of 65 /65
Unidade 1 1º Encontro CURRÍCULO NA ALFABETIZAÇÃO Orientadora de Estudos Anos 1 e 3 ELAINE REGINA CRUZ ORTEGA

Unidade1 - PNAIC - Currículo

Embed Size (px)

DESCRIPTION

http://elainecruzeduc.blogspot.com.br/

Text of Unidade1 - PNAIC - Currículo

  • 1. Unidade 1 1 EncontroCURRCULO NA ALFABETIZAOOrientadora de Estudos Anos 1 e 3 ELAINE REGINA CRUZ ORTEGA

2. Ano 1: Currculo na alfabetizao: concepes e princpios.Ano 3: Currculo inclusivo: O direito de ser alfabetizado. 3. DEFINIO DE CURRCULO: ...experincias escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio a relaes sociais, e que contribuem para a construo das identidades de nossos/as estudantes. (Moreira e Candau, 2007) 4. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (BRASIL, 1998) propem que necessrio legitimar a unidade e a qualidade da ao pedaggica na diversidade nacional (Art. 3 inciso IV, p. 48). Orientam para que as propostas curriculares contemplem vrias reas do conhecimento: Cincias Humanas, Cincias Naturais e Matemtica e Linguagens, de forma articulada e interdisciplinar. 5. CONSTRUO DO CURRCULO: Segundo Ferrao (2008), se d na prtica diria de professores e, portanto, nem sempre reflete exatamente o que os documentos oficiais orientam, mas tambm no pode ser entendido como deciso de cada um. 6. Currculo Pode ser compreendido de acordo com significados distintos. 7. ALFABETIZAO NO BRASIL Diferentes prticas: - Ensino de letras, slabas e palavras usando textos cartilhados, baseados numa concepo de leitura e escrita como decodificao e codificao. - Ensino baseado na insero em prticas sociais de leitura e escrita. 8. Preocupaes at a dcada de 80: - PRONTIDO: habilidades de coordenao motora e discriminao auditiva e visual, que deveriam ser desenvolvidas na pr-escola e nos primeiros meses da 1 srie. - MTODO: qual seria o mais eficaz para o ensino da leitura e escrita (sintticos, analticos ou mistos), todos baseados na codificao e decodificao. 9. MTODO SINTTICO: Grau de dificuldade do mais simples para o mais complexo; das partes para o todoLETRASSLABASPALAVRAS FRASES TEXTOS 10. MTODO ANALTICO Grau de dificuldade do todo para as partes FRASEPALAVRASLABA LETRA TEXTOS 11. At a dcada de 80: - Aprendizagem memorizao.sedavaportransmissoe- Todos vivenciavam as mesmas atividades, pois acreditava-se que aprendiam do mesmo jeito. - A aprendizagem do cdigo era desvinculado dos usos sociais da leitura e escrita, utilizando-se textos artificiais. - O fracasso escolar era relacionado a falta de capacidade individual. 12. At a dcada de 80: - Sistema era excludente. - Crianas com dificuldades engrossavam estatsticas da repetncia e evaso escolar. - Crianas com NEEs eram segregadas em salas especiais.- Todo o trabalho pedaggico era direcionado a uma sala homognea. 13. Mudava-se a cartilha ou o mtodo utilizado, mas as prticas continuavam pautadas em um programa curricular voltado para a aprendizagem do cdigo, desvinculado dos usos sociais da leitura e da escrita, que desconsiderava os conhecimentos que as crianas possuam sobre a escrita. 14. Paulo Freire: A ligao do ensino da leitura e escrita com os centros de interesse que existem na vida real permite que a alfabetizao seja algo mais concreto para os sujeitos que esto engajados em tal processo. 15. A partir da dcada de 80: A temtica da excluso/incluso ganhou fora:. Constituio de 88: Art 205: a educao como um direito de todos. Art 206, inciso I: igualdade de condies de acesso e permanncia na escola. 16. A partir dos anos 90: Documentos internacionais, como:. Declarao Mundial de Educao para Todos(UNICEF, 1990). . Declarao de Salamanca (Brasil, 1994). . Conveno de Guatemala (Brasil, 2012).Passaram a influenciar no Brasil a elaborao de leis e aes relacionadas s polticas pblicas de educao inclusiva. 17. Recentemente... Leal e Brando (2012), realizaram uma pesquisa em documentos curriculares de secretarias estaduais e municipais brasileiras.Resultados revelaram que... o trabalho precoce com textos que circulam na sociedade (diferentes gneros), com foco na diversidade deles, reincidente nos documentos. 18. Faz-se indispensvel Superar o daltonismo cultural, ainda bastante presente nas escolas. O professor daltnico cultural aquele que no valoriza o arco-ris de culturas que encontra nas salas de aulas e com que precisa trabalhar, no tirando, portanto, proveito da riqueza que marca esse panorama. 19. Ler e escrever um direito de TODOS, que at ento no tem sido efetivado. 20. Requer esforos coletivos para... Uma ao cuidadosamente planejada, que precisa ser constantemente retroinformada, ou seja, necessita de avaliao frequente para reencaminhamentos que propiciem a incluso juntamente garantia do ensino da leitura e da escrita. 21. DESAFIOS ATUAIS: Construo de propostas curriculares inclusivas. Garantia dos direitos de aprendizagem de todas as crianas. Proposta de alfabetizao baseada na perspectiva da interdisciplinaridade. Prticas de alfabetizao na perspectiva do letramento. Educar na diversidade, atendendo heterogeneidade e s necessidades educacionais especiais (NEEs). 22. Unidade 1 2 Encontro Orientadora de Estudos Anos 1 e 3 ELAINE REGINA CRUZ ORTEGACONCEPES DE ALFABETIZAO:O QUE ENSINAR NOS TRS PRIMEIROS ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 23. Como ocorre o ensino nas metodologias tradicionais? 1. As letras so apresentadas fora de um contexto significativo. 2. Os estudantes precisam decorar todas as letras para poderem avanar na alfabetizao. 3. As crianas so levadas a uma exaustiva atividade de memorizao dos nomes das letras, dos sons, das variaes grficas. 4. O trabalho com as famlias tambm ocorre de forma abstrata e mecnica, desligada de um contexto significativo. 24. Resultado da Alfabetizao com Metodologias Tradicionais Na dcada de 1980, as prticas de alfabetizao eram baseadas em mtodos sintticos e analticos que culminaram na reprovao de parcela significativa da populao. luz de teorias construtivistas e interacionistas essas metodologias passaram a ser criticadas. 25. Piaget (1896-1980) Quatro determinantes bsicos do desenvolvimento: Maturao; Estimulao do ambiente fsico; Aprendizagem social; Tendncia ao equilbrio; 26. Vygotsky ( 1896-1934) Funes psicolgicas superiores: Interao; Mediao; Internalizao;Zona de desenvolvimento proximal ... a distncia entre o nvel de desenvolvimento real, que se costuma determinar atravs da soluo independente de problemas, e o nvel de desenvolvimento potencial, determinado atravs da soluo de problemas sob orientao de um adulto ou em colaborao com companheiros mais capazes (Vigotsky, 1994, p. 112).O bom ensino aquele que se adianta ao desenvolvimento. 27. Resultado da Alfabetizao com Metodologias Tradicionais Os trabalhos de Emlia Ferreiro e Ana Teberosky, sobre a Psicognese da Lngua Escrita, influenciaram o desenvolvimento de novas prticas de alfabetizao.Demonstraram que a escrita alfabtica no um cdigo, que se aprende por meio de atividades de repetio e memorizao. 28. Escrita como sistema de representao Propuseram uma concepo de lngua escrita como um sistema de notao, que no caso alfabtico. No processo de apropriao do Sistema de Escrita Alfabtica, os alunos precisariam entender como esse sistema funciona. fundamental que compreendam o que a escrita nota (ou representa, grafa) e como a escrita cria essas notaes (ou re- presentaes). Eles precisariam, portanto, entender que o que a escrita alfabtica nota no papel so os sons das partes das palavras e que o faz considerando segmentos sonoros menores que a slaba (os fonemas). 29. Fases de aquisio da linguagem escrita Escrita pr-silbica: no h correspondncia grafofnica. Escrita silbica: j h a correspondncia, mas no nvel da slaba (uma letra representaria uma slaba) e no o fonema. Escrita alfabtica: percebe-se a relao fonemagrafema, ainda que apresentem trocas de letras na notao de alguns sons. A partir da inicia-se o trabalho para o domnio da norma ortogrfica. 30. Como as crianas evoluem? Interagindo com a escrita, contemplando seus usos e funes.Mas... ... importante destacar que apenas a interao com textos que circulam na sociedade no garante que os alunos se apropriem da escrita alfabtica, uma vez que, no geral, essa aprendizagem no acontece de forma espontnea, mas exige um trabalho de reflexo sobre as caractersticas do nosso sistema de escrita. 31. Mudanas Dcada de 90 Novo conceito de alfabetizao: Letramento. alfabetizar e letrar so duas aes distintas, mas no inseparveis, ao contrrio: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das prticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado. (Soares, 1998, p. 47) 32. Desinveno da Alfabetizao Soares (2004) Nas ltimas dcadas, vivenciamos um processo de perda da especificidade do processo de alfabetizao, em funo da mudana conceitual a respeito da aprendizagem da escrita 33. Problemas decorrentes de equvocos relacionados s mudanas conceituais Soares (2004) 1. Privilgio da faceta psicolgica da alfabetizao que obscureceu sua faceta lingustica-fontica e fonolgica; 2. Incompatibilidade divulgada entre o paradigma conceitual psicogentico e a proposta de mtodos de alfabetizao.3. Pressuposto de que, apenas por meio do convvio intenso com material escrito que circula nas prticas sociais a criana se alfabetizaria. 34. Problemas decorrentes de equvocos relacionados s mudanas conceituais Leal e Brando (2012) Na busca intensa para contrapor-se s perspectivas tradicionais de alfabetizao, poucas orientaes eram explicitadas sobre o que seria necessrio, do ponto de vista dos princpios didticos, para garantir a aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabtico. Qualquer trabalho sistemtico de reflexo sobre o funcionamento do sistema de escrita caracterizaria um trabalho tradicional. 35. preciso reinventar alfabetizao? 36. O que as crianas precisam aprender? Desde o 1 ano: promover o ensino do sistema de escrita. Do 2 ao 3 ano: garantir que os conhecimentos relativos s correspondncias grafofnicas sejam consolidados Ao fina do 3 ano: ter a compreenso do funcionamento do Sistema de Escrita Alfabtica; o domnio das correspondncias grafofnicas, mesmo que dominem poucas convenes ortogrficas irregulares e poucas regularidades que exijam conhecimentos morfolgicos mais complexos; a fluncia de leitura e o domnio de estratgias de compreenso e de produo de textos escritos. O PLANEJAMENTO DEVE CONTEMPLAR: . a reflexo sobre conhecimentos do nosso sistema de escrita, . situaes de leitura autnoma dos estudantes . situaes de leitura compartilhada em que os meninos e as meninas possam desenvolver estratgias de compreenso de textos. 37. ALFABETIZAR uma tarefa... Complexa; Exige esforo; Espera-se que seja prazerosa; possvel aprender por meio de brincadeiras; Requer reflexo sobre o SEA; Precisa ser significativa. 38. UNIDADE 1 3 EncontroOrientadora de Estudos Anos 1 e 3 ELAINE REGINA CRUZ ORTEGA 39. O que avaliar? Como avaliar?Por que avaliar? 40 40. Ana desorganizadaPedro desanimadoHenrique deficienteCarlos mal-humoradoLusa tmida demaisMaria mal-educadaS Jos normalLus vivo demaisA avaliaoAssinado: a professora 41. A professora pergunta para o Joozinho: - O que devo fazer para repartir 11 batatas entre 7 pessoas?Joozinho imediatamente responde: - Pur de batata! 42. O que avaliar?44 43. Todo o percurso deve ser avaliado, a partir de objetivos bem definidos: Avaliao inicial. Avaliao reguladora. Avaliao final.U1.A3.P23 44. Como avaliar?46 45. Avaliao deve ser formativa, pois todo o percurso deve ser considerado: Avaliao inicial: diagnstica, permite conhecer a situao de partida. Avaliao reguladora: durante o processo. Avaliao final:U1.A3.P24 46. Avaliar de maneira sistemtica, tomando cuidados para: . Planejar bem a situao de avaliao e elaborar instrumentos adequados aos propsitos pedaggicos. . Utilizar instrumentos diversificados para atender as necessidades de todos os alunos. . Registrar os resultados e acompanhar suas aprendizagens. U1.A3.P26 47. Eixos de EnsinoLEITURASISTEMA DE ESCRITA ALFABTICAORALIDADECuidados a serem tomadosSelecionar bem o texto, com tema familiar e gnero que seja de uso frequente ou tenha feito parte da interveno didtica sistemtica. Questes bem elaboradas, para avaliar conhecimentos e habilidades pertinentes ao currculo vivenciado. Estruturar instrumentos com objetivos especficos, no ficar restrito produo de textos. Ex: Se queremos saber quais crianas ainda no dominam determinadas convenes ortogrficas, construir uma atividade de completar lacunas em palavras. Criar situaes favorveis fala e escuta, tanto entre o professor e a criana quanto entre elas mesmas e criar critrios claros para a anlise de como interagiram nas situaes. Ex:Gnero DEBATE. Verificar se: - Respeitam o tempo de fala combinado. - Respeitam o ponto de vista do outro. - Esperam a vez de falar. - Escutam atentamente as falas dos colegas. - Expe seus pontos de vista claramente. - Justificam seus pontos de vista. - Contra-argumentam os pontos de vista dos colegas.U1.A3.P26 48. Todo o processo deve ser acompanhado, e para o registro das aprendizagens sugerimos os quadros de: ACOMPANHAMENTO INDIVIDUAL: possibilita visualizar o desenvolvimento de cada criana e suas dificuldades, o que favorece a tomada de decises acerca de como ajudar a criana a progredir.ACOMPANHAMENTO DA TURMA: possibilita investigar quais conhecimentos ou capacidades a turma j construiu e se preciso retomar com todos ou com alguns, e o que o grupo no consolidou. U1.A1.P29 U1.A3.P27 49. Por que avaliar? 51 50. Para que todos possam aprender. Para garantir a elaborao e execuo de uma interveno estratgica: - Conhecer a situao de partida. - Adequar constantemente contedos, atividades e tarefas s necessidades que vo sendo apresentadas pelos alunos. - Verificar se os objetivos foram atingidos. - Compreender e valorar o processo seguido. U1.A1.P24 51. Para garantir a elaborao e execuo de uma interveno estratgica: - Conhecer a situao de partida. - Adequar constantemente contedos, atividades e tarefas s necessidades que vo sendo apresentadas pelos alunos. - Verificar se os objetivos foram atingidos. - Compreender e valorar o processo seguido.U1.A3.P24 52. 1) Avaliamos para favorecer aprendizagens. (...) a avaliao cruza o trabalho pedaggico desde seu planejamento at a execuo, coletando dados para melhor compreenso da relao entre o planejamento, o ensino e a aprendizagem e poder orientar a interveno didtica para que seja qualitativa e contextualizada. (Silva, 2003, p.14) U1.A3.P22 53. 2) Defesa da no repetncia. Avaliamos no com objetivo e reter as crianas em uma mesma etapa escolar, mas para garantir aprendizagens no consolidadas em uma determinada etapa escolar, que pode ser um ms, um semestre ou um ano de escolaridade, sejam garantidas em outra etapa posterior de escolaridade. A reprovao provoca, via de regra, a construo de uma auto imagem negativa de si que, em lugar de estimular o aluno a querer aprender, faz com que se sinta fracassado. U1.A3.P22 54. 3) No apenas o aluno que precisa ser avaliado. (...) Avaliar as prprias estratgias didticas fundamental para que possamos redimensionar o ensino, tendo como norte a avaliao do que os alunos fazem e dizem. Ou seja, ouvir o aluno e tentar entender as respostas que eles nos do a partir dos instrumentos de avaliao o primeiro passo para pensar sobre os procedimentos didticos que usamos no nosso cotidiano. (Ferreira e Leal, 2006, p.14) U1.A3.P23 55. Incluir as prprias crianas nos processos de avaliao tambm uma forma de lev-la a desenvolver compromissos com suas prprias aprendizagens:... a criana encontra-se na clareza cognitiva quando sabe que aprende, quando sabe o que aprende, por que aprende e como aprende. (Downing e Fijalkow, 1984) Por exemplo: Anlise dos portflios. U1.A3.P23-24 56. O que j promovemos em nossa prtica?