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TROMBOSE VENOSA CEREBRAL Prof. Edison M. Nóvak Disciplina de Neurologia Departamento de Clínica Médica Universidade Federal do Paraná

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TROMBOSE VENOSA CEREBRAL

Prof. Edison M. NóvakDisciplina de Neurologia

Departamento de Clínica MédicaUniversidade Federal do Paraná

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Trombose Venosa Cerebral

Caso clínico 1

Masculino, 44 anos

Dor craniana em vértex, em pressão, pior ao decúbito e valsalva (tosse). Instalação súbita há 8 dias, durante a madrugada

Investigação complementar no quadro agudo (há 8 dias):

• Rx de seios da face: velamento de células etmoidais

• TC crânio: normal

Medicado com analgésicos, antiinflamatórios e antibióticos sem melhora e com acentuação da intensidade da dor, surgindo náuseas,vômitos, tontura, prostração, inapetência.

Exame inicial (dia 8): edema de papilas, paresia VII central Dir

visão: conta dedos a 2 m a Dir e a 3 m a Esq

• RNM crânio: normal

• Um exame diagnóstico foi feito

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Caso clínico 2

Feminino, 31 anos, gestante de 12 semanasCrises de cefaléia frontal desde adolescência Cefaléia frontal com náuseas/vômitos e de intensidade

progressivamente maior, sem melhora com analgésicos, com 3 dias de início

Exame neurol: apenas distasia e disbasia• RNM crânio: normal• Um exame diagnóstico foi feito

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Caso clínico 3

Feminino, 30 anos, usuária de ACHOCefaléia holocraniana, com náuseas, pior aos

movimentos, com aumento progressivo da intensidade, sem melhora com analgésicos

Exame neurológico: assimetria dos reflexos profundos com maior amplitude à direita; distasia e disbasia• TC crânio: normal• RNM crânio: normal• Um exame diagnóstico foi feito

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Exame Diagnóstico

• Angiorressonância Cerebral• Caso clínico 1:

• Trombose de seio sagital superior, seio transverso e sigmóide direitos

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Caso clínico 1

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Caso clínico 1

• Investigação de estados protrombóticos: negativa

Medicado com anticoagulante, acetazolamida, analgésicos,

antieméticos

Evolução favorável, com sequela de atrofia de papilas e

discreta hemiparesia esquerda

• AngioRNM crânio: recanalização completa dos seios

trombosados

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Exame Diagnóstico

• Angiorressonância Cerebral• Caso clínico 2:

• Trombose parcial de seio sagital superior• Investigação complementar negativa para

outros estados protrombóticos, após o parto• Medicada com anticoagulante e analgésicos,

com boa evolução e resolução dos sintomas• AngioRNM crânio (7 meses após diagnóstico):

recanalização do seio sagital superior

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Exame Diagnóstico

• Angiorressonância de crânio• Caso Clínico 3:

• Trombose de seios transverso, sigmóide e porção proximal de veia jugular à direita

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Caso clínico 3

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Recebeu anticoagulante com controle dos sintomas

• Investigação de estados protrombóticos:

negativa

• AngioRNM crânio (4 meses após o diagnóstico):

recanalização parcial do seio transverso e da

veia jugular, com persistência de trombo na

porção central do seio sigmóide

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Epidemiologia

Incidência real desconhecida mas estimada em 0,5% conforme necrópsias

* ocorrência maior que o relatado? * todas as faixas etárias

Possíveis fatores para incidência desconhecida:• menor atenção nas publicações médicas• menor identificação que doença arterial• menor intensidade de sintomas em alguns casos• inespecificidade dos sintomas• menor morbidade• apresentações clínicas podem ser variáveis• menos divulgação e impacto que os acidentes arteriais• incidência em faixas etárias menores

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Anatomia venosa

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Trombose Venosa Cerebral

Anatomia venosa

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Anatomia venosa

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Topografia

2 formas de trombose com fisiopatogenia e quadro clínico distinto Concomitância dos dois processos pode ocorrer

veias corticais - 10 a 16 veias principais com efeitos locais relativos à região afetadaincidência: 18 % das TVC

seios durais - síndrome de hipertensão intracraniana

incidência: 86 % seio transverso 62 % seio sagital superior 18 % seio reto 12 % veia jugular 11 % veia de Galeno e veias cerebrais internas

Ferro JM e cols. ISCVT Stroke 2004; 35: 664-670Stam J. NEJM 2005;352:1791-8

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Patogênese

Trombose de veias corticais

oclusão venosa edema citotóxico com dano a bomba dependente de energia da membrana celular e edema vasogênico com quebra da barreira hemato-encefálica e transudação de plasma para interestício infarto venoso

Trombose de seios durais

LCR absorvido nas vilosidades aracnoideas é drenado para SSS

Trombose aumenta pressão venosa e reduz absorção de LCR hipertensão intracraniana

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Etiologia

Múltiplos fatores, isolados ou concomitantes

• 44% dos casos mais de 1 fator – ISCVT

Dados diferentes conforme casuística

• fator étnico?

• drogas?

20-35 % (12 % em ISCVT): sem diagnóstico etiológico

Considerar

• fatores de risco para prevenção

• fatores de risco e causas diretas

Ferro JM e cols. ISCVT Stroke 2004; 35: 664-670

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Etiologia

Estados protrombóticos

Congênitos:deficiência de antitrombina deficiência de proteína C e Smutação do Fator V de Leidenmutação de protrombinamutação de MTHFR hiperhomocisteinemia

Adquiridos: gravidezpuerpériosíndrome nefróticoanticorpos antifosfolípideshomocisteinemia

Stam J. NEJM 2005;352:1791-8

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Etiologia

Infecções: otite

mastoiditesinusitemeningiteinfecções sistêmicas

Doenças inflamatórias: L.E.S.

granulomatose de Wegener sarcoidose doença de Behçet doença de Crohn

Stam J. NEJM 2005;352:1791-8

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Etiologia

Doenças hematológicas:policitemia primária e secundária trombocitemia

leucemia anemia

Drogas: anticoncepcionais hormonais

Causas mecânicas: trauma craniano cateterização de veia jugular

procedimentos neurocirúrgicos punção lombar

Diversas: desidratação (especialmente em crianças) câncer

Stam J. NEJM 2005;352:1791-8

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Manifestações clínicas

Sintomas de início súbito e piora progressivaCefaléia• Primeiro sintoma em 75 – 91% casos• Pode ser sintoma isolado• Sem características típicas• Secundária a distensão de receptores de dor nos

sistemas venosos?

Crises convulsivas• 10 – 63% dos casos• Focal ou generalizada• Geralmente secundárias a infartos venosos corticais

Ferro JM e cols. ISCVT Stroke 2004; 35: 664-670Torbey MT. AAN 2007

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Manifestações clínicas

Alteração do nível de consciência• Durante a evolução em 10 – 93% casos • Incomum ser achado inicial• Evento pós-ictal?• Infarto bilateral do tálamo medial coma

Hipertensão Intracraniana• Papiledema em 7 – 80% casos• Diplopia por paresia VI par em casos severos

Sinais focais• Pode simular quadro arterial* ausência de síndrome arterial bem definida, associação

com crise convulsiva e alteração da consciênciaFerro JM e cols. ISCVT Stroke 2004; 35: 664-670Torbey MT. AAN 2007

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Manifestações clínicas

Seio cavernoso• Ptose, quemose e proptose

• Cefaléia peri/retro-orbitária

• Envolvimento III, IV, V (V1 e V2) e VI pares cranianos

Ferro JM e cols. ISCVT Stroke 2004; 35: 664-670Torbey MT. AAN 2007

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Manifestações clínicas

Seios laterais – transverso e sigmóide• Infecções crônicas da orelha e mastóide

• Dor em bordo anterior do esternocleidomastodeo (topografia veia jugular)

• Geralmente poucos sinais focais (diplopia VI)

• Papiledema pode estar presente (50%) mais acentuado no lado afetado

• Síndrome de Gradenigo (V e VI pares cranianos)

Ferro JM e cols. ISCVT Stroke 2004; 35: 664-670Torbey MT. AAN 2007

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Investigação diagnóstica

Punção lombar• Aumento leve da pressão de abertura

• Hiperproteinorraquia

• Pleocitose discreta (linfocítica ou mista)

• LCR normal em até 50% dos casos

• Indicado se há sinais de sepse ou infecção SNC

Doppler Transcraniano

• Velocidade venosa normal não exclui TVC

• Monitorização?

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Investigação diagnóstica

TC crânio

• Exame de emergência

• Diferenciar: abscesso, sangramento, isquemia, tumores

• Sinal delta vazio falha de enchimento pós contraste

• Sinal da corda

• Normal em 25-30% dos casos

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Investigação diagnóstica

RNM/AngioRNM

• Diagnóstico e seguimento

• Achados dependem da “idade” do trombo

Angiografia

• Padrão ouro, porém invasivo

• Falha de enchimento na fase venosa

Stam J. NEJM 2005;352:1791-8

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Investigação etiológica

Hemograma, hemoculturas

Provas de atividade inflamatórias

• VHS

• Proteína C reativa

Triagem de coagulopatias

• Anticorpo antilúpico

• Anticardiolipina

• Proteína C e S

• Antitrombina III

• Fator V Leiden

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Tratamento da trombose

Fase aguda

• Anticoagulação

• Se não houver contra-indicação absoluta

• Heparina baixo peso molecular

• Piora clínica apesar do tratamento

• Trombólise intravenosa química ou

mecânica

Einhäupl K. Eur J Neurol 2006;13:553-59

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Tratamento da trombose

Prevenção de recorrência

• Anticoagulação oral• 3 – 6 meses se causa for transitória

• 6 – 12 meses TVC idiopática ou trombofilia hereditária leve

• Continua TVC recorrente ou trombofilia hereditária severa

Einhäupl K. Eur J Neurol 2006;13:553-59

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Tratamento sintomático

Hipertensão Intracraniana

• Papiledema com déficit visual• Punção lombar repetida

• Acetazolamida

• Derivação ventricular

• Fenestração do forame óptico

• Redução da consciência ou herniação• Terapia osmótica

• Sedação e hiperventilação

• Hemicraniectomia

Einhäupl K. Eur J Neurol 2006;13:553-59

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Tratamento sintomático

Convulsões

• Fase aguda• Crises convulsivas

• Lesões parenquimatosas

• Déficit neurológico focal

• Prevenção• Convulsões na fase aguda

• Lesões focais hemorrágicas

Einhäupl K. Eur J Neurol 2006;13:553-59

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Tratamento geral

Antibiótico

• Se causa infecciosa

Analgésicos

• Conforme a dor

Sedação leve

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Prognóstico

624 pacientes – 6 meses após o diagnóstico• 57,1% sem sinais ou sintomas

• 22% sintomas residuais mínimos

• 7,5% incapacidade leve

• 2,9% incapacidade moderada

• 2,2% incapacidade severa

• 8,3% óbito

Recorrência - 2,2%

Outros eventos trombóticos – 4,3%

Convulsões – 10,6%

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