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edição 211 9912345149-DR/BA Sebrae-Ba Mala Direta Básica POLÍTICAS PÚBLICAS Calculadora online ajuda a decidir melhor regime de tributação EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA Começar Bem atende empresários na abertura de novos negócios Cooperativa baiana vence Prêmio MPE Brasil Cooperativa baiana vence Prêmio MPE Brasil

cooperativa baiana vence Prêmio mPE brasil · Lauro Alberto Chaves Ramos Unidade de Marketing e Comunicação Gerente Adriana Mira Jornalista Responsável Rodrigo Rangel (DRT/BA

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edição 211

9912345149-DR/BASebrae-Ba

Mala DiretaBásica

Políticas Públicascalculadora online ajuda a decidir melhor regime de tributação

Educação EmPrEEndEdoracomeçar bem atende empresários na abertura de novos negócios

cooperativa baiana vence Prêmio mPE brasilcooperativa baiana vence Prêmio mPE brasil

QUER INOVAR? PROCURE HOJE MESMO O SEBRAE E AGENDE UMA VISITA.

O SEBRAE LEVA INOVAÇÃO PARASUA EMPRESA.

UMA IDEIA NOVAPARA TRAZER MUITAS

IDEIAS NOVAS.

Conheça o Programa Agentes Locais de Inovação e receba em sua empresa uma orientação especializada

do Sebrae, por até 2 anos, sem custos. Descubra soluções simples e inovadoras para melhorar os processos,

produtos e serviços da sua empresa, e tornar seu negócio mais forte e competitivo.

ASSINATURA SEBRAE_ATUALIZADA.pdf 1 08/08/14 13:50

ANR DIVULGACAO ALI 200x265mm SEBRAE.indd 1 21/11/14 17:39

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AT11954 - ANR COMECAR BEM - 202X266.ai 1 6/10/15 12:22 PM

ExpedientePublicação do Sebrae Bahianº 211, junho de 2015 Filiada à Aberje

Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Bahia Antônio Ricardo Alvarez Alban

Diretor-superintendente Adhvan Novais Furtado

DiretoresFranklin Santana Santos Lauro Alberto Chaves Ramos

Unidade de Marketing e Comunicação

GerenteAdriana Mira

Jornalista ResponsávelRodrigo Rangel (DRT/BA 2778)

EquipeAlice Vargas, Rafael Pastori, Mauro Viana, Pedro Soledade, Isabela Oliveira, Rodrigo Rangel e Vanessa Câmera. Estagiários: Isabel Santos, Thais Almeida e Laise Cruz.

Agência Sebrae de Notícias

(Varjão & Associados Comunicação)

Anaísa Freitas, Carla Fonseca, Carlos Baumgarten, Cristhiane Castro, Lucilene Santos, Danielle Cristine, João Alvarez, Laiana Menezes, Maria Clara Lima, Gustavo Rozário, Fernanda Barros, Nara Zaneli, Tamara Leal, Luciane Souza, Virgínia Mercês, Renata Smith e Silvia Araújo.

RevisãoAnaisa Freitas e Carlos Baumgarten Gustavo Rozário

Edição Carla Fonseca

Edição de FotografiaJoão Alvarez

CapaJoão Alvarez

Projeto Gráfico OriginalSolisluna Editora

EditoraçãoObjectiva

ImpressãoQualigraf Serviços Gráficos e Editora Ltda

Tiragem20.000 exemplares

Cartas Sebrae – Unidade de Marketing e Comunicação Rua Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador, Bahia. CEP: 40.060-350. [email protected]

Telefones 71 3320.4558/4367

Agência Sebrae de Notíciaswww.ba.agenciasebrae.com.br

A Cooperativa de Pescadores e Maris-queiros de Vera Cruz (Repescar), na Bahia, foi vencedora da etapa nacio-nal do MPE Brasil – Prêmio de Com-petitividade para Micro e Pequenas Empresas, como Destaque de Boas Práticas de Responsabilidade Social. Esse é o tema da reportagem de capa desta Revista Conexão. Com a implantação de um programa in-tegrado de responsabilidade social, surgido da necessidade da organiza-ção do setor pesqueiro local e com auxílio do Sebrae, a cooperativa está se profissionalizando. O Prêmio MPE Brasil está com inscrições abertas.

Lançado este ano, o projeto Come-çar Bem oferece capacitações para o novo empresário, por meio de um portfólio de soluções no formato de palestra, oficina, curso e outros re-cursos como cartilha, guia visual,

aplicativo e vídeo. Veja, nesta publi-cação os detalhes dessa ferramenta e de como participar. A ideia do projeto Começar Bem é munir os potenciais empresários do máximo de conhe-cimentos acerca da área, levando orientação para pessoas que estão se preparando para abrir um negócio ou que já têm alguma experiência em trabalhar por conta própria.

A edição 211 da Revista Conexão traz uma reportagem que apresen-ta a calculadora online do Sebrae. Disponível no site da instituição, ela ajuda o empresário a decidir sobre o regime tributário mais vantajoso para o seu negócio. A ferramenta é capaz de comparar os valores das obrigações tributárias da empresa nos regimes do Simples Nacional e do Lucro Presumido.

Boa leitura!

A utilização da marca Sebrae é de uso exclusivo do titular da mesma. Seu uso por terceiros, sem autorização prévia, expressa e formal da Unidade de Marketing e Comunicação do Sebrae Bahia, é passível de punição, conforme previsto pela Lei da Propriedade Industrial nº 9.279/96.

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A Cooperativa de Pescadores e Marisqueiros de Vera Cruz – Bahia (Repescar) se destacou em boas práticas de responsabilidade social

Sebrae Bahia é destaque nacional com Cooperativa de Pescadores e Marisqueiros

26MErcadOMicrocrédito: uma opção para investir e crescer

29EdUcaÇÃO EMPrEENdEdOraProjeto Começar Bem abre portas para novos empresários

31EcONOMIa crIatIvaTurismo rural: nova vocação das fazendas de cacau

34MIcrOEMPrEENdEdOr INdIvIdUaLTerceira idade: a hora de empreender

37EMPrEENdEdOrIsMOAcademia aumenta 40% do faturamento

38sEBraE PErtO dE vOcÊ

6cOMÉrcIO E sErvIÇOsCapacitação faz margem de lucro crescer em 100%

9POLítIcas PúBLIcasCalculadora online ajuda a decidir regime de tributação

11INOvaÇÃO E tEcNOLOGIaStartup baiana está entre as 200 mais promissoras para 2015

14INdústrIaCerâmica Canabrava amplia produção

18aGrONEGócIOCooperativa de Pescadores e Marisqueiros vence prêmio nacional

Agricultores do Vale do São Francisco faturam R$ 120 mil com produção de acerola

Sumário18

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Errata: Daniel Frediani e Rafael Brasileiro, citados na matéria “Uma Toca para ideias sustentáveis”, na Revista Conexão edição 210, editoria Microempreen-dedor Individual, são estudantes de Engenharia Sa-nitária Ambiental não são formados, conforme men-cionado no texto.

cOMÉrcIOE sErvIÇOs

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Brígida Ramos de Oliveira, responsável administrativa da Quali & Vitta – Fisioterapia participou de quase dez capacitações do Sebrae

Capacitação faz margem de lucro crescer em 100%Ela participou de quase dez capacitações do Sebrae, entre elas Empretec e Estratégias Empresariais

6 REVISTA CONExãO

É quase um mantra para a empresária Brígida Ramos de Oliveira, responsável administrativa da Quali & Vitta – Fi-sioterapia, em Salvador, a premissa de que o conhecimento é o maior capital da empresa. Essa visão de negócio se deu a partir de 2011, quando ela participou pela primeira vez de uma capacitação ministrada pelo Sebrae.

O curso Estratégias Empresariais, do Programa Sebrae Mais, se tornou o primeiro de uma série para que Brígi-da buscasse o conhecimento. Afinal, a empresa estava no processo de cres-cimento e ela queria adotar metodo-logias que estruturassem, impulsio-nassem e ampliassem o negócio.

Para isso, não mediu esforços. Nesses quatro anos, participou de quase dez capacitações do Sebrae, além de oficinas, feiras, palestras e seminários. As informações adquiri-das foram aplicadas no dia a dia da empresa, fundamentais para impri-mir uma nova cara ao seu negócio e ampliar a margem de lucro em 100%. Nessa bateria de cursos de capacitação, a empresária recebeu informações relacionadas à toda cadeia de funcionamento do grupo Quali & Vitta, incluindo gestão (pla-nejamento e estratégia), inovação, finanças, RH, relacionamento com o cliente, dentre outros o que permi-tiu uma mudança significativa no comportamento empresarial.

“Antes olhava a árvore, agora olho toda a floresta e vejo quanta riqueza tem”, filosofa. E realmente a Quali & Vitta tomou novo rumo, deu um sal-to no mercado de atendimento fisio-terapêutico, associando sua marca aos serviços de excelência. Aquela acanhada clínica que funcionava numa pequena sala na Av. Garibaldi,

hoje, tem suas instalações amplas e confortáveis, com novos e modernos equipamentos voltados para pre-venção, reabilitação e tratamento da dor. O grupo ampliou o negócio e criou outras unidades no Hospital da Bahia e no Largo dos Aflitos, com o nome de Clínica Arthros.

Os ensinamentos adquiridos no curso de Estratégias Empresariais e no Seminário Empretec favoreceram o desenvolvimento de uma ampla visão empreendedora com uma ver-tente realista e ousada, viabilizando maior segurança nas tomadas de decisões. “Tomei a responsabilidade do negócio, adquiri postura empre-sarial. Antes não sabia o que queria. Agora, conduzo a gestão com mais determinação, entendendo o mer-cado, seus riscos e oportunidades, escolhendo propostas adequadas e investindo no momento certo, além de saber quem é o meu público e parceiros”, sintetiza.

A vontade em inovar veio pelo Programa Sebraetec – Serviços em Inovação e Tecnologia, quando foi orientada para o registro da marca da Quali & Vitta. Já ao aderir ao Pro-grama Agente Locais de Inovação (ALI), durante dois anos, recebeu consultoria personalizada e espe-cializada, gerando a oportunidade de elaborar o Plano de Ação, que utiliza como linha condutora dos negócios.

Para a gestora do Projeto Serviços de Saúde, Dilene Pilé, Brígida sem-pre se mostrou interessada em ado-tar uma postura inovadora, diferen-te de muitos empresários da área de saúde que não se dedicam à gestão do negócio, priorizando apenas a aplicação do conhecimento técnico-científico. “A falta de planejamento e de controle de finanças são proble-mas comuns na gestão dos serviços de saúde que dificultam o cresci-mento do negócio”, pontua.

A Quali & Vitta tomou novo rumo ao criar outras unidades no Hospital da Bahia e no Largo dos Aflitos, com o nome de Clínica Arthros

SEBRAE BAHIA 7

Veja como participar de capacitações

Programa Sebraetec

Para quem: pequeno negócio dos setores de comércio, indús-tria, serviços e agronegócios, com necessidade de inovar.

Qual objetivo: levar solução aos empreendimentos que precisam adequar seus produtos e/ou pro-cessos produtivos nas áreas da inovação e tecnologia.

Como participar: o interessado deve procurar o Ponto de Atendi-mento do Sebrae em sua cidade, com CPF e número do CNPJ em mãos.

Qual investimento: depende da consultoria que será proposta à empresa, e que é subsidiada em até 80% pelo Sebrae.

Seminário Empretec

Para quem: empresários já con-solidados, que desejam expandir e conquistar novos negócios ou po-tenciais empreendedores.

Qual objetivo: a metodologia do Empretec foi desenvolvida por ins-tituições ligadas às Organizações das Nações Unidas (ONU) e visa contribuir para o desenvolvimen-to de características de comporta-mento empreendedor, auxiliando na gestão da empresa a partir do estabelecimento de metas, iden-tificação de oportunidades de negócios, e, consequentemente,

na sustentabilidade e lucro da empresa. São 60 horas de capaci-tação, com dinâmicas, vivências, jogos e debates. O Empretec traz a oportunidade de vivenciar dez características empreendedoras, revendo conceitos e preparando os participantes para um merca-do competitivo.

Como participar: os candidatos devem participar de duas seleções, que incluem o preenchimento de questionário e, posteriormente, uma entrevista individual.

Inscrição: o valor deve ser con-sultado no Ponto de Atendimen-to do Sebrae. Para consultar a programação, o cliente deve en-trar em contato com a Central de Relacionamento do Sebrae (0800 570 0800).

Estratégias Empresariais

Para quem: empresários de pe-quenas empresas em fase de ex-pansão, que já estruturaram e or-ganizaram o dia a dia do negócio e agora pensam em novos horizon-tes, desafios e mercados.

Qual objetivo: a solução, que faz parte do Programa Sebrae Mais, orienta a elaboração de estratégia do negócio para que o empresário identifique possibilidades, desen-volva competências e tome a de-cisão certa.

Como participar: o interessado deve procurar o Ponto de Atendi-mento do Sebrae mais próximo ou entrar em contato com a Cen-tral de Relacionamento do Sebrae (0800 570 0800).

Qual investimento: aproxima-damente R$ 1 mil.

Programa Agentes Locais de Inovação (ALI)

Para quem: empresas de pe-queno porte (EPP) dos setores da indústria, comércio e serviços, e voltadas aos segmentos de saúde, movelaria e decoração, constru-ção civil, turismo e entretenimen-to, educação e metal – mecânica.

Qual objetivo: Resultado de par-ceria com CNPQ, promove a práti-ca continuada de ações de inova-ção que geram impacto na gestão empresarial, melhoria dos produ-tos e serviços e identificação de novos nichos de mercado.

Como participar: O empresário interessado em aderir ao ALI deve ligar para Central de Relaciona-mento do Sebrae no 0800 570 0800 ou enviar e-mail para [email protected] solicitando visi-ta do agente à empresa.

Qual investimento: É gratuito, não incluindo os custos das ações propostas à empresa durante a consultoria.

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POLítIcas PúBLIcas

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Empresários, como Marcos José Rodrigues, usam a calculadora online para tomar decisões sobre tributação

Calculadora online ajuda a decidir regime de tributaçãoFerramenta está disponível no site do Sebrae

Calculadora online ajuda a decidir regime de tributaçãoFerramenta está disponível no site do Sebrae

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Decidir sobre o regime tributário mais vantajoso para os pequenos negócios, aqueles com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, é uma tarefa que demanda análise de alíquotas, recei-ta anual, folha salário, entre outras variáveis. Para facilitar na hora da escolha, o Sebrae disponibiliza uma calculadora online (no link: http://bit.ly/1xVeRuk) capaz de comparar os valores das obrigações tributárias da empresa nos regimes do Simples Nacional e do Lucro Presumido.

Marcos José Rodrigues, contabilista e diretor da MDC Nordeste, que tra-balha com aluguel de softwares e so-luções para empresas do ramo gas-tronômico, foi convidado para testar a funcionalidade da ferramenta. Ao selecionar o ramo de atividade Ser-viços de Tecnologia da Informação e Comunicação e indicar os valores da receita anual, ele pôde visualizar as tabelas individuais de impostos reco-lhidos em cada regime.

“Quando fui fazer esse cálculo, deu trabalho e, com essa ferramen-ta, eu coloco os dados básicos e ele me entrega o resultado de maneira rápida”, relata Marcos. O empresário confirmou que, se houvesse a possi-bilidade do negócio migrar do Lucro Presumido para o regime do Simples

Nacional, a economia sobre os custos totais seria superior a 7,3%. “O valor em moeda é muito expressivo para a nossa realidade”, explica o diretor da empresa, vedada no regime sim-plificado, em razão de sua sociedade com outra pessoa jurídica.

Na avaliação da gerente adjunta da Unidade de Políticas Públicas do Se-brae Bahia, Ivana Miranda, o empre-sário aproveita melhor a ferramenta contando com o apoio de um profis-sional de contabilidade, já que há a necessidade de conhecimento prévio sobre a legislação fiscal vigente no estado onde está sediada a empresa, bem como acerca das alíquotas de ICMS interestadual. “A ferramenta é muito interessante, porém, com o acompanhamento de um contador, o empresário consegue inserir, mais facilmente, informações que vão de fato permitir uma análise consisten-te sobre opções tributárias”, explica.

Quem também utilizou o link para uma simulação foi a gerente finan-ceira da Salvador Daqui, Adriana Pimentel. “A iniciativa é válida para quem quer um cálculo simples e rá-pido”, concluiu assertivamente a co-laboradora da microempresa enqua-drada no Simples Nacional. Para ela, o resultado apenas confirmou a van-

tagem do regime escolhido, princi-palmente porque quase 90% da ma-téria-prima utilizada pela indústria é oriunda das regiões Sul e Sudeste. “Se não fosse o Simples, o nosso cálculo seria mais complexo, porque cada es-tado tem suas alíquotas tributárias.”

Regimes

O Simples Nacional é um regime de opção facultativa compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscali-zação de tributos aplicável às micro-empresas e empresas de pequeno porte, previsto na Lei Complemen-tar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Ele abrange a participação de todos os entes federados (União, Es-tados, Distrito Federal e Municípios). Podem optar por esse regime todas as empresas autorizadas por lei com faturamento até R$ 3,6 milhões.

O Projeto de Lei Complementar nº448/14, em tramitação no Legis-lativo, prevê um aumento no teto de receita anual para enquadra-mento no Simples Nacional, que passaria para R$ 14,4 milhões, em lugar dos atuais R$ 3,6 milhões.

O Lucro Presumido é uma forma de tributação para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. A opção pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido será mani-festada com o pagamento da primei-ra ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário.Para aproveitar melhor a ferramenta é importante o auxílio de um profissional de contabilidade

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Qual é a senha do wi-fi? Que essa pergunta é cada vez mais ouvida em restaurantes, universidades e até mesmo em clínicas pelo Brasil, não é nenhuma novidade. Mas, em Feira de Santana, dois jovens empreendedo-

res conseguiram enxergar algo além nessa demanda crescente por inter-net gratuita em estabelecimentos comerciais. Fábio Barreto e André Aureliano resolveram transformar a oferta de wi-fi em publicidade para

a empresa que fornece a rede ao cliente. A partir da ideia inovadora, foram dados, em 2013, os primeiros passos da startup baiana IaiNet.

A dupla criou uma solução prá-tica para empresários, oferecendo

INOvaÇÃO EtEcNOLOGIa

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Donos da startup IaiNet, Fábio Barreto e André Aureliano, resolveram transformar a oferta de wi-fi em publicidade para a empresa que fornece a rede ao cliente

Startup baiana está entre as 200 mais promissoras para 2015IaiNet se destaca no cenário nacional ao criar solução inovadora para empresas e eventos

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um roteador com duas redes wi-fi. Uma é privada, para garantir a se-gurança dos dados da empresa con-tratante. A outra é para uso exclusi-vo dos clientes do estabelecimento. Nela, o cliente de um restaurante que usa o IaiNet, por exemplo, con-tinua a navegar na internet sem custos financeiros, mas passa a pa-gar pelo serviço com uma “moeda social”. Isso acontece quando, para realizar login, o cliente usa um de seus perfis em redes sociais, como Facebook ou Twitter, e comparti-lha um banner que indica que ele está fazendo uma refeição naquele ambiente. É concretizada, assim, a troca de internet gratuita por pu-blicidade nas redes sociais, ou “wi-fi social”, como é chamada no meio tecnológico.

Em fevereiro, durante a Campus Party, maior evento de tecnologia e cultura digital do país, a startup baiana foi indicada entre as 200 mais promissoras para 2015, segun-do seleção realizada pelo Sebrae Nacional e a própria organização do evento. Os sócios também têm mo-tivos para serem otimistas. “No úl-timo ano, nossos resultados foram sete vezes maiores. A previsão para 2015 é triplicar os números de 2014”, anima-se Fábio.

Para isso, o jovem empresário não esquece o seu principal trun-fo: a inovação. Hoje, com cerca de 30 clientes fixos, a empresa viu a chance de ampliar o mercado para eventos abertos. A oportunidade foi ponto de partida para mais uma novidade: a oferta de internet por meio de carrinhos e do chamado Wi-Fi Man. Já contratado por blo-cos e camarotes durante o carnaval

de Salvador, o Wi-Fi Man é um pro-motor que se mistura à multidão, levando nas costas uma mochila adaptada com um roteador. Outra opção é distribuir o sinal de inter-net através de um carrinho, que também conta com carregador de smartphone com energia solar. A ideia recentemente foi adaptada para uma bicicleta, em evento rea-lizado no Rio de Janeiro.

Essa ampliação da gama de produ-tos vem contribuindo para os bons resultados. O sinal de wi-fi oferecido pela startup já foi usado por mais de 20 mil pessoas, que garantiram mais de um milhão de visualizações dos conteúdos compartilhados através das redes sociais.

“Começamos no nosso bairro, nas cidades próximas e, agora, estamos expandindo para outros estados”, conta Fábio. O empreendedor adian-ta que a startup está em fase de ro-adshow para captação de investido-res por meio da Grow Investimentos, empresa de Curitiba. “A distância física não pode impedir que a em-presa cresça.”

Superação de desafios

Mas o cenário nem sempre foi favorável ao crescimento da em-presa e, para driblar as dificulda-des, a dupla se manteve firme em uma longa jornada. Em 2010, eles fundaram a Asa Inovação, quan-do, com um orçamento reduzido, acreditaram no potencial de de-senvolvimento de um site de com-pras coletivas, o Tubarão Legal. “Quando a Asa nasceu, nós ficá-vamos na cozinha da empresa de um amigo, com cadeiras de plásti-

co e um ventilador”, recorda Fábio, que hoje conta com uma equipe de seis pessoas.

Desde o início, a dupla sabia que a busca de conhecimento faria a diferença na trajetória da em-presa. Foi nessa época que André, ainda com 20 anos, participou do seminário Empretec, criado pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e realizado exclusivamente pelo Sebrae no Brasil. “O espírito empreendedor é muito empírico e o Empretec foi muito importante para nos organizarmos como ne-gócio”, avalia. “Acho que foi um dos fatores importantes para não entrarmos na estatística das em-presas que fecham em dois anos de operação.”

O conhecimento adquirido com o Empretec, aliás, está presente até hoje no dia-a-dia da empresa. Os sócios contam que, com a crise financeira, um dos clientes solici-tou uma maneira de fomentar as vendas através do serviço da star-tup. A solução foi encontrada na oferta de descontos para os usu-ários da rede do estabelecimento. “Exercitamos esse processo para encontrar uma solução usando as ferramentas aprendidas no Em-pretec. Hoje, estamos renovando contratos por causa disso”, conta André.

O gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Bahia, Leandro Barreto, explica que, no geral, as startups têm um obstá-culo em comum: acessar o mercado. “Elas precisam dar uma solução ino-vadora ao mercado, e tornar o seu produto competitivo é um dos gran-des desafios”, conta.

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Saiba mais sobre o universo das startupsLeandro Barreto, gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Bahia

O que é uma startup?

Há diversos conceitos para definir o que é uma star-tup. Caracterizamos como startup uma empresa de base tecnológica, em geral, com menos de três anos de existência, em busca de um modelo de negócio inovador e escalável. Ou seja, ela consegue crescer em termos de negócio sem crescer na mesma pro-porção em estrutura física. Numa indústria, por exemplo, é preciso abrir um novo espaço, um galpão. Numa startup, um escritório com três pessoas pode atender 10 ou mil clientes, por exemplo. É a fase em que os empreendedores testam seu modelo de negó-cio, e verificam se conseguem entregar um produto adequado ao mercado e que seja rentável.

Quais são as fases de uma startup?

Estamos estruturando programas de apoio às quatro etapas de uma startup: curiosidade, ideação, opera-ção e tração. Nas duas primeiras, trabalhamos com potenciais empresários, que buscam estruturar seu modelo de negócio, na fase de curiosidade, ou já têm uma ideia a ser estruturada na ideação. Na fase de operação, o empresário já colocou em prática a sua

ideia. Já na tração, ele está em busca de expansão, como é o caso da IaiNet.

Como as startups baianas podem buscar capacitação?

Além do Empretec, que foi procurado pela equipe do IaiNet, o Sebrae também ajuda a estruturar a empre-sa desde a fase de ideação, trabalhando oficinas de Modelo de Negócio, para que o empreendedor consiga tirar a ideia da cabeça e colocar no papel. A partir daí, ele também pode contar com o Sebraetec, no qual há um subsídio de 80% nas consultorias de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Propriedade In-telectual, Inovação e Design, entre outras.

“A partir daí, ele também pode contar com o Sebraetec, no qual há um subsídio

de 80% nas consultorias de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC),

Propriedade Intelectual, Inovação e Design, entre outras”

“Tornar o produto competitivo é um dos grandes desafios das startups”, afirma Leandro Barreto, gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Bahia

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INdústrIaFo

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Após a participação no Projeto de Indústria, a Cerâmica Canabrava, em Jacobina, reduziu custos, aumentou a produtividade e ampliou mercado

Cerâmica Canabrava amplia produção Na Bahia, 45 indústrias de cerâmica fazem parte do projeto do Sebrae

14 REVISTA CONExãO

Nos últimos cinco anos, a Cerâmica Canabrava, localizada no município de Jacobina, Centro-Norte baiano, tem aumentado a capacidade de pro-dução a partir das melhorias tecno-lógicas, que começaram com a par-ticipação no Projeto de Indústria do Sebrae Jacobina, e adesão às inicia-tivas do 5S, sigla que indica os sen-sos de utilização, ordenação, limpeza, saúde e autodisciplina. Os primeiros resultados vieram com definições pontuais sobre uso da melhor argi-la para o preparo, aquisição de no-vos equipamentos e ampliação do depósito de preparação dos blocos cerâmicos.

A partir daí, foi implantado o Sis-tema de Gestão de Qualidade (SGQ) para melhoria contínua e padroni-zação das atividades, adequando a produção industrial às exigências da Norma Regulamentadora 12 (NR-12), que define medidas de proteção à saúde e integridade física dos tra-balhadores e estabelece requisitos mínimos para prevenção de aciden-tes e doenças do trabalho. A iniciati-va, feita por meio do Sebrae, contou com a participação de consultores e especialistas do Serviço Social da In-dústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), no inventário das máquinas e equi-pamentos da indústria e execução do plano capaz de adequar a produ-ção à norma.

Pelo SGQ, a Cerâmica Canabrava iniciou duas grandes modificações com investimentos expressivos: reestruturação do setor de prepa-ração de massa, com a compra de novos equipamentos e inserção de pó de mármore no preparo, garan-tindo maior fluidez sem alterar as

características finais, e término da construção do barracão para de-pósito de massa preparada. Uma terceira ação está na fase de im-plementação, como explica o sócio Kurt Menchen, e propõe a mecani-zação do transporte dos produtos para as fases de secagem e enfor-na. “Quando estiver em funciona-mento, estimamos que a produti-vidade da cerâmica vai aumentar em mais de 50% sobre a produção atual, que é de 1,7 mil toneladas de blocos cerâmicos por mês”. Kurt garante que as orientações técni-cas também ajudaram a empresa no descarte final de resíduos, con-tribuindo para um fabrico mais sustentável.

“A nossa empresa existe desde 1995, e sempre teve como norte a busca constante da melhoria da qualidade e produtividade, e, para isso, são importantes as parcerias com instituições de conhecimento como o Sebrae, Sesi, Senai e outras mais, como a Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer)”, declara o sócio Paulo Barboza. Essa última entidade oferta, em parceria com o Sebrae Nacional, o Projeto Cerâmica Sustentável é + Vida, com-posto por cinco módulos.

Desde que aderiu ao projeto, em 2013, a Cerâmica Canabrava já completou quatro deles: Inovação Tecnológica, Programa Sebrae de Qualidade, Ambiental e Incorpora-ção de Resíduos. Ao longo das con-sultorias, houve amplo treinamen-to dos cerca de 60 colaboradores com palestras, atividades coletivas e a formação do Comitê da Quali-dade dentro da indústria, que ficou responsável pela implantação de

um Sistema de Gestão da Qualida-de. O comitê, composto por colabo-radores, se reúne semanalmente para tratar de assuntos de qualida-de e produção, saúde e segurança no trabalho, em harmonia com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Missão Empresarial

Nos últimos dois anos, diretores e colaboradores da Cerâmica Ca-nabrava participaram de Encontros Nacionais de Cerâmica em Belém (PA) e Recife (PE), além de visitas a outras indústrias cerâmicas na Re-gião Metropolitana de Salvador e convite para a Missão Empresarial à Feira de Negócios e Arena de Conhe-cimentos, em Campinas (SP) e outra à Venezuela.

Na última, o também sócio Amleto Bicelli, descobriu um secador rápido de blocos, capaz de reduzir de 72 ho-ras para uma hora o tempo gasto no processo. “Já em Campinas, conhe-cemos um novo modelo de forno com secador embutido, que, além do ganho com a diminuição do tem-po de secagem, também ganhamos na qualidade, já que não precisamos manusear os blocos, evitando assim que sejam danificados”, conta o em-presário, que analisa qual das duas aquisições é mais vantajosa em ter-mos de custo e benefício.

O Sebrae já está programando uma nova Missão Empresarial para os ceramistas do Projeto de Indús-tria, o 44º Encontro Nacional das In-dústrias de Cerâmica Vermelha, que acontece de 16 a 19 de setembro, em Porto Alegre. A proposta é levar 20 empresários do setor.

SEBRAE BAHIA 15

Projeto de Indústria

O técnico do Sebrae, Osório Ro-cha, explica que o Projeto de Indús-tria da Regional Jacobina, que atua com o grupo de cerâmica vermelha, teve início em 2012, contando com a parceria da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado e prefeituras dos municípios envol-vidos. Das primeiras intervenções no distrito de Barreiros, em Riachão do Jacuípe, foi criada a Cooperativa dos Ceramistas de Barreiros, já no primeiro ano, além da realização de consultorias financeiras, missões empresariais e intervenções com outras entidades parcerias, como Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), Sesi e Senai.

“As ações focam, sobretudo, a adequação às normas exigidas por lei para exercer suas atividades, me-lhoria da qualidade dos produtos e processos e da manipulação dos re-síduos sólidos, procedimentos estes que visam a redução de custos, au-mento da produtividade, ampliação de mercado”, afirma Osório.

Na Bahia, de acordo com a coor-denadora de Indústria da Unidade de Atendimento Coletivo do Sebrae Bahia, Elane Baqueiro, 45 indústrias de cerâmica já foram atendidas, sendo 13 em Vitória da Conquista, 23 na região de Jacobina (Barreiros, distrito de Riachão de Jacuípe), seis em Mata de São João e três em Bar-reiras. “Esses atendimentos foram focados principalmente na adequa-ção à Norma Regulamentadora nú-

mero 12 (NR-12), do Ministério do Trabalho e Emprego, referente à Se-gurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos”, pontua. As ações nos municípios incluem ainda mis-sões empresariais, cursos, consulto-rias de adequação à NR-12 e ao Li-cenciamento Ambiental, ambas via Sebraetec.

Os empresários ceramistas, in-teressados em aderir às iniciati-vas, podem buscar orientação em um dos Pontos de Atendimento na Bahia. “Eles serão atendidos através dos projetos Coletivos da Indústria nas Regionais de Salvador, Ilhéus, Jacobina, Juazeiro e Vitória da Con-quista”, conclui Elane, ratificando que as empresas de outras localida-des têm atendimento garantido em uma das Regionais do Sebrae.

Os 60 colaboradores da Cerâmica Canabrava, gerenciada pelos sócios Paulo Barboza e Amleto Bicelli, além de Kurt Menchen, passaram por treinamentos, atividades coletivas e formação do Comitê da Qualidade

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Ações de responsabilidade social renderam o destaque nacional à cooperativa baiana Repescar

Cooperativa de Pescadores e Marisqueiros vence prêmio nacionalVencedora do Prêmio MPE Brasil investe em conservação ambiental e produção pesqueira sustentável

Vencedora da etapa nacional do MPE Brasil – Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas, como Destaque de Boas Práticas de Responsabilidade Social, a Coopera-tiva de Pescadores e Marisqueiros de

Vera Cruz – Bahia (Repescar), que tem um programa integrado de responsa-bilidade social, surgiu da necessidade da organização do setor pesqueiro lo-cal, unindo as famílias das nove co-munidades da contracosta da ilha.

Com a intenção de proporcionar o crescimento econômico, social e fornecer ao consumidor pescados com qualidade, saudáveis e saboro-sos, por meio de práticas ecologica-mente corretas de manejo e captura,

18 REVISTA CONExãO

a Repescar viabilizou alternativas para o incremento da renda de 230 cooperados que vivem da pesca ar-tesanal. Trabalhando com pescados, mariscos e gelo, a cooperativa busca promover a conservação ambiental e a produção pesqueira sustentável.

Com o apoio da ONG Pangea – Centro de Estudos Socioambientais e patrocínio da Petrobras, por meio do Projeto Viver do Mar, as comuni-dades de Baiacu, Campinas, Juerana, Matarandiba, Catu, Jiribatuba, Ca-cha-Prego, Ponta Grossa e Matange tiveram acesso a capacitações so-bre cooperativismo. E após um pe-ríodo de discussões e articulações, resolveram constituir a Repescar em 2005. “A cooperativa surgiu da necessidade da comunidade vender seu produto sem a interferência dos atravessadores. O produto era ven-dido de porta em porta e era pouco valorizado. As pessoas queriam pa-gar qualquer valor”, afirma a maris-queira, Helineuza Barbosa.

Em 2013, a cooperativa conheceu o Prêmio MPE Brasil, através do Se-brae. Nesse mesmo ano, já foi fina-lista, e isso estimulou ainda mais a busca pelas práticas de excelência, que foram reforçadas com a elabo-ração do planejamento estratégico, com apoio da Associação Baiana para Gestão Competitiva (ABGC) e, consequentemente, o aperfeiçoa-mento dos seus processos de con-trole administrativos. “Entramos no Programa Vida Melhor Rural, o que nos deu acesso a uma complemen-tação de plano de negócio que havia sido implantado no Projeto Viver do Mar. Essa atualização nos permitiu conhecer o MPE Brasil. Em 2013, com apoio do Sebrae, fizemos um

Mariscos como siri, aratu, ostra, sururu e chumbinho, além de peixes em posta, polpa e filé, estão entre os produtos ofertados pela cooperativa

SEBRAE BAHIA 19

diagnóstico e conseguimos ser fina-listas na etapa estadual”, explica a gestora de cooperativas do Projeto Viver do Mar, que apoia a cooperati-va Micheli Fialho.

A cooperativa e o Pangea intensifi-caram os trabalhos e esse esforço foi recompensado em 2014, sendo a Re-pescar premiada em nível estadual na categoria Setorial Agronegócio do Prêmio MPE Brasil e também como Destaque em Boas Práticas de Res-ponsabilidade Social, que posterior-mente rendeu reconhecimento em

nível nacional, também como Desta-que em Boas Práticas de Responsabi-lidade Social. “O prêmio reconheceu a atuação realizada em conjunto dos cooperados com a equipe do Sebrae e parceiros. Cada vez mais, vemos o crescimento e desenvolvimento des-se trabalho”, destacou a técnica do Sebrae, Andrelina Mendes.

Desde a participação no prêmio, a cooperativa busca a formalização de suas práticas, como o planejamento estratégico, a gestão administrati-va e os processos de controle, além

de reforçar a atenção na satisfação dos clientes. “Muitos outros desafios precisam ser superados, mas o reco-nhecimento do que vem sendo feito demonstra que a Repescar está no caminho certo. Essas premiações demonstram o compromisso da empresa com os princípios da eco-nomia solidária e em uma produção socioambientalmente responsável, que preza pelo bem-estar não só do cooperado, como também do meio ambiente”, comemora a presidente da cooperativa, Fátima Paiva.

“Muitos outros desafios precisam ser superados, mas o reconhecimento do que vem sendo feito demonstra que a Repescar está no caminho certo”, presidente da Repescar, Fátima Paiva

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20 REVISTA CONExãO

Outra parceria importante, fir-mada através do Projeto, foi com a Superintendência da Agricultura Familiar e a Secretaria Estadual da Agricultura, onde foi possível so-licitar a concessão de uso do Selo da Identificação da Participação na Agricultura Familiar (Sipaf), que proporciona a legitimação dos pro-dutos oriundos da agricultura fami-liar, no caso da Cooperativa Repes-car, da pesca artesanal, e objetiva fortalecer a identidade social desse grupo e divulgar seus produtos pe-rante os consumidores.

Programa Vida Melhor Rural

O Programa Vida Melhor Rural é uma iniciativa do governo baiano, como conjunto de estratégias para inclusão socioprodutiva dos empre-endimentos rurais para fomentar a sua competitividade no mercado. Existem diversos parceiros envol-vidos nas mais diversas frentes de atuação, considerando os eixos: For-talecimento da Rede Pública de As-sistência Técnica e Extensão Rural, requalificando sua atuação; Fomen-to das Atividades da Agricultura Fa-miliar; Agroindustrialização e Apoio à Comercialização. É nesse último eixo que o Sebrae se insere no apoio à estruturação da gestão e no acesso a mercado das unidades agroindus-triais, considerando as cadeias pro-dutivas inicialmente priorizadas.

O desafio é promover, fomentar e apoiar a verticalização dos segmen-tos produtivos na definição de estra-tégias e o desenvolvimento de ações que aumentem o nível de compe-titividade das agroindústrias aten-

didas, contribuindo na ampliação da renda familiar do público-alvo do referido programa. Considera-se, nessa atividade, o desenvolvimento das competências gerenciais, opera-cionais e mercadológica.

Para implementação da estratégia de atuação junto às agroindústrias, o Sebrae desenvolveu o MEGA – Mé-todo Estruturado de Gestão Agroin-dustrial, que deriva uma ferramen-ta que viabiliza a elaboração de Plano de Negócios, Plano de Gestão e o acompanhamento gerencial do empreendimento por determinado período, que, a depender do nível de complexidade do empreendimento, pode variar entre um e dois anos de acompanhamento. Além dessas, são previstas ações de dinamização empreendedora nas áreas de Tec-nologia, Mercado, Educação Geren-

cial e Empreendedorismo, que são demandadas após a elaboração do plano de ação do empreendimento.

Para os de alta complexidade, ain-da existe a previsão de implementar um plano de gestão, que demanda de outras ações específicas. Ao início e final do ciclo de atendimento, são mensurados os resultados para ava-liar a efetividade e aproveitamento das ações realizadas, através de in-dicadores de lucro, receita com ven-das, renda e maturidade gerencial. O MEGA pode ser implementado em qualquer empreendimento agroin-dustrial – inclusive os que não fa-zem parte do Programa Vida Melhor Rural –, devidamente formalizado e em funcionamento, considerando o limite de faturamento de uma em-presa de pequeno porte, que chega a R$ 3,6 milhões por ano.

Prêmio MPE Brasil 2015 está com inscrições abertas

O Prêmio de Competitividade para

Micro e Pequenas Empresas destaca

os empreendimentos comprometi-

dos com a qualidade. As empresas

serão avaliadas pela qualidade da

administração e capacidade ino-

vadora, por meio da utilização do

questionário de autoavaliação, ten-

do como base o Modelo de Excelên-

cia da Gestão (MEG) da Fundação

Nacional de Qualidade (FNQ). As

inscrições são gratuitas e seguem

até o dia 31 de julho. Os empresários

de pequenos negócios, interessados

em participar, devem acessar o site

www.mbc.org.br/mpe ou procurar

os pontos de atendimento do Sebrae.

Para se inscre-

ver, é necessário

que as concor-

rentes tenham

receita bruta anual de até R$ 3,6

milhões, pelo menos um ano de

atividade, domicílio fiscal no es-

tado de inscrição e comprovantes

de regularidade fiscal e estatuária.

No ano passado, candidataram-se

para avaliação mais 50,9 mil micro

e pequenas empresas de todos os

estados brasileiros, número recorde

de participantes. A iniciativa é uma

parceria do Sebrae, do Movimento

Brasil Competitivo (MBC) e do Grupo

Gerdau, com o apoio técnico da FNQ.

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Apoio Estadual

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José Marcos Feitosa e outros trabalhadores da Associação Comunitária Agropecuária Fonte de Vida investiram em produção orgânica para comercializar fora do país

Agricultores do Vale do São Francisco faturam R$ 120 mil com produção de acerola Desenvolvido pelo Sebrae, o Programa De Olho na Qualidade Rural traz profissionalização e capacitação para mudar a realidade do campo

SEBRAE BAHIA 23

Em pleno sertão baiano, a paisagem verde predomina e a variedade de culturas agrícolas prospera. Há mais

de cinco anos, os produtores da As-

sociação Comunitária Agropecuária

Fonte de Vida plantam e gerenciam

o próprio negócio, no assentamento

Chapadinha, localizado no municí-

pio de Sobradinho, região Norte da

Bahia. Hoje, já são 40 hectares de

terras produtivas que garantem o

sustento das 22 famílias assenta-

das.

O plantio orgânico se tornou a

principal fonte de renda para os

produtores rurais, tendo como car-

ro-chefe a acerola. Além da fruta, a

associação produz outras culturas,

como manga, goiaba e aipim, e já

vende sua produção para vários mu-

nicípios baianos, incluindo Salvador.

A produção da acerola é vendida

com exclusividade para uma empre-

sa subsidiária de um grupo japonês,

com sede no Vale do São Francisco.

“Em 2013, vendemos 160 toneladas

de acerola e, no ano passado, 200. É

o que nos sustenta”, conta o atual

presidente da associação, José Mar-

cos Feitosa.

Assim como a Fonte da Vida, a As-

sociação Agropecuária Asa Branca,

localizada na comunidade rural do

A produção da acerola é vendida com exclusividade para uma empresa subsidiária de um grupo japonês, com sede no Vale do São Francisco

24 REVISTA CONExãO

De Olho na Qualidade Rural

Organizados em cooperativas e associações rurais ou

condomínios empresariais, um total de 50 produtores

já foram capacitados nos assentamentos da zona rural

de Sobradinho. O sucesso vivenciado por eles pode se

estender a outros produtores rurais e empreendedo-

res de micro e pequenas empresas rurais da região. O

programa foi implantando no Norte da Bahia, em se-

tembro de 2014, e já capacitou, aproximadamente, 80

produtores rurais em Sobradinho, Juazeiro e Casa Nova.

Segundo o técnico do Sebrae Juazeiro, Rinaldo Mo-

raes, as transformações e o desenvolvimento dos agri-

cultores familiares já são visíveis. “São pequenas ações

realizadas, como a organização das ferramentas e ma-

teriais de trabalho, limpeza do ambiente e o descarte

correto, que fazem toda diferença na qualidade do tra-

balho final”, conta.

Ao todo, seis módulos são desenvolvidos e cada en-

contro tem duração de quatro horas. As capacitações

têm linguagem e ferramentas simples e acessíveis, e

mostram a importância das etapas de organização para

um bom ambiente de trabalho, reforçando a ideia de

que é preciso combater desperdícios para obter lucros

e reduzir o custo de produção.

Para o gerente de programas do Senar Bahia, Fran-

cisco Benjamin, o foco do processo de qualificação no

campo passa pela profissionalização e capacitação do

produtor rural e daqueles que estão ao seu redor, como

a família. “As capacitações ensinam aos produtores não

somente qual tecnologia utilizar, mas o porquê de se

aplicar essa tecnologia, transformando-o em um de-

tentor do conhecimento”, completa.

O público-alvo é formado por empreendedores rurais,

consistindo de agricultor familiar a pequeno negócio ru-

ral, desde que seu faturamento anual não ultrapasse os

R$ 3,6 milhões. Os interessados em participar podem pro-

curar o Ponto de Atendimento do Sebrae mais próximo.

município de Sobradinho, tem o

plantio da acerola como principal

fonte de renda. Francimilson Fa-

biano da Silva, tesoureiro da as-

sociação, faz parte das 20 famílias

de agricultores que vivem e tra-

balham com a produção orgânica

em uma área de 20 hectares. Des-

de 2011, as duas associações têm

o certificado de produto orgânico

pelo IBD Certificações, o que para

o agricultor é um diferencial. “A

empresa só compra porque é orgâ-

nico. A certificação abriu as portas

para o mercado”, garante. No ano

passado, os agricultores faturaram

cerca de R$ 80 mil com a venda de

68 toneladas de acerola. De acordo

com Francimilson, em 2015 esse

montante já foi ultrapassado. “Até

o momento, já vendemos 90 tone-

ladas de acerola e faturamos R$

120 mil”, comemora.

Em 2014, os produtores rurais das

duas associações começaram a ser

atendidos pelo programa De Olho

na Qualidade Rural, realizado pelo

Sebrae, em parceria com o Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural

(Senar) e sindicatos rurais baianos.

O programa oferece cursos e consul-

torias ministrados diretamente nas

propriedades rurais e trabalha com

cinco eixos: descarte, organização,

limpeza, higiene e ordem mantida.

Atualmente, Francimilson Silva e

outros produtores da Associação

Asa Branca se reúnem duas vezes

ao mês para se capacitar e aprender

técnicas sobre esses temas.

O coordenador de Agronegócio do

Sebrae, Edirlan Miranda, explica que

o programa busca promover a me-

lhoria do ambiente de trabalho. “O

produtor rural tem a possibilidade

de tomar consciência de que, para

uma gestão eficiente do empreen-

dimento rural, a primeira estratégia

a ser adotada é a melhoria do seu

ambiente físico e social no combate

ao desperdício, otimizando recur-

sos, melhorando o bem-estar físico,

mental e social de todos.”

Além de preparar o empreendedor

para os desafios que o mercado mo-

derno e competitivo impõe, o pro-

grama De Olho na Qualidade Rural

também auxilia a permanência do

produtor no campo. O participante é

orientado sobre o passo a passo das

tarefas por meio de textos de apoio

e orientação do consultor do Sebrae

em sua propriedade rural.

SEBRAE BAHIA 25

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Ao contratar um financiamento, é necessário definir o que será feito com o dinheiro e

estabelecer um plano de ação para garantir o pagamento

Microcrédito: uma opção para investir e crescerSebrae oferece consultoria e orientação na hora de decidir a linha de financiamento mais adequada

Microcrédito: uma opção para investir e crescerSebrae oferece consultoria e orientação na hora de decidir a linha de financiamento mais adequada

26 REVISTA CONExãO

Ao assumir o negócio de preparo e comercialização de quentinhas, a empresária de Salvador Ana Paula Santana percebeu que poderia cres-cer ainda mais. Desde quando co-meçou na atividade, ela conquista seus clientes pelo paladar. A arte de dar sabor foi herdada da mãe e, em 2010, ela resolveu trilhar o caminho da formalidade. Hoje, aos 30 anos, a microempreendedora individual (MEI) está se preparan-do para abrir um restaurante. Ela esteve na tenda do Sebrae, mon-tada durante a Semana MEI, em abril, onde obteve orientações so-bre linhas de crédito.

Na oportunidade, aproveitou para pesquisar, entre as instituições fi-nanceiras presentes – Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco – qual a linha de crédito mais indicada para que pudesse comprar os equi-pamentos que faltam para montar seu estabelecimento. “Já tenho um ponto alugado e muita coisa já está adiantada”, revela.

Para incentivar a interação en-tre empresários e instituições ban-cárias, promovendo o acesso dos empreendedores, o Sebrae orien-ta sobre elaboração de estudo de viabilidade econômica do negócio e firma parcerias para ampliar o atendimento e o acesso ao crédito. A instituição disponibiliza ainda cartilhas de orientação sobre educa-ção financeira, com conteúdos que norteiam sobre gestão financeira e cuidados no acesso e uso de crédito.

“O empreendedor deve ter co-nhecimentos básicos sobre gestão financeira, a fim de não misturar a vida pessoal com a empresarial,

isto é, ter contabilidade própria no seu negócio, com controle de recei-tas e custos, e saber estabelecer sua margem de lucro. Isso lhe permite uma maior segurança e tranquili-dade, além de promover o conforto e reduzir riscos de se sentir deso-rientado e possivelmente endivida-do”, orienta o gerente da Unidade de Crédito e Serviços Financeiros, Vitor Lopes.

Antes de contratar um financia-mento, é necessário definir o que será feito com o dinheiro e estabele-cer um plano de ação para garantir o pagamento. O empreendedor pre-cisa se perguntar: “Quando isso vai melhorar a rentabilidade do meu negócio?”. Apesar do custo elevado e dos entraves burocráticos que em-perram as operações de crédito, a falta de informação sobre os produ-tos financeiros, disponíveis no mer-cado, é uma das principais causas de maus negócios.

Instituições financeiras que oferecem crédito

De acordo com o gerente de Ne-gócios do Banco do Brasil, Romeu Schiavon, o banco é um dos parcei-ros do governo federal no Programa Crescer, tendo como objetivo forta-lecer as atividades produtivas de-senvolvidas por microempreende-dores individuais e microempresas com faturamento bruto anual até R$ 120 mil. Além disso, o BB con-tribui com a orientação para o cré-dito, por meio do Programa Jovem Aprendiz, que contrata jovens entre 18 e 22 anos incompletos para exer-cerem a função de agentes de mi-crocrédito. Para obter informações

sobre crédito, o cliente pode entrar em contato com o Banco do Brasil pelos telefones 4004 0001(capitais) e 0800 729 0001.

Segundo a gerente de Microfinan-ças da Agência de Fomento do Es-tado da Bahia (Desenbahia), Márcia Fonseca, a Desenbahia disponibiliza microcrédito produtivo e orientado para o MEI – com limite de até R$ 10 mil por operação e nível de partici-pação de até 100% sobre a necessi-dade de recursos, mediante o Cre-diBahia – Programa de Microcrédito do Estado da Bahia, estruturado em parceria com o Sebrae, Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Es-porte (Setre) e as prefeituras. O De-senbahia disponibiliza informações pelo telefone 0800 285 1626.

Para informações sobre linhas de crédito da Caixa, o cliente deve ligar 0800 726 0505.

O Microcrédito Produtivo Orien-tado Bradesco apoia os pequenos negócios e os grandes sonhos dos empreendedores. Com ele, os em-presários podem adquirir bens e equipamentos, fazer pequenas re-formas e ampliações ou utilizar como capital de giro. Para saber mais, o interessado deve procurar uma agência Bradesco ou acessar o site da instituição (bradesco.com.br) e selecionar Empréstimos e Finan-ciamentos/Microcrédito Produtivo Orientado.

O assessor de crédito do Banco do Nordeste, Raul Zumaeta, explicou que existem duas linhas indicadas para o MEI: uma de investimento, justamente para compra de equi-pamentos, reformas e ampliação de

SEBRAE BAHIA 27

espaços, e outra para capital de giro. As taxas giram em torno de 0,66% a 1,2% ao mês, e o valor obtido pode ser de até R$ 15 mil. Para a linha de investimento, não há incidência do

Imposto Sobre Operações de Crédi-to. O banco foi o primeiro no país a oferecer as linhas especiais. Primei-ro, para os projetos urbanos (Cre-diamigo), linha criada em 1993. Já

os projetos rurais (Agroamigo) pas-saram a ser atendidos em 2005. Ao ligar para o telefone 0800 728 3030, o cliente recebe informações sobre crédito no Banco do Nordeste.

Passo a passo para obtenção de empréstimo

Antes de ir a uma instituição financeira, deve-se primeiro:

• Calcular gastos com investimentos fixos e com capital de giro;

• Elaborar estudo de viabilidade econômica do negócio;

• Analisar o saldo restante para identificar necessidade real de financiamento;

• Identificar onde será investido o recurso;

• Definir o montante de recursos de que a empresa necessita;

• Dimensionar corretamente o capital de giro. Dinheiro parado é prejuízo!

Dicas

• Procurar o seu banco de relacionamento e conhecer as possibilidades de financiamento ou pesquisar no mercado

financeiro as ofertas que melhor irão atendê-lo a curto, médio e longo prazos. Observar as solicitações do banco

quando houver necessidade de garantia, aval, cadastro de avalistas.

• É preciso elaborar o plano de negócios que informará a viabilidade do projeto.

• Após esses procedimentos, a instituição financeira analisará o projeto e retornará informando a liberação ou restri-

ção ao financiamento.

• Priorize financiar máquinas e equipamentos, preservando recursos próprios para capital de giro. Nas linhas de finan-

ciamento para investimentos fixos, os limites são maiores, os custos são menores, os prazos de pagamento também

são maiores e as garantias são facilitadas.

• O Sebrae oferece consultoria que ajuda a decidir a linha de financiamento mais adequada e a programar o paga-

mento. Para agendar uma visita, o empresário deve entrar em contato por meio da Central de Relacionamento (0800

570 0800).

28 REVISTA CONExãO

EdUcaÇÃO EMPrEENdEdOra

Túlio, Luan, Waldemar e Bernardo, colegas de faculdade, fundaram a 4i Engenharia a partir de conhecimentos adquiridos no Começar Bem

Projeto Começar Bem abre portas para novos empresáriosLançado este ano, o projeto apresenta um portfólio de soluções e recursos que guiam empreendedores à formação de um novo negócio

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Qual o melhor caminho para colocar o sonho de ter o próprio negócio em prá-tica? O projeto Começar Bem oferece a resposta, através de um portfólio de soluções no formato de pales-tra, oficina, curso e outros recursos como cartilha, guia visual, aplicativo e vídeo. A ideia é munir os potenciais empresários com o máximo de co-nhecimentos acerca da área, levando orientação para pessoas que estão se preparando para abrir um negócio ou que já têm alguma experiência em trabalhar por conta própria.

O empreendedor, Túlio Cerviño, participou de um dos cursos que faz parte do Projeto Começar Bem, “Transforme sua ideia em modelo de negócios”, e assegura que a ação foi fundamental para abrir a 4i En-genharia, composta por ele e mais três colegas do curso de Engenha-ria Mecânica e do Grupo de Inova-ção Tecnológica da UFBA (GITEC), Luan Saldanha, Waldemar Medeiros e Bernardo Bastos. “O desafio nesse início é saber qual caminho seguir, como começar sem muito capital de giro, e a gente sabe que o Sebrae é a engrenagem que está movendo o empreendedorismo no país, apoian-do principalmente quem começa agora um negócio”, afirma Túlio.

O empreendedor conta que a pre-miação no Concurso Ideias Inovado-ras 2014, da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesb), que tem apoio do Sebrae, deu aos jovens a visibilidade e o ca-pital inicial necessários para abrir um negócio próprio. Nessa fase de recente formação da pessoa jurídi-ca, o curso deu a Túlio noções para planejar e visualizar as principais

funções de um negócio. “Embora já

conhecesse a ferramenta Canvas

(Quadro de Modelo de Negócios)

apresentada, o jovem relembra

que o diferencial estava no consul-

tor. “Ele não se limitou a explicar o

modelo, mas apresentou exemplos

práticos, indicou livros e mostrou

outras soluções do Sebrae que des-

conhecia”, diz Túlio.

Foi a partir do Começar Bem que

a educadora física, Amanda Gal Toc-

chio, pôde elaborar um modelo de

negócio viável para seu projeto de

um espaço cultural que envolve cir-

co, música, dança e leitura, no mu-

nicípio de Santo Antônio de Jesus.

“O curso “Transforme sua Ideia em

Modelo de Negócios” exemplifica de

uma forma muita clara o passo a

passo de cada etapa, como organi-

zar o público-alvo, as receitas e des-

pesas, as parcerias e o tipo de produ-

to do qual vamos trabalhar”, conta

a empreendedora, que pretende, aos

poucos, acrescentar mais informa-

ções ao plano feito.

A proposta de levar o lúdico aos

moradores da cidade e lucrar com

este sonho começa a sair do papel

e ganhar forma real. Amanda, que

mora em Santo Antônio de Jesus há

cerca de dois meses, está na fase de

busca por um local amplo e com

uma estrutura adequada. “Sei que

o negócio é rentável porque tive um

espaço em Poços de Caldas, minha

cidade de origem”, revela a jovem,

que, dessa vez, quer profissionali-

zar a atividade. O capital inicial da

empreendedora vem das aulas mi-

nistradas em uma academia e uma

clínica da cidade.

A gestora estadual do Começar

Bem, Viviane Brasil, relembra que

o participante das soluções do pro-

jeto tem vantagens, como o acesso

a informações, através de cursos,

palestras, oficinas e cartilhas e fer-

ramentas, capazes de auxiliar na

implantação e na gestão de novos

empreendimentos mais competi-

tivos e sustentáveis. “O potencial

empresário, com interesse em obter

informações sobre o Começar Bem,

pode se dirigir a um dos Pontos de

Atendimento do Sebrae, em toda a

Bahia”, acrescenta.

“O potencial empresário, com interesse em obter informações sobre o Começar Bem, pode se dirigir a um dos Pontos de Atendimento do Sebrae em toda a Bahia”

Viviane Brasil Gestora estadual do

Começar Bem

10 dicas para quem deseja empreender

e começar bem

1. Tenha atitude;

2. Desenvolva a ideia de negócio;

3. Defina o modelo de negócio;

4. Calcule as despesas da empresa;

5. Foque no bom atendimento;

6. Invista no planejamento;

7. Faça o plano de negócios;

8. Pesquise sobre o mercado;

9. Busque um financiamento;

10. Formalize sua empresa.

30 REVISTA CONExãO

EcONOMIaCRIATIVA

Casal de empresários, Gerson Marques e Dadá Galdino, guiam os turistas por trilhas e apresenta o plantio de cacau e o chocolate gourmet da região

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Turismo rural: nova vocação das fazendas de cacauFazenda Yrerê, que faz parte do projeto Indústria Setorial Ilhéus – Derivados de Cacau, complementa faturamento ao receber turistas e apresenta a história do Sul da Bahia

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Uma casinha amarela, no alto de uma colina, cercada por flores e paisagens preservadas da Mata Atlântica do Sul da Bahia. A sede da Fazenda Yrerê, participante do projeto Indústria Se-torial Ilhéus – Derivados de Cacau, integra o cenário acolhedor de uma típica propriedade produtora de ca-cau. As belezas naturais e a vocação agrícola servem de base para os ru-mos traçados pelo casal de empre-sários, Gerson Marques e Dadá Gal-dino, para o empreendimento.

A fazenda foi transformada em um ponto de visitação do turismo rural, na Rodovia Jorge Amado, que liga Ilhéus a Itabuna. Nos últimos quatro anos, o local recebeu mais de três mil turistas para conhecer o plantio de cacau, saborear o cho-colate gourmet da região, caminhar por trilhas na mata e ver, de perto, a realidade que inspirou a ficção do escritor Jorge Amado.

Em pesquisa inédita, com base em dados dos ministérios do Turismo e Desenvolvimento Agrário, o Sebrae traçou o perfil do Turismo Rural no Brasil, mapeando 122 propriedades em todas as regiões. Entre os dados do estudo ‘Retrato do Turismo Ru-ral no Brasil com foco nos Pequenos Negócios’, destaca-se que 61% dos empreendimentos oferecem visitas às áreas das propriedades e aos es-paços de produção com a integração do visitante ao cotidiano, 39% possi-bilitam que o visitante participe das colheitas, 38% incluem a degustação da produção no pacote turístico e 32% fazem passeios em trilhas. Em 67,2% dos empreendimentos, a ren-da do turismo ainda é complementar ao faturamento da propriedade nas atividades do agronegócio, e esta é,

também, uma atividade eminente-mente familiar (88,1% dos casos).

“O segmento turístico rural tem potencial para ser um negócio mui-to lucrativo, agregando novos valores às fazendas de cacau”, afirma Gerson Marques. “O casal de empresários co-nhece bem esse potencial e vivencia a parceria com o Sebrae de forma criativa, no projeto Indústria Setorial Ilhéus – Derivados de Cacau”, explica o gestor, Eduardo Andrade.

Reconhecida pelo Ministério do Tu-rismo e pela Empresa Brasileira do Turismo (Embratur) como uma das fazendas de referência para turis-mo rural no Brasil, a Fazenda Yrerê sediou, no ano passado, a I Feira de Flores e Chocolate do Sul da Bahia, com a proposta de oferecer aos em-preendedores a oportunidade de re-alizar negócios e promoções de seus produtos em um ambiente de va-lor paisagístico e cultural. O evento mostrou experiências de sucesso no campo e serviu de vitrine para agri-cultores familiares da região.

Desafio do negócio rentável

Apesar do sucesso do negócio, as fazendas dedicadas ao turismo ru-ral ainda não conseguem competir com a força do apelo turístico das belas praias da região, cenário que é o principal atrativo para os turistas. “A principal marca da nossa econo-mia é o cacau, mas menos de 2% dos turistas que ocupam a rede hotelei-ra de Ilhéus fazem turismo rural”, revela Gerson Marques.

Para mudar essa realidade, em-presários do setor e técnicos do Se-brae, além de representantes dos go-

vernos de municípios como Ilhéus,

Canavieiras, Una e Ibirataia, estão

discutindo as ações de uma estraté-

gia que já está sendo montada pelo

Sebrae para revitalizar o setor. “De-

senvolver equipamentos turísticos

vinculados ao turismo rural pode

ser o grande salto qualitativo que

permitirá a ampliação da competiti-

vidade da Costa do Cacau”, assegura

a gerente regional do Sebrae, Clau-

diana Figueiredo. Ela explica que

a meta é transformar o que hoje é

apenas um grande potencial em um

negócio rentável de fato.

Turismo Rural

A conceituação usada pelo Minis-

tério do Turismo define o setor como

o “conjunto das atividades turísticas

desenvolvidas no meio rural, com-

prometidas com a produção agrope-

cuária, agregando valor a produtos

e serviços, resgatando e promoven-

do o patrimônio cultural e natural

da comunidade”. Entre os atrativos,

estão as paisagens, a gastronomia, o

artesanato, as atividades equestres

e de pesca, os esportes de aventu-

ra, folclore, tradições religiosas e o

patrimônio histórico, como casarios

coloniais.

Projeto Derivados de Cacau beneficia empresas do sul da Bahia

O projeto do Sebrae Indústria Se-

torial Ilhéus – Derivados de Cacau

beneficia 40 micro e pequenas em-

presas do sul da Bahia com ações

subsidiadas em até 80% para supor-

32 REVISTA CONExãO

te de gestão, tecnologia e mercado. O projeto tem parceria do Instituto Cabruca, Instituto Arapyau, Fede-ração das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Associação Cacau Sul da Bahia, Sindicato Rural de Ilhéus,

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Federação da Agricul-tura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Convention Bureau e Asso-ciação de Turismo de Ilhéus. O em-presário interessado em participar

do projeto deve procurar o Ponto de Atendimento do Sebrae em Ilhéus (na Praça José Marcelino, nº 100, Centro) ou entrar em contato por meio da Central de Relacionamento 0800 570 0800.

O estudo “Retrato do Turismo Rural no Brasil com foco nos Pequenos Negócios” destaca que 61% dos empreendimentos oferecem visitas às áreas das propriedades e aos espaços de produção

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Aos 104 anos, Oscar Monteiro integra número de aposentados que investem no próprio negócio

Terceira idade: a hora de empreenderCom qualificação e busca por conhecimento, empresários apostam na terceira idade como bom momento para empreender. Na Bahia, 18% dos microempreendedores individuais têm mais de 50 anos

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Depois de uma longa vida de ativida-des intensas como tropeiro e comer-ciante, a calmaria da aposentadoria não foi suficiente para satisfazer Os-car Monteiro da Mota. Aos 104 anos, o morador da pacata comunida-de de Itupeva, distrito de Medeiros Neto, no extremo sul da Bahia, de-cidiu voltar ao comércio e abrir um armazém.

“Fui dono de um pequeno merca-do por mais de 40 anos, ficar parado para mim foi insuportável. Preciso do contato com as pessoas, adoro o comércio”, conta seu Oscar, como é conhecido pelos seus clientes. A decisão de abrir as portas da Casa Monteiro veio junto com a iniciativa de procurar o Sebrae para se forma-lizar como microempreendedor in-dividual (MEI). “Fiquei sabendo, atra-vés de alguns moradores de Itupeva, que poderia me formalizar sem gas-tar muito dinheiro e com mais rapi-dez, aí não pensei muito e fui a Tei-xeira de Freitas, no Sebrae. De lá, já saí com minha empresa aberta.”

Nos Pontos de Atendimento do Sebrae, o microempreendedor in-dividual conta com atendimento especializado. Além disso, os técni-cos da instituição auxiliam no pro-cesso de formalização, por meio do Portal do Empreendedor. O poten-cial empresário consegue abrir sua empresa em menos de 20 minutos, tendo em mãos RG, CPF, título de eleitor, número do recibo da entrega da declaração de Imposto de Renda e comprovante de endereço comer-cial/residencial. Os técnicos tam-bém dão orientações sobre como manter a empresa em dia. “Nem preciso de contador, organizo aqui mesmo e, quando tenho dúvida, vou

ao Sebrae. Lá eles me explicam tudo

direitinho”, disse Oscar.

O aposentado não está sozinho.

Na Bahia, de acordo com dados do

Portal do Empreendedor, dos mais

de 318,5 mil microempreendedores

individuais formalizados, aproxima-

damente 18% têm mais de 50 anos.

São mais de 12,4 mil com idade aci-

ma de 60 anos, dos quais 1,8 mil já

passaram dos 70, número do qual

seu Oscar faz parte.

Para o gerente regional do Sebrae,

Alex Brito, o comerciante de Itupeva

é um exemplo de empreendedoris-

mo. “Seu Oscar se destaca em mui-

tos comportamentos empreendedo-

res e é muito satisfatório perceber a

exigência dele com a regularização

da empresa. O cuidado que ele tem

com o negócio é, sem dúvidas, o se-

gredo do sucesso dele.”

Nova função na aposentadoria

Assim como Oscar, outros baia-

nos encontraram na aposenta-

doria uma oportunidade de reco-

meçar a vida profissional, mesmo

em uma área completamente di-

ferente da qual faziam parte até

então. Mas para isso, é preciso ter

cuidados especiais e investir em

capacitação. No Sebrae, o micro-

empreendedor individual pode se

inscrever gratuitamente nas Ofici-

nas SEI, que ensinam a planejar,

administrar, comprar, vender, en-

tre outros aspectos essenciais do

negócio.

Segundo a técnica da Unidade de

Atendimento Individual do Sebrae

Bahia, Simone Patrícia Bonavides,

o empreendedor da terceira idade

deve ter a mesma cautela que todo

empreendedor. “É preciso gostar do

que faz, conhecer a atividade de

atuação, avaliar o mercado e fazer

o planejamento do negócio antes

da sua abertura.”

Quando deixou de trabalhar no Polo Petroquímico de Camaçari, Yeda Mattos, de 75 anos, abriu a Kriart, empresa especializada na técnica de patchwork

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Foi esse o caminho trilhado por Yeda Mattos, de 75 anos. Em meio aos panos de prato, almofadas e passadeiras criados pela artesã com a técnica de patchwork, que une pedaços de diversos tecidos por meio da costura para formar desenhos, é difícil acreditar que Yeda sequer se arriscava a colocar uma linha na agulha quando dei-xou de trabalhar no Polo Petroquí-mico de Camaçari, aos 50 anos. “Eu fazia bainha em calça usando es-paradrapo”, lembra a aposentada, em meio aos risos.

Decidida a não ficar apenas em casa descansando, Yeda buscou, na época, o Instituto Mauá, onde fez di-versos cursos, até descobrir que se identificava com a técnica do tear. Ela decidiu se aprofundar no as-sunto. “Fui para Minas Gerais fazer

cursos em diversos ateliês de tece-lagem. Mas, em 2006, caí e precisei operar o joelho. Então fui proibida de usar o tear.”

O incidente, no entanto, não foi capaz de parar a empreendedora. Foi nesse momento que ela conhe-ceu o patchwork, com o qual cria os produtos da Kriart, sua marca, desenvolvida pelo marido, tam-bém aposentado. Yeda procurou o Sebrae, passando por uma série de capacitações, e aprendeu a gerir o negócio e a precificar os seus pro-dutos, que hoje são vendidos por preços que variam de R$ 5 a R$ 250. A artesã também buscou, por con-ta própria, fazer cursos específicos sobre a técnica em São Paulo, para onde viaja uma vez por ano, para se manter atualizada e conhecer no-vos tecidos.

A mais recente empreitada de Yeda foi participar, em maio, da VIII Rodada de Negócio de Artesanato da Bahia, que reuniu compradores de todo o Brasil e artesãos baianos. O evento é realizado pelo Sebrae com o apoio da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) do Governo da Bahia.

Apesar de já receber a aposenta-doria, um dos benefícios garantidos por quem adere à formalização, Yeda garante que outros fizeram a diferença no seu negócio desde que se tornou MEI, há dois anos. A artesã não consegue conter a emo-ção ao lembrar das mudanças vivi-das no período. “A formalização me deu dignidade. Pude passar a entrar numa loja, procurar pela dona e po-der me apresentar como empresá-ria, ter CNPJ e nota fiscal.”

Vantagens do MEI na aposentadoria

• Complementação da renda

• Oportunidade de fazer o que gosta

• Manter a juventude e a produtividade, fazendo parte do desenvolvimento do país

Como se preparar para uma nova função

O Sebrae oferece o programa Começar Bem, no qual auxilia potenciais empreendedores e empresários a ava-

liar a viabilidade do negócio, desde a ideia inicial, passando por um plano de negócio até a gestão e a formaliza-

ção da empresa. O empreendedor pode buscar mais informações pessoalmente nos Postos de Atendimento do

Sebrae, ou ainda consultar a programação de cursos e palestras e realizar inscrições através do telefone 0800

570 0800 ou pelo site www.ba.sebrae.com.br.

36 REVISTA CONExãO

Um pequeno passo em direção a um grande sonho. Dessa forma come-çam muitos negócios de sucesso, de forma tímida, para depois to-mar rumos desafiadores. Foi assim com os irmãos Antônio Luís e José Luís da Fonseca Filho, que há dois anos, abriram uma academia de ginástica na garagem de casa, no bairro do Jardim Savóia, zona Nor-te de Ilhéus. A microempresa fa-miliar do ramo de Educação Física almejava atender à demanda do próprio bairro, um dos mais popu-losos do município e próximo ao distrito industrial local.

“A gente não sabia quanto ga-nhava, misturava o dinheiro pes-soal com o da empresa”, afirma José Luís. Visitados por um agente de orientação empresarial, do pro-grama Negócio a Negócio, do Se-brae, os irmãos aprenderam que, além de resolver essa demanda, a empresa deveria avançar não só para garantir maiores lucros, mas

sua própria sobrevivência no mer-cado. Eles passaram a integrar o programa, em 2014, e viram au-mentar em 40% o faturamento da empresa.

Hoje, a academia “Cápsula da Saúde” está na segunda etapa do programa Negócio a Negócio e já funciona em novo endereço. Dei-xou a garagem para trás e seguiu em frente como um Centro de Treinamento Individualizado, em amplo espaço, na Rua Rotary, bair-ro Cidade Nova, mais próxima ao centro da cidade.

Programa oferece diagnósticos e orientações gratuitas

Gratuito, o programa de orienta-ção empresarial Negócio a Negócio oferece diagnósticos e orientações para microempreendedores indi-viduais e microempresa. Iniciado

no segundo semestre de 2009, hoje é um dos instrumentos mais im-portantes do Sebrae para o atendi-mento presencial. No sul da Bahia, a ação atende a 3,4 mil empreendi-mentos. Outras informações sobre o programa podem ser obtidas nos Pontos de Atendimento do Sebrae em toda a Bahia ou pela Central de Relacionamento 0800 570 0800.

Academia aumenta 40% do faturamentoEmpreendimento foi orientado pelo Programa Negócio a Negócio

Da garagem de casa, o negócio dos irmãos Antônio Luís e José

Luís da Fonseca Filho avança para Centro de Treinamento

Individualizado

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Sebrae perto de vocêO Sebrae Bahia possui 31 Pontos de Atendimento, distribuídos em 10 Unidades Regionais, oferecendo aos empresários das micro e pequenas empresas informação, orientação, capacitação, apoio e soluções através de consultoria em gestão, acesso ao crédito e ao mercado, tecnologia e inovação.

O Ponto de Atendimento do Sebrae em Santo Antônio de Jesus fica localizado na Av. Governador Roberto Santos, 31, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Sebrae perto de você. Foto: João Alvarez.

Pontos de Atendimento na Bahia

Unidade Regional 01 – Salvador / MercêsCentro de Atendimento ao EmpreendedorAv. Sete de Setembro, 261 – Mercês. CEP 40060-000. Tel.: (71) 3320-4526

Salvador / Boca do Rio - SAC EmpresarialAv. Otávio Mangabeira, 6929, Multishop – Boca do Rio. CEP 41706-690. Tel.: (71) 3281-4154

Salvador / ItapagipeRua Direta do Uruguai, 753, Bahia OutletCenter, Lojas 134/135 – Uruguai. CEP 40454-260. Tel.: (71) 3312-0151

Salvador / LiberdadeEstrada da Liberdade, 26, Lojas 13 e 26 – Liberdade. CEP 40375-016. Tel.: (71) 3241-8126

AlagoinhasRua Rodrigues Lima, 126-A – Centro. CEP 48010-040. Tel.: (75) 3422-1888

CamaçariRua do Migrante, s/nº – Centro. CEDAP – Casa do Trabalho. CEP 42800-000. Tel.: (71) 3622-7332

Lauro de FreitasLot. Varandas Tropicais, nº 279, Q. 3,Lote 16, Rua A, Galpão 01 – Pitangueiras. CEP 42700-000. Tel.: (71) 3378-9836

Unidade Regional 02 – BarreirasAv. Benedita Silveira, 132, Ed. Portinari, Térreo – Centro. CEP 47804-000. Tels.: (77) 3611-3013/4574

Unidade Regional 03 – Feira de SantanaRua Barão do Rio Branco, 1225 – Centro. CEP 44149-999. Tel.: (75) 3221-2153

Euclides da CunhaRua Oliveira Brito, 404 – Centro. CEP 48500-000. Tel.: (75) 3271-2010

IpiráPraça Roberto Cintra, 400-A – Centro. CEP 44600-000. Tel.: (75) 3254-1239

ItaberabaRua Rubens Ribeiro, 253,Ed. Tropical Center, salas 22/23 – Centro. CEP 46880-000. Tel.: (75) 3251-1023

Unidade Regional 04 – IlhéusPraça José Marcelino, 100, Térreo – Centro. CEP 45653-030. Tel.: (73) 3634-4068

ItabunaRua Paulino Vieira, 175, Ed. Lizete Mendonça - Centro.CEP 45600-171. Tel.: (73) 3613-9734

Unidade Regional 05 – JacobinaRua Senador Pedro Lago, 100, salas 01 e 02 – Centro. CEP 44700-000. Tel.: (74) 3621-4342

Senhor do BonfimRua Benjamin Constant, 12 – Centro. CEP 48970-000. Tel.: (74) 3541-3046

Unidade Regional 06 – JuazeiroPraça Dr. José Inácio da Silva, 15 – Centro. CEP 48903-430. Tel.: (74) 3612-0827

Paulo AfonsoRua São Francisco, 233 – CentroCEP: 48601-270. Tel.: (75) 3281-4333 / 4223

Unidade Regional 07 – Santo Antônio de JesusAv. Governador Roberto Santos, 31 – Centro. CEP 44572-000. Tel.: (75) 3631-3949

ValençaRua Barão de Jequiriçá, 297, Galeria Central, Centro. CEP 45400-000. Tel.: (75) 3641-3293

Unidade Regional 08 – IrecêRua Coronel Terêncio Dourado, 161 – Centro. CEP 44900-000. Tel.: (74) 3641-4206

SeabraRua Horácio de Matos, 25, salas 01 e 02 – Centro. CEP 46900-000. Tel.: (75) 3331-2368

Unidade Regional 09 – Teixeira de FreitasAv. Presidente Getúlio Vargas, 3986 – Centro. CEP 45995-002.Tels.: (73) 3291-4333/4777

EunápolisRua 5 de Novembro, 66, Térreo – Centro. CEP 45820-041. Tel.: (73) 3281-1782

Porto SeguroPraça ACM, 55 – Centro. CEP 45810-000. Tel.: (73) 3288-1564

Unidade Regional 10 - Vitória da ConquistaRua Coronel Gugé, 221 – Centro. CEP 45000-510. Tel.: (77) 3424-1600

BrumadoRua Marechal Deodoro da Fonseca, 89, Térreo – Centro. CEP 46100-000. Tels.: (77) 3441-3699/3543

GuanambiAv. Barão do Rio Branco, 292 – Centro. CEP 46430-000. Tel.: (77) 3451-4557

IpiaúPraça João Carlos Hohllenwerger, 39 – Centro. CEP 45570-000. Tels.: (73) 3531-6849/5696

ItapetingaAv. Itarantim, 178 – Centro. CEP 45700-000. Tel.: (77) 3261-3509

JequiéRua Felix Gaspar, 20 – Centro. CEP 45200-350. Tels.: (73) 3525-3552/3553

Atendimento a distância 0800 570 0800 Segunda a sexta-feira das 8h às 20h

Sede do Sebrae BahiaR. Horácio César, 64, Dois de Julho Salvador – Bahia. CEP: 40060-350. Tel. (71) 3320.4301.

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Mulher, empresária,microempreendedora individual, vencedora.

As mulheres estão ganhando cada

vez mais destaque no mundo

dos negócios, e já representam

48% dos microempreendedores

individuais da Bahia. Se você faz

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