6
Página 2 “Porém, se forem privadas do convívio com outras crianças na creche, podem desen- volver dificuldades de relacionamento”. Laura Torres Ensino “Além de gastos com os estádios, ainda é necessário adap- tar nossas cidades para as visitas es- trangeiras”. Mariane Moreira Copa O que fazem os estu- dantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Alex Calde- rari. Por onde anda? lona.redeteia.com Mais informações: www.simepar.br Sexta-feira, 07 de junho de 2013 Muitas nuvens Mín. Máx. 9ºC 21°C Curitiba Halanna Aguiar con- ta sobre o grupo Chi- cas e sua relação com o cantor Gonzaguinha. MPB Séries Conheça mais sobre o seriado Orphan Black: nova história de ficção científica que surpren- deu o público e revelou novos talentos. Considerado o maior evento de moda do sul do Brasil, o Paraná Business Collection deste ano reúne aproximadamente 40 marcas que estarão presentes em oito desfiles de grifes paranaenses e mineiras, além da categoria Novos Talentos. O evento, que teve início na última quarta-feira, tem suas últimas apresentações nesta sexta-feira. Página 3 Ano XIV Edição 7874 Notícia Antiga Saiba mais sobre os tratados realizados no dia 7 de junho de 1929, dando fim à “Fronteira Ferroviária”. Página 6 Progamação de mais de 100 filmes é destaque da segunda edição do Festival Olhar de Cinema O Festival Internacional pretende repetir o sucesso de 2012 oferecendo aos curitiba- nos a oportunidade de assistir a mais de 100 filmes de diversos países, além de discutir o cinema contemporâneo. Um dos principais atrativos do festival é o baixo custo dos in- gressos para as sessões que acontecem na Cinemateca de Curitiba e no Espaço Itaú de Cinema. Página 3 Edição 2013 do Paraná Business Collection desfilou cerca de 40 marcas em Curitiba Divulgação site Paulo Salamuni Jorge Camargo Divulgação COLUNAS

Lona 787 - 07/06/2013

Embed Size (px)

DESCRIPTION

JORNAL-LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

Citation preview

Page 1: Lona 787 - 07/06/2013

Página 2

“Porém, se forem privadas do convívio com outras crianças na creche, podem desen-volver dificuldades de relacionamento”. Laura Torres

Ensino

“Além de gastos com os estádios, ainda é necessário adap-tar nossas cidades para as visitas es-trangeiras”. Mariane Moreira

Copa

O que fazem os estu-dantes de jornalismo depois de formados? Saiba por onde anda o ex-aluno Alex Calde-rari.

Por onde anda?

lona.redeteia.com

Mais informações: www.simepar.br

Sexta-feira, 07 de junho de 2013

Muitas nuvens

Mín. Máx.

9ºC21°C

Curitiba

Halanna Aguiar con-ta sobre o grupo Chi-cas e sua relação com o cantor Gonzaguinha.

MPBSéries

Conheça mais sobre o seriado Orphan Black: nova história de ficção científica que surpren-deu o público e revelou novos talentos.

Considerado o maior evento de moda do sul do Brasil, o Paraná Business Collection deste ano reúne aproximadamente 40 marcas que estarão presentes em oito desfiles de grifes paranaenses e mineiras, além da categoria Novos Talentos. O evento, que teve início na última quarta-feira, tem suas últimas apresentações nesta sexta-feira.

Página 3

Ano XIVEdição 7874

Notícia Antiga Saiba mais sobre os

tratados realizados no dia 7 de junho de 1929, dando fim à

“Fronteira Ferroviária”.Página 6

Progamação de mais de 100 filmes é destaque da segunda edição do Festival Olhar de Cinema

O Festival Internacional pretende repetir o sucesso de 2012 oferecendo aos curitiba-nos a oportunidade de assistir a mais de 100 filmes de diversos países, além de discutir o cinema contemporâneo. Um dos principais atrativos do festival é o baixo custo dos in-gressos para as sessões que acontecem na Cinemateca de Curitiba e no Espaço Itaú de Cinema.

Página 3

Edição 2013 do Paraná Business Collection desfilou cerca de 40 marcas em Curitiba

Divulgação site Paulo Salam

uni

Jorge Camargo

Div

ulga

ção

COLUNAS

Page 2: Lona 787 - 07/06/2013

P2 Sexta

OPINIÃO

ReitorJosé Pio Martins

Vice-Reitor e Pró-Reitorde Administração

Arno Gnoatto Pró-Reitora Acadêmica

Marcia SebastianiCoordenadora do Curso de Jornalismo

Maria Zaclis Veiga Ferreira Professor-orientador

Ana Paula MiraEditores-chefes

Júlio Rocha e Marina GeronazzoEditorial

Lucas Souza

O LONA é o jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positi-vo. Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 - Conectora 5. Campo Comprido. Curitiba -PR CEP 81280-30Fone: (41) 3317-3044.

EditorialBarack Obama is watching you

junho, 2013

Por Onde Anda?

Laura Torres

Alex Calderari

Em busca pela utopia no padrão de vida perfeita-mente americanizado, os Estados Unidos trazem consigo algumas visões depravadas de como manter este padrão vi-sivelmente democrático. A última ação empregada pelo governo de Barack Obama admitiu o moni-toramento de milhões de linhas de telefone de ci-dadãos norte-americanos que utilizam a operadora Verizon. Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, a Casa Branca recebeu todas as informações telefônicas se apoiando novamente na questão do terrorismo como justificativa para a invasão de privacidade das pessoas.

De longe, os Estados Uni-dos são a nação mais preo-cupada quando o assunto é terrorismo. Resquícios históricos, tendo como maior exemplo, o ataque terrorista de 11 de setem-bro de 2001, fazem o país tomar atitudes desa-gradáveis.Segundo a primeira emen-da constituinte do país, em 2001 – após o atentado às torres gêmeas –, ainda no governo de George W. Bush, é permitido a vio-lação do sigilo telefônico desde que autorizado ou emitido pelo governo. Tendo em vista a segu-rança nacional, a medida é plausível. Porém, o prob-lema acontece quando isso se torna corruptível e é usado

como meio para outras ações governamentais na obtenção de informações de forma ilícita para benefício do sistema político e co-mercial (seja ele federal ou privado). Com a desculpa de se proteger, eles têm acesso a transações comerciais, tratados políticos, avan-ços tecnológicos e até a conversas pessoais. E uma vez estas informações re-colhidas, é muito conveni-ente a sua utilização para premeditar ações (seja de qualquer caráter) em benefício de terceiros.Realidade que lembra o livro “1984” de George Orwell, claro, num ponto de vista muito mais dita-torial. A obra retrata uma

sociedade totalmente con-trolada pelo governo, des-de a utilização de câmeras, grampos telefônicos e todo e qualquer meio capaz de monitorar e punir as ações que iam contra o regime tirano. Levando a acreditar que até mesmo o pensa-mento e a racionaliza-ção eram monitoráveis e ociosos a sanções radicais, as pessoas deixavam de se opor ao sistema e se conten-tavam com aquela pura e mera “sobrevivência”. De forma discreta e sor-rateira, o “Grande Irmão” (descrito por Orwell como a versão fictícia de Josef Stalin) assombra as socie-dades atualmente, seja por um monitoramento tele-fônico nos Estados Uni-

dos, ou na implantação de chips em seres humanos no resto do mundo. As ini-ciativas e intervenções são válidas quando o propósi-to é eficiente à massa e não às minorias restritas. A manipulação será sempre o ponto a se hostilizar, pois é uma afronta ao princípio da dignidade humana, já racionalizada por Im-manuel Kant: “No reino dos fins, tudo tem ou um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode ser substituí-da por algo equivalente; por outro lado, a coisa que se acha acima de todo preço, e por isso não ad-mite qualquer equivalên-cia, compreende uma dignidade.”

Acervo Pessoal

Os problemas da falta de ensino

A conclusão de um estudo desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP), em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Or-ganização das Nações Unidas (ONU), asse-gura que “se a creche não for de quali-dade, o desempenho dos estudantes pode ser, inclusive, pior do que o alcançado por alunos que não

frequentaram es-sas unidades”. Se fo-carmos somente no aspecto “resultados escolares”, poderia se dizer que concordo plenamente com a pesquisa, porém, a creche traz inúmeros outros benefícios para a criança, desde relacionamento até maturidade. O maior problema é quando os pais acr-editam que a escola

tem o dever de edu-car seus filhos. O que-bra-cabeça só não se encaixa quando eles deixam que a esco-la cumpra sozinha a função de educar ou quando somente eles assumem esse papel. É claro que uma criança que tem pais com baixa es-colaridade, somado a uma creche de má qualidade, não ob-tém bons resultados.

Crianças que tem contato com adultos com elevado nível de ensino provavel-mente absorverão o que escutam, não deixando de apren-der. Porém, se forem privadas do convívio com outras crianças na creche, podem desenvolver dificul-dades de relaciona-mento, tornando-se assim ‘mini adultos’ que não brincam e

nem se desenvolvem. É um caminho que deve ser traçado com a colaboração de am-bos. Com a escola ensinando e os pais dando continuidade ao aprendizado em casa, teríamos to-dos os fatores que em conjunto e, com toda a certeza, con-tribuiriam para o d e s e nvolv i me nto saudável da criança.

Foi uma alegria ter me formado em jor-nalismo pela Univer-sidade Positivo. Meu projeto de conclusão foi o livro reporta-gem “A Tribuna Re-gional e Gorniski”, que me abriu in-úmeras portas pro-fissionais. Fui asses-sor de comunicação da Prefeitura da Lapa/PR, repórter do jornal A Tribuna Regional (Lapa), repórter do

site Jornale, escrevi para a série especial da Gazeta do Povo sobre o aniversário de Curitiba (2009), abri a empresa já encerrada Entrelinha Comunicação e, en-tre outros projetos, sou responsável pelo Jornal do Sindicato dos Administradores do Paraná e gerente de projetos da In-undaweb, empresa da área digital.

Mariane MoreiraA Copa do Mundo é deles!O que anos atrás parecia um sonho tão distante está se tor-nando, cada dia mais, um pesadelo em tem-po real. A realidade sobre os avanços das obras dos estádios que serão utilizados no mundial de 2014 é, além de desanima-dora, preocupante. Desde que foi eleito novamente para sediar uma Copa do Mundo, o Brasil teve enormes preocupações com os gastos para a re-forma e adequação dos estádios às nor-mas da FIFA. Com o

orçamento inicial de 6,7 bilhões de reais, esse valor – que vem aumentando pro-porcionalmente ao atraso- agora já está alcançando os 27 bil-hões, segundo o Por-tal da Transparência. Nosso caso mais próximo é o da Arena da Baixada – estádio Joaquim Américo, que está tendo suas previsões de inauguração fre-quentemente adiadas em função de atra-sos na obra. A pre-visão inicial era para dezembro de 2012, porém, a conclusão

da obra agora está em 62% de acordo com o Portal 2014, tendo sua inauguração pre-vista para dezembro deste ano. A polêmica se con-centra no fato de que a Copa do Mundo é um evento que não agrada a todos os brasileiros, mas, in-dependentemente de gostar ou não de fute-bol, de ser favorável ou contrário à Copa, somos todos obriga-dos a custear gastos com o tal. No exemp-lo citado, o montante público investido se-ria de R$ 90 milhões,

mas como o Clube Atlético Paranaense, time proprietário do estádio alegou não ter condições de bancar os custos fi-nais, a Prefeitura de Curitiba e o Governo do Paraná decidiram ceder juntos mais 30 milhões para cobrir o total de 240 mil-hões de reais – o val-or inicial era de 180 milhões. Há quem diga que tais atra-sos são propositais, o que, consequent-emente tiraria mais dinheiro do nosso bolso para dar a eles, sendo considerado

por muitos “o maior roubo da história”.Além de gastos com os estádios, ainda é necessário adaptar nossas cidades para as visitas estrangei-ras, sendo preciso restaurar grande par-te da rede aeroviária e hoteleira. Depois que todos esses pon-tos estiverem prontos e devidamente ad-equados, vamos nos deliciar no sofá de casa e assistir aos jo-gos pela TV, enquan-to gregos e troianos desfrutam desse país bonito “por nature-za”.

Page 3: Lona 787 - 07/06/2013

GERALSEXTA07 JUNHO, 2013P3

Salamuni anuncia implantação da Agenda Ambiental da Administração Pública

ALANA TETER

Na última quarta-feira, em homenagem ao Dia Mundial do Meio Am-biente, o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Paulo Salamuni (PV), anunciou durante a sessão que será implan-tada a Agenda Ambiental da Administração Públi-ca, conhecida como A3P.A Agenda Ambiental da

Administração Pública é um programa do Ministé-rio Público que promove a adoção de procedimen-tos, referências de sus-tentabilidade e critérios socioambientais nas ati-vidades do setor e a res-ponsabilidade socioam-biental.Segundo o presidente

da Câmara, a socieda-de tem que se preocupar com o futuro da cidade, pois os ambientes natu-rais são essenciais a uma boa qualidade de vida. “É pensando nisso que alertamos para a neces-sidade urgente de es-tabelecermos políticas municipais voltadas à conservação dos rema-nescentes de ambientes

naturais, numa cidade cada vez mais tomada por asfalto e automó-veis”, disse em palestra.No final de sua apresen-

tação, para ajudar os ve-

readores na interação do assunto, Salamuni entre-gou exemplares do livro “A integração das águas – revelando o verdadei-ro Aquífero Guarani”,

que foram doados pelos autores. Segundo o presi-dente, a obra possibilita a visualização das necessi-dades e ajuda nas formas de utilização mais ade-

quadas e sustentáveis. Ele também frisou que metas como desmatamento zero merecem ser valorizadas.

Também chamada de A3P, a Agenda Ambiental da Administração Pública é um programa com o objetivo de difundir práticas relacionadas à sustentablidade entre o povo curitibano

Começou em Curitiba, na última terça-feira dia 4, a 8ª edição do Paraná Business Collection (PBC), no Pa-vilhão Horácio Sabino Co-imbra – Centro de Eventos do Sistema FIEP, no Jardim Botânico. O PBC é o maior evento de moda do sul do país e traz as tendências Pri-mavera/Verão 2014. Conta com aproximadamente 40 marcas – 8 desfiles de grifes do Paraná e Minas Gerais, além do desfile de Novos Talentos. Neste ano, o even-to teve algumas novidades, como exposições de Fause Haten e Conrado Segre-to, lançamento de livros, palestras e encontros com profissionais da moda.O PBC iniciou às 14 horas, com o Zoom Cultural: ex-posição Fause Haten e o lan-çamento do livro “Conrado Segreto – Moda e Paixão”, e bate-papos. Os desfiles ini-ciaram às 18 horas com a coleção da Lafort – inspira-da na série Trevos, da artista plástica Juliane Funganti. A marca usou o branco e o duo coral e vermelho -, e em seguida, foi a vez de a Triton apresentar as tendên-cias para 2014 – apostando no mesmo trabalho apre-sentado na edição Verão do SPFW/2014.Na quarta-feira (5), o even-to começou com a palestra “Mercado e a Era da Trans-formação”, ministrada por Carlos Ferreirinha. Às 14 horas, teve um bate papo Zoom Cultura sobre Moda e

Influências na Composição de Imagens em Sintonia com Redes Sociais.Ronaldo Silvestre iniciou os desfiles na segunda noite do evento, com atraso de quase uma hora, e apresen-tou a sua coleção “Lady e Lord Transversal”, no qual as peças foram montadas a partir de retalhos descarta-dos e re-produzidos por 40 mulheres do Paraná e Minas Gerais, num trabalho volun-tário, criando o que o estilista chama de “sustentabilidade bruta”.Com uma cara mais jovial, All Purpose trouxe um des-file colorido e ousado para as passarelas, trabalhando

com a malharia de uma forma mais descontraída e confortável. O terceiro des-file da noite foi realizado por Thiago Paes, da marca Erre Nove, apresentando um tom abrasileirado, com uma forte inspiração no Navy e anos 80, com tecidos leves e confortáveis.“Esse tipo de evento é im-portante para a cidade e também para incentivar a economia criativa”, alegou o prefeito, Gustavo Fruet. Ele completou: “Curitiba tem um “clima” favorável a esse tipo de evento de van-guarda. Além disso, valoriza a cadeia de produção têxtil”.Fechando a noite, a estilista

Nova edição do Paraná Business Collection apresenta novidadesO maior evento de moda do sul país conta com palestras, lançamentos de livros e encontros com profissionais da área, , além dos tradicionais desfiles.

JORGE CAMARGO

Thaís Rossiter apresentou sua coleção para a Coca-Co-la Clothing, mais despojada e jovem, numa inspiração litorânea além do lançamento do livro “Mergulho no Rio”, da jornalista Márcia Dis-itzer.Desfilam no Line Up da 8ª edição do evento as mar-cas Lafort, Triton, Ronaldo Sivestre, All Purpose, Thia-go Paes, Coca-Cola Cloth-ing e Apartamento 03.Prestigiou também o even-to a atriz Adriana Birolli: “É a segunda vez que ven-ho ao PBC e gosto muito dos eventos de moda em geral, principalmente por que minha irmã é estilista,

então acabo me envol-vendo bastante com o meio fashion”, afirmou. “A minha profissão tam-bém tem muito a ver com o universo da moda” com-pletou a atriz.Os eventos do PBC acon-tecem até sexta-feira (7). Para mais informa-ções, acesse o site http://www.eventopbc.com.br.

O Paraná Business Col-lection é realizado pelo Conselho Setorial do Ves-tuário, através de uma par-ceria com o Sebrae e a Fiep, e com apoio da Faciap e do Grupo GRPCom e pa-trocínio de O Boticário.

Jorge Camargo

Div

ulga

ção

Page 4: Lona 787 - 07/06/2013

SEXTA07 JUNHO, 2013

P4 Cultura

Festival Olhar de Cinema traz filmes independentes por preços populares

A segunda edição do Ol-har de Cinema - Festival Internacional de Curitiba começa nesta quinta-feira (06). Com atividades que pretendem promover a reflexão sobre o cinema, o evento acontece até o dia 14 de junho e exibirá 104 filmes de 26 países na capital paranaense.O festival, que teve sua primeira edição em 2012, busca abranger diversas expressões culturais, com uma seleção de filmes que se comunicam entre si. Além disso, a combina-ção de novos diretores, diretores veteranos, con-vidados prestigiados e pú-blico é considerada pela organização a “alma” do evento.Durante os nove dias, o Olhar de Cinema exibe principalmente filmes independentes em suas nove amostras. O Brasil foi o país que enviou mais filmes, seguido de EUA, Espanha e Alemanha. Países como Nepal, Ma-lásia, Nicarágua e Kosovo também enviaram curtas e longas metragens que atraem o público, apesar da distância geográfica e cultural. Na primeira ed-ição, 11 mil pessoas as-sistiram aos filmes do fes-tival e em 2013 é esperado um número ainda maior. As exibições dos filmes acontecem no Espaço Itaú de Cinema (localizado no Shopping Crystal) e na Cinemateca de Curitiba. Os preços acessíveis dos ingressos são um atrativo a mais. A entrada inteira da sessão de longa me-tragem custa R$ 5,00 e da sessão de curta metragem possui o valor único de R$ 1,00. A estudante Rafaela Andrade pretende assistir a filmes da mostra com-petitiva nacional e inter-nacional e se sentiu mo-tivada pelo valor. “Acho que o festival é uma ótima iniciativa para a cidade, adoro cinema e muitos filmes me chamaram a at-enção, fiquei ainda mais animada quando soube que o preço dos ingressos é baixo”, conta.Para o público que está interessado em mais do que somente assistir às exibições, o II Seminário de Cinema de Curitiba, oficinas e diálogos fazem parte da programação. O seminário, com participa-ção gratuita e por ordem de chegada, acontece na sala Cinepensamento do SESC Paço da Liberdade e vai abordar temas como cinema e educação, cu-radoria e programação, agentes de vendas inter-nacionais, linguagem, crítica e realização, em mesas e debates diários. As oficinas já estão com

as inscrições encerradas, porém tratam de assuntos pertinentes da área, inclu-sive para jornalistas. Uma das oficinas é de Crítica Cinematográfica, e busca a introdução ao pensa-mento crítico na cria-ção de textos a partir de produções cinematográ-ficas. Os diálogos, por sua vez, acontecem diariamente e possuem um grande número de convidados. Entre os destaques estão a atriz e diretora Helena Ignez, ícone do Cinema Marginal, que atuou em filmes como “O bandido da luz vermelha” e “A mul-her de todos”; e o diretor argentino Pablo Giorgelli, vencedor da Câmera de Ouro em Cannes com o filme “Las Acacias”.

Para os diretores artísti-cos Aly Muritiba, An-tônio Junior e Marisa de Paula, esse é o ano de afirmação do Olhar de Cinema “como um evento irrequieto e ousado, cuja linha mestra compreende as ideias de salto/riso, de-ixando claro que não há espaço para comodismo”. A escolha de personagens mergulhadores para a di-vulgação do festival é jus-tificada por esse objetivo da equipe, já que repre-senta o desbravador que se depara com o descon-hecido, que, no caso do Olhar de Cinema, trata-se dos filmes selecionados para as exibições, que po-dem despertar diversos pontos de vista dos espe-ctadores.

AMANDA BERTOLI

Contando com uma programação com mais de 104 filmes, a segunda edição do festival internacional também oferece seminário, oficinas e diálogos com especialistas da área

Divulgação

-Quando e Onde-FILME: THE BELLA VISTA

07/06 16:15 Itaú (Sala 2)08/06 19:45 Itaú (Sala 2)Espaço Itaú de Cinema

The Bella Vista é a história de uma casa que começou como um clube de fute-bol, tornou-se um bem-sucedido bordel de travestis para depois se transformar numa capela católica, tudo isso numa cidadezinha conservadora no Uruguai. Neste divertido documentário, dois travestis, uma madame de bordel e um jogador de futebol gaúcho contam esta batalhe pelo controle de um único es-paço físico movidos pela mesma moti-vação: paixão.

Page 5: Lona 787 - 07/06/2013

Lembro-me bem do dia em que conheci, por aca-so, uma dádiva da música brasileira. Era o começo de uma tarde de domin-go tediosa, como todas as outras, quando resolvi procurar algum evento que preenchesse aquela tarde vazia. Como de costume, acessei o Guia Gazeta do Povo, comecei pela categoria de shows e fui à caça. Logo me de-parei com um monte de shows aos quais eu não iria nem de graça, porém um nome aparentemente

instigante me chamou a atenção. Lá estava escri-to: “Chicas: Em Tempos de Crise Nasceu a Can-ção”. Abri o evento e pri-meiramente olhei para o gênero que indicava: MPB/Samba, e mais uma vez me empolguei. Con-tudo, o que me deixou mais empolgada ainda foi a descrição: dentre as quatro cantoras que faziam parte do grupo, duas delas, Amora Pêra e Fernanda Gonzaga, são filhas do maravilhoso, esplêndido, grandioso

Gonzaguinha. Não pen-sei duas vezes, convenci minha irmã e fomos comprar os ingressos. Estávamos naquela in-quietação para ver o show. Chegamos à bilhe-teria do Teatro da Caixa e a atendente virou a tela para escolhermos os acentos. Percebemos que só restavam quatro ingres-sos à venda. Sorrimos e dissemos: saravá! Chegou a hora tão esperada, en-traram as quatro me-ninas e cada uma por-tava um instrumento

musical diferente. Uma com um violão, outra com um cavaquinho, outra com um triân-gulo e outra com uma zabumba, fora a banda de apoio. Logo pensei: vem coisa boa por aí. E como já era de se es-perar, me surpreendi com o show. Fizeram uma mistura de sam-ba, baião, bossa nova, entre outros estilos, que nos deixaram com

gostinho de quero mais.Até pensei na possibi-lidade de não serem tão grandiosas quanto Gon-zaguinha ou, pelo me-nos, não tanto quanto eu esperava. Mas como diz o ditado: a fruta não cai longe do pé. O gru-po apresentou muitas composições próprias e também belíssimas interpretações de can-ções de Caetano Veloso, Gonzagão, do próprio Gonzaguinha, entre outros. Mas o que me deixou mais feliz foi sa-ber que ainda existem cantores que interpre-tam canções do Gonza-guinha e não esquecem a sua importância no papel da música popu-lar. As pessoas até me julgam quando digo que prefiro Gonzaguinha ao Gonzagão. Não que eu deixe de gostar do mestre Gonzagão, mas o que o Gonzaguinha transmite em suas com-posições e interpreta-

ções nenhum artista ja-mais me transmitiu.Voltando a falar das Chi-cas, um dos momentos mais interessantes do show foi quando uma das filhas do Gonzagu-inha cantou uma músi-ca inédita, mas inédita mesmo! Momentos an-tes de apresentar a can-ção, Amora Pera contou que a canção foi deixada pelo pai gravada numa fita com outras 13 can-ções jamais divulgadas. A canção “Namorar” foi gravada pelo gru-po e conta com a doce interpretação de Amora, que glo-rif ica a letra. Enfim, recomendo a todos o show, a ouvir algumas canções do grupo e garanto que não irão se arrepender! Para aqueles que ainda acreditam na força e existência da musica brasileira de quali-dade, f ica a dica.

Em tempos de crise nasceu a canção

Antes que você leia que a série canadense/americana Orphan Black é de ficção científica e troque de página, me dê uma chance para te convencer de que vale muito a pena assistir. Eu até entendo quem não se identifica com o gênero. Como eu sou fã de Ste-phen King, decidi as-sistir a serie baseada no livro “Zona Morta” e in-felizmente não tive uma boa experiência. No en-tanto, Orphan Black é muito mais do que ficção científica, pois o seriado contém a mistura perfei-ta entre suspense, humor e muita ação.A história começa de maneira interessante logo de cara. Sarah, uma órfã de personalidade forte, presencia no metrô de Nova York o suicídio de uma mulher muito parecida com ela. Depois disso, Sarah pega a bolsa da mulher e resolve as-sumir a identidade de Beth, uma policial. Aos poucos Sarah percebe

que há mais pes-soas fisicamente idênticas a ela e descobre que to-das são clones. Sarah, Alison e Cosima (o clube dos clones) têm que enfrentar uma conspira-ção que planeja eliminar todos os clones exis-tentes.Pude notar no decorrer da pri-meira tempo-rada dois fatores que fizeram com que Or-phan Black seja uma sé-rie de ótima qualidade. O primeiro é o roteiro. Graeme Manson (Fla-spoint) e John Fawcett (Spartacus) trabalharam na estrutura da história durante uma década, então não é surpresa que a série seja muito bem planejada. Em uma era repleta de séries policiais e outras bem previsíveis, é emocionante assistir a um episódio de um seri-

ado e não fazer a menor ideia do que vai acontec-er no próximo.Outro fator é o elenco. Mesmo nunca tendo ouvido falar de Tatiana Maslany, realmente não havia escolha melhor para representar todos os clones, sendo que apareceram sete deles até o momento. A ótima preparação da atriz per-mite que os clones, ape-sar de fisicamente iguais, sejam completamente distintos na maneira de

Júlia TrindadeSexta fora de série

Orphan Black

SEXTA07 JUNHO, 2013

COLUNISTASP5

falar, vestir, pensar e até de se movimentar. São pequenas diferenças que exigem muito estudo e talento de Maslany, o que ela tem de sobra. En-tre os trabalhos em que ela já participou, além de vários filmes inde-pendentes, a atriz gan-hou um prêmio no Sun-dance Film Festival pelo filme “Grow Up Star” em 2010. Espero que Tatiana Maslany, assim como a série, ganhe muitos Em-mys pelo excelente des-

empenho. A primeira temporada acabou com dez episó-dios e a segunda já está garantida para ser exi-bida em 2014. Orphan Black é um seriado vi-ciante. Por isso, se você decidir assistir, eu sugiro que escolha um dia com bastante tempo livre para começar, pois há uma grande possibili-dade de você assistir to-dos os episódios de uma vez só.

Samba, choro e afins

Divulgação

Halanna Aguiar

Page 6: Lona 787 - 07/06/2013

AGENDASEXTA07 JUNHO, 2013

NOTÍCIANTIGA

P6es

trei

as: C

INE

MA

Há 84 anos, era criado o Estado do Vaticano. O Tratado de Latrão, “tratado de Santa Sé”, “tratado de Roma-Santa Sé” é um dos pactos latera-nenses de 1929 feitos entre o Reino de Itália e a Santa Sé, ratifica-do no dia 7 de junho de 1929, dando fim à “Fronteira Fer-roviária”. Os pactos consis-tiam em três docu-mentos assinados por Benito Musso-lini, em nome do Reino da Itália, e a Santa Sé, represen-tada pelo cardeal Pi-etro Gasparri, Secre-

tário de Estado do Papa Pio XI, sendo eles um reconheci-mento total da sober-ania da Santa Fé do Vaticano; uma con-cordata regulando a posição da religião católica no Estado e uma convenção fi-nanceira acordando a liquidação defini-tiva das reivindica-ções da Santa Fé por suas perdas territo-riais (Estados Pon-tifícios) e de pro-priedade. O Vaticano, ou oficialmente Estado da Cidade do Vatica-no, é a sede da Igreja Católica e uma ci-

dade-Estado sobera-na sem costa maríti-ma cujo território consiste de um en-clave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália, governado pelo bis-po de Roma, o Papa. A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos de diferentes origens raciais, étni-cas e nacionais Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de pouco mais de 800 habitantes, é o menor país do mundo, tanto por população quanto por área.

O que fazer em Curitiba?

6 a 14 de junho: Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba Vários espaços: R$ 5 e R$ 2,50 (meia-entrada). R$ 1 para sessão de curtas-metragens

6 e 7 de junho, às 21 horas: Ary Barroso – Do Princípio ao Fim. Espetáculo com o ator Diogo VilelaTeatro Positivo: R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada)

7, 8 e 9 de junho, às 21h e 19h (dom.): Milton Nascimento – Nada Será como AntesTeatro Guaíra: R$ 100 (plateia), R$ 60 (1° balcão) e R$ 40 (2° balcão) – valor da in-teira

7, 8 e 9 de junho, às 21h e 19h (dom.):Parem de Falar Mal da Rotina. Monólogo da atriz Elisa LucindaTeatro Bom Jesus: R$ 70 e R$ 35 (meia-entra-da). R$ 50 (antecipado)

CityZen - Cinemark Barigüi

Depois da Terra - UCI Palladium, UCI Estação, Cine-system Total, Cine-system Curitiba, Cinesystem Cidade, Cineplus Xaxim, Cineplus Jardim das Américas, Cinemark Mueller, Cinemark

Barigüi

Nitro Circus: O Filme - Cinemark Barigüi

O Grande Gatsby - Cinemark Barigüi, Cinemark Muel-ler, Cineplex Batel (Shopping Novo Batel), Cinesystem Curitiba, UCI Esta-

ção, UCI Palladium

Odeio o Dia dos Namorados - Cin-emark Barigüi, Cin-emark Mueller, Cin-eplus Jardim das Américas, Cineplus Xaxim, Cinesystem Cidade, Cinesystem Curitiba, Cinesys-tem Total, UCI Esta-ção, UCI Palladium

Wiki Com

mons