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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA – PARANÁ
PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
2012
São Sebastião da Amoreira2012
2
SUMÁRIO
I- IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................ 05
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 06
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 08
ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA ........................................................................ 08
GESTÕES ANTERIORES............................................................................................... 11
GESTÃO ATUAL .......................................................................................................... 18
ESPAÇO FÍSICO ......................................................................................................... 19
OFERTAS DE CURSOS E TURMAS ............................................................................ 20
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, ALUNOS, PAIS, FUNCIONÁRIOS, EQUIPE DE DIREÇÃO E PEDAGOGOS ........................................................................................... . 22
OBJETIVOS GERAIS .................................................................................................. 27
FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA ESCOLA 29
II- MARCO SITUACIONAL ............................................................................................... 36
A REALIDADE BRASILEIRA DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA ...................................................................................................................................
36
CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE.. 48
III- MARCO CONCEITUAL ................................................................................................. 51
CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO .......................................................................... 53
AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 54
ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ....................................................................... 55
HORÁRIO DE OFERTA DOS CURSOS ........................................................................ 57
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA .................................................................. 57
TEMPO ESCOLAR E TEMPO PEDAGÓGICO ............................................................... 59
ESPAÇOS PRIVILEGIADOS PARA DISCUSSÃO E ANÁLISE DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS DA ESCOLA ......................................................................... 60
O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA ......................................................................... 62
MATRIZ CURRICULAR ................................................................................................ 65
IV- MARCO OPERACIONAL .............................................................................................. 70
PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO .................................................................................. 70
PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO.............................................................................. 73
REGIMENTO ESCOLAR .............................................................................................. 76
RELAÇÃO ENTRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS......................... 77
INSTÂNCIAS COLEGIADAS ......................................................................................... 78
APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS .................................. 78
FORMAÇÃO DA APMF ............................................................................................... 79
ESTATUTO DA APMF ................................................................................................. 79
CONSELHO ESCOLAR ............................................................................................... 85
3
FORMAÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR ..................................................................... 85
ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR ....................................................................... 86
GRÊMIO ESTUDANTIL ................................................................................................. 90
CONSELHO DE CLASSE ............................................................................................. 91
SUGESTÕES PARA MUDANÇA NO CONSELHO DE CLASSE........................................ 92
CONSELHO TUTELAR ................................................................................................. 93
RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO .......................... 94
PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA ................................................................... 96
PROJETOS INTERDISCIPLINARES ............................................................................... 96
ABRINDO ESPAÇO ......................................................................................................... 97
INCLUSÃO E DIVERSIDADE ....................................................................................... 97
SALA DE RECURSOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM ......................................... 101
AÇÕES A SEREM IMPLEMENTADAS NA ESCOLA ESTADUAL JOÃO TURIN PARA MELHORAR O RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS.................................................. 105
RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA .....................................................................................................................................
107
LINHA DE AÇÕES DAS DISCIPLINAS 122
CIÊNCIAS 122
BIOLOGIA 146
EDUCAÇAO FÍSICA 169
ENSINO RELIGIOSO
GEOGRAFIA 177
HISTÓRIA 185
LÍNGUA PORTUGUESA 196
ARTE 209
MATEMÁTICA 229
FÍSICA 251
QUÍMICA
SOCIOLOGIA
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
FILOSOFIA
PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO..............................................................
272
SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM .......................................................................... 275
SALA DE APOIO E A APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA ............................. 277
FUNDAMENTAÇÃO DA SALA DE APOIO NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA............................................................................................................... 282
SALA DE RECURSOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM......................................... 286
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA............................................ 287
4
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR ................................. 292
FORMAÇÃO CONTINUADA ........................................................................ 295
ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS INTERNOS E EXTERNOS DA ESCOLA ............................................................................................. 297
PLANO DE AÇÃO PARA ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ....................................................................................................................................
299
SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA TRAZER DE VOLTA ALUNOS QUE ABANDONARAM A ESCOLA ........................................................................................ 303
INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS (AVALIAÇÃO DA REAL FUNÇÃO DA ESCOLA EM RELAÇÃO À SOCIEDADE) ................................................. 303
PRÁTICAS AVALIATIVAS ............................................................................................. 304
ALGUNS INSTRUMENTOS QUE PODERÃO SER UTILIZADOS PARA A PRÁTICA AVALIATIVA ................................................................................................................. 305
PROPOSTA PADAGÓGICA - EJA......................................................... 307
OBJETIVOS DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS........................................................................................................................ 308
FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS............................................. 315
INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS............................................................. 318
MATRIZ CURRICULAR.................................................................................................. 319
CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS....................................................................................................... 320
PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO.................................................. 345
ADENDO REGIMENTAL DE ALTERAÇÃO E ACRÉSCIMO 348
DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE DO CURRÍCULO DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES DO PPP
348
356
370
378
387
398
403
416
457
453
464
469
492
502
5
IDENTIFICAÇÃO
01 - Denominação:
Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio
02 - Código do estabelecimento:
00109
03 - Endereço:
Avenida Prefeito Antonio Francischini, 876.
Centro
CEP: 86240-000
Fone /Fax – 0XX(43) 3265-1486.
e-mail - [email protected]
04 – Município:
São Sebastião da Amoreira – Paraná
05 - Localização: Zona Urbana
06 - N.R. E: Cornélio Procópio – PR.
07 - Código do N.R. E: 08.
08 - Entidade Mantenedora:
Governo do Estado do Paraná
09 - Número total de alunos:
Manhã: Ensino Regular: 346 Tarde: Ensino Regular: 205
Noite: Ensino Regular: 45 EJA - 97
6
Total: 693
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico da escola, numa construção coletiva, consiste
numa ação que visa à superação das relações de poder estabelecido na
organização do trabalho escolar, isto é, nos mecanismos que regem a organização
interna da escola constituindo um elo de mediação entre o trabalho docente e a
prática social global.
Nesta perspectiva de pensar coletivamente, ampliamos o debate político
sobre as práticas sociais culturais, bem como descobrimos outras formas de
organização escolar assegurando a igualdade de acesso aos bens materiais e
culturais, desmascarando as formas de manifestação de relações autoritárias
instituídas na prática escolar atual de tal forma que, pensando na socialização
daquilo que a sociedade produz, a participação e a construção coletiva transformem
o Projeto Político Pedagógico num instrumento de democratização das relações e da
socialização do saber.
Dessa forma concebemos o Projeto Político Pedagógico articulando a ideia de
que a educação escolar enquanto prática social mediadora poderá ser instrumento
de crítica e de transformação da realidade, enfatizando o caráter público da
educação e o papel do Estado no funcionamento e articulação de políticas públicas
de educação que assegurem a qualidade de aprendizagem para todos e todas como
condição necessária ao exercício da cidadania.
No presente Projeto Político-Pedagógico apresentamos as reflexões e
propostas acerca das dimensões políticas, filosóficas, antropológicas, psicológicas e
pedagógicas da educação pública e de qualidade de acordo com a realidade do
colégio, atendendo às aspirações da comunidade escolar, contemplando seus
valores, suas crenças e suas características primordiais, pois o papel da escola é a
socialização do saber sistematizado, a viabilização das condições de transmissão,
7
assimilação e reelaboração do saber buscando a universalização do acesso à
Educação Básica.
O Projeto Político Pedagógico como construção coletiva da identidade da
escola pública, popular, democrática e de qualidade, define uma concepção de
homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, ensino aprendizagem e
cidadania e será apresentado em três marcos distintos, porém interdependentes:
1- Ato Situacional: desenvolvendo ação de acordo com a realidade sócio-
política, econômica, educacional e ocupacional, isto é, o ponto de partida,
explicitando os problemas e as necessidades da escola.
2- Ato Conceitual: preocupação com o desenvolvimento da formação do homem
inserido na realidade educacional buscando fundamentos e condição para
construir o saber necessário à emancipação social, política, cultural e
econômica das camadas populares.
3- Ato Operacional: preocupa-se com atividades a serem desenvolvidas,
modificando a escola com ações comprometidas com a transformação da
realidade educacional e social, apresentando linhas de ação numa gestão
democrática, do próprio projeto pedagógico e a formação continuada dos
trabalhadores em educação dentro de uma proposta de avaliação
emancipatória.
Para tanto, o presente Projeto Político Pedagógico foi elaborado de acordo
com a LDB, Lei 9394/96, onde destacamos o seguinte artigo:
Art. 12 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e
as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento;
8
VI articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola;
VII informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos
alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
INTRODUÇÃO
O presente Projeto Político Pedagógico traz em sua concepção estratégias
que têm como foco de suas atenções o aluno, garantindo o acesso e permanência
do mesmo na escola, oferecendo-lhe uma Educação de qualidade.
O objetivo principal da presente proposta que acontece na perspectiva de
constante construção é mostrar de forma transparente a responsabilidade que nos
cabe como educadores: ajudar a formar cidadãos com uma ampla visão do mundo
que o cerca, capazes de analisar fatos e argumentar coerentemente acerca dos
mesmos, compreendendo o espaço e a sociedade em que estão inseridos, atuando
na mesma de forma crítica, ativa e responsável na melhoria de seu espaço de
vivência.
Tal objetivo é alcançado com a atuação coletiva de todos os segmentos
escolares.
Através de um texto simples e claro procuramos elaborar uma proposta
pedagógica que reflita realmente a imagem do colégio em questão.
Este projeto é entendido como um instrumento de intervenção por constituir-
se em um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas do colégio,
buscando alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade que é ofertar
uma Educação de Qualidade, comprometendo-se com as questões sociais,
aproximando os sujeitos escolares de uma construção contínua, diária e permanente
de conhecimento científico.
ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO:
9
No dia 16 de junho de 1959, instalou-se a Escola Normal Ginasial “João
Turin”; às 17h30min, no prédio do Grupo Escolar “ Manoel Ribas”, localizado na
Avenida Prefeito Antonio Francischini, 127, com a presença dos professores: Diva
Vidal, chefe do Ensino Normal, Senhores:Alfredo Luiz Batista – D.D Prefeito
Municipal, Senhorita Maria José Silva, 1ª Diretora designada para responder pelo
expediente da Escola Normal Regional pela Resolução nº 716 de 19/03/1959, além
de outros professores e autoridades. Foi pela professora Diva Vidal, em nome do
Exmo. Secretário dos negócios da educação e Cultura Nivon Weigert instalada
oficialmente a Escola Normal Regional “João Turin”, na Administração do
Governador Moisés Lupion. Esta escola já nesta época em funcionamento tinha 68
alunos matriculados na 1ª Série.
O corpo docente era composto pelos seguintes professores: Maria José Silva,
Amaury Ribeiro, que também exercia a função de secretário, Ivone Santa Maria e
Efigênia Khoster.
A Escola funcionou no prédio do Grupo escolar “Manoel Ribas” no período de
1959 a 1966, quando em 1967 mudou-se para o prédio do grupo Escolar “Visconde
de Almeida Garret” até o ano de 1971, voltando no ano seguinte a funcionar no
Grupo Escolar “Manoel Ribas”.
A ESCOLA PASSOU PELAS SEGUINTES TRANSFORMAÇÕES:
Da data de instalação de 1959 a 1961, funcionou no regime de Escola Normal
Regional “João Turin”.
De 1961 a 22 de dezembro de 1967 – Escola Normal de Grau Ginasial “João
Turin”. Decreto nº 36.026 de 24 de janeiro de 1961. Em 22 de dezembro de 1967
passou a denominar-se Ginásio Estadual “João Turin” pelo Decreto de criação nº
8.076 de 22 de dezembro de 1967.
O Grupo Escolar Manoel Ribas foi construído em 1953. Funcionou até como
Escola Isolada.
Com a Reorganização de Ensino, as escolas: Grupo Escolar “Manoel Ribas” e
Ginásio Estadual “João Turin”, passaram a denominar-se “Escola João Turin”-
Ensino de 1º Grau de 1ª a 8ª séries, pela Resolução nº. 2.246/80 pelo Decreto nº.
3.038 de outubro de 1980.
10
De acordo com a resolução nº. 680/83 de 07/03/83 da secretaria de Estado da
Educação, a Escola João Turin Ensino de 1º grau passa a denominar-se Escola
Estadual João Turin – Ensino de 1º Grau.
Com base nas disposições do Decreto Governamental nº 2545/88 e por força
da Resolução Secretarial n.º44, de 22/03/1988 foi implantado o Ciclo Básico de
Alfabetização no Sistema Estadual de Ensino reunindo a 1ª e 2ª num continuum de
dois anos, passando a ser implantado nesta Escola no ano de 1989.
No ano de 1998 foi implantado o Ciclo Básico de Alfabetização – Continuum
de quatro anos, considerando a Resolução n.º 6.342/93.
Com a autorização de funcionamento do Curso de 1º Grau Supletivo Fase II
de acordo com a Resolução 5694/93 de 15/02/1993 a Escola passa denominar-se
Escola Estadual João Turin – Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.
A partir do dia 23 de setembro de 1998, a escola passou a denominar-se
Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental de acordo com a Lei nº 9394/98,
Deliberação n.º 003/98 – CEE e Resolução n.º 3120/98 – DG/SEED.
Com a municipalização de Ensino de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental,
os alunos desta modalidade de ensino foram transferidos para a rede municipal.
A partir do ano de 2001, a Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental
passa a ser a única escola do município a ofertar o Ensino de 5ª a 8ª séries do
Ensino Fundamental, sendo que nesse mesmo ano, foi implantado gradativamente,
o Curso Supletivo Fase II, considerando a Lei nº 9394/96, a Deliberação 08/00 –
CEE e o Parecer nº 157/01 do Conselho Estadual de Educação, sendo reconhecido
pela Res. 1783/2001, o qual foi encerrado em julho do ano de 2006.
A Renovação do Reconhecimento da Escola Estadual João Turin – Ensino
Fundamental deu-se através da Resolução nº 2437/2002.
No ano de 2006, a Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental passou
a ofertar o Ensino de 5ª a 8ª séries regular, do Ensino Fundamental, também no
período noturno.
No ano de 2010, a Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental, passou
a ofertar também o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio na modalidade de
Educação de Jovens e Adultos – EJA.
11
A partir de 26 de outubro de 2010 a Escola Estadual João Turin – Ensino
Fundamental, passou a ser denominada de Colégio Estadual João Turin – Ensino
Fundamental e Médio de acordo com a Resolução nº3. 120 de 25/08/2010.
No ano de 2012, obedecendo a Lei Federal nº 9394/96, que institui as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional; a Resolução nº 7/2010-CNE/CEB, que
fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9(nove)
anos; a Deliberação nº 03/2006-CEE/CEB; o Parecer nº 407/2011-CEE/CEB, bem
como o disposto na Instrução nº 008/2011-SUED/SEED, o colégio implantará de
forma simultânea o 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
GESTÕES ANTERIORES:
Maria José Silva – Professora – Normalista
Resolução N.º16 – 1959 à agosto de 1960.
Átila Bueno Mendes – Normalista
SETEMBRO DE 1960 A 14 DE ABRIL DE 1961.
Maria José Silva – Normalista
Resolução n.º 1836 – 1961 a 1969.
Maria José da Silva Oliveira – Normalista
Resolução n.º 5313 – 1969 a 20 de janeiro de 1973.
Conceição Maria da Silva – Licenciada em Pedagogia
Resolução n.º 155/73 a 07 de janeiro de 1974.
Nelly Fortuce de Souza – Licenciada em Pedagogia
Resolução n.º 2605/73 a 29 de julho de 1974.
Nelly Fortuce de Souza, brasileira, casada, RG. 824479-0, CPF.
551.356.929-91, título de eleitor 122.451.106-98 da 35ª zona eleitoral, da cidade de
São Sebastião da Amoreira – PR, nascida em 13/03/36 na cidade de Mirai – Minas
Gerais, filha de Maria Fortuci e Luiz Gazeta.
12
Ingressou no Magistério pela Prefeitura Municipal de São Sebastião da
Amoreira – PR, com apenas a 4ª série concluída no Grupo Escolar Dr. Justino Alves
Pereira em 1947, na cidade de Mirai – Minas Gerais.
No ano de 1958 foi nomeada Professora Primária Estadual conforme Portaria
n.º 1363 de 19/03/1958. Após um ano, 1959, ingressou na Escola Normal Regional
“João Turin” – São Sebastião da Amoreira, concluindo o curso em 1962. No ano de
1966 ingressou na Escola Normal Colegial Estadual Geremias Lunardelli, concluindo
o curso em 1969.
Possui os seguintes Cursos Superiores:
Pedagogia Especialização em Administração.
Escolar FAFI de Cornélio Procópio – 1973.
Habilitação em Psicologia da Educação, Sociologia e Didática – Registro
MEC n.º ‘L’ 100.226 e 7.385.
Matemática – FAFI de Mandaguari – 1976.
Habilitação: Matemática, Física e Desenho Geométrico – Registro no MEC
n.º ‘L’ 103.888.
Pós-Graduação – IEDA de Assis – Curso de Especialização na área de
concentração de Didática Geral – 1991.
A partir de 1970 ministra aulas extraordinárias, sendo atualmente aulas que
ultrapassam a carga horária de 32 horas/aulas do RDT.
Curso Ministrado: Explicitadora de Fundamentação Didático-Pedagógica.
Cursos de Capacitação: 1557 horas com 100% de freqüência e
aproveitamento Bom, Muito Bom e Excelente.
Concurso que obteve aprovação:
Concurso de promoção do Magistério (Matemática) aprovada em 1979
nomeada em 29/02/80, Decreto 01997 – Professor MPP 103 Nível P3 26/02/80.
Concurso Público do Quadro Próprio do Magistério (Matemática) aprovada
em 1980. Nomeada em 23/12/81 L 00013 – Enq. Professor Ensino Médio. Lic. Nível
C 304.
Cargos que exerceu até a presente data:
De 25/02/64 à 05/02/70 Inspetora Estadual conforme Portaria n.º 631 de
25/02/64.
13
De 06/03/70 a fevereiro de 1972 – Diretora do Ginásio Estadual “Rui Barbosa”
de Nova América da Colina – Decreto 2663 de 06/03/70.
De 04/09/73 à 06/01/74 – Secretária do Ginásio Estadual “João Turin” –
Portaria 1776 de 04/09/73.
De 05/01/74 à 29/07/74 – Diretora Ginásio Estadual “João Turin” – Resolução
2.605 de 28/12/73.
De 13/03/75 à 14/03/79 – Diretora do Ginásio Estadual “João Turin” – Portaria
605/75 de 13/03/75.
De 30/05/79 à 09/01/86 – Diretora da Escola Estadual “João Turin” –
Resolução 719 de 30/05/79.
Atualmente possui segundo padrão de Matemática LF02 com 40 horas
semanais, conforme Resolução 0001 de 25/01/95, Professora MPP105, sendo 20
horas ministrando aulas de Matemática e 20 horas exercendo a função de
Supervisora de Ensino da Educação de Jovens e Adultos.
Alzira Ferreira Lopes – Licenciada em Pedagogia
Resolução n.º 2658/74 a 10 de março de 1975
Alzira Ferreira Lopes nasceu em 07/02 em Congonhinhas, PR Seus
progenitores são: Sebastião Gonçalves Lopes e Floriza Ferreira dos Santos Lopes.
Filha primogênita, que aos 12 anos de idade em 1954, ingressou no Magistério, com
apenas a 4ª série. Após um ano, isto é, foi nomeada pelo estado em 1955 pela
portaria n.º 643 em 31/03/55. Após alguns anos, ingressa na então Escola Normal
da cidade de Nova Fátima, onde concluiu o 2º Grau.
Após quatro anos ingressa na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Mandaguari no Curso de Pedagogia. Com habilitação em Magistério e em 1977,
conclui também o Curso de Supervisão Escolar.
Foi designada para assumir a direção no Ginásio Estadual “João Turin” pelo
Artigo 4º n.º 7457 de 29/03/62, no dia 17/07/62.
No ano seguinte, após a Formatura, ingressa no 2º Grau, ministrando as
disciplinas pedagógicas e atendendo a supervisão de 1ª a 4ª séries, até 30/12/85,
quando foi aposentada.
Antenor Ramalho – Resolução 5563/85 de 27/12/85.
14
Licenciatura Plena em Letras Vernáculas – MEC 103.384.
Antenor Ramalho, filho de Honório Laurindo Ramalho e Maria Vicente
Ramalho, nasceu em Assaí, PR no dia 07/03/49.
Até 4 anos de idade residiu na zona rural na Água do Pavão.
Cursou o primário em 1958, no Grupo Escolar Manoel Ribas. Cursou o
Ginásio em 1962 na Escola Normal Regional “João Turin”. Em seguida iniciou na
Escola Normal Colegial Geremia Lunardelli em São Sebastião da Amoreira.
Em 1972 iniciou o curso de 3º Grau na FAFI de Cornélio Procópio em Letras
Vernáculas e Educação Física em Arapongas.
Participou de vários cursos para capacitação e reciclagem na vida profissional
como:
1- curso de reciclagem de 1ª a 8ª série com duração de 432 horas;
2- curso de Extensão Universitária Pedagógica com duração de 72 horas;
3- curso de capacitação em Psicologia com duração de 32 horas;
4- curso de capacitação em Matemática Moderna com 36 horas;
5- cursos de gerenciamento da Gestão Escolar.
Na carreira profissional, foi Supervisor por 2 anos do IBGE de 1969 até 1970.
Foi vereador no município de 1993 até 1996.
Como professor iniciou em 1971, no Colégio Comercial Estadual Antonio
Francischini e prosseguiu na Escola Estadual “João Turin”, Escola Normal Colegial
Geremia Lunardelli, Colégio Estadual Jerônimo Onuma, Escola Estadual José
Sarmento Filho em 1984 na cidade de Iretama, PR; e Escola Estadual de Vila Nova
em 1985.
Foi eleito Diretor em 1986 e 1987, na Escola Estadual “João Turin”.
Em 1994 foi Supervisor de Ensino – no Colégio Jerônimo Onuma, em 1994 e 1995.
Em 1996 e 1997 foi Diretor Auxiliar no Colégio Estadual Jerônimo Onuma.
Durante 28 anos de docência ministrou várias disciplinas como: Educação
Física, Educação Artística, Educação Moral e Cívica, OSPB, Geografia, Ciências,
Língua Portuguesa e Literatura, Mecanografia e Processamento de Dados.
Aposentou-se em 22/04/99.
José dos Santos Filho – Resolução 3449/89 de 11/12/89.
Licenciatura Plena em Letras Franco Portuguesas – MEC 100586
15
José dos Santos Filho, filho de José dos Santos e Francisca Luiza dos
Santos, nasceu em 29/09/1948 em Assaí, PR.
Ainda criança passou a residir no município de São Sebastião da
Amoreira, na zona rural na Secção Alto Alegre, onde ajudava seus pais na lavoura.
Começou a cursar o primário em 1956 na Escola Rural Água do Aprígio terminando
em 1960.
Mudou-se para São Sebastião da Amoreira em 1962, onde aprendeu a
profissão de Alfaiate, ainda criança, trabalhando, começou a cursar o ginasial na
Escola Estadual “João Turin” em 1963, terminando em 1966. Em seguida
começou cursar o 2º grau na Escola Normal Colegial Geremias Lunardelli,
concluindo em 1969.
Iniciou a carreira profissional em 1968, lecionando de 1ª a 4ª séries, na
Escola Municipal Secção Triguinho, em 1969 transferiu para a Escola Municipal
Olímpio Furlanetto, em 1970 transferiu-se para a Escola Municipal São Roque e em
1971 para a Escola Municipal Almeida Garrett.
No mesmo ano iniciou suas atividades profissionais, transferindo-se de 1ª a 4ª série
para 5ª a 8ª série e 2º Grau. Foi secretário da Escola Manoel Ribas de 1978 a 1982.
Formou-se pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia
do Sul, Pr., no Curso de Letras Franco-Portuguesa em 1974, exercendo a profissão
de professor de francês e Língua Portuguesa na Escola Estadual “João Turin”, até
sua aposentadoria em 1996.
Participou de cursos de reciclagem de 1ª a 8ª série com duração de
432 horas; Curso de extensão Universitária Pedagógica com duração de 72 horas;
Curso de Capacitação em Psicologia com duração de 32 horas; Curso de
capacitação em Matemática Moderna ministrado pelo Cetepar com duração de 36
horas e curso de Pró-carta com duração de 32 horas. Foi Diretor auxiliar na
Escola Manoel Ribas em São Sebastião da Amoreira de 1986 a 1987; Diretor Geral
da Escola Estadual “João Turin” de 1988 a 1991. No decorrer de sua vida
profissional ocupou vários cargos como: Tesoureiro do Mobral de 1973 a 1977;
Tesoureiro do Esporte Clube Amoreira por 3 anos de 1970 a 1973; Tesoureiro do
Iate Clube Amoreira no ano de 1978 a 1986.
16
Ângelo Irineu Furlanetto – Resolução 3901/93 – 4631/95 – 4282/97.
Licenciatura Plena em Letras Anglo-Portuguesas – MEC 100582.
Pós-graduação em Metodologia e Didática do Ensino.
Ângelo Irineu Furlanetto, nasceu em 16/03/48, no município de Assai, Pr.
Filho de Olímpio Furlanetto e Magdalena Lucato Furlanetto.
Concluiu a 4ª série do Ensino Primário no Grupo Escolar Manoel Ribas em
1959, 4ª série do Curso Normal Ginasial em 1965, na Escola Normal Regional “João
Turin”; Normal Colegial em 1969, na Escola Normal Colegial Geremia Lunardelli, em
São Sebastião da Amoreira, Pr. Licenciatura Plena de Letras Anglo-Portuguesas, na
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul, PR, em 12/02/75;
Curso de Especialização em Metodologia e Didática do Ensino em nível de pós-
graduação, “Lato sensu” no período de maio de 1996 a julho 1997, na Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio – Pr.
Nomeado Professor de 1ª a 4ª série, através de Concurso Público, pelo
Decreto n.º 4401 de 13/03/67; Secretário da Escola Normal Colegial Geremias
Lunardelli, de 14/03/73 a 22/03/76, pela Resolução n. 415 de 14/03/76; Diretor do
mesmo estabelecimento de Ensino, de 22/03/76 a 28/12/79, pela Resolução n.º
603/76 de 22/03/76; Secretário do Ginásio Estadual “João Turin” de São Sebastião
da Amoreira – PR, de 28/12/79 a 31/12/90, pela Resolução n. 2110/79 de 28/12/79;
Diretor do mesmo Estabelecimento desde 01/01/92 até a presente data, pela
Resolução n.º 3901/93. Nomeado no 2º Padrão na disciplina de Inglês pelo Decreto
n.º 1997 de 26/02/1980. Aposentando-se em 29/04/2005 pela Resolução 5596/05.
Cleuza Rosa Gaspar Siqueira - nomeada Diretora pela Resolução nº
1271/05 a partir de 02/05/2005.
Formação Acadêmica em Pedagogia com Habilitação em Supervisão
Escolar – MEC nº 9505307.
Pós Graduação – Especialização em Educação Especial-Deficiência
Mental.
Cleuza Rosa Gaspar Siqueira nasceu em 10/04/1952, no município de São
Sebastião da Amoreira, filha de Olinto Cardoso Gaspar e Joana Maria Gaspar.
Concluiu o Ensino Primário no Grupo Escolar Manoel Ribas, 5ª/8ª séries no
Ginásio Estadual João Turin, o Magistério na Escola Normal Colegial Geremia
17
Lunardelli, Licenciada em Pedagogia – Habilitação em Supervisão Escolar na
Fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio –
Paraná. Na faculdade acima citada concluiu o curso de Especialização em
Deficiência mental em nível de Pós Graduação, Lato Senso.
Primeiro cargo público assumido foi de professora municipal de 1.ª a 4.ª
séries no ano de 1970 no Grupo Escolar Geremia Lunardelli na Fazenda Cachoeira.
Em 1976 exerceu a função de responsável pela Merenda Escolar no Grupo
Escolar Visconde Almeida Garrett; no ano de 1977 passou a exercer função de
Auxiliar Administrativo até 1984 no Colégio Estadual João Turin; no ano de 1985
assumiu o cargo de responsável pela merenda do município de São Sebastião da
Amoreira na Inspetoria de Ensino Municipal.
Em 1986 foi nomeada Professora Estadual, através de concurso público pelo
Decreto n.º 8630/86 de 22/07/86 com exercício na Escola Estadual Antonio
Francischini.
Em 1987 assumiu o 2.º padrão através de concurso público pelo Decreto n.º
1933 de 27/11/87, tomando exercício na Escola Estadual João Turin – Ensino de 1.º
Grau.
No ano de 1991 foi aprovada no concurso público de Supervisão Escolar,
pedindo exoneração do 2.º padrão para assumir o cargo de Supervisora Escolar na
Escola Estadual Antonio Francischini onde já atuava como Diretora Auxiliar. Com a
aposentadoria da Diretora assumiu a Direção nesta mesma escola. No ano de 1991
concorreu a Eleição de Diretor, continuando na Direção da Escola Estadual Antonio
Francischini até 31/12/2000, quando houve cessação definitiva da escola.
Transferiu-se para Escola Estadual João Turin, dirigida pelo Professor Angelo
Irineu Furlanetto que a convidou para Vice-Diretora até 02/05/2005. Em decorrência
da aposentadoria o mesmo assumiu o Cargo de Diretora até 31/12/2005.
Em sua atuação como Diretora e Diretora Auxiliar, implantou Supletivo Fase I
em 1989, Supletivo Fase II em 1991, Curso Regular Noturno de 5ª a 8ª séries em
1993, implantou 5ª a 8ª séries no período matutino em 1997. Conseguiu ampliação
de várias salas de aula, biblioteca, secretaria, elevou os muros, conseguiu várias
reformas, pavimentou boa parte do pátio.
Construiu a casa do Zelador, com verbas de promoções.
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Na Escola Estadual João Turin conseguiram reformas de salas de aula,
banheiros, cobertura da entrada e da passarela de ligação das salas de aula.
Empenharam no Projeto de cobertura da quadra, conseguindo a sua
aprovação para o ano de 2006.
Desenvolveram vários projetos: Agrinho, Agenda 21, Cultura Afro Brasileira e
Africana, Fera e outros.
Participação dos alunos nos jogos escolares promoveram gincanas cultural e
desportiva, várias palestras, cursos para os alunos
GESTÃO ATUAL
Exilaine Gaspar - nomeada Diretora pela Resolução 58/2006 a partir de 16
de janeiro de 2006.
Formação Acadêmica em Letras, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras de Jandaia do Sul; pós-graduada com Especialização em Educação Especial
– Deficiência Mental pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Cornélio
Procópio.
Exilaine Gaspar nasceu em Cornélio Procópio no dia 26 de julho de l970, filha
de Expedito Campos Gaspar e Ivany Medeiros Gaspar.
Em 1984 concluiu o Ensino Fundamental na Escola Estadual João
Turin, no ano de 1988, recebeu o diploma do Ensino Médio com habilitação
Magistério no Colégio Estadual Padre Jerônimo Onuma.
Sua vida profissional iniciou-se em l989 como professora municipal nas
Escolas Municipais de S. S. da Amoreira.
Em 1991, paralelamente com a função de professora municipal, foi contratada
pelo regime CLT da Secretaria do Estado da Educação até o ano de 2003 quando
foi aprovada no Concurso Público de professores realizado pela Secretaria da
Educação do Paraná.
Entre 1996 a 1998 ministrou aulas na APAE de São Sebastião da Amoreira.
Em 1993 foi convidada a exercer a função de Chefe de Divisão, Cultura e
Esporte na Prefeitura de São Sebastião da Amoreira quando promoveu a 1ª Gincana
do Trabalhador, quando trouxe oficinas de Arte e Cultura promovida pelo Museu
Alfredo Andersen de Curitiba.
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No período de 1994 a 1996 foi Secretária de Saúde Municipal, período em
que se destacou pelos vários projetos desenvolvidos na área da saúde.
Realizou muitos cursos de aperfeiçoamento ao longo de sua carreira
profissional promovidos pelo CETEPAR; pelo Museu Alfredo Andersen participou do
“Encontro de Arte – Educação em 1992”; “Oficinas Integradas de Cultura” promovida
pela Coordenadoria de Ação Cultura do Governo do Estado do Paraná em 1993;
“Aspectos Gerenciais do Protegendo a Vida em 1996”, pelo então Secretário de
Saúde Estadual Armando Raggio; participou do “Seminário de Condutas de
Comportamento - Hiperatividade em 1997”; possui registro de autora nos “Anais do
1º Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial da Universidade de
Londrina” realizado de 05 a 08 de novembro de 1997 com o tema “Equoterapia: uma
terapia alternativa para o portador de deficiência”. Participou do Projeto Vale Saber
– “Aplicação de Pesquisa Sobre o Perfil Sócio – Econômico da Localidade em 2002”
e também do “XIII Simpósio de Iniciação Científica” da UNIFIL em Londrina em
2005; participou do projeto de “Extensão: do regional ao Mundial: uma sucessão de
causos, histórias... nossas histórias!”, ministrados pelos professores do
Departamento de Letras e Geografia de Cornélio Procópio em 2005.
ESPAÇO FÍSICO
O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio, atualmente
está construído em 02 pavilhões, que se subdividem de acordo com discriminação
abaixo:
Pavilhão I
01 sala para biblioteca;
01 sala para secretaria;
01 sala adaptada para a Sala de Recursos e Sala Multifuncional I;
01 sala para Direção e Vice Direção;
01 sala para o PROINFO;
01 sala para a Equipe Pedagógica;
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01 sala para os Professores;
01 sala para o laboratório Paraná Digital;
05 salas de aula;
WC feminino com 02 sanitários e lavatórios para funcionários;
WC masculino com 01 sanitário e lavatório para funcionários.
WC masculino com 03 sanitários e lavatórios para alunos;
WC feminino com 04 sanitários e lavatórios para alunos;
Pavilhão II
07 salas de aula;
01 sala adaptada para sala de apoio à aprendizagem;
01 sala adaptada para Sala Multifuncional II;
WC masculino com 03 sanitários;
WC feminino com 04 sanitários.
No pátio:
02 Mesas fixas para o treino de tênis de mesa;
01 Refeitório com mesas, bancos, bebedouro;
01 Cozinha com geladeira, freezer, fogão, pia e utensílios de cozinha;
01 Despensa para depósito da merenda escolar;
01 Quadra de Esportes coberta com traves para prática de futsal e handebol e
postes móveis para a prática de voleibol;
02 Tabelas de basquetebol;
Espaço destinado ao estacionamento de veículos;
01 Sala adaptada para o Programa Leite das Crianças.
OFERTAS DE CURSOS E TURMAS
O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio funciona em
três turnos de atendimento.
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As aulas têm duração de 50 minutos e o horário das mesmas é organizado de
maneira a agrupar as disciplinas do Núcleo Comum para ter um melhor rendimento
do ensino.
Os turnos são organizados da seguinte forma:
Período Matutino: As aulas são iniciadas às sete horas e trinta minutos e
terminam às onze horas e cinquenta minutos, distribuídas como segue abaixo:
Primeira aula - 07h30min às 08h20min; segunda aula 08h20min às 09h10min;
terceira aula 09h10min às 10h00min intervalo para o lanche de 10 minutos; quarta
aula 10h10min às 11h00minh; quinta aula -11h00minh às 11h50min.
Neste período geralmente são ofertados 420 vagas para o ensino de 6º ao 9º
ano do ensino fundamental. As turmas são formadas com 35 alunos nos 6os anos e
no máximo 40 alunos nos demais, organizados por ordem alfabética.
Para organizar as turmas, contamos com 13 salas de aula que são todas
utilizadas no turno da manhã para atender a demanda.
Ao todo são formadas 03 turmas de 6º ano, 03 turmas de 7º ano, 03 turmas
de 8º ano, 03 turmas de 9º ano, uma sala de apoio e uma sala Multifuncional I.
Período Vespertino: As aulas são iniciadas às treze horas e terminam às
dezessete horas e vinte minutos, distribuídas como segue abaixo:
Primeira aula - 13h00min às 13h: 50min; segunda aula - 13h:50min às
14h:40min; terceira aula - 14h:40min às 15h:30min; intervalo de 10 minutos para o
lanche retornando a quarta aula - 15h:40min às 16h:30min; quinta aula - 16h:30min
às 17h:20min.
Neste período são ofertadas 300 vagas: três turmas de 6º ano, três turmas de
7º ano, duas turmas de 8º ano, uma turma de 9º ano, uma sala de recursos, uma
sala de apoio e uma sala Multifuncional II.
Período Noturno: Neste período contamos atualmente com duas turmas do
Ensino Fundamental sendo uma turma de 8º ano, uma turma de 9º ano. Contamos
ainda com a EJA em que grupos de alunos podem ser distribuídos em 07 (sete)
salas, uma vez que a escola oferta o Ensino Fundamental Fase II Individual e
Coletivo e o Ensino Médio Individual e Coletivo.
22
As aulas são assim organizadas no Ensino Fundamental Regular: Primeira
aula - 19h00min às 19h:50min; Segunda aula – 19h:50min às 20h:40min; Terceira
aula – 20h:40min às 21h:30min, intervalo de 10 minutos para o lanche retornando
para a quarta aula com início às 21h:40 min às 22h:25 min ; quinta aula - 22h:25
min às 23h:10min.
Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, EJA, Fase II e Ensino
Médio, são 04 (quatro) aulas diárias assim organizadas: Primeira aula – 19:00h às
19h:45min; Segunda aula – 19h:45min às 20:30min; Terceira aula – 20h:30min às
21h:10min; intervalo de 10 minutos para o lanche, retornando para a quarta aula
com início às 21h:20min, quinta aula 22h:00, finalizando às 22h:45m.
CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, ALUNOS, PAIS, PROFESSORES,
FUNCIONÁRIOS E EQUIPE DE DIREÇÃO E PEDAGOGOS:
CARACTERIZAÇÃO GERAL
O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio da cidade de
São Sebastião da Amoreira, Núcleo Regional de Cornélio Procópio, está situado à
Avenida Prefeito Antonio Francischini, nº 876, área central. Encontra-se a 47 km de
distância do N.R.E. ao qual pertence.
Oferece a modalidade de Ensino Fundamental de 6º ao 9º anos do Ensino
Regular nos períodos matutino, vespertino e noturno, sendo que desde o ano de
2010 oferece a EJA – Educação de Jovens e Adultos, organização Ensino
Fundamental – Fase II e Ensino Médio.
Quanto às características sócio-culturais e econômicas do nosso alunado,
muitos deles provêm da classe média baixa, vem de uma comunidade
predominantemente agrícola, que trabalham em serviços braçais em grandes
propriedades, bem como no corte de cana para a Usina de Álcool Nova América -
ANA. Prestam serviços à zona rural do município e também em municípios vizinhos.
Algumas outras opções de trabalho são oferecidas por pequenas fábricas, serviços
públicos e o comércio local.
23
A outra parte dos alunos é itinerante, ou seja, fazem matrícula, frequentam as
aulas por algum tempo e logo pedem transferência para outras escolas, geralmente
do Estado de Minas Gerais, na época da colheita do café, retornando após alguns
meses trazendo a mesma transferência que levaram, porque lá não frequentaram
nenhuma escola.
Outro grande problema enfrentado pela escola são os casos de famílias
desestruturadas, cujos pais são separados, os filhos são obrigados a morar ou com
o pai, ou com a mãe, com parentes e até mesmo na Aldeia Infantil, casa que abriga
crianças desamparadas, inclusive de outros municípios e estados.
Há um grande índice de analfabetismo principalmente na população rural
onde o acesso e permanência na escola são difíceis devido ao trabalho e a falta de
incentivo dos patrões e até mesmo da própria família.
Dispomos de uma comunidade pobre, porém com um nível cultural enraizado
nas pequenas tradições, usos, costumes e religião, que ainda prevalece na maior
parte das pessoas, pois somente a minoria tem acesso aos meios culturais
oferecidos pelos grandes centros. Nesse contexto é a escola que oferece aos
alunos, aos pais e comunidade, a oportunidade à aquisição de conhecimentos
culturais, por meio do saber ofertado por essa instituição de ensino, de promoções,
passeios e excursões propiciando a integração entre escola – família – comunidade.
Como a grande maioria dos nossos alunos encontra-se na etapa da vida entre
a infância e a idade adulta, ou seja, a adolescência, existem conotações
psicológicas e sociais que vão além das mudanças físicas e fisiológicas da
puberdade. Compreender o que este período costuma provocar em termos de
mudanças de comportamento e como ajudar o jovem a viver esta fase de maneira
mais positiva possível faz-se necessário reconhecer algumas características básicas
no comportamento do adolescente, tais como:
• Questionamento dos limites – todo adolescente testa os limites que lhes são
colocados, seja na família, na escola ou na sociedade;
• Identificação – todo adolescente vive intensamente o processo de
identificação, por meio do qual ele procura imitar uma pessoa ou um grupo,
aderindo ao seu vocabulário, seu modo de vestir, sua ideologia. Às vezes a
24
busca é por aceitação; às vezes são apenas “ensaios” para descobrir sua
própria identidade;
• Cumplicidade – o adolescente é leal ao seu grupo, e esse sentimento de
lealdade leva ao que muitos educadores chamam de cumplicidade
adolescente, os jovens se protegendo entre si em relação à pessoa, normas e
valores do mundo adulto;
• Intensidade – todo adolescente imprime uma intensidade apaixonada àquilo
que sente ou faz, quando acredita realmente no que está sentindo ou
fazendo.
O grande desafio é oferecer aos jovens, ambiente e atividades que permitam
a expressão positiva de sua natureza.
Se por um lado é preciso acolher e incentivar, por outro é preciso saber
estabelecer e sustentar limites, através de regras claras e coerentes de convívio,
aplicadas de maneira justa, porém firme. A existência de limites e de disciplina é de
natureza pedagógica e tem função estruturante na formação da personalidade do
jovem.
CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS DA ESCOLA:
Nossos alunos são de classe média e baixa, possuem conhecimentos que
trazem de casa, da convivência com a família e o que já aprenderam através dos
estudos até chegar aqui, nas séries finais do ensino fundamental. Os alunos do
período matutino têm mais facilidade de construção do conhecimento por estarem
na faixa etária idade/série e receberem maior atenção dos pais. Os conhecimentos
que os alunos trazem espontâneos ou não são respeitados pela escola.
Quanto aos alunos do período vespertino e noturno, encontram maior
dificuldade de construção de conhecimento por motivo da idade mais avançada a
sua série, pois já reprovaram ou tiveram que abandonar a Escola por motivo
socioeconômico. Pela necessidade de iniciar no mundo do trabalho muito cedo, os
mesmos não tem perspectivas quanto à melhoria do seu padrão de vida por meio
dos estudos, primeiro porque não podem dedicar-se totalmente aos estudos, pois
dependem do trabalho para seu sustento ou da família e segundo, pela falta de
25
oportunidade de trabalho em seu espaço de vivência, restando aos mesmos só os
trabalhos braçais na área rural do próprio município, em municípios vizinhos ou até
mesmo em outros estados. Outros ainda precisam ficar em casa no período da
manhã, cuidando dos seus irmãos menores enquanto seus pais trabalham. Diante
dos fatores citados, os profissionais da educação que atuam no colégio, procuram
fazer do mesmo, um lugar onde se ganha o gosto pelo trabalho de aprender,
mostrando aos alunos e seus familiares que a Educação é um direito humano
fundamental e o conhecimento científico é um bem que é incorporado pela pessoa
tornando-a humana e plena, interagindo com seu meio social de forma consciente e
responsável, proporcionando a todos a capacidade necessária para refletir, fazer
opções e viver melhor.
CARACTERIZAÇÃO: PROFESSORES, DIREÇÃO, EQUIPE TÉCNICO -
PEDAGÓGICA E FUNCIONÁRIOS.
O coletivo dos profissionais que atuam neste estabelecimento de ensino tem
como objetivo desenvolver uma ação coletiva visando à preparação dos alunos para
obterem bons resultados na escola e consequentemente na sociedade
Para que essa “ação coletiva” aconteça harmonicamente e produza bons
resultados, é necessário que o professor tenha compromisso de ensinar, acima de
tudo, pelo exemplo, instrumentalizando o aluno com o conhecimento científico,
ajudando-o a ser capaz de raciocinar por conta própria, com autonomia pedagógica
e posicionar-se de maneira crítica, ativa e responsável em todas as situações.
Junto aos professores das diversas disciplinas escolares, a atuação da
Direção e da Equipe Técnico-pedagógica, procura garantir a ação integrada de
todos os profissionais que trabalham na escola, na tarefa coletiva de educar nossos
alunos para a vida, enfocando o desenvolvimento do processo de socialização do
aluno, visando o seu crescimento no sentido de uma convivência social onde seja
possível a troca e a construção conjunta. Sabendo que nenhuma disciplina isolada
faz sentido para o aluno, os conteúdos programáticos precisam ser relacionados a
outras disciplinas, para que o aluno sistematize o conhecimento de forma
interdisciplinar.
26
O diálogo entre a direção e o professor tem de acontecer em torno dos
resultados da aprendizagem, juntamente com a equipe pedagógica que deve ter
uma ação constante e preventiva. O gestor deve manter-se informado, sobre
qualquer aluno que esteja dando sinais de desânimo ou dificuldade de
aprendizagem. No entanto, a avaliação de resultados só tem sentido se
acompanhada de providências corretivas, oportunas, enérgicas e competentes.
Procuramos realizar um trabalho eficaz, positivo, oferecendo à comunidade
um ensino de qualidade e nos empenhando cada dia mais na questão da
permanência do aluno com sucesso, pois se o aluno não tem êxito no processo
educacional, todo o trabalho da escola perde o sentido. Toda a comunidade escolar
deve perceber no processo de ensino e aprendizagem um objetivo a ser
coletivamente alcançado.
Em suma, mesmo sabendo que nossos alunos apresentam dificuldades
pessoais e familiares e que isso tem impacto no processo de aprendizagem, não
significa que a aprendizagem seja impossível, desde que se promova a adaptação
às necessidades daquele que vem para aprender. É preciso refletir sobre a
importância do papel da escola para o futuro do aluno e por extensão da
comunidade e da sociedade a qual ele pertence, cabendo principalmente reflexões e
ações no sentido de garantir a função social da escola, manter o interesse e o
comprometimento do professor com uma Educação de qualidade o que culminará no
êxito e na permanência do aluno na escola.
Uma escola de qualidade é aquela que coloca o aluno como foco de suas
preocupações, que dispõe de profissionais com uma formação adequada, que
possui material escolar e didático necessário, que conta com instalações em
condições adequadas de funcionamento e que tem a participação dos pais no
acompanhamento do desempenho dos filhos.
Além disso, uma escola de qualidade é aquela que constrói um clima escolar
que favorece o processo de ensino-aprendizagem.
OBJETIVOS GERAIS
- Compartilhar princípios de responsabilidade, num contexto de flexibilidade
de ações pedagógicas, em que o planejamento, o desenvolvimento e a
27
avaliação dos processos educacionais revelem sua qualidade e respeito à
equidade de direitos e deveres de alunos e professores;
- Estabelecer condições não apenas quantitativas, mas também qualitativas,
de um processo educativo de qualidade;
- Propiciar oportunidades para todos os alunos portadores de necessidades
especiais, garantindo sua acessibilidade e zelando pelo desenvolvimento
pleno de sua cidadania;
- Explicitar as diversidades e peculiaridades básicas relativas ao gênero
masculino e feminino, às variedades étnicas, de faixa etária e regionais e
as variações sócio-econômicas, culturais e de condições psicológicas e
físicas presentes nos alunos de nossa escola;
- Considerar no processo educacional, a indissociável relação entre
conhecimento, linguagem e afetos, como constituinte dos atos de ensinar
e aprender;
- Articular aspectos da Vida Cidadã expressa em questões relacionadas
com a Saúde, a Sexualidade, a Vida Familiar e Social, Meio Ambiente, o
Trabalho, a Ciência e a Tecnologia, a Cultura e as Linguagens com os
conteúdos estruturantes das áreas do conhecimento;
- Promover a integração de alunos, pais, professores e demais profissionais
da Educação com a finalidade de melhor desenvolver e enriquecer o
trabalho pedagógico, sabendo respeitar o próprio espaço pedagógico;
- Pensar uma educação capaz de superar a acomodação e a falta de
compromisso com um ensino que faça do aluno um ser participante da
construção do próprio conhecimento;
28
- Criar situações que facilitem a aprendizagem de procedimentos que
contribuam para a construção da autonomia pessoal dentro da Educação
Básica;
- Incentivar atitudes de companheirismo e solidariedade que estimulem o
respeito mútuo;
- Refletir sobre a escola que queremos na sociedade em que vivemos;
- Estabelecer princípios, diretrizes e propostas de ação para melhorar,
organizar, sistematizar, contextualizar e significar as atitudes
desenvolvidas pela escola como um todo;
- Ampliar a Comunicação na Escola e dar retorno permanente à
comunidade escolar sobre o resultado dos trabalhos e das atividades
desenvolvidas, inserindo-a na avaliação dialógica desse processo;
- Mostrar aos alunos que a escola pode ser um lugar interessante para eles
e para suas vidas, um lugar não apenas para aprender, mas também para
ser crítico, participativo, dinâmico, proporcionando-lhe um novo vir a ser no
seu contexto social;
- Refletir sobre as finalidades da Escola, seu papel social, caminhos, formas
operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos no
processo educacional;
- Explicitar os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de
organização e as formas de implementação e avaliação da escola.
FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDATICO-PEDAGÓGICOS DO COLÉGIO
29
O colégio atualmente reforça uma política educacional que traz como função
primordial o aluno: como ser livre, ativo e social num contexto de que o mesmo seja
preparado para atuar de forma crítica, positiva e responsável no seu meio social. O
centro da atividade escolar é o aluno, como sujeito autônomo na construção do
conhecimento.
Para que o processo de ensino-aprendizagem não fique prejudicado, o
trabalho pedagógico da sala de aula deve ser iniciado respeitando e valorizando o
conhecimento do aluno, sua sensibilidade, seus valores, a cultura que ela traz do
seu meio social.
Nesse cenário, os professores precisam compreender as necessidades de
seus alunos, aproximarem-se do universo deles e refletir sobre qual é o sentido que
esses alunos podem dar aos conhecimentos curriculares dentro do mundo e das
circunstâncias humanas nas quais estão vivendo, ou seja, contextualizar os
conteúdos com a prática social dos alunos.
Na concepção histórico-crítica é importante entender a Escola como o local
próprio para a socialização do saber sistematizado, pois a difusão do conjunto de
conteúdos concretos e significativos é a tarefa primordial dessa instituição.
A escola, como espaço de apropriação do saber sistematizado, contribui aos
interesses populares porque pode contribuir efetivamente para eliminar a
seletividade social transmitindo a todos os alunos os saberes investidos na vida
cotidiana, como: leitura, escrita, matemática, saberes tecnológicos, econômicos e
jurídicos articulando-os às experiências de cada um.
Com a implantação do ensino fundamental de 9 (nove) anos no nosso
colégio, é fundamental que haja uma reorganização da nossa proposta pedagógica
não só para atender a uma determinação legal, mas para receber os alunos dos
anos iniciais, os quais vão ingressar no 6º ano, respeitando a suas especificidades,
visando uma maior atenção quanto ao processo de desenvolvimento e
aprendizagem de todos.
Sabemos que a grande maioria dos nossos alunos do ensino fundamental são
provenientes da rede municipal de educação e mesmo pertencendo a mesma
modalidade de ensino, a ruptura entre anos iniciais e anos finais surge como uma
oportunidade de estabelecer uma articulação entre as instituições de ensino local
30
objetivando garantir a efetivação de uma educação de qualidade como direito de
todos os alunos.
Essa implantação demanda uma qualidade que só vamos obter se
incorporarmos nas nossas ações pedagógicas uma concepção de infância e
adolescência adequadas para o atual momento histórico e primordial para orientar
os conceitos sobre ensino, aprendizagem e desenvolvimento, seleção de conteúdos,
metodologia de ensino, avaliação, organização de espaços e tempos pedagógicos,
enfim, toda a organização do trabalho pedagógico do colégio. Todo esse
planejamento vai exigir uma sintonia de objetivos entre o coletivo escolar.
Segundo alguns historiadores, a infância é uma produção da modernidade, ou
seja, na idade média a criança era tida como um adulto em miniatura e, segundo o
historiador francês Ariès “não existia um sentimento de infância como etapa
específica da vida humana”.
Esse autor afirma que só no fim da Idade Média que a infância passa a ser
encarada como sinônimo de fragilidade, ingenuidade, sendo, portanto, alvo de
atenção dos adultos. Esse processo de mudanças continua no século XVIII em que
a concepção sobre a infância passa pelo disciplinamento e pela moral por meio de
um processo educacional impulsionado pela igreja e pelo Estado o que marca a
educação das crianças no período do capitalismo industrial, no século XIX. Essa
pesquisa contribuiu para a compreensão da infância como um conceito construído
historicamente.
Compreender que o conceito de infância construído historicamente significa
compreender que esta é uma condição da criança, ou seja, é uma fase da vida
distinta da fase adulta. Esta condição da criança, a infância, como resultado de
determinações sociais de ordem política, social, histórico e cultural nos leva a
considerar na nossa práxis pedagógica que ela emite suas opiniões e desejos de
acordo com seu contexto social, seu espaço de vivência.
De acordo com especialistas na temática e fazendo uma leitura da realidade
podemos constatar que realmente não existe uma concepção infantil homogênea,
como vemos em KRAMER (1995), o conceito de infância se diferencia conforme a
posição de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Em vista de
tantas diferenças nos processos de socialização e de condições objetivas de vida,
31
cabe à escola reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os
conhecimentos acumulados e sistematizados pela humanidade, respeitando a
singularidade da infância.
Encontramos ainda em Vigostsky (2007) uma grande contribuição de seus
estudos em relação à concepção de infância e de desenvolvimento infantil como
construção histórica privilegiando a interação social na formação da inteligência e
das características essenciais humanas.
Estar atento a essa compreensão da infância como historicamente situada vai
assegurar um trabalho efetivo no colégio para superar qualquer situação de
distanciamento entre esses dois níveis da Educação Básica, uma vez que os
conhecimentos sistematizados e transformados em conteúdos escolares estão
sempre articulados e se ampliam gradualmente, do mais simples para o mais
complexo. Cabe aos educadores respeitar o tempo pedagógico de cada aluno,
conforme as possibilidades de compreensão dos mesmos sejam esses crianças,
adolescentes, adultos ou idosos, sempre com a perspectiva de inclusão.
Quanto à adolescência, ser adolescente para a maioria dos estudiosos em
desenvolvimento humano é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e
sociais que, juntas, ajudam a traçar o perfil desta população. Hoje, fala-se da
adolescência como uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre
a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é
compreendida como um período atravessado por crises, que encaminham o jovem
na construção de sua subjetividade. Contudo, a adolescência não pode ser
compreendida somente como uma fase de transição. Na realidade, ela é mais do
que isso.
Adolescência é o período da vida humana entre a puberdade e a fase adulta.
Vem do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade,
palavra derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações
fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da
infância à adolescência. Mesmo com essa perspectiva que prioriza o aspecto
fisiológico, considera-se que ele não é suficiente para se pensar o que seja a
adolescência.
32
Para buscar elementos que nos ajudem a pensar essas questões, buscamos
também em Ariès (1978, p. 46), algumas sugestões. Do mesmo modo que afirmou
o caráter moderno da infância, o historiador em questão também acredita que a
adolescência nasceu sob o signo da Modernidade, a partir do século XX.
Para ele, somente após a implantação do sentimento de infância, no século
XIX, tornou-se possível a emergência da adolescência como uma fase com
características peculiares e únicas, distintas dos outros momentos do
desenvolvimento.
Porém, nem todos os estudiosos concordam alegando que não é possível se
enquadrarem as coordenadas de diversas histórias social e cultural da adolescência
do mesmo modo, uma vez que não falamos de uma homogeneidade entre as
histórias ou sequer entre os termos definidores do tempo.
Dessa forma, não podemos compreender a adolescência simplesmente
pondo-a em evidência, e sim buscando uma compreensão a partir de sua
historicidade.
A condição básica que favoreceu a “inauguração” da adolescência ocidental
do século XX foi, principalmente, a possibilidade de prescindir da ajuda financeira
dos jovens que agora podem se dedicar mais tempo à formação profissional. Além
disso, a realidade contemporânea e tecnicista exige cada vez maiores
aperfeiçoamentos profissionais, levando a um elastecimento do período de
preparação dos jovens para o ingresso no mercado de trabalho. Paralelamente,
aumenta também o tempo de tutela das crianças pelos pais, uma vez que elas são
mantidas mais tempo nas escolas.
Enquanto construção da modernidade, a adolescência contemporânea foi
engendrada a partir de um contexto de crises e contestação social. Segundo
Abramo (1994), esse fenômeno facilitou que se plasmasse tal caracterização como a
característica própria dos jovens. Podemos ver pela virada para o século XX, a qual
trouxe consigo a invenção de uma adolescência representada como uma fase de
“tempestades e tormentas” e germe de transformações. Um exemplo é o movimento
hippie, da década de 60, e o juvenil, de 1968, contribuíram para formar um discurso
sobre o que é ser adolescente, instituindo o modelo masculino, da classe média,
como o estalão privilegiado.
33
Mas, elaborar conclusões sobre a concepção atual de infância e da
adolescência na contemporaneidade evidencia-se uma tarefa impossível de se
completar.
O mais importante é compreendermos a complexidade do desenvolvimento
humano e a singularidade de cada ser. Assim, podemos atuar como verdadeiros
educadores, os quais na medida em que interagem com seus alunos, mais
entendem sobre si e sobre os demais, desencadeando um verdadeiro processo de
humanização na educação resultante da aquisição do conhecimento.
O conhecimento é um objeto específico do ato pedagógico de fundamental
importância sendo indispensável que o aluno se aproprie do conhecimento
historicamente acumulado pela humanidade e desenvolva as condições para
produzir novos saberes.
Concretizando, a qualidade do ensino deverá ligar-se à possibilidade de fazer
com que a maioria da população possa dominar a soma de conhecimentos já
acumulados, através dos tempos, para que todos possam se incumbir de criar uma
nova sociedade.
O aluno ou futuro trabalhador deverá ser instruído, se realmente pretende
com firmeza a existência de uma verdadeira democracia participativa e ao mesmo
tempo ser conscientizado de que aprender também implica em luta, esforço,
disciplina, participação e que essa luta só terá sentido quando se persegue o
objetivo de igualar os homens em todos os níveis. A instrução deve estar dirigida à
equiparação dos homens e não à separação em intelectuais e ignorantes.
A escola pensando sobre esses princípios que norteiam os rumos da
educação vem ao longo desses anos adequando as atuais mudanças que vem
sofrendo o sistema na questão dos objetivos gerais e específicos da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional na busca de uma melhoria da qualidade
da Educação brasileira em todos os sentidos.
A L.D.B. por sua vez deverá assegurar a todos a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores conferindo um caráter de terminalidade e de
continuidade, além de reforçar a necessidade de se propiciar a todos a formação
básica comum, pressupondo a formulação de um conjunto de diretrizes capaz de
34
nortear os currículos e seus conteúdos mínimos. Desse modo a L.D.B. consolidará a
organização curricular de maneira a conferir uma maior flexibilidade no trato dos
componentes curriculares, reafirmando desse modo o princípio da base nacional
comum a ser complementada por uma parte diversificada “Língua Estrangeira”. A
escola comprometida com tais objetivos procura por meio de estudos, induzir a
todos a uma adequação coerente a realidade de nossos alunos numa perspectiva
otimista. Apesar das dificuldades encontradas caminhamos juntos professores, pais
e alunos, enfim, a comunidade escolar de um modo geral.
O trabalho com a diversidade cultural está presente em diversas leis e
deliberações que asseguram e garantem a obrigatoriedade das discussões das
Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Racionais e para o ensino de História e Cultura Afrobrasileira,
Africana e Indígena. Cientes de que muitas ações podem ser desenvolvidas no
interior do colégio a fim de coibir a discriminação e que grandes desafios estão nas
mãos dos trabalhadores da educação, o Projeto Político Pedagógico deve garantir
que todas as disciplinas da Matriz Curricular contemplem ao longo do ano letivo, a
história e cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena a fim de proporcionar aos alunos
uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e
pluriétnica.
Nesse sentido o colégio se propõe e exige adaptações para a construção de
um currículo aberto e flexível não impondo uma diretriz obrigatória, mas que as
adaptações ocorram por meio do diálogo entre este e as práticas já existentes,
desde as definições dos objetivos até as orientações didáticas para a manutenção
de um todo coerente concebendo uma educação escolar como uma prática,
podendo ter a possibilidade de criar condições para que todos os alunos
desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para
construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações
sociais, políticas e diversas culturas cada vez mais amplas para que possam exercer
a cidadania, na construção de uma sociedade não excludente, mas sim democrática.
O trabalho dentro deste contexto requer de todos uma prática pedagógica
congruente à realidade do mundo atual dentro de uma visão ampla, numa ação
compartilhada integrando-se com as outras instâncias da sociedade, re-
35
conceitualizando seu trabalho, saindo do estritamente curricular para vincular-se
concretamente à vida humana e ao mundo vivido.
Após vários esforços, o colégio, na medida do possível, consegue aproximar-
se da comunidade levando seus propósitos e integrando-a em seu seio, busca a
consciência de seus direitos e que participem coletivamente das decisões a serem
tomadas para enfrentar os problemas propondo a equidade e o respeito mútuo,
superando preconceitos de toda espécie, mantendo o equilíbrio entre a cultura local,
regional e uma cultura universal e finalmente tornar público o produto de seu
trabalho.
Diante da necessidade de atender a comunidade, o colégio tem como
missão:
- Oportunizar aos alunos condições de desenvolvimento de suas potencialidades
físicas e mentais, proporcionando-lhe condições para a auto-realização e o
exercício consciente da cidadania e que sejam capazes de:
- Compreender a cidadania como participação social e política, assim como o
exercício de direitos e deveres políticos, civil e social, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro
e exigindo para si o mesmo respeito;
- Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar
decisões coletivas;
- Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente
para a melhoria do meio ambiente;
- Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança
em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação
pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca do
conhecimento e o exercício da cidadania.
36
Para que todos os objetivos e fins educativos sejam atingidos o colégio
procura auxílio junto à comunidade principalmente junto aos pais, atribuindo-lhes
responsabilidades relacionadas aos aspectos relevantes dos alunos, visto que,
através disso, o ensino-aprendizagem tornar-se-á mais qualitativo, proporcionando
ao aluno, condições para uma melhor qualificação no trabalho, um melhor
desempenho no Ensino Médio e um melhor preparo para o exercício da cidadania
tendo ideia de liberdade, entendida como liberdade de ter ideias e crenças e, saber
expressá-las, liberdade de colocar propósitos de si mesmos, de discordar, de criticar
e de optar de acordo com seus princípios.
II - MARCO SITUACIONAL
A REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DO COLÉGIO:
Estamos inseridos em uma sociedade que muda a cada dia de forma
dinâmica e complexa, porque traz junto a essas transformações uma série de
problemas comuns que exigem de todos os cidadãos contemporâneos, a busca de
esforços comuns na solução desses problemas resultantes do modelo de
desenvolvimento adotado, de uma forma imposta e muitas vezes perversa.
Uma Educação de qualidade tem como objetivo formar cidadãos aptos a
enfrentar os desafios que se fazem presentes em uma sociedade com tantas
desigualdades sociais e que se reflete na escola pública com maior intensidade. No
entanto, os educadores brasileiros, procuram superar problemas, como: lidar com
diferentes níveis e ritmos de aprendizagem, com a indisciplina, com a evasão, com a
falta de interesse dos alunos e como envolver as famílias com as questões
educacionais dos filhos. Aprenderam de forma gradativa a compartilhar dificuldades
e sonhos, buscando caminhos para uma educação voltada à transformação social, à
superação desta sociedade desigual.
O sistema educacional brasileiro apresenta melhorias significativas na última
década, porque ampliou muito o número de crianças na escola, mas ainda é preciso
seguir melhorando, aumentando o investimento na escola, que consequentemente
vai contribuir decisivamente para o desenvolvimento do país, do ponto de vista
37
social, econômico e ético, garantindo que todos os alunos brasileiros tenham o
mesmo tempo na escola e que essa permanência traga êxito para sua vida social.
No entanto, de acordo com o relatório global Educação para todos 2006,
divulgado pela UNESCO, mostra que o Brasil vai bem apenas ao índice das
matrículas e aponta dois fatores que são a alta repetência e a quantidade de horas
que as crianças passam na escola, pois, pelos dados do órgão seriam necessárias
entre 4 h e 25 min há 5 horas para as crianças realmente aprenderem.
Na quarta edição da prova trienal aplicada pela Organização de Cooperação
dos Países Desenvolvidos (OCDE), o Brasil ficou em 54º lugar no ranking de 65
países do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa), que testa os
conhecimentos de alunos de 15 anos. Em uma escala de zero a 6, a média obtida
pelo País em 2009 equivale ao nível 2 em leitura, 1 em ciências e 1 em matemática.
Foram testados 460 mil jovens, 20 mil no Brasil que ficou em 53º em leitura e
em ciências e 57º em matemática. China (região de Xangai) lidera a lista na média
geral, seguida por Hong Kong.
Na edição anterior, em 2006, os brasileiros ocupavam a 48ª posição em
leitura e a 53ª tanto em matemática quanto ciências, mas a lista de avaliados tinha
apenas 57 nomes. A pontuação obtida nos três quesitos subiu: de 393 para 412 em
leitura, de 370 para 386 em matemática e de 390 para 405 em ciências, porém isso
não significa muito.
A nota equivalente continua sendo 1 em matemática e ciências. Isso quer
dizer que os jovens ainda não têm, por exemplo, conhecimento para fazer
interpretações literais de resultados tanto de pesquisa científica quanto de dados.
Apenas em leitura, o nível médio passou de 1 a 2, considerado pela OCDE como “o
nível básico para efetiva participação e uma vida produtiva”.
Mesmo entre os "lanterninhas", o Brasil está entre os países que mais
aumentaram a média das notas nas três áreas na última década, segundo o
Ministério da Educação. De 2000, quando foi avaliado pela primeira vez, até 2009, o
desempenho do País cresceu 33 pontos. Para o ministro, Fernando Haddad, os
resultados mostram que ainda há muito o que ser feito, mas ele afirma que os
resultados não podem ser "desconsiderados". "Até em respeito aos profissionais que
38
trabalharam para tornar isso possível, não podemos desprezar as notas. Mas temos
um século de desvantagem em relação aos países desenvolvidos para superar”, diz.
Em 20 de junho de 2007 foi sancionada a Lei Nº 11.494/2007, que
regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB. Em vigor desde o dia 1º de
janeiro deste ano, por Medida Provisória, o novo Fundo substitui o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério - FUNDEF.
O FUNDEB terá vigência até 2.020 e atenderá, a partir do 3º ano, 47 milhões
de alunos da educação básica, contemplando creche, educação infantil, ensino
fundamental e médio, educação especial e educação de jovens e adultos.
Para que isto ocorra, o aporte do governo federal ao Fundo aumentará para R$ 2
bilhões em 2007, R$ 3 bilhões em 2008, R$ 4,5 bilhões em 2009 e 10% do montante
resultante da contribuição dos Estados e Municípios a partir de 2010.
Em relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB -, o
qual apresenta metas para cada escola, rede, município, Estado e para todo o país,
cada instituição ou rede tem uma nota a ser atingida, elaborada de acordo com os
próprios desafios. Em 2009, numa escala de 1 a 10, o MEC previa uma meta para a
média do País nos anos finais de 3,9. O resultado alcançado foi de 4,0. Para as
séries iniciais, era esperado o IDEB de 4,2 no Brasil. A média foi de 4,6. O objetivo
do governo brasileiro é atingir a meta de 6,0 nos anos iniciais em 2022. Para os
anos finais, a meta é de 5,5 no mesmo ano. Com este resultado, o Brasil alcança os
níveis de desempenho dos países desenvolvidos.
O Estado do Paraná começou a desenvolver uma metodologia própria para
compor o seu Sistema Estadual de Avaliação, um teste que deve começar a avaliar
as competências do aluno que entra e que sai do ensino fundamental e do ensino
médio.
Ainda em fase preliminar de estudos para definir como efetivamente será feita
a avaliação dos estudantes, já se sabe que a primeira prova será no início do ano
letivo de 2012, inicialmente para as disciplinas de português e matemática. O teste
deve ser aplicado a todos os alunos, e não por sistema de amostragem.
39
Mesmo com os exames feitos pelo próprio Ministério da Educação (MEC), a Secretaria
de Estado da Educação (SEED) do Paraná sente falta de uma avaliação própria,
voltada aos alunos paranaenses. Por enquanto, o modelo do Paraná deve se
diferenciar de outros sistemas estaduais de avaliação.
De acordo com a superintendente da Educação do Estado Meroujv Cazet
“Não vamos fazer ranking de escolas ou alunos, não pretendemos divulgar essa
pontuação. O resultado vai nos ajudar internamente a perceber como é o processo
de aprendizagem e dar mais subsídios ao professor.
Por trás do planejamento do Sistema Estadual de Avaliação, o sistema está
sendo considerado um forte instrumento para tentar transformar a educação do
Estado na melhor do País. Tradicionalmente, o Paraná ocupa boa posição se
comparado a outros Estados em avaliações como o Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (IDEB). No último, divulgado há um ano, por exemplo, o índice
alcançado pelo Paraná foi de 4,2, enquanto a média nacional ficou em 3,6. No
ensino médio, o índice alcançado foi de 3,9 e, embora supere médias e fique a
frente de outros Estados, o índice ainda é baixo, tendo em vista que o ideal é de 6,0
(meta que foi estabelecida pelo governo federal para ser atingida por todos os
Estados em 2021).
O Estado do Paraná apresenta uma história educacional de práticas que
evidenciam uma postura determinante de avanços dentro do cenário educacional
brasileiro. Uma delas foi a elaboração Diretrizes Curriculares Orientadoras da
Educação Básica para as Instituições da Rede Estadual de Ensino mesmo com a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996.
A SEED do Estado elegeu a concepção histórico-cultural para conduzir o
processo educacional também presente nas Diretrizes curriculares que foram
elaboradas coletivamente entre os Professores.
A referida concepção pedagógica fundamenta a presente proposta
pedagógica do colégio.
Os professores estaduais estão cada vez mais se aperfeiçoando
profissionalmente, participando da capacitação que o Estado oferta, por meio de
cursos, seminários, encontros, grupos de estudos, projetos e programas
educacionais, como também investindo em sua formação geral.
40
Acreditamos que um maior investimento na estrutura física das escolas e em
novas tecnologias possa fazer das unidades de ensino um espaço de ampliação de
limites, com professores que saibam explorar os potenciais oferecidos por esses
recursos. Todas essas condições muitas vezes não são garantia para que o aluno
realmente construa o seu conhecimento, uma vez que dotar as escolas de todas as
inovações possíveis é muito desejado por todo o coletivo escolar, mas a fala do
professor ainda é soberana. Para que este processo se consolide, entram em jogo
muitos fatores e um que se faz mais importante para superação de problemas que
possam afetar a educação, é a relação professor-aluno, ainda mais se tratando do
ensino fundamental, onde essa relação deve ser carregada também de afetividade e
sensibilidade pedagógica. Para alcançar bons resultados com os alunos que nos são
confiados, exige-se competência de todos os profissionais da educação que atuam
na instituição escolar.
O resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2009
mostrou que a maioria das escolas públicas da rede estadual do Paraná avançou na
qualidade de ensino.
IDEB – Resultados e Metas
Ideb Observado
Metas Projetadas
Município 2005 2007 2009 2007
2009
20112013201520172019 2021
SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA
3,2 3,5 3,9 3,3 3,4 3,7 4,1 4,5 4,7 5,0 5,3
Copyright MEC – INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira.
O IDEB observado no ano de 2011 no Colégio Estadual João Turin foi de 3,8,
ou seja, resultado abaixo do observado em 2009 que foi de 3,9.
No Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio, como deve
ser em todas as demais instituições de ensino, as práticas pedagógicas, como toda
41
e qualquer ação desenvolvida, são centradas no aluno, visando o seu bem estar,
tornando-o o foco principal das decisões, oferecendo-lhe um ambiente acolhedor,
espaços físicos adequados na medida do possível, com salas de aulas amplas e
arejadas, uma biblioteca com um acervo considerável, despensa para a merenda,
uma área coberta para conforto dos alunos, o pátio em sua maior parte pavimentado
e arborizado, passarela ligando os dois pavilhões para facilitar o acesso dos
professores e funcionários, mesas para a prática de ping-pong, quadra esportiva
com cobertura e muitos outros benefícios que evidentemente são compartilhados
por todos, uma vez que a escola é um espaço social e público.
O colégio conta ainda com banheiros femininos e masculinos no pavilhão
interno e no pavilhão externo, uma cantina convencional com um bom refeitório, uma
sala para secretaria, uma sala da Direção, uma sala para supervisão e para
orientação e três banheiros para funcionários. O prédio escolar passou por uma
reforma e pintura completa.
Os maiores problemas que surgem no colégio são os referentes à
aprendizagem dos alunos, o desinteresse pelos estudos e a falta de cuidado dos
pais pela vida escolar de seus filhos. Mas sabemos que a culpa por essas mazelas
não está nos alunos ou em seus pais. Não cremos também ser os professores
culpados por tal desinteresse. Possivelmente os problemas que distanciam os
cidadãos brasileiros de priorizar a Educação, vêm do próprio sistema capitalista, da
situação de trabalho da família, que vai exaurindo as forças, a vontade de lutar por
uma vida mais digna, de condições melhores, de participação crítica, ativa e
consciente no seu meio social. A maioria da população não consegue vislumbrar
que só através de uma educação de qualidade, a que todos têm direito,
conseguiremos obter melhorias para nossas vidas, dignidade.
A reprovação e a evasão no período noturno em nosso colégio também é
uma triste realidade, mas estamos agindo de forma interativa, procurando soluções.
Nos últimos anos, o resultado do ensino regular foi o seguinte:
42
2009
5ª Série Manhã 5ª Série Tarde 5ª Série Noite
Nº de Alunos
% Nº de Alunos
% Nº de Alunos
%
Aprovados 85 86,73% 78 71,95% 08 21,62%
Reprovados 05 5,1% 17 15,59% 02 5,4%
Transferidos 07 7,14% 12 11% 03 8,1%
Desistentes 01 1,02% 02 1,83% 24 64,86%
Total 98 - 109 - 37 -
6ª Série Manhã 6ª Série Tarde 6ª Série Noite
Nº de Alunos
% Nº de Alunos
% Nº de Alunos
%
Aprovados 90 95,74% 57 81,42% 14 31,81%
Reprovados - - 09 12,85% 02 4,54%
Transferidos 03 2,85% 03 4,28% - -
Desistentes 01 1,06% 01 1,42% 28 63,63%
Total 94 - 70 - 44 -
7ª Série Manhã 7ª Série Tarde 7ª Série Noite
Nº de Alunos
% Nº de Alunos
% Nº de Alunos
%
Aprovados 89 95,69% 42 77,77% 18 39,13%
Reprovados 01 1,07% 06 11,118% 01 2,17%
Transferidos 03 3,22% 03 5,5% - -
Desistentes - - 03 5,5% 27 58,69%
Total 93 - 54 - 46 -
8ª Série Manhã 8ª Série Tarde 8ª Série Noite
Nº de Alunos
% Nº de Alunos
% Nº de Alunos
%
43
Aprovados 85 87,62% 28 84,84% 24 53,33%
Reprovados - - - - 02 4,44%
Transferidos 09 9,27% 04 12,12% 02 4,44%
Desistentes 03 3,09% 01 3,03% 17 37,77%
Total 97 - 33 - 45 -
2010
5ª Série Manhã 5ª Série Tarde 5ª Série Noite
Nº de Alunos
% Nº de Alunos
% Nº de Alunos
%
Aprovados 85 86,73% 78 71,95% 08 21,62%
Reprovados 05 5,1% 17 15,59% 02 5,4%
Transferidos 07 7,14% 12 11% 03 8,1%
Desistentes 01 1,02% 02 1,83% 24 64,86%
Total 98 - 109 - 37 -
6ª Série Manhã 6ª Série Tarde 6ª Série Noite
Nº de Alunos
% Nº de Alunos
% Nº de Alunos
%
Aprovados 90 95,74% 57 81,42% 14 31,81%
Reprovados - - 09 12,85% 02 4,54%
Transferidos 03 2,85% 03 4,28% - -
Desistentes 01 1,06% 01 1,42% 28 63,63%
Total 94 - 70 - 44 -
7ª Série Manhã 7ª Série Tarde 7ª Série Noite
Nº de Alunos
% Nº de Alunos
% Nº de Alunos
%
Aprovados 89 95,69% 42 77,77% 18 39,13%
Reprovados 01 1,07% 06 11,118% 01 2,17%
Transferidos 03 3,22% 03 5,5% - -
Desistentes - - 03 5,5% 27 58,69%
Total 93 - 54 - 46 -
8ª Série Manhã 8ª Série Tarde 8ª Série Noite
Nº de Alunos
% Nº de Alunos
% Nº de Alunos
%
44
Aprovados 85 87,62% 28 84,84% 24 53,33%
Reprovados - - - - 02 4,44%
Transferidos 09 9,27% 04 12,12% 02 4,44%
Desistentes 03 3,09% 01 3,03% 17 37,77%
Total 97 - 33 - 45 -
A reprovação no período noturno é mais acentuada em função da frequência
dos alunos, que faltam muito ou mesmo abandonam o curso alegando cansaço
devido ao trabalho braçal que desenvolvem diariamente nas lavouras da região até
mesmo em outros estados, como também em usinas, fábricas, comércio, serviços
de babá, empregada doméstica.
CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE:
A proposta educacional do colégio é utilizar uma metodologia que valorize a
iniciativa e participação do aluno, introduzindo-o no universo escolar para adquirir
conhecimentos relacionando-os não só com o seu dia-a-dia, mas também
compreendendo que o conhecimento é construído historicamente e não se limita ao
cotidiano atual, mas vislumbra um futuro que exige de todos um compromisso ético,
cultivando desde já, uma sociedade mais fraterna.
Para produzir o mencionado trabalho educativo contamos com profissionais
habilitados. Nosso corpo docente é formado por professores especializados o qual
passa constantemente por um processo de formação continuada ofertada pelo
SEED dentro de sua área de atuação e procura participar dos Projetos Educacionais
que surgem no decorrer do ano letivo tais como: Agenda 21, Projeto Fera, Com
Ciência, Contação de História do Paraná, entre outros, onde podemos observar que
não há mais resistência em participar dos cursos de capacitação. Contamos ainda
com vários professores que ingressaram no PDE – PR, em que muitos já
completaram ou estão para completar mais essa jornada na sua vida profissional.
45
O colégio vem trabalhando desde 1998 com o Programa Agrinho que aborda
temas como meio ambiente, saúde, cidadania, trabalho e consumo.
O colégio conta ainda com uma Equipe Técnico-Pedagógica bem estruturada
que atua nos três turnos de atendimento: manhã, tarde e noite. Toda a equipe é
graduada em pedagogia e especializada em Metodologia e Didática do Ensino,
participando ativamente de seminários, Jornada Pedagógica e do Projeto Contação
de História do Paraná, coordenado por professores pesquisadores da UEL,
Universidade Estadual de Londrina. O trabalho desses pedagogos tem uma
dimensão coletiva, interagindo com os professores, alunos e toda a comunidade
escolar, priorizando o pedagógico do colégio, acompanhando o processo ensino –
aprendizagem dos alunos, a sua adaptação ao colégio familiarizando-se com esse
espaço. O resultado de tal interação é bem visível porque os alunos comparecem
mesmo fora do seu horário para ler na biblioteca, praticar esportes ou mesmo
conversar. Já é tradição local gostar do João Turin, como dizem nossos ex-alunos,
ex-professores e funcionários.
Como em todo espaço social, surgem também situações conflituosas entre
alunos, entre estes e os professores ou funcionários, a equipe técnica é acionada
para lidar com estas questões. No dia-a-dia o acompanhamento dos alunos é
anotado na Ficha de Acompanhamento dos Alunos que o professor tem sempre a
mão. Essas fichas ficam à disposição dos pais e responsáveis para análise, pois os
mesmos são convidados a vir ao colégio para dialogar com os professores e equipe
quando a situação pede um acompanhamento mais próximo. Este compromisso o
colégio tem com os pais: uma atenção personalizada, objetiva e carregada de
sensibilidade pedagógica. Os avanços dos alunos também são registrados nas
Fichas de Conselho de Classe ou mesmo na Ficha de Acompanhamento.
A Equipe Técnico-Pedagógica está sintonizada com tudo o que acontece no
cotidiano escolar, organizando o trabalho pedagógico e fazendo interferências na
avaliação e recuperação dos alunos quando constatada alguma divergência. Tudo é
feito com muita clareza e compromisso político dentro de princípios democráticos e
éticos.
Todas as situações acima mencionadas são acompanhadas de perto pela
Equipe da Direção.
46
A gestão escolar segue uma linha democrática, participativa e coletiva,
sempre consciente de que todos os esforços devem estar voltados para uma
formação cada vez melhor aos alunos. As soluções para os problemas relacionados
com a Educação são buscadas em grupo através de uma reflexão coletiva. Todos se
sentem responsáveis pela escola porque reconhecem o empenho de seu gestor de
desenvolver novos conhecimentos e habilidades para realizar seu trabalho.
Prova disso é o novo projeto do PDDE que foi elaborado coletivamente e foi
aprovado proporcionando mais recursos para superarmos nossas dificuldades.
Nossos funcionários apresentam-se como colaboradores, responsáveis,
solidários e conscientes, fazendo sempre seu trabalho com dedicação.
Nossa Equipe Administrativa vem participando de um processo de formação
continuada (PROFUNCIONÁRIO), e hoje podemos contar com profissionais
habilitados, pois todos concluíram o ensino superior e pretendem participar de
Cursos de Especialização. Os documentos escolares que ficam a seu encargo são
muito bem organizados e elaborados cuidadosamente para que tudo seja feito da
melhor maneira possível, organizando e mantendo em dia a coletânea de leis,
regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções e demais
documentos, dando suporte ao funcionamento de todos os setores do
estabelecimento de ensino.
Enfim, são profissionais dedicados, participativos, criativos, informados e
coerentes no seu trabalho coletivo.
A equipe de apoio realiza seu trabalho da melhor maneira possível, com
comprometimento no que fazem, procurando sempre zelar pelas instalações da
escola e do mobiliário cuidando da sua conservação, mantendo uma higiene
adequada para propiciar um ambiente escolar acolhedor.
Nossa luta é por uma escola realmente igualitária, que atenda a todos,
inclusiva, transformadora, criativa, participativa, informatizada, atualizada, autônoma,
inovadora com maiores recursos e apoiada pela sociedade que demonstra estar
preocupada com tantos comportamentos negativos que muitos de seus integrantes
vêm apresentando nos últimos anos, provenientes talvez, pela falta de limites na
formação das pessoas e que, portanto está sofrendo as consequências dessa
47
deteriorização e anseia por retomar os valores éticos, morais e religiosos, onde a
educação surge como processo de humanização.
CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
No processo de aprendizagem inicial da leitura e da escrita, a criança deve
entrar no mundo da escrita, precisa apropriar-se da tecnologia da escrita, pelo
processo de alfabetização e precisa identificar os diferentes usos e funções da
escrita, como também vivenciar diferentes práticas de leitura e de escrita, pelo
processo de letramento.
Alfabetização e Letramento constituem-se como dois passaportes para que a
criança se insira plenamente no mundo da escrita e devem ser processos
simultâneos e indissociáveis.
A alfabetização é a aquisição do sistema da escrita. Para que seja eficiente
esse ensino deve dar-se de forma explícita, sistemática, progressiva, sequente, uma
vez que as relações entre fonemas e grafemas são convencionais e em grande
parte arbitrárias, não sendo, assim, necessário, nem talvez justo, atribuir à criança a
difícil tarefa de “redescoberta” desse sistema de representações convencional, tão
laboriosamente construído pela humanidade historicamente. Porém, esse ensino
pode e deve ser feito com base em frases e textos reais, do contexto da criança,
para que a mesma se aproprie do sistema de escrita vivenciando-o tal como é usado
nas práticas sociais que envolvem a língua escrita.
Já, o desenvolvimento de competências para a leitura e a escrita é o próprio
letramento e deve ser orientado por objetivos específicos, tais como familiarização
da criança, na leitura e na escrita, com diferentes gêneros de texto e suas
características específicas, manipulação adequada de diferentes portadores de
textos, particularmente livros, utilização de dicionários, enciclopédias, conhecimento
e uso de biblioteca, entre muitos outros objetivos orientados pelo e para o
letramento, aproveitando todas as oportunidades que levem a criança a identificar e
compreender a tecnologia que possibilita a produção do material escrito com que
convive.
48
Concluindo, ensina-se a ler e escrever alfabetizando e letrando
simultaneamente e indissociavelmente.
III - MARCO CONCEITUAL
Em meio a tanta mudança, progresso e tecnologia, torna-se angustiante a
constatação de que a Educação é ainda tão negada às crianças das classes menos
favorecidas que não podem colocar a escola em primeiro plano pois nem mesmo as
suas necessidades básicas mais urgentes são satisfeitas. E a luta por uma vida mais
digna só é acionada através de uma Educação de qualidade, uma vez que só a
Educação proporciona um novo vir a ser.
O resultado do processo de globalização em nossa sociedade causa certo
desconforto frente às práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas públicas onde
o ensino parece tornar-se deficiente e ultrapassado com muita rapidez, evidenciando
a necessidade de reformulação constante na tentativa de manter o aluno estimulado
a interessar-se pelo ambiente escolar, como um espaço importante para seu
desenvolvimento e realização de procedimentos pedagógicos que vão auxiliá-lo no
seu cotidiano e no seu projeto de vida.
Acompanhar a dinâmica social requer acompanhar o desenvolvimento
científico e pressupõe um amplo acompanhamento das instâncias sociais,
econômicas, políticas e culturais sobre as quais se sustentam as sociedades
humanas.
Buscar um estudo sem preconceitos, livre de limites por meio da
interdisciplinaridade a partir do início da escolarização básica é um caminho para
conciliar tudo: o sujeito, o objeto, a razão e a emoção, provocando no aluno o gosto
pela leitura e pesquisa numa graduação natural que deverá atender às diferentes
fases do desenvolvimento humano, proporcionando uma atividade alternativa e
atraente. Cabe ao professor utilizar-se dos instrumentos que mais atraem a atenção
dos alunos: os recursos didáticos como ferramenta de apoio para desenvolver esta
proposta.
No colégio João Turin, professores e alunos podem contar pelo menos com
um mínimo de recursos que se fazem grandiosos em nosso contexto: planetário,
49
gravações da TV Escola, livros didáticos, recursos audiovisuais (TV PENDRIVE e
DVD), biblioteca com acervo considerável e laboratório de informática do Programa
“PARANÁ DIGITAL” e estamos aguardando a instalação do PROINFO. No mais
contamos com a criatividade e boa vontade dos profissionais que atuam na escola e
das instâncias colegiadas.
Incentivar os sujeitos escolares, valorizar seus sentimentos não é apenas
uma metodologia, mas o elemento inicial na busca de uma Educação Humanizadora
que vai contribuir para a ampliação das possibilidades de estudo das disciplinas no
geral.
CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO
Outro elemento significativo que também tem reflexos positivos no que diz
respeito ao relacionamento humano na instituição escolar é o investimento na
melhoria do ambiente escolar, que tem como consequência direta a própria
preservação do equipamento físico e social da escola gerando comportamentos e
atitudes positivas capazes de criar novas perspectivas para os alunos, ex alunos,
professores e toda comunidade escolar e local. Com isso eleva-se a auto-estima dos
alunos e facilita ainda a sua participação efetiva em algumas atividades onde
através da sua ação ele será o centro das atividades e das decisões de uma forma
natural.
Algumas dessas atividades podem ser: acervo fotográfico, produção de
vídeos e livros, exposições de trabalhos, registro das atividades desenvolvidas,
zelando pela memória o que vai desencadear um sentimento positivo de
pertencimento a esse espaço escolar público.
Nesta perspectiva não podemos esquecer que só a gestão participativa e
descentralizada vai envolver o colégio numa prática de discussão coletiva, que
envolve desde a divisão de responsabilidades e a definição das funções de cada um
até as decisões sobre encaminhamentos e ações concretas, pondo de lado a
tendência centralizadora que ainda é muito forte dentro do sistema educacional.
O colégio deve privilegiar atitudes positivas, construtivas, criativas e críticas
por parte do professor e do aluno, alterando relações tradicionais de ensino-
50
aprendizagem com um planejamento que tenha clareza para o professor e para o
aluno sobre o que, por que e como se vai aprender. Exige-se que o professor
conheça a realidade do aluno e suas redes de relação, que tenha um real interesse
e afeto por aqueles que estão ao seu cuidado.
Esta metodologia pressupõe um espaço de aprendizagem que vê o educador
e o educando como parceiros na construção do saber sistematizado, cabendo ao
professor, como mediador, articular as diversas fontes de conhecimento, relacionar
teoria e prática, ciência e cotidianidade, dando maior coerência, maior visão de
conjunto ao estudo de conhecimentos da humanidade, com o objetivo do aluno
poder transformar sua realidade a partir desse conhecimento.
AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem serve de parâmetro para o professor e o aluno
perceberem e reverem os caminhos de compreensão e ação sobre o conhecimento,
dentro de uma concepção dialética.
Para tanto ela deve ser: diagnóstica, contínua, democrática, formativa e
mediadora da aprendizagem.
No ensino regular de 5ª a 8ª séries, o aproveitando do aluno é demonstrado
através de notas que vão de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) e média anual mínima de 6,0
(seis) para aprovação, para cada disciplina, e é obtido da média ponderada, dos
registros de notas dos semestres, resultantes das avaliações realizadas como
segue:
MA: 1ºSx4 + 2ºSx6
10
Para aprovação exige-se média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), e
freqüência igual ou superior a 75%.
Como cada professor tem a sua prática avaliativa, essa mesma prática é
associada à concepção pedagógica que rege a prática do educador. Em nosso
colégio incentivamos a prática educativa dentro da pedagogia histórico-crítica, uma
51
vez que é a concepção preconizada pelas DCEs e apropriada para enfrentar e
compreender os desafios educacionais contemporâneos.
A avaliação precisa ser compreendida como um instrumento de compreensão
do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos, às atitudes
desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de
conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e
dificuldades dos educandos e assim redirecionar as suas ações, se preciso for.
O mais importante em todas as práticas avaliativas é o professor
comprometer-se efetivamente com a aprendizagem de todos os alunos, com a
efetiva democratização do ensino, romper com a ideologia e práticas de exclusão,
abrir mão da avaliação classificatória como alternativa pedagógica, fazendo todo o
possível para o aluno se desenvolver, crescer como pessoa, construir seu
conhecimento e conquistar sua autonomia.
ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO:
O colégio só realiza a sua função social quando realmente cria espaços de
exercícios do direito de cidadania. É função do colégio auxiliar na formação cidadã,
assegurando ao aluno o acesso e permanência com sucesso dentro desse espaço,
sucesso garantido quando a escola oferece um ambiente propício às aprendizagens
significativas e às práticas e convivência democrática.
Para favorecer a construção da cidadania, o colégio precisa elaborar e
implementar um Projeto Político Pedagógico que garanta a unidade do trabalho
escolar não havendo divisão entre os que planejam e os que executam. Portanto, a
elaboração do Projeto Político Pedagógico bem como sua execução e avaliação
deve ser de forma coletiva onde todos os segmentos envolvidos cumpram sua
função. Esse coletivo no colégio envolve gestores, técnicos, funcionários,
professores, alunos, pais e comunidade local, quando se faz necessário se reúnem
para tomada de decisões.
O colégio cumpre seu compromisso institucional relativos ao direito,
consagrado na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que garante
52
a todos, sem distinção de qualquer natureza, de acesso à educação escolar pública,
gratuita e de qualidade com o compromisso da formação de um aluno crítico e
reflexivo.
O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio é organizado
para atender ao direito do estudante de ter acesso a uma educação de qualidade, a
partir da prática da gestão democrática, seguindo as políticas emanadas pela SEED.
O Ensino regular de 6º ao 9º anos, ofertado no período matutino, vespertino e
noturno, é organizado em séries anuais. Todos são classificados conforme tabela
abaixo:
ENSINO FUNDAMENTAL
SÉRIES6º ano7º ano8º ano9º ano
Para o ano de 2012, com a implantação dos anos finais do Ensino
Fundamental de Nove Anos, a correspondência das séries finais do Ensino
Fundamental de 08 anos de duração para os anos finais do Ensino Fundamental de
9 anos de duração será:
Considerando a aprovação
EF 8 anos - 2011 EF 8 anos - 2012 EF 9 anos - 2012
4ª série 5ª série 6º ano
5ª série 6ª série 7º ano
6ª série 7ª série 8º ano
7ª série 8ª série 9º ano
8ª série - -
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HORÁRIO DE OFERTA DOS CURSOS
Período Matutino: Das 7:30h às 11:50h, com um intervalo de 10 minutos
para o recreio após a 3ª aula, ou seja, às 10:00 horas;
Período Vespertino: Das 13:00h às 17:20h, com um intervalo de 10 minutos
para o recreio após a 3ª aula, ou seja, às 15:25 horas;
Período Noturno: das 19:00h às 23:10h, com um intervalo de 10 minutos
para o lanche após a 2ª aula, ou seja, às 20:40 horas;
A escola voltou a ofertar a partir de 2006 o Ensino Regular Noturno, que
segue o seguinte horário:
1ª aula 19:00 h às 19:50 h - 2ª aula 19:50 h às 20:40 h - 3ª aula 20:50 h às
21:40 h - 4ª aula 21:40 h às 22:25 h - 5ª aula 22:25 h às 23:10 h.
Na 5ª e 6ª séries, é ofertada 1 [uma] aula de Ensino Religioso, uma vez por
semana, como pré-aula, das 18:15 h às 19:00 h.
Nesse mesmo período é ofertada a EJA Ensino Fundamental Fase II e Ensino
Médio.
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA:
A Gestão Democrática no colégio emana da lei maior da educação Brasileira -
LDBEN, nº. 9394/96. Essa lei define os seguintes princípios:
I - Participação dos profissionais da Educação na Elaboração do PPP.
II – Participação das comunidades em Conselhos Escolares e/ou
equivalentes.
Esses princípios promovem o processo de democratização na escola,
garantindo um espaço de atuação coletiva fortalecendo o Conselho Escolar no qual
participam diretores, professores, funcionários, alunos, pais e outros representantes
da comunidade, promovendo ainda a participação dos alunos nesse processo
democrático, tendo como meio os Grêmios Estudantil, que tem função importante
54
em favorecer a integração e o atendimento às suas necessidades bem como
aproximá-los das atividades da escola e melhorar a qualidade de ensino.
A viabilidade de uma gestão democrática depende do conjunto de todos os
grupos que trabalham com educação: governo, escola e sociedade em geral.
O próprio conteúdo da democracia tem como sustento a ação coletiva, a
comunidade e a comunicação.
Ela se viabiliza, unicamente, como compromisso coletivo onde entram a
responsabilidade coletiva de transformar a própria consciência, pelo auto-
conhecimento, pela autocrítica, pela humildade de aceitar a diferença, como
condição para o diálogo e ação conjunta.
Apesar das dificuldades o colégio com todos os seus atores, vêm buscando e
já exercitando uma nova prática de colaboração entre todos e compromisso em
prestigiar valores como a ética, a solidariedade, a eqüidade. Quanto melhor a
comunicação no grupo haverá maiores garantias de um bom andamento da prática
de colaboração.
Uma vez que a comunicação depende da capacidade que um indivíduo ou um
grupo possui para transmitir suas ideias e sentimentos a outros indivíduos ou
grupos, a vida em grupo é impossível sem a comunicação.
As festas marcadas pelo colégio são um importante instrumento da gestão
democrática. Parceria com a comunidade para a realização de atividades extra
classe que enriquecerá os conteúdos escolares.
No ambiente escolar se faz necessário superar os obstáculos à comunicação,
superar estas limitações seguindo alguns procedimentos:
- Criar uma atmosfera favorável à comunicação: para isso é preciso saber
escutar os outros, respeitá-los nas suas diferenças, estar disponível a
todos, dar importância ao calor humano, favorecer o diálogo, fomentar a
sinceridade, entre outros;
- Compreender que sobre cada problema não existe um só ponto de vista:
além do nosso há outros que são diferentes e ninguém detém toda a
verdade respeitando os outros pontos de vista, buscando enriquecimento
com a contribuição dos outros;
55
- Não julgar pelas primeiras impressões: é preciso crer em suas
possibilidades e potencialidades, estar disposto a receber algo novo,
diferente;
- Em cada contato com os outros, ser capaz de encontrar algo novo e
positivo na pessoa, ou seja, saber esperar do outro e dos outros.
Concluindo, é importante frisar que a viabilidade de uma gestão democrática
depende do conjunto de todos os grupos que lidam com a educação-governo, escola
e sociedade em geral.
TEMPO ESCOLAR E TEMPO PEDAGÓGICO
A Escola é espaço da crítica e da utopia porque é um espaço de construção
do conhecimento e do exercício da crítica às relações sociais vigentes, buscando a
transformação da ordem social injusta e desigual. Sua função principal é a produção
do conhecimento sistematizado e socialização desse conhecimento ao longo do
tempo, pela humanidade, e tem que saber lidar com a simultaneidade e
complexidade do tempo de hoje.
A vida escolar ocorre em um determinado tempo e espaço, e a ela é atribuída
a tarefa de favorecer ao estudante a compreensão do movimento dialético nas
relações entre o homem, a natureza e a cultura no contínuo do tempo. No exercício
dessa tarefa é necessário atentar para o tempo escolar e exercer uma mediação
pedagógica consciente. O tempo escolar é o tempo pedagógico que os estudantes
vivenciam no ambiente escolar durante o curso básico adquirindo aprendizagens
significativas para toda a vida.
O currículo é definido em termos oficiais para assegurar esse tempo
pedagógico que deve respeitar o ritmo, o tempo e as experiências dos alunos.
Como cada aluno tem seu próprio ritmo de aprendizagem. Para aqueles que
não conseguiram adquirir e processar satisfatoriamente sua aprendizagem, o colégio
procede de acordo com o que dispõe a LDB, oferecendo a estes alunos a
recuperação paralela de conteúdos e ações de reforço nas salas de apoio e para
aqueles que apresentam maiores dificuldades no colégio, podem contar também
com a sala de recursos, como também é prevista a possibilidade da progressão
56
parcial, ou seja, a dependência. Esse último dispositivo é oferecido em alguns casos
específicos, mas a realidade é que os alunos de 6º ao 9º anos não têm maturidade
suficiente para atingir novos patamares de aprendizagem.
A maioria deles não aproveita essa oportunidade, esse direito de assegurar
sua aprendizagem e avançar na construção de seu conhecimento.
Agora o aluno poderá fazer DP apenas em 1 ( uma ) disciplina.
O sistema de Avaliação é Semestral o qual proporciona maior tempo para o
professor trabalhar o conteúdo e conhecer melhor a aprendizagem do aluno,
possibilitando ao mesmo um período maior para obter resultados almejados nas
avaliações e não sendo atropelado como vinha sendo pelo sistema bimestral.
A Educação de Jovens e Adultos foi ofertada nesta escola até o ano de 2006,
onde a última turma dessa modalidade de ensino concluiu seus estudos, passando o
período noturno a ser Ensino Fundamental, mas a partir de 2010 a escola voltou a
ofertar a EJA Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio.
O colégio vai continuar oferecendo a Progressão Parcial, por acreditar que
conhecimento é processo e construção, onde cada aluno tem seu tempo de
aprender e que a função da educação é a formação da pessoa para a autonomia
como construtor de sua história e de seu entorno.
ESPAÇOS PRIVILEGIADOS PARA DISCUSSÃO E ANÁLISE DAS PRÁTICAS
EDUCATIVAS DO COLÉGIO:
A criação de espaços para discussão e análise das práticas educativas do
colégio é algo inerente ao processo de conscientização articulado no ambiente
educacional sendo tal processo sempre inacabado, contínuo e progressivo. Trata-se
de uma aproximação crítica da realidade.
A essência da organização escolar é a dialogicidade que é fortalecida através
dos encontros entre todos os segmentos do colégio, como reunião que podem ser
agendadas antecipadamente ou realizadas quando há necessidade de prestar
esclarecimentos, buscar sugestões ou mesmo tratar de problemas que por ventura
surgirem e que devem ser corrigidos. Essas reuniões devem ser lavradas em Ata.
57
São exemplos de reuniões: Reuniões de Pais e Mestres, Reuniões
Pedagógicas, Reuniões de Conselho de Classe, Reuniões da APMF, Reuniões da
Equipe Pedagógica com a Equipe Administrativa, Reuniões da Direção com
Instâncias Colegiadas e outras extraordinárias que se fizerem necessárias durante o
período letivo.
No processo de comunicação e informação são usadas também estratégias
como informações em Editais registrados em livro próprio ou afixados em Quadros
de Aviso e ainda em Livros Informativos, onde são anexadas cópias de documentos
recebidos que devem ser divulgado entre professores e funcionários ficando em
local acessível e visível. Evidentemente são realizados também contatos diretos
como forma de humanizar o processo, porque em algumas situações a formalidade
impede a aproximação que proporciona ao colégio um clima de grande família.
A realização de Reuniões de Pais Professores e Pedagogos ainda é a
estratégia mais usada para transmitir informações sobre o aproveitamento dos
alunos e das turmas as quais pertencem através de demonstração de dados
coletados anteriormente nas Reuniões Pedagógicas e nos Conselhos de Classe.
Neste último, os professores preenchem fichas específicas registrando os problemas
de aprendizagem como também os avanços e melhorias de alunos e turmas.
Nas reuniões bimestrais e semestrais entre pais e professores é fornecido ao
pai ou responsável os resultados das avaliações, avanços, comportamento e
frequência de seus filhos.
Os níveis de evasão vêm diminuindo consideravelmente nos períodos
matutino e vespertino, possivelmente pelas políticas públicas desencadeadas na
última década ou mesmo devido à maior conscientização dos pais em almejar um
avanço educacional para seus filhos.
Essa conscientização é fortalecida nos momentos de convívio mais direto
com a comunidade escolar, nas festividades, confraternizações, quermesses,
gincanas, passeios, jogos, exposição de trabalhos feitos pelos alunos, entre outros.
A escolha dos alunos representantes de turma é feita no início do ano letivo,
passados pelo menos 30(trinta) dias de aula, onde já se estabeleceu um
conhecimento entre os colegas de classe já que é feita uma eleição entre eles. Os
58
professores representantes de turma são escolhidos pela Equipe Pedagógica que
anteriormente realizam uma sondagem.
A Hora Atividade dentro do tempo e espaço escolar é utilizada para o
professor preparar as aulas através de leituras e pesquisas em jornais, revistas,
internet e na biblioteca, como também corrigir trabalhos e cadernos dos alunos,
preparar atividades e avaliações e corrigir as mesmas, trocam de experiências com
professores da mesma disciplina, leitura e revisão do PPP, atendimento aos alunos
individualmente, desde que seja em horário alternado para não prejudicar outras
disciplinas, preparar material didático para um melhor desenvolvimento das aulas,
como cartazes, recortes de textos em revistas e jornais, elaboração de projetos
didático-pedagógicos voltados para as datas comemorativas já definidas em
Calendário Escolar leitura de documentos como: PPP, Regimento, entre outros.
A comunidade sabe que além de ser consultada e informada acerca dos
procedimentos escolares, pode participar dando sugestões ou mesmo criticando
quando não concordar com algumas práticas dentro do dia-a-dia escolar, pois é no
conjunto de ações que vamos caminhar na busca da melhoria do ensino.
O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA
O currículo deve articular possibilidades, necessidades, interesses, pretensão
e perspectivas da escola sobre o que deve ser ensinado, quando ensinar, como e
quando avaliar, de forma que os ajustes das intervenções pedagógicas venham ao
encontro das necessidades sociais dos alunos, demonstrando aos pais e a
sociedade que a principal função da escola é formar o cidadão, garantindo o seu
crescimento científico e social.
Segundo Demerval Saviani, em seu livro “Pedagogia Histórico-Crítica” (2005),
o currículo é a organização do conjunto das atividades nucleares distribuídas no
tempo e espaço escolares, ou seja é uma escola desempenhando a função que lhe
é própria: transmissão-assimilação do saber sistematizado, uma vez que é função
da escola dosar e sequenciar esse saber para que o aluno possa gradativamente,
59
do conteúdo mais simples para o mais complexo, assimilar esse “saber escolar”
(SAVIANI, 2005, p.18).
Com isso vemos que o currículo da escola é a seleção intencional de uma
porção de cultura que, por sua vez, refere-se a toda produção humana que se
constrói a partir das interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e
consigo mesma. Esta ação essencialmente humana e intencional é realizada a partir
do trabalho, por meio do qual o homem se humaniza a própria natureza.
Por cultura escolar entende-se, então tudo o que os grupos sociais produzem
para representar o seu jeito de viver, de entender e de “sonhar” o mundo. O currículo
é portanto, histórico, resultado de um conjunto de forças sociais, políticas e
pedagógicas que expressam e organizam os saberes que circunstanciam as práticas
escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são históricos e sociais. Nesta
perspectiva, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os
saberes nele inseridos como também, os movimentos contraditórios que a
sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles. Neste
sentido, à escola cabe assumir seu papel fundamental na transmissão, apropriação
e socialização dos saberes culturais, numa base teleológica (intencional) que
pressuponha uma práxis transformadora: caminho (pista de corrida) este a ser
percorrido por todos na escola (PARANÁ/SEED/CGE/2009).
No Colégio Estadual João Turin, a nossa meta é a luta pela democratização,
pela educação de qualidade com direitos iguais para todos e valorização dos
profissionais da Educação, uma vez que, através da prática docente, a experiência e
reflexão constante para o exercício da função de educadores é que podemos trilhar
o caminho mais adequado ao êxito de todo o coletivo escolar.
A escola é uma instituição social que, por sua natureza e especificidade,
trabalha com o conhecimento e com o ser humano, por um constante processo de
discussão e re-elaboração de suas ações, para não só acompanhar os processos
evolutivos da sociedade, mas para interferir nas necessárias transformações.
A necessidade de atualização permanente da proposta curricular de uma rede
de ensino reflete na dinamicidade do conhecimento científico e sua subsequente
reorganização dos saberes escolares. Os profissionais docentes são os nossos
maiores e melhores protagonistas da reformulação curricular.
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Os professores, em sua prática no colégio, tornaram-se sujeitos epistêmicos,
capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para o
processo de ensino e de aprendizagem. Queremos construir, no coletivo das
escolas, com os professores, profissionais da educação, alunos e pais um conjunto
de ideias que permeiem as propostas que estarão na base do processo de ensinar e
do aprender e adaptar os alunos às novas formas de trabalho no mundo produtivo.
O desafio que o colégio precisa enfrentar é tornar-se um espaço de criação e
de crítica cultural, o que envolve eleger a cultura como o eixo articulador do
currículo. Algumas estratégias podem facilitar essa perspectiva.
O colégio precisa, inicialmente, considerar os educandos como sujeitos
culturais e adotar uma postura aberta à cultura, às suas distintas manifestações;
uma postura que supere o “daltonismo cultural” de muitos docentes, que
desconsideram a diversidade cultural que se encontra na sala de aula. Quer-se uma
perspectiva que valorize e leve em conta a riqueza decorrente da existência de
diferentes culturas no espaço escolar.
Pode-se acentuar a necessidade de se explicitar, como um dado
conhecimento relaciona-se com os eventos e as experiências dos estudantes e do
mundo concreto.
É preciso que a cultura dos estudantes da comunidade possa interagir com
outras manifestações culturais, como visita a museus, centros culturais, música,
clássicos da literatura, etc. Se pretendermos incentivar a complexa interpretação das
culturas e a pluralidade cultural, garantindo centralizar cultura nas práticas
pedagógicas, tantos as manifestações culturais hegemônicas quanto as
subalternizadas, precisam ser objetos de atenção e apreciação no currículo.
É fundamental que as instituições escolares, professores e professoras,
alunos e alunas constituam experiências escolares capazes de alterar as tradições e
construir uma nova cultura pedagógica, deslocando o foco das atividades escolares
para que os temas apontados, como de interesse ou de necessidades pelas alunas
e alunos e suas comunidades, permitindo a expressão de suas culturas e
movimentos sociais. Para isso, as instituições escolares devem incumbir-se de
organizar situações pedagógicas, que permitam o acesso a saberes e bens
61
culturais, mas que efetivem a aprendizagem científica, respondendo às
necessidades e interesses das crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.
Os estudantes com necessidades especiais podem encontrar espaços
permanentes de aprendizagem e interação nos colegas de turma, como
efetivamente permitir a estes, a experiência do currículo cotidiano, superando a
discriminação e preparando as turmas para práticas e posturas inclusivas em textos,
nos ambientes e situações sociais.
Para Saviani (2005), como a aprendizagem é um processo deliberado e
sistemático, este deve ser organizado. O currículo deverá traduzir essa organização
e estruturação dos elementos para que as experiências curriculares tenham êxito.
Na instituição escolar tudo deve seguir uma programação. A programação do
conhecimento a ser efetivado tem seu pilar na matriz curricular e no currículo
propriamente dito.
MATRIZ CURRICULAR
O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio, oferta os
cursos de Ensino Fundamental (Regular) de 6º ao 9º anos e a Educação de Jovens
e Adultos, EJA, organização Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio,
organização coletiva e individual.
A Matriz Curricular é composta de 75% (setenta e cinco por cento) de sua
grade, pelas disciplinas da Base Nacional Comum: Língua Portuguesa, Matemática,
Ciências, Geografia, História, Educação Física, Artes e Educação Religiosa
(facultativa).
Os 25% (vinte e cinco por cento) restantes, são da Parte Diversificada, onde é
ministrada a Disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, por ser considerado
o idioma que mais integra o cidadão na comunidade universal.
Cada Matriz Curricular tem sua importância e os conhecimentos desta, para
serem postos em prática necessitam maior espaço e tempo, onde haja uma divisão
igualitária, visto que todas as disciplinas têm importância na formação cultural dos
alunos.
62
Referências
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Coordenação de gestão Escolar. O
Papel do Pedagogo na gestão: Possibilidades de Mediação do currículo, 2009.
SAVIANI, Demerval, Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras aproximações. 9ª.ed.
Campinas, SP: Autores Associados, 2005.
63
SEGUEM ANEXADAS AS MATRIZES CURRICULARES TRABALHADAS NO
COLÉGIO – 2012 ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
65
IV - MARCO OPERACIONAL
PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
66
MUNICÍPIO: SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: CORNÉLIO PROCÓPIO
GESTÃO: 2011/2013
DIRETORA: EXILAINE GASPAR
DIRETORA AUXILIAR: MARISA APARECIDA MENDES GOMÇALVES LOPES
OBJETIVO GERAL:
Assegurar uma gestão democrática como ponto de partida para uma
mudança qualitativa do processo de ensino-aprendizagem, fundamentada em
processos de decisão coletiva, na socialização do conhecimento, na construção da
cidadania, politicamente comprometida com a transformação social da escola e da
sociedade.
AÇÕES PROPOSTAS:
• Saber ouvir, aceitar sugestões, questionar, intervir e coordenar as ações
escolares visando o redimensionamento administrativo da escola, respeitando a
opinião de cada um;
• Promover a motivação a adesão de todos os setores educadores, alunos e
funcionários nas tomadas de decisões que envolvam os aspectos físicos,
administrativos e pedagógicos;
• Zelar e promover o funcionamento efetivo dos órgãos colegiados da escola,
compartilhando decisões e responsabilidades, com vistas a reunião de ideias para
melhor conduzir o processo ensino-aprendizagem.
• Cumprir e fazer cumprir o que determina a LDBEN, o Regimento Interno e Projeto
Político Pedagógico;
• Valorizar, proporcionar e interagir nas atividades desenvolvidas pelos docentes,
pois o diretor é antes de mais nada um educador;
67
• Promover relação humana e profissional mais cooperativa e solidária no interior
da escola;
• Promover o intercâmbio cultural entre escolas regionais, possibilitando a
socialização, a troca de experiências de professores e alunos, que venha
enriquecer o currículo e a prática pedagógica das diversas disciplinas;
• Estimular, planejar e apoiar a organização de atividades extraclasse
(gincanas, excursões, passeios visitas, teatro, campeonatos, etc.), visando sempre
a qualidade do ensino-aprendizagem;
• Tornar o ambiente de trabalho um local que vise o respeito, a cordialidade, a
solidariedade, a justiça, a união e a cooperação;
• Estabelecer de forma coletiva normas, regras claras de trabalho e garantir sua
efetivação;
• Incentivar, participar, apoiar e acompanhar, projetos pedagógicos divulgando
seus resultados;
• Promover entre os agentes educativos a participação de todos em projetos
individuais e coletivos;
• Garantir e assegurar condições para que a diversidade étnico-racial, a igualdade
social e a inclusão de portadores de necessidades especiais, façam parte do
cotidiano escolar buscando informações com pessoas especializadas na área;
• Prestar conta com transparência dos recursos destinados ao colégio para a
comunidade escolar;
• Fazer uso equilibrado e racional dos recursos financeiros e materiais sempre com
consulta da comunidade escolar, priorizando o pedagógico;
• Comprometer-se pela manutenção da merenda escolar, sendo esta componente
importante para a concretização do processo ensino-aprendizagem;
• Zelar pela limpeza, organização, higiene do estabelecimento de ensino;
• Zelar pelo patrimônio público e buscar sempre recursos para a melhoria do
processo ensino-aprendizagem;
• Oferecer ao professor suporte pedagógico que possibilite a melhoria do processo
ensino-aprendizagem;
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• Viabilizar reuniões constantes de pais e mestres com vistas a manter diálogo
aberto sobre o desempenho/rendimento do aluno, visando a disciplina escolar, o
progresso do aluno e a divisão de responsabilidades;
• Propiciar condições ao professor e funcionário a participação em reuniões e
outros eventos escolares;
• Proporcionar mecanismos que viabilizam a formação continuada dos profissionais
da educação e sua participação em cursos, grupo de estudos, troca de
experiências visando sempre a qualidade do ensino-aprendizagem;
• Manter ampla divulgação e circulação aberta dos documentos recebidos, com o
objetivo de deixar os profissionais da educação sempre bem informados e
atualizados de todas as mudanças e novidades do processo educativo e de sua
vida profissional;
• Incentivar, oportunizar e apoiar funcionários com interesse em dar continuidade
aos estudos e preparação para possíveis concursos;
• Participar de formação continuada, buscando a qualidade pedagógica e
administrativa do colégio;
• Elaborar projetos de readequação e reformas do espaço físico destinado à
cantina e refeitório, visto que apresenta precariedade, necessitando de reformas
urgentes;
• Ampliar e dinamizar o acervo da biblioteca através de parcerias, compras,
doações, visando assim a atualização e formação cultural e crítica de professores e
alunos;
• Ampliar e renovar a videoteca escolar, promovendo atividades pedagógicas mais
atrativas efetivamente eficazes;
• Organizar coletivamente um calendário de datas comemorativas que serão
desenvolvidas durante o ano letivo;
• Promover, organizar e viabilizar eventos que visem o desenvolvimento cultural,
cognitivo, social e desportivo dos alunos, em consonância com os conteúdos
estruturantes;
69
RESPONSÁVEIS:
EXILAINE GASPAR
MARISA APARECIDA MENDES GONÇALVES LOPES
CRONOGRAMA: REALIZAÇÕES NO PERÍODO DE 2011/2013
AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO:
O presente Plano de Ação visa o bem estar social, cultural, intelectual,
formativo de todos os seres envolvidos no âmbito escolar. As metas a serem
alcançadas dependerão do total envolvimento daqueles que fazem parte desta
instituição, portanto não faltarão esforços e empenho total para que sejam
efetivadas.
O plano de ação proposto apresenta-se de forma versátil e flexível, podendo
ser acrescentado novas ações ou readequações considerando que toda ação
que se propõe surtirá mais efeito e sucesso quando realizada e avaliada num
conjunto.
PLANO DE AÇÃO DOS PEDAGOGOS
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MUNICÍPIO: SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: CORNÉLIO PROCÓPIO
GESTÃO: 2011/2013
OBJETIVO GERAL:
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CONSOLIDAR TODAS AS INICIATIVAS AVALIATIVAS DE TUDO O QUE
ACONTECE NO COLÉGIO, VISANDO A SINTONIA DE OBJETIVOS E VALORES
DO COLETIVO ESCOLAR PARA APRIMORAMENTO DAS AÇÕES
DESENCADEADAS E DO TRABALHO PEDAGÓGICO REALIZADO PELA
INSTITUIÇÃO.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
•Favorecer uma maior integração entre a Equipe Técnico-Pedagógica com a
realidade de cada sala de aula e as necessidades de cada professor, para que
adotemos metodologias e estratégias que desenvolvam a sensibilidade dos
alunos, que viabilizem a autonomia e a democracia no cotidiano escolar;
•Promover a participação dos pais na elaboração e execução dos projetos da
escola através de momentos esportivos, artístico-culturais, tecnológicos e de
enriquecimento curricular, para estimular a participação e a cooperação de toda a
comunidade interna e externa, visando a construção de uma sociedade mais
humana e solidária;
•Dinamizar as reuniões com os pais através de temáticas relacionadas ao
cotidiano escolar e educação em geral para enfrentar os desafios da realidade;
•Promover para toda comunidade escolar e debate e a pesquisa sobre a temática
da inclusão buscando um conhecimento mais aprofundado e aperfeiçoado sobre
o tema priorizando uma convivência preocupada com o bem estar pessoal e do
próximo;
•Potencializar, cada vez mais, o uso dos novos recursos tecnológicos disponíveis
nos ambientes do colégio para criar o clima propício para o desenvolvimento do
processo de ensino e aprendizagem, bem como de vivências cooperativas;
•Valorizar todas as oportunidades de conhecimento e partilha de experiências
para o cultivo do respeito à pluralidade sociocultural e religiosa.
Ações:
•Estabelecer metas prioritárias de trabalho no início de cada ano letivo,
elaboradas com o coletivo dos profissionais da Educação que atuam no colégio;
71
•Promover reuniões para discussão das ações escolares junto com os alunos,
professores, funcionários e comunidade;
•Divulgar as Diretrizes emanadas da SEED, bem como, implementá-las;
•Orientar os professores na elaboração do plano de trabalho docente, da hora
atividade, seguindo as normas da SEED e orientação do NRE;
•Organizar o horário das aulas de acordo com as normas da SEED;
•Prestar orientação aos professores sobre o Sistema de Avaliação vigente:
•Acompanhar a qualidade do ensino ofertado através da análise do
aproveitamento dos alunos para posterior reflexão junto aos professores;
•Acompanhar as dificuldades e/ou sucesso escolar dos alunos usando tabelas e
gráficos;
•Agilizar e aperfeiçoar o sistema de informação aos pais sobre a vida escolar dos
alunos;
•Verificar constantemente as condições do prédio em relação à segurança e
higiene visando o bem estar de todos no colégio;
•Detectar as situações de dificuldades, bem como de possibilidades reais no
setor educacional da escola para atendimento dos alunos com necessidades
educativas especiais.
AVALIAÇÃO:
A avaliação do presente plano de ação será realizada na medida em que
avançamos em direção aos resultados previstos, aprendendo com nossos acertos e
desacertos, corrigindo rumos, adequando ou readequando ações, corrigindo
processos e procedimentos, definindo claramente o que deve ser desenvolvido com
um cuidado especial da equipe.
REGIMENTO ESCOLAR
Os critérios de avaliação, de recuperação e de dependência, com todas as
suas nuances, estão plenamente expostos e classificados no Regimento Escolar,
72
assim como todas as ações compõe o mesmo documento normatizador que
representa os controles, diretrizes, responsabilidades e os objetivos gerais e finais.
O Regimento Escolar do Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental
e Médio de São Sebastião da Amoreira – Paraná, foi aprovado pelo parecer nº
093/2008 de 18/12/2008. Nele encontram-se os critérios de avaliação, recuperação
e de dependência com todas as suas nuances, estão plenamente expostos e
classificados, assim como todas as ações do coletivo escolar compõe o mesmo
documento normatizador que representa os controles, diretrizes, responsabilidades
e os objetivos gerais e finais.
Encontramos ainda a “constituição“ do colégio e suas normas de
funcionamento. É um dos documentos fundamentais dessa instituição de ensino, de
valor legal, exigido nos processos de autorização, reconhecimento e renovação de
reconhecimento.
As bases legais de um Regimento Escolar são as seguintes: Lei de Diretrizes
e Bases da Educação LDBEN 9394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a
Deliberação 016/99 do Conselho Estadual de Educação.
Como o Regimento Escolar é um documento Público aprovado pelo Núcleo
Regional de Educação através de um Ato Administrativo de aprovação, ele se
encontra a disposição de toda Comunidade Escolar, no Site da Escola, na
Secretaria da escola, na Sala da Direção, na Sala de Supervisão, na Sala de
Professores e Biblioteca Escolar. Nele encontramos definida a responsabilidade
de cada um dos segmentos que compõem a instituição escolar, buscando garantir o
cumprimento de direitos e deveres do coletivo escolar.
RELAÇÃO ENTRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS
Uma educação de qualidade torna o aluno mais competente para lidar com a
sua realidade interior e exterior uma vez que o sentido de todo esforço pedagógico é
o de propiciar aos alunos melhores chances de êxito na vida.
No colégio, a gestão pedagógica é uma ação coletiva e integral com um
propósito bem definido: educar o aluno.
73
O ambiente escolar deve ser repleto de ideias inovadoras e veículo de
dignificação do homem, estabelecendo entre professores, família e comunidade um
verdadeiro trabalho integrado, gerador de mudanças em todos os aspectos.
A construção de um bom clima escolar depende primeiramente de uma
Equipe Administrativa mais aberta e igualitária na qual se processa maior integração
entre a direção, os docentes e outros funcionários e os benefícios advindos dessa
postura são revertidos aos alunos, nossos maiores beneficiários.
Para operacionalizar essa construção, a Equipe Administrativa do Colégio
Estadual João Turin, adota procedimentos tais como:
- Realizar uma análise e posterior reflexão sobre o desempenho de todos os
segmentos escolares;
- Definir objetivos prioritários;
- Identificar os recursos e as possíveis dificuldades na operacionalização
dos objetivos, determinando alternativas mais viáveis;
- Aperfeiçoar o funcionamento do colégio e melhorar a qualidade do ensino;
- Conhecer os métodos pedagógicos utilizados pelos professores;
- Providenciar materiais didáticos e os recursos pedagógicos necessários;
- Acolher os alunos respeitando suas possíveis limitações procurando
proporcionar-lhes uma estrutura pedagógica satisfatória;
- Propiciar condições para a capacitação do corpo docente;
- Zelar pelas instalações escolares como forma de assegurar conforto e
segurança para a comunidade escolar;
- Organizar os horários escolares da melhor forma possível sempre de
acordo com determinações legais;
- Organizar as atividades extracurriculares;
- Manter um bom relacionamento com a comunidade interna e externa;
- Manter boas relações com antigos alunos;
- Explorar práticas educacionais inovadoras na busca constante de
melhorias.
74
INSTÂNCIAS COLEGIADAS
APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS:
De acordo com sua finalidade a APMF é uma associação formada para
colaborar também na qualidade da Educação de acordo com o seu principal
objetivo: Discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a assistência ao
educando, para aprimoramento do ensino e para integração família- escola –
comunidade. No entanto, no dia-a-dia da nossa escola, a APMF, não é tão atuante
como deveria, pelos pais não comparecerem em número considerável quando
convocados, pela falta de disponibilidade dos professores e funcionários para
atender as necessidades da associação em questão, uma vez que os primeiros não
são exclusivos desta escola.
Analisando o estatuto da APMF, sentimos o quanto é importante nossa
atuação na mesma como Professores e Funcionários, mas estão faltando meios
para acontecer esta conscientização e para efetivar nossa contribuição no sentido
de ter uma APMF mais atuante.
FORMAÇÃO DA APMF
No Colégio Estadual João Turin - Ensino Fundamental, a atual APMF conta
com a seguinte formação:
NOME FUNÇÃORegina Laura Garcia PresidenteLuciano José dos Santos Vice PresidenteConceição Aparecida Siqueira 1ª SecretáriaAdalgiza da Rocha 2ª SecretáriaElza Barbosa de Oliveira Gaspar 1ª TesoureiraMayra Caroline Gaspar Ramalho 2ª TesoureiraSissimary Aparecida Schoveigert Primeira Diretora SócioculturalMarina Aparecida Lopes da Silva Segunda Diretora SócioculturalA partir de 30/05/2010
75
Mesmo tendo estatuto próprio, apresenta-se no texto a seguir, alguns
capítulos do mesmo.
Os demais encontram-se em documento próprio, na Secretaria da Escola e
na Sala da Direção.
ESTATUTO DA APMF
CAPÍTULO I
DA INSTITUIÇÃO, SEDE E FORO
Art. 1º A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual
João Turin - Ensino Fundamental e Médio, APMF/São Sebastião da Amoreira – PR
- ATA 0001/2008 de 29/05/2008, com sede e foro no Município de São Sebastião
da Amoreira, Estado do Paraná, localizado na Avenida Prefeito Antonio Francischini
nº 876, reger-se-á pelo presente Estatuto e pelos dispositivos legais ou
regulamentares que lhe forem aplicados.
CAPÍTULO II
DA NATUREZA
Art. 2º A APMF, ou similares, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão
de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino,
não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo
indeterminado.
76
CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS
Art. 3º Os objetivos da APMF são:
I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando,
de aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade,
enviando sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para
apreciação do Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;
II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,
assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância
com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;
III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto
escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa
comunidade;
IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da
APMF e do Conselho Escolar;
V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo,
dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola
pública, gratuita e universal;
VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e
toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e
desportivas, ouvido o Conselho Escolar;
VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades
77
estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em
livro ata;
VIII - colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta
ação.
CAPÍTULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES
Art. 4º Compete à APMF:
I - acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, sugerindo as
alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento
de Ensino, para deferimento ou não;
II - observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive
Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que
concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para a realização
de eventos próprios do Estabelecimento de Ensino;
III - estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,
professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do
Conselho Escolar;
VI - promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo pais,
professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades
apontadas por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de
acordo com os critérios da SEED;
VII - colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com
as necessidades dos alunos comprovadamente carentes;
78
VIII - convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os
integrantes da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de
antecedência, para a Assembleia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um)
dia útil para a Assembleia Geral Extraordinária, em horário compatível com
o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente definida na
convocatória;
XI - reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos
advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de
aplicação, bem como reunir-se para a prestação de contas desses recursos,
com registro em ata;
X - apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade
escolar, através de editais e em Assembléia Geral;
XI - registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as
reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com
a participação do Conselho Escolar;
XII - registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em
livro ata próprio e com as assinaturas dos presentes, no livro de presença
(ambos os livros da APMF);
XIII - registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários
de bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e
Conselho Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à
Direção do Estabelecimento de Ensino;
XIV - aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou
doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da
Associação e à Direção do Estabelecimento de Ensino;
XV - receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo
recibo preenchido em 02 vias;
79
XVI- promover a locação de serviços de terceiros para prestação de
serviços temporários na forma prescrita no Código Civil ou na
Consolidação das Leis do Trabalho, mediante prévia informação à
Secretaria de Estado da Educação;
XVII - mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização
enquanto órgão representativo, para que esta comunidade expresse suas
expectativas e necessidades;
XVIII - enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do
Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e
Fiscal e, em seguida, torná-la pública;
XIX - apresentar, para aprovação, em Assembléia Geral Extraordinária,
atividades com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais
membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de
Ensino;
XX - indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho
Deliberativo e Fiscal, o(os) representante(s) para compor o Conselho
Escolar;
XXI - celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de
atividades curriculares, implantação e implementação de projetos e
programas nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual,
apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente
repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado do
Paraná dos recursos utilizados;
XXIII - celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos
termos da Lei Federal n°8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de
Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados, com o acompanhamento
do Conselho Escolar;
XXIV - celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com
pessoas físicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação
80
civil pertinente, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da
Educação;
XXV - manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda a
documentação referente à APMF, obedecendo a dispositivos legais e
normas do Tribunal de Contas;
XXVI - informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do
presidente por 30 dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor
do Estabelecimento de Ensino.
Parágrafo Único - Manter atualizado o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ) junto à Receita Federal, a RAIS junto ao Ministério do Trabalho, a Certidão
Negativa de Débitos do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas
do Estado do Paraná, para solicitação da Certidão Negativa, e outros documentos
da legislação vigente, para os fins necessários.
CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa
e fiscal cuja principal atribuição é estabelecer a Proposta Pedagógica sendo órgão
máximo de direção da escola pública com princípios constitucionais democráticos. É
regido por Estatuto próprio onde constam seus objetivos e tudo o mais que regula o
seu funcionamento.
O papel do Conselho Escolar é de vital importância para a instituição escolar
embora não seja bem compreendido pela comunidade escolar apesar de legitimar
todas as decisões tomadas no âmbito escolar, colaborar na execução de algumas
ações monitorando os resultados alcançados.
As reuniões com o Conselho Escolar são registradas em Ata com livro
próprio.
Trabalhando em conjunto tudo se torna mais fácil para o bom
desenvolvimento da escola, visando sempre a aprendizagem, o bom comportamento
dos alunos e que todos vejam o resultado de seu trabalho, dando sempre o que
81
temos de melhor para a construção de uma escola pública de qualidade. Como os
funcionários têm um representante atuando no Conselho Escolar, eles também
podem estar participando e colaborando no que for necessário para o seu
desempenho, garantindo com isso a efetivação das metas da escola e obtermos
êxito.
FORMAÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar do colégio está assim formado:
A partir de 20/05/2010NOME FUNÇÃOExilaine Gaspar PresidenteMagna Lúcia Furlanetto Gaspar Representante da Equipe PedagógicaNelci Soares Vidotti Representante de ProfessoresAnália Lopes da Silva Representante de Professores da EJAConceição Aparecida Siqueira Representante da Equipe AdministrativaBenedita Otaviana de Oliveira Rep. De Auxiliar de Serviços GeraisNeusa Maria Zampieri Ramalho Representante de alunos da EJANadine de Fátima Miguel Representante de alunos 5ª/8ª E.F.Márcia dos Santos Representante de Pais 5ª/8ª EFCristiane Aparecida dos Santos Representante de Pais 5ª/8ª EFMaria de Fátima Ramalho Representante de seguimento da Sociedade
Civil
Apresenta-se a seguir alguns capítulos do Estatuto do Conselho Escolar. Os
demais se encontram em Documento Próprio, na Secretaria da Escola, Sala da
Direção e Sala da Supervisão.
ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR
TÍTULO I Das Disposições Preliminares
CAPÍTULO I Da Instituição, Sede e Foro
82
Art. 1º - O presente Estatuto dispõe sobre o Conselho Escolar do Colégio
Estadual João Turin - Ensino Fundamental e Médio, é constituído segundo as
disposições contidas no Ato Administrativo nº 121/2004, homologado em 13/05/2004
Núcleo Regional de Educação que aprova o Estatuto do Conselho Escolar desta
Escola.
Art. 2º - O Conselho é denominado “Conselho Escolar do Colégio Estadual
João Turin Ensino Fundamental e Médio”.
Art. 3º - O Conselho Escolar do Colégio Estadual João Turin - Ensino
Fundamental e Médio tem sede na Avenida Prefeito Antonio Francischini nº. 876,
Centro no Município de São Sebastião da Amoreira, Paraná, e será regido pelo
presente Estatuto e pelos dispositivos legais que lhe forem aplicáveis.
CAPÍTULO II
Da Natureza e Dos Fins
Art. 4º - O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da
Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a
organização e a realização do trabalho pedagógico da instituição escolar em
conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, para o
cumprimento da função social e específica da escola.
§ 1º - A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às
diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras
quanto ao direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar.
§ 2º - A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir
dúvidas e resolver situações educacionais no âmbito de sua competência.
§ 3º - A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das
ações desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas,
83
propondo alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo a
transparência do processo pedagógico, administrativo e financeiro.
Art. 5º - O conselho escolar não deverá ter finalidade e/ou vínculo político-
partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela
que diz respeito diretamente à atividade educativa da escola.
Parágrafo único - Por não possuir fins lucrativos, nenhum de seus membros
poderá receber qualquer tipo de remuneração ou benefício pela sua participação no
conselho escolar.
Art. 6º - O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão
colegiada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de
democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção
do Estabelecimento de Ensino.
Parágrafo único - A comunidade escolar é compreendida como o conjunto
de profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados,
pais e/ou responsáveis pelos alunos, representantes de organizações e/ou
movimentos sociais presentes na comunidade.
Art. 7º - O Conselho Escolar, enquanto órgão colegiado de direção deverá ser
constituído pelos princípios da representatividade democrática, da legitimidade e da
coletividade, sem os quais o conselho perde sua finalidade e função político-
pedagógica na gestão escolar.
Art. 8º - O Conselho Escolar abrange toda a comunidade escolar e tem como
principal atribuição estabelecer o projeto político-pedagógico da escola, eixo de toda
e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.
84
Art. 9º - Poderão participar do órgão colegiado de direção representantes dos
movimentos sociais organizados, comprometidos com a escola pública,
assegurando-se que sua representação não ultrapasse 1/5 (um quinto) do colegiado.
Art.10 - A atuação e representação de qualquer dos integrantes do Conselho
Escolar visará ao interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades e objetivos
da educação pública, para assegurar o cumprimento da função da escola que é
ensinar.
Art. 11 - A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos
seguintes pressupostos:
a) Educação é um direito inalienável de todo cidadão;
b) A escola deve garantir o acesso a todos que pretendem ingressar no
ensino público;
c) A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes níveis e
modalidades são metas da escola pública;
d) A construção contínua e permanente da qualidade da educação pública
está diretamente vinculada a um projeto de sociedade;
e) Qualidade de ensino e competência político-pedagógica são elementos
indissociáveis num projeto democrático de escola pública;
f) O trabalho pedagógico escolar numa perspectiva emancipadora é
organizado numa dimensão coletiva;
g) A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os
sujeitos que constituem a comunidade escolar;
h) A gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a
cooperação a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação, em todos os
aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da organização do trabalho
escolar.
CAPÍTULO III
85
Dos Objetivos
Art. 12 - Os objetivos do Conselho Escolar são:
I - Realizar a gestão colegiada da instituição escolar numa perspectiva
democrática.
II - Constituir-se em instrumento de democratização das relações no
interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da
comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a
especificidade do trabalho pedagógico escolar.
III - Promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando
a integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na
construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal.
IV - Estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do
trabalho pedagógico na escola, a partir dos interesses e expectativas
histórico-sociais, em consonância às orientações da SEED e à legislação vigente.
V - Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido na escola pela
comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias para a construção
de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal.
VI - Garantir o cumprimento da função social e da especificidade do
trabalho pedagógico da escola numa perspectiva democrática, de modo que a
organização das atividades educativas escolares esteja pautada nos princípios
da gestão democrática.
86
GRÊMIO ESTUDANTIL
Nosso colégio iniciará a implantação do Grêmio Estudantil, pois a sua
organização fornece o relacionamento e a convivência entre os nossos jovens. Por
serem institucionalizados, podem representar melhor a rica experiência que é a
busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes.
O grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. Os grêmios,
organizados exercem papel importante na formação do aluno, devendo ter a
dimensão social, cultural e também política.
O grêmio é a organização dos estudantes no Colégio.
Ele é formado apenas por alunos de forma independente, desenvolvendo
atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre
assuntos de interesse dos estudantes, que não fazem parte do Currículo Escolar, e
também organizando reivindicações, tais como compra de livros para a biblioteca,
transporte gratuito para estudantes e muitas outras coisas.
O grêmio Estudantil não terá caráter político-partidário, religioso, racial e
também não deverá ter fins lucrativos.
Podem ser do grêmio todos os alunos matriculados e com frequência regular.
Os representantes do grêmio não poderão utilizar seu horário para as
reuniões e quaisquer outras atividades sem autorização da Direção Geral e do
professor da turma.
O funcionamento do Grêmio é estabelecido por Estatuto, aprovado em
Assembléia Geral do corpo discente do Estabelecimento de Ensino, obedecendo a
legislação pertinente.
O Estabelecimento de Ensino não se responsabilizará pelas dívidas ou outros
compromissos assumidos.
A realização de qualquer evento do Grêmio nas dependências do
Estabelecimento deverá ser precedida de autorização do Conselho Escolar.
Qualquer evento ou reunião que houver no Estabelecimento, o Grêmio será
responsável pela manutenção da limpeza, da ordem e por qualquer dano material.
As atividades serão supervisionadas pelo Conselheiro (que deverá ser um
profissional da Educação da Escola escolhido pelo Diretor).
87
O balanço anual de movimento financeiro do Grêmio será apresentado a
Assembleia Geral dos alunos e ao Conselheiro Escolar ao final de cada mandato.
CONSELHO DE CLASSE
O conselho de Classe é um dos momentos mais importantes da avaliação do
ensino aprendizagem, no qual objetiva refletir sobre a prática pedagógica de
maneira democrática, com a participação de um aluno por série, desta forma
possibilitando uma ação conjunta entre corpo docente e discente na redefinição da
ação pedagógica para a melhora do processo de ensino e aprendizagem. Sendo a
escola uma instância de luta pela formação de sociedade, é neste espaço que
devemos construir a nossa prática, superando conflitos e elevando a cultura através
de reflexão de sua prática através de responsabilidade político e social, superando o
liberal conservador da prática pedagógica.
Analisar e discutir as informações obtidas no pré-conselho de classe.
A partir deste diagnóstico, fazer uma análise crítica da realidade escolar com
o objetivo de reorientar as ações pedagógicas, visando a melhoria da qualidade do
ensino e da aprendizagem.
Fazer uma sondagem da escola com os alunos, diagnosticando as causas
que interferem no processo ensino-aprendizagem. De forma positiva ou negativa.
O “Conselho de Classe” teve início em 1989, quando sugeriu-se que fosse
analisado os principais eixos, sendo aspecto avaliativo, os entraves estruturais à
eficiência e produtividade. Observou-se também que o próprio significado do
Conselho de Classe para os profissionais era uma questão que deveria ser
analisada com maior cuidado, visto que as ideias contrapunham-se.
A palavra “Conselho” possui inúmeros significados para as pessoas, e esse
fato possibilita a diversificação encontrada pela instância, de suas limitações e suas
possibilidades.
Assim um novo conselho de classe só é possível de ser efetivado quando os
elementos que o compõem apoderam-se conscientemente dele, colocando-o a
serviço de seus propósitos, articulados coletivamente em um projeto político
pedagógico comum.
88
Existem diversos tipos de conselhos com objetivos bem diferentes, o objetivo
pode ser avaliar a escola, a turma, o rendimento ou a atividade da turma.
Enfim o objetivo do Conselho de Classe é a avaliação de aprendizagem, que
sendo analisada segundo critérios amplos, discutidos criticamente, poderá atingir
questionamentos ligados ao papel social da escola.
Sugestões para mudança no Conselho de Classe:
- Que o professor repense sua prática pedagógica na questão “o que fazer
com os alunos que não apropriaram dos conteúdos e obviamente ficaram
sem média”;
- Elaborar fichas para o pré-conselho onde os professores em sua hora
atividade fazem uma pré-avaliação dos alunos para o Conselho
propriamente dito;
- Elaborar fichas para anotações diárias específica para os alunos que
estão defasados, diagnosticando onde ou de quem é a falha;
- Através de fichas pré-elaboradas, o professor deve sondar se o aluno não
necessita de um atendimento individual – sala de apoio e sala de recursos.
E trazer para discussão já no Conselho de Classe.
- Em datas diferentes, cada um dia uma série. Que seja um momento para
avaliar o rendimento, ou seja, a evolução do aluno no decorrer do curso.
CONSELHO TUTELAR
Em nosso município, o Conselho Tutelar iniciou sua atuação no ano de l.998,
tendo como objetivo principal o intercâmbio entre a escola e a família com a
finalidade de desencadear um trabalho de integração que tem como consequência a
melhoria da qualidade de ensino, bem como, da qualidade de vida desses alunos.
Como no colégio todos fazem parte de um grupo, de uma comunidade,
devemos ter consciência do papel de todas as pessoas que fazem parte desse meio
social, possibilitando o desenvolvimento no sentido da parte pedagógica ao coletivo.
Torna-se assim, indispensável a contribuição que o Conselho Tutelar vem
prestando a escola, tanto na parte pedagógica como social.
89
Na parte pedagógica o Conselho Tutelar nos auxilia no sentido de zelar pela
assiduidade dos alunos e sua permanência na escola. No social, dá atendimento
aos problemas familiares decorrentes da falta de estrutura da mesma, garantindo às
crianças e adolescentes a permanência no seu lar de origem, proporcionando-lhes a
satisfação de suas necessidades básicas.
O Governo do Paraná lançou o programa mobilização para a Inclusão Escolar
e a Valorização da vida objetivando garantir que nenhuma criança fique fora da
escola, impedindo que os números de evasão escolar, motivando pôr fatores
históricos, sociais e mesmo educacionais, continuem a crescer no Paraná,
evidenciando que o combate a exclusão escolar é um compromisso não só dos
educadores ou do Estado, mas de toda a sociedade. A escola deve tomar todas as
providências para garantir a permanência do aluno no sistema educacional,
conscientizando-o da importância da educação em sua vida e para seu futuro,
mantendo contato frequente e direito com os pais ou responsáveis, enfatizando a
sua responsabilidade na educação e formação dos filhos. Mas quando a escola
esgota todas as sua tentativas de manter o aluno na escola, ela recorre ao
Conselho Tutelar encaminhando a este a ficha de comunicação de aluno ausente
constando todos os dados referentes ao aluno e as medidas tomadas pela escola. A
partir desse procedimento o Conselho Tutelar toma as providências cabíveis e não
obtendo sucesso encaminha o caso ao ministério público.
O conselho tutelar do município de São Sebastião da Amoreira - PR é
formado pelos seguintes representantes:
NOME FUNÇÃOMayra Caroline Gaspar Ramalho PresidenteLucio Nelson Peres Soares Vice PresidenteDayana Ferreira Gaspar SecretáriaAdevalcir da Silva ConselheiroOswaldir Antal Júnior Conselheiro
90
RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO:
Envolver a comunidade que está à sua volta, aproximar os pais da escola e
desenvolver projetos que integram Escola, Família e comunidade é uma das
estratégias que as instituições de Ensino buscam cada vez mais.
Sendo os alunos os principais beneficiados de todas as ações praticadas no
colégio, precisamos estar atentos às suas necessidades e expectativas dando as
condições necessárias para garantir aos mesmos a satisfação com o que podemos
ofertar no momento que não é o ideal em matéria de qualidade total de ensino, mas
é o mínimo necessário para auxiliar o trabalho do professor dando-lhe apoio para
que o mesmo possa aplicar uma metodologia dinâmica e agradável.
O colégio possui acervo considerável de materiais de apoio que ficam a
disposição dos professores e alunos: TV Pendrive, Data Show, gravações da TV
escola, DVD, material dourado, discos e réguas sobre frações, sólidos geométricos,
blocos lógicos, tangram, mostruário de substâncias minerais e rochas, planetário,
globo mundi, mapas, tela para projeção, microscópio básico, episcópio spinlight,
torso, esqueleto, textoteca e acervo considerável de títulos disponíveis para todas as
áreas de ensino na biblioteca da escola. Contamos com o laboratório de informática
Paraná Digital no Colégio e aguardando a instalação do PROINFO. Contamos
também com materiais para práticas desportivas: tênis de mesa, basquete e vôlei.
Quando determinamos esse mínimo, fica evidente que fazemos uma
avaliação constante das expectativas atuais e futuras de nossos alunos. Para
garantir a implementação de um projeto pedagógico de qualidade reivindicamos
junto ao Governo Estadual a reforma e ampliação do espaço físico e uma quadra de
esportes coberta. Hoje já contamos com a quadra coberta.
Com o apoio efetivo da APMF e o prédio readequado, fica possível
desenvolver os projetos que almejamos.
Além dos recursos físicos e materiais, o Colégio Estadual João Turin, conta
com os seguintes recursos:
91
RECURSOS HUMANOS:
- Diretor;
- Diretor Auxiliar;
- Professores;
- Secretária;
- Profissionais de Execução;
- Bibliotecários (Professoras Readaptadas prestando esse serviço);
- Profissionais do Apoio.
PROJETOS DESENVOLVIDOS NO COLÉGIO
PROJETOS INTERDISCIPLINARES
A realidade atual, automatizada, informatizada, globalizante exigem do
educador uma formação continuada como condição indispensável à implantação das
mudanças numa escola que se redireciona em busca de saberes e práticas.
Os educadores estão sendo desafiados a mudar e a inovar com o intuito de
atender às expectativas da atual sociedade e transformá-la. Com isso
adquirem novas técnicas e metodologias capazes de transformar o colégio em um
espaço dinâmico e agradável ao educando.
A pedagogia de projetos fornece ao professor subsídios para que ele possa
criar e desenvolver temáticas centradas na realidade da sociedade atual e contribuir
na travessia da formação humana dos seus alunos fornecendo-lhes uma rota segura
e confiável, resgatando valores morais de solidariedade, justiça, tolerância, diálogo,
afeto, cooperação, respeito mútuo, porém esses projetos devem ser
contextualizados e não depender de um momento pontual para ser concluído.
92
Para tanto, o professor deve ser um comunicador arrojado, com atitudes de
reconstrução contínua, inovador, com fundamentação técnica sólida, capaz de reunir
teoria e prática.
No decorrer do ano letivo, os professores, juntamente com seus alunos,
desenvolverão projetos interdisciplinares e contextualizados, projetos especiais
institucionais todos contemplados na Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas
(cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena, Agenda 21, Agrinho, Com Ciência,
Olimpíada de Matemática, Português, Astronomia, Viagem do Conhecimento, Fera,
etc.), além de projetos sugeridos pela SEED, implementação de projetos dos
professores PDE/PR, Viva Escola e PDE Escola.
INCLUSÃO E DIVERSIDADE
INTRODUÇÃO
Estes são os temas que povoam as discussões na área educacional na última
década, do qual faz-se necessário uma reflexão sobre alguns dos sentidos que
emergem das ideias.
É comum ouvirmos discursos ou conversas que afirmam que a inclusão é
direcionada aos alunos com necessidades especiais, mais precisamente às crianças
e jovens com necessidades intelectuais, motoras, auditivas e visuais. Essas
definições, fruto da desinformação e da superficialidade de análise, está equivocada
por vários motivos:
- Necessidades especiais são utilizadas como sinônimo de deficiência, e que não
corresponde à verdade;
- Somente os alunos com deficiência seriam alunos de inclusão , como se apenas
estes tivesse problemas de aprendizagem;
93
- Reduz-se a complexa problemática social da inclusão ao espaço como se uma
vez matriculados os alunos nas classes comuns, estaria garantida sua inclusão
educacional e social.
INCLUSÃO PARA TODOS
A visão que norteia os debates nos inúmeros segmentos sociais, é que são as
diferenças que constituem os seres humanos. Essas diferenças entre os homens
fazem-se presentes mostrando e demonstrando que existem grupos com
especificidades naturalmente irredutíveis.
As pessoas são diferentes de fato:
Cor de olhos e da pele, gênero, orientação sexual, as origens familiares, e
regionais, hábitos e gostos, estilo etc. Em resumo, os seres humanos são diferentes,
pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas.
São então diferentes de direito à diferença. Para isso, os currículos devem ser
abertos e flexíveis para que as diferenças se complementem e não sejam fatores de
exclusão.
Cabe ao Estado implementar as políticas públicas, enfrentar as desigualdades
sociais e promover o reconhecimento político e a valorização dos traços e
especificidades culturais para a universalização do acesso à escola pública e com
qualidade para todos.
INCLUSÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
A inclusão deste grupo passou a ser discutida em meados da década de 90,
no Brasil.
Primeiramente é necessário esclarecer que necessidades especiais ou
deficiências não se “portam” como objetos que carregamos de um lado para o outro,
dos quais podemos nos desfazer quando bem entendemos.
Necessidades especiais abrange uma série de situações e/ou condições
pelas quais um de nós, pode estar submetido oferecendo obstáculos em nossa vida
94
em sociedade. Por exemplo, a fratura de uma perna, a senilidade, a depressão
profunda, a obesidade mórbida, o uso de medicamentos, hortenses e próteses,
caracteriza uma situação de necessidades especiais e não se referem
necessariamente a uma situação de deficiência.
De acordo com a SEED, a oferta de serviço e apoio especializado na
modalidade de Educação Especial, destina-se ao alunado que apresenta
necessidades educacionais temporário ou permanente, é caracterizado em :
a) dificuldades acentuadas de aprendizagem em limitações no processo de
desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não
vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações
ou deficiências;
b) dificuldades de comunicação e sinalização demandando a utilização de
outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis;
c) condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos neurológicos ou
psiquiátricos;
d) superdotação/ altas habilidades que, devido às necessidades e motivações
específicas, requeiram enriquecimento, aprofundamento curricular e aceleração para
concluir, em menor tempo, a escolaridade, conforme normas a serem definidas por
Resolução da Secretaria de Estado da Educação.
A INCLUSÃO EDUCACIONAL TRILHADA POR DIFERENTES CAMINHOS
Não há consenso sobre o que seja o processo de inclusão. Existem três
tendências sobre o modo de pensar e praticar o processo de inclusão: Inclusão
condicional, inclusão total ou radical e inclusão responsável.
A SEED – PR situa sua política nessa terceira posição, inclusão responsável,
enfrentando o desafio da inclusão escolar de maneira a não apenas criar
oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com necessidades
educacionais especiais garantindo condições indispensáveis para que possam
manter-se na escola e aprender. Isso requer a constante avaliação da qualidade dos
serviços prestados, seja em escolas comuns, seja em escolas especiais. A rede de
apoio no Paraná para atendimento aos alunos com necessidades educacionais
95
especiais no ensino regular, bem como na rede conveniada, teve um crescimento
significativo, de acordo com os seguintes dados:
SERVIÇOS DE APOIO ESPECIALIZADOS
• 819 salas de recursos de 5ª a 8ª séries na área da deficiência
intelectual;
• 159 professores de apoio à comunicação alternativa na área da
deficiência física neuromotora;
• 211 centros de atendimento especializado na área da deficiência
visual;
• 05 centros de atendimento especializado ( mais 2 em processo) e 2
guias-intérpretes na área da surdocegueira;
• 273 Centros de Atendimento na área da deficiência surdez;
• 366 tradutores e interpretes de libras/língua portuguesa para alunos
surdos;
• 13 salas de recursos para atender alunos com transtornos globais do
desenvolvimento;
• 24 professores de apoio de sala de aula para alunos com transtornos
globais de desenvolvimento;
• 22 salas de recursos para atender alunos com altas
habilidades/superdotação nas séries iniciais, finais e no ensino médio.
• 394 Escolas de Educação Especial;
• 02 Escolas públicas de educação especial, uma na área da surdez e
outra destinada ao atendimento de alunos que apresentam altíssimas
especificidades nas áreas da deficiência intelectual, transtornos
globais do desenvolvimento e múltiplas deficiências.
96
REFLEXÕES SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR:
A partir da reflexão da educação inclusiva e seus desafios surgem
expectativas acerca do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos
os alunos. No entanto essa é uma tarefa que não depende só do compromisso
técnico e político dos governos, mas também de pais, familiares, professores,
profissionais e de todos os membros da sociedade, desprezando qualquer forma de
(pré) conceitos e discriminação, optando pela riqueza e o crescimento que advém da
vivência do processo de inclusão. É na possibilidade de convívio com as diferenças
que florescem sentimentos e atitudes de solidariedade e cooperação.
O projeto político-pedagógico é uma das formas de concretização das ações
escolares capazes de transformar a realidade e formar cidadãos conscientes de seu
papel de agente transformados e participativos, devendo contemplar as dimensões
de ação abaixo relacionadas:
a) A construção de culturas inclusivas (comunidade escolar e sociedade em
geral);
b) A elaboração de políticas inclusivas (secretarias municipais e estaduais de
educação);
c) A dimensão das práticas inclusivas ( professores e equipe técnico-
pedagógica ).
Não é preciso esperar que todos os requisitos necessários estejam prontos
para que a inclusão se concretize transformando-se em realidade.
SALA DE RECURSOS NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA MENTAL/INTELECTUAL E/OU TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS.
Sala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que
apóia e complementa e/ou suplementa o atendimento educacional realizado em
classes comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8 ª séries.
Atende aos alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental de 5ª à
8ª séries, egressos da Educação Especial e/ ou Salas de Recursos das séries inicias
97
do Ensino Fundamental, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe
multiprofissional, da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente
da Deficiência Mental/Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por
equipe multiprofissional, da classe comum, com Transtornos funcionais Específicos,
com Avaliação no Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional. ou
aqueles que apresentam distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que
necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo
de aprendizagem na classe comum.
A avaliação de ingresso na Sala de Recursos deverá ser realizada no contexto
do ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado,
pedagogo da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa
– (Universidades, Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde,
através do estabelecimento de parcerias, entre outros) e equipe do NRE,
devidamente orientada pela SEED/DEEIN.
O processo de avaliação deverá ser orientado e vistado pela equipe de
Educação Especial do Núcleo Regional de Educação.
O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com
indicativos de Deficiência Mental/Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos
relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos,
cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do
desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e
concentuais, acrescida do parecer psicológico.
O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos
com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos ( Distúrbios de
Aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar
aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação,
produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescida de
parecer psicológico e complementada com parecer fonoaudiológico e/ou de
especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem necessários.
O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com
indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção
hiperatividade), e deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da
98
língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração,
medidas, entre outras, acrescido de parecer psiquiátrico e/ou neurológico e
complementada com parecer psicológico.
Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, deverão
ser registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para
o plano de trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais
encaminhamentos que se fizerem necessários, devidamente datado e assinado por
todos os profissionais que participaram do processo.
Todo o trabalho realizado durante a avaliação no contexto escolar, descrito no
Relatório, deverá ser sintetizado em ficha “Síntese – Avaliação Pedagógica no
Contexto escolar e Complementar”, devidamente datada e assinada por todos os
profissionais que participaram do processo.
Quando o aluno da Sala de Recursos freqüentar a classe comum em outro
estabelecimento, deverá apresentar declaração de matrícula e relatório de avaliação
realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional.
O aluno egresso de Escola de Educação Especial, Classe Especial e Sala de
Recursos de séries iniciais deverá apresentar o último Relatório Semestral da
Avaliação, indicando a continuidade do Atendimento de Apoio Especializado e cópia
do Relatório de Avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional.
Neste estabelecimento de ensino, a Sala de Recursos (DM); foi instalada no
dia 04/04/2005. Hoje, a escola conta com 1 sala, no período vespertino. São
atendidos 10 (dez) alunos.
É um serviço de apoio pedagógico especializado, ofertado em período
contrário ao que o aluno frequenta a classe comum, visando a complementação e/ou
suplementação de saberes, o que, por sua vez, torna a flexibilidade curricular e
dinamicidade metodológica, o ponto de partida desse trabalho.
Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Del. nº 02/03 – CEE,
art. nº 33 e 34, deverá ter:
a) Especialização em cursos de Pós Graduação na área específica ou;
b) Licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou;
99
c) Habilitação específica em nível médio, na extinta modalidade de Estudos
Adicionais e atualmente na modalidade normal. A admissão, entretanto,
faz-se por meio de concurso público.
O currículo a ser desenvolvido é o das Diretrizes Curriculares Nacionais para
as diferentes séries do ensino fundamental. O trabalho pedagógico especializado,
na Sala de Recursos deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de
forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio-afetivo
emocional,necessários para a apropriação e produção de conhecimentos.O
professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico individual,
com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as
intervenções sugeridas na avaliação de ingresso e/ou relatório semestral. O
planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário
reorganizado, de acordo com:
a) os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;
b) as áreas de desenvolvimento ( cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional) de
forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de
aprendizagem.
A complementação do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, na Sala
de Recursos, dar-se-á através de:
a) orientação aos professores da classe comum, juntamente com a equipe
pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliação e metodologias que serão
utilizadas no ensino regular, em atendimento aos alunos com Deficiência
Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos;
b) apoio individual ao aluno com Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos
Funcionais Específicos, na sala de aula comum, com ênfase à complementação do
trabalho do professor da classe comum;
c) participação na avaliação no contexto escolar dos alunos com indicativos de
Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.
100
AÇÕES A SEREM IMPLEMENTADAS NO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN
PARA MELHORAR O RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS:
ESTATÍSTICA REFERENTE AO APROVEITAMENTO ESCOLAR
ANO LETIVO DE 2007, 2008, 2009, 2010, 2011
COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RENDIMENTO ESCOLAR MOVIMENTAÇÃO ESCOLAR
Ensino Taxa de Aprovação
Taxa de Reprovação
Taxa de Abandono
Fundamental/07 70,6% 10,2% 14%Fundamental/08 70,4% 12,7% 13%
Rendimento Escolar – Ano Letivo 2009
FUNDAMENTAL - TOTAL 80,10% 5,80% 14,00%
5ª SERIE 77,00% 10,80% 12,10%
6ª SERIE 79,70% 5,40% 14,80%
7ª SERIE 79,60% 4,20% 16,00%
8ª SERIE 85,60% 1,20% 13,10%
IndicadorEnsino 2007 2008 2009 2010 2011
Taxa de Aprovação
Ensino Fundamental - Anos Finais
- 72.8% 80.0% 87.8% 81.2%
Taxa de Reprovação
Ensino Fundamental - Anos Finais
10.4% 12.5% 5.7% 7.4% 12.2%
Taxa de Abandono
Ensino Fundamental - Anos Finais
14.8% 14.7% 14.3% 4.8% 6.6%
Na tentativa de reverter este percentual e obter mais resultados positivos,
elevando a taxa de promoção dos alunos e diminuindo os índices de reprovação e
101
abandono, zelando pela permanência com sucesso de nossos alunos através de
uma Educação de qualidade o Colégio Estadual João Turin, irá mobilizar estratégias
de superação através de mecanismos de resolução dos problemas, tais como:
- Reuniões pedagógicas sobre planejamento de ações com um novo olhar
para alunos que ingressarão no 6º ano;
- Reuniões de Pais e Mestres;
- Reuniões entre professores e alunos;
- Escolha de professores tutores de turma;
- Escolha de presidente e vice-presidente entre os alunos de sala;
- Fichas de Acompanhamento do Aluno onde são feitos registros constantes
do mesmo;
- Palestras enfocando assuntos de interesse da coletividade, em
consonância com os conteúdos estruturantes;
- Desenvolvimento de temas, interdisciplinares, específicos de cada
disciplina;
- Atividades esportivas, recreação, música, teatro, trabalhos manuais em
consonância com os conteúdos estruturantes;
- Avaliação diagnóstica para os alunos de 5ª série onde constatada as
dificuldades de aprendizagem, serão encaminhados para a sala de apoio;
- Exposição de trabalhos;
- Atividades pedagógicas ( reforço, atendimento individual aos alunos pelos
seus professores na hora-atividade );
- Reuniões entre pais e direção por turma;
- Reuniões com o Conselho tutelar;
- Serviço de Orientação Educacional;
- Sondagem e avaliação para sala de Recursos;
- Aproximação com a comunidade;
- Sessões de filmes;
- Reforço nas salas de apoio para alunos de 5ª e 8ª séries com defasagem
de aprendizagem;
- Eventos extraclasse;
102
- Comunicado aos pais em diferentes situações: encaminhamento médico,
situações conflituosas, médias insatisfatórias, faltas dos alunos,
comportamento inadequado;
- Encontros privados entre pais ou responsáveis, professores, direção,
Equipe Técnico-Pedagógica e alunos;
- Conscientização dos alunos em relação aos seus direitos e deveres;
- Trabalho com o Regimento Escolar;
- Programações esportivas envolvendo toda a comunidade escolar;
- Prática do diálogo e aconselhamento;
- Confraternizações entre a comunidade escolar;
- Formatura simbólica das 8as séries.
- Trabalho com o professor;
- Formação continuada com o coletivo escolar;
- Reuniões para elaboração da proposta pedagógica, entre outros.
Vale destacar que muitas dessas atividades já fazem parte do cotidiano
escolar, mas no dia-a-dia escolar, os efeitos dessas ações, fazem gerar novas
ações, isto é, servem de estímulos a novas práticas. O mais importante de todas as
ações desenvolvidas na escola é o seu direcionamento, seu foco principal, que é o
bem-estar, sucesso acadêmico e consequente autonomia pedagógica dos alunos
que nos foram confiados.
RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA
RELAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Nº NOME CARGO CARGA HOR.
FUNÇÃO/DISC.
01 ADALGIZA DA ROCHA AG. EDUCAC. II 40 HORAS SECRETÁRIA 02 ANA CLAUDIA FURLANETTO PROFES. QPM LÍNGUA PORT. 03 ANA LÍCIA VIDOTTI PROFES. QPM 40 HORAS 04 ANA LÚCIA RODRIGUES GENEROZO AG. EDUCAC. II 40 HORAS 05 ANALIA LOPES DA SILVA PROFES. QPM HISTÓRIA 06 ARLETE GONÇALVES DE ALMEIDA AG. EDUCAC. I 40 HORAS 07 BENEDITA OTAVIANA DE OLIVEIRA AG. EDUCAC. I 40 HORAS
103
08 CLEUZA APARECIDA CAMPOS AG. EDUCAC. I 40 HORAS
09 CLEUZA LUIZA DOS SANTOS VALA PROFES. QPM 20 HORAS PROF. PEDAG. 10 CLEUZA ROSA GASPAR SIQUEIRA PROFES. QPM 20 HORAS PROF. PEDAG. 11 CLEUZA VAZ PEREIRA LIMA AG. EDUCAC. II 40 HORAS 12 CONCEIÇÃO SIQUEIRA 40 HORAS 13 DEYZE DE FATIMA RUY DE CAMARGO PROFES. QPM 20 HORAS HISTÓRIA 14 DIRCE NERY SANTOS PROFES. QPM 40 HORAS PROF. PEDAG. 15 ELENICE FÉLIS DA SILVA PROFES. QPM 20 HORAS MATEMÁTICA 16 ELIANA NOGUEIRA DE GUSMÃO
ZAMPARAPROFES. PSS
17 ELIANE DE SOUZA PROFES. QPM 40 HORAS 18 ELIAS ANTÔNIO DA COSTA PROFES. QPM 19 ELISENE APARECIDA DA SILVA
CASAÇOLAPROFES. QPM 40 HORAS HISTÓRIA
20 ELIZA FATIMA DA COSTA PROFES. QPM 20 HORAS 21 ELIZABETH FRANÇALOPES PROFES. PSS ARTE 22 ELIZETH MARIA DE OLIVEIRA PROFES. QPM 40 HORAS GEOGRAFIA 23 ELY SAKAMOTO YUHARA PROFES. QPM 40 HORAS ARTE 24 ELZA BARBOSA DE OLIVEIRA GASPAR PROFES. QPM 25 EMANUEL MEDEIROS GASPAR AG. EDUC. II 40 HORAS 26 ERICA CRISTINA DA COSTA 27 ERIKA DE FATIMA BRAGA AG. EDUC. II 40 HORAS 28 EROTIDES RAMALHO PROF. QPM. 30 HORAS LÍNG. PORT. 29 EXILAINE GASPAR PROF. QPM 40 HORAS DIRETORA 30 FATIMA MIGUEL 31 FERNANDA FERREIRA GASPAR 32 FLAVIANA PEREIRA DE OLIVEIRA 33 FRANSCIANE GARCIA RAMALHO DE
ALMEIDA 34 JAIR ANTONI FRANCISCHINI GEOGRAFIA 35 JOICE NUNES 36 JOICIMEIRE MONTEIRO DA SILVA PROF. QPM 40 HORAS LÍNGUA PORT. 37 JOSE ORLANDO TERRA RIBEIRO EDUC. FÍSICA 38 JULIA HISSAKO WATANABE 39 KLEBERSON MUNHOZ EDUC. FÍSICA 40 LAURA MIKIKO OGASAWARA PROF. QPM MATEMÁTICA 41 LEANDRO MENESES DA COSTA 42 LEILA NEVES ANGIUSKI CAMACHO BIOLOGIA 43 LEONICE VENDRAMETTO DA COSTA PROF. QPM 40 HORAS CIÊNCIAS 44 LINDINEIA RIBAS CIÊNC./BIOL. 45 LUCIANE ROMANÍSIO FRANSCICHINI PROF. QPM 40 HORAS PORT./INGLÊS
NOME CARGO CARGA HOR.
FUNÇÃO/DISC.
46 LUCILENE CASAÇOLLI 47 MAGNA LÚCIA FURLANETTO GASPAR PROF. QPM 20 HORAS PROF. PEDAG.
48 MAISA VIEIRA EDUC. FÍSICA 49 MARIA APARECIDA DE SOUZA 50 MARIA APARECIDA DOS SANTOS 51 MARIA APARECIDA LEANDRO PROF. QPM 40 HORAS PROF. PEDAG. 52 MARIA FRANCISCA DA SILVA 53 MARIA LUCIA DA COSTA PROF. QPM 40 HORAS 54 MARINA APARECIDA LOPES DA SILVA 55 MARISA APARECIDA MENDES
GONÇALVES LOPESPROF. QPM 40 HORAS PROF. HIST./
DIRETORA AUX. 56 MARLENE DIAS 57 MAYARA APARECIDA CUNHA PROF. QPM 20 HORAS LEM INGLÊS 58 NEUZA GASPAR RAMALHO
59 NEY DOS SANTOS BRAGA 60 NORMA APARECIDA CASAÇOLA PROF. QPM 20 HORAS MATEMÁTICA 61 PATRÍCIA NUNES ARAÚJO
104
62 ROSANGELA JOSE DOS SANTOS 63 SARA INOCÊNCIO VAZ SILVA PROF. QPM 40 HORAS ED. FÍSICA 64 SHIRLEI BUENO DE OLIVEIRA PROF. QPM GEOGRAFIA 65 SILMARA FARIAS 66 SILVANA CORDEIRO PROF. QPM MATEMÁTICA 67 SILVIA DONIZETE DA SILVA 68 SISSIMARY APARECIDA
SCHOVEIGERTPROF. QPM ED. FÍSICA
69 SONIA RAMALHO 70 SUELI DE FÁTIMA MARTINI RAMALHO 71 TATIANA MITI CIENA YOSHIDA 72 TERCIO CILL LOPES AG. EDUCAC. II 73 VALDECIR DONIZETE CAMACHO
LINHAS DE AÇÕES DAS DISCIPLINAS
CIÊNCIAS
Apresentação Geral da disciplina
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por
Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda
sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos
observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais
como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
105
Tendo como base as Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação
Básica e refletindo sua dimensão histórica, pode-se dizer que esta passou por várias
modificações ao longo dos anos, mas devem ser entendidas como parte de um
processo dialógico, da prática pedagógica dos educadores, da sua permanente
formação, e devem assegurar os espaços fundamentais de reflexão, reescrita e
atualização, pela constante construção de uma educação de qualidade para todos.
De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo
das ciências naturais e da disciplina de Ciências. Denominar uma determinada
ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí
(DCEs) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos
filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de
critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de
resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas
como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das
ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber
cotidiano. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência.
Contudo, a interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar
experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e
transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo
educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento científico,
estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e
se apropriar dos seus recursos.
Na atualidade o ensino de Ciências, tem como desafio de oportunizar a todos
os alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura
crítica de fatos e fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da
produção científica. Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a
compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no meio (local,
regional e global), bem como instigará reflexos a respeito das tensões
contemporâneas, como por exemplo, a preservação do meio ambiente X
necessidades oriundas da produção industrial, a ética X produção científica.
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A disciplina de Ciências deve permitir o aluno a interpretar, analisar, refletir,
tomar decisões, fornecer subsídios para a formação de opinião crítica, como
também levá-lo a entender o sistema complexo dos conhecimentos científicos que
interagem num processo integrado dinâmico.
Conteúdos de Ensino
Na disciplina de Ciências é fundamental que contemple aos conteúdos os
“Desafios Educacionais Contemporâneos” que são eles: História do Paraná (Lei nº
13.381/01)- História e cultura afro-brasileira, africana e indígena/equipe
multidisciplinar (Lei nº10.639/03 e nº11.645/08), música (Lei nº 11.769/08),
prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação
ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o
adolescente.- Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Fed. Nº 11.525/07).-
Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99, Portaria nº 413/02).- Educação Ambiental
(Lei Fed. Nº 9.795/9.
Os conteúdos da disciplina de Ciências foram organizados atendendo as
especificidades dos estudantes das modalidades de ensino ofertadas no colégio.
Quanto à Educação de Jovens e Adultos foi considerado o perfil desses educandos
e articulando os conteúdos de ensino aos eixos: Cultura, Trabalho e Tempo, tendo
como concepção de ciência um processo de construção humana.
- ASTRONOMIA
Origem e evolução do universo
Universo
Sistema solar
Movimentos celestes e terrestres
Astros
Origem e evolução do universo
Gravitação universal.
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- MATÉRIA
Constituição dos corpos
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
-SISTEMAS BIOLÓGICOS
Constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos
Níveis de organização
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
- ENERGIA
Conservação e transformação de energia
Formas de energia
Conservação de energia
Transmissão de energia
- BIODIVERSIDADE
Conceito de biodiversidade
Organização dos seres vivos
Sistemática
Ecossistemas
Interações ecológicas
Origem da vida
Evolução dos seres vivos
Fundamentos teórico-metodológicos
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A educação de Jovens e Adultos – EJA, no estado do Paraná de acordo com
sua Diretriz Curricular e em consonância com as discussões realizadas, apresentam
os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências.
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar
os três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura,
trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.
Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que dela
emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto, é
necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo, compartilhando e
sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar, estabelecendo
relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re)construção de seus
saberes.
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade
absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e
aprendizagem de Ciências no contexto escolar de modo que o modelo tradicional de
ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a
devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos
educando de buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas
críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.
Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história
podem ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento. Os
fenômenos não são explicados apenas por um determinado conhecimento, portanto,
é importante estabelecer as relações possíveis entre as disciplinas, identificando a
forma com que atuam e as dimensões desses conhecimentos, pois o diálogo com as
outras áreas do conhecimento gera um movimento de constante ampliação da visão
a respeito do que se estuda ou se conhece.
Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências na EJA é a reflexão
sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das relações
históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas, assim como, a
responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais de maneira
sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ela pertencemos.
109
O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que deve ser
discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando possa compreender as
mudanças ocorridas no contexto social, político e econômico e em outros meios com
os quais interage, proporcionando-lhe também o estabelecimento das relações entre
o conhecimento trazido de seu cotidiano e o conhecimento científico e, partindo
destas situações, compreender as relações existentes, questionando, refletindo,
agindo e interagindo com o sistema.
Na disciplina de ciências ressalta-se a importância do trabalho
contextualizado, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a
inter-relação dos vínculos dos conteúdos com as diferentes situações com que se
deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode acontecer a partir de uma
problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para
determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um
obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma
dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.26). As dúvidas são
muito comuns na disciplina de Ciências, devendo ser aproveitadas para reflexão
sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em
realizar esta contextualização, sem reduzir apenas à sua aplicação prática, deixando
de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o
significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem
própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a fim
de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e
o universo, numa concepção flexível e processual, por meio saber questionador e
reflexível. Da mesma forma, se faz necessário possibilitar ao educador perceber os
aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar
de forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a
ética e os valores sociais, morais e políticos que sustam a vida.
110
O conjunto de saberes do estudante deve ser considerado como ponto de
partida para o processo de ensino aprendizagem, estabelecendo relações com a
cultura, trabalho e tempo.
As ciências naturais são compostas de um conjunto de explicações com
peculiaridades próprias e de procedimentos para obter essas explicações sobre a
natureza e os artefatos materiais. Seu ensino e sua aprendizagem serão sempre
balizados pelo fato de que os sujeitos já dispõem de conhecimentos prévios a
respeito do objeto de ensino. A base de tal assertiva é a constatação de que
participam de um conjunto de relações sociais e naturais prévias a sua escolaridade
e que permanecem pressentes durante o tempo da atividade escolar (DELIZOICOV;
ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002. p. 131)
Dessa forma, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de
Ciências, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a
construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para
que possa argumentar e se posicionar criticamente.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências na
Educação de Jovens e Adultos, o professor deverá organizar o trabalho docente
tendo como referências: os três eixos norteadores dessa modalidade que é a
cultura, o trabalho; o Projeto Político Pedagógico da escola; os interesses da
realidade local e regional onde a escola está inserida; a análise crítica dos livros
didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e informações atualizadas sobre os
avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de
Ciências reflita a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas entre os
conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Reflita, também, a respeito das
expectativas de aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e dos
critérios e instrumentos de avaliação.
Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam
entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em
áreas de conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem
integradora.
111
Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática
estabelecida pelo professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que
procurem estabelecer relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta
forma, conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais,
éticas e políticas.
No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o
professor de Ciências deve prever a abordagem da cultura e história afro brasileira e
africana (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e
educação ambiental (Lei 9795/99).
O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento
científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções
alternativas dos estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos
que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a
interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de
forma significativa pelos estudantes.
Diante da importância da organização do plano de trabalho docente e da
existência de várias possibilidades de abordagens com uso de estratégias e
recursos em aula, entende-se que a opção por uma delas, tão somente, não
contribui para um trabalho pedagógico de qualidade. É importante que o professor
tenha autonomia para fazer uso de diferentes abordagens, estratégias e recursos,
de modo que o processo ensino-aprendizagem em Ciências resulte de uma rede de
interações sociais entre estudantes, professores e o conhecimento científico escolar
selecionado para o trabalho em um ano letivo. Assim entendido, o plano de trabalho
docente em ação privilegia relações substantivas e não-arbitrárias entre o que o
estudante já sabe e o entendimento de novos conceitos científicos escolares,
permitindo que o estudante internalize novos conceitos na sua estrutura cognitiva.
É papel do professor criar oportunidades de contato direto de seus alunos
com fenômenos naturais.
Nas aulas de Ciências podem ser utilizados alguns recursos como: textos
científicos, experimentos e observações, resumos, esquematizar idéias, matérias
jornalísticas, valores como respeito aos colegas e ao espaço físico.
112
É necessário construir instrumentos que permitam a aquisição de
conhecimentos do aluno, como a utilização de vídeo, DVD, retro-projetor,
microscópio, termômetro, planetário, episcópio, spinlight, torso, esqueleto, Atlas,
Internet, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas,
infográficos, entre outros. Espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras,
museus, laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.
Avaliação
A avaliação não é um momento final do processo de ensino, ela se inicia
quando os estudantes das modalidades de ensino ofertadas põem em jogo seus
conhecimentos prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar.
Assim, o que constitui a avaliação ao final de um período de trabalho é o resultado
tanto de um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor como de
momentos de formalização, ou seja, a demonstração de que as metas de formação
de cada etapa foram alcançadas.
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos
conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve
ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Uma possibilidade de valorizar aspectos qualitativos no processo avaliativo
seria considerar o que Hoffmann (1991) conceitua como avaliação mediadora em
oposição a um processo classificatório, sentencioso, com base no modelo
“transmitir-verificar-registrar”. Assim, a avaliação como prática pedagógica que
compõe a mediação didática realizada pelo professor é entendida como “ação,
movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos
da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista,
trocando ideias, reorganizando-as” (HOFFMANN, 1991, p. 67).
No que se refere às práticas avaliativas desenvolvidas na EJA ressalta-se que
a avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, deve-
se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos dessa modalidade da
educação em todos os seus aspectos, oportunizando-lhe o acesso e a permanência
113
no sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da
comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos, suas histórias de
vida e suas trajetórias no processo educativo, visto que, cada um seguirá seu
próprio caminho, dentro dos seus limites. Portanto, a avaliação tem como objetivo
promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito
nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode
propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante
aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e
planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado
da avaliação tão somente classificatória e excludente. O diagnóstico permite
saber como os conceitos científicos estão sendo compreendidos pelo estudante,
corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada do ensino dos conceitos
ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias para que ocorra a
aprendizagem dos conceitos que envolvem:
• origem e evolução do universo;
• constituição e propriedades da matéria;
• sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;
• conservação e transformação de energia;
• diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que
vivem bem como os processos evolutivos envolvidos.
Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos
conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma
aprendizagem realmente significativa para sua vida.
A recuperação no processo ensino-aprendizagem tem como finalidade
reintegrar o aluno no processo de aprendizagem, abrindo espaços para que o
mesmo possa repensar o conteúdo, descobrir seus próprios erros e construir o
conhecimento.
Referências
114
PARANÁ. Secretaria de Educação do Estado do Paraná (SEED). Diretrizes
Curriculares do Ensino de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba:
SEED/PR, 2008.
Secretaria de Educação do Estado do Paraná (SEED. Diretrizes Curriculares da
Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: SEED/2006.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTI, José André; PERNANBUCO, Marta Maria.
Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SAVIANI, Dermeval. A filosofia na formação do educador. In: ________. Do senso
comum à consciência filosófica. Campinas: Autores associados, 1993, p.20-28.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp,
1987.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo:
Cortez, 1998.
HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista.
Educação e Realidade, Porto Alegre, 1991.
MENEZES, L. C. de. Ensinar Ciências no próximo século. In: HAMBURGER, E. W.;
MATOS, C. O desafio de ensinar Ciências no século XXI. São Paulo: Edusp/
Estação Ciência; Brasília: CNPq, 2000. p. 48-54.
DISCIPLINA DE BIOLOGIA
CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA
115
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo com
suas Diretrizes Curriculares e em consonância com o documento apresentado como
a segunda proposta preliminar das Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino
Médio de Biologia da Rede Estadual de Ensino do Paraná, apresenta os
fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Biologia, que
norteiam a elaboração da proposta curricular desta disciplina.
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade
absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e
aprendizagem da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de
ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a
devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos
educandos em buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas
críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.
É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e
valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no contexto
escolar.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta
Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno
vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por
um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de
um indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto
da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo
sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão
sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo
tempo, transformadas e transformadoras do ambiente”.
Nas Diretrizes, ainda, afirma-se que
“ao longo da história da humanidade, várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos da História e da Filosofia tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É possível verificar que
116
a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está associada a seu momento histórico.”
As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram que
“o conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Sabe-se que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, ou Homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas”.
Ressaltam também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos
articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,
enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem
suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...). É preciso
que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie depende do
equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser
vivo conhecido”.
É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento
científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os
seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber
questionador e reflexivo. Portanto, a reflexão sobre a diversidade cultural do país
deve se fazer presente por meio da inclusão de temas sobre História e Cultura
Afrobrasileira, Africana e Indígena de forma efetiva na EJA, da mesma forma, se faz
necessário que o aluno perceba os aspectos positivos e negativos da ciência e da
tecnologia, para que possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir
no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que
sustentam a vida.
117
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia- Ensino Médio – SEED-PR, “na escola, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou indiretamente sua perspectiva de futuro”.As Diretrizes, ainda, consideram que para a discussão de todas estas características socioambientais e do papel do ensino formal de Biologia, as relações estabelecidas entre professor-aluno e aluno-aluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para isto, há necessidade de leitura e conhecimento sobre metodologia de ensino para que as aulas de Biologia sejam dinâmicas, interessantes, produtivas, e resultem em verdadeira aprendizagem.
Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e
fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos, econômicos e
ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No ensino de Biologia,
diferentes metodologias podem ser utilizadas com este propósito. A metodologia de
investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a realidade buscando
respostas para solucionar determinados problemas”.
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da
ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e
espaço e, ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de construção de
melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma
metodologia de ensino e aprendizagem adequada à realidade do aluno da EJA.
Segundo RIBEIRO (1999, p.8),
118
criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.
Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a
compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o
conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não
somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global,
o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e
autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos
previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da
aprendizagem, considerando:
- que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de for-
ma real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos edu-
candos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo
pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação” ci-
entífica;
- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.
119
Nesse contexto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma
contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a
inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com
que se deparam no seu dia a dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de uma
problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para
determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...) “um
obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada,
uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.26)”. As
dúvidas são muito comuns na disciplina de Biologia, devendo ser aproveitadas para
reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio
consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua
aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o
significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem
própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.
É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que
será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento
e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.
A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência
fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente
deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a
evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura
científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo
de cada grupo ou indivíduo. Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de
experimentos e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido
com clareza o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas
vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do
uso do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de
materiais do cotidiano, assim como espaços alternativos, situações ou eventos para
se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas
120
realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e
diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada
pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),
É importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
Outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do
material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma
que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro
didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos
materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor,
selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as
informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.
Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar aqueles
que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os
conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas
visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos
saberes, estimular a autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados
sem a rígida seqüência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser
avaliada a relevância e a necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos
mesmos no processo educativo.
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a
reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por
parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de
partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo
educando e, principalmente, pelo educador.
121
O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto
de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de
ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a
sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e
estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro
como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam
sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um
exercício de aprendizagem.
Partindo da ideia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou
classificatório, visto que o ensino de Biologia deve respeitar e valorizar a realidade
do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram
origem à sua exclusão do processo educativo.
ENSINO MÉDIO
BIOLOGIA
A proposta de sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do currículo
da disciplina de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA, fundamenta-se
nas “Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná– SEED – PR.
122
É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares da
disciplina de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades e o
perfil dos educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica articulando-
se aos eixos cultura, trabalho e tempo.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEED-PR,
os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um corpo estruturado de saberes construídos e acumulados historicamente e que identificam a disciplina como um campo do conhecimento. Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo "conteúdo" não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos alunos para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo não se restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como conhecimento válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura particular em um determinado momento histórico, entra em cena.
Ainda segundo as Diretrizes,
estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer uma análise desse momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e abrangência dos conhecimentos que se pretendem serem desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no Ensino Médio deve ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de ensino e da disciplina em questão. Não se trata de estabelecer uma lista de conteúdos em detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária. Referimo-nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a construção de uma visão de mundo; outros práticos e instrumentais para a ação, e ainda aqueles que permitem a formação de um sujeito crítico.Precisaremos estabelecer conteúdos básicos que, por sua abrangência, atendem às realidades regionais e, ao mesmo tempo garantem a identidade da disciplina.
Na proposta, elaborada a partir das discussões com os professores do Ensino
Médio Regular, propõe-se ampliar a integração entre os conteúdos básicos,
destacando os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que vão ser
trabalhados por meio dos conhecimentos científicos referenciados na prática.
123
A sugestão de conteúdos básicos:
ORGANIZAÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO
DOS SERES VIVOS
BIODIVERSIDADE
PROCESSO DE
MODIFICAÇÃO
DOS
SERES VIVOS
IMPLICAÇÕES
DOS AVANÇOS
BIOLÓGICOS NO
CONTEXTO DA
VIDAOrganização celular
e molecular:
membrana,
• citoplasma e
núcleo
divisão celular
• tecidos
Os seres vivos e o
Ambiente
Saúde
Biomas terrestre e
Aquáticos
Ecossistemas
Ciclos
Biogeoquímicos
Desequilíbrio
ambiental urbano e
rural
Origem e evolução
da Vida
Origem das espécies
Genética,
Embriologia,
Fisiologia comparada
Ciência e saúde
Pesquisas
científicas
Biológicas
Bioética
Biotecnologia
Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio –
SEED-PR, há a justificativa para a organização e distribuição dos Conteúdos
básicos, descrita a seguir:
Os Conteúdos básicos de Biologia ao mesmo tempo agrupam as diferentes áreas da Biologia e proporcionam um novo pensar sobre como relacioná-los sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio. A nova proposta pretende modificar a estrutura firmada pela trajetória que o ensino de Biologia vem atravessando nestas últimas décadas. Estabelece os conteúdos básicos e um novo olhar de forma a relacioná-los com seus conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal e horizontal, procurando uma lógica dialética que leve o professor a integrá-los e relacioná-los de maneira que o aluno não tenha mais uma visão fragmentada da biologia.
124
Organização e distribuição dos seres vivos
O estudo acerca da organização dos seres vivos iniciou-se com as
observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza.
Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert Hooke
século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie Von Leewenhoeck, o
mundo microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da Ciência e da
Tecnologia.
A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre
o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas
celulares. Como exemplos desta influência têm-se o estudo da anatomia das células
das plantas pelo holandês Jan Swammerdam e, o aperfeiçoamento das Teorias
Evolucionistas ambas no séc. XVII.
No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian Heineich
Pander e o estoniano Karl Ernst Von Baer desenvolveram estudos sobre a
embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo Von
Mohl descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming
estudou o processo de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este
processo nas plantas.
Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS, 1998, p
255)... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito básicos:
uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de todos
os fenômenos de um ser vivo requer um conhecimento dos níveis moleculares
subjacentes. Justifica-se este conteúdo básico por ser a base do pensamento
biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição
dos seres vivos na Natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a
organização e o funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com
os demais conteúdos básico da disciplina.
Biodiversidade
125
A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar
para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais,
fizeram com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza. Tem-se
registros deste conhecimento biológico empírico das atividades humanas, através
das representações de animais e plantas nas pinturas rupestres realizadas nas
cavernas e também de alguns manuscritos deixados pelos Babilônios por volta do
ano 1800 a.C.
A organização dos seres vivos começou a ser registrada em documentos com
o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de suas observações ele
escreveu o livro “As Partes dos Animais”. Seu discípulo Teofasto deteve-se mais aos
estudos das plantas, iniciando uma pré-classificação dos vegetais agrupando-as em
espécies afins. Pelos seus estudos detalhados dos órgãos vegetais e descrição dos
tecidos que as formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal.
Percebe-se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a botânica,
não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de observação.
Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria
conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade
para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.
Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações
decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas,
de manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies
de animais e vegetais, a construção de cidades em lugares impróprios para
habitação, como também, a influência da tecnologia em nosso cotidiano. Esclarecer
que ao estudar a Biodiversidade estaremos diante de grandes desafios diante do
progresso científico.
O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade biológica
deve ser compreendido pelos alunos, não só como análise de espécimes mas
entendendo que a observação e sistematização do observado é uma atividade
científica relevante que se consolida nos sistemas de classificação e na taxionomia.
(KRASILCHIK, 2004)
126
Processo de modificação dos seres vivos
No século XVII com a invenção do microscópio pelo holandês Antonie van
Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia chamada celular e molecular tiveram um
grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi examinou
grande quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke descobriu a
estrutura celular, e os primeiros micro-organismos, inicialmente denominados
animáculos, foram observados (ROSSI, 2001).
Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do microscópio,
inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida, colocando à
prova teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração Espontânea. Diferentes
ideias transformistas foram se consolidando entre os cientistas, mas o grande marco
para o mundo científico e biológico foi a publicação do livro “Origens das Espécies”
de Charles Darwin, no século XIX. Foi também, na mesma época que Louis Pasteur,
demonstrou o papel desempenhado pelos micro-organismos no desenvolvimento de
doenças infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação.
No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi
possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material
químico que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do
DNA, que permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a
insulina, através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite;
criação de plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos
gordurosa. Além disso, a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de
eliminar doenças geneticamente transmitidas.
A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que podem
transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos.
Daí a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as
pessoas, para que elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma
vez que o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função
importante da própria sociedade.
127
Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida
Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia molecular
alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna cada vez mais
efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar substancialmente um vírus,
bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002)
Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa
atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente
podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um
enorme conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela.
É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de suas
implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de
biologia, possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do
ambiente que indiretamente influenciam suas vidas.
A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a divisão
entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que estes
podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção industrial ou a
tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade. A busca das raízes
científicas destas tecnologias tradicionais e de maneiras de aprimorá-las, a fim de
que melhor sirvam à necessidade de elevar a qualidade de vida é uma forma de
vincular o ensino à realidade em que vive o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186)
Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética
do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia
(biotecnologia) e as perspectivas de mudanças de valores morais. Para CHAUÍ,
1995, “nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral” e movidos
pela sensibilidade, somos capazes de reagir, de questionar, de nos manifestar
contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver
problemas.
Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram
dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso senso moral,
nossa consciência moral, “... pois exigem que decidamos o que fazer, que
justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e
128
que assumamos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por
nossas decisões”. (CHAUÍ, 1995).
Caberá ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e auxiliar o
aluno na análise “à luz dos princípios, regras e direitos alternativos, além de levar
em conta a avaliação intuitiva do aluno” (KRASILCHIK, 2004).
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vol.27,n.º 01. Edição 2002, disponível em www.ufsm.br/ce/revista/index.htm
EDUCAÇÃO FÍSICA
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
130
No decorrer do século XX, a educação física escolar sofreu no Brasil
influências decorrentes de pensamentos filosóficos, tendências políticas, científicas
e pedagógicas. Ela iniciou dentro de uma escola militar, servindo aos propósitos
militaristas de adestramento e preparação para a defesa da pátria, reforçando os
sentimentos relacionados à hegemonia da raça, reflexo da ideologia social
dominante naquela sociedade.
Nesse mesmo período histórico ocorreu a importação de modelos de práticas
corporais, como os sistemas ginásticos alemão e sueco e o método francês, entre as
décadas de 10 e 20, e o método desportivo generalizado, nas décadas de 50 e 60.
Na história da educação física, observa-se uma distância entre as
concepções teóricas e a prática real nas escolas, visto que, nem sempre os
processos de ensino e aprendizagem acompanharam as mudanças, como por
exemplo, a co-educação (meninos e meninas na mesma turma) era uma proposta
das escolas novistas desde a década de 20, mas essa discussão só alcançou a
educação física escolar muito tempo depois.
Na década de 70, a educação física sofreu outras influências importantes no
aspecto político. O governo militar investiu nessa disciplina em função de diretrizes,
pautadas no nacionalismo, na integração entre estados e na segurança nacional,
objetivando tanto a formação de um exército composto por uma juventude forte e
saudável como a desmobilização das forças políticas oposicionistas.
A partir do decreto nº69. 450, de 1971, a educação física passou a ser
considerada como a atividade que, por seus meios, processos e técnicas
desenvolvem e aprimoram forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sócias do
educando. O decreto deu ênfase à aptidão física, tanto na organização das
atividades como no seu controle e avaliação, e a iniciação esportiva, a partir da
5ªsérie, se tornou um dos eixos fundamentais de ensino, buscava-se a descoberta
de novos talentos que pudessem participar de competições internacionais,
representando a Pátria.
Na década de 80, os efeitos desse modelo começaram a ser sentidos e
contestados; o Brasil não se tornou uma nação olímpica e a competição esportiva da
elite não aumentaram o número de praticantes de atividades físicas. Iniciou-se então
131
uma profunda crise de identidade nos pressupostos e no próprio discurso da
educação física, que originou uma mudança expressiva nas políticas educacionais; a
educação física escolar, que estava voltada principalmente para a escolaridade de
5º á 8º séries do 1º grau, passou a dar prioridade ao segmento de 1º a 4º e também
a pré-escola. O objetivo passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno,
propondo-se retirar da escola a função de promover os esportes de alto rendimento.
Já no início da década de 90 foi elaborado o currículo básico por profissionais
da educação pública do Paraná, e seu processo de elaboração, deu-se num
contexto nacional de redemocratização do País. Após a discussão e aprovação
da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBDEN) foi apresentada a
proposta dos PCNs. Ao se analisarem abordagens teóricas, em que a Educação
Física transitou por diversas perspectivas desde as mais reacionárias até as mais
críticas, optam-se nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a hegemonia que
entende esta disciplina tão somente como treinamento de corpo, sem nenhuma
reflexão sobre o lazer corporal. Busca-se assim a formação de um sujeito que
reconheça o próprio corpo em movimento.
E partindo deste ideal as Diretrizes Curriculares apontam a cultura corporal
como objeto de ensino da Educação Física evidenciando a relação entre a formação
histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais que daí
decorreu. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o
acervo de formas e representações do mundo que o homem tem produzido pela
expressão corporal em jogos, brincadeiras, brinquedos, danças, lutas, ginástica e
esporte.
A disciplina de Educação Física deve fazer com que o educando seja capaz de
conhecer o seu corpo, usando-o como instrumento de expressão e satisfação de
suas necessidades, respeitando suas experiências anteriores e dando-lhe condições
de adquirirem e criar novas formas de movimento, demonstrando respeito pelos
outros e realçando para o desenvolvimento social, preparando-os para enfrentar
competições, vencendo e perdendo, cooperando e colaborando; reconhecer os
limites e possibilidades do próprio corpo de forma a controlar sua postura e as
atividades corporais; participar de atividades em grandes e pequenos grupos,
potencializando as diferenças individuais para o benefício e conquista dos objetivos
132
propostos; aprofundar-se no conhecimento e compreensão das diferentes
manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de
desempenho, linguagem e expressividade; perceber na convivência e praticar
pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando refletindo e
adotando uma postura democrática; ser capaz de entender os esportes como
fenômeno social e como provedor de lazer e qualidade de vida.
2. CONTEÚDOS DE ENSINO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esportes Coletivos e individuais
Jogos, brinquedos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda
Jogo de tabuleiros
Jogos cooperativos
Danças Dança Folclórica
Dança de rua
Dança criativa
Danças circulares
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica geral
Ginástica circense
Lutas
Lutas de aproximação
Capoeira
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
133
- Esportes, voleibol, handebol, futsal, futebol, basquetebol, atletismo, tênis de mesa,
peteca, futevôlei, ciclismo etc.
* O início da esportivização.
* A origem e a história.
* Suas mudanças no decorrer da história.
* Para o que e o que servem.
* Modelo de sociedade que as produzem.
* Incorporação pela sociedade brasileira.
* Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade.
* O esportes enquanto o fenômeno cultural.
* Fundamentos básicos.
* Táticas.
* Regras básicas.
* Análise crítica das regras.
* Jogos colegiais.
• Meio ambiente (agrinho).
• Ginástica geral; Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica Natural,
Ginástica de Academia, Ginástica Imitativa, Ginástica Relaxante, Caminhada,
entre outros;
* Origem e história.
* Diferentes tipos de ginástica.
* Definição.
* Postura corporal.
* rolamentos.
* Parada de mão com ajuda.
* Parada de mão sem ajuda.
* Parada de cabeça com ajuda.
* Parada de cabeça sem ajuda.
* Coordenação ampla.
* Ritmo.
134
• Brincadeiras, brinquedos e jogos, jogos de tabuleiro, jogos cooperativo,
brincadeira de rua, jogos educativos, bets, peteca, pião, bolinha de gude, pular
corda, pular elástico e etc.
* Definição.
* Jogos e brincadeiras tradicionais (resgate).
* Brinquedos cantados.
* Diferenças entre jogos esportes e brincadeiras.
* Jogos recreativos.
* Propostas de desafios.
* Compreensão das regras e normas de convivência social.
* Análise críticas e criação de novas regras.
• Jogos de salão (dama, dominó, xadrez, entre outros).
- Dança;
* História e origem.
* Danças em geral.
* Evolução das danças.
* Diferentes tipos de dança.
* Expressão corporal.
* Imitações.
* Representações.
* Consciência corporal.
* Cultura afro-brasileira.
* Relação histórico-social de momentos folclóricos.
* Análise critica dos costumes.
* História e cultura dos temas desenvolvidos.
* Dança internacional.
- Lutas;
* Judô.
135
* Karatê.
* Capoeira e etc;
OBS: Os conteúdos desenvolvidos no 8º e 9º anos e Ensino Médio terão maior
amplitude, complexidade e a profundidade. A consciência corporal e o nível de
análise crítica deverão estar em uma fase de desenvolvimento mais elevadas.
ELEMENTOS ARTICULADORES
DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
* O corpo.
* A ludicidade.
* A saúde.
* O mundo do trabalho.
* A desportivização.
* A tática e a técnica.
* O lazer.
* A diversidade étnico-racial, de gênero e de pessoas com necessidades
educacionais especiais.
* A mídia.
A Agenda 21, a inclusão e a Cultura Afro brasileira, Africana e Indígena
devem ser direcionadas de maneira que o aluno tenha mais conhecimento e
consciência desses temas, passando a ter atitudes concretas que o levem à prática
desses valores. Para isso deve-se trabalhar com textos diversos, estatísticas,
cartazes, filmes, teatros, jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser por meios de
projetos, ou mesmo por conteúdos que envolvam conteúdos específicos ou
interdisciplinares.
Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de
levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que
se encontram presentes no nosso cotidiano.
O trabalho a ser desenvolvido junto aos alunos contemplará:
a) A Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena;
136
b) Agenda 21;
c) Projeto Agrinho;
e) Gincana Cultural;
f) Jogos Escolares.
3. METODOLOGIA E RECURSOS
O estudo do corpo em movimento na Educação Física, objetiva atingir a
consciência e domínio corporal, trabalhada através dos pressupostos do movimento
expressos na ginástica, dança e jogos historicamente colocados.
A educação do corpo em movimento deverá proporcionar ao educando uma
tomada de consciência e domínio de seu corpo e a partir daí, contribuir para o
desenvolvimento de sua possibilidade de aprendizagem. Ela deverá permitir ao
aluno exploração motora, as descobertas em sua realização, vivendo através das
atividades propostas, momentos que lhe dêem condições de criar novos caminhos a
partir das experiências vivenciadas criando novas formas de movimento, podendo
assim atingir níveis mais elevados em seu conhecimento, como por exemplo,
quando se trabalha com uma atividade propondo um desafio a ser vencido, o aluno
cria mecanismos de superação do problema, criando novas formas de movimento e
aprendendo novos conhecimentos.
O professor de educação física deve ser atendido com elemento chave para
operacionalizar os valores e resgatar o trabalho responsável sobre o corpo, dentro
de uma constante discussão do homem em relação com a natureza e o próprio
homem. Sua ação criadora e inovadora deverá dinamizar em sua escola,
contribuindo para a conscientização do seu grupo, para modificações e valorizações
da prática pedagógica e flexibilidade de ações, atreladas ao conteúdo uma
constante reflexão crítica, o que enriquece o processo ensino-aprendizagem.
A ação educativa deve ser um instrumento que prepara o homem para
reivindicar seu direito de opinar, discutir, criticar e alterar a ordem social e deter
acesso a cultura e a história de seu tempo.
A Educação Física consciente é aquela que contribui para a educação do
individuo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação
137
dinâmica, onde os envolvidos no processo ensino aprendizagem estão conscientes
e exercitam sua atividade durante todo o processo.
A construção de uma nova Educação Física não envolve apenas a
necessidade de reavaliar conceitos, objetivos, perspectivas e atividades. Outro ponto
fundamental dessa lista é torná-la mais democrática e menos excelente.
Garantir a participação de todos é, portanto, uma preocupação que deve
nortear o planejamento. Em vez de investir em atividades que valorizam apenas a
performance e o rendimento, o professor deve privilegiar aquelas em que todos
tenham oportunidade de desenvolver sua potencialidades.
No contexto da EJA o propósito da intervenção do professor que atua no
campo da Educação Física, é potencializar as possibilidades de participação ativa
de pessoas com demandas educacionais específicas, em programas com foco na
atividade física/movimento corporal humano. Igualmente, há que se considerar que a
sustentação para ações pedagógicas direcionadas ao processo de escolarização
dessas mesmas pessoas encontra-se em fase de construção, carecendo ainda da
produção de conhecimento capaz de contribuir para a consolidação da participação
da Educação Física nessa modalidade de ensino.
Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física deverá
valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas manifestações
corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a corporalidade “entendida como a
expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais
historicamente produzidas” (PARANA, 2006), considerando os três eixos
norteadores do trabalho com a EJA que são Cultura, Trabalho e Tempo.
O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA necessita de um
levantamento junto aos mesmos, de como foram suas aulas e experiências
anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá planejar o trabalho
pedagógico. Outra perspectiva a ser considerada é o trabalho com a cultura local,
buscando a origem de suas práticas, transformações e diferenças em cada região.
O novo profissional deve ser ativo, empenhado, sempre se atualizando e
prestando atenção ao desenvolvimento da turma, podendo e devendo utilizar bolas,
redes, raquetes, cordas, bambolês, música e principalmente espaço físico como
138
recurso para a concretização do ensino-aprendizagem e práticas dos esportes
relacionadas no planejamento escolar.
Recursos Didáticos e Tecnológicos
- Exposição de vídeo na TV multimídia;
- Uso de internet;
- Livros e apostilas contidos no acervo da biblioteca;
4. Avaliação
- Dinâmica em grupos
- Trabalhos escritos e provas
- Debates
- Pesquisa
- Organização de gincanas
- Organização de torneios
- Criação de jogos
- Registro das atitudes e observação direta ao aluno
A recuperação paralela será desenvolvida ao longo do período, assim que
detectado a não apropriação dos conteúdos.
Através do lúdico, proporcionar a construção de brinquedos com materiais
alternativos (sucatas), construção de instrumentos musicais como, por exemplo, o
pandeiro e o chocalho.
Com a utilização de corda, fita, bola e arco desenvolver atividades circenses e
de equilíbrio, em grupo.
O uso do rádio no auxílio da criação e apresentação de coreografias.
Organização de festivais de demonstração, na qual os alunos apresentem
diferentes tipos de golpes e diferentes criações coreográficas.
Construir diferentes jogos com uso de bolas.
A lei 11.645/08, relacionada à Cultura Indígena, será trabalhada através de
pesquisa sobre a cultura, principalmente danças e brincadeiras que posteriormente
serão aplicadas nas aulas.
139
A lei 9.795/99 sobre o Meio Ambiente será trabalhada através de pesquisa
relacionada à saúde, esporte de aventura e influência climática na prática de
atividades físicas.
A lei 10.639/03 Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana será trabalhada
como meio proporcionar reflexão e vivências acerca do respeito e tolerância as
diferenças, combatendo o preconceito e a discriminação nas aulas.
Pesquisa sobre danças, lutas, músicas, jogos, brincadeiras e ginástica Afro-
Aeróbica.
Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que
contemplem:
• a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;
• a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na proposi-
ção das praticas educativas;
• a cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena presentes na cultura brasi-
leira como um todo;
• ensino com base na investigação e na problematização do conheci-
mento;
• as diferentes linguagens na medida em que se instituem como signifi-
cativas na formação do educando;
• as múltiplas interações entre os diferentes saberes;
• articulação entre teoria, prática e realidade social;
• atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.
4.1 AVALIAÇÃO
A partir da referência sobre avaliação nas 1as aulas servirão de diagnóstico
para o processo subsequente, o professor terá uma visão dos saberes acumulados,
das dificuldades apresentadas pelos alunos e dos conteúdos apropriados por eles
durante as séries anteriores. Uma vez detectados o grau de conhecimento e de
dificuldades dos educandos, serão elaborados e sistematizados os conteúdos que
140
serão aplicados no decorrer das aulas. Mesmo que para isso, seja necessário
retomar conteúdos anteriores.
Numa avaliação realizada desta maneira, é de extrema importância o domínio
dos conteúdos pelo professor, para que haja uma avaliação consciente e
comprometida com o processo educacional.
A avaliação se dará através de compreensão do aluno sobre o que foi
proposto e seu conceito produzido a partir das discussões desde as primeiras aulas.
Diante de tantos desafios, o professor precisa estar aberto às mudanças, ter
disposição para adaptar as atividades, querer desenvolver um trabalho junto com os
alunos com o objetivo de alcançar o que foi proposto fazendo uma relação de ensino
– aprendizagem entre professores e alunos.
A avaliação proposta para a EJA entende a necessidade da avaliação
qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a avaliação da aprendizagem clara e
consciente, é entendê-la como processo contínuo e sistemático de obter
informações, de perceber progressos e de orientar os alunos para a superação das
suas dificuldades. Reforçando este pensamento Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994,
p. 44) diz que:
o professor que quer superar o problema da avaliação precisa a partir de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo); alterar a postura diante dos resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e aos pais.
Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço para uma
nova visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não deve ser
um processo exclusivamente técnico que avalia a práxis pedagógica, mas que
pretende atender a necessidade dos educandos considerando seu perfil e a função
social da EJA, com o reconhecimento de suas experiências e a valorização de sua
história de vida. Isso torna-se essencial para que o educador reconheça as
potencialidades dos educandos e os ajude a desenvolver suas habilidades para que
os mesmos atinjam o conhecimento na busca de oportunidades de inserção no
mundo do trabalho e na sociedade.
141
A avaliação deverá, portanto, compreender formas tais como: a linguagem
corporal, a escrita, a oral, por meio através de provas teóricas, de trabalhos, de
seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando um amplo
conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e objetivos que se
quer alcançar. Devemos levar em consideração que educando idosos, ou com
menos habilidades, os com necessidades especiais e o grau de desenvolvimento
que possuem, bem como as suas experiências anteriores.
Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, a
avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos. Nesse
sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do desenvolvimento progressivo do
aluno, respeitando suas individualidades. Desse modo a avaliação não pode ser um
mecanismo apenas para classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da
práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores
para o seu replanejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja
coerente e representativa é fundamental que a relação entre os componentes
curriculares se apóie em um diálogo constante.
É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de
movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um autoconhecimento e uma análise
possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.
5. REFERÊNCIAS
Guiceline, M.A. Qualidade de vida: Um programa prático para um corpo
saudável.
Pastori, C.A. Saúde: Dicas, curiosidades e esclarecimentos. Ed.F.T.D.
Bregolato, R.A. Texto de Ed, Física no cotidiano escolar, Ed.Fapi Ltda.
Gonçalves, M.C./ Pinto R.C.A., Aprendendo a Ed. Física, Ed. Bolsa.
Currículo básico para Escola Pública do Paraná.
Diretrizes curriculares - versão preliminar.
142
ENSINO RELIGIOSO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso constitui-se como disciplina, com um novo olhar, uma
nova perspectiva configurada na LDBEN 9394/96, artigo 33 e nova redação na Lei
9475/97, superando o proselitismo no espaço escolar. O entendimento sobre essa
importante e fundamental área do conhecimento humano implica em uma
concepção que tem por base o multiculturalismo religioso. Neste enfoque o sagrado
e suas diferentes manifestações religiosas, possibilitam a reflexão sobre a realidade,
numa perspectiva de compreensão religiosa, possibilitando a reflexão sobre si e
para o outro, na diversidade universal do conhecimento religioso.
Com isso, pode-se assegurar o direito à igualdade de condições de vida e de
cidadania, nas diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural,
considerando o igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira,
além do direito de acesso as diferentes fontes da cultura nacional a todos os
brasileiros.
A trajetória do Ensino Religioso no Brasil passou por diferentes momentos e,
diante da sociedade globalizada e multicultural da atualidade requer uma nova forma
de ser pensado e entendido na sua implementação no âmbito, espaço cultural.
É fundamental a adoção de políticas educacionais e sociais, de estratégias
pedagógicas de valorização histórico-cultural da nação brasileira.
A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se
concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional de 1996 e sua respectiva correção em 1997 pela Lei nº 9.475. De acordo
com o artigo da LDBN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte caracterização: Art. 33
– O Ensino Religioso, de matricula facultativa, é parte integrante da formação básica
do cidadão, constituí disciplina de horários normais das escolas públicas de
Educação básica, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil
vedadas quaisquer forma de proselitismo.
143
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a
definição dos conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a
habilidade e admissão de professores.
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
Ao delinear o encaminhamento das aulas de Ensino Religioso, a escola
considerará os seguintes pressupostos:
- a superação pelo conhecimento, do preconceito à ausência ou a presença
de qualquer crença religiosa, toda forma de proselitismo , bem como a
discriminação de toda e qualquer expressão do sagrado;
- o entendimento de que a escola é um bem público e laico, cujo acesso e
direito adquirido por todo cidadão brasileiro ;
- considerar as diversas manifestações do sagrado como sendo
componentes do patrimônio cultural e as relações que estabelecem;
- a necessidade de construção, reflexão e socialização do conhecimento
religioso que proporcione ao indivíduo sua base de formação integral de
respeito e de convívio com o diferente.;
- o uso da linguagem pedagógica e não religiosa referente a cada
expressão ao sagrado, adequada ao universo escolar, na compreensão
deste espaço como sendo de reflexão e sistematização de diferentes
saberes;
- o respeito, por parte do docente ao direito à liberdade de consciência e à
opção religiosa do educando, transpondo qualquer ato prosélito, relevando
os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e a diversidade
social diante de todos;
- A necessidade de articular o Ensino Religioso, no Projeto Político
Pedagógico da escola, de forma coletiva, nos princípios da gestão
democrática.
2- OBJETIVOS GERAIS
144
- Proporcionar um processo de observação, reflexão e informação sobre fenômenos
religiosos, a partir do contexto social e cultural do educando, promovendo um
processo interativo entre educador e educando, na busca da realização enquanto
seres humanos, inseridos numa sociedade, onde devem ser reconhecidos e
respeitados como cidadão.
- Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do
cotidiano que nos contextualiza no universo cultural. Assim sendo, no espaço
escolar justifica-se este estudo por fazer parte do processo civilizador da
humanidade.
3. CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
PAISAGEM RELIGIOSA - SÍMBOLO - TEXTO SAGRADO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
- INSTRUMENTOS LEGAIS QUE VISAM ASSEGURAR A LIBERDADE RELIGIOSA.
- Direito de professar a fé e liberdade de opinião e expressão
- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.
II - LUGARES SAGRADOS
- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
III - TEXTOS SAGRADOS (ORAIS E ESCRITOS)
145
- Leitura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc) pelas diferentes
culturas religiosas.
• Os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas.
• As diferentes interpretações dos textos sagrados.
• Experiência religiosa dos antepassados e a revelação dos textos sagrados.
IV - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.
- Estruturas Hierárquicas.
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
PAISAGEM RELIGIOSA - SÍMBOLO - TEXTO SAGRADO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
I - UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
- Nos Ritos
- Nos Mitos
- No Cotidiano
II – RITOS
- Rituais de passagem
- Mortuários
- Propiciatórios
III - FESTAS RELIGIOSAS
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
146
IV - VIDA E MORTE
- O sentido da vida nas tradições
- Re-encarnação
- Ressurreição
- Além Morte
- Ancestralidade
- Outras interpretações.
A Agenda 21, a inclusão e a Cultura Afro brasileira devem ser direcionadas de
maneira que o aluno tenha mais conhecimento e consciência desses temas,
passando a ter atitudes concretas que o levem à prática desses valores. Para isso
deve-se trabalhar com textos diversos, estatísticas, cartazes, filmes, teatros,
jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser por meios de projetos, ou mesmo por
conteúdos que envolvam conteúdos específicos ou interdisciplinares.
Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de
levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que
encontram-se presentes no nosso cotidiano. As temáticas abaixo estarão presentes
no desenvolvimento do trabalho com os conteúdos do ensino:
− Cultura Afro;
− Agenda 21;
− Agrinho
− Gincana Cultural
4. METODOLOGIA E RECURSOS
É proposto ao aluno nas aulas de Ensino Religioso, a oportunidade de
identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às
diferentes manifestação religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham
a amplitude da própria cultura na qual estão inseridos. Essa compreensão deve
favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa em relações éticas diante da
147
sociedade fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceitos
e discriminações e o conhecimento que todos são portadores de singularidade
irredutível.
Através de atividades de sensibilização como estudos das vivências, músicas,
poemas e outros proporcionarão ao educando a reflexão para o entendimento de
questões essências do seu cotidiano. Ainda, por meio da observação e o uso do
diálogo levá-lo-á a problematizar situações vividas, o que deve levar a um
compromisso de vida que terá como ponto de partida a proposição de atitudes éticas
a serem vivenciadas pelo aluno em seu convívio social.
O aluno é um todo; afetivo, intuitivo; tem sensibilidade e precisa se
desenvolver como uma unidade que se relaciona consigo, com os outros, com o
mundo e com deus. Que vem para escola com uma bagagem de conhecimentos e
cultura que devem ser levados em consideração e tomados como referencial, para
desenvolvimento dos conteúdos.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação permeia os objetivos, os conteúdos e a prática didática, portanto
é processual e, possui três etapas: inicial, formativa e final.
A avaliação inicial e investigativa pode acontecer no inicio do ano, no inicio de
novos conteúdos ou sempre que for necessário.
No Ensino Religioso esse procedimento possibilita o reconhecimento de
grupos culturais religiosos diferentes, identificados nas várias crenças dos próprios
educandos e suas posturas em relação à própria fé, como, por exemplo, os
radicalismos.
A avaliação Formativa é formal e sistemática, deve ser organizada de acordo
com os conteúdos significativos e que levem ao conhecimento. Acompanha o
processo, considerando contexto, a faixa e o desenvolvimento pessoal do aluno.
No Ensino Religioso essa etapa tem como referencial a capacidade de
percepção das diferenciações entre as tradições religiosas, gerando o diálogo, a
construção e a reconstrução do conhecimento de fenômeno religioso.
148
A Avaliação Final consiste na aferição dos resultados que indicam o tipo e o
grau de aprendizagem que espera que os alunos tenham realizado a respeito dos
diferentes conteúdos essenciais. Essa etapa informa se o ensino cumpriu sua
finalidade: a fazer aprender, bem como, determina os novos conteúdos a serem
trabalhados.
No Ensino Religioso, atingir as expectativas não se constitui em critérios para
a aprovação, mas fontes para uma análise individual de cada educando e a
continuidade do processo da aprendizagem.
Na educação, e especialmente no Ensino religioso, a avaliação tem um
sentido amplo: além de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica
como parte integrante e intrínseca ao processo educativo, envolve outros aspectos:
sociabilidade, afetividade, postura, compromisso, integração, participação na
expectativa da aprendizagem do aluno e de sua transformação.
Ao final, espera-se que o aluno, através do conhecimento adquirido sobre as
diversidades religiosas, assuma uma postura respeitosa para com aqueles que
comungam de fé diferentes da dele.
Avaliar, portanto, significa basicamente, acompanhar a aprendizagem, uma
vez que não é um momento isolado, mas acompanha todo o processo ensino-
aprendizagem.
O aluno será observado em diferentes situações de aprendizagem em que
será levado em consideração: Análise das produções, auto-avaliação, sociabilidade,
afetividade, postura, compromisso, integração, participação na expectativa da
aprendizagem e de sua transformação.
6. BIBLIOGRAFIA
- Diretrizes Curriculares para a Educação Religiosa – ASSINTEC - 2002
- Referencial Curricular para a Proposta Pedagógica da Escola
- Ensino Religioso – Sugestões Pedagógicas – ASSINTEC – 2002
- Apontando novos Caminhos para o Ensino Religioso – Subsidio para
- 5 série SEED/DEF/AS SINTEC – 2003
- Livros Sagrados
149
GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia tem por finalidade desenvolver no aluno a capacidade de
observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade para melhor
compreende-la; Sendo assim, ela é uma área do conhecimento comprometida em
tornar o mundo compreensivo para os alunos, explicável e passível de
transformações. A preocupação da Geografia é a conquista da cidadania, sempre
vinculada com a realidade cotidiana da sociedade de modo a se obter cidadãos mais
participantes.
A geografia dentro da espacialidade de sua área trabalha seus conteúdos
para contemplar temas que priorize a formação de um aluno crítico, com
pensamento autônomo e consciente do seu papel transformador. Ela proporciona
aos alunos a possibilidade de compreenderem sua própria posição no conjunto de
interações entre sociedade e natureza; O homem intervém na natureza para
satisfazer suas necessidades que foram criadas historicamente; essa intervenção é
feita coletivamente, daí seu caráter social. É o trabalho social o elo entre sociedade
e natureza, como e porque suas ações individuais ou coletivas em relação aos
valores humanos ou a natureza têm consequências tanto para si como para
sociedade.
Outra finalidade da Geografia é adquirir conhecimento para compreender as
atuais definições do conceito de nação no mundo em que vivem e perceber a
relevância de uma atitude de solidariedade e comprometimento com o destino das
gerações futuras. Assim sendo seu objetivo é mostrar ao aluno que cidadania é
também o sentimento de pertencer a uma realidade em que relações entre
sociedade e natureza formam um todo integrado do qual ele faz parte, portanto,
150
precisa conhecer, tornar-se membro participante ligado, responsável e
comprometido historicamente com os valores humanísticos.
2 – OBJETIVOS GERAIS
A Geografia que propomos seja ensinada é uma Geografia crítica, que mostre
a realidade, que conceda o espaço geográfico, como sendo espaço social,
produzido e reproduzido pela sociedade humana, com vista à nele se realizar e se
reproduzir, desenvolvendo hábitos e construindo valores significativos para a vida na
sociedade. Ela deve compreender a cidadania como participação social e política,
assim como o exercício de direito e deveres políticos.
3 – CONTEÚDOS
Tendo como pressuposto de que a Geografia é uma área de conhecimento
comprometida em tornar o mundo compreensível, explicável e passível de
transformações, a seleção dos conteúdos leva em consideração o social, cuja
compreensão por parte dos alunos mostra-se essencial em sua formação como
cidadão. Os critérios fundamentais na seleção de conteúdos procuram delinear um
trabalho a partir de algumas considerações essenciais como: paisagens, território,
lugar, as relações sociais (políticas e culturais), apropriação histórica da natureza e
organização do trabalho.
Ao construir seu espaço geográfico, adquire maior consciência dos limites e
responsabilidade da ação individual e coletiva com relação ao seu lugar e a contexto
mais amplo da escala nacional a mundial – do desenvolvimento do jovem
adolescente.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Temas e conteúdos
6º ANO
Conteúdos estruturantes:
151
• Dimensão sócio-ambiental;
• Dimensão econômica da produção;
* Geopolítica;
• Dinâmica cultural e demográfica.
1) Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,
manifestações culturais e sócio-ambientais.
- Localização do meio em que vivemos:
- Localização da Terra;
- O espaço em que vivemos: Brasil, Paraná.
2) Os movimentos da Terra no Universo e suas influências para organizar o
espaço geográfico.
- Alfabetização cartográfica:
• Orientação;
• Coordenadas geográficas;
• Rosa-dos-ventos;
• Fuso horário;
• Escalas;
• Movimentos da Terra.
3) Distribuição espacial e as consequências sócio-ambientais dos
desmatamentos, da chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito
estufa, entre outros.
- Paisagem natural e cultural:
• Litosfera;
• Hidrosfera;
• Agenda 21;
• Atmosfera;
• Biosfera ( meio ambiente).
152
4) O setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico.
- Apropriação do espaço pelo homem:
• Extrativismo;
• Agricultura e pecuária;
• Atividade industrial;
5) Sistemas de energia, distribuição espacial, produção e degradação sócio-
ambiental.
− Fontes de energia.
6) A história das migrações mundiais e sua influência sobre a formação
cultural, distribuição espacial e configuração dos países.
- Movimentos migratórios:
- Concentração populacional urbano: o negro africano, o branco europeu e o
indígena.
- Datas comemorativas: dia da água, do meio ambiente, da consciência negra.
Os conteúdos de Geografia do Paraná serão contemplados de acordo com o
trabalho em sala de aula.
7º ANO
Conteúdos estruturantes:
• Dimensão sócio-ambiental;
• Geopolítica;
• Dimensão econômica da produção;
• Dinâmica cultural e demográfica.
1) Formação espacial dos Estados nacionais.
- Brasil – país continente:
• Localização;
• Posição territorial e astronômica;
• Posição quanto à população e povoamento;
• A contribuição do negro no processo de construção do território brasileiro.
153
2) Ambiente urbano e rural e os impactos sócio-ambientais.
- Agenda 21:
• Posição do Brasil quanto à Agenda 21.
3) Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,
manifestações culturais e sócio-ambientais.
- Divisão Regional do Brasil, segundo o IBGE: regiões Sul (dando maior ênfase ao
estudo do Paraná), Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste, e Norte.
• As desigualdades sociais de cada região;
• A contribuição do negro africano no processo de construção do território
brasileiro;
• Aspectos físicos e naturais;
• Expansão e ocupação.
4) Tipos de Indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico.
- Atividades econômicas: agricultura, extrativismo, pecuária e indústria;
• Urbanização;
• Regiões metropolitanas.
5) Setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico.
• Comércio, meios de transporte e de comunicação;
• Siderúrgica e hidrelétrica;
• Meio ambiente (recursos hídricos: aquífero Guarani).
8º ANO
Conteúdos estruturantes;
• Dimensão sócio-ambiental;
• Geopolítica;
• Dimensão econômica da produção;
• Dinâmica cultural e demográfica.
154
1) Os movimentos da Terra no Universo e suas influências para organizar o
espaço geográfico.
- A reorganização do espaço contemporâneo:
• A natureza como critério de regionalização
− Continentes e oceanos.
2) Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,
manifestações culturais e sócio-ambientais.
- Divisão política, econômica, histórica e social;
- Capitalismo, socialismo, desenvolvimento e subdesenvolvimento;
- Os blocos de países e sua formação;
3) As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social
do/no espaço geográfico:
_ A divisão internacional do trabalho e o avanço do capitalismo.
_ A inserção do continente americano na divisão internacional do trabalho:
4) Formação espacial dos Estados nacionais.
- As diversidades da América / Novo Mundo
• Localização;
• Aspectos naturais, culturais, político-econômico;
- Contribuição da cultura afro-brasileira no continente americano.
- Oceania / Novo Mundo:
• Localização;
• Aspectos naturais e econômicos.
- Antártida / Novíssimo Mundo:
• Localização;
• Aspecto natural.
5) A globalização e seus efeitos no espaço geográfico.
_ A Globalização;
_ A integração da América e a formação dos blocos econômicos;
155
_ O MERCOSUL e o Nafta.
6) Ambiente urbano e rural e os impactos sócio-ambientais.
− Agenda 21 no âmbito internacional
9º ANO
Conteúdos estruturantes:
• Dimensão sócio-ambiental;
• Geopolítica
• Dimensão econômica da produção;
• Dimensão cultural e demográfica.
1) Formação espacial dos Estados Nacionais.
- Os continentes: europeu, asiático e africano, formadores do Velho Mundo:
• A partilha do mundo – imperialismo e capitalismo monopolista;
2) A Guerra Fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e
do mapa político do mundo
- O mundo bipolar e multipolar;
3) Organizações internacionais, ONU, OMC, FMI, OTAN, Banco Mundial, entre
outros e suas influências na reorganização do espaço geográfico.
- As organizações econômicas e militares;
- As transformações recentes no quadro de forças do mundo;
4) Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua
espacialidade
_ Revolução industrial:
- a cidade e o espaço da indústria;
- as transformações do campo.
156
5) Histórias das migrações mundiais e sua influência sobre a formação
cultural, distribuição espacial, configuração espacial e conflitos.
- a urbanização e o processo de industrialização nos países capitalistas; socialistas
e subdesenvolvidos.
- A cultura Afro-brasileira.
6) Classificação e especialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças
climáticas.
_As grandes paisagens do globo:
* paisagens natural;
- desertos;
- zonas polares;
- montanhas;
- zonas tropicais;
- zonas temperadas;
7) Ambiente urbano e rural e os impactos sócio-ambientais.
_ A degradação ambiental:
* Questão ambiental.
- Revolução industrial e a questão ambiental.
− Agenda 21 no âmbito internacional.
A Agenda 21, a inclusão e a Cultura Afro brasileira, Africana e Indígena
devem ser direcionadas de maneira que o aluno tenha mais conhecimento e
consciência desses temas, passando a ter atitudes concretas que o levem à prática
desses valores. Para isso deve-se trabalhar com textos diversos, estatísticas,
cartazes, filmes, teatros, jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser por meios de
projetos, ou mesmo por conteúdos que envolvam conteúdos específicos ou
interdisciplinares.
Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de
levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que
se encontram presentes no nosso cotidiano, por meio do trabalho pedagógico
157
abordando a Cultura Afro-brasileira a Agenda 21, o Programa Agrinho e a realização
de Gincana Cultural.
4 - METODOLOGIA E RECURSOS
A seleção dos conteúdos de geografia fundamenta-se na importância social e
formação intelectual do aluno: no 6º e 9º anos enfoca-se o papel da natureza e sua
relação com a ação do individuo, dos grupos sociais e de forma geral, da sociedade
na construção do espaço, deve reconhecer que a sociedade e a natureza tem
princípios e leis próprias e que o espaço geográfico resulta das interações entre ela
historicamente definidas.
Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de
humanização da natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam elas
naturais ou históricas, a exemplo das grandes paisagens naturais, as sociopolíticos
como dos Estados Nacionais e cidade-campo. De 8º e 9º anos o estudo de geografia
compõe-se de um amplo leque temático que permite entrada significativa nesse
processo de desenvolvimento sócio cognitivo do jovem adolescente.
Vários temas podem ser mediados pelas questões ambientais e culturais.
Deve-se também utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a
espacialidade dos fenômenos geográficos. O aluno deve conhecer o meio em que
vive, sabendo utilizar a natureza para seu sustento, compreendendo o mundo em
sua totalidade, informando-o sobre a criação da agenda 21, em nível mundial,
nacional e local, dando prioridade às mudanças climáticas que vem ocorrendo
devido a não preservação do meio ambiente.
O professor deve ser dinâmico para que contemple as diversidades de
aprendizagem dos alunos, levando-os a interagir com sua individualidade e
criatividade, ampliando sua relação sociedade/natureza.
Os conteúdos básicos elencados nas DCEs/PR são conhecimentos
fundamentais para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino
Médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas
diversas disciplinas da Educação Básica.
158
O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno em qualquer fase ou
modalidade de ensino da Educação Básica.
A Geografia ensinada na Educação de Jovens e Adultos deve partir da
experiência e vida dos educandos, que apresentam perfil bastante diferenciado,
quanto à idade, nível de escolarização, situação econômica e cultural, ocupação e
motivação, levando-os aos conteúdos científicos, portanto, o papel fundamental
desta modalidade de ensino é fornecer subsídios para que estes se afirmem como
sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos.
Ensinar o aluno a ler o Espaço Geográfico exige mais do que saber o que ele
é e de que é constituído. É adquirir conhecimento para compreender as atuais
definições do conceito de nação no mundo em que vivem e perceber a importância
de uma atitude de solidariedade e comprometimento com o destino das gerações
futuras. Assim sendo, a Geografia mostra ao aluno, que cidadania é também o
sentimento de pertencer a uma realidade em que relações entre sociedade e
natureza formam um todo integrado do qual ele faz parte, portanto precisa conhecer-
se, tornar-se membro participante ativo, responsável e comprometido historicamente
com os valores humanos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica
do Estado, ao concluir o Ensino Fundamental, espera-se que os alunos tenham
noções básicas sobre as relações socioespaciais nas diferentes escalas geográficas
(do local ao global) e condições de aplicar seus conhecimentos na interpretação e
crítica de espaços próximos e distantes, conhecidos empiricamente ou não.
Esses conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio, de modo a
ampliar as relações estabelecidas entre os conteúdos, respeitada a maior
capacidade de abstração do aluno e sua possibilidade de formações conceituais
mais amplas.
Para os alunos da Educação de Jovens e Adultos, faz-se necessário que os
conteúdos sejam trabalhados priorizando os eixos articuladores dessa modalidade
de ensino, a saber: Cultura, Trabalho e Tempo.
Estudos sobre o espaço geográfico global, bem como os estudos continentais
e regionais, serão realizados a partir de recortes temáticos mais complexos.
159
Nesse sentido, recomenda-se que, no Ensino Médio, os conteúdos sejam
organizados numa sequência que problematize as relações Sociedade ↔ Natureza
e as relações Espaço ↔ Temporais a partir do espaço geográfico mundial. Algumas
questões podem orientar essa abordagem, tais como: Qual é a configuração
geopolítica do mundo hoje? Sempre foi assim? Como era num passado recente?
Por que mudou? Como foi esse processo de mudança de fronteiras e relações
econômicas, sociais e políticas em diferentes países e regiões do planeta? Quais as
consequências disso para o mundo?
O ensino de geografia é realizado mediante a aula expositiva, leituras de
textos informativos, trabalho de campo, visitas, entrevistas, excursões, pesquisas em
bibliotecas, em internet, uso de retroprojetor, de vídeos, DVD, de jornais, revistas,
livros didáticos, projetos, também se pode trabalhar por meio de situações-
problemas os diferentes espaços-geográficos materializados em paisagens e
lugares, vendo as relação entre o presente e o passado, o especifico e o geral, as
ações individuais e as coletivas que promovam o domínio de procedimentos que
permitam ao aluno ler e compreender o espaço geográfico.
5 – AVALIAÇÃO
Com relação à avaliação, a Geografia está preocupada com a transformação
social, ser democrática e manifestar-se como um mecanismo de diagnóstico da
situação e não como um mecanismo meramente classificatório, deve possibilitar
uma nova tomada de decisão.
Ao final do 9º Ano, os alunos devem ter clareza em relação ao conceito de
diferentes territorialidades e temporalidade que definem os ritmos e processos
sociais e naturais na construção das paisagens.
A avaliação será diagnóstica, contínua, de forma a priorizar a qualidade e o
processo de aprendizagem, isto é, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
Considerando que os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagem
diferentes, a intervenção pedagógica do professor deve acontecer a todo o tempo
160
por meio de uma reflexão constante entre os sujeitos escolares, isto é, professor e
alunos, que serão co-autores no processo de ensino aprendizagem.
Quanto aos instrumentos de avaliação serão diversificados contemplando
várias formas de expressão dos alunos como:
− leitura e interpretação de textos, mapas, gráficos, tabelas, infográficos, fotos,
imagens, entre outros;
− produção de textos;
− pesquisas bibliográficas;
− relatórios de aulas de campo;
− construção e análise de maquetes, entre outros.
Os instrumentos avaliativos serão selecionados de acordo com cada
conteúdo e objetivo de ensino.
Quanto aos critérios que nortearão a prática avaliativa, destacamos que em
Geografia, os principais critérios são: a formação dos conceitos geográficos básicos
e o entendimento das relações socioespaciais.
Mediante esses critérios, observar-se-á se os formaram os conceitos
geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-
natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
A avaliação como parte do processo pedagógico deve tanto acompanhar a
aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela permite a
melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui numa ação reflexiva
sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do aprendizado do
aluno, mas também uma reflexão das metodologias do professor, da seleção dos
conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser um referencial para o
redimensionamento do trabalho pedagógico.
É fundamental que o aluno do Ensino Fundamental, EJA Fase II e Ensino
Médio possa, ao final do percurso, entender as relações que se estabelecem no
mundo capitalista, avaliar a realidade em que vive, seu contexto social, com a
perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja, por meio de uma prática social.
6 – BIBLIOGRAFIA
161
LUCCI, Elian Alabi, BRANCO, Anselmo Lásaro. Geografia Homem e Espaço.
Saraiva.
IBGE, Atlas Geográfico Escolar.
SENE, Eustaquio, MOREIRA, João Carlos. Trilhas da Geografia. São Paulo:
Spicione.
VESENTINI, J. William, VLACH, Vânia. Geografia Crítica. Ática.
GARAVELO & GARCIA. Espaço Geográfico e fenômenos naturais. São Paulo:
Scipione.
MAXI, Colégio. História e Geografia do Paraná.
CAMARGO, João Borba. Geografia física, humana e econômica do Paraná.
BRAZ, Fábio Cezar. História e Geografia do Paraná: das origens à atualidade. El
Shaddai.
Coleção Mapas da Secretaria da Educação (transparências).
Coleção de materiais de minerologia (pedaços de rochas e transparências).
Diretrizes Curriculares Estaduais.
HISTÓRIA
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A nova proposta para o ensino de História deve ser direcionada para os
estudos de relações que se considerem neste limiar do século: relações de trabalho
com organização da sociedade capaz de discernir as realidades abordadas através
da divisão do trabalho analisado nos tipos de remuneração, diferenças e valores
162
culturais ora diagnosticado com as diferenças e semelhanças nas situações ao
longo do processo histórico.
Nesse contexto a reflexão deve ser selecionada no envolvimento de permitir o
conhecimento do momento histórico, favorecendo as direções, o processo dinâmico
e contraditório das relações entre os povos.
Explicitando a natureza dessa História das relações entendemos:
• A História como produto das relações, da cultura e do trabalho.
• Conhecer as realidades históricas submergindo as aproximações do
cotidiano em situações que favoreçam as transformações. “O aluno dez na
escola e zero na vida”.
• A História como estudo das questões sociais relacionadas a realidade dos
alunos constituindo a nova linha profunda das lutas populares,
questionamento de ideologias: História Social.
As transformações da vida social estão diretamente ligadas ao
comportamento humano, portanto leva-se a acreditar que os conteúdos podem e
devem ser ensinados em uma multiplicidade de temas e incluindo Ética e
Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde e Orientação Sexual, Trabalho e
Consumo, aqueles que devem construir os conteúdos que trazem significados e
transformações no cotidiano do estudante.
Entendemos que uma proposta nova para o ensino de História não pode se
prender a uma concepção tradicional, onde é apresentada como uma sucessão
cronológica de fatos; é necessário romper com uma forma de ensino onde o aluno
se encontre numa posição passiva de aprendizagem.
Conhecer a História como processo significa estudá-la em seu movimento
contínuo, dinâmico, total e plural; conhecê-la em constante transformação; estudar a
vida das sociedades em seus múltiplos aspectos; recuperando a dinâmica própria de
cada sociedade, numa visão crítica problematizando o passado a partir da realidade
imediata, dos sujeitos concretos que vivem e fazem a História do presente. A
compreensão do processo histórico envolve, desta forma, a compreensão dos vários
níveis da realidade, a recuperação da dualidade que se apresenta além da
aparência dos fenômenos históricos: a continuidade e a ruptura dos movimentos
163
sociais, o conhecimento do passado em movimento, a partir da inserção dos sujeitos
na História do presente.
De acordo com a Lei 13381/01 a História do Paraná deverá fazer parte dos
conteúdos do educando está inserida, favorecendo ao mesmo um conteúdo no qual
ele assuma formas de participação social, política e atitudes críticas diante da
realidade de seu Estado.
A nova proposta de inclusão de estudos sobre o Estado do Paraná na
disciplina de História, tem a preocupação de proporcionar ao educando conteúdos e
atividades que sensibilize a compreensão de que os problemas atuais e cotidianos
que requerem questionamentos do passado.
A obrigatoriedade de inclusão de história e Cultura Afro-Brasileira e Africana,
também na disciplina de História, não se trata de mudar um foco etnocêntrico, mas
de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e
econômica brasileira. Assim, o professor de História precisa construir um novo olhar
sobre a história nacional e regional/local e ressaltar a contribuição dos africanos e
afro-descendentes na constituição da nação brasileira.
2. OBJETIVOS GERAIS
Participando ativamente e criticamente do processo ensino-aprendizagem de
história, pretende-se que o aluno se torne capaz de:
- compreender o processo histórico na sua totalidade;
- entender o processo histórico como resultado de fatores econômicos, sociais,
políticos e culturais;
- relacionar as estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais das
diferentes épocas históricas;
- definir a terminologia básica necessária à compreensão do processo histórico;
- perceber as raízes históricas dos fatos contemporâneos e as perspectivas
futuras do presente;
- interpretar e criticar fatos e situações reais da região, do país e do mundo;
- compreender a si mesmo como ser histórico integrado na sociedade;
- buscar na história da humanidade possíveis respostas para as indagações do
homem quanto a sua existência origem, evolução e destino;
164
- participar criticamente da transformação da sociedade, do país e do mundo
em que vive.
3- CONTEÚDOS
Conteúdos Estruturantes
− Relações de Trabalho
− Relações de Poder
− Relações Culturais
6º ANO
TEMA: Os diferentes sujeitos e suas culturas, suas histórias.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A experiência humana no tempo.
Entendendo a Historia
- O trabalho do historiador
- O tempo nas sociedades Ocidentais, orientais, indianas, indígenas e africanas
- Diferentes tipos de documentos históricos – fonte oral, escrita, sonora
- Os vestígios humanos - Pré-história e os sítios arqueológicos
- Origem do homem – a importância do fogo , da terra e das armas
- Conceitos; Mitologia, Politeísmo, monoteísmo, escravismo, trabalho livre,
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
O homem da África, da Ásia e da Europa
- A sobrevivência nas sociedades do crescente fértil – o poder da água
- A sobrevivência dos povos da América e do Brasil
165
- Os diferentes sujeitos no Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma
- A importância da agricultura no mundo antigo
- O significado da guerra para Persas, Gregos e Romanos
- As formas de poder nas sociedades antigas
- As relações de trabalho nas sociedades asiáticas e européias
- As cidades do mundo antigo – diferentes tipos de habitações
- As formas de governo na Grécia e em Roma
As culturas locais e a cultura comum
Heranças culturais de Egito, Mesopotâmia, Fenícios, Persas, Gregos e Romanos.
- Mumificação e ritual de morte – semelhanças de diferenças com atualidade
- As diferentes escritas entre Egito e Mesopotâmia
- As leis e suas funções na Mesopotâmia, Grécia e Roma
- As diferentes formas de crenças entre o monoteísmo Hebreu e o politeísmo das
demais sociedades antigas
- Os livros sagrados e sua função nas diferentes sociedades antigas
- O papel da mulher na Grécia e em Roma e na atualidade
- O pão e circo romano e suas semelhanças e diferenças na atualidade
- Jogos Olímpicos na Grécia antiga e na atualidade – culto ao corpo
A Arte na Antiguidade
- Egito, Grécia e Roma - representações e significados
- Grandes monumentos históricos: Pirâmides, Zigurates, Muralha da China, Taj
Mahal na Índia, Partenon na Grécia, Coliseu Romano, A Igreja de Sta.Sofia em
Constantinopla.
7º ANO
166
TEMA: A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da
Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
As relações de propriedade
O valor da terra na Idade media Ocidental e Oriental
- A propriedade e sua organização no feudalismo
- as noções de propriedade para os povos indígenas e quilombolas no Brasil
- as noções de propriedade para os povos pré-colombianos
- as noções de propriedade para os povos africanos e chineses
- A propriedade para os Europeus e sua chegada na América
- A organização da propriedade no Brasil colônia
- A constituição do latifúndio no Brasil colônia e império
A constituição histórica do mundo do campo e
do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
A organização social e econômica na cidade e no campo no Ocidente e Oriente
- os diferentes sujeitos no feudo e suas funções
- as relações de trabalho no feudo, no Islamismo e no Brasil colônia
-Os castelos medievais
-As cidades e as doenças medievais
-As mesquitas islâmicas
-O campo e a cidade nas sociedades africanas
-Cristóvão Colombo e a América
-Diferentes sujeitos na América pré-colombiana,
-Brasil e primeiras cidades(vilas e câmaras municipais)
-Os Povos Indígenas do Brasil na época da colonização e na atualidade
167
-As cidades do açúcar e do ouro no Brasil
-As cidades e o tropeirismo no Paraná
-A educação no Brasil colônia
Conflitos e resistências e a produção cultural campo/cidade.
Diversas formas de resistência a ordem instituída
- A crise de Roma e a volta do homem ao campo - colonato
- As lutas pela terra no mundo romano e na idade media
- A educação na idade media ocidental e suas semelhanças e diferenças com a
atualidade
- Os templários e as sociedades secretas
-O legado de Maomé no Oriente Médio: pilares da crença muçulmana X
mandamentos cristãos
Os diferentes sujeitos na sociedade muçulmana
- O nu na arte visto como pecado : Michelangelo e Leonardo Da Vinci
- Martinho Lutero e as 95 teses – a cisão da cristandade
- As resistências dos povos pré-colombianos: a cruz, a espada e a fome
- Os diferentes sujeitos sociais se rebelam no Brasil colônia: conflitos senhor versus
escravo
- O poder dos Missionários e as resistência à coroa portuguesa e espanhola
8º ANO
TEMA: O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
História das relações da humanidade com o trabalho.
168
O homem moderno e o poder das idéias
-Os fins justificam os meios? Origem do conceito e semelhanças com atualidade
-As condições de Higiene da Inglaterra do séc. XVII/XVIII
-A América e o sonho dourado – razões e conseqüências no séc. XVI e XXI
-As relações de trabalho na era da Mineração no Brasil colonial
-O trabalho dignifica o homem – as luzes conduzindo a sociedade
-Liberdade, Igualdade e Fraternidade - Revoluções Burguesas
-Simon Bolívar e o sonho da América forte e unida
-Os indígenas da América Norte suas semelhança s e diferenças com o Brasil.
O trabalho e a vida em sociedade
-Os novos sujeitos sociais com a vinda da Indústria
-A chegada da Indústria e as mudanças de comportamento dos diversos sujeitos
sociais
-A Indústria do séc. XVIII e as novas relações de trabalho
-O poder das igrejas no Brasil do ouro.
O trabalho e as contradições da modernidade
-As novas condições sociais com a modernidade
-O poder da máquina no séc. XVIII na Inglaterra e na atualidade
-A exploração do trabalho infantil e da mulher nas fábricas do séc. XVIII e na
atualidade
-O luxo e o lixo das cidades da Europa - Inglaterra e França do séc. XVIII -
semelhanças e diferenças com a atualidade
-Novidades trazidas ao Brasil pela família real portuguesa
-Condições sociais dos diversos sujeitos sociais do Brasil colonial-escravos
mineradores;
-O café as mudanças na sociedade e na economia do Brasil II Império
-Novos personagens entram em cena – Imigração no séc. XIX no Brasil
-A questão agrária no Brasil.
169
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
-Homem e a luta pelos direitos sociais
-Declaração de Direitos na Inglaterra e Declaração dos Direitos do homem e do
cidadão da França;
-As lutas pelos direitos políticos como conquista de direitos humanos;
-Símbolos da Revolução Francesa;
-As lutas pelos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade no Brasil colonial
-Tiradentes – Herói ou bandido?
- Brasil = Liberdade se compra ou se conquista?
-Constituição de 1824 – permanências e mudanças com a constituição de 1988
-Karl Marx e o sonho de uma nova sociedade não capitalista
-Direitos Individuais e Sociais
-Resistência do Brasil Império – Revolução Farroupilha e o orgulho de ser gaúcho
-A guerra do Paraguai
-As lutas pelos direitos humanos dos povos afrodescendentes no Brasil.
9º ANO
TEMA: Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das
Instituições Sociais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A sociedade e diferentes formas de organização
-As comunidades virtuais hoje e as novas tecnologias do séc. XIX
-As irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América Portuguesa
-A formação de poder entre os povos africanos
-A formação dos sindicatos no Brasil – a organização sindical e as leis trabalhistas
no governo de GV
A formação do Estado.
Diferentes organizações de poder de Estado
170
-Os poderes do Estado – Monarquia, Republica, Ditadura, Aristocracia e Democracia
-Os poderes do Estado brasileiro: Executivo-Legislativo-Judiciario
-A formação do Estado Brasileiro Republicano
-As constituições do Brasil Republicano
-A política do café com leite e suas permanências e mudanças com a atualidade
-Por um Estado brasileiro populista e nacionalista= Getulio Vargas
-O presidente Bossa nova e nova capital Brasilia
-A Instituição do governo de ditadura no Brasil anos 64
-A formação dos reinos africanos
-O imperialismo no século XIX
-A formação dos estados Nacionais nos séc. XIX
-O socialismo na Rússia e a implantação do Socialismo
-A Nova ordem mundial pós-Guerra Fria
-Queda das torres gêmeas nos EUA
-O mundo globalizado
-Lula e novo modelo de governo
-Retrato do Brasil contemporâneo
-Sujeitos, Guerras revoluções. As resistências dos sujeitos e a ordem instituída, seja
social ou econômica
-Os novos sujeitos na África do séc. XIX e XX: novos conflitos, novos personagens
-A indústria do lazer e da arte do séc. XIX e na atualidade – semelhanças e
diferenças
-As revoltas sociais no Brasil republicano:
-O messianismo de Canudos e Contestado
- Coronelismo e o poder de Padre Cícero
- As lutas operárias no Brasil Republicano
- A epidemia de Febre Amarela versus gripe A
-Cangaço : Robin Hood do Nordeste
-O movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil
-O Brasil no contexto das guerras mundiais
-Guerra de trincheiras no inicio do século XX – a guerra e a morte
-A crise dos EUA hoje e a crise em 1929
171
-Adolf Hitler e o Mein Kampf
-O Holocausto Judeu e as bombas atômicas no Japão por ocasião da 2ª Guerra
Mundial
-A Era do radio e sua função social e política nos anos 40 no Brasil
-A disputa fria entre a águia norte-americana e o urso soviético
-Martin Luther king e a luta pelos direitos dos negros
-O Apartheid na África do século XX
-A guerra do Vietnã – a guerra que não acabou
-Che Guevara e a Revolução Cubana
-O poder da mídia e da indústria cultural dos bens culturais de massa – Beatles e os
hippies
-A resistência a ditadura militar no Brasil pelas manifestações artísticas
-O futebol: uma paixão brasileira
-O Aquecimento global e a luta pela água
ENSINO MÉDIO - EJA
Conteúdos Específicos
-O conceito de trabalho livre, explorado e escravo.
-O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho escravo e servil
– sociedades teocráticas, grego-romanas e medievais.
-Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho livre.
-O trabalho livre: as sociedades de consumo produtivo: as primeiras sociedades
humanas, as sociedades nômades, sociedades indígenas e africanas.
-As cidades na historia: cidades neolíticas, da antiguidade Greco-romanas, da
Europa Medieval, pré- colombianas, africanas e asiáticas.
-Urbanização e industrialização no Brasil.
-Urbanização, industrialização nas sociedades ocidentais africanas e orientais.
-Urbanização e industrialização no Paraná.
-Os Estados teocráticos
-Os Estados na antiguidade clássica
172
-O Estado e as igrejas medievais
-A formação dos Estados nacionais
-As metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do
capitalismo.
-O Paraná no contexto de sua emancipação.
-O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo e positivismo).
-O populismo e as ditaduras na América Latina.
-Os sistemas capitalistas e socialistas.
-Os Estados da América Latina e o Neoliberalismo.
-Globalização e seus efeitos (socioculturais).
-A formação das religiões dos povos africanos, americanos, asiáticos, europeus,
neolíticos: xamanismo, totens, animismo.
-A formação das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo,
cristianismo e islamismo.
-Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista.
-Reforma e contra reforma e seus desdobramentos culturais.
-Cultura e Ideologia no governo de Vargas.
-As manifestações Populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de
mamão, romaria de são Gonçalo.
-Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na
antiguidade: mulheres, crianças e escravos.
-Guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma.
-Relações de dominação e resistência nas sociedades medievais: camponeses,
artesãos, mulheres, hereges e doentes.
-Relações de resistência na sociedade ocidental moderna.
-As revoltas indígenas, africanas na América Portuguesa.
-Os quilombos e a comunidade quilombola no Paraná.
-As revoluções democráticas no ocidente: Inglaterra, França e Estados Unidos.
-Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX e o surgimento
do
sindicalismo.
-A América Portuguesa e as revoltas pela Independência.
173
-As revoltas federalistas no Brasil, imperial e republicano.
-As guerras mundiais no século XIX e a Guerra Fria.
-As revoluções socialistas na Ásia, África e America Latina
-Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da America Latina.
-Os Estados Africanos e as guerras Étnicas
-A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra na
América Latina.
-A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.
A Agenda 21, a inclusão e a Cultura Afro brasileira e indígena devem ser
direcionadas de maneira que o aluno tenha mais conhecimento e consciência
desses temas, passando a ter atitudes concretas que o levem à prática desses
valores. Para isso deve-se trabalhar com textos diversos, estatísticas, cartazes,
filmes, teatros, jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser por meios de projetos,
ou mesmo por conteúdos que envolvam conteúdos específicos ou interdisciplinares
Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de
levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que
encontram-se presentes no nosso cotidiano. O trabalho com temáticas atuais será
desenvolvido priorizando a Cultura Afro e Indígena, a Agenda 21, o Programa
Agrinho e Gincana Cultural.
4. METODOLOGIA E RECURSOS
O ensino de História deve dar conta de superar os desafios de; desenvolver o
senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, passando da
reprodução do conhecimento à compreensão das formas de como este se produz,
formando um homem crítico capaz de compreender a estrutura do mundo da
produção onde ele se insere e nela intervir. É fundamental que haja por parte dos
agentes envolvidos na relação ensino-aprendizagem a História, uma inserção crítica
do presente. Serão trabalhados: interpretações acerca das relações interpessoais;
incentivar a iniciativa e autonomia na realização de entrevistas individuais e coletivas
174
para que possam compartilhar saberes e responsabilidades; utilização da pesquisa
como fonte de informação e formação; observar as semelhanças e diferenças, com
relação as opiniões, atitudes e fatos; problematizar todos os assuntos em questão
tais como: o desemprego, a crise econômico, a política e a sociedade mostrando a
formação do meu Eu; leitura de textos históricos atuais para estudos sobre contatos
e confrontos entre os povos; debate sobre grupos e classes sociais, suas formas de
lutas e políticas; incentivar o aluno a refletir sobre as transformações ocorridas nas
relações sociais e o problema da terra; possibilitar a leitura, analise e interpretações
de músicas, textos, filmes, revistas, documentos de época e charges; análise de
diversas realidades para percepção de obstáculos e sucessos na conquista do
direito ao voto na consolidação da cidadania; confecções de mapas, painéis e
maquetes; uso de aula expositiva como forma de explanação inicial para o trabalho
em sala de aula; videoteca; exercícios reflexivos; músicas; teatro; entrevistas;
campanhas, entre outros; aplicação de uma prática interdisciplinar para facilitar o
transitar dos alunos em diversas áreas de estudo.
Para isso, propõem se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas, no
ensino de História, para os educandos (as) da Educação de Jovens e Adultos
rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente
com a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende
se com isso priorizar uma prática pautada na associação ensino pesquisa e no uso
de diferentes fontes e linguagens.
Nessa perspectiva, exige se uma abordagem problematizadora dos conteúdos
de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse diálogo,
propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos
conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político e social,
reconhecendo a pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão inseridos.
Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade social,
distinguindo se da “educação bancária” em que o educador apresenta os conteúdos
aos educandos, impondo lhes um saber desprovido de reflexão (FREIRE, 1987).
É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma faz se necessário a seleção e
a escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no processo ensino-
aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educandos, respeitando
175
suas especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca de sua
autonomia intelectual e moral.
Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da
cultura, optou por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo, que também
orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado do Paraná.
Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam se às temáticas que por sua
vez articulam se aos conteúdos. A cultura como eixo principal norteará toda a ação
pedagógica.
É importante que na abordagem dos conteúdos, o educador crie situações de
aprendizagem, que respeitem o perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo
entre os conceitos construídos cientificamente e a cultura do educando,
considerando a sua História de vida, o ambiente cultural e a identidade do grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou
do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser
trabalhados de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma
abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no que refere as questões
sociais, as contradições, a Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação
entre o local e o global e possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças
e diferenças, as permanências e as rupturas do contexto histórico.
Todo material, que no acesso ao conhecimento tem a função de ser mediador
na comunicação entre o professor e o aluno, pode ser considerado. Isto é, são
materiais didáticos tanto os elaborados especificamente para o trabalho de sala de
aula – livros, manuais, apostilas, vídeos -, como também, os não produzidos pelo
professor para criar situações de ensino; esses podem e devem ser múltiplos e
diversificados.
É tarefa do professor estar continuamente aprendendo no seu próprio
trabalho, procurar novos caminhos e novas alternativas para o ensino, avaliar e
experimentar novas atividades e recursos didáticos, criar e recriar novas
possibilidades para sua sala de aula. Isto implica ler e se informar sobre diferentes
propostas de ensino, discutir seus objetivos, criar sua proposta de ensino dentro da
realidade da escola, manter claros os objetivos da sua atuação pedagógica,
selecioná-los com a realidade local e regional e sistematizar suas experiências.
176
5. AVALIAÇÃO
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as
hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem
no processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de
conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos
estudantes, comparando o antes, o durante e o depois. A avaliação não deve
mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter um caráter
diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como
docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como
atuar no processo de aprendizagem dos alunos.
Os conteúdos serão avaliados através de resultados obtidos com a
aprendizagem apropriada.
O movimento nas turmas da EJA torna o ensino vivo e dinâmico. Devido a
essa característica deve se buscar construir dentro do processo pedagógico uma
avaliação que contemple a filosofia do diálogo, este exercício democrático aponta
para construção de um processo avaliativo coerente que permite ao professor
compreender o conhecimento que o aluno já construiu em sua experiência de vida.
Olhar criticamente o cotidiano do trabalho escolar é criar possibilidades de viabilizar
soluções práticas para os problemas identificados em uma visão epistemológica e
política.
Nessa perspectiva repensar a prática pedagógica é tarefa imprescindível do
educador, novas ideias contribuem para o crescimento coletivo, mas só ideias não
bastam é preciso ação. Neste contexto Vasconcelos (1993, p. 45 apud PARANÁ,
2006, p.41) instiga a repensar o fazer pedagógico, ao afirmar que as “novas ideias
abrem possibilidades de mudanças, mas não mudam. O que muda a realidade é a
prática”.
Portanto faz-se necessário a construção e socialização de uma cultura de
valoração do conhecimento emancipatório, que leve o sujeito a compreender como
funciona sociedade e a respeitar os princípios da diversidade, isto se confirma nas
Diretrizes Curriculares EJA:
177
“Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (PARANÁ, 2006, p.43).
Toda prática avaliativa deve estar comprometida com a mudança, apontando
caminhos para que o educando em vez de objeto, seja sujeito histórico, com
capacidade de buscar sua autonomia, de transformar o seu meio social e que com
sua cultura politizada possa participar e colaborar para com a construção de um
mundo democrático mais humanizado.
Os alunos das modalidades da Educação Básica ofertada pelo colégio serão
observados em variadas situações de aprendizagem, levando em consideração o
desempenho na realização das atividades propostas: pesquisas direcionadas,
relatos, provas subjetivas e objetivas, apresentação oral e escrita das atividades
desenvolvidas, visitas a comunidades local e inter-regional.
Para melhor apreciação dos resultados serão analisados os crescimentos
adquiridos com a aprendizagem, respeitando as individualidades de cada aluno,
assim como a forma de aplicação dos conhecimentos no seu cotidiano.
6. BIBLIOGRAFIA
- ARRUDA, José Jobson. História Total. São Paulo: Ática, 1998.
- Brasil. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei 9,394, de 20 de
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História
e Cultura Afro-Brasileira” e da outras providências. Brasília: Mec/Secretaria Especial
de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada,
Alfabetização e Diversidade, 2004.
- CATELLI, e outros. História Temática. São Paulo: Scipione, 2001.
- COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História Geral e do Brasil. São Paulo: Raiva,
2001.
178
- Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do
Estado do Paraná.
- DREGUER, Ricardo; TOLEDO Eliete. História do Cotidiano e Mentalidades. São
Paulo: Atual, 1998.
- MARANHÃO, Ricardo; ANTUNES, Maria Fernanda. Trabalho e Civilização. São
Paulo: Moderna, 1999.
- MARTINS. História. São Paulo: FTD, 1999.
- MOCELLIN, Renato. Coleção Conhecimento para Compreender a História.
Paraná. Lei 13,381, de 18 de dezembro de 2001. Torna Obrigatório, no Ensino
Fundamental e Médio da rede Pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina
de história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, nº 6134, 18 dezembro
2002.
- PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e Vida Integrada. São Paulo:
Ática, 2001.
- SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2001.
- SILVA, Francisco de Assis. História do Homem. São Paulo: Moderna, 1996.
- Bíblia Sagrada.
- Livros paradidáticos, revistas, jornais, filmes, Internet, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Pensar o ensino de Português significa pensar numa realidade que permeia
todos os nossos atos cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha
onde quer que estejamos e serve para articular não apenas as relações que
estabelecemos com o mundo, como também a visão que construímos sobre o
mundo. É via linguagem que nos constituímos enquanto sujeitos no mundo, é a
linguagem que, com o trabalho, caracteriza a nossa humanidade. É ela que nos
possibilita pensar nos objetos e a operar com eles na sua ausência.
A linguagem surge como uma necessidade para se organizar a experiência e
o conhecimento humano, no domínio da natureza. Ela surge de uma necessidade
social e, portanto, ela é um fato eminentemente social.
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Perceber a natureza social da linguagem, enquanto produto de uma
necessidade histórica do homem leva-nos à compreensão do seu caráter dialógico,
interacional. Em outras palavras, tudo o que dizemos, dizemos a alguém. Nossas
palavras dirigem-se a interlocutores concretos, isto é, pessoas que ocupam espaços
bem definidos na estrutura social; a palavra adquire o sentido que o contexto social
e histórico lhe confere.
Uma vez que as práticas de linguagem são uma totalidade e que o sujeito
expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexão sobre ela em situações
significativas de interlocução, as propostas didáticas de ensino de Língua
Portuguesa devem organizar-se tomando o texto, oral ou escrito, como unidade
básica de trabalho, considerando a diversidade de textos que circulam socialmente e
assim desenvolvendo uma prática linguística-pedagógica que possibilite ao
educando refletir sobre os recursos utilizados nos diferentes textos para o
envolvimento do leitor. Propõe-se que as atividades planejadas sejam
organizadas de maneira a tornar possível a análise crítica dos discursos para que o
aluno possa identificar pontos de vista, valores e eventuais preconceitos neles
veiculados.
Assim organizado, o ensino de Língua Portuguesa pode constituir-se em fonte
efetiva de autonomia para o sujeito, condição para a participação social responsável.
2. OBJETIVOS GERAIS
Para o aluno, no final de sua escolaridade, ser um sujeito com autonomia e
com condição de participar da vida social com responsabilidade.
É preciso :
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que estão “por
trás” dos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas textuais, considerando os interlocutores, os seus
objetivos, o assunto tratado, os gêneros, suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
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Criar situações em que os alunos reflitam sobre os textos que leem, escrevem,
falam ou ouvem; intuindo, de forma contextualizada, as características de cada
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
organização do discurso ou texto;
Refletir sobre os fenômenos da linguagem, particularmente os que tocam a
questão da variedade linguística, combatendo a estigmatização, discriminação e
preconceitos relativos ao uso da língua;
Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento
adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo
nas interações com pessoas de grupos sociais diferentes que se expressem por
meio de outras variedades;
Reconhecer a contribuição complementar dos elementos não-verbais ( gestos,
expressões faciais, postura corporal);
Selecionar os textos segundo seu interesse e necessidade; proporcionando
questões abertas, discussões e debates,
Ler de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais tenha
construído familiaridade, ampliando a capacidade de análise crítica;
Ser receptivo a textos que rompam com o seu universo de expectativa, por
meio de leituras desafiadoras para sua condição atual, apoiando-se em marcos
formais do próprio texto ou em orientações oferecidas pelo professor;
Reconhecer a contribuição complementar dos elementos não-verbais (gestos,
expressões faciais, postura corporal);
Trocar impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos,
posicionando-se diante da critica, tanto a partir do próprio texto como de sua
prática enquanto leitor;
Redigir diferentes tipos de textos, estruturando-os de maneira a garantir a
relevância das partes e temas;
Utilizar com prioridade e desenvoltura os padrões da escrita em função das
exigências do gênero e das condições de produção;
Ser capaz de verificar as regularidades das diferentes variedades do
Português, reconhecendo os valores sociais nele implicados e,
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consequentemente, o preconceito contra as formas populares em oposição as
formas dos grupos socialmente favorecidos;
CONTEÚDOS
A organização dos conteúdos de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental
parte do pressuposto que a língua se realiza no uso, nas práticas sociais; que os
indivíduos se apropriam dos conteúdos, transformando-os em conhecimento
próprio, por meio da ação sobre eles; que é importante que o indivíduo possa
expandir sua capacidade de uso da língua e adquirir outras que não possui em
situações linguisticamente significativas.
Na nossa visão de linguagem, optamos por um ensino não mais voltado à
teoria gramatical ou ao reconhecimento de algumas formas de língua padrão,
mas ao domínio efetivo do falar, escutar, ler e escrever. Tais atividades, que se
constituem no próprio conteúdo da língua, não poderiam ser fragmentados em
bimestres ou mesmo em séries. Para efeitos didáticos, organizamos os
conteúdos no Planejamento de acordo com o Currículo Básico e sugerimos o
momento mais adequado para se enfatizar esse ou aquele item do programa,
lembrando que os mesmos serão desenvolvidos de modo a considerar a
diversidade dos alunos como elemento essencial, analisando as possibilidades
de aprendizagem de cada um e avaliando a eficácia das medidas adotadas.
No âmbito da sala de aula, o professor deverá levar em conta fatores sociais,
culturais e a história educativa de cada aluno, dando especial atenção ao aluno
que demonstrar a necessidade de resgatar a autoestima. No entanto, para que
a aprendizagem possa ser significativa é preciso que os conteúdos sejam
abordados por meio de atividades sistematizadas e planejadas considerando os
conhecimentos anteriores do aluno em relação ao que se pretende ensinar,
identificando até que ponto os conteúdos ensinados foram realmente aprendidos.
6º Ano
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DOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL
Relatos (experiências pessoas, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, etc.);Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, etc.);Criação (histórias, quadrinhas, piadas, etc.);
a)- No que se refere às atividades da fala:clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;adequação vocabular;
b)- No que se refere à fala do outro:reconhecer as intenções e objetivos;julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;
c)- No que se refere ao domínio da norma padrão:concordância verbal e nominal;
conjugação verbal;emprego de classes de palavras.
DOMÍNIO DA LEITURA
Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, literários não-literártio.
a)- No que se refere à interpretação:identificar as ideias básicas apresentadas no texto;reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,informativo, poético, argumentativo) identificar o processo e o contexto de produção;confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes).
b)- No que se refere à análise de textos lidos: avaliar o nível argumentativo;
avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).
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c)- No que se refere à mecânica da leitura:ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.
DOMÍNIO DA ESCRITA
a)- No que se refere à produção de textos:produção de textos ficcionais (narrativos); dissertativos, informativos, poéticos, argumentativos ;
b)- No que se refere ao conteúdo:clareza;coerência;argumentação.
c)- No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações;
uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, etc.)a organização de parágrafos;
pontuação.
d)- No que se refere à expressão:adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal).
e)- No que se refere à organização gráfica dos textos:ortografia;acentuação;recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).f)- No que se refere a aspectos da gramática tradicional:reconhecer a refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;
refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais;reconhecer as categorias sintáticas - os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto e as possibilidades de inversão;a estrutura da oração com verbos;as sentenças simples.
7º AnoDOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL
Relatos (experiências pessoas, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, etc.);
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Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, etc.);Criação (histórias, quadrinhas, piadas, etc.);
a)- No que se refere às atividades da fala:clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;adequação vocabular;
b)- No que se refere à fala do outro:reconhecer as intenções e objetivos;julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;
c)- No que se refere ao domínio da norma padrão:concordância verbal e nominal;conjugação verbal;emprego de classes de palavras.
Domínio da leitura
Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, literários e não-literário.
a)- No que se refere à interpretação:identificar as ideias básicas apresentadas no texto;reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,informativo, poético, argumentativo);identificar o processo e o contexto de produção;confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes).
b)- No que se refere à análise de textos lidos:avaliar o nível argumentativo;avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).
c)- No que se refere à mecânica da leitura:ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.
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DOMÍNIO DA ESCRITA
a)- No que se refere à produção de textos: produção de textos ficcionais (narrativos); dissertativos, informativos, poéticos, argumentativos ;b)- No que se refere ao conteúdo: clareza; coerência; argumentação.c)- No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações; uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, etc.) na organização de parágrafos; pontuação.d)- No que se refere à expressão: adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal).
e)- No que se refere à organização gráfica dos textos: ortografia; acentuação; recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
f)- No que se refere a aspectos da gramática tradicional: reconhecer a refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática; refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto e predicativo; reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores; a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão; a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver; a sintagma verbal nominal e sua flexão; a complementação verbal; as sentenças simples;
8º AnoDOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL
Relatos (experiências pessoas, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, etc.);
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Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, etc.);Criação (histórias, quadrinhas, piadas, etc.);
a)- No que se refere às atividades da fala:clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;adequação vocabular;b)- No que se refere à fala do outro:reconhecer as intenções e objetivos;julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;
c)- No que se refere ao domínio da norma padrão:concordância e regência verbal e nominal;conjugação verbal;emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
DOMÍNIO DA LEITURA
Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, literários e não-literário.
a)- No que se refere à interpretação:identificar as ideias básicas apresentadas no texto;reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,informativo, poético, argumentativo)
identificar o processo e o contexto de produção;confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes).
b)- No que se refere à análise de textos lidos:avaliar o nível argumentativo;avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).c)- No que se refere à mecânica da leitura:ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.
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DOMÍNIO DA ESCRITA
a)- No que se refere à produção de textos:produção de textos ficcionais (narrativos); dissertativos, informativos, poéticos, argumentativos;
b)- No que se refere ao conteúdo:clareza;coerência;
argumentação.
c)- No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações;uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, etc.)
a organização de parágrafos;pontuação.d)- No que se refere à expressão:adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal).
e)- No que se refere à organização gráfica dos textos:ortografia;acentuação;recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
f)- No que se refere a aspectos da gramática tradicional:reconhecer a refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto e predicativo;reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão;a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;a sintagma verbal nominal e sua flexão;a complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;as sentenças simples e complexas;a adjunção;a coordenação e a subordinação.
9º Ano
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DOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL
Relatos (experiências pessoas, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, etc.);Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, etc.);Criação (histórias, quadrinhas, piadas, etc.);
a)- No que se refere às atividades da fala:clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;adequação vocabular;b)- No que se refere à fala do outro:reconhecer as intenções e objetivos;julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;
c)- No que se refere ao domínio da norma padrão:concordância e regência verbal e nominal;conjugação verbal;emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
DOMÍNIO DA LEITURA
Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, literários e não-literário.
a)- No que se refere à interpretação:identificar as ideias básicas apresentadas no texto;reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,informativo, poético, argumentativo)
identificar o processo e o contexto de produção;confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes).
b)- No que se refere à análise de textos lidos:avaliar o nível argumentativo;avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).
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c)- No que se refere à mecânica da leitura:ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.
DOMÍNIO DA ESCRITA
a)- No que se refere à produção de textos:produção de textos ficcionais (narrativos); dissertativos, informativos, poéticos, argumentativos;
b)- No que se refere ao conteúdo:clareza;coerência;
argumentação.
c)- No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações;uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, etc.)
a organização de parágrafos;pontuação.d)- No que se refere à expressão:adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal).
e)- No que se refere à organização gráfica dos textos:ortografia;acentuação;recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).
f)- No que se refere a aspectos da gramática tradicional:reconhecer a refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto e predicativo;reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão;a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;a sintagma verbal nominal e sua flexão;a complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;as sentenças simples e complexas;a adjunção;a coordenação e a subordinação.
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É importante destacar que embora os conteúdos sejam os mesmos para os
dois níveis de ensino, o que difere é o grau de complexidade dos textos
apresentados para a reflexão sobre a linguagem. Vale ressaltar que a Cultura
Afrobrasileira, Africana e Indígena estarão presentes no desenvolvimento de todas
as ações pedagógicas.
Para o Ensino Médio devem ser acrescidos os seguintes conteúdos de
Literatura:
Arte literária e as outras artes.
História e literatura.
Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.
Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo brasileiro
(literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e
Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguarda européias, Pré-Modernismo,
Modernismo, Pós-Modernismo.
Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o cotidiano.
Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de
levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que
encontram-se presentes no nosso cotidiano.
Na disciplina de Língua Portuguesa é fundamental que contemple aos
conteúdos os “Desafios Educacionais Contemporâneos” que são eles:
o Educação Ambiental;
o Prevenção ao uso indevido de drogas;
o Relações Étnico-Raciais;
o Sexualidade;
o Violência na escola;
o Conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas
brasileiros (LEI N.11.645, DE 10 DE MAIO DE 2008).
191
Os conteúdos devem ser direcionadas de maneira que o aluno tenha mais
conhecimento e consciência desses temas, passando a ter atitudes concretas que o
levem à prática desses valores. Para isso deve-se trabalhar com textos diversos,
estatísticas, cartazes, filmes, teatros, jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser
por meios de projetos, ou mesmo por conteúdos que envolvam conteúdos
específicos ou interdisciplinares.
4. METODOLOGIA E RECURSOS
Todas as atividades desenvolvidas em sala de aula são os resultados de uma
opção metodológica, que estará sempre articulada a uma determinada visão que
temos sobre linguagem.
Para uma nova prática, a visão de linguagem tem como objeto de
preocupação a interação verbal, a ação entre sujeitos historicamente situados que,
via linguagem, se apropriam e transmitem um tipo de experiência historicamente
acumulada. Para construir-se uma nova prática na sala de aula a partir dos
fundamentos teóricos que assumimos.
É importante ter claro que a compreensão que construímos sobre o real se dá
linguisticamente. Quanto maior o contato com a linguagem, maior a possibilidade de
se ter sobre o real, idéias cada vez mais elaboradas.
O ponto máximo do ensino da língua vai se constituir no trabalho com o texto:
para tanto o professor deve criar situações de contacto com visões do real, via texto,
para que o aluno desenvolva, cada vez melhor, um controle sobre os processos
interacionais.
É importante trazer para a sala de aula todo o tipo de texto literário,
informativo, publicitário, dissertativo – colocar estas linguagens em confronto, não
apenas as suas formas particulares ou composicionais, mas o próprio conteúdo
veiculado nelas.
Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e Médio,
bem como para as práticas de linguagem, foram utilizados os seguintes critérios: os
Eixos Articuladores da EJA: Cultura, Trabalho e Tempo, o perfil do educando da
EJA; a diversidade cultural; a experiência social construída historicamente e os
192
conteúdos significativos a partir de atividades que facilitem a integração entre os
diferentes saberes.
É importante, ter claro que todos os textos estão marcados ideologicamente e
o papel do professor é explicitar, desmascarar essas marcas e apresentá-las ao
aluno, desmontando o funcionamento ideológico dos vários tipos de discursos,
sensibilizando o aluno à força ilocutória presente em cada texto, tomando-o
consciente de que a linguagem é uma forma de atuar, de influenciar, de intervir no
comportamento alheio.
É, portanto, instaurado a polêmica, assumindo o conflito como um dado
altamente positivo e necessário para as descobertas das potencialidades da
linguagem, criando situações concretas para que o aluno se aproprie da linguagem
oral e escrita.
DOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL
Criar condições para que o aluno construa discurso próprio, particularize seu
estilo e expresse com objetividade e fluência suas ideias.
A linguagem é uma prática social e como tal serve para articular as
experiências sociais e históricas dos homens.
A concepção de linguagem implica numa determinada opção metodológica e
na criação de estratégias pedagógicas que auxiliem, efetivamente, o aluno e se
apropriar da língua enquanto expressão de visão de mundo.
Transformar a sala de aula num espaço de debate permanente, num local
onde o aluno deverá escutar a voz do outro e, ao mesmo tempo adequar o seu
discurso ao outro.
O trabalho com a oralidade deve estar voltado, na busca da clareza na exposição de
ideias e da consistência argumentativa na defesa de pontos de vista.
DOMÍNIO DA LEITURA
A leitura, numa concepção de linguagem interacionista é mais do que o
entendimento das informações explícitas, é um processo dinâmico que fazem trocas
193
de experiências por meio do texto escrito, que reconheça nos textos escritos a
intenção do autor.
A introdução à leitura de ficção (prosa e poesia) terá como pressuposto: a
construção do sentido no momento no ato da leitura. Compreender as
especificidades entre os discursos literários e outros discursos.
A leitura constitui uma dimensão fundamental do domínio da linguagem. Ela
implica na compreensão de que o leitor não é um sujeito passivo, mas alguém que
constrói; concordando ou discordando do autor do texto.
O texto escrito não é a representação da verdade absoluta – é expor o aluno
a todo tipo de texto: os narrativos, os informativos, os dissertativos, os poéticos, os
publicitários, etc. Mostrar ao aluno que cada texto tem uma especificidade e revela
uma determinada interpretação sobre o real.
O relato, o debate, a exposição de ideias, a partir de textos lidos, vão se
constituí num dos pontos importante nos decorrer do trabalho com os alunos.
É preciso criar situações para o aluno julgar o texto escrito, criar critérios para
analisar a construção do texto.
O gosto pela leitura e o despertar pelo prazer de ler podem nascer através de
momentos de interação de diálogo e sobre a valorização à leitura do outro.
DOMÍNIO DA ESCRITA
Uma das principais questões a ser levada em consideração é a compreensão
das diferenças entre a linguagem oral e escrita.
A linguagem escrita exige o uso de uma modalidade única: o registro em
linguagem padrão. Sem marcas da oralidade.
Na escrita, exige-se unidade temática e coesão entre as partes, concisão,
apresentação formal (uso de parágrafos, letras maiúsculas, pontuação, acentuação,
etc.).
A produção de textos deve ser uma atividade decorrente de uma discussão
ou da leitura de outros textos, textos preferencialmente contrastivo. A partir do
debate, do levantamento de ideias, dos objetivos bem claros, é possível dar um
sentido à escrita.
194
Trabalhar textos ficcionais narrativos (conto, crônicas, fábulas, lendas,
experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos) e
com textos informativos (reportagens, artigos, editoriais, científicos) sempre
buscando consistência argumentativa, quando se trata de textos dissertativos.
A clareza, a coerência e o nível argumentativo podem ser trabalhados com os
textos dos próprios alunos ou textos publicados, julgando nesses textos o nível de
clareza, coerência a argumentação das ideias; identificação das ideias principais e
secundárias e elaboração de sínteses.
Trabalhar nos textos a análise linguística, a organização por meio dos
elementos gramaticais, para se ter a ideia de como se deu a costura textual.
Identificando os recursos coesivos, compreender a função dos elementos no
texto, percebendo a flexibilidade da língua. Cabe a nós professores criar situações
para que o aluno se aproprie cada vez mais das estruturas da língua padrão, sem
fazer disso o cerne do nosso trabalho.
As demandas atuais exigem que a escola ofereça aos alunos sólida formação
cultural e competência técnica, favorecendo o desenvolvimento de conhecimentos,
habilidades e atitudes que permitam a adaptação e a permanência no mercado de
trabalho, como também a formação de cidadãos críticos e reflexivos, que possam
exercer sua cidadania ajudando na construção de uma sociedade mais justa,
fazendo surgir uma nova consciência individual e coletiva, que tenha a cooperação,
a solidariedade, a tolerância e a igualdade como pilares.
A forma como cada indivíduo participa dos processos comunicativos varia em
função da relação que estabelece entre as novas informações e as suas estruturas
de conhecimento; da capacidade de analisar e relacionar informações; e de uma
atitude crítica frente à fonte de informações.
Além disso, vale lembrar que se multiplicaram os instrumentos de
comunicação e é enorme a quantidade de informações disponíveis, mas a
capacidade de assimilação humana continua a mesma, tanto do ponto de vista físico
como psicológico. Pesquisas recentes com executivos em vários países apontam o
aumento de ansiedade, estresse, dificuldade para tomar decisões e diminuição da
capacidade analítica, como sintomas do que chamam da “Síndrome da fadiga da
informação”, que nada mais é do que a oferta excessiva de informações gerando
195
cansaço ou a ineficiência da comunicação. Outro aspecto a ser considerado é o fato
de que informação em quantidade não que dizer informação de qualidade. Em
torno das sofisticadas tecnologias circula todo tipo de informação, atendendo a
finalidades, interesses, funções bastante diferenciadas. Portanto, para que os
objetivos propostos sejam alcançados, além da própria sala de aula e do livro
didático, serão utilizados diversos recursos tais como: programas de rádio e
televisão, retro-projetor, excursões, passeios, pesquisas, vídeos, cds, dvd,
computador, revistas, jornais, livros didático e outros.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Com relação à avaliação temos que construir uma concepção que nos dê
pistas concretas do caminho que o aluno está fazendo para se apropriar,
efetivamente, das atividades desenvolvidas; o aspecto gradativo pelo qual o aluno
domina o conteúdo.
É importante não perder de vista a função diagnóstica da avaliação, ou seja,
ela deve ser usada como subsídio para a revisão do processo ensino-aprendizagem.
Os objetivos do ensino batizam a avaliação. São eles que permitem a
elaboração de critérios para avaliar a aprendizagem dos conteúdos. Critérios
claramente definidos e compartilhados permitem tanto ao professor tornar sua
prática mais eficiente pela possibilidade de obter indicadores mais confiáveis o
processo de aprendizagem quanto permitem aos alunos centrar sua atenção nos
aspectos focalizado, o que em geral, confere a sua produção melhor qualidade.
A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível
de aprendizagem dos alunos em relação às práticas de linguagem: leitura, produção
de texto e análise linguística, para que o educador possa reencaminhar seu
planejamento.
O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos e com os
encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser dialética, ou
seja, o educando confronta-se com o objeto do conhecimento, com participação
ativa, valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no processo ensino-
196
aprendizagem indica os conteúdos que devem ser retomados. Portanto, o trabalho
com as práticas de linguagem deve partir das necessidades dos educandos.
Para isso, é importante que o educador dê significado ao objeto do
conhecimento, lance desafios aos educandos das diferentes modalidades da
Educação Básica, incentive os questionamentos e exerça a função de mediador da
aprendizagem, valorizando a interação.
Neste documento, serão apresentados critérios que têm como referência os
objetivos especificados e representam as aprendizagens imprescindíveis ao final
desse período, possíveis e desejáveis à imensa maioria dos alunos submetidos a
um ensino como o proposto. Não são, portanto, coincidentes com todas as
expectativas de aprendizagem. Estas estão expressas nos objetivos, cuja função é
orientar o ensino.
Os critérios de avaliação referem-se ao que é necessário aprender, enquanto
os objetivos, ao que é possível aprender. Os critérios não podem, de forma alguma,
ser tomados como objetivos, pois isso representaria injustificável rebaixamento da
oferta de ensino e, consequentemente a não garantia da conquista das
aprendizagens consideradas essenciais.
Para avaliar, segundo os critérios estabelecidos, é necessário considerar
indicadores bastante precisos que sirvam para identificar, de fato, as aprendizagens
realizadas. No entanto, é importante não perder de vista que um progresso
relacionado a um critério específico pode manifestar-se de diferentes formas, em
diferentes alunos, e que uma mesma ação pode, para um aluno, indicar avanço em
relação a um critério estabelecido e, por outro, não. Por isso, além de necessitarem
de indicadores precisos, os critérios de avaliação devem ser tomados em seu
conjunto, considerados de forma contextual e analisados à luz dos objetivos que
realmente orientaram o ensino oferecido aos alunos.
É nesse contexto, portanto, que os critérios de avaliação devem ser
compreendidos: por um lado, como aprendizagem indispensáveis ao final de um
período. Por outro, como referências que permitem-se comparados aos objetivos do
ensino e ao conhecimento prévio com que o aluno iniciou a aprendizagem a análise
de seus avanços ao longo do processo, considerando que as manifestações desses
avanços não são lineares, nem idênticas, em diferentes sujeitos.
197
É necessário considerar que os critérios indicados nestes documentos são
adequados e úteis para avaliar a aprendizagem dos alunos submetidos a práticas
educativas orientadas pelos princípios teóricos e metodológicos aqui especificados.
A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deve acontecer num processo
contínuo, com ênfase na qualidade e no desempenho do aluno ao longo do ano
letivo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) destaca a
avaliação formativa: “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao
longo do período sobre os de eventuais provas finais”.
Entretanto, para definir uma nota, a avaliação somativa também deverá ser
utilizada; as duas formas de avaliação – formativa e somativa – são importantes no
processo de construção do conhecimento e servem para diferentes finalidades. A
avaliação formativa leva em conta os ritmos e processos de aprendizagem
diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a
intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno
acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para
que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Dessa forma, é importante a observação diária e a utilização de instrumentos
variados, selecionados pelo professor de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.
Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações; a participação do aluno nos diálogos, relatos e
discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a
argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.
Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos
(relações de causa e consequência entre as partes do texto, identificação dos efeitos
de ironia e humor, localização de informações explícitas e implícitas, o argumento
principal, entre outros.); se o aluno ativa os conhecimentos prévios (biblioteca
vivida); se compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do
198
contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual; a
capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos,
imagens, etc. É importante ainda que o professor reconheça o repertório de
experiências de leitura dos alunos para poder avaliar a ampliação do horizonte de
expectativas.
Escrita: o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais,
verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado; se a linguagem está de
acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão
e coerência textual, a organização dos parágrafos. No momento da refacção textual,
é pertinente observar: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre
partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário
substituir parágrafos, ideias ou conectivos.
Análise Linguística: os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros
precisam sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem
compreender esses elementos no interior do texto. Assim, o professor poderá
avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a
percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e
modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa,
tempo, comparação, etc.).
6. BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2004.
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. www.diaadiaeducacao.com
Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual João Turin.
199
ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Durante o período colonial, foi desenvolvida pela Companhia de Jesus uma
educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte.
Esse trabalho envolvia os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica,
literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e arte manuais. Ensinava-se a
arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também,
as manifestações artísticas locais. Esse trabalho influenciou na constituição da
matriz cultural brasileira.
Nesse processo houve a superação do modelo teocêntrico medieval em
favor do projeto iluminista. Nesse contexto, o governo português do Marques de
Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na
educação e em outras instituições da colônia, apesar dessa reforma a educação
era estritamente literária, baseada nos estudos de gramática, retórica, latim e
música.
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil destaca-se
avinda de um grupo de artistas franceses encarregado da fundação da
Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios
artísticos. Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial.
Nesse período, houve a laicalização do ensino no Brasil. Nos
estabelecimentos públicos houve um processo de dicotomização do ensino de Arte:
Belas Artes e música para formação estética e o de artes manuais e industriais.
Com a proclamação da República, em 1890ocorreu a primeira reforma
educacional do Brasil republicano. Os positivistas defendiam a necessidade do
ensino de Arte valorizar o desenho geométrico como forma de desenvolver a mente
para o pensamento científico As primeiras décadas da República, ocorreu a
Semana de Arte Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira. O
sentido antropofágico do movimento era devorar a estética europeia e
200
transformá-la em uma arte brasileira, valorizando a expressão singular do
artista, rompendo com os modos de representações realistas.
O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que
desde o processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e
renascentista europeia e a arte africana, cada qual com suas especificidades,
constituíram a matriz da cultura popular brasileira.
O ensino de Arte passou a ter então enfoque na expressividade,
espontaneísmo e criatividade. Apoiou-se muito na pedagogia da escola Nova,
fundamentada na livre expressão de formas, na individualidade, inspiração e
sensibilidade, o que rompia com a transposição mecanicista de padrões
estéticos da escola tradicional.
No Paraná com a chegada dos imigrantes no final do séc. XIX e entre eles
artistas, vieram novas ideias e experiências culturais diversas. As
características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da
realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.
A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se
intensificaram. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal nº 5692/71, cujo artigo 7º
determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino
Fundamental e médio. Tornando obrigatório no Brasil.
Na escola, o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes
manuais e técnicas, e o ensino de música enfatizaram a execução de hinos pátrios e
de festas.
Essas teorias propunham oferecer aos educandos acesso aos
conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora. Em 1990 foi
publicado o currículo básico com a proposta curricular que pretendia fazer da escola
um instrumento para a transformação social e nelas, o ensino da Arte retomou a
formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo
trabalho artístico. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no
período de 1997 a 1999 tornaram-se os novos orientadores do ensino. Os
encaminhamentos metodológicos apresentados pelos Fins sugerem que o
planejamento curricular seja centrado no trabalho com temas e projetos, o que
relega a segundo plano os conteúdos específicos da arte.
201
Em 2003 iniciou-se, no Paraná, um processo de discussão com os
professores da Educação Básica do Estado. Tal processo tomou o professor como
sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua
práxis.
As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas
dimensões artísticas, filosófica e científica, e articula-se com políticas que
valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.
Reconhece-se, então, que os avanços recentes podem levar a uma
transformação no ensino de arte. Assim, o ensino de arte deixará de ser
coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em
constante transformação. Tendo em vista esse avanço o Parecer 22/2005 alterou a
nomenclatura da disciplina de Educação Artística para Arte e o parecer CEE/CEB Nº
219 unificou o termo Arte para o ensino Ensino Fundamental, visando não
fragmentar a unidade da Educação Básica, pois a área do conhecimento é a
mesma e a diferença de nomenclatura tem gerado discussões e debates que
desviam da finalidade e das necessidades concretas do ensino de Arte.
Nesse sentido, educar os alunos em arte é possibilitar-lhes um novo olhar,
um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências, com a
criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de
fruição.
A construção do conhecimento em Arte se efetiva na relação entre o estético
e o artístico (objeto de estudo), materializada nas representações artísticas.
Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são
interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do
conhecimento em Arte.
202
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – MÚSICA
• ELEMENTOS FORMAIS• COMPOSIÇÃO• MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalas: diatônica pentatônicacromáticaImprovisação
Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana
6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, Tecno
8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA MÚSICA
203
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental e mistaGêneros: popular, folclórico e étnico.
Música EngajadaMúsica PopularBrasileira.Música Contemporânea
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – MÚSICA
• ELEMENTOS FORMAIS• COMPOSIÇÃO• MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE/6º ANO - ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSPontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura,escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia...
Arte GrecoRomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica
6ª SÉRIE/7º ANO - ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSPontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura,escultura, modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte IndígenaArte Popular Brasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco
7ª SÉRIE/8º ANO - ARTES VISUAIS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
204
PERÍODOSLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Indústria CulturalArte no Séc. XXArte Contemporânea
8ª SÉRIE/9º ANO - ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura-fundo Ritmo VisualTécnica: Pintura, grafitte, performance...Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-AmericanaHip Hop
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – TEATRO
• ELEMENTOS FORMAIS• COMPOSIÇÃO• MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE/6º ANO – TEATRO ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço
Enredo, roteiro.Espaço Cênico, adereçosTécnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Greco-RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento
205
6ª SÉRIE/7º ANO – TEATRO ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço
Representação,Leitura dramática,Cenografia.Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
Comédia dell’ arteTeatro Popular Brasileiro eParanaenseTeatro Africano
7ª SÉRIE/8º ANO – TEATRO ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica..
Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo
8ª SÉRIE/9º ANO - TEATROELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino
Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas
Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do qual ela se
manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não movimento (Dança), a
forma e a luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro). Destes elementos básicos
derivam-se os elementos de linguagem específicos da arte. Portanto, os conteúdos
para o Ensino Fundamental e Médio devem contemplar os elementos de cada
206
linguagem artística (Música, Teatro, Dança e Artes Visuais), sua articulação e
organização. Esses elementos permitirão ao educando e a educanda ler e
interpretar o repertório, assim como elaborar o seu próprio trabalho artístico. A
leitura, interpretação e produção artística avalia a apreensão por parte educando e
da educanda dos conteúdos propostos na célula de aula.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia do ensino de Arte deve-se contemplar três momentos da
organização pedagógica:
1. Teorização
2. Percepção e apropriação
3. Trabalho artístico
Teorização: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos. Nessa proposta, o conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com
elementos formais, a composição, os movimentos e períodos,tempo e espaço, e
como eles se constituem nas Artes Visuais, dança, música e teatro. Esse
conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são trabalhados.
Percepção e apropriação: são as formas de apropriação, fruição e leitura da
obra de arte. O trabalho do professor é de possibilitar o acesso às obras de Música,
Teatro, Dança e Artes Visuais e mediar a percepção e apropriação dos
conhecimentos sobre a arte, para que o aluno possa interpretar as
obras,transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade humana
em sua dimensão singular e social.
Trabalho artístico: é a prática criativa de uma obra, pois a arte não pode ser
apreendida somente de forma abstrata. .
É essencial no ensino de Arte que o educando desenvolva atividades de
cunho artístico no âmbito da escola. A concepção de arte como fonte de
humanização incorpora as três vertentes das teorias críticas em arte: arte como
trabalho criador, arte como ideologia e arte como forma de conhecimento. , o
207
conhecimento, as práticas e a fruição artística devem estar presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.
Nas séries finais do Ensino Fundamental ( 5ª A 8ª séries/6º ao 9º ano),
gradativamente abandona-se a prática artística e a ênfase nos elementos
formais, tratando-se de forma superficial os conteúdos de composição e dos
movimentos e períodos.
Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com
fragmentos do conhecimento de Arte, percorrendo um arco que inicia-se nos
elementos formais, com atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos
movimentos e períodos, com exercícios cognitivos abstratos ( Ensino Médio).
O encaminhamento metodológico para a disciplina de Artes do ensino
fundamental e médio da Educação de Jovens e Adultos da rede pública do Estado
do Paraná está fundamentado nas Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, onde
estão identificados três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com base
nesses eixos que norteiam o currículo na EJA, elegemos ARTE E ESTÉTICA, ARTE
E IDENTIDADE e ARTE E SOCIEDADE como eixos específicos da disciplina de
Artes, dos quais derivarão as temáticas propostas e os conteúdos que serão
desenvolvidos em células de aula.
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar
os três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura,
trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.
Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que
dela emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto,
é necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo, compartilhando e
sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar, estabelecendo
relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re) construção de seus
saberes.
Durante o ano letivo utilizar-se-á vários recursos didáticos que levem os
alunos a compreender o objetivo dos conteúdos, tais como a linguagem oral e
escrita, pesquisa em várias fontes, a literatura, debates em sala de aula, seminários,
também como a biblioteca geral e do professor, recursos áudio visuais (filmes,
trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral, fotografias, slides,
208
charges, ilustrações, paródias e letras de músicas, jornais, revistas, Laboratório de
Informática e aulas de campo.
As temáticas abaixo perpassarão todo o trabalho desenvolvido com os conteúdos de ensino:
− Educação Ambiental ( Lei 9795/99) Dec.4201/02;− Enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( LeiFederal nº 11525/07;− Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei 11645 de 10 de março de 2008− Cultura Indígena– Lei 11645 de 10 de março de 2008- Equipe Multidisciplinar – Lei .610.639/03− Educação Fiscal− Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02.− História do Paraná (Lei nº13381/01);− Música Lei (11769/08)− Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana;
Os conteúdos de História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei n°
11.645/08); Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec. 4201/02 e a História do Paraná
serão abordados de modo contextualizado, e relacionados aos conteúdos de ensino
de Arte sempre que for possível a articulação entre os mesmos.
AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte, nesta proposta é
diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para
planejar as aulas e avaliar a construção do conhecimento pelos alunos; é processual
por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual
deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das
aulas) bem como a auto avaliação dos alunos.
O método de avaliação proposto inclui observação e registro de processo de
aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento pelos alunos. Como sujeito desse processo, o aluno também deve
elaborar seus registros de forma sistematizada.
209
O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os
colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor
abordagens diferenciadas.
Nas Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos (2006),
encontramos que a efetiva reflexão sobre a prática de avaliação atual exige um olhar
crítico e um planejamento de metas propostas pela comunidade escolar, por meio
de um processo gradual de mudanças que tenham como finalidade o
aperfeiçoamento da avaliação escolar, respeitando-se os tempos individuais e a
cultura de cada educando para que ele se posicione como sujeito nas relações
sociais. “Essa expectativa de reformular a prática de fato e de direito implica
algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao que se almeja conseguir”.
Essas mesmas diretrizes expressam que pautados no princípio da educação
que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, o processo avaliativo como
parte integrante da práxis pedagógica deve estar voltado para atender as
necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA,
ou seja, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação tais como:
* Trabalhos artísticos individuais e em grupo;
*Pesquisas bibliográficas e de campo;
*Debates em forma de seminários e simpósios;
*Provas teóricas práticas
*Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros.
Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico
necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem
durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de aprendizagem:
*A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua
relação com a sociedade contemporânea;
*A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua
realidade singular e social.
*A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas
diversas culturas e mídias à produção, divulgação e consumo.
210
REFERÊNCIAS
DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE - Secretaria de Estado da Educação do
Paraná.
BRASIL.Leis, decretos, etc. Lei n. 9394/96: lei de diretrizes e bases
daeducação nacional, LDB. Brasília, 1996.
FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: MartinsFontes,
1995.
OSTROWER ,Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro
Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,
1992.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.LDP:
Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta.
Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO
A História da Matemática nos dá oportunidade de compreender a Ciência
Matemática como disciplina matemática, como ciência integrante da sociedade,
sempre envolvida nos processos de evolução. Ocupa um papel importante na
formação do cidadão consciente de suas limitações e potencialidades. Ela nos
revela como as antigas civilizações conseguiram desenvolver os conhecimentos
211
matemáticos que compõem a matemática de hoje. Portanto, o estudo da educação
matemática centra-se numa prática pedagógica que envolve relações entre o ensino,
a aprendizagem e o conhecimento matemático.
O nascimento da matemática deu-se por volta de 2000 a.C. de onde
apareceram os primeiros registros que podem ser classificados álgebra elementar.
A Educação Matemática envolve falar na busca de transformações,
possibilitando aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação
de conceitos e formulações de ideias, sendo usuários práticos de ferramentas
matemáticas em seu cotidiano, levando- os a compreensão do mundo que o cerca,
contribuindo assim, para que se tornem cidadãos cônscios de uma responsabilidade
coletiva e de uma adequação de princípios no relacionamento social e comunitário.
Assim, a partir do conhecimento matemático, tem- se como objetivo o
desenvolvimento da intelectualidade, em relação às questões sociais, políticas e
econômicas, buscando levá-los ao desenvolvimento de potencialidades,
responsabilidades na integração social e intervenção na realidade onde vivem
efetivando o cumprimento de uma cidadania plena.
Em seu papel formativo, a matemática contribui para o desenvolvimento
de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, sendo importante
contemplar temas como cultura afro– brasileira e indígena, relacionadas a Historia
do Paraná, educação fiscal e ambiental, enfrentamento à violência contra criança e
adolescente e prevenção ao uso indevido de drogas.
CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL:
6º ANO:
Números e álgebra
• Sistemas de numeração;
212
• Números Naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e radiciação;
• Números fracionários;
• Números decimais.
Grandezas e Medidas
• Medidas de comprimento;
• Medidas de massa;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
Tratamento da Informação
• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem.
7º ANO:
Números e Álgebra
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do 1º grau;
213
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
Grandezas e Medidas
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos.
Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da Informação
• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
8º ANO:
Números e Álgebra
• Números Racionais e Irracionais;
• Sistemas de Equações do 1º grau;
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis.
214
Grandezas e Medidas
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não- euclidianas.
Tratamento de Informação
• Gráfico e Informação;
• População e amostra. gráficos;
9º ANO:
Números e Álgebra
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2o grau;
•Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
215
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta.
Grandezas e Medidas
• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
• Trigonometria no Triângulo Retângulo.
Funções
• Noção intuitiva de Função Afim.
• Noção intuitiva de Função Quadrática.
Geometrias
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não- euclidianas.
Tratamento da Informação
• Noções de Análise Combinatória;
• Noções de Probabilidade;
• Estatística;
• Juros Compostos.
Os conteúdos específicos para o Ensino Médio são:
Números e Álgebra
Organização dos Campos Numéricos.
216
Razão e Proporção.
Regra de três simples e composta.
Possibilidade de diferentes escritas numéricas envolvendo as relações entre as
operações:
números decimais em forma de potência de 10, notação científica e potências de
expoente negativo.
Radicais em forma de potência.
A potenciação e a exponenciação.
Propriedades da potenciação.
A linguagem algébrica: fórmulas matemáticas e as identidades matemáticas.
Decodificação, codificação e verificação de equações de 1º e 2º graus.
Sistema de Equações (com duas variáveis).
Funções
Função afim.
Função quadrática.
Sequências.
Progressão Aritmética.
Progressão Geométrica.
Noções de:
- Matrizes;
- Determinantes;
- Sistemas Lineares (3x3).
Geometria e Trigonometria
Relações entre formas:
- espaciais e planas;
- planas e espaciais.
Representação geométrica dos números e operações.
217
Geometria Espacial e Plana:
1- Relações entre quadriláteros quanto aos lados e aos ângulos, paralelis-
mo e perpendicularismo.
2- Congruência e semelhança das figuras.
3- Propriedades de lados, ângulos e diagonais em polígonos.
4- Ângulos entre retas e circunferências e ângulos na circunferência.
5- Reta e plano no espaço, incidência e posição relativa.
6- Sólidos geométricos: representação, planificação e classificação.
7- Cilindro, cone, pirâmide, prismas e esfera.
8- Cálculo de volumes e capacidades.
Geometria Analítica:
O ponto (distância entre dois pontos e entre ponto e reta)
A reta (distância entre retas)
A circunferência.
Trigonometria:
Ângulos, processo de triangulação, triângulo retângulo, semelhança de triângulos.
As razões trigonométricas e o triângulo retângulo.
Leis do seno e coseno.
Tangente como a razão entre o seno e o coseno.
Construção de tabelas de senos, cosenos e tangentes de ângulos.
Cálculos de perímetros e áreas de polígonos regulares pela trigonometria.
Ciclo Trigonométrico – Trigonometria da 1ª volta.
Gráfico de funções trigonométricas.
Tratamento de Informação
Estatística:
218
9- Gráficos e tabelas
10-Medidas e tendência central
11-Polígonos de frequência
12-Aplicações
13-Análise de dados
14-Sistematização da contagem:
15-Princípio multiplicativo;
16-Análise Combinatória;
17-Probabilidade:
18-Probabilidade de um evento;
19-União e intersecção de eventos;
20-Probabilidade condicional
21-Relação entre probabilidade e estatística
Noções de Matemática Financeira:
22-Porcentagem;
23-Juro composto;
24-Tabela Price (aplicação e construção).
METODOLOGIA
Na abordagem dos conteúdos matemáticos devem oportunizar os
conhecimentos previamente adquiridos, permitindo o exercício da crítica e a análise
da realidade valorizando a história dos estudantes através do reconhecimento, do
respeito às suas raízes sócio- culturais, transformando problemas reais em
problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do
mundo real.
Para o ensino da matemática, é importante enfatizar que a relação de
conteúdos não deve ser seguida linearmente, mas desenvolvida em conjunto e de
forma articulada, proporcionando ao educando a possibilidade de desenvolver a
capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar justificar,
219
argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão
estimulados a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.
A modalidade EJA passa a ser considerada uma modalidade da Educação
Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio e com especificidade própria,
com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9394/96.
Sendo assim, a EJA com o currículo que abrange diversas disciplinas, tem
entre elas a Matemática, que conforme as DCN e as DCEs do Estado do Paraná é
um bem cultural da humanidade e deve ser tratada interdisciplinarmente. O trabalho
com os conteúdos de ensino da matemática como toda e qualquer ação pedagógico-
curricular na Educação de Jovens e Adultos devem estar articulados com e os eixos
cultura, trabalho e tempo.
Tais eixos foram definidos a partir da concepção de currículo, como processo
de seleção da cultura e do perfil do educando da EJA.
A Matemática, como ciência, apresenta valor educativo como indispensável
para resolução e compreensão de diversas situações do cotidiano e do mundo,
desde uma simples compra de supermercado até o mais complexo projeto de
desenvolvimento econômico.
Junto com as outras áreas do conhecimento, esta ciência ajuda a
humanidade a pensar a vida, revendo a história para compreender o presente e
pensar no futuro, assim como auxilia na utilização das tecnologias existentes,
possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere a criação e ao uso
dessas tecnologias.
Nestes aspectos, a EJA precisa acontecer em espaços que se promova a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da
atividade reflexiva, em que as ações pedagógicas estejam articuladas aos eixos
cultura, trabalho e tempo, com foco na diversidade cultural.
Com um planejamento que aborde uma organização abrangente, um texto,
um artigo de revista, uma notícia do jornal devem ser fios condutores para o trabalho
com a cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena com o meio ambiente, com a
matemática, com a diversidade cultural e outros temas importantes para a
contextualização das atividades. Cabe, assim, ao professor criatividade e
220
conhecimento para que utilize os textos ampliando o leque de informações e
discussões que este pode propiciar.
Insere-se, assim, o uso adequado das propostas discutidas, dando voz a
todos os alunos, da sua realidade vivida no cotidiano, contextualizado com os textos
trazidos pelo professor ou até mesmo pelos alunos, utilizando-se de recursos
didáticos e tecnológicos como o próprio quadro negro (lousa), o computador, livros,
jornais, revistas, entre outros, na visão de construção do conhecimento e não de
uma pedagogia tradicional. Os alunos participam desse processo e constroem junto
com o professor um projeto de discussões em que a vida de trabalho e diária deles
faça parte da aprendizagem.
A nossa prática de ensino dar-se-á através de: aulas expositivas; atividades
escritas; textos; trabalhos de pesquisa; jogos didáticos; Cd roms; dvds e fitas de
vídeo, computadores, TV pendrive, data show, jornais, revistas ,panfletos, livro
didático.
As inter-relações e articulações entre os conceitos de cada conteúdo
estruturante / específico produz aprendizagem em um ensino significativo.
Algumas tendências metodológicas para o ensino da matemática são:
- resolução de problemas : é oferecer oportunidade ao estudante de aplicar
conhecimentos previamente adquiridos em novas situações;
- modelagem matemática : problematizar situações do cotidiano através da
modelagem, propõe a valorização do aluno no contexto social onde o mesmo é
convidado a indagar e/ou investigar, por meio da matemática situações oriundas
de outras áreas da realidade;
- mídias tecnológicas : é utilizar recursos tecnológicos é ampliar as
possibilidades de observação e investigação através das experimentações,
potencializando formas de resolução de problemas;
- etnomatemática : é reconhecer e registrar questões de relevância social que
produzem o conhecimento matemático.
- história da matemática : elaborar problemas, partindo da história da matemática
é oportunizar ao aluno compreender a evolução do conceito através dos
tempos.
- investigação matemática : é procurar conhecer o que não se sabe, elaborando
221
uma estratégia, formando conjecturas para o processo de conhecimento
matemático.
AVALIAÇÃO
A avaliação deverá ocorrer ao longo do processo de aprendizagem
proporcionando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua
visão do conteúdo trabalhado. A avaliação terá um papel de mediação no processo
de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação deverão
serem visto como integrantes de um mesmo sistema. Caberá ao professor
considerar no contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos de
noção e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos (formas escritas,
orais e de demonstração), incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador
e/ou calculadora.
A avaliação no ensino de matemática deve contemplar os diferentes
momentos do processo de ensino e aprendizagem, e sendo coerente com a
proposta pedagógica da escola e com a metodologia utilizada pelo professor, assim
como deve servir como instrumento que orienta a prática do professor e possibilita
ao aluno rever sua forma de estudar. Nesse processo, a reflexão por parte do aluno,
bem como a análise do professor sobre o erro do aluno, vem contribuir para a
aprendizagem e possíveis intervenções.
A avaliação será contínua, processual, diagnostica e formativa, priorizando
os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Quanto aos alunos da EJA, Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação
de Jovens e Adultos:
Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e
reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da
práxis pedagógica deve estar voltada para atender as necessidades dos
educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu
papel na formação da cidadania e na construção da autonomia (PARANÁ,
2006, p. 43).
222
Sendo assim, a avaliação tem uma relação dialética entre o educando e o
objeto do conhecimento, com participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. É
importante na avaliação da EJA a valorização dos saberes e a cultura trazida por
eles; o erro como direcionamento da prática pedagógica que permitirá a retomada
do conteúdo; a mudança de metodologia quando for necessário e respeitar o tempo,
as necessidades e dificuldades desses estudantes.
A prática avaliativa será desenvolvida por meio de trabalhos individuais e em
grupo, provas escritas,pesquisas, sínteses e leituras normativas de textos, debates e
situações -problema.
Quanto aos critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
- comunica- se matematicamente, oral ou por escrito;
- compreende, por meio de leitura, o problema matemático;
- elabora um plano que possibilite a solução de problemas;
- encontra meios diversos para resolução de um problema matemático;
- realiza o retrospecto da solução de problema.
Proposta de recuperação de estudo, será desenvolvida ao longo do período,
assim que detectado a não apropriação dos conteúdos pelos alunos, serão feitos
através de estudos paralelos, com atendimento de dúvidas em sala de aula, após o
período de estudos dos mesmos, avaliação será efetivada através de provas
substitutiva ao decorrer do processo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BICUDO, M. A. V. e GARNICA, ª V. M. Filosofia da Educação Matemática. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
223
BOYER, C. B. História da Matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São Paulo>
Edgard Blucher, 1974.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
LIMA, E.S. Avaliação, Educação e Formação Humana.
MIORIM, Maria Ângela. Introdução à História da Matemática. São Paulo: Graal,
1973.
PAIS, L. C. Didática da Matemática – uma análise da influência francesa. Belo
Horizonte: Autêntica, 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Orientadoras do Ensino
Fundamental no Estado do Paraná – DCE 2008.
PETRONZELLI, Vera Lúcia Lúcio. Educação Matemática e a Aquisição do
Conhecimneto Matemático: alguns caminhos a serem trilhados, 2002.
(Dissertação de Mestrado, UTP) 166p.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas SP: Mercado das Letras, 1994
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
Os princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da
disciplina de Física para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, baseiam-se na
Fundamentação Teórico-Metodológica, contida na parte da “Introdução” das
“Orientações Curriculares de Física - Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná– SEED – PR.
224
A Física é a Ciência das propriedades da matéria e das forças naturais. Suas
formulações são em geral expressas em linguagem Matemática. A introdução da
investigação experimental e a aplicação do método matemático contribuíram para a
distinção entre Física, Filosofia e Religião, que, tinham como objetivo comum
compreender a origem e a constituição do Universo. A disciplina de Física deve
contribuir para que o estudante reconstrua o conhecimento historicamente
produzido, o que se transformará em ferramenta para que ele se subsidie como ser
humano e futuro profissional em uma sociedade em processo de globalização,
tornando-o um ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade e as tecnologias a
sua volta e que mesmo interage. Para isto, deve haver uma contextualização
histórica de conhecimentos da física e suas relações com a educação escolar.
A física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e,
por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza,
entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalte-se
que os conhecimentos de física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não
são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo
homem no intuito de explicar e entender essa natureza.
A Física estuda a matéria nos níveis molecular, atômico, nuclear e
subnuclear. Estuda os níveis de organização, ou seja, os estados sólido, líquido,
gasoso e plasmático da matéria. Pesquisa também as quatro forças fundamentais: a
mecânica e a Gravitação, elaborada por Isaac Newton (1642 – 1727), (força de
atração exercida por todas as partículas do Universo), a termodinâmica, elaborada
por Mayer, Carnot e Joule, onde estuda a relação entre calor e trabalho e finalmente
o eletromagnetismo, síntese elaborada por James Clerk Maxwell (1831-1879), a
partir de trabalhos de André Marie Ampère (1775-1836), e Michael Faraday (1791-
1867), (que liga os elétrons aos núcleos), a interação forte (que mantêm a coesão do
núcleo e a interação fraca (responsável pela desintegração de certas partículas da
radioatividade). A Física experimental investiga as propriedades da matéria e de
suas transformações, por meio de transformações e medidas geralmente realizadas
em condições laboratoriais universalmente repetíveis. A Física teórica sistematiza os
resultados experimentais, estabelece relações entre conceitos e grandezas físicas e
225
permite prever fenômenos inéditos. De uma maneira geral o objetivo da física é
estudar o Universo, suas evoluções e todas as interações que nele ocorrem.
Por isso entendemos que a contribuição da Física no Ensino Médio é a
contribuição para a formação dos sujeitos através das lutas pela escola e pelo saber,
tão legítimos e urgentes (...). Por este caminho nos aproximamos de uma possível
redefinição da relação entre cidadania e educação (...) a luta pela cidadania, pelo
legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de
formação e constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da
democracia e da participação, mas é parte, fruto e expressão do processo de sua
constituição. (ARROYO, 1995, p.79)
Ao educando será apresentado os princípios, concepções, linguagem, entre
outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve
permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela
ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que
o educando reformule as suas ideias tendo em vista a concepção científica. Assim,
espera-se que esteja re-elaborando seus conceitos, mas não necessariamente, que
abandone suas ideias espontâneas. Poderá estar negociando ou adequando sua
interpretação e linguagem ao contexto de utilização. Ou seja, seus conceitos serão
mais elaborados ou menos elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior
for a necessidade ou interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no
contexto da comunidade científica.
2 – CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimento
Termodinâmica
Eletromagnetismo
CONTEÚDOS BÁSICOS
• Momentum e inércia
• Conservação de quantidade de movimento
226
• Variação de quantidade de movimento = impulso
• 2ª Lei de Newton
• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
• Energia e o Princípio da Conservação da Energia
• Gravitação
• Lei zero da Termodinâmica
• 1ª Lei da Termodinâmica
• 2ª Lei da Termodinâmica
• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
• Força eletromagnética
• Equações de Mexwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb,
Lei de
• Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday
• A natureza da luz e suas propriedades
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico na EJA
ainda é tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que,
normalmente, não leva a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba por
distanciar o interesse dos educandos pela disciplina.
Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e
reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial. Além
disso, é tratado como um campo de conhecimentos acabados, como verdades
absolutas, fruto de alguns gênios da humanidade, contribuindo para que os
educandos tornem-se passivos em sala de aula.
O educando da EJA traz consigo conhecimentos construídos a partir do senso
comum e do saber popular, não científico, construído no cotidiano, em suas relações
com o outro e com o meio – os quais devem ser considerados nas práticas
educativas. Portanto, o trabalho dos educadores é buscar de modo contínuo o
conhecimento que dialogue com o seu universo, de forma dinâmica e histórica.
227
É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições
de ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta,
tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador.
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da
organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um
enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional
implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor
precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciarão,
meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos,
considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação
de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p 7-8)
A partir desse pressuposto, para romper com o modelo tradicional de ensino é
necessário rever os meios de apresentação dos conteúdos, priorizando os conceitos
físicos e optando por metodologias de ensino que se adaptem às necessidades de
aprendizagem dos educandos. (...),
Não vemos como necessário, no momento, grandes alterações nos
conteúdos tradicionais, mas sim, na forma como eles serão desenvolvidos.
Entendemos que o avanço nos conhecimentos de Física deverá ser dado por uma
inovação na metodologia de trabalho e não em termos de conteúdos. (GARCIA;
ROCHA;COSTA, 2000, p.40)
Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação de Jovens
e Adultos, identificou-se algumas estratégias para o desenvolvimento metodológico
da disciplina de Física, considerando que essas estratégias metodológicas podem
contribuir para o ensino e a aprendizagem dos educandos.
Portanto, o professor deverá utilizar-se de aulas expositivas e dialógicas bem
como de aulas experimentais que envolvam análise, discussão, reflexão e
investigação associadas a uma escola bem-feita de conteúdos significativos,
seguindo além do limite da informação, atingido a fronteira da formação cientifica
num processo organizado e sistematizado. O livro didático público servirá como
recurso de pesquisa constante em sala de aula e o uso dos meios tecnológicos,
228
textos científicos, uso de experimentos e de jogos educativos também se farão
presentes no cotidiano das mesmas de acordo com a necessidade do momento.
Dessa forma, deve ser levado em conta a formação do professor, o espaço
físico, os recursos disponíveis, o tempo de permanência do educando no espaço
escolar e as possibilidades de estudo fora deste, para que as estratégias
metodológicas possam ser efetivadas. Os indicativos discutidos com os professores
contemplam:
A abordagem da Física enquanto construção humana
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da
Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento enquanto
construção humana e a constante evolução do pensamento científico, assim como,
as relações das descobertas científicas com as aplicações tecnológicas na
contemporaneidade.
A história da física não se limita à história de seus protagonistas. Antes ao
contrário: é uma história do pensamento em que ideias surgem e desaparecem, em
que pensamentos, muitas vezes completamente despropositados na época em que
aparecem, tomam forma e ultrapassam as barreiras profissionais contemporâneas.
Afinal, a física é hoje – num mundo em que a tecnologia permite revoluções e
promete saídas para ao mais graves problemas – uma das manifestações de maior
transparência de nossa cultura. (BARROS, 1996, p.7)
O papel da experimentação no ensino de Física
O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo da EJA,
mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de
materiais alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração dos
experimentos. Assim, “quando o aluno afirma que um imã atrai todos os metais, o
professor sugere que ele coloque essa hipótese à prova com pedaços de diferentes
metais. Por mais modesta que pareça esta vivência, é rica em ensinamentos” (AXT,
s/d, p.78).
229
O lúdico – Brinquedos e jogos no ensino de Física
Por meio desta estratégia de ensino o educando será instigado a pesquisar e
propor soluções, visto que a ludicidade “... decorre da interação do sujeito com um
dado conhecimento, sendo, portanto, subjetiva. Seu potencial didático depende
muito da sensibilidade do educador em gerar desafios e descobrir interesses de
seus alunos.” (RAMOS; FERREIRA, 1993, p.376)
O cuidado com os conceitos e definições em Física
O educando traz ideias e contextos para as coisas, para compreender e atuar
no mundo. Essas ideias podem ser aproveitadas como ponto de partida para a
construção do conhecimento científico, mas será necessário fazer a transposição
destes conceitos espontâneos ou do senso comum para o conhecimento científico,
com os cuidados necessários.
Atualmente o entendimento do ensino de física é fortemente associado às
ideias de conceitos espontâneos. Tais ideias indicam que quando as pessoas vêm
para a escola, elas já têm um contexto para as coisas. Por outro lado, à medida que
vamos inserindo os assuntos na sala de aula, queremos que o aluno vá montando
aquela estrutura que nós temos, ligando os conceitos da forma como nós o fazemos.
Entretanto, à medida que vamos ensinando, ele vai fazendo as ligações que quer.
(...). Que pode, que consegue. E assim, os mesmos conceitos podem ser ligados de
maneiras diferentes, em estruturas diferentes. É comum pensarmos que a lógica, a
maneira de raciocinar, de inserir algo em contextos mais amplos, utilizados por nós,
professores, para construirmos nossas estruturas, seja algo absoluto, algo
transcendental. Mas não é. A lógica depende do contexto em vigor. (...), sempre
achamos que com a informação que fornecemos aos alunos eles farão as ligações
que nós fizemos, mas isso não é necessariamente verdade. Não há nada que nos
assegure que o aluno faz as ligações que nós gostaríamos que ele fizesse. O que
dizemos em sala de aula pode ser interpretado de várias maneiras diferentes.
(ROBILOTTA; BABICHAK, 1997, p.22)
230
O cotidiano dos alunos/contextualização
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as
experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser
aproveitadas no processo da aprendizagem.
Quanto mais próximos estiverem o conhecimento escolar e os contextos
presentes na vida pessoal e no mundo no qual eles transitam, mais o conhecimento
terá significado. Contextualizar o ensino significa incorporar vivências concretas e
diversificadas, e também, incorporar o aprendizado em novas vivências. (SEED-PR,
2000, s/d)
O papel do erro na construção do conhecimento
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser
considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e
melhor compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador administrar este processo
no qual os educandos da EJA necessitam de apoio, principalmente pelo processo
diferenciado de estudo e o tempo que permanecem no espaço escolar. É essencial
valorizar os acertos e tornar o erro como algo comum, caracterizando-o como um
exercício de aprendizagem.
O incentivo à pesquisa e a problematização
É importante incentivar os educandos para que ampliem seus conhecimentos
por meio de pesquisa, como atitude cotidiana e na busca de resultados. Para tanto,
será útil distinguir entre pesquisa como atitude cotidiana e pesquisa como resultado
específico. Como atitude cotidiana, está na vida e lhe constitui a forma de passar por
ela criticamente, tanto no sentido de cultivar a consciência crítica, quanto no de
saber intervir na realidade de modo alternativo com base na capacidade
questionadora. (...). Como resultado específico, pesquisa significa um produto
concreto e localizado, (...), de material didático próprio, ou de um texto com marcas
científicas. (...). Os dois horizontes são essenciais, um implicando o outro. No
segundo caso, ressalta muito mais o compromisso formal do conhecimento
231
reconstruído, enquanto o primeiro privilegia a prática consciente. (DEMO, 1997, p.
12-13)
A problematização consiste em lançar desafios que necessitem de respostas
para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade.(...), um
obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada,
uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.25-26). As
dúvidas são ocorrências muito comuns na Física, porém, poderão ser aproveitadas
para as reflexões sobre o problema a ser analisado.
Os recursos da informática no ensino da Física
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada vez
mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas e à
melhor compreensão dos estudos elaborados. A familiarização do educando com o
computador se faz necessária dentro da escola, visto que a tecnologia se faz
presente nos lares, no trabalho e aonde quer que se vá. É necessário o mínimo de
entendimento sobre as tecnologias usuais e como utilizar-se desta ferramenta para
ampliar os conhecimentos.
O uso de textos de divulgação científica em sala de aula
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites e em outros meios
de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao ensino de Física e
serem explorados de diversas formas. Deve-se ter o cuidado de estar selecionando
textos validados por profissionais da área e que tenham cunho científico,
observando a existência de erros conceituais ou informações incorretas.
A utilização do material de apoio
O ensino da Física não deve estar apenas pautado no uso do material
didático fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros
recursos, como os apontados anteriormente, para enriquecer as aulas e tornar o
232
processo de ensino mais harmonioso e agradável. Assim, o material deve servir de
apoio, tanto ao educador como ao educando, ao lado de outras alternativas de
ensino e aprendizagem que complementem o conhecimento proposto.
EIXOS ARTICULADORES DA EJA: CULTURA TRABALHO E TEMPO
A cultura compreende a forma de vida e compõe um sistema de significações
envolvido em todas as formas de atividade social (Willians, 1992). É um produto da
atividade humana, e não pode ser ignorada sua dimensão histórica. Na formação
humana, a cultura é o elemento de mediação entre o indivíduo e a sociedade, ou
seja, é intermediário entre a sociedade e sua formação. (ADORNO,1996) portanto a
cultura compreende desde a música, obra literária, arte, ciência, linguagem,
costumes, hábitos de vida, sistemas morais, instituições sociais, crenças, e até as
formas de trabalhar (SACRISTÁN,2001,P.105). Como elemento de mediação da
formação humana, torna-se objeto da educação que o traduz na escola. (Willians,
1984).
O trabalho compreende uma forma de produção da vida material a partir da
qual se produzem distintos significados. É a ação pela qual o homem transforma a
natureza e transforma-se a si mesmo. Portanto, a produção histórico-cultural atribui
à formação de cada novo indivíduo, também, a essa dimensão histórica.
Os vínculos entre educação, escola e trabalho situam-se numa perspectiva que
considera a constituição histórica do ser humano sua formação intelectual e mora,
sua autonomia e liberdade individual e coletiva, em síntese sua emancipação como
cidadão.
Uma das razões pelas quais os educandos da EJA retornam para a escola é
o desejo de elevação do nível de escolaridade para atender às exigências do mundo
do trabalho. Cada educando que procura EJA, porém, apresenta um tempo social e
um tempo escolar de vida, para tanto a necessidade de reorganização dos tempos e
dos espaços escolares, para dar sustentação a seus objetivos. Na dimensão
escolar, o tempo dos educandos da EJA é definido pelo tempo da escolarização e
pelo tempo singular de aprendizagem bem diversificado, tendo em vista a
233
especificidade dessa modalidade de ensino que considera disponibilidade de cada
um para dedicação aos estudos.
O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar. Portanto, fazem parte
da ação pedagógica. A organização do tempo escolar compreende três dimensões:
o tempo físico, o tempo vivido e o tempo pedagógico. O primeiro está relacionado ao
calendário escolar organizado em dias letivos, horas/aulas, bimestres que organizam
e controlam o tempo da ação pedagógica. O segundo diz respeito ao tempo vivido
pelo professor nas suas experiências pedagógicas, nos cursos de formação, na
ação docente propriamente dita, bem como o tempo vivido pelos educandos nas
experiências sociais e escolares. O último compreende o tempo que a organização
escolar destina para a escolarização e socialização do conhecimento. Ainda, há o
tempo que o aluno dispõe para se dedicar aos afazeres escolares internos e
externos exigidos pelo processo educativo. Na escola, a organização dos tempos
está articulada aos espaços escolares preenchidos pelos educandos em toda ação
educativa. A organização desses tempos e espaços compreende características que
devem ser entendidas como discursos que revelam um espaço democrático, a
organização dos tempos e dos espaços escolares interfere na formação dos
educandos, seja para conformar ou para produzir outras práticas de significação,
como conduzir o educando a aprender o significado social e cultural dos símbolos
construídos, tais como as palavras, as ciências, as artes, os valores, dotados da
capacidade de propiciar-nos meios de orientação, de comunicação e de
participação. (ARROYO,2001,P.144).
Cultura e conhecimento são produzidos pelas relações sociais. De acordo
com Silva (2000, p.13), a cultura, é compreendida como prática de significação e,
como tal, vinculado à prática produtiva, às relações sociais e de poder, enfim, uma
prática que produz identidades sociais. Para que ocorram mudanças na forma de
organizar o conhecimento na escola é imprescindível que toda ação educativa esteja
voltada aos educandos.
Conteúdos Obrigatórios
Além de todos os conteúdos expressos na disciplina de Física, o professor
deverá atentar-se aos conteúdos obrigatórios, como a História do Paraná – Lei nº
234
13.381/01; História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena/Equipe
Multidisciplinar – Lei nº10.639/03 e Lei nº 11.645/08. Têm como meta o direito do
povo afro-descendente de se reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões
de mundo próprias, manifestarem com autonomia, individual e coletiva, seus
pensamentos. Tem ainda como meta, o direito dos negros, assim como de todos os
cidadãos brasileiros, cursarem cada um dos níveis de ensino, em escolas
devidamente instaladas e equipadas, orientados por professores qualificados para o
ensino das diferentes áreas de conhecimentos; com formação para lidar com as
tensas relações entre diferentes grupos étnicos-raciais, ou seja, entre descendentes
de africanos, de europeus, de asiáticos e povos indígenas.
Deve ser trabalhado também a Música – Lei nº 11.769/08, a Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação
Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, sendo estas a
necessidade de destacar a diversidade existente na escola.
Muito deve ser discutido também sobre o Direito das Crianças e Adolescentes,
através da LF nº 11.525/07; a Educação Tributária através do Decreto nº 1.143/99,
Portaria nº 419/02; Educação Ambiental LF nº 9.795/99 e a Agenda 21 Escolar. Aos
professores cabe a tarefa mais importante: conhecer as esperanças, lutas,
trajetórias, especificidades culturais, que caracterizem os alunos, levando em
consideração os saberes populares, estabelecendo diálogos pedagógicos e inter-
culturais, de maneira reflexiva .
Todos estes conteúdos deverão ser trabalhados e articulados como ações da
escola, e devem proceder metodologicamente conforme os necessitados podem
expressar as seguintes metodologias:
• Leitura e interpretação textos;
• Pesquisas sobre os povos indígenas, povos paranaenses;
• Teatro e simulação na dança.
• Levantamento estatístico sobre: população do Paraná, população negra no
Paraná, população indígena no Paraná.
• Terras Indígenas.
• Pesquisa no IBGE;
• Pesquisa bibliográfica e de campo;
235
• Excursão em terra indígena;
• Entrevista para conhecer a cultura e costumes indígenas
• Circulo de bate papo;
• Entrevista;
• Simulações de compra e venda para entender a Educação Fiscal;
• Sala de bate papo para discutir as questões sobre o campo;
• Conversa com o engenheiro agrônomo para orientação sobre o para aplicar
os recursos da natureza;
• Capitação da água da chuva para uso pessoal e no campo. (sistema de
Cisterna).
• Circulo de conversa com os alunos, engenheiro agrônomo e professores.
AVALIAÇÃO
Refletir sobre a prática de avaliação atual requer um olhar crítico e uma
projeção de metas definidas pela comunidade escolar, conforme um processo
gradual de mudanças que tenham como fim o aperfeiçoamento da avaliação escolar,
devendo se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada educando para que,
com isso, ele seja sujeito nas relações sociais. Essa expectativa de reformular a
prática de fato e de direito implica algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao
que se almeja conseguir.
Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as
diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve
estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando o seu
perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na
construção da autonomia.
Isso implica, ao docente, considerar os alunos em sua individualidade e
diversidade, condição indispensável para uma prática pedagógica democrática e
inclusiva. Aceitar o estudante na sua singular condição intelectual, social, cultural,
significa, entre outras coisas, dar espaço para que ele se faça ouvir, permitindo uma
relação dialógica com o aluno, sem preconceitos ou estereótipos.
236
Assim, a avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o
professor acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a
avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de um
trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a
escola pública o espaço onde a educação democrática deve acontecer.
A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto
de vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se
pelo estabelecido no regimento escolar.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as Leis e as
teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os
conhecimentos da Física.
Como instrumentos serão utilizados provas presenciais, relatórios individuais,
trabalhos acadêmicos de pesquisas, seminários, entre outros.
Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria
condições reais para a condução do trabalho pedagógico.
A recuperação de estudos para alunos com baixo rendimento escolar será
constante, através da retomada de conteúdos. Após o período de estudos serão
utilizados outros instrumentos, tais como análise dos conteúdos estudados,
pesquisas e trabalhos de acordo com a necessidade.
REFERÊNCIAS
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237
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BARROS, Henrique Lins.In: BEM-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 1996. Prefácio da obra.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
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PIETROCOLA, M.; ALVES, J. de P.F.; PINHEIRO, T. de F. Pratica disciplinar de professores de ciências. In: htttp://www.if.ufrgs.br/public/ensino/vol8/n2/v8_v8_n2_a3.html. Acesso em 09/06/2005.
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RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade, vol. 20, n.68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999.
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SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p. 20-28.
239
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que permitiu o
desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no modo de
viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas
atividades diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12),
o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que
se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à
televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais,
por exemplo, não podem prescindir da informação científica, que deve estar
ao alcance de todos.
Assim, a Química fundamenta-se como uma ciência que permite a evolução
do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais,
éticos, entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser que se
relaciona, interage e modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive.
A Química como ciência contempla as tradições culturais e as crenças
populares que despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para o
desenvolvimento das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO (2002,
p.17), afirma que
a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade
filosófica, mas em um certo tipo de verdade que é diferente dessas outras.
Não é correta a imagem de que os conhecimentos científicos, por serem
comumente fruto de experimentação e por terem uma base lógica, sejam
“melhores” do que os demais conhecimentos. Tampouco se pode pensar
que o conhecimento científico possa gerar verdades eternas e perenes.
Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico não é algo
pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.
A Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio, deve
apresentar-se como propiciadora da compreensão de uma parcela dos resultados
obtidos a partir da Química como ciência.
240
A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas.
Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o
desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer
outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados
esperados, aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é
conhecido. (...) Existe portanto uma diferença fundamental entre a
comunicação de conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e
a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado
na escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)
Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas
escolas e conforme MALDANER (2000, p.196),
compreender a natureza da ciência química e como ela se dá no ensino e
na aprendizagem passou a ser um tema importante, revelado a partir das
pesquisas educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na década
de 1980 sobre as ideias alternativas dos alunos relacionadas com as
ciências naturais. No âmbito da pesquisa educacional, mais ligado à
educação científica, estava claro, já no início dos anos 90, que era
fundamental que os professores conhecessem mais o pensamento dos
alunos, bem como, a natureza da ciência que estavam ensinando. No
entanto, isso não era prática usual nos cursos de formação desses
professores.
Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos educadores
têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da vida dos educandos,
em que os educadores abordam, principalmente, os conteúdos acadêmicos,
enfatizando a memorização, o que torna a disciplina desvinculada da realidade dos
seus alunos e sem significação para sua vida.
Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos
químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química
em sua vivência, para DELIZOICOV et.al. (2002, p.34),
241
a ação docente buscará constituir o entendimento de que o processo de
produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia
constitui uma atividade humana, sócio-historicamente determinada,
submetida a pressões internas e externas, com processos e resultados
ainda pouco acessíveis à maioria das pessoas escolarizadas, e por isso
passíveis de uso e compreensão acríticos ou ingênuos; ou seja, é um
processo de produção que precisa, por essa maioria, ser apropriado e
entendido.
Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Química na
EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção
do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa
argumentar e se posicionar criticamente.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando os encaminhamentos metodológicos contidos na proposta
pedagógica de ensino para a disciplina de Química no Ensino Médio Regular, faz-
se necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química na Educação de
Jovens e Adultos (EJA), considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para
essa modalidade de ensino da educação básica.
Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina, uma
alternativa seria partir da seqüência: “fenômeno–problematização–representação-
explicação” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,
episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no
processo de ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser superado (...) O
importante é identificar situações de alta vivência comuns ao maior número
possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de ensino.
(MALDANER, 2000, p. 184)
Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas,
classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os
quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica,
interativa e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e
propiciando condições para que o mesmo perceba a função da Química na sua vida.
242
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da
organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais
nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de
instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois
para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de
agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o
maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que
inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.
(RIBEIRO, 1999, p.8)
Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p. 199),
“Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos terá
significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências
trazidos pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer
relações entre conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes –
da comunidade, do educando e acadêmico.
Segundo FREIRE (1996, p.38), “a educação emancipatória valoriza o ’saber
de experiência feito’, o saber popular, e parte dele para a construção de um saber
que ajude homens e mulheres na formação de sua consciência política.”
Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de Química,
considera-se a afirmação de MALDANER (2000, p. 187), de que “o saber escolar
deve permitir o acesso, de alguma forma, ao conhecimento sistematizado. Assim ele
será reconstruído e reinventado em cada sala de aula, na interação
alunos/professor, alunos/alunos e, também, na interação com o entorno social”.
Dessa forma, o ensino da disciplina de Química deve contribuir para que o educando
jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano, levando-o a
compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhe condições de discernir
algo que possa ajudá-lo, daquilo que pode lhe causar problemas.
243
Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma
contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a
inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com
que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de
uma problematização, ou seja, lançando desafios que necessitem de respostas para
determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um
obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada,
uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada.” (SAVIANI, 1993, p.26) As
dúvidas são muito comuns em Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão
sobre o problema a ser analisado. Sendo assim, para o educador, o desafio consiste
em realizar esta contextualização sem reduzir os conteúdos apenas a sua aplicação
prática, deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento na ciência Química, propiciando condições para que o educando
perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua
linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo, pois
as diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado a
importância do saber sistematizado, resultando numa prática pedagógica pouco
significativa.
É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas
realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no trabalho
docente, a fim de que o educando possa visualizar uma transformação química,
inserindo conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com
aspectos da sua vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é
importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento
essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom
aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é uma tarefa importante,
mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve
pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os
resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova
situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
244
Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o
educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber,
apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO (2002,
p.50),
o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo
que detenha a informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar,
que levassem os alunos a buscar a informação com maior orientação e
acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são maneiras de os alunos
procurarem por respostas definitivas, que manifestem uma vontade muito
grande de conhecer. Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na
forma de uma longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a
busca de mais dados e informações por parte dos alunos.
Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a refletir
sobre o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e informações.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do
material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma
que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER (2000, p.
185), afirma que
é por isso que não é possível seguir um “manual” de instrução, do estilo de
muitos livros “didáticos” brasileiros originados dos “cursinhos pré-
vestibulares”, para iniciar o estudo de química no ensino médio. A lógica
proposta nesses “manuais” é a da química estruturada para quem já
conhece a matéria e pode servir, perfeitamente, de revisão da matéria para
prestar um exame tão genérico como é o exame vestibular no Brasil.(...) O
que seria adequado para uma boa revisão da matéria, característica original
dos “cursinhos pré-vestibulares”, tornou-se programa de ensino na maioria
das escolas brasileiras.
245
A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser
utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários,
cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria
realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à
realidade dos alunos.
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os
essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos
jovens e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a
percepção de que existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a
partir dessa relação, poderem constituir a sua própria identidade cultural,
estimulando sua autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a
rígida seqüência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a
relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a coerência dos mesmos
para o processo educativo.
CONTEÚDOS DE QUÍMICA
O programa de Química contempla os seguintes conteúdos, considerados
essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio na
modalidade Educação de Jovens e Adultos.
Matéria e substâncias
Reações Químicas
Funções Orgânicas e Inorgânicas
Ligações Químicas
Ligações entre as moléculas
Tabela periódica e periodicidade
Estrutura atômica
Estequiometria
Estudo dos Gases
Radioatividade
Propriedades coligativas
247
É importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da investigação dos
conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química, sistematizar as
estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos
conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de aprofundamento, bem
como a articulação entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um.
Para a organização dos conteúdos é indicado que seja utilizada a
problematização, cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os
temas são baseados em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, que possam
refletir sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a vida, com o
ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais.
A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que
possam ser trabalhados, independentemente da seqüência usual presente nos livros
didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os conteúdos, bem como, a
forma como serão desenvolvidas as atividades para aprofundamento e avaliação, o
educador terá condições de desenvolver metodologias que visem evitar a
fragmentação ou a desarticulação dos conteúdos dessa disciplina.
Na perspectiva que se propõe, a avaliação na disciplina de Química vem
mediar a práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com os
encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir como
meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É essencial
valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o
educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do
conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta de
falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.
248
A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda avaliação
supõe um processo de obtenção e utilização de informações, que serão
analisadas diante de critérios estabelecidos segundo juízos de valor.
Portanto, não se pode pretender que uma avaliação seja um processo frio e
objetivo; ele é, em si, subjetivo, dependente da valorização de apenas uma
parcela das informações que podem ser obtidas. Essas características são
importantíssimas para que possamos compreender a utilidade e os limites
da avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para
reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)
Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e
o ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por vários caminhos,
fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento metodológico da
disciplina de Química, estabelecendo uma perspectiva de torná-la reflexiva, crítica,
que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, voltada para a autonomia do
educando jovem, adulto e idoso.
REFERÊNCIAS
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química.
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RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da
educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade.
v.20, n. 68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999.
249
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas:
Autores Associados, 1993, p.20-28.
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O mundo em mudança é o objeto principal de preocupação da análise
sociológica. À Sociologia fica a responsabilidade de mapear as transformações que
ocorreram no passado e delinear as linhas mais importantes de desenvolvimento
que estão ocorrendo hoje.
A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações
sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.
Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como o saber legítimo e verdadeiro e da
sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia.
Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma
ciência disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da
juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos
históricos sem muito tempo para digeri-los.
Este contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica forma
um quadro amplo marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma
política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial, em
processo desde o século XVII, e uma revolução na ciência, que se firma com o
iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização.
A Sociologia como uma disciplina no conjunto dos demais ramos da ciência,
especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do
trabalho pedagógico em traduzí-la como parte curricular nas escolas de níveis médio
e superior.
250
No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva,
paralelamente à divulgação da obra de Comte, na Europa do último quartel do
século XIX.
Florestan Fernandes (1977), ao traçar três épocas de desenvolvimento da
reflexão sociológica na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma
conexão episódica entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A
segunda é caracterizada pelo pensamento racional como forma de consciência
social das condições da sociedade, nas primeiras décadas do século XX; a terceira
época, em meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos
fenômenos sociais aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com
influência das tendências metodológicas em países europeus e nos Estados Unidos.
Os anos 1930 foram de plena efervescência da Sociologia que se
institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação,
no campo da pesquisa e editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a
reflexão sobre as peculiaridades da cultura e sociedades brasileiras.
A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se
constitui disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por
respostas a questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso,
não está livre de contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a
vitória de uma estratégia de afirmação quando o quadro social e político do país era
adverso, apontam Vianna, Carvalho e Melo (1995).
A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de democracia
para uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso não
foram decisórias, pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos
anos trinta e a dos anos sessenta.
Como em outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular
é parte do seu processo de institucionalização, ampliando e conformando a
comunidade científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos
pedagógicos, que promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em
nível escolar.
De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase humanística
nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva transformadora que
251
possa inspirar projetos de sociedade e visões políticas avançadas. Esta é uma forma
de resposta das sociedades no horizonte da modernidade instalada.
Os cursos secundários abrigaram a disciplina antes de a Sociologia ser
considerada disciplina acadêmica em cursos do ensino superior. Numa sequência,
durante a década de 1930 surgem os cursos de Ciências Sociais, no país: em 1933,
na Escola Livre de Sociologia e Política (SP), em 1934, na Universidade de São
Paulo, em 1935, na Universidade do Distrito Federal (RJ) e em 1938, na Faculdade
de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná. Esse lócus institucional da Sociologia
acadêmica é estímulo para a produção do conhecimento e ampliam-se compêndios
didáticos elaborados nesse período, num esforço de sistematização da nova ciência.
Em meados da década de 1920, a disciplina sociológica integrou o currículo
para a formação de educadores primários e secundários dos estados do Rio de
Janeiro e Pernambuco. A centralização do sistema educacional no país e a reforma
do ensino levam a Sociologia aos chamados cursos complementares, de preparação
dos estudantes para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas,
Engenharia e Arquitetura.
Com a Reforma Capanema, em 1942, desaparece essa participação, que
repercutiu sobre a alta produção de livros didáticos à época. Todas as vezes que a
Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória, ausenta-se da formação educacional
básica e evidencia-se a desconsideração para com essa área de conhecimento e
forma de interpretação da realidade social.
O ambiente democrático da política nacional durante a década de 1950 e
parte dos anos 60 colocou a Sociologia presente nos cursos superiores de Ciências
Sociais, e também no currículo de outros cursos graças à expansão das Faculdades
de Filosofia, Ciências e Letras. No ensino médio, entretanto, sua inserção não se fez
permanente; continuou uma disciplina opcional e intermitente nos currículos.
No período da chamada transição democrática, a partir de 1982, houve
movimentação social de professores e estudantes em alguns estados brasileiros e
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco e
Distrito Federal clamaram pela inclusão da Sociologia no Ensino Médio.
252
Havia expectativa com a Constituição de 1988, mas a partir de 1989, com a
promulgação das novas Constituições Estaduais, frustraram-se as possibilidades e
iniciativas de a disciplina vir a ser obrigatória nos currículos escolares.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu
perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em
seu art.36, §1º, inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de
Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. Contudo, durante a
sua regulamentação, o seu sentido foi alterado.
Em 2001, o retorno da disciplina Sociologia foi vetado pelo então presidente
Fernando Henrique Cardoso, justificando-o pela insuficiência de profissionais para
suprir a demanda de professores.
As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio apresentaram como
proposta o tratamento interdisciplinar dos conteúdos de Sociologia, esvaziando sua
especificidade e o caráter de obrigatoriedade. Esta nova derrota para o ensino da
Sociologia impulsionou uma série de discussões e propostas de ações para reverter
a situação em diferentes estados, visto que a obrigatoriedade da disciplina no
Ensino Médio não estava garantida.
A partir do segundo semestre de 2007, todas as escolas têm de oferecer as
disciplinas em duas aulas por semana durante pelo menos um dos três anos do
curso, porque em 7 de julho de 2006, o Conselho Nacional de Educação aprovou,
com base na Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio.
A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo
Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as
escolas de Ensino Médio do estado.
Em função de sua história intercalar como disciplina escolar, a Sociologia não
desenvolveu ainda uma tradição pedagógica, havendo insuficiências na elaboração
de reflexões sobre como ensinar as teorias e os conceitos sociológicos, bem como
dificuldades na delimitação dos conteúdos pertinentes ao Ensino Médio. Por ter se
mantido como disciplina acadêmica nos currículos de Ensino Superior, a tendência
tem sido a reprodução desses métodos, sem a adequação necessária à oferta da
Sociologia para jovens estudantes do Ensino Médio.
253
A sociologia, disciplina curricular do Ensino Médio, de acordo com a instrução
01/2004, sendo esta pautada nos documentos oficiais: LDB, DCN e PCNs. A
importância de trabalhar a disciplina com os educandos tem como finalidade,
segundo a LDB:
“Desenvolver no educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o
exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores.”
Quando a lei trata do exercício da cidadania, é necessário definir o espaço da
disciplina perante o Ensino Médio, definindo qualquer concepção de cidadania deve
estar implícita em todos professores e alunos. Ainda de acordo com o que
preconiza a LDB 9394/96, art. 36 &1º, inciso III, o aluno tem que ter o domínio dos
conhecimentos filosóficos e sociológicos necessários ao exercício da cidadania.
Partindo deste princípio, é preciso que a sociologia garanta ao educando do
Ensino Médio que, a partir do senso comum e de situações vivenciadas no cotidiano,
busque superar esse nível de compreensão de mundo, desenvolvendo assim uma
concepção científica qualquer atenda às exigências do homem contemporâneo,
crítico e transformador, por meio do qual se possa analisar a complexidade da
sociedade contemporânea. Os conteúdos devem ser abordados de modo claro,
dialógico, diferenciado do senso comum, tendo, por parte do aluno, a incorporação
de uma linguagem sociológica permitindo perceber a realidade e através de
conceitos explicar tal realidade. Permitindo ao educando agir como indivíduo ativo,
participante das dinâmicas sociais, fornecendo, para isto, elementos necessários
para a formação de um cidadão consciente de um mundo social, econômico,
político, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir diante desse mundo.
OBJETIVOS
- Identificar, analisar, comparar os diferentes discursos sobre a realidade e as
Teorias sociais;
- Desenvolver a criatividade relacionada a cultura;
- Compreender o papel da Sociologia relacionada às questões históricas, políticas e
sociais;
254
- Analisar e constatar as origens do Estado e de sua reorganização frente ao
mundo globalizado.
CONTEÚDOS
ENSINO MÉDIO - EJA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1. O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
- Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
- O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais
- Processo de Socialização;
- Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
· Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, entre
outros).
3. Cultura e Indústria Cultural - Desenvolvimento antropológico do conceito de
cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades
- Diversidade cultural;
- Identidade;
- Indústria cultural;
- Meios de comunicação de massa;
- Sociedade de consumo;
- Indústria cultural no Brasil;
- Questões de gênero;
- Cultura afro-brasileira e africana; Culturas indígenas.
255
4. Trabalho, Produção e Classes Sociais.
- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
- Desigualdades sociais: castas, classes sociais
- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
- Globalização e Neoliberalismo;
- Relações de trabalho no Brasil.
METODOLOGIA
No ensino da Sociologia propõe-se que sejam redimensionados aspectos da
realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais. É
preciso, entretanto, levar em conta as particularidades da Educação de Jovens e
Adultos, que tem por base o reconhecimento do educando como sujeitos do
aprendizado, um compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura
geral. Sendo assim, os conteúdos específicos deverão estar articulados à realidade,
considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à
ciência, às novas tecnológicas, dentre outras coisas.
Neste sentido, destacam-se os conteúdos específicos da disciplina não
precisam ser trabalhados, necessariamente, de forma sequencial, do primeiro ao
último conteúdo listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas
para compreensão, já que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua
apreensão sem a necessidade de uma “amarração” com os demais. Sugere-se, no
entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida contextualização do
surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas principais teorias na
análise/compreensão da realidade.
No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos
instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos
objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado
dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e
discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é
256
que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a
rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Portanto, o conhecimento sociológico deve ir além da definição,
classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da
realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar
problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-
noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da
autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á transformação social.
O aluno do Ensino Médio, independente da modalidade de ensino que
frequenta, deve ser considerado em sua especificidade etária e em sua diversidade
cultural, além de importantes aspectos como a linguagem, interesses pessoais e
profissionais, necessidades materiais, deve se ter em vista as peculiaridades da
região em que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que a
metodologia utilizada possa responder as necessidades desse grupo social. Deve
ser colocado como sujeito de seu aprendizado, não importa que seja a leitura, o
debate, a pesquisa de campo, ou análise de filmes, desde que seja constantemente
provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e reconstruir
coletivamente conhecimentos.
O livro didático público, ou outro material didático, devem ser considerados
como um apoio, uma vez que não esgotam ou suprem todas as necessidades de
ensino de Sociologia.
De acordo com as Leis nº 10.639/03, referente à História e Cultura Afro-
brasileira e Africana e nº 11.645/08, referente à História e Cultura Afro-brasileira e
Indígena e temas referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos serão
trabalhadas nas aulas sob o enfoque do processo de marginalização e exclusão dos
povos afro-brasileira africana e indígena, como era antigamente e como esta na
atualidade e também, desenvolver os temas relacionados aos Desafios
Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental, Educação Fiscal,
Sexualidade, Enfrentamento à Violência, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; a
Lei nº 11769/08, que trata da obrigatoriedade do ensino de música; Educação
Ambiental conforme Lei 9795/99; Educação Tributária (Decreto 1143/99) e Direito da
Criança e do Adolescente (Lei 11525/07), concomitante aos demais conteúdos.
257
AVALIAÇÃO
Faz-se necessário construir uma cultura avaliativa que propicie à escola
questionar o seu papel e comprometer-se com a construção e socialização de um
conhecimento emancipatório.
A avaliação é um meio e não um fim em si. É um processo contínuo,
diagnóstico, dialético e deve ser tratada como integrante das relações de ensino-
aprendizagem.
Para Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem é um recurso pedagógico
útil e necessário para auxiliar o educador e o educando na busca e na construção de
si mesmo e do seu melhor modo de estar na vida.
Na relação dialética presente na avaliação, o educando confronta-se com o
objeto do conhecimento que o levará à participação ativa, valorizando o fazer e o
refletir. Assim, o erro no processo de ensino e aprendizagem assume caráter
mediador, permitindo tanto ao educando como ao educador reverem os caminhos
para compreender e agir sobre o conhecimento, sendo um ponto de partida para o
avanço na investigação e suporte para a internalização.
O erro serve para direcionar a prática pedagógica, como diagnóstico que
permite a percepção do conhecimento construído. Com isso, descaracteriza-se o
processo de controle como instrumento de aprovação ou reprovação. Por outro lado,
o acerto desencadeia no educando ações que sinalizam possibilidades de
superação dos saberes apropriados para novos conhecimentos.
Nessa perspectiva, é necessário repensar os instrumentos de avaliação,
reavaliá-los e ressignificá-los para que, de fato, possam atingir seus objetivos; ou
seja, que tenham significado para o educando, que não exijam somente
memorização ou conteúdo específico para uma prova, que sejam reflexivos,
relacionais e compreensíveis.
Os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de
partida real, realizando a avaliação a partir das experiências acumuladas e das
258
transformações que marcaram o seu trajeto educativo. A avaliação será significativa
se estiver voltada para a autonomia dos educandos.
As Diretrizes da EJA afirmam que a avaliação não pode ser um processo
meramente técnico; exige o domínio de conhecimentos e técnicas com o uso, dentre
outros, de critérios claros e objetivos.
Cada vez mais, o sistema educacional deve estar orientado para ser agente
concretizador de mudanças comprometidas com os interesses das classes
populares, as quais buscam uma progressiva autonomia com participação,
especialmente para que se reduza a exclusão social.
Refletir sobre a prática de avaliação atual requer um olhar crítico e uma
projeção de metas definidas pela comunidade escolar, conforme um processo
gradual de mudanças que tenham como fim o aperfeiçoamento da avaliação escolar,
devendo se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada educando para que,
com isso, ele seja sujeito nas relações sociais. Essa expectativa de reformular a
prática de fato e de direito implica algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao
que se almeja conseguir.
Portanto, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica
deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando o
seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e
na construção da autonomia.
A avaliação no ensino de Sociologia, conforme proposta nas Diretrizes pauta-
se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam
afinados com os critérios de avaliação propostos em sala de aula.
Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e
ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de
crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um
pesquisador.
Nesse sentido, a avaliação também se pretende continuada, processual, por
estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a
constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da
autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e
259
aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates,
que acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo;
produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e
prática.
Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao
selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da
apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo,
expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.
Por fim, não só o aluno, mas também professores e a instituição escolar
devem constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e
principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.
· De forma contínua e participativa;
· Através de trabalho de pesquisa;
· Avaliação escrita;
· Apresentação de trabalho.
REFERÊNCIAS
COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.
Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação
Escolar Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.
História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações
étnicoraciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos
Temáticos).
PARANÁ. DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná. – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Sociologia.
Secretaria e Estado da Educação. Curitiba: SEED, 2008.
260
MORIN, Edgar. Sociologia; a sociologia do microssocial ao macro planetário.
Apartado 8: Publicações Europa-América.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
1. Apresentação da disciplina
O cenário do ensino de Língua Estrangeira no Brasil e a estrutura do currículo
escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,
política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de
ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais
contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos às novas gerações.
A Língua Inglesa continua a ser prestigiada pelos estabelecimentos de
ensino, por corresponder mais diretamente às demandas da sociedade.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna será norteado para um propósito
maior de educação.
Para Giroux (2004), é fundamental que os professores reconheçam a
importância da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global
educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da
língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e
da pedagogia não se separam.
Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço
para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de
modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de
significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda
que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis
de transformação na prática social.
261
A proposta adotada nestas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e nas
teorias do Círculo de Bakhtin2, que concebem a língua como discurso.
Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua
Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta disciplina na
Educação Básica.
Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva como
meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente curricular,
obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir
para formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que
permitam explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de
incentivar a pesquisa e a reflexão.
O ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe
superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm
marcado o ensino desta disciplina.
2. Objetivos Gerais
Estas Diretrizes estão comprometidas com o resgate da função social e
educacional da Língua Estrangeira Moderna na Educação Básica, de modo a
superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm
marcado o ensino desta disciplina.
Assim, espera-se que o aluno:
• usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
• vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
• ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
262
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar
as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um
norte comum na seleção de conteúdos específicos.
Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações
que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social,
objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e
o reconhecimento da diversidade cultural.
As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado;
relacionam-se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e
buscam entender-se mutuamente. Possibilitar aos alunos que usem uma língua
estrangeira em situações de comunicação – produção e compreensão de textos
verbais e não verbais – é também inseri-los na sociedade como participantes ativos.
Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os
envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em
situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma
mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social
do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do
comprometimento mútuo.
O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na diversidade
de gêneros textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da
linguagem, bem como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no
processo de construção de significados possíveis pelo leitor. Tendo em vista que
texto e leitura são dois elementos indissociáveis, e que um não se realiza sem o
outro, é importante definir o que se entende por esses dois termos.
A leitura, processo de atribuição de sentidos, estabelece diferentes relações
entre o sujeito e o texto de acordo com as concepções que se têm de ambos. O
trabalho proposto nestas Diretrizes está ancorado na perspectiva de uma leitura
crítica, a qual se efetiva no confronto de perspectivas e na (re) construção de
atitudes diante do mundo. A abordagem da leitura crítica extrapola a relação entre o
leitor e as unidades de sentido na construção de significados possíveis.
3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
263
O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social.
Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de
sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim,
define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso
como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de
oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso.
Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na
gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais
e escritos). O uso da língua efetua-se em formas de enunciados, uma vez que o
discurso também só existe na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005).
O discurso é produzido por um “eu”, um sujeito que é responsável por aquilo
que fala e/ou escreve. A localização geográfica, temporal, social, etária também são
elementos essenciais na constituição dos discursos.
No caso do ensino da Língua Inglesa na EJA, dadas as suas características,
o trabalho parte da exploração de diversos gêneros textuais que propiciam a
exposição do educando a língua dentro de um contexto, possibilitando a análise e
estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para criar a interação entre
as habilidades em cada contexto.
Consequentemente, o professor criará oportunidades para que os alunos
percebam a interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos,
das vozes que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso que os níveis de
organização linguística – fonético-fonológico léxico-semântico e de sintaxe – sirvam
ao uso da linguagem na compreensão e na produção verbal e não verbal.
O professor levará em conta que o objeto de estudo da Língua Estrangeira
Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala de
aula com os mais variados textos de diferentes gêneros.
Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico
é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, que dará, ao aluno, condições de
construir sentidos para textos.
264
O professor deve considerar a diversidade de gêneros existentes e a
especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de
estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino.
Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos, além de
elementos linguístico-discursivos.
Inicialmente, é preciso levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a
manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da
Língua Estrangeira ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o
projeto político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o
perfil dos alunos.
No ato da seleção de textos, o docente precisa se preocupar com a qualidade
do conteúdo dos textos escolhidos ao que se refere às informações, e verificar se
estes instigam o aluno à pesquisa e à discussão.
Recomenda-se que seja dada, aos alunos, a oportunidade para participar da
escolha das temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é justamente
possibilitar formas de participação que permitam o estabelecimento de relações
entre ações individuais e coletivas. Por meio dessa experiência, os alunos poderão
compreender a vinculação entre autointeresse e interesses do grupo. Além disso,
esta iniciativa poderá levar a escolhas de conteúdos mais significativos, porque
resultam da participação de todos.
Os conteúdos dos textos devem viabilizar os resultados pretendidos nas
diferentes séries de acordo com os objetivos específicos propostos no planejamento
do professor.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotadas como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas
diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade
com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada
uma das séries.
265
Na disciplina de LEM é fundamental que contemple aos conteúdos os “Desafios
Educacionais Contemporâneos” em todos os anos do ensino fundamental, que são
eles:
o Educação Ambiental;
o Prevenção ao uso indevido de drogas;
o Relações Étnico-Raciais;
o Sexualidade;
o Violência na escola;
o Conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos
indígenas brasileiros (LEI N.11.645, DE 10 DE MAIO DE 2008).
6º. ANO
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Função das classes gramaticais do texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA
• Tema do texto;
266
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• (informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
• Coesão e coerência;
• Função das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
• Pronúncia
7º ANO
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
267
• Função das classes gramaticais do texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);
Léxico;
• Coesão e coerência;
• Elementos semânticos;
• Função das classes gramaticais no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
268
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos.
• Pronúncia
8º ANO
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Função das classes gramaticais do texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
269
• Coesão e coerência;
• Elementos semânticos;
• Função das classes gramaticais no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia
9º ANO
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Função das classes gramaticais do texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
270
• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Elementos semânticos;
• Função das classes gramaticais no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica;
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
271
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
ENSINO MÉDIO
1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)
Identificação de diferentes gêneros textuais tais como: informativos, narrações,
descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders,
outdoors, placas de sinalização, etc.
Identificação da ideia principal de textos. (skimming)
Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal e
não verbal).
Inferência de significados a partir de um contexto.
Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, entre outros.
Inferência de significados das palavras a partir de um contexto. (cognatos, etc...)
1.1. Foco Linguístico
Verbo “To be” (presente e passado)
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e irregular)
e contínuo e futuro com will e going to, nas formas afirmativa, interrogativa e
negativa e condicional “Would”
Plural dos substantivos
Verbos regulares e irregulares
Pronomes demonstrativos
Comparativo e superlativo. (graus dos adjetivos)
Verbos Modais: Can, may, could, should, must.
Substantivos contáveis e incontáveis.
272
Some, any, no e derivados.
1.2. Vocabulário
O vocabulário relacionado aos temas abordados nas unidades de estudo e outros de
interesse pessoal do aluno.
GÊNEROS DE TEXTOS
COTIDIANA: Adivinhas, Álbum de Família, Anedotas, Bilhetes, Cantigas de Roda,
Carta Pessoal, Cartão, Cartão Postal, Causos, Comunicado, Convites, Curriculum
Vitae, Diário, Exposição Oral, Fotos, Músicas, Parlendas, Piadas, Provérbios,
Quadrinhas, Receitas, Relatos de Experiências Vividas, Trava-Línguas.
LITERÁRIA/ARTÍSTICA: Autobiografia, Biografias, Contos, Contos de Fadas, Contos
de Fadas Contemporâneos, Crônicas de Ficção, Escultura, Fábulas, Fábulas
Contemporâneas, Haicai, Histórias em Quadrinhos, Lendas, Literatura de Cordel,
Memórias, Letras de Músicas, Narrativas de Aventura, Narrativas de Enigma,
Narrativas de Ficção Científica, Narrativas de Humor, Narrativas de Terror,
Narrativas, Fantásticas, Narrativas Míticas, Paródias, Pinturas, Poemas, Romances,
Tankas, Textos Dramáticos.
CIENTÍFICA: Artigos, Conferência, Debate, Palestras, Pesquisas, Relato Histórico,
Relatório, Resumo, Verbetes,
ESCOLAR: Ata, Cartazes, Debate Regrado, Diálogo/Discussão Argumentativa,
Exposição Oral, Júri Simulado, Mapas, Palestra, Pesquisas, Relato Histórico,
Relatório, Relatos de Experiências, Científicas, Resenha, Resumo, Seminário, Texto
Argumentativo, Texto de Opinião, Verbetes de Enciclopédias.
IMPRENSA: Agenda Cultural, Anúncio de Emprego, Artigo de Opinião, Caricatura,
Carta ao Leitor, Carta do Leitor, Cartum, Charge, Classificados, Crônica Jornalística,
Editorial, Entrevista (oral e escrita), Fotos, Horóscopo, Infográfico, Manchete, Mapas,
Mesa Redonda, Notícia, Reportagens, Resenha Crítica, Sinopses de Filmes, Tiras.
273
PUBLICITÁRIA: Anúncio, Caricatura, Cartazes, Comercial para TV, E-mail, Folder,
Fotos, Slogan, Músicas, Paródia, Placas, Publicidade Comercial, Publicidade
Institucional, Publicidade Oficial, Texto Político.
POLÍTICA: Abaixo-Assinado, Assembleia, Carta de Emprego, Carta de Reclamação,
Carta de Solicitação, Debate, Debate Regrado, Discurso Político, Fórum, Manifesto,
Mesa Redonda, Panfleto.
JURÍDICA: Boletim de Ocorrência, Constituição Brasileira. Contrato, Declaração de
Direitos, Depoimentos, Discurso de Acusação, Discurso de Defesa, Estatutos, Leis,
Ofício, Procuração, Regimentos, Regulamentos, Requerimentos.
PRODUÇÃO E CONSUMO: Bulas, Manual Técnico, Placas, Relato Histórico,
Relatório, Relatos de Experiências, Científicas, Resenha, Resumo, Seminário, Texto
Argumentativo, Texto de Opinião, Verbetes de Enciclopédias.
MIDIÁTICA: Blog, Chat, Desenho Animado, E-mail, Entrevista, Filmes, Fotoblog,
Home Page, Reality Show, Talk Show, Telejornal, Telenovelas, Torpedos, Vídeo
Clipe, Vídeo Conferência.
4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto,
verbal e não verbal, como unidade de linguagem em uso. Antunes (2007, p. 130)
esclarece que [...] o texto não é a forma prioritária de se usar a língua. É a única
forma. A forma necessária. Não tem outro. A gramática é constitutiva do texto, e o
texto é constitutivo da atividade da linguagem. Tudo o que nos deve interessar no
estudo da língua culmina com a exploração das atividades discursivas.
Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde
os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do
gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de
informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,
274
Somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa
de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.
Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É
necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar
o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um
papel tão importante para o trabalho na escola.
A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira
Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não verbais.
A produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos,
que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.
A aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades
significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno
vincule o que é estudado com o que o cerca.
Na Educação de Jovens e Adultos o trabalho a ser desenvolvido com a língua
segue uma abordagem onde a mesma é vista como instrumento de interação,
investigação, interpretação, reflexão e construção, norteada pelos três eixos
articuladores: cultura, trabalho e tempo. Nessa concepção, levar-se-á em
consideração a realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos
e respeitando suas necessidades e características individuais, na certeza de que o
adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e responsabilidade quando se
vê envolvido no processo ensino-aprendizagem.
Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade
da Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância dos saberes
escolares frente à experiência social construída historicamente pelos educandos.
Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em
conta que o educando é parte integrante do processo e deve ser considerado como
agente ativo da aprendizagem, visto que ele traz saberes e estes vão interagir com
os saberes que ele vai adquirir.
Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve em
consideração que as habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e
compreensão auditiva – não são únicas, elas interagem de acordo com o contexto e
275
precisam ser vistas como plurais complexas e dependentes de contextos
específicos.
Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como
algo fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, onde toda a transformação, o
aspecto vivo da LEM, sua capacidade de se transformar em contextos diferentes,
toda diversidade da LE se perde.
Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,
principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as
necessidades regionais, que levem o educando a criar significados, posto que estes
não vêm prontos na linguagem.
As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os
alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua
Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua
Estrangeira.
O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por
sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma
prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e
percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso.
Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo
relevante porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles
existentes na memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às
informações materializadas no texto. Com isso, as experiências dos alunos e o
conhecimento de mundo serão valorizados.
O professor desempenha um papel importante na leitura.
Os alunos devem entender que, ao interagir com/na língua, interagem com
pessoas específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em
mente quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que.
Destaca-se ainda, que o trabalho com a produção de textos na aula de Língua
Estrangeira Moderna precisa ser concebido como um processo dialógico
ininterrupto, no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma
representação.
276
A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a
mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são
alguns elementos que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos
produzidos no contato com os textos. Não é preciso que o aluno entenda os
significados de cada palavra ou a estrutura do texto para que lhe produza sentidos.
O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando
necessário, de procedimentos para construção de significados usados na Língua
Estrangeira. Portanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na
medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas
apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as
reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos
alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é
necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. É reconhecer que
as novas palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos.
Passa a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o conhecimento dos
valores culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram participar.
Ao mesmo tempo, o professor propiciará situações de aprendizagem que
favoreçam um olhar crítico sobre essas mesmas comunidades.
Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor
ingênuo, mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda
que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e
próprios da comunidade em que está inserido. Da mesma forma, o aluno deve ser
instigado a buscar respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e
anseios relativos à aprendizagem.
Ao interagir com textos diversos, o educando perceberá que as formas
linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado,
mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social
de uso da língua ocorre.
Para que o aluno compreenda a palavra do outro, é preciso que se reconstrua
o contexto sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto.
277
O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita
ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em
Língua Estrangeira se transforme realmente em uma situação de interação, é
fundamental que o aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos,
sociopragmáticos, culturais e discursivos.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a
textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem
discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a
expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar
que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da
linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade
linguística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua
Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos
da língua que está aprendendo.
Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como
uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente
direcione as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual
o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso.
É preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja definido como um
sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo
imaginário, fundamental para a construção do seu texto e de sua coerência. Nesse
sentido, a produção deve ter sempre um objetivo claro.
A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento
de orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao
gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística
adequada – formal ou informal. Ao fazer escolhas, o aluno desenvolve sua
identidade e se constitui como sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é
essencial que se disponibilize recursos pedagógicos, junto com a intervenção do
próprio professor, para oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos,
sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção.
Nos textos de literatura, as reflexões sobre a ideologia e a construção da
realidade fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e
278
dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar
textos literários aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele
analise os textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um
determinado contexto sociocultural.
Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira
Moderna é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do
currículo para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter de
desenvolver projetos com inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que
alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua
Estrangeira. Por exemplo: as relações interdisciplinares da Literatura com a História
e com a Geografia podem colaborar para o esclarecimento e a compreensão de
textos literários.
As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão,
simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar
ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação
aos discursos apresentados.
Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não verbal, o professor
poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:
a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada
atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;
b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o
contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras
poderão ser feitas a partir do texto apresentado;
c) Variedade Linguística: formal ou informal;
d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a
diferença entre o ensino de gramática e a prática da análise linguística:
e) Atividades:
• Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.
Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o
assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet.
Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante,
também serão consideradas pesquisas.
279
• Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as
pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa
atividade poderá ser feita em Língua Materna.
• Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a
ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.
Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes
graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.
A bagagem de conhecimentos que o aluno trará em Língua Estrangeira será
diferenciada, pois os estabelecimentos de ensino possuem matrizes curriculares
diferentes, além disso, nem sempre o aluno terá estudado o mesmo idioma em
séries anteriores.
É importante tecer, também, algumas considerações sobre os livros didáticos
comumente utilizados como apoio didático pelo professor, materiais que têm
assumido uma posição central na definição de conteúdos e metodologias nas aulas
de Língua Estrangeira Moderna. Concepção de língua como sistema, estrutura
inflexível e invariável.
Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências
dos falantes.
Unidade privilegiada: a palavra, a frase e o período.
Unidade privilegiada: o texto.
Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de
unidades/ funções morfossintáticas e correção.
Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem
comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentidos.
Entende-se que muitos professores prefiram o trabalho com o livro didático
em função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso
a textos, figuras, etc. Suas vantagens também são percebidas em relação aos
alunos, que podem dispor de material para estudos, consultas, exercícios, enfim,
acompanhar melhor as atividades.
Além de descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se
que o professor utilize outros materiais disponíveis na escola: livros didáticos,
dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, etc.
280
A elaboração de materiais pedagógicos pautado nestas Diretrizes permite
flexibilidade para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como para
contemplar a diversidade regional.
Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor
proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o contato e a
interação com outras línguas e culturas. Desse encontro, espera-se que possa surgir
a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio linguístico.
Ressalta-se a importância do Livro Didático, que não esgota todas as
necessidades, nem abrange todos os conteúdos de Língua Estrangeira, mas
constitui suporte valoroso e ponto de partida para um trabalho bem sucedido em
sala de aula.
5. Recursos
Na aquisição do conhecimento, o professor deve estimular o aluno a fazer
pesquisa, leituras em livros, jornais e revistas.
Como apoio nas aulas de produção pode ser utilizado alguns recursos como
dicionário, mono ou bilíngue; glossário construído em sala de aula à medida que
avancem os temas; uma possibilidade é haver um rodízio da responsabilidade das
anotações entre os grupos de aprendizes, os quais estarão responsáveis por
transmitir aos demais o registro em sala; Guias de apoio, que contenham:
conjugações, elementos gramaticais e características dos tipos de textos em
estudos.
É preciso ter um material paralelo, recortado em jornais, revistas, prospectos,
na língua ensinada, para propor aos alunos.
O professor por propor a elaboração de novos textos a partir de modelos
apresentados.
É necessário construir instrumentos que permitam a aquisição do
conhecimento do aluno, como a utilização de vídeo, retro-projetor, gravador, CDs,
DVD, computador com acesso a internet, correspondências (cartas, e-mails), livros
didáticos.
281
6. AVALIAÇÃO
A avaliação escolar está inserida em um amplo processo, o processo de
ensino/aprendizagem.
Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o
processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor,
bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra
no percurso pedagógico.
É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente
pedagógico, observe a participação dos alunos e considere que o engajamento
discursivo na sala de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos
consistentes, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos
na turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e
Língua Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo
ao promover o desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989).
Colaboram como ganhos inegáveis ao trabalho docente, a participação dos
alunos no decorrer da aprendizagem e da avaliação, a negociação sobre o que seria
mais representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas
vencidas.
Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua
Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como resultado
do processo de aquisição de uma nova língua. Considera-se que, nesse processo, o
que difere do simples aprender, é o fato de que adquirir uma língua é uma aquisição
irreversível. Sendo assim, o erro deve ser visto como fundamental para a produção
de conhecimento pelo ser humano, como um passo para que a aprendizagem se
efetive e não como um entrave no processo que não é linear, não acontece da
mesma forma e ao mesmo tempo para diferentes pessoas. Refletir a respeito da
produção do aluno o encaminhará à superação, ao enriquecimento do saber e,
nesse sentido, a ação avaliativa reflexiva cumprirá a sua função.
A avaliação, enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como
apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação
282
reflexão ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno
carregado de significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os
alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar
dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.
A avaliação é um meio e não um fim em si. É um processo contínuo,
diagnóstico, dialético e deve ser tratada como integrante das relações de ensino-
aprendizagem.
Na relação dialética presente na avaliação, o educando confronta-se com o
objeto do conhecimento que o levará à participação ativa, valorizando o fazer e o
refletir. Assim, o erro no processo de ensino e aprendizagem assume caráter
mediador, permitindo tanto ao educando como ao educador reverem os caminhos
para compreender e agir sobre o conhecimento, sendo um ponto de partida para o
avanço na investigação e suporte para a internalização.
Deve-se considerar no Ensino Fundamental e na EJA que o erro serve para
direcionar a prática pedagógica, como diagnóstico que permite a percepção do
conhecimento construído. Com isso, descaracteriza-se o processo de controle como
instrumento de aprovação ou reprovação. Por outro lado, o acerto desencadeia no
educando ações que sinalizam possibilidades de superação dos saberes
apropriados para novos conhecimentos.
Nessa perspectiva, é necessário repensar os instrumentos de avaliação,
reavaliá-los e ressignificá-los para que, de fato, possam atingir seus objetivos; ou
seja, que tenham significado para o educando, que não exijam somente
memorização ou conteúdo específico para uma prova, que sejam reflexivos,
relacionais e compreensíveis.
Os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de
partida real, realizando a avaliação a partir das experiências acumuladas e das
transformações que marcaram o seu trajeto educativo. A avaliação será significativa
se estiver voltada para a autonomia dos educandos.
O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto
curricular, a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estão
envolvidos neste processo. A avaliação deve estar articulada com os objetivos e
283
conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos
priorizados pelas Diretrizes Curriculares da SEED/PR.
As explicitações dos propósitos da avaliação e do uso de seus resultados
podem favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua Estrangeira
e permitirem que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor desse
conhecimento.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do
Estado do Paraná. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br.
Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual João Turin.
FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia que
teve a sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino. A maior
preocupação na metodologia de ensino de Filosofia, é garantir que os métodos não
deturpem os conteúdos, pois na maioria das vezes ocorre uma estranhamento pelos
educandos referente a ausência de conclusões definitivas, nos conteúdos, por
exemplo moral e política. Essa é uma característica da Filosofia, conforme escreve
Russel (2001, p. 148), em Os Problemas da Filosofia:
O valor da Filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar finito, definido, óbvio; para ele, os objectos habituais não erguem problemas, e as
284
possibilidades infamiliares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrario, imediatamente caímos na conta de que até os objectos mais ordinários conduzem o espírito a certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. Embora diminua, por conseqüência, o nosso sentimento de certeza no que diz respeito aos que as coisas são, aumenta muitíssimo o conhecimento a respeito do que as coisas podem ser; varre o dogmatismo, um tudo –nada arrogante, do que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da duvida libertadora; e vivifica o sentimento de admiração, porque mostra as coisas que não são costumadas num determinado aspecto que não é.
Diante desse ponto de vista, a história do ensino da Filosofia, no
Brasil, nos apresenta inúmeras possibilidades de abordagem.
Depois de muitos anos de ausência nos currículos do ensino médio, a
filosofia retornou como disciplina, no ensino médio brasileiro e no ensino da EJA.
Foram longos anos de espera, calorosos debates e lutas para que se tornasse
realidade.
Vale lembrar que, com o advento do regime militar a filosofia foi
retirada do currículo escolar, assim como outras disciplinas de humanidades. Foi só
na década de 1980 que a filosofia foi vista como necessária na educação dos
jovens, pela necessidade de um desenvolvimento da consciência critica dos
estudantes. Se desejamos uma educação onde os jovens e adultos aprendam a
serem críticos, a filosofia pode ser um dos elementos desta formação, mas não é o
único e não pode ser o único. É relevante que haja uma interdisciplinaridade, para
que aumente a criticidade dos educandos.
A presença da filosofia nos currículos do Ensino da Educação de
Jovens e Adultos deve oportunizar aos estudantes a experiência do conceito, a
possibilidade de exercício do pensamento conceitual, assim podemos fazer de
nossas aulas, laboratórios de experiências de pensamento, onde cada educando
jovem ou adulto pode conceituar suas idéias, discutindo temas dominantes da
historia ou temas importantes da atualidade.
Perante essa perspectiva, o ensino de Filosofia na EJA, apresenta
inúmeras possibilidades de abordagem, que se constituíram ao longo da história da
285
Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que tendo
em vista os jovens e adultos, ganham especial sentido e significado político, social e
educacional.
De acordo com a Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional -
Lei nº 9394/96, em seu artigo 37, prescreve que a “educação de jovens e adultos
será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no
ensino fundamental e médio na idade própria”.
Na Educação de Jovens e adultos, existe uma diversidade muito
grande entre os educandos, com situações socialmente diferenciadas, por isso é
importante proporcionar aos educandos um atendimento especial, aproveitando
outras formas de socialização como expressão de cultura própria.
A função social da EJA se articula a um compromisso do Estado em
atender continuamente, enquanto houver demanda, esta população.
Esta proposta Pedagógica Curricular segue as orientações das
Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação de Jovens e Adultos no Estado do
Paraná, 2005. Que optou pelo trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como
conhecimentos basilares.
É de suma importância para os estudantes da EJA que seja efetuada
uma consideração histórica dos temas filosóficos, pois sem isto, a filosofia corre o
risco de tornar-se superficial.
O professor de filosofia deve motivar os alunos a refletirem e ter seu
pensamento próprio na atividade filosófica e assim criar seu próprio conceito.
Segundo Silvio Gallo: “O professor de filosofia, então, é aquele que
faz a mediação de uma primeira relação com a filosofia, que instaura um novo
começo, para então sair de cena e deixar que os alunos sigam suas próprias
trilhas”.
A Filosofia deve ter um compromisso com o seu tempo. Immanuel
Kant, por exemplo, que proclama a saída do homem do estado de incapacidade
(menoridade) em que jazia sob o peso da tradição e da autoridade. Desafia o
286
homem para que se atreva a servir-se da sua própria razão de forma pública,
atingindo sua maioridade. A base da formação pedagógica de Kant sustenta-se
numa razão que se efetiva como forma de pensar transcendental, isto é, como
universal e crítica, que permanentemente coloca sob julgamento seus próprios
fundamentos. Formar o sujeito crítico e transformador é o intento da filosofia e da
pedagogia iluminista.
A tarefa da filosofia é pensar minuciosamente o que já foi pensado.
Segundo Saviani, o pensamento deve ter origem, coerência e um conjunto de fatos,
devendo permanecer sempre assim. É um modo de pensar, uma postura diante do
mundo e da realidade, procurando a reflexão a partir de teorias, indo além dos
aspectos fenomenais, buscando sempre as suas raízes e seus contextos, abrange
os valores coletivos, morais, históricos, econômicos e políticos. Partindo do que é
real, abrindo possibilidades de outros mundos e outros modos de percepção da vida.
Em razão da impossibilidade de abarcar todo o âmbito do
conhecimento humano, parece mais plausível pensar numa restrição temática à
Filosofia, deixando-a tratar de certos temas. Nesse sentido, a filosofia teria um
âmbito de problemas específicos sobre os quais trataria. Assim, a lógica, a ética, a
teoria do conhecimento, a estética, a epistemologia são disciplinas filosóficas, tendo
uma função geral para o conhecimento em geral, seja para as ciências, a partir da
lógica, teoria do conhecimento, epistemologia, seja para os sistemas morais, a partir
da ética filosófica, seja para as artes, a partir dos conhecimentos estéticos.
“Quem se dedica à filosofia põe-se à procura do homem,
escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e
ação, desejoso de partilhar com seus concidadãos, do destino comum da
humanidade” (Karl Jaspers).
O perfil de cidadão que se torna necessário para uma sociedade
mais humana, mais justa, mais solidária, na contramão do neoliberalismo, exige:
capacidade de análise, capacidade de reflexão, gosto pelo estudo e pela
descoberta, gosto pelo desafio, espírito de inovação, comportamento ético. O ensino
da Filosofia deve contribuir na formação deste perfil exatamente porque um dos
aspectos definidores da Filosofia é sua índole desafiadora. E o ensino da Filosofia
287
deve privilegiar este aspecto da Filosofia em seu ensino. Com certeza transformar
as aulas de filosofia em aulas de auto-ajuda como se presencia nas escolas públicas
e particulares não é o caminho que buscamos.
CONTEÚDOS ESTUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA DE
FILOSOFIA
Os conteúdos estruturantes têm um sentido político, social e
educacional, considerando os jovens e adultos da EJA.
Em orientação das Diretrizes Curriculares Orientadoras do Estado do
Paraná, esta Proposta Pedagógica Curricular, propõem a organização do ensino de
Filosofia por meio dos seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do
Conhecimento; ética; Política e Filosofia da Ciência e Estética.
Estes conteúdos estruturantes estimulam trabalho da mediação
intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações
históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência
do conhecimento e as ações dela resultantes. Eles são dimensões da realidade que
dialogam entre si, e ainda, com as demais disciplinas.
O ensino da filosofia requer dos jovens e adultos compromisso consigo
e com o mundo. Por meio desse objetivo, esta Proposta Pedagógica Curricular,
juntamente com as Diretrizes, buscam justificar e localizar cada conteúdo
estruturante e indicam possíveis recortes a partir dos problemas filosóficos com os
quais os estudantes podem se deparar.
Os conteúdos básicos são conhecimentos fundamentais para a EJA,
são considerados relevantes para a formação conceitual dos Jovens e Adultos nas
diversas disciplinas.
O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de
escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é
responsabilidade do professor. Por serem conhecimentos fundamentais à EJA.
288
Os conteúdos básicos da disciplina da Filosofia para a EJA são:
Mito e Filosofia: Saber mítico, Saber filosófico, relação mito e filosofia,
atualidade do mito e o que é Filosofia.
Teoria do conhecimento: O ato de conhecer, as formas de
conhecimento, o problema da verdade, a questão do método.
Ética: Diferença entre ética e moral, pluralidade ética, ética e violência,
razão, desejo e vontade e liberdade.
Filosofia Política: O que é política, poder e força na política, liberdade e
igualdade política, política e ideologia e cidadania.
Filosofia da ciência: Concepções de ciência, a questão do método
científico, contribuição e limites da ciência, ciência e ideologia e ciência e ética.
Estética: Natureza da arte, filosofia e arte, belo e feio, gosto.
Além destes conteúdos, será analisada a importância histórica das
culturas afro e indígena na formação de nossa cultura brasileira, conforme solicita a
Lei n. 10639/03 Afro-brasileira, Lei n. 11645/08 Indígena.
Encaminhamento Metodológico
Como em qualquer disciplina escolar o professor deverá lançar mão
de recursos que enfatizem a participação dos alunos (técnicas de grupo), mas não
poderá abrir mão de sua responsabilidade em “dar aula”.
O encaminhamento metodológico do Ensino de Filosofia na EJA não
pode deixar de considerar a faixa etária dos alunos, jovens e adultos, e de seu
contexto social, onde a grande maioria trabalha durante o dia e frequenta a escola
no período noturno.
As práticas pedagógicas da EJA, deve levar em consideração os três
eixos articuladores propostos pelas Diretrizes Curriculares: Cultura, trabalho e
tempo, os quais deverão estar, intrinsecamente, ligados.
289
Na Educação de Jovens e Adultos têm por objetivo a formação
pluridimensional e democrática, para oferecer aos jovens e adultos a compreensão
sobre a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações.
Espera-se dos jovens e adultos do EJA a criação de conceitos
dentro da perspectiva pedagógica do conceito, e não na perspectiva acadêmica de
alta especialização. A criação de conceitos, em sua dimensão pedagógica, faz com
que os estudantes do EJA possam planejar um sobrevôo sobre o todo vivido, com a
finalidade de cortar e recortar a realidade em que vivem para criar conceitos. Este é
um processo no qual eles podem se apropriar, pensar e repensar os conceitos, que
são problematizados e investigados pela historia da Filosofia em função dos
próprios problemas.
Assim sendo, usar-se-á de procedimentos metodológicos que
propiciem a problematização, a investigação, o estudo, a pesquisa e a definição-
criação-compreensão de conceitos e realidade. Atividades e atitudes que permitam
memorizar, compreender, analisar, sintetizar, aplicar e avaliar, finalizando com
propostas de ação com base no conteúdo aprendido.
O professor também vai utilizar recursos tecnológicos, para ministrar
suas aulas, como vídeos, filmes, data show.
Critérios de Avaliação
O processo avaliativo é parte integrante da pratica pedagógica e
deve estar voltada para atender as necessidades dos educandos, considerando o
perfil e a função social da EJA, isto é, seu papel na formação da cidadania e na
construção da autonomia.
O professor de filosofia ao avaliar deve ter um profundo respeito
pelas posições dos jovens e adultos, mesmo discordando delas, porque deve avaliar
a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.
290
Ainda, na disciplina de Filosofia, a Avaliação deverá corresponder às
especificidades do conhecimento filosófico considerando que fazer Filosofia é
promover uma reflexão que exige retroceder, voltar atrás, retomar o pensado,
pensar o já pensado, que propõe um pensar marcado pela busca da radicalidade
pelo método (processo) rigoroso e pela perspectiva de conjunto, isto é, a Avaliação
deverá analisar o processo pedagógico como capaz de permitir a reflexão filosófica
que busca as raízes das questões, dos problemas, das situações, das coisas, de
forma rigorosa (métodos adequados aos seus objetos de conhecimento) e
contextualizada (relaciona o aspecto em estudo aos demais aspectos do contexto ou
realidade estudada de forma contemporânea ou histórica).
REFERÊNCIAS
APEL, Karl-Otto. O desafio da crítica total da razão e o programa de uma teoria filosófica dos tipos de racionalidade. Novos Estudos CEBRAP. São Paulo: n. 23, mar. 1989. p. 67-84.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando. São Paulo. Moderna. 2009.
_______________. Filosofia da educação. 2 ed. São Paulo, 1996.
CHAUÍ, Marilena et al. Primeira Filosofia: lições introdutórias. Sugestões para o ensino básico de Filosofia. 5. ed., São Paulo: Brasiliense, 1986.
DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel. São Paulo. Ática, 2000.
GALLO, Sílvio; KOHAN, W.O. (orgs) Filosofia no ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
GRAMSCI, Antonio. Concepção Dialética da História. Rio de Janeiro. Brasiliense. 1986.
_______. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba, 2009.
_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Filosofia – Ensino Médio. Curitiba, 2006.
_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006
291
SAVIANI, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 6 ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1985.
________. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná, Curitiba 2005.
PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRA TURNO:
MÍDIA
Título: A História do Brasil: nem tudo é peixe está na Rede.
Justificativa:
Considerando que o ensino da História enquanto disciplina escolar, exige
uma reflexão sistemática, rigorosa e quotidiana (DCE, 2006), esta proposta busca a
metodologia para que o ensino de História se torne cada vez melhor, permitindo
levar os alunos a se tornarem críticos, sabendo articular a teoria relacionada ao
processo e fatos.
292
O ensino atualmente deve utilizar os meios de comunicação como aliados do
processo de ensino-aprendizagem, integrando recursos tecnológicos e de
comunicação de massa com a educação escolar.
Conteúdos:
- Analisar as diferentes conjunturas históricas a partir das relações de trabalho, de
poder e culturais.
- Os conteúdos estruturantes, tomados em conjunto, articulam os conteúdos básicos
e específicos a partir das histórias locais e do Brasil e suas relações ou analogias
com a História - Geral. Ao enfatizar a integração da História do Brasil `a História
Geral, objetiva-se superar a visão de que os sujeitos históricos de significância
locais e nacionais seriam menos - importantes do que os de significância mundial.
Essa nova perspectiva permitirá estabelecer relações entre a sociedade brasileira e
as demais, como indígena, a africana e asiática.
Fundamentação Teórica:
Ao instrumentalizar o aluno para um pensar reflexivo, de uma realidade
dinâmica, através do dialogo que rompe com as verdades absolutas e centradas no
próprio aluno e seu grupo. O ensino de História permite ao aluno sustentar uma
visão de sistemas abertos, abrindo um leque de possibilidades preparando-os de
fato para a vida.
Rüssen (2001, p.30-36) cita que para o aluno compreender como se dá a
construção do conhecimento histórico é indispensável ir além dos documentos
escritos. Promover atividades que faça o uso de recursos mediáticos para a
produção do conhecimento, tornará o ensino de História mais dinâmico e
significativo aos alunos.
Objetivo Geral:
293
Levar o aluno a refletir sobre da tecnologia da informação e comunicação na
educação bem como envolver o aluno, o professor, a escola e comunidade por meio
das tecnologias disponíveis em ambientes de aprendizagem sejam eles virtuais ou
não.
Objetivos:
Tornar o ensino de História mais interessante; Equipar o aluno com
estratégias para realizar pesquisas; Despertar maior interesse por parte dos alunos
na disciplina de História; Produzir textos com auxílio dos recursos midiáticos;
Utilizar os recursos midiáticos como fonte de pesquisa e produção do conhecimento.
Encaminhamento Metodológico:
O ensino de História deve dar conta de superar desafios, de desenvolver o
senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, passando da
reprodução do conhecimento à compreensão das formas como ele se produz.
Partindo desse pressuposto, os alunos farão pesquisa utilizando os computadores
do laboratório de informativa, assistirão filmes e documentários apresentados na TV
Paulo Freire, farão leituras na biblioteca da escola, todo com temas relacionados
com a História do Brasil. Todos os temas serão levantados previamente pela
professora e pelo grupo de alunos.
O papel do professor será o incentivador, facilitador e mediador das idéias
apresentadas pelos alunos, de modo que estas sejam produtivas.
Infraestrura:
A proposta será aplicada no Laboratório de Informática e na Biblioteca desta
Escola, no período matutino.
Recursos materiais:
294
Caderno, pendrive, CDs, DVD, computador, televisão, sulfite, lápis, caneta,
borracha, tonner.
Resultados esperado:
Considerando que as mídias são o objeto e os conteúdos da disciplina são os
meios, espera-se o aluno utilize a tecnologia como ferramenta de pesquisa e
produção e de divulgação do conhecimento científico.
Critério de participação:
Alunos com baixo rendimento escolar. Alunos que apresentam dificuldades na
produção de textos, narrativa e leitura.
Alunos de 5ª a 8ª séries, matriculados no período vespertino, até o limite de 20.
Critério, estratégia e instrumentos de avaliação estabelecidos pela escola.
No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as
hipóteses e os domínios dos alunos e relaciona-los com mudanças que ocorrem no
processo e aprendizagem.
A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos diagnósticos
e possibilitar ao diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio
desempenho como docente refletindo sobre as intervenções didáticas e outras
possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.
Os alunos serão observados em variadas situações de aprendizagem,
levando em consideração o desempenho na realização das atividades propostas;
pesquisas direcionadas; apresentação oral e escrita das atividades desenvolvidas.
Serão analisados os crescimentos adquiridos com a aprendizagem,
respeitando as individualidades de cada aluno, assim como de aplicação dos
conhecimentos no seu cotidiano.
295
Esporte e Lazer - Esportes
MACROCAMPO
Instituição: Colégio Estadual João Turin – Ensino
Fundamental e Médio
Nível de Ensino: São Sebastião da Amoreira
Nível de Ensino: Fundamental e Médio
Macrocampo: Esporte e Lazer - Esportes
Turno: Vespertino
TURNOVespertino
CONTEÚDO
- História no decorrer do tempo;
- fundamentos Básicos;
- toque, manchete, saques e rodízio, levantamentos,
cortadas e bloqueios.
OBJETIVO
- Conscientizar os alunos de que tanto as regras do
jogo como as normas de convivência social, podem ser
modificadas a partir do momento em que a decisão seja
tomada de forma coletiva, não esquecendo que todos
são integrantes do mesmo grupo, com plenos direitos
de interferir e influenciar nas mudanças do bem comum,
adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e
solidariedade.ENCAMINHAMENTO
METODOLÓGICO
A metodologia a ser utilizada no desenvolvimento
da presente proposta de Hora Treinamento procurará
partir da realidade em que os alunos e o colégio estão
inseridos priorizando as Diretrizes Curriculares
Orientadoras da Educação Básica, bem como as
orientações contidas na Resolução nº1690/2011-
GS/SEED e Instrução nº004/2011-SUED/SEED. Serão
adotadas diversas estratégias, como aulas expositivas,
pesquisas individuais e coletivas sobre a modalidade
voleibol no nosso Estado e país utilizando as novas
tecnologias ofertadas pelo colégio: Data Show,
296
computadores do Laboratório de Informática, TV Pen
drive, DVDs, entre outros. Após a apresentação do
conteúdo, será aplicada nas aulas práticas toda a teoria
estudada, uma vez que ambas são indissociáveis.
Todas as atividades a serem desenvolvidas no
treinamento em questão privilegiarão um processo
interativo entre professor e alunos, uma vez que assim,
os exercícios físicos, os jogos e competições serão
mais significativos para todos os envolvidos. Ao
valorizar o esporte como conhecimento cultural humano
almejamos como possibilidades efetivas, o retorno dos
alunos ao prazer em realizar movimentos da cultura
corporal e a consciência dos benefícios da prática
esportiva para uma melhor qualidade de vida.
Assim, para o alcance dos objetivos propostos, o
treinamento deverá:
- Proporcionar aos alunos situações nas quais eles
sejam capazes de aplicar as regras, reelaborar
conceitos e idéias, numa atuação consciente e crítica,
promovendo aprendizagens significativamente
construídas;
- possibilitar situações para vivências de movimentos
corporais de várias formas, para que os alunos reflitam
sobre suas ações, compreendendo a sua utilização e
identificando-os nas diversas tarefas cotidianas;
- privilegiar a participação, a solidariedade, a
cooperação e o conhecimento cultural humano de uma
forma dinâmica e interativa;
- possibilitar, por meio das diversas situações propostas
nas aulas, a compreensão das razões das vivências
das manifestações culturais presentes nos esportes e
sua evolução dentro de um contexto social e político
297
humano;
- levar os alunos a identificar as ações motoras que
acontecem na medida em que as vivenciam durante as
aulas;
- favorecer, no decorrer das ações e atividades
propostas, a ampliação dos conhecimentos anteriores
sobre o movimentar-se que o aluno possui, para que
contribua na construção de novos conceitos corporais
construídos e vividos intensamente, percebendo-se
como um corpo em movimento e com possibilidades
diferentes de ação.
AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem considerada
enquanto elemento constituinte do processo
educacional deve estar coerente com os princípios que
sustentam o Projeto Político Pedagógico da escola
(PPP). Assim, ela não se reduzirá a um momento
pontual ou a períodos pré-determinados. Deve, antes
de tudo, indicar em que medida a prática pedagógica foi
capaz de conduzir a uma efetiva apreensão do
conhecimento.
Sendo a avaliação uma prática inserida no
processo de ensino e aprendizagem admite-se que o
aluno possa atuar como sujeito de sua própria
aprendizagem, um futuro cidadão mais crítico, mais
autônomo em seu conhecimento, mais participativo.
Tal procedimento avaliativo pode oportunizar a
utilização de vários instrumentos e dar condições para
que o aluno possa sugerir e refletir criticamente sobre
os conteúdos aprendidos.
Cada momento avaliativo, portanto, deve pautar-
se na efetivação de uma prática pedagógica que vise
298
uma formação humana, crítica e autônoma. Antes de
mais nada, faz-se necessário a procura de construir
com os alunos a visão de Educação Física enquanto
uma disciplina curricular que possui um corpo de
conhecimento a ser transmitido na escola e que a
avaliação vai sempre ser efetivada de acordo com o
que foi previamente estabelecido entre professor e
aluno, vai estar sempre relacionada aos
encaminhamentos metodológicos.
Nessa prática avaliativa, tanto o professor quanto
os alunos poderão rever o trabalho realizado e
identificar experiências realizadas durante o processo
de aprendizagem, identificando avanços e possíveis
dificuldades, objetivando retomar a trajetória para
superar as dificuldades diagnosticadas (DCES, 2011).
Nessa proposta pedagógica de treinamento da
modalidade voleibol a avaliação será processual e
diagnóstica e deve ser realizada por meio das seguintes
ações:
Participação dos alunos em torneios, organiza-
dos com o intuito de avaliação;
Participação nas atividades propostas, visando a
capacidade de cooperação dos alunos;
Observação da prática ativa de cada um, assidui-
dade e pontualidade não só como compromisso, obriga-
ção, mas como uma conduta tranquila e feliz;
Envolvimento na resolução de situações proble-
máticas propostas pelo professor;
Compreensão sobre o que foi proposto;
Apresentação dos fundamentos e algumas táti-
cas do voleibol;
Auto avaliação;
299
Avaliação em grupos, em formas de debates.
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO
- Obedecer às regras e adaptar-se às normas de
convivência social;
- Ter qualquer derrota como um estímulo para novas
conquistas;
- Superar desafios que se apresentam no dia a dia;
- Saber viver na coletividade interligada nas ações;
- Melhorar a sua performance para melhorar sua
qualidade de vida;
- Participar das atividades propostas.
PARA A ESCOLA
- Implantar esta atividade regulamentar na escola em
horário alternado ao período regular, no sentido de que
mediando a ação pedagógica no interior da escola com
o seu espaço de vivência podemos melhorar nossa
realidade social.
PARA A COMUNIDADE
- Formação de jovens com o compromisso com a
solidariedade e o respeito, devendo ser privilegiado o
esporte da escola e não somente o esporte na escola.
- compreender a função da escola e a sua proposta e
buscar formas de cooperar com ela.REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BERNARDINHO. Transformando Suor em Ouro. Sextante, 2006.
BREGOLATO, R.A. Texto de Educação Física no cotidiano escolar.
COSTA, Adilson Donizete da. Voleibol: Fundamentos e Aprimoramento Técnico. Sprint, 2001.
GONÇALVES, M.C.P. Aprendendo Educação Física.
GUILECINE, M.A. Qualidade de vida: Um programa prático para um corpo saudável.
300
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2011.
PARANÁ. Colégio Estadual João Turin - Ensino Fundamental. Projeto Político Pedagógico. São Sebastião da Amoreira, 2010.
SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
As salas de apoio à aprendizagem foram criadas tendo em vista o alto
número de alunos de 5ª séries, atualmente 6os Anos, com defasagem na escrita, na
leitura e no cálculo, numa tentativa de implementar uma ação pedagógica para
enfrentamento dos problemas apresentados por esses alunos e dar continuidade ao
processo de democratização e universalização do ensino, garantindo o acesso, a
permanência e a aprendizagem efetiva dos mesmo.
Para o funcionamento das salas de apoio serão contempladas as disciplinas
de Língua Portuguesa e Matemática.
A cada 3 turmas de 6os Anos, por turno, a escola terá direito a abertura de
demanda para uma sala de apoio à aprendizagem, não excedendo o número de 20
alunos.
A Carga horária disponibilizada para cada uma das disciplinas ( Língua
Portuguesa e Matemática) será de 4 horas – aulas semanais, devendo ser
ofertados, necessariamente , em aulas geminadas 2 (duas) a 2 (duas).
As aulas serão distribuídas juntamente com as demais, obedecendo o
cronograma do NRE, iniciando-se as turmas no início do ano letivo e logo que se
verifique a necessidade do aluno em receber reforço.
301
O suprimento deverá ser preenchido por professores habilitados nas
disciplinas ofertadas, preferencialmente com experiência em nos anos iniciais do
Ensino Fundamental.
O professor das salas de apoio à aprendizagem deverá assumir o
compromisso de desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que
atendam as diferenças individuais dos alunos e contribuam decisivamente para a
superação das dificuldades de aprendizagem.
O planejamento das atividades a serem desenvolvidas deverá ser elaborado
pelo professor responsável pelas salas de apoio, em conjunto com os professores
regentes das turmas de origem dos alunos e equipe pedagógica.
O encaminhamento do aluno para a sala de apoio é feito logo que se verifique
dificuldade do mesmo em acompanhar o desenvolvimento da turma, enviando – se
um comunicado aos pais informando-os da finalidade e importância das aulas de
apoio solicitando dos mesmos empenho no sentido de mandar a criança para a
Escola em horário contrário ao qual matriculado, uma vez que as faltas consecutivas
dos alunos é o principal problema enfrentado pela Escola quanto às salas de apoio.
A entrada do aluno na sala de apoio, bem como sua saída, deverá ser feito a
partir de avaliação diagnóstica e descritiva pelos professores regentes das
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática em consenso com os demais
professores da turma, assessorados pela Equipe Pedagógica da Escola.
A verificação do rendimento é realizado através de avaliação diagnóstica,
processual e descritiva , fornecendo informações que possibilitem aos professores
regentes, a tomada de decisão pela permanência ou não, de cada aluno na sala.
Durante a permanência do aluno na sala de apoio, seu desenvolvimento é
acompanhado e registrado em pareceres, os quais permanecem na pasta individual
do mesmo.
Ao final de cada semestre, caberá à Equipe Pedagógica da Escola, enviar aos
professores da Equipe de Ensino do Núcleo Regional de Educação responsáveis
pelas salas de apoio à aprendizagem, os relatórios preenchidos pelos professores
das salas de apoio sobre o desempenho escolar dos alunos.
302
SALA DE APOIO E A APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA
FUNDAMENTAÇÃO DA SALA
As salas de apoio foram organizadas devido à necessidade de se
implementar uma ação pedagógica com intervenção nas dificuldades de
aprendizagem identificadas nos alunos de 6º Ano do Ensino Fundamental, nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, conforme Resolução nº. 208/04 –
SEED, que regulamenta a sua criação.
Essa sala visa empreender uma ação para enfrentamento dos problemas do
ensino da Língua Portuguesa e estender o tempo escolar dos alunos de 5ª Série
com defasagens de aprendizagem na leitura e na escrita.
A cada três turmas de 6os Anos por turno da escola, formar-se-á uma turma de
alunos. Essas turmas deverão ser organizadas em grupos de até vinte alunos.
O atendimento nas salas de Apoio à aprendizagem deverá ser feito por um
professor de Língua Portuguesa, com 04 horas semanais, com cronograma definido
pela escola, em aulas geminadas de 2 (duas) a 2 (duas).
Deverão funcionar em horário contrário ao qual o aluno está matriculado.
O professor das salas de apoio à aprendizagem deverá assumir o
compromisso de desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que
atendam às diferenças individuais dos alunos e que contribuam decisivamente para
a superação das dificuldades de aprendizagem.
O encaminhamento do aluno para a sala de apoio à aprendizagem, bem
como sua saída, deverá ser feito a partir da avaliação diagnóstica e descritiva pelos
professores regentes das disciplinas, em consenso com os demais professores da
turma, assessorados pela equipe pedagógica da escola.
O planejamento das atividades a serem desenvolvidas deverá ser elaborado
pelo professor responsável pela sala de apoio à aprendizagem, em conjunto com os
professores regentes das turmas de origens dos alunos e equipe pedagógica.
OBJETIVOS
303
• Desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que
atendam as diferenças individuais dos alunos e contribuam
decisivamente para a superação das dificuldades de aprendizagem;
• Enfrentar os problemas relacionados ao ensino da Língua Portuguesa,
identificados nos alunos matriculados na 5ª Série do Ensino
Fundamental;
• Estender o tempo escolar dos alunos de 5ª Série com defasagens de
aprendizagem na leitura e na escrita;
• Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura e da escrita;
• Definir ações pedagógicas que possibilitem avanços no processo de
ensino do aluno;
• Planejar práticas de ensino, bem como encaminhamentos
metodológicos que venham suprir a defasagem do conteúdo;
• Encaminhar os conteúdos, propondo metodologias adequadas às
necessidades dos alunos;
CONTEÚDOS
ORALIDADE:
- Participa de debates, expondo suas idéias com clareza, coerência,
atendendo aos objetivos do texto e aos do interlocutor;
- Há progressão na argumentação (consistência argumentativa);
- Observa a concordância do gênero e número;
- Está gradativamente fazendo reflexão sobre a função dos usos de
variedades lingüísticas em diferentes situações de interlocução;
- É capaz de recontar o que leu ou ouviu;
- Tem seqüência na exposição das idéias;
- Tem adequação vocabular;
304
- Participa dos debates, de forma organizada;
- Percebe a diferença entre a oralidade e a escrita (marcas linguísticas,
gestos, expressão facial, pontuação e entonação);
LEITURA:
- Lê com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto
e sua relação com os sinais de pontuação;
- Localiza informações explícitas no texto;
- Percebe informações implícitas no texto;
- Reconhece o efeito de sentido do uso da linguagem figurada e/ou de sinais
de pontuação e outras notações;
- Reconhece a ideia central de um texto;
- Identifica a finalidade do texto, reconhecendo suas especificidades
(narração, poético, jornalístico, informativo, etc...);
- Reconhece os objetivos e intenções do autor do texto;
- Extrapola o texto em estudo, associando-o com outros textos lidos,
discutidos, etc.;
- Reconhece as condições de produção do texto de forma mais simples:
quando o texto foi produzido, quem o produziu, para quem, para que, onde foi
publicado;
- É capaz de dialogar com novos textos e/ou textos já lidos, posicionando-se
criticamente diante deles;
- Manipula o dicionário com autonomia para elucidar dúvidas ortográficas;
- Interpreta linguagem não exclusivamente verbal;
ESCRITA:
- Re-estrutura textos revisando os desvios do uso convencional da língua,
dando maior coerência, coesão e capacidade argumentativa na sua produção
escrita;
- Escreve com clareza, coerência e argumentação;
305
- Adequação à norma padrão;
- Há melhora na argumentação, isto é, procura dar sustentação argumentativa
nos textos que desenvolve, evitando o senso comum;
- Utiliza os sinais de pontuação;
- Utiliza os tempos verbais;
- Acentua as palavras devidamente.
- Reconhece maiúsculas e minúsculas, empregando-as na
escrita.
- Faz concordância verbal e nominal.
- Sabe transformar o discurso direto em discurso indireto e vice-versa.
- Elimina marcas da oralidade no texto.
- Utiliza adequadamente os elementos coesivos (pronomes, adjetivos,
conjunções...) substituindo palavras repetidas no texto.
METODOLOGIA
Para realizar um trabalho com a sala de apoio, é necessário um movimento
dialético entre teoria-prática-teoria. Nesse sentido, pode-se oferecer na sala de
apoio, instrumentalização aos alunos na realização de suas tarefa do cotidiano
como: leitura e análise de textos; utilização da mídia (TV, vídeo, rádio, etc.).
produção de textos, narração, descrição, parlendas, história em quadrinhos,
paródias, textos individual e coletivamente, leitura informativa, prazerosa, exposição
de idéias, debates, argumentação, recontar o que leu, o que ouviu, aula expositiva,
construção de cartazes com frases escritas dentro da norma padrão. Outras
práticas metodológicas que julgamos importantes são: entrevistas, visitas,
participação em palestras entre outras atividades que surgirem no decorrer do
período letivo.
RECURSOS
306
Para a sala de apoio é necessário que haja um grande número de recursos
materiais como: TV, vídeo, rádio, jornais, revistas, livros, palavras-cruzadas,
propagandas.
Com a utilização desses recursos pretende-se que os alunos com certa
dificuldade de aprendizagem possam avançar da sua prática social inicial.
AVALIAÇÃO
Nas salas de apoio à aprendizagem, a avaliação deverá ser diagnóstica,
processual e descritiva. Deverá fornecer informações que possibilitem aos
professores regentes, a tomada de decisão pedagógica pela permanência ou não,
de cada aluno na sala.
O professor da sala de apoio à aprendizagem registrará os avanços obtidos
pelos alunos na avaliação em fichas próprias para, posteriormente, decidir com a
equipe pedagógica e o professor regente, a permanência ou a dispensa dos
mesmos.
A Equipe Pedagógica enviará à Equipe de Ensino do NRE relatórios
semestrais sobre o desempenho escolar dos alunos, cujos dados serão enviados ao
DEF.
O assessoramento às escolas será efetivado pela Equipe de Ensino do
Núcleo Regional e Educação, de acordo com as diretrizes do Departamento de
Ensino Fundamental
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Resolução nº. 208/04 – SEED.
• Instrução Conjunta nº. 04/04 – SEED/ SUED/ DEF.
FUNDAMENTAÇÃO DA SALA DE APOIO NA DISCIPLINA MATEMÁTICA
307
A Sala de apoio visa a complementação dos conhecimentos matemáticos,
desenvolvendo no aluno as capacidades de comunicação, de resolver problemas, de
tomar decisões, de fazer interferências, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e
valores, de trabalhar cooperativamente, como condição de inserção na sociedade
moderna e de atuação em sua transformação.
Assim, este ensino deve ser organizado para adaptar-se ao nível de
conhecimento e progresso dos alunos com diferentes interesses e capacidades,
criando condições para sua inserção num mundo em mudança e ao mesmo tempo,
contribuir para desenvolver as capacidades que deles serão exigidas.
Em seu papel formativo a sala de apoio de matemática contribui para o
desenvolvimento de processos e a aquisição de linguagens e atitudes, podendo
formar no aluno a capacidade de resolver problemas.
OBJETIVOS GERAIS:
- Implementar uma ação pedagógica para enfrentamento dos problemas
relacionados ao ensino de Matemática e as dificuldades de aprendizagem,
identificadas nos alunos matriculados na quinta série do Ensino Fundamental, no
que se refere aos conteúdos de cálculo;
- Planejar práticas de ensino, bem como encaminhamentos metodológicos
que venham suprir a defasagem de conteúdo;
- Sistematizar o conhecimento matemático permitindo, a troca de
experiências, as discussões entre alunos e professores;
- Atender as diferenças de ritmos existentes na sala de aula e abrir um
espaço importante para a participação dos alunos na elaboração de coleções de
problemas mais significativos para eles.
Conteúdos:
- Números:
- Leitura e escrita dos números;
- Classificação e seriação;
308
- Antecessor e sucessor;
- Ordem (crescente e decrescente);
- Organização do S.N.D;
- Valor posicional do algarismo;
- Números naturais;
- Pares e ímpares;
- Igualdade e desigualdade;
- Números decimais e números fracionários.
Operações:
- Adição;
- Multiplicação;
- Subtração;
- Divisão;
- Noções de equivalência e proporcionalidade.
Medidas:
- Tempo;
- Noções de perímetro, área e volume;
- Transformações de unidades.
Geometria:
- Figuras planas e espaciais;
- Elementos das figuras planas e elementos das figuras espaciais.
Tratamento da Informação:
- Gráfico de colunas;
- Tabelas.
METODOLOGIAS E RECURSOS
309
Permitir ao aluno avançar a partir do ponto em que se encontra, garantindo
continuidade dos estudos. Para isso destacamos e enfatizamos que:
- As atividades devem possibilitar tanto o trabalho individual quanto em duplas
e grupos, garantindo que cada aluno possa se expressar;
- O trabalho em classe deve prever momentos de sistematização, que podem
ser feitos através de textos, desenhos ou outras representações, de modo a evitar
que o processo se resuma a uma sequência de atividades;
- Os registros e produções dos alunos devem ser adequados às atividades
para possibilitar descrição e análise do desenvolvimento e das dificuldades de cada
aluno;
- Na elaboração das atividades deve ser utilizada uma multiplicidade de
recursos, entre os quais jornais, livros paradidáticos, jogos, calculadora e livro
didático;
- Devemos garantir nos conteúdos ou temas uma articulação lógica entre
diferentes conceitos e ideias, assegurando maior significação para o aluno, deve ser
evitado o excesso de nomenclatura;
- A resolução de problemas deve continuar sendo o centro do trabalho.
AVALIAÇÃO
Para a sala de apoio, a avaliação deve abranger todo o trabalho realizado,
não ficando restrito a um só momento ou a uma única forma.
Desse modo, é preciso pensar sempre em como encaminhar o trabalho na
sala de aula,para que o aluno construa seu conhecimento de forma a desenvolver e
utilizar todo o seu potencial criativo e crítico, apropriando-se dos conceitos e da
linguagem matemática.
É necessário valorizar as experiências dos alunos e mobilizá-los para o
estudo, fazendo-os sentir-se capazes de ter êxito na aprendizagem da matemática.
Acreditamos que é preciso rever a forma como a matemática tem sido
trabalhada com esses alunos e indicar outros caminhos a percorrer para recuperar
seu entusiasmo e sua satisfação de aprender. Não se trata, portanto, de ensinar
310
menos ou de forma mais fácil, mas de envolvê-los através do desafio constante, dos
questionamentos, na busca dos porquês. O professor deve assumir o papel de
orientador atento e persistente, responsável por garantir ao aluno acesso ao
conhecimento matemático, selecionando conteúdos, escolhendo e organizando
estratégias de trabalho que garantam a aprendizagem, avaliando continuamente
estratégias, objetivos propostos e os resultados alcançados.
O objetivo do ensino de matemática é desenvolver nos alunos a capacidade
de identificar, formular, ler e resolver problemas, identificar padrões, fazer
generalizações, elaborar conjecturas, usar modelos, fatos, contra-exemplos e
argumentos lógicos para validar ou não, uma conjectura, perceber, conceber,
analisar e representar objetos geométricos.
Com isso estaremos possibilitando que os alunos possam progredir em seu
processo de escolarização e compreender melhor o mundo em que vive. Por isso
sugerimos que reflita não apenas sobre o que trabalhar, mas especialmente sobre a
forma como esse trabalho deve ser conduzido. A escolha dos temas de conteúdo
matemático deve vir a serviço da recuperação da autoconfiança e da vontade de
aprender desses alunos, bem como do desenvolvimento dos conceitos e habilidades
fundamentais para a continuidade dos estudos. Esse ensino não deve se restringir
aos números e a álgebra, abrindo espaço para a geometria, medidas e estatísticas,
de modo a garantir o desenvolvimento de diferentes formas de raciocínio e
habilidades, estabelecendo maiores elos de significação entre as diversas ideias
matemáticas.
BIBLIOGRAFIA
Ensinar e Aprender Projeto Correção de Fluxo do Estado do Paraná.
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná.
Giovanni, José Ruy, Giovanni Jr., José Ruy. Pensar e Descobrir. Editora F.T.D.
Bongiovanni, Vincenzo, Vissoto, Olimpio Rudinin, Laureano, José Luis Tavares,
Matemática e Vida – Editora Ática.
311
SALA DE RECURSOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM
A Sala de Recursos e Distúrbios da Aprendizagem (DM), instalada neste
estabelecimento de ensino no dia 04/04/2.005, é um serviço de apoio pedagógico
especializado, ofertado em período contrário ao que o aluno frequenta a classe
comum e visando a complementação e /ou suplementação de saberes, o que, por
sua vez, torna a flexibilidade curricular e dinamicidade metodológica, o ponto de
partida desse trabalho.
O professor apto a conduzir essa modalidade de ensino em Educação
Especial deve possuir curso adicional na área em que atua. A admissão, entretanto,
faz-se por meio de Concurso Público.
O currículo a ser desenvolvido é o das diretrizes curriculares nacionais para
as diferentes séries do ensino fundamental.
As séries iniciais (5ª/6ª) transformam o currículo em um processo constante
de revisão e adequação. Os métodos e técnicas, recursos educativos e
organizações da prática pedagógica por sua vez, tornam-se elementos que
permeiam os conteúdos.
A intervenção pedagógica específica poderá ser desenvolvida através de
pequenos grupos ou individualmente, com cronograma de atendimento de 40
minutos a (no máximo) 2 horas diárias, não perpassando, entretanto, o total de 6 h
semanais.
A aceitação, tanto dos pais como dos alunos, é percebida de modo favorável
a partir da assiduidade dos educando e participação constante dos pais na escola.
O rendimento é feito a partir de verificação constante de assimilação e
progresso dos alunos em sala de aula, é em consonância com os professores das
séries do ensino regular e a partir de relatório de aproveitamento semestral feito pela
professora da sala de Recursos.
PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA – PDE 2009
PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO
312
Professora PDE: Sara Rocha da Silva Marques
Nome do Evento
“Letramento digital”
‘Sem a presença do educador letrado digitalmente será difícil pensar que as novas
tecnologias podem, sozinhas, revolucionar a educação" (Jose Armando Valente).
Apresentação
Este curso de capacitação pretende contribuir para a inclusão digital de profissionais
das diversas áreas de atuação dentro da educação para que estes se familiarizem,
sejam motivados e preparados para o uso significativo de recursos tecnológicos nos
diversos aspectos de sua vida, da sociedade e da prática pedagógica.
Objetivos
• Desenvolver habilidades necessárias para o uso correto do
computador e de programas, que possibilitem a elaboração e edição de textos
e de apresentações multimídia, o desenvolvimento de comunicação
interpessoal, interatividade, navegação e pesquisa de informações, produção,
cooperação e publicação de textos na Internet;
• Contribuir para a inclusão digital de profissionais da educação, buscando
familiarizá-los, motivá-los e prepará-los para a utilização significativa de
recursos tecnológicos (Sistema Operacional Linux e Software Livre);
• Aprimorar o processo de aprendizagem dos seus alunos, tanto em nível de
conhecimento específico como de formação geral;
• Adaptar-se aos novos processos tecnológicos que tragam alguma forma
diferenciada de trabalhar com alunos portadores de necessidades
educacionais especiais.
Público alvo
d) Direção
e) Equipe pedagógica
313
f) Professor
g) Demais atuantes nas escolas da rede estadual de ensino, que busquem
aprimorar conhecimentos básicos de informática.
Modalidade
Presencial com complementos de atividades à distância
Número de vagas
19
Período previsto para a realização
• Início: 21/09/2010
• Término: 23/11/2010
Duração: 40 horas
• 8 encontros presenciais de 3 horas
• 8 atividades a distância de 2 horas
Critérios de participação e seleção do cursista
• Preenchimento de formulário de inscrição.
• Noções iniciais de informática e internet, tais como ligar/desligar computador,
domínio do mouse, abrir/fechar um navegador de internet, etc.
Metodologia
As aulas de capacitação acontecerão no Laboratório de Informática do Paraná
Digital na Escola Estadual João Turin do município de São Sebastião da Amoreira,
pertencente ao núcleo de Cornélio Procópio – Paraná. As aulas acontecerão as
terças-feiras no período noturno a partir das 19:00 h, o cursista que não puder
comparecer neste dia, poderá fazer a reposição na quarta feira às 13:00 h.
Recursos
• Apostilas impressas
• Pendrive
314
• Data Show
• Computadores
• Conexão com a Internet do PRD
• Correio Eletrônico
Cronograma
PERÍODO DURAÇÃO AÇÃOJunho/2010 Apresentação da Proposta de intervenção para a
direção e equipe pedagógica da escolaJunho/2010 Apresentação da Proposta de Intervenção para os
professores da escolaAgosto/2010 Inscrição para o curso de Introdução à Alfabetização
DigitalAgosto/2010 Aplicação do questionário de diagnósticoSetembro/2010 3h 1ª Aula: Introdução à Informática BásicaSetembro/2010 3h 2ª Aula: Navegação, pesquisa na Internet, noções de
NetquetaOutubro/2010 3h 3ª Aula: Correio Eletrônico (Expressomail, gmail, etc)Outubro/2010 3h 4ª Aula: Conversão de Arquivos através do “Zamzar”Outubro/2010 3h 5ª Aula: Apresentação de SlidesNovembro/2010 3h 6ª Aula: Planilhas EletrônicasNovembro/2010 3h 7ª Aula: Criação de BlogsNovembro/2010 3h 8ª Aula: Criação de página de PBworksObs: Ao final de cada aula será disponibilizado ao cursista atividades complementares que deverão ser realizadas à distância perfazendo um total de 16 horas.
Avaliação:
Serão consideradas, para fins de certificação, a frequência de no mínimo 75% nos
encontros presenciais de formação e as atividades produzidas pelo cursista ao longo
do curso, segundo as orientações e os critérios fornecidos em cada Unidade de
Estudo e pelo tutor do curso. No último encontro presencial será fornecido aos
cursistas um formulário contendo questões que irão avaliar o curso como um todo os
materiais impressos, a atuação do tutor, o crescimento, o aproveitamento dos alunos
e as condições materiais de realização dos trabalhos.
Certificação
315
A certificação ficará sob a responsabilidade da UENP (Universidade Norte Pioneira)
de Jacarezinho representada pelo Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE e pela Secretaria Estadual de Educação. Constituem critérios para a obtenção
do certificado: 75% de freqüência/participação nas atividades.
Frequência
Para certificação, o cursista deve cumprir a carga horária prevista de 24h nos
encontros presenciais e 16h para as atividades à distância. Caso, por motivos
maiores, o cursista falte em 01 (um) encontro, este terá o direito de repor o conteúdo
e carga horária do mesmo. Esta reposição será agendada pelo docente do curso,
em data específica, após a análise da justificativa da falta.
Referências
BRASIL, MEC. Guia de Tecnologias Educacionais. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/guia_tecnologias_atual.pdf>
Acesso em 05/05/2010.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: O futuro do Pensamento na era da
Informática. Rio de janeiro: Editora 34, 1993.
MORAN, J. M.; MASETTO, M.T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação
pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.
MORAN, J. M. A integração das tecnologias na educação. Disponível em:
<http://www.eca.usp.br/prof/moran/integracao.htm>. Acesso em 17/09/2009
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Centro de Excelência em Tecnologia
Educacional do Paraná. Tecnologia na Educação. Disponível em: http://www.dia-
adia-educacao.pr.gov.br, acesso em 23/04/2010.
Integrantes do Projeto:
316
Sara Rocha da Silva Marques – Tutora, Ana Lícia Vidotti, Aurea Rodrigues
Ramalho, Cleuza Luiza dos Santos Vala, Cleuza Rosa Gaspar Siqueira, Cleuza Vaz
Pereira Lima, Dirce Nery Santos, Elenice Felis da silva, Elizene Aparecida Silva
Casaçola, Elizeth Maria de Oliveira, Elizabeth França Lopes, Exilaine Gaspar, Laura
Mikiko Ogasawara, Leonice Vendrametto da Costa, Luciane Romanisio Francischini,
Magna Lucia Furlanetto Gaspar, Maria Aparecida Leandro, Maria Francisca da Silva
e Shirlei Bueno de Oliveira.
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR:
O Calendário Escolar é elaborado de acordo com a lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – Lei 9394/96, a qual estabelece o mínimo de 800 horas,
distribuídos por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar e Lei
complementar Estadual n.º 103/2004, que instituiu o Plano de Carreira do Professor
da Rede Estadual de Educação Básica e Deliberação n.º 02/02 – CEE que incluiu no
período letivo, dias destinados a atividades pedagógicas.
Serão considerados como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas
organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e
inseridas no seu planejamento anual, desde que não ultrapasse 5% do total de dias
letivos estabelecidos em lei, ficando garantidos os 30 dias de férias e 30 dias de
recesso remunerados para o professores e 60 dias de férias para os alunos.
Ao elaborar o Calendário a Escola levou em consideração as sugestões do
NRE ao qual está jurisdicionado, a demais escolas do município, inclusive ao
Departamento Municipal de Educação, em razão do transporte escolar oferecido
pelo município garantindo a frequência dos alunos da Zona Rural.
320
Com relação as reuniões pedagógicas, Conselho de Classe, recessos e
feriados municipais, é resultado de discussão entre Equipe Técnico Pedagógica,
Direção, Professores, Conselho Escolar, APMF.
Quanto a capacitação dos professores e funcionários geralmente vem
contemplada no Calendário Escolar no início e meio do ano letivo fora das 800 horas
estabelecidas pela LDB em consonância com o Parecer do Conselho Estadual da
Educação.
As atividades de cunho pedagógico poderão ser realizadas desde que efetive
a participação dos alunos sob orientação dos professores, podendo ser realizados
em sala de aula ou em locais adequados a efetivação do processo ensino-
aprendizagem em atividades culturais e/ou esportivas com a comunidade escolar,
com apoio da APMF, estagiários das instituições de Ensino Superior, palestras,
filmes, teatros e outros.
O Calendário Escolar será elaborado ao final de cada ano letivo com
aprovação e apreciação do Conselho Escolar e após posterior homologação do
NRE, passará a vigorar no ano seguinte.
FORMAÇÃO CONTINUADA
A Formação Continuada é condição essencial para que a escola possa
construir o seu projeto político pedagógico, a participação de todos, e, em especial,
de seus docentes.
Hoje, a formação continuada de professores e a formação consistente de
todos os profissionais da educação desencadeia a curto e médio prazos a
construção de conhecimentos por todos seja realizando pesquisas, desenvolvendo
suas práticas pedagógicas pautadas num diálogo sempre aberto às novas
metodologias e concepções educacionais interacionistas e histórico-social
considerando que a escola deve formar para a cidadania ativa e para o
desenvolvimento.
A educação básica de qualidade para todos é uma das condições
fundamentais para acabar com a miséria. O coletivo da escola deve apostar em
321
novos processos educativos, em novas metodologias de ensino e na formação
daqueles que são e serão os incentivos ao projeto folhas, tanto pesquisa como
formação, educadores das atuais e futuras gerações. As pessoas re-significam suas
experiências, refletem sobre suas práticas, resgatam, reafirmam e atualizam valores,
explicitam seus sonhos e utopias, demonstram seus saberes, dão sentido aos seus
projetos individuais e coletivos, reafirmam suas identidades, estabelecem novas
relações de convivência e indicam um horizonte de novos caminhos, possibilidades
e propostas de ação. Esse movimento visa à promoção, transformação necessária e
desejada pelo coletivo escolar e comunitário. São estudados materiais específicos
(revistas, livros, fitas de vídeo, etc.) com momentos para trocas de experiências
entre Professores e Equipe Técnico Pedagógica, melhorando o uso de informações
e a qualidade das relações pessoais. Os Grupos de Estudos são realizados aos
sábados para os Professores, resguardando seu trabalho em sala de aula.
Antes de efetuar os estudos, faz-se uma sondagem para identificar as
prioridades dos Professores frente aos conteúdos, seus conhecimentos da disciplina
que regem e sobre os conteúdos que seus colegas ensinam.
Todos os profissionais da escola participam dos cursos ofertados pelo NRE
que são os seminários, cursos de curta duração, projeto de pesquisa, etc. Todos os
nossos professores tem especialização.
No início do ano letivo, os Professores, Equipe Técnico Pedagógica e Equipe
Administrativa, traçam suas metas de trabalho no sentido de promover
aprendizagem de qualidade nos alunos.
Também participam dos Projetos: Contação de Histórias, Projeto Folhas,
Agenda 21, Agrinho, Seminários em diversas áreas (Faxinal do Céu e Curitiba).
No presente ano letivo os profissionais do colégio estão participando de
estudos para agilização da equipe multidisciplinar.
322
ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS INTERNOS E
EXTERNOS À ESCOLA.
O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio, valoriza todos
os níveis de participação da escola não se limitando ao seu interior e ao entorno
imediato dela, cumprindo seu papel de Instituição Social e Democrática, embasada
na LDB e Diretrizes Curriculares Nacionais, contribuindo para o exercício da
cidadania e para o aperfeiçoamento da democracia.
As práticas pedagógicas desenvolvidas pela escola em questão, são
pautadas nas políticas emanadas pela SEED, proporcionando metodologias de
trabalho diversificadas em suas salas de aula, sala de vídeo, biblioteca, pátio
escolar, quadra de esportes, enfim, espaços internos e externos à escola.
O Colégio Estadual João Turin, oferece até o presente momento, o Ensino
Fundamental Regular de 5º a 9º ª anos e a Educação de Jovens e Adultos Fase II e
Médio. Esses cursos são fornecidos nos períodos matutino, vespertino e no período
noturno, ficando estruturados da seguinte forma:
Ensino Fundamental
6° Ano7º Ano8º Ano9º Ano
Os horários de funcionamento são:
Período matutino: das 7:30 às 11:50 h
Período Vespertino: das 13:00 às 17:20 h
Período Noturno: das 19:00 às 23:10 h
A Educação de Jovens e Adultos é ofertada no período noturno, sendo
organizada da seguinte forma: Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio na
organização individual e coletiva.
Toda essa organização da EJA está explicitada na Proposta Pedagógica
Curricular dessa modalidade que encontramos na sequência desse PPP.
Contamos com 6 salas de aula no pavilhão interno da escola, assim como 1
sala de vídeo adaptada, 1 sala para secretaria adaptada, 1 sala de professores
323
adaptada, sendo todas arejadas e com boa iluminação. Temos ainda 1 sala de
direção, 1 sala de supervisão e 1 sala de Orientação, 3 banheiros com 1 sanitário
cada, para funcionários e 1 banheiro masculino e 1 feminino, ambos com 4
sanitários em cada um, para os alunos.
No pavilhão externo contamos com 7 salas de aulas arejadas e com boa
iluminação, 1 sala para Artes e 1 para almoxarifado, sendo que a 1ª. foi construída
com recursos da APMF, banheiros masculino e feminino ambos com 3 sanitários
cada, 1 cantina comercial, 1 cantina convencional e um bom refeitório, 1 quadra de
esportes sem cobertura, 1 passarela para alunos na entrada, 1 passarela de ligação
entre os dois pavilhões e áreas cobertas em frente as salas externas, a cantina
comercial 1 sala para biblioteca, 1 despensa para cada cantina. O pátio da escola é
em grande parte pavimentado sendo que foi separada uma parte para servir de
estacionamento. Não está pavimentado totalmente como forma de preservar
espaços naturais. A casa do vigia é de madeira e fica mais próxima ao pavilhão
externo.
A biblioteca está organizada com seu acervo dividido por área de estudo como
forma de facilitar a consulta dos títulos disponíveis. Há um computador que fica
disponível aos alunos com a orientação da bibliotecária que é uma funcionária da
Equipe Administrativa que presta serviços inerentes a função.
A quadra de esportes é realmente utilizada para a sua especificidade,
proporcionando mais espaços alternativos para as práticas escolares: reuniões,
palestras, cursos, campeonatos, confraternizações, entre outros.
Para os eventos maiores que envolvem toda a comunidade escolar e local,
são utilizados os espaços do Centro Cultural e do Centro Recreativo de Lazer do
município. Outro espaço utilizado em algumas ocasiões é o Iate Clube Amoreira e
viagens a outros centros como Londrina, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Beto
Carreiro World na busca de complementação de estudos e lazer.
Para organizar as turmas seguimos as orientações da SEED, as turmas são
divididas por ordem alfabética, que regulamenta em salas regulares o mínimo de 35
alunos e o máximo de 40 alunos, adotando 1 m2 quadrado por aluno e 3 m2 para o
professor . Em salas especiais, onde a modalidade oferecida nesta Escola é a “Sala
324
de Recursos”, o número mínimo exigido é 8 e o máximo 30 alunos e Sala de Apoio
que permite no máximo 20 alunos por turma.
Para a organização das turmas contamos com doze salas de aula para o
Ensino Regular e uma sala menor para Educação Especial. Todas as salas são
utilizadas no período da manhã para atender a demanda e a preferência da
comunidade escolar. A Escola funciona em três turnos de atendimento. As aulas têm
duração de cinqüenta minutos e o horário das mesmas é organizado de maneira a
agrupar as disciplinas do núcleo comum para ter um melhor rendimento do ensino.
No período da manhã às aulas tem início às 730 h e o término às 11:50 h. Este turno
é composto de doze turmas sendo: três turmas de 5ª série, três 6ª séries, três
turmas de 7ª séries e três 8ª séries.
O período vespertino tem início às 13:00 h e término às 17:15 h. Nesse
período são ofertadas onze turmas, pois é o suficiente para atender esta demanda,
uma vez que neste horário é menor a procura pelos pais, contamos com quatro
turmas da 5ª série, duas 6ª séries, uma 7ª série e uma 8ª série.
Tanto no Ensino Fundamental (Regular), Educação de Jovens e Adultos,
Salas de Apoio e Salas de Recursos, as aulas são distribuídas seguindo as políticas
emanadas pela SEED. Contamos com professores habilitados para todas as
modalidades ofertadas. As aulas são distribuídas primeiramente aos professores
efetivos e a Equipe da Direção segue uma classificação que ordena tal distribuição.
PLANO DE AÇÃO PARA ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL:
Através das dimensões avaliadas e seus respectivos indicadores a escola
formulará algumas questões para os alunos, pais, Professores, diretores e outros
componentes das instâncias colegiadas para estarem refletindo, dialogando e
buscando, alternativas para sugerir uma tomada de decisão sobre todos os aspectos
e segmentos da escola que estiverem apontando necessidade de estarem sendo
redimensionados. (sugestões) SEED – SUED
Nome da Escola:
Tempo avaliado:
325
AVALIANDO A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
Dimensão Indicadores Problemas detectados
AçõesMelhorias
Responsável
Prazo
Ambiente educativo
-Amizade e solidariedade;-Alegria;-Respeito ao outro;-Combate a discriminação;-Disciplina;-Respeito aos direitos das crianças;
Prática Pedagógica
-Proposta definida e conhecida por todos;-Planejamento;- Contextuali-zação;-Variedade de estratégias e dos recursos de ensino aprendizagem;-Incentivo à autonomia e ao trabalho coletivo;-Prática Pedagógica inclusiva;
Avaliação -Monitoramento do processo de aprendizagem dos alunos;-Mecanismo de avaliação dos alunos na avaliação de sua aprendizagem;-Avaliação do trabalho dos profissionais da escola;-Acesso,
326
compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação da escola e dasredes de ensino.
Gestão Escolar Democrática
-Informação democratizada;-Conselhos escolares atuantes;-Participação efetiva de estudantes, pais e comunidade em geral;-Parcerias locais e relacionamento da escola com os serviços públicos;-Tratamento aos conflitos que ocorrem no dia-a-dia daescola;-Participação da escola no programa dinheiro direto na escola;-Participação em outros grupos, programas de incentivo à qualidade da educação do Governo Federal, dos Governos Estaduais ou municipais.
327
Dimensão Indicadores Problemas detectados
Ações- Melhorias
Respon-sável
Prazo
Formação e condições de Trabalho dos Profissionais da Escola
-Habitação;-Formação Continuada;-Suficiência da Equipe Escolar;-Assiduidade da Equipe Escolar;-Estabilidade da Equipe Escolar.
Ambiente Físico Escolar
-Suficiência: disponibilidade de material, espaço ou equipamento quando deles se necessita;-Qualidade: adequação do material, à prática pedagógica,Boas condições de uso, conservação, organização,Organização beleza etc.
Acesso Permanência e sucesso na escola
-Número total de faltas dos alunos;-Abandono e evasão;-Atenção aos alunos comalguma defasagem deaprendizagem;-Atenção às necessidades Educativas da comunidade
328
SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA TRAZER DE VOLTA ALUNOS QUE
ABANDONARAM A ESCOLA:
- O trabalho será realizado por grupos de pessoas que fazem parte da escola:
alunos, professores e outras pessoas da comunidade escolar;
- Formar grupos menores;
- Formular um questionário para ser respondido pelo aluno ( com ajuda dos pais
se necessário
- Coletar dados e montar um quadro de opções;
- Verificar as razões;
- Montar uma tabela para ser contabilizado e visualizado o resultado da pesquisa;
- Dar suporte para promover o processo de readaptação dos alunos que voltarem
a frequentar as aulas durante o ano.
INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS (AVALIAÇÃO DA REAL
FUNÇÃO DA ESCOLA EM RELAÇÃO À SOCIEDADE).
A escola procura acompanhar os ex-alunos preocupando sempre com seu
bem estar e orientando-os para obter sucesso na vida e na sociedade.
Para o atendimento aos alunos egressos, principalmente daqueles que se
evadiram, que reprovaram e deixaram de estudar na época certa, as instância
colegiadas do estabelecimento irão propor uma avaliação diagnóstica para detectar
o nível de conhecimento que o aluno possa apresentar, com o objetivo de fazer o
atendimento coletivo e individual, na perspectiva que se cumpra o direito a
Educação garantida pela constituição (art.205 e 206) e pela LDB.
A avaliação diagnóstica será realizada através de observações e atividades
escritas para serem analisadas pelo professor, equipe e alunos.
Projeto de aulas reforços estará sendo disponibilizado em períodos alternado:
como pré ou pós-período de aula, podendo ser conferidos no período de hora
atividade do professor, dependendo das disponibilidades dos envolvidos.
Para os alunos que terminaram o curso, que necessitam voltar a escola para
realizarem seus estágios de curso superior, será ofertado apoio da equipe e dos
professores para que eles possam fazer observações com sala de aula, participando
329
de projetos, podendo ministrar suas aulas com respaldo e disponibilidade dos vários
seguimentos da escola, como também, de acesso aos conteúdos do currículo ,
ambientes e materiais didáticos disponíveis na escola.
A preocupação maior é a qualidade do Ensino ofertado pela escola, pois sua
finalidade é elevar o nível de conhecimento de nosso educando, contribuindo para
que o ensino dessa comunidade escolar, do estado, do país seja uma educação
voltada para os que mais precisam dela, não esquecendo que essa maioria que
precisa de especialização possa prosseguir seus estudos, como também, o
“conhecimento Tácito” do indivíduo é tão importante no” mundo moderno” para
estarem aplicando nas eventualidades do dia-a-dia.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
A avaliação é o processo dos resultados da aprendizagem construída pelo
aluno em sua trajetória escolar, sendo que a missão fundamental da escola é fazer
com que as crianças, jovens e adultos aprendam.
Portanto ela deve ser diagnóstica e processual, ou seja, favorecer
continuamente informações que sirvam para adoção de medidas que tornam a
aprendizagem efetiva. A avaliação é um processo complexo, que merece atuação
especial de toda a comunidade escolar, envolvendo diretamente professores, equipe
pedagógica, direção, alunos e pais.
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, sejam
elas profissionais, como professores, médicos, músicos, ou donas de casa,
estudantes, etc. Isso não significa, no entanto, que um professor sempre saiba
avaliar o desempenho do aluno; um médico, os sintomas do paciente; um músico, a
performance de um colega.
Precisamos primeiramente, nos libertar da ideia de que o senso comum é
suficiente para julgarmos um desempenho realizando estudos teóricos para embasar
a prática avaliativa. Essa libertação permite estabelecer parâmetros mais
competentes, auxiliando o aluno no seu desenvolvimento pessoal, a partir do
processo de ensino/aprendizagem, como sujeito existencial e como cidadão.
Desse modo, a avaliação deve ser:
330
- um processo contínuo e sistematizado, portanto, deve ser constante e planejada,
fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno,e a
retomada do processo por parte do professor.
- funcional, porque verifica-se os objetivos previstos estão sendo atingidos;
- orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto antes;
- integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não apenas os aspectos
cognitivos são avaliados, mas igualmente os comportamentos e a habilidade
psicomotora.
Cabe ao professor mediar o processo avaliativo com sua sensibilidade
pedagógica, escolher a técnica que considerar mais adequada para avaliar seus
alunos, utilizando instrumentos diversificados articulando-os com os conteúdo
planejado, ensinado e aprendido pelos educandos e definindo claramente os
critérios avaliativos.
ALGUNS INSTRUMENTOS QUE PODERÃO SER UTILIZADOS PARA A PRÁTICA
AVALIATIVA
- Prova Escrita – É uma forma eficaz de avaliar se o aluno aprendeu a matéria,
sendo ela elaborada também com questões dissertativas, para desenvolver no aluno
a capacidade de expressar suas ideias por escrito, de forma clara e correta,
treinando sua capacidade de síntese, estimulando sua criatividade e seu raciocínio.
Porém, nesse caso, a avaliação precisa ser mais “dinâmica”, uma vez que não há
uma resposta padrão, ou seja, o professor deve escolher positivamente as tentativas
de explicação do aluno, reposicionando os pontos de vista menos adequados.
Questões de múltipla escolha podem ser acompanhadas de pedido de justificativa.
- Prova Oral – Pode ser desenvolvida por entrevistas e questões respondidas
oralmente, avaliando conhecimentos e habilidades de expressão oral. O número
de perguntas formuladas deve ser limitado, para que todos os alunos tenham a
oportunidade de participar. Por não haver registro escrito e por ser uma
avaliação imediata, a prova oral caracteriza-se, em relação às demais
modalidades de avaliação, pela maior subjetividade.
331
- Auto Avaliação – Estimula o aluno a refletir seu próprio desempenho. Para ser
eficaz, a auto-avaliação deve ser orientada pelo Professor, que poderá sugerir
alguns itens para o aluno responder sobre si mesmo. Ela não deve ter mais peso
que as outras notas de avaliação, uma vez que seu objetivo maior é treinar a
reflexão crítica do aluno sobre suas próprias atitudes, e não medir o
conhecimento formal.
- Trabalhos de Pesquisa feitos em casa – Devem ser avaliados com reserva,
pois nem sempre é o aluno quem executa o trabalho. Assim, é interessante que,
após a entrega, o aluno ou o grupo descrevam as etapas do trabalho, as
dificuldades, as fontes, etc. A participação da família deve ser orientada e
incentivada.
- Tarefas em Classe – Podem ser realizadas individualmente ou em grupos,
ajudam a reforçar o aprendizado, pois motivam o aluno à reflexão e a prática.
- Trabalho Integrado – Com o termo integrado queremos sugerir que certas
tarefas sejam realizadas (em grupo ou individualmente) em conjunto com outras
disciplinas.
- Participação – Como complemento das notas de provas, poderá ser atribuído
pontos ou conceitos sobre a participação do aluno em sala de aula, em trabalhos
experimentais e outros.
Concluindo, a avaliação do processo de aquisição e construção dos
conteúdos pode ser efetivamente ao solicitar que interprete situações determinadas,
cujo entendimento demanda os conceitos que estão sendo apreendidos, ou seja,
que interprete uma história, uma figura, um texto ou trecho do texto, um problema ou
um experimento. São situações que também induzem a realizar comparações,
estabelecer relações, executar determinadas formas de registro, entre outros
procedimentos que desenvolveu no transcorrer de sua aprendizagem.
Dessa forma, tanto a educação conceitual quanto a aprendizagem de
procedimentos e atitudes estão sendo avaliadas. O erro ou o engano precisa ser
tratado não como incapacidade de aprender, mas como elemento que sinaliza ao
professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para reorientar a prática
pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais adequada de seu
conhecimento.
332
PROPOSTA PEDAGÓGICA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Ensino Fundamental - Fase II e Médio
SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA2012
333
1 – OBJETIVOS DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais da Educação
de Jovens e Adultos o objetivo é a integração de ações do poder público a fim de
conduzir à erradicação do analfabetismo, assegurando o direito à escolarização
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudo na idade própria, bem
como, a garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade, considerando
as características do aluno, seus interesses, condições de vida e de trabalho,
respeitando o ritmo próprio de cada aluno no processo ensino-aprendizagem
conforme o tempo disponível do aluno trabalhador, visando de acordo com a
demanda, a superação dos índices de analfabetismo e a busca da autonomia moral
e intelectual dos educandos da EJA.
1.1 PERFIL DO EDUCANDO
Considerando o perfil diferenciado dos educandos jovens, adultos e idosos da
nossa escola, que apesar de diferentes experiências de vida, por algum motivo
tiveram que afastar-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos,
culturais ou pelo ingresso prematuro no mundo do trabalho, ou pela evasão e
repetência escolar, o colégio, através desta modalidade de ensino, pretende garantir
o retorno e a permanência destes alunos à escolarização formal, por meio de
políticas públicas, direcionadas especificamente a este atendimento, de forma
permanente e contínua, enquanto houver demanda, dispensando atenção especial
no atendimento educacional a essa população.
1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus
estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades
334
apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos
– Presencial que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação
vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de
modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:
- Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
- Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
- Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e
socialização dos conhecimentos;
- Vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de
estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de
Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações
sobre a organização da modalidade.
Organização Coletiva
Será programada pelo colégio e oferecida aos educandos por meio de um
cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início
e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do
currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos
conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os
saberes adquiridos na história de vida de cada educando.
A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm
possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma
pré-estabelecido.
335
Organização Individual
A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que
não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições
de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante
classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou
desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma
organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e
oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e
horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições
de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
1.3 NÍVEL DE ENSINO
1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo
de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e
ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
1.3.2 Ensino Médio
O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua
oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de
07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de
Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.
336
1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades
educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização
coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e
o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se
encontram individualmente estes educandos.
Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles
que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a
legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos
educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
- Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
- Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos;
- Superlotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas
e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para
a aprendizagem e participação de todos os alunos. 1
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o
enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem
características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também,
de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito
a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação
escolar.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando
o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo
igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços
especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
1 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.
337
1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a
grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de
escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o
regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios
estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.
1.6 FREQUÊNCIA
A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100%
(cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio,
sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco
por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.
1.7 EXAMES SUPLETIVOS
Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao
disposto na Lei N.º 94/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de
Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de
Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.
1.8 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição
escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,
338
observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o
Regimento da Escola, para o cumprimento da função social e específica da escola.
O Conselho Escolar do nosso Estabelecimento de Ensino contempla
representatividade dos diversos segmentos da sociedade e de todas as modalidades
de Ensino ofertadas, sendo que a Educação de Jovens e Adultos também terá sua
representatividade, nas categorias de pais de alunos, professores e alunos.
1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO
Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e
Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado
da Educação do Paraná, como material de apoio.
Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar
outros recursos didáticos.
1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR
A Biblioteca Escolar deste Estabelecimento de Ensino possui um acervo
bibliográfico diversificado e atende alunos das modalidades de ensino que o colégio
oferece, sendo: Ensino Fundamental (6º ao 9º ano, EJA Fase II e Ensino Médio) e
comunidade em geral.
Considerada o eixo do desenvolvimento escolar, deve servir de base aos
objetivos do colégio ao proporcionar integração com o currículo e ao mesmo tempo
oferecer material que atenda às necessidades de seus usuários.
A Biblioteca procura participar ativamente do processo ensino-aprendizagem.
Serve como suporte básico para a formação integral dos educandos, pois o aluno
que usa a biblioteca apresenta um rendimento maior do que aquele que não
costuma frequentá-la.
Para que os objetivos educacionais do colégio sejam alcançados é necessário
que a biblioteca escolar participe deste processo, cumprindo com seus objetivos, ou
seja: cooperar eficazmente com o programa escolar proporcionando aos alunos
339
materiais adequados, estimulando e incentivando a leitura, colaborando com os
professores para seleção adequada de bibliografias aos conteúdos de ensino, bem
como a disseminação da informação.
1.11 LABORATÓRIO
O laboratório de informática do colégio é o espaço no qual são realizadas
tarefas de preparação do aluno na utilização de instrumentos às matérias e aos
conteúdos lecionados, com a função de prepará-los para uma sociedade
informatizada, ampliando seus conhecimentos, bem como, oportunizando ao aluno o
exercício prático dos métodos experimentais em laboratório de Química, Física e
Biologia e também, mobilizando o corpo docente da escola a se preparar para o uso
de informática e de Química, Física e Biologia, de forma a ajudar os alunos da EJA a
desenvolver todas as suas dimensões enquanto seres humanos.
A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir
para a compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes espaços e
tempos do planeta, como um todo dinâmico, como elementos em permanente
interação, do corpo humano e sua integridade, da saúde como dimensão pessoal e
social, do desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas
pelo ser humano, são os resultados esperados na área de Ciências do Ensino
Fundamental e Médio.
As atividades de laboratório, quando bem implementadas, assumem papel de
suma importância, auxiliando o professor no encaminhamento metodológico de
temas ou assuntos em estudos, propiciando a participação ativa dos educandos,
potencializando as atividades experimentais e facilitando a compreensão de
conceitos ou fenômenos.
Seguindo o entendimento do Conselho Estadual de Educação, expresso no
parecer nº. 095/99, um conceito novo para o espaço denominado laboratório...
indubitavelmente acompanha uma educação científica nova, espaço que passará a
incluir também o pátio da escola, a beira do mar, o bosque ou a praça pública.
Explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e materiais pré-
determinados, para a concretização de experimentos nos estabelecimentos de
340
ensino, reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que se quer
implementar neste Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos
1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS
A escola é um dos espaços onde os educandos desenvolvem a capacidade
de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo por meio da atividade reflexiva.
E a sociedade atual vivencia um processo de grandes transformações. Os avanços
científicos e tecnológicos alcançados, especialmente o desenvolvimento das
tecnologias digitais como o computador, a internet, a TV pen-drive, DVD, Vídeo
Cassete, Aparelho de Som, Data Show, que criam a oportunidade de o professor ter
nas mãos soluções no momento exato da aula ou quando surgem dúvidas. Isso
estimula o aluno à pesquisa e o adapta à realidade atual e a globalização.
2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional
que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a
que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações
sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na
qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir
341
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e
da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das
mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com
agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de
conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e
pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o
processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente
com:
• o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores
que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
• o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo
cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito
mútuo, solidariedade e justiça;
• os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais
próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso
ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função
antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso
aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular,
as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,
considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.
2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem
do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
342
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
- A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os
educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades
e condições de reinserção nos processos educativos formais;
- O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe
superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na
quantidade de informações do que na relação qualitativa com o
conhecimento;
- Os conteúdos específicos de cada disciplina deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao
mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
- A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por
meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre
o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes
conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade
social;
- O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o
hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de
organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes,
estão articulados à realidade na qual o educando se encontra,
viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir
da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
- Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em
seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais,
343
com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de
formação e aprendizagem;
- Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
- O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as
diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de
utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
- Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência,
nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício
da cidadania e do trabalho;
- Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,
críticos e democráticos;
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não
se refere exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta
modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre
outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades
educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-
curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.
3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS
Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do
Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não
tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.
4 - MATRIZ CURRICULAR
344
4.1 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Turin – Ensino FundamentalENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: São Sebastião da Amoreira NRE: Cornélio ProcópioANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º semestre/2011 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 H/A ou 1920/1932 H/A
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 280 336ARTE 94 112LEM - INGLÊS 213 256EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112MATEMÁTICA 280 336CIÊNCIAS NATURAIS 213 256HISTÓRIA 213 256GEOGRAFIA 213 256ENSINO RELIGIOSO* 10 12
Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
345
4.2 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Turin – Ensino FundamentalENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: São Sebastião da Amoreira NRE: Cornélio ProcópioANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º semestre/2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS
DISCIPLINASTotal deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORT. ELITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568
* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
5-CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de
ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como
espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a
346
compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e
aprendizagem.
Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do
conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se
no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser
organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura
curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos
significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em
núcleo estruturador do conteúdo do ensino.
Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de
Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada
em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso
aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a
Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação
Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas
diretrizes.
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores
propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e
Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento
que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias,
princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar
intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a
Educação Básica.
6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.
6.1 Concepção de Avaliação
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se
347
estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos
expressos na proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma
atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.
A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações
contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:
• investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
• contínua: permite a observação permanente do processo ensino-
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática
pedagógica;
• sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
• abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-
escola do educando;
• permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos
pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao
longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz
curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação
presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados
como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o
seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante
o atual processo de escolarização.
348
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais
como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e
pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades
complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de
aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única
oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo
educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e
necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.
6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas
•as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com
finalidade educativa;
•para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06
(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais
escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante
o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se
submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento
Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no
decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota
para fins de promoção e certificação.
•a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo
os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero);
para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0
(seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º
3794/04 – SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por
349
cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização
coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
•o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada
registro da avaliação processual. Caso contrário terá direito à recuperação de
estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao
processo de apropriação dos conhecimentos;
•para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a
média final corresponderá à média aritmética das avaliações
processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis
vírgula zero);
•os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade da vida escolar do educando;
•o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado
não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de
desenvolver.
6.3 Recuperação de Estudos
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao
processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de
apropriação dos mesmos.
350
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
6.4 Aproveitamento de Estudos
O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,
amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar,
por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,
transferência e prosseguimento de estudos.
6.5 Classificação e Reclassificação
Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará
o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.
7 - REGIME ESCOLAR
O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período
noturno, podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a
demanda de alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa
autorização do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da
Educação.
351
As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão
registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação
do Paraná.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz
curricular.
Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas
descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado
pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação
– em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação
especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional,
em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em
comunidades de difícil acesso, dentre outros.
7.1 ORGANIZAÇÃO
Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas no Ensino
Fundamental – Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em
concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º
02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer
n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06,
nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.
7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO
A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as
seguintes ofertas:
•organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental –
Fase II e Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as
vagas para matrícula na organização coletiva.
352
7.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E ENSINO MÉDIO
No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de
100% da carga horária total estabelecida.
7.3 MATRÍCULA
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e
Adultos:
h) a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
i) será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela
mantenedora;
j) o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino
Médio, poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas
simultaneamente;
k)poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas
com êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames
supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s)
à conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de
comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento
Escolar;
l) para os educandos que não participaram do processo de
escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do
processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores,
poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação,
definidos no Regimento Escolar;
m) será considerado desistente, na disciplina, o educando
que se ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a
escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos
seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de
353
notas obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois)
anos, a partir da data da matrícula inicial;
n) o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da
data de matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer
rematrícula na disciplina, podendo participar do processo de
reclassificação.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando
será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos,
o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a
duração e a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que
os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que
compõem o Guia de Estudos:
• a organização dos cursos;
• o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário,
regimento escolar;
• a dinâmica de atendimento ao educando;
• a duração e a carga horária das disciplinas;
• os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
• o material de apoio didático;
• as sugestões bibliográficas para consulta;
• a avaliação;
• outras informações necessárias.
7.4 MATERIAL DIDÁTICO
O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos
recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do
Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.
354
7.5 AVALIAÇÃO
• avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente,
permanente;
• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre
com finalidade educativa;
• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas)
a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas
individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos
adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente,
o educando se submeterá na presença do professor, conforme
descrito no regimento escolar;
• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero);
• para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0
(seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a
Resolução n.º 3794/04 – SEED e freqüência mínima de 75%
(setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada
disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na
organização individual;
• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em
cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à
recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada
como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
355
• a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética
das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo
menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);
• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser
registrados em documentos próprios, a fim de que sejam
asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do
educando;
• o educando portador de necessidades educativas especiais, será
avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será
capaz de desenvolver.
7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de
construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao
processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos
básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de
apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor
diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos
instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
356
7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e
reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto
na legislação vigente.
7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a
Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do
Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas
descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.
7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO
Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,
oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no
ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de
2008.
8 - RECURSOS HUMANOS
8.1 Atribuições dos Recursos Humanos
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico
neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos,
exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e
da função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e
357
suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens
e Adultos.
8.1.1 Direção
O diretor do estabelecimento de ensino é o responsável legal das
modalidades de ensino ofertadas, que neste estabelecimento são: Ensino
Fundamental (5ª a 8ª séries)
A direção escolar é composta pelo (a) diretor (a) e diretor (a) auxiliar,
escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade escolar,
conforme legislação em vigor, sendo o diretor (a) o responsável pela efetivação da
gestão democrática e de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos
no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
É do seu desempenho e da sua habilidade conduzir, positivamente sobre
todos os setores a qualidade do ambiente, do clima escolar e do processo ensino-
aprendizagem. A fim de desincumbir-se do seu papel de diretor(a) assume uma
série de funções tanto de natureza administrativa quanto pedagógica que são:
Compete ao diretor (a):
• cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
• responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;
• coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar;
• coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
educação;
• implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
• coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
358
• convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento
às decisões tomadas coletivamente;
• elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
• prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
• coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com
a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e,
após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
• garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os
órgãos da administração estadual;
• encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no
ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;
• deferir os requerimentos de matrícula;
• elaborar com a Equipe Pedagógica o calendário escolar, de acordo com as
orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e
encaminhá-lo ao NRE para homologação;
• acompanhar com a Equipe Pedagógica o trabalho docente, referente às
reposições de horas aula aos discentes;
• assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas atividade
estabelecidos;
promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor
• alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-
administrativa no âmbito escolar;
• propor à Secretaria de Estado da Educação via Núcleo Regional de
Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de
ensino e abertura ou fechamento de cursos;
• participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-
los ao Conselho Escolar para aprovação;
359
• supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao
cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a
exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;
• presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
• definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico administrativa e equipe
auxiliar operacional;
• articular processos de integração da escola com a comunidade;
• solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e
professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da
SEED;
• organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional
Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização
dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho,
correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática
Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano
de Curso;
• participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino, juntamente com a comunidade escolar;
• cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária
e epidemiológica;
• disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios
Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;
• assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários
e famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
360
8.1.2 Professor Pedagogo
A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação e implementação do
estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político
Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional
emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
Na formação escolar de uma comunidade o pedagogo exerce papel relevante
de responsabilidade social, sendo ele o articulador do processo pedagógico.
Compete à equipe pedagógica:
• coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
• orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,
em uma perspectiva democrática;
• participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho
pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a
especificidade da educação escolar;
• coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica
Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas
educacionais da Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais;
• orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto
ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
• promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico
visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de
ensino para todos;
• participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
• organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de
361
reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no
estabelecimento de ensino;
• coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
• subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos
sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;
• organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,
de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho
pedagógico;
• proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à
comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os
alunos;
• coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
• participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,
subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões
acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
• orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e
demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;
• coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção
de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir
do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de
ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas,
fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;
• acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,
Física e Biologia e de Informática;
362
• propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
• coordenar o processo democrático de representação docente de cada
turma;
colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da
Secretaria de Estado da Educação;
• coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e
disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto
Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades
a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;
• acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos
Trabalhadores em Educação - Profuncionário, tanto na organização do
curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada
dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;
• promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas
as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
• coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
• acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino;
• participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços
pedagógicos;
• orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-
pedagógicos
• referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,
reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão
parcial, conforme legislação em vigor;
• organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias
letivos, horas e conteúdos aos discentes;
363
• orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro de Classe
e a Ficha Individual de Controle de Nota e Freqüência, sendo esta
específica para Educação de Jovens e Adultos;
• organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;
• organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos
profissionais do estabelecimento de ensino;
• solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da
Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis
necessidades educacionais especiais;
• coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no
Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de
aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios
especializados da Educação Especial, se necessário;
• acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,
realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o
seu desenvolvimento integral;
acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e
encaminhando-os
• aos órgãos competentes, quando necessário;
• acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que
houver necessidade de encaminhamentos;
• orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos,
adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;
• manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados
de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de
informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho
pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;
• assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangueiras Modernas
e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o
ensino extracurricular plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna;
364
• acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando visitas
regulares (somente para os estabelecimentos de ensino que servem de
Escola Base para as Escolas Itinerantes);
• orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para
cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;
• coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na
modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no estabelecimento
de ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida
autorização);
• assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de
• ensino;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,
alunos, pais e
• demais segmentos da comunidade escolar;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
elaborar seu Plano de Ação;
• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo, tais como:
• Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;
• Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames
supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões)
específica(s) dessa(s) ação(ões).
• Acompanhar o estágio não-obrigatório.
8.1.3 Coordenações
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação
Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos,
365
têm como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar,
quando autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.
Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:
Coordenador Geral
• Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.
• Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
• Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
• Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do
Estabelecimento.
• Acompanhar o funcionamento de todas as turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
• Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no
Sistema.
• Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
• Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.
• Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
• Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
• Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o
atendimento aos educandos de todas as turmas.
• Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas
durante as horas-atividade dos professores.
• Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de
experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.
• Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em
comunidades que necessitam de escolarização.
• Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
• Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
366
• Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE,
quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da
escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua
coordenação;
Coordenador Itinerante
25- Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
26-Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.
27-Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
28-Observar e registrar a presença dos professores.
29-Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
30-Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
31-Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.
32-Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.
33-Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral
qualquer problema neste procedimento.
34-Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
35-Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as
turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.
36-Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com
os professores;
Coordenador de Exames Supletivos
• Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos
• Tomar conhecimento do edital de exames.
• Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.
•Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames
possam ser executados.
• Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
367
•Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da
emissão de Relatório de Inscritos.
•Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário,
para execução dos exames.
•Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em
Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.
•Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o
DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas
especiais.
•Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos
Exames.
•Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
•Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização
dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em
especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.
•Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e
tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.
•Divulgar as atas de resultado.
• Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.
8.1.4 Docentes
O corpo docente da Educação de Jovens e Adultos deste Estabelecimento de
Ensino é composto por professores com formação específica para cada disciplina,
que participam constantemente de capacitações, grupos de estudos, cuja finalidade
é estar ampliando e aprofundando a sua prática pedagógica e sua atualização
profissional.
Aos docentes cabe também:
368
Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta
pedagógica deste Estabelecimento Escolar;
Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos;
Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos dis-
poníveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino
que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando
jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento.
Organizar, acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de Conteú-
dos por Disciplina.
Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e
nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá
atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e
individuais.
8.1.5 SECRETARIA E APOIO ADMINISTRATIVO
A secretaria e o apoio administrativo é o setor que serve de suporte ao
funcionamento da Educação de Jovens e Adultos e dos demais setores do
Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os mesmos
cumpram suas reais funções.
• Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,
considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.
• Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,
considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.
369
9 - BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo : Cortez, 1997.
CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998.
CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17
(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).
Conselho Estadual de Educação - PR
- Deliberação 011/99 – CEE.
- Deliberação 014/99 – CEE.
- Deliberação 09/01 –CEE.
- Deliberação 06/05 – CEE.
- Indicação 004/96 – CEE.
- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).
Conselho Nacional de Educação
- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.
- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
- Resolução 03/98 – CEB.
Constituição Brasileira – Artigo 205.
370
DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC : UNESCO, 1998.
DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.
DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog.
DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. mimeog.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
Decreto 2494/98 da Presidência da República.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LDBEN nº 9394/96.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.
OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.
SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
10 - PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO
371
A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que
esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as
qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas
educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da
gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004,
p.11)
Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os
gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a
todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o
acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar obrigatoriamente, o
compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.
Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto
responsabilidade coletiva pressupõe a clareza das finalidades essenciais da
educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a
reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e
impactos positivos à população que demanda escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular,
abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos,
ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores
dele resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os
sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores,
educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e
demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe
do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s.
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes
instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente
aquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem
como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão
e as mudanças necessárias na prática pedagógica.
Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares
Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis
372
pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos,
considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da
cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta avaliação
institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a
reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.
Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional serão produzidos em
regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos,
considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o
currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil
dos educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos
guardam alguma semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e
aplicação do Banco de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno
para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da proposta
pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.
Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,
“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um
todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da
Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens,
adultos e idosos.
373
VII - ADENDO DE ALTERAÇÃO E ADEQUAÇÕES AO REGIMENTO ESCOLAR
Adendo Regimental de Alteração e Acréscimo nº 02
Altera a redação dos: Art.64; Art.123; Art.124; e Acrescenta: incisos XLVI e XLVII ao Art. 33; Art. 33A; Art. 33B; Art. 33C; Art. 33D; incisos XXI, XXXII e XXXIII ao Art. 35; inciso III ao Art. 48; Art.49A; Art.52A; inciso III no Art. 53 ; Art. 58A, Art.58B; Art. 58C; Art. 58D; Art. 65A; Art 65BA; Art.70A; Art.70B; Art. 70C e 70D; Art.76A; Art. 77A; Art.83A; Art 90A; Art. 90B; Art. 90C; Art.107A; Art.107B; Art.110A; Art 110B; Art. 111A; Parágrafo Único ao Art. 114; Art 117A; Art.118A; Art.123A; Inciso VI ao Art.141; alínea d ao Art 144 no Regimento Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 278 / 2008 Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio, referente a oferta de Educação de Jovens e Adultos.
Art. 1º O Regimento Escolar da Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental, passa a vigorar com as seguintes alterações e acréscimos:
Art. 33. (mantido...)XLVI. Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;
374
XLVII. coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na Modalidade Educação de Jovens e Adultos.
Art. 33A. Na Educação de Jovens e Adultos, as coordenações autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação que atendem as especificidades são compostas por:
I. Coordenação Geral de Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDsII. Coordenação Itinerante de Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs;III. Coordenação dos Exames Supletivos.
Art.33B. Cabe à Coordenação Geral:•receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descen-
tralizadas(APEDs);•organizar os processos dessas ações para análise pelo respectivo Núcleo Regional
de Educação;•elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma de Ações Pedagógicas
Descentralizadas-APEDs;•digitar os processos no sistema e encaminhar para justificativa da direção do
estabelecimento;•acompanhar o funcionamento de todas as turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas-APEDs, vinculadas ao estabelecimento;•acompanhar a matrícula dos alunos e a inserção dessas matrículas no sistema;•organizar a documentação dos alunos para a matrícula;•organizar as listas de frequência e de notas dos alunos;•enviar material de apoio didático para as turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas-APEDs;•responder ao Núcleo Regional de Educação sobre o funcionamento das turmas de
Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs;•organizar o rodízio dos professores nas disciplinas ofertadas, garantindo o
atendimento aos alunos de todas as turmas, por profissionais habilitados;•orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem realizadas durante as
horas-atividade dos professores;•realizar reuniões períodicas de estudo que promovem a troca de experiências e a
avaliação do processo e aprendizagem;•elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades que
necessitem de escolarização;•acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes;•conhecer e fazer cumprir a legislação vigente;•prestar à direção, à equipe pedagógica do estabelecimento e ao Núcleo Regional de
Educação, quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a realização da escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs,sob sua coordenação;
•realizar a avaliação institucional conforme orientação da Secretaria de Estado da Educação;
•zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
•manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos,pais e demais segmentos da comunidade escolar;
•Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento escolar.
375
Art,33C.Cabe à Coordenação Itinerante:37- acompanhar o funcionamento in loco de Ações Pedagógicas Descentralizadas-
APEDs;38- atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos alunos;39- verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas;40- observar e registrar a presença dos professores;41- atender à comunidade nas solicitações de matrícula;42- solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico;43- solicitar e distribuir as listas de frequência e de notas dos alunos;44- Encaminhar as notas e frequência dos alunos para digitação;45- acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral
qualquer problema neste procedimento;46- solicitar e organizar a documentação dos alunos para a matrícula;47- acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas
de Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs, sob sua responsabilidade;48- participar das reuniões pedagógicas e da hora-atividade, juntamente com os
professores;49- Realizar a avaliação institucional conforme orientação da Secretaria de Estado
da Educação;50- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e
famílias;51- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,
com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;52- Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Art.33D. Cabe à Coordenação de Exames Supletivos:• tomar conhecimento do edital de Exames;• fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital;• verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os Exames possam
ser realizados;• digitar no sistema, a inscrição dos candidatos;• conferir a inserção das inscrições dos candidatos no sistema por meio da
emissão de relatório de inscritos;• solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário para
realização dos exames;• solicitar à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,
as provas em Braille e as ampliadas das etapas a serem realizadas, quando for o caso;
• solicitar à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de educação, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais;
• comunicar ao Núcleo regional de Educação todos os procedimentos tomados para a realização dos Exames;
• receber os materiais dos Exames Supletivos no Núcleo Regional da Educação;• capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do estabelecimento para a realização dos
Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial, da organização e do preenchimento dos cartões-resposta;
• acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames;
• divulgar as Atas de resultado;
376
• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado da Educação;
• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;
• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;
• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.
Art 35. (mantido...)I a XXX (mantido ...)XXXI.utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;XXXII.atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação;XXXIII.participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela Secretaria de Estado da Educação, quando docente da Educação de Jovens e Adultos.
Art. 48.(mantido...)I a II (mantido ....)III.educação de Jovens e Adultos:Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio.
Art 49A - A oferta da Educação Básica, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, baseia-se nos seguintes fins e objetivos:
a) assegurar o direito à escolarização aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudo na idade própria;
b) garantir a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada qualquer forma de discriminação e segregação;
c) garantir a gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza vinculadas à matrícula;
d) oferecer Educação Básica igualitária e de qualidade, numa perspectiva processual, formativa e emancipadora;
e) assegurar oportunidades educacionais apropriadas, considerando as características do aluno seus interesses, condições de vida e de trabalho;
f) respeitar o ritmo próprio de cada aluno no processo de ensino e aprendizagem;g) organizar o tempo escolar a partir do tempo disponível do aluno trabalhador;h) assegurar a prática de gestão pedagógica e administrativa democrática, voltada à
formação humana.
Art. 52A – A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, é ofertada de forma presencial com a seguinte organização:
I – Garantia da oferta de 04 (quatro) horas aulas diárias por turno.
Art.53. (mantido...)I a II (mantido ....)
377
III. por disciplina, no Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;
Art. 58 A – A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio, é ofertada de forma presencial, com a seguinte organização:
•coletiva e individual, no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio;•componentes curriculares organizados por disciplina;•1.200 horas(1.440 horas-aula), distribuídas entre as disciplinas conforme consta na
Matriz Curricular;•conteúdos que integram a educação básica, contidos na Proposta Pedagógica
Curricular, desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina da Base Nacional Comum;
•garantia de cem por cento dos conteúdos que integram a Proposta Pedagógica Curricular da disciplina.
•oferta de cem por cento do total da carga horária distribuída na Matriz Curricular do Ensino Fundamental-Fase II e do Ensino Médio.
• garantia da oferta de 04 (quatro) horas - aula diária, por turno.
Art. 58B- O estabelecimento de ensino ofertará os Exames Supletivos, quando credenciados pela Secretaria de Estado da Educação, que compreenderão a Base Nacional Comum do currículo, habilitando o prosseguimento de estudos.
§1º-Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: a) para a conclusão do Ensino Fundamental, aos maiores de quinze anos; b) para a conclusão do Ensino Médio, aos maiores de dezoito anos.§2º- Os critérios utilizados para a aplicação dos Exames seguirão as normas complementares emanadas pelo Conselho Estadual de Educação e instruções da Secretaria do Estado da Educação.
Art. 58C – O estabelecimento de ensino desenvolverá Ações Pedagógicas Descentralizadas – APEDS, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a Proposta Pedagógica Curricular e o Regimento Escolar, desde que autorizado pela Secretaria de Estado da Educação, seguindo instrução própria.
Art. 58-D - Os conteúdos e componentes curriculares, na modalidade Educação de
Jovens e Adultos, estão organizados de acordo com a Matriz curricular, resultante do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
§1º-Os conteúdos Curriculares para o Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio estão organizados por disciplinas.§2º-As temáticas História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente serão trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas.§3º-Os conteúdos curriculares de História do Paraná estão incluídos na disciplina de História.§4º-A disciplina de Ensino Religioso, no Ensino Fundamental-Fase II, será ofertada somente na organização coletiva.§5º- A disciplina de Língua Espanhola, no Ensino Médio, será ofertada somente na organização coletiva.
378
Art.64 - No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável deverá auto declarar seu pertencimento Ético Racial e optar, na série do Ensino Fundamental e na modalidade Educação de Jovens e Adultos-Fase II, pela frequência ou não na disciplina de Ensino Religioso.
Art. 65 A- Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, as matrículas podem ser efetuadas em qualquer época do ano, sendo que:
•no Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, a matrícula é por disciplina e o aluno poderá, em função da oferta, efetivar sua matrícula em até 4 (quatro) disciplinas, na organização coletiva ou individual de acordo com seu perfil;
•serão priorizadas as vagas para matrícula na organização coletiva.•para matrícula, deve ser observada a idade mínima, exigida na legislação vigente.•A disciplina de Língua Espanhola, no Ensino Médio, a partir de 2010, é de oferta
obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa ao aluno;•todos os alunos, a partir de 2010, no ato da matrícula, deverão fazer sua opção de
frequentar ou não as aulas de Língua Espanhola;•a disciplina de Língua Espanhola entrará no cômputo das 04(quatro) disciplinas que
podem ser cursadas concomitante;•o aluno que optar por frequentar as aulas de Língua Espanhola, terá a carga horária
da disciplina, acrescentada no total da carga horária do curso.
Art.65 B- No ato da matrícula na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno será orientado pela equipe pedagógica sobre a organização dos cursos, o cronograma de oferta das disciplinas e a metodologia.
Art 70 A-O processo de classificação na modalidade Educação de Jovens e Adultos poderá posicionar o aluno, para matrícula na disciplina em 100% do Ensino Fundamental e 25%, 50%, 75% do Ensino Médio da carga horária total de cada disciplina, de acordo com a Proposta Pedagógica da Educação de Jovens e Adultos.
Paragráfo Único- Do total de carga horária restante a ser cursada na disciplina, na qual o aluno foi classificado, é obrigatória a frequência de 75% na Organização Coletiva e de 100% na Organização Individual.
Art 70 B- Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em todas as disciplinas do Ensino Fundamental-Fase II, o aluno está apto a realizar matrícula inicial no Ensino Médio.
Art. 70C - Na modalidade Educação de Jovens e Adultos é vedada a classificação para ingresso de Língua Espanhola no Ensino Médio e para a disciplina de Ensino Religioso no Ensino Fundamental Fase II.
Art 70D - O aluno, após o processo de classificação nas disciplinas do Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio, de acordo com o percentual de carga horária avançada, terá as seguintes quantidades de registros de notas:
I- Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o aluno classificado com:a)25%, deverá ter 4(quatro) registros de notas;b)50%, deverá ter 3(três) registros de notas;c)75%, deverá ter 2(dois) registros de notas;d)100%, no Ensino Fundamental-Fase II, concluirá a disciplina.II- Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno classificado com:
379
a)25%, deverá ter 3(três) registros de notas;b)50%, deverá ter 2(dois) registros de notas;c)75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;d)100%, no Ensino Fundamental-Fase II, concluirá a disciplina.III- Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno classificado com:a)25%, deverá ter 3(três) registros de notas;b)50%, deverá ter 2(dois) registros de notas;c)75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;d)100%, no Ensino Fundamental-Fase II, concluirá a disciplina.
Art. 76A – Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, o estabelecimento de ensino poderá reclassificar os alunos matriculados, considerando:
I. que o aluno deve ter cursado, no mínimo 25% do total da carga horária definida por cada disciplina, no Ensino Fundamental Fase II, e Médio.
Parágrafo Único – Fica vedada a reclassificação na disciplina de Ensino Religioso ofertada no Ensino Fundamental – Fase II e na disciplina de Língua Espanhola ofertada no Ensino Médio
Art. 77 A- O Processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, poderá posicionar o aluno, em 25%, 50% ou 75% da carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50% da carga horária total de cada disciplina:
I.t endo cursado 25% e avançando em 25%, deverá cursar ainda 50% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes de registros de notas:a)nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o aluno deverá ter 4(quatro) registros de notas;b)nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3(três) registros de notas;c)nas disciplinas de Arte, Filosofia, Educação Física, o aluno deverá ter 2(dois) registros de notas.II. tendo cursado 25% e avançando em 50%, deverá cursar ainda 25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de registros de notas:a) nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Líbgua Portuguesa e Literatura, o aluno deverá ter 3(três) registros de notas;b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2(dois) registros de notas;c) nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno deverá ter 2(dois) registros de notas.III. - tendo cursado 25% e avançado em 75% da carga horária total da disciplina do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno será considerado concluinte da disciplina.Parágrafo Único – Tendo cursado 25% ou mais da carga horária total da disciplina
do Ensino Médio, após reclassificado, deverá cursar ainda, para a conclusão da disciplina, obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária.
Art. 83A- A matrícula por transferência, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, deve:
I. no processo de escolarização com a mesma organização de ensino, considerar os registros de nota e carga horária do estabelecimento de ensino de origem;
380
a) na disciplina de Língua Espanhola, desconsiderar os registros de notas e carga horária cursada, devendo o aluno reiniciar a disciplina quando houver a oferta da mesma, caso opte novamente por cursá-la.II. no processo de escolarização com a organização de ensino diferente da ofertada na Educação de Jovens e Adultos:a) desconsiderar os registros de nota e carga horária da série/período/etapa/semestre em curso;b) realizar matrícula inicial em até 4(quatro) disciplinas;
Art.90 A- Na organização Coletiva do Ensino Fundamental e Médio, na modalidade de Educação de Educação de Jovens e Adultos, a frequência mínima é de 75% do total da carga horária prevista para cada disciplina.
Art.90 B- Na Organização Individual do Ensino Fundamental e Médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, o aluno deve cumprir 100% do total da carga horária de todas as disciplinas, em sala de aula.
Art.90 C- Na modalidade Educação de Jovens, tanto na Organização Individual como na Organização Coletiva, é considerado desistente o aluno que se ausentar por mais de 2 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos.
§1º - O aluno desistente na disciplina, terá o prazo de 2 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial, para ter sua matrícula reativada, aproveitando a carga horária já frequentada e os registros de notas obtidos;
§2º O aluno desistente na disciplina de Língua Espanhola, no seu retorno, deverà reiniciar a disciplina, sem aproveitamento da carga horária cursada e dos registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar Língua Espanhola.
Art. 107A- Na modalidade Educação de Jovens e Adultos serão registradas de 02(duas) a 06(seis) notas por disciplina, que corresponderão a provas individuais escritas e a outros instrumentos avaliativos adotados, aos quais, obrigatoriamente, o aluno submete-se-á na presença do professor.
Art. 107B- Os registros de nota na Educação de Jovens e Adultos , para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, constituir-se-ão de:
- 06(seis) registros de notas, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Língua Portuguesa e Literatura;
- 04(quatro) registros de notas, nas disciplinas de História, Geografia, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna - Inglês, Química, Física, Biologia e Língua Espanhola;
- 02(dois) registros de notas nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia e educação Física.
Art.110 A- Para fins de promoção ou certificação, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% na organização individual.
Parágrafo Único – Para fins de certificação e registro do acréscimo da carga horária da disciplina de Língua Espanhola na documentação escolar, o aluno deverá atingir a média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% do total da carga horária da disciplina.
381
Art.110 B- A idade mínima para o obtenção do certificado de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na Educação de Jovens e Adultos é a estabelecida na legislação vigente.
Art.111 A - Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a nota 6,0(seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações processuais.
Parágrafo Único- O aluno que não atingir a nota 6,0(seis vírgula zero) em cada registro de nota terá direito à recuperação de estudos.
Art.114. (mantido...)Parágrafo Único- Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno que optar
por frequentar as aulas de Ensino Religioso, terá carga horária da disciplina incluída no total da carga horária do curso desde que tenha no mínimo 75% (setenta e cinco por cento) de frequência.
Art.117 A- Na modalidade de Educação de jovens e Adultos, a Média final (MF) para cada disciplina corresponderá à média aritmética dos Registros de Notas, resultantes das avaliações realizadas.
Média Final ou MF= soma dos registros de notas número de registros
Art. 118A – Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer aproveitamento integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de cursos organizados por disciplina, por etapas, cuja matricula e resultados finais tenham sido realizados por disciplinas ou de Exames Supletivos, apresentando a comprovação de conclusão.
Parágrafo Único – O aluno que apresentar a comprovação de conclusão da disciplina de Língua Espanhola, terá o registro do acréscimo da carga horária na documentação escolar.
Art. 118B - O aluno oriundo de organização de ensino por série/ período/etapa/semestre concluída com êxito, poderá requerer na matrícula inicial da disciplina aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de conclusão da série/período/etapa/semestre a ser aproveitada.
§1º - para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento de de série e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) concluídos com êxito, equivalente (s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de 25% da carga horária total de cada disciplina da EJA. §2º - a última série/período/etapa/semestre, de cada nível de ensino, não será aproveitada.§3º - Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular do Ensino Fundamental - Fase II e obter as seguintes quantidades de registros de nota:Língua Portuguesa e Matemática, aluno com aproveitamento de estudos de:
25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;75%, deverá ter 2 (dois) registros de notas.
382
Geografia, História, Ciências naturais e Língua Estrangeira Moderna, aluno com aproveitamento de estudos de:
• 25%, deverá ter 3 (três) registros de notas.• 50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;• 75%, deverá ter 1 (um) registro de nota;
Arte e Educação Física, aluno com aproveitamento de estudos de:
• 25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;• 50%, deverá ter 1 (um) registro de nota;• 75%, deverá ter 1 (um) registro de nota.•
§4º - Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular do Ensino Médio e obter as seguintes quantidades de registros de nota:I. Língua Portuguesa e Literatura e Matemática, aluno com aproveitamento de estudos de:
• 25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;• 50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;
II. GEOGRAFIA, HISTÓRIA, LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA, QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA,
ALUNO COM APROVEITAMENTO DE ESTUDOS DE:
• 25%, deverá ter 3 (três) registros de notas;• 50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;
III. Arte, Filosofia, Sociologia e Educação Física, aluno com aproveitamento de estudos de:
o) 25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;p) 50%, deverá ter 1 (um) registro de nota;
§ 5º – O aluno oriundo de organização de ensino por série/período/etapa/semestre concluída com êxito e com a disciplina de Língua Espanhola em curso, de forma opcional, está não terá aproveitamentos de estudos na EJA. Art. 123 – O estabelecimento de ensino procederá equivalência de estudos incompletos cursados no exterior e equivalentes ao Ensino Fundamental ou Médio.
Art. 123 A – O estabelecimento de ensino procederá a equivalência de estudos completos realizados no exterior e correspondentes ao Ensino Fundamental, para os alunos que pretendam matrícula no Ensino Médio.
Art. 124 – O estabelecimento de ensino para a equivalência e revalidação de estudos completos e incompletos, seguirá orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação e observará:
I. a IV (mantido...)
Art. 141 . (mantido...)
383
I a V (mantido ....)VI. Ficha de Registro de Nota e Frequência para a Organização Individual Educação de Jovens e Adultos.
Art.144.(mantido...)I.(mantido...)a) (mantido...)b) (mantido...)c) (mantido...)d)Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência da Organização Individual, após 5(cinco) anos.II. (mantido...)a) (mantido...)b) (mantido...)
Art.2 . O Adendo de Acréscimo ao Regimento Escolar nº 002, entrou em vigor a partir do 1º semestre do ano letivo de 2010.
São Sebastião da Amoreira, 06 de dezembro de 2010.
DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE
E NÃO DOCENTE DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES,
E DO PPP.
Ao realizarmos nosso planejamento e a divisão de tarefas e funções, usamos
o critério da igualdade respeitando o profissional sem esquecer que são seres
humanos. Assim procuramos maximizar a utilização dos recursos humanos
assegurando um bom resultado dos serviços prestados pelo colégio.
Para obter bons resultados procuramos orientar os professores e funcionários
sobre as normas do colégio e nossas expectativas em relação ao trabalho que
deverão desenvolver, dando-lhe apoio total em suas dificuldades e fornecendo-lhes
material de apoio quando necessário.
Agindo assim damos oportunidade a todos, damos espaços para iniciativa
própria, acatando as sugestões e adotando muitas vezes procedimentos que
resultam da criatividade que surge no decorrer do processo, sempre pensando em
melhorias.
O reconhecimento do trabalho que professores e demais funcionários
desenvolvem é feito pelo respeito com que todos são tratados e na demonstração
dos desempenhos que trazem bons resultados.
384
A avaliação no Colégio Estadual João Turin é feita continuamente por meio de
atividades propostas aos alunos, cuja periodicidade do sistema de avaliação é
semestral.
Os alunos são assistidos além do professor, pela equipe pedagógica, através
de testes e aconselhamentos. Todo bimestre são preenchidas fichas específicas
para analisar o rendimento escolar, coletando os resultados obtidos pelos alunos e
passados para os pais. A realização de reuniões de pais e professores ainda é a
estratégia mais usada em nossa escola para passarmos a situação real do aluno. Os
problemas de rendimento na aprendizagem são registrados e analisados por
professores e Equipe Técnico Pedagógica, e os resultantes da melhoria de notas
são passadas aos pais. Através dessas medidas podemos detectar alguns
problemas como níveis de rendimento por aluno, por disciplina, índice de faltas e
níveis de evasão. O colégio, por meio das reuniões de pais e visitas às residências,
conseguiu diminuir a evasão escolar, e também conscientizar os mesmos da
importância da qualidade da educação acadêmica na vida da criança.
Portanto, fica evidente que fazemos uma avaliação constante das
expectativas atuais e futuras para que o ensino-aprendizagem torne-se mais
qualitativo, proporcionando ao aluno condições para um melhor desempenho no
Ensino Médio.
Sendo os alunos os principais beneficiários de todas as ações praticadas no
colégio, precisamos estar atentos às suas necessidades e expectativas, para tanto
os mesmos são estimulados a fazer suas reclamações por escrito e também dar
sugestões.
Nossa comunidade sabe que além de ser consultada e informada acerca dos
procedimentos do colégio, pode participar mostrando seus pontos de vista. As
críticas que por ventura surgirem, servirão como tomada de decisões e
procedimentos para melhoria dos serviços prestados por todos os segmentos dessa
Instituição de Ensino.
São Sebastião da Amoreira, 28 de setembro de 2011.
________________________
DIREÇÃO
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Membros do Conselho Escolar:
A partir de 20/05/2010NOME FUNÇÃOExilaine Gaspar PresidenteMagna Lúcia Furlanetto Gaspar Representante da Equipe PedagógicaNelci Soares Vidotti Representante de ProfessoresAnália Lopes da Silva Representante de Professores da EJAConceição Aparecida Siqueira Representante da Equipe AdministrativaBenedita Otaviana de Oliveira Rep. De Auxiliar de Serviços GeraisNeusa Maria Zampieri Ramalho Representante de alunos da EJANadine de Fátima Miguel Representante de alunos 5ª/8ª E.F.Márcia dos Santos Representante de Pais 5ª/8ª EFCristiane Aparecida dos Santos Representante de Pais 5ª/8ª EFMaria de Fátima Ramalho Representante de seguimento da Sociedade
Civil
NOME FUNÇÃORegina Laura Garcia PresidenteLuciano José dos Santos Vice PresidenteConceição Aparecida Siqueira 1ª SecretáriaAdalgiza da Rocha 2ª SecretáriaElza Barbosa de Oliveira Gaspar 1ª TesoureiraMayra Caroline Gaspar Ramalho 2ª ResoureiraSissimary Aparecida Schoveigert Primeira Diretora SócioculturalMarina Aparecida Lopes da Silva Segunda Diretora SócioculturalA partir de 30/05/2010
REFERÊNCIAS:
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