dos imigrantes para a hospedaria, em especial dos italianos. No incio, a maioria se deslocava mesmo para as lavouras de caf. Mas logo as condies precrias de trabalho e a explorao da mo de obra nas plantaes se tornavam con-hecidas e vrios imigrantes preferiam batalhar na capital paulista. Boa parte venceu. Eles traziam a cultura urbana e econmica de manufatura da Europa, onde a Revoluo Industrial j tinha se alastrado. Essa cultura com a dos moradores locais deu uma car-

    acterstica nica o bairro do Brs. Era como se o local fosse um pedacinho da Europa, em espe-cial, da Itlia, mas com vrios brasileiros. No final do sculo XIX e incio do sculo XX no exagero dizer que no Brs se falavam dois idiomas: italiano e portugus. Ha-via uma rivalidade entre os moos brasileiros e italianos pelas jovens. Em registros antigos sobre a histria do Brs foi encontrada a letra de uma espcie de marchinha cantada por nacionalistas brasileiros:Carcamano, p de chumbo,Calcanhar de frigideira.Quem te deu atrevimentoDe casar com brasileira? A histria do Brs reflete muito da memria dos transportes brasileiros. Alm das ferrovias So Paulo Railway e Estrada de Ferro Central do Brasil, foi no Brs que circulou o em-brio da indstria de carrocerias de nibus nacio-nal, uma das mais respeitadas do mundo. A Irmos Grassi, a primeira encarroa-dora de nibus no Brasil, antes mesmo de pro-duzir seus nibus em linha, construiu em 1910 uma carroceria de nibus sobre chassi francs De Dion Bouton, com as laterais abertas e bancos transversais, com capacidade para transportar 45 passageiros sentados. O nibus servia para trans-portar passageiros at a Hospedaria dos Imigran-tes. Paralelamente ao mundo talo-brasileiro do Brs a cidade se desenvolvia. As fbricas dos italianos, as estaes de trem que serviam a Capital e a regio do ABC e a mentalidade urbana traziam mais pessoas para So Paulo. Os terrenos perto das estaes j no davam conta de tanta gente e negcios. Um dado do Brs para comprovar isso. Em 1886, no incio da imigrao mais intensa, o Brs tinha 6 mil ha-bitantes. Sete anos depois, j contava com 30 mil pessoas. Pela procura maior e tambm pela in-fraestrutura melhor, os terrenos no Brs e prxi-mos a estaes se tornavam mais caros. O grande nmero de pessoas dos outros estados que vin-ham para So Paulo tinham, como alternativa, morar em locais mais distantes e baratos. Mesmo assim, havia ainda espao no corao do Brs e nas imediaes. Nos anos de 1940, o Nordeste Brasileiro foi atingido por uma enorme seca e muitos habitantes da regio vieram para So Paulo e se estabeleceram na regio do Brs. Em 1952, outra seca tambm incentivou a vinda de mais nordestinos para a regio. Nesta poca, por dia chegavam mais de 1100 nordestinos pela Es-tao Rossevelt da Central do Brasil. O bairro deixava de ser tipicamente italiano e comeou a ser marcado pela cultura nordestina que hoje predomina no Brs. O bairro era local de moradias e negcios e reunia boa parte das oportunidades de emprego na cidade. Vrios bairros mais distantes j tinham se estab-elecido, mesmo sem a estrutura do Brs.

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    Os moradores destes locais tinham o Brs e o centro da cidade como destino. Os tril-hos dos bondes no tinham condies de chegar a todos estes novos loteamentos que eram forma-dos dia a aps dia. No havia condies financei-ras e tambm fsicas, j que muitos destes bairros novos ficavam em locais de difcil acesso que no poderiam ser atendidos pelos trilhos. Surgiam j nos anos de 1920 as primei-ras linhas de nibus, jardineiras, veculos rsti-cos de madeira feitos sobre chassis de caminho, que enfrentavam ruas de difcil acesso, atoleiros, lama, subidas, descidas. O Brs foi um dos primeiros destinos destes veculos. Normalmente eram dirigidos pelos prprios donos, que tambm cobravam as passa-gens, limpavam e consertavam (trabalho dirio, j que pelas ms condies de vias, as jardineiras quebravam quase todos os dias). Alguns destes investidores de trans-portes desistiam pelas dificuldades, outros, ape-sar do cansao, no se entregaram e nos anos de 1940, as primeiras empresas de nibus profis-sionais j demonstravam que o setor de trans-portes coletivos seria grande. E o Brs era o caminho de muitas destas empresas. Ao longo do tempo, foram in-meras que passaram pelo at ento simptico bairro que era um dos principais acessos para o centro e para a crescente zona Leste. Entre tan-tas podem ser citadas a Empresa Auto nibus Alto do Pari, Empresa Auto nibus Penha So Miguel, Empresa Auto nibus Mogi das Cruzes, Viao Santo Estevam, CMTC Companhia Municipal de Transportes Coletivos, criada em 1946 e que comeou a operar em 1947 o sistema de nibus para organiz-lo, e tantas outras. Muitos destes veculos cruzaram a famosa Porteira do Brs. A porteira do Brs foi construda em 1865, ainda quando a So Paulo Railway instalava sua linha. O objetivo era evi-tar acidentes envolvendo os trens. A porteira funcionou at 23 de maio de 1967. No ano de 1968, o viaduto Nalberto Marino foi construdo permitindo melhor fluidez do trnsito, que j era complicado em So Paulo, das Avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia. Quando a porteira fecha-va, as filhas de carros, nibus e caminhes eram imensas. A primeira foto da matria foi tirada en-tre os anos de 1940 e 1950. O pesquisador Carlos Coelho explica a imagem: Quando da construo do viaduto sobre a Rangel Pestana, os acesso e a travessia da linha frrea foram fechados,existe passarela para pedestres para cruzar a ferrovia. Do Largo da Concrdia no existe passarela para atingir a estao da CPTM. Poucos acidentes ocorre-ram nesta porteira, pois os trens da SPR (So Paulo Railway-depois Santos a Jundia) estavam chegando ou partindo. Em outras porteiras os acidentes eram frequentes, sendo os maiores aqueles das travessias da Central do Brasil em que no existia barreiras para impedir o trafego. Na foto, 1948/50, v-se perfeitamente tal situa-

    o. O nibus Grassi-Volvo de empresa par-ticular, e ao fundo v-se diversos caminhes uti-lizados para o transporte de passageiros, devido a falta de nibus. A segunda foto j dos anos de 1960 e mostra dois nibus esperando passagem do trem na Porteira do Brs. Os veculos so um Caio da Empresa Auto nibus Alto do Pari e um Monika (kit da Metropolitana) fabricado e operado pela CMTC, Companhia Municipal de Transportes Coletivos. A ltima foto explicada por Car-los Coelho tambm e j se trata do viaduto no mesmo ano de sua construo, em 1968: