21
PLANEJAMENTO DO ENSINO: (RE)SIGNIFICANDO CONCEITOS, REPENSANDO A PRÁTICA

Planejamento do ensino e sequências didáticas

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Planejamento do ensino e sequências didáticas

PLANEJAMENTO DO ENSINO:

(RE)SIGNIFICANDO CONCEITOS,

REPENSANDO A PRÁTICA

Page 2: Planejamento do ensino e sequências didáticas

“[...] ensinar não é transferir conteúdo a

ninguém, assim como aprender não é

memorizar o perfil do conteúdo transferido

no discurso vertical do professor. Ensinar e

aprender têm que ver com o esforço

metodicamente crítico do professor de

desvelar a compreensão de algo e com

empenho igualmente crítico do aluno ir

entrando como sujeito em aprendizagem,

no processo de desvelamento que o

professor ou professora deve deflagrar”

Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia

Page 3: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Por que planejar o ensino?

Porque... a educação formal requer ação

sistemática, organizada e intencional (o planejamento do ensino é a atividade que prepara, organiza e orienta a ação docente);

através do planejamento, busca-se racionalizar a ação, sintonizar intenções (ou objetivos) com os meios e os resultados pretendidos;

Page 4: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Porque o planejamento...

nos leva a expor e justificar nossas

práticas e, assim, a compreender

melhor o que fazemos.

proporciona segurança para a atuação

do professor, que poderá abordar com

mais confiança aspectos imprevisíveis

que surgem na ação;

potencializa a reflexão sobre a prática docente.

Page 5: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Prática pedagógica: incertezas e

imprevisibilidade

Edgar Morin (1996, p. 284): planejamento como

“estratégia” e não como “programa”.

Programa: cadeia de passos prescritos a serem

seguidos rigorosamente e em sequência.

Estratégia: é a arte de trabalhar com a incerteza,

compondo cenários de ação que podem se

modificar em função de informações,

acontecimentos e imprevistos no curso das ações, em seu conjunto.

Planejamento: programa ou estratégia?

Page 6: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Duas perspectivas do planejamento do ensino

como ação burocrática, que consiste no

preenchimento de fichas/elaboração de

planos a serem entregues à

coordenação pedagógica da escola;

como atividade criativa, que pressupõe

conceber e organizar modos de

intervenção em sala de aula para a

promoção de aprendizagens.

Page 7: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Dois modos de conceber o ensino e seu planejamento:

Ensinar = transmitir saberes:

Planejamento do ensino centrado na organização da fala do professor em aulas expositivas.

Preocupações do professor:

o que dizer sobre o tema aos alunos (que

informações e exemplos selecionar para a aula);

que exercícios de fixação propor;

O planejamento não é neutro; está

necessariamente vinculado a uma concepção de ensino.

Page 8: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Ensinar = assinalar caminhos para a

aprendizagem:

o ensino e seu planejamento são

concebidos para potencializar a ação dos

estudantes como sujeitos da

aprendizagem.

preocupações do professor:

selecionar os conteúdos de

aprendizagem;

Page 9: Planejamento do ensino e sequências didáticas

elaborar estratégias que favoreçam a interação dos

alunos com os objetos do conhecimento;

identificar o que fazer para mobilizar os

alunos para a aprendizagem em sala de aula;

definir quais situações apresentar como problema

inicial a motivar o estudo do tema;

decidir como recuperar o que os alunos já sabem a

respeito do tema ou outros conhecimentos a ele

relacionados;

estabelecer que recursos utilizar para tornar a aula

mais interessante e motivadora;

escolher situações para introduzir as explicações ou

narrativas da disciplina acerca do tema.

Page 10: Planejamento do ensino e sequências didáticas

AS SEQUÊNCIAS

DIDÁTICAS COMO

FERRAMENTAS DE

PLANEJAMENTO

PEDAGÓGICO

Page 11: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Para Antoni Zabala, sequências didáticas são

“um conjunto de atividades ordenadas,

estruturadas e articuladas para a realização

de certos objetivos educacionais, que têm

um princípio e um fim conhecidos tanto pelos

professores como pelos alunos”, que “têm a

virtude de manter o caráter unitário e reunir

toda a complexidade da prática, ao mesmo

tempo que (...) permitem incluir as três fases

de toda intervenção reflexiva: planejamento, aplicação e avaliação.” (1998, p.18)

Page 12: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Numa sequência didática devem existir atividades:

Que permitam determinar os

conhecimentos prévios dos

alunos em relação aos novos conteúdos de aprendizagem.

Page 13: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Em que os conteúdos são propostos de

maneira significativa e funcional para os estudantes.

Que devem ser adequadas ao nível de desenvolvimento de cada estudante.

Que representem desafios possíveis para o estudante e que permitam a percepção da zona de desenvolvimento proximal sobre a qual se possa intervir.

Page 14: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Que promovam uma atitude favorável e

que sejam motivadoras em relação à aprendizagem dos novos conceitos.

Que estimulem a autoestima e o

autoconceito do estudante em relação às

aprendizagens, para que ele perceba que

seu esforço vale a pena.

Que facilitem a aquisição de habilidades

ligadas ao aprender a aprender, para que

o estudante se torne cada vez mais autônomo

frente aos processos de aprendizagem.

Page 15: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Sequência Didática – um mapa conceitual

Page 16: Planejamento do ensino e sequências didáticas
Page 17: Planejamento do ensino e sequências didáticas
Page 18: Planejamento do ensino e sequências didáticas
Page 19: Planejamento do ensino e sequências didáticas
Page 20: Planejamento do ensino e sequências didáticas
Page 21: Planejamento do ensino e sequências didáticas

Referências Bibliográficas

AGUIAR Jr. Orlando. Planejamento de

ensino. SEE MG. 2005.

ZABALA, Antoni. A prática pedagógica: como

ensinar. Porto Alegre, Artmed, 1998.