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1 COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA – PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012 São Sebastião da Amoreira 2012

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012 - SÃO SEBASTIÃO DA ... · Noite: Ensino Regular: 45 EJA - 97. 6 Total: ... política, cultural e ... V prover meios para recuperação dos alunos

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA – PARANÁ

PROJETO

POLÍTICO PEDAGÓGICO

2012

São Sebastião da Amoreira2012

2

SUMÁRIO

I- IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................ 05

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 06

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 08

ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA ........................................................................ 08

GESTÕES ANTERIORES............................................................................................... 11

GESTÃO ATUAL .......................................................................................................... 18

ESPAÇO FÍSICO ......................................................................................................... 19

OFERTAS DE CURSOS E TURMAS ............................................................................ 20

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, ALUNOS, PAIS, FUNCIONÁRIOS, EQUIPE DE DIREÇÃO E PEDAGOGOS ........................................................................................... . 22

OBJETIVOS GERAIS .................................................................................................. 27

FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA ESCOLA 29

II- MARCO SITUACIONAL ............................................................................................... 36

A REALIDADE BRASILEIRA DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA ...................................................................................................................................

36

CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE.. 48

III- MARCO CONCEITUAL ................................................................................................. 51

CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO .......................................................................... 53

AVALIAÇÃO ................................................................................................................. 54

ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ....................................................................... 55

HORÁRIO DE OFERTA DOS CURSOS ........................................................................ 57

PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA .................................................................. 57

TEMPO ESCOLAR E TEMPO PEDAGÓGICO ............................................................... 59

ESPAÇOS PRIVILEGIADOS PARA DISCUSSÃO E ANÁLISE DAS PRÁTICAS EDUCATIVAS DA ESCOLA ......................................................................... 60

O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA ......................................................................... 62

MATRIZ CURRICULAR ................................................................................................ 65

IV- MARCO OPERACIONAL .............................................................................................. 70

PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO .................................................................................. 70

PLANO DE AÇÃO DO PEDAGOGO.............................................................................. 73

REGIMENTO ESCOLAR .............................................................................................. 76

RELAÇÃO ENTRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS......................... 77

INSTÂNCIAS COLEGIADAS ......................................................................................... 78

APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS .................................. 78

FORMAÇÃO DA APMF ............................................................................................... 79

ESTATUTO DA APMF ................................................................................................. 79

CONSELHO ESCOLAR ............................................................................................... 85

3

FORMAÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR ..................................................................... 85

ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR ....................................................................... 86

GRÊMIO ESTUDANTIL ................................................................................................. 90

CONSELHO DE CLASSE ............................................................................................. 91

SUGESTÕES PARA MUDANÇA NO CONSELHO DE CLASSE........................................ 92

CONSELHO TUTELAR ................................................................................................. 93

RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO .......................... 94

PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA ................................................................... 96

PROJETOS INTERDISCIPLINARES ............................................................................... 96

ABRINDO ESPAÇO ......................................................................................................... 97

INCLUSÃO E DIVERSIDADE ....................................................................................... 97

SALA DE RECURSOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM ......................................... 101

AÇÕES A SEREM IMPLEMENTADAS NA ESCOLA ESTADUAL JOÃO TURIN PARA MELHORAR O RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS.................................................. 105

RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA .....................................................................................................................................

107

LINHA DE AÇÕES DAS DISCIPLINAS 122

CIÊNCIAS 122

BIOLOGIA 146

EDUCAÇAO FÍSICA 169

ENSINO RELIGIOSO

GEOGRAFIA 177

HISTÓRIA 185

LÍNGUA PORTUGUESA 196

ARTE 209

MATEMÁTICA 229

FÍSICA 251

QUÍMICA

SOCIOLOGIA

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

FILOSOFIA

PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO..............................................................

272

SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM .......................................................................... 275

SALA DE APOIO E A APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA ............................. 277

FUNDAMENTAÇÃO DA SALA DE APOIO NA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA............................................................................................................... 282

SALA DE RECURSOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM......................................... 286

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA............................................ 287

4

CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR ................................. 292

FORMAÇÃO CONTINUADA ........................................................................ 295

ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS INTERNOS E EXTERNOS DA ESCOLA ............................................................................................. 297

PLANO DE AÇÃO PARA ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ....................................................................................................................................

299

SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA TRAZER DE VOLTA ALUNOS QUE ABANDONARAM A ESCOLA ........................................................................................ 303

INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS (AVALIAÇÃO DA REAL FUNÇÃO DA ESCOLA EM RELAÇÃO À SOCIEDADE) ................................................. 303

PRÁTICAS AVALIATIVAS ............................................................................................. 304

ALGUNS INSTRUMENTOS QUE PODERÃO SER UTILIZADOS PARA A PRÁTICA AVALIATIVA ................................................................................................................. 305

PROPOSTA PADAGÓGICA - EJA......................................................... 307

OBJETIVOS DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS........................................................................................................................ 308

FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS............................................. 315

INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS............................................................. 318

MATRIZ CURRICULAR.................................................................................................. 319

CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS....................................................................................................... 320

PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO.................................................. 345

ADENDO REGIMENTAL DE ALTERAÇÃO E ACRÉSCIMO 348

DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE DO CURRÍCULO DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES DO PPP

348

356

370

378

387

398

403

416

457

453

464

469

492

502

5

IDENTIFICAÇÃO

01 - Denominação:

Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio

02 - Código do estabelecimento:

00109

03 - Endereço:

Avenida Prefeito Antonio Francischini, 876.

Centro

CEP: 86240-000

Fone /Fax – 0XX(43) 3265-1486.

e-mail - [email protected]

04 – Município:

São Sebastião da Amoreira – Paraná

05 - Localização: Zona Urbana

06 - N.R. E: Cornélio Procópio – PR.

07 - Código do N.R. E: 08.

08 - Entidade Mantenedora:

Governo do Estado do Paraná

09 - Número total de alunos:

Manhã: Ensino Regular: 346 Tarde: Ensino Regular: 205

Noite: Ensino Regular: 45 EJA - 97

6

Total: 693

APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico da escola, numa construção coletiva, consiste

numa ação que visa à superação das relações de poder estabelecido na

organização do trabalho escolar, isto é, nos mecanismos que regem a organização

interna da escola constituindo um elo de mediação entre o trabalho docente e a

prática social global.

Nesta perspectiva de pensar coletivamente, ampliamos o debate político

sobre as práticas sociais culturais, bem como descobrimos outras formas de

organização escolar assegurando a igualdade de acesso aos bens materiais e

culturais, desmascarando as formas de manifestação de relações autoritárias

instituídas na prática escolar atual de tal forma que, pensando na socialização

daquilo que a sociedade produz, a participação e a construção coletiva transformem

o Projeto Político Pedagógico num instrumento de democratização das relações e da

socialização do saber.

Dessa forma concebemos o Projeto Político Pedagógico articulando a ideia de

que a educação escolar enquanto prática social mediadora poderá ser instrumento

de crítica e de transformação da realidade, enfatizando o caráter público da

educação e o papel do Estado no funcionamento e articulação de políticas públicas

de educação que assegurem a qualidade de aprendizagem para todos e todas como

condição necessária ao exercício da cidadania.

No presente Projeto Político-Pedagógico apresentamos as reflexões e

propostas acerca das dimensões políticas, filosóficas, antropológicas, psicológicas e

pedagógicas da educação pública e de qualidade de acordo com a realidade do

colégio, atendendo às aspirações da comunidade escolar, contemplando seus

valores, suas crenças e suas características primordiais, pois o papel da escola é a

socialização do saber sistematizado, a viabilização das condições de transmissão,

7

assimilação e reelaboração do saber buscando a universalização do acesso à

Educação Básica.

O Projeto Político Pedagógico como construção coletiva da identidade da

escola pública, popular, democrática e de qualidade, define uma concepção de

homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, ensino aprendizagem e

cidadania e será apresentado em três marcos distintos, porém interdependentes:

1- Ato Situacional: desenvolvendo ação de acordo com a realidade sócio-

política, econômica, educacional e ocupacional, isto é, o ponto de partida,

explicitando os problemas e as necessidades da escola.

2- Ato Conceitual: preocupação com o desenvolvimento da formação do homem

inserido na realidade educacional buscando fundamentos e condição para

construir o saber necessário à emancipação social, política, cultural e

econômica das camadas populares.

3- Ato Operacional: preocupa-se com atividades a serem desenvolvidas,

modificando a escola com ações comprometidas com a transformação da

realidade educacional e social, apresentando linhas de ação numa gestão

democrática, do próprio projeto pedagógico e a formação continuada dos

trabalhadores em educação dentro de uma proposta de avaliação

emancipatória.

Para tanto, o presente Projeto Político Pedagógico foi elaborado de acordo

com a LDB, Lei 9394/96, onde destacamos o seguinte artigo:

Art. 12 Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e

as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

I elaborar e executar sua proposta pedagógica;

II administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;

III assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;

IV velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

V prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento;

8

VI articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de

integração da sociedade com a escola;

VII informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos

alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.

INTRODUÇÃO

O presente Projeto Político Pedagógico traz em sua concepção estratégias

que têm como foco de suas atenções o aluno, garantindo o acesso e permanência

do mesmo na escola, oferecendo-lhe uma Educação de qualidade.

O objetivo principal da presente proposta que acontece na perspectiva de

constante construção é mostrar de forma transparente a responsabilidade que nos

cabe como educadores: ajudar a formar cidadãos com uma ampla visão do mundo

que o cerca, capazes de analisar fatos e argumentar coerentemente acerca dos

mesmos, compreendendo o espaço e a sociedade em que estão inseridos, atuando

na mesma de forma crítica, ativa e responsável na melhoria de seu espaço de

vivência.

Tal objetivo é alcançado com a atuação coletiva de todos os segmentos

escolares.

Através de um texto simples e claro procuramos elaborar uma proposta

pedagógica que reflita realmente a imagem do colégio em questão.

Este projeto é entendido como um instrumento de intervenção por constituir-

se em um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas do colégio,

buscando alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade que é ofertar

uma Educação de Qualidade, comprometendo-se com as questões sociais,

aproximando os sujeitos escolares de uma construção contínua, diária e permanente

de conhecimento científico.

ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO:

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No dia 16 de junho de 1959, instalou-se a Escola Normal Ginasial “João

Turin”; às 17h30min, no prédio do Grupo Escolar “ Manoel Ribas”, localizado na

Avenida Prefeito Antonio Francischini, 127, com a presença dos professores: Diva

Vidal, chefe do Ensino Normal, Senhores:Alfredo Luiz Batista – D.D Prefeito

Municipal, Senhorita Maria José Silva, 1ª Diretora designada para responder pelo

expediente da Escola Normal Regional pela Resolução nº 716 de 19/03/1959, além

de outros professores e autoridades. Foi pela professora Diva Vidal, em nome do

Exmo. Secretário dos negócios da educação e Cultura Nivon Weigert instalada

oficialmente a Escola Normal Regional “João Turin”, na Administração do

Governador Moisés Lupion. Esta escola já nesta época em funcionamento tinha 68

alunos matriculados na 1ª Série.

O corpo docente era composto pelos seguintes professores: Maria José Silva,

Amaury Ribeiro, que também exercia a função de secretário, Ivone Santa Maria e

Efigênia Khoster.

A Escola funcionou no prédio do Grupo escolar “Manoel Ribas” no período de

1959 a 1966, quando em 1967 mudou-se para o prédio do grupo Escolar “Visconde

de Almeida Garret” até o ano de 1971, voltando no ano seguinte a funcionar no

Grupo Escolar “Manoel Ribas”.

A ESCOLA PASSOU PELAS SEGUINTES TRANSFORMAÇÕES:

Da data de instalação de 1959 a 1961, funcionou no regime de Escola Normal

Regional “João Turin”.

De 1961 a 22 de dezembro de 1967 – Escola Normal de Grau Ginasial “João

Turin”. Decreto nº 36.026 de 24 de janeiro de 1961. Em 22 de dezembro de 1967

passou a denominar-se Ginásio Estadual “João Turin” pelo Decreto de criação nº

8.076 de 22 de dezembro de 1967.

O Grupo Escolar Manoel Ribas foi construído em 1953. Funcionou até como

Escola Isolada.

Com a Reorganização de Ensino, as escolas: Grupo Escolar “Manoel Ribas” e

Ginásio Estadual “João Turin”, passaram a denominar-se “Escola João Turin”-

Ensino de 1º Grau de 1ª a 8ª séries, pela Resolução nº. 2.246/80 pelo Decreto nº.

3.038 de outubro de 1980.

10

De acordo com a resolução nº. 680/83 de 07/03/83 da secretaria de Estado da

Educação, a Escola João Turin Ensino de 1º grau passa a denominar-se Escola

Estadual João Turin – Ensino de 1º Grau.

Com base nas disposições do Decreto Governamental nº 2545/88 e por força

da Resolução Secretarial n.º44, de 22/03/1988 foi implantado o Ciclo Básico de

Alfabetização no Sistema Estadual de Ensino reunindo a 1ª e 2ª num continuum de

dois anos, passando a ser implantado nesta Escola no ano de 1989.

No ano de 1998 foi implantado o Ciclo Básico de Alfabetização – Continuum

de quatro anos, considerando a Resolução n.º 6.342/93.

Com a autorização de funcionamento do Curso de 1º Grau Supletivo Fase II

de acordo com a Resolução 5694/93 de 15/02/1993 a Escola passa denominar-se

Escola Estadual João Turin – Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo.

A partir do dia 23 de setembro de 1998, a escola passou a denominar-se

Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental de acordo com a Lei nº 9394/98,

Deliberação n.º 003/98 – CEE e Resolução n.º 3120/98 – DG/SEED.

Com a municipalização de Ensino de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental,

os alunos desta modalidade de ensino foram transferidos para a rede municipal.

A partir do ano de 2001, a Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental

passa a ser a única escola do município a ofertar o Ensino de 5ª a 8ª séries do

Ensino Fundamental, sendo que nesse mesmo ano, foi implantado gradativamente,

o Curso Supletivo Fase II, considerando a Lei nº 9394/96, a Deliberação 08/00 –

CEE e o Parecer nº 157/01 do Conselho Estadual de Educação, sendo reconhecido

pela Res. 1783/2001, o qual foi encerrado em julho do ano de 2006.

A Renovação do Reconhecimento da Escola Estadual João Turin – Ensino

Fundamental deu-se através da Resolução nº 2437/2002.

No ano de 2006, a Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental passou

a ofertar o Ensino de 5ª a 8ª séries regular, do Ensino Fundamental, também no

período noturno.

No ano de 2010, a Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental, passou

a ofertar também o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio na modalidade de

Educação de Jovens e Adultos – EJA.

11

A partir de 26 de outubro de 2010 a Escola Estadual João Turin – Ensino

Fundamental, passou a ser denominada de Colégio Estadual João Turin – Ensino

Fundamental e Médio de acordo com a Resolução nº3. 120 de 25/08/2010.

No ano de 2012, obedecendo a Lei Federal nº 9394/96, que institui as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional; a Resolução nº 7/2010-CNE/CEB, que

fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9(nove)

anos; a Deliberação nº 03/2006-CEE/CEB; o Parecer nº 407/2011-CEE/CEB, bem

como o disposto na Instrução nº 008/2011-SUED/SEED, o colégio implantará de

forma simultânea o 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

GESTÕES ANTERIORES:

Maria José Silva – Professora – Normalista

Resolução N.º16 – 1959 à agosto de 1960.

Átila Bueno Mendes – Normalista

SETEMBRO DE 1960 A 14 DE ABRIL DE 1961.

Maria José Silva – Normalista

Resolução n.º 1836 – 1961 a 1969.

Maria José da Silva Oliveira – Normalista

Resolução n.º 5313 – 1969 a 20 de janeiro de 1973.

Conceição Maria da Silva – Licenciada em Pedagogia

Resolução n.º 155/73 a 07 de janeiro de 1974.

Nelly Fortuce de Souza – Licenciada em Pedagogia

Resolução n.º 2605/73 a 29 de julho de 1974.

Nelly Fortuce de Souza, brasileira, casada, RG. 824479-0, CPF.

551.356.929-91, título de eleitor 122.451.106-98 da 35ª zona eleitoral, da cidade de

São Sebastião da Amoreira – PR, nascida em 13/03/36 na cidade de Mirai – Minas

Gerais, filha de Maria Fortuci e Luiz Gazeta.

12

Ingressou no Magistério pela Prefeitura Municipal de São Sebastião da

Amoreira – PR, com apenas a 4ª série concluída no Grupo Escolar Dr. Justino Alves

Pereira em 1947, na cidade de Mirai – Minas Gerais.

No ano de 1958 foi nomeada Professora Primária Estadual conforme Portaria

n.º 1363 de 19/03/1958. Após um ano, 1959, ingressou na Escola Normal Regional

“João Turin” – São Sebastião da Amoreira, concluindo o curso em 1962. No ano de

1966 ingressou na Escola Normal Colegial Estadual Geremias Lunardelli, concluindo

o curso em 1969.

Possui os seguintes Cursos Superiores:

Pedagogia Especialização em Administração.

Escolar FAFI de Cornélio Procópio – 1973.

Habilitação em Psicologia da Educação, Sociologia e Didática – Registro

MEC n.º ‘L’ 100.226 e 7.385.

Matemática – FAFI de Mandaguari – 1976.

Habilitação: Matemática, Física e Desenho Geométrico – Registro no MEC

n.º ‘L’ 103.888.

Pós-Graduação – IEDA de Assis – Curso de Especialização na área de

concentração de Didática Geral – 1991.

A partir de 1970 ministra aulas extraordinárias, sendo atualmente aulas que

ultrapassam a carga horária de 32 horas/aulas do RDT.

Curso Ministrado: Explicitadora de Fundamentação Didático-Pedagógica.

Cursos de Capacitação: 1557 horas com 100% de freqüência e

aproveitamento Bom, Muito Bom e Excelente.

Concurso que obteve aprovação:

Concurso de promoção do Magistério (Matemática) aprovada em 1979

nomeada em 29/02/80, Decreto 01997 – Professor MPP 103 Nível P3 26/02/80.

Concurso Público do Quadro Próprio do Magistério (Matemática) aprovada

em 1980. Nomeada em 23/12/81 L 00013 – Enq. Professor Ensino Médio. Lic. Nível

C 304.

Cargos que exerceu até a presente data:

De 25/02/64 à 05/02/70 Inspetora Estadual conforme Portaria n.º 631 de

25/02/64.

13

De 06/03/70 a fevereiro de 1972 – Diretora do Ginásio Estadual “Rui Barbosa”

de Nova América da Colina – Decreto 2663 de 06/03/70.

De 04/09/73 à 06/01/74 – Secretária do Ginásio Estadual “João Turin” –

Portaria 1776 de 04/09/73.

De 05/01/74 à 29/07/74 – Diretora Ginásio Estadual “João Turin” – Resolução

2.605 de 28/12/73.

De 13/03/75 à 14/03/79 – Diretora do Ginásio Estadual “João Turin” – Portaria

605/75 de 13/03/75.

De 30/05/79 à 09/01/86 – Diretora da Escola Estadual “João Turin” –

Resolução 719 de 30/05/79.

Atualmente possui segundo padrão de Matemática LF02 com 40 horas

semanais, conforme Resolução 0001 de 25/01/95, Professora MPP105, sendo 20

horas ministrando aulas de Matemática e 20 horas exercendo a função de

Supervisora de Ensino da Educação de Jovens e Adultos.

Alzira Ferreira Lopes – Licenciada em Pedagogia

Resolução n.º 2658/74 a 10 de março de 1975

Alzira Ferreira Lopes nasceu em 07/02 em Congonhinhas, PR Seus

progenitores são: Sebastião Gonçalves Lopes e Floriza Ferreira dos Santos Lopes.

Filha primogênita, que aos 12 anos de idade em 1954, ingressou no Magistério, com

apenas a 4ª série. Após um ano, isto é, foi nomeada pelo estado em 1955 pela

portaria n.º 643 em 31/03/55. Após alguns anos, ingressa na então Escola Normal

da cidade de Nova Fátima, onde concluiu o 2º Grau.

Após quatro anos ingressa na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de

Mandaguari no Curso de Pedagogia. Com habilitação em Magistério e em 1977,

conclui também o Curso de Supervisão Escolar.

Foi designada para assumir a direção no Ginásio Estadual “João Turin” pelo

Artigo 4º n.º 7457 de 29/03/62, no dia 17/07/62.

No ano seguinte, após a Formatura, ingressa no 2º Grau, ministrando as

disciplinas pedagógicas e atendendo a supervisão de 1ª a 4ª séries, até 30/12/85,

quando foi aposentada.

Antenor Ramalho – Resolução 5563/85 de 27/12/85.

14

Licenciatura Plena em Letras Vernáculas – MEC 103.384.

Antenor Ramalho, filho de Honório Laurindo Ramalho e Maria Vicente

Ramalho, nasceu em Assaí, PR no dia 07/03/49.

Até 4 anos de idade residiu na zona rural na Água do Pavão.

Cursou o primário em 1958, no Grupo Escolar Manoel Ribas. Cursou o

Ginásio em 1962 na Escola Normal Regional “João Turin”. Em seguida iniciou na

Escola Normal Colegial Geremia Lunardelli em São Sebastião da Amoreira.

Em 1972 iniciou o curso de 3º Grau na FAFI de Cornélio Procópio em Letras

Vernáculas e Educação Física em Arapongas.

Participou de vários cursos para capacitação e reciclagem na vida profissional

como:

1- curso de reciclagem de 1ª a 8ª série com duração de 432 horas;

2- curso de Extensão Universitária Pedagógica com duração de 72 horas;

3- curso de capacitação em Psicologia com duração de 32 horas;

4- curso de capacitação em Matemática Moderna com 36 horas;

5- cursos de gerenciamento da Gestão Escolar.

Na carreira profissional, foi Supervisor por 2 anos do IBGE de 1969 até 1970.

Foi vereador no município de 1993 até 1996.

Como professor iniciou em 1971, no Colégio Comercial Estadual Antonio

Francischini e prosseguiu na Escola Estadual “João Turin”, Escola Normal Colegial

Geremia Lunardelli, Colégio Estadual Jerônimo Onuma, Escola Estadual José

Sarmento Filho em 1984 na cidade de Iretama, PR; e Escola Estadual de Vila Nova

em 1985.

Foi eleito Diretor em 1986 e 1987, na Escola Estadual “João Turin”.

Em 1994 foi Supervisor de Ensino – no Colégio Jerônimo Onuma, em 1994 e 1995.

Em 1996 e 1997 foi Diretor Auxiliar no Colégio Estadual Jerônimo Onuma.

Durante 28 anos de docência ministrou várias disciplinas como: Educação

Física, Educação Artística, Educação Moral e Cívica, OSPB, Geografia, Ciências,

Língua Portuguesa e Literatura, Mecanografia e Processamento de Dados.

Aposentou-se em 22/04/99.

José dos Santos Filho – Resolução 3449/89 de 11/12/89.

Licenciatura Plena em Letras Franco Portuguesas – MEC 100586

15

José dos Santos Filho, filho de José dos Santos e Francisca Luiza dos

Santos, nasceu em 29/09/1948 em Assaí, PR.

Ainda criança passou a residir no município de São Sebastião da

Amoreira, na zona rural na Secção Alto Alegre, onde ajudava seus pais na lavoura.

Começou a cursar o primário em 1956 na Escola Rural Água do Aprígio terminando

em 1960.

Mudou-se para São Sebastião da Amoreira em 1962, onde aprendeu a

profissão de Alfaiate, ainda criança, trabalhando, começou a cursar o ginasial na

Escola Estadual “João Turin” em 1963, terminando em 1966. Em seguida

começou cursar o 2º grau na Escola Normal Colegial Geremias Lunardelli,

concluindo em 1969.

Iniciou a carreira profissional em 1968, lecionando de 1ª a 4ª séries, na

Escola Municipal Secção Triguinho, em 1969 transferiu para a Escola Municipal

Olímpio Furlanetto, em 1970 transferiu-se para a Escola Municipal São Roque e em

1971 para a Escola Municipal Almeida Garrett.

No mesmo ano iniciou suas atividades profissionais, transferindo-se de 1ª a 4ª série

para 5ª a 8ª série e 2º Grau. Foi secretário da Escola Manoel Ribas de 1978 a 1982.

Formou-se pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia

do Sul, Pr., no Curso de Letras Franco-Portuguesa em 1974, exercendo a profissão

de professor de francês e Língua Portuguesa na Escola Estadual “João Turin”, até

sua aposentadoria em 1996.

Participou de cursos de reciclagem de 1ª a 8ª série com duração de

432 horas; Curso de extensão Universitária Pedagógica com duração de 72 horas;

Curso de Capacitação em Psicologia com duração de 32 horas; Curso de

capacitação em Matemática Moderna ministrado pelo Cetepar com duração de 36

horas e curso de Pró-carta com duração de 32 horas. Foi Diretor auxiliar na

Escola Manoel Ribas em São Sebastião da Amoreira de 1986 a 1987; Diretor Geral

da Escola Estadual “João Turin” de 1988 a 1991. No decorrer de sua vida

profissional ocupou vários cargos como: Tesoureiro do Mobral de 1973 a 1977;

Tesoureiro do Esporte Clube Amoreira por 3 anos de 1970 a 1973; Tesoureiro do

Iate Clube Amoreira no ano de 1978 a 1986.

16

Ângelo Irineu Furlanetto – Resolução 3901/93 – 4631/95 – 4282/97.

Licenciatura Plena em Letras Anglo-Portuguesas – MEC 100582.

Pós-graduação em Metodologia e Didática do Ensino.

Ângelo Irineu Furlanetto, nasceu em 16/03/48, no município de Assai, Pr.

Filho de Olímpio Furlanetto e Magdalena Lucato Furlanetto.

Concluiu a 4ª série do Ensino Primário no Grupo Escolar Manoel Ribas em

1959, 4ª série do Curso Normal Ginasial em 1965, na Escola Normal Regional “João

Turin”; Normal Colegial em 1969, na Escola Normal Colegial Geremia Lunardelli, em

São Sebastião da Amoreira, Pr. Licenciatura Plena de Letras Anglo-Portuguesas, na

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul, PR, em 12/02/75;

Curso de Especialização em Metodologia e Didática do Ensino em nível de pós-

graduação, “Lato sensu” no período de maio de 1996 a julho 1997, na Faculdade de

Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio – Pr.

Nomeado Professor de 1ª a 4ª série, através de Concurso Público, pelo

Decreto n.º 4401 de 13/03/67; Secretário da Escola Normal Colegial Geremias

Lunardelli, de 14/03/73 a 22/03/76, pela Resolução n. 415 de 14/03/76; Diretor do

mesmo estabelecimento de Ensino, de 22/03/76 a 28/12/79, pela Resolução n.º

603/76 de 22/03/76; Secretário do Ginásio Estadual “João Turin” de São Sebastião

da Amoreira – PR, de 28/12/79 a 31/12/90, pela Resolução n. 2110/79 de 28/12/79;

Diretor do mesmo Estabelecimento desde 01/01/92 até a presente data, pela

Resolução n.º 3901/93. Nomeado no 2º Padrão na disciplina de Inglês pelo Decreto

n.º 1997 de 26/02/1980. Aposentando-se em 29/04/2005 pela Resolução 5596/05.

Cleuza Rosa Gaspar Siqueira - nomeada Diretora pela Resolução nº

1271/05 a partir de 02/05/2005.

Formação Acadêmica em Pedagogia com Habilitação em Supervisão

Escolar – MEC nº 9505307.

Pós Graduação – Especialização em Educação Especial-Deficiência

Mental.

Cleuza Rosa Gaspar Siqueira nasceu em 10/04/1952, no município de São

Sebastião da Amoreira, filha de Olinto Cardoso Gaspar e Joana Maria Gaspar.

Concluiu o Ensino Primário no Grupo Escolar Manoel Ribas, 5ª/8ª séries no

Ginásio Estadual João Turin, o Magistério na Escola Normal Colegial Geremia

17

Lunardelli, Licenciada em Pedagogia – Habilitação em Supervisão Escolar na

Fundação Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio –

Paraná. Na faculdade acima citada concluiu o curso de Especialização em

Deficiência mental em nível de Pós Graduação, Lato Senso.

Primeiro cargo público assumido foi de professora municipal de 1.ª a 4.ª

séries no ano de 1970 no Grupo Escolar Geremia Lunardelli na Fazenda Cachoeira.

Em 1976 exerceu a função de responsável pela Merenda Escolar no Grupo

Escolar Visconde Almeida Garrett; no ano de 1977 passou a exercer função de

Auxiliar Administrativo até 1984 no Colégio Estadual João Turin; no ano de 1985

assumiu o cargo de responsável pela merenda do município de São Sebastião da

Amoreira na Inspetoria de Ensino Municipal.

Em 1986 foi nomeada Professora Estadual, através de concurso público pelo

Decreto n.º 8630/86 de 22/07/86 com exercício na Escola Estadual Antonio

Francischini.

Em 1987 assumiu o 2.º padrão através de concurso público pelo Decreto n.º

1933 de 27/11/87, tomando exercício na Escola Estadual João Turin – Ensino de 1.º

Grau.

No ano de 1991 foi aprovada no concurso público de Supervisão Escolar,

pedindo exoneração do 2.º padrão para assumir o cargo de Supervisora Escolar na

Escola Estadual Antonio Francischini onde já atuava como Diretora Auxiliar. Com a

aposentadoria da Diretora assumiu a Direção nesta mesma escola. No ano de 1991

concorreu a Eleição de Diretor, continuando na Direção da Escola Estadual Antonio

Francischini até 31/12/2000, quando houve cessação definitiva da escola.

Transferiu-se para Escola Estadual João Turin, dirigida pelo Professor Angelo

Irineu Furlanetto que a convidou para Vice-Diretora até 02/05/2005. Em decorrência

da aposentadoria o mesmo assumiu o Cargo de Diretora até 31/12/2005.

Em sua atuação como Diretora e Diretora Auxiliar, implantou Supletivo Fase I

em 1989, Supletivo Fase II em 1991, Curso Regular Noturno de 5ª a 8ª séries em

1993, implantou 5ª a 8ª séries no período matutino em 1997. Conseguiu ampliação

de várias salas de aula, biblioteca, secretaria, elevou os muros, conseguiu várias

reformas, pavimentou boa parte do pátio.

Construiu a casa do Zelador, com verbas de promoções.

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Na Escola Estadual João Turin conseguiram reformas de salas de aula,

banheiros, cobertura da entrada e da passarela de ligação das salas de aula.

Empenharam no Projeto de cobertura da quadra, conseguindo a sua

aprovação para o ano de 2006.

Desenvolveram vários projetos: Agrinho, Agenda 21, Cultura Afro Brasileira e

Africana, Fera e outros.

Participação dos alunos nos jogos escolares promoveram gincanas cultural e

desportiva, várias palestras, cursos para os alunos

GESTÃO ATUAL

Exilaine Gaspar - nomeada Diretora pela Resolução 58/2006 a partir de 16

de janeiro de 2006.

Formação Acadêmica em Letras, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e

Letras de Jandaia do Sul; pós-graduada com Especialização em Educação Especial

– Deficiência Mental pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Cornélio

Procópio.

Exilaine Gaspar nasceu em Cornélio Procópio no dia 26 de julho de l970, filha

de Expedito Campos Gaspar e Ivany Medeiros Gaspar.

Em 1984 concluiu o Ensino Fundamental na Escola Estadual João

Turin, no ano de 1988, recebeu o diploma do Ensino Médio com habilitação

Magistério no Colégio Estadual Padre Jerônimo Onuma.

Sua vida profissional iniciou-se em l989 como professora municipal nas

Escolas Municipais de S. S. da Amoreira.

Em 1991, paralelamente com a função de professora municipal, foi contratada

pelo regime CLT da Secretaria do Estado da Educação até o ano de 2003 quando

foi aprovada no Concurso Público de professores realizado pela Secretaria da

Educação do Paraná.

Entre 1996 a 1998 ministrou aulas na APAE de São Sebastião da Amoreira.

Em 1993 foi convidada a exercer a função de Chefe de Divisão, Cultura e

Esporte na Prefeitura de São Sebastião da Amoreira quando promoveu a 1ª Gincana

do Trabalhador, quando trouxe oficinas de Arte e Cultura promovida pelo Museu

Alfredo Andersen de Curitiba.

19

No período de 1994 a 1996 foi Secretária de Saúde Municipal, período em

que se destacou pelos vários projetos desenvolvidos na área da saúde.

Realizou muitos cursos de aperfeiçoamento ao longo de sua carreira

profissional promovidos pelo CETEPAR; pelo Museu Alfredo Andersen participou do

“Encontro de Arte – Educação em 1992”; “Oficinas Integradas de Cultura” promovida

pela Coordenadoria de Ação Cultura do Governo do Estado do Paraná em 1993;

“Aspectos Gerenciais do Protegendo a Vida em 1996”, pelo então Secretário de

Saúde Estadual Armando Raggio; participou do “Seminário de Condutas de

Comportamento - Hiperatividade em 1997”; possui registro de autora nos “Anais do

1º Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial da Universidade de

Londrina” realizado de 05 a 08 de novembro de 1997 com o tema “Equoterapia: uma

terapia alternativa para o portador de deficiência”. Participou do Projeto Vale Saber

– “Aplicação de Pesquisa Sobre o Perfil Sócio – Econômico da Localidade em 2002”

e também do “XIII Simpósio de Iniciação Científica” da UNIFIL em Londrina em

2005; participou do projeto de “Extensão: do regional ao Mundial: uma sucessão de

causos, histórias... nossas histórias!”, ministrados pelos professores do

Departamento de Letras e Geografia de Cornélio Procópio em 2005.

ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio, atualmente

está construído em 02 pavilhões, que se subdividem de acordo com discriminação

abaixo:

Pavilhão I

01 sala para biblioteca;

01 sala para secretaria;

01 sala adaptada para a Sala de Recursos e Sala Multifuncional I;

01 sala para Direção e Vice Direção;

01 sala para o PROINFO;

01 sala para a Equipe Pedagógica;

20

01 sala para os Professores;

01 sala para o laboratório Paraná Digital;

05 salas de aula;

WC feminino com 02 sanitários e lavatórios para funcionários;

WC masculino com 01 sanitário e lavatório para funcionários.

WC masculino com 03 sanitários e lavatórios para alunos;

WC feminino com 04 sanitários e lavatórios para alunos;

Pavilhão II

07 salas de aula;

01 sala adaptada para sala de apoio à aprendizagem;

01 sala adaptada para Sala Multifuncional II;

WC masculino com 03 sanitários;

WC feminino com 04 sanitários.

No pátio:

02 Mesas fixas para o treino de tênis de mesa;

01 Refeitório com mesas, bancos, bebedouro;

01 Cozinha com geladeira, freezer, fogão, pia e utensílios de cozinha;

01 Despensa para depósito da merenda escolar;

01 Quadra de Esportes coberta com traves para prática de futsal e handebol e

postes móveis para a prática de voleibol;

02 Tabelas de basquetebol;

Espaço destinado ao estacionamento de veículos;

01 Sala adaptada para o Programa Leite das Crianças.

OFERTAS DE CURSOS E TURMAS

O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio funciona em

três turnos de atendimento.

21

As aulas têm duração de 50 minutos e o horário das mesmas é organizado de

maneira a agrupar as disciplinas do Núcleo Comum para ter um melhor rendimento

do ensino.

Os turnos são organizados da seguinte forma:

Período Matutino: As aulas são iniciadas às sete horas e trinta minutos e

terminam às onze horas e cinquenta minutos, distribuídas como segue abaixo:

Primeira aula - 07h30min às 08h20min; segunda aula 08h20min às 09h10min;

terceira aula 09h10min às 10h00min intervalo para o lanche de 10 minutos; quarta

aula 10h10min às 11h00minh; quinta aula -11h00minh às 11h50min.

Neste período geralmente são ofertados 420 vagas para o ensino de 6º ao 9º

ano do ensino fundamental. As turmas são formadas com 35 alunos nos 6os anos e

no máximo 40 alunos nos demais, organizados por ordem alfabética.

Para organizar as turmas, contamos com 13 salas de aula que são todas

utilizadas no turno da manhã para atender a demanda.

Ao todo são formadas 03 turmas de 6º ano, 03 turmas de 7º ano, 03 turmas

de 8º ano, 03 turmas de 9º ano, uma sala de apoio e uma sala Multifuncional I.

Período Vespertino: As aulas são iniciadas às treze horas e terminam às

dezessete horas e vinte minutos, distribuídas como segue abaixo:

Primeira aula - 13h00min às 13h: 50min; segunda aula - 13h:50min às

14h:40min; terceira aula - 14h:40min às 15h:30min; intervalo de 10 minutos para o

lanche retornando a quarta aula - 15h:40min às 16h:30min; quinta aula - 16h:30min

às 17h:20min.

Neste período são ofertadas 300 vagas: três turmas de 6º ano, três turmas de

7º ano, duas turmas de 8º ano, uma turma de 9º ano, uma sala de recursos, uma

sala de apoio e uma sala Multifuncional II.

Período Noturno: Neste período contamos atualmente com duas turmas do

Ensino Fundamental sendo uma turma de 8º ano, uma turma de 9º ano. Contamos

ainda com a EJA em que grupos de alunos podem ser distribuídos em 07 (sete)

salas, uma vez que a escola oferta o Ensino Fundamental Fase II Individual e

Coletivo e o Ensino Médio Individual e Coletivo.

22

As aulas são assim organizadas no Ensino Fundamental Regular: Primeira

aula - 19h00min às 19h:50min; Segunda aula – 19h:50min às 20h:40min; Terceira

aula – 20h:40min às 21h:30min, intervalo de 10 minutos para o lanche retornando

para a quarta aula com início às 21h:40 min às 22h:25 min ; quinta aula - 22h:25

min às 23h:10min.

Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, EJA, Fase II e Ensino

Médio, são 04 (quatro) aulas diárias assim organizadas: Primeira aula – 19:00h às

19h:45min; Segunda aula – 19h:45min às 20:30min; Terceira aula – 20h:30min às

21h:10min; intervalo de 10 minutos para o lanche, retornando para a quarta aula

com início às 21h:20min, quinta aula 22h:00, finalizando às 22h:45m.

CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO, ALUNOS, PAIS, PROFESSORES,

FUNCIONÁRIOS E EQUIPE DE DIREÇÃO E PEDAGOGOS:

CARACTERIZAÇÃO GERAL

O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio da cidade de

São Sebastião da Amoreira, Núcleo Regional de Cornélio Procópio, está situado à

Avenida Prefeito Antonio Francischini, nº 876, área central. Encontra-se a 47 km de

distância do N.R.E. ao qual pertence.

Oferece a modalidade de Ensino Fundamental de 6º ao 9º anos do Ensino

Regular nos períodos matutino, vespertino e noturno, sendo que desde o ano de

2010 oferece a EJA – Educação de Jovens e Adultos, organização Ensino

Fundamental – Fase II e Ensino Médio.

Quanto às características sócio-culturais e econômicas do nosso alunado,

muitos deles provêm da classe média baixa, vem de uma comunidade

predominantemente agrícola, que trabalham em serviços braçais em grandes

propriedades, bem como no corte de cana para a Usina de Álcool Nova América -

ANA. Prestam serviços à zona rural do município e também em municípios vizinhos.

Algumas outras opções de trabalho são oferecidas por pequenas fábricas, serviços

públicos e o comércio local.

23

A outra parte dos alunos é itinerante, ou seja, fazem matrícula, frequentam as

aulas por algum tempo e logo pedem transferência para outras escolas, geralmente

do Estado de Minas Gerais, na época da colheita do café, retornando após alguns

meses trazendo a mesma transferência que levaram, porque lá não frequentaram

nenhuma escola.

Outro grande problema enfrentado pela escola são os casos de famílias

desestruturadas, cujos pais são separados, os filhos são obrigados a morar ou com

o pai, ou com a mãe, com parentes e até mesmo na Aldeia Infantil, casa que abriga

crianças desamparadas, inclusive de outros municípios e estados.

Há um grande índice de analfabetismo principalmente na população rural

onde o acesso e permanência na escola são difíceis devido ao trabalho e a falta de

incentivo dos patrões e até mesmo da própria família.

Dispomos de uma comunidade pobre, porém com um nível cultural enraizado

nas pequenas tradições, usos, costumes e religião, que ainda prevalece na maior

parte das pessoas, pois somente a minoria tem acesso aos meios culturais

oferecidos pelos grandes centros. Nesse contexto é a escola que oferece aos

alunos, aos pais e comunidade, a oportunidade à aquisição de conhecimentos

culturais, por meio do saber ofertado por essa instituição de ensino, de promoções,

passeios e excursões propiciando a integração entre escola – família – comunidade.

Como a grande maioria dos nossos alunos encontra-se na etapa da vida entre

a infância e a idade adulta, ou seja, a adolescência, existem conotações

psicológicas e sociais que vão além das mudanças físicas e fisiológicas da

puberdade. Compreender o que este período costuma provocar em termos de

mudanças de comportamento e como ajudar o jovem a viver esta fase de maneira

mais positiva possível faz-se necessário reconhecer algumas características básicas

no comportamento do adolescente, tais como:

• Questionamento dos limites – todo adolescente testa os limites que lhes são

colocados, seja na família, na escola ou na sociedade;

• Identificação – todo adolescente vive intensamente o processo de

identificação, por meio do qual ele procura imitar uma pessoa ou um grupo,

aderindo ao seu vocabulário, seu modo de vestir, sua ideologia. Às vezes a

24

busca é por aceitação; às vezes são apenas “ensaios” para descobrir sua

própria identidade;

• Cumplicidade – o adolescente é leal ao seu grupo, e esse sentimento de

lealdade leva ao que muitos educadores chamam de cumplicidade

adolescente, os jovens se protegendo entre si em relação à pessoa, normas e

valores do mundo adulto;

• Intensidade – todo adolescente imprime uma intensidade apaixonada àquilo

que sente ou faz, quando acredita realmente no que está sentindo ou

fazendo.

O grande desafio é oferecer aos jovens, ambiente e atividades que permitam

a expressão positiva de sua natureza.

Se por um lado é preciso acolher e incentivar, por outro é preciso saber

estabelecer e sustentar limites, através de regras claras e coerentes de convívio,

aplicadas de maneira justa, porém firme. A existência de limites e de disciplina é de

natureza pedagógica e tem função estruturante na formação da personalidade do

jovem.

CARACTERÍSTICAS DOS ALUNOS DA ESCOLA:

Nossos alunos são de classe média e baixa, possuem conhecimentos que

trazem de casa, da convivência com a família e o que já aprenderam através dos

estudos até chegar aqui, nas séries finais do ensino fundamental. Os alunos do

período matutino têm mais facilidade de construção do conhecimento por estarem

na faixa etária idade/série e receberem maior atenção dos pais. Os conhecimentos

que os alunos trazem espontâneos ou não são respeitados pela escola.

Quanto aos alunos do período vespertino e noturno, encontram maior

dificuldade de construção de conhecimento por motivo da idade mais avançada a

sua série, pois já reprovaram ou tiveram que abandonar a Escola por motivo

socioeconômico. Pela necessidade de iniciar no mundo do trabalho muito cedo, os

mesmos não tem perspectivas quanto à melhoria do seu padrão de vida por meio

dos estudos, primeiro porque não podem dedicar-se totalmente aos estudos, pois

dependem do trabalho para seu sustento ou da família e segundo, pela falta de

25

oportunidade de trabalho em seu espaço de vivência, restando aos mesmos só os

trabalhos braçais na área rural do próprio município, em municípios vizinhos ou até

mesmo em outros estados. Outros ainda precisam ficar em casa no período da

manhã, cuidando dos seus irmãos menores enquanto seus pais trabalham. Diante

dos fatores citados, os profissionais da educação que atuam no colégio, procuram

fazer do mesmo, um lugar onde se ganha o gosto pelo trabalho de aprender,

mostrando aos alunos e seus familiares que a Educação é um direito humano

fundamental e o conhecimento científico é um bem que é incorporado pela pessoa

tornando-a humana e plena, interagindo com seu meio social de forma consciente e

responsável, proporcionando a todos a capacidade necessária para refletir, fazer

opções e viver melhor.

CARACTERIZAÇÃO: PROFESSORES, DIREÇÃO, EQUIPE TÉCNICO -

PEDAGÓGICA E FUNCIONÁRIOS.

O coletivo dos profissionais que atuam neste estabelecimento de ensino tem

como objetivo desenvolver uma ação coletiva visando à preparação dos alunos para

obterem bons resultados na escola e consequentemente na sociedade

Para que essa “ação coletiva” aconteça harmonicamente e produza bons

resultados, é necessário que o professor tenha compromisso de ensinar, acima de

tudo, pelo exemplo, instrumentalizando o aluno com o conhecimento científico,

ajudando-o a ser capaz de raciocinar por conta própria, com autonomia pedagógica

e posicionar-se de maneira crítica, ativa e responsável em todas as situações.

Junto aos professores das diversas disciplinas escolares, a atuação da

Direção e da Equipe Técnico-pedagógica, procura garantir a ação integrada de

todos os profissionais que trabalham na escola, na tarefa coletiva de educar nossos

alunos para a vida, enfocando o desenvolvimento do processo de socialização do

aluno, visando o seu crescimento no sentido de uma convivência social onde seja

possível a troca e a construção conjunta. Sabendo que nenhuma disciplina isolada

faz sentido para o aluno, os conteúdos programáticos precisam ser relacionados a

outras disciplinas, para que o aluno sistematize o conhecimento de forma

interdisciplinar.

26

O diálogo entre a direção e o professor tem de acontecer em torno dos

resultados da aprendizagem, juntamente com a equipe pedagógica que deve ter

uma ação constante e preventiva. O gestor deve manter-se informado, sobre

qualquer aluno que esteja dando sinais de desânimo ou dificuldade de

aprendizagem. No entanto, a avaliação de resultados só tem sentido se

acompanhada de providências corretivas, oportunas, enérgicas e competentes.

Procuramos realizar um trabalho eficaz, positivo, oferecendo à comunidade

um ensino de qualidade e nos empenhando cada dia mais na questão da

permanência do aluno com sucesso, pois se o aluno não tem êxito no processo

educacional, todo o trabalho da escola perde o sentido. Toda a comunidade escolar

deve perceber no processo de ensino e aprendizagem um objetivo a ser

coletivamente alcançado.

Em suma, mesmo sabendo que nossos alunos apresentam dificuldades

pessoais e familiares e que isso tem impacto no processo de aprendizagem, não

significa que a aprendizagem seja impossível, desde que se promova a adaptação

às necessidades daquele que vem para aprender. É preciso refletir sobre a

importância do papel da escola para o futuro do aluno e por extensão da

comunidade e da sociedade a qual ele pertence, cabendo principalmente reflexões e

ações no sentido de garantir a função social da escola, manter o interesse e o

comprometimento do professor com uma Educação de qualidade o que culminará no

êxito e na permanência do aluno na escola.

Uma escola de qualidade é aquela que coloca o aluno como foco de suas

preocupações, que dispõe de profissionais com uma formação adequada, que

possui material escolar e didático necessário, que conta com instalações em

condições adequadas de funcionamento e que tem a participação dos pais no

acompanhamento do desempenho dos filhos.

Além disso, uma escola de qualidade é aquela que constrói um clima escolar

que favorece o processo de ensino-aprendizagem.

OBJETIVOS GERAIS

- Compartilhar princípios de responsabilidade, num contexto de flexibilidade

de ações pedagógicas, em que o planejamento, o desenvolvimento e a

27

avaliação dos processos educacionais revelem sua qualidade e respeito à

equidade de direitos e deveres de alunos e professores;

- Estabelecer condições não apenas quantitativas, mas também qualitativas,

de um processo educativo de qualidade;

- Propiciar oportunidades para todos os alunos portadores de necessidades

especiais, garantindo sua acessibilidade e zelando pelo desenvolvimento

pleno de sua cidadania;

- Explicitar as diversidades e peculiaridades básicas relativas ao gênero

masculino e feminino, às variedades étnicas, de faixa etária e regionais e

as variações sócio-econômicas, culturais e de condições psicológicas e

físicas presentes nos alunos de nossa escola;

- Considerar no processo educacional, a indissociável relação entre

conhecimento, linguagem e afetos, como constituinte dos atos de ensinar

e aprender;

- Articular aspectos da Vida Cidadã expressa em questões relacionadas

com a Saúde, a Sexualidade, a Vida Familiar e Social, Meio Ambiente, o

Trabalho, a Ciência e a Tecnologia, a Cultura e as Linguagens com os

conteúdos estruturantes das áreas do conhecimento;

- Promover a integração de alunos, pais, professores e demais profissionais

da Educação com a finalidade de melhor desenvolver e enriquecer o

trabalho pedagógico, sabendo respeitar o próprio espaço pedagógico;

- Pensar uma educação capaz de superar a acomodação e a falta de

compromisso com um ensino que faça do aluno um ser participante da

construção do próprio conhecimento;

28

- Criar situações que facilitem a aprendizagem de procedimentos que

contribuam para a construção da autonomia pessoal dentro da Educação

Básica;

- Incentivar atitudes de companheirismo e solidariedade que estimulem o

respeito mútuo;

- Refletir sobre a escola que queremos na sociedade em que vivemos;

- Estabelecer princípios, diretrizes e propostas de ação para melhorar,

organizar, sistematizar, contextualizar e significar as atitudes

desenvolvidas pela escola como um todo;

- Ampliar a Comunicação na Escola e dar retorno permanente à

comunidade escolar sobre o resultado dos trabalhos e das atividades

desenvolvidas, inserindo-a na avaliação dialógica desse processo;

- Mostrar aos alunos que a escola pode ser um lugar interessante para eles

e para suas vidas, um lugar não apenas para aprender, mas também para

ser crítico, participativo, dinâmico, proporcionando-lhe um novo vir a ser no

seu contexto social;

- Refletir sobre as finalidades da Escola, seu papel social, caminhos, formas

operacionais e ações a serem empreendidas por todos os envolvidos no

processo educacional;

- Explicitar os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de

organização e as formas de implementação e avaliação da escola.

FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDATICO-PEDAGÓGICOS DO COLÉGIO

29

O colégio atualmente reforça uma política educacional que traz como função

primordial o aluno: como ser livre, ativo e social num contexto de que o mesmo seja

preparado para atuar de forma crítica, positiva e responsável no seu meio social. O

centro da atividade escolar é o aluno, como sujeito autônomo na construção do

conhecimento.

Para que o processo de ensino-aprendizagem não fique prejudicado, o

trabalho pedagógico da sala de aula deve ser iniciado respeitando e valorizando o

conhecimento do aluno, sua sensibilidade, seus valores, a cultura que ela traz do

seu meio social.

Nesse cenário, os professores precisam compreender as necessidades de

seus alunos, aproximarem-se do universo deles e refletir sobre qual é o sentido que

esses alunos podem dar aos conhecimentos curriculares dentro do mundo e das

circunstâncias humanas nas quais estão vivendo, ou seja, contextualizar os

conteúdos com a prática social dos alunos.

Na concepção histórico-crítica é importante entender a Escola como o local

próprio para a socialização do saber sistematizado, pois a difusão do conjunto de

conteúdos concretos e significativos é a tarefa primordial dessa instituição.

A escola, como espaço de apropriação do saber sistematizado, contribui aos

interesses populares porque pode contribuir efetivamente para eliminar a

seletividade social transmitindo a todos os alunos os saberes investidos na vida

cotidiana, como: leitura, escrita, matemática, saberes tecnológicos, econômicos e

jurídicos articulando-os às experiências de cada um.

Com a implantação do ensino fundamental de 9 (nove) anos no nosso

colégio, é fundamental que haja uma reorganização da nossa proposta pedagógica

não só para atender a uma determinação legal, mas para receber os alunos dos

anos iniciais, os quais vão ingressar no 6º ano, respeitando a suas especificidades,

visando uma maior atenção quanto ao processo de desenvolvimento e

aprendizagem de todos.

Sabemos que a grande maioria dos nossos alunos do ensino fundamental são

provenientes da rede municipal de educação e mesmo pertencendo a mesma

modalidade de ensino, a ruptura entre anos iniciais e anos finais surge como uma

oportunidade de estabelecer uma articulação entre as instituições de ensino local

30

objetivando garantir a efetivação de uma educação de qualidade como direito de

todos os alunos.

Essa implantação demanda uma qualidade que só vamos obter se

incorporarmos nas nossas ações pedagógicas uma concepção de infância e

adolescência adequadas para o atual momento histórico e primordial para orientar

os conceitos sobre ensino, aprendizagem e desenvolvimento, seleção de conteúdos,

metodologia de ensino, avaliação, organização de espaços e tempos pedagógicos,

enfim, toda a organização do trabalho pedagógico do colégio. Todo esse

planejamento vai exigir uma sintonia de objetivos entre o coletivo escolar.

Segundo alguns historiadores, a infância é uma produção da modernidade, ou

seja, na idade média a criança era tida como um adulto em miniatura e, segundo o

historiador francês Ariès “não existia um sentimento de infância como etapa

específica da vida humana”.

Esse autor afirma que só no fim da Idade Média que a infância passa a ser

encarada como sinônimo de fragilidade, ingenuidade, sendo, portanto, alvo de

atenção dos adultos. Esse processo de mudanças continua no século XVIII em que

a concepção sobre a infância passa pelo disciplinamento e pela moral por meio de

um processo educacional impulsionado pela igreja e pelo Estado o que marca a

educação das crianças no período do capitalismo industrial, no século XIX. Essa

pesquisa contribuiu para a compreensão da infância como um conceito construído

historicamente.

Compreender que o conceito de infância construído historicamente significa

compreender que esta é uma condição da criança, ou seja, é uma fase da vida

distinta da fase adulta. Esta condição da criança, a infância, como resultado de

determinações sociais de ordem política, social, histórico e cultural nos leva a

considerar na nossa práxis pedagógica que ela emite suas opiniões e desejos de

acordo com seu contexto social, seu espaço de vivência.

De acordo com especialistas na temática e fazendo uma leitura da realidade

podemos constatar que realmente não existe uma concepção infantil homogênea,

como vemos em KRAMER (1995), o conceito de infância se diferencia conforme a

posição de sua família na estrutura socioeconômica em que se inserem. Em vista de

tantas diferenças nos processos de socialização e de condições objetivas de vida,

31

cabe à escola reconhecer estes sujeitos como capazes de aprender os

conhecimentos acumulados e sistematizados pela humanidade, respeitando a

singularidade da infância.

Encontramos ainda em Vigostsky (2007) uma grande contribuição de seus

estudos em relação à concepção de infância e de desenvolvimento infantil como

construção histórica privilegiando a interação social na formação da inteligência e

das características essenciais humanas.

Estar atento a essa compreensão da infância como historicamente situada vai

assegurar um trabalho efetivo no colégio para superar qualquer situação de

distanciamento entre esses dois níveis da Educação Básica, uma vez que os

conhecimentos sistematizados e transformados em conteúdos escolares estão

sempre articulados e se ampliam gradualmente, do mais simples para o mais

complexo. Cabe aos educadores respeitar o tempo pedagógico de cada aluno,

conforme as possibilidades de compreensão dos mesmos sejam esses crianças,

adolescentes, adultos ou idosos, sempre com a perspectiva de inclusão.

Quanto à adolescência, ser adolescente para a maioria dos estudiosos em

desenvolvimento humano é viver um período de mudanças físicas, cognitivas e

sociais que, juntas, ajudam a traçar o perfil desta população. Hoje, fala-se da

adolescência como uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre

a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de ligação, a adolescência é

compreendida como um período atravessado por crises, que encaminham o jovem

na construção de sua subjetividade. Contudo, a adolescência não pode ser

compreendida somente como uma fase de transição. Na realidade, ela é mais do

que isso.

Adolescência é o período da vida humana entre a puberdade e a fase adulta.

Vem do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade,

palavra derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência. Mesmo com essa perspectiva que prioriza o aspecto

fisiológico, considera-se que ele não é suficiente para se pensar o que seja a

adolescência.

32

Para buscar elementos que nos ajudem a pensar essas questões, buscamos

também em Ariès (1978, p. 46), algumas sugestões. Do mesmo modo que afirmou

o caráter moderno da infância, o historiador em questão também acredita que a

adolescência nasceu sob o signo da Modernidade, a partir do século XX.

Para ele, somente após a implantação do sentimento de infância, no século

XIX, tornou-se possível a emergência da adolescência como uma fase com

características peculiares e únicas, distintas dos outros momentos do

desenvolvimento.

Porém, nem todos os estudiosos concordam alegando que não é possível se

enquadrarem as coordenadas de diversas histórias social e cultural da adolescência

do mesmo modo, uma vez que não falamos de uma homogeneidade entre as

histórias ou sequer entre os termos definidores do tempo.

Dessa forma, não podemos compreender a adolescência simplesmente

pondo-a em evidência, e sim buscando uma compreensão a partir de sua

historicidade.

A condição básica que favoreceu a “inauguração” da adolescência ocidental

do século XX foi, principalmente, a possibilidade de prescindir da ajuda financeira

dos jovens que agora podem se dedicar mais tempo à formação profissional. Além

disso, a realidade contemporânea e tecnicista exige cada vez maiores

aperfeiçoamentos profissionais, levando a um elastecimento do período de

preparação dos jovens para o ingresso no mercado de trabalho. Paralelamente,

aumenta também o tempo de tutela das crianças pelos pais, uma vez que elas são

mantidas mais tempo nas escolas.

Enquanto construção da modernidade, a adolescência contemporânea foi

engendrada a partir de um contexto de crises e contestação social. Segundo

Abramo (1994), esse fenômeno facilitou que se plasmasse tal caracterização como a

característica própria dos jovens. Podemos ver pela virada para o século XX, a qual

trouxe consigo a invenção de uma adolescência representada como uma fase de

“tempestades e tormentas” e germe de transformações. Um exemplo é o movimento

hippie, da década de 60, e o juvenil, de 1968, contribuíram para formar um discurso

sobre o que é ser adolescente, instituindo o modelo masculino, da classe média,

como o estalão privilegiado.

33

Mas, elaborar conclusões sobre a concepção atual de infância e da

adolescência na contemporaneidade evidencia-se uma tarefa impossível de se

completar.

O mais importante é compreendermos a complexidade do desenvolvimento

humano e a singularidade de cada ser. Assim, podemos atuar como verdadeiros

educadores, os quais na medida em que interagem com seus alunos, mais

entendem sobre si e sobre os demais, desencadeando um verdadeiro processo de

humanização na educação resultante da aquisição do conhecimento.

O conhecimento é um objeto específico do ato pedagógico de fundamental

importância sendo indispensável que o aluno se aproprie do conhecimento

historicamente acumulado pela humanidade e desenvolva as condições para

produzir novos saberes.

Concretizando, a qualidade do ensino deverá ligar-se à possibilidade de fazer

com que a maioria da população possa dominar a soma de conhecimentos já

acumulados, através dos tempos, para que todos possam se incumbir de criar uma

nova sociedade.

O aluno ou futuro trabalhador deverá ser instruído, se realmente pretende

com firmeza a existência de uma verdadeira democracia participativa e ao mesmo

tempo ser conscientizado de que aprender também implica em luta, esforço,

disciplina, participação e que essa luta só terá sentido quando se persegue o

objetivo de igualar os homens em todos os níveis. A instrução deve estar dirigida à

equiparação dos homens e não à separação em intelectuais e ignorantes.

A escola pensando sobre esses princípios que norteiam os rumos da

educação vem ao longo desses anos adequando as atuais mudanças que vem

sofrendo o sistema na questão dos objetivos gerais e específicos da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional na busca de uma melhoria da qualidade

da Educação brasileira em todos os sentidos.

A L.D.B. por sua vez deverá assegurar a todos a formação comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores conferindo um caráter de terminalidade e de

continuidade, além de reforçar a necessidade de se propiciar a todos a formação

básica comum, pressupondo a formulação de um conjunto de diretrizes capaz de

34

nortear os currículos e seus conteúdos mínimos. Desse modo a L.D.B. consolidará a

organização curricular de maneira a conferir uma maior flexibilidade no trato dos

componentes curriculares, reafirmando desse modo o princípio da base nacional

comum a ser complementada por uma parte diversificada “Língua Estrangeira”. A

escola comprometida com tais objetivos procura por meio de estudos, induzir a

todos a uma adequação coerente a realidade de nossos alunos numa perspectiva

otimista. Apesar das dificuldades encontradas caminhamos juntos professores, pais

e alunos, enfim, a comunidade escolar de um modo geral.

O trabalho com a diversidade cultural está presente em diversas leis e

deliberações que asseguram e garantem a obrigatoriedade das discussões das

Normas Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Racionais e para o ensino de História e Cultura Afrobrasileira,

Africana e Indígena. Cientes de que muitas ações podem ser desenvolvidas no

interior do colégio a fim de coibir a discriminação e que grandes desafios estão nas

mãos dos trabalhadores da educação, o Projeto Político Pedagógico deve garantir

que todas as disciplinas da Matriz Curricular contemplem ao longo do ano letivo, a

história e cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena a fim de proporcionar aos alunos

uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e

pluriétnica.

Nesse sentido o colégio se propõe e exige adaptações para a construção de

um currículo aberto e flexível não impondo uma diretriz obrigatória, mas que as

adaptações ocorram por meio do diálogo entre este e as práticas já existentes,

desde as definições dos objetivos até as orientações didáticas para a manutenção

de um todo coerente concebendo uma educação escolar como uma prática,

podendo ter a possibilidade de criar condições para que todos os alunos

desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para

construir instrumentos de compreensão da realidade e de participação em relações

sociais, políticas e diversas culturas cada vez mais amplas para que possam exercer

a cidadania, na construção de uma sociedade não excludente, mas sim democrática.

O trabalho dentro deste contexto requer de todos uma prática pedagógica

congruente à realidade do mundo atual dentro de uma visão ampla, numa ação

compartilhada integrando-se com as outras instâncias da sociedade, re-

35

conceitualizando seu trabalho, saindo do estritamente curricular para vincular-se

concretamente à vida humana e ao mundo vivido.

Após vários esforços, o colégio, na medida do possível, consegue aproximar-

se da comunidade levando seus propósitos e integrando-a em seu seio, busca a

consciência de seus direitos e que participem coletivamente das decisões a serem

tomadas para enfrentar os problemas propondo a equidade e o respeito mútuo,

superando preconceitos de toda espécie, mantendo o equilíbrio entre a cultura local,

regional e uma cultura universal e finalmente tornar público o produto de seu

trabalho.

Diante da necessidade de atender a comunidade, o colégio tem como

missão:

- Oportunizar aos alunos condições de desenvolvimento de suas potencialidades

físicas e mentais, proporcionando-lhe condições para a auto-realização e o

exercício consciente da cidadania e que sejam capazes de:

- Compreender a cidadania como participação social e política, assim como o

exercício de direitos e deveres políticos, civil e social, adotando, no dia-a-dia,

atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro

e exigindo para si o mesmo respeito;

- Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar

decisões coletivas;

- Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,

identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente

para a melhoria do meio ambiente;

- Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança

em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação

pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca do

conhecimento e o exercício da cidadania.

36

Para que todos os objetivos e fins educativos sejam atingidos o colégio

procura auxílio junto à comunidade principalmente junto aos pais, atribuindo-lhes

responsabilidades relacionadas aos aspectos relevantes dos alunos, visto que,

através disso, o ensino-aprendizagem tornar-se-á mais qualitativo, proporcionando

ao aluno, condições para uma melhor qualificação no trabalho, um melhor

desempenho no Ensino Médio e um melhor preparo para o exercício da cidadania

tendo ideia de liberdade, entendida como liberdade de ter ideias e crenças e, saber

expressá-las, liberdade de colocar propósitos de si mesmos, de discordar, de criticar

e de optar de acordo com seus princípios.

II - MARCO SITUACIONAL

A REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DO COLÉGIO:

Estamos inseridos em uma sociedade que muda a cada dia de forma

dinâmica e complexa, porque traz junto a essas transformações uma série de

problemas comuns que exigem de todos os cidadãos contemporâneos, a busca de

esforços comuns na solução desses problemas resultantes do modelo de

desenvolvimento adotado, de uma forma imposta e muitas vezes perversa.

Uma Educação de qualidade tem como objetivo formar cidadãos aptos a

enfrentar os desafios que se fazem presentes em uma sociedade com tantas

desigualdades sociais e que se reflete na escola pública com maior intensidade. No

entanto, os educadores brasileiros, procuram superar problemas, como: lidar com

diferentes níveis e ritmos de aprendizagem, com a indisciplina, com a evasão, com a

falta de interesse dos alunos e como envolver as famílias com as questões

educacionais dos filhos. Aprenderam de forma gradativa a compartilhar dificuldades

e sonhos, buscando caminhos para uma educação voltada à transformação social, à

superação desta sociedade desigual.

O sistema educacional brasileiro apresenta melhorias significativas na última

década, porque ampliou muito o número de crianças na escola, mas ainda é preciso

seguir melhorando, aumentando o investimento na escola, que consequentemente

vai contribuir decisivamente para o desenvolvimento do país, do ponto de vista

37

social, econômico e ético, garantindo que todos os alunos brasileiros tenham o

mesmo tempo na escola e que essa permanência traga êxito para sua vida social.

No entanto, de acordo com o relatório global Educação para todos 2006,

divulgado pela UNESCO, mostra que o Brasil vai bem apenas ao índice das

matrículas e aponta dois fatores que são a alta repetência e a quantidade de horas

que as crianças passam na escola, pois, pelos dados do órgão seriam necessárias

entre 4 h e 25 min há 5 horas para as crianças realmente aprenderem.

Na quarta edição da prova trienal aplicada pela Organização de Cooperação

dos Países Desenvolvidos (OCDE), o Brasil ficou em 54º lugar no ranking de 65

países do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa), que testa os

conhecimentos de alunos de 15 anos. Em uma escala de zero a 6, a média obtida

pelo País em 2009 equivale ao nível 2 em leitura, 1 em ciências e 1 em matemática.

Foram testados 460 mil jovens, 20 mil no Brasil que ficou em 53º em leitura e

em ciências e 57º em matemática. China (região de Xangai) lidera a lista na média

geral, seguida por Hong Kong.

Na edição anterior, em 2006, os brasileiros ocupavam a 48ª posição em

leitura e a 53ª tanto em matemática quanto ciências, mas a lista de avaliados tinha

apenas 57 nomes. A pontuação obtida nos três quesitos subiu: de 393 para 412 em

leitura, de 370 para 386 em matemática e de 390 para 405 em ciências, porém isso

não significa muito.

A nota equivalente continua sendo 1 em matemática e ciências. Isso quer

dizer que os jovens ainda não têm, por exemplo, conhecimento para fazer

interpretações literais de resultados tanto de pesquisa científica quanto de dados.

Apenas em leitura, o nível médio passou de 1 a 2, considerado pela OCDE como “o

nível básico para efetiva participação e uma vida produtiva”.

Mesmo entre os "lanterninhas", o Brasil está entre os países que mais

aumentaram a média das notas nas três áreas na última década, segundo o

Ministério da Educação. De 2000, quando foi avaliado pela primeira vez, até 2009, o

desempenho do País cresceu 33 pontos. Para o ministro, Fernando Haddad, os

resultados mostram que ainda há muito o que ser feito, mas ele afirma que os

resultados não podem ser "desconsiderados". "Até em respeito aos profissionais que

38

trabalharam para tornar isso possível, não podemos desprezar as notas. Mas temos

um século de desvantagem em relação aos países desenvolvidos para superar”, diz.

Em 20 de junho de 2007 foi sancionada a Lei Nº 11.494/2007, que

regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de

Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB. Em vigor desde o dia 1º de

janeiro deste ano, por Medida Provisória, o novo Fundo substitui o Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do

Magistério - FUNDEF.

O FUNDEB terá vigência até 2.020 e atenderá, a partir do 3º ano, 47 milhões

de alunos da educação básica, contemplando creche, educação infantil, ensino

fundamental e médio, educação especial e educação de jovens e adultos.

Para que isto ocorra, o aporte do governo federal ao Fundo aumentará para R$ 2

bilhões em 2007, R$ 3 bilhões em 2008, R$ 4,5 bilhões em 2009 e 10% do montante

resultante da contribuição dos Estados e Municípios a partir de 2010.

Em relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB -, o

qual apresenta metas para cada escola, rede, município, Estado e para todo o país,

cada instituição ou rede tem uma nota a ser atingida, elaborada de acordo com os

próprios desafios. Em 2009, numa escala de 1 a 10, o MEC previa uma meta para a

média do País nos anos finais de 3,9. O resultado alcançado foi de 4,0. Para as

séries iniciais, era esperado o IDEB de 4,2 no Brasil. A média foi de 4,6. O objetivo

do governo brasileiro é atingir a meta de 6,0 nos anos iniciais em 2022. Para os

anos finais, a meta é de 5,5 no mesmo ano. Com este resultado, o Brasil alcança os

níveis de desempenho dos países desenvolvidos.

O Estado do Paraná começou a desenvolver uma metodologia própria para

compor o seu Sistema Estadual de Avaliação, um teste que deve começar a avaliar

as competências do aluno que entra e que sai do ensino fundamental e do ensino

médio.

Ainda em fase preliminar de estudos para definir como efetivamente será feita

a avaliação dos estudantes, já se sabe que a primeira prova será no início do ano

letivo de 2012, inicialmente para as disciplinas de português e matemática. O teste

deve ser aplicado a todos os alunos, e não por sistema de amostragem.

39

Mesmo com os exames feitos pelo próprio Ministério da Educação (MEC), a Secretaria

de Estado da Educação (SEED) do Paraná sente falta de uma avaliação própria,

voltada aos alunos paranaenses. Por enquanto, o modelo do Paraná deve se

diferenciar de outros sistemas estaduais de avaliação.

De acordo com a superintendente da Educação do Estado Meroujv Cazet

“Não vamos fazer ranking de escolas ou alunos, não pretendemos divulgar essa

pontuação. O resultado vai nos ajudar internamente a perceber como é o processo

de aprendizagem e dar mais subsídios ao professor.

Por trás do planejamento do Sistema Estadual de Avaliação, o sistema está

sendo considerado um forte instrumento para tentar transformar a educação do

Estado na melhor do País. Tradicionalmente, o Paraná ocupa boa posição se

comparado a outros Estados em avaliações como o Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (IDEB). No último, divulgado há um ano, por exemplo, o índice

alcançado pelo Paraná foi de 4,2, enquanto a média nacional ficou em 3,6. No

ensino médio, o índice alcançado foi de 3,9 e, embora supere médias e fique a

frente de outros Estados, o índice ainda é baixo, tendo em vista que o ideal é de 6,0

(meta que foi estabelecida pelo governo federal para ser atingida por todos os

Estados em 2021).

O Estado do Paraná apresenta uma história educacional de práticas que

evidenciam uma postura determinante de avanços dentro do cenário educacional

brasileiro. Uma delas foi a elaboração Diretrizes Curriculares Orientadoras da

Educação Básica para as Instituições da Rede Estadual de Ensino mesmo com a

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996.

A SEED do Estado elegeu a concepção histórico-cultural para conduzir o

processo educacional também presente nas Diretrizes curriculares que foram

elaboradas coletivamente entre os Professores.

A referida concepção pedagógica fundamenta a presente proposta

pedagógica do colégio.

Os professores estaduais estão cada vez mais se aperfeiçoando

profissionalmente, participando da capacitação que o Estado oferta, por meio de

cursos, seminários, encontros, grupos de estudos, projetos e programas

educacionais, como também investindo em sua formação geral.

40

Acreditamos que um maior investimento na estrutura física das escolas e em

novas tecnologias possa fazer das unidades de ensino um espaço de ampliação de

limites, com professores que saibam explorar os potenciais oferecidos por esses

recursos. Todas essas condições muitas vezes não são garantia para que o aluno

realmente construa o seu conhecimento, uma vez que dotar as escolas de todas as

inovações possíveis é muito desejado por todo o coletivo escolar, mas a fala do

professor ainda é soberana. Para que este processo se consolide, entram em jogo

muitos fatores e um que se faz mais importante para superação de problemas que

possam afetar a educação, é a relação professor-aluno, ainda mais se tratando do

ensino fundamental, onde essa relação deve ser carregada também de afetividade e

sensibilidade pedagógica. Para alcançar bons resultados com os alunos que nos são

confiados, exige-se competência de todos os profissionais da educação que atuam

na instituição escolar.

O resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2009

mostrou que a maioria das escolas públicas da rede estadual do Paraná avançou na

qualidade de ensino.

IDEB – Resultados e Metas

Ideb Observado

Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2007

2009

20112013201520172019 2021

SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA

3,2 3,5 3,9 3,3 3,4 3,7 4,1 4,5 4,7 5,0 5,3

Copyright MEC – INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira.

O IDEB observado no ano de 2011 no Colégio Estadual João Turin foi de 3,8,

ou seja, resultado abaixo do observado em 2009 que foi de 3,9.

No Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio, como deve

ser em todas as demais instituições de ensino, as práticas pedagógicas, como toda

41

e qualquer ação desenvolvida, são centradas no aluno, visando o seu bem estar,

tornando-o o foco principal das decisões, oferecendo-lhe um ambiente acolhedor,

espaços físicos adequados na medida do possível, com salas de aulas amplas e

arejadas, uma biblioteca com um acervo considerável, despensa para a merenda,

uma área coberta para conforto dos alunos, o pátio em sua maior parte pavimentado

e arborizado, passarela ligando os dois pavilhões para facilitar o acesso dos

professores e funcionários, mesas para a prática de ping-pong, quadra esportiva

com cobertura e muitos outros benefícios que evidentemente são compartilhados

por todos, uma vez que a escola é um espaço social e público.

O colégio conta ainda com banheiros femininos e masculinos no pavilhão

interno e no pavilhão externo, uma cantina convencional com um bom refeitório, uma

sala para secretaria, uma sala da Direção, uma sala para supervisão e para

orientação e três banheiros para funcionários. O prédio escolar passou por uma

reforma e pintura completa.

Os maiores problemas que surgem no colégio são os referentes à

aprendizagem dos alunos, o desinteresse pelos estudos e a falta de cuidado dos

pais pela vida escolar de seus filhos. Mas sabemos que a culpa por essas mazelas

não está nos alunos ou em seus pais. Não cremos também ser os professores

culpados por tal desinteresse. Possivelmente os problemas que distanciam os

cidadãos brasileiros de priorizar a Educação, vêm do próprio sistema capitalista, da

situação de trabalho da família, que vai exaurindo as forças, a vontade de lutar por

uma vida mais digna, de condições melhores, de participação crítica, ativa e

consciente no seu meio social. A maioria da população não consegue vislumbrar

que só através de uma educação de qualidade, a que todos têm direito,

conseguiremos obter melhorias para nossas vidas, dignidade.

A reprovação e a evasão no período noturno em nosso colégio também é

uma triste realidade, mas estamos agindo de forma interativa, procurando soluções.

Nos últimos anos, o resultado do ensino regular foi o seguinte:

42

2009

5ª Série Manhã 5ª Série Tarde 5ª Série Noite

Nº de Alunos

% Nº de Alunos

% Nº de Alunos

%

Aprovados 85 86,73% 78 71,95% 08 21,62%

Reprovados 05 5,1% 17 15,59% 02 5,4%

Transferidos 07 7,14% 12 11% 03 8,1%

Desistentes 01 1,02% 02 1,83% 24 64,86%

Total 98 - 109 - 37 -

6ª Série Manhã 6ª Série Tarde 6ª Série Noite

Nº de Alunos

% Nº de Alunos

% Nº de Alunos

%

Aprovados 90 95,74% 57 81,42% 14 31,81%

Reprovados - - 09 12,85% 02 4,54%

Transferidos 03 2,85% 03 4,28% - -

Desistentes 01 1,06% 01 1,42% 28 63,63%

Total 94 - 70 - 44 -

7ª Série Manhã 7ª Série Tarde 7ª Série Noite

Nº de Alunos

% Nº de Alunos

% Nº de Alunos

%

Aprovados 89 95,69% 42 77,77% 18 39,13%

Reprovados 01 1,07% 06 11,118% 01 2,17%

Transferidos 03 3,22% 03 5,5% - -

Desistentes - - 03 5,5% 27 58,69%

Total 93 - 54 - 46 -

8ª Série Manhã 8ª Série Tarde 8ª Série Noite

Nº de Alunos

% Nº de Alunos

% Nº de Alunos

%

43

Aprovados 85 87,62% 28 84,84% 24 53,33%

Reprovados - - - - 02 4,44%

Transferidos 09 9,27% 04 12,12% 02 4,44%

Desistentes 03 3,09% 01 3,03% 17 37,77%

Total 97 - 33 - 45 -

2010

5ª Série Manhã 5ª Série Tarde 5ª Série Noite

Nº de Alunos

% Nº de Alunos

% Nº de Alunos

%

Aprovados 85 86,73% 78 71,95% 08 21,62%

Reprovados 05 5,1% 17 15,59% 02 5,4%

Transferidos 07 7,14% 12 11% 03 8,1%

Desistentes 01 1,02% 02 1,83% 24 64,86%

Total 98 - 109 - 37 -

6ª Série Manhã 6ª Série Tarde 6ª Série Noite

Nº de Alunos

% Nº de Alunos

% Nº de Alunos

%

Aprovados 90 95,74% 57 81,42% 14 31,81%

Reprovados - - 09 12,85% 02 4,54%

Transferidos 03 2,85% 03 4,28% - -

Desistentes 01 1,06% 01 1,42% 28 63,63%

Total 94 - 70 - 44 -

7ª Série Manhã 7ª Série Tarde 7ª Série Noite

Nº de Alunos

% Nº de Alunos

% Nº de Alunos

%

Aprovados 89 95,69% 42 77,77% 18 39,13%

Reprovados 01 1,07% 06 11,118% 01 2,17%

Transferidos 03 3,22% 03 5,5% - -

Desistentes - - 03 5,5% 27 58,69%

Total 93 - 54 - 46 -

8ª Série Manhã 8ª Série Tarde 8ª Série Noite

Nº de Alunos

% Nº de Alunos

% Nº de Alunos

%

44

Aprovados 85 87,62% 28 84,84% 24 53,33%

Reprovados - - - - 02 4,44%

Transferidos 09 9,27% 04 12,12% 02 4,44%

Desistentes 03 3,09% 01 3,03% 17 37,77%

Total 97 - 33 - 45 -

A reprovação no período noturno é mais acentuada em função da frequência

dos alunos, que faltam muito ou mesmo abandonam o curso alegando cansaço

devido ao trabalho braçal que desenvolvem diariamente nas lavouras da região até

mesmo em outros estados, como também em usinas, fábricas, comércio, serviços

de babá, empregada doméstica.

CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE:

A proposta educacional do colégio é utilizar uma metodologia que valorize a

iniciativa e participação do aluno, introduzindo-o no universo escolar para adquirir

conhecimentos relacionando-os não só com o seu dia-a-dia, mas também

compreendendo que o conhecimento é construído historicamente e não se limita ao

cotidiano atual, mas vislumbra um futuro que exige de todos um compromisso ético,

cultivando desde já, uma sociedade mais fraterna.

Para produzir o mencionado trabalho educativo contamos com profissionais

habilitados. Nosso corpo docente é formado por professores especializados o qual

passa constantemente por um processo de formação continuada ofertada pelo

SEED dentro de sua área de atuação e procura participar dos Projetos Educacionais

que surgem no decorrer do ano letivo tais como: Agenda 21, Projeto Fera, Com

Ciência, Contação de História do Paraná, entre outros, onde podemos observar que

não há mais resistência em participar dos cursos de capacitação. Contamos ainda

com vários professores que ingressaram no PDE – PR, em que muitos já

completaram ou estão para completar mais essa jornada na sua vida profissional.

45

O colégio vem trabalhando desde 1998 com o Programa Agrinho que aborda

temas como meio ambiente, saúde, cidadania, trabalho e consumo.

O colégio conta ainda com uma Equipe Técnico-Pedagógica bem estruturada

que atua nos três turnos de atendimento: manhã, tarde e noite. Toda a equipe é

graduada em pedagogia e especializada em Metodologia e Didática do Ensino,

participando ativamente de seminários, Jornada Pedagógica e do Projeto Contação

de História do Paraná, coordenado por professores pesquisadores da UEL,

Universidade Estadual de Londrina. O trabalho desses pedagogos tem uma

dimensão coletiva, interagindo com os professores, alunos e toda a comunidade

escolar, priorizando o pedagógico do colégio, acompanhando o processo ensino –

aprendizagem dos alunos, a sua adaptação ao colégio familiarizando-se com esse

espaço. O resultado de tal interação é bem visível porque os alunos comparecem

mesmo fora do seu horário para ler na biblioteca, praticar esportes ou mesmo

conversar. Já é tradição local gostar do João Turin, como dizem nossos ex-alunos,

ex-professores e funcionários.

Como em todo espaço social, surgem também situações conflituosas entre

alunos, entre estes e os professores ou funcionários, a equipe técnica é acionada

para lidar com estas questões. No dia-a-dia o acompanhamento dos alunos é

anotado na Ficha de Acompanhamento dos Alunos que o professor tem sempre a

mão. Essas fichas ficam à disposição dos pais e responsáveis para análise, pois os

mesmos são convidados a vir ao colégio para dialogar com os professores e equipe

quando a situação pede um acompanhamento mais próximo. Este compromisso o

colégio tem com os pais: uma atenção personalizada, objetiva e carregada de

sensibilidade pedagógica. Os avanços dos alunos também são registrados nas

Fichas de Conselho de Classe ou mesmo na Ficha de Acompanhamento.

A Equipe Técnico-Pedagógica está sintonizada com tudo o que acontece no

cotidiano escolar, organizando o trabalho pedagógico e fazendo interferências na

avaliação e recuperação dos alunos quando constatada alguma divergência. Tudo é

feito com muita clareza e compromisso político dentro de princípios democráticos e

éticos.

Todas as situações acima mencionadas são acompanhadas de perto pela

Equipe da Direção.

46

A gestão escolar segue uma linha democrática, participativa e coletiva,

sempre consciente de que todos os esforços devem estar voltados para uma

formação cada vez melhor aos alunos. As soluções para os problemas relacionados

com a Educação são buscadas em grupo através de uma reflexão coletiva. Todos se

sentem responsáveis pela escola porque reconhecem o empenho de seu gestor de

desenvolver novos conhecimentos e habilidades para realizar seu trabalho.

Prova disso é o novo projeto do PDDE que foi elaborado coletivamente e foi

aprovado proporcionando mais recursos para superarmos nossas dificuldades.

Nossos funcionários apresentam-se como colaboradores, responsáveis,

solidários e conscientes, fazendo sempre seu trabalho com dedicação.

Nossa Equipe Administrativa vem participando de um processo de formação

continuada (PROFUNCIONÁRIO), e hoje podemos contar com profissionais

habilitados, pois todos concluíram o ensino superior e pretendem participar de

Cursos de Especialização. Os documentos escolares que ficam a seu encargo são

muito bem organizados e elaborados cuidadosamente para que tudo seja feito da

melhor maneira possível, organizando e mantendo em dia a coletânea de leis,

regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções e demais

documentos, dando suporte ao funcionamento de todos os setores do

estabelecimento de ensino.

Enfim, são profissionais dedicados, participativos, criativos, informados e

coerentes no seu trabalho coletivo.

A equipe de apoio realiza seu trabalho da melhor maneira possível, com

comprometimento no que fazem, procurando sempre zelar pelas instalações da

escola e do mobiliário cuidando da sua conservação, mantendo uma higiene

adequada para propiciar um ambiente escolar acolhedor.

Nossa luta é por uma escola realmente igualitária, que atenda a todos,

inclusiva, transformadora, criativa, participativa, informatizada, atualizada, autônoma,

inovadora com maiores recursos e apoiada pela sociedade que demonstra estar

preocupada com tantos comportamentos negativos que muitos de seus integrantes

vêm apresentando nos últimos anos, provenientes talvez, pela falta de limites na

formação das pessoas e que, portanto está sofrendo as consequências dessa

47

deteriorização e anseia por retomar os valores éticos, morais e religiosos, onde a

educação surge como processo de humanização.

CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

No processo de aprendizagem inicial da leitura e da escrita, a criança deve

entrar no mundo da escrita, precisa apropriar-se da tecnologia da escrita, pelo

processo de alfabetização e precisa identificar os diferentes usos e funções da

escrita, como também vivenciar diferentes práticas de leitura e de escrita, pelo

processo de letramento.

Alfabetização e Letramento constituem-se como dois passaportes para que a

criança se insira plenamente no mundo da escrita e devem ser processos

simultâneos e indissociáveis.

A alfabetização é a aquisição do sistema da escrita. Para que seja eficiente

esse ensino deve dar-se de forma explícita, sistemática, progressiva, sequente, uma

vez que as relações entre fonemas e grafemas são convencionais e em grande

parte arbitrárias, não sendo, assim, necessário, nem talvez justo, atribuir à criança a

difícil tarefa de “redescoberta” desse sistema de representações convencional, tão

laboriosamente construído pela humanidade historicamente. Porém, esse ensino

pode e deve ser feito com base em frases e textos reais, do contexto da criança,

para que a mesma se aproprie do sistema de escrita vivenciando-o tal como é usado

nas práticas sociais que envolvem a língua escrita.

Já, o desenvolvimento de competências para a leitura e a escrita é o próprio

letramento e deve ser orientado por objetivos específicos, tais como familiarização

da criança, na leitura e na escrita, com diferentes gêneros de texto e suas

características específicas, manipulação adequada de diferentes portadores de

textos, particularmente livros, utilização de dicionários, enciclopédias, conhecimento

e uso de biblioteca, entre muitos outros objetivos orientados pelo e para o

letramento, aproveitando todas as oportunidades que levem a criança a identificar e

compreender a tecnologia que possibilita a produção do material escrito com que

convive.

48

Concluindo, ensina-se a ler e escrever alfabetizando e letrando

simultaneamente e indissociavelmente.

III - MARCO CONCEITUAL

Em meio a tanta mudança, progresso e tecnologia, torna-se angustiante a

constatação de que a Educação é ainda tão negada às crianças das classes menos

favorecidas que não podem colocar a escola em primeiro plano pois nem mesmo as

suas necessidades básicas mais urgentes são satisfeitas. E a luta por uma vida mais

digna só é acionada através de uma Educação de qualidade, uma vez que só a

Educação proporciona um novo vir a ser.

O resultado do processo de globalização em nossa sociedade causa certo

desconforto frente às práticas pedagógicas desenvolvidas nas escolas públicas onde

o ensino parece tornar-se deficiente e ultrapassado com muita rapidez, evidenciando

a necessidade de reformulação constante na tentativa de manter o aluno estimulado

a interessar-se pelo ambiente escolar, como um espaço importante para seu

desenvolvimento e realização de procedimentos pedagógicos que vão auxiliá-lo no

seu cotidiano e no seu projeto de vida.

Acompanhar a dinâmica social requer acompanhar o desenvolvimento

científico e pressupõe um amplo acompanhamento das instâncias sociais,

econômicas, políticas e culturais sobre as quais se sustentam as sociedades

humanas.

Buscar um estudo sem preconceitos, livre de limites por meio da

interdisciplinaridade a partir do início da escolarização básica é um caminho para

conciliar tudo: o sujeito, o objeto, a razão e a emoção, provocando no aluno o gosto

pela leitura e pesquisa numa graduação natural que deverá atender às diferentes

fases do desenvolvimento humano, proporcionando uma atividade alternativa e

atraente. Cabe ao professor utilizar-se dos instrumentos que mais atraem a atenção

dos alunos: os recursos didáticos como ferramenta de apoio para desenvolver esta

proposta.

No colégio João Turin, professores e alunos podem contar pelo menos com

um mínimo de recursos que se fazem grandiosos em nosso contexto: planetário,

49

gravações da TV Escola, livros didáticos, recursos audiovisuais (TV PENDRIVE e

DVD), biblioteca com acervo considerável e laboratório de informática do Programa

“PARANÁ DIGITAL” e estamos aguardando a instalação do PROINFO. No mais

contamos com a criatividade e boa vontade dos profissionais que atuam na escola e

das instâncias colegiadas.

Incentivar os sujeitos escolares, valorizar seus sentimentos não é apenas

uma metodologia, mas o elemento inicial na busca de uma Educação Humanizadora

que vai contribuir para a ampliação das possibilidades de estudo das disciplinas no

geral.

CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO

Outro elemento significativo que também tem reflexos positivos no que diz

respeito ao relacionamento humano na instituição escolar é o investimento na

melhoria do ambiente escolar, que tem como consequência direta a própria

preservação do equipamento físico e social da escola gerando comportamentos e

atitudes positivas capazes de criar novas perspectivas para os alunos, ex alunos,

professores e toda comunidade escolar e local. Com isso eleva-se a auto-estima dos

alunos e facilita ainda a sua participação efetiva em algumas atividades onde

através da sua ação ele será o centro das atividades e das decisões de uma forma

natural.

Algumas dessas atividades podem ser: acervo fotográfico, produção de

vídeos e livros, exposições de trabalhos, registro das atividades desenvolvidas,

zelando pela memória o que vai desencadear um sentimento positivo de

pertencimento a esse espaço escolar público.

Nesta perspectiva não podemos esquecer que só a gestão participativa e

descentralizada vai envolver o colégio numa prática de discussão coletiva, que

envolve desde a divisão de responsabilidades e a definição das funções de cada um

até as decisões sobre encaminhamentos e ações concretas, pondo de lado a

tendência centralizadora que ainda é muito forte dentro do sistema educacional.

O colégio deve privilegiar atitudes positivas, construtivas, criativas e críticas

por parte do professor e do aluno, alterando relações tradicionais de ensino-

50

aprendizagem com um planejamento que tenha clareza para o professor e para o

aluno sobre o que, por que e como se vai aprender. Exige-se que o professor

conheça a realidade do aluno e suas redes de relação, que tenha um real interesse

e afeto por aqueles que estão ao seu cuidado.

Esta metodologia pressupõe um espaço de aprendizagem que vê o educador

e o educando como parceiros na construção do saber sistematizado, cabendo ao

professor, como mediador, articular as diversas fontes de conhecimento, relacionar

teoria e prática, ciência e cotidianidade, dando maior coerência, maior visão de

conjunto ao estudo de conhecimentos da humanidade, com o objetivo do aluno

poder transformar sua realidade a partir desse conhecimento.

AVALIAÇÃO:

A avaliação da aprendizagem serve de parâmetro para o professor e o aluno

perceberem e reverem os caminhos de compreensão e ação sobre o conhecimento,

dentro de uma concepção dialética.

Para tanto ela deve ser: diagnóstica, contínua, democrática, formativa e

mediadora da aprendizagem.

No ensino regular de 5ª a 8ª séries, o aproveitando do aluno é demonstrado

através de notas que vão de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) e média anual mínima de 6,0

(seis) para aprovação, para cada disciplina, e é obtido da média ponderada, dos

registros de notas dos semestres, resultantes das avaliações realizadas como

segue:

MA: 1ºSx4 + 2ºSx6

10

Para aprovação exige-se média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), e

freqüência igual ou superior a 75%.

Como cada professor tem a sua prática avaliativa, essa mesma prática é

associada à concepção pedagógica que rege a prática do educador. Em nosso

colégio incentivamos a prática educativa dentro da pedagogia histórico-crítica, uma

51

vez que é a concepção preconizada pelas DCEs e apropriada para enfrentar e

compreender os desafios educacionais contemporâneos.

A avaliação precisa ser compreendida como um instrumento de compreensão

do nível de aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos, às atitudes

desenvolvidas. Ação que necessita ser contínua, pois o processo de construção de

conhecimentos dará muitos subsídios ao educador para perceber os avanços e

dificuldades dos educandos e assim redirecionar as suas ações, se preciso for.

O mais importante em todas as práticas avaliativas é o professor

comprometer-se efetivamente com a aprendizagem de todos os alunos, com a

efetiva democratização do ensino, romper com a ideologia e práticas de exclusão,

abrir mão da avaliação classificatória como alternativa pedagógica, fazendo todo o

possível para o aluno se desenvolver, crescer como pessoa, construir seu

conhecimento e conquistar sua autonomia.

ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO:

O colégio só realiza a sua função social quando realmente cria espaços de

exercícios do direito de cidadania. É função do colégio auxiliar na formação cidadã,

assegurando ao aluno o acesso e permanência com sucesso dentro desse espaço,

sucesso garantido quando a escola oferece um ambiente propício às aprendizagens

significativas e às práticas e convivência democrática.

Para favorecer a construção da cidadania, o colégio precisa elaborar e

implementar um Projeto Político Pedagógico que garanta a unidade do trabalho

escolar não havendo divisão entre os que planejam e os que executam. Portanto, a

elaboração do Projeto Político Pedagógico bem como sua execução e avaliação

deve ser de forma coletiva onde todos os segmentos envolvidos cumpram sua

função. Esse coletivo no colégio envolve gestores, técnicos, funcionários,

professores, alunos, pais e comunidade local, quando se faz necessário se reúnem

para tomada de decisões.

O colégio cumpre seu compromisso institucional relativos ao direito,

consagrado na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que garante

52

a todos, sem distinção de qualquer natureza, de acesso à educação escolar pública,

gratuita e de qualidade com o compromisso da formação de um aluno crítico e

reflexivo.

O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio é organizado

para atender ao direito do estudante de ter acesso a uma educação de qualidade, a

partir da prática da gestão democrática, seguindo as políticas emanadas pela SEED.

O Ensino regular de 6º ao 9º anos, ofertado no período matutino, vespertino e

noturno, é organizado em séries anuais. Todos são classificados conforme tabela

abaixo:

ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIES6º ano7º ano8º ano9º ano

Para o ano de 2012, com a implantação dos anos finais do Ensino

Fundamental de Nove Anos, a correspondência das séries finais do Ensino

Fundamental de 08 anos de duração para os anos finais do Ensino Fundamental de

9 anos de duração será:

Considerando a aprovação

EF 8 anos - 2011 EF 8 anos - 2012 EF 9 anos - 2012

4ª série 5ª série 6º ano

5ª série 6ª série 7º ano

6ª série 7ª série 8º ano

7ª série 8ª série 9º ano

8ª série - -

53

HORÁRIO DE OFERTA DOS CURSOS

Período Matutino: Das 7:30h às 11:50h, com um intervalo de 10 minutos

para o recreio após a 3ª aula, ou seja, às 10:00 horas;

Período Vespertino: Das 13:00h às 17:20h, com um intervalo de 10 minutos

para o recreio após a 3ª aula, ou seja, às 15:25 horas;

Período Noturno: das 19:00h às 23:10h, com um intervalo de 10 minutos

para o lanche após a 2ª aula, ou seja, às 20:40 horas;

A escola voltou a ofertar a partir de 2006 o Ensino Regular Noturno, que

segue o seguinte horário:

1ª aula 19:00 h às 19:50 h - 2ª aula 19:50 h às 20:40 h - 3ª aula 20:50 h às

21:40 h - 4ª aula 21:40 h às 22:25 h - 5ª aula 22:25 h às 23:10 h.

Na 5ª e 6ª séries, é ofertada 1 [uma] aula de Ensino Religioso, uma vez por

semana, como pré-aula, das 18:15 h às 19:00 h.

Nesse mesmo período é ofertada a EJA Ensino Fundamental Fase II e Ensino

Médio.

PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA:

A Gestão Democrática no colégio emana da lei maior da educação Brasileira -

LDBEN, nº. 9394/96. Essa lei define os seguintes princípios:

I - Participação dos profissionais da Educação na Elaboração do PPP.

II – Participação das comunidades em Conselhos Escolares e/ou

equivalentes.

Esses princípios promovem o processo de democratização na escola,

garantindo um espaço de atuação coletiva fortalecendo o Conselho Escolar no qual

participam diretores, professores, funcionários, alunos, pais e outros representantes

da comunidade, promovendo ainda a participação dos alunos nesse processo

democrático, tendo como meio os Grêmios Estudantil, que tem função importante

54

em favorecer a integração e o atendimento às suas necessidades bem como

aproximá-los das atividades da escola e melhorar a qualidade de ensino.

A viabilidade de uma gestão democrática depende do conjunto de todos os

grupos que trabalham com educação: governo, escola e sociedade em geral.

O próprio conteúdo da democracia tem como sustento a ação coletiva, a

comunidade e a comunicação.

Ela se viabiliza, unicamente, como compromisso coletivo onde entram a

responsabilidade coletiva de transformar a própria consciência, pelo auto-

conhecimento, pela autocrítica, pela humildade de aceitar a diferença, como

condição para o diálogo e ação conjunta.

Apesar das dificuldades o colégio com todos os seus atores, vêm buscando e

já exercitando uma nova prática de colaboração entre todos e compromisso em

prestigiar valores como a ética, a solidariedade, a eqüidade. Quanto melhor a

comunicação no grupo haverá maiores garantias de um bom andamento da prática

de colaboração.

Uma vez que a comunicação depende da capacidade que um indivíduo ou um

grupo possui para transmitir suas ideias e sentimentos a outros indivíduos ou

grupos, a vida em grupo é impossível sem a comunicação.

As festas marcadas pelo colégio são um importante instrumento da gestão

democrática. Parceria com a comunidade para a realização de atividades extra

classe que enriquecerá os conteúdos escolares.

No ambiente escolar se faz necessário superar os obstáculos à comunicação,

superar estas limitações seguindo alguns procedimentos:

- Criar uma atmosfera favorável à comunicação: para isso é preciso saber

escutar os outros, respeitá-los nas suas diferenças, estar disponível a

todos, dar importância ao calor humano, favorecer o diálogo, fomentar a

sinceridade, entre outros;

- Compreender que sobre cada problema não existe um só ponto de vista:

além do nosso há outros que são diferentes e ninguém detém toda a

verdade respeitando os outros pontos de vista, buscando enriquecimento

com a contribuição dos outros;

55

- Não julgar pelas primeiras impressões: é preciso crer em suas

possibilidades e potencialidades, estar disposto a receber algo novo,

diferente;

- Em cada contato com os outros, ser capaz de encontrar algo novo e

positivo na pessoa, ou seja, saber esperar do outro e dos outros.

Concluindo, é importante frisar que a viabilidade de uma gestão democrática

depende do conjunto de todos os grupos que lidam com a educação-governo, escola

e sociedade em geral.

TEMPO ESCOLAR E TEMPO PEDAGÓGICO

A Escola é espaço da crítica e da utopia porque é um espaço de construção

do conhecimento e do exercício da crítica às relações sociais vigentes, buscando a

transformação da ordem social injusta e desigual. Sua função principal é a produção

do conhecimento sistematizado e socialização desse conhecimento ao longo do

tempo, pela humanidade, e tem que saber lidar com a simultaneidade e

complexidade do tempo de hoje.

A vida escolar ocorre em um determinado tempo e espaço, e a ela é atribuída

a tarefa de favorecer ao estudante a compreensão do movimento dialético nas

relações entre o homem, a natureza e a cultura no contínuo do tempo. No exercício

dessa tarefa é necessário atentar para o tempo escolar e exercer uma mediação

pedagógica consciente. O tempo escolar é o tempo pedagógico que os estudantes

vivenciam no ambiente escolar durante o curso básico adquirindo aprendizagens

significativas para toda a vida.

O currículo é definido em termos oficiais para assegurar esse tempo

pedagógico que deve respeitar o ritmo, o tempo e as experiências dos alunos.

Como cada aluno tem seu próprio ritmo de aprendizagem. Para aqueles que

não conseguiram adquirir e processar satisfatoriamente sua aprendizagem, o colégio

procede de acordo com o que dispõe a LDB, oferecendo a estes alunos a

recuperação paralela de conteúdos e ações de reforço nas salas de apoio e para

aqueles que apresentam maiores dificuldades no colégio, podem contar também

com a sala de recursos, como também é prevista a possibilidade da progressão

56

parcial, ou seja, a dependência. Esse último dispositivo é oferecido em alguns casos

específicos, mas a realidade é que os alunos de 6º ao 9º anos não têm maturidade

suficiente para atingir novos patamares de aprendizagem.

A maioria deles não aproveita essa oportunidade, esse direito de assegurar

sua aprendizagem e avançar na construção de seu conhecimento.

Agora o aluno poderá fazer DP apenas em 1 ( uma ) disciplina.

O sistema de Avaliação é Semestral o qual proporciona maior tempo para o

professor trabalhar o conteúdo e conhecer melhor a aprendizagem do aluno,

possibilitando ao mesmo um período maior para obter resultados almejados nas

avaliações e não sendo atropelado como vinha sendo pelo sistema bimestral.

A Educação de Jovens e Adultos foi ofertada nesta escola até o ano de 2006,

onde a última turma dessa modalidade de ensino concluiu seus estudos, passando o

período noturno a ser Ensino Fundamental, mas a partir de 2010 a escola voltou a

ofertar a EJA Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio.

O colégio vai continuar oferecendo a Progressão Parcial, por acreditar que

conhecimento é processo e construção, onde cada aluno tem seu tempo de

aprender e que a função da educação é a formação da pessoa para a autonomia

como construtor de sua história e de seu entorno.

ESPAÇOS PRIVILEGIADOS PARA DISCUSSÃO E ANÁLISE DAS PRÁTICAS

EDUCATIVAS DO COLÉGIO:

A criação de espaços para discussão e análise das práticas educativas do

colégio é algo inerente ao processo de conscientização articulado no ambiente

educacional sendo tal processo sempre inacabado, contínuo e progressivo. Trata-se

de uma aproximação crítica da realidade.

A essência da organização escolar é a dialogicidade que é fortalecida através

dos encontros entre todos os segmentos do colégio, como reunião que podem ser

agendadas antecipadamente ou realizadas quando há necessidade de prestar

esclarecimentos, buscar sugestões ou mesmo tratar de problemas que por ventura

surgirem e que devem ser corrigidos. Essas reuniões devem ser lavradas em Ata.

57

São exemplos de reuniões: Reuniões de Pais e Mestres, Reuniões

Pedagógicas, Reuniões de Conselho de Classe, Reuniões da APMF, Reuniões da

Equipe Pedagógica com a Equipe Administrativa, Reuniões da Direção com

Instâncias Colegiadas e outras extraordinárias que se fizerem necessárias durante o

período letivo.

No processo de comunicação e informação são usadas também estratégias

como informações em Editais registrados em livro próprio ou afixados em Quadros

de Aviso e ainda em Livros Informativos, onde são anexadas cópias de documentos

recebidos que devem ser divulgado entre professores e funcionários ficando em

local acessível e visível. Evidentemente são realizados também contatos diretos

como forma de humanizar o processo, porque em algumas situações a formalidade

impede a aproximação que proporciona ao colégio um clima de grande família.

A realização de Reuniões de Pais Professores e Pedagogos ainda é a

estratégia mais usada para transmitir informações sobre o aproveitamento dos

alunos e das turmas as quais pertencem através de demonstração de dados

coletados anteriormente nas Reuniões Pedagógicas e nos Conselhos de Classe.

Neste último, os professores preenchem fichas específicas registrando os problemas

de aprendizagem como também os avanços e melhorias de alunos e turmas.

Nas reuniões bimestrais e semestrais entre pais e professores é fornecido ao

pai ou responsável os resultados das avaliações, avanços, comportamento e

frequência de seus filhos.

Os níveis de evasão vêm diminuindo consideravelmente nos períodos

matutino e vespertino, possivelmente pelas políticas públicas desencadeadas na

última década ou mesmo devido à maior conscientização dos pais em almejar um

avanço educacional para seus filhos.

Essa conscientização é fortalecida nos momentos de convívio mais direto

com a comunidade escolar, nas festividades, confraternizações, quermesses,

gincanas, passeios, jogos, exposição de trabalhos feitos pelos alunos, entre outros.

A escolha dos alunos representantes de turma é feita no início do ano letivo,

passados pelo menos 30(trinta) dias de aula, onde já se estabeleceu um

conhecimento entre os colegas de classe já que é feita uma eleição entre eles. Os

58

professores representantes de turma são escolhidos pela Equipe Pedagógica que

anteriormente realizam uma sondagem.

A Hora Atividade dentro do tempo e espaço escolar é utilizada para o

professor preparar as aulas através de leituras e pesquisas em jornais, revistas,

internet e na biblioteca, como também corrigir trabalhos e cadernos dos alunos,

preparar atividades e avaliações e corrigir as mesmas, trocam de experiências com

professores da mesma disciplina, leitura e revisão do PPP, atendimento aos alunos

individualmente, desde que seja em horário alternado para não prejudicar outras

disciplinas, preparar material didático para um melhor desenvolvimento das aulas,

como cartazes, recortes de textos em revistas e jornais, elaboração de projetos

didático-pedagógicos voltados para as datas comemorativas já definidas em

Calendário Escolar leitura de documentos como: PPP, Regimento, entre outros.

A comunidade sabe que além de ser consultada e informada acerca dos

procedimentos escolares, pode participar dando sugestões ou mesmo criticando

quando não concordar com algumas práticas dentro do dia-a-dia escolar, pois é no

conjunto de ações que vamos caminhar na busca da melhoria do ensino.

O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA

O currículo deve articular possibilidades, necessidades, interesses, pretensão

e perspectivas da escola sobre o que deve ser ensinado, quando ensinar, como e

quando avaliar, de forma que os ajustes das intervenções pedagógicas venham ao

encontro das necessidades sociais dos alunos, demonstrando aos pais e a

sociedade que a principal função da escola é formar o cidadão, garantindo o seu

crescimento científico e social.

Segundo Demerval Saviani, em seu livro “Pedagogia Histórico-Crítica” (2005),

o currículo é a organização do conjunto das atividades nucleares distribuídas no

tempo e espaço escolares, ou seja é uma escola desempenhando a função que lhe

é própria: transmissão-assimilação do saber sistematizado, uma vez que é função

da escola dosar e sequenciar esse saber para que o aluno possa gradativamente,

59

do conteúdo mais simples para o mais complexo, assimilar esse “saber escolar”

(SAVIANI, 2005, p.18).

Com isso vemos que o currículo da escola é a seleção intencional de uma

porção de cultura que, por sua vez, refere-se a toda produção humana que se

constrói a partir das interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e

consigo mesma. Esta ação essencialmente humana e intencional é realizada a partir

do trabalho, por meio do qual o homem se humaniza a própria natureza.

Por cultura escolar entende-se, então tudo o que os grupos sociais produzem

para representar o seu jeito de viver, de entender e de “sonhar” o mundo. O currículo

é portanto, histórico, resultado de um conjunto de forças sociais, políticas e

pedagógicas que expressam e organizam os saberes que circunstanciam as práticas

escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são históricos e sociais. Nesta

perspectiva, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender tanto os

saberes nele inseridos como também, os movimentos contraditórios que a

sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles. Neste

sentido, à escola cabe assumir seu papel fundamental na transmissão, apropriação

e socialização dos saberes culturais, numa base teleológica (intencional) que

pressuponha uma práxis transformadora: caminho (pista de corrida) este a ser

percorrido por todos na escola (PARANÁ/SEED/CGE/2009).

No Colégio Estadual João Turin, a nossa meta é a luta pela democratização,

pela educação de qualidade com direitos iguais para todos e valorização dos

profissionais da Educação, uma vez que, através da prática docente, a experiência e

reflexão constante para o exercício da função de educadores é que podemos trilhar

o caminho mais adequado ao êxito de todo o coletivo escolar.

A escola é uma instituição social que, por sua natureza e especificidade,

trabalha com o conhecimento e com o ser humano, por um constante processo de

discussão e re-elaboração de suas ações, para não só acompanhar os processos

evolutivos da sociedade, mas para interferir nas necessárias transformações.

A necessidade de atualização permanente da proposta curricular de uma rede

de ensino reflete na dinamicidade do conhecimento científico e sua subsequente

reorganização dos saberes escolares. Os profissionais docentes são os nossos

maiores e melhores protagonistas da reformulação curricular.

60

Os professores, em sua prática no colégio, tornaram-se sujeitos epistêmicos,

capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais apropriadas para o

processo de ensino e de aprendizagem. Queremos construir, no coletivo das

escolas, com os professores, profissionais da educação, alunos e pais um conjunto

de ideias que permeiem as propostas que estarão na base do processo de ensinar e

do aprender e adaptar os alunos às novas formas de trabalho no mundo produtivo.

O desafio que o colégio precisa enfrentar é tornar-se um espaço de criação e

de crítica cultural, o que envolve eleger a cultura como o eixo articulador do

currículo. Algumas estratégias podem facilitar essa perspectiva.

O colégio precisa, inicialmente, considerar os educandos como sujeitos

culturais e adotar uma postura aberta à cultura, às suas distintas manifestações;

uma postura que supere o “daltonismo cultural” de muitos docentes, que

desconsideram a diversidade cultural que se encontra na sala de aula. Quer-se uma

perspectiva que valorize e leve em conta a riqueza decorrente da existência de

diferentes culturas no espaço escolar.

Pode-se acentuar a necessidade de se explicitar, como um dado

conhecimento relaciona-se com os eventos e as experiências dos estudantes e do

mundo concreto.

É preciso que a cultura dos estudantes da comunidade possa interagir com

outras manifestações culturais, como visita a museus, centros culturais, música,

clássicos da literatura, etc. Se pretendermos incentivar a complexa interpretação das

culturas e a pluralidade cultural, garantindo centralizar cultura nas práticas

pedagógicas, tantos as manifestações culturais hegemônicas quanto as

subalternizadas, precisam ser objetos de atenção e apreciação no currículo.

É fundamental que as instituições escolares, professores e professoras,

alunos e alunas constituam experiências escolares capazes de alterar as tradições e

construir uma nova cultura pedagógica, deslocando o foco das atividades escolares

para que os temas apontados, como de interesse ou de necessidades pelas alunas

e alunos e suas comunidades, permitindo a expressão de suas culturas e

movimentos sociais. Para isso, as instituições escolares devem incumbir-se de

organizar situações pedagógicas, que permitam o acesso a saberes e bens

61

culturais, mas que efetivem a aprendizagem científica, respondendo às

necessidades e interesses das crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

Os estudantes com necessidades especiais podem encontrar espaços

permanentes de aprendizagem e interação nos colegas de turma, como

efetivamente permitir a estes, a experiência do currículo cotidiano, superando a

discriminação e preparando as turmas para práticas e posturas inclusivas em textos,

nos ambientes e situações sociais.

Para Saviani (2005), como a aprendizagem é um processo deliberado e

sistemático, este deve ser organizado. O currículo deverá traduzir essa organização

e estruturação dos elementos para que as experiências curriculares tenham êxito.

Na instituição escolar tudo deve seguir uma programação. A programação do

conhecimento a ser efetivado tem seu pilar na matriz curricular e no currículo

propriamente dito.

MATRIZ CURRICULAR

O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio, oferta os

cursos de Ensino Fundamental (Regular) de 6º ao 9º anos e a Educação de Jovens

e Adultos, EJA, organização Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio,

organização coletiva e individual.

A Matriz Curricular é composta de 75% (setenta e cinco por cento) de sua

grade, pelas disciplinas da Base Nacional Comum: Língua Portuguesa, Matemática,

Ciências, Geografia, História, Educação Física, Artes e Educação Religiosa

(facultativa).

Os 25% (vinte e cinco por cento) restantes, são da Parte Diversificada, onde é

ministrada a Disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês, por ser considerado

o idioma que mais integra o cidadão na comunidade universal.

Cada Matriz Curricular tem sua importância e os conhecimentos desta, para

serem postos em prática necessitam maior espaço e tempo, onde haja uma divisão

igualitária, visto que todas as disciplinas têm importância na formação cultural dos

alunos.

62

Referências

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Coordenação de gestão Escolar. O

Papel do Pedagogo na gestão: Possibilidades de Mediação do currículo, 2009.

SAVIANI, Demerval, Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras aproximações. 9ª.ed.

Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

63

SEGUEM ANEXADAS AS MATRIZES CURRICULARES TRABALHADAS NO

COLÉGIO – 2012 ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

64

65

IV - MARCO OPERACIONAL

PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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MUNICÍPIO: SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: CORNÉLIO PROCÓPIO

GESTÃO: 2011/2013

DIRETORA: EXILAINE GASPAR

DIRETORA AUXILIAR: MARISA APARECIDA MENDES GOMÇALVES LOPES

OBJETIVO GERAL:

Assegurar uma gestão democrática como ponto de partida para uma

mudança qualitativa do processo de ensino-aprendizagem, fundamentada em

processos de decisão coletiva, na socialização do conhecimento, na construção da

cidadania, politicamente comprometida com a transformação social da escola e da

sociedade.

AÇÕES PROPOSTAS:

• Saber ouvir, aceitar sugestões, questionar, intervir e coordenar as ações

escolares visando o redimensionamento administrativo da escola, respeitando a

opinião de cada um;

• Promover a motivação a adesão de todos os setores educadores, alunos e

funcionários nas tomadas de decisões que envolvam os aspectos físicos,

administrativos e pedagógicos;

• Zelar e promover o funcionamento efetivo dos órgãos colegiados da escola,

compartilhando decisões e responsabilidades, com vistas a reunião de ideias para

melhor conduzir o processo ensino-aprendizagem.

• Cumprir e fazer cumprir o que determina a LDBEN, o Regimento Interno e Projeto

Político Pedagógico;

• Valorizar, proporcionar e interagir nas atividades desenvolvidas pelos docentes,

pois o diretor é antes de mais nada um educador;

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• Promover relação humana e profissional mais cooperativa e solidária no interior

da escola;

• Promover o intercâmbio cultural entre escolas regionais, possibilitando a

socialização, a troca de experiências de professores e alunos, que venha

enriquecer o currículo e a prática pedagógica das diversas disciplinas;

• Estimular, planejar e apoiar a organização de atividades extraclasse

(gincanas, excursões, passeios visitas, teatro, campeonatos, etc.), visando sempre

a qualidade do ensino-aprendizagem;

• Tornar o ambiente de trabalho um local que vise o respeito, a cordialidade, a

solidariedade, a justiça, a união e a cooperação;

• Estabelecer de forma coletiva normas, regras claras de trabalho e garantir sua

efetivação;

• Incentivar, participar, apoiar e acompanhar, projetos pedagógicos divulgando

seus resultados;

• Promover entre os agentes educativos a participação de todos em projetos

individuais e coletivos;

• Garantir e assegurar condições para que a diversidade étnico-racial, a igualdade

social e a inclusão de portadores de necessidades especiais, façam parte do

cotidiano escolar buscando informações com pessoas especializadas na área;

• Prestar conta com transparência dos recursos destinados ao colégio para a

comunidade escolar;

• Fazer uso equilibrado e racional dos recursos financeiros e materiais sempre com

consulta da comunidade escolar, priorizando o pedagógico;

• Comprometer-se pela manutenção da merenda escolar, sendo esta componente

importante para a concretização do processo ensino-aprendizagem;

• Zelar pela limpeza, organização, higiene do estabelecimento de ensino;

• Zelar pelo patrimônio público e buscar sempre recursos para a melhoria do

processo ensino-aprendizagem;

• Oferecer ao professor suporte pedagógico que possibilite a melhoria do processo

ensino-aprendizagem;

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• Viabilizar reuniões constantes de pais e mestres com vistas a manter diálogo

aberto sobre o desempenho/rendimento do aluno, visando a disciplina escolar, o

progresso do aluno e a divisão de responsabilidades;

• Propiciar condições ao professor e funcionário a participação em reuniões e

outros eventos escolares;

• Proporcionar mecanismos que viabilizam a formação continuada dos profissionais

da educação e sua participação em cursos, grupo de estudos, troca de

experiências visando sempre a qualidade do ensino-aprendizagem;

• Manter ampla divulgação e circulação aberta dos documentos recebidos, com o

objetivo de deixar os profissionais da educação sempre bem informados e

atualizados de todas as mudanças e novidades do processo educativo e de sua

vida profissional;

• Incentivar, oportunizar e apoiar funcionários com interesse em dar continuidade

aos estudos e preparação para possíveis concursos;

• Participar de formação continuada, buscando a qualidade pedagógica e

administrativa do colégio;

• Elaborar projetos de readequação e reformas do espaço físico destinado à

cantina e refeitório, visto que apresenta precariedade, necessitando de reformas

urgentes;

• Ampliar e dinamizar o acervo da biblioteca através de parcerias, compras,

doações, visando assim a atualização e formação cultural e crítica de professores e

alunos;

• Ampliar e renovar a videoteca escolar, promovendo atividades pedagógicas mais

atrativas efetivamente eficazes;

• Organizar coletivamente um calendário de datas comemorativas que serão

desenvolvidas durante o ano letivo;

• Promover, organizar e viabilizar eventos que visem o desenvolvimento cultural,

cognitivo, social e desportivo dos alunos, em consonância com os conteúdos

estruturantes;

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RESPONSÁVEIS:

EXILAINE GASPAR

MARISA APARECIDA MENDES GONÇALVES LOPES

CRONOGRAMA: REALIZAÇÕES NO PERÍODO DE 2011/2013

AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO:

O presente Plano de Ação visa o bem estar social, cultural, intelectual,

formativo de todos os seres envolvidos no âmbito escolar. As metas a serem

alcançadas dependerão do total envolvimento daqueles que fazem parte desta

instituição, portanto não faltarão esforços e empenho total para que sejam

efetivadas.

O plano de ação proposto apresenta-se de forma versátil e flexível, podendo

ser acrescentado novas ações ou readequações considerando que toda ação

que se propõe surtirá mais efeito e sucesso quando realizada e avaliada num

conjunto.

PLANO DE AÇÃO DOS PEDAGOGOS

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

MUNICÍPIO: SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: CORNÉLIO PROCÓPIO

GESTÃO: 2011/2013

OBJETIVO GERAL:

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CONSOLIDAR TODAS AS INICIATIVAS AVALIATIVAS DE TUDO O QUE

ACONTECE NO COLÉGIO, VISANDO A SINTONIA DE OBJETIVOS E VALORES

DO COLETIVO ESCOLAR PARA APRIMORAMENTO DAS AÇÕES

DESENCADEADAS E DO TRABALHO PEDAGÓGICO REALIZADO PELA

INSTITUIÇÃO.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

•Favorecer uma maior integração entre a Equipe Técnico-Pedagógica com a

realidade de cada sala de aula e as necessidades de cada professor, para que

adotemos metodologias e estratégias que desenvolvam a sensibilidade dos

alunos, que viabilizem a autonomia e a democracia no cotidiano escolar;

•Promover a participação dos pais na elaboração e execução dos projetos da

escola através de momentos esportivos, artístico-culturais, tecnológicos e de

enriquecimento curricular, para estimular a participação e a cooperação de toda a

comunidade interna e externa, visando a construção de uma sociedade mais

humana e solidária;

•Dinamizar as reuniões com os pais através de temáticas relacionadas ao

cotidiano escolar e educação em geral para enfrentar os desafios da realidade;

•Promover para toda comunidade escolar e debate e a pesquisa sobre a temática

da inclusão buscando um conhecimento mais aprofundado e aperfeiçoado sobre

o tema priorizando uma convivência preocupada com o bem estar pessoal e do

próximo;

•Potencializar, cada vez mais, o uso dos novos recursos tecnológicos disponíveis

nos ambientes do colégio para criar o clima propício para o desenvolvimento do

processo de ensino e aprendizagem, bem como de vivências cooperativas;

•Valorizar todas as oportunidades de conhecimento e partilha de experiências

para o cultivo do respeito à pluralidade sociocultural e religiosa.

Ações:

•Estabelecer metas prioritárias de trabalho no início de cada ano letivo,

elaboradas com o coletivo dos profissionais da Educação que atuam no colégio;

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•Promover reuniões para discussão das ações escolares junto com os alunos,

professores, funcionários e comunidade;

•Divulgar as Diretrizes emanadas da SEED, bem como, implementá-las;

•Orientar os professores na elaboração do plano de trabalho docente, da hora

atividade, seguindo as normas da SEED e orientação do NRE;

•Organizar o horário das aulas de acordo com as normas da SEED;

•Prestar orientação aos professores sobre o Sistema de Avaliação vigente:

•Acompanhar a qualidade do ensino ofertado através da análise do

aproveitamento dos alunos para posterior reflexão junto aos professores;

•Acompanhar as dificuldades e/ou sucesso escolar dos alunos usando tabelas e

gráficos;

•Agilizar e aperfeiçoar o sistema de informação aos pais sobre a vida escolar dos

alunos;

•Verificar constantemente as condições do prédio em relação à segurança e

higiene visando o bem estar de todos no colégio;

•Detectar as situações de dificuldades, bem como de possibilidades reais no

setor educacional da escola para atendimento dos alunos com necessidades

educativas especiais.

AVALIAÇÃO:

A avaliação do presente plano de ação será realizada na medida em que

avançamos em direção aos resultados previstos, aprendendo com nossos acertos e

desacertos, corrigindo rumos, adequando ou readequando ações, corrigindo

processos e procedimentos, definindo claramente o que deve ser desenvolvido com

um cuidado especial da equipe.

REGIMENTO ESCOLAR

Os critérios de avaliação, de recuperação e de dependência, com todas as

suas nuances, estão plenamente expostos e classificados no Regimento Escolar,

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assim como todas as ações compõe o mesmo documento normatizador que

representa os controles, diretrizes, responsabilidades e os objetivos gerais e finais.

O Regimento Escolar do Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental

e Médio de São Sebastião da Amoreira – Paraná, foi aprovado pelo parecer nº

093/2008 de 18/12/2008. Nele encontram-se os critérios de avaliação, recuperação

e de dependência com todas as suas nuances, estão plenamente expostos e

classificados, assim como todas as ações do coletivo escolar compõe o mesmo

documento normatizador que representa os controles, diretrizes, responsabilidades

e os objetivos gerais e finais.

Encontramos ainda a “constituição“ do colégio e suas normas de

funcionamento. É um dos documentos fundamentais dessa instituição de ensino, de

valor legal, exigido nos processos de autorização, reconhecimento e renovação de

reconhecimento.

As bases legais de um Regimento Escolar são as seguintes: Lei de Diretrizes

e Bases da Educação LDBEN 9394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a

Deliberação 016/99 do Conselho Estadual de Educação.

Como o Regimento Escolar é um documento Público aprovado pelo Núcleo

Regional de Educação através de um Ato Administrativo de aprovação, ele se

encontra a disposição de toda Comunidade Escolar, no Site da Escola, na

Secretaria da escola, na Sala da Direção, na Sala de Supervisão, na Sala de

Professores e Biblioteca Escolar. Nele encontramos definida a responsabilidade

de cada um dos segmentos que compõem a instituição escolar, buscando garantir o

cumprimento de direitos e deveres do coletivo escolar.

RELAÇÃO ENTRE ASPECTOS PEDAGÓGICOS E ADMINISTRATIVOS

Uma educação de qualidade torna o aluno mais competente para lidar com a

sua realidade interior e exterior uma vez que o sentido de todo esforço pedagógico é

o de propiciar aos alunos melhores chances de êxito na vida.

No colégio, a gestão pedagógica é uma ação coletiva e integral com um

propósito bem definido: educar o aluno.

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O ambiente escolar deve ser repleto de ideias inovadoras e veículo de

dignificação do homem, estabelecendo entre professores, família e comunidade um

verdadeiro trabalho integrado, gerador de mudanças em todos os aspectos.

A construção de um bom clima escolar depende primeiramente de uma

Equipe Administrativa mais aberta e igualitária na qual se processa maior integração

entre a direção, os docentes e outros funcionários e os benefícios advindos dessa

postura são revertidos aos alunos, nossos maiores beneficiários.

Para operacionalizar essa construção, a Equipe Administrativa do Colégio

Estadual João Turin, adota procedimentos tais como:

- Realizar uma análise e posterior reflexão sobre o desempenho de todos os

segmentos escolares;

- Definir objetivos prioritários;

- Identificar os recursos e as possíveis dificuldades na operacionalização

dos objetivos, determinando alternativas mais viáveis;

- Aperfeiçoar o funcionamento do colégio e melhorar a qualidade do ensino;

- Conhecer os métodos pedagógicos utilizados pelos professores;

- Providenciar materiais didáticos e os recursos pedagógicos necessários;

- Acolher os alunos respeitando suas possíveis limitações procurando

proporcionar-lhes uma estrutura pedagógica satisfatória;

- Propiciar condições para a capacitação do corpo docente;

- Zelar pelas instalações escolares como forma de assegurar conforto e

segurança para a comunidade escolar;

- Organizar os horários escolares da melhor forma possível sempre de

acordo com determinações legais;

- Organizar as atividades extracurriculares;

- Manter um bom relacionamento com a comunidade interna e externa;

- Manter boas relações com antigos alunos;

- Explorar práticas educacionais inovadoras na busca constante de

melhorias.

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INSTÂNCIAS COLEGIADAS

APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS:

De acordo com sua finalidade a APMF é uma associação formada para

colaborar também na qualidade da Educação de acordo com o seu principal

objetivo: Discutir, colaborar e decidir sobre as ações para a assistência ao

educando, para aprimoramento do ensino e para integração família- escola –

comunidade. No entanto, no dia-a-dia da nossa escola, a APMF, não é tão atuante

como deveria, pelos pais não comparecerem em número considerável quando

convocados, pela falta de disponibilidade dos professores e funcionários para

atender as necessidades da associação em questão, uma vez que os primeiros não

são exclusivos desta escola.

Analisando o estatuto da APMF, sentimos o quanto é importante nossa

atuação na mesma como Professores e Funcionários, mas estão faltando meios

para acontecer esta conscientização e para efetivar nossa contribuição no sentido

de ter uma APMF mais atuante.

FORMAÇÃO DA APMF

No Colégio Estadual João Turin - Ensino Fundamental, a atual APMF conta

com a seguinte formação:

NOME FUNÇÃORegina Laura Garcia PresidenteLuciano José dos Santos Vice PresidenteConceição Aparecida Siqueira 1ª SecretáriaAdalgiza da Rocha 2ª SecretáriaElza Barbosa de Oliveira Gaspar 1ª TesoureiraMayra Caroline Gaspar Ramalho 2ª TesoureiraSissimary Aparecida Schoveigert Primeira Diretora SócioculturalMarina Aparecida Lopes da Silva Segunda Diretora SócioculturalA partir de 30/05/2010

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Mesmo tendo estatuto próprio, apresenta-se no texto a seguir, alguns

capítulos do mesmo.

Os demais encontram-se em documento próprio, na Secretaria da Escola e

na Sala da Direção.

ESTATUTO DA APMF

CAPÍTULO I

DA INSTITUIÇÃO, SEDE E FORO

Art. 1º A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual

João Turin - Ensino Fundamental e Médio, APMF/São Sebastião da Amoreira – PR

- ATA 0001/2008 de 29/05/2008, com sede e foro no Município de São Sebastião

da Amoreira, Estado do Paraná, localizado na Avenida Prefeito Antonio Francischini

nº 876, reger-se-á pelo presente Estatuto e pelos dispositivos legais ou

regulamentares que lhe forem aplicados.

CAPÍTULO II

DA NATUREZA

Art. 2º A APMF, ou similares, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão

de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino,

não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo

remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo

indeterminado.

76

CAPÍTULO III

DOS OBJETIVOS

Art. 3º Os objetivos da APMF são:

I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando,

de aprimoramento do ensino e integração família – escola – comunidade,

enviando sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para

apreciação do Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;

II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,

assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância

com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto

escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa

comunidade;

IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da

APMF e do Conselho Escolar;

V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo,

dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola

pública, gratuita e universal;

VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e

toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e

desportivas, ouvido o Conselho Escolar;

VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades

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estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em

livro ata;

VIII - colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta

ação.

CAPÍTULO IV

DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 4º Compete à APMF:

I - acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, sugerindo as

alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento

de Ensino, para deferimento ou não;

II - observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive

Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que

concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para a realização

de eventos próprios do Estabelecimento de Ensino;

III - estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,

professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do

Conselho Escolar;

VI - promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo pais,

professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades

apontadas por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de

acordo com os critérios da SEED;

VII - colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com

as necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

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VIII - convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os

integrantes da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de

antecedência, para a Assembleia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um)

dia útil para a Assembleia Geral Extraordinária, em horário compatível com

o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente definida na

convocatória;

XI - reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos

advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de

aplicação, bem como reunir-se para a prestação de contas desses recursos,

com registro em ata;

X - apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade

escolar, através de editais e em Assembléia Geral;

XI - registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as

reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com

a participação do Conselho Escolar;

XII - registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em

livro ata próprio e com as assinaturas dos presentes, no livro de presença

(ambos os livros da APMF);

XIII - registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários

de bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e

Conselho Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à

Direção do Estabelecimento de Ensino;

XIV - aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou

doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da

Associação e à Direção do Estabelecimento de Ensino;

XV - receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo

recibo preenchido em 02 vias;

79

XVI- promover a locação de serviços de terceiros para prestação de

serviços temporários na forma prescrita no Código Civil ou na

Consolidação das Leis do Trabalho, mediante prévia informação à

Secretaria de Estado da Educação;

XVII - mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização

enquanto órgão representativo, para que esta comunidade expresse suas

expectativas e necessidades;

XVIII - enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do

Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e

Fiscal e, em seguida, torná-la pública;

XIX - apresentar, para aprovação, em Assembléia Geral Extraordinária,

atividades com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais

membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de

Ensino;

XX - indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho

Deliberativo e Fiscal, o(os) representante(s) para compor o Conselho

Escolar;

XXI - celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de

atividades curriculares, implantação e implementação de projetos e

programas nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual,

apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente

repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado do

Paraná dos recursos utilizados;

XXIII - celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos

termos da Lei Federal n°8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de

Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados, com o acompanhamento

do Conselho Escolar;

XXIV - celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com

pessoas físicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação

80

civil pertinente, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da

Educação;

XXV - manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda a

documentação referente à APMF, obedecendo a dispositivos legais e

normas do Tribunal de Contas;

XXVI - informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do

presidente por 30 dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor

do Estabelecimento de Ensino.

Parágrafo Único - Manter atualizado o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

(CNPJ) junto à Receita Federal, a RAIS junto ao Ministério do Trabalho, a Certidão

Negativa de Débitos do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas

do Estado do Paraná, para solicitação da Certidão Negativa, e outros documentos

da legislação vigente, para os fins necessários.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa

e fiscal cuja principal atribuição é estabelecer a Proposta Pedagógica sendo órgão

máximo de direção da escola pública com princípios constitucionais democráticos. É

regido por Estatuto próprio onde constam seus objetivos e tudo o mais que regula o

seu funcionamento.

O papel do Conselho Escolar é de vital importância para a instituição escolar

embora não seja bem compreendido pela comunidade escolar apesar de legitimar

todas as decisões tomadas no âmbito escolar, colaborar na execução de algumas

ações monitorando os resultados alcançados.

As reuniões com o Conselho Escolar são registradas em Ata com livro

próprio.

Trabalhando em conjunto tudo se torna mais fácil para o bom

desenvolvimento da escola, visando sempre a aprendizagem, o bom comportamento

dos alunos e que todos vejam o resultado de seu trabalho, dando sempre o que

81

temos de melhor para a construção de uma escola pública de qualidade. Como os

funcionários têm um representante atuando no Conselho Escolar, eles também

podem estar participando e colaborando no que for necessário para o seu

desempenho, garantindo com isso a efetivação das metas da escola e obtermos

êxito.

FORMAÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar do colégio está assim formado:

A partir de 20/05/2010NOME FUNÇÃOExilaine Gaspar PresidenteMagna Lúcia Furlanetto Gaspar Representante da Equipe PedagógicaNelci Soares Vidotti Representante de ProfessoresAnália Lopes da Silva Representante de Professores da EJAConceição Aparecida Siqueira Representante da Equipe AdministrativaBenedita Otaviana de Oliveira Rep. De Auxiliar de Serviços GeraisNeusa Maria Zampieri Ramalho Representante de alunos da EJANadine de Fátima Miguel Representante de alunos 5ª/8ª E.F.Márcia dos Santos Representante de Pais 5ª/8ª EFCristiane Aparecida dos Santos Representante de Pais 5ª/8ª EFMaria de Fátima Ramalho Representante de seguimento da Sociedade

Civil

Apresenta-se a seguir alguns capítulos do Estatuto do Conselho Escolar. Os

demais se encontram em Documento Próprio, na Secretaria da Escola, Sala da

Direção e Sala da Supervisão.

ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR

TÍTULO I Das Disposições Preliminares

CAPÍTULO I Da Instituição, Sede e Foro

82

Art. 1º - O presente Estatuto dispõe sobre o Conselho Escolar do Colégio

Estadual João Turin - Ensino Fundamental e Médio, é constituído segundo as

disposições contidas no Ato Administrativo nº 121/2004, homologado em 13/05/2004

Núcleo Regional de Educação que aprova o Estatuto do Conselho Escolar desta

Escola.

Art. 2º - O Conselho é denominado “Conselho Escolar do Colégio Estadual

João Turin Ensino Fundamental e Médio”.

Art. 3º - O Conselho Escolar do Colégio Estadual João Turin - Ensino

Fundamental e Médio tem sede na Avenida Prefeito Antonio Francischini nº. 876,

Centro no Município de São Sebastião da Amoreira, Paraná, e será regido pelo

presente Estatuto e pelos dispositivos legais que lhe forem aplicáveis.

CAPÍTULO II

Da Natureza e Dos Fins

Art. 4º - O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da

Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a

organização e a realização do trabalho pedagógico da instituição escolar em

conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, para o

cumprimento da função social e específica da escola.

§ 1º - A função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às

diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras

quanto ao direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar.

§ 2º - A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir

dúvidas e resolver situações educacionais no âmbito de sua competência.

§ 3º - A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das

ações desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas,

83

propondo alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo a

transparência do processo pedagógico, administrativo e financeiro.

Art. 5º - O conselho escolar não deverá ter finalidade e/ou vínculo político-

partidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela

que diz respeito diretamente à atividade educativa da escola.

Parágrafo único - Por não possuir fins lucrativos, nenhum de seus membros

poderá receber qualquer tipo de remuneração ou benefício pela sua participação no

conselho escolar.

Art. 6º - O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão

colegiada e de participação da comunidade escolar numa perspectiva de

democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção

do Estabelecimento de Ensino.

Parágrafo único - A comunidade escolar é compreendida como o conjunto

de profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados,

pais e/ou responsáveis pelos alunos, representantes de organizações e/ou

movimentos sociais presentes na comunidade.

Art. 7º - O Conselho Escolar, enquanto órgão colegiado de direção deverá ser

constituído pelos princípios da representatividade democrática, da legitimidade e da

coletividade, sem os quais o conselho perde sua finalidade e função político-

pedagógica na gestão escolar.

Art. 8º - O Conselho Escolar abrange toda a comunidade escolar e tem como

principal atribuição estabelecer o projeto político-pedagógico da escola, eixo de toda

e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino.

84

Art. 9º - Poderão participar do órgão colegiado de direção representantes dos

movimentos sociais organizados, comprometidos com a escola pública,

assegurando-se que sua representação não ultrapasse 1/5 (um quinto) do colegiado.

Art.10 - A atuação e representação de qualquer dos integrantes do Conselho

Escolar visará ao interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades e objetivos

da educação pública, para assegurar o cumprimento da função da escola que é

ensinar.

Art. 11 - A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos

seguintes pressupostos:

a) Educação é um direito inalienável de todo cidadão;

b) A escola deve garantir o acesso a todos que pretendem ingressar no

ensino público;

c) A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes níveis e

modalidades são metas da escola pública;

d) A construção contínua e permanente da qualidade da educação pública

está diretamente vinculada a um projeto de sociedade;

e) Qualidade de ensino e competência político-pedagógica são elementos

indissociáveis num projeto democrático de escola pública;

f) O trabalho pedagógico escolar numa perspectiva emancipadora é

organizado numa dimensão coletiva;

g) A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os

sujeitos que constituem a comunidade escolar;

h) A gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a

cooperação a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação, em todos os

aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da organização do trabalho

escolar.

CAPÍTULO III

85

Dos Objetivos

Art. 12 - Os objetivos do Conselho Escolar são:

I - Realizar a gestão colegiada da instituição escolar numa perspectiva

democrática.

II - Constituir-se em instrumento de democratização das relações no

interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação da

comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a

especificidade do trabalho pedagógico escolar.

III - Promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando

a integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na

construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal.

IV - Estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do

trabalho pedagógico na escola, a partir dos interesses e expectativas

histórico-sociais, em consonância às orientações da SEED e à legislação vigente.

V - Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido na escola pela

comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias para a construção

de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal.

VI - Garantir o cumprimento da função social e da especificidade do

trabalho pedagógico da escola numa perspectiva democrática, de modo que a

organização das atividades educativas escolares esteja pautada nos princípios

da gestão democrática.

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GRÊMIO ESTUDANTIL

Nosso colégio iniciará a implantação do Grêmio Estudantil, pois a sua

organização fornece o relacionamento e a convivência entre os nossos jovens. Por

serem institucionalizados, podem representar melhor a rica experiência que é a

busca coletiva dos anseios, desejos e aspirações dos estudantes.

O grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. Os grêmios,

organizados exercem papel importante na formação do aluno, devendo ter a

dimensão social, cultural e também política.

O grêmio é a organização dos estudantes no Colégio.

Ele é formado apenas por alunos de forma independente, desenvolvendo

atividades culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre

assuntos de interesse dos estudantes, que não fazem parte do Currículo Escolar, e

também organizando reivindicações, tais como compra de livros para a biblioteca,

transporte gratuito para estudantes e muitas outras coisas.

O grêmio Estudantil não terá caráter político-partidário, religioso, racial e

também não deverá ter fins lucrativos.

Podem ser do grêmio todos os alunos matriculados e com frequência regular.

Os representantes do grêmio não poderão utilizar seu horário para as

reuniões e quaisquer outras atividades sem autorização da Direção Geral e do

professor da turma.

O funcionamento do Grêmio é estabelecido por Estatuto, aprovado em

Assembléia Geral do corpo discente do Estabelecimento de Ensino, obedecendo a

legislação pertinente.

O Estabelecimento de Ensino não se responsabilizará pelas dívidas ou outros

compromissos assumidos.

A realização de qualquer evento do Grêmio nas dependências do

Estabelecimento deverá ser precedida de autorização do Conselho Escolar.

Qualquer evento ou reunião que houver no Estabelecimento, o Grêmio será

responsável pela manutenção da limpeza, da ordem e por qualquer dano material.

As atividades serão supervisionadas pelo Conselheiro (que deverá ser um

profissional da Educação da Escola escolhido pelo Diretor).

87

O balanço anual de movimento financeiro do Grêmio será apresentado a

Assembleia Geral dos alunos e ao Conselheiro Escolar ao final de cada mandato.

CONSELHO DE CLASSE

O conselho de Classe é um dos momentos mais importantes da avaliação do

ensino aprendizagem, no qual objetiva refletir sobre a prática pedagógica de

maneira democrática, com a participação de um aluno por série, desta forma

possibilitando uma ação conjunta entre corpo docente e discente na redefinição da

ação pedagógica para a melhora do processo de ensino e aprendizagem. Sendo a

escola uma instância de luta pela formação de sociedade, é neste espaço que

devemos construir a nossa prática, superando conflitos e elevando a cultura através

de reflexão de sua prática através de responsabilidade político e social, superando o

liberal conservador da prática pedagógica.

Analisar e discutir as informações obtidas no pré-conselho de classe.

A partir deste diagnóstico, fazer uma análise crítica da realidade escolar com

o objetivo de reorientar as ações pedagógicas, visando a melhoria da qualidade do

ensino e da aprendizagem.

Fazer uma sondagem da escola com os alunos, diagnosticando as causas

que interferem no processo ensino-aprendizagem. De forma positiva ou negativa.

O “Conselho de Classe” teve início em 1989, quando sugeriu-se que fosse

analisado os principais eixos, sendo aspecto avaliativo, os entraves estruturais à

eficiência e produtividade. Observou-se também que o próprio significado do

Conselho de Classe para os profissionais era uma questão que deveria ser

analisada com maior cuidado, visto que as ideias contrapunham-se.

A palavra “Conselho” possui inúmeros significados para as pessoas, e esse

fato possibilita a diversificação encontrada pela instância, de suas limitações e suas

possibilidades.

Assim um novo conselho de classe só é possível de ser efetivado quando os

elementos que o compõem apoderam-se conscientemente dele, colocando-o a

serviço de seus propósitos, articulados coletivamente em um projeto político

pedagógico comum.

88

Existem diversos tipos de conselhos com objetivos bem diferentes, o objetivo

pode ser avaliar a escola, a turma, o rendimento ou a atividade da turma.

Enfim o objetivo do Conselho de Classe é a avaliação de aprendizagem, que

sendo analisada segundo critérios amplos, discutidos criticamente, poderá atingir

questionamentos ligados ao papel social da escola.

Sugestões para mudança no Conselho de Classe:

- Que o professor repense sua prática pedagógica na questão “o que fazer

com os alunos que não apropriaram dos conteúdos e obviamente ficaram

sem média”;

- Elaborar fichas para o pré-conselho onde os professores em sua hora

atividade fazem uma pré-avaliação dos alunos para o Conselho

propriamente dito;

- Elaborar fichas para anotações diárias específica para os alunos que

estão defasados, diagnosticando onde ou de quem é a falha;

- Através de fichas pré-elaboradas, o professor deve sondar se o aluno não

necessita de um atendimento individual – sala de apoio e sala de recursos.

E trazer para discussão já no Conselho de Classe.

- Em datas diferentes, cada um dia uma série. Que seja um momento para

avaliar o rendimento, ou seja, a evolução do aluno no decorrer do curso.

CONSELHO TUTELAR

Em nosso município, o Conselho Tutelar iniciou sua atuação no ano de l.998,

tendo como objetivo principal o intercâmbio entre a escola e a família com a

finalidade de desencadear um trabalho de integração que tem como consequência a

melhoria da qualidade de ensino, bem como, da qualidade de vida desses alunos.

Como no colégio todos fazem parte de um grupo, de uma comunidade,

devemos ter consciência do papel de todas as pessoas que fazem parte desse meio

social, possibilitando o desenvolvimento no sentido da parte pedagógica ao coletivo.

Torna-se assim, indispensável a contribuição que o Conselho Tutelar vem

prestando a escola, tanto na parte pedagógica como social.

89

Na parte pedagógica o Conselho Tutelar nos auxilia no sentido de zelar pela

assiduidade dos alunos e sua permanência na escola. No social, dá atendimento

aos problemas familiares decorrentes da falta de estrutura da mesma, garantindo às

crianças e adolescentes a permanência no seu lar de origem, proporcionando-lhes a

satisfação de suas necessidades básicas.

O Governo do Paraná lançou o programa mobilização para a Inclusão Escolar

e a Valorização da vida objetivando garantir que nenhuma criança fique fora da

escola, impedindo que os números de evasão escolar, motivando pôr fatores

históricos, sociais e mesmo educacionais, continuem a crescer no Paraná,

evidenciando que o combate a exclusão escolar é um compromisso não só dos

educadores ou do Estado, mas de toda a sociedade. A escola deve tomar todas as

providências para garantir a permanência do aluno no sistema educacional,

conscientizando-o da importância da educação em sua vida e para seu futuro,

mantendo contato frequente e direito com os pais ou responsáveis, enfatizando a

sua responsabilidade na educação e formação dos filhos. Mas quando a escola

esgota todas as sua tentativas de manter o aluno na escola, ela recorre ao

Conselho Tutelar encaminhando a este a ficha de comunicação de aluno ausente

constando todos os dados referentes ao aluno e as medidas tomadas pela escola. A

partir desse procedimento o Conselho Tutelar toma as providências cabíveis e não

obtendo sucesso encaminha o caso ao ministério público.

O conselho tutelar do município de São Sebastião da Amoreira - PR é

formado pelos seguintes representantes:

NOME FUNÇÃOMayra Caroline Gaspar Ramalho PresidenteLucio Nelson Peres Soares Vice PresidenteDayana Ferreira Gaspar SecretáriaAdevalcir da Silva ConselheiroOswaldir Antal Júnior Conselheiro

90

RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR O PROJETO:

Envolver a comunidade que está à sua volta, aproximar os pais da escola e

desenvolver projetos que integram Escola, Família e comunidade é uma das

estratégias que as instituições de Ensino buscam cada vez mais.

Sendo os alunos os principais beneficiados de todas as ações praticadas no

colégio, precisamos estar atentos às suas necessidades e expectativas dando as

condições necessárias para garantir aos mesmos a satisfação com o que podemos

ofertar no momento que não é o ideal em matéria de qualidade total de ensino, mas

é o mínimo necessário para auxiliar o trabalho do professor dando-lhe apoio para

que o mesmo possa aplicar uma metodologia dinâmica e agradável.

O colégio possui acervo considerável de materiais de apoio que ficam a

disposição dos professores e alunos: TV Pendrive, Data Show, gravações da TV

escola, DVD, material dourado, discos e réguas sobre frações, sólidos geométricos,

blocos lógicos, tangram, mostruário de substâncias minerais e rochas, planetário,

globo mundi, mapas, tela para projeção, microscópio básico, episcópio spinlight,

torso, esqueleto, textoteca e acervo considerável de títulos disponíveis para todas as

áreas de ensino na biblioteca da escola. Contamos com o laboratório de informática

Paraná Digital no Colégio e aguardando a instalação do PROINFO. Contamos

também com materiais para práticas desportivas: tênis de mesa, basquete e vôlei.

Quando determinamos esse mínimo, fica evidente que fazemos uma

avaliação constante das expectativas atuais e futuras de nossos alunos. Para

garantir a implementação de um projeto pedagógico de qualidade reivindicamos

junto ao Governo Estadual a reforma e ampliação do espaço físico e uma quadra de

esportes coberta. Hoje já contamos com a quadra coberta.

Com o apoio efetivo da APMF e o prédio readequado, fica possível

desenvolver os projetos que almejamos.

Além dos recursos físicos e materiais, o Colégio Estadual João Turin, conta

com os seguintes recursos:

91

RECURSOS HUMANOS:

- Diretor;

- Diretor Auxiliar;

- Professores;

- Secretária;

- Profissionais de Execução;

- Bibliotecários (Professoras Readaptadas prestando esse serviço);

- Profissionais do Apoio.

PROJETOS DESENVOLVIDOS NO COLÉGIO

PROJETOS INTERDISCIPLINARES

A realidade atual, automatizada, informatizada, globalizante exigem do

educador uma formação continuada como condição indispensável à implantação das

mudanças numa escola que se redireciona em busca de saberes e práticas.

Os educadores estão sendo desafiados a mudar e a inovar com o intuito de

atender às expectativas da atual sociedade e transformá-la. Com isso

adquirem novas técnicas e metodologias capazes de transformar o colégio em um

espaço dinâmico e agradável ao educando.

A pedagogia de projetos fornece ao professor subsídios para que ele possa

criar e desenvolver temáticas centradas na realidade da sociedade atual e contribuir

na travessia da formação humana dos seus alunos fornecendo-lhes uma rota segura

e confiável, resgatando valores morais de solidariedade, justiça, tolerância, diálogo,

afeto, cooperação, respeito mútuo, porém esses projetos devem ser

contextualizados e não depender de um momento pontual para ser concluído.

92

Para tanto, o professor deve ser um comunicador arrojado, com atitudes de

reconstrução contínua, inovador, com fundamentação técnica sólida, capaz de reunir

teoria e prática.

No decorrer do ano letivo, os professores, juntamente com seus alunos,

desenvolverão projetos interdisciplinares e contextualizados, projetos especiais

institucionais todos contemplados na Proposta Pedagógica Curricular das disciplinas

(cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena, Agenda 21, Agrinho, Com Ciência,

Olimpíada de Matemática, Português, Astronomia, Viagem do Conhecimento, Fera,

etc.), além de projetos sugeridos pela SEED, implementação de projetos dos

professores PDE/PR, Viva Escola e PDE Escola.

INCLUSÃO E DIVERSIDADE

INTRODUÇÃO

Estes são os temas que povoam as discussões na área educacional na última

década, do qual faz-se necessário uma reflexão sobre alguns dos sentidos que

emergem das ideias.

É comum ouvirmos discursos ou conversas que afirmam que a inclusão é

direcionada aos alunos com necessidades especiais, mais precisamente às crianças

e jovens com necessidades intelectuais, motoras, auditivas e visuais. Essas

definições, fruto da desinformação e da superficialidade de análise, está equivocada

por vários motivos:

- Necessidades especiais são utilizadas como sinônimo de deficiência, e que não

corresponde à verdade;

- Somente os alunos com deficiência seriam alunos de inclusão , como se apenas

estes tivesse problemas de aprendizagem;

93

- Reduz-se a complexa problemática social da inclusão ao espaço como se uma

vez matriculados os alunos nas classes comuns, estaria garantida sua inclusão

educacional e social.

INCLUSÃO PARA TODOS

A visão que norteia os debates nos inúmeros segmentos sociais, é que são as

diferenças que constituem os seres humanos. Essas diferenças entre os homens

fazem-se presentes mostrando e demonstrando que existem grupos com

especificidades naturalmente irredutíveis.

As pessoas são diferentes de fato:

Cor de olhos e da pele, gênero, orientação sexual, as origens familiares, e

regionais, hábitos e gostos, estilo etc. Em resumo, os seres humanos são diferentes,

pertencem a grupos variados, convivem e desenvolvem-se em culturas distintas.

São então diferentes de direito à diferença. Para isso, os currículos devem ser

abertos e flexíveis para que as diferenças se complementem e não sejam fatores de

exclusão.

Cabe ao Estado implementar as políticas públicas, enfrentar as desigualdades

sociais e promover o reconhecimento político e a valorização dos traços e

especificidades culturais para a universalização do acesso à escola pública e com

qualidade para todos.

INCLUSÃO DOS ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

A inclusão deste grupo passou a ser discutida em meados da década de 90,

no Brasil.

Primeiramente é necessário esclarecer que necessidades especiais ou

deficiências não se “portam” como objetos que carregamos de um lado para o outro,

dos quais podemos nos desfazer quando bem entendemos.

Necessidades especiais abrange uma série de situações e/ou condições

pelas quais um de nós, pode estar submetido oferecendo obstáculos em nossa vida

94

em sociedade. Por exemplo, a fratura de uma perna, a senilidade, a depressão

profunda, a obesidade mórbida, o uso de medicamentos, hortenses e próteses,

caracteriza uma situação de necessidades especiais e não se referem

necessariamente a uma situação de deficiência.

De acordo com a SEED, a oferta de serviço e apoio especializado na

modalidade de Educação Especial, destina-se ao alunado que apresenta

necessidades educacionais temporário ou permanente, é caracterizado em :

a) dificuldades acentuadas de aprendizagem em limitações no processo de

desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não

vinculadas a uma causa orgânica específica ou relacionadas a distúrbios, limitações

ou deficiências;

b) dificuldades de comunicação e sinalização demandando a utilização de

outras línguas, linguagens e códigos aplicáveis;

c) condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos neurológicos ou

psiquiátricos;

d) superdotação/ altas habilidades que, devido às necessidades e motivações

específicas, requeiram enriquecimento, aprofundamento curricular e aceleração para

concluir, em menor tempo, a escolaridade, conforme normas a serem definidas por

Resolução da Secretaria de Estado da Educação.

A INCLUSÃO EDUCACIONAL TRILHADA POR DIFERENTES CAMINHOS

Não há consenso sobre o que seja o processo de inclusão. Existem três

tendências sobre o modo de pensar e praticar o processo de inclusão: Inclusão

condicional, inclusão total ou radical e inclusão responsável.

A SEED – PR situa sua política nessa terceira posição, inclusão responsável,

enfrentando o desafio da inclusão escolar de maneira a não apenas criar

oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com necessidades

educacionais especiais garantindo condições indispensáveis para que possam

manter-se na escola e aprender. Isso requer a constante avaliação da qualidade dos

serviços prestados, seja em escolas comuns, seja em escolas especiais. A rede de

apoio no Paraná para atendimento aos alunos com necessidades educacionais

95

especiais no ensino regular, bem como na rede conveniada, teve um crescimento

significativo, de acordo com os seguintes dados:

SERVIÇOS DE APOIO ESPECIALIZADOS

• 819 salas de recursos de 5ª a 8ª séries na área da deficiência

intelectual;

• 159 professores de apoio à comunicação alternativa na área da

deficiência física neuromotora;

• 211 centros de atendimento especializado na área da deficiência

visual;

• 05 centros de atendimento especializado ( mais 2 em processo) e 2

guias-intérpretes na área da surdocegueira;

• 273 Centros de Atendimento na área da deficiência surdez;

• 366 tradutores e interpretes de libras/língua portuguesa para alunos

surdos;

• 13 salas de recursos para atender alunos com transtornos globais do

desenvolvimento;

• 24 professores de apoio de sala de aula para alunos com transtornos

globais de desenvolvimento;

• 22 salas de recursos para atender alunos com altas

habilidades/superdotação nas séries iniciais, finais e no ensino médio.

• 394 Escolas de Educação Especial;

• 02 Escolas públicas de educação especial, uma na área da surdez e

outra destinada ao atendimento de alunos que apresentam altíssimas

especificidades nas áreas da deficiência intelectual, transtornos

globais do desenvolvimento e múltiplas deficiências.

96

REFLEXÕES SOBRE A INCLUSÃO ESCOLAR:

A partir da reflexão da educação inclusiva e seus desafios surgem

expectativas acerca do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha todos

os alunos. No entanto essa é uma tarefa que não depende só do compromisso

técnico e político dos governos, mas também de pais, familiares, professores,

profissionais e de todos os membros da sociedade, desprezando qualquer forma de

(pré) conceitos e discriminação, optando pela riqueza e o crescimento que advém da

vivência do processo de inclusão. É na possibilidade de convívio com as diferenças

que florescem sentimentos e atitudes de solidariedade e cooperação.

O projeto político-pedagógico é uma das formas de concretização das ações

escolares capazes de transformar a realidade e formar cidadãos conscientes de seu

papel de agente transformados e participativos, devendo contemplar as dimensões

de ação abaixo relacionadas:

a) A construção de culturas inclusivas (comunidade escolar e sociedade em

geral);

b) A elaboração de políticas inclusivas (secretarias municipais e estaduais de

educação);

c) A dimensão das práticas inclusivas ( professores e equipe técnico-

pedagógica ).

Não é preciso esperar que todos os requisitos necessários estejam prontos

para que a inclusão se concretize transformando-se em realidade.

SALA DE RECURSOS NA ÁREA DA DEFICIÊNCIA MENTAL/INTELECTUAL E/OU TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS.

Sala de Recursos é um serviço especializado de natureza pedagógica que

apóia e complementa e/ou suplementa o atendimento educacional realizado em

classes comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8 ª séries.

Atende aos alunos regularmente matriculados no Ensino Fundamental de 5ª à

8ª séries, egressos da Educação Especial e/ ou Salas de Recursos das séries inicias

97

do Ensino Fundamental, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe

multiprofissional, da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente

da Deficiência Mental/Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por

equipe multiprofissional, da classe comum, com Transtornos funcionais Específicos,

com Avaliação no Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional. ou

aqueles que apresentam distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que

necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo

de aprendizagem na classe comum.

A avaliação de ingresso na Sala de Recursos deverá ser realizada no contexto

do ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado,

pedagogo da escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa

– (Universidades, Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde,

através do estabelecimento de parcerias, entre outros) e equipe do NRE,

devidamente orientada pela SEED/DEEIN.

O processo de avaliação deverá ser orientado e vistado pela equipe de

Educação Especial do Núcleo Regional de Educação.

O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com

indicativos de Deficiência Mental/Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos

relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos,

cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do

desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e

concentuais, acrescida do parecer psicológico.

O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos

com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos ( Distúrbios de

Aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar

aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação,

produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescida de

parecer psicológico e complementada com parecer fonoaudiológico e/ou de

especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem necessários.

O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com

indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção

hiperatividade), e deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da

98

língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração,

medidas, entre outras, acrescido de parecer psiquiátrico e/ou neurológico e

complementada com parecer psicológico.

Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, deverão

ser registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para

o plano de trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais

encaminhamentos que se fizerem necessários, devidamente datado e assinado por

todos os profissionais que participaram do processo.

Todo o trabalho realizado durante a avaliação no contexto escolar, descrito no

Relatório, deverá ser sintetizado em ficha “Síntese – Avaliação Pedagógica no

Contexto escolar e Complementar”, devidamente datada e assinada por todos os

profissionais que participaram do processo.

Quando o aluno da Sala de Recursos freqüentar a classe comum em outro

estabelecimento, deverá apresentar declaração de matrícula e relatório de avaliação

realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional.

O aluno egresso de Escola de Educação Especial, Classe Especial e Sala de

Recursos de séries iniciais deverá apresentar o último Relatório Semestral da

Avaliação, indicando a continuidade do Atendimento de Apoio Especializado e cópia

do Relatório de Avaliação realizada no contexto escolar por equipe multiprofissional.

Neste estabelecimento de ensino, a Sala de Recursos (DM); foi instalada no

dia 04/04/2005. Hoje, a escola conta com 1 sala, no período vespertino. São

atendidos 10 (dez) alunos.

É um serviço de apoio pedagógico especializado, ofertado em período

contrário ao que o aluno frequenta a classe comum, visando a complementação e/ou

suplementação de saberes, o que, por sua vez, torna a flexibilidade curricular e

dinamicidade metodológica, o ponto de partida desse trabalho.

Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Del. nº 02/03 – CEE,

art. nº 33 e 34, deverá ter:

a) Especialização em cursos de Pós Graduação na área específica ou;

b) Licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou;

99

c) Habilitação específica em nível médio, na extinta modalidade de Estudos

Adicionais e atualmente na modalidade normal. A admissão, entretanto,

faz-se por meio de concurso público.

O currículo a ser desenvolvido é o das Diretrizes Curriculares Nacionais para

as diferentes séries do ensino fundamental. O trabalho pedagógico especializado,

na Sala de Recursos deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de

forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio-afetivo

emocional,necessários para a apropriação e produção de conhecimentos.O

professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico individual,

com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as

intervenções sugeridas na avaliação de ingresso e/ou relatório semestral. O

planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário

reorganizado, de acordo com:

a) os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;

b) as áreas de desenvolvimento ( cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional) de

forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de

aprendizagem.

A complementação do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, na Sala

de Recursos, dar-se-á através de:

a) orientação aos professores da classe comum, juntamente com a equipe

pedagógica, nas adaptações curriculares, avaliação e metodologias que serão

utilizadas no ensino regular, em atendimento aos alunos com Deficiência

Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos;

b) apoio individual ao aluno com Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos

Funcionais Específicos, na sala de aula comum, com ênfase à complementação do

trabalho do professor da classe comum;

c) participação na avaliação no contexto escolar dos alunos com indicativos de

Deficiência Mental/Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

100

AÇÕES A SEREM IMPLEMENTADAS NO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN

PARA MELHORAR O RENDIMENTO ESCOLAR DOS ALUNOS:

ESTATÍSTICA REFERENTE AO APROVEITAMENTO ESCOLAR

ANO LETIVO DE 2007, 2008, 2009, 2010, 2011

COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

RENDIMENTO ESCOLAR MOVIMENTAÇÃO ESCOLAR

Ensino Taxa de Aprovação

Taxa de Reprovação

Taxa de Abandono

Fundamental/07 70,6% 10,2% 14%Fundamental/08 70,4% 12,7% 13%

Rendimento Escolar – Ano Letivo 2009

FUNDAMENTAL - TOTAL 80,10% 5,80% 14,00%

5ª SERIE 77,00% 10,80% 12,10%

6ª SERIE 79,70% 5,40% 14,80%

7ª SERIE 79,60% 4,20% 16,00%

8ª SERIE 85,60% 1,20% 13,10%

IndicadorEnsino 2007 2008 2009 2010 2011

Taxa de Aprovação

Ensino Fundamental - Anos Finais

- 72.8% 80.0% 87.8% 81.2%

Taxa de Reprovação

Ensino Fundamental - Anos Finais

10.4% 12.5% 5.7% 7.4% 12.2%

Taxa de Abandono

Ensino Fundamental - Anos Finais

14.8% 14.7% 14.3% 4.8% 6.6%

Na tentativa de reverter este percentual e obter mais resultados positivos,

elevando a taxa de promoção dos alunos e diminuindo os índices de reprovação e

101

abandono, zelando pela permanência com sucesso de nossos alunos através de

uma Educação de qualidade o Colégio Estadual João Turin, irá mobilizar estratégias

de superação através de mecanismos de resolução dos problemas, tais como:

- Reuniões pedagógicas sobre planejamento de ações com um novo olhar

para alunos que ingressarão no 6º ano;

- Reuniões de Pais e Mestres;

- Reuniões entre professores e alunos;

- Escolha de professores tutores de turma;

- Escolha de presidente e vice-presidente entre os alunos de sala;

- Fichas de Acompanhamento do Aluno onde são feitos registros constantes

do mesmo;

- Palestras enfocando assuntos de interesse da coletividade, em

consonância com os conteúdos estruturantes;

- Desenvolvimento de temas, interdisciplinares, específicos de cada

disciplina;

- Atividades esportivas, recreação, música, teatro, trabalhos manuais em

consonância com os conteúdos estruturantes;

- Avaliação diagnóstica para os alunos de 5ª série onde constatada as

dificuldades de aprendizagem, serão encaminhados para a sala de apoio;

- Exposição de trabalhos;

- Atividades pedagógicas ( reforço, atendimento individual aos alunos pelos

seus professores na hora-atividade );

- Reuniões entre pais e direção por turma;

- Reuniões com o Conselho tutelar;

- Serviço de Orientação Educacional;

- Sondagem e avaliação para sala de Recursos;

- Aproximação com a comunidade;

- Sessões de filmes;

- Reforço nas salas de apoio para alunos de 5ª e 8ª séries com defasagem

de aprendizagem;

- Eventos extraclasse;

102

- Comunicado aos pais em diferentes situações: encaminhamento médico,

situações conflituosas, médias insatisfatórias, faltas dos alunos,

comportamento inadequado;

- Encontros privados entre pais ou responsáveis, professores, direção,

Equipe Técnico-Pedagógica e alunos;

- Conscientização dos alunos em relação aos seus direitos e deveres;

- Trabalho com o Regimento Escolar;

- Programações esportivas envolvendo toda a comunidade escolar;

- Prática do diálogo e aconselhamento;

- Confraternizações entre a comunidade escolar;

- Formatura simbólica das 8as séries.

- Trabalho com o professor;

- Formação continuada com o coletivo escolar;

- Reuniões para elaboração da proposta pedagógica, entre outros.

Vale destacar que muitas dessas atividades já fazem parte do cotidiano

escolar, mas no dia-a-dia escolar, os efeitos dessas ações, fazem gerar novas

ações, isto é, servem de estímulos a novas práticas. O mais importante de todas as

ações desenvolvidas na escola é o seu direcionamento, seu foco principal, que é o

bem-estar, sucesso acadêmico e consequente autonomia pedagógica dos alunos

que nos foram confiados.

RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA ESCOLA

RELAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS DO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Nº NOME CARGO CARGA HOR.

FUNÇÃO/DISC.

01 ADALGIZA DA ROCHA AG. EDUCAC. II 40 HORAS SECRETÁRIA 02 ANA CLAUDIA FURLANETTO PROFES. QPM LÍNGUA PORT. 03 ANA LÍCIA VIDOTTI PROFES. QPM 40 HORAS 04 ANA LÚCIA RODRIGUES GENEROZO AG. EDUCAC. II 40 HORAS 05 ANALIA LOPES DA SILVA PROFES. QPM HISTÓRIA 06 ARLETE GONÇALVES DE ALMEIDA AG. EDUCAC. I 40 HORAS 07 BENEDITA OTAVIANA DE OLIVEIRA AG. EDUCAC. I 40 HORAS

103

08 CLEUZA APARECIDA CAMPOS AG. EDUCAC. I 40 HORAS

09 CLEUZA LUIZA DOS SANTOS VALA PROFES. QPM 20 HORAS PROF. PEDAG. 10 CLEUZA ROSA GASPAR SIQUEIRA PROFES. QPM 20 HORAS PROF. PEDAG. 11 CLEUZA VAZ PEREIRA LIMA AG. EDUCAC. II 40 HORAS 12 CONCEIÇÃO SIQUEIRA 40 HORAS 13 DEYZE DE FATIMA RUY DE CAMARGO PROFES. QPM 20 HORAS HISTÓRIA 14 DIRCE NERY SANTOS PROFES. QPM 40 HORAS PROF. PEDAG. 15 ELENICE FÉLIS DA SILVA PROFES. QPM 20 HORAS MATEMÁTICA 16 ELIANA NOGUEIRA DE GUSMÃO

ZAMPARAPROFES. PSS

17 ELIANE DE SOUZA PROFES. QPM 40 HORAS 18 ELIAS ANTÔNIO DA COSTA PROFES. QPM 19 ELISENE APARECIDA DA SILVA

CASAÇOLAPROFES. QPM 40 HORAS HISTÓRIA

20 ELIZA FATIMA DA COSTA PROFES. QPM 20 HORAS 21 ELIZABETH FRANÇALOPES PROFES. PSS ARTE 22 ELIZETH MARIA DE OLIVEIRA PROFES. QPM 40 HORAS GEOGRAFIA 23 ELY SAKAMOTO YUHARA PROFES. QPM 40 HORAS ARTE 24 ELZA BARBOSA DE OLIVEIRA GASPAR PROFES. QPM 25 EMANUEL MEDEIROS GASPAR AG. EDUC. II 40 HORAS 26 ERICA CRISTINA DA COSTA 27 ERIKA DE FATIMA BRAGA AG. EDUC. II 40 HORAS 28 EROTIDES RAMALHO PROF. QPM. 30 HORAS LÍNG. PORT. 29 EXILAINE GASPAR PROF. QPM 40 HORAS DIRETORA 30 FATIMA MIGUEL 31 FERNANDA FERREIRA GASPAR 32 FLAVIANA PEREIRA DE OLIVEIRA 33 FRANSCIANE GARCIA RAMALHO DE

ALMEIDA 34 JAIR ANTONI FRANCISCHINI GEOGRAFIA 35 JOICE NUNES 36 JOICIMEIRE MONTEIRO DA SILVA PROF. QPM 40 HORAS LÍNGUA PORT. 37 JOSE ORLANDO TERRA RIBEIRO EDUC. FÍSICA 38 JULIA HISSAKO WATANABE 39 KLEBERSON MUNHOZ EDUC. FÍSICA 40 LAURA MIKIKO OGASAWARA PROF. QPM MATEMÁTICA 41 LEANDRO MENESES DA COSTA 42 LEILA NEVES ANGIUSKI CAMACHO BIOLOGIA 43 LEONICE VENDRAMETTO DA COSTA PROF. QPM 40 HORAS CIÊNCIAS 44 LINDINEIA RIBAS CIÊNC./BIOL. 45 LUCIANE ROMANÍSIO FRANSCICHINI PROF. QPM 40 HORAS PORT./INGLÊS

NOME CARGO CARGA HOR.

FUNÇÃO/DISC.

46 LUCILENE CASAÇOLLI 47 MAGNA LÚCIA FURLANETTO GASPAR PROF. QPM 20 HORAS PROF. PEDAG.

48 MAISA VIEIRA EDUC. FÍSICA 49 MARIA APARECIDA DE SOUZA 50 MARIA APARECIDA DOS SANTOS 51 MARIA APARECIDA LEANDRO PROF. QPM 40 HORAS PROF. PEDAG. 52 MARIA FRANCISCA DA SILVA 53 MARIA LUCIA DA COSTA PROF. QPM 40 HORAS 54 MARINA APARECIDA LOPES DA SILVA 55 MARISA APARECIDA MENDES

GONÇALVES LOPESPROF. QPM 40 HORAS PROF. HIST./

DIRETORA AUX. 56 MARLENE DIAS 57 MAYARA APARECIDA CUNHA PROF. QPM 20 HORAS LEM INGLÊS 58 NEUZA GASPAR RAMALHO

59 NEY DOS SANTOS BRAGA 60 NORMA APARECIDA CASAÇOLA PROF. QPM 20 HORAS MATEMÁTICA 61 PATRÍCIA NUNES ARAÚJO

104

62 ROSANGELA JOSE DOS SANTOS 63 SARA INOCÊNCIO VAZ SILVA PROF. QPM 40 HORAS ED. FÍSICA 64 SHIRLEI BUENO DE OLIVEIRA PROF. QPM GEOGRAFIA 65 SILMARA FARIAS 66 SILVANA CORDEIRO PROF. QPM MATEMÁTICA 67 SILVIA DONIZETE DA SILVA 68 SISSIMARY APARECIDA

SCHOVEIGERTPROF. QPM ED. FÍSICA

69 SONIA RAMALHO 70 SUELI DE FÁTIMA MARTINI RAMALHO 71 TATIANA MITI CIENA YOSHIDA 72 TERCIO CILL LOPES AG. EDUCAC. II 73 VALDECIR DONIZETE CAMACHO

LINHAS DE AÇÕES DAS DISCIPLINAS

CIÊNCIAS

Apresentação Geral da disciplina

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda

sua complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos

observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais

como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

105

Tendo como base as Diretrizes Curriculares de Ciências para a Educação

Básica e refletindo sua dimensão histórica, pode-se dizer que esta passou por várias

modificações ao longo dos anos, mas devem ser entendidas como parte de um

processo dialógico, da prática pedagógica dos educadores, da sua permanente

formação, e devem assegurar os espaços fundamentais de reflexão, reescrita e

atualização, pela constante construção de uma educação de qualidade para todos.

De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo

das ciências naturais e da disciplina de Ciências. Denominar uma determinada

ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí

(DCEs) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos

filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de

critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de

resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas

como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das

ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber

cotidiano. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência.

Contudo, a interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar

experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e

transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo

educacional asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento científico,

estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e

se apropriar dos seus recursos.

Na atualidade o ensino de Ciências, tem como desafio de oportunizar a todos

os alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura

crítica de fatos e fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da

produção científica. Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a

compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no meio (local,

regional e global), bem como instigará reflexos a respeito das tensões

contemporâneas, como por exemplo, a preservação do meio ambiente X

necessidades oriundas da produção industrial, a ética X produção científica.

106

A disciplina de Ciências deve permitir o aluno a interpretar, analisar, refletir,

tomar decisões, fornecer subsídios para a formação de opinião crítica, como

também levá-lo a entender o sistema complexo dos conhecimentos científicos que

interagem num processo integrado dinâmico.

Conteúdos de Ensino

Na disciplina de Ciências é fundamental que contemple aos conteúdos os

“Desafios Educacionais Contemporâneos” que são eles: História do Paraná (Lei nº

13.381/01)- História e cultura afro-brasileira, africana e indígena/equipe

multidisciplinar (Lei nº10.639/03 e nº11.645/08), música (Lei nº 11.769/08),

prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação

ambiental, educação fiscal, enfrentamento à violência contra a criança e o

adolescente.- Direito das Crianças e Adolescentes (Lei Fed. Nº 11.525/07).-

Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99, Portaria nº 413/02).- Educação Ambiental

(Lei Fed. Nº 9.795/9.

Os conteúdos da disciplina de Ciências foram organizados atendendo as

especificidades dos estudantes das modalidades de ensino ofertadas no colégio.

Quanto à Educação de Jovens e Adultos foi considerado o perfil desses educandos

e articulando os conteúdos de ensino aos eixos: Cultura, Trabalho e Tempo, tendo

como concepção de ciência um processo de construção humana.

- ASTRONOMIA

Origem e evolução do universo

Universo

Sistema solar

Movimentos celestes e terrestres

Astros

Origem e evolução do universo

Gravitação universal.

107

- MATÉRIA

Constituição dos corpos

Constituição da matéria

Propriedades da matéria

-SISTEMAS BIOLÓGICOS

Constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos

Níveis de organização

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Mecanismos de herança genética

- ENERGIA

Conservação e transformação de energia

Formas de energia

Conservação de energia

Transmissão de energia

- BIODIVERSIDADE

Conceito de biodiversidade

Organização dos seres vivos

Sistemática

Ecossistemas

Interações ecológicas

Origem da vida

Evolução dos seres vivos

Fundamentos teórico-metodológicos

108

A educação de Jovens e Adultos – EJA, no estado do Paraná de acordo com

sua Diretriz Curricular e em consonância com as discussões realizadas, apresentam

os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências.

A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar

os três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura,

trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.

Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que dela

emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto, é

necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo, compartilhando e

sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar, estabelecendo

relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re)construção de seus

saberes.

Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade

absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e

aprendizagem de Ciências no contexto escolar de modo que o modelo tradicional de

ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a

devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos

educando de buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas

críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.

Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história

podem ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento. Os

fenômenos não são explicados apenas por um determinado conhecimento, portanto,

é importante estabelecer as relações possíveis entre as disciplinas, identificando a

forma com que atuam e as dimensões desses conhecimentos, pois o diálogo com as

outras áreas do conhecimento gera um movimento de constante ampliação da visão

a respeito do que se estuda ou se conhece.

Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências na EJA é a reflexão

sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das relações

históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas, assim como, a

responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais de maneira

sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ela pertencemos.

109

O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que deve ser

discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando possa compreender as

mudanças ocorridas no contexto social, político e econômico e em outros meios com

os quais interage, proporcionando-lhe também o estabelecimento das relações entre

o conhecimento trazido de seu cotidiano e o conhecimento científico e, partindo

destas situações, compreender as relações existentes, questionando, refletindo,

agindo e interagindo com o sistema.

Na disciplina de ciências ressalta-se a importância do trabalho

contextualizado, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a

inter-relação dos vínculos dos conteúdos com as diferentes situações com que se

deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode acontecer a partir de uma

problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para

determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um

obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma

dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.26). As dúvidas são

muito comuns na disciplina de Ciências, devendo ser aproveitadas para reflexão

sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em

realizar esta contextualização, sem reduzir apenas à sua aplicação prática, deixando

de lado o saber acadêmico.

Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de

Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do

pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o

significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem

própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.

É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a fim

de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e

o universo, numa concepção flexível e processual, por meio saber questionador e

reflexível. Da mesma forma, se faz necessário possibilitar ao educador perceber os

aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar

de forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a

ética e os valores sociais, morais e políticos que sustam a vida.

110

O conjunto de saberes do estudante deve ser considerado como ponto de

partida para o processo de ensino aprendizagem, estabelecendo relações com a

cultura, trabalho e tempo.

As ciências naturais são compostas de um conjunto de explicações com

peculiaridades próprias e de procedimentos para obter essas explicações sobre a

natureza e os artefatos materiais. Seu ensino e sua aprendizagem serão sempre

balizados pelo fato de que os sujeitos já dispõem de conhecimentos prévios a

respeito do objeto de ensino. A base de tal assertiva é a constatação de que

participam de um conjunto de relações sociais e naturais prévias a sua escolaridade

e que permanecem pressentes durante o tempo da atividade escolar (DELIZOICOV;

ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002. p. 131)

Dessa forma, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de

Ciências, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a

construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para

que possa argumentar e se posicionar criticamente.

Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disciplina de Ciências na

Educação de Jovens e Adultos, o professor deverá organizar o trabalho docente

tendo como referências: os três eixos norteadores dessa modalidade que é a

cultura, o trabalho; o Projeto Político Pedagógico da escola; os interesses da

realidade local e regional onde a escola está inserida; a análise crítica dos livros

didáticos e paradidáticos da área de Ciências; e informações atualizadas sobre os

avanços da produção científica.

Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o professor de

Ciências reflita a respeito das abordagens e relações a serem estabelecidas entre os

conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Reflita, também, a respeito das

expectativas de aprendizagem, das estratégias e recursos a serem utilizados e dos

critérios e instrumentos de avaliação.

Para isso é necessário que os conteúdos específicos de Ciências sejam

entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em

áreas de conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem

integradora.

111

Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática

estabelecida pelo professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que

procurem estabelecer relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta

forma, conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais,

éticas e políticas.

No âmbito de relações contextuais, ao elaborar o plano de trabalho docente, o

professor de Ciências deve prever a abordagem da cultura e história afro brasileira e

africana (Lei 10.639/03), história e cultura dos povos indígenas (Lei 11.645/08) e

educação ambiental (Lei 9795/99).

O professor de Ciências, responsável pela mediação entre o conhecimento

científico escolar representado por conceitos e modelos e as concepções

alternativas dos estudantes, deve lançar mão de encaminhamentos metodológicos

que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a

interatividade no processo ensino-aprendizagem e a construção de conceitos de

forma significativa pelos estudantes.

Diante da importância da organização do plano de trabalho docente e da

existência de várias possibilidades de abordagens com uso de estratégias e

recursos em aula, entende-se que a opção por uma delas, tão somente, não

contribui para um trabalho pedagógico de qualidade. É importante que o professor

tenha autonomia para fazer uso de diferentes abordagens, estratégias e recursos,

de modo que o processo ensino-aprendizagem em Ciências resulte de uma rede de

interações sociais entre estudantes, professores e o conhecimento científico escolar

selecionado para o trabalho em um ano letivo. Assim entendido, o plano de trabalho

docente em ação privilegia relações substantivas e não-arbitrárias entre o que o

estudante já sabe e o entendimento de novos conceitos científicos escolares,

permitindo que o estudante internalize novos conceitos na sua estrutura cognitiva.

É papel do professor criar oportunidades de contato direto de seus alunos

com fenômenos naturais.

Nas aulas de Ciências podem ser utilizados alguns recursos como: textos

científicos, experimentos e observações, resumos, esquematizar idéias, matérias

jornalísticas, valores como respeito aos colegas e ao espaço físico.

112

É necessário construir instrumentos que permitam a aquisição de

conhecimentos do aluno, como a utilização de vídeo, DVD, retro-projetor,

microscópio, termômetro, planetário, episcópio, spinlight, torso, esqueleto, Atlas,

Internet, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas,

infográficos, entre outros. Espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras,

museus, laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.

Avaliação

A avaliação não é um momento final do processo de ensino, ela se inicia

quando os estudantes das modalidades de ensino ofertadas põem em jogo seus

conhecimentos prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar.

Assim, o que constitui a avaliação ao final de um período de trabalho é o resultado

tanto de um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor como de

momentos de formalização, ou seja, a demonstração de que as metas de formação

de cada etapa foram alcançadas.

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve

ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Uma possibilidade de valorizar aspectos qualitativos no processo avaliativo

seria considerar o que Hoffmann (1991) conceitua como avaliação mediadora em

oposição a um processo classificatório, sentencioso, com base no modelo

“transmitir-verificar-registrar”. Assim, a avaliação como prática pedagógica que

compõe a mediação didática realizada pelo professor é entendida como “ação,

movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos

da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista,

trocando ideias, reorganizando-as” (HOFFMANN, 1991, p. 67).

No que se refere às práticas avaliativas desenvolvidas na EJA ressalta-se que

a avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, deve-

se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos dessa modalidade da

educação em todos os seus aspectos, oportunizando-lhe o acesso e a permanência

113

no sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da

comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos, suas histórias de

vida e suas trajetórias no processo educativo, visto que, cada um seguirá seu

próprio caminho, dentro dos seus limites. Portanto, a avaliação tem como objetivo

promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito

nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo.

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante

aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o professor precisa refletir e

planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado

da avaliação tão somente classificatória e excludente. O diagnóstico permite

saber como os conceitos científicos estão sendo compreendidos pelo estudante,

corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada do ensino dos conceitos

ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias para que ocorra a

aprendizagem dos conceitos que envolvem:

• origem e evolução do universo;

• constituição e propriedades da matéria;

• sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;

• conservação e transformação de energia;

• diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que

vivem bem como os processos evolutivos envolvidos.

Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

A recuperação no processo ensino-aprendizagem tem como finalidade

reintegrar o aluno no processo de aprendizagem, abrindo espaços para que o

mesmo possa repensar o conteúdo, descobrir seus próprios erros e construir o

conhecimento.

Referências

114

PARANÁ. Secretaria de Educação do Estado do Paraná (SEED). Diretrizes

Curriculares do Ensino de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba:

SEED/PR, 2008.

Secretaria de Educação do Estado do Paraná (SEED. Diretrizes Curriculares da

Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: SEED/2006.

DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTI, José André; PERNANBUCO, Marta Maria.

Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2007.

SAVIANI, Dermeval. A filosofia na formação do educador. In: ________. Do senso

comum à consciência filosófica. Campinas: Autores associados, 1993, p.20-28.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp,

1987.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo:

Cortez, 1998.

HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista.

Educação e Realidade, Porto Alegre, 1991.

MENEZES, L. C. de. Ensinar Ciências no próximo século. In: HAMBURGER, E. W.;

MATOS, C. O desafio de ensinar Ciências no século XXI. São Paulo: Edusp/

Estação Ciência; Brasília: CNPq, 2000. p. 48-54.

DISCIPLINA DE BIOLOGIA

CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA

115

A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo com

suas Diretrizes Curriculares e em consonância com o documento apresentado como

a segunda proposta preliminar das Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino

Médio de Biologia da Rede Estadual de Ensino do Paraná, apresenta os

fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Biologia, que

norteiam a elaboração da proposta curricular desta disciplina.

Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade

absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e

aprendizagem da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de

ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a

devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos

educandos em buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas

críticas, referenciadas pelo conhecimento científico.

É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e

valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no contexto

escolar.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta

Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno

vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por

um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de

um indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto

da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo

sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão

sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo

tempo, transformadas e transformadoras do ambiente”.

Nas Diretrizes, ainda, afirma-se que

“ao longo da história da humanidade, várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos da História e da Filosofia tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É possível verificar que

116

a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está associada a seu momento histórico.”

As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram que

“o conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Sabe-se que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, ou Homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas”.

Ressaltam também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos

articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,

enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem

suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...). É preciso

que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie depende do

equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser

vivo conhecido”.

É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento

científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os

seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber

questionador e reflexivo. Portanto, a reflexão sobre a diversidade cultural do país

deve se fazer presente por meio da inclusão de temas sobre História e Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena de forma efetiva na EJA, da mesma forma, se faz

necessário que o aluno perceba os aspectos positivos e negativos da ciência e da

tecnologia, para que possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir

no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que

sustentam a vida.

117

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia- Ensino Médio – SEED-PR, “na escola, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou indiretamente sua perspectiva de futuro”.As Diretrizes, ainda, consideram que para a discussão de todas estas características socioambientais e do papel do ensino formal de Biologia, as relações estabelecidas entre professor-aluno e aluno-aluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para isto, há necessidade de leitura e conhecimento sobre metodologia de ensino para que as aulas de Biologia sejam dinâmicas, interessantes, produtivas, e resultem em verdadeira aprendizagem.

Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e

fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos, econômicos e

ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No ensino de Biologia,

diferentes metodologias podem ser utilizadas com este propósito. A metodologia de

investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a realidade buscando

respostas para solucionar determinados problemas”.

Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da

ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e

espaço e, ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de construção de

melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma

metodologia de ensino e aprendizagem adequada à realidade do aluno da EJA.

Segundo RIBEIRO (1999, p.8),

118

criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.

Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a

compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o

conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não

somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global,

o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e

autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos

previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da

aprendizagem, considerando:

- que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de for-

ma real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos edu-

candos;

- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;

- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo

pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação” ci-

entífica;

- as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.

119

Nesse contexto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma

contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a

inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com

que se deparam no seu dia a dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de uma

problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para

determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...) “um

obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada,

uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.26)”. As

dúvidas são muito comuns na disciplina de Biologia, devendo ser aproveitadas para

reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio

consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua

aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico.

Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de

Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do

pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o

significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem

própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.

É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que

será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento

e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.

A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência

fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente

deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a

evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura

científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo

de cada grupo ou indivíduo. Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de

experimentos e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido

com clareza o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas

vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do

uso do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de

materiais do cotidiano, assim como espaços alternativos, situações ou eventos para

se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas

120

realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e

diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada

pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75),

É importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.

Outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do

material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma

que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro

didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos

materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor,

selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as

informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos.

Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar aqueles

que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os

conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas

visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos

saberes, estimular a autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados

sem a rígida seqüência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser

avaliada a relevância e a necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos

mesmos no processo educativo.

O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a

reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por

parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de

partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo

educando e, principalmente, pelo educador.

121

O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto

de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de

ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a

sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e

estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro

como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam

sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um

exercício de aprendizagem.

Partindo da ideia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo.

A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou

classificatório, visto que o ensino de Biologia deve respeitar e valorizar a realidade

do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram

origem à sua exclusão do processo educativo.

ENSINO MÉDIO

BIOLOGIA

A proposta de sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do currículo

da disciplina de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA, fundamenta-se

nas “Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná– SEED – PR.

122

É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares da

disciplina de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades e o

perfil dos educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica articulando-

se aos eixos cultura, trabalho e tempo.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEED-PR,

os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um corpo estruturado de saberes construídos e acumulados historicamente e que identificam a disciplina como um campo do conhecimento. Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo "conteúdo" não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos alunos para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo não se restringe ao seu valor epistemológico e aceitação como conhecimento válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura particular em um determinado momento histórico, entra em cena.

Ainda segundo as Diretrizes,

estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer uma análise desse momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e abrangência dos conhecimentos que se pretendem serem desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no Ensino Médio deve ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de ensino e da disciplina em questão. Não se trata de estabelecer uma lista de conteúdos em detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária. Referimo-nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a construção de uma visão de mundo; outros práticos e instrumentais para a ação, e ainda aqueles que permitem a formação de um sujeito crítico.Precisaremos estabelecer conteúdos básicos que, por sua abrangência, atendem às realidades regionais e, ao mesmo tempo garantem a identidade da disciplina.

Na proposta, elaborada a partir das discussões com os professores do Ensino

Médio Regular, propõe-se ampliar a integração entre os conteúdos básicos,

destacando os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que vão ser

trabalhados por meio dos conhecimentos científicos referenciados na prática.

123

A sugestão de conteúdos básicos:

ORGANIZAÇÃO E

DISTRIBUIÇÃO

DOS SERES VIVOS

BIODIVERSIDADE

PROCESSO DE

MODIFICAÇÃO

DOS

SERES VIVOS

IMPLICAÇÕES

DOS AVANÇOS

BIOLÓGICOS NO

CONTEXTO DA

VIDAOrganização celular

e molecular:

membrana,

• citoplasma e

núcleo

divisão celular

• tecidos

Os seres vivos e o

Ambiente

Saúde

Biomas terrestre e

Aquáticos

Ecossistemas

Ciclos

Biogeoquímicos

Desequilíbrio

ambiental urbano e

rural

Origem e evolução

da Vida

Origem das espécies

Genética,

Embriologia,

Fisiologia comparada

Ciência e saúde

Pesquisas

científicas

Biológicas

Bioética

Biotecnologia

Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio –

SEED-PR, há a justificativa para a organização e distribuição dos Conteúdos

básicos, descrita a seguir:

Os Conteúdos básicos de Biologia ao mesmo tempo agrupam as diferentes áreas da Biologia e proporcionam um novo pensar sobre como relacioná-los sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio. A nova proposta pretende modificar a estrutura firmada pela trajetória que o ensino de Biologia vem atravessando nestas últimas décadas. Estabelece os conteúdos básicos e um novo olhar de forma a relacioná-los com seus conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal e horizontal, procurando uma lógica dialética que leve o professor a integrá-los e relacioná-los de maneira que o aluno não tenha mais uma visão fragmentada da biologia.

124

Organização e distribuição dos seres vivos

O estudo acerca da organização dos seres vivos iniciou-se com as

observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza.

Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert Hooke

século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie Von Leewenhoeck, o

mundo microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da Ciência e da

Tecnologia.

A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre

o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas

celulares. Como exemplos desta influência têm-se o estudo da anatomia das células

das plantas pelo holandês Jan Swammerdam e, o aperfeiçoamento das Teorias

Evolucionistas ambas no séc. XVII.

No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian Heineich

Pander e o estoniano Karl Ernst Von Baer desenvolveram estudos sobre a

embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo Von

Mohl descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming

estudou o processo de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este

processo nas plantas.

Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS, 1998, p

255)... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito básicos:

uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de todos

os fenômenos de um ser vivo requer um conhecimento dos níveis moleculares

subjacentes. Justifica-se este conteúdo básico por ser a base do pensamento

biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição

dos seres vivos na Natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a

organização e o funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com

os demais conteúdos básico da disciplina.

Biodiversidade

125

A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar

para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais,

fizeram com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza. Tem-se

registros deste conhecimento biológico empírico das atividades humanas, através

das representações de animais e plantas nas pinturas rupestres realizadas nas

cavernas e também de alguns manuscritos deixados pelos Babilônios por volta do

ano 1800 a.C.

A organização dos seres vivos começou a ser registrada em documentos com

o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de suas observações ele

escreveu o livro “As Partes dos Animais”. Seu discípulo Teofasto deteve-se mais aos

estudos das plantas, iniciando uma pré-classificação dos vegetais agrupando-as em

espécies afins. Pelos seus estudos detalhados dos órgãos vegetais e descrição dos

tecidos que as formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal.

Percebe-se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a botânica,

não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de observação.

Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria

conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade

para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.

Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações

decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas,

de manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies

de animais e vegetais, a construção de cidades em lugares impróprios para

habitação, como também, a influência da tecnologia em nosso cotidiano. Esclarecer

que ao estudar a Biodiversidade estaremos diante de grandes desafios diante do

progresso científico.

O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade biológica

deve ser compreendido pelos alunos, não só como análise de espécimes mas

entendendo que a observação e sistematização do observado é uma atividade

científica relevante que se consolida nos sistemas de classificação e na taxionomia.

(KRASILCHIK, 2004)

126

Processo de modificação dos seres vivos

No século XVII com a invenção do microscópio pelo holandês Antonie van

Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia chamada celular e molecular tiveram um

grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi examinou

grande quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke descobriu a

estrutura celular, e os primeiros micro-organismos, inicialmente denominados

animáculos, foram observados (ROSSI, 2001).

Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do microscópio,

inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida, colocando à

prova teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração Espontânea. Diferentes

ideias transformistas foram se consolidando entre os cientistas, mas o grande marco

para o mundo científico e biológico foi a publicação do livro “Origens das Espécies”

de Charles Darwin, no século XIX. Foi também, na mesma época que Louis Pasteur,

demonstrou o papel desempenhado pelos micro-organismos no desenvolvimento de

doenças infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação.

No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi

possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material

químico que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do

DNA, que permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a

insulina, através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite;

criação de plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos

gordurosa. Além disso, a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de

eliminar doenças geneticamente transmitidas.

A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que podem

transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos.

Daí a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as

pessoas, para que elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma

vez que o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função

importante da própria sociedade.

127

Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida

Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia molecular

alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna cada vez mais

efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar substancialmente um vírus,

bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002)

Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa

atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente

podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um

enorme conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela.

É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de suas

implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de

biologia, possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do

ambiente que indiretamente influenciam suas vidas.

A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a divisão

entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que estes

podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção industrial ou a

tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade. A busca das raízes

científicas destas tecnologias tradicionais e de maneiras de aprimorá-las, a fim de

que melhor sirvam à necessidade de elevar a qualidade de vida é uma forma de

vincular o ensino à realidade em que vive o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186)

Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética

do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia

(biotecnologia) e as perspectivas de mudanças de valores morais. Para CHAUÍ,

1995, “nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral” e movidos

pela sensibilidade, somos capazes de reagir, de questionar, de nos manifestar

contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver

problemas.

Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram

dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso senso moral,

nossa consciência moral, “... pois exigem que decidamos o que fazer, que

justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e

128

que assumamos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por

nossas decisões”. (CHAUÍ, 1995).

Caberá ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e auxiliar o

aluno na análise “à luz dos princípios, regras e direitos alternativos, além de levar

em conta a avaliação intuitiva do aluno” (KRASILCHIK, 2004).

REFERÊNCIAS

BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez 2002, p.19

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KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4ª ed. revisado e ampliado.

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129

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Universidade de São Paulo, 1987.

KUENZER, A. Z. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do

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Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes do “I e II Encontro de

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SIDEKUM,A. Bioética: como interlúdio interdisciplinar. Revista Centro de Educação.

vol.27,n.º 01. Edição 2002, disponível em www.ufsm.br/ce/revista/index.htm

EDUCAÇÃO FÍSICA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

130

No decorrer do século XX, a educação física escolar sofreu no Brasil

influências decorrentes de pensamentos filosóficos, tendências políticas, científicas

e pedagógicas. Ela iniciou dentro de uma escola militar, servindo aos propósitos

militaristas de adestramento e preparação para a defesa da pátria, reforçando os

sentimentos relacionados à hegemonia da raça, reflexo da ideologia social

dominante naquela sociedade.

Nesse mesmo período histórico ocorreu a importação de modelos de práticas

corporais, como os sistemas ginásticos alemão e sueco e o método francês, entre as

décadas de 10 e 20, e o método desportivo generalizado, nas décadas de 50 e 60.

Na história da educação física, observa-se uma distância entre as

concepções teóricas e a prática real nas escolas, visto que, nem sempre os

processos de ensino e aprendizagem acompanharam as mudanças, como por

exemplo, a co-educação (meninos e meninas na mesma turma) era uma proposta

das escolas novistas desde a década de 20, mas essa discussão só alcançou a

educação física escolar muito tempo depois.

Na década de 70, a educação física sofreu outras influências importantes no

aspecto político. O governo militar investiu nessa disciplina em função de diretrizes,

pautadas no nacionalismo, na integração entre estados e na segurança nacional,

objetivando tanto a formação de um exército composto por uma juventude forte e

saudável como a desmobilização das forças políticas oposicionistas.

A partir do decreto nº69. 450, de 1971, a educação física passou a ser

considerada como a atividade que, por seus meios, processos e técnicas

desenvolvem e aprimoram forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sócias do

educando. O decreto deu ênfase à aptidão física, tanto na organização das

atividades como no seu controle e avaliação, e a iniciação esportiva, a partir da

5ªsérie, se tornou um dos eixos fundamentais de ensino, buscava-se a descoberta

de novos talentos que pudessem participar de competições internacionais,

representando a Pátria.

Na década de 80, os efeitos desse modelo começaram a ser sentidos e

contestados; o Brasil não se tornou uma nação olímpica e a competição esportiva da

elite não aumentaram o número de praticantes de atividades físicas. Iniciou-se então

131

uma profunda crise de identidade nos pressupostos e no próprio discurso da

educação física, que originou uma mudança expressiva nas políticas educacionais; a

educação física escolar, que estava voltada principalmente para a escolaridade de

5º á 8º séries do 1º grau, passou a dar prioridade ao segmento de 1º a 4º e também

a pré-escola. O objetivo passou a ser o desenvolvimento psicomotor do aluno,

propondo-se retirar da escola a função de promover os esportes de alto rendimento.

Já no início da década de 90 foi elaborado o currículo básico por profissionais

da educação pública do Paraná, e seu processo de elaboração, deu-se num

contexto nacional de redemocratização do País. Após a discussão e aprovação

da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBDEN) foi apresentada a

proposta dos PCNs. Ao se analisarem abordagens teóricas, em que a Educação

Física transitou por diversas perspectivas desde as mais reacionárias até as mais

críticas, optam-se nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a hegemonia que

entende esta disciplina tão somente como treinamento de corpo, sem nenhuma

reflexão sobre o lazer corporal. Busca-se assim a formação de um sujeito que

reconheça o próprio corpo em movimento.

E partindo deste ideal as Diretrizes Curriculares apontam a cultura corporal

como objeto de ensino da Educação Física evidenciando a relação entre a formação

histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais que daí

decorreu. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o

acervo de formas e representações do mundo que o homem tem produzido pela

expressão corporal em jogos, brincadeiras, brinquedos, danças, lutas, ginástica e

esporte.

A disciplina de Educação Física deve fazer com que o educando seja capaz de

conhecer o seu corpo, usando-o como instrumento de expressão e satisfação de

suas necessidades, respeitando suas experiências anteriores e dando-lhe condições

de adquirirem e criar novas formas de movimento, demonstrando respeito pelos

outros e realçando para o desenvolvimento social, preparando-os para enfrentar

competições, vencendo e perdendo, cooperando e colaborando; reconhecer os

limites e possibilidades do próprio corpo de forma a controlar sua postura e as

atividades corporais; participar de atividades em grandes e pequenos grupos,

potencializando as diferenças individuais para o benefício e conquista dos objetivos

132

propostos; aprofundar-se no conhecimento e compreensão das diferentes

manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de

desempenho, linguagem e expressividade; perceber na convivência e praticar

pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando refletindo e

adotando uma postura democrática; ser capaz de entender os esportes como

fenômeno social e como provedor de lazer e qualidade de vida.

2. CONTEÚDOS DE ENSINO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esportes Coletivos e individuais

Jogos, brinquedos e brincadeiras Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de roda

Jogo de tabuleiros

Jogos cooperativos

Danças Dança Folclórica

Dança de rua

Dança criativa

Danças circulares

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica geral

Ginástica circense

Lutas

Lutas de aproximação

Capoeira

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

133

- Esportes, voleibol, handebol, futsal, futebol, basquetebol, atletismo, tênis de mesa,

peteca, futevôlei, ciclismo etc.

* O início da esportivização.

* A origem e a história.

* Suas mudanças no decorrer da história.

* Para o que e o que servem.

* Modelo de sociedade que as produzem.

* Incorporação pela sociedade brasileira.

* Influência nos esportes dos diferentes modelos da sociedade.

* O esportes enquanto o fenômeno cultural.

* Fundamentos básicos.

* Táticas.

* Regras básicas.

* Análise crítica das regras.

* Jogos colegiais.

• Meio ambiente (agrinho).

• Ginástica geral; Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica Natural,

Ginástica de Academia, Ginástica Imitativa, Ginástica Relaxante, Caminhada,

entre outros;

* Origem e história.

* Diferentes tipos de ginástica.

* Definição.

* Postura corporal.

* rolamentos.

* Parada de mão com ajuda.

* Parada de mão sem ajuda.

* Parada de cabeça com ajuda.

* Parada de cabeça sem ajuda.

* Coordenação ampla.

* Ritmo.

134

• Brincadeiras, brinquedos e jogos, jogos de tabuleiro, jogos cooperativo,

brincadeira de rua, jogos educativos, bets, peteca, pião, bolinha de gude, pular

corda, pular elástico e etc.

* Definição.

* Jogos e brincadeiras tradicionais (resgate).

* Brinquedos cantados.

* Diferenças entre jogos esportes e brincadeiras.

* Jogos recreativos.

* Propostas de desafios.

* Compreensão das regras e normas de convivência social.

* Análise críticas e criação de novas regras.

• Jogos de salão (dama, dominó, xadrez, entre outros).

- Dança;

* História e origem.

* Danças em geral.

* Evolução das danças.

* Diferentes tipos de dança.

* Expressão corporal.

* Imitações.

* Representações.

* Consciência corporal.

* Cultura afro-brasileira.

* Relação histórico-social de momentos folclóricos.

* Análise critica dos costumes.

* História e cultura dos temas desenvolvidos.

* Dança internacional.

- Lutas;

* Judô.

135

* Karatê.

* Capoeira e etc;

OBS: Os conteúdos desenvolvidos no 8º e 9º anos e Ensino Médio terão maior

amplitude, complexidade e a profundidade. A consciência corporal e o nível de

análise crítica deverão estar em uma fase de desenvolvimento mais elevadas.

ELEMENTOS ARTICULADORES

DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

* O corpo.

* A ludicidade.

* A saúde.

* O mundo do trabalho.

* A desportivização.

* A tática e a técnica.

* O lazer.

* A diversidade étnico-racial, de gênero e de pessoas com necessidades

educacionais especiais.

* A mídia.

A Agenda 21, a inclusão e a Cultura Afro brasileira, Africana e Indígena

devem ser direcionadas de maneira que o aluno tenha mais conhecimento e

consciência desses temas, passando a ter atitudes concretas que o levem à prática

desses valores. Para isso deve-se trabalhar com textos diversos, estatísticas,

cartazes, filmes, teatros, jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser por meios de

projetos, ou mesmo por conteúdos que envolvam conteúdos específicos ou

interdisciplinares.

Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de

levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que

se encontram presentes no nosso cotidiano.

O trabalho a ser desenvolvido junto aos alunos contemplará:

a) A Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena;

136

b) Agenda 21;

c) Projeto Agrinho;

e) Gincana Cultural;

f) Jogos Escolares.

3. METODOLOGIA E RECURSOS

O estudo do corpo em movimento na Educação Física, objetiva atingir a

consciência e domínio corporal, trabalhada através dos pressupostos do movimento

expressos na ginástica, dança e jogos historicamente colocados.

A educação do corpo em movimento deverá proporcionar ao educando uma

tomada de consciência e domínio de seu corpo e a partir daí, contribuir para o

desenvolvimento de sua possibilidade de aprendizagem. Ela deverá permitir ao

aluno exploração motora, as descobertas em sua realização, vivendo através das

atividades propostas, momentos que lhe dêem condições de criar novos caminhos a

partir das experiências vivenciadas criando novas formas de movimento, podendo

assim atingir níveis mais elevados em seu conhecimento, como por exemplo,

quando se trabalha com uma atividade propondo um desafio a ser vencido, o aluno

cria mecanismos de superação do problema, criando novas formas de movimento e

aprendendo novos conhecimentos.

O professor de educação física deve ser atendido com elemento chave para

operacionalizar os valores e resgatar o trabalho responsável sobre o corpo, dentro

de uma constante discussão do homem em relação com a natureza e o próprio

homem. Sua ação criadora e inovadora deverá dinamizar em sua escola,

contribuindo para a conscientização do seu grupo, para modificações e valorizações

da prática pedagógica e flexibilidade de ações, atreladas ao conteúdo uma

constante reflexão crítica, o que enriquece o processo ensino-aprendizagem.

A ação educativa deve ser um instrumento que prepara o homem para

reivindicar seu direito de opinar, discutir, criticar e alterar a ordem social e deter

acesso a cultura e a história de seu tempo.

A Educação Física consciente é aquela que contribui para a educação do

individuo através do ato educativo, que é o resultado de um processo de ação

137

dinâmica, onde os envolvidos no processo ensino aprendizagem estão conscientes

e exercitam sua atividade durante todo o processo.

A construção de uma nova Educação Física não envolve apenas a

necessidade de reavaliar conceitos, objetivos, perspectivas e atividades. Outro ponto

fundamental dessa lista é torná-la mais democrática e menos excelente.

Garantir a participação de todos é, portanto, uma preocupação que deve

nortear o planejamento. Em vez de investir em atividades que valorizam apenas a

performance e o rendimento, o professor deve privilegiar aquelas em que todos

tenham oportunidade de desenvolver sua potencialidades.

No contexto da EJA o propósito da intervenção do professor que atua no

campo da Educação Física, é potencializar as possibilidades de participação ativa

de pessoas com demandas educacionais específicas, em programas com foco na

atividade física/movimento corporal humano. Igualmente, há que se considerar que a

sustentação para ações pedagógicas direcionadas ao processo de escolarização

dessas mesmas pessoas encontra-se em fase de construção, carecendo ainda da

produção de conhecimento capaz de contribuir para a consolidação da participação

da Educação Física nessa modalidade de ensino.

Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física deverá

valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas manifestações

corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a corporalidade “entendida como a

expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais

historicamente produzidas” (PARANA, 2006), considerando os três eixos

norteadores do trabalho com a EJA que são Cultura, Trabalho e Tempo.

O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA necessita de um

levantamento junto aos mesmos, de como foram suas aulas e experiências

anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá planejar o trabalho

pedagógico. Outra perspectiva a ser considerada é o trabalho com a cultura local,

buscando a origem de suas práticas, transformações e diferenças em cada região.

O novo profissional deve ser ativo, empenhado, sempre se atualizando e

prestando atenção ao desenvolvimento da turma, podendo e devendo utilizar bolas,

redes, raquetes, cordas, bambolês, música e principalmente espaço físico como

138

recurso para a concretização do ensino-aprendizagem e práticas dos esportes

relacionadas no planejamento escolar.

Recursos Didáticos e Tecnológicos

- Exposição de vídeo na TV multimídia;

- Uso de internet;

- Livros e apostilas contidos no acervo da biblioteca;

4. Avaliação

- Dinâmica em grupos

- Trabalhos escritos e provas

- Debates

- Pesquisa

- Organização de gincanas

- Organização de torneios

- Criação de jogos

- Registro das atitudes e observação direta ao aluno

A recuperação paralela será desenvolvida ao longo do período, assim que

detectado a não apropriação dos conteúdos.

Através do lúdico, proporcionar a construção de brinquedos com materiais

alternativos (sucatas), construção de instrumentos musicais como, por exemplo, o

pandeiro e o chocalho.

Com a utilização de corda, fita, bola e arco desenvolver atividades circenses e

de equilíbrio, em grupo.

O uso do rádio no auxílio da criação e apresentação de coreografias.

Organização de festivais de demonstração, na qual os alunos apresentem

diferentes tipos de golpes e diferentes criações coreográficas.

Construir diferentes jogos com uso de bolas.

A lei 11.645/08, relacionada à Cultura Indígena, será trabalhada através de

pesquisa sobre a cultura, principalmente danças e brincadeiras que posteriormente

serão aplicadas nas aulas.

139

A lei 9.795/99 sobre o Meio Ambiente será trabalhada através de pesquisa

relacionada à saúde, esporte de aventura e influência climática na prática de

atividades físicas.

A lei 10.639/03 Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana será trabalhada

como meio proporcionar reflexão e vivências acerca do respeito e tolerância as

diferenças, combatendo o preconceito e a discriminação nas aulas.

Pesquisa sobre danças, lutas, músicas, jogos, brincadeiras e ginástica Afro-

Aeróbica.

Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que

contemplem:

• a relação entre o conhecimento social e escolar do educando;

• a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na proposi-

ção das praticas educativas;

• a cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena presentes na cultura brasi-

leira como um todo;

• ensino com base na investigação e na problematização do conheci-

mento;

• as diferentes linguagens na medida em que se instituem como signifi-

cativas na formação do educando;

• as múltiplas interações entre os diferentes saberes;

• articulação entre teoria, prática e realidade social;

• atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.

4.1 AVALIAÇÃO

A partir da referência sobre avaliação nas 1as aulas servirão de diagnóstico

para o processo subsequente, o professor terá uma visão dos saberes acumulados,

das dificuldades apresentadas pelos alunos e dos conteúdos apropriados por eles

durante as séries anteriores. Uma vez detectados o grau de conhecimento e de

dificuldades dos educandos, serão elaborados e sistematizados os conteúdos que

140

serão aplicados no decorrer das aulas. Mesmo que para isso, seja necessário

retomar conteúdos anteriores.

Numa avaliação realizada desta maneira, é de extrema importância o domínio

dos conteúdos pelo professor, para que haja uma avaliação consciente e

comprometida com o processo educacional.

A avaliação se dará através de compreensão do aluno sobre o que foi

proposto e seu conceito produzido a partir das discussões desde as primeiras aulas.

Diante de tantos desafios, o professor precisa estar aberto às mudanças, ter

disposição para adaptar as atividades, querer desenvolver um trabalho junto com os

alunos com o objetivo de alcançar o que foi proposto fazendo uma relação de ensino

– aprendizagem entre professores e alunos.

A avaliação proposta para a EJA entende a necessidade da avaliação

qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a avaliação da aprendizagem clara e

consciente, é entendê-la como processo contínuo e sistemático de obter

informações, de perceber progressos e de orientar os alunos para a superação das

suas dificuldades. Reforçando este pensamento Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994,

p. 44) diz que:

o professor que quer superar o problema da avaliação precisa a partir de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo); alterar a postura diante dos resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e aos pais.

Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço para uma

nova visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não deve ser

um processo exclusivamente técnico que avalia a práxis pedagógica, mas que

pretende atender a necessidade dos educandos considerando seu perfil e a função

social da EJA, com o reconhecimento de suas experiências e a valorização de sua

história de vida. Isso torna-se essencial para que o educador reconheça as

potencialidades dos educandos e os ajude a desenvolver suas habilidades para que

os mesmos atinjam o conhecimento na busca de oportunidades de inserção no

mundo do trabalho e na sociedade.

141

A avaliação deverá, portanto, compreender formas tais como: a linguagem

corporal, a escrita, a oral, por meio através de provas teóricas, de trabalhos, de

seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando um amplo

conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e objetivos que se

quer alcançar. Devemos levar em consideração que educando idosos, ou com

menos habilidades, os com necessidades especiais e o grau de desenvolvimento

que possuem, bem como as suas experiências anteriores.

Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, a

avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos. Nesse

sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do desenvolvimento progressivo do

aluno, respeitando suas individualidades. Desse modo a avaliação não pode ser um

mecanismo apenas para classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da

práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores

para o seu replanejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja

coerente e representativa é fundamental que a relação entre os componentes

curriculares se apóie em um diálogo constante.

É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de

movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um autoconhecimento e uma análise

possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.

5. REFERÊNCIAS

Guiceline, M.A. Qualidade de vida: Um programa prático para um corpo

saudável.

Pastori, C.A. Saúde: Dicas, curiosidades e esclarecimentos. Ed.F.T.D.

Bregolato, R.A. Texto de Ed, Física no cotidiano escolar, Ed.Fapi Ltda.

Gonçalves, M.C./ Pinto R.C.A., Aprendendo a Ed. Física, Ed. Bolsa.

Currículo básico para Escola Pública do Paraná.

Diretrizes curriculares - versão preliminar.

142

ENSINO RELIGIOSO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso constitui-se como disciplina, com um novo olhar, uma

nova perspectiva configurada na LDBEN 9394/96, artigo 33 e nova redação na Lei

9475/97, superando o proselitismo no espaço escolar. O entendimento sobre essa

importante e fundamental área do conhecimento humano implica em uma

concepção que tem por base o multiculturalismo religioso. Neste enfoque o sagrado

e suas diferentes manifestações religiosas, possibilitam a reflexão sobre a realidade,

numa perspectiva de compreensão religiosa, possibilitando a reflexão sobre si e

para o outro, na diversidade universal do conhecimento religioso.

Com isso, pode-se assegurar o direito à igualdade de condições de vida e de

cidadania, nas diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural,

considerando o igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira,

além do direito de acesso as diferentes fontes da cultura nacional a todos os

brasileiros.

A trajetória do Ensino Religioso no Brasil passou por diferentes momentos e,

diante da sociedade globalizada e multicultural da atualidade requer uma nova forma

de ser pensado e entendido na sua implementação no âmbito, espaço cultural.

É fundamental a adoção de políticas educacionais e sociais, de estratégias

pedagógicas de valorização histórico-cultural da nação brasileira.

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se

concretizou legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional de 1996 e sua respectiva correção em 1997 pela Lei nº 9.475. De acordo

com o artigo da LDBN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte caracterização: Art. 33

– O Ensino Religioso, de matricula facultativa, é parte integrante da formação básica

do cidadão, constituí disciplina de horários normais das escolas públicas de

Educação básica, assegurando o respeito à diversidade cultural e religiosa do Brasil

vedadas quaisquer forma de proselitismo.

143

§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a

definição dos conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a

habilidade e admissão de professores.

§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes

denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Ao delinear o encaminhamento das aulas de Ensino Religioso, a escola

considerará os seguintes pressupostos:

- a superação pelo conhecimento, do preconceito à ausência ou a presença

de qualquer crença religiosa, toda forma de proselitismo , bem como a

discriminação de toda e qualquer expressão do sagrado;

- o entendimento de que a escola é um bem público e laico, cujo acesso e

direito adquirido por todo cidadão brasileiro ;

- considerar as diversas manifestações do sagrado como sendo

componentes do patrimônio cultural e as relações que estabelecem;

- a necessidade de construção, reflexão e socialização do conhecimento

religioso que proporcione ao indivíduo sua base de formação integral de

respeito e de convívio com o diferente.;

- o uso da linguagem pedagógica e não religiosa referente a cada

expressão ao sagrado, adequada ao universo escolar, na compreensão

deste espaço como sendo de reflexão e sistematização de diferentes

saberes;

- o respeito, por parte do docente ao direito à liberdade de consciência e à

opção religiosa do educando, transpondo qualquer ato prosélito, relevando

os aspectos científicos do universo cultural do sagrado e a diversidade

social diante de todos;

- A necessidade de articular o Ensino Religioso, no Projeto Político

Pedagógico da escola, de forma coletiva, nos princípios da gestão

democrática.

2- OBJETIVOS GERAIS

144

- Proporcionar um processo de observação, reflexão e informação sobre fenômenos

religiosos, a partir do contexto social e cultural do educando, promovendo um

processo interativo entre educador e educando, na busca da realização enquanto

seres humanos, inseridos numa sociedade, onde devem ser reconhecidos e

respeitados como cidadão.

- Analisar e compreender o sagrado como cerne da experiência religiosa do

cotidiano que nos contextualiza no universo cultural. Assim sendo, no espaço

escolar justifica-se este estudo por fazer parte do processo civilizador da

humanidade.

3. CONTEÚDOS

6º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

PAISAGEM RELIGIOSA - SÍMBOLO - TEXTO SAGRADO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

I - RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

- INSTRUMENTOS LEGAIS QUE VISAM ASSEGURAR A LIBERDADE RELIGIOSA.

- Direito de professar a fé e liberdade de opinião e expressão

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado.

II - LUGARES SAGRADOS

- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

III - TEXTOS SAGRADOS (ORAIS E ESCRITOS)

145

- Leitura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc) pelas diferentes

culturas religiosas.

• Os textos sagrados das diferentes Tradições Religiosas.

• As diferentes interpretações dos textos sagrados.

• Experiência religiosa dos antepassados e a revelação dos textos sagrados.

IV - ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

- Fundadores e/ou Líderes Religiosos.

- Estruturas Hierárquicas.

7º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

PAISAGEM RELIGIOSA - SÍMBOLO - TEXTO SAGRADO

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

I - UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

- Nos Ritos

- Nos Mitos

- No Cotidiano

II – RITOS

- Rituais de passagem

- Mortuários

- Propiciatórios

III - FESTAS RELIGIOSAS

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

146

IV - VIDA E MORTE

- O sentido da vida nas tradições

- Re-encarnação

- Ressurreição

- Além Morte

- Ancestralidade

- Outras interpretações.

A Agenda 21, a inclusão e a Cultura Afro brasileira devem ser direcionadas de

maneira que o aluno tenha mais conhecimento e consciência desses temas,

passando a ter atitudes concretas que o levem à prática desses valores. Para isso

deve-se trabalhar com textos diversos, estatísticas, cartazes, filmes, teatros,

jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser por meios de projetos, ou mesmo por

conteúdos que envolvam conteúdos específicos ou interdisciplinares.

Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de

levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que

encontram-se presentes no nosso cotidiano. As temáticas abaixo estarão presentes

no desenvolvimento do trabalho com os conteúdos do ensino:

− Cultura Afro;

− Agenda 21;

− Agrinho

− Gincana Cultural

4. METODOLOGIA E RECURSOS

É proposto ao aluno nas aulas de Ensino Religioso, a oportunidade de

identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às

diferentes manifestação religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham

a amplitude da própria cultura na qual estão inseridos. Essa compreensão deve

favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa em relações éticas diante da

147

sociedade fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceitos

e discriminações e o conhecimento que todos são portadores de singularidade

irredutível.

Através de atividades de sensibilização como estudos das vivências, músicas,

poemas e outros proporcionarão ao educando a reflexão para o entendimento de

questões essências do seu cotidiano. Ainda, por meio da observação e o uso do

diálogo levá-lo-á a problematizar situações vividas, o que deve levar a um

compromisso de vida que terá como ponto de partida a proposição de atitudes éticas

a serem vivenciadas pelo aluno em seu convívio social.

O aluno é um todo; afetivo, intuitivo; tem sensibilidade e precisa se

desenvolver como uma unidade que se relaciona consigo, com os outros, com o

mundo e com deus. Que vem para escola com uma bagagem de conhecimentos e

cultura que devem ser levados em consideração e tomados como referencial, para

desenvolvimento dos conteúdos.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação permeia os objetivos, os conteúdos e a prática didática, portanto

é processual e, possui três etapas: inicial, formativa e final.

A avaliação inicial e investigativa pode acontecer no inicio do ano, no inicio de

novos conteúdos ou sempre que for necessário.

No Ensino Religioso esse procedimento possibilita o reconhecimento de

grupos culturais religiosos diferentes, identificados nas várias crenças dos próprios

educandos e suas posturas em relação à própria fé, como, por exemplo, os

radicalismos.

A avaliação Formativa é formal e sistemática, deve ser organizada de acordo

com os conteúdos significativos e que levem ao conhecimento. Acompanha o

processo, considerando contexto, a faixa e o desenvolvimento pessoal do aluno.

No Ensino Religioso essa etapa tem como referencial a capacidade de

percepção das diferenciações entre as tradições religiosas, gerando o diálogo, a

construção e a reconstrução do conhecimento de fenômeno religioso.

148

A Avaliação Final consiste na aferição dos resultados que indicam o tipo e o

grau de aprendizagem que espera que os alunos tenham realizado a respeito dos

diferentes conteúdos essenciais. Essa etapa informa se o ensino cumpriu sua

finalidade: a fazer aprender, bem como, determina os novos conteúdos a serem

trabalhados.

No Ensino Religioso, atingir as expectativas não se constitui em critérios para

a aprovação, mas fontes para uma análise individual de cada educando e a

continuidade do processo da aprendizagem.

Na educação, e especialmente no Ensino religioso, a avaliação tem um

sentido amplo: além de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica

como parte integrante e intrínseca ao processo educativo, envolve outros aspectos:

sociabilidade, afetividade, postura, compromisso, integração, participação na

expectativa da aprendizagem do aluno e de sua transformação.

Ao final, espera-se que o aluno, através do conhecimento adquirido sobre as

diversidades religiosas, assuma uma postura respeitosa para com aqueles que

comungam de fé diferentes da dele.

Avaliar, portanto, significa basicamente, acompanhar a aprendizagem, uma

vez que não é um momento isolado, mas acompanha todo o processo ensino-

aprendizagem.

O aluno será observado em diferentes situações de aprendizagem em que

será levado em consideração: Análise das produções, auto-avaliação, sociabilidade,

afetividade, postura, compromisso, integração, participação na expectativa da

aprendizagem e de sua transformação.

6. BIBLIOGRAFIA

- Diretrizes Curriculares para a Educação Religiosa – ASSINTEC - 2002

- Referencial Curricular para a Proposta Pedagógica da Escola

- Ensino Religioso – Sugestões Pedagógicas – ASSINTEC – 2002

- Apontando novos Caminhos para o Ensino Religioso – Subsidio para

- 5 série SEED/DEF/AS SINTEC – 2003

- Livros Sagrados

149

GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia tem por finalidade desenvolver no aluno a capacidade de

observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade para melhor

compreende-la; Sendo assim, ela é uma área do conhecimento comprometida em

tornar o mundo compreensivo para os alunos, explicável e passível de

transformações. A preocupação da Geografia é a conquista da cidadania, sempre

vinculada com a realidade cotidiana da sociedade de modo a se obter cidadãos mais

participantes.

A geografia dentro da espacialidade de sua área trabalha seus conteúdos

para contemplar temas que priorize a formação de um aluno crítico, com

pensamento autônomo e consciente do seu papel transformador. Ela proporciona

aos alunos a possibilidade de compreenderem sua própria posição no conjunto de

interações entre sociedade e natureza; O homem intervém na natureza para

satisfazer suas necessidades que foram criadas historicamente; essa intervenção é

feita coletivamente, daí seu caráter social. É o trabalho social o elo entre sociedade

e natureza, como e porque suas ações individuais ou coletivas em relação aos

valores humanos ou a natureza têm consequências tanto para si como para

sociedade.

Outra finalidade da Geografia é adquirir conhecimento para compreender as

atuais definições do conceito de nação no mundo em que vivem e perceber a

relevância de uma atitude de solidariedade e comprometimento com o destino das

gerações futuras. Assim sendo seu objetivo é mostrar ao aluno que cidadania é

também o sentimento de pertencer a uma realidade em que relações entre

sociedade e natureza formam um todo integrado do qual ele faz parte, portanto,

150

precisa conhecer, tornar-se membro participante ligado, responsável e

comprometido historicamente com os valores humanísticos.

2 – OBJETIVOS GERAIS

A Geografia que propomos seja ensinada é uma Geografia crítica, que mostre

a realidade, que conceda o espaço geográfico, como sendo espaço social,

produzido e reproduzido pela sociedade humana, com vista à nele se realizar e se

reproduzir, desenvolvendo hábitos e construindo valores significativos para a vida na

sociedade. Ela deve compreender a cidadania como participação social e política,

assim como o exercício de direito e deveres políticos.

3 – CONTEÚDOS

Tendo como pressuposto de que a Geografia é uma área de conhecimento

comprometida em tornar o mundo compreensível, explicável e passível de

transformações, a seleção dos conteúdos leva em consideração o social, cuja

compreensão por parte dos alunos mostra-se essencial em sua formação como

cidadão. Os critérios fundamentais na seleção de conteúdos procuram delinear um

trabalho a partir de algumas considerações essenciais como: paisagens, território,

lugar, as relações sociais (políticas e culturais), apropriação histórica da natureza e

organização do trabalho.

Ao construir seu espaço geográfico, adquire maior consciência dos limites e

responsabilidade da ação individual e coletiva com relação ao seu lugar e a contexto

mais amplo da escala nacional a mundial – do desenvolvimento do jovem

adolescente.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Temas e conteúdos

6º ANO

Conteúdos estruturantes:

151

• Dimensão sócio-ambiental;

• Dimensão econômica da produção;

* Geopolítica;

• Dinâmica cultural e demográfica.

1) Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,

manifestações culturais e sócio-ambientais.

- Localização do meio em que vivemos:

- Localização da Terra;

- O espaço em que vivemos: Brasil, Paraná.

2) Os movimentos da Terra no Universo e suas influências para organizar o

espaço geográfico.

- Alfabetização cartográfica:

• Orientação;

• Coordenadas geográficas;

• Rosa-dos-ventos;

• Fuso horário;

• Escalas;

• Movimentos da Terra.

3) Distribuição espacial e as consequências sócio-ambientais dos

desmatamentos, da chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito

estufa, entre outros.

- Paisagem natural e cultural:

• Litosfera;

• Hidrosfera;

• Agenda 21;

• Atmosfera;

• Biosfera ( meio ambiente).

152

4) O setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico.

- Apropriação do espaço pelo homem:

• Extrativismo;

• Agricultura e pecuária;

• Atividade industrial;

5) Sistemas de energia, distribuição espacial, produção e degradação sócio-

ambiental.

− Fontes de energia.

6) A história das migrações mundiais e sua influência sobre a formação

cultural, distribuição espacial e configuração dos países.

- Movimentos migratórios:

- Concentração populacional urbano: o negro africano, o branco europeu e o

indígena.

- Datas comemorativas: dia da água, do meio ambiente, da consciência negra.

Os conteúdos de Geografia do Paraná serão contemplados de acordo com o

trabalho em sala de aula.

7º ANO

Conteúdos estruturantes:

• Dimensão sócio-ambiental;

• Geopolítica;

• Dimensão econômica da produção;

• Dinâmica cultural e demográfica.

1) Formação espacial dos Estados nacionais.

- Brasil – país continente:

• Localização;

• Posição territorial e astronômica;

• Posição quanto à população e povoamento;

• A contribuição do negro no processo de construção do território brasileiro.

153

2) Ambiente urbano e rural e os impactos sócio-ambientais.

- Agenda 21:

• Posição do Brasil quanto à Agenda 21.

3) Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,

manifestações culturais e sócio-ambientais.

- Divisão Regional do Brasil, segundo o IBGE: regiões Sul (dando maior ênfase ao

estudo do Paraná), Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste, e Norte.

• As desigualdades sociais de cada região;

• A contribuição do negro africano no processo de construção do território

brasileiro;

• Aspectos físicos e naturais;

• Expansão e ocupação.

4) Tipos de Indústrias, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico.

- Atividades econômicas: agricultura, extrativismo, pecuária e indústria;

• Urbanização;

• Regiões metropolitanas.

5) Setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico.

• Comércio, meios de transporte e de comunicação;

• Siderúrgica e hidrelétrica;

• Meio ambiente (recursos hídricos: aquífero Guarani).

8º ANO

Conteúdos estruturantes;

• Dimensão sócio-ambiental;

• Geopolítica;

• Dimensão econômica da produção;

• Dinâmica cultural e demográfica.

154

1) Os movimentos da Terra no Universo e suas influências para organizar o

espaço geográfico.

- A reorganização do espaço contemporâneo:

• A natureza como critério de regionalização

− Continentes e oceanos.

2) Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas,

manifestações culturais e sócio-ambientais.

- Divisão política, econômica, histórica e social;

- Capitalismo, socialismo, desenvolvimento e subdesenvolvimento;

- Os blocos de países e sua formação;

3) As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social

do/no espaço geográfico:

_ A divisão internacional do trabalho e o avanço do capitalismo.

_ A inserção do continente americano na divisão internacional do trabalho:

4) Formação espacial dos Estados nacionais.

- As diversidades da América / Novo Mundo

• Localização;

• Aspectos naturais, culturais, político-econômico;

- Contribuição da cultura afro-brasileira no continente americano.

- Oceania / Novo Mundo:

• Localização;

• Aspectos naturais e econômicos.

- Antártida / Novíssimo Mundo:

• Localização;

• Aspecto natural.

5) A globalização e seus efeitos no espaço geográfico.

_ A Globalização;

_ A integração da América e a formação dos blocos econômicos;

155

_ O MERCOSUL e o Nafta.

6) Ambiente urbano e rural e os impactos sócio-ambientais.

− Agenda 21 no âmbito internacional

9º ANO

Conteúdos estruturantes:

• Dimensão sócio-ambiental;

• Geopolítica

• Dimensão econômica da produção;

• Dimensão cultural e demográfica.

1) Formação espacial dos Estados Nacionais.

- Os continentes: europeu, asiático e africano, formadores do Velho Mundo:

• A partilha do mundo – imperialismo e capitalismo monopolista;

2) A Guerra Fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e

do mapa político do mundo

- O mundo bipolar e multipolar;

3) Organizações internacionais, ONU, OMC, FMI, OTAN, Banco Mundial, entre

outros e suas influências na reorganização do espaço geográfico.

- As organizações econômicas e militares;

- As transformações recentes no quadro de forças do mundo;

4) Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua

espacialidade

_ Revolução industrial:

- a cidade e o espaço da indústria;

- as transformações do campo.

156

5) Histórias das migrações mundiais e sua influência sobre a formação

cultural, distribuição espacial, configuração espacial e conflitos.

- a urbanização e o processo de industrialização nos países capitalistas; socialistas

e subdesenvolvidos.

- A cultura Afro-brasileira.

6) Classificação e especialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças

climáticas.

_As grandes paisagens do globo:

* paisagens natural;

- desertos;

- zonas polares;

- montanhas;

- zonas tropicais;

- zonas temperadas;

7) Ambiente urbano e rural e os impactos sócio-ambientais.

_ A degradação ambiental:

* Questão ambiental.

- Revolução industrial e a questão ambiental.

− Agenda 21 no âmbito internacional.

A Agenda 21, a inclusão e a Cultura Afro brasileira, Africana e Indígena

devem ser direcionadas de maneira que o aluno tenha mais conhecimento e

consciência desses temas, passando a ter atitudes concretas que o levem à prática

desses valores. Para isso deve-se trabalhar com textos diversos, estatísticas,

cartazes, filmes, teatros, jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser por meios de

projetos, ou mesmo por conteúdos que envolvam conteúdos específicos ou

interdisciplinares.

Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de

levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que

se encontram presentes no nosso cotidiano, por meio do trabalho pedagógico

157

abordando a Cultura Afro-brasileira a Agenda 21, o Programa Agrinho e a realização

de Gincana Cultural.

4 - METODOLOGIA E RECURSOS

A seleção dos conteúdos de geografia fundamenta-se na importância social e

formação intelectual do aluno: no 6º e 9º anos enfoca-se o papel da natureza e sua

relação com a ação do individuo, dos grupos sociais e de forma geral, da sociedade

na construção do espaço, deve reconhecer que a sociedade e a natureza tem

princípios e leis próprias e que o espaço geográfico resulta das interações entre ela

historicamente definidas.

Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de

humanização da natureza, inclusive a dinâmica de suas fronteiras, sejam elas

naturais ou históricas, a exemplo das grandes paisagens naturais, as sociopolíticos

como dos Estados Nacionais e cidade-campo. De 8º e 9º anos o estudo de geografia

compõe-se de um amplo leque temático que permite entrada significativa nesse

processo de desenvolvimento sócio cognitivo do jovem adolescente.

Vários temas podem ser mediados pelas questões ambientais e culturais.

Deve-se também utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a

espacialidade dos fenômenos geográficos. O aluno deve conhecer o meio em que

vive, sabendo utilizar a natureza para seu sustento, compreendendo o mundo em

sua totalidade, informando-o sobre a criação da agenda 21, em nível mundial,

nacional e local, dando prioridade às mudanças climáticas que vem ocorrendo

devido a não preservação do meio ambiente.

O professor deve ser dinâmico para que contemple as diversidades de

aprendizagem dos alunos, levando-os a interagir com sua individualidade e

criatividade, ampliando sua relação sociedade/natureza.

Os conteúdos básicos elencados nas DCEs/PR são conhecimentos

fundamentais para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino

Médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas

diversas disciplinas da Educação Básica.

158

O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno em qualquer fase ou

modalidade de ensino da Educação Básica.

A Geografia ensinada na Educação de Jovens e Adultos deve partir da

experiência e vida dos educandos, que apresentam perfil bastante diferenciado,

quanto à idade, nível de escolarização, situação econômica e cultural, ocupação e

motivação, levando-os aos conteúdos científicos, portanto, o papel fundamental

desta modalidade de ensino é fornecer subsídios para que estes se afirmem como

sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos.

Ensinar o aluno a ler o Espaço Geográfico exige mais do que saber o que ele

é e de que é constituído. É adquirir conhecimento para compreender as atuais

definições do conceito de nação no mundo em que vivem e perceber a importância

de uma atitude de solidariedade e comprometimento com o destino das gerações

futuras. Assim sendo, a Geografia mostra ao aluno, que cidadania é também o

sentimento de pertencer a uma realidade em que relações entre sociedade e

natureza formam um todo integrado do qual ele faz parte, portanto precisa conhecer-

se, tornar-se membro participante ativo, responsável e comprometido historicamente

com os valores humanos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica

do Estado, ao concluir o Ensino Fundamental, espera-se que os alunos tenham

noções básicas sobre as relações socioespaciais nas diferentes escalas geográficas

(do local ao global) e condições de aplicar seus conhecimentos na interpretação e

crítica de espaços próximos e distantes, conhecidos empiricamente ou não.

Esses conhecimentos serão aprofundados no Ensino Médio, de modo a

ampliar as relações estabelecidas entre os conteúdos, respeitada a maior

capacidade de abstração do aluno e sua possibilidade de formações conceituais

mais amplas.

Para os alunos da Educação de Jovens e Adultos, faz-se necessário que os

conteúdos sejam trabalhados priorizando os eixos articuladores dessa modalidade

de ensino, a saber: Cultura, Trabalho e Tempo.

Estudos sobre o espaço geográfico global, bem como os estudos continentais

e regionais, serão realizados a partir de recortes temáticos mais complexos.

159

Nesse sentido, recomenda-se que, no Ensino Médio, os conteúdos sejam

organizados numa sequência que problematize as relações Sociedade ↔ Natureza

e as relações Espaço ↔ Temporais a partir do espaço geográfico mundial. Algumas

questões podem orientar essa abordagem, tais como: Qual é a configuração

geopolítica do mundo hoje? Sempre foi assim? Como era num passado recente?

Por que mudou? Como foi esse processo de mudança de fronteiras e relações

econômicas, sociais e políticas em diferentes países e regiões do planeta? Quais as

consequências disso para o mundo?

O ensino de geografia é realizado mediante a aula expositiva, leituras de

textos informativos, trabalho de campo, visitas, entrevistas, excursões, pesquisas em

bibliotecas, em internet, uso de retroprojetor, de vídeos, DVD, de jornais, revistas,

livros didáticos, projetos, também se pode trabalhar por meio de situações-

problemas os diferentes espaços-geográficos materializados em paisagens e

lugares, vendo as relação entre o presente e o passado, o especifico e o geral, as

ações individuais e as coletivas que promovam o domínio de procedimentos que

permitam ao aluno ler e compreender o espaço geográfico.

5 – AVALIAÇÃO

Com relação à avaliação, a Geografia está preocupada com a transformação

social, ser democrática e manifestar-se como um mecanismo de diagnóstico da

situação e não como um mecanismo meramente classificatório, deve possibilitar

uma nova tomada de decisão.

Ao final do 9º Ano, os alunos devem ter clareza em relação ao conceito de

diferentes territorialidades e temporalidade que definem os ritmos e processos

sociais e naturais na construção das paisagens.

A avaliação será diagnóstica, contínua, de forma a priorizar a qualidade e o

processo de aprendizagem, isto é, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Considerando que os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagem

diferentes, a intervenção pedagógica do professor deve acontecer a todo o tempo

160

por meio de uma reflexão constante entre os sujeitos escolares, isto é, professor e

alunos, que serão co-autores no processo de ensino aprendizagem.

Quanto aos instrumentos de avaliação serão diversificados contemplando

várias formas de expressão dos alunos como:

− leitura e interpretação de textos, mapas, gráficos, tabelas, infográficos, fotos,

imagens, entre outros;

− produção de textos;

− pesquisas bibliográficas;

− relatórios de aulas de campo;

− construção e análise de maquetes, entre outros.

Os instrumentos avaliativos serão selecionados de acordo com cada

conteúdo e objetivo de ensino.

Quanto aos critérios que nortearão a prática avaliativa, destacamos que em

Geografia, os principais critérios são: a formação dos conceitos geográficos básicos

e o entendimento das relações socioespaciais.

Mediante esses critérios, observar-se-á se os formaram os conceitos

geográficos e assimilaram as relações de poder, de espaço-tempo e de sociedade-

natureza para compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

A avaliação como parte do processo pedagógico deve tanto acompanhar a

aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela permite a

melhoria do processo pedagógico somente quando se constitui numa ação reflexiva

sobre o fazer pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do aprendizado do

aluno, mas também uma reflexão das metodologias do professor, da seleção dos

conteúdos, dos objetivos estabelecidos e podem ser um referencial para o

redimensionamento do trabalho pedagógico.

É fundamental que o aluno do Ensino Fundamental, EJA Fase II e Ensino

Médio possa, ao final do percurso, entender as relações que se estabelecem no

mundo capitalista, avaliar a realidade em que vive, seu contexto social, com a

perspectiva de transformá-la, onde quer que esteja, por meio de uma prática social.

6 – BIBLIOGRAFIA

161

LUCCI, Elian Alabi, BRANCO, Anselmo Lásaro. Geografia Homem e Espaço.

Saraiva.

IBGE, Atlas Geográfico Escolar.

SENE, Eustaquio, MOREIRA, João Carlos. Trilhas da Geografia. São Paulo:

Spicione.

VESENTINI, J. William, VLACH, Vânia. Geografia Crítica. Ática.

GARAVELO & GARCIA. Espaço Geográfico e fenômenos naturais. São Paulo:

Scipione.

MAXI, Colégio. História e Geografia do Paraná.

CAMARGO, João Borba. Geografia física, humana e econômica do Paraná.

BRAZ, Fábio Cezar. História e Geografia do Paraná: das origens à atualidade. El

Shaddai.

Coleção Mapas da Secretaria da Educação (transparências).

Coleção de materiais de minerologia (pedaços de rochas e transparências).

Diretrizes Curriculares Estaduais.

HISTÓRIA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A nova proposta para o ensino de História deve ser direcionada para os

estudos de relações que se considerem neste limiar do século: relações de trabalho

com organização da sociedade capaz de discernir as realidades abordadas através

da divisão do trabalho analisado nos tipos de remuneração, diferenças e valores

162

culturais ora diagnosticado com as diferenças e semelhanças nas situações ao

longo do processo histórico.

Nesse contexto a reflexão deve ser selecionada no envolvimento de permitir o

conhecimento do momento histórico, favorecendo as direções, o processo dinâmico

e contraditório das relações entre os povos.

Explicitando a natureza dessa História das relações entendemos:

• A História como produto das relações, da cultura e do trabalho.

• Conhecer as realidades históricas submergindo as aproximações do

cotidiano em situações que favoreçam as transformações. “O aluno dez na

escola e zero na vida”.

• A História como estudo das questões sociais relacionadas a realidade dos

alunos constituindo a nova linha profunda das lutas populares,

questionamento de ideologias: História Social.

As transformações da vida social estão diretamente ligadas ao

comportamento humano, portanto leva-se a acreditar que os conteúdos podem e

devem ser ensinados em uma multiplicidade de temas e incluindo Ética e

Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde e Orientação Sexual, Trabalho e

Consumo, aqueles que devem construir os conteúdos que trazem significados e

transformações no cotidiano do estudante.

Entendemos que uma proposta nova para o ensino de História não pode se

prender a uma concepção tradicional, onde é apresentada como uma sucessão

cronológica de fatos; é necessário romper com uma forma de ensino onde o aluno

se encontre numa posição passiva de aprendizagem.

Conhecer a História como processo significa estudá-la em seu movimento

contínuo, dinâmico, total e plural; conhecê-la em constante transformação; estudar a

vida das sociedades em seus múltiplos aspectos; recuperando a dinâmica própria de

cada sociedade, numa visão crítica problematizando o passado a partir da realidade

imediata, dos sujeitos concretos que vivem e fazem a História do presente. A

compreensão do processo histórico envolve, desta forma, a compreensão dos vários

níveis da realidade, a recuperação da dualidade que se apresenta além da

aparência dos fenômenos históricos: a continuidade e a ruptura dos movimentos

163

sociais, o conhecimento do passado em movimento, a partir da inserção dos sujeitos

na História do presente.

De acordo com a Lei 13381/01 a História do Paraná deverá fazer parte dos

conteúdos do educando está inserida, favorecendo ao mesmo um conteúdo no qual

ele assuma formas de participação social, política e atitudes críticas diante da

realidade de seu Estado.

A nova proposta de inclusão de estudos sobre o Estado do Paraná na

disciplina de História, tem a preocupação de proporcionar ao educando conteúdos e

atividades que sensibilize a compreensão de que os problemas atuais e cotidianos

que requerem questionamentos do passado.

A obrigatoriedade de inclusão de história e Cultura Afro-Brasileira e Africana,

também na disciplina de História, não se trata de mudar um foco etnocêntrico, mas

de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e

econômica brasileira. Assim, o professor de História precisa construir um novo olhar

sobre a história nacional e regional/local e ressaltar a contribuição dos africanos e

afro-descendentes na constituição da nação brasileira.

2. OBJETIVOS GERAIS

Participando ativamente e criticamente do processo ensino-aprendizagem de

história, pretende-se que o aluno se torne capaz de:

- compreender o processo histórico na sua totalidade;

- entender o processo histórico como resultado de fatores econômicos, sociais,

políticos e culturais;

- relacionar as estruturas econômicas, sociais, políticas e culturais das

diferentes épocas históricas;

- definir a terminologia básica necessária à compreensão do processo histórico;

- perceber as raízes históricas dos fatos contemporâneos e as perspectivas

futuras do presente;

- interpretar e criticar fatos e situações reais da região, do país e do mundo;

- compreender a si mesmo como ser histórico integrado na sociedade;

- buscar na história da humanidade possíveis respostas para as indagações do

homem quanto a sua existência origem, evolução e destino;

164

- participar criticamente da transformação da sociedade, do país e do mundo

em que vive.

3- CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

− Relações de Trabalho

− Relações de Poder

− Relações Culturais

6º ANO

TEMA: Os diferentes sujeitos e suas culturas, suas histórias.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A experiência humana no tempo.

Entendendo a Historia

- O trabalho do historiador

- O tempo nas sociedades Ocidentais, orientais, indianas, indígenas e africanas

- Diferentes tipos de documentos históricos – fonte oral, escrita, sonora

- Os vestígios humanos - Pré-história e os sítios arqueológicos

- Origem do homem – a importância do fogo , da terra e das armas

- Conceitos; Mitologia, Politeísmo, monoteísmo, escravismo, trabalho livre,

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

O homem da África, da Ásia e da Europa

- A sobrevivência nas sociedades do crescente fértil – o poder da água

- A sobrevivência dos povos da América e do Brasil

165

- Os diferentes sujeitos no Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma

- A importância da agricultura no mundo antigo

- O significado da guerra para Persas, Gregos e Romanos

- As formas de poder nas sociedades antigas

- As relações de trabalho nas sociedades asiáticas e européias

- As cidades do mundo antigo – diferentes tipos de habitações

- As formas de governo na Grécia e em Roma

As culturas locais e a cultura comum

Heranças culturais de Egito, Mesopotâmia, Fenícios, Persas, Gregos e Romanos.

- Mumificação e ritual de morte – semelhanças de diferenças com atualidade

- As diferentes escritas entre Egito e Mesopotâmia

- As leis e suas funções na Mesopotâmia, Grécia e Roma

- As diferentes formas de crenças entre o monoteísmo Hebreu e o politeísmo das

demais sociedades antigas

- Os livros sagrados e sua função nas diferentes sociedades antigas

- O papel da mulher na Grécia e em Roma e na atualidade

- O pão e circo romano e suas semelhanças e diferenças na atualidade

- Jogos Olímpicos na Grécia antiga e na atualidade – culto ao corpo

A Arte na Antiguidade

- Egito, Grécia e Roma - representações e significados

- Grandes monumentos históricos: Pirâmides, Zigurates, Muralha da China, Taj

Mahal na Índia, Partenon na Grécia, Coliseu Romano, A Igreja de Sta.Sofia em

Constantinopla.

7º ANO

166

TEMA: A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da

Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

As relações de propriedade

O valor da terra na Idade media Ocidental e Oriental

- A propriedade e sua organização no feudalismo

- as noções de propriedade para os povos indígenas e quilombolas no Brasil

- as noções de propriedade para os povos pré-colombianos

- as noções de propriedade para os povos africanos e chineses

- A propriedade para os Europeus e sua chegada na América

- A organização da propriedade no Brasil colônia

- A constituição do latifúndio no Brasil colônia e império

A constituição histórica do mundo do campo e

do mundo da cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

A organização social e econômica na cidade e no campo no Ocidente e Oriente

- os diferentes sujeitos no feudo e suas funções

- as relações de trabalho no feudo, no Islamismo e no Brasil colônia

-Os castelos medievais

-As cidades e as doenças medievais

-As mesquitas islâmicas

-O campo e a cidade nas sociedades africanas

-Cristóvão Colombo e a América

-Diferentes sujeitos na América pré-colombiana,

-Brasil e primeiras cidades(vilas e câmaras municipais)

-Os Povos Indígenas do Brasil na época da colonização e na atualidade

167

-As cidades do açúcar e do ouro no Brasil

-As cidades e o tropeirismo no Paraná

-A educação no Brasil colônia

Conflitos e resistências e a produção cultural campo/cidade.

Diversas formas de resistência a ordem instituída

- A crise de Roma e a volta do homem ao campo - colonato

- As lutas pela terra no mundo romano e na idade media

- A educação na idade media ocidental e suas semelhanças e diferenças com a

atualidade

- Os templários e as sociedades secretas

-O legado de Maomé no Oriente Médio: pilares da crença muçulmana X

mandamentos cristãos

Os diferentes sujeitos na sociedade muçulmana

- O nu na arte visto como pecado : Michelangelo e Leonardo Da Vinci

- Martinho Lutero e as 95 teses – a cisão da cristandade

- As resistências dos povos pré-colombianos: a cruz, a espada e a fome

- Os diferentes sujeitos sociais se rebelam no Brasil colônia: conflitos senhor versus

escravo

- O poder dos Missionários e as resistência à coroa portuguesa e espanhola

8º ANO

TEMA: O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência

CONTEÚDOS ESPECIFICOS

História das relações da humanidade com o trabalho.

168

O homem moderno e o poder das idéias

-Os fins justificam os meios? Origem do conceito e semelhanças com atualidade

-As condições de Higiene da Inglaterra do séc. XVII/XVIII

-A América e o sonho dourado – razões e conseqüências no séc. XVI e XXI

-As relações de trabalho na era da Mineração no Brasil colonial

-O trabalho dignifica o homem – as luzes conduzindo a sociedade

-Liberdade, Igualdade e Fraternidade - Revoluções Burguesas

-Simon Bolívar e o sonho da América forte e unida

-Os indígenas da América Norte suas semelhança s e diferenças com o Brasil.

O trabalho e a vida em sociedade

-Os novos sujeitos sociais com a vinda da Indústria

-A chegada da Indústria e as mudanças de comportamento dos diversos sujeitos

sociais

-A Indústria do séc. XVIII e as novas relações de trabalho

-O poder das igrejas no Brasil do ouro.

O trabalho e as contradições da modernidade

-As novas condições sociais com a modernidade

-O poder da máquina no séc. XVIII na Inglaterra e na atualidade

-A exploração do trabalho infantil e da mulher nas fábricas do séc. XVIII e na

atualidade

-O luxo e o lixo das cidades da Europa - Inglaterra e França do séc. XVIII -

semelhanças e diferenças com a atualidade

-Novidades trazidas ao Brasil pela família real portuguesa

-Condições sociais dos diversos sujeitos sociais do Brasil colonial-escravos

mineradores;

-O café as mudanças na sociedade e na economia do Brasil II Império

-Novos personagens entram em cena – Imigração no séc. XIX no Brasil

-A questão agrária no Brasil.

169

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

-Homem e a luta pelos direitos sociais

-Declaração de Direitos na Inglaterra e Declaração dos Direitos do homem e do

cidadão da França;

-As lutas pelos direitos políticos como conquista de direitos humanos;

-Símbolos da Revolução Francesa;

-As lutas pelos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade no Brasil colonial

-Tiradentes – Herói ou bandido?

- Brasil = Liberdade se compra ou se conquista?

-Constituição de 1824 – permanências e mudanças com a constituição de 1988

-Karl Marx e o sonho de uma nova sociedade não capitalista

-Direitos Individuais e Sociais

-Resistência do Brasil Império – Revolução Farroupilha e o orgulho de ser gaúcho

-A guerra do Paraguai

-As lutas pelos direitos humanos dos povos afrodescendentes no Brasil.

9º ANO

TEMA: Relações de Dominação e Resistência: a Formação do Estado e das

Instituições Sociais

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A sociedade e diferentes formas de organização

-As comunidades virtuais hoje e as novas tecnologias do séc. XIX

-As irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América Portuguesa

-A formação de poder entre os povos africanos

-A formação dos sindicatos no Brasil – a organização sindical e as leis trabalhistas

no governo de GV

A formação do Estado.

Diferentes organizações de poder de Estado

170

-Os poderes do Estado – Monarquia, Republica, Ditadura, Aristocracia e Democracia

-Os poderes do Estado brasileiro: Executivo-Legislativo-Judiciario

-A formação do Estado Brasileiro Republicano

-As constituições do Brasil Republicano

-A política do café com leite e suas permanências e mudanças com a atualidade

-Por um Estado brasileiro populista e nacionalista= Getulio Vargas

-O presidente Bossa nova e nova capital Brasilia

-A Instituição do governo de ditadura no Brasil anos 64

-A formação dos reinos africanos

-O imperialismo no século XIX

-A formação dos estados Nacionais nos séc. XIX

-O socialismo na Rússia e a implantação do Socialismo

-A Nova ordem mundial pós-Guerra Fria

-Queda das torres gêmeas nos EUA

-O mundo globalizado

-Lula e novo modelo de governo

-Retrato do Brasil contemporâneo

-Sujeitos, Guerras revoluções. As resistências dos sujeitos e a ordem instituída, seja

social ou econômica

-Os novos sujeitos na África do séc. XIX e XX: novos conflitos, novos personagens

-A indústria do lazer e da arte do séc. XIX e na atualidade – semelhanças e

diferenças

-As revoltas sociais no Brasil republicano:

-O messianismo de Canudos e Contestado

- Coronelismo e o poder de Padre Cícero

- As lutas operárias no Brasil Republicano

- A epidemia de Febre Amarela versus gripe A

-Cangaço : Robin Hood do Nordeste

-O movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil

-O Brasil no contexto das guerras mundiais

-Guerra de trincheiras no inicio do século XX – a guerra e a morte

-A crise dos EUA hoje e a crise em 1929

171

-Adolf Hitler e o Mein Kampf

-O Holocausto Judeu e as bombas atômicas no Japão por ocasião da 2ª Guerra

Mundial

-A Era do radio e sua função social e política nos anos 40 no Brasil

-A disputa fria entre a águia norte-americana e o urso soviético

-Martin Luther king e a luta pelos direitos dos negros

-O Apartheid na África do século XX

-A guerra do Vietnã – a guerra que não acabou

-Che Guevara e a Revolução Cubana

-O poder da mídia e da indústria cultural dos bens culturais de massa – Beatles e os

hippies

-A resistência a ditadura militar no Brasil pelas manifestações artísticas

-O futebol: uma paixão brasileira

-O Aquecimento global e a luta pela água

ENSINO MÉDIO - EJA

Conteúdos Específicos

-O conceito de trabalho livre, explorado e escravo.

-O mundo do trabalho em diferentes sociedades no tempo: trabalho escravo e servil

– sociedades teocráticas, grego-romanas e medievais.

-Transição do trabalho escravo, servil e artesanal para o trabalho livre.

-O trabalho livre: as sociedades de consumo produtivo: as primeiras sociedades

humanas, as sociedades nômades, sociedades indígenas e africanas.

-As cidades na historia: cidades neolíticas, da antiguidade Greco-romanas, da

Europa Medieval, pré- colombianas, africanas e asiáticas.

-Urbanização e industrialização no Brasil.

-Urbanização, industrialização nas sociedades ocidentais africanas e orientais.

-Urbanização e industrialização no Paraná.

-Os Estados teocráticos

-Os Estados na antiguidade clássica

172

-O Estado e as igrejas medievais

-A formação dos Estados nacionais

-As metrópoles européias, as relações de poder sobre as colônias e a expansão do

capitalismo.

-O Paraná no contexto de sua emancipação.

-O Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo e positivismo).

-O populismo e as ditaduras na América Latina.

-Os sistemas capitalistas e socialistas.

-Os Estados da América Latina e o Neoliberalismo.

-Globalização e seus efeitos (socioculturais).

-A formação das religiões dos povos africanos, americanos, asiáticos, europeus,

neolíticos: xamanismo, totens, animismo.

-A formação das grandes religiões: hinduísmo, budismo, confucionismo, judaísmo,

cristianismo e islamismo.

-Teocentrismo versus antropocentrismo na Europa renascentista.

-Reforma e contra reforma e seus desdobramentos culturais.

-Cultura e Ideologia no governo de Vargas.

-As manifestações Populares: congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de

mamão, romaria de são Gonçalo.

-Relações de dominação e resistência nas sociedades grega e romana na

antiguidade: mulheres, crianças e escravos.

-Guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma.

-Relações de dominação e resistência nas sociedades medievais: camponeses,

artesãos, mulheres, hereges e doentes.

-Relações de resistência na sociedade ocidental moderna.

-As revoltas indígenas, africanas na América Portuguesa.

-Os quilombos e a comunidade quilombola no Paraná.

-As revoluções democráticas no ocidente: Inglaterra, França e Estados Unidos.

-Movimentos sociais no mundo do trabalho nos séculos XVIII e XIX e o surgimento

do

sindicalismo.

-A América Portuguesa e as revoltas pela Independência.

173

-As revoltas federalistas no Brasil, imperial e republicano.

-As guerras mundiais no século XIX e a Guerra Fria.

-As revoluções socialistas na Ásia, África e America Latina

-Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da America Latina.

-Os Estados Africanos e as guerras Étnicas

-A luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do direito a terra na

América Latina.

-A mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades contemporâneas.

A Agenda 21, a inclusão e a Cultura Afro brasileira e indígena devem ser

direcionadas de maneira que o aluno tenha mais conhecimento e consciência

desses temas, passando a ter atitudes concretas que o levem à prática desses

valores. Para isso deve-se trabalhar com textos diversos, estatísticas, cartazes,

filmes, teatros, jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser por meios de projetos,

ou mesmo por conteúdos que envolvam conteúdos específicos ou interdisciplinares

Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de

levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que

encontram-se presentes no nosso cotidiano. O trabalho com temáticas atuais será

desenvolvido priorizando a Cultura Afro e Indígena, a Agenda 21, o Programa

Agrinho e Gincana Cultural.

4. METODOLOGIA E RECURSOS

O ensino de História deve dar conta de superar os desafios de; desenvolver o

senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, passando da

reprodução do conhecimento à compreensão das formas de como este se produz,

formando um homem crítico capaz de compreender a estrutura do mundo da

produção onde ele se insere e nela intervir. É fundamental que haja por parte dos

agentes envolvidos na relação ensino-aprendizagem a História, uma inserção crítica

do presente. Serão trabalhados: interpretações acerca das relações interpessoais;

incentivar a iniciativa e autonomia na realização de entrevistas individuais e coletivas

174

para que possam compartilhar saberes e responsabilidades; utilização da pesquisa

como fonte de informação e formação; observar as semelhanças e diferenças, com

relação as opiniões, atitudes e fatos; problematizar todos os assuntos em questão

tais como: o desemprego, a crise econômico, a política e a sociedade mostrando a

formação do meu Eu; leitura de textos históricos atuais para estudos sobre contatos

e confrontos entre os povos; debate sobre grupos e classes sociais, suas formas de

lutas e políticas; incentivar o aluno a refletir sobre as transformações ocorridas nas

relações sociais e o problema da terra; possibilitar a leitura, analise e interpretações

de músicas, textos, filmes, revistas, documentos de época e charges; análise de

diversas realidades para percepção de obstáculos e sucessos na conquista do

direito ao voto na consolidação da cidadania; confecções de mapas, painéis e

maquetes; uso de aula expositiva como forma de explanação inicial para o trabalho

em sala de aula; videoteca; exercícios reflexivos; músicas; teatro; entrevistas;

campanhas, entre outros; aplicação de uma prática interdisciplinar para facilitar o

transitar dos alunos em diversas áreas de estudo.

Para isso, propõem se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas, no

ensino de História, para os educandos (as) da Educação de Jovens e Adultos

rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e factual num diálogo permanente

com a realidade imediata sobre a qual se constituem os diversos saberes. Pretende

se com isso priorizar uma prática pautada na associação ensino pesquisa e no uso

de diferentes fontes e linguagens.

Nessa perspectiva, exige se uma abordagem problematizadora dos conteúdos

de História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse diálogo,

propiciar condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos

conteúdos socialmente significativos relacionados ao contexto político e social,

reconhecendo a pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão inseridos.

Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade social,

distinguindo se da “educação bancária” em que o educador apresenta os conteúdos

aos educandos, impondo lhes um saber desprovido de reflexão (FREIRE, 1987).

É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma faz se necessário a seleção e

a escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no processo ensino-

aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educandos, respeitando

175

suas especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca de sua

autonomia intelectual e moral.

Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da

cultura, optou por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo, que também

orientam o documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado do Paraná.

Esses eixos estabelecem relações entre si e articulam se às temáticas que por sua

vez articulam se aos conteúdos. A cultura como eixo principal norteará toda a ação

pedagógica.

É importante que na abordagem dos conteúdos, o educador crie situações de

aprendizagem, que respeitem o perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo

entre os conceitos construídos cientificamente e a cultura do educando,

considerando a sua História de vida, o ambiente cultural e a identidade do grupo.

A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou

do conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser

trabalhados de forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma

abrangente no tempo e no espaço, como por exemplo, no que refere as questões

sociais, as contradições, a Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação

entre o local e o global e possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças

e diferenças, as permanências e as rupturas do contexto histórico.

Todo material, que no acesso ao conhecimento tem a função de ser mediador

na comunicação entre o professor e o aluno, pode ser considerado. Isto é, são

materiais didáticos tanto os elaborados especificamente para o trabalho de sala de

aula – livros, manuais, apostilas, vídeos -, como também, os não produzidos pelo

professor para criar situações de ensino; esses podem e devem ser múltiplos e

diversificados.

É tarefa do professor estar continuamente aprendendo no seu próprio

trabalho, procurar novos caminhos e novas alternativas para o ensino, avaliar e

experimentar novas atividades e recursos didáticos, criar e recriar novas

possibilidades para sua sala de aula. Isto implica ler e se informar sobre diferentes

propostas de ensino, discutir seus objetivos, criar sua proposta de ensino dentro da

realidade da escola, manter claros os objetivos da sua atuação pedagógica,

selecioná-los com a realidade local e regional e sistematizar suas experiências.

176

5. AVALIAÇÃO

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as

hipóteses e os domínios dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorrem

no processo de ensino e aprendizagem. O professor deve identificar a apreensão de

conteúdos, noções, conceitos, procedimentos e atitudes como conquistas dos

estudantes, comparando o antes, o durante e o depois. A avaliação não deve

mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados. Deve ter um caráter

diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio desempenho como

docente, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de como

atuar no processo de aprendizagem dos alunos.

Os conteúdos serão avaliados através de resultados obtidos com a

aprendizagem apropriada.

O movimento nas turmas da EJA torna o ensino vivo e dinâmico. Devido a

essa característica deve se buscar construir dentro do processo pedagógico uma

avaliação que contemple a filosofia do diálogo, este exercício democrático aponta

para construção de um processo avaliativo coerente que permite ao professor

compreender o conhecimento que o aluno já construiu em sua experiência de vida.

Olhar criticamente o cotidiano do trabalho escolar é criar possibilidades de viabilizar

soluções práticas para os problemas identificados em uma visão epistemológica e

política.

Nessa perspectiva repensar a prática pedagógica é tarefa imprescindível do

educador, novas ideias contribuem para o crescimento coletivo, mas só ideias não

bastam é preciso ação. Neste contexto Vasconcelos (1993, p. 45 apud PARANÁ,

2006, p.41) instiga a repensar o fazer pedagógico, ao afirmar que as “novas ideias

abrem possibilidades de mudanças, mas não mudam. O que muda a realidade é a

prática”.

Portanto faz-se necessário a construção e socialização de uma cultura de

valoração do conhecimento emancipatório, que leve o sujeito a compreender como

funciona sociedade e a respeitar os princípios da diversidade, isto se confirma nas

Diretrizes Curriculares EJA:

177

“Pautados  no  princípio   da   educação  que  valoriza   a  diversidade  e reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da   práxis   pedagógica   deve   estar   voltado   para   atender   as necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA,  isto é, o seu papel na  formação da cidadania e na construção da autonomia.” (PARANÁ, 2006, p.43). 

Toda prática avaliativa deve estar comprometida com a mudança, apontando

caminhos para que o educando em vez de objeto, seja sujeito histórico, com

capacidade de buscar sua autonomia, de transformar o seu meio social e que com

sua cultura politizada possa participar e colaborar para com a construção de um

mundo democrático mais humanizado.

Os alunos das modalidades da Educação Básica ofertada pelo colégio serão

observados em variadas situações de aprendizagem, levando em consideração o

desempenho na realização das atividades propostas: pesquisas direcionadas,

relatos, provas subjetivas e objetivas, apresentação oral e escrita das atividades

desenvolvidas, visitas a comunidades local e inter-regional.

Para melhor apreciação dos resultados serão analisados os crescimentos

adquiridos com a aprendizagem, respeitando as individualidades de cada aluno,

assim como a forma de aplicação dos conhecimentos no seu cotidiano.

6. BIBLIOGRAFIA

- ARRUDA, José Jobson. História Total. São Paulo: Ática, 1998.

- Brasil. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei 9,394, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para

incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História

e Cultura Afro-Brasileira” e da outras providências. Brasília: Mec/Secretaria Especial

de Políticas de Promoção de Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada,

Alfabetização e Diversidade, 2004.

- CATELLI, e outros. História Temática. São Paulo: Scipione, 2001.

- COTRIM, Gilberto. Saber e Fazer História Geral e do Brasil. São Paulo: Raiva,

2001.

178

- Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do

Estado do Paraná.

- DREGUER, Ricardo; TOLEDO Eliete. História do Cotidiano e Mentalidades. São

Paulo: Atual, 1998.

- MARANHÃO, Ricardo; ANTUNES, Maria Fernanda. Trabalho e Civilização. São

Paulo: Moderna, 1999.

- MARTINS. História. São Paulo: FTD, 1999.

- MOCELLIN, Renato. Coleção Conhecimento para Compreender a História.

Paraná. Lei 13,381, de 18 de dezembro de 2001. Torna Obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da rede Pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina

de história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, nº 6134, 18 dezembro

2002.

- PILETTI, Nelson; PILETTI, Claudino. História e Vida Integrada. São Paulo:

Ática, 2001.

- SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2001.

- SILVA, Francisco de Assis. História do Homem. São Paulo: Moderna, 1996.

- Bíblia Sagrada.

- Livros paradidáticos, revistas, jornais, filmes, Internet, etc.

LÍNGUA PORTUGUESA

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Pensar o ensino de Português significa pensar numa realidade que permeia

todos os nossos atos cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha

onde quer que estejamos e serve para articular não apenas as relações que

estabelecemos com o mundo, como também a visão que construímos sobre o

mundo. É via linguagem que nos constituímos enquanto sujeitos no mundo, é a

linguagem que, com o trabalho, caracteriza a nossa humanidade. É ela que nos

possibilita pensar nos objetos e a operar com eles na sua ausência.

A linguagem surge como uma necessidade para se organizar a experiência e

o conhecimento humano, no domínio da natureza. Ela surge de uma necessidade

social e, portanto, ela é um fato eminentemente social.

179

Perceber a natureza social da linguagem, enquanto produto de uma

necessidade histórica do homem leva-nos à compreensão do seu caráter dialógico,

interacional. Em outras palavras, tudo o que dizemos, dizemos a alguém. Nossas

palavras dirigem-se a interlocutores concretos, isto é, pessoas que ocupam espaços

bem definidos na estrutura social; a palavra adquire o sentido que o contexto social

e histórico lhe confere.

Uma vez que as práticas de linguagem são uma totalidade e que o sujeito

expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexão sobre ela em situações

significativas de interlocução, as propostas didáticas de ensino de Língua

Portuguesa devem organizar-se tomando o texto, oral ou escrito, como unidade

básica de trabalho, considerando a diversidade de textos que circulam socialmente e

assim desenvolvendo uma prática linguística-pedagógica que possibilite ao

educando refletir sobre os recursos utilizados nos diferentes textos para o

envolvimento do leitor. Propõe-se que as atividades planejadas sejam

organizadas de maneira a tornar possível a análise crítica dos discursos para que o

aluno possa identificar pontos de vista, valores e eventuais preconceitos neles

veiculados.

Assim organizado, o ensino de Língua Portuguesa pode constituir-se em fonte

efetiva de autonomia para o sujeito, condição para a participação social responsável.

2. OBJETIVOS GERAIS

Para o aluno, no final de sua escolaridade, ser um sujeito com autonomia e

com condição de participar da vida social com responsabilidade.

É preciso :

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, bem como descobrindo as intenções que estão “por

trás” dos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

Desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações discursivas

realizadas por meio de práticas textuais, considerando os interlocutores, os seus

objetivos, o assunto tratado, os gêneros, suportes textuais e o contexto de

produção/leitura;

180

Criar situações em que os alunos reflitam sobre os textos que leem, escrevem,

falam ou ouvem; intuindo, de forma contextualizada, as características de cada

gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na

organização do discurso ou texto;

Refletir sobre os fenômenos da linguagem, particularmente os que tocam a

questão da variedade linguística, combatendo a estigmatização, discriminação e

preconceitos relativos ao uso da língua;

Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento

adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo

nas interações com pessoas de grupos sociais diferentes que se expressem por

meio de outras variedades;

Reconhecer a contribuição complementar dos elementos não-verbais ( gestos,

expressões faciais, postura corporal);

Selecionar os textos segundo seu interesse e necessidade; proporcionando

questões abertas, discussões e debates,

Ler de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais tenha

construído familiaridade, ampliando a capacidade de análise crítica;

Ser receptivo a textos que rompam com o seu universo de expectativa, por

meio de leituras desafiadoras para sua condição atual, apoiando-se em marcos

formais do próprio texto ou em orientações oferecidas pelo professor;

Reconhecer a contribuição complementar dos elementos não-verbais (gestos,

expressões faciais, postura corporal);

Trocar impressões com outros leitores a respeito dos textos lidos,

posicionando-se diante da critica, tanto a partir do próprio texto como de sua

prática enquanto leitor;

Redigir diferentes tipos de textos, estruturando-os de maneira a garantir a

relevância das partes e temas;

Utilizar com prioridade e desenvoltura os padrões da escrita em função das

exigências do gênero e das condições de produção;

Ser capaz de verificar as regularidades das diferentes variedades do

Português, reconhecendo os valores sociais nele implicados e,

181

consequentemente, o preconceito contra as formas populares em oposição as

formas dos grupos socialmente favorecidos;

CONTEÚDOS

A organização dos conteúdos de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental

parte do pressuposto que a língua se realiza no uso, nas práticas sociais; que os

indivíduos se apropriam dos conteúdos, transformando-os em conhecimento

próprio, por meio da ação sobre eles; que é importante que o indivíduo possa

expandir sua capacidade de uso da língua e adquirir outras que não possui em

situações linguisticamente significativas.

Na nossa visão de linguagem, optamos por um ensino não mais voltado à

teoria gramatical ou ao reconhecimento de algumas formas de língua padrão,

mas ao domínio efetivo do falar, escutar, ler e escrever. Tais atividades, que se

constituem no próprio conteúdo da língua, não poderiam ser fragmentados em

bimestres ou mesmo em séries. Para efeitos didáticos, organizamos os

conteúdos no Planejamento de acordo com o Currículo Básico e sugerimos o

momento mais adequado para se enfatizar esse ou aquele item do programa,

lembrando que os mesmos serão desenvolvidos de modo a considerar a

diversidade dos alunos como elemento essencial, analisando as possibilidades

de aprendizagem de cada um e avaliando a eficácia das medidas adotadas.

No âmbito da sala de aula, o professor deverá levar em conta fatores sociais,

culturais e a história educativa de cada aluno, dando especial atenção ao aluno

que demonstrar a necessidade de resgatar a autoestima. No entanto, para que

a aprendizagem possa ser significativa é preciso que os conteúdos sejam

abordados por meio de atividades sistematizadas e planejadas considerando os

conhecimentos anteriores do aluno em relação ao que se pretende ensinar,

identificando até que ponto os conteúdos ensinados foram realmente aprendidos.

6º Ano

182

DOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL

Relatos (experiências pessoas, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, etc.);Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, etc.);Criação (histórias, quadrinhas, piadas, etc.);

a)- No que se refere às atividades da fala:clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;adequação vocabular;

b)- No que se refere à fala do outro:reconhecer as intenções e objetivos;julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;

c)- No que se refere ao domínio da norma padrão:concordância verbal e nominal;

conjugação verbal;emprego de classes de palavras.

DOMÍNIO DA LEITURA

Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, literários não-literártio.

a)- No que se refere à interpretação:identificar as ideias básicas apresentadas no texto;reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,informativo, poético, argumentativo) identificar o processo e o contexto de produção;confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes).

b)- No que se refere à análise de textos lidos: avaliar o nível argumentativo;

avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).

183

c)- No que se refere à mecânica da leitura:ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

DOMÍNIO DA ESCRITA

a)- No que se refere à produção de textos:produção de textos ficcionais (narrativos); dissertativos, informativos, poéticos, argumentativos ;

b)- No que se refere ao conteúdo:clareza;coerência;argumentação.

c)- No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações;

uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, etc.)a organização de parágrafos;

pontuação.

d)- No que se refere à expressão:adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal).

e)- No que se refere à organização gráfica dos textos:ortografia;acentuação;recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).f)- No que se refere a aspectos da gramática tradicional:reconhecer a refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;

refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais;reconhecer as categorias sintáticas - os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto e as possibilidades de inversão;a estrutura da oração com verbos;as sentenças simples.

7º AnoDOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL

Relatos (experiências pessoas, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, etc.);

184

Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, etc.);Criação (histórias, quadrinhas, piadas, etc.);

a)- No que se refere às atividades da fala:clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;adequação vocabular;

b)- No que se refere à fala do outro:reconhecer as intenções e objetivos;julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;

c)- No que se refere ao domínio da norma padrão:concordância verbal e nominal;conjugação verbal;emprego de classes de palavras.

Domínio da leitura

Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, literários e não-literário.

a)- No que se refere à interpretação:identificar as ideias básicas apresentadas no texto;reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,informativo, poético, argumentativo);identificar o processo e o contexto de produção;confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes).

b)- No que se refere à análise de textos lidos:avaliar o nível argumentativo;avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).

c)- No que se refere à mecânica da leitura:ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

185

DOMÍNIO DA ESCRITA

a)- No que se refere à produção de textos: produção de textos ficcionais (narrativos); dissertativos, informativos, poéticos, argumentativos ;b)- No que se refere ao conteúdo: clareza; coerência; argumentação.c)- No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações; uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, etc.) na organização de parágrafos; pontuação.d)- No que se refere à expressão: adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal).

e)- No que se refere à organização gráfica dos textos: ortografia; acentuação; recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).

f)- No que se refere a aspectos da gramática tradicional: reconhecer a refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática; refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto e predicativo; reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores; a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão; a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver; a sintagma verbal nominal e sua flexão; a complementação verbal; as sentenças simples;

8º AnoDOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL

Relatos (experiências pessoas, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, etc.);

186

Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, etc.);Criação (histórias, quadrinhas, piadas, etc.);

a)- No que se refere às atividades da fala:clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;adequação vocabular;b)- No que se refere à fala do outro:reconhecer as intenções e objetivos;julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;

c)- No que se refere ao domínio da norma padrão:concordância e regência verbal e nominal;conjugação verbal;emprego de pronomes, advérbios, conjunções.

DOMÍNIO DA LEITURA

Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, literários e não-literário.

a)- No que se refere à interpretação:identificar as ideias básicas apresentadas no texto;reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,informativo, poético, argumentativo)

identificar o processo e o contexto de produção;confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes).

b)- No que se refere à análise de textos lidos:avaliar o nível argumentativo;avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).c)- No que se refere à mecânica da leitura:ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

187

DOMÍNIO DA ESCRITA

a)- No que se refere à produção de textos:produção de textos ficcionais (narrativos); dissertativos, informativos, poéticos, argumentativos;

b)- No que se refere ao conteúdo:clareza;coerência;

argumentação.

c)- No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações;uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, etc.)

a organização de parágrafos;pontuação.d)- No que se refere à expressão:adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal).

e)- No que se refere à organização gráfica dos textos:ortografia;acentuação;recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).

f)- No que se refere a aspectos da gramática tradicional:reconhecer a refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto e predicativo;reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão;a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;a sintagma verbal nominal e sua flexão;a complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;as sentenças simples e complexas;a adjunção;a coordenação e a subordinação.

9º Ano

188

DOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL

Relatos (experiências pessoas, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, etc.);Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas contemporâneas, etc.);Criação (histórias, quadrinhas, piadas, etc.);

a)- No que se refere às atividades da fala:clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;adequação vocabular;b)- No que se refere à fala do outro:reconhecer as intenções e objetivos;julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa;

c)- No que se refere ao domínio da norma padrão:concordância e regência verbal e nominal;conjugação verbal;emprego de pronomes, advérbios, conjunções.

DOMÍNIO DA LEITURA

Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos, literários e não-literário.

a)- No que se refere à interpretação:identificar as ideias básicas apresentadas no texto;reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo,informativo, poético, argumentativo)

identificar o processo e o contexto de produção;confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;atribuir significado (s) que extrapolem o texto lido;proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens diferentes).

b)- No que se refere à análise de textos lidos:avaliar o nível argumentativo;avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos).

189

c)- No que se refere à mecânica da leitura:ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

DOMÍNIO DA ESCRITA

a)- No que se refere à produção de textos:produção de textos ficcionais (narrativos); dissertativos, informativos, poéticos, argumentativos;

b)- No que se refere ao conteúdo:clareza;coerência;

argumentação.

c)- No que se refere à estrutura: processo de coordenação e subordinação na construção das orações;uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, etc.)

a organização de parágrafos;pontuação.d)- No que se refere à expressão:adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal).

e)- No que se refere à organização gráfica dos textos:ortografia;acentuação;recursos gráfico-visuais (margem, título, etc.).

f)- No que se refere a aspectos da gramática tradicional:reconhecer a refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto e indireto e predicativo;reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;a posição na sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão;a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;a sintagma verbal nominal e sua flexão;a complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;as sentenças simples e complexas;a adjunção;a coordenação e a subordinação.

190

É importante destacar que embora os conteúdos sejam os mesmos para os

dois níveis de ensino, o que difere é o grau de complexidade dos textos

apresentados para a reflexão sobre a linguagem. Vale ressaltar que a Cultura

Afrobrasileira, Africana e Indígena estarão presentes no desenvolvimento de todas

as ações pedagógicas.

Para o Ensino Médio devem ser acrescidos os seguintes conteúdos de

Literatura:

Arte literária e as outras artes.

História e literatura.

Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.

Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo brasileiro

(literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e

Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguarda européias, Pré-Modernismo,

Modernismo, Pós-Modernismo.

Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o cotidiano.

Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados com o intuito de

levar o aluno a conhecer, respeitar e entender a realidade das questões sociais que

encontram-se presentes no nosso cotidiano.

Na disciplina de Língua Portuguesa é fundamental que contemple aos

conteúdos os “Desafios Educacionais Contemporâneos” que são eles:

o Educação Ambiental;

o Prevenção ao uso indevido de drogas;

o Relações Étnico-Raciais;

o Sexualidade;

o Violência na escola;

o Conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas

brasileiros (LEI N.11.645, DE 10 DE MAIO DE 2008).

191

Os conteúdos devem ser direcionadas de maneira que o aluno tenha mais

conhecimento e consciência desses temas, passando a ter atitudes concretas que o

levem à prática desses valores. Para isso deve-se trabalhar com textos diversos,

estatísticas, cartazes, filmes, teatros, jornalismo, painéis, entre outros, podendo ser

por meios de projetos, ou mesmo por conteúdos que envolvam conteúdos

específicos ou interdisciplinares.

4. METODOLOGIA E RECURSOS

Todas as atividades desenvolvidas em sala de aula são os resultados de uma

opção metodológica, que estará sempre articulada a uma determinada visão que

temos sobre linguagem.

Para uma nova prática, a visão de linguagem tem como objeto de

preocupação a interação verbal, a ação entre sujeitos historicamente situados que,

via linguagem, se apropriam e transmitem um tipo de experiência historicamente

acumulada. Para construir-se uma nova prática na sala de aula a partir dos

fundamentos teóricos que assumimos.

É importante ter claro que a compreensão que construímos sobre o real se dá

linguisticamente. Quanto maior o contato com a linguagem, maior a possibilidade de

se ter sobre o real, idéias cada vez mais elaboradas.

O ponto máximo do ensino da língua vai se constituir no trabalho com o texto:

para tanto o professor deve criar situações de contacto com visões do real, via texto,

para que o aluno desenvolva, cada vez melhor, um controle sobre os processos

interacionais.

É importante trazer para a sala de aula todo o tipo de texto literário,

informativo, publicitário, dissertativo – colocar estas linguagens em confronto, não

apenas as suas formas particulares ou composicionais, mas o próprio conteúdo

veiculado nelas.

Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e Médio,

bem como para as práticas de linguagem, foram utilizados os seguintes critérios: os

Eixos Articuladores da EJA: Cultura, Trabalho e Tempo, o perfil do educando da

EJA; a diversidade cultural; a experiência social construída historicamente e os

192

conteúdos significativos a partir de atividades que facilitem a integração entre os

diferentes saberes.

É importante, ter claro que todos os textos estão marcados ideologicamente e

o papel do professor é explicitar, desmascarar essas marcas e apresentá-las ao

aluno, desmontando o funcionamento ideológico dos vários tipos de discursos,

sensibilizando o aluno à força ilocutória presente em cada texto, tomando-o

consciente de que a linguagem é uma forma de atuar, de influenciar, de intervir no

comportamento alheio.

É, portanto, instaurado a polêmica, assumindo o conflito como um dado

altamente positivo e necessário para as descobertas das potencialidades da

linguagem, criando situações concretas para que o aluno se aproprie da linguagem

oral e escrita.

DOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL

Criar condições para que o aluno construa discurso próprio, particularize seu

estilo e expresse com objetividade e fluência suas ideias.

A linguagem é uma prática social e como tal serve para articular as

experiências sociais e históricas dos homens.

A concepção de linguagem implica numa determinada opção metodológica e

na criação de estratégias pedagógicas que auxiliem, efetivamente, o aluno e se

apropriar da língua enquanto expressão de visão de mundo.

Transformar a sala de aula num espaço de debate permanente, num local

onde o aluno deverá escutar a voz do outro e, ao mesmo tempo adequar o seu

discurso ao outro.

O trabalho com a oralidade deve estar voltado, na busca da clareza na exposição de

ideias e da consistência argumentativa na defesa de pontos de vista.

DOMÍNIO DA LEITURA

A leitura, numa concepção de linguagem interacionista é mais do que o

entendimento das informações explícitas, é um processo dinâmico que fazem trocas

193

de experiências por meio do texto escrito, que reconheça nos textos escritos a

intenção do autor.

A introdução à leitura de ficção (prosa e poesia) terá como pressuposto: a

construção do sentido no momento no ato da leitura. Compreender as

especificidades entre os discursos literários e outros discursos.

A leitura constitui uma dimensão fundamental do domínio da linguagem. Ela

implica na compreensão de que o leitor não é um sujeito passivo, mas alguém que

constrói; concordando ou discordando do autor do texto.

O texto escrito não é a representação da verdade absoluta – é expor o aluno

a todo tipo de texto: os narrativos, os informativos, os dissertativos, os poéticos, os

publicitários, etc. Mostrar ao aluno que cada texto tem uma especificidade e revela

uma determinada interpretação sobre o real.

O relato, o debate, a exposição de ideias, a partir de textos lidos, vão se

constituí num dos pontos importante nos decorrer do trabalho com os alunos.

É preciso criar situações para o aluno julgar o texto escrito, criar critérios para

analisar a construção do texto.

O gosto pela leitura e o despertar pelo prazer de ler podem nascer através de

momentos de interação de diálogo e sobre a valorização à leitura do outro.

DOMÍNIO DA ESCRITA

Uma das principais questões a ser levada em consideração é a compreensão

das diferenças entre a linguagem oral e escrita.

A linguagem escrita exige o uso de uma modalidade única: o registro em

linguagem padrão. Sem marcas da oralidade.

Na escrita, exige-se unidade temática e coesão entre as partes, concisão,

apresentação formal (uso de parágrafos, letras maiúsculas, pontuação, acentuação,

etc.).

A produção de textos deve ser uma atividade decorrente de uma discussão

ou da leitura de outros textos, textos preferencialmente contrastivo. A partir do

debate, do levantamento de ideias, dos objetivos bem claros, é possível dar um

sentido à escrita.

194

Trabalhar textos ficcionais narrativos (conto, crônicas, fábulas, lendas,

experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, acontecimentos, eventos) e

com textos informativos (reportagens, artigos, editoriais, científicos) sempre

buscando consistência argumentativa, quando se trata de textos dissertativos.

A clareza, a coerência e o nível argumentativo podem ser trabalhados com os

textos dos próprios alunos ou textos publicados, julgando nesses textos o nível de

clareza, coerência a argumentação das ideias; identificação das ideias principais e

secundárias e elaboração de sínteses.

Trabalhar nos textos a análise linguística, a organização por meio dos

elementos gramaticais, para se ter a ideia de como se deu a costura textual.

Identificando os recursos coesivos, compreender a função dos elementos no

texto, percebendo a flexibilidade da língua. Cabe a nós professores criar situações

para que o aluno se aproprie cada vez mais das estruturas da língua padrão, sem

fazer disso o cerne do nosso trabalho.

As demandas atuais exigem que a escola ofereça aos alunos sólida formação

cultural e competência técnica, favorecendo o desenvolvimento de conhecimentos,

habilidades e atitudes que permitam a adaptação e a permanência no mercado de

trabalho, como também a formação de cidadãos críticos e reflexivos, que possam

exercer sua cidadania ajudando na construção de uma sociedade mais justa,

fazendo surgir uma nova consciência individual e coletiva, que tenha a cooperação,

a solidariedade, a tolerância e a igualdade como pilares.

A forma como cada indivíduo participa dos processos comunicativos varia em

função da relação que estabelece entre as novas informações e as suas estruturas

de conhecimento; da capacidade de analisar e relacionar informações; e de uma

atitude crítica frente à fonte de informações.

Além disso, vale lembrar que se multiplicaram os instrumentos de

comunicação e é enorme a quantidade de informações disponíveis, mas a

capacidade de assimilação humana continua a mesma, tanto do ponto de vista físico

como psicológico. Pesquisas recentes com executivos em vários países apontam o

aumento de ansiedade, estresse, dificuldade para tomar decisões e diminuição da

capacidade analítica, como sintomas do que chamam da “Síndrome da fadiga da

informação”, que nada mais é do que a oferta excessiva de informações gerando

195

cansaço ou a ineficiência da comunicação. Outro aspecto a ser considerado é o fato

de que informação em quantidade não que dizer informação de qualidade. Em

torno das sofisticadas tecnologias circula todo tipo de informação, atendendo a

finalidades, interesses, funções bastante diferenciadas. Portanto, para que os

objetivos propostos sejam alcançados, além da própria sala de aula e do livro

didático, serão utilizados diversos recursos tais como: programas de rádio e

televisão, retro-projetor, excursões, passeios, pesquisas, vídeos, cds, dvd,

computador, revistas, jornais, livros didático e outros.

5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Com relação à avaliação temos que construir uma concepção que nos dê

pistas concretas do caminho que o aluno está fazendo para se apropriar,

efetivamente, das atividades desenvolvidas; o aspecto gradativo pelo qual o aluno

domina o conteúdo.

É importante não perder de vista a função diagnóstica da avaliação, ou seja,

ela deve ser usada como subsídio para a revisão do processo ensino-aprendizagem.

Os objetivos do ensino batizam a avaliação. São eles que permitem a

elaboração de critérios para avaliar a aprendizagem dos conteúdos. Critérios

claramente definidos e compartilhados permitem tanto ao professor tornar sua

prática mais eficiente pela possibilidade de obter indicadores mais confiáveis o

processo de aprendizagem quanto permitem aos alunos centrar sua atenção nos

aspectos focalizado, o que em geral, confere a sua produção melhor qualidade.

A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível

de aprendizagem dos alunos em relação às práticas de linguagem: leitura, produção

de texto e análise linguística, para que o educador possa reencaminhar seu

planejamento.

O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos e com os

encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser dialética, ou

seja, o educando confronta-se com o objeto do conhecimento, com participação

ativa, valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no processo ensino-

196

aprendizagem indica os conteúdos que devem ser retomados. Portanto, o trabalho

com as práticas de linguagem deve partir das necessidades dos educandos.

Para isso, é importante que o educador dê significado ao objeto do

conhecimento, lance desafios aos educandos das diferentes modalidades da

Educação Básica, incentive os questionamentos e exerça a função de mediador da

aprendizagem, valorizando a interação.

Neste documento, serão apresentados critérios que têm como referência os

objetivos especificados e representam as aprendizagens imprescindíveis ao final

desse período, possíveis e desejáveis à imensa maioria dos alunos submetidos a

um ensino como o proposto. Não são, portanto, coincidentes com todas as

expectativas de aprendizagem. Estas estão expressas nos objetivos, cuja função é

orientar o ensino.

Os critérios de avaliação referem-se ao que é necessário aprender, enquanto

os objetivos, ao que é possível aprender. Os critérios não podem, de forma alguma,

ser tomados como objetivos, pois isso representaria injustificável rebaixamento da

oferta de ensino e, consequentemente a não garantia da conquista das

aprendizagens consideradas essenciais.

Para avaliar, segundo os critérios estabelecidos, é necessário considerar

indicadores bastante precisos que sirvam para identificar, de fato, as aprendizagens

realizadas. No entanto, é importante não perder de vista que um progresso

relacionado a um critério específico pode manifestar-se de diferentes formas, em

diferentes alunos, e que uma mesma ação pode, para um aluno, indicar avanço em

relação a um critério estabelecido e, por outro, não. Por isso, além de necessitarem

de indicadores precisos, os critérios de avaliação devem ser tomados em seu

conjunto, considerados de forma contextual e analisados à luz dos objetivos que

realmente orientaram o ensino oferecido aos alunos.

É nesse contexto, portanto, que os critérios de avaliação devem ser

compreendidos: por um lado, como aprendizagem indispensáveis ao final de um

período. Por outro, como referências que permitem-se comparados aos objetivos do

ensino e ao conhecimento prévio com que o aluno iniciou a aprendizagem a análise

de seus avanços ao longo do processo, considerando que as manifestações desses

avanços não são lineares, nem idênticas, em diferentes sujeitos.

197

É necessário considerar que os critérios indicados nestes documentos são

adequados e úteis para avaliar a aprendizagem dos alunos submetidos a práticas

educativas orientadas pelos princípios teóricos e metodológicos aqui especificados.

A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deve acontecer num processo

contínuo, com ênfase na qualidade e no desempenho do aluno ao longo do ano

letivo.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) destaca a

avaliação formativa: “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao

longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

Entretanto, para definir uma nota, a avaliação somativa também deverá ser

utilizada; as duas formas de avaliação – formativa e somativa – são importantes no

processo de construção do conhecimento e servem para diferentes finalidades. A

avaliação formativa leva em conta os ritmos e processos de aprendizagem

diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a

intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno

acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para

que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

Dessa forma, é importante a observação diária e a utilização de instrumentos

variados, selecionados pelo professor de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.

Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos

diferentes interlocutores e situações; a participação do aluno nos diálogos, relatos e

discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a

argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.

Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos

(relações de causa e consequência entre as partes do texto, identificação dos efeitos

de ironia e humor, localização de informações explícitas e implícitas, o argumento

principal, entre outros.); se o aluno ativa os conhecimentos prévios (biblioteca

vivida); se compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do

198

contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual; a

capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos,

imagens, etc. É importante ainda que o professor reconheça o repertório de

experiências de leitura dos alunos para poder avaliar a ampliação do horizonte de

expectativas.

Escrita: o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais,

verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado; se a linguagem está de

acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão

e coerência textual, a organização dos parágrafos. No momento da refacção textual,

é pertinente observar: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre

partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário

substituir parágrafos, ideias ou conectivos.

Análise Linguística: os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros

precisam sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem

compreender esses elementos no interior do texto. Assim, o professor poderá

avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a

percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e

estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e

modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa,

tempo, comparação, etc.).

6. BIBLIOGRAFIA

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2004.

Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. www.diaadiaeducacao.com

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual João Turin.

199

ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Durante o período colonial, foi desenvolvida pela Companhia de Jesus uma

educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte.

Esse trabalho envolvia os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica,

literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e arte manuais. Ensinava-se a

arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também,

as manifestações artísticas locais. Esse trabalho influenciou na constituição da

matriz cultural brasileira.

Nesse processo houve a superação do modelo teocêntrico medieval em

favor do projeto iluminista. Nesse contexto, o governo português do Marques de

Pombal expulsou os Jesuítas do território do Brasil e estabeleceu uma reforma na

educação e em outras instituições da colônia, apesar dessa reforma a educação

era estritamente literária, baseada nos estudos de gramática, retórica, latim e

música.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil destaca-se

avinda de um grupo de artistas franceses encarregado da fundação da

Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios

artísticos. Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial.

Nesse período, houve a laicalização do ensino no Brasil. Nos

estabelecimentos públicos houve um processo de dicotomização do ensino de Arte:

Belas Artes e música para formação estética e o de artes manuais e industriais.

Com a proclamação da República, em 1890ocorreu a primeira reforma

educacional do Brasil republicano. Os positivistas defendiam a necessidade do

ensino de Arte valorizar o desenho geométrico como forma de desenvolver a mente

para o pensamento científico As primeiras décadas da República, ocorreu a

Semana de Arte Moderna de 1922, um importante marco para a arte brasileira. O

sentido antropofágico do movimento era devorar a estética europeia e

200

transformá-la em uma arte brasileira, valorizando a expressão singular do

artista, rompendo com os modos de representações realistas.

O movimento modernista valorizava a cultura popular, pois entendia que

desde o processo de colonização, a arte indígena, a arte medieval e

renascentista europeia e a arte africana, cada qual com suas especificidades,

constituíram a matriz da cultura popular brasileira.

O ensino de Arte passou a ter então enfoque na expressividade,

espontaneísmo e criatividade. Apoiou-se muito na pedagogia da escola Nova,

fundamentada na livre expressão de formas, na individualidade, inspiração e

sensibilidade, o que rompia com a transposição mecanicista de padrões

estéticos da escola tradicional.

No Paraná com a chegada dos imigrantes no final do séc. XIX e entre eles

artistas, vieram novas ideias e experiências culturais diversas. As

características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da

realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar disciplina escolar.

A partir da década de 1960, as produções e movimentos artísticos se

intensificaram. Em 1971, foi promulgada a Lei Federal nº 5692/71, cujo artigo 7º

determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino

Fundamental e médio. Tornando obrigatório no Brasil.

Na escola, o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes

manuais e técnicas, e o ensino de música enfatizaram a execução de hinos pátrios e

de festas.

Essas teorias propunham oferecer aos educandos acesso aos

conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora. Em 1990 foi

publicado o currículo básico com a proposta curricular que pretendia fazer da escola

um instrumento para a transformação social e nelas, o ensino da Arte retomou a

formação do aluno pela humanização dos sentidos, pelo saber estético e pelo

trabalho artístico. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no

período de 1997 a 1999 tornaram-se os novos orientadores do ensino. Os

encaminhamentos metodológicos apresentados pelos Fins sugerem que o

planejamento curricular seja centrado no trabalho com temas e projetos, o que

relega a segundo plano os conteúdos específicos da arte.

201

Em 2003 iniciou-se, no Paraná, um processo de discussão com os

professores da Educação Básica do Estado. Tal processo tomou o professor como

sujeito epistêmico, que pesquisa sua disciplina, reflete sua prática e registra sua

práxis.

As novas diretrizes curriculares concebem o conhecimento nas suas

dimensões artísticas, filosófica e científica, e articula-se com políticas que

valorizam a arte e seu ensino na rede estadual do Paraná.

Reconhece-se, então, que os avanços recentes podem levar a uma

transformação no ensino de arte. Assim, o ensino de arte deixará de ser

coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do

desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em

constante transformação. Tendo em vista esse avanço o Parecer 22/2005 alterou a

nomenclatura da disciplina de Educação Artística para Arte e o parecer CEE/CEB Nº

219 unificou o termo Arte para o ensino Ensino Fundamental, visando não

fragmentar a unidade da Educação Básica, pois a área do conhecimento é a

mesma e a diferença de nomenclatura tem gerado discussões e debates que

desviam da finalidade e das necessidades concretas do ensino de Arte.

Nesse sentido, educar os alunos em arte é possibilitar-lhes um novo olhar,

um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências, com a

criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de

fruição.

A construção do conhecimento em Arte se efetiva na relação entre o estético

e o artístico (objeto de estudo), materializada nas representações artísticas.

Apesar de suas especificidades, esses campos conceituais são

interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os aspectos do

conhecimento em Arte.

202

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – MÚSICA

• ELEMENTOS FORMAIS• COMPOSIÇÃO• MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalas: diatônica pentatônicacromáticaImprovisação

Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana

6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental)

7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA MÚSICAELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSAlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambos.Técnicas: vocal, instrumental e mista

Indústria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, Tecno

8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA MÚSICA

203

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental e mistaGêneros: popular, folclórico e étnico.

Música EngajadaMúsica PopularBrasileira.Música Contemporânea

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – MÚSICA

• ELEMENTOS FORMAIS• COMPOSIÇÃO• MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE/6º ANO - ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSPontoLinhaTexturaFormaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura,escultura, arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia...

Arte GrecoRomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica

6ª SÉRIE/7º ANO - ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSPontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura,escultura, modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...

Arte IndígenaArte Popular Brasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco

7ª SÉRIE/8º ANO - ARTES VISUAIS

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

204

PERÍODOSLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...

Indústria CulturalArte no Séc. XXArte Contemporânea

8ª SÉRIE/9º ANO - ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

BidimensionalTridimensionalFigura-fundo Ritmo VisualTécnica: Pintura, grafitte, performance...Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...

RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-AmericanaHip Hop

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – TEATRO

• ELEMENTOS FORMAIS• COMPOSIÇÃO• MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE/6º ANO – TEATRO ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço

Enredo, roteiro.Espaço Cênico, adereçosTécnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.

Greco-RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento

205

6ª SÉRIE/7º ANO – TEATRO ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço

Representação,Leitura dramática,Cenografia.Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...Gêneros: Rua e arena, Caracterização.

Comédia dell’ arteTeatro Popular Brasileiro eParanaenseTeatro Africano

7ª SÉRIE/8º ANO – TEATRO ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço

Representação no Cinema e Mídias Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica..

Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo

8ª SÉRIE/9º ANO - TEATROELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOSPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAção Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino

Teatro EngajadoTeatro do OprimidoTeatro PobreTeatro do AbsurdoVanguardas

Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do qual ela se

manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não movimento (Dança), a

forma e a luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro). Destes elementos básicos

derivam-se os elementos de linguagem específicos da arte. Portanto, os conteúdos

para o Ensino Fundamental e Médio devem contemplar os elementos de cada

206

linguagem artística (Música, Teatro, Dança e Artes Visuais), sua articulação e

organização. Esses elementos permitirão ao educando e a educanda ler e

interpretar o repertório, assim como elaborar o seu próprio trabalho artístico. A

leitura, interpretação e produção artística avalia a apreensão por parte educando e

da educanda dos conteúdos propostos na célula de aula.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia do ensino de Arte deve-se contemplar três momentos da

organização pedagógica:

1. Teorização

2. Percepção e apropriação

3. Trabalho artístico

Teorização: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra

artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos

artísticos. Nessa proposta, o conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com

elementos formais, a composição, os movimentos e períodos,tempo e espaço, e

como eles se constituem nas Artes Visuais, dança, música e teatro. Esse

conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são trabalhados.

Percepção e apropriação: são as formas de apropriação, fruição e leitura da

obra de arte. O trabalho do professor é de possibilitar o acesso às obras de Música,

Teatro, Dança e Artes Visuais e mediar a percepção e apropriação dos

conhecimentos sobre a arte, para que o aluno possa interpretar as

obras,transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade humana

em sua dimensão singular e social.

Trabalho artístico: é a prática criativa de uma obra, pois a arte não pode ser

apreendida somente de forma abstrata. .

É essencial no ensino de Arte que o educando desenvolva atividades de

cunho artístico no âmbito da escola. A concepção de arte como fonte de

humanização incorpora as três vertentes das teorias críticas em arte: arte como

trabalho criador, arte como ideologia e arte como forma de conhecimento. , o

207

conhecimento, as práticas e a fruição artística devem estar presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Nas séries finais do Ensino Fundamental ( 5ª A 8ª séries/6º ao 9º ano),

gradativamente abandona-se a prática artística e a ênfase nos elementos

formais, tratando-se de forma superficial os conteúdos de composição e dos

movimentos e períodos.

Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com

fragmentos do conhecimento de Arte, percorrendo um arco que inicia-se nos

elementos formais, com atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos

movimentos e períodos, com exercícios cognitivos abstratos ( Ensino Médio).

O encaminhamento metodológico para a disciplina de Artes do ensino

fundamental e médio da Educação de Jovens e Adultos da rede pública do Estado

do Paraná está fundamentado nas Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, onde

estão identificados três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com base

nesses eixos que norteiam o currículo na EJA, elegemos ARTE E ESTÉTICA, ARTE

E IDENTIDADE e ARTE E SOCIEDADE como eixos específicos da disciplina de

Artes, dos quais derivarão as temáticas propostas e os conteúdos que serão

desenvolvidos em células de aula.

A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar

os três eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura,

trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.

Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que

dela emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto,

é necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo, compartilhando e

sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar, estabelecendo

relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re) construção de seus

saberes.

Durante o ano letivo utilizar-se-á vários recursos didáticos que levem os

alunos a compreender o objetivo dos conteúdos, tais como a linguagem oral e

escrita, pesquisa em várias fontes, a literatura, debates em sala de aula, seminários,

também como a biblioteca geral e do professor, recursos áudio visuais (filmes,

trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral, fotografias, slides,

208

charges, ilustrações, paródias e letras de músicas, jornais, revistas, Laboratório de

Informática e aulas de campo.

As temáticas abaixo perpassarão todo o trabalho desenvolvido com os conteúdos de ensino:

− Educação Ambiental ( Lei 9795/99) Dec.4201/02;− Enfrentamento à violência contra a Criança e ao Adolescente ( LeiFederal nº 11525/07;− Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei 11645 de 10 de março de 2008− Cultura Indígena– Lei 11645 de 10 de março de 2008- Equipe Multidisciplinar – Lei .610.639/03− Educação Fiscal− Educação Tributária Dec. nº1143/99, portaria nº 413/02.− História do Paraná (Lei nº13381/01);− Música Lei (11769/08)− Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana;

Os conteúdos de História e Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei n°

11.645/08); Educação Ambiental (Lei 9795/99) Dec. 4201/02 e a História do Paraná

serão abordados de modo contextualizado, e relacionados aos conteúdos de ensino

de Arte sempre que for possível a articulação entre os mesmos.

AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte, nesta proposta é

diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do professor para

planejar as aulas e avaliar a construção do conhecimento pelos alunos; é processual

por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. A avaliação processual

deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das

aulas) bem como a auto avaliação dos alunos.

O método de avaliação proposto inclui observação e registro de processo de

aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do

conhecimento pelos alunos. Como sujeito desse processo, o aluno também deve

elaborar seus registros de forma sistematizada.

209

O conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os

colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o professor propor

abordagens diferenciadas.

Nas Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos (2006),

encontramos que a efetiva reflexão sobre a prática de avaliação atual exige um olhar

crítico e um planejamento de metas propostas pela comunidade escolar, por meio

de um processo gradual de mudanças que tenham como finalidade o

aperfeiçoamento da avaliação escolar, respeitando-se os tempos individuais e a

cultura de cada educando para que ele se posicione como sujeito nas relações

sociais. “Essa expectativa de reformular a prática de fato e de direito implica

algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao que se almeja conseguir”.

Essas mesmas diretrizes expressam que pautados no princípio da educação

que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, o processo avaliativo como

parte integrante da práxis pedagógica deve estar voltado para atender as

necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA,

ou seja, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são

necessários vários instrumentos de verificação tais como:

* Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

*Pesquisas bibliográficas e de campo;

*Debates em forma de seminários e simpósios;

*Provas teóricas práticas

*Registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico

necessário para o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem

durante o ano letivo, visando as seguintes expectativas de aprendizagem:

*A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

*A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua

realidade singular e social.

*A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas

diversas culturas e mídias à produção, divulgação e consumo.

210

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE - Secretaria de Estado da Educação do

Paraná.

BRASIL.Leis, decretos, etc. Lei n. 9394/96: lei de diretrizes e bases

daeducação nacional, LDB. Brasília, 1996.

FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. São Paulo: MartinsFontes,

1995.

OSTROWER ,Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro

Grau. Currículo básico para a escola pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG,

1992.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.LDP:

Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PEIXOTO, Maria Inês Hamann. Arte e grande público: a distância a ser extinta.

Campinas: Autores Associados, 2003. (Coleção polêmicas do nosso tempo, 84).

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO

A História da Matemática nos dá oportunidade de compreender a Ciência

Matemática como disciplina matemática, como ciência integrante da sociedade,

sempre envolvida nos processos de evolução. Ocupa um papel importante na

formação do cidadão consciente de suas limitações e potencialidades. Ela nos

revela como as antigas civilizações conseguiram desenvolver os conhecimentos

211

matemáticos que compõem a matemática de hoje. Portanto, o estudo da educação

matemática centra-se numa prática pedagógica que envolve relações entre o ensino,

a aprendizagem e o conhecimento matemático.

O nascimento da matemática deu-se por volta de 2000 a.C. de onde

apareceram os primeiros registros que podem ser classificados álgebra elementar.

A Educação Matemática envolve falar na busca de transformações,

possibilitando aos estudantes realizar análises, discussões, conjecturas, apropriação

de conceitos e formulações de ideias, sendo usuários práticos de ferramentas

matemáticas em seu cotidiano, levando- os a compreensão do mundo que o cerca,

contribuindo assim, para que se tornem cidadãos cônscios de uma responsabilidade

coletiva e de uma adequação de princípios no relacionamento social e comunitário.

Assim, a partir do conhecimento matemático, tem- se como objetivo o

desenvolvimento da intelectualidade, em relação às questões sociais, políticas e

econômicas, buscando levá-los ao desenvolvimento de potencialidades,

responsabilidades na integração social e intervenção na realidade onde vivem

efetivando o cumprimento de uma cidadania plena.

Em seu papel formativo, a matemática contribui para o desenvolvimento

de processos de pensamento e a aquisição de atitudes, sendo importante

contemplar temas como cultura afro– brasileira e indígena, relacionadas a Historia

do Paraná, educação fiscal e ambiental, enfrentamento à violência contra criança e

adolescente e prevenção ao uso indevido de drogas.

CONTEÚDOS

ENSINO FUNDAMENTAL:

6º ANO:

Números e álgebra

• Sistemas de numeração;

212

• Números Naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e radiciação;

• Números fracionários;

• Números decimais.

Grandezas e Medidas

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial.

Tratamento da Informação

• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem.

7º ANO:

Números e Álgebra

• Números Inteiros;

• Números Racionais;

• Equação e Inequação do 1º grau;

213

• Razão e proporção;

• Regra de três simples.

Grandezas e Medidas

• Medidas de temperatura;

• Medidas de ângulos.

Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da Informação

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

8º ANO:

Números e Álgebra

• Números Racionais e Irracionais;

• Sistemas de Equações do 1º grau;

• Potências;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.

214

Grandezas e Medidas

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de ângulos.

Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não- euclidianas.

Tratamento de Informação

• Gráfico e Informação;

• População e amostra. gráficos;

9º ANO:

Números e Álgebra

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2o grau;

•Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

215

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta.

Grandezas e Medidas

• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

• Trigonometria no Triângulo Retângulo.

Funções

• Noção intuitiva de Função Afim.

• Noção intuitiva de Função Quadrática.

Geometrias

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias não- euclidianas.

Tratamento da Informação

• Noções de Análise Combinatória;

• Noções de Probabilidade;

• Estatística;

• Juros Compostos.

Os conteúdos específicos para o Ensino Médio são:

Números e Álgebra

Organização dos Campos Numéricos.

216

Razão e Proporção.

Regra de três simples e composta.

Possibilidade de diferentes escritas numéricas envolvendo as relações entre as

operações:

números decimais em forma de potência de 10, notação científica e potências de

expoente negativo.

Radicais em forma de potência.

A potenciação e a exponenciação.

Propriedades da potenciação.

A linguagem algébrica: fórmulas matemáticas e as identidades matemáticas.

Decodificação, codificação e verificação de equações de 1º e 2º graus.

Sistema de Equações (com duas variáveis).

Funções

Função afim.

Função quadrática.

Sequências.

Progressão Aritmética.

Progressão Geométrica.

Noções de:

- Matrizes;

- Determinantes;

- Sistemas Lineares (3x3).

Geometria e Trigonometria

Relações entre formas:

- espaciais e planas;

- planas e espaciais.

Representação geométrica dos números e operações.

217

Geometria Espacial e Plana:

1- Relações entre quadriláteros quanto aos lados e aos ângulos, paralelis-

mo e perpendicularismo.

2- Congruência e semelhança das figuras.

3- Propriedades de lados, ângulos e diagonais em polígonos.

4- Ângulos entre retas e circunferências e ângulos na circunferência.

5- Reta e plano no espaço, incidência e posição relativa.

6- Sólidos geométricos: representação, planificação e classificação.

7- Cilindro, cone, pirâmide, prismas e esfera.

8- Cálculo de volumes e capacidades.

Geometria Analítica:

O ponto (distância entre dois pontos e entre ponto e reta)

A reta (distância entre retas)

A circunferência.

Trigonometria:

Ângulos, processo de triangulação, triângulo retângulo, semelhança de triângulos.

As razões trigonométricas e o triângulo retângulo.

Leis do seno e coseno.

Tangente como a razão entre o seno e o coseno.

Construção de tabelas de senos, cosenos e tangentes de ângulos.

Cálculos de perímetros e áreas de polígonos regulares pela trigonometria.

Ciclo Trigonométrico – Trigonometria da 1ª volta.

Gráfico de funções trigonométricas.

Tratamento de Informação

Estatística:

218

9- Gráficos e tabelas

10-Medidas e tendência central

11-Polígonos de frequência

12-Aplicações

13-Análise de dados

14-Sistematização da contagem:

15-Princípio multiplicativo;

16-Análise Combinatória;

17-Probabilidade:

18-Probabilidade de um evento;

19-União e intersecção de eventos;

20-Probabilidade condicional

21-Relação entre probabilidade e estatística

Noções de Matemática Financeira:

22-Porcentagem;

23-Juro composto;

24-Tabela Price (aplicação e construção).

METODOLOGIA

Na abordagem dos conteúdos matemáticos devem oportunizar os

conhecimentos previamente adquiridos, permitindo o exercício da crítica e a análise

da realidade valorizando a história dos estudantes através do reconhecimento, do

respeito às suas raízes sócio- culturais, transformando problemas reais em

problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do

mundo real.

Para o ensino da matemática, é importante enfatizar que a relação de

conteúdos não deve ser seguida linearmente, mas desenvolvida em conjunto e de

forma articulada, proporcionando ao educando a possibilidade de desenvolver a

capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar justificar,

219

argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão

estimulados a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.

A modalidade EJA passa a ser considerada uma modalidade da Educação

Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio e com especificidade própria,

com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9394/96.

Sendo assim, a EJA com o currículo que abrange diversas disciplinas, tem

entre elas a Matemática, que conforme as DCN e as DCEs do Estado do Paraná é

um bem cultural da humanidade e deve ser tratada interdisciplinarmente. O trabalho

com os conteúdos de ensino da matemática como toda e qualquer ação pedagógico-

curricular na Educação de Jovens e Adultos devem estar articulados com e os eixos

cultura, trabalho e tempo.

Tais eixos foram definidos a partir da concepção de currículo, como processo

de seleção da cultura e do perfil do educando da EJA.

A Matemática, como ciência, apresenta valor educativo como indispensável

para resolução e compreensão de diversas situações do cotidiano e do mundo,

desde uma simples compra de supermercado até o mais complexo projeto de

desenvolvimento econômico.

Junto com as outras áreas do conhecimento, esta ciência ajuda a

humanidade a pensar a vida, revendo a história para compreender o presente e

pensar no futuro, assim como auxilia na utilização das tecnologias existentes,

possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere a criação e ao uso

dessas tecnologias.

Nestes aspectos, a EJA precisa acontecer em espaços que se promova a

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da

atividade reflexiva, em que as ações pedagógicas estejam articuladas aos eixos

cultura, trabalho e tempo, com foco na diversidade cultural.

Com um planejamento que aborde uma organização abrangente, um texto,

um artigo de revista, uma notícia do jornal devem ser fios condutores para o trabalho

com a cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena com o meio ambiente, com a

matemática, com a diversidade cultural e outros temas importantes para a

contextualização das atividades. Cabe, assim, ao professor criatividade e

220

conhecimento para que utilize os textos ampliando o leque de informações e

discussões que este pode propiciar.

Insere-se, assim, o uso adequado das propostas discutidas, dando voz a

todos os alunos, da sua realidade vivida no cotidiano, contextualizado com os textos

trazidos pelo professor ou até mesmo pelos alunos, utilizando-se de recursos

didáticos e tecnológicos como o próprio quadro negro (lousa), o computador, livros,

jornais, revistas, entre outros, na visão de construção do conhecimento e não de

uma pedagogia tradicional. Os alunos participam desse processo e constroem junto

com o professor um projeto de discussões em que a vida de trabalho e diária deles

faça parte da aprendizagem.

A nossa prática de ensino dar-se-á através de: aulas expositivas; atividades

escritas; textos; trabalhos de pesquisa; jogos didáticos; Cd roms; dvds e fitas de

vídeo, computadores, TV pendrive, data show, jornais, revistas ,panfletos, livro

didático.

As inter-relações e articulações entre os conceitos de cada conteúdo

estruturante / específico produz aprendizagem em um ensino significativo.

Algumas tendências metodológicas para o ensino da matemática são:

- resolução de problemas : é oferecer oportunidade ao estudante de aplicar

conhecimentos previamente adquiridos em novas situações;

- modelagem matemática : problematizar situações do cotidiano através da

modelagem, propõe a valorização do aluno no contexto social onde o mesmo é

convidado a indagar e/ou investigar, por meio da matemática situações oriundas

de outras áreas da realidade;

- mídias tecnológicas : é utilizar recursos tecnológicos é ampliar as

possibilidades de observação e investigação através das experimentações,

potencializando formas de resolução de problemas;

- etnomatemática : é reconhecer e registrar questões de relevância social que

produzem o conhecimento matemático.

- história da matemática : elaborar problemas, partindo da história da matemática

é oportunizar ao aluno compreender a evolução do conceito através dos

tempos.

- investigação matemática : é procurar conhecer o que não se sabe, elaborando

221

uma estratégia, formando conjecturas para o processo de conhecimento

matemático.

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ocorrer ao longo do processo de aprendizagem

proporcionando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua

visão do conteúdo trabalhado. A avaliação terá um papel de mediação no processo

de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação deverão

serem visto como integrantes de um mesmo sistema. Caberá ao professor

considerar no contexto das práticas de avaliação encaminhamentos diversos de

noção e subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos (formas escritas,

orais e de demonstração), incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador

e/ou calculadora.

A avaliação no ensino de matemática deve contemplar os diferentes

momentos do processo de ensino e aprendizagem, e sendo coerente com a

proposta pedagógica da escola e com a metodologia utilizada pelo professor, assim

como deve servir como instrumento que orienta a prática do professor e possibilita

ao aluno rever sua forma de estudar. Nesse processo, a reflexão por parte do aluno,

bem como a análise do professor sobre o erro do aluno, vem contribuir para a

aprendizagem e possíveis intervenções.

A avaliação será contínua, processual, diagnostica e formativa, priorizando

os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Quanto aos alunos da EJA, Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação

de Jovens e Adultos:

Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e

reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da

práxis pedagógica deve estar voltada para atender as necessidades dos

educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu

papel na formação da cidadania e na construção da autonomia (PARANÁ,

2006, p. 43).

222

Sendo assim, a avaliação tem uma relação dialética entre o educando e o

objeto do conhecimento, com participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. É

importante na avaliação da EJA a valorização dos saberes e a cultura trazida por

eles; o erro como direcionamento da prática pedagógica que permitirá a retomada

do conteúdo; a mudança de metodologia quando for necessário e respeitar o tempo,

as necessidades e dificuldades desses estudantes.

A prática avaliativa será desenvolvida por meio de trabalhos individuais e em

grupo, provas escritas,pesquisas, sínteses e leituras normativas de textos, debates e

situações -problema.

Quanto aos critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

- comunica- se matematicamente, oral ou por escrito;

- compreende, por meio de leitura, o problema matemático;

- elabora um plano que possibilite a solução de problemas;

- encontra meios diversos para resolução de um problema matemático;

- realiza o retrospecto da solução de problema.

Proposta de recuperação de estudo, será desenvolvida ao longo do período,

assim que detectado a não apropriação dos conteúdos pelos alunos, serão feitos

através de estudos paralelos, com atendimento de dúvidas em sala de aula, após o

período de estudos dos mesmos, avaliação será efetivada através de provas

substitutiva ao decorrer do processo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BICUDO, M. A. V. e GARNICA, ª V. M. Filosofia da Educação Matemática. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

223

BOYER, C. B. História da Matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São Paulo>

Edgard Blucher, 1974.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

LIMA, E.S. Avaliação, Educação e Formação Humana.

MIORIM, Maria Ângela. Introdução à História da Matemática. São Paulo: Graal,

1973.

PAIS, L. C. Didática da Matemática – uma análise da influência francesa. Belo

Horizonte: Autêntica, 2001.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Orientadoras do Ensino

Fundamental no Estado do Paraná – DCE 2008.

PETRONZELLI, Vera Lúcia Lúcio. Educação Matemática e a Aquisição do

Conhecimneto Matemático: alguns caminhos a serem trilhados, 2002.

(Dissertação de Mestrado, UTP) 166p.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas SP: Mercado das Letras, 1994

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Os princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da

disciplina de Física para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, baseiam-se na

Fundamentação Teórico-Metodológica, contida na parte da “Introdução” das

“Orientações Curriculares de Física - Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná– SEED – PR.

224

A Física é a Ciência das propriedades da matéria e das forças naturais. Suas

formulações são em geral expressas em linguagem Matemática. A introdução da

investigação experimental e a aplicação do método matemático contribuíram para a

distinção entre Física, Filosofia e Religião, que, tinham como objetivo comum

compreender a origem e a constituição do Universo. A disciplina de Física deve

contribuir para que o estudante reconstrua o conhecimento historicamente

produzido, o que se transformará em ferramenta para que ele se subsidie como ser

humano e futuro profissional em uma sociedade em processo de globalização,

tornando-o um ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade e as tecnologias a

sua volta e que mesmo interage. Para isto, deve haver uma contextualização

histórica de conhecimentos da física e suas relações com a educação escolar.

A física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e,

por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza,

entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalte-se

que os conhecimentos de física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não

são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo

homem no intuito de explicar e entender essa natureza.

A Física estuda a matéria nos níveis molecular, atômico, nuclear e

subnuclear. Estuda os níveis de organização, ou seja, os estados sólido, líquido,

gasoso e plasmático da matéria. Pesquisa também as quatro forças fundamentais: a

mecânica e a Gravitação, elaborada por Isaac Newton (1642 – 1727), (força de

atração exercida por todas as partículas do Universo), a termodinâmica, elaborada

por Mayer, Carnot e Joule, onde estuda a relação entre calor e trabalho e finalmente

o eletromagnetismo, síntese elaborada por James Clerk Maxwell (1831-1879), a

partir de trabalhos de André Marie Ampère (1775-1836), e Michael Faraday (1791-

1867), (que liga os elétrons aos núcleos), a interação forte (que mantêm a coesão do

núcleo e a interação fraca (responsável pela desintegração de certas partículas da

radioatividade). A Física experimental investiga as propriedades da matéria e de

suas transformações, por meio de transformações e medidas geralmente realizadas

em condições laboratoriais universalmente repetíveis. A Física teórica sistematiza os

resultados experimentais, estabelece relações entre conceitos e grandezas físicas e

225

permite prever fenômenos inéditos. De uma maneira geral o objetivo da física é

estudar o Universo, suas evoluções e todas as interações que nele ocorrem.

Por isso entendemos que a contribuição da Física no Ensino Médio é a

contribuição para a formação dos sujeitos através das lutas pela escola e pelo saber,

tão legítimos e urgentes (...). Por este caminho nos aproximamos de uma possível

redefinição da relação entre cidadania e educação (...) a luta pela cidadania, pelo

legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de

formação e constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da

democracia e da participação, mas é parte, fruto e expressão do processo de sua

constituição. (ARROYO, 1995, p.79)

Ao educando será apresentado os princípios, concepções, linguagem, entre

outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve

permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela

ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que

o educando reformule as suas ideias tendo em vista a concepção científica. Assim,

espera-se que esteja re-elaborando seus conceitos, mas não necessariamente, que

abandone suas ideias espontâneas. Poderá estar negociando ou adequando sua

interpretação e linguagem ao contexto de utilização. Ou seja, seus conceitos serão

mais elaborados ou menos elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior

for a necessidade ou interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no

contexto da comunidade científica.

2 – CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Movimento

Termodinâmica

Eletromagnetismo

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Momentum e inércia

• Conservação de quantidade de movimento

226

• Variação de quantidade de movimento = impulso

• 2ª Lei de Newton

• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

• Energia e o Princípio da Conservação da Energia

• Gravitação

• Lei zero da Termodinâmica

• 1ª Lei da Termodinâmica

• 2ª Lei da Termodinâmica

• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas

• Força eletromagnética

• Equações de Mexwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb,

Lei de

• Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday

• A natureza da luz e suas propriedades

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico na EJA

ainda é tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que,

normalmente, não leva a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba por

distanciar o interesse dos educandos pela disciplina.

Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e

reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial. Além

disso, é tratado como um campo de conhecimentos acabados, como verdades

absolutas, fruto de alguns gênios da humanidade, contribuindo para que os

educandos tornem-se passivos em sala de aula.

O educando da EJA traz consigo conhecimentos construídos a partir do senso

comum e do saber popular, não científico, construído no cotidiano, em suas relações

com o outro e com o meio – os quais devem ser considerados nas práticas

educativas. Portanto, o trabalho dos educadores é buscar de modo contínuo o

conhecimento que dialogue com o seu universo, de forma dinâmica e histórica.

227

É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições

de ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta,

tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador.

Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da

organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um

enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional

implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor

precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciarão,

meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos,

considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação

de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p 7-8)

A partir desse pressuposto, para romper com o modelo tradicional de ensino é

necessário rever os meios de apresentação dos conteúdos, priorizando os conceitos

físicos e optando por metodologias de ensino que se adaptem às necessidades de

aprendizagem dos educandos. (...),

Não vemos como necessário, no momento, grandes alterações nos

conteúdos tradicionais, mas sim, na forma como eles serão desenvolvidos.

Entendemos que o avanço nos conhecimentos de Física deverá ser dado por uma

inovação na metodologia de trabalho e não em termos de conteúdos. (GARCIA;

ROCHA;COSTA, 2000, p.40)

Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação de Jovens

e Adultos, identificou-se algumas estratégias para o desenvolvimento metodológico

da disciplina de Física, considerando que essas estratégias metodológicas podem

contribuir para o ensino e a aprendizagem dos educandos.

Portanto, o professor deverá utilizar-se de aulas expositivas e dialógicas bem

como de aulas experimentais que envolvam análise, discussão, reflexão e

investigação associadas a uma escola bem-feita de conteúdos significativos,

seguindo além do limite da informação, atingido a fronteira da formação cientifica

num processo organizado e sistematizado. O livro didático público servirá como

recurso de pesquisa constante em sala de aula e o uso dos meios tecnológicos,

228

textos científicos, uso de experimentos e de jogos educativos também se farão

presentes no cotidiano das mesmas de acordo com a necessidade do momento.

Dessa forma, deve ser levado em conta a formação do professor, o espaço

físico, os recursos disponíveis, o tempo de permanência do educando no espaço

escolar e as possibilidades de estudo fora deste, para que as estratégias

metodológicas possam ser efetivadas. Os indicativos discutidos com os professores

contemplam:

A abordagem da Física enquanto construção humana

No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da

Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento enquanto

construção humana e a constante evolução do pensamento científico, assim como,

as relações das descobertas científicas com as aplicações tecnológicas na

contemporaneidade.

A história da física não se limita à história de seus protagonistas. Antes ao

contrário: é uma história do pensamento em que ideias surgem e desaparecem, em

que pensamentos, muitas vezes completamente despropositados na época em que

aparecem, tomam forma e ultrapassam as barreiras profissionais contemporâneas.

Afinal, a física é hoje – num mundo em que a tecnologia permite revoluções e

promete saídas para ao mais graves problemas – uma das manifestações de maior

transparência de nossa cultura. (BARROS, 1996, p.7)

O papel da experimentação no ensino de Física

O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo da EJA,

mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de

materiais alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração dos

experimentos. Assim, “quando o aluno afirma que um imã atrai todos os metais, o

professor sugere que ele coloque essa hipótese à prova com pedaços de diferentes

metais. Por mais modesta que pareça esta vivência, é rica em ensinamentos” (AXT,

s/d, p.78).

229

O lúdico – Brinquedos e jogos no ensino de Física

Por meio desta estratégia de ensino o educando será instigado a pesquisar e

propor soluções, visto que a ludicidade “... decorre da interação do sujeito com um

dado conhecimento, sendo, portanto, subjetiva. Seu potencial didático depende

muito da sensibilidade do educador em gerar desafios e descobrir interesses de

seus alunos.” (RAMOS; FERREIRA, 1993, p.376)

O cuidado com os conceitos e definições em Física

O educando traz ideias e contextos para as coisas, para compreender e atuar

no mundo. Essas ideias podem ser aproveitadas como ponto de partida para a

construção do conhecimento científico, mas será necessário fazer a transposição

destes conceitos espontâneos ou do senso comum para o conhecimento científico,

com os cuidados necessários.

Atualmente o entendimento do ensino de física é fortemente associado às

ideias de conceitos espontâneos. Tais ideias indicam que quando as pessoas vêm

para a escola, elas já têm um contexto para as coisas. Por outro lado, à medida que

vamos inserindo os assuntos na sala de aula, queremos que o aluno vá montando

aquela estrutura que nós temos, ligando os conceitos da forma como nós o fazemos.

Entretanto, à medida que vamos ensinando, ele vai fazendo as ligações que quer.

(...). Que pode, que consegue. E assim, os mesmos conceitos podem ser ligados de

maneiras diferentes, em estruturas diferentes. É comum pensarmos que a lógica, a

maneira de raciocinar, de inserir algo em contextos mais amplos, utilizados por nós,

professores, para construirmos nossas estruturas, seja algo absoluto, algo

transcendental. Mas não é. A lógica depende do contexto em vigor. (...), sempre

achamos que com a informação que fornecemos aos alunos eles farão as ligações

que nós fizemos, mas isso não é necessariamente verdade. Não há nada que nos

assegure que o aluno faz as ligações que nós gostaríamos que ele fizesse. O que

dizemos em sala de aula pode ser interpretado de várias maneiras diferentes.

(ROBILOTTA; BABICHAK, 1997, p.22)

230

O cotidiano dos alunos/contextualização

O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as

experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser

aproveitadas no processo da aprendizagem.

Quanto mais próximos estiverem o conhecimento escolar e os contextos

presentes na vida pessoal e no mundo no qual eles transitam, mais o conhecimento

terá significado. Contextualizar o ensino significa incorporar vivências concretas e

diversificadas, e também, incorporar o aprendizado em novas vivências. (SEED-PR,

2000, s/d)

O papel do erro na construção do conhecimento

Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser

considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e

melhor compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador administrar este processo

no qual os educandos da EJA necessitam de apoio, principalmente pelo processo

diferenciado de estudo e o tempo que permanecem no espaço escolar. É essencial

valorizar os acertos e tornar o erro como algo comum, caracterizando-o como um

exercício de aprendizagem.

O incentivo à pesquisa e a problematização

É importante incentivar os educandos para que ampliem seus conhecimentos

por meio de pesquisa, como atitude cotidiana e na busca de resultados. Para tanto,

será útil distinguir entre pesquisa como atitude cotidiana e pesquisa como resultado

específico. Como atitude cotidiana, está na vida e lhe constitui a forma de passar por

ela criticamente, tanto no sentido de cultivar a consciência crítica, quanto no de

saber intervir na realidade de modo alternativo com base na capacidade

questionadora. (...). Como resultado específico, pesquisa significa um produto

concreto e localizado, (...), de material didático próprio, ou de um texto com marcas

científicas. (...). Os dois horizontes são essenciais, um implicando o outro. No

segundo caso, ressalta muito mais o compromisso formal do conhecimento

231

reconstruído, enquanto o primeiro privilegia a prática consciente. (DEMO, 1997, p.

12-13)

A problematização consiste em lançar desafios que necessitem de respostas

para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade.(...), um

obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada,

uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.25-26). As

dúvidas são ocorrências muito comuns na Física, porém, poderão ser aproveitadas

para as reflexões sobre o problema a ser analisado.

Os recursos da informática no ensino da Física

O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada vez

mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas e à

melhor compreensão dos estudos elaborados. A familiarização do educando com o

computador se faz necessária dentro da escola, visto que a tecnologia se faz

presente nos lares, no trabalho e aonde quer que se vá. É necessário o mínimo de

entendimento sobre as tecnologias usuais e como utilizar-se desta ferramenta para

ampliar os conhecimentos.

O uso de textos de divulgação científica em sala de aula

Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites e em outros meios

de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao ensino de Física e

serem explorados de diversas formas. Deve-se ter o cuidado de estar selecionando

textos validados por profissionais da área e que tenham cunho científico,

observando a existência de erros conceituais ou informações incorretas.

A utilização do material de apoio

O ensino da Física não deve estar apenas pautado no uso do material

didático fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros

recursos, como os apontados anteriormente, para enriquecer as aulas e tornar o

232

processo de ensino mais harmonioso e agradável. Assim, o material deve servir de

apoio, tanto ao educador como ao educando, ao lado de outras alternativas de

ensino e aprendizagem que complementem o conhecimento proposto.

EIXOS ARTICULADORES DA EJA: CULTURA TRABALHO E TEMPO

A cultura compreende a forma de vida e compõe um sistema de significações

envolvido em todas as formas de atividade social (Willians, 1992). É um produto da

atividade humana, e não pode ser ignorada sua dimensão histórica. Na formação

humana, a cultura é o elemento de mediação entre o indivíduo e a sociedade, ou

seja, é intermediário entre a sociedade e sua formação. (ADORNO,1996) portanto a

cultura compreende desde a música, obra literária, arte, ciência, linguagem,

costumes, hábitos de vida, sistemas morais, instituições sociais, crenças, e até as

formas de trabalhar (SACRISTÁN,2001,P.105). Como elemento de mediação da

formação humana, torna-se objeto da educação que o traduz na escola. (Willians,

1984).

O trabalho compreende uma forma de produção da vida material a partir da

qual se produzem distintos significados. É a ação pela qual o homem transforma a

natureza e transforma-se a si mesmo. Portanto, a produção histórico-cultural atribui

à formação de cada novo indivíduo, também, a essa dimensão histórica.

Os vínculos entre educação, escola e trabalho situam-se numa perspectiva que

considera a constituição histórica do ser humano sua formação intelectual e mora,

sua autonomia e liberdade individual e coletiva, em síntese sua emancipação como

cidadão.

Uma das razões pelas quais os educandos da EJA retornam para a escola é

o desejo de elevação do nível de escolaridade para atender às exigências do mundo

do trabalho. Cada educando que procura EJA, porém, apresenta um tempo social e

um tempo escolar de vida, para tanto a necessidade de reorganização dos tempos e

dos espaços escolares, para dar sustentação a seus objetivos. Na dimensão

escolar, o tempo dos educandos da EJA é definido pelo tempo da escolarização e

pelo tempo singular de aprendizagem bem diversificado, tendo em vista a

233

especificidade dessa modalidade de ensino que considera disponibilidade de cada

um para dedicação aos estudos.

O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar. Portanto, fazem parte

da ação pedagógica. A organização do tempo escolar compreende três dimensões:

o tempo físico, o tempo vivido e o tempo pedagógico. O primeiro está relacionado ao

calendário escolar organizado em dias letivos, horas/aulas, bimestres que organizam

e controlam o tempo da ação pedagógica. O segundo diz respeito ao tempo vivido

pelo professor nas suas experiências pedagógicas, nos cursos de formação, na

ação docente propriamente dita, bem como o tempo vivido pelos educandos nas

experiências sociais e escolares. O último compreende o tempo que a organização

escolar destina para a escolarização e socialização do conhecimento. Ainda, há o

tempo que o aluno dispõe para se dedicar aos afazeres escolares internos e

externos exigidos pelo processo educativo. Na escola, a organização dos tempos

está articulada aos espaços escolares preenchidos pelos educandos em toda ação

educativa. A organização desses tempos e espaços compreende características que

devem ser entendidas como discursos que revelam um espaço democrático, a

organização dos tempos e dos espaços escolares interfere na formação dos

educandos, seja para conformar ou para produzir outras práticas de significação,

como conduzir o educando a aprender o significado social e cultural dos símbolos

construídos, tais como as palavras, as ciências, as artes, os valores, dotados da

capacidade de propiciar-nos meios de orientação, de comunicação e de

participação. (ARROYO,2001,P.144).

Cultura e conhecimento são produzidos pelas relações sociais. De acordo

com Silva (2000, p.13), a cultura, é compreendida como prática de significação e,

como tal, vinculado à prática produtiva, às relações sociais e de poder, enfim, uma

prática que produz identidades sociais. Para que ocorram mudanças na forma de

organizar o conhecimento na escola é imprescindível que toda ação educativa esteja

voltada aos educandos.

Conteúdos Obrigatórios

Além de todos os conteúdos expressos na disciplina de Física, o professor

deverá atentar-se aos conteúdos obrigatórios, como a História do Paraná – Lei nº

234

13.381/01; História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena/Equipe

Multidisciplinar – Lei nº10.639/03 e Lei nº 11.645/08. Têm como meta o direito do

povo afro-descendente de se reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões

de mundo próprias, manifestarem com autonomia, individual e coletiva, seus

pensamentos. Tem ainda como meta, o direito dos negros, assim como de todos os

cidadãos brasileiros, cursarem cada um dos níveis de ensino, em escolas

devidamente instaladas e equipadas, orientados por professores qualificados para o

ensino das diferentes áreas de conhecimentos; com formação para lidar com as

tensas relações entre diferentes grupos étnicos-raciais, ou seja, entre descendentes

de africanos, de europeus, de asiáticos e povos indígenas.

Deve ser trabalhado também a Música – Lei nº 11.769/08, a Prevenção ao

Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação

Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, sendo estas a

necessidade de destacar a diversidade existente na escola.

Muito deve ser discutido também sobre o Direito das Crianças e Adolescentes,

através da LF nº 11.525/07; a Educação Tributária através do Decreto nº 1.143/99,

Portaria nº 419/02; Educação Ambiental LF nº 9.795/99 e a Agenda 21 Escolar. Aos

professores cabe a tarefa mais importante: conhecer as esperanças, lutas,

trajetórias, especificidades culturais, que caracterizem os alunos, levando em

consideração os saberes populares, estabelecendo diálogos pedagógicos e inter-

culturais, de maneira reflexiva .

Todos estes conteúdos deverão ser trabalhados e articulados como ações da

escola, e devem proceder metodologicamente conforme os necessitados podem

expressar as seguintes metodologias:

• Leitura e interpretação textos;

• Pesquisas sobre os povos indígenas, povos paranaenses;

• Teatro e simulação na dança.

• Levantamento estatístico sobre: população do Paraná, população negra no

Paraná, população indígena no Paraná.

• Terras Indígenas.

• Pesquisa no IBGE;

• Pesquisa bibliográfica e de campo;

235

• Excursão em terra indígena;

• Entrevista para conhecer a cultura e costumes indígenas

• Circulo de bate papo;

• Entrevista;

• Simulações de compra e venda para entender a Educação Fiscal;

• Sala de bate papo para discutir as questões sobre o campo;

• Conversa com o engenheiro agrônomo para orientação sobre o para aplicar

os recursos da natureza;

• Capitação da água da chuva para uso pessoal e no campo. (sistema de

Cisterna).

• Circulo de conversa com os alunos, engenheiro agrônomo e professores.

AVALIAÇÃO

Refletir sobre a prática de avaliação atual requer um olhar crítico e uma

projeção de metas definidas pela comunidade escolar, conforme um processo

gradual de mudanças que tenham como fim o aperfeiçoamento da avaliação escolar,

devendo se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada educando para que,

com isso, ele seja sujeito nas relações sociais. Essa expectativa de reformular a

prática de fato e de direito implica algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao

que se almeja conseguir.

Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as

diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve

estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando o seu

perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na

construção da autonomia.

Isso implica, ao docente, considerar os alunos em sua individualidade e

diversidade, condição indispensável para uma prática pedagógica democrática e

inclusiva. Aceitar o estudante na sua singular condição intelectual, social, cultural,

significa, entre outras coisas, dar espaço para que ele se faça ouvir, permitindo uma

relação dialógica com o aluno, sem preconceitos ou estereótipos.

236

Assim, a avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o

professor acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a

avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de um

trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de todos e a

escola pública o espaço onde a educação democrática deve acontecer.

A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto

de vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se

pelo estabelecido no regimento escolar.

Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:

A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e

aprendizagem planejada;

A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;

A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as Leis e as

teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os

conhecimentos da Física.

Como instrumentos serão utilizados provas presenciais, relatórios individuais,

trabalhos acadêmicos de pesquisas, seminários, entre outros.

Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria

condições reais para a condução do trabalho pedagógico.

A recuperação de estudos para alunos com baixo rendimento escolar será

constante, através da retomada de conteúdos. Após o período de estudos serão

utilizados outros instrumentos, tais como análise dos conteúdos estudados,

pesquisas e trabalhos de acordo com a necessidade.

REFERÊNCIAS

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AXT, Rolando. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In: MOREIRA, Marco Antonio. AXT, Rolando. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, s/d.

BARROS, Henrique Lins.In: BEM-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 1996. Prefácio da obra.

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CARRON, Wilson, GUIMARÃES, Osvaldo. Física. São Paulo; Editora FTD.

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DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2. ed.,Campinas: Autores Associados, 1997.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura)

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PENTEADO, Paulo César M. Física Conceitos e Aplicações. São Paulo; Editora Moderna.

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SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p. 20-28.

239

QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que permitiu o

desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no modo de

viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas

atividades diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12),

o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que

se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à

televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais,

por exemplo, não podem prescindir da informação científica, que deve estar

ao alcance de todos.

Assim, a Química fundamenta-se como uma ciência que permite a evolução

do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais,

éticos, entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser que se

relaciona, interage e modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive.

A Química como ciência contempla as tradições culturais e as crenças

populares que despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para o

desenvolvimento das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO (2002,

p.17), afirma que

a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade

filosófica, mas em um certo tipo de verdade que é diferente dessas outras.

Não é correta a imagem de que os conhecimentos científicos, por serem

comumente fruto de experimentação e por terem uma base lógica, sejam

“melhores” do que os demais conhecimentos. Tampouco se pode pensar

que o conhecimento científico possa gerar verdades eternas e perenes.

Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico não é algo

pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação.

A Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio, deve

apresentar-se como propiciadora da compreensão de uma parcela dos resultados

obtidos a partir da Química como ciência.

240

A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas.

Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o

desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer

outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados

esperados, aliás planejados, para que o estudante possa entender o que é

conhecido. (...) Existe portanto uma diferença fundamental entre a

comunicação de conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e

a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado

na escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)

Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas

escolas e conforme MALDANER (2000, p.196),

compreender a natureza da ciência química e como ela se dá no ensino e

na aprendizagem passou a ser um tema importante, revelado a partir das

pesquisas educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na década

de 1980 sobre as ideias alternativas dos alunos relacionadas com as

ciências naturais. No âmbito da pesquisa educacional, mais ligado à

educação científica, estava claro, já no início dos anos 90, que era

fundamental que os professores conhecessem mais o pensamento dos

alunos, bem como, a natureza da ciência que estavam ensinando. No

entanto, isso não era prática usual nos cursos de formação desses

professores.

Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos educadores

têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da vida dos educandos,

em que os educadores abordam, principalmente, os conteúdos acadêmicos,

enfatizando a memorização, o que torna a disciplina desvinculada da realidade dos

seus alunos e sem significação para sua vida.

Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos

químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química

em sua vivência, para DELIZOICOV et.al. (2002, p.34),

241

a ação docente buscará constituir o entendimento de que o processo de

produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia

constitui uma atividade humana, sócio-historicamente determinada,

submetida a pressões internas e externas, com processos e resultados

ainda pouco acessíveis à maioria das pessoas escolarizadas, e por isso

passíveis de uso e compreensão acríticos ou ingênuos; ou seja, é um

processo de produção que precisa, por essa maioria, ser apropriado e

entendido.

Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Química na

EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção

do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa

argumentar e se posicionar criticamente.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Considerando os encaminhamentos metodológicos contidos na proposta

pedagógica de ensino para a disciplina de Química no Ensino Médio Regular, faz-

se necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química na Educação de

Jovens e Adultos (EJA), considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para

essa modalidade de ensino da educação básica.

Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina, uma

alternativa seria partir da seqüência: “fenômeno–problematização–representação-

explicação” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor,

episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no

processo de ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser superado (...) O

importante é identificar situações de alta vivência comuns ao maior número

possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de ensino.

(MALDANER, 2000, p. 184)

Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas,

classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os

quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica,

interativa e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e

propiciando condições para que o mesmo perceba a função da Química na sua vida.

242

Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da

organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais

nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de

instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois

para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de

agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o

maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que

inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.

(RIBEIRO, 1999, p.8)

Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p. 199),

“Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos terá

significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências

trazidos pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer

relações entre conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes –

da comunidade, do educando e acadêmico.

Segundo FREIRE (1996, p.38), “a educação emancipatória valoriza o ’saber

de experiência feito’, o saber popular, e parte dele para a construção de um saber

que ajude homens e mulheres na formação de sua consciência política.”

Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de Química,

considera-se a afirmação de MALDANER (2000, p. 187), de que “o saber escolar

deve permitir o acesso, de alguma forma, ao conhecimento sistematizado. Assim ele

será reconstruído e reinventado em cada sala de aula, na interação

alunos/professor, alunos/alunos e, também, na interação com o entorno social”.

Dessa forma, o ensino da disciplina de Química deve contribuir para que o educando

jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano, levando-o a

compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhe condições de discernir

algo que possa ajudá-lo, daquilo que pode lhe causar problemas.

243

Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma

contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a

inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com

que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de

uma problematização, ou seja, lançando desafios que necessitem de respostas para

determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um

obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada,

uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada.” (SAVIANI, 1993, p.26) As

dúvidas são muito comuns em Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão

sobre o problema a ser analisado. Sendo assim, para o educador, o desafio consiste

em realizar esta contextualização sem reduzir os conteúdos apenas a sua aplicação

prática, deixando de lado o saber acadêmico.

Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de

Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do

pensamento na ciência Química, propiciando condições para que o educando

perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua

linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo, pois

as diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado a

importância do saber sistematizado, resultando numa prática pedagógica pouco

significativa.

É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas

realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no trabalho

docente, a fim de que o educando possa visualizar uma transformação química,

inserindo conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com

aspectos da sua vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é

importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento

essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom

aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é uma tarefa importante,

mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve

pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os

resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova

situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos.

244

Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o

educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber,

apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO (2002,

p.50),

o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo

que detenha a informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar,

que levassem os alunos a buscar a informação com maior orientação e

acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são maneiras de os alunos

procurarem por respostas definitivas, que manifestem uma vontade muito

grande de conhecer. Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na

forma de uma longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a

busca de mais dados e informações por parte dos alunos.

Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a refletir

sobre o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e informações.

Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do

material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma

que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER (2000, p.

185), afirma que

é por isso que não é possível seguir um “manual” de instrução, do estilo de

muitos livros “didáticos” brasileiros originados dos “cursinhos pré-

vestibulares”, para iniciar o estudo de química no ensino médio. A lógica

proposta nesses “manuais” é a da química estruturada para quem já

conhece a matéria e pode servir, perfeitamente, de revisão da matéria para

prestar um exame tão genérico como é o exame vestibular no Brasil.(...) O

que seria adequado para uma boa revisão da matéria, característica original

dos “cursinhos pré-vestibulares”, tornou-se programa de ensino na maioria

das escolas brasileiras.

245

A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser

utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários,

cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria

realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à

realidade dos alunos.

Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os

essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos

jovens e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a

percepção de que existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a

partir dessa relação, poderem constituir a sua própria identidade cultural,

estimulando sua autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a

rígida seqüência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a

relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a coerência dos mesmos

para o processo educativo.

CONTEÚDOS DE QUÍMICA

O programa de Química contempla os seguintes conteúdos, considerados

essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio na

modalidade Educação de Jovens e Adultos.

Matéria e substâncias

Reações Químicas

Funções Orgânicas e Inorgânicas

Ligações Químicas

Ligações entre as moléculas

Tabela periódica e periodicidade

Estrutura atômica

Estequiometria

Estudo dos Gases

Radioatividade

Propriedades coligativas

246

Eletroquímica

Equilíbrio Químico

Soluções

Termoquímica

247

É importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da investigação dos

conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química, sistematizar as

estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos

conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de aprofundamento, bem

como a articulação entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um.

Para a organização dos conteúdos é indicado que seja utilizada a

problematização, cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os

temas são baseados em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, que possam

refletir sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a vida, com o

ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais.

A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que

possam ser trabalhados, independentemente da seqüência usual presente nos livros

didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os conteúdos, bem como, a

forma como serão desenvolvidas as atividades para aprofundamento e avaliação, o

educador terá condições de desenvolver metodologias que visem evitar a

fragmentação ou a desarticulação dos conteúdos dessa disciplina.

Na perspectiva que se propõe, a avaliação na disciplina de Química vem

mediar a práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com os

encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir como

meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É essencial

valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o

educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do

conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.

Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta de

falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.

248

A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda avaliação

supõe um processo de obtenção e utilização de informações, que serão

analisadas diante de critérios estabelecidos segundo juízos de valor.

Portanto, não se pode pretender que uma avaliação seja um processo frio e

objetivo; ele é, em si, subjetivo, dependente da valorização de apenas uma

parcela das informações que podem ser obtidas. Essas características são

importantíssimas para que possamos compreender a utilidade e os limites

da avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para

reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)

Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e

o ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por vários caminhos,

fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento metodológico da

disciplina de Química, estabelecendo uma perspectiva de torná-la reflexiva, crítica,

que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, voltada para a autonomia do

educando jovem, adulto e idoso.

REFERÊNCIAS

BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.

DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências:

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MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química.

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RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da

educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade.

v.20, n. 68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999.

249

SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas:

Autores Associados, 1993, p.20-28.

SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O mundo em mudança é o objeto principal de preocupação da análise

sociológica. À Sociologia fica a responsabilidade de mapear as transformações que

ocorreram no passado e delinear as linhas mais importantes de desenvolvimento

que estão ocorrendo hoje.

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações

sociais que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.

Nesta encruzilhada da ciência, reconhecida como o saber legítimo e verdadeiro e da

sociedade a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia.

Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma

ciência disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da

juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos

históricos sem muito tempo para digeri-los.

Este contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica forma

um quadro amplo marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma

política, a Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial, em

processo desde o século XVII, e uma revolução na ciência, que se firma com o

iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização.

A Sociologia como uma disciplina no conjunto dos demais ramos da ciência,

especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do

trabalho pedagógico em traduzí-la como parte curricular nas escolas de níveis médio

e superior.

250

No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva,

paralelamente à divulgação da obra de Comte, na Europa do último quartel do

século XIX.

Florestan Fernandes (1977), ao traçar três épocas de desenvolvimento da

reflexão sociológica na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma

conexão episódica entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A

segunda é caracterizada pelo pensamento racional como forma de consciência

social das condições da sociedade, nas primeiras décadas do século XX; a terceira

época, em meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos

fenômenos sociais aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com

influência das tendências metodológicas em países europeus e nos Estados Unidos.

Os anos 1930 foram de plena efervescência da Sociologia que se

institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação,

no campo da pesquisa e editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a

reflexão sobre as peculiaridades da cultura e sociedades brasileiras.

A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se

constitui disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por

respostas a questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso,

não está livre de contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a

vitória de uma estratégia de afirmação quando o quadro social e político do país era

adverso, apontam Vianna, Carvalho e Melo (1995).

A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de democracia

para uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso não

foram decisórias, pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos

anos trinta e a dos anos sessenta.

Como em outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular

é parte do seu processo de institucionalização, ampliando e conformando a

comunidade científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos

pedagógicos, que promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em

nível escolar.

De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase humanística

nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva transformadora que

251

possa inspirar projetos de sociedade e visões políticas avançadas. Esta é uma forma

de resposta das sociedades no horizonte da modernidade instalada.

Os cursos secundários abrigaram a disciplina antes de a Sociologia ser

considerada disciplina acadêmica em cursos do ensino superior. Numa sequência,

durante a década de 1930 surgem os cursos de Ciências Sociais, no país: em 1933,

na Escola Livre de Sociologia e Política (SP), em 1934, na Universidade de São

Paulo, em 1935, na Universidade do Distrito Federal (RJ) e em 1938, na Faculdade

de Filosofia, Ciências e Letras do Paraná. Esse lócus institucional da Sociologia

acadêmica é estímulo para a produção do conhecimento e ampliam-se compêndios

didáticos elaborados nesse período, num esforço de sistematização da nova ciência.

Em meados da década de 1920, a disciplina sociológica integrou o currículo

para a formação de educadores primários e secundários dos estados do Rio de

Janeiro e Pernambuco. A centralização do sistema educacional no país e a reforma

do ensino levam a Sociologia aos chamados cursos complementares, de preparação

dos estudantes para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas,

Engenharia e Arquitetura.

Com a Reforma Capanema, em 1942, desaparece essa participação, que

repercutiu sobre a alta produção de livros didáticos à época. Todas as vezes que a

Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória, ausenta-se da formação educacional

básica e evidencia-se a desconsideração para com essa área de conhecimento e

forma de interpretação da realidade social.

O ambiente democrático da política nacional durante a década de 1950 e

parte dos anos 60 colocou a Sociologia presente nos cursos superiores de Ciências

Sociais, e também no currículo de outros cursos graças à expansão das Faculdades

de Filosofia, Ciências e Letras. No ensino médio, entretanto, sua inserção não se fez

permanente; continuou uma disciplina opcional e intermitente nos currículos.

No período da chamada transição democrática, a partir de 1982, houve

movimentação social de professores e estudantes em alguns estados brasileiros e

São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco e

Distrito Federal clamaram pela inclusão da Sociologia no Ensino Médio.

252

Havia expectativa com a Constituição de 1988, mas a partir de 1989, com a

promulgação das novas Constituições Estaduais, frustraram-se as possibilidades e

iniciativas de a disciplina vir a ser obrigatória nos currículos escolares.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu

perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em

seu art.36, §1º, inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de

Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. Contudo, durante a

sua regulamentação, o seu sentido foi alterado.

Em 2001, o retorno da disciplina Sociologia foi vetado pelo então presidente

Fernando Henrique Cardoso, justificando-o pela insuficiência de profissionais para

suprir a demanda de professores.

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio apresentaram como

proposta o tratamento interdisciplinar dos conteúdos de Sociologia, esvaziando sua

especificidade e o caráter de obrigatoriedade. Esta nova derrota para o ensino da

Sociologia impulsionou uma série de discussões e propostas de ações para reverter

a situação em diferentes estados, visto que a obrigatoriedade da disciplina no

Ensino Médio não estava garantida.

A partir do segundo semestre de 2007, todas as escolas têm de oferecer as

disciplinas em duas aulas por semana durante pelo menos um dos três anos do

curso, porque em 7 de julho de 2006, o Conselho Nacional de Educação aprovou,

com base na Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio.

A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo

Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as

escolas de Ensino Médio do estado.

Em função de sua história intercalar como disciplina escolar, a Sociologia não

desenvolveu ainda uma tradição pedagógica, havendo insuficiências na elaboração

de reflexões sobre como ensinar as teorias e os conceitos sociológicos, bem como

dificuldades na delimitação dos conteúdos pertinentes ao Ensino Médio. Por ter se

mantido como disciplina acadêmica nos currículos de Ensino Superior, a tendência

tem sido a reprodução desses métodos, sem a adequação necessária à oferta da

Sociologia para jovens estudantes do Ensino Médio.

253

A sociologia, disciplina curricular do Ensino Médio, de acordo com a instrução

01/2004, sendo esta pautada nos documentos oficiais: LDB, DCN e PCNs. A

importância de trabalhar a disciplina com os educandos tem como finalidade,

segundo a LDB:

“Desenvolver no educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o

exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em

estudos posteriores.”

Quando a lei trata do exercício da cidadania, é necessário definir o espaço da

disciplina perante o Ensino Médio, definindo qualquer concepção de cidadania deve

estar implícita em todos professores e alunos. Ainda de acordo com o que

preconiza a LDB 9394/96, art. 36 &1º, inciso III, o aluno tem que ter o domínio dos

conhecimentos filosóficos e sociológicos necessários ao exercício da cidadania.

Partindo deste princípio, é preciso que a sociologia garanta ao educando do

Ensino Médio que, a partir do senso comum e de situações vivenciadas no cotidiano,

busque superar esse nível de compreensão de mundo, desenvolvendo assim uma

concepção científica qualquer atenda às exigências do homem contemporâneo,

crítico e transformador, por meio do qual se possa analisar a complexidade da

sociedade contemporânea. Os conteúdos devem ser abordados de modo claro,

dialógico, diferenciado do senso comum, tendo, por parte do aluno, a incorporação

de uma linguagem sociológica permitindo perceber a realidade e através de

conceitos explicar tal realidade. Permitindo ao educando agir como indivíduo ativo,

participante das dinâmicas sociais, fornecendo, para isto, elementos necessários

para a formação de um cidadão consciente de um mundo social, econômico,

político, de suas potencialidades, capaz de agir e reagir diante desse mundo.

OBJETIVOS

- Identificar, analisar, comparar os diferentes discursos sobre a realidade e as

Teorias sociais;

- Desenvolver a criatividade relacionada a cultura;

- Compreender o papel da Sociologia relacionada às questões históricas, políticas e

sociais;

254

- Analisar e constatar as origens do Estado e de sua reorganização frente ao

mundo globalizado.

CONTEÚDOS

ENSINO MÉDIO - EJA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

1. O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

- Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.

- O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

2. Processo de Socialização e as Instituições Sociais

- Processo de Socialização;

- Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;

· Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, entre

outros).

3. Cultura e Indústria Cultural - Desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades

- Diversidade cultural;

- Identidade;

- Indústria cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de gênero;

- Cultura afro-brasileira e africana; Culturas indígenas.

255

4. Trabalho, Produção e Classes Sociais.

- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais: castas, classes sociais

- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

- Globalização e Neoliberalismo;

- Relações de trabalho no Brasil.

METODOLOGIA

No ensino da Sociologia propõe-se que sejam redimensionados aspectos da

realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais. É

preciso, entretanto, levar em conta as particularidades da Educação de Jovens e

Adultos, que tem por base o reconhecimento do educando como sujeitos do

aprendizado, um compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura

geral. Sendo assim, os conteúdos específicos deverão estar articulados à realidade,

considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculado ao mundo do trabalho, à

ciência, às novas tecnológicas, dentre outras coisas.

Neste sentido, destacam-se os conteúdos específicos da disciplina não

precisam ser trabalhados, necessariamente, de forma sequencial, do primeiro ao

último conteúdo listado, podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem problemas

para compreensão, já que eles, apesar de estarem articulados, possibilitam sua

apreensão sem a necessidade de uma “amarração” com os demais. Sugere-se, no

entanto, que a disciplina seja iniciada com uma rápida contextualização do

surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas principais teorias na

análise/compreensão da realidade.

No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos

instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que devem adequar-se aos

objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado

dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e

discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é

256

que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a

rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

Portanto, o conhecimento sociológico deve ir além da definição,

classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da

realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar

problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-

noções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da

autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas á transformação social.

O aluno do Ensino Médio, independente da modalidade de ensino que

frequenta, deve ser considerado em sua especificidade etária e em sua diversidade

cultural, além de importantes aspectos como a linguagem, interesses pessoais e

profissionais, necessidades materiais, deve se ter em vista as peculiaridades da

região em que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que a

metodologia utilizada possa responder as necessidades desse grupo social. Deve

ser colocado como sujeito de seu aprendizado, não importa que seja a leitura, o

debate, a pesquisa de campo, ou análise de filmes, desde que seja constantemente

provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e reconstruir

coletivamente conhecimentos.

O livro didático público, ou outro material didático, devem ser considerados

como um apoio, uma vez que não esgotam ou suprem todas as necessidades de

ensino de Sociologia.

De acordo com as Leis nº 10.639/03, referente à História e Cultura Afro-

brasileira e Africana e nº 11.645/08, referente à História e Cultura Afro-brasileira e

Indígena e temas referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos serão

trabalhadas nas aulas sob o enfoque do processo de marginalização e exclusão dos

povos afro-brasileira africana e indígena, como era antigamente e como esta na

atualidade e também, desenvolver os temas relacionados aos Desafios

Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Sexualidade, Enfrentamento à Violência, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; a

Lei nº 11769/08, que trata da obrigatoriedade do ensino de música; Educação

Ambiental conforme Lei 9795/99; Educação Tributária (Decreto 1143/99) e Direito da

Criança e do Adolescente (Lei 11525/07), concomitante aos demais conteúdos.

257

AVALIAÇÃO

Faz-se necessário construir uma cultura avaliativa que propicie à escola

questionar o seu papel e comprometer-se com a construção e socialização de um

conhecimento emancipatório.

A avaliação é um meio e não um fim em si. É um processo contínuo,

diagnóstico, dialético e deve ser tratada como integrante das relações de ensino-

aprendizagem.

Para Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem é um recurso pedagógico

útil e necessário para auxiliar o educador e o educando na busca e na construção de

si mesmo e do seu melhor modo de estar na vida.

Na relação dialética presente na avaliação, o educando confronta-se com o

objeto do conhecimento que o levará à participação ativa, valorizando o fazer e o

refletir. Assim, o erro no processo de ensino e aprendizagem assume caráter

mediador, permitindo tanto ao educando como ao educador reverem os caminhos

para compreender e agir sobre o conhecimento, sendo um ponto de partida para o

avanço na investigação e suporte para a internalização.

O erro serve para direcionar a prática pedagógica, como diagnóstico que

permite a percepção do conhecimento construído. Com isso, descaracteriza-se o

processo de controle como instrumento de aprovação ou reprovação. Por outro lado,

o acerto desencadeia no educando ações que sinalizam possibilidades de

superação dos saberes apropriados para novos conhecimentos.

Nessa perspectiva, é necessário repensar os instrumentos de avaliação,

reavaliá-los e ressignificá-los para que, de fato, possam atingir seus objetivos; ou

seja, que tenham significado para o educando, que não exijam somente

memorização ou conteúdo específico para uma prova, que sejam reflexivos,

relacionais e compreensíveis.

Os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de

partida real, realizando a avaliação a partir das experiências acumuladas e das

258

transformações que marcaram o seu trajeto educativo. A avaliação será significativa

se estiver voltada para a autonomia dos educandos.

As Diretrizes da EJA afirmam que a avaliação não pode ser um processo

meramente técnico; exige o domínio de conhecimentos e técnicas com o uso, dentre

outros, de critérios claros e objetivos.

Cada vez mais, o sistema educacional deve estar orientado para ser agente

concretizador de mudanças comprometidas com os interesses das classes

populares, as quais buscam uma progressiva autonomia com participação,

especialmente para que se reduza a exclusão social.

Refletir sobre a prática de avaliação atual requer um olhar crítico e uma

projeção de metas definidas pela comunidade escolar, conforme um processo

gradual de mudanças que tenham como fim o aperfeiçoamento da avaliação escolar,

devendo se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada educando para que,

com isso, ele seja sujeito nas relações sociais. Essa expectativa de reformular a

prática de fato e de direito implica algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao

que se almeja conseguir.

Portanto, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica

deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando o

seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e

na construção da autonomia.

A avaliação no ensino de Sociologia, conforme proposta nas Diretrizes pauta-

se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam

afinados com os critérios de avaliação propostos em sala de aula.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e

ilustrada, a avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de

crescimento da percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um

pesquisador.

Nesse sentido, a avaliação também se pretende continuada, processual, por

estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a

constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e

259

aprendizagem da disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates,

que acompanham os textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo;

produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e

prática.

Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao

selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da

apreensão, compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo,

expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo.

Por fim, não só o aluno, mas também professores e a instituição escolar

devem constantemente ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e

principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia.

· De forma contínua e participativa;

· Através de trabalho de pesquisa;

· Avaliação escrita;

· Apresentação de trabalho.

REFERÊNCIAS

COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação

Escolar Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações

étnicoraciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da

Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos

Temáticos).

PARANÁ. DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

Estado do Paraná. – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Sociologia.

Secretaria e Estado da Educação. Curitiba: SEED, 2008.

260

MORIN, Edgar. Sociologia; a sociologia do microssocial ao macro planetário.

Apartado 8: Publicações Europa-América.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

1. Apresentação da disciplina

O cenário do ensino de Língua Estrangeira no Brasil e a estrutura do currículo

escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social,

política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de

ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais

contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente

produzidos às novas gerações.

A Língua Inglesa continua a ser prestigiada pelos estabelecimentos de

ensino, por corresponder mais diretamente às demandas da sociedade.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna será norteado para um propósito

maior de educação.

Para Giroux (2004), é fundamental que os professores reconheçam a

importância da relação entre língua e pedagogia crítica no atual contexto global

educativo, pedagógico e discursivo, na medida em que as questões de uso da

língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder, e as questões da política e

da pedagogia não se separam.

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço

para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de

modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda

que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis

de transformação na prática social.

261

A proposta adotada nestas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e nas

teorias do Círculo de Bakhtin2, que concebem a língua como discurso.

Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua

Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta disciplina na

Educação Básica.

Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também sirva como

meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este componente curricular,

obrigatório a partir dos anos finais do Ensino Fundamental, deve também contribuir

para formar alunos críticos e transformadores através do estudo de textos que

permitam explorar as práticas da leitura, da escrita e da oralidade, além de

incentivar a pesquisa e a reflexão.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe

superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm

marcado o ensino desta disciplina.

2. Objetivos Gerais

Estas Diretrizes estão comprometidas com o resgate da função social e

educacional da Língua Estrangeira Moderna na Educação Básica, de modo a

superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm

marcado o ensino desta disciplina.

Assim, espera-se que o aluno:

• usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

• ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

262

Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar

as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um

norte comum na seleção de conteúdos específicos.

Entende-se que o ensino de Língua Estrangeira deve considerar as relações

que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social,

objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e

o reconhecimento da diversidade cultural.

As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado;

relacionam-se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e

buscam entender-se mutuamente. Possibilitar aos alunos que usem uma língua

estrangeira em situações de comunicação – produção e compreensão de textos

verbais e não verbais – é também inseri-los na sociedade como participantes ativos.

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma

mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social

do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do

comprometimento mútuo.

O trabalho com a Língua Estrangeira Moderna fundamenta-se na diversidade

de gêneros textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da

linguagem, bem como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no

processo de construção de significados possíveis pelo leitor. Tendo em vista que

texto e leitura são dois elementos indissociáveis, e que um não se realiza sem o

outro, é importante definir o que se entende por esses dois termos.

A leitura, processo de atribuição de sentidos, estabelece diferentes relações

entre o sujeito e o texto de acordo com as concepções que se têm de ambos. O

trabalho proposto nestas Diretrizes está ancorado na perspectiva de uma leitura

crítica, a qual se efetiva no confronto de perspectivas e na (re) construção de

atitudes diante do mundo. A abordagem da leitura crítica extrapola a relação entre o

leitor e as unidades de sentido na construção de significados possíveis.

3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

263

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social.

Ao tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de

sentidos, buscou-se um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim,

define-se como Conteúdo Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso

como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de

oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o discurso.

Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na

gramática tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais

e escritos). O uso da língua efetua-se em formas de enunciados, uma vez que o

discurso também só existe na forma de enunciados (RODRIGUES, 2005).

O discurso é produzido por um “eu”, um sujeito que é responsável por aquilo

que fala e/ou escreve. A localização geográfica, temporal, social, etária também são

elementos essenciais na constituição dos discursos.

No caso do ensino da Língua Inglesa na EJA, dadas as suas características,

o trabalho parte da exploração de diversos gêneros textuais que propiciam a

exposição do educando a língua dentro de um contexto, possibilitando a análise e

estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para criar a interação entre

as habilidades em cada contexto.

Consequentemente, o professor criará oportunidades para que os alunos

percebam a interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos,

das vozes que permeiam as relações sociais e de poder, é preciso que os níveis de

organização linguística – fonético-fonológico léxico-semântico e de sintaxe – sirvam

ao uso da linguagem na compreensão e na produção verbal e não verbal.

O professor levará em conta que o objeto de estudo da Língua Estrangeira

Moderna, a língua, pela sua complexidade e riqueza, permite o trabalho em sala de

aula com os mais variados textos de diferentes gêneros.

Com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico

é a interação ativa dos sujeitos com o discurso, que dará, ao aluno, condições de

construir sentidos para textos.

264

O professor deve considerar a diversidade de gêneros existentes e a

especificidade do tratamento da Língua Estrangeira na prática pedagógica, a fim de

estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino.

Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos, além de

elementos linguístico-discursivos.

Inicialmente, é preciso levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a

manutenção de uma progressão entre as séries, considerando as especificidades da

Língua Estrangeira ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o

projeto político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o

perfil dos alunos.

No ato da seleção de textos, o docente precisa se preocupar com a qualidade

do conteúdo dos textos escolhidos ao que se refere às informações, e verificar se

estes instigam o aluno à pesquisa e à discussão.

Recomenda-se que seja dada, aos alunos, a oportunidade para participar da

escolha das temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é justamente

possibilitar formas de participação que permitam o estabelecimento de relações

entre ações individuais e coletivas. Por meio dessa experiência, os alunos poderão

compreender a vinculação entre autointeresse e interesses do grupo. Além disso,

esta iniciativa poderá levar a escolhas de conteúdos mais significativos, porque

resultam da participação de todos.

Os conteúdos dos textos devem viabilizar os resultados pretendidos nas

diferentes séries de acordo com os objetivos específicos propostos no planejamento

do professor.

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,

serão adotadas como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas

esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas

diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta

Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade

com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada

uma das séries.

265

Na disciplina de LEM é fundamental que contemple aos conteúdos os “Desafios

Educacionais Contemporâneos” em todos os anos do ensino fundamental, que são

eles:

o Educação Ambiental;

o Prevenção ao uso indevido de drogas;

o Relações Étnico-Raciais;

o Sexualidade;

o Violência na escola;

o Conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros (LEI N.11.645, DE 10 DE MAIO DE 2008).

6º. ANO

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Função das classes gramaticais do texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito).

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

ESCRITA

• Tema do texto;

266

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• (informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

• Coesão e coerência;

• Função das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito).

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica;

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

• Pronúncia

7º ANO

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

267

• Função das classes gramaticais do texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito).

Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

• Coesão e coerência;

• Elementos semânticos;

• Função das classes gramaticais no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito).

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica;

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

268

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,

recursos semânticos.

• Pronúncia

8º ANO

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Função das classes gramaticais do texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito).

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

269

• Coesão e coerência;

• Elementos semânticos;

• Função das classes gramaticais no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito).

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica;

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia

9º ANO

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Função das classes gramaticais do texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

270

• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito).

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Elementos semânticos;

• Função das classes gramaticais no texto;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidade da língua, pontuação, recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito).

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica;

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

271

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

ENSINO MÉDIO

1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)

Identificação de diferentes gêneros textuais tais como: informativos, narrações,

descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders,

outdoors, placas de sinalização, etc.

Identificação da ideia principal de textos. (skimming)

Identificação de informações específicas em textos. (scanning)

Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal e

não verbal).

Inferência de significados a partir de um contexto.

Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, entre outros.

Inferência de significados das palavras a partir de um contexto. (cognatos, etc...)

1.1. Foco Linguístico

Verbo “To be” (presente e passado)

Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e irregular)

e contínuo e futuro com will e going to, nas formas afirmativa, interrogativa e

negativa e condicional “Would”

Plural dos substantivos

Verbos regulares e irregulares

Pronomes demonstrativos

Comparativo e superlativo. (graus dos adjetivos)

Verbos Modais: Can, may, could, should, must.

Substantivos contáveis e incontáveis.

272

Some, any, no e derivados.

1.2. Vocabulário

O vocabulário relacionado aos temas abordados nas unidades de estudo e outros de

interesse pessoal do aluno.

GÊNEROS DE TEXTOS

COTIDIANA: Adivinhas, Álbum de Família, Anedotas, Bilhetes, Cantigas de Roda,

Carta Pessoal, Cartão, Cartão Postal, Causos, Comunicado, Convites, Curriculum

Vitae, Diário, Exposição Oral, Fotos, Músicas, Parlendas, Piadas, Provérbios,

Quadrinhas, Receitas, Relatos de Experiências Vividas, Trava-Línguas.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA: Autobiografia, Biografias, Contos, Contos de Fadas, Contos

de Fadas Contemporâneos, Crônicas de Ficção, Escultura, Fábulas, Fábulas

Contemporâneas, Haicai, Histórias em Quadrinhos, Lendas, Literatura de Cordel,

Memórias, Letras de Músicas, Narrativas de Aventura, Narrativas de Enigma,

Narrativas de Ficção Científica, Narrativas de Humor, Narrativas de Terror,

Narrativas, Fantásticas, Narrativas Míticas, Paródias, Pinturas, Poemas, Romances,

Tankas, Textos Dramáticos.

CIENTÍFICA: Artigos, Conferência, Debate, Palestras, Pesquisas, Relato Histórico,

Relatório, Resumo, Verbetes,

ESCOLAR: Ata, Cartazes, Debate Regrado, Diálogo/Discussão Argumentativa,

Exposição Oral, Júri Simulado, Mapas, Palestra, Pesquisas, Relato Histórico,

Relatório, Relatos de Experiências, Científicas, Resenha, Resumo, Seminário, Texto

Argumentativo, Texto de Opinião, Verbetes de Enciclopédias.

IMPRENSA: Agenda Cultural, Anúncio de Emprego, Artigo de Opinião, Caricatura,

Carta ao Leitor, Carta do Leitor, Cartum, Charge, Classificados, Crônica Jornalística,

Editorial, Entrevista (oral e escrita), Fotos, Horóscopo, Infográfico, Manchete, Mapas,

Mesa Redonda, Notícia, Reportagens, Resenha Crítica, Sinopses de Filmes, Tiras.

273

PUBLICITÁRIA: Anúncio, Caricatura, Cartazes, Comercial para TV, E-mail, Folder,

Fotos, Slogan, Músicas, Paródia, Placas, Publicidade Comercial, Publicidade

Institucional, Publicidade Oficial, Texto Político.

POLÍTICA: Abaixo-Assinado, Assembleia, Carta de Emprego, Carta de Reclamação,

Carta de Solicitação, Debate, Debate Regrado, Discurso Político, Fórum, Manifesto,

Mesa Redonda, Panfleto.

JURÍDICA: Boletim de Ocorrência, Constituição Brasileira. Contrato, Declaração de

Direitos, Depoimentos, Discurso de Acusação, Discurso de Defesa, Estatutos, Leis,

Ofício, Procuração, Regimentos, Regulamentos, Requerimentos.

PRODUÇÃO E CONSUMO: Bulas, Manual Técnico, Placas, Relato Histórico,

Relatório, Relatos de Experiências, Científicas, Resenha, Resumo, Seminário, Texto

Argumentativo, Texto de Opinião, Verbetes de Enciclopédias.

MIDIÁTICA: Blog, Chat, Desenho Animado, E-mail, Entrevista, Filmes, Fotoblog,

Home Page, Reality Show, Talk Show, Telejornal, Telenovelas, Torpedos, Vídeo

Clipe, Vídeo Conferência.

4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto,

verbal e não verbal, como unidade de linguagem em uso. Antunes (2007, p. 130)

esclarece que [...] o texto não é a forma prioritária de se usar a língua. É a única

forma. A forma necessária. Não tem outro. A gramática é constitutiva do texto, e o

texto é constitutivo da atividade da linguagem. Tudo o que nos deve interessar no

estudo da língua culmina com a exploração das atividades discursivas.

Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde

os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do

gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de

informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,

274

Somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa

de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o bastante. É

necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar

o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um

papel tão importante para o trabalho na escola.

A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira

Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não verbais.

A produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos,

que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.

A aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades

significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a fim de que o aluno

vincule o que é estudado com o que o cerca.

Na Educação de Jovens e Adultos o trabalho a ser desenvolvido com a língua

segue uma abordagem onde a mesma é vista como instrumento de interação,

investigação, interpretação, reflexão e construção, norteada pelos três eixos

articuladores: cultura, trabalho e tempo. Nessa concepção, levar-se-á em

consideração a realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos

e respeitando suas necessidades e características individuais, na certeza de que o

adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e responsabilidade quando se

vê envolvido no processo ensino-aprendizagem.

Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade

da Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância dos saberes

escolares frente à experiência social construída historicamente pelos educandos.

Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em

conta que o educando é parte integrante do processo e deve ser considerado como

agente ativo da aprendizagem, visto que ele traz saberes e estes vão interagir com

os saberes que ele vai adquirir.

Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve em

consideração que as habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e

compreensão auditiva – não são únicas, elas interagem de acordo com o contexto e

275

precisam ser vistas como plurais complexas e dependentes de contextos

específicos.

Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como

algo fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, onde toda a transformação, o

aspecto vivo da LEM, sua capacidade de se transformar em contextos diferentes,

toda diversidade da LE se perde.

Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,

principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as

necessidades regionais, que levem o educando a criar significados, posto que estes

não vêm prontos na linguagem.

As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os

alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua

Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua

Estrangeira.

O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por

sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma

prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e

percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso.

Na abordagem de leitura discursiva, a inferência é um processo cognitivo

relevante porque possibilita construir novos conhecimentos, a partir daqueles

existentes na memória do leitor, os quais são ativados e relacionados às

informações materializadas no texto. Com isso, as experiências dos alunos e o

conhecimento de mundo serão valorizados.

O professor desempenha um papel importante na leitura.

Os alunos devem entender que, ao interagir com/na língua, interagem com

pessoas específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em

mente quem disse o quê, para quem, onde, quando e por que.

Destaca-se ainda, que o trabalho com a produção de textos na aula de Língua

Estrangeira Moderna precisa ser concebido como um processo dialógico

ininterrupto, no qual se escreve sempre para alguém de quem se constrói uma

representação.

276

A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a

mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são

alguns elementos que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos

produzidos no contato com os textos. Não é preciso que o aluno entenda os

significados de cada palavra ou a estrutura do texto para que lhe produza sentidos.

O papel do estudo gramatical relaciona-se ao entendimento, quando

necessário, de procedimentos para construção de significados usados na Língua

Estrangeira. Portanto, o trabalho com a análise linguística torna-se importante na

medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas

apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as

reflexões linguísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos

alunos, a fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.

Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é

necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. É reconhecer que

as novas palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos.

Passa a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o conhecimento dos

valores culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram participar.

Ao mesmo tempo, o professor propiciará situações de aprendizagem que

favoreçam um olhar crítico sobre essas mesmas comunidades.

Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor

ingênuo, mas que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda

que por trás deles há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e

próprios da comunidade em que está inserido. Da mesma forma, o aluno deve ser

instigado a buscar respostas e soluções aos seus questionamentos, necessidades e

anseios relativos à aprendizagem.

Ao interagir com textos diversos, o educando perceberá que as formas

linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado,

mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social

de uso da língua ocorre.

Para que o aluno compreenda a palavra do outro, é preciso que se reconstrua

o contexto sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto.

277

O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita

ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em

Língua Estrangeira se transforme realmente em uma situação de interação, é

fundamental que o aluno seja subsidiado com conhecimentos linguísticos,

sociopragmáticos, culturais e discursivos.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a

textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem

discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a

expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar

que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da

linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade

linguística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua

Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos

da língua que está aprendendo.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como

uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente

direcione as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual

o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso.

É preciso que, no contexto escolar, esse alguém seja definido como um

sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo

imaginário, fundamental para a construção do seu texto e de sua coerência. Nesse

sentido, a produção deve ter sempre um objetivo claro.

A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento

de orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao

gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística

adequada – formal ou informal. Ao fazer escolhas, o aluno desenvolve sua

identidade e se constitui como sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é

essencial que se disponibilize recursos pedagógicos, junto com a intervenção do

próprio professor, para oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos,

sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção.

Nos textos de literatura, as reflexões sobre a ideologia e a construção da

realidade fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e

278

dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar

textos literários aos alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele

analise os textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um

determinado contexto sociocultural.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira

Moderna é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do

currículo para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter de

desenvolver projetos com inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que

alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua

Estrangeira. Por exemplo: as relações interdisciplinares da Literatura com a História

e com a Geografia podem colaborar para o esclarecimento e a compreensão de

textos literários.

As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão,

simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar

ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação

aos discursos apresentados.

Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não verbal, o professor

poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada

atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o

contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras

poderão ser feitas a partir do texto apresentado;

c) Variedade Linguística: formal ou informal;

d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a

diferença entre o ensino de gramática e a prática da análise linguística:

e) Atividades:

• Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.

Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o

assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet.

Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante,

também serão consideradas pesquisas.

279

• Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as

pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa

atividade poderá ser feita em Língua Materna.

• Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a

ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.

Os conteúdos poderão ser retomados em todas as séries, porém em diferentes

graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno.

A bagagem de conhecimentos que o aluno trará em Língua Estrangeira será

diferenciada, pois os estabelecimentos de ensino possuem matrizes curriculares

diferentes, além disso, nem sempre o aluno terá estudado o mesmo idioma em

séries anteriores.

É importante tecer, também, algumas considerações sobre os livros didáticos

comumente utilizados como apoio didático pelo professor, materiais que têm

assumido uma posição central na definição de conteúdos e metodologias nas aulas

de Língua Estrangeira Moderna. Concepção de língua como sistema, estrutura

inflexível e invariável.

Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências

dos falantes.

Unidade privilegiada: a palavra, a frase e o período.

Unidade privilegiada: o texto.

Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de

unidades/ funções morfossintáticas e correção.

Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem

comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentidos.

Entende-se que muitos professores prefiram o trabalho com o livro didático

em função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso

a textos, figuras, etc. Suas vantagens também são percebidas em relação aos

alunos, que podem dispor de material para estudos, consultas, exercícios, enfim,

acompanhar melhor as atividades.

Além de descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se

que o professor utilize outros materiais disponíveis na escola: livros didáticos,

dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, etc.

280

A elaboração de materiais pedagógicos pautado nestas Diretrizes permite

flexibilidade para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como para

contemplar a diversidade regional.

Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor

proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o contato e a

interação com outras línguas e culturas. Desse encontro, espera-se que possa surgir

a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio linguístico.

Ressalta-se a importância do Livro Didático, que não esgota todas as

necessidades, nem abrange todos os conteúdos de Língua Estrangeira, mas

constitui suporte valoroso e ponto de partida para um trabalho bem sucedido em

sala de aula.

5. Recursos

Na aquisição do conhecimento, o professor deve estimular o aluno a fazer

pesquisa, leituras em livros, jornais e revistas.

Como apoio nas aulas de produção pode ser utilizado alguns recursos como

dicionário, mono ou bilíngue; glossário construído em sala de aula à medida que

avancem os temas; uma possibilidade é haver um rodízio da responsabilidade das

anotações entre os grupos de aprendizes, os quais estarão responsáveis por

transmitir aos demais o registro em sala; Guias de apoio, que contenham:

conjugações, elementos gramaticais e características dos tipos de textos em

estudos.

É preciso ter um material paralelo, recortado em jornais, revistas, prospectos,

na língua ensinada, para propor aos alunos.

O professor por propor a elaboração de novos textos a partir de modelos

apresentados.

É necessário construir instrumentos que permitam a aquisição do

conhecimento do aluno, como a utilização de vídeo, retro-projetor, gravador, CDs,

DVD, computador com acesso a internet, correspondências (cartas, e-mails), livros

didáticos.

281

6. AVALIAÇÃO

A avaliação escolar está inserida em um amplo processo, o processo de

ensino/aprendizagem.

Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o

processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor,

bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra

no percurso pedagógico.

É importante, neste processo, que o professor organize o ambiente

pedagógico, observe a participação dos alunos e considere que o engajamento

discursivo na sala de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos

consistentes, e de diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos

na turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e

Língua Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo

ao promover o desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989).

Colaboram como ganhos inegáveis ao trabalho docente, a participação dos

alunos no decorrer da aprendizagem e da avaliação, a negociação sobre o que seria

mais representativo no caminho percorrido e a consciência sobre as etapas

vencidas.

Na Educação Básica, a avaliação de determinada produção em Língua

Estrangeira considera o erro como efeito da própria prática, ou seja, como resultado

do processo de aquisição de uma nova língua. Considera-se que, nesse processo, o

que difere do simples aprender, é o fato de que adquirir uma língua é uma aquisição

irreversível. Sendo assim, o erro deve ser visto como fundamental para a produção

de conhecimento pelo ser humano, como um passo para que a aprendizagem se

efetive e não como um entrave no processo que não é linear, não acontece da

mesma forma e ao mesmo tempo para diferentes pessoas. Refletir a respeito da

produção do aluno o encaminhará à superação, ao enriquecimento do saber e,

nesse sentido, a ação avaliativa reflexiva cumprirá a sua função.

A avaliação, enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como

apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação

282

reflexão ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno

carregado de significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os

alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar

dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.

A avaliação é um meio e não um fim em si. É um processo contínuo,

diagnóstico, dialético e deve ser tratada como integrante das relações de ensino-

aprendizagem.

Na relação dialética presente na avaliação, o educando confronta-se com o

objeto do conhecimento que o levará à participação ativa, valorizando o fazer e o

refletir. Assim, o erro no processo de ensino e aprendizagem assume caráter

mediador, permitindo tanto ao educando como ao educador reverem os caminhos

para compreender e agir sobre o conhecimento, sendo um ponto de partida para o

avanço na investigação e suporte para a internalização.

Deve-se considerar no Ensino Fundamental e na EJA que o erro serve para

direcionar a prática pedagógica, como diagnóstico que permite a percepção do

conhecimento construído. Com isso, descaracteriza-se o processo de controle como

instrumento de aprovação ou reprovação. Por outro lado, o acerto desencadeia no

educando ações que sinalizam possibilidades de superação dos saberes

apropriados para novos conhecimentos.

Nessa perspectiva, é necessário repensar os instrumentos de avaliação,

reavaliá-los e ressignificá-los para que, de fato, possam atingir seus objetivos; ou

seja, que tenham significado para o educando, que não exijam somente

memorização ou conteúdo específico para uma prova, que sejam reflexivos,

relacionais e compreensíveis.

Os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de

partida real, realizando a avaliação a partir das experiências acumuladas e das

transformações que marcaram o seu trajeto educativo. A avaliação será significativa

se estiver voltada para a autonomia dos educandos.

O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto

curricular, a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estão

envolvidos neste processo. A avaliação deve estar articulada com os objetivos e

283

conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos

priorizados pelas Diretrizes Curriculares da SEED/PR.

As explicitações dos propósitos da avaliação e do uso de seus resultados

podem favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua Estrangeira

e permitirem que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor desse

conhecimento.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do

Estado do Paraná. www.diaadiaeducacao.pr.gov.br.

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual João Turin.

FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia que

teve a sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino. A maior

preocupação na metodologia de ensino de Filosofia, é garantir que os métodos não

deturpem os conteúdos, pois na maioria das vezes ocorre uma estranhamento pelos

educandos referente a ausência de conclusões definitivas, nos conteúdos, por

exemplo moral e política. Essa é uma característica da Filosofia, conforme escreve

Russel (2001, p. 148), em Os Problemas da Filosofia:

O valor da Filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar finito, definido, óbvio; para ele, os objectos habituais não erguem problemas, e as

284

possibilidades infamiliares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrario, imediatamente caímos na conta de que até os objectos mais ordinários conduzem o espírito a certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos, descativando-nos da tirania do hábito. Embora diminua, por conseqüência, o nosso sentimento de certeza no que diz respeito aos que as coisas são, aumenta muitíssimo o conhecimento a respeito do que as coisas podem ser; varre o dogmatismo, um tudo –nada arrogante, do que nunca chegaram a empreender viagens nas regiões da duvida libertadora; e vivifica o sentimento de admiração, porque mostra as coisas que não são costumadas num determinado aspecto que não é.

Diante desse ponto de vista, a história do ensino da Filosofia, no

Brasil, nos apresenta inúmeras possibilidades de abordagem.

Depois de muitos anos de ausência nos currículos do ensino médio, a

filosofia retornou como disciplina, no ensino médio brasileiro e no ensino da EJA.

Foram longos anos de espera, calorosos debates e lutas para que se tornasse

realidade.

Vale lembrar que, com o advento do regime militar a filosofia foi

retirada do currículo escolar, assim como outras disciplinas de humanidades. Foi só

na década de 1980 que a filosofia foi vista como necessária na educação dos

jovens, pela necessidade de um desenvolvimento da consciência critica dos

estudantes. Se desejamos uma educação onde os jovens e adultos aprendam a

serem críticos, a filosofia pode ser um dos elementos desta formação, mas não é o

único e não pode ser o único. É relevante que haja uma interdisciplinaridade, para

que aumente a criticidade dos educandos.

A presença da filosofia nos currículos do Ensino da Educação de

Jovens e Adultos deve oportunizar aos estudantes a experiência do conceito, a

possibilidade de exercício do pensamento conceitual, assim podemos fazer de

nossas aulas, laboratórios de experiências de pensamento, onde cada educando

jovem ou adulto pode conceituar suas idéias, discutindo temas dominantes da

historia ou temas importantes da atualidade.

Perante essa perspectiva, o ensino de Filosofia na EJA, apresenta

inúmeras possibilidades de abordagem, que se constituíram ao longo da história da

285

Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes e que tendo

em vista os jovens e adultos, ganham especial sentido e significado político, social e

educacional.

De acordo com a Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional -

Lei nº 9394/96, em seu artigo 37, prescreve que a “educação de jovens e adultos

será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no

ensino fundamental e médio na idade própria”.

Na Educação de Jovens e adultos, existe uma diversidade muito

grande entre os educandos, com situações socialmente diferenciadas, por isso é

importante proporcionar aos educandos um atendimento especial, aproveitando

outras formas de socialização como expressão de cultura própria.

A função social da EJA se articula a um compromisso do Estado em

atender continuamente, enquanto houver demanda, esta população.

Esta proposta Pedagógica Curricular segue as orientações das

Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação de Jovens e Adultos no Estado do

Paraná, 2005. Que optou pelo trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como

conhecimentos basilares.

É de suma importância para os estudantes da EJA que seja efetuada

uma consideração histórica dos temas filosóficos, pois sem isto, a filosofia corre o

risco de tornar-se superficial.

O professor de filosofia deve motivar os alunos a refletirem e ter seu

pensamento próprio na atividade filosófica e assim criar seu próprio conceito.

Segundo Silvio Gallo: “O professor de filosofia, então, é aquele que

faz a mediação de uma primeira relação com a filosofia, que instaura um novo

começo, para então sair de cena e deixar que os alunos sigam suas próprias

trilhas”.

A Filosofia deve ter um compromisso com o seu tempo. Immanuel

Kant, por exemplo, que proclama a saída do homem do estado de incapacidade

(menoridade) em que jazia sob o peso da tradição e da autoridade. Desafia o

286

homem para que se atreva a servir-se da sua própria razão de forma pública,

atingindo sua maioridade. A base da formação pedagógica de Kant sustenta-se

numa razão que se efetiva como forma de pensar transcendental, isto é, como

universal e crítica, que permanentemente coloca sob julgamento seus próprios

fundamentos. Formar o sujeito crítico e transformador é o intento da filosofia e da

pedagogia iluminista.

A tarefa da filosofia é pensar minuciosamente o que já foi pensado.

Segundo Saviani, o pensamento deve ter origem, coerência e um conjunto de fatos,

devendo permanecer sempre assim. É um modo de pensar, uma postura diante do

mundo e da realidade, procurando a reflexão a partir de teorias, indo além dos

aspectos fenomenais, buscando sempre as suas raízes e seus contextos, abrange

os valores coletivos, morais, históricos, econômicos e políticos. Partindo do que é

real, abrindo possibilidades de outros mundos e outros modos de percepção da vida.

Em razão da impossibilidade de abarcar todo o âmbito do

conhecimento humano, parece mais plausível pensar numa restrição temática à

Filosofia, deixando-a tratar de certos temas. Nesse sentido, a filosofia teria um

âmbito de problemas específicos sobre os quais trataria. Assim, a lógica, a ética, a

teoria do conhecimento, a estética, a epistemologia são disciplinas filosóficas, tendo

uma função geral para o conhecimento em geral, seja para as ciências, a partir da

lógica, teoria do conhecimento, epistemologia, seja para os sistemas morais, a partir

da ética filosófica, seja para as artes, a partir dos conhecimentos estéticos.

“Quem se dedica à filosofia põe-se à procura do homem,

escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e

ação, desejoso de partilhar com seus concidadãos, do destino comum da

humanidade” (Karl Jaspers).

O perfil de cidadão que se torna necessário para uma sociedade

mais humana, mais justa, mais solidária, na contramão do neoliberalismo, exige:

capacidade de análise, capacidade de reflexão, gosto pelo estudo e pela

descoberta, gosto pelo desafio, espírito de inovação, comportamento ético. O ensino

da Filosofia deve contribuir na formação deste perfil exatamente porque um dos

aspectos definidores da Filosofia é sua índole desafiadora. E o ensino da Filosofia

287

deve privilegiar este aspecto da Filosofia em seu ensino. Com certeza transformar

as aulas de filosofia em aulas de auto-ajuda como se presencia nas escolas públicas

e particulares não é o caminho que buscamos.

CONTEÚDOS ESTUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA DE

FILOSOFIA

Os conteúdos estruturantes têm um sentido político, social e

educacional, considerando os jovens e adultos da EJA.

Em orientação das Diretrizes Curriculares Orientadoras do Estado do

Paraná, esta Proposta Pedagógica Curricular, propõem a organização do ensino de

Filosofia por meio dos seguintes conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia; Teoria do

Conhecimento; ética; Política e Filosofia da Ciência e Estética.

Estes conteúdos estruturantes estimulam trabalho da mediação

intelectual, o pensar, a busca da profundidade dos conceitos e das suas relações

históricas, em oposição ao caráter imediatista que assedia e permeia a experiência

do conhecimento e as ações dela resultantes. Eles são dimensões da realidade que

dialogam entre si, e ainda, com as demais disciplinas.

O ensino da filosofia requer dos jovens e adultos compromisso consigo

e com o mundo. Por meio desse objetivo, esta Proposta Pedagógica Curricular,

juntamente com as Diretrizes, buscam justificar e localizar cada conteúdo

estruturante e indicam possíveis recortes a partir dos problemas filosóficos com os

quais os estudantes podem se deparar.

Os conteúdos básicos são conhecimentos fundamentais para a EJA,

são considerados relevantes para a formação conceitual dos Jovens e Adultos nas

diversas disciplinas.

O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de

escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é

responsabilidade do professor. Por serem conhecimentos fundamentais à EJA.

288

Os conteúdos básicos da disciplina da Filosofia para a EJA são:

Mito e Filosofia: Saber mítico, Saber filosófico, relação mito e filosofia,

atualidade do mito e o que é Filosofia.

Teoria do conhecimento: O ato de conhecer, as formas de

conhecimento, o problema da verdade, a questão do método.

Ética: Diferença entre ética e moral, pluralidade ética, ética e violência,

razão, desejo e vontade e liberdade.

Filosofia Política: O que é política, poder e força na política, liberdade e

igualdade política, política e ideologia e cidadania.

Filosofia da ciência: Concepções de ciência, a questão do método

científico, contribuição e limites da ciência, ciência e ideologia e ciência e ética.

Estética: Natureza da arte, filosofia e arte, belo e feio, gosto.

Além destes conteúdos, será analisada a importância histórica das

culturas afro e indígena na formação de nossa cultura brasileira, conforme solicita a

Lei n. 10639/03 Afro-brasileira, Lei n. 11645/08 Indígena.

Encaminhamento Metodológico

Como em qualquer disciplina escolar o professor deverá lançar mão

de recursos que enfatizem a participação dos alunos (técnicas de grupo), mas não

poderá abrir mão de sua responsabilidade em “dar aula”.

O encaminhamento metodológico do Ensino de Filosofia na EJA não

pode deixar de considerar a faixa etária dos alunos, jovens e adultos, e de seu

contexto social, onde a grande maioria trabalha durante o dia e frequenta a escola

no período noturno.

As práticas pedagógicas da EJA, deve levar em consideração os três

eixos articuladores propostos pelas Diretrizes Curriculares: Cultura, trabalho e

tempo, os quais deverão estar, intrinsecamente, ligados.

289

Na Educação de Jovens e Adultos têm por objetivo a formação

pluridimensional e democrática, para oferecer aos jovens e adultos a compreensão

sobre a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas

particularidades e especializações.

Espera-se dos jovens e adultos do EJA a criação de conceitos

dentro da perspectiva pedagógica do conceito, e não na perspectiva acadêmica de

alta especialização. A criação de conceitos, em sua dimensão pedagógica, faz com

que os estudantes do EJA possam planejar um sobrevôo sobre o todo vivido, com a

finalidade de cortar e recortar a realidade em que vivem para criar conceitos. Este é

um processo no qual eles podem se apropriar, pensar e repensar os conceitos, que

são problematizados e investigados pela historia da Filosofia em função dos

próprios problemas.

Assim sendo, usar-se-á de procedimentos metodológicos que

propiciem a problematização, a investigação, o estudo, a pesquisa e a definição-

criação-compreensão de conceitos e realidade. Atividades e atitudes que permitam

memorizar, compreender, analisar, sintetizar, aplicar e avaliar, finalizando com

propostas de ação com base no conteúdo aprendido.

O professor também vai utilizar recursos tecnológicos, para ministrar

suas aulas, como vídeos, filmes, data show.

Critérios de Avaliação

O processo avaliativo é parte integrante da pratica pedagógica e

deve estar voltada para atender as necessidades dos educandos, considerando o

perfil e a função social da EJA, isto é, seu papel na formação da cidadania e na

construção da autonomia.

O professor de filosofia ao avaliar deve ter um profundo respeito

pelas posições dos jovens e adultos, mesmo discordando delas, porque deve avaliar

a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

290

Ainda, na disciplina de Filosofia, a Avaliação deverá corresponder às

especificidades do conhecimento filosófico considerando que fazer Filosofia é

promover uma reflexão que exige retroceder, voltar atrás, retomar o pensado,

pensar o já pensado, que propõe um pensar marcado pela busca da radicalidade

pelo método (processo) rigoroso e pela perspectiva de conjunto, isto é, a Avaliação

deverá analisar o processo pedagógico como capaz de permitir a reflexão filosófica

que busca as raízes das questões, dos problemas, das situações, das coisas, de

forma rigorosa (métodos adequados aos seus objetos de conhecimento) e

contextualizada (relaciona o aspecto em estudo aos demais aspectos do contexto ou

realidade estudada de forma contemporânea ou histórica).

REFERÊNCIAS

APEL, Karl-Otto. O desafio da crítica total da razão e o programa de uma teoria filosófica dos tipos de racionalidade. Novos Estudos CEBRAP. São Paulo: n. 23, mar. 1989. p. 67-84.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando. São Paulo. Moderna. 2009.

_______________. Filosofia da educação. 2 ed. São Paulo, 1996.

CHAUÍ, Marilena et al. Primeira Filosofia: lições introdutórias. Sugestões para o ensino básico de Filosofia. 5. ed., São Paulo: Brasiliense, 1986.

DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de papel. São Paulo. Ática, 2000.

GALLO, Sílvio; KOHAN, W.O. (orgs) Filosofia no ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

GRAMSCI, Antonio. Concepção Dialética da História. Rio de Janeiro. Brasiliense. 1986.

_______. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Curitiba, 2009.

_______. Vários Autores. Livro Didático Público – Filosofia – Ensino Médio. Curitiba, 2006.

_______.Proposta Pedagógica Curricular do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal. Curitiba, 2006

291

SAVIANI, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 6 ed. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1985.

________. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná, Curitiba 2005.

PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRA TURNO:

MÍDIA

Título: A História do Brasil: nem tudo é peixe está na Rede.

Justificativa:

Considerando que o ensino da História enquanto disciplina escolar, exige

uma reflexão sistemática, rigorosa e quotidiana (DCE, 2006), esta proposta busca a

metodologia para que o ensino de História se torne cada vez melhor, permitindo

levar os alunos a se tornarem críticos, sabendo articular a teoria relacionada ao

processo e fatos.

292

O ensino atualmente deve utilizar os meios de comunicação como aliados do

processo de ensino-aprendizagem, integrando recursos tecnológicos e de

comunicação de massa com a educação escolar.

Conteúdos:

- Analisar as diferentes conjunturas históricas a partir das relações de trabalho, de

poder e culturais.

- Os conteúdos estruturantes, tomados em conjunto, articulam os conteúdos básicos

e específicos a partir das histórias locais e do Brasil e suas relações ou analogias

com a História - Geral. Ao enfatizar a integração da História do Brasil `a História

Geral, objetiva-se superar a visão de que os sujeitos históricos de significância

locais e nacionais seriam menos - importantes do que os de significância mundial.

Essa nova perspectiva permitirá estabelecer relações entre a sociedade brasileira e

as demais, como indígena, a africana e asiática.

Fundamentação Teórica:

Ao instrumentalizar o aluno para um pensar reflexivo, de uma realidade

dinâmica, através do dialogo que rompe com as verdades absolutas e centradas no

próprio aluno e seu grupo. O ensino de História permite ao aluno sustentar uma

visão de sistemas abertos, abrindo um leque de possibilidades preparando-os de

fato para a vida.

Rüssen (2001, p.30-36) cita que para o aluno compreender como se dá a

construção do conhecimento histórico é indispensável ir além dos documentos

escritos. Promover atividades que faça o uso de recursos mediáticos para a

produção do conhecimento, tornará o ensino de História mais dinâmico e

significativo aos alunos.

Objetivo Geral:

293

Levar o aluno a refletir sobre da tecnologia da informação e comunicação na

educação bem como envolver o aluno, o professor, a escola e comunidade por meio

das tecnologias disponíveis em ambientes de aprendizagem sejam eles virtuais ou

não.

Objetivos:

Tornar o ensino de História mais interessante; Equipar o aluno com

estratégias para realizar pesquisas; Despertar maior interesse por parte dos alunos

na disciplina de História; Produzir textos com auxílio dos recursos midiáticos;

Utilizar os recursos midiáticos como fonte de pesquisa e produção do conhecimento.

Encaminhamento Metodológico:

O ensino de História deve dar conta de superar desafios, de desenvolver o

senso crítico, rompendo com a valorização do saber enciclopédico, passando da

reprodução do conhecimento à compreensão das formas como ele se produz.

Partindo desse pressuposto, os alunos farão pesquisa utilizando os computadores

do laboratório de informativa, assistirão filmes e documentários apresentados na TV

Paulo Freire, farão leituras na biblioteca da escola, todo com temas relacionados

com a História do Brasil. Todos os temas serão levantados previamente pela

professora e pelo grupo de alunos.

O papel do professor será o incentivador, facilitador e mediador das idéias

apresentadas pelos alunos, de modo que estas sejam produtivas.

Infraestrura:

A proposta será aplicada no Laboratório de Informática e na Biblioteca desta

Escola, no período matutino.

Recursos materiais:

294

Caderno, pendrive, CDs, DVD, computador, televisão, sulfite, lápis, caneta,

borracha, tonner.

Resultados esperado:

Considerando que as mídias são o objeto e os conteúdos da disciplina são os

meios, espera-se o aluno utilize a tecnologia como ferramenta de pesquisa e

produção e de divulgação do conhecimento científico.

Critério de participação:

Alunos com baixo rendimento escolar. Alunos que apresentam dificuldades na

produção de textos, narrativa e leitura.

Alunos de 5ª a 8ª séries, matriculados no período vespertino, até o limite de 20.

Critério, estratégia e instrumentos de avaliação estabelecidos pela escola.

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento prévio, as

hipóteses e os domínios dos alunos e relaciona-los com mudanças que ocorrem no

processo e aprendizagem.

A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos diagnósticos

e possibilitar ao diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio

desempenho como docente refletindo sobre as intervenções didáticas e outras

possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.

Os alunos serão observados em variadas situações de aprendizagem,

levando em consideração o desempenho na realização das atividades propostas;

pesquisas direcionadas; apresentação oral e escrita das atividades desenvolvidas.

Serão analisados os crescimentos adquiridos com a aprendizagem,

respeitando as individualidades de cada aluno, assim como de aplicação dos

conhecimentos no seu cotidiano.

295

Esporte e Lazer - Esportes

MACROCAMPO

Instituição: Colégio Estadual João Turin – Ensino

Fundamental e Médio

Nível de Ensino: São Sebastião da Amoreira

Nível de Ensino: Fundamental e Médio

Macrocampo: Esporte e Lazer - Esportes

Turno: Vespertino

TURNOVespertino

CONTEÚDO

- História no decorrer do tempo;

- fundamentos Básicos;

- toque, manchete, saques e rodízio, levantamentos,

cortadas e bloqueios.

OBJETIVO

- Conscientizar os alunos de que tanto as regras do

jogo como as normas de convivência social, podem ser

modificadas a partir do momento em que a decisão seja

tomada de forma coletiva, não esquecendo que todos

são integrantes do mesmo grupo, com plenos direitos

de interferir e influenciar nas mudanças do bem comum,

adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e

solidariedade.ENCAMINHAMENTO

METODOLÓGICO

A metodologia a ser utilizada no desenvolvimento

da presente proposta de Hora Treinamento procurará

partir da realidade em que os alunos e o colégio estão

inseridos priorizando as Diretrizes Curriculares

Orientadoras da Educação Básica, bem como as

orientações contidas na Resolução nº1690/2011-

GS/SEED e Instrução nº004/2011-SUED/SEED. Serão

adotadas diversas estratégias, como aulas expositivas,

pesquisas individuais e coletivas sobre a modalidade

voleibol no nosso Estado e país utilizando as novas

tecnologias ofertadas pelo colégio: Data Show,

296

computadores do Laboratório de Informática, TV Pen

drive, DVDs, entre outros. Após a apresentação do

conteúdo, será aplicada nas aulas práticas toda a teoria

estudada, uma vez que ambas são indissociáveis.

Todas as atividades a serem desenvolvidas no

treinamento em questão privilegiarão um processo

interativo entre professor e alunos, uma vez que assim,

os exercícios físicos, os jogos e competições serão

mais significativos para todos os envolvidos. Ao

valorizar o esporte como conhecimento cultural humano

almejamos como possibilidades efetivas, o retorno dos

alunos ao prazer em realizar movimentos da cultura

corporal e a consciência dos benefícios da prática

esportiva para uma melhor qualidade de vida.

Assim, para o alcance dos objetivos propostos, o

treinamento deverá:

- Proporcionar aos alunos situações nas quais eles

sejam capazes de aplicar as regras, reelaborar

conceitos e idéias, numa atuação consciente e crítica,

promovendo aprendizagens significativamente

construídas;

- possibilitar situações para vivências de movimentos

corporais de várias formas, para que os alunos reflitam

sobre suas ações, compreendendo a sua utilização e

identificando-os nas diversas tarefas cotidianas;

- privilegiar a participação, a solidariedade, a

cooperação e o conhecimento cultural humano de uma

forma dinâmica e interativa;

- possibilitar, por meio das diversas situações propostas

nas aulas, a compreensão das razões das vivências

das manifestações culturais presentes nos esportes e

sua evolução dentro de um contexto social e político

297

humano;

- levar os alunos a identificar as ações motoras que

acontecem na medida em que as vivenciam durante as

aulas;

- favorecer, no decorrer das ações e atividades

propostas, a ampliação dos conhecimentos anteriores

sobre o movimentar-se que o aluno possui, para que

contribua na construção de novos conceitos corporais

construídos e vividos intensamente, percebendo-se

como um corpo em movimento e com possibilidades

diferentes de ação.

AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem considerada

enquanto elemento constituinte do processo

educacional deve estar coerente com os princípios que

sustentam o Projeto Político Pedagógico da escola

(PPP). Assim, ela não se reduzirá a um momento

pontual ou a períodos pré-determinados. Deve, antes

de tudo, indicar em que medida a prática pedagógica foi

capaz de conduzir a uma efetiva apreensão do

conhecimento.

Sendo a avaliação uma prática inserida no

processo de ensino e aprendizagem admite-se que o

aluno possa atuar como sujeito de sua própria

aprendizagem, um futuro cidadão mais crítico, mais

autônomo em seu conhecimento, mais participativo.

Tal procedimento avaliativo pode oportunizar a

utilização de vários instrumentos e dar condições para

que o aluno possa sugerir e refletir criticamente sobre

os conteúdos aprendidos.

Cada momento avaliativo, portanto, deve pautar-

se na efetivação de uma prática pedagógica que vise

298

uma formação humana, crítica e autônoma. Antes de

mais nada, faz-se necessário a procura de construir

com os alunos a visão de Educação Física enquanto

uma disciplina curricular que possui um corpo de

conhecimento a ser transmitido na escola e que a

avaliação vai sempre ser efetivada de acordo com o

que foi previamente estabelecido entre professor e

aluno, vai estar sempre relacionada aos

encaminhamentos metodológicos.

Nessa prática avaliativa, tanto o professor quanto

os alunos poderão rever o trabalho realizado e

identificar experiências realizadas durante o processo

de aprendizagem, identificando avanços e possíveis

dificuldades, objetivando retomar a trajetória para

superar as dificuldades diagnosticadas (DCES, 2011).

Nessa proposta pedagógica de treinamento da

modalidade voleibol a avaliação será processual e

diagnóstica e deve ser realizada por meio das seguintes

ações:

Participação dos alunos em torneios, organiza-

dos com o intuito de avaliação;

Participação nas atividades propostas, visando a

capacidade de cooperação dos alunos;

Observação da prática ativa de cada um, assidui-

dade e pontualidade não só como compromisso, obriga-

ção, mas como uma conduta tranquila e feliz;

Envolvimento na resolução de situações proble-

máticas propostas pelo professor;

Compreensão sobre o que foi proposto;

Apresentação dos fundamentos e algumas táti-

cas do voleibol;

Auto avaliação;

299

Avaliação em grupos, em formas de debates.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO

- Obedecer às regras e adaptar-se às normas de

convivência social;

- Ter qualquer derrota como um estímulo para novas

conquistas;

- Superar desafios que se apresentam no dia a dia;

- Saber viver na coletividade interligada nas ações;

- Melhorar a sua performance para melhorar sua

qualidade de vida;

- Participar das atividades propostas.

PARA A ESCOLA

- Implantar esta atividade regulamentar na escola em

horário alternado ao período regular, no sentido de que

mediando a ação pedagógica no interior da escola com

o seu espaço de vivência podemos melhorar nossa

realidade social.

PARA A COMUNIDADE

- Formação de jovens com o compromisso com a

solidariedade e o respeito, devendo ser privilegiado o

esporte da escola e não somente o esporte na escola.

- compreender a função da escola e a sua proposta e

buscar formas de cooperar com ela.REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

BERNARDINHO. Transformando Suor em Ouro. Sextante, 2006.

BREGOLATO, R.A. Texto de Educação Física no cotidiano escolar.

COSTA, Adilson Donizete da. Voleibol: Fundamentos e Aprimoramento Técnico. Sprint, 2001.

GONÇALVES, M.C.P. Aprendendo Educação Física.

GUILECINE, M.A. Qualidade de vida: Um programa prático para um corpo saudável.

300

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba, 2011.

PARANÁ. Colégio Estadual João Turin - Ensino Fundamental. Projeto Político Pedagógico. São Sebastião da Amoreira, 2010.

SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

As salas de apoio à aprendizagem foram criadas tendo em vista o alto

número de alunos de 5ª séries, atualmente 6os Anos, com defasagem na escrita, na

leitura e no cálculo, numa tentativa de implementar uma ação pedagógica para

enfrentamento dos problemas apresentados por esses alunos e dar continuidade ao

processo de democratização e universalização do ensino, garantindo o acesso, a

permanência e a aprendizagem efetiva dos mesmo.

Para o funcionamento das salas de apoio serão contempladas as disciplinas

de Língua Portuguesa e Matemática.

A cada 3 turmas de 6os Anos, por turno, a escola terá direito a abertura de

demanda para uma sala de apoio à aprendizagem, não excedendo o número de 20

alunos.

A Carga horária disponibilizada para cada uma das disciplinas ( Língua

Portuguesa e Matemática) será de 4 horas – aulas semanais, devendo ser

ofertados, necessariamente , em aulas geminadas 2 (duas) a 2 (duas).

As aulas serão distribuídas juntamente com as demais, obedecendo o

cronograma do NRE, iniciando-se as turmas no início do ano letivo e logo que se

verifique a necessidade do aluno em receber reforço.

301

O suprimento deverá ser preenchido por professores habilitados nas

disciplinas ofertadas, preferencialmente com experiência em nos anos iniciais do

Ensino Fundamental.

O professor das salas de apoio à aprendizagem deverá assumir o

compromisso de desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que

atendam as diferenças individuais dos alunos e contribuam decisivamente para a

superação das dificuldades de aprendizagem.

O planejamento das atividades a serem desenvolvidas deverá ser elaborado

pelo professor responsável pelas salas de apoio, em conjunto com os professores

regentes das turmas de origem dos alunos e equipe pedagógica.

O encaminhamento do aluno para a sala de apoio é feito logo que se verifique

dificuldade do mesmo em acompanhar o desenvolvimento da turma, enviando – se

um comunicado aos pais informando-os da finalidade e importância das aulas de

apoio solicitando dos mesmos empenho no sentido de mandar a criança para a

Escola em horário contrário ao qual matriculado, uma vez que as faltas consecutivas

dos alunos é o principal problema enfrentado pela Escola quanto às salas de apoio.

A entrada do aluno na sala de apoio, bem como sua saída, deverá ser feito a

partir de avaliação diagnóstica e descritiva pelos professores regentes das

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática em consenso com os demais

professores da turma, assessorados pela Equipe Pedagógica da Escola.

A verificação do rendimento é realizado através de avaliação diagnóstica,

processual e descritiva , fornecendo informações que possibilitem aos professores

regentes, a tomada de decisão pela permanência ou não, de cada aluno na sala.

Durante a permanência do aluno na sala de apoio, seu desenvolvimento é

acompanhado e registrado em pareceres, os quais permanecem na pasta individual

do mesmo.

Ao final de cada semestre, caberá à Equipe Pedagógica da Escola, enviar aos

professores da Equipe de Ensino do Núcleo Regional de Educação responsáveis

pelas salas de apoio à aprendizagem, os relatórios preenchidos pelos professores

das salas de apoio sobre o desempenho escolar dos alunos.

302

SALA DE APOIO E A APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA

FUNDAMENTAÇÃO DA SALA

As salas de apoio foram organizadas devido à necessidade de se

implementar uma ação pedagógica com intervenção nas dificuldades de

aprendizagem identificadas nos alunos de 6º Ano do Ensino Fundamental, nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, conforme Resolução nº. 208/04 –

SEED, que regulamenta a sua criação.

Essa sala visa empreender uma ação para enfrentamento dos problemas do

ensino da Língua Portuguesa e estender o tempo escolar dos alunos de 5ª Série

com defasagens de aprendizagem na leitura e na escrita.

A cada três turmas de 6os Anos por turno da escola, formar-se-á uma turma de

alunos. Essas turmas deverão ser organizadas em grupos de até vinte alunos.

O atendimento nas salas de Apoio à aprendizagem deverá ser feito por um

professor de Língua Portuguesa, com 04 horas semanais, com cronograma definido

pela escola, em aulas geminadas de 2 (duas) a 2 (duas).

Deverão funcionar em horário contrário ao qual o aluno está matriculado.

O professor das salas de apoio à aprendizagem deverá assumir o

compromisso de desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que

atendam às diferenças individuais dos alunos e que contribuam decisivamente para

a superação das dificuldades de aprendizagem.

O encaminhamento do aluno para a sala de apoio à aprendizagem, bem

como sua saída, deverá ser feito a partir da avaliação diagnóstica e descritiva pelos

professores regentes das disciplinas, em consenso com os demais professores da

turma, assessorados pela equipe pedagógica da escola.

O planejamento das atividades a serem desenvolvidas deverá ser elaborado

pelo professor responsável pela sala de apoio à aprendizagem, em conjunto com os

professores regentes das turmas de origens dos alunos e equipe pedagógica.

OBJETIVOS

303

• Desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que

atendam as diferenças individuais dos alunos e contribuam

decisivamente para a superação das dificuldades de aprendizagem;

• Enfrentar os problemas relacionados ao ensino da Língua Portuguesa,

identificados nos alunos matriculados na 5ª Série do Ensino

Fundamental;

• Estender o tempo escolar dos alunos de 5ª Série com defasagens de

aprendizagem na leitura e na escrita;

• Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura e da escrita;

• Definir ações pedagógicas que possibilitem avanços no processo de

ensino do aluno;

• Planejar práticas de ensino, bem como encaminhamentos

metodológicos que venham suprir a defasagem do conteúdo;

• Encaminhar os conteúdos, propondo metodologias adequadas às

necessidades dos alunos;

CONTEÚDOS

ORALIDADE:

- Participa de debates, expondo suas idéias com clareza, coerência,

atendendo aos objetivos do texto e aos do interlocutor;

- Há progressão na argumentação (consistência argumentativa);

- Observa a concordância do gênero e número;

- Está gradativamente fazendo reflexão sobre a função dos usos de

variedades lingüísticas em diferentes situações de interlocução;

- É capaz de recontar o que leu ou ouviu;

- Tem seqüência na exposição das idéias;

- Tem adequação vocabular;

304

- Participa dos debates, de forma organizada;

- Percebe a diferença entre a oralidade e a escrita (marcas linguísticas,

gestos, expressão facial, pontuação e entonação);

LEITURA:

- Lê com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto

e sua relação com os sinais de pontuação;

- Localiza informações explícitas no texto;

- Percebe informações implícitas no texto;

- Reconhece o efeito de sentido do uso da linguagem figurada e/ou de sinais

de pontuação e outras notações;

- Reconhece a ideia central de um texto;

- Identifica a finalidade do texto, reconhecendo suas especificidades

(narração, poético, jornalístico, informativo, etc...);

- Reconhece os objetivos e intenções do autor do texto;

- Extrapola o texto em estudo, associando-o com outros textos lidos,

discutidos, etc.;

- Reconhece as condições de produção do texto de forma mais simples:

quando o texto foi produzido, quem o produziu, para quem, para que, onde foi

publicado;

- É capaz de dialogar com novos textos e/ou textos já lidos, posicionando-se

criticamente diante deles;

- Manipula o dicionário com autonomia para elucidar dúvidas ortográficas;

- Interpreta linguagem não exclusivamente verbal;

ESCRITA:

- Re-estrutura textos revisando os desvios do uso convencional da língua,

dando maior coerência, coesão e capacidade argumentativa na sua produção

escrita;

- Escreve com clareza, coerência e argumentação;

305

- Adequação à norma padrão;

- Há melhora na argumentação, isto é, procura dar sustentação argumentativa

nos textos que desenvolve, evitando o senso comum;

- Utiliza os sinais de pontuação;

- Utiliza os tempos verbais;

- Acentua as palavras devidamente.

- Reconhece maiúsculas e minúsculas, empregando-as na

escrita.

- Faz concordância verbal e nominal.

- Sabe transformar o discurso direto em discurso indireto e vice-versa.

- Elimina marcas da oralidade no texto.

- Utiliza adequadamente os elementos coesivos (pronomes, adjetivos,

conjunções...) substituindo palavras repetidas no texto.

METODOLOGIA

Para realizar um trabalho com a sala de apoio, é necessário um movimento

dialético entre teoria-prática-teoria. Nesse sentido, pode-se oferecer na sala de

apoio, instrumentalização aos alunos na realização de suas tarefa do cotidiano

como: leitura e análise de textos; utilização da mídia (TV, vídeo, rádio, etc.).

produção de textos, narração, descrição, parlendas, história em quadrinhos,

paródias, textos individual e coletivamente, leitura informativa, prazerosa, exposição

de idéias, debates, argumentação, recontar o que leu, o que ouviu, aula expositiva,

construção de cartazes com frases escritas dentro da norma padrão. Outras

práticas metodológicas que julgamos importantes são: entrevistas, visitas,

participação em palestras entre outras atividades que surgirem no decorrer do

período letivo.

RECURSOS

306

Para a sala de apoio é necessário que haja um grande número de recursos

materiais como: TV, vídeo, rádio, jornais, revistas, livros, palavras-cruzadas,

propagandas.

Com a utilização desses recursos pretende-se que os alunos com certa

dificuldade de aprendizagem possam avançar da sua prática social inicial.

AVALIAÇÃO

Nas salas de apoio à aprendizagem, a avaliação deverá ser diagnóstica,

processual e descritiva. Deverá fornecer informações que possibilitem aos

professores regentes, a tomada de decisão pedagógica pela permanência ou não,

de cada aluno na sala.

O professor da sala de apoio à aprendizagem registrará os avanços obtidos

pelos alunos na avaliação em fichas próprias para, posteriormente, decidir com a

equipe pedagógica e o professor regente, a permanência ou a dispensa dos

mesmos.

A Equipe Pedagógica enviará à Equipe de Ensino do NRE relatórios

semestrais sobre o desempenho escolar dos alunos, cujos dados serão enviados ao

DEF.

O assessoramento às escolas será efetivado pela Equipe de Ensino do

Núcleo Regional e Educação, de acordo com as diretrizes do Departamento de

Ensino Fundamental

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Resolução nº. 208/04 – SEED.

• Instrução Conjunta nº. 04/04 – SEED/ SUED/ DEF.

FUNDAMENTAÇÃO DA SALA DE APOIO NA DISCIPLINA MATEMÁTICA

307

A Sala de apoio visa a complementação dos conhecimentos matemáticos,

desenvolvendo no aluno as capacidades de comunicação, de resolver problemas, de

tomar decisões, de fazer interferências, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e

valores, de trabalhar cooperativamente, como condição de inserção na sociedade

moderna e de atuação em sua transformação.

Assim, este ensino deve ser organizado para adaptar-se ao nível de

conhecimento e progresso dos alunos com diferentes interesses e capacidades,

criando condições para sua inserção num mundo em mudança e ao mesmo tempo,

contribuir para desenvolver as capacidades que deles serão exigidas.

Em seu papel formativo a sala de apoio de matemática contribui para o

desenvolvimento de processos e a aquisição de linguagens e atitudes, podendo

formar no aluno a capacidade de resolver problemas.

OBJETIVOS GERAIS:

- Implementar uma ação pedagógica para enfrentamento dos problemas

relacionados ao ensino de Matemática e as dificuldades de aprendizagem,

identificadas nos alunos matriculados na quinta série do Ensino Fundamental, no

que se refere aos conteúdos de cálculo;

- Planejar práticas de ensino, bem como encaminhamentos metodológicos

que venham suprir a defasagem de conteúdo;

- Sistematizar o conhecimento matemático permitindo, a troca de

experiências, as discussões entre alunos e professores;

- Atender as diferenças de ritmos existentes na sala de aula e abrir um

espaço importante para a participação dos alunos na elaboração de coleções de

problemas mais significativos para eles.

Conteúdos:

- Números:

- Leitura e escrita dos números;

- Classificação e seriação;

308

- Antecessor e sucessor;

- Ordem (crescente e decrescente);

- Organização do S.N.D;

- Valor posicional do algarismo;

- Números naturais;

- Pares e ímpares;

- Igualdade e desigualdade;

- Números decimais e números fracionários.

Operações:

- Adição;

- Multiplicação;

- Subtração;

- Divisão;

- Noções de equivalência e proporcionalidade.

Medidas:

- Tempo;

- Noções de perímetro, área e volume;

- Transformações de unidades.

Geometria:

- Figuras planas e espaciais;

- Elementos das figuras planas e elementos das figuras espaciais.

Tratamento da Informação:

- Gráfico de colunas;

- Tabelas.

METODOLOGIAS E RECURSOS

309

Permitir ao aluno avançar a partir do ponto em que se encontra, garantindo

continuidade dos estudos. Para isso destacamos e enfatizamos que:

- As atividades devem possibilitar tanto o trabalho individual quanto em duplas

e grupos, garantindo que cada aluno possa se expressar;

- O trabalho em classe deve prever momentos de sistematização, que podem

ser feitos através de textos, desenhos ou outras representações, de modo a evitar

que o processo se resuma a uma sequência de atividades;

- Os registros e produções dos alunos devem ser adequados às atividades

para possibilitar descrição e análise do desenvolvimento e das dificuldades de cada

aluno;

- Na elaboração das atividades deve ser utilizada uma multiplicidade de

recursos, entre os quais jornais, livros paradidáticos, jogos, calculadora e livro

didático;

- Devemos garantir nos conteúdos ou temas uma articulação lógica entre

diferentes conceitos e ideias, assegurando maior significação para o aluno, deve ser

evitado o excesso de nomenclatura;

- A resolução de problemas deve continuar sendo o centro do trabalho.

AVALIAÇÃO

Para a sala de apoio, a avaliação deve abranger todo o trabalho realizado,

não ficando restrito a um só momento ou a uma única forma.

Desse modo, é preciso pensar sempre em como encaminhar o trabalho na

sala de aula,para que o aluno construa seu conhecimento de forma a desenvolver e

utilizar todo o seu potencial criativo e crítico, apropriando-se dos conceitos e da

linguagem matemática.

É necessário valorizar as experiências dos alunos e mobilizá-los para o

estudo, fazendo-os sentir-se capazes de ter êxito na aprendizagem da matemática.

Acreditamos que é preciso rever a forma como a matemática tem sido

trabalhada com esses alunos e indicar outros caminhos a percorrer para recuperar

seu entusiasmo e sua satisfação de aprender. Não se trata, portanto, de ensinar

310

menos ou de forma mais fácil, mas de envolvê-los através do desafio constante, dos

questionamentos, na busca dos porquês. O professor deve assumir o papel de

orientador atento e persistente, responsável por garantir ao aluno acesso ao

conhecimento matemático, selecionando conteúdos, escolhendo e organizando

estratégias de trabalho que garantam a aprendizagem, avaliando continuamente

estratégias, objetivos propostos e os resultados alcançados.

O objetivo do ensino de matemática é desenvolver nos alunos a capacidade

de identificar, formular, ler e resolver problemas, identificar padrões, fazer

generalizações, elaborar conjecturas, usar modelos, fatos, contra-exemplos e

argumentos lógicos para validar ou não, uma conjectura, perceber, conceber,

analisar e representar objetos geométricos.

Com isso estaremos possibilitando que os alunos possam progredir em seu

processo de escolarização e compreender melhor o mundo em que vive. Por isso

sugerimos que reflita não apenas sobre o que trabalhar, mas especialmente sobre a

forma como esse trabalho deve ser conduzido. A escolha dos temas de conteúdo

matemático deve vir a serviço da recuperação da autoconfiança e da vontade de

aprender desses alunos, bem como do desenvolvimento dos conceitos e habilidades

fundamentais para a continuidade dos estudos. Esse ensino não deve se restringir

aos números e a álgebra, abrindo espaço para a geometria, medidas e estatísticas,

de modo a garantir o desenvolvimento de diferentes formas de raciocínio e

habilidades, estabelecendo maiores elos de significação entre as diversas ideias

matemáticas.

BIBLIOGRAFIA

Ensinar e Aprender Projeto Correção de Fluxo do Estado do Paraná.

Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná.

Giovanni, José Ruy, Giovanni Jr., José Ruy. Pensar e Descobrir. Editora F.T.D.

Bongiovanni, Vincenzo, Vissoto, Olimpio Rudinin, Laureano, José Luis Tavares,

Matemática e Vida – Editora Ática.

311

SALA DE RECURSOS E DISTÚRBIOS DA APRENDIZAGEM

A Sala de Recursos e Distúrbios da Aprendizagem (DM), instalada neste

estabelecimento de ensino no dia 04/04/2.005, é um serviço de apoio pedagógico

especializado, ofertado em período contrário ao que o aluno frequenta a classe

comum e visando a complementação e /ou suplementação de saberes, o que, por

sua vez, torna a flexibilidade curricular e dinamicidade metodológica, o ponto de

partida desse trabalho.

O professor apto a conduzir essa modalidade de ensino em Educação

Especial deve possuir curso adicional na área em que atua. A admissão, entretanto,

faz-se por meio de Concurso Público.

O currículo a ser desenvolvido é o das diretrizes curriculares nacionais para

as diferentes séries do ensino fundamental.

As séries iniciais (5ª/6ª) transformam o currículo em um processo constante

de revisão e adequação. Os métodos e técnicas, recursos educativos e

organizações da prática pedagógica por sua vez, tornam-se elementos que

permeiam os conteúdos.

A intervenção pedagógica específica poderá ser desenvolvida através de

pequenos grupos ou individualmente, com cronograma de atendimento de 40

minutos a (no máximo) 2 horas diárias, não perpassando, entretanto, o total de 6 h

semanais.

A aceitação, tanto dos pais como dos alunos, é percebida de modo favorável

a partir da assiduidade dos educando e participação constante dos pais na escola.

O rendimento é feito a partir de verificação constante de assimilação e

progresso dos alunos em sala de aula, é em consonância com os professores das

séries do ensino regular e a partir de relatório de aproveitamento semestral feito pela

professora da sala de Recursos.

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA – PDE 2009

PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO

312

Professora PDE: Sara Rocha da Silva Marques

Nome do Evento

“Letramento digital”

‘Sem a presença do educador letrado digitalmente será difícil pensar que as novas

tecnologias podem, sozinhas, revolucionar a educação" (Jose Armando Valente).

Apresentação

Este curso de capacitação pretende contribuir para a inclusão digital de profissionais

das diversas áreas de atuação dentro da educação para que estes se familiarizem,

sejam motivados e preparados para o uso significativo de recursos tecnológicos nos

diversos aspectos de sua vida, da sociedade e da prática pedagógica.

Objetivos

• Desenvolver habilidades necessárias para o uso correto do

computador e de programas, que possibilitem a elaboração e edição de textos

e de apresentações multimídia, o desenvolvimento de comunicação

interpessoal, interatividade, navegação e pesquisa de informações, produção,

cooperação e publicação de textos na Internet;

• Contribuir para a inclusão digital de profissionais da educação, buscando

familiarizá-los, motivá-los e prepará-los para a utilização significativa de

recursos tecnológicos (Sistema Operacional Linux e Software Livre);

• Aprimorar o processo de aprendizagem dos seus alunos, tanto em nível de

conhecimento específico como de formação geral;

• Adaptar-se aos novos processos tecnológicos que tragam alguma forma

diferenciada de trabalhar com alunos portadores de necessidades

educacionais especiais.

Público alvo

d) Direção

e) Equipe pedagógica

313

f) Professor

g) Demais atuantes nas escolas da rede estadual de ensino, que busquem

aprimorar conhecimentos básicos de informática.

Modalidade

Presencial com complementos de atividades à distância

Número de vagas

19

Período previsto para a realização

• Início: 21/09/2010

• Término: 23/11/2010

Duração: 40 horas

• 8 encontros presenciais de 3 horas

• 8 atividades a distância de 2 horas

Critérios de participação e seleção do cursista

• Preenchimento de formulário de inscrição.

• Noções iniciais de informática e internet, tais como ligar/desligar computador,

domínio do mouse, abrir/fechar um navegador de internet, etc.

Metodologia

As aulas de capacitação acontecerão no Laboratório de Informática do Paraná

Digital na Escola Estadual João Turin do município de São Sebastião da Amoreira,

pertencente ao núcleo de Cornélio Procópio – Paraná. As aulas acontecerão as

terças-feiras no período noturno a partir das 19:00 h, o cursista que não puder

comparecer neste dia, poderá fazer a reposição na quarta feira às 13:00 h.

Recursos

• Apostilas impressas

• Pendrive

314

• Data Show

• Computadores

• Conexão com a Internet do PRD

• Correio Eletrônico

Cronograma

PERÍODO DURAÇÃO AÇÃOJunho/2010 Apresentação da Proposta de intervenção para a

direção e equipe pedagógica da escolaJunho/2010 Apresentação da Proposta de Intervenção para os

professores da escolaAgosto/2010 Inscrição para o curso de Introdução à Alfabetização

DigitalAgosto/2010 Aplicação do questionário de diagnósticoSetembro/2010 3h 1ª Aula: Introdução à Informática BásicaSetembro/2010 3h 2ª Aula: Navegação, pesquisa na Internet, noções de

NetquetaOutubro/2010 3h 3ª Aula: Correio Eletrônico (Expressomail, gmail, etc)Outubro/2010 3h 4ª Aula: Conversão de Arquivos através do “Zamzar”Outubro/2010 3h 5ª Aula: Apresentação de SlidesNovembro/2010 3h 6ª Aula: Planilhas EletrônicasNovembro/2010 3h 7ª Aula: Criação de BlogsNovembro/2010 3h 8ª Aula: Criação de página de PBworksObs: Ao final de cada aula será disponibilizado ao cursista atividades complementares que deverão ser realizadas à distância perfazendo um total de 16 horas.

Avaliação:

Serão consideradas, para fins de certificação, a frequência de no mínimo 75% nos

encontros presenciais de formação e as atividades produzidas pelo cursista ao longo

do curso, segundo as orientações e os critérios fornecidos em cada Unidade de

Estudo e pelo tutor do curso. No último encontro presencial será fornecido aos

cursistas um formulário contendo questões que irão avaliar o curso como um todo os

materiais impressos, a atuação do tutor, o crescimento, o aproveitamento dos alunos

e as condições materiais de realização dos trabalhos.

Certificação

315

A certificação ficará sob a responsabilidade da UENP (Universidade Norte Pioneira)

de Jacarezinho representada pelo Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE e pela Secretaria Estadual de Educação. Constituem critérios para a obtenção

do certificado: 75% de freqüência/participação nas atividades.

Frequência

Para certificação, o cursista deve cumprir a carga horária prevista de 24h nos

encontros presenciais e 16h para as atividades à distância. Caso, por motivos

maiores, o cursista falte em 01 (um) encontro, este terá o direito de repor o conteúdo

e carga horária do mesmo. Esta reposição será agendada pelo docente do curso,

em data específica, após a análise da justificativa da falta.

Referências

BRASIL, MEC. Guia de Tecnologias Educacionais. Disponível em

<http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/guia_tecnologias_atual.pdf>

Acesso em 05/05/2010.

LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: O futuro do Pensamento na era da

Informática. Rio de janeiro: Editora 34, 1993.

MORAN, J. M.; MASETTO, M.T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e mediação

pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.

MORAN, J. M. A integração das tecnologias na educação. Disponível em:

<http://www.eca.usp.br/prof/moran/integracao.htm>. Acesso em 17/09/2009

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Centro de Excelência em Tecnologia

Educacional do Paraná. Tecnologia na Educação. Disponível em: http://www.dia-

adia-educacao.pr.gov.br, acesso em 23/04/2010.

Integrantes do Projeto:

316

Sara Rocha da Silva Marques – Tutora, Ana Lícia Vidotti, Aurea Rodrigues

Ramalho, Cleuza Luiza dos Santos Vala, Cleuza Rosa Gaspar Siqueira, Cleuza Vaz

Pereira Lima, Dirce Nery Santos, Elenice Felis da silva, Elizene Aparecida Silva

Casaçola, Elizeth Maria de Oliveira, Elizabeth França Lopes, Exilaine Gaspar, Laura

Mikiko Ogasawara, Leonice Vendrametto da Costa, Luciane Romanisio Francischini,

Magna Lucia Furlanetto Gaspar, Maria Aparecida Leandro, Maria Francisca da Silva

e Shirlei Bueno de Oliveira.

CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR:

O Calendário Escolar é elaborado de acordo com a lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional – Lei 9394/96, a qual estabelece o mínimo de 800 horas,

distribuídos por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar e Lei

complementar Estadual n.º 103/2004, que instituiu o Plano de Carreira do Professor

da Rede Estadual de Educação Básica e Deliberação n.º 02/02 – CEE que incluiu no

período letivo, dias destinados a atividades pedagógicas.

Serão considerados como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas

organizadas, estruturadas a partir da proposta pedagógica do estabelecimento e

inseridas no seu planejamento anual, desde que não ultrapasse 5% do total de dias

letivos estabelecidos em lei, ficando garantidos os 30 dias de férias e 30 dias de

recesso remunerados para o professores e 60 dias de férias para os alunos.

Ao elaborar o Calendário a Escola levou em consideração as sugestões do

NRE ao qual está jurisdicionado, a demais escolas do município, inclusive ao

Departamento Municipal de Educação, em razão do transporte escolar oferecido

pelo município garantindo a frequência dos alunos da Zona Rural.

317

SEGUE EM ANEXO CALENDÁRIO ESCOLAR 2011.

318

319

320

Com relação as reuniões pedagógicas, Conselho de Classe, recessos e

feriados municipais, é resultado de discussão entre Equipe Técnico Pedagógica,

Direção, Professores, Conselho Escolar, APMF.

Quanto a capacitação dos professores e funcionários geralmente vem

contemplada no Calendário Escolar no início e meio do ano letivo fora das 800 horas

estabelecidas pela LDB em consonância com o Parecer do Conselho Estadual da

Educação.

As atividades de cunho pedagógico poderão ser realizadas desde que efetive

a participação dos alunos sob orientação dos professores, podendo ser realizados

em sala de aula ou em locais adequados a efetivação do processo ensino-

aprendizagem em atividades culturais e/ou esportivas com a comunidade escolar,

com apoio da APMF, estagiários das instituições de Ensino Superior, palestras,

filmes, teatros e outros.

O Calendário Escolar será elaborado ao final de cada ano letivo com

aprovação e apreciação do Conselho Escolar e após posterior homologação do

NRE, passará a vigorar no ano seguinte.

FORMAÇÃO CONTINUADA

A Formação Continuada é condição essencial para que a escola possa

construir o seu projeto político pedagógico, a participação de todos, e, em especial,

de seus docentes.

Hoje, a formação continuada de professores e a formação consistente de

todos os profissionais da educação desencadeia a curto e médio prazos a

construção de conhecimentos por todos seja realizando pesquisas, desenvolvendo

suas práticas pedagógicas pautadas num diálogo sempre aberto às novas

metodologias e concepções educacionais interacionistas e histórico-social

considerando que a escola deve formar para a cidadania ativa e para o

desenvolvimento.

A educação básica de qualidade para todos é uma das condições

fundamentais para acabar com a miséria. O coletivo da escola deve apostar em

321

novos processos educativos, em novas metodologias de ensino e na formação

daqueles que são e serão os incentivos ao projeto folhas, tanto pesquisa como

formação, educadores das atuais e futuras gerações. As pessoas re-significam suas

experiências, refletem sobre suas práticas, resgatam, reafirmam e atualizam valores,

explicitam seus sonhos e utopias, demonstram seus saberes, dão sentido aos seus

projetos individuais e coletivos, reafirmam suas identidades, estabelecem novas

relações de convivência e indicam um horizonte de novos caminhos, possibilidades

e propostas de ação. Esse movimento visa à promoção, transformação necessária e

desejada pelo coletivo escolar e comunitário. São estudados materiais específicos

(revistas, livros, fitas de vídeo, etc.) com momentos para trocas de experiências

entre Professores e Equipe Técnico Pedagógica, melhorando o uso de informações

e a qualidade das relações pessoais. Os Grupos de Estudos são realizados aos

sábados para os Professores, resguardando seu trabalho em sala de aula.

Antes de efetuar os estudos, faz-se uma sondagem para identificar as

prioridades dos Professores frente aos conteúdos, seus conhecimentos da disciplina

que regem e sobre os conteúdos que seus colegas ensinam.

Todos os profissionais da escola participam dos cursos ofertados pelo NRE

que são os seminários, cursos de curta duração, projeto de pesquisa, etc. Todos os

nossos professores tem especialização.

No início do ano letivo, os Professores, Equipe Técnico Pedagógica e Equipe

Administrativa, traçam suas metas de trabalho no sentido de promover

aprendizagem de qualidade nos alunos.

Também participam dos Projetos: Contação de Histórias, Projeto Folhas,

Agenda 21, Agrinho, Seminários em diversas áreas (Faxinal do Céu e Curitiba).

No presente ano letivo os profissionais do colégio estão participando de

estudos para agilização da equipe multidisciplinar.

322

ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS INTERNOS E

EXTERNOS À ESCOLA.

O Colégio Estadual João Turin – Ensino Fundamental e Médio, valoriza todos

os níveis de participação da escola não se limitando ao seu interior e ao entorno

imediato dela, cumprindo seu papel de Instituição Social e Democrática, embasada

na LDB e Diretrizes Curriculares Nacionais, contribuindo para o exercício da

cidadania e para o aperfeiçoamento da democracia.

As práticas pedagógicas desenvolvidas pela escola em questão, são

pautadas nas políticas emanadas pela SEED, proporcionando metodologias de

trabalho diversificadas em suas salas de aula, sala de vídeo, biblioteca, pátio

escolar, quadra de esportes, enfim, espaços internos e externos à escola.

O Colégio Estadual João Turin, oferece até o presente momento, o Ensino

Fundamental Regular de 5º a 9º ª anos e a Educação de Jovens e Adultos Fase II e

Médio. Esses cursos são fornecidos nos períodos matutino, vespertino e no período

noturno, ficando estruturados da seguinte forma:

Ensino Fundamental

6° Ano7º Ano8º Ano9º Ano

Os horários de funcionamento são:

Período matutino: das 7:30 às 11:50 h

Período Vespertino: das 13:00 às 17:20 h

Período Noturno: das 19:00 às 23:10 h

A Educação de Jovens e Adultos é ofertada no período noturno, sendo

organizada da seguinte forma: Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio na

organização individual e coletiva.

Toda essa organização da EJA está explicitada na Proposta Pedagógica

Curricular dessa modalidade que encontramos na sequência desse PPP.

Contamos com 6 salas de aula no pavilhão interno da escola, assim como 1

sala de vídeo adaptada, 1 sala para secretaria adaptada, 1 sala de professores

323

adaptada, sendo todas arejadas e com boa iluminação. Temos ainda 1 sala de

direção, 1 sala de supervisão e 1 sala de Orientação, 3 banheiros com 1 sanitário

cada, para funcionários e 1 banheiro masculino e 1 feminino, ambos com 4

sanitários em cada um, para os alunos.

No pavilhão externo contamos com 7 salas de aulas arejadas e com boa

iluminação, 1 sala para Artes e 1 para almoxarifado, sendo que a 1ª. foi construída

com recursos da APMF, banheiros masculino e feminino ambos com 3 sanitários

cada, 1 cantina comercial, 1 cantina convencional e um bom refeitório, 1 quadra de

esportes sem cobertura, 1 passarela para alunos na entrada, 1 passarela de ligação

entre os dois pavilhões e áreas cobertas em frente as salas externas, a cantina

comercial 1 sala para biblioteca, 1 despensa para cada cantina. O pátio da escola é

em grande parte pavimentado sendo que foi separada uma parte para servir de

estacionamento. Não está pavimentado totalmente como forma de preservar

espaços naturais. A casa do vigia é de madeira e fica mais próxima ao pavilhão

externo.

A biblioteca está organizada com seu acervo dividido por área de estudo como

forma de facilitar a consulta dos títulos disponíveis. Há um computador que fica

disponível aos alunos com a orientação da bibliotecária que é uma funcionária da

Equipe Administrativa que presta serviços inerentes a função.

A quadra de esportes é realmente utilizada para a sua especificidade,

proporcionando mais espaços alternativos para as práticas escolares: reuniões,

palestras, cursos, campeonatos, confraternizações, entre outros.

Para os eventos maiores que envolvem toda a comunidade escolar e local,

são utilizados os espaços do Centro Cultural e do Centro Recreativo de Lazer do

município. Outro espaço utilizado em algumas ocasiões é o Iate Clube Amoreira e

viagens a outros centros como Londrina, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Beto

Carreiro World na busca de complementação de estudos e lazer.

Para organizar as turmas seguimos as orientações da SEED, as turmas são

divididas por ordem alfabética, que regulamenta em salas regulares o mínimo de 35

alunos e o máximo de 40 alunos, adotando 1 m2 quadrado por aluno e 3 m2 para o

professor . Em salas especiais, onde a modalidade oferecida nesta Escola é a “Sala

324

de Recursos”, o número mínimo exigido é 8 e o máximo 30 alunos e Sala de Apoio

que permite no máximo 20 alunos por turma.

Para a organização das turmas contamos com doze salas de aula para o

Ensino Regular e uma sala menor para Educação Especial. Todas as salas são

utilizadas no período da manhã para atender a demanda e a preferência da

comunidade escolar. A Escola funciona em três turnos de atendimento. As aulas têm

duração de cinqüenta minutos e o horário das mesmas é organizado de maneira a

agrupar as disciplinas do núcleo comum para ter um melhor rendimento do ensino.

No período da manhã às aulas tem início às 730 h e o término às 11:50 h. Este turno

é composto de doze turmas sendo: três turmas de 5ª série, três 6ª séries, três

turmas de 7ª séries e três 8ª séries.

O período vespertino tem início às 13:00 h e término às 17:15 h. Nesse

período são ofertadas onze turmas, pois é o suficiente para atender esta demanda,

uma vez que neste horário é menor a procura pelos pais, contamos com quatro

turmas da 5ª série, duas 6ª séries, uma 7ª série e uma 8ª série.

Tanto no Ensino Fundamental (Regular), Educação de Jovens e Adultos,

Salas de Apoio e Salas de Recursos, as aulas são distribuídas seguindo as políticas

emanadas pela SEED. Contamos com professores habilitados para todas as

modalidades ofertadas. As aulas são distribuídas primeiramente aos professores

efetivos e a Equipe da Direção segue uma classificação que ordena tal distribuição.

PLANO DE AÇÃO PARA ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL:

Através das dimensões avaliadas e seus respectivos indicadores a escola

formulará algumas questões para os alunos, pais, Professores, diretores e outros

componentes das instâncias colegiadas para estarem refletindo, dialogando e

buscando, alternativas para sugerir uma tomada de decisão sobre todos os aspectos

e segmentos da escola que estiverem apontando necessidade de estarem sendo

redimensionados. (sugestões) SEED – SUED

Nome da Escola:

Tempo avaliado:

325

AVALIANDO A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

Dimensão Indicadores Problemas detectados

AçõesMelhorias

Responsável

Prazo

Ambiente educativo

-Amizade e solidariedade;-Alegria;-Respeito ao outro;-Combate a discriminação;-Disciplina;-Respeito aos direitos das crianças;

Prática Pedagógica

-Proposta definida e conhecida por todos;-Planejamento;- Contextuali-zação;-Variedade de estratégias e dos recursos de ensino aprendizagem;-Incentivo à autonomia e ao trabalho coletivo;-Prática Pedagógica inclusiva;

Avaliação -Monitoramento do processo de aprendizagem dos alunos;-Mecanismo de avaliação dos alunos na avaliação de sua aprendizagem;-Avaliação do trabalho dos profissionais da escola;-Acesso,

326

compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação da escola e dasredes de ensino.

Gestão Escolar Democrática

-Informação democratizada;-Conselhos escolares atuantes;-Participação efetiva de estudantes, pais e comunidade em geral;-Parcerias locais e relacionamento da escola com os serviços públicos;-Tratamento aos conflitos que ocorrem no dia-a-dia daescola;-Participação da escola no programa dinheiro direto na escola;-Participação em outros grupos, programas de incentivo à qualidade da educação do Governo Federal, dos Governos Estaduais ou municipais.

327

Dimensão Indicadores Problemas detectados

Ações- Melhorias

Respon-sável

Prazo

Formação e condições de Trabalho dos Profissionais da Escola

-Habitação;-Formação Continuada;-Suficiência da Equipe Escolar;-Assiduidade da Equipe Escolar;-Estabilidade da Equipe Escolar.

Ambiente Físico Escolar

-Suficiência: disponibilidade de material, espaço ou equipamento quando deles se necessita;-Qualidade: adequação do material, à prática pedagógica,Boas condições de uso, conservação, organização,Organização beleza etc.

Acesso Permanência e sucesso na escola

-Número total de faltas dos alunos;-Abandono e evasão;-Atenção aos alunos comalguma defasagem deaprendizagem;-Atenção às necessidades Educativas da comunidade

328

SUGESTÕES METODOLÓGICAS PARA TRAZER DE VOLTA ALUNOS QUE

ABANDONARAM A ESCOLA:

- O trabalho será realizado por grupos de pessoas que fazem parte da escola:

alunos, professores e outras pessoas da comunidade escolar;

- Formar grupos menores;

- Formular um questionário para ser respondido pelo aluno ( com ajuda dos pais

se necessário

- Coletar dados e montar um quadro de opções;

- Verificar as razões;

- Montar uma tabela para ser contabilizado e visualizado o resultado da pesquisa;

- Dar suporte para promover o processo de readaptação dos alunos que voltarem

a frequentar as aulas durante o ano.

INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS (AVALIAÇÃO DA REAL

FUNÇÃO DA ESCOLA EM RELAÇÃO À SOCIEDADE).

A escola procura acompanhar os ex-alunos preocupando sempre com seu

bem estar e orientando-os para obter sucesso na vida e na sociedade.

Para o atendimento aos alunos egressos, principalmente daqueles que se

evadiram, que reprovaram e deixaram de estudar na época certa, as instância

colegiadas do estabelecimento irão propor uma avaliação diagnóstica para detectar

o nível de conhecimento que o aluno possa apresentar, com o objetivo de fazer o

atendimento coletivo e individual, na perspectiva que se cumpra o direito a

Educação garantida pela constituição (art.205 e 206) e pela LDB.

A avaliação diagnóstica será realizada através de observações e atividades

escritas para serem analisadas pelo professor, equipe e alunos.

Projeto de aulas reforços estará sendo disponibilizado em períodos alternado:

como pré ou pós-período de aula, podendo ser conferidos no período de hora

atividade do professor, dependendo das disponibilidades dos envolvidos.

Para os alunos que terminaram o curso, que necessitam voltar a escola para

realizarem seus estágios de curso superior, será ofertado apoio da equipe e dos

professores para que eles possam fazer observações com sala de aula, participando

329

de projetos, podendo ministrar suas aulas com respaldo e disponibilidade dos vários

seguimentos da escola, como também, de acesso aos conteúdos do currículo ,

ambientes e materiais didáticos disponíveis na escola.

A preocupação maior é a qualidade do Ensino ofertado pela escola, pois sua

finalidade é elevar o nível de conhecimento de nosso educando, contribuindo para

que o ensino dessa comunidade escolar, do estado, do país seja uma educação

voltada para os que mais precisam dela, não esquecendo que essa maioria que

precisa de especialização possa prosseguir seus estudos, como também, o

“conhecimento Tácito” do indivíduo é tão importante no” mundo moderno” para

estarem aplicando nas eventualidades do dia-a-dia.

PRÁTICAS AVALIATIVAS

A avaliação é o processo dos resultados da aprendizagem construída pelo

aluno em sua trajetória escolar, sendo que a missão fundamental da escola é fazer

com que as crianças, jovens e adultos aprendam.

Portanto ela deve ser diagnóstica e processual, ou seja, favorecer

continuamente informações que sirvam para adoção de medidas que tornam a

aprendizagem efetiva. A avaliação é um processo complexo, que merece atuação

especial de toda a comunidade escolar, envolvendo diretamente professores, equipe

pedagógica, direção, alunos e pais.

A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas, sejam

elas profissionais, como professores, médicos, músicos, ou donas de casa,

estudantes, etc. Isso não significa, no entanto, que um professor sempre saiba

avaliar o desempenho do aluno; um médico, os sintomas do paciente; um músico, a

performance de um colega.

Precisamos primeiramente, nos libertar da ideia de que o senso comum é

suficiente para julgarmos um desempenho realizando estudos teóricos para embasar

a prática avaliativa. Essa libertação permite estabelecer parâmetros mais

competentes, auxiliando o aluno no seu desenvolvimento pessoal, a partir do

processo de ensino/aprendizagem, como sujeito existencial e como cidadão.

Desse modo, a avaliação deve ser:

330

- um processo contínuo e sistematizado, portanto, deve ser constante e planejada,

fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno,e a

retomada do processo por parte do professor.

- funcional, porque verifica-se os objetivos previstos estão sendo atingidos;

- orientadora, pois permite ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto antes;

- integral, pois considera o aluno como um todo, ou seja, não apenas os aspectos

cognitivos são avaliados, mas igualmente os comportamentos e a habilidade

psicomotora.

Cabe ao professor mediar o processo avaliativo com sua sensibilidade

pedagógica, escolher a técnica que considerar mais adequada para avaliar seus

alunos, utilizando instrumentos diversificados articulando-os com os conteúdo

planejado, ensinado e aprendido pelos educandos e definindo claramente os

critérios avaliativos.

ALGUNS INSTRUMENTOS QUE PODERÃO SER UTILIZADOS PARA A PRÁTICA

AVALIATIVA

- Prova Escrita – É uma forma eficaz de avaliar se o aluno aprendeu a matéria,

sendo ela elaborada também com questões dissertativas, para desenvolver no aluno

a capacidade de expressar suas ideias por escrito, de forma clara e correta,

treinando sua capacidade de síntese, estimulando sua criatividade e seu raciocínio.

Porém, nesse caso, a avaliação precisa ser mais “dinâmica”, uma vez que não há

uma resposta padrão, ou seja, o professor deve escolher positivamente as tentativas

de explicação do aluno, reposicionando os pontos de vista menos adequados.

Questões de múltipla escolha podem ser acompanhadas de pedido de justificativa.

- Prova Oral – Pode ser desenvolvida por entrevistas e questões respondidas

oralmente, avaliando conhecimentos e habilidades de expressão oral. O número

de perguntas formuladas deve ser limitado, para que todos os alunos tenham a

oportunidade de participar. Por não haver registro escrito e por ser uma

avaliação imediata, a prova oral caracteriza-se, em relação às demais

modalidades de avaliação, pela maior subjetividade.

331

- Auto Avaliação – Estimula o aluno a refletir seu próprio desempenho. Para ser

eficaz, a auto-avaliação deve ser orientada pelo Professor, que poderá sugerir

alguns itens para o aluno responder sobre si mesmo. Ela não deve ter mais peso

que as outras notas de avaliação, uma vez que seu objetivo maior é treinar a

reflexão crítica do aluno sobre suas próprias atitudes, e não medir o

conhecimento formal.

- Trabalhos de Pesquisa feitos em casa – Devem ser avaliados com reserva,

pois nem sempre é o aluno quem executa o trabalho. Assim, é interessante que,

após a entrega, o aluno ou o grupo descrevam as etapas do trabalho, as

dificuldades, as fontes, etc. A participação da família deve ser orientada e

incentivada.

- Tarefas em Classe – Podem ser realizadas individualmente ou em grupos,

ajudam a reforçar o aprendizado, pois motivam o aluno à reflexão e a prática.

- Trabalho Integrado – Com o termo integrado queremos sugerir que certas

tarefas sejam realizadas (em grupo ou individualmente) em conjunto com outras

disciplinas.

- Participação – Como complemento das notas de provas, poderá ser atribuído

pontos ou conceitos sobre a participação do aluno em sala de aula, em trabalhos

experimentais e outros.

Concluindo, a avaliação do processo de aquisição e construção dos

conteúdos pode ser efetivamente ao solicitar que interprete situações determinadas,

cujo entendimento demanda os conceitos que estão sendo apreendidos, ou seja,

que interprete uma história, uma figura, um texto ou trecho do texto, um problema ou

um experimento. São situações que também induzem a realizar comparações,

estabelecer relações, executar determinadas formas de registro, entre outros

procedimentos que desenvolveu no transcorrer de sua aprendizagem.

Dessa forma, tanto a educação conceitual quanto a aprendizagem de

procedimentos e atitudes estão sendo avaliadas. O erro ou o engano precisa ser

tratado não como incapacidade de aprender, mas como elemento que sinaliza ao

professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para reorientar a prática

pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais adequada de seu

conhecimento.

332

PROPOSTA PEDAGÓGICA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Ensino Fundamental - Fase II e Médio

SÃO SEBASTIÃO DA AMOREIRA2012

333

1 – OBJETIVOS DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais da Educação

de Jovens e Adultos o objetivo é a integração de ações do poder público a fim de

conduzir à erradicação do analfabetismo, assegurando o direito à escolarização

àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudo na idade própria, bem

como, a garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade, considerando

as características do aluno, seus interesses, condições de vida e de trabalho,

respeitando o ritmo próprio de cada aluno no processo ensino-aprendizagem

conforme o tempo disponível do aluno trabalhador, visando de acordo com a

demanda, a superação dos índices de analfabetismo e a busca da autonomia moral

e intelectual dos educandos da EJA.

1.1 PERFIL DO EDUCANDO

Considerando o perfil diferenciado dos educandos jovens, adultos e idosos da

nossa escola, que apesar de diferentes experiências de vida, por algum motivo

tiveram que afastar-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos,

culturais ou pelo ingresso prematuro no mundo do trabalho, ou pela evasão e

repetência escolar, o colégio, através desta modalidade de ensino, pretende garantir

o retorno e a permanência destes alunos à escolarização formal, por meio de

políticas públicas, direcionadas especificamente a este atendimento, de forma

permanente e contínua, enquanto houver demanda, dispensando atenção especial

no atendimento educacional a essa população.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de

escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus

estudos no Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades

334

apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de

trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos

– Presencial que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação

vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de

modo a viabilizar processos pedagógicos, tais como:

- Pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

- Desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

- Registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e

socialização dos conhecimentos;

- Vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,

bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de

estudos e atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de

Estudos aos educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações

sobre a organização da modalidade.

Organização Coletiva

Será programada pelo colégio e oferecida aos educandos por meio de um

cronograma que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início

e término de cada disciplina, oportunizando ao educando a integralização do

currículo. A mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos

conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando os

saberes adquiridos na história de vida de cada educando.

A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm

possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma

pré-estabelecido.

335

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que

não têm possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições

de horários alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante

classificação, aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou

desistentes quando não há, no momento em que sua matrícula é reativada, turma

organizada coletivamente para a sua inserção. Será programada pela escola e

oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula os dias e

horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas condições

de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.

1.3 NÍVEL DE ENSINO

1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo

de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e

ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e

possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

1.3.2 Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua

oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de

07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de

Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.

336

1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades

educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização

coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e

o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se

encontram individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de

educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles

que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a

legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos

educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

- Deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

- Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

- Superlotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas

e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para

a aprendizagem e participação de todos os alunos. 1

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o

enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem

características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também,

de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito

a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação

escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando

o direito à igualdade com eqüidade de oportunidades. Isso não significa o modo

igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços

especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

1 CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17.

337

1.5 AÇÕES PEDAGÓGICAS DESCENTRALIZADAS

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas

descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a

grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de

escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o

regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR, segundo critérios

estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.

1.6 FREQUÊNCIA

A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100%

(cem por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio,

sendo que a freqüência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco

por cento) e na organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.

1.7 EXAMES SUPLETIVOS

Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao

disposto na Lei N.º 94/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de

Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de

Educação e Trabalho, através da Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.

1.8 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade

Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a

organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição

escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,

338

observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o

Regimento da Escola, para o cumprimento da função social e específica da escola.

O Conselho Escolar do nosso Estabelecimento de Ensino contempla

representatividade dos diversos segmentos da sociedade e de todas as modalidades

de Ensino ofertadas, sendo que a Educação de Jovens e Adultos também terá sua

representatividade, nas categorias de pais de alunos, professores e alunos.

1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e

Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado

da Educação do Paraná, como material de apoio.

Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar

outros recursos didáticos.

1.10 BIBLIOTECA ESCOLAR

A Biblioteca Escolar deste Estabelecimento de Ensino possui um acervo

bibliográfico diversificado e atende alunos das modalidades de ensino que o colégio

oferece, sendo: Ensino Fundamental (6º ao 9º ano, EJA Fase II e Ensino Médio) e

comunidade em geral.

Considerada o eixo do desenvolvimento escolar, deve servir de base aos

objetivos do colégio ao proporcionar integração com o currículo e ao mesmo tempo

oferecer material que atenda às necessidades de seus usuários.

A Biblioteca procura participar ativamente do processo ensino-aprendizagem.

Serve como suporte básico para a formação integral dos educandos, pois o aluno

que usa a biblioteca apresenta um rendimento maior do que aquele que não

costuma frequentá-la.

Para que os objetivos educacionais do colégio sejam alcançados é necessário

que a biblioteca escolar participe deste processo, cumprindo com seus objetivos, ou

seja: cooperar eficazmente com o programa escolar proporcionando aos alunos

339

materiais adequados, estimulando e incentivando a leitura, colaborando com os

professores para seleção adequada de bibliografias aos conteúdos de ensino, bem

como a disseminação da informação.

1.11 LABORATÓRIO

O laboratório de informática do colégio é o espaço no qual são realizadas

tarefas de preparação do aluno na utilização de instrumentos às matérias e aos

conteúdos lecionados, com a função de prepará-los para uma sociedade

informatizada, ampliando seus conhecimentos, bem como, oportunizando ao aluno o

exercício prático dos métodos experimentais em laboratório de Química, Física e

Biologia e também, mobilizando o corpo docente da escola a se preparar para o uso

de informática e de Química, Física e Biologia, de forma a ajudar os alunos da EJA a

desenvolver todas as suas dimensões enquanto seres humanos.

A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir

para a compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes espaços e

tempos do planeta, como um todo dinâmico, como elementos em permanente

interação, do corpo humano e sua integridade, da saúde como dimensão pessoal e

social, do desenvolvimento tecnológico e das transformações ambientais causadas

pelo ser humano, são os resultados esperados na área de Ciências do Ensino

Fundamental e Médio.

As atividades de laboratório, quando bem implementadas, assumem papel de

suma importância, auxiliando o professor no encaminhamento metodológico de

temas ou assuntos em estudos, propiciando a participação ativa dos educandos,

potencializando as atividades experimentais e facilitando a compreensão de

conceitos ou fenômenos.

Seguindo o entendimento do Conselho Estadual de Educação, expresso no

parecer nº. 095/99, um conceito novo para o espaço denominado laboratório...

indubitavelmente acompanha uma educação científica nova, espaço que passará a

incluir também o pátio da escola, a beira do mar, o bosque ou a praça pública.

Explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e materiais pré-

determinados, para a concretização de experimentos nos estabelecimentos de

340

ensino, reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que se quer

implementar neste Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos

1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS

A escola é um dos espaços onde os educandos desenvolvem a capacidade

de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo por meio da atividade reflexiva.

E a sociedade atual vivencia um processo de grandes transformações. Os avanços

científicos e tecnológicos alcançados, especialmente o desenvolvimento das

tecnologias digitais como o computador, a internet, a TV pen-drive, DVD, Vídeo

Cassete, Aparelho de Som, Data Show, que criam a oportunidade de o professor ter

nas mãos soluções no momento exato da aula ou quando surgem dúvidas. Isso

estimula o aluno à pesquisa e o adapta à realidade atual e a globalização.

2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional

que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o

compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a

que os educandos venham a participar política e produtivamente das relações

sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do

desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na

qual os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir

341

criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e

da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com

agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos2.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e

pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o

processo ensino-aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente

com:

• o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores

que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

• o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo

cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito

mútuo, solidariedade e justiça;

• os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e

idosos – cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre

cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e

estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais

próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso

ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função

antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do

trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso

aos bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular,

as reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA,

considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do

mundo do trabalho, face à diversidade de suas características.

2 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem

do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

342

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de

Jovens e Adultos no Estado do Paraná:

- A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo

diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os

educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades

e condições de reinserção nos processos educativos formais;

- O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo

educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe

superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na

quantidade de informações do que na relação qualitativa com o

conhecimento;

- Os conteúdos específicos de cada disciplina deverão estar articulados à

realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao

mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

- A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a

capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por

meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre

o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes

conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade

social;

- O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia

tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o

hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como uma forma de

organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes,

estão articulados à realidade na qual o educando se encontra,

viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir

da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o

desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem

chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

- Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em

seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais,

343

com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de

formação e aprendizagem;

- Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios

educandos;

- O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a

objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as

diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de

utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

- Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência,

nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício

da cidadania e do trabalho;

- Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos,

críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não

se refere exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta

modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre

outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades

educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-

curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

3 - INDICAÇÃO DA ÁREA OU FASE DE ESTUDOS

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do

Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não

tiveram o acesso ou continuidade em seus estudos.

4 - MATRIZ CURRICULAR

344

4.1 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOSENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Turin – Ensino FundamentalENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: São Sebastião da Amoreira NRE: Cornélio ProcópioANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º semestre/2011 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 H/A ou 1920/1932 H/A

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336ARTE 94 112LEM - INGLÊS 213 256EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112MATEMÁTICA 280 336CIÊNCIAS NATURAIS 213 256HISTÓRIA 213 256GEOGRAFIA 213 256ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

345

4.2 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: Colégio Estadual João Turin – Ensino FundamentalENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: São Sebastião da Amoreira NRE: Cornélio ProcópioANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º semestre/2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORT. ELITERATURA

174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

5-CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de

ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como

espaço sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a

346

compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e

aprendizagem.

Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do

conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se

no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser

organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura

curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos

significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento se constitui em

núcleo estruturador do conteúdo do ensino.

Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de

Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada

em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso

aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação

Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas

diretrizes.

No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas

pedagógicas, dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores

propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e

Tempo, os quais devem se articular tendo em vista a apropriação do conhecimento

que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, idéias,

princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição cognoscitiva e estar

intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a

Educação Básica.

6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.

6.1 Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a

intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se

347

estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e

aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados

atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos

expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de

reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser

entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma

atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações

contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

• investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações

necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;

• contínua: permite a observação permanente do processo ensino-

aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática

pedagógica;

• sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,

utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;

• abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-

escola do educando;

• permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos

pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho

pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao

longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz

curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação

presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados

como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,

necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o

seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante

o atual processo de escolarização.

348

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais

como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e

pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades

complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de

aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo

educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e

necessidades, e as conseqüentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

•as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com

finalidade educativa;

•para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06

(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais

escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante

o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se

submeterá na presença do professor, conforme descrito no Regimento

Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações realizadas no

decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota

para fins de promoção e certificação.

•a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo

os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula

zero);

para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0

(seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º

3794/04 – SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por

349

cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização

coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

•o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada

registro da avaliação processual. Caso contrário terá direito à recuperação de

estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao

processo de apropriação dos conhecimentos;

•para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a

média final corresponderá à média aritmética das avaliações

processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis

vírgula zero);

•os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade da vida escolar do educando;

•o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado

não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de

desenvolver.

6.3 Recuperação de Estudos

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao

processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos

básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de

apropriação dos mesmos.

350

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

6.4 Aproveitamento de Estudos

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito,

amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar,

por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial,

transferência e prosseguimento de estudos.

6.5 Classificação e Reclassificação

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará

o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

7 - REGIME ESCOLAR

O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período

noturno, podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a

demanda de alunos, número de salas de aula e capacidade, com a expressa

autorização do Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da

Educação.

351

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão

registradas no Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação

do Paraná.

O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo

estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz

curricular.

Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas

descentralizadas para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado

pelo Departamento de Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação

– em locais onde não haja a oferta de EJA e para grupos ou indivíduos em situação

especial, como por exemplo, em unidades sócio-educativas, no sistema prisional,

em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais temporários, de moradores em

comunidades de difícil acesso, dentre outros.

7.1 ORGANIZAÇÃO

Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas no Ensino

Fundamental – Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em

concordância com as Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º

02 e 04/98-CEB/CNE para o Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer

n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06,

nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho Estadual de Educação.

7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO

A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as

seguintes ofertas:

•organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental –

Fase II e Ensino Médio, em todas as disciplinas, sendo priorizadas as

vagas para matrícula na organização coletiva.

352

7.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E ENSINO MÉDIO

No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de

100% da carga horária total estabelecida.

7.3 MATRÍCULA

Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e

Adultos:

h) a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

i) será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela

mantenedora;

j) o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino

Médio, poderá matricular-se de uma a quatro disciplinas

simultaneamente;

k)poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas

com êxito por meio de cursos organizados por disciplina, por exames

supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) equivalente(s)

à conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de

comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento

Escolar;

l) para os educandos que não participaram do processo de

escolarização formal/escolar; bem como o educando desistente do

processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos anteriores,

poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação,

definidos no Regimento Escolar;

m) será considerado desistente, na disciplina, o educando

que se ausentar por mais de 02 (dois) meses consecutivos, devendo a

escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos

seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de

353

notas obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois)

anos, a partir da data da matrícula inicial;

n) o educando desistente, por mais de dois anos, a partir da

data de matrícula inicial na disciplina, no seu retorno, deverá fazer

rematrícula na disciplina, podendo participar do processo de

reclassificação.

No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando

será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos,

o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a

duração e a carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que

os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações

metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que

compõem o Guia de Estudos:

• a organização dos cursos;

• o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário,

regimento escolar;

• a dinâmica de atendimento ao educando;

• a duração e a carga horária das disciplinas;

• os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

• o material de apoio didático;

• as sugestões bibliográficas para consulta;

• a avaliação;

• outras informações necessárias.

7.4 MATERIAL DIDÁTICO

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos

recursos de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do

Estado do Paraná de Educação de Jovens e Adultos.

354

7.5 AVALIAÇÃO

• avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente,

permanente;

• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre

com finalidade educativa;

• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas)

a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas

individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos

adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente,

o educando se submeterá na presença do professor, conforme

descrito no regimento escolar;

• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,

sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0

(dez vírgula zero);

• para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0

(seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a

Resolução n.º 3794/04 – SEED e freqüência mínima de 75%

(setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada

disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na

organização individual;

• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em

cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à

recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada

como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

355

• a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética

das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo

menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser

registrados em documentos próprios, a fim de que sejam

asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do

educando;

• o educando portador de necessidades educativas especiais, será

avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será

capaz de desenvolver.

7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao

processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos

básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de

apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor

diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos

conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de

exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos

instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.

356

7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e

reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto

na legislação vigente.

7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO

As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a

Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do

Núcleo Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas

descentralizadas, desde que autorizadas pela mantenedora.

7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,

oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no

ambiente de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de

2008.

8 - RECURSOS HUMANOS

8.1 Atribuições dos Recursos Humanos

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico

neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos,

exigir-se-á o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e

da função social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e

357

suas regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens

e Adultos.

8.1.1 Direção

O diretor do estabelecimento de ensino é o responsável legal das

modalidades de ensino ofertadas, que neste estabelecimento são: Ensino

Fundamental (5ª a 8ª séries)

A direção escolar é composta pelo (a) diretor (a) e diretor (a) auxiliar,

escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade escolar,

conforme legislação em vigor, sendo o diretor (a) o responsável pela efetivação da

gestão democrática e de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos

no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

É do seu desempenho e da sua habilidade conduzir, positivamente sobre

todos os setores a qualidade do ambiente, do clima escolar e do processo ensino-

aprendizagem. A fim de desincumbir-se do seu papel de diretor(a) assume uma

série de funções tanto de natureza administrativa quanto pedagógica que são:

Compete ao diretor (a):

• cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

• responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

• coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

• coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

• implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

• coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

358

• convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento

às decisões tomadas coletivamente;

• elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

• prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

• coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com

a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e,

após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

• garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os

órgãos da administração estadual;

• encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

• deferir os requerimentos de matrícula;

• elaborar com a Equipe Pedagógica o calendário escolar, de acordo com as

orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e

encaminhá-lo ao NRE para homologação;

• acompanhar com a Equipe Pedagógica o trabalho docente, referente às

reposições de horas aula aos discentes;

• assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas atividade

estabelecidos;

promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor

• alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-

administrativa no âmbito escolar;

• propor à Secretaria de Estado da Educação via Núcleo Regional de

Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de

ensino e abertura ou fechamento de cursos;

• participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-

los ao Conselho Escolar para aprovação;

359

• supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao

cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a

exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

• presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

• definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico administrativa e equipe

auxiliar operacional;

• articular processos de integração da escola com a comunidade;

• solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e

professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da

SEED;

• organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização

dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho,

correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática

Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no Plano

de Curso;

• participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino, juntamente com a comunidade escolar;

• cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária

e epidemiológica;

• disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

• assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários

e famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade

escolar;

• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

360

8.1.2 Professor Pedagogo

A Equipe Pedagógica é responsável pela coordenação e implementação do

estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional

emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Na formação escolar de uma comunidade o pedagogo exerce papel relevante

de responsabilidade social, sendo ele o articulador do processo pedagógico.

Compete à equipe pedagógica:

• coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

• orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

• participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho

pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a

especificidade da educação escolar;

• coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas

educacionais da Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais;

• orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto

ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

• promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico

visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de

ensino para todos;

• participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

• organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de

361

reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no

estabelecimento de ensino;

• coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

• subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de

professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos

sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;

• organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,

de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho

pedagógico;

• proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à

comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os

alunos;

• coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a

comunidade escolar;

• participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões

acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

• orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e

demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos

pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

• coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção

de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir

do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas,

fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

• acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,

Física e Biologia e de Informática;

362

• propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

• coordenar o processo democrático de representação docente de cada

turma;

colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

Secretaria de Estado da Educação;

• coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e

disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades

a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

• acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação - Profuncionário, tanto na organização do

curso, quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada

dos funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

• promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas

as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

• coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

• participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços

pedagógicos;

• orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-

pedagógicos

• referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão

parcial, conforme legislação em vigor;

• organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias

letivos, horas e conteúdos aos discentes;

363

• orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros Registro de Classe

e a Ficha Individual de Controle de Nota e Freqüência, sendo esta

específica para Educação de Jovens e Adultos;

• organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

• organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

• solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da

Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis

necessidades educacionais especiais;

• coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no

Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de

aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios

especializados da Educação Especial, se necessário;

• acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o

seu desenvolvimento integral;

acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os

• aos órgãos competentes, quando necessário;

• acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que

houver necessidade de encaminhamentos;

• orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos,

adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

• manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados

de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de

informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho

pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

• assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangueiras Modernas

e acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o

ensino extracurricular plurilingüístico de Língua Estrangeira Moderna;

364

• acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando visitas

regulares (somente para os estabelecimentos de ensino que servem de

Escola Base para as Escolas Itinerantes);

• orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para

cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;

• coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na

modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no estabelecimento

de ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida

autorização);

• assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de

• ensino;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,

alunos, pais e

• demais segmentos da comunidade escolar;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

elaborar seu Plano de Ação;

• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no

administrativo, tais como:

• Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;

• Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames

supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões)

específica(s) dessa(s) ação(ões).

• Acompanhar o estágio não-obrigatório.

8.1.3 Coordenações

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação

Geral e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos,

365

têm como finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar,

quando autorizadas e regulamentadas pela mantenedora.

Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:

Coordenador Geral

• Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.

• Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.

• Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.

• Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do

Estabelecimento.

• Acompanhar o funcionamento de todas as turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.

• Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no

Sistema.

• Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

• Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.

• Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

• Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.

• Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o

atendimento aos educandos de todas as turmas.

• Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas

durante as horas-atividade dos professores.

• Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de

experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.

• Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em

comunidades que necessitam de escolarização.

• Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.

• Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.

366

• Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE,

quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da

escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua

coordenação;

Coordenador Itinerante

25- Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

26-Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.

27-Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.

28-Observar e registrar a presença dos professores.

29-Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

30-Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.

31-Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.

32-Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.

33-Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral

qualquer problema neste procedimento.

34-Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

35-Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as

turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.

36-Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com

os professores;

Coordenador de Exames Supletivos

• Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos

• Tomar conhecimento do edital de exames.

• Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.

•Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames

possam ser executados.

• Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.

367

•Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da

emissão de Relatório de Inscritos.

•Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário,

para execução dos exames.

•Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em

Braille e as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.

•Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o

DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas

especiais.

•Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos

Exames.

•Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.

•Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização

dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em

especial a organização e o preenchimento dos cartões-resposta.

•Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e

tranqüilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

•Divulgar as atas de resultado.

• Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.

8.1.4 Docentes

O corpo docente da Educação de Jovens e Adultos deste Estabelecimento de

Ensino é composto por professores com formação específica para cada disciplina,

que participam constantemente de capacitações, grupos de estudos, cuja finalidade

é estar ampliando e aprofundando a sua prática pedagógica e sua atualização

profissional.

Aos docentes cabe também:

368

Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta

pedagógica deste Estabelecimento Escolar;

Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos;

Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos dis-

poníveis, tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino

que respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando

jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento.

Organizar, acompanhar e validar a Avaliação da Apropriação de Conteú-

dos por Disciplina.

Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e

nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá

atuar em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e

individuais.

8.1.5 SECRETARIA E APOIO ADMINISTRATIVO

A secretaria e o apoio administrativo é o setor que serve de suporte ao

funcionamento da Educação de Jovens e Adultos e dos demais setores do

Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que os mesmos

cumpram suas reais funções.

• Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,

considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.

• Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,

considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.

369

9 - BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo : Cortez, 1997.

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Conselho Estadual de Educação - PR

- Deliberação 011/99 – CEE.

- Deliberação 014/99 – CEE.

- Deliberação 09/01 –CEE.

- Deliberação 06/05 – CEE.

- Indicação 004/96 – CEE.

- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).

Conselho Nacional de Educação

- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

- Resolução 03/98 – CEB.

Constituição Brasileira – Artigo 205.

370

DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC : UNESCO, 1998.

DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997.

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FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

LDBEN nº 9394/96.

KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.

OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004.Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental.Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos.

SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN.SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN.

SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.

10 - PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO

371

A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que

esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as

qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas

educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da

gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004,

p.11)

Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os

gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a

todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o

acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.

Aliado a identificação destes fatores deve estar obrigatoriamente, o

compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.

Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto

responsabilidade coletiva pressupõe a clareza das finalidades essenciais da

educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a

reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e

impactos positivos à população que demanda escolarização.

A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular,

abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos,

ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores

dele resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os

sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores,

educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e

demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe

do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s.

A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes

instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente

aquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem

como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão

e as mudanças necessárias na prática pedagógica.

Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares

Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis

372

pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos,

considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da

cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta avaliação

institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a

reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas.

Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional serão produzidos em

regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos,

considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o

currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil

dos educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos

guardam alguma semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e

aplicação do Banco de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno

para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da proposta

pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.

Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,

“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)

Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um

todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da

Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens,

adultos e idosos.

373

VII - ADENDO DE ALTERAÇÃO E ADEQUAÇÕES AO REGIMENTO ESCOLAR

Adendo Regimental de Alteração e Acréscimo nº 02

Altera a redação dos: Art.64; Art.123; Art.124; e Acrescenta: incisos XLVI e XLVII ao Art. 33; Art. 33A; Art. 33B; Art. 33C; Art. 33D; incisos XXI, XXXII e XXXIII ao Art. 35; inciso III ao Art. 48; Art.49A; Art.52A; inciso III no Art. 53 ; Art. 58A, Art.58B; Art. 58C; Art. 58D; Art. 65A; Art 65BA; Art.70A; Art.70B; Art. 70C e 70D; Art.76A; Art. 77A; Art.83A; Art 90A; Art. 90B; Art. 90C; Art.107A; Art.107B; Art.110A; Art 110B; Art. 111A; Parágrafo Único ao Art. 114; Art 117A; Art.118A; Art.123A; Inciso VI ao Art.141; alínea d ao Art 144 no Regimento Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 278 / 2008 Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio, referente a oferta de Educação de Jovens e Adultos.

Art. 1º O Regimento Escolar da Escola Estadual João Turin – Ensino Fundamental, passa a vigorar com as seguintes alterações e acréscimos:

Art. 33. (mantido...)XLVI. Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para cada disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;

374

XLVII. coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na Modalidade Educação de Jovens e Adultos.

Art. 33A. Na Educação de Jovens e Adultos, as coordenações autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação que atendem as especificidades são compostas por:

I. Coordenação Geral de Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDsII. Coordenação Itinerante de Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs;III. Coordenação dos Exames Supletivos.

Art.33B. Cabe à Coordenação Geral:•receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descen-

tralizadas(APEDs);•organizar os processos dessas ações para análise pelo respectivo Núcleo Regional

de Educação;•elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma de Ações Pedagógicas

Descentralizadas-APEDs;•digitar os processos no sistema e encaminhar para justificativa da direção do

estabelecimento;•acompanhar o funcionamento de todas as turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas-APEDs, vinculadas ao estabelecimento;•acompanhar a matrícula dos alunos e a inserção dessas matrículas no sistema;•organizar a documentação dos alunos para a matrícula;•organizar as listas de frequência e de notas dos alunos;•enviar material de apoio didático para as turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas-APEDs;•responder ao Núcleo Regional de Educação sobre o funcionamento das turmas de

Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs;•organizar o rodízio dos professores nas disciplinas ofertadas, garantindo o

atendimento aos alunos de todas as turmas, por profissionais habilitados;•orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem realizadas durante as

horas-atividade dos professores;•realizar reuniões períodicas de estudo que promovem a troca de experiências e a

avaliação do processo e aprendizagem;•elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades que

necessitem de escolarização;•acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes;•conhecer e fazer cumprir a legislação vigente;•prestar à direção, à equipe pedagógica do estabelecimento e ao Núcleo Regional de

Educação, quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a realização da escolarização pelas Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs,sob sua coordenação;

•realizar a avaliação institucional conforme orientação da Secretaria de Estado da Educação;

•zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

•manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos,pais e demais segmentos da comunidade escolar;

•Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento escolar.

375

Art,33C.Cabe à Coordenação Itinerante:37- acompanhar o funcionamento in loco de Ações Pedagógicas Descentralizadas-

APEDs;38- atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos alunos;39- verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas;40- observar e registrar a presença dos professores;41- atender à comunidade nas solicitações de matrícula;42- solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico;43- solicitar e distribuir as listas de frequência e de notas dos alunos;44- Encaminhar as notas e frequência dos alunos para digitação;45- acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral

qualquer problema neste procedimento;46- solicitar e organizar a documentação dos alunos para a matrícula;47- acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas

de Ações Pedagógicas Descentralizadas-APEDs, sob sua responsabilidade;48- participar das reuniões pedagógicas e da hora-atividade, juntamente com os

professores;49- Realizar a avaliação institucional conforme orientação da Secretaria de Estado

da Educação;50- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;51- manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;52- Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Art.33D. Cabe à Coordenação de Exames Supletivos:• tomar conhecimento do edital de Exames;• fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital;• verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os Exames possam

ser realizados;• digitar no sistema, a inscrição dos candidatos;• conferir a inserção das inscrições dos candidatos no sistema por meio da

emissão de relatório de inscritos;• solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário para

realização dos exames;• solicitar à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,

as provas em Braille e as ampliadas das etapas a serem realizadas, quando for o caso;

• solicitar à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de educação, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais;

• comunicar ao Núcleo regional de Educação todos os procedimentos tomados para a realização dos Exames;

• receber os materiais dos Exames Supletivos no Núcleo Regional da Educação;• capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do estabelecimento para a realização dos

Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial, da organização e do preenchimento dos cartões-resposta;

• acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames;

• divulgar as Atas de resultado;

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• participar da avaliação institucional, conforme orientações da Secretaria de Estado da Educação;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

• cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Art 35. (mantido...)I a XXX (mantido ...)XXXI.utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis, como meios para implementar uma metodologia de ensino adequada à aprendizagem de cada jovem, adulto e idoso;XXXII.atuar no estabelecimento de ensino sede, nas organizações coletiva e individual, como também nas Ações Pedagógicas Descentralizadas, autorizadas pela Secretaria de Estado da Educação;XXXIII.participar da aplicação dos Exames Supletivos autorizados pela Secretaria de Estado da Educação, quando docente da Educação de Jovens e Adultos.

Art. 48.(mantido...)I a II (mantido ....)III.educação de Jovens e Adultos:Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio.

Art 49A - A oferta da Educação Básica, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, baseia-se nos seguintes fins e objetivos:

a) assegurar o direito à escolarização aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudo na idade própria;

b) garantir a igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada qualquer forma de discriminação e segregação;

c) garantir a gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza vinculadas à matrícula;

d) oferecer Educação Básica igualitária e de qualidade, numa perspectiva processual, formativa e emancipadora;

e) assegurar oportunidades educacionais apropriadas, considerando as características do aluno seus interesses, condições de vida e de trabalho;

f) respeitar o ritmo próprio de cada aluno no processo de ensino e aprendizagem;g) organizar o tempo escolar a partir do tempo disponível do aluno trabalhador;h) assegurar a prática de gestão pedagógica e administrativa democrática, voltada à

formação humana.

Art. 52A – A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, é ofertada de forma presencial com a seguinte organização:

I – Garantia da oferta de 04 (quatro) horas aulas diárias por turno.

Art.53. (mantido...)I a II (mantido ....)

377

III. por disciplina, no Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;

Art. 58 A – A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio, é ofertada de forma presencial, com a seguinte organização:

•coletiva e individual, no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio;•componentes curriculares organizados por disciplina;•1.200 horas(1.440 horas-aula), distribuídas entre as disciplinas conforme consta na

Matriz Curricular;•conteúdos que integram a educação básica, contidos na Proposta Pedagógica

Curricular, desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina da Base Nacional Comum;

•garantia de cem por cento dos conteúdos que integram a Proposta Pedagógica Curricular da disciplina.

•oferta de cem por cento do total da carga horária distribuída na Matriz Curricular do Ensino Fundamental-Fase II e do Ensino Médio.

• garantia da oferta de 04 (quatro) horas - aula diária, por turno.

Art. 58B- O estabelecimento de ensino ofertará os Exames Supletivos, quando credenciados pela Secretaria de Estado da Educação, que compreenderão a Base Nacional Comum do currículo, habilitando o prosseguimento de estudos.

§1º-Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: a) para a conclusão do Ensino Fundamental, aos maiores de quinze anos; b) para a conclusão do Ensino Médio, aos maiores de dezoito anos.§2º- Os critérios utilizados para a aplicação dos Exames seguirão as normas complementares emanadas pelo Conselho Estadual de Educação e instruções da Secretaria do Estado da Educação.

Art. 58C – O estabelecimento de ensino desenvolverá Ações Pedagógicas Descentralizadas – APEDS, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos, respeitada a Proposta Pedagógica Curricular e o Regimento Escolar, desde que autorizado pela Secretaria de Estado da Educação, seguindo instrução própria.

Art. 58-D - Os conteúdos e componentes curriculares, na modalidade Educação de

Jovens e Adultos, estão organizados de acordo com a Matriz curricular, resultante do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

§1º-Os conteúdos Curriculares para o Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio estão organizados por disciplinas.§2º-As temáticas História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente serão trabalhadas ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas.§3º-Os conteúdos curriculares de História do Paraná estão incluídos na disciplina de História.§4º-A disciplina de Ensino Religioso, no Ensino Fundamental-Fase II, será ofertada somente na organização coletiva.§5º- A disciplina de Língua Espanhola, no Ensino Médio, será ofertada somente na organização coletiva.

378

Art.64 - No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável deverá auto declarar seu pertencimento Ético Racial e optar, na série do Ensino Fundamental e na modalidade Educação de Jovens e Adultos-Fase II, pela frequência ou não na disciplina de Ensino Religioso.

Art. 65 A- Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, as matrículas podem ser efetuadas em qualquer época do ano, sendo que:

•no Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, a matrícula é por disciplina e o aluno poderá, em função da oferta, efetivar sua matrícula em até 4 (quatro) disciplinas, na organização coletiva ou individual de acordo com seu perfil;

•serão priorizadas as vagas para matrícula na organização coletiva.•para matrícula, deve ser observada a idade mínima, exigida na legislação vigente.•A disciplina de Língua Espanhola, no Ensino Médio, a partir de 2010, é de oferta

obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa ao aluno;•todos os alunos, a partir de 2010, no ato da matrícula, deverão fazer sua opção de

frequentar ou não as aulas de Língua Espanhola;•a disciplina de Língua Espanhola entrará no cômputo das 04(quatro) disciplinas que

podem ser cursadas concomitante;•o aluno que optar por frequentar as aulas de Língua Espanhola, terá a carga horária

da disciplina, acrescentada no total da carga horária do curso.

Art.65 B- No ato da matrícula na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno será orientado pela equipe pedagógica sobre a organização dos cursos, o cronograma de oferta das disciplinas e a metodologia.

Art 70 A-O processo de classificação na modalidade Educação de Jovens e Adultos poderá posicionar o aluno, para matrícula na disciplina em 100% do Ensino Fundamental e 25%, 50%, 75% do Ensino Médio da carga horária total de cada disciplina, de acordo com a Proposta Pedagógica da Educação de Jovens e Adultos.

Paragráfo Único- Do total de carga horária restante a ser cursada na disciplina, na qual o aluno foi classificado, é obrigatória a frequência de 75% na Organização Coletiva e de 100% na Organização Individual.

Art 70 B- Na classificação com êxito, em 100% do total da carga horária, em todas as disciplinas do Ensino Fundamental-Fase II, o aluno está apto a realizar matrícula inicial no Ensino Médio.

Art. 70C - Na modalidade Educação de Jovens e Adultos é vedada a classificação para ingresso de Língua Espanhola no Ensino Médio e para a disciplina de Ensino Religioso no Ensino Fundamental Fase II.

Art 70D - O aluno, após o processo de classificação nas disciplinas do Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio, de acordo com o percentual de carga horária avançada, terá as seguintes quantidades de registros de notas:

I- Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o aluno classificado com:a)25%, deverá ter 4(quatro) registros de notas;b)50%, deverá ter 3(três) registros de notas;c)75%, deverá ter 2(dois) registros de notas;d)100%, no Ensino Fundamental-Fase II, concluirá a disciplina.II- Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno classificado com:

379

a)25%, deverá ter 3(três) registros de notas;b)50%, deverá ter 2(dois) registros de notas;c)75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;d)100%, no Ensino Fundamental-Fase II, concluirá a disciplina.III- Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno classificado com:a)25%, deverá ter 3(três) registros de notas;b)50%, deverá ter 2(dois) registros de notas;c)75%, deverá ter 1 (um) registro de notas;d)100%, no Ensino Fundamental-Fase II, concluirá a disciplina.

Art. 76A – Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, o estabelecimento de ensino poderá reclassificar os alunos matriculados, considerando:

I. que o aluno deve ter cursado, no mínimo 25% do total da carga horária definida por cada disciplina, no Ensino Fundamental Fase II, e Médio.

Parágrafo Único – Fica vedada a reclassificação na disciplina de Ensino Religioso ofertada no Ensino Fundamental – Fase II e na disciplina de Língua Espanhola ofertada no Ensino Médio

Art. 77 A- O Processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, poderá posicionar o aluno, em 25%, 50% ou 75% da carga horária total de cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio em 25% ou 50% da carga horária total de cada disciplina:

I.t endo cursado 25% e avançando em 25%, deverá cursar ainda 50% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes de registros de notas:a)nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o aluno deverá ter 4(quatro) registros de notas;b)nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3(três) registros de notas;c)nas disciplinas de Arte, Filosofia, Educação Física, o aluno deverá ter 2(dois) registros de notas.II. tendo cursado 25% e avançando em 50%, deverá cursar ainda 25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes quantidades de registros de notas:a) nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática e Líbgua Portuguesa e Literatura, o aluno deverá ter 3(três) registros de notas;b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2(dois) registros de notas;c) nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno deverá ter 2(dois) registros de notas.III. - tendo cursado 25% e avançado em 75% da carga horária total da disciplina do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno será considerado concluinte da disciplina.Parágrafo Único – Tendo cursado 25% ou mais da carga horária total da disciplina

do Ensino Médio, após reclassificado, deverá cursar ainda, para a conclusão da disciplina, obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária.

Art. 83A- A matrícula por transferência, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, deve:

I. no processo de escolarização com a mesma organização de ensino, considerar os registros de nota e carga horária do estabelecimento de ensino de origem;

380

a) na disciplina de Língua Espanhola, desconsiderar os registros de notas e carga horária cursada, devendo o aluno reiniciar a disciplina quando houver a oferta da mesma, caso opte novamente por cursá-la.II. no processo de escolarização com a organização de ensino diferente da ofertada na Educação de Jovens e Adultos:a) desconsiderar os registros de nota e carga horária da série/período/etapa/semestre em curso;b) realizar matrícula inicial em até 4(quatro) disciplinas;

Art.90 A- Na organização Coletiva do Ensino Fundamental e Médio, na modalidade de Educação de Educação de Jovens e Adultos, a frequência mínima é de 75% do total da carga horária prevista para cada disciplina.

Art.90 B- Na Organização Individual do Ensino Fundamental e Médio, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, o aluno deve cumprir 100% do total da carga horária de todas as disciplinas, em sala de aula.

Art.90 C- Na modalidade Educação de Jovens, tanto na Organização Individual como na Organização Coletiva, é considerado desistente o aluno que se ausentar por mais de 2 (dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas obtidos.

§1º - O aluno desistente na disciplina, terá o prazo de 2 (dois) anos, a partir da data da matrícula inicial, para ter sua matrícula reativada, aproveitando a carga horária já frequentada e os registros de notas obtidos;

§2º O aluno desistente na disciplina de Língua Espanhola, no seu retorno, deverà reiniciar a disciplina, sem aproveitamento da carga horária cursada e dos registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar Língua Espanhola.

Art. 107A- Na modalidade Educação de Jovens e Adultos serão registradas de 02(duas) a 06(seis) notas por disciplina, que corresponderão a provas individuais escritas e a outros instrumentos avaliativos adotados, aos quais, obrigatoriamente, o aluno submete-se-á na presença do professor.

Art. 107B- Os registros de nota na Educação de Jovens e Adultos , para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, constituir-se-ão de:

- 06(seis) registros de notas, nas disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Língua Portuguesa e Literatura;

- 04(quatro) registros de notas, nas disciplinas de História, Geografia, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna - Inglês, Química, Física, Biologia e Língua Espanhola;

- 02(dois) registros de notas nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia e educação Física.

Art.110 A- Para fins de promoção ou certificação, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina e frequência mínima de 75% do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% na organização individual.

Parágrafo Único – Para fins de certificação e registro do acréscimo da carga horária da disciplina de Língua Espanhola na documentação escolar, o aluno deverá atingir a média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% do total da carga horária da disciplina.

381

Art.110 B- A idade mínima para o obtenção do certificado de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na Educação de Jovens e Adultos é a estabelecida na legislação vigente.

Art.111 A - Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno deverá atingir no mínimo a nota 6,0(seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das avaliações processuais.

Parágrafo Único- O aluno que não atingir a nota 6,0(seis vírgula zero) em cada registro de nota terá direito à recuperação de estudos.

Art.114. (mantido...)Parágrafo Único- Na modalidade Educação de Jovens e Adultos, o aluno que optar

por frequentar as aulas de Ensino Religioso, terá carga horária da disciplina incluída no total da carga horária do curso desde que tenha no mínimo 75% (setenta e cinco por cento) de frequência.

Art.117 A- Na modalidade de Educação de jovens e Adultos, a Média final (MF) para cada disciplina corresponderá à média aritmética dos Registros de Notas, resultantes das avaliações realizadas.

Média Final ou MF= soma dos registros de notas número de registros

Art. 118A – Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer aproveitamento integral de estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de cursos organizados por disciplina, por etapas, cuja matricula e resultados finais tenham sido realizados por disciplinas ou de Exames Supletivos, apresentando a comprovação de conclusão.

Parágrafo Único – O aluno que apresentar a comprovação de conclusão da disciplina de Língua Espanhola, terá o registro do acréscimo da carga horária na documentação escolar.

Art. 118B - O aluno oriundo de organização de ensino por série/ período/etapa/semestre concluída com êxito, poderá requerer na matrícula inicial da disciplina aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de conclusão da série/período/etapa/semestre a ser aproveitada.

§1º - para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, o aproveitamento de de série e de período(s) / etapa(s) / semestre(s) concluídos com êxito, equivalente (s) à conclusão de uma série do ensino regular, será de 25% da carga horária total de cada disciplina da EJA. §2º - a última série/período/etapa/semestre, de cada nível de ensino, não será aproveitada.§3º - Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular do Ensino Fundamental - Fase II e obter as seguintes quantidades de registros de nota:Língua Portuguesa e Matemática, aluno com aproveitamento de estudos de:

25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;75%, deverá ter 2 (dois) registros de notas.

382

Geografia, História, Ciências naturais e Língua Estrangeira Moderna, aluno com aproveitamento de estudos de:

• 25%, deverá ter 3 (três) registros de notas.• 50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;• 75%, deverá ter 1 (um) registro de nota;

Arte e Educação Física, aluno com aproveitamento de estudos de:

• 25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;• 50%, deverá ter 1 (um) registro de nota;• 75%, deverá ter 1 (um) registro de nota.•

§4º - Considerando o aproveitamento de estudos, o aluno deverá cursar a carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular do Ensino Médio e obter as seguintes quantidades de registros de nota:I. Língua Portuguesa e Literatura e Matemática, aluno com aproveitamento de estudos de:

• 25%, deverá ter 4 (quatro) registros de notas;• 50%, deverá ter 3 (três) registros de notas;

II. GEOGRAFIA, HISTÓRIA, LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA, QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA,

ALUNO COM APROVEITAMENTO DE ESTUDOS DE:

• 25%, deverá ter 3 (três) registros de notas;• 50%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;

III. Arte, Filosofia, Sociologia e Educação Física, aluno com aproveitamento de estudos de:

o) 25%, deverá ter 2 (dois) registros de notas;p) 50%, deverá ter 1 (um) registro de nota;

§ 5º – O aluno oriundo de organização de ensino por série/período/etapa/semestre concluída com êxito e com a disciplina de Língua Espanhola em curso, de forma opcional, está não terá aproveitamentos de estudos na EJA. Art. 123 – O estabelecimento de ensino procederá equivalência de estudos incompletos cursados no exterior e equivalentes ao Ensino Fundamental ou Médio.

Art. 123 A – O estabelecimento de ensino procederá a equivalência de estudos completos realizados no exterior e correspondentes ao Ensino Fundamental, para os alunos que pretendam matrícula no Ensino Médio.

Art. 124 – O estabelecimento de ensino para a equivalência e revalidação de estudos completos e incompletos, seguirá orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação e observará:

I. a IV (mantido...)

Art. 141 . (mantido...)

383

I a V (mantido ....)VI. Ficha de Registro de Nota e Frequência para a Organização Individual Educação de Jovens e Adultos.

Art.144.(mantido...)I.(mantido...)a) (mantido...)b) (mantido...)c) (mantido...)d)Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência da Organização Individual, após 5(cinco) anos.II. (mantido...)a) (mantido...)b) (mantido...)

Art.2 . O Adendo de Acréscimo ao Regimento Escolar nº 002, entrou em vigor a partir do 1º semestre do ano letivo de 2010.

São Sebastião da Amoreira, 06 de dezembro de 2010.

DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE

E NÃO DOCENTE DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES,

E DO PPP.

Ao realizarmos nosso planejamento e a divisão de tarefas e funções, usamos

o critério da igualdade respeitando o profissional sem esquecer que são seres

humanos. Assim procuramos maximizar a utilização dos recursos humanos

assegurando um bom resultado dos serviços prestados pelo colégio.

Para obter bons resultados procuramos orientar os professores e funcionários

sobre as normas do colégio e nossas expectativas em relação ao trabalho que

deverão desenvolver, dando-lhe apoio total em suas dificuldades e fornecendo-lhes

material de apoio quando necessário.

Agindo assim damos oportunidade a todos, damos espaços para iniciativa

própria, acatando as sugestões e adotando muitas vezes procedimentos que

resultam da criatividade que surge no decorrer do processo, sempre pensando em

melhorias.

O reconhecimento do trabalho que professores e demais funcionários

desenvolvem é feito pelo respeito com que todos são tratados e na demonstração

dos desempenhos que trazem bons resultados.

384

A avaliação no Colégio Estadual João Turin é feita continuamente por meio de

atividades propostas aos alunos, cuja periodicidade do sistema de avaliação é

semestral.

Os alunos são assistidos além do professor, pela equipe pedagógica, através

de testes e aconselhamentos. Todo bimestre são preenchidas fichas específicas

para analisar o rendimento escolar, coletando os resultados obtidos pelos alunos e

passados para os pais. A realização de reuniões de pais e professores ainda é a

estratégia mais usada em nossa escola para passarmos a situação real do aluno. Os

problemas de rendimento na aprendizagem são registrados e analisados por

professores e Equipe Técnico Pedagógica, e os resultantes da melhoria de notas

são passadas aos pais. Através dessas medidas podemos detectar alguns

problemas como níveis de rendimento por aluno, por disciplina, índice de faltas e

níveis de evasão. O colégio, por meio das reuniões de pais e visitas às residências,

conseguiu diminuir a evasão escolar, e também conscientizar os mesmos da

importância da qualidade da educação acadêmica na vida da criança.

Portanto, fica evidente que fazemos uma avaliação constante das

expectativas atuais e futuras para que o ensino-aprendizagem torne-se mais

qualitativo, proporcionando ao aluno condições para um melhor desempenho no

Ensino Médio.

Sendo os alunos os principais beneficiários de todas as ações praticadas no

colégio, precisamos estar atentos às suas necessidades e expectativas, para tanto

os mesmos são estimulados a fazer suas reclamações por escrito e também dar

sugestões.

Nossa comunidade sabe que além de ser consultada e informada acerca dos

procedimentos do colégio, pode participar mostrando seus pontos de vista. As

críticas que por ventura surgirem, servirão como tomada de decisões e

procedimentos para melhoria dos serviços prestados por todos os segmentos dessa

Instituição de Ensino.

São Sebastião da Amoreira, 28 de setembro de 2011.

________________________

DIREÇÃO

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Membros do Conselho Escolar:

A partir de 20/05/2010NOME FUNÇÃOExilaine Gaspar PresidenteMagna Lúcia Furlanetto Gaspar Representante da Equipe PedagógicaNelci Soares Vidotti Representante de ProfessoresAnália Lopes da Silva Representante de Professores da EJAConceição Aparecida Siqueira Representante da Equipe AdministrativaBenedita Otaviana de Oliveira Rep. De Auxiliar de Serviços GeraisNeusa Maria Zampieri Ramalho Representante de alunos da EJANadine de Fátima Miguel Representante de alunos 5ª/8ª E.F.Márcia dos Santos Representante de Pais 5ª/8ª EFCristiane Aparecida dos Santos Representante de Pais 5ª/8ª EFMaria de Fátima Ramalho Representante de seguimento da Sociedade

Civil

NOME FUNÇÃORegina Laura Garcia PresidenteLuciano José dos Santos Vice PresidenteConceição Aparecida Siqueira 1ª SecretáriaAdalgiza da Rocha 2ª SecretáriaElza Barbosa de Oliveira Gaspar 1ª TesoureiraMayra Caroline Gaspar Ramalho 2ª ResoureiraSissimary Aparecida Schoveigert Primeira Diretora SócioculturalMarina Aparecida Lopes da Silva Segunda Diretora SócioculturalA partir de 30/05/2010

REFERÊNCIAS:

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CURITIBA, Revista Aprende Brasil – A revista de sua escola Positivo.

CURITIBA, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Ensino Fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais/autores: Angelina Maria Gusso ...[ET AL.]/ organizadores: Arleandra Cristina Talin do Amaral, Roseli Correia de Barros Casagrande, Viviane Chulek. – Curitiba, PR: 2010.

CURITIBA, Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Fica Comigo – Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização da Vida. Informação Técnica da SEED, 2005.

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KRAMER, Sonia. O que é básico na escola básica? Contribuições para o debate sobre o papel social da escola na vida social e na cultura. In: Infância e produção cultural. KRAMER, Sonia. Leite, Maria Isabel F. Pereira. (Org) Campinas: Papirus, p. 11-24,1998.

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SAVIANI, Dermeval, Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 9. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

VASCONCELLOS, Celso. Avaliação: concepção dialética libertadora do processo de avaliação escolar. 15. Ed. São Paulo: Libertad, 2005.

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VIEIRA, Luzia de Teodoro. Estudos de Recuperação. Revista da Educação.