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Rio+20: trabalhadores exigem responsabilidade com o planeta REDE Emersom precariza na Vivo Antes de assumir o contrato com a Vivo para substituir a Hauwei na manutenção dos serviços de rede nas suas tor- res, a Emerson, multinacional americana, garantiu que absor- veria todos os trabalhadores da Huawei, manteria salários e benefícios e não precarizaria. Mas não cumpriu com o pro- metido. Não absorveu todos os empregados e, de acordo com inúmeras denúncias, vem preca- rizando moradia e as condições de trabalho dos empregados. Pro- curada pelo Sindicato, a empresa não atende nem dá retorno. Dirigentes do Sinttel entra- ram em contato com o Setor de Recursos Humanos da Vivo por diversas vezes sem nenhuma solução. No último contato da diretora Virgínia Berriel, o RH informou que a Emersom vai seguir o Acordo dos Metalúrgi- cos, ignorando que presta ser- viços de telecomunicações e seus empregados, terceirizados ou não, são representados pelos Sinttel e pela Fenattel. A Vivo se omite, mas, lem- bramos, quando recorrermos à Justiça contra os abusos da Emersom ela também será res- ponsabilizada. Além do Rio de Janeiro e do Espírito Santo a Emerson presta serviços para a Vivo na manutenção de suas torres em toda região Norte. MPI NOKIA No dia 5, o Sindicato esteve reunido com os trabalhadores da Manutenção de Planta Inter- na (MPI) da Nokia, no prédio da Oi na Cidade Nova para dar informes sobre a negociação nacional. A proposta das em- presas é de pagar o INPC acu- mulado de fev/11 a mar/12 (6,23%) mais um ganho real de 1%. O Sinttel-Rio, no entanto, só levará a proposta à assem- bleia após o acerto de várias pendências do Acordo em vigor. Conforme denúncias, a esca- la de serviço não tem convoca- ção prévia. Quem trabalha no final de semana não tem com- pensação e quanto dão folga é de um dia. Há casos em que na véspera da folga o trabalhador é convocado para trabalhar e, mesmo antes dele contestar, é ameaçado com punição. O Sin- dicato cobrou uma reunião em caráter de urgência, mas até o fechamento desta edição a reu- nião não havia sido marcada. Sindicalista é reintegrado A Embratel finalmente deu a mão à palmatória e no dia 1º rein- tegrou aos quadros da empresa, em Cuiabá, o companheiro Antô- nio José Mendes Neto, 57 anos, dirigente do Sinttel-MT e mem- bro da Comissão Nacional de Ne- gociação. Antonio foi demitido em fevereiro, sem justa causa, numa retaliação da empresa à sua ação sindical. Aos 57 anos de idade, 32 deles dedicados à Embratel onde en- trou por concurso público em 1980, Antonio tornou-se contador e ao ser demitido estava lotado na dire- toria financeira. Depois da demis- são, ele entrou com ação na Jus- tiça cobrando a reintegração, mas em negociação a Embratel se antecipou e resolveu reintegrá-lo. No dia 27, quando será realizada a primeira reunião trimestral para discutir acertos no Acordo, Anto- nio voltará a representar os traba- lhadores de Mato Grosso. Veja matéria sobre condições de trabalho na Embratel no nos- so Portal (www.sinttelrio.org.br). A Assembleia, que termina hoje, dia 13, integra as atividades paralelas à Rio+20 e foi organizada pela Sustainlabour. Ao abrir o primeiro painel, com o tema “Perspecti- vas regionais para o desenvolvimento sus- tentável” , Laura Martin Murillo destacou que nesses vinte anos depois da Eco 92 houve poucos avanços em relação à situa- ção ambiental e a maior parte dos governos é incapaz de evitar que esse cenário se agrave. Hoje, lembrou Laura, metade da população do planeta vive com menos de 2 dólares (cerca de 4 reais) por dia. O painel fez um balanço da situação dos trabalhadores em todo o mundo, a partir da visão de cada continente. Pelas Américas, falou Victor Baez, secretário geral da CSA; pela África, Kwasi Adu Amankwua, secretário geral da CSI Áfri- ca; pela Ásia, Ching Chabo, da CSI Ásia Pacífico; e pela Europa, Bernadette Sé- gol, secretária geral da CES. Victor Baez conclamou o movimento sindical a ir às ruas lutar pelas reivindica- ções dos trabalhadores. Para ele, não há como falar em empresas sustentáveis quan- do o setor financeiro e as grandes corpora- ções tornam o mundo insustentável. Victor defendeu que os ricos do planeta sejam obrigados a assumir a responsabilidade de pagar impostos – “eles é que devem pagar para sairmos da crise” – acrescentando que o desenvolvimento sustentável só será viabilizado com a distribuição da riqueza, com a transferência de renda dos mais ricos para tirar os mais pobres da miséria. IMPOSTOS PARA OS RICOS Como parte dessa campanha de comba- te à financeirização do planeta, ele convo- cou todos os presentes a participarem de um grande ato público no dia 19, às 13h, em frente à Caixa Econômica da Av. Almiran- te Barroso. Será o ato dos trabalhadores de todo o mundo pela implantação da Taxa Internacional por Transação Financeira, obrigando os ricos a pagar impostos. A plataforma dos trabalhadores das Américas para o desenvolvimento susten- tável, disse ainda Victor, se fundamenta em quatro eixos: ecológico (com a preser- vação da diversidade dos ecossistemas); social (acesso aos bens naturais e justa distribuição dos bens ambientais); econô- mico (redefinir a atividade econômica, substituindo por um modelo de produção local e diversificado, produzir o mais perto possível); e político (garantir a participação Reunidos desde segunda-feira, dia 11, no Hotel Guanabara, centro do Rio, cerca de 500 representantes de entidades sindicais de todo o mundo participam da Assembleia Sindical Mundial sobre Trabalho e Meio Ambiente, debatendo propostas dos trabalhadores para a construção de outro modelo de desenvolvimento que contemple as questões econômicas, sociais e ambientais. política da sociedade na tomada de deci- sões). Ele defendeu o fortalecimento do papel do Estado na criação de empregos formais e na geração de renda dos trabalha- dores; a luta pela liberdade sindical e a contratação coletiva. Segundo ele, apenas três países em toda a América Latina tem hoje Contrato Coletivo de Trabalho: Brasil, Argentina e Uruguai. E ao falar sobre o conceito de Economia Verde que hoje marca os debates na Rio +20, colocou o dedo na ferida – “empresa verde está diretamente relacionada com trabalho decente. Não há empresa verde sem trabalho decente.” ÁFRICA MARGINALIZADA Se a situação é difícil nas Américas, na África é catastrófica. Kwasi Adu Amankwa listou os quatro principais desafios do con- tinente: paz e segurança; governança; so- ciais e políticos. Apesar de suas riquezas naturais, a África segue sendo o continente mais pobre do mundo. Metade da popula- ção vive na miséria, há enormes conflitos sociais, desemprego, fome, alto índice de corrupção, infraestrutura precária e pou- cos investimentos. Kwasi mostrou que os conflitos destro- em a infraestrutura e diminuem a capaci- dade de desenvolvimento do Estado e de atingir os Objetivos do Milênio. A falta de democracia e de transparência resulta no uso inadequado dos recursos naturais. A miséria força as famílias a usar os recursos naturais de forma não sustentável. Por isso mesmo, uma das reivindicações dos traba- lhadores africanos é de que a governança seja incluída como o 4º pilar da Rio +20. Ele denunciou, mais uma vez, a falta de investimentos no continente e os subsídios concedidos pelos países ricos às suas pró- prias empresas. “A África é marginalizada no cenário mundial”, protestou, destacan- do que as condições de trabalho são precá- rias em todo o continente. 83 MILHÕES DE DESEMPREGADOS Com quase metade da população do planeta, o grande desafio da Ásia é desen- volver o mercado doméstico, disse a repre- sentante da CSI Ásia Pacífico, Ching Cha- bo. Apesar dos países apresentarem altos índices de crescimento econômico, supe- riores a 7%, o continente tem hoje 83 mi- lhões de desempregados e de 60% a 80% de trabalhadores informais. Na China, o crescimento econômico não é acompa- nhado de inclusão social e embora o núme- ro de milionários venha aumentando, a esmagadora maioria da população vive mal. De acordo com Ching, o mercado doméstico não se sustenta e o país depende das exportações para a Europa e Estados Unidos. Ela diz que há um potencial muito grande para aumentar o consumo domés- tico, mas isso não será feito sem aumento dos salários. No continente, a estratégia do movimen- to sindical é fortalecer os sindicatos, au- mentar a taxa de sindicalização, investir na educação dos trabalhadores e incentivar o engajamento nas campanhas salariais. Segundo ela, a expectativa é que se crie de 15 a 60 milhões de empregos verdes nos próximos vinte anos. RESSOCIALIZAÇÃO DA EUROPA Bernadette Ségol, da CES, criticou dura- mente as reformas implantadas na União Europeia que colocaram em perigo o mo- delo de bem-estar social construído há 50 anos “e do qual nos orgulhamos”, disse ela. “Os planos fracassaram econômica e so- cialmente. São reformas que retiram a proteção social dos trabalhadores, redu- zem salários, reformas impostas e não negociadas”. Para ela, a Europa precisa hoje de um Plano Marshall, alertando que a solidariedade econômica entre os países é a única saída para a crise. Ela criticou o fato de que os conceitos de desenvolvimento sustentável e economia verde não estão focados na dimensão soci- al. “Precisamos de menos palavras e mais ação. O modelo de produção e consumo é linear, quando a crise atual tem múltiplas faces”. Bernadette informou que a CES aprovou como sua principal reivindicação a adoção do Contrato Social para a Europa. “Ressocializar a Europa é o nosso objeti- vo”, disse ela. SOCORRO ANDRADE ROSA LEAL Dia 15 Interativa on line Leia no nosso portal www.sinttelrio.org.br Tendas da Cúpula dos Povos, no Aterro Diretoras Vânia e Keila, na assembleia sindical mundial

Jornal do Sinttel-Rio Ediçção nº 1319

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Rio+20: trabalhadores exigem responsabilidade com o planeta

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Page 1: Jornal do Sinttel-Rio Ediçção nº 1319

Rio+20: trabalhadores exigemresponsabilidade com o planeta

REDE

Emersomprecarizana Vivo

Antes de assumir o contratocom a Vivo para substituir aHauwei na manutenção dosserviços de rede nas suas tor-res, a Emerson, multinacionalamericana, garantiu que absor-veria todos os trabalhadores daHuawei, manteria salários ebenefícios e não precarizaria.

Mas não cumpriu com o pro-metido. Não absorveu todos osempregados e, de acordo cominúmeras denúncias, vem preca-rizando moradia e as condiçõesde trabalho dos empregados. Pro-curada pelo Sindicato, a empresanão atende nem dá retorno.

Dirigentes do Sinttel entra-ram em contato com o Setor deRecursos Humanos da Vivo pordiversas vezes sem nenhumasolução. No último contato dadiretora Virgínia Berriel, o RHinformou que a Emersom vaiseguir o Acordo dos Metalúrgi-cos, ignorando que presta ser-viços de telecomunicações eseus empregados, terceirizadosou não, são representados pelosSinttel e pela Fenattel.

A Vivo se omite, mas, lem-bramos, quando recorrermos àJustiça contra os abusos daEmersom ela também será res-ponsabilizada. Além do Rio deJaneiro e do Espírito Santo aEmerson presta serviços para aVivo na manutenção de suastorres em toda região Norte.

MPI NOKIANo dia 5, o Sindicato esteve

reunido com os trabalhadoresda Manutenção de Planta Inter-na (MPI) da Nokia, no prédio daOi na Cidade Nova para darinformes sobre a negociaçãonacional. A proposta das em-presas é de pagar o INPC acu-mulado de fev/11 a mar/12(6,23%) mais um ganho real de1%. O Sinttel-Rio, no entanto,só levará a proposta à assem-bleia após o acerto de váriaspendências do Acordo em vigor.

Conforme denúncias, a esca-la de serviço não tem convoca-ção prévia. Quem trabalha nofinal de semana não tem com-pensação e quanto dão folga éde um dia. Há casos em que navéspera da folga o trabalhadoré convocado para trabalhar e,mesmo antes dele contestar, éameaçado com punição. O Sin-dicato cobrou uma reunião emcaráter de urgência, mas até ofechamento desta edição a reu-nião não havia sido marcada.

Sindicalistaé reintegrado

A Embratel finalmente deu amão à palmatória e no dia 1º rein-

tegrou aos quadros da empresa,em Cuiabá, o companheiro Antô-nio José Mendes Neto, 57 anos,dirigente do Sinttel-MT e mem-bro da Comissão Nacional de Ne-gociação. Antonio foi demitidoem fevereiro, sem justa causa,numa retaliação da empresa à suaação sindical.

Aos 57 anos de idade, 32 delesdedicados à Embratel onde en-trou por concurso público em 1980,Antonio tornou-se contador e aoser demitido estava lotado na dire-toria financeira. Depois da demis-são, ele entrou com ação na Jus-tiça cobrando a reintegração, masem negociação a Embratel se

antecipou e resolveu reintegrá-lo.No dia 27, quando será realizadaa primeira reunião trimestral paradiscutir acertos no Acordo, Anto-nio voltará a representar os traba-lhadores de Mato Grosso.

Veja matéria sobre condiçõesde trabalho na Embratel no nos-so Portal (www.sinttelrio.org.br).

A Assembleia, que termina hoje, dia 13,integra as atividades paralelas à Rio+20 efoi organizada pela Sustainlabour. Ao abriro primeiro painel, com o tema “Perspecti-vas regionais para o desenvolvimento sus-tentável” , Laura Martin Murillo destacouque nesses vinte anos depois da Eco 92houve poucos avanços em relação à situa-ção ambiental e a maior parte dos governosé incapaz de evitar que esse cenário seagrave. Hoje, lembrou Laura, metade dapopulação do planeta vive com menos de2 dólares (cerca de 4 reais) por dia.

O painel fez um balanço da situaçãodos trabalhadores em todo o mundo, apartir da visão de cada continente. PelasAméricas, falou Victor Baez, secretáriogeral da CSA; pela África, Kwasi AduAmankwua, secretário geral da CSI Áfri-ca; pela Ásia, Ching Chabo, da CSI ÁsiaPacífico; e pela Europa, Bernadette Sé-gol, secretária geral da CES.

Victor Baez conclamou o movimentosindical a ir às ruas lutar pelas reivindica-ções dos trabalhadores. Para ele, não hácomo falar em empresas sustentáveis quan-do o setor financeiro e as grandes corpora-ções tornam o mundo insustentável. Victordefendeu que os ricos do planeta sejamobrigados a assumir a responsabilidade depagar impostos – “eles é que devem pagarpara sairmos da crise” – acrescentandoque o desenvolvimento sustentável só seráviabilizado com a distribuição da riqueza,com a transferência de renda dos maisricos para tirar os mais pobres da miséria.

IMPOSTOS PARA OS RICOSComo parte dessa campanha de comba-

te à financeirização do planeta, ele convo-cou todos os presentes a participarem deum grande ato público no dia 19, às 13h, emfrente à Caixa Econômica da Av. Almiran-te Barroso. Será o ato dos trabalhadores detodo o mundo pela implantação da TaxaInternacional por Transação Financeira,obrigando os ricos a pagar impostos.

A plataforma dos trabalhadores dasAméricas para o desenvolvimento susten-tável, disse ainda Victor, se fundamentaem quatro eixos: ecológico (com a preser-vação da diversidade dos ecossistemas);social (acesso aos bens naturais e justadistribuição dos bens ambientais); econô-mico (redefinir a atividade econômica,substituindo por um modelo de produçãolocal e diversificado, produzir o mais pertopossível); e político (garantir a participação

Reunidos desde segunda-feira, dia 11, no Hotel

Guanabara, centro do Rio, cerca de 500 representantes de

entidades sindicais de todo o mundo participam da

Assembleia Sindical Mundial sobre Trabalho e Meio

Ambiente, debatendo propostas dos trabalhadores para a

construção de outro modelo de desenvolvimento que

contemple as questões econômicas, sociais e ambientais.

política da sociedade na tomada de deci-sões). Ele defendeu o fortalecimento dopapel do Estado na criação de empregosformais e na geração de renda dos trabalha-dores; a luta pela liberdade sindical e acontratação coletiva. Segundo ele, apenastrês países em toda a América Latina temhoje Contrato Coletivo de Trabalho: Brasil,Argentina e Uruguai.

E ao falar sobre o conceito de EconomiaVerde que hoje marca os debates na Rio+20, colocou o dedo na ferida – “empresaverde está diretamente relacionada comtrabalho decente. Não há empresa verdesem trabalho decente.”

ÁFRICA MARGINALIZADASe a situação é difícil nas Américas, na

África é catastrófica. Kwasi Adu Amankwalistou os quatro principais desafios do con-tinente: paz e segurança; governança; so-ciais e políticos. Apesar de suas riquezasnaturais, a África segue sendo o continentemais pobre do mundo. Metade da popula-ção vive na miséria, há enormes conflitossociais, desemprego, fome, alto índice decorrupção, infraestrutura precária e pou-cos investimentos.

Kwasi mostrou que os conflitos destro-em a infraestrutura e diminuem a capaci-dade de desenvolvimento do Estado e deatingir os Objetivos do Milênio. A falta dedemocracia e de transparência resulta nouso inadequado dos recursos naturais. Amiséria força as famílias a usar os recursosnaturais de forma não sustentável. Por isso

mesmo, uma das reivindicações dos traba-lhadores africanos é de que a governançaseja incluída como o 4º pilar da Rio +20.

Ele denunciou, mais uma vez, a falta deinvestimentos no continente e os subsídiosconcedidos pelos países ricos às suas pró-prias empresas. “A África é marginalizadano cenário mundial”, protestou, destacan-do que as condições de trabalho são precá-rias em todo o continente.

83 MILHÕES DEDESEMPREGADOS

Com quase metade da população doplaneta, o grande desafio da Ásia é desen-volver o mercado doméstico, disse a repre-sentante da CSI Ásia Pacífico, Ching Cha-bo. Apesar dos países apresentarem altosíndices de crescimento econômico, supe-riores a 7%, o continente tem hoje 83 mi-lhões de desempregados e de 60% a 80%de trabalhadores informais. Na China, ocrescimento econômico não é acompa-

nhado de inclusão social e embora o núme-ro de milionários venha aumentando, aesmagadora maioria da população vivemal. De acordo com Ching, o mercadodoméstico não se sustenta e o país dependedas exportações para a Europa e EstadosUnidos. Ela diz que há um potencial muitogrande para aumentar o consumo domés-tico, mas isso não será feito sem aumentodos salários.

No continente, a estratégia do movimen-to sindical é fortalecer os sindicatos, au-mentar a taxa de sindicalização, investir naeducação dos trabalhadores e incentivar oengajamento nas campanhas salariais.Segundo ela, a expectativa é que se crie de15 a 60 milhões de empregos verdes nospróximos vinte anos.

RESSOCIALIZAÇÃO DAEUROPA

Bernadette Ségol, da CES, criticou dura-mente as reformas implantadas na UniãoEuropeia que colocaram em perigo o mo-delo de bem-estar social construído há 50anos “e do qual nos orgulhamos”, disse ela.“Os planos fracassaram econômica e so-cialmente. São reformas que retiram aproteção social dos trabalhadores, redu-zem salários, reformas impostas e nãonegociadas”. Para ela, a Europa precisahoje de um Plano Marshall, alertando quea solidariedade econômica entre os paísesé a única saída para a crise.

Ela criticou o fato de que os conceitos dedesenvolvimento sustentável e economiaverde não estão focados na dimensão soci-al. “Precisamos de menos palavras e maisação. O modelo de produção e consumo élinear, quando a crise atual tem múltiplasfaces”. Bernadette informou que a CESaprovou como sua principal reivindicaçãoa adoção do Contrato Social para a Europa.“Ressocializar a Europa é o nosso objeti-vo”, disse ela.

SOCORRO ANDRADE

ROSA LEAL

Dia 15 Interativa on lineLeia no nosso portal

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Tendas da Cúpula dos Povos, no Aterro

Diretoras Vânia e Keila, na assembleia sindical mundial

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bersot

humor no1.319

R. Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 - Fax Geral 2567-1589E-mail Geral [email protected] - Site http://www.sinttelrio.org.br

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EDIÇÃOSocorro Andrade Reg. 460 DRT/PB

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ILUSTRAÇÃOAlexandre Bersot www.alexandrebersot.com.br

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

ESTAGIÁRIACamila Palmares

IMPRESSÃOGráfica do SINTTEL-Rio:Jorge Motta Reg 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica)

Valdir Tedesco (impressor)

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Agasalhos paraPediatria do Gaffrèe

A Sociedade de Amigos da Pedia-tria do Hospital Universitário Ga-ffrèe e Guinle (Sape) está reeditandoa campanha de arrecadação de fun-dos para a aquisição de cobertorespara agasalhar as 129 crianças assis-tidas pelo hospital.

A expectativa do Sape é que, aexemplo dos anos anteriores, asdoações superem as expectativas.Por que o pedido de doações emdinheiro? Porque as peças são pa-dronizadas, de material antialér-gico, antimofo e facilmente lavá-vel para atender às condições es-peciais das crianças assistidas, quetêm baixa imunidade.

COMO DOAROs interessados em apoiar a cam-

panha podem depositar, no mínimo,uma cota de R$ 20,00 no Banco doBrasil, Ag. 0093-0 Conta Corrente41418-2, beneficiário- Sociedade dosAmigos da Pediatria do HUGG.

Quem apoiar a campanha recebe-rá um botton eletrônico em agradeci-mento desde que o voluntário confir-me a doação por e-mail [email protected] citando onúmero de cotas doadas, data, valore número do registro do depósito.

Mais informações ou esclareci-mentos pelo telefone 2568-0256 oupor e-mail [email protected]. Vocêtambém pode ajudar divulgando acampanha nas redes sociais.

Festa junina naColônia Graham Bell

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PÓS-ENSINO MÉDIOAs matrículas para os Cur-

sos Técnicos nas áreas deEletrônica estão abertas des-de o dia 01/06/2012. Os Cur-sos Técnicos oferecidos têmduração de um ano e meio esão ministrados no turno danoite, com aulas de 2ª a 6ª feirano horário das 18h45h às 22h.

Os documentos necessári-os para a matrícula são osseguintes (original e xerox):

- Carteira de Identidade;- CPF;- Título de Eleitor;- Certificado de Reservista- Certidão de nascimento ou

casamento;- Certificado de conclusão do

Ensino Médio;- Histórico Escolar do Ensino

Médio ou declaração de queestá cursando a 3ª série doEnsino Médio;

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Mais informações poderãoser obtidas na secretaria docolégio pelos telefones: 2567-0197 e 2204-9310.

A Vidax repetidamente atrasa o pa-gamento de salários e benefícios deparcela dos trabalhadores. A Claro,contratante da Vidax, embora venhasendo notificada pelo Sinttel de todasessas irregularidades, finge-se de mor-ta. Não fiscaliza nem pune a prestado-ra. O Sindicato adverte: a Claro é cor-responsável por esses trabalhadores eresponderá judicialmente pelas irregu-laridades da sua contratada.

Cobrada pelos atrasos, a Vidax temsempre uma desculpa. Para o não pa-gamento dos salários de um grupo detrabalhadores até ontem, 12, disse queo malote com a remessa voltou. Umabsurdo! O Sindicato cobra respeito daempresa, pois pagamento de salário

Claro fecha os olhos aos abusos da VidaxHá meses o Sindicato vive

um verdadeiro corpo a

corpo com a Vidax, empresa

de teleatendimento que no

Rio de Janeiro presta

serviços exclusivamente para

a Claro e conta com 2 mil

empregados. No país, são

mais de 20 mil

empregados, a maior parte

em São Paulo.

em dia é direito dos trabalhadores quetêm contas a pagar e compromissos ahonrar.

Para o Sindicato, a Vidax age de máfé, pois com esse tipo de ação impede,inclusive, a deflagração de uma greve,já que quem recebeu salário não vaiaderir ao movimento. Ontem, o Sindi-

O Sindicato exige o pagamento nafolha de junho do reajuste de saláriose benefícios, diferenças retroativase cumprimento da Convenção, casocontrário ingressará na Justiça comuma ação de cumprimento contra aCriativa e o Detran, este o grandeculpado por essa postura antissindi-cal da empresa.

A Criativa, ano após ano, só cum-pre a Convenção quando os traba-lhadores revoltados sem receber oreajuste de salários ameaçam parar.Ano passado eles chegaram a pararpor dois dias para ver seus direitosrespeitados. Enquanto todas as de-

mais empresas já cumprem a CCT/12 desde abril, a Criativa continuasem reajustar os salários.

Em maio, o Sindicato notificou aempresa da vigência da CCT/12. En-viou cópia da mesma já registrada noMinistério do Trabalho e exigiu a apli-cação imediata. Ao mesmo tempo,notificou o tomador de serviços, oDetran, órgão do governo estadual,que não tomou nenhuma atitude puni-tiva contra a Criativa.

Mas o desrespeito da empresa con-tra os trabalhadores e o Sindicato nãopara por aí:.Mesmo convidada a participar das

Criativa: Sinttel cobra pagamento imediato de reajuste Internáutica/Viacall nãonegocia PPR/11

A empresa participou de todas as roda-das de negociações da Convenção Coleti-va de Trabalho (CCT/2012) firmada entreo Sinttel e o Sinterj e já registrada noMinistério do Trabalho. Mesmo sabendoque a Convenção prevê a negociação doPrograma de Participação nos Lucros eResultados (PPR/11), não se mexeu e vemdescumprindo a convenção apesar dascobranças do Sindicato desde março. Em13 de abril o Sinttel-Rio notificou a empre-sa para que apresentasse a sua proposta dePPR/11, mas até agora nenhuma resposta.A saída será cobrar judicialmente.

negociações coletivas da CCT, não foia nenhuma.Não atende aos telefonemas doSindicato.Não responde às correspondênci-as da entidade.Foi notificada a apresentar pro-posta de PPR/11 dia 18 de abril e selixou.Não marca, e quando marca, nãocomparece ao Sindicato para homolo-gar as rescisões de contrato prejudi-cando os trabalhadores.Desconta as mensalidades sindi-cais dos trabalhadores, mas não repas-sa ao Sinttel há meses.

Ex-participantes da Sistel, Visão Prev,Fundação Atlântico e Fundação 14, emassembleia realizada dia 6, no auditóriodo Sindicato, aprovaram por unanimida-de autorizar a direção da entidade arealizar acordo no processo que cobra osexpurgos inflacionários bem como des-contar os honorários (18%) conformecontrato com escritório de advogadosem Brasília.

Mais de 500 trabalhadores participa-ram da assembleia, que lotou o auditórioda entidade. A direção do Sindicato daránovos informes sobre o andamento dasnegociações para agilizar o pagamento.A negociação e pagamento desse pro-cesso é mais uma vitória do Sinttel-Rioem benefícios dos trabalhadores.

Enquadram-se na ação todos os ex-empregados das empresas de telecomu-nicações no Estado do Rio de Janeiro,que se desligaram da Sistel, Visão Prev,Fundação Atlântico, Fundação 14, e re-ceberam a reserva de poupança entre 30/01/1998 até os dias atuais.

Quem ainda não se habilitou na ação

pode fazer isso agora. Basta procuraro Departamento Jurídico de segunda asexta-feira, das 9 às 18h, munido dosseguintes documentos: cópias da iden-

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DOS

TRABALHADORES DA SITA INC DO BRASIL LTDA, DIA14/06/2012

O SINTTEL-RIO – SINDICATO DOS TRABALHADORESEM EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES, TRANSMIS-SÃO DE DADOS E CORREIO ELETRÔNICO, TELEFONIAMÓVEL CELULAR, SERVIÇOS TRONCALIZADOS DE CO-MUNICAÇÃO, RADIOCHAMADA, TELEMARKETING, PRO-JETO, CONSTRUÇÃO, INSTALAÇÃO E OPERAÇÃO DE EQUI-PAMENTOS E MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO DESINAL, SIMILARES E OPERADORES DE MESAS TELEFÔ-NICAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – convoca, naforma de seu Estatuto, os trabalhadores da SITA INCDO BRASIL, para comparecerem à Assembleia GeralExtraordinária que será realizada no dia 14 de junhode 2012, às 11h, em primeira convocação e às 11h30,em segunda e última convocação. A Assembleia serárealizada na Av. Rio Branco, 53 – Centro – Rio deJaneiro, para deliberarem sobre a seguinte pauta: a)Aprovação, com modificação ou não, da Pauta deReivindicação previamente elaborada pela Diretoriado Sinttel-RJ, para a negociação do Acordo Coletiva deTrabalho 2012/2013; b) Outorga de poderes à direto-ria do Sinttel-RJ para negociar e celebrar o AcordoColetivo de Trabalho 2012/2013; c) Autorizar a Dire-ção do Sinttel-RJ, em caso de impasse com a empre-sa, instaurar dissídio coletivo, decretar greve total ouparcial da categoria e/ou tomar quaisquer outrasmedidas cabíveis nesta situação; d) Transformar aAssembleia Geral Extraordinária em Assembleia Per-manente; e) Discutir e decidir sobre a contribuiçãoassistencial prevista no inciso IV do art. 8º da CF ealínea “e” do art. 513 da CLT.

Rio de Janeiro, 13 de junho de 2012Luis Antônio Souza da SilvaCoordenador Geral – Sinttel-Rio

EXPURGO DA SISTEL

Assembleia lotada autoriza acordo

cato notificou novamente a Claro e aVidax cobrando o imediato pagamentodos salários e benefícios em atraso.

PLANTÃO NA EMPRESAEsta é a última semana do plantão do

Sinttel na empresa para coletar os do-cumentos que provem o não recolhi-

mento do FGTS e INSS reclamadopelos trabalhadores. Quem ainda não ofez, deve entregar a CNIS (INSS) e oextrato analítico do FGTS para quepossamos entrar com uma ação cole-tiva contra a Vidax. O Sindicato estáfazendo a sua parte e é importante queos trabalhadores façam a sua.

tidade, CPF, comprovante de residên-cia, demonstrativo de pagamento debenefícios e comprovante de desliga-mento do Fundo.

CAMILA PALMARES

SOCORRO ANDRADE