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RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2016 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015 CNPJ/MF 83.878.892/0001-55 | Inscrição Estadual: 250166321 | Reg. CVM: 00246-1 | Nire:42300011274

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RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2016

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015CNPJ/MF 83.878.892/0001-55 | Inscrição Estadual: 250166321 | Reg. CVM: 00246-1 | Nire:42300011274

Sumário

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃOMensagem da Administração 5

1. Apresentação 6

2. Perfil empresarial 6

3. Ambiente Econômico 9

4. Ambiente Regulatório 10

5. Desempenho operacional 12

6. Investimentos 13

7. Desempenho Econômico-Financeiro 15

8. Desempenho Social, Ambiental e Sustentabilidade 17

9. Governança Corporativa 20

10. Balanço Social 22

11. Auditores Independentes 23

12. Agradecimentos 23

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASBalanços Patrimoniais 25

Demonstrações de Resultados 27

Demonstrações das Mutações do Patrimonio Líquido 28

Demonstrações do Resultado Abrangente 29

Demonstrações do Valor Adicionado 30

Demonstrações dos Fluxos de Caixa – Método Indireto 31

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS1. Contexto Operacional 33

2. Base de Preparação 34

3. Resumo das Principais Práticas Contábeis 36

4. Gestão de Risco Financeiro 46

5. Instrumentos Financeiros por Categoria 51

6. Qualidade do Crédito dos Ativos Financeiros 52

7. Caixa e Equivalentes de Caixa 53

8. Contas a Receber de Clientes 54

9. Tributos a Recuperar 56

10. Bonificação de Outorga 57

11. Ativo Indenizatório 58

12. Investimentos 58

13. Imobilizado 60

14. Intangível 63

15. Tributos e Contribuições Sociais 64

16. Taxas Regulamentares 65

17. Transações com Partes Relacionadas 66

18. Resultado com Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ E Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

67

19. Debêntures 70

20. Provisões para Contingências e Depósitos Judiciais 71

21. Patrimônio Líquido 72

22. Seguros 74

23. Receitas 75

24. Custos e Despesas Operacionais 77

25. Resultado Financeiro 79

Eventos subsequentes 80

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

2016

5 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Mensagem da AdministraçãoEm 2016, a Celesc Geração – Celesc G assinou o Contrato de Concessão para serviço de ge-ração das UHEs Garcia, Bracinho, Salto, Palmeiras e Cedros, que foram objeto do Leilão no 12/2015 realizado pela ANEEL no ano anterior. As cinco usinas somam potência instalada de 63,2MW e a concessão é de 30 anos. No ano, a Companhia também realizou o pagamen-to da Bonificação da Outorga dessas novas concessões no valor de R$228,6 milhões, sendo 34% desse valor pago com recursos próprios, constituindo um dos maiores investimentos da história da Empresa.

A Empresa também assinou o Termo Aditivo ao Contrato de Concessão, o qual formalizou a au-torização para repotenciação da PCH Celso Ramos, cuja potência instalada passará de 5,4MW para 12,8MW, com concessão prorrogada por 20 anos, tendo as obras previstas para iniciarem em 2017. Iniciou, ainda, a implantação da automação da Usina Bracinho e iniciou a contratação da automação das CGHs São Lourenço, Rio do Peixe e Piraí, para realização em 2017.

Concluiu a implantação do Centro de Operação da Geração – COG, que opera e supervisio-na em tempo integral e real todo parque gerador próprio, garantindo maior confiabilidade das usinas.

Também iniciou a contratação de consultoria para gestão sócio-patrimonial e regularização imobiliária de suas propriedades, visando conservar adequadamente o entorno dos reserva-tórios das usinas bem como viabilizar alienação de áreas não vinculadas à concessão.

Em 2016, o volume de investimentos próprios foi muito superior ao realizado nos anos an-teriores, devido majoritariamente à bonificação da outorga das cinco usinas adquiridas no Leilão. A Empresa manteve investimento na construção da PCH Garça Branca em parceria com investidores privados, cuja conclusão está prevista para 2017. Também adquiriu 1,07% de participação na Companhia Energética Rio das Flores, totalizando 26,07% do capital social.

A Celesc G produziu 68,42 megawatts médios de energia elétrica em seu parque de 12 usinas, correspondendo a aproximadamente 102% da Garantia Física.

Na área de meio ambiente, concluiu a regularização da outorga dos recursos hídricos de todas as usinas, que visa assegurar o controle quantitativo e qualitativo do uso da água. Com isso, a Empresa assegura o efetivo exercício do acesso ao uso da água, além de reduzir a probabili-dade de perdas na capacidade de produção de energia assegurada.

Como parte dessa responsabilidade, realiza também gerenciamento de resíduos sólidos, mo-nitorando sua produção e realizando a destinação final adequada. No último ano, o descarte de 50 toneladas de material foi feito por meio de incineração e reciclagem.

As ações da Celesc G visam continuar fortalecendo o seu posicionamento no segmento de ge-ração. O detalhamento de informações, neste Relatório de Administração, demonstra que ela cumpre o seu planejamento estratégico e contribui para a sustentabilidade de seu grupo em-presarial, consolidando a Celesc como um grande player de mercado.

Cleverson SiewertDiretor Presidente

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1. ApresentaçãoSenhoras e Senhores Acionistas,

Apresentamos o Relatório Anual da Administração e as Demonstrações Financeiras da Celesc Geração S.A. – Celesc G, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2016, acompanhados do Relatório dos Auditores Independentes, da Manifestação do Conselho de Administração e do Parecer do Conselho Fiscal.

As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e são apresentadas de acordo com o padrão contábil estabelecido pelo International Accouting Standards Board – IASB, denominado Inter-national Financial Reporting Standards – IFRS, consubstanciado na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários – CVM no 457 de 13 de julho de 2007, pelos pronunciamentos aprovados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e pelas normas específicas aplicáveis às concessionárias de serviço público de energia elétrica estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

2. Perfil empresarialA Celesc G é a subsidiária integral das Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc, que responde pela operação, manutenção, expansão e comercialização do parque gerador da Companhia, atualmente formado por 2 (duas) Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, 6 (seis) Usinas Hidrelétricas – UHEs e 4 (quatro) Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGHs de proprie-dade integral da empresa e 5 (cinco) PCHs desenvolvidas em parceria com investidores priva-dos, no formato de Sociedade de Propósito Específico – SPE.

O parque de geração própria possui 106,75MW de potência instalada, conforme quadro a seguir.

Quadro 1 – Parque Gerador Próprio – Usinas 100% Celesc G

Geradora Localidade

Potência Instalada

(MW)Data de Vencimento

da ConcessãoPalmeiras Rio dos Cedros/SC 24,60 07/11/2046Bracinho Schroeder/SC 15,00 07/11/2046Garcia Angelina/SC 8,92 05/01/2046Cedros Rio dos Cedros/SC 8,40 07/11/2046Salto Blumenau/SC 6,28 07/11/2046Celso Ramos Faxinal do Guedes/SC 5,40 17/03/2035Pery Curitibanos/SC 30,00 09/07/2017Caveiras Lages/SC 3,83 10/07/2018Ivo Silveira Campos Novos/SC 2,60 (i)Piraí Joinville/SC 0,78 (i)São Lourenço Mafra/SC 0,42 (i)Rio do Peixe Videira/SC 0,52 (i)Total da Capacidade Instalada 106,75

Fonte:DGT/DPEG

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(i) As CGHs, com potência inferior a 5MW, estão dispensadas do ato de concessão, não pos-suindo, portanto, data de vencimento. A conversão do regime de concessão de “serviço públi-co” para “registro” junto à ANEEL já foi concluída.

A Celesc G possui também projetos de ampliação do parque gerador próprio, em estágio de desenvolvimento dos estudos energéticos e de obtenção dos licenciamentos ambientais, con-forme quadro a seguir:

Quadro 2 – Projetos de expansão da geração - Parque próprio

Investimentos em Ampliação e Novas Usinas

PotênciaInstalada (MW)

Acréscimo da Potência (MW)

Potência Final (MW)

PCH Celso Ramos 5,40 7,42 12,82

UHE Salto 6,28 23,72 30,00

UHE Cedros – Etapa I 8,40 3,60 12,00

UHE Cedros – Etapa II 12,00 1,00 13,00

UHE Palmeiras 24,60 0,75 25,35

CGH Maruim - 1,40 1,40

PCH Rio do Peixe 0,52 9,00 9,00

UHE Caveiras 3,83 10,00 1,83

Subtotal 61,03 56,89 105,40

Fonte:DGT/DPNN

2.1. Participações

As participações da Celesc G incluem as SPEs Rondinha Energética (32,5% participação), Pai-nel Energética (32,5% participação), Campo Belo Energética (30,0% participação), Companhia Energética Rio das Flores (26,07% participação), Xavantina Energética (40,0% participação) e Garça Branca (49,0% participação)

As SPEs Rondinha, Rio das Flores e Xavantina já estão em operação e a SPE Garça Branca teve obra iniciada no primeiro semestre de 2015 com perspectiva de entrada em operação em abril de 2017. As SPEs Campo Belo e Painel estão em fase de revisão de projeto.

O parque de geração em parceria com investidores privados no formato de Sociedades de Propó-sito Específicos – SPE possui 25,28MW. A potência equivalente à participação societária da Celesc G nesses empreendimentos é de 8,05MW de potência instalada, conforme quadro adiante.

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Quadro 3 – Novos empreendimento em operação – Participação minoritária

Usinas LocalizaçãoPrazo de

Concessão

Potência Instalada

(MW)Participação

Celesc G

Equivalente Potência

Instalada (MW)

PCH Prata (i) Bandeirante/SC 13/05/2039 3,00 26,07% 0,78

PCH Belmonte (i) Belmonte/SC 13/05/2039 3,60 26,07% 0,94

PCH Bandeirante (i) Bandeirante/SC 13/05/2039 3,00 26,07% 0,78

PCH Rondinha Passos Maia/SC 14/10/2040 9,60 32,50% 3,12

PCH Xavantina Xanxerê/SC 08/04/2040 6,08 40,00% 2,43

Total - MW 25,28 8,05

Fonte:DGT/DPNN

(i) O Complexo Energético Rio das Flores é formado pelas PCHs Prata, Belmonte e Bandeirante.

A Celesc G possui participação societária em outros três empreendimentos, ainda em estágio de desenvolvimento, totalizando 25,7MW de potência instalada. A potência equivalente à par-ticipação societária da Celesc G nesses empreendimentos é de 9,18MW de potência instalada, conforme quadro a seguir:

Quadro 4 – Novos Empreendimentos em Desenvolvimento – Participação Minoritária

Usinas LocalizaçãoPrazo de

Concessão

Potência Instalada

(MW)Participação

Celesc G

Equivalente Potência

Instalada (MW)

Estágio do Desenvol-

vimento

PCH Garça Branca Anchieta/SC 26/08/2044 6,50 49,00% 3,19 Em obras

PCH Painel São Joaquim/SC 19/03/2043 9,20 32,50% 2,99Em

projeto

PCH Campo Belo Campo Belo do Sul/SC 20/05/2044 10,00 30,00% 3,00Em

projeto

Total - MW 25,70 9,18

Fonte:DGT/DPNN

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3. Ambiente Econômico

3.1. Macroeconomia

A projeção é que a economia brasileira tenha encerrado 2016 com queda de 3,39% como reflexo da crise que afeta o País. O Índice Nacional do Consumidor Amplo – IPCA, calculado pelo Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, teve alta de 6,29% no ano e o Índice Geral de Pre-ços do Mercado – IGP-M, medido pela Fundação Getúlio Vargas, fechou em 7,17%.

A taxa de juros Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC, determinado pelo Comitê de Política Monetária – COPOM, ficou em 13,75% ao ano. A taxa de juros real (juros nominal expurgado da inflação) fechou em 7,01%.

3.2. Economia Catarinense

No balanço do ano, o desempenho econômico de Santa Catarina esteve muito aquém do seu potencial, como reflexo ainda da recessão iniciada em 2015, mas seu resultado ficou acima da média nacional, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC.

Conforme dados acumulados, o recuo da indústria catarinense ficou em 4%, enquanto o índice brasi-leiro foi 6,5%, e dois setores apresentaram avanço na produção: Alimentos (3%), e Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (2,9%). As vendas externas catarinenses aumentaram 16% em dezembro de 2016 em comparação a novembro, mês anterior, e 23,2% em relação a dezembro de 2015.

Esse desempenho foi apoiado essencialmente pela exportação de automóveis para os Esta-dos Unidos, de carne suína para a China e de soja para a Rússia. Com isso, o comércio interna-cional deu claros sinais de recuperação e Santa Catarina se posicionou, entre todos os esta-dos, como o 7o maior exportador nacional e o 5o maior importador.

Na avaliação da FIESC, os níveis de atividade industrial e emprego de 2014 somente serão vis-tos novamente no decorrer dos próximos anos, dependendo da velocidade da recuperação da macroeconomia.

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4. Ambiente Regulatório

4.1. Leilão no 12/2015 - Conversão para Regime de Exploração Híbrido (Cotas + ACL)

A Celesc G participou do Leilão no 12/2015 de Contratação de Concessões de Usinas Hidrelétricas em Regime de Alocação de Cotas de Garantia Física e Potência, realizado pela ANEEL no dia 25 de novembro 2015, readquirindo a concessão das UHEs Garcia, Palmeiras, Bracinho, Cedros e Salto, que foram abrangidas pela Lei Federal no 12.783, de 11 de janeiro de 2013, por não terem aderido aos termos de prorrogação antecipada das concessões e tiveram suas concessões licitadas.

Os Contratos de Concessão para Serviço de Geração foram assinados em 05 de janeiro de 2016. A potência instalada das UHEs adquiridas soma 63,20MW e pela Bonificação de Outorga foi pago R$228,6 milhões.

4.2. Concessão PCH Celso Ramos

Em 3 de fevereiro de 2016, a Celesc G e a ANEEL assinaram o segundo Termo Aditivo ao Contra-to de Concessão de Uso do Bem Público no 006/2013 com o objetivo de formalizar a ampliação e a prorrogação da PCH Celso Ramos. As obras para ampliação da PCH Celso Ramos devem ter início ainda no ano de 2017.

Tal processo teve início em 17 de março de 2015 quando, por meio da Resolução Autorizati-va no 5.078, a ANEEL autorizou a ampliação da potência instalada da PCH Celso Ramos, de 5,40MW para 12,82MW, e a prorrogação da concessão pelo prazo de 20 anos, a contar da da-ta de publicação da Resolução, condicionada à entrada em operação comercial das unidades geradoras 3 e 4 até a data de vencimento da atual concessão, que vence em 2021.

4.3. Concessão PCH Pery

A Celesc G mantém, em âmbito judicial, a discussão sobre a concessão da Usina Pery, com a obtenção de liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região, a qual suspen-deu o prazo para assinatura do Termo Aditivo ao Contrato de Concessão no regime de co-tas, até o trânsito em julgado da ação judicial ou o término do prazo atual de concessão (ju-lho/2017), o que ocorrer primeiro. A usina estaria entre os empreendimentos contemplados pela MP 579/12, Lei Federal no 12.783, de 11 janeiro de 2013.

Recentemente, o Governo Federal publicou a Resolução no 03, de 13 de setembro de 2016, pre-vendo em seu Artigo 1o, X, a licitação da Usina Pery no âmbito do Programa de Parcerias de In-vestimentos – PPI, da Presidência da República.

Após análise dos fatores que levaram à inclusão da Usina Pery no rol dos ativos a serem licitados no PPI, constatou-se que a Procuradoria do MME, quando consultada pelo Ministério de Planeja-mento sobre a existência de impedimentos para a licitação da Usina Pery, não constatou que a Ce-lesc G estava amparada por liminar judicial. A Celesc G manifestou-se junto ao MME e ANEEL acer-ca de tal impossibilidade e, no momento, aguarda manifestação desses órgãos.

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4.4. Concessão UHE Caveiras

Com promulgação da Lei Federal no 13.360, de 17 de novembro de 2016, vencido o prazo de conces-são atual, a usina Caveiras não mais se submeterá ao regime de cotas e manterá sua titularidade pela Celesc G, sem prazo de concessão definido, uma vez que será exigido pelo Poder Concedente apenas o registro da usina junto à ANEEL, por ter capacidade instalada inferior a 5MW.

Em paralelo, a Celesc G vem trabalhando junto à ANEEL o encaminhamento de registro de es-tudos de inventário referente ao trecho do rio onde está situada a UHE Caveiras, objetivando contemplar a ampliação da capacidade de geração, atingindo o potencial ótimo de explora-ção, elevando a receita financeira da empresa e garantindo a titularidade sobre a usina.

4.5. Fator de Ajuste da Garantia Física – GSF

A Celesc G interpôs Ação Judicial contra a União e ANEEL requerendo que as essas determi-nem à CCEE a revisão da forma de cálculo do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, bem como que lhe seja garantido o aporte de energia equivalente à garantia física, Generation Scaling Factor – GSF, postura similar àquela adotada por outros agentes de geração, objeti-vando mitigar os riscos advindos do regime hidrológico desfavorável e da geração de energia abaixo da Garantia Física.

Por meio da ação, a Celesc G busca a suspensão do registro dos custos incorridos pelos geradores hidrelétricos, decorrentes da aplicação do GSF, que é a divisão entre a energia gerada total e a so-ma das garantias físicas das usinas participantes do MRE. Esse fator é aplicado à garantia física de todas as usinas, resultando na chamada “garantia física ajustada”, uma vez que a frustração da ge-ração hidrelétrica no cenário atual decorre tanto de ordem estrutural quanto conjuntural.

Em 05 de agosto de 2015, foi emitida a decisão judicial pela 5a Vara Federal, do Tribunal Regional Federal da 1a Região, que deferiu o pedido liminar vindicado, concedendo parcialmente a tutela antecipada e determinando que a ANEEL e a CCEE abstenham-se de proceder ao ajuste do MRE, caso haja geração total do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE em montante inferior à garantia física desse mesmo conjunto, de forma a limitar a incidência do fator de ajuste GSF ao percentual máximo de 5% do total da garantia física das demandantes.

Segundo declaração do diretor-geral da ANEEL, a Agência vai continuar trabalhando para sus-pender todas as demais liminares que impedem ou limitam a cobrança do risco hidrológico das usinas com contratos no mercado livre. A ANEEL vai usar a decisão do STJ para pedir tra-tamento similar em outras instâncias judiciais onde existem sentenças provisórias favoráveis aos geradores. Neste sentido, atualmente a Celesc G está realizando análise estratégica quan-to à atuação no caso, bem como avaliação das movimentações de mercado, a fim de anteci-par medidas, caso sejam necessárias.

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5. Desempenho operacional5.1. Geração de Energia Elétrica

Em 2016, foram gerados 68,416 Megawatts Médios (MWmédios) pelas 12 usinas próprias da Celesc G, o que equivale a 600,968 Gigawatts-hora (GWh). Isso representa o aproveitamento de 64,09% da potência instalada total de 106,75MW e equivale a aproximadamente 102% da Garantia Física.

O quadro a seguir detalha a geração de energia líquida (já descontadas todas as perdas e con-sumos internos das usinas) em 2016.

Quadro 5 – Geração de Energia

USINASGeração de Energia Líquida

em GWh (2016)Geração de Energia Líquida

em GWh (2015)

Bracinho 61,882 71,543

Caveiras 25,938 27,521

Cedros 65,333 60,771

Celso Ramos 42,239 40,749

Garcia 65,676 65,202

Ivo Silveira 22,168 20,734

Palmeiras 150,168 134,332

Pery 130,226 128,946

Piraí 3,905 4,180

Rio do Peixe 4,139 3,659

Salto 26,363 30,053

São Lourenço 2,930 2,373

Total 600,967 590,063

Fonte:DCL/DPCM

5.2. Centralização da Operação

Em meados de 2016, entrou em operação o Centro de Operação próprio da Celesc G. Com a alocação de 6 técnicos, o COG opera e supervisiona todo o parque gerador próprio, em turnos que cobrem 24 horas por dia, sete dias por semana.

5.3. Regularização Patrimonial

Em 2016, foi lançado edital para contratação de empresa para prestação de serviço de apoio à gestão sócio patrimonial e à regularização imobiliária dos empreendimentos da Celesc G. A gestão sócio-patrimonial possibilitará a regularização das ocupações indevidas no entorno dos reservatórios. A regularização imobiliária possibilitará o desmembramento de áreas não vinculadas à concessão e que poder ão ser posteriormente alienadas.

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6. InvestimentosA Celesc G investiu na modernização e expansão do seu parque gerador, composto por usinas de sua propriedade integral e usinas em parceria com investidores privados por meio da com-posição de SPE. Em 2016, os investimentos totalizaram R$235,9 milhões, proveniente princi-palmente da aquisição das usinas do Leilão no 12/2015.

Quadro 6 – Investimentos Realizados

2016 2015 Variação

Investimentos em SPEs 5.498 10.956 -49,82%

Imobilizado/Intangível 1.808 3.231 -44,04%

Concessão de Usinas 228.560 - -

Total 235.866 14.187 1.562,55%

Fonte:DEF/DPCO

6.1. Ampliação da Geração Própria

Na área de geração, foram investidos R$228,6 milhões em novas concessões, objetivando o cres-cimento da capacidade de geração própria. Os novos contratos foram assinados em janeiro e per-mitem à Celesc G continuar explorando, pelos próximos 30 anos, os serviços de geração das usinas Salto Weisbach, em Blumenau; Cedros e Palmeiras, em Rio dos Cedros; Garcia, em Angelina; e Bra-cinho, no município de Schroeder, que totalizam 63,2MW de capacidade instalada.

A Celesc aportou R$228,6 milhões à União a título de bônus da outorga e receberá, pelos servi-ços prestados, remuneração anual de R$68,9 milhões sendo que, a partir de 2017, poderá ven-der 30% da garantia física de geração das usinas em ambiente de contratação livre.

6.2. Melhorias e revitalização do parque gerador

Em 2016, a Celesc G iniciou o processo de implantação da automação da UHE Bracinho, com investimentos de R$158 mil. O objetivo do projeto, que soma investimentos de R$3 milhões, é de reduzir o custo operacional da usina e tornar mais confiável a operação e a manutenção de suas unidades geradoras. No ano, também foi lançado edital para automação das CGHs Rio do Peixe, Piraí e São Lourenço. A execução desse contrato ocorrerá em 2017.

Também foram investidos R$274 mil na implantação do limpa-grades na tomada d’água para a casa de força da usina Celso Ramos.

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6.3. Ampliação da participação em SPEs

Em parceria com investidores privados, foram realizados investimentos para construção da PCH Garça Branca, reforço no caixa da PCH Xavantina e aumento de participação acionária na companhia Rio das Flores, totalizando R$5,5 milhões.

No ano, a Celesc G ampliou sua participação acionária na Companhia Energética Rio das Flores, formada pelas PCHs Prata, Belmonte e Bandeirante, aumentando seu capital social de 25,00% pa-ra 26,07%, contribuindo para o aumento da potência instalada equivalente de 2,4MW para 2,5MW.

Vale destacar a manutenção dos investimentos na construção da PCH Garça Branca, de 6,5MW de potência instalada. O empreendimento, localizado nos municípios de Anchieta e Guaraciaba na região Extremo Oeste do Estado de Santa Catarina, teve início em abril de 2015 e a previsão de início da operação comercial da Usina é para o primeiro semestre de 2017. O orçamento pre-visto da obra é de R$55 milhões, sendo que, em 2016, a Celesc G investiu R$2,45 milhões.

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7. Desempenho Econômico-FinanceiroA Celesc G registra, no exercício findo em 31 de dezembro de 2016, Lucro Líquido de R$25.143 mil, que representa uma redução de 25,29% em relação ao apurado no ano de 2015, quando a empresa alcançou Lucro Líquido de R$33.654 mil.

Por meio dos indicadores econômicos, as informações do desempenho da Celesc G em 31 de dezembro de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior, são as seguintes:

A Celesc G encerrou o exercício de 2016 com uma Receita Operacional Bruta – ROB de R$137,3 milhões, inferior 8,13% em relação a 2015 de R$149,5 milhões.

Este resultado é atribuído à queda do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD no ano de 2016, alcançando uma média de R$92,40MWh, enquanto que em 2015 a média foi de R$282,43MWh.

Quadro 7 – Desempenho Econômico-Financeiro

Dados Econômico-Financeiros

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015 AH

Receita Operacional Bruta – ROB 137.335 149.496 -8,13%

Receita Operacional Líquida – ROL 125.885 133.897 -5,98%

Resultado das Atividades 57.527 34.532 66,59%

EBITDA Ajustado 93.911 97.269 -3,45%

EBITDA 75.773 104.029 -27,16%

Margem EBITDA Ajustado (EBITDA/ROL) 74,60% 72,64% 1,96 p.p.

Margem EBITDA (EBITDA/ROL) 60,19% 77,69% -17,50 p.p.

Margem Líquida (LL/ROL) 19,97% 25,13% -5,16 p.p.

Resultado Financeiro (18.446) 16.767 -210,01%

Ativo Total 569.616 424.070 34,32%

Imobilizado 158.449 174.805 -9,36%

Patrimônio Líquido 389.742 372.169 4,72%

Lucro Líquido 25.143 33.654 -25,29%

Fonte:DEF/DPCO

O Resultado Financeiro líquido de 2016 foi negativo em R$18,4 milhões, já em 2015 o resultado foi de R$16,8 milhões. Essa variação é explicada pela redução de 44,78% das receitas financeiras, de-corrente principalmente do encerramento do contrato de mútuo de R$110 milhões celebrado en-tre Celesc G e Celesc Distribuição em dezembro de 2015. Além disso, as Debêntures emitidas em março de 2016 geraram uma despesa financeira de R$22,3 milhões para o ano corrente.A movimentação do Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização –EBITDA/LAJIDA está detalhada a seguir:

16 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Quadro 8 – Conciliação Ebitda

Conciliação do EBITDA - R$MIL

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Lucro Líquido 25.143 33.654

IRPJ e CSLL Corrente e Diferido 13.938 17.645

Resultado Financeiro 18.446 (16.767)

Depreciação e Amortização 36.384 62.737

(=) EBITDA 93.911 97.269

(-) Efeitos Não Recorrentes

Provisão Teste Impairment em Controlada 9.500 29.895

Reversão Teste Impairment em Controlada (21.280) (12.056)

Reversão da Provisão para Perdas do Imobilizado (6.358) (11.079)

(=) EBITDA Ajustado por Efeitos Não Recorrentes 75.773 104.029

Fonte:DEF/DPCO

Em 2016 a geração operacional de caixa, medida pelo EBITDA (ajustado por efeitos não recor-rentes), totalizou R$75,8 milhões, apresentando um decréscimo de 27,16% em relação aos R$104,0 milhões apurados no ano anterior.Essa redução se deu, além da redução da ROB em decorrência da baixa do PLD, à constituição de provisão para perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa no valor de R$10,6 mi-lhões decorrente das incertezas do recebimento pela liquidação no mercado de curto prazo referente aos ajustes das medidas liminares acerca do GSF.

17 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

8. Desempenho Social, Ambiental e Sustentabilidade

8.1. Sustentabilidade

A Sustentabilidade é o grande princípio do Plano Diretor Celesc 2030, que resume os objeti-vos e as metas de longo prazo estabelecidas para a administração sustentável do Grupo Ce-lesc. Seus pilares estratégicos são potenciar a geração de valor; criar valor com crescimento e transformar o Grupo Celesc por meio dos empregados. Com isso, a Sustentabilidade está fo-cada no reforço e valorização de compromissos com Pessoas; Governança Corporativa; Res-ponsabilidade Socioambiental; e Gestão Pública.O compromisso com a Sustentabilidade na Celesc G está amparado em Políticas corporativas e Programa Socioambiental. A Companhia também possui sua Declaração de Mudanças Cli-máticas, em que estabelece ações para promover a sustentabilidade em toda a cadeia produ-tiva. A adoção de medidas de uso de matérias-primas renováveis e a redução na emissão de gases do efeito estufa e de resíduos poluentes estão entre os compromissos firmados.

8.1.1. Reconhecimentos

No ano, o Grupo Celesc foi destaque no Guia Exame de Sustentabilidade, que avalia o desempe-nho corporativo de empresas brasileiras considerando quatro dimensões: geral, econômica, social e ambiental, com pontuação máxima de 100 pontos, em cada uma. Na dimensão geral, a Celesc obteve nota 93,7, maior média entre as empresas da mesma categoria. Na dimensão social, a nota final foi 93,8, a maior entre todas as outras finalistas, que tiveram notas abaixo de 90,0.

O conteúdo sobre Sustentabilidade no Grupo Celesc está disponível em link específico, a sa-ber: http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc-holding/sustentabilidade

8.1.2. Execução de Programas Ambientais

Em atendimento às condicionantes das Licenças Ambientais de Operação das Usinas Pery, Cel-so Ramos e LT 138kV Pery-Curitibanos, foi contratada, em 2016, empresa especializada para o auxílio e execução dos programas ambientais, tais como monitoramento de macrófitas, quali-dade da água, monitoramento da ictiofauna, controle de processos erosivos, entre outros. Re-latórios mensais e semestrais serão destinados ao órgão ambiental fiscalizador competente.

8.1.2.1. Inventário de Gases de Efeito Estufa – GEEAnualmente o Grupo Celesc elabora o GEE, considerando a estrutura e forma de gestão da controladora Celesc e suas subsidiárias – Celesc G e Celesc D. Segundo as Especificações do Programa Brasileiro GHG Protocol, podem ser utilizadas duas abordagens para consolidação dos limites organizacionais: controle operacional e participação societária.

Os inventários do Grupo Celesc, com acreditação pelo Instituto Nacional de Metrologia, Quali-dade e Tecnologia – Inmetro, o que rende à empresa o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, são realizados pela abordagem do controle operacional, o que compreende as emis-sões da Celesc e suas subsidiárias.

O inventário está disponível no Registro Público de Emissões no portal: www.registropublicodeemissoes.com.br

18 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

8.1.2.2. Gerenciamento de Resíduos SólidosA empresa possui profissional legalmente habilitado para a implantação, operacionalização e monitoramento de todas as etapas dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos das usi-nas da Celesc G, nelas incluído o controle da disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, atendendo aos dispositivos estabelecidos na Lei Federal no 12.305/2010, a qual trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Em 2016, foram encaminhados para descarte 49,993 toneladas de resíduos entre óleo, bate-rias, equipamentos, lâmpadas e estopas, todos com certificado de destinação final adequa-da, conforme legislação ambiental pertinente. O descarte do material foi feito através de inci-neração, reciclagem ou doação.

A Celesc G também está registrada no Sistema Eletrônico para Controle de Movimentação de Resíduos e Rejeitos – MTR, que permite rastrear o transporte de resíduos sólidos perigosos ao destino final, e utiliza materiais eficazes na contenção de óleo e seus derivados, denominada linha branca, fabricada em polipropileno e material hidrofóbico, que não absorvem água, não propagam fogo, flutuam na água e absorvem até vinte vezes o próprio peso.

8.1.2.3. Monitoramento HidrológicoAs 25 estações de monitoramento hidrometeorológicas da Celesc G operaram regularmente durante o ano. No período, também foram executadas readequações tecnológicas em várias estações telemétricas para a transmissão dos dados via satélite em substituição ao sistema via sinal GPRS Tc65i.

8.1.2.4. Manutenção da Estação Ecológica do BracinhoO Decreto Estadual no 22.768, de 16 de julho de 1984, autorizou a criação da Estação Ecológica do Bracinho, área de 46 milhões de m², no município de Schoroeder – SC, onde se situa a Usina Bracinho, de propriedade da Celesc G, com o objetivo de preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. O local preserva uma faixa de Mata Atlântica e não recebe visitação pú-blica. Em sua área de abrangência, com relevo acidentado, há duas nascentes: os rios Bracinho e Piraí. A Celesc G é responsável por proteger a flora e a fauna do local, uma das regiões mais preservadas do norte de Santa Catarina. Outro objetivo simultâneo é a preservação do regime hidrológico dos rios locais, visando abastecimento regular das represas que atendem às usinas hidrelétricas da região. Toda a delimitação da área pertencente à concessão foi realizada por meio do projeto Sistema de Informações Geográficas – SIG da Celesc G.

8.1.2.5. Outorgas de Uso de ÁguaSegundo a Lei Federal no 9.433/1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, aproveitamentos hidrelétricos estão sujeitos à outorga pelo Poder Público, o que assegura o efetivo exercício dos direitos de acesso à água. Atualmente a empresa possui a outorga de uso da água das usinas conforme quadro a seguir:

19 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Quadro 9 – Portaria para Outorga do Uso da Água

Usina Documento Validade

PCH Pery Resolução ANA 289/2010 10/07/2017

PCH Celso Ramos Portaria SDS 117/2015 23/03/2035

PCH Bracinho Portaria SDS 082/2016 08/11/2046

PCH Palmeiras Portaria SDS 071/2016 08/11/2046

PCH Cedros Portaria SDS 072/2016 08/11/2046

CGH Piraí Portaria SDS 0143/2016 26/07/2036

PCH Salto Weissbach Portaria SDS 0144/2016 08/11/2046

CGH Rio do Peixe Portaria SDS 0210/2016 11/10/2036

PCH Caveiras Portaria SDS 0209/2016 10/07/2018

PCH Garcia Portaria SDS 0263/2016 05/07/2046

CGH São Lourenço Portaria SDS 0286/2016 19/12/2036

CGH Ivo Silveira Pedido DSUST 1022 (20/05/2015) Análise Técnica junto a SDS

Fonte: DGT/DPEG/DVMN

8.1.2.6. Certificado do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA

A Celesc G se encontra em conformidade com as obrigações cadastrais e de prestação de in-formações ambientais a respeito das atividades desenvolvidas sob o controle e fiscalização do IBAMA, por meio do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais.

20 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

9. Governança Corporativa

9.1. Gestão de Riscos e Controle Interno

O Grupo Celesc, no qual a Celesc G é subsidiária, possui uma Política de Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos disponível em:

http://celesc.firbweb.com.br/wp-content/uploads/2016/06/Politica_Gestao-de-Riscos-e--Controles-Internos.pdf.

O documento orienta a alta administração, gestores e demais empregados na prevenção e mitigação de riscos inerentes aos processos e negócios da Companhia, apontando as dire-trizes a serem observadas para a execução da Gestão Estratégica de Riscos e Controles In-ternos e define as responsabilidades do Conselho de Administração, do Comitê Jurídico e de Auditoria e da Diretoria Executiva.

A estrutura de governança de controles e riscos do Grupo Celesc é organizada da seguinte forma:

O Conselho de Administração, órgão máximo na estrutura organizacional da companhia e de gestão estratégica de riscos, tem como responsabilidade específica acompanhar e avaliar os re-portes de riscos e não conformidades e o nível de conformidade dos processos da organização.

Como órgão de Assessoramento ao Conselho de Administração e também integrando a estru-tura organizacional de gestão de riscos, há o Comitê Jurídico e de Auditoria, cujas responsabi-lidades principais são: acompanhar e avaliar a eficácia dos mecanismos do processo de estão estratégica de riscos e controles internos relatando ao Conselho de Administração os resulta-dos do acompanhamento dos riscos.

Como parte integrante do processo de gestão de riscos, a Diretoria Executiva tem papel funda-mental na identificação, avaliação, controle, mitigação, monitoramento, proposta de limites de riscos e desenvolvimento de planos de ação para mitigação de riscos, acompanhar a exe-cução dos pontos de controle em suas áreas.

A Celesc conta com uma Diretoria de Planejamento e Controle Interno que tem em suas atri-buições o desenvolvimento da gestão estratégica de riscos e controles internos, objetivando assegurar a execução da estratégia de longo prazo do Grupo Celesc.

Na aba Governança Corporativa do portal de Relações com Investidores (www.celesc.com.br/ri), estão disponíveis todas as informações relativas a Estrutura, Estatuto Social, Políticas, Regimentos, Código de Conduta Ética e Contrato de Concessão.

9.2. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é o primeiro nível da escala administrativa. O Conselho tem a missão de cuidar e valorizar o patrimônio bem como maximizar o retorno dos investimentos realizados.

É formado por treze membros, com mandato de 1 (um) ano, sendo sete representantes do acionista majoritário, dos quais três são independentes; quatro representantes dos acionis-tas minoritários, um representante dos acionistas preferencialistas e um representante (elei-to) pelos empregados.

21 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

9.3. Conselho Fiscal

Esse Conselho tem como principais funções analisar as Demonstrações Financeiras e discutir esses resultados com os Auditores Independentes.

É formado por cinco membros, sendo três representantes do acionista majoritário, um repre-sentante dos acionistas preferencialistas e um representante dos acionistas minoritários or-dinaristas.

9.4. Diretoria Executiva

Como parte integrante do processo de gestão de riscos, a Diretoria Executiva tem papel funda-mental na identificação, avaliação, controle, mitigação, monitoramento, proposta de limites de riscos e desenvolvimento de planos de ação para mitigação de riscos, acompanhar a exe-cução dos pontos de controle em suas áreas.

A Diretoria Executiva do Grupo Celesc é formada por sete diretores, indicados e aprovados pe-lo Conselho de Administração. Em 31 de dezembro de 2016, estava assim formada por Diretor Presidente; Diretor de Gestão Corporativa; Diretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos; Dire-tor Comercial; Diretor de Geração e Transmissão e Novos Negócios; Diretor de Finanças e Re-lações com Investidores e Diretor de Planejamento e Controle Interno.

22 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

10. Balanço Social1 - BASE DE CÁLCULO 2016 – Valor (mil reais) 2015 – Valor (mil reais)- Receita Líquida (RL) 125.885 133.897 - Resultado Operacional (RO) 57.527 34.532 - Folha de Pagamento Bruta (FPB) - -

2 - INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Valor (mil reais) % sobre FPB % sobre RL Valor (mil

reais) % sobre FPB % sobre RL

- Alimentação - - - - - - - Encargos Sociais Compulsórios - - - - - - - Previdência Privada - - - - - - - Saúde - - - - - - - Segurança e saúde no trabalho - - - - - - - Educação - - - - - - - Cultura - - - - - - - Capacitação e Desenv. Profissional - - - 27.486 - 20,53 - Creches ou Auxílio-creche - - - - - - - Participação nos Lucros ou Resultados - - - - - - - Outros - - - - - - Total - Indicadores Sociais Internos - - - 27.486 - 20,53

3 - INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil

reais) % sobre RO % sobre RL

- Educação 46.681 81,15 37,08 - - - - Cultura - - - - - - - Saúde e Saneamento - - - - - - - Esporte - - - - - - - Combate à Fome e Segurança Alimentar - - - - - - - Outros - - - - - - Total das Contribuições p/ a Sociedade 46.681 81,15 37,08 - - - - Tributos (excluídos os encargos sociais) 15.554 27,04 12,36 27.977 81,02 20,89 Total - Indicadores Sociais Externos 62.235 108,19 49,44 27.977 81,02 20,89

4 - INDICADORES AMBIENTAIS Valor (mil reais) % sobre RO % sobre RL Valor (mil

reais) % sobre RO % sobre RL

- Investimentos Relac.c/ a Produção/Operação da Empresa 147 0,26 0,12 66 0,19 0,05

- Investimentos em Programas e/ou Projetos Externos - - - - - -

Total dos Investimentos em Meio Ambiente 147 0,26 0,12 66 0,19 0,05- Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para

minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos naturais, a empresa:

(X) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 %

( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

(X) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75 %

( ) cumpre de 0 a 50 % ( ) cumpre de 76 a 100 %

5 - INDICADORES DO CORPO FUNCIONAL 2016 2015- Nº de empregados(as) ao final do período - - - Nº de admissões durante o período -- Nº de empregados(as) terceirizados - - - Nº de estagiários(as) 8 4 - Nº de empregados(as) acima de 45 anos - - - Nº de mulheres que trabalham na empresa - - - % de cargos de chefia ocupados por mulheres 0% 0%- Nº de negros(as) que trabalham na empresa - - - % de cargos de chefia ocupados por negros(as) 0% 0%- Nº de pessoas com deficiência ou neces. especiais - -

23 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

6 - INFORMAÇÕES RELEVANTES QUANTO AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA EMPRESARIAL 2016 Metas 2017

- Relação entre a maior e a menor remuneração na Empresa - -

- Número total de acidentes de trabalho - -- Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos

pela empresa foram definidos por:[X] direção [ ] direção e gerências [ ] todos

os empregados[X] direção [ ] direção e gerências [ ] todos

os empregados- Os padrões de segurança e salubridade no

ambiente de trabalho foram definidos por:[X] direção e gerências [ ] todos os

empregados [ ] todos+ Cipa[X] direção e gerências [ ] todos os

empregados [ ] todos+ Cipa- Quanto à liberdade sindical, ao direito de

negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:

[ ] não se envolve [ ] segue as normas da OIT [ ] incentiva e segue a OIT

[ ] não se envolve [ ] segue as normas da OIT [ ] incentiva e segue a OIT

- A previdência privada contempla: [ ] direção [ ] direção e gerências [ ] todos os empregados

[ ] direção [ ] direção e gerências [ ] todos os empregados

- A participação nos lucros ou resultados contempla: [ ] direção [ ] direção e gerências [ ] todos os empregados

[ ] direção [ ] direção e gerências [ ] todos os empregados

- Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:

[ ] não são considerados [X ] são sugeridos [ ] são exigidos

[ ] não são considerados [X ] são sugeridos [ ] são exigidos

- Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a empresa:

[ ] não se envolve [ ] apoia [X] organiza e incentiva

[ ] não se envolve [ ] apoia [X] organiza e incentiva

- Número total de reclamações e críticas de consumidores(as):

na Empresa: 32 no Procon: 0 na Justiça: 0 na Empresa: 1 no Procon: 0 na Justiça: 0

- % de reclamações e críticas solucionadas: na Empresa: 0%

no Procon: 0%

na Justiça: 0%

na Empresa: 100%

no Procon: ND

na Justiça: ND

- Valor Adicionado total a distribuir (em mil R$):Em

2016: 93.497

26,44% governo 31,08% terceiros

15,59% colaboradores 19,23% retido

7,66% acionistas

Em 2015:

80.697

40,33% governo 15,31% colaboradores

2,65% terceiros 29,82% retido

11,89% acionistas

7 - OUTRAS INFORMAÇÕESA empresa conta com 58 colaboradores cedidos da Celesc Distribuição S.A., sendo que os custos, benfícios, encargos sociais e trabalhistas são integralmente ressarcidos pela Celesc Geração S.A.

CNPJ: 08.336.783/0001-78 UF: SC - Setor Econômico: Serviço Público de Energia Elétrica

Coordenação: Regina Schlickmann Luciano - Fone: (48) 3231-5520 - E-mail: [email protected]: José Braulino Stähelin - CRC/ SC: 18.996/O-8 - Fone: (48) 3231-6030 - E-mail: [email protected]

“Esta empresa não utiliza mão-de-obra infantil ou trabalho escravo, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção”

“Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente”

11. Auditores IndependentesConforme disposições contidas na Instrução CVM no 381, de 14 de janeiro de 2003, e ratifica-das pelo Ofício Circular CVM/SEP/SNC no 01, de 25 de fevereiro de 2005, a Celesc informa que o Auditor Independente não prestou qualquer tipo de serviço além daqueles estritamente re-lacionados à atividade de auditoria externa.

12. AgradecimentosRegistramos nossos agradecimentos aos membros da Administração e do Conselho Fiscal pe-lo apoio prestado no debate e encaminhamento das questões de maior interesse. Nossos re-conhecimentos à dedicação e empenho do quadro funcional, extensivamente a todos os de-mais que, direta ou indiretamente, contribuíram para o cumprimento da missão da Celesc.

Florianópolis, 28 de março de 2017.

A Administração

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2016

25 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Balanços PatrimoniaisEm 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

ATIVO

Circulante 84.194 200.859

Caixa e Equivalentes de Caixa (Nota 7) 18.591 162.573

Contas a Receber de Clientes (Nota 8) 36.868 37.220

Estoques 172 198

Tributos a Recuperar (Nota 9) 82 466

Ativo Financeiro – Bonificação Outorga (Nota 10) 28.242 -

Outras Contas a Receber 239 402

Não Circulante 485.422 223.211

Tributos a Recuperar (Nota 9) 234 202

Depósitos Judiciais (Nota 20) 149 113

Partes Relacionadas (Nota 17) 40.715 488

Ativo Financeiro – Bonificação Outorga (Nota 10) 233.574 -

Indenização da Concessão (Nota 11) 2.421 -

Investimentos (Nota 12) 44.811 39.924

Imobilizado (Nota 13) 158.449 174.805

Intangível (Nota 14) 5.069 7.679

Total do Ativo 569.616 424.070

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

26 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Circulante 21.275 48.657

Fornecedores 7.498 9.023

Debêntures (Nota 19) 1.913 -

Tributos e Contribuições Sociais (Nota 15) 3.453 28.282

Dividendos e Juros sobre Capital Próprio a Pagar (Nota 21) 5.971 7.993

Taxas Regulamentares (Nota 16) 924 2.367

Outras Contas a Pagar 1.516 992

Não Circulante 158.599 3.244

Tributos Diferidos, Líquidos (Nota 18) 7.859 327

Debêntures (Nota 19) 148.106 -

Taxas Regulamentares (Nota 16) 1.695 1.989

Provisão para Contingências (Nota 20) 939 928

Patrimônio Líquido (Nota 21) 389.742 372.169

Capital Social 250.000 145.532

Reservas de Lucros 117.379 182.805

Ajustes de Avaliação Patrimonial 22.363 43.832

Total do Passivo e Patrimônio Líquido 569.616 424.070

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

27 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações de ResultadosEm 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Receita Operacional Líquida – ROL 125.885 133.897

Receita Líquida de Vendas (Nota 23) 125.885 133.897

Custos Operacionais (55.226) (72.168)

(-) Custo de Operação (Nota 24) (55.226) (72.168)

Lucro Bruto 70.659 61.729

Despesas Operacionais (13.132) (27.197)

Despesas com Vendas (Nota 24) (11.418) (742)

Despesas Gerais e Administrativas (Nota 24) (13.148) (9.731)

Provisões Líquidas (Nota 24) 11.769 (16.239)

Outras Receitas/Despesas Líquidas (Nota 24) (34) (340)

Resultado de Equivalência Patrimonial (Nota 12) (301) (145)

Resultado Operacional antes do Resultado Financeiro 57.527 34.532

Receitas Financeiras (Nota 25) 10.306 18.663

Despesas Financeiras (Nota 25) (28.752) (1.896)

Resultado Financeiro, Líquidos (18.446) 16.767

Resultado Operacional antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social 39.081 51.299

Imposto de Renda e Contribuição Social (Nota 18)

Corrente (6.406) (32.730)

Diferido (7.532) 15.085

(13.938) (17.645)

Lucro Líquido do Exercício 25.143 33.654

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

28 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações das Mutações do Patrimonio LíquidoEm 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

CapitalSocial

Reservas de Lucro

Ajustes de Avaliação

Patrimonial

Lucro/ Prejuízo

Acumulado TotalLegalRetençãode Lucros

Dividendos aDisposição

AGO

Saldo em 31 de dezembro de 2014 128.000 5.941 139.592 4.826 72.975 - 351.334

Aumento Capital Social 17.532 - (17.532) - - - -

Dividendos Adicionais Aprovados em AGO - - - (4.826) - - (4.826)

Lucro Líquido do Exercício - - - - - 33.654 33.654

Realização do Custo Atribuído Líquido de Tributos - - - - (29.143) 29.143 -

Juros sobre Capital Próprio e Dividendos Destinados - - - - - (7.993) (7.993)

Constituição de Reservas - 1.683 51.522 1.599 - (54.804) -

Saldo em 31 de dezembro de 2015 145.532 7.624 173.582 1.599 43.832 - 372.169

Aumento Capital Social 104.468 - (104.468) - - - -

Dividendos Adicionais Aprovados em AGO - - - (1.599) - - (1.599)

Lucro Líquido do Exercício - - - - - 25.143 25.143

Realização do Custo Atribuído Líquido de Tributos - - - - (21.469) 21.469 -

Juros sobre Capital Próprio e Dividendos Destinados - - - - - (5.971) (5.971)

Constituição de Reservas - 1.257 38.190 1.194 - (40.641) -

Saldo em 31 de dezembro de 2016 250.000 8.881 107.304 1.194 22.363 - 389.742

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

29 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações do Resultado AbrangenteEm 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Lucro Líquido do Exercício 25.143 33.654

Outros Resultados Abrangentes do Exercício - -

Resultado Abrangente Total 25.143 33.654

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

30 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações do Valor AdicionadoEm 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Receitas

Vendas Brutas de Produtos e Serviços 137.335 149.496

Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa (10.583) -

126.752 149.496

Insumos Adquiridos de Terceiros

Custo das Mercadorias e Serviços Públicos Vendidos (21.583) (16.344)

Materiais, Energia, Serviços de Terceiros e Outros Operacionais (3.431) (1.476)

Recuperação de Ativos 18.138 (6.760)

Valor Adicionado Bruto 119.876 124.916

Depreciação, Amortização e Exaustão (36.384) (62.737)

Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade 83.492 62.179

Valor Adicionado Recebido em Transferência

Resultado de Equivalência Patrimonial (301) (145)

Receitas Financeiras 10.306 18.663

Valor Adicionado Total a Distribuir 93.497 80.697

Distribuição do Valor Adicionado

Pessoal (14.577) (12.352)

Impostos, Taxas e Contribuições (24.721) (32.546)

Juros e Variações Cambiais (28.752) (1.896)

Arrendamentos e Aluguéis (304) (249)

Juros sobre Capital Próprio e Dividendos (7.165) (9.592)

Lucro Retido do Exercício (17.978) (24.062)

Valor Adicionado Distribuído (93.497) (80.697)

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

31 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Demonstrações dos Fluxos de Caixa – Método IndiretoEm 31 de dezembro de 2016 e 2015 (valores expressos em milhares de reais)

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015Resultado Antes do Imposto de Renda e Contribuição Social 39.081 51.299Itens que não Afetam o Caixa:Depreciação e Amortização 36.384 62.737Perda na Baixa de Ativo Imobilizado 267 6Resultado da Equivalência Patrimonial 301 145Ganhos ou Perdas com Participações Societárias 60 (4)Provisões/Reversões para Contingências 11 (1.600)Provisões/Reversões para Perdas do Ativo (11.780) 17.839Realização de Provisão para Perdas (6.358) (11.079)Despesa de Variações Monetárias 22.290 -Receita Financeira de Mútuo (2.227) (11.060)Perdas Estimadas em Crédito de Liquidação Duvidosa 10.583 -Receita Financeira referente a Investimento - (190)Variações nos Ativos e PassivosContas a Receber (10.231) (25.741)Tributos a Recuperar (2.033) (3.714)Estoques 26 (126)Outros Ativos 163 (180)Depósitos Judiciais (36) (24)Ativo Financeiro (261.816) -Fornecedores (1.525) 7.343Tributos a Pagar (3.542) 2.043Taxas Regulamentares 188 1.587Outros Passivos 524 87Caixa Proveniente das (Aplicado nas) Operações (189.670) 89.368Juros Pagos/Recebidos (19.023) -Imposto de Renda e Contribuição Social Pagos (25.308) (38.882)Caixa Líquido Proveniente das (Aplicado) nas Atividades Operacionais (234.001) 50.486Fluxos de Caixa das Atividades de InvestimentosAquisições de Bens do Ativo Imobilizado e Intangível (3.893) (12.209)Investimentos em Participações Acionárias (5.498) (10.766)Pagamento de Mútuo de Partes Relacionadas (38.000) (110.000)Recebimento de Mútuo de Partes Relacionadas - 110.000Juros de Mútuos Recebidos - 11.060Dividendos Recebidos 250 -Redução de Capital em Participações Acionárias - 7.800Caixa Líquido Gerado (Aplicado) nas Atividades de Investimentos (47.141) (4.115)Fluxos de Caixa das Atividades de FinanciamentoIngressos de Debêntures 146.752 -Dividendos e Juros Sobre Capital Próprio Pagos (9.592) (28.956)Caixa Líquido Gerado (Aplicado) nas Atividades de Financiamentos 137.160 (28.956)Aumento/Redução Líquido de Caixa e Equivalentes de Caixa (143.982) 17.415Caixa e Equivalentes de Caixa no Início do Exercício 162.573 145.158Caixa e Equivalentes de Caixa no Final do Exercício 18.591 162.573

As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2016

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 e 2015(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)

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1. Contexto OperacionalA Celesc Geração S.A. – Celesc G, constituída por Escritura Pública em 29 de setembro de 2006, conforme autorizado pela Lei Estadual no 13.570, de 23 de novembro de 2005, é uma socieda-de anônima de capital fechado, constituída sob a forma de subsidiária integral, controlada pela Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc.

A Celesc G tem por objetivo realizar estudos, projetos, construção e operação de Usinas pro-dutoras de energia elétrica, bem como a celebração de atos de comércio decorrentes dessas atividades; participar de pesquisas científicas e tecnológicas de sistemas alternativos ligados à geração de energia elétrica, bem como estudos de aproveitamento de reservatórios para es-se fim; operar os sistemas diretamente, por meio de subsidiárias, empresas associadas e/ou cooperadas; desenvolver, isoladamente ou em parceria com empresas públicas ou privadas, empreendimentos de geração; colaborar para a preservação do meio ambiente de suas ativi-dades; colaborar com os programas relacionados com a promoção e incentivo à indústria na-cional de materiais e equipamentos destinados ao setor de energia elétrica, bem como para sua normalização técnica, padronização e controle de qualidade; e pesquisa científica e tecno-lógica de sistemas alternativos de produção energética e infraestrutura de serviços públicos.

A Celesc G está localizada na Avenida Itamarati, 160 – Bairro Itacorubi, Térreo, bloco A1, Floria-nópolis – Santa Catarina – Brasil, CEP 88.034-900.

1.1. Ambiente Regulatório

O setor de energia elétrica no Brasil é regulado pelo Governo Federal, atuando por meio do Mi-nistério de Minas e Energia – MME, o qual possui autoridade exclusiva sobre o setor elétrico. A política regulatória para o setor é definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

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2. Base de Preparação

2.1. Declaração de Conformidade

As Demonstrações Financeiras foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC e as normas internacionais de relatório financeiro (In-ternational Financial Reporting Standards –IFRS, emitidas pelo International Accounting Stan-dards Board –IASB).

A Administração afirma que todas as informações relevantes próprias das demonstrações contábeis, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às utilizadas por ela na sua gestão.

A presente demonstração foi aprovada pelo Conselho de Administração da Companhia em 24 de março de 2017, conforme estabelecem os artigos 17 e 18 da Deliberação da Comissão de Valores Mobiliários – CVM no 505, de 19 de junho de 2006.

2.2. Base de Mensuração

2.2.1. Moeda Funcional e Moeda de Apresentação

As Demonstrações Financeiras estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Ce-lesc G, e todos os valores arredondados para milhares de reais, exceto quando indicados de outra forma.

2.2.2. Estimativas e Julgamentos Contábeis Críticos

As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na ex-periência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, considera-das razoáveis para as circunstâncias.

Com base em premissas, a Celesc G faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as es-timativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais.

As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de cau-sar um ajuste relevante nos valores contábeis de Ativos e Passivos para o próximo exercício social, estão contempladas a seguir.

a) Imposto de Renda e Contribuição SocialA Celesc G reconhece provisões para situações em que é provável que valores adicionais de impostos sejam devidos. Quando o resultado final dessas questões for diferente dos valores inicialmente estimados e registrados, essas diferenças afetarão os ativos e passivos fiscais atuais e diferidos no período em que o valor definitivo for determinado.

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b) Contingências

A Celesc G atualmente está envolvida em diversas ações de natureza trabalhista e cível, como descrito na Nota 20. Provisões são reconhecidas para os casos que representem perdas prová-veis. A Celesc G tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o seu valor possa ser estimado com segurança. A probabilidade de perda é avaliada baseada nas evidências disponíveis, conforme avaliação dos advogados da Celesc G.

c) Impairment de Ativos não Financeiros

A capacidade de recuperação dos ativos que são utilizados nas atividades é avaliada sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor con-tábil destes ativos for superior ao seu valor recuperável, o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada para novos patamares.

d) Uso do Bem Público – UBP

São os valores contratados relativos ao direito do Uso de Bem Público – UBP para explora-ção do potencial de energia hidráulica decorrentes de contratos de concessão onerosa com a União, demonstrados ao custo amortizado e atualizados pelas taxas de juros ou índices con-tratuais incorridos até a data do balanço, ajustados a valor presente, com base em uma taxa de desconto aprovada pela diretoria da Celesc G.

A obrigação está registrada no Passivo Circulante e Passivo não Circulante segregada dos encar-gos financeiros, e, a despesa financeira e a amortização são reconhecidas no resultado.

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3. Resumo das Principais Práticas ContábeisAs políticas contábeis descritas abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nestas Demonstrações Financeiras.

3.1. Caixa e Equivalentes de Caixa

Caixa e Equivalentes de Caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses ou menos, pronta-mente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignifi-cante risco de mudança de valor.

3.2. Instrumentos Financeiros não Derivativos

3.2.1. Classificação

Os ativos financeiros são classificados nas categorias de empréstimos e recebíveis e disponí-veis para venda. Esta classificação é decorrente da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no re-conhecimento inicial.

a) Empréstimos e RecebíveisFazem parte dessa categoria os ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo.

Os empréstimos e recebíveis da Celesc G compreendem caixa e equivalentes de caixa, bonifi-cação de outorga, contas a receber de clientes e demais contas a receber. Os empréstimos e recebíveis são mensurados pelo custo amortizado, pelo método da taxa de juros efetiva.

b) Ativos Financeiros Disponíveis para Venda

A Celesc G classifica como disponível para venda os recebíveis decorrentes de investimentos em infraestrutura originados nos contratos de concessão de serviços públicos de geração de sujeitos à indenização, uma vez que esse ativo não está cotado em mercado ativo e não pos-sui pagamentos fixos ou determináveis.

3.2.2. Reconhecimento e Mensuração

Os ativos financeiros são reconhecidos pelo seu valor justo, acrescidos dos custos da transa-ção, exceto para aqueles classificados como empréstimos e recebíveis, que, após o reconhe-cimento inicial pelo valor justo, são mensurados pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos.

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3.2.3. Compensação de Instrumentos Financeiros

Ativos e Passivos Financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço pa-trimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo si-multaneamente.

3.3. Contas a Receber de Clientes

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pelo fornecimen-to e suprimento de energia e pela liquidação de energia no âmbito da CCEE e são reconhecidas ao valor faturado e deduzidas das perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa, que é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de co-brar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. Tem-se co-mo valor da perda estimada a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável.

3.4. Estoques

Os estoques são compostos por materiais destinados à manutenção das operações, contabi-lizados pelo custo médio das compras no ativo circulante e são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor.

3.5. Imposto de Renda e Contribuição Social Correntes e DiferidosAs despesas de imposto de renda e a contribuição social do exercício compreendem os tribu-tos corrente e diferido. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resul-tado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamen-te no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido.

O encargo de imposto de renda e de contribuição social corrente e diferido é calculado com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Celesc G nas apurações de impostos so-bre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações; e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais.

O imposto de renda e a contribuição social correntes são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valo-res contábeis nas Demonstrações Financeiras.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos registrados no ativo são reconhecidos so-mente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas.

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Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos cor-rentes, em geral relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos ativos e passivos em diferentes entidades, em geral são apresenta-dos em separado, e não pelo líquido.

3.6. Investimentos em Coligadas

Coligadas são todas as entidades sobre as quais Celesc G tem influência significativa, mas não o controle, geralmente por meio de uma participação societária de 20% a 50% dos direitos de voto.

Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo Método de Equivalência Patrimonial – MEP, e são inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. A participação nos lucros ou pre-juízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração do resultado. Quando a participação nas perdas de uma coligada for igual ou superior ao valor contábil do investimento, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Celesc G não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha in-corrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da controlada em conjunto.

Os ganhos não realizados das operações entre a Celesc G e suas coligadas são eliminados na proporção da sua participação. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As polí-ticas contábeis das coligadas são alteradas, quando necessário, para assegurar consistência com as políticas adotadas pela Celesc G.

Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos em participações em coligadas, são reconheci-dos na Demonstração do Resultado.

3.7. Depósitos Judiciais

A Celesc G mantém registrado nesta rubrica valores e suas atualizações depositados para fa-zer jus ao contingenciamento dos processos judiciais (trabalhistas e cíveis).

3.8. Imobilizado

O Imobilizado compreende, principalmente, reservatórios, barragens, adutoras, edificações, obras civis e benfeitorias. O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico, menos depre-ciação acumulada e quaisquer perdas por impairment. Esse custo histórico foi ajustado para refletir o custo atribuído de reservatórios, barragens, adutoras, edificações, obras civis e ben-feitorias na data de transição para o IFRS. O custo histórico inclui os gastos diretamente atri-buíveis à aquisição dos itens. O custo de ativos construídos pela própria Celesc G inclui:

a) o custo de materiais e mão de obra direta;

b) quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e condição necessária para que sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administração;

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c) os custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis.

Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que existam benefícios econômi-cos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos são registrados no Imobilizado. Em caso de reparos e ma-nutenções, os custos incorridos são lançados em contrapartida ao resultado do exercício.

Quando partes de um item do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas co-mo itens individuais (componentes principais de imobilizado).

Ganhos e Perdas na alienação de um item do imobilizado (apurados pela diferença entre os recursos advindos da alienação e o valor contábil do imobilizado) são reconhecidos em outras Receitas/Despesas operacionais no resultado.

As taxas médias de depreciação estimadas para o exercício corrente são as seguintes:

Administração Percentuais (%)

Prédios e Construções 16,7

Máquinas e Equipamentos 15,0

Veículos 14,3

Móveis e Utensílios 6,3

Geração Percentuais (%)

Prédios e Construções 4,5

Máquinas e Equipamentos 7,6

Reservatórios, Barragens e Adutoras 12,0

Veículos 36,4

Móveis e Utensílios 7,8

Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais são revistos a cada encerra-mento de exercício financeiro e eventuais ajustes são reconhecidos como mudança de esti-mativas contábeis.

As Usinas regidas pelo contrato de concessão no 06/2013 – Pery, Celso Ramos e Caveiras – são depreciadas com base nos prazos de concessão definidos em contrato, exceto para os inves-timentos realizados que são suscetíveis à indenização ao final da concessão, sendo esses de-preciados com base na Resolução ANEEL no 674/2015.

As CGHs São Lourenço, Rio do Peixe e Piraí, por possuírem contrato de registro, são deprecia-das conforme taxas definidas na Resolução ANEEL no 674/2015, uma vez que não possuem prazo de concessão. Os ativos pertencentes à Administração Central da Celesc G são depre-ciados com base nas mesmas taxas.

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Ainda, os investimentos em melhoria realizados nas Usinas arrematadas no leilão 12/2015 – Garcia, Palmeiras, Saldo, Cedros e Bracinho – são depreciados pelo prazo concessão, uma vez que os contratos de concessão 06/2016 e 07/2016 preveem a não indenização ao final da concessão. Já os investimentos realizados em ampliação das Usinas deverão ser depreciados conforme estabelecido na Resolução ANEEL no 674/2015.

3.9. Intangíveis

Os intangíveis são valorizados ao custo de aquisição e/ou construção, incluindo juros capita-lizados durante o período de construção, quando aplicável, para os casos de ativos elegíveis.

3.9.1. ÁgioO ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago ou a pagar e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de aquisi-ções de coligadas é registrado como Investimento.

3.9.2. Programas de Computador – Softwares

Licenças adquiridas de softwares são capitalizadas e amortizadas ao longo de sua vida útil es-timada, pelas taxas descritas na Nota 14.

Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos.

3.9.3. Uso do Bem Público – UBP

O UBP, instituído pela da Lei Federal no 9.074, de 07 de julho de 1995 e alterações, é um fundo de propriedade da União constituído por recursos provenientes dos pagamentos pela concessão, ou autorização, outorgada a produtores independentes para geração de energia elétrica.

Para os bens integrantes da infraestrutura de geração vinculados aos contratos de concessão (UBP) assinados após 2004, sob a égide da Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, que não te-nham direito à indenização no final do prazo da concessão no processo de reversão dos bens ao poder concedente, esses bens, incluindo terrenos, devem ser amortizados com base na vi-da útil econômica de cada bem ou no prazo da concessão, dos dois o menor, ou seja, a amor-tização está limitada ao prazo da concessão.

3.10. Ativo Financeiro

3.10.1. Ativo Financeiro de Concessão – Indenizável

Os ativos de concessão referem-se a créditos a receber da União, quando a Celesc G possui di-reito incondicional de ser indenizada ao final da concessão, conforme previsto em contrato, a tí-tulo de indenizações originadas nos contratos de concessão de serviços públicos de geração de energia elétrica, pelos investimentos efetuados em infraestrutura e não recuperados no período de concessão. Estes ativos financeiros são classificados como disponíveis para venda.

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3.10.2. Bonificação de Outorga

Por tratar-se de um contrato de concessão de serviço público, teve a contabilização embasada no ICPC 01 – Contratos de Concessão, sendo considerado como ativo financeiro, classificado co-mo “empréstimos e recebíveis”, inicialmente estimado com base no respectivo valor justo e pos-teriormente mensurado pelo custo amortizado calculado pelo método da taxa de juros efetiva, não possuindo um mercado ativo, apresentando fluxo de caixa fixo e determinável.Estes valores foram contabilizados inicialmente quando do pagamento na rubrica de Outros Cré-ditos a Receber, em contrapartida a Caixa e Equivalente de Caixa. Mensalmente o saldo é atualiza-do pela TIR e monetariamente pelo IPCA, sendo amortizado o ativo financeiro em contrapartida a receita operacional bruta do faturamento por meio da Receita Anual de Geração – RAG.

3.11. Impairment de Ativos não Financeiros

O imobilizado e outros ativos não financeiros, inclusive o ágio e os ativos intangíveis, são revis-tos anualmente, buscando identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, quando eventos ou alterações indicarem que o valor contábil possa não ser recuperável.Nesse caso, o valor recuperável é calculado para verificar a ocorrência de perda. Havendo perda, ela é reconhecida no resultado pelo montante em que o valor contábil do ativo ultrapassar seu valor recuperável. Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no menor grupo de ativos pa-ra o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente. No caso de ágio e ativos intangí-veis com vida útil indefinida, o valor recuperável é testado anualmente.Para testes de redução no valor recuperável, os ativos são agrupados no menor grupo possível de ativos que gera entradas de caixa pelo seu uso contínuo, majoritariamente independente das entradas de caixa de outros ativos, ou Unidades Geradoras de Caixa - UGCs.Perdas por redução no valor recuperável são reconhecidas no resultado. Perdas reconhecidas referentes às UGCs são inicialmente alocadas para redução de qualquer ágio alocado a esta UGC (ou grupo de UGCs), e então para redução do valor contábil dos outros ativos da UGC (ou grupo de UGCs) de forma pro rata.Uma perda por redução ao valor recuperável é revertida somente na extensão em que o valor contábil do ativo não exceda o valor contábil que teria sido apurado, líquido de depreciação ou amortização, caso a perda de valor não tivesse sido reconhecida. Este procedimento não se apli-ca ao ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill).

3.12. Outros Ativos Circulantes e Não Circulantes

São demonstrados pelos valores de realização (ativos) e pelos valores conhecidos ou calculá-veis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incor-ridas (passivos).

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3.13. Passivos Financeiros não Derivativos

São reconhecidos inicialmente os títulos de dívida emitidos e passivos na data em que são origina-dos. Todos os outros passivos financeiros são reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Celesc G se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento. A baixa de um pas-sivo financeiro ocorre quando suas obrigações contratuais são liquidadas, retiradas ou canceladas.Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.A Celesc G tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: fornecedores, debêntures e outras contas a pagar.

3.14. Fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por encargos de uso da rede elétrica, materiais e serviços adquiridos ou utilizados no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos.Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado.

3.15. Debêntures

A emissão de Debêntures, não conversíveis em ações, destina-se exclusivamente para realiza-ção de Investimentos. As Debêntures são reconhecidas pelo valor justo, líquido dos custos da transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Após o reconhecimento inicial, os custos de transação e os juros atribuíveis, quando incorridos, são reconhecidos no resultado.

3.16. Provisões

As provisões são reconhecidas quando existe uma obrigação presente, legal ou não formaliza-da, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessá-ria para liquidar a obrigação e que uma estimativa confiável do valor possa ser feita.

3.17. Outros Passivos Circulantes e Não Circulantes

São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas.

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3.18. Distribuição de Dividendos e Juros sobre Capital Próprio

São reconhecidos como passivo no momento em que os dividendos são aprovados pelos acio-nistas da Celesc G. O Estatuto Social da Celesc G prevê que, no mínimo, 25% do lucro anual ajustado sejam distribuídos como dividendos; portanto, a Celesc G registra provisão, no encer-ramento do exercício social, no montante do dividendo mínimo que ainda não tenha sido distri-buído durante o exercício até o limite do dividendo mínimo obrigatório descrito acima.

Valores acima do mínimo obrigatório, somente são provisionados quando aprovados em As-sembleia Geral Ordinária – AGO pelos acionistas. O benefício fiscal dos juros sobre o capital pró-prio é reconhecido diretamente no resultado.

3.19. Capital Social

As ações ordinárias e nominativas são classificadas no Patrimônio Líquido.

3.20. Reconhecimento de Receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pelo fornecimento e suprimento de energia no curso normal das atividades. É apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.A receita é reconhecida quando:a) o valor da receita pode ser mensurado com segurança;

b) é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade; e

c) quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades.O valor da receita não é considerado como mensurável com segurança até que todas as con-tingências relacionadas com a venda tenham sido resolvidas. As estimativas são baseadas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as es-pecificações de cada venda.

3.20.1. Fornecimento de Energia Elétrica

Destina-se à contabilização da receita faturada correspondente ao fornecimento de energia elétrica, assim como dos ajustes e adicionais específicos.

3.20.2. Suprimento de Energia Elétrica

Destina-se à contabilização da receita proveniente do suprimento de energia elétrica ao re-vendedor, no Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e comercializado no mercado livre (ACL), bem como dos ajustes e adicionais específicos.

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3.20.3 Energia de Curto Prazo

A Energia de Curto Prazo é um segmento da CCEE onde são contabilizadas as diferenças entre os montantes de energia elétrica contratados pelos agentes e os montantes de geração e de consumo efetivamente verificados e atribuídos aos respectivos agentes. As diferenças apura-das, positivas ou negativas, são contabilizadas para posterior liquidação financeira no Merca-do de Curto Prazo e valoradas ao Preço de Liquidação das Diferenças – PLD.

3.20.4 Receita de Bonificação de Outorga

Por tratar-se de um contrato de concessão entende-se, também, que a receita de juros efetivos vincula-da à correção da parcela do Ativo Financeiro deverá ser classificada como “Receita Operacional”.Para cada Usina existe uma Taxa Interna de Retorno - TIR específica, em consequência do va-lor estabelecido pelo poder concedente para o valor pago de bonificação de outorga e para o valor recebido pelo Retorno da Bonificação de Outorga – RBO. A atualização monetária é cor-rigida pelo IPCA, conforme estabelecido no contrato de concessão.

3.20.5. Receita Financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva.

3.21. Mudanças nas Políticas Contábeis e Divulgações

As seguintes alterações de normas foram adotadas pela primeira vez para o exercício iniciado em 1o de janeiro de 2016 e não tiveram impactos materiais para a Celesc G.

a) CPC 04 (R1) – Ativo Intangível: esclarece a definição da vida útil dos softwares e incremen-tou o método de amortização linear dos ativos intangíveis de vida útil definida.

b) CPC 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Con-trolado em Conjunto: ajustou os critérios das exceções à aplicação do método de equivalên-cia patrimonial, e os procedimentos para o método de equivalência patrimonial.

c) CPC 20 (R1) – Custo de Empréstimos: estabelece que não é requerido a aplicação desse pronunciamento para o ativo qualificável mensurado por valor justo.

d) CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Financeiras: clarificou que as notas ex-plicativas compreendem as políticas contábeis significativas e outras informações significa-tivas. A Entidade não deve reduzir a compreensão das demonstrações contábeis pela agre-gação de itens materiais. A entidade não deve incluir informações nas notas explicativas re-queridas por Pronunciamentos específicos se o resultado desta divulgação não for material. Permite uma maior segregação das contas do que o apresentado anteriormente no balanço patrimonial para permitir a maior compreensão das operações.

e) CPC 37 (R1) – Adoção Inicial das Normas Internacionais de Contabilidade: esclarecem as exceções na adoção inicial para a combinação de negócios aplicadas às aquisições do passado de investimentos em coligadas, de participações em empreendimentos controlados em conjun-to e de participações em operação conjunta em que a atividade seja um negócio.

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f) CPC 40 (R1) – Instrumentos Financeiros - Evidenciação: amplia e esclarece o entendi-mento que a entidade não tem mais envolvimento contínuo em ativo financeiro se como par-te da transferência ela não reter qualquer dos direitos ou obrigações contratuais inerentes ao ativo financeiro.

Outras alterações em vigor para o exercício financeiro iniciado em 1o de janeiro de 2016 não são relevantes para a Celesc G.

3.22. Novas Normas e Interpretações

As seguintes novas normas foram emitidas pelo IASB, mas não estão em vigor para o exercício de 2016. A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC.

»IFRS 9 – “Instrumentos Financeiros” – Aborda a classificação, a mensuração e o reconhe-cimento de ativos e passivos financeiros. A versão completa do IFRS 9 foi publicada em julho de 2014, com vigência para 1o de janeiro de 2018, e substitui a orientação no IAS 39, que diz res-peito à classificação e à mensuração de instrumentos financeiros. As principais alterações que o IFRS 9 traz são: (i) novos critérios de classificação de ativos financeiros; (ii) novo modelo de im-pairment para ativos financeiros, híbrido de perdas esperadas e incorridas, em substituição ao modelo atual de perdas incorridas; e (iii) flexibilização das exigências para adoção da contabili-dade de hedge. A administração está avaliando o impacto total de sua adoção.

»IFRS 15 – “Receita de Contratos com Clientes” – Essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e quando ela é reconheci-da. Ela entra em vigor em 1o de janeiro de 2018 e substitui a IAS 11 - “Contratos de Constru-ção”, IAS 18 - “Receitas” e correspondentes interpretações. A administração está avaliando os impactos de sua adoção.

»IFRS 16 – “Operações de Arrendamento Mercantil” – Com essa nova norma, os arrenda-tários passam a ter que reconhecer o passivo dos pagamentos futuros e o direito de uso do ativo arrendado para praticamente todos os contratos de arrendamento mercantil, incluin-do os operacionais, podendo ficar fora do escopo dessa nova norma determinados contratos de curto prazo ou de pequenos montantes. Os critérios de reconhecimento e mensuração dos arrendamentos nas demonstrações financeiras dos arrendadores ficam substancialmente mantidos. O IFRS 16 entra em vigor para exercícios iniciados em ou após 1o de janeiro de 2019 e substitui o IAS 17 – “Operações de Arrendamento Mercantil” e correspondentes interpreta-ções. A administração está avaliando os impactos de sua adoção.

Não há outras normas IFRS ou interpretações IFRIC que ainda não entraram em vigor que po-deriam ter impacto significativo sobre as demonstrações financeiras da Celesc G.

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4. Gestão de Risco Financeiro

4.1. Fatores de Risco Financeiro

As atividades da Celesc G a expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de taxa de juros de fluxo de caixa e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global se concentra na imprevisibilidade dos mercados financei-ros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no seu desempenho financeiro.

4.2. Risco de Mercado

4.2.1. Risco do Fluxo de Caixa Associado com Taxa de Juros

Este risco é oriundo da possibilidade de se incorrer em perdas por conta de flutuações nas ta-xas de juros, ou outros indexadores de dívida, que diminuam a receita financeira relativa às suas aplicações financeiras. A Celesc G não tem pactuado contratos de derivativos para fazer face a este risco.

4.3. Risco de Crédito

Surge da possibilidade de se incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Para reduzir esse tipo de risco e auxiliar seu gerenciamento são monitoradas as contas a receber de clientes realizando diversas ações de cobrança como manutenção de garantias financeiras e não registro dos montantes de meses subsequentes para composição das garantias financeiras dos clientes perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

4.4. Risco de LiquidezA previsão de fluxo de caixa é realizada em área operacional específica da Celesc G, que mo-nitora as previsões contínuas das exigências de para assegurar que ela tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais.

O excesso de caixa é aplicado em contas correntes com incidência de juros, depósitos a prazo, depósitos de curto prazo e títulos e valores mobiliários, sendo escolhidos instrumentos com vencimentos apropriados ou liquidez suficiente para fornecer margem, conforme determina-do pelas previsões de fluxos de caixas mencionadas.

A tabela a seguir analisa os ativos e passivos financeiros não derivativos da Celesc G, por fai-xas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento.

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Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa contratados não descontados.

DescriçãoTaxas

%Menos de

um mês

De um a três

meses

De três meses a um ano

De um a cinco

anos

Mais de cinco anos Total

Caixa e Equivalentes de Caixa - 18.591 - - - - 18.591

Contas a Receber - 13.418 23.450 - - - 36.868

Bonificação de Outorga IPCA 2.400 4.753 21.980 115.141 243.335 387.609

Total Ativo 34.409 28.203 21.980 115.141 243.335 443.068

Fornecedores - 2.110 - 5.388 - - 7.498

Debêntures 125% CDI - 1.938 - 219.487 - 221.425

Total Passivo 2.110 1.938 5.388 219.487 - 228.923

4.5. Riscos Operacionais

4.5.1. Risco quanto à Produção de Energia ElétricaOs maiores riscos que podem impactar na produção de energia elétrica da Celesc G dependem prin-cipalmente de duas variáveis: (i) Afluência Média; (ii) Disponibilidade das Unidades Geradoras.

(i) Afluência Média

As Usinas da Celesc G são do tipo fio d’água ou com reservatórios relativamente pequenos, dependendo diretamente do regime pluviométrico. Como forma de minimizar este risco, as Usinas da Celesc G fazem parte do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE. O MRE, de abrangência nacional, realoca contabilmente a energia, transferindo o excedente daqueles que geraram além de sua garantia física para aqueles que geraram abaixo, compartilhando assim os riscos hidrológicos entre os agentes associados.

(ii) Disponibilidade das Unidades Geradoras

Os riscos que impactam diretamente nesse item são ligados às áreas de operação e manuten-ção das Usinas da Celesc G. Para mitigar este risco a Celesc G iniciou um processo de moderni-zação do parque gerador por meio da automação de suas unidades geradoras e da implanta-ção de um Centro de Controle da Geração – COG, na sede da administração central. Também deu início à contratação de empresa especializada em realizar os serviços de operação e ma-nutenção, de forma a complementar os serviços realizados pela equipe própria, fortalecendo o quadro operacional e melhorando a confiabilidade operacional de suas Usinas.

4.5.2. Risco de Não Renovação das ConcessõesA Celesc G possui concessão para prestação do serviço de geração em regime de alocação de cotas de garantia física de energia e potência, tendo, em 05 de janeiro de 2016, assinado o Contrato de Concessão no 06/2016 da Usina Garcia e o Contrato de Concessão no 07/2016 das Usinas Bracinho, Cedros, Salto e Palmeiras, de propriedade da Celesc G, que não tiveram a prorrogação antecipada de suas concessões, com vigência de 30 anos. Além disso, a Celesc G possui contrato de concessão de Uso do Bem Público para as Usinas Pery, Caveiras e Celso Ramos.

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4.5.3. Análise de Sensibilidade Adicional Requerida pela CVM

Apresenta-se a seguir o quadro demonstrativo de análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros, que descreve os riscos de taxas de juros que podem gerar efeitos materiais para a Celesc G, com cenário mais provável (cenário I) segundo avaliação efetuada pela administra-ção, considerando um horizonte de três meses, quando deverão ser divulgadas as próximas informações financeiras contendo tal análise.

Adicionalmente, dois outros cenários são demonstrados, nos termos determinados pela Ins-trução CVM no 475, de 17 de dezembro de 2008, a fim de apresentar 25% e 50% de deteriora-ção na variável de risco considerada, respectivamente (cenários II e III).

A análise de sensibilidade apresentada considera mudanças com relação a determinado ris-co, mantendo constante todas as demais variáveis, associadas a outros riscos, com saldos de 31 de dezembro de 2016:12

PremissasEfeitos das Contas sobre o Resultado Saldo (Cenário I) (Cenário II) (Cenário III)

CDI1 (%) 12,15% 15,19% 18,23%

Aplicações Financeiras 18.582 2.258 2.822 3.387

Debêntures (-) 150.019 18.227 22.788 27.348

6,29% 7,86% 9,44%

IPCA2 (%) Bonificação de Outorga 261.816 16.468 20.579 24.715

4.6. Gestão de Capital

Os objetivos da Celesc G ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de sua continuidade, maximizando o rendimento do capital em caixa, aplicando em títulos priva-dos de liquidez imediata de instituições financeiras sólidas, para oferecer retorno ao acionista e benefícios às outras partes interessadas.

Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Celesc G pode rever a política de pagamento de dividendos, devolvendo capital aos acionistas ou ainda, emitir novas ações ou vender ati-vos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento.

Condizente com outras empresas do setor, a Celesc G monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total.

A dívida líquida, por sua vez, corresponde às debêntures subtraídas do montante de Caixa e Equivalentes de Caixa. O capital total é apurado por meio da soma do Patrimônio Líquido com a dívida líquida.

1 Curva de juros futuros – BM&F DI 1 FUT M17 com vencimento em 01/06/2017 – (fechamento 16/01/2017).2 IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

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Descrição

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

Debêntures 150.019 -

Menos: Caixa e Equivalentes de Caixa (18.591) (162.573)

Dívida Líquida 131.428 -

Total do Patrimônio Líquido 389.742 372.169

Total do Capital 521.170 372.169

Índice de Alavancagem Financeira (%) 25,2% 0,0%

4.7. Estimativa do Valor Justo

Pressupõe-se que os saldos do caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes e con-tas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, menos a perda por impairment, estejam pró-ximos de seus valores justos. O valor justo dos Passivos Financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto do fluxo de caixa contratual futuro pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para a Celesc G para instrumentos financeiros similares.

A Celesc G aplica o CPC 40 (R1) para instrumentos financeiros mensurados no Balanço Patri-monial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo:

»Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos (Nível 1).

»Informações, além dos preços cotados, incluídas no Nível 1 que são adotadas pelo mercado para o Ativo ou Passivo, seja diretamente, ou seja, como preços ou indiretamente, ou seja, derivados dos preços (Nível 2).

»Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mer-cado, ou seja, inserções não observáveis (Nível 3).

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A tabela a seguir apresenta os ativos mensurados pelo valor justo em 31 de dezembro de 2016. A Celesc G não possui passivos mensurados a valor justo nessa data base.

Descrição – Nível 1

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Empréstimos e Recebíveis

Caixa e Equivalentes 18.591 162.573

Descrição - Nível 3

Empréstimos e Recebíveis

Ativo Financeiro – Bonificação de Outorga 261.816 -

Ativos Financeiros Disponíveis para Venda

Ativo Indenizatório (Concessão) 2.421 -

Total do Ativo 282.828 162.573

Técnicas de avaliação específicas utilizadas para valorizar os instrumentos financeiros incluem:

a) Preços de mercado cotados ou cotações de instituições financeiras ou corretoras para ins-trumentos similares;

b) Outras técnicas, como a análise de fluxos de caixa descontados, são utilizadas para deter-minar o valor justo para os instrumentos financeiros remanescentes.

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5. Instrumentos Financeiros por CategoriaA tabela a seguir apresenta os Instrumentos Financeiros em 31 de dezembro de 2016.

Descrição NívelEmpréstimos e

RecebíveisDisponíveis para Venda

Outros Passivos

Financeiros Total

Ativo

Caixa e Equivalentes 1 18.591 - - 18.591

Contas a Receber de Clientes 36.868 - - 36.868

Ativo Financeiro – Bonificação de Outorga 3 261.816 - - 261.816

Ativo Indenizatório (Concessão) 3 - 2.421 - 2.421

317.275 2.421 - 319.696

Passivo

Fornecedores - - 7.498 7.498

Debêntures - - 150.019 150.019

- - 157.517 157.517

A tabela a seguir apresenta os Instrumentos Financeiros em 31 de dezembro de 2015.

Descrição NívelEmpréstimos

e RecebíveisOutros Passivos

Financeiros Total

Ativo

Caixa e Equivalentes 1 162.573 - 162.573

Contas a Receber de Clientes 37.220 - 37.220

199.793 - 199.793

Passivo

Fornecedores - 9.023 9.023

- 9.023 9.023

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6. Qualidade do Crédito dos Ativos FinanceirosA qualidade dos créditos dos ativos financeiros pode ser avaliada mediante referência às clas-sificações internas de cessão de limites de crédito:

Descrição

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Contas a Receber de Clientes

Grupo 1 – Clientes com Arrecadação no Vencimento 35.418 37.220

Grupo 2 – Clientes com média de atraso entre 01 e 90 dias 32 -

Grupo 3 – Clientes com média de atraso superior a 90 dias 17.015 5.014

52.465 42.234

Todos os demais ativos financeiros que a Celesc G mantém, principalmente contas correntes e aplicações financeiras, são considerados de alta qualidade e não apresentam indícios de perdas.

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7. Caixa e Equivalentes de CaixaO Caixa e Equivalentes de Caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de curto prazo e não para outros fins. A Celesc G considera equivalentes de caixa uma aplicação financeira de conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa.

Descrição

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Recursos em Banco e em Caixa 9 415

Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata 18.582 162.158

18.591 162.573

As Aplicações Financeiras são de alta liquidez, prontamente conversíveis em um montante co-nhecido de caixa, não estando sujeitos a risco significativo de mudança de valor. Esses títulos referem-se a Operações Compromissadas e Certificados de Depósito Bancários – CDBs, remu-nerados em média pela taxa de 100% da variação do CDI.

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8. Contas a Receber de Clientesa) Consumidores, Concessionárias e Permissionárias

DescriçãoSaldos a

Vencer

Vencidosaté

90 dias

Vencidoshá mais

de 90 dias

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Consumidores (i)

Industrial 4.162 - 6.385 10.547 10.004

4.162 - 6.385 10.547 10.004

Suprimento a Outras Concessionárias

Concessionárias e Permissionárias (i) 7.807 32 47 7.886 2.128

Comercialização de energia elétrica - CCEE (ii) 23.449 - 10.583 34.032 30.102

31.256 32 10.630 41.918 32.230

52.465 42.234

Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa – PECLD com Clientes (iii) (15.597) (5.014)

Circulante 36.868 37.220

(i) Consumidores, Concessionárias e Permissionárias

Referem-se a créditos de contratos de longo prazo e leilões de venda de energia de curto prazo para consumidores Industriais, Comerciais, Comercializadoras e Distribuidoras.

(ii) Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE

Referem-se a créditos oriundos da comercialização de energia no mercado de curto prazo no âmbito da CCEE (antigo Mercado Atacadista de Energia – MAE) informados pela CCEE a partir da medição e registro da energia fornecida no sistema elétrico interligado.

b) Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa – PECLD com Clientes

As perdas estimadas sobre os valores vincendos são constituídas em virtude das incertezas quanto à sua realização. As ações de mitigação tomadas são a cobrança de garantias financeiras dos clien-tes e, no caso de operações de compra e venda de energia de curto prazo, adota-se o “registro con-tra pagamento”, onde a energia é entregue pela CCEE (Sistema SINERCOM) somente após a con-firmação do pagamento dos montantes negociados através dos leilões. Além das inadimplências geradas pelos contratos bilaterais, a Celesc G está sujeita às inadimplências ocorridas no Mercado de Energia Elétrica do Sistema Interligado Nacional, nas quais estas são gerenciadas e contabiliza-das pela CCEE e são rateadas entre os agentes de mercado.

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A movimentação no ano de 2016 está demonstrada a seguir:

Descrição IndustrialConcessionárias e

Permissionárias Total

Saldo em 31 de dezembro de 2015 5.014 - 5.014

Provisão constituída no período (i) - 10.583 10.583

Saldo em 31 de dezembro de 2016 5.014 10.583 15.597

(i) Decisão Judicial do Fator de Ajuste da Garantia Física – GSFOs valores referentes aos ajustes das medidas liminares acerca do GSF nos relatórios dos resul-tados da contabilização do mercado de curto prazo emitido pela CCEE, referentes à Celesc G são no importe de R$10.583 mil até dezembro de 2016. A empresa constituiu PECLD neste valor aci-ma citado considerando que não há certeza acerca do recebimento pela liquidação no mercado de curto prazo em face à controvérsia e à incerteza do deslinde do processo judicial.

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9. Tributos a Recuperar34

Descrição

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

ICMS3 234 202

IRPJ e CSLL4 82 466

Total 316 668

Circulante 82 466

Não Circulante 234 202

Os créditos de ICMS a recuperar registrados no Ativo Não Circulante são decorrentes de aqui-sições de ativo imobilizado e podem ser compensados em 48 meses.

Os saldos de Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) têm em sua composição valores pagos antecipadamente e por reduções na fonte por imposto de renda sobre aplicações financeiras e serão realizados no curso normal das operações.

3 Impostos sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Inter-municipal e de Comunicação – ICMS.

4 Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL.

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10. Bonificação de OutorgaO valor pago pela Bonificação de Outorga – BO de R$228,6 milhões foi pago em duas parcelas. A 1ª parcela da Bonificação da Outorga da Celesc G foi quitada em 04 de janeiro de 2016 no valor de R$148,6 milhões correspondendo a 65% do total, ficando o débito da 2a parcela de R$80,0 milhões correspondendo a 35%. O montante atualizado pela taxa Selic registrado como “Outros Passivos Circulantes” no valor de R$85,4 milhões, foi pago em 01 de julho de 2016.

A Receita Anual de Geração – RAG será reajustada anualmente pela ANEEL pelo IPCA, a partir 01 de julho de 2017. Dessa forma, o ativo financeiro está sendo atualizado mensalmente pelo índice estabelecido no contrato.

O saldo do ativo financeiro para cada uma das Usinas é calculado: a) Deduzindo-se o valor mensal recebido de RBO, estabelecido pela Resolução Homologatória ANEEL 2.014/2016; b) Somando-se os juros mensais calculados com base na taxa de juros efetiva (TIR); c) Somando--se a atualização monetária pelo IPCA, estabelecido pelo contrato de concessão.

DescriçãoUsina

GarciaUsina

BracinhoUsina

CedrosUsina Salto

Usina Palmeiras Total

Em 31 de dezembro de 2015 - - - - - -

Ingressos 37.443 46.408 35.597 21.042 88.070 228.560

Atualização Monetária 2.327 3.324 2.553 1.501 6.336 16.041

Juros 4.527 6.153 4.555 3.147 10.083 28.465

Amortização/Baixa (6.151) (1.305) (968) (664) (2.162) (11.250)

Em 31 de dezembro de 2016 38.146 54.580 41.737 25.026 102.327 261.816

Circulante 28.242

Não Circulante 233.574

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11. Ativo IndenizatórioA Celesc G requereu ao poder concedente ao final das concessões das Usinas Bracinho, Ce-dros, Salto e Palmeiras, a título de indenização, conforme critérios e procedimentos para cál-culo estabelecidos pela Resolução Normativa no 596, de 19 de dezembro de 2013, os investi-mentos efetuados em infraestrutura e não depreciados no período de concessão, por possuir direito incondicional de ser indenizada, conforme previsto em contrato.

Descrição

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Usina Bracinho 85 -

Usina Cedros 195 -

Usina Salto 1.906 -

Usina Palmeiras 235 -

2.421 -

12. InvestimentosOs investimentos em Sociedades de Propósito Específico – SPEs que viabilizam novos empre-endimentos são os seguintes:

Investimentos

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Rondinha Energética S.A 11.567 11.428

Painel Energética S.A 1.741 1.748

Campo Belo Energética S.A 1.773 1.804

Cia Energética Rio das Flores 9.533 8.184

Xavantina Energética S.A 9.531 7.875

Garça Branca S.A. 8.588 6.887

Ágio na Aquisição de Investimentos (i) 2.078 1.998

44.811 39.924

(i) Refere-se ao ágio na aquisição dos investimentos da SPE Rio das Flores no valor de R$282 e da SPE Garça Branca no valor de R$1.796.

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a) Informações sobre InvestimentosA participação da Celesc G nos empreendimentos corresponde à parcela de 17,23MW. A estru-tura societária formada com as parcerias é a seguinte:

Milhares de Ações da

CompanhiaParticipação daCompanhia (%)

OrdináriasCapital

SocialCapital

VotanteTotal do

Ativo

Total do

Passivo

Patrimônio Líquido

Ajustado

Receita Operacional

Líquida

Lucro/Prejuízo Líquido

Ajustado

Em 31 de dezembro de 2015

Rondinha Energética S.A. 12.838 32,50% 32,50% 61.960 26.646 35.162 8.912 170

Painel Energética S.A. 4.745 32,50% 32,50% 5.537 - 5.537 - (12)

Campo Belo Energética S.A. 1.350 30,00% 30,00% 6.470 425 6.044 - (91)

Cia Energética Rio das Flores 7.705 25,00% 25,00% 58.286 24.744 33.542 9.784 851

Xavantina Energética S.A 163 40,00% 40,00% 45.398 25.710 19.688 2.221 (465)

Garça Branca Energética S.A 7.053 49,00% 49,00% 12.639 1.434 11.038 - (400)

Em 31 de dezembro de 2016

Rondinha Energética S.A. 12.838 32,50% 32,50% 58.921 23.331 35.590 7.153 612

Painel Energética S.A. 4.745 32,50% 32,50% 5.561 - 5.561 - (22)

Campo Belo Energética S.A. 1.350 30,00% 30,00% 6.469 413 6.056 - (102)

Cia Energética Rio das Flores 8.035 26,07% 26,07% 58.833 21.503 37.330 10.739 4.798

Xavantina Energética S.A 216 40,00% 40,00% 43.466 19.640 23.826 3.453 (2.294)

Garça Branca Energética S.A 9.503 49,00% 49,00% 46.175 29.943 16.232 - (1.528)

b) Movimentação de Investimentos

Descrição Rondinha PainelCampo

BeloRio das

Flores XavantinaGarça

Branca Total

Saldos em 31 de dezembro de 2014 19.667 1.754 1.809 7.930 6.237 - 37.397

Integralizações - - - 250 1.824 8.882 10.956

Redução de Capital Social (8.288) - - - - - (8.288)

Resultado de Equivalência Patrimonial 55 (4) (27) 213 (186) (196) (145)

Outros ajustes (6) (2) 22 (7) - (3) 4

Saldos em 31 de dezembro de 2015 11.428 1.748 1.804 8.386 7.875 8.683 39.924

Integralizações - - - - 2.573 2.450 5.023

Aumento no Capital Social - - - 395 - - 395

Pagamento de Ágio - - - 80 - - 80

Dividendos - - - (250) - - (250)

Resultado de Equivalência Patrimonial 199 (7) (31) 1.204 (917) (749) (301)

Outros ajustes (60) - - - - - (60)

Saldos em 31 de dezembro de 2016 11.567 1.741 1.773 9.815 9.531 10.384 44.811

60 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

13. Imobilizadoa) Composição do Saldo

Descrição Terrenos

Reservató-rios,

Barragens e Adutoras

Prédios e Constru-

ções

Máquinas e Equipa-

mentos VeículosMóveis e

Utensílios

Imobilizado em

Andamento Total

Saldos em 31 de dezembro de 2014 7.824 47.375 2.082 13.015 416 280 161.302 232.294

Custo do Imobilizado 20.036 185.024 13.081 65.293 1.209 487 161.302 446.432

Provisão para Perdas (12.212) (42.202) (871) (7.393) (2) (30) - (62.710)

Depreciação Acumulada - (95.447) (10.128) (44.885) (791) (177) - (151.428)

Saldos em 31 de dezembro de 2014 7.824 47.375 2.082 13.015 416 280 161.302 232.294

Aquisição - - - - - - 9.480 9.480

Baixas - - - - - - (171) (171)

Depreciação (4.283) (30.505) (4.094) (20.928) (109) (119) - (60.038)

Reversão/Perda Recuperabilidade de Ativos (i) 1.463 1.589 (5.306) (15.580) (4) (1) - (17.839)

Realização de Provisão para Perdas (ii) 187 3.130 998 6.657 - 107 - 11.079

Transferências 166 3.801 36.851 106.374 4 (179) (147.017) -

Saldos em 31 de dezembro de 2015 5.357 25.390 30.531 89.538 307 88 23.594 174.805

Custo do Imobilizado 20.202 188.825 49.932 171.667 1.213 308 23.594 455.741

Provisão para Perdas (10.562) (37.483) (5.179) (16.316) (6) 76 - (69.470)

Depreciação Acumulada (4.283) (125.952) (14.222) (65.813) (900) (296) - (211.466)

Saldos em 31 de dezembro de 2015 5.357 25.390 30.531 89.538 307 88 23.594 174.805

Aquisição - - - - - - 1.194 1.194

Indenização - - (64) (2.357) - - - (2.421)

Baixas - - - - - - (267) (267)

Depreciação (3.045) (17.798) (1.690) (10.381) (70) (16) - (33.000)

Reversão/Perda Recuperabilidade de Ativos (i) 1.632 10.397 (652) 400 1 2 - 11.780

Realização de Provisão para Perdas 39 2.606 519 3.188 - 6 - 6.358

Transferências - - - 2.876 - - (2.876) -

Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.983 20.595 28.644 83.264 238 80 21.645 158.449

Custo do Imobilizado 20.202 188.825 49.868 172.186 1.213 308 21.645 454.247

Provisão para Perdas (8.891) (24.480) (5.312) (12.728) (5) 84 - (51.332)

Depreciação Acumulada (7.328) (143.750) (15.912) (76.194) (970) (312) - (244.466)

Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.983 20.595 28.644 83.264 238 80 21.645 158.449

(i) Em 2016 foi constituída Perda do Valor Recuperável de Ativos (Impairment) no valor de R$9.500 e Reversão ao Valor Recuperável de Ativos no valor de R$21.280.

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Esses valores foram contabilizados na Demonstração de Resultado, na linha Provisões Líqui-das, de acordo com os Pronunciamentos Técnicos CPC 01 (R1) – Redução ao Valor Recuperá-vel de Ativos, CPC 27 – Ativo Imobilizado e Interpretação Técnica ICPC 10 – Interpretação So-bre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado.

O método de avaliação utilizado é o Valor em Uso, consubstanciado na metodologia do fluxo de caixa descontado. Para a análise do Parque Gerador Próprio da Celesc G, procedeu-se o le-vantamento dos fluxos de caixa pertinentes às diversas Unidades Geradoras de Caixa – UGC, individualmente, buscando-se canalizar os fluxos operacionais de cada unidade. Considerou--se uma UGC cada Usina participante do parque gerador, projetando-se para cada uma des-sas, as receitas, custos e despesas, investimentos em manutenção e não em expansões ou oti-mizações, provenientes de cada negócio e as variações de capital de giro, pertinentes a essas unidades, antes dos impostos e dos efeitos de depreciação.

As Usinas nas quais as concessões não foram renovadas, conforme a Lei Federal no 12.783/13 e que foram objeto do Leilão no 12/2015, tiveram seus ativos totalmente depreciados até o final da conces-são e não foi calculado valuation sendo solicitada a indenização de investimentos (Nota 11).

Encontram-se nessa condição as Usinas Palmeiras, Bracinho, Garcia, Cedros e Salto. A contabi-lização dos valores da outorga desses ativos estão registrados no Ativo Financeiro, indicando o valor presente de seus fluxos, tornando desnecessários ajustes referentes ao Impairment.

Para quase todas as unidades, foram utilizadas projeções até o fim de suas concessões ou pra-zo de outorga, em função do nível de maior certeza dessas projeções, dados os contratos fir-mados e existentes de demanda de energia realizados pela empresa, bem como pela própria dinâmica de negociação do excedente gerado de energia, conforme regulação prevista. Ape-nas para Usinas sem término de concessão foram estipulados 20 anos de fluxo de caixa como projeção, com reversão de valores ainda não amortizados ao fim desse período. Este foi o ca-so das Usinas Caveiras, São Lourenço, Rio do Peixe, Ivo Silveira e Piraí.

Para a projeção do investimento de janeiro de 2017 a julho de 2020 foram utilizados os dados do orçamento projetado pela Celesc G. Posteriormente a julho de 2020 são projetados desem-bolsos de acordo com a premissa de 1% ao ano do Capex de Referência, calculado com base na potência instalada e aplicado de 5 em 5 anos.

A taxa é dada por parâmetros de valores geralmente oferecidos por títulos do governo, incor-poram risco específico da atividade e é calculada com base no modelo de avaliação de ativos – Capital Asset Pricing Model (CAPM). Por meio desse modelo, calcula-se o custo de capital pró-prio (Ke) do projeto, que é muito utilizado em modelos de concessão e que utilizam os fluxos líquidos disponíveis ao acionista. A taxa de desconto utilizada foi de 10,53%.

Em suma, a avaliação utilizou-se da metodologia do Fluxo de Caixa Descontado, que se fun-damenta na hipótese que o valor de uma empresa depende da sua capacidade de geração de riqueza no futuro.

Como esse valor a ser produzido se dará em universos de tempo distintos, todos devem ser trazidos a valor presente por uma taxa de desconto que reflita os riscos inerentes ao fluxo es-timado, isto é, uma taxa de atratividade que refletirá o custo de oportunidade dos vários pro-vedores de capital do negócio, como também incorpore o risco da atividade.

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Os valores de perda (reversão) do valor recuperável dos ativos por Unidade Geradora de Caixa – UGC, registrados no exercício de 2016, estão demonstrados a seguir:

Tipo de Ativo Ativo

Saldo Líquido antes do Teste de Impairment Valuation Indenização Provisões Reversões

Impacto no Resultado

Imob

iliza

do

Caveiras 2.400 21.552 - - 14.123 14.123

Celso Ramos 136 3.895 - - 3.759 3.759

Ivo Silveira 186 18.261 - - - -

Pery 115.962 111.763 - (4.199) - (4.199)

Piraí 1.620 670 - (950) - (950)

Rio do Peixe 60 3.707 - - 3.222 3.222

São Lourenço 3.432 (699) - (3.432) - (3.432)

Palmeiras 78 - 235 - 157 157

Bracinho 66 - 85 - 19 19

Cedros 1.088 - 195 (893) - (893)

Salto 1.932 - 1.906 (26) - (26)

Total 126.960 159.149 2.421 (9.500) 21.280 11.780

b) Depreciação

Para os ativos que não possuem determinação pelo Poder Concedente de indenização, a de-preciação é definida de acordo com a sua vida útil estimada, limitada ao prazo de concessão. Para os demais ativos, aqueles provenientes de investimentos sujeitos à indenização ao final da concessão, a depreciação é estabelecida conforme Resolução ANEEL no 674/2015.

63 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

14. Intangível

DescriçãoSoftwares

adquiridosUso do Bem

Público (a)Faixa de

ServidãoItens em

Andamento Total

Saldos em 31 de dezembro de 2014 1.632 4.647 - 3.525 9.804

Custo Total 2.720 6.279 - 3.525 12.524

Amortização Acumulada (1.088) (1.632) - - (2.720)

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 1.632 4.647 - 3.525 9.804

Adições - 254 - 320 574

Amortizações (544) (2.155) - - (2.699)

Transferências - - 70 (70) -

Saldos em 31 de dezembro de 2015 1.088 2.746 70 3.775 7.679

Custo Total 2.720 6.533 70 3.775 13.098

Amortização Acumulada (1.632) (3.787) - - (5.419)

Saldos em 31 de dezembro de 2015 1.088 2.746 70 3.775 7.679

Adições - 160 - 614 774

Amortizações (1.299) (2.085) - - (3.384)

Transferências 3.775 - - (3.775) -

Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.564 821 70 614 5.069

Custo Total 6.495 6.693 70 614 13.872

Amortização Acumulada (2.931) (5.872) - - (8.803)

Saldos em 31 de dezembro de 2016 3.564 821 70 614 5.069

Taxa Média de Amortização 20,0% 31,2% 0% 0%

a) Uso do Bem PúblicoEm 11 de julho de 2013 foi assinado o contrato de concessão no 006/2013, decorrente da alte-ração de regime de exploração formalizada pelo quarto termo aditivo ao contrato de conces-são para geração de energia elétrica no 55/99, tendo como objeto regular a exploração dos po-tenciais de energia hidráulica.

Tal contrato prevê o recolhimento à Eletrobras, por um prazo de 60 meses ou até o final da con-cessão de cada PCH, de quota mensal de Uso de Bem Público – UBP definida em contrato, atu-alizada monetariamente pela variação do IPCA. A contrapartida dessa obrigação está registrada no ativo intangível e será amortizada pelo mesmo período de vigência da obrigação.

Em 2016 a amortização anual foi de R$2.085. Em 31 de dezembro de 2016 o respectivo saldo passivo é de R$753. A estimativa dos fluxos de caixa para mensuração da UBP é decorrente da

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utilização da taxa de desconto definida pela Administração de 7,78% para as UHEs Caveiras e Palmeiras e de 8,90% para as demais PCHs.

Os valores mensais recolhidos durante os exercícios de 2016 e 2015 foram:

Usinas

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

UHE Garcia - 26

CGH Ivo Silveira - 7

UHE Cedros 27 25

UHE Salto 21 19

UHE Bracinho 32 29

UHE Palmeiras 39 39

PCH Pery 66 61

UHE Caveiras 7 7

PCH Celso Ramos 15 14

15. Tributos e Contribuições Sociaisa) Composição

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

ICMS - 1

PIS/Cofins 911 4.485

IRPJ e CSLL 2.452 23.738

Outros 90 58

3.453 28.282

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16. Taxas RegulamentaresSão compostas pelos encargos do setor de energia elétrica.

Descrição

31 de dezembro

de 2016

31 de dezembro

de 2015

Compensação Financeira Utiliz. Rec. Hid. – CFURH (i) 208 249

Taxa de Fiscalização do Sistema de EE – TFSEE (ii) 37 23

Uso do Bem Público – UBP 753 2.786

Pesquisa e Desenvolvimento – P&D (iii) 1.621 1.298

Total 2.619 4.356

Circulante 924 2.367

Não circulante 1.695 1.989

(i) Compensação Financeira Utilização Recursos Hídricos – CFURHA Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos – CFURH é um ressarcimento pela ocupação de áreas por Usinas hidrelétricas e um pagamento pelo uso da água na geração de energia. A tarifa utilizada para o cálculo da Compensação Financeira (Tarifa Atualizada de Referência – TAR) é fixada pela ANEEL, sendo reajustada anualmente e revisada a cada quatro anos pela Agência (Compensação Financeira = 6,75% x Energia Gerada x TAR).

(ii) Taxa de Fiscalização do Sistema de Energia Elétrica – TFSEEA Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica – TFSEE foi criada, por lei, com a fina-lidade de constituir a receita da ANEEL para cobertura das suas despesas administrativas e operacionais. A TFSEE é fixada anualmente pela ANEEL e paga mensalmente, em duodéci-mos, por todos os agentes que atuam na geração, transmissão, distribuição e comercializa-ção de energia elétrica.

(iii) Pesquisa e Desenvolvimento – P&DO encargo foi criado pela Lei Federal no 9.991/00 e seus recursos são destinados ao Fundo Na-cional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT, ao Ministério de Minas e Energia - MME e aos agentes, a serem aplicados em projetos aprovados pela ANEEL. O P&D é calculado com base em 1% de sua receita operacional líquida.

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17. Transações com Partes Relacionadas

Descrição

Ativo Passivo

Contas a Receber

Tributos aRecuperar Fornecedores

Tributos aPagar Outros

Em 31 de dezembro de 2015

Celesc Distribuição S.A - - 201 - 923

Rondinha Energética S.A. 488 - - - -

ICMS - 202 - 1 -

Total 488 202 201 1 923

Em 31 de dezembro de 2016

Celesc Distribuição S.A 40.227 - 216 - 1.257

Rondinha Energética S.A. 488 - - - -

ICMS - 234 - - -

Total 40.715 234 216 - 1.257

Custos e Despesas Operacionais Receita

DescriçãoEncargos do Uso do

Sistema de Distribuição PessoalReceita

FinanceiraReceita de

Suprimento

Em 31 de dezembro de 2015

Celesc Distribuição S.A 2.233 12.352 11.060 11

Total 2.233 12.352 11.060 11

Em 31 de dezembro de 2016

Celesc Distribuição S.A 2.381 14.577 2.227 430

Total 2.381 14.577 2.227 430

Em 2016 e 2015 não houve remuneração aos administradores.

67 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

18. Resultado com Imposto de Renda Pessoa Jurídica – IRPJ E Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL

a) Composição do IRPJ e da CSLL Diferidos LíquidosO imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos foram calculados a partir da pro-visão para contingências de processos judicias e em atendimento às orientações contidas na Interpretação Técnica ICPC 10 e CPC 01(R1) – Redução ao Valor Recuperável dos Ativos sobre a Provisão para Perdas do Ativo Imobilizado, realizado em 2015 como resultado do Impairment Test do Parque Gerador da Celesc G.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos passivos foram calculados sobre o ajuste ao valor justo do Ativo Imobilizado, decorrente da primeira adoção do Pronunciamento Téc-nico CPC 27 – Ativo Imobilizado.

Os tributos diferidos sobre a Bonificação de Outorga foram calculados em conformidade com o artigo 168, da Instrução Normativa RFB no 1.700, de 14 de março de 2017, que revogou a Ins-trução Normativa no 1.515, de 24 de novembro de 2014.

Descrição

Diferido Ativo Diferido Passivo Diferido Líquido

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

Diferenças temporárias

Provisão para Contingências 319 315 - - 319 315

Provisão para Perdas em Ativos 11.836 21.938 - - 11.836 21.938

Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa 3.598 - - - 3.598 -

Custo Atribuído - - 11.520 22.580 (11.520) (22.580)

Bonificação de Outorga 3.040 - 15.132 - (12.092) -

18.793 22.253 26.652 22.580 (7.859) (327)

68 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

Os saldos de ativos e passivos diferidos líquidos têm a seguinte composição:

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Provisão para Contingências 319 315

Provisão Perdas do Ativo Imobilizado 11.836 21.938

Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa 3.598 -

Custo Atribuído (11.520) (22.580)

Bonificação de Outorga (12.092) -

Tributos Diferidos, Líquidos (7.859) (327)

b) Realização dos Ativos Diferidos

A base tributável do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido decor-re não apenas do lucro gerado, mas da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, incentivos fiscais e outras variáveis, sem correlação imediata entre o lucro líquido da Celesc G e o resultado de imposto de renda e contribuição social. Desse modo, a expectati-va da utilização dos créditos fiscais não deve ser tomada como único indicativo de resultados futuros da Celesc G.

Em atendimento à Instrução CVM no 371, de 27 de junho de 2002, a Administração da Celesc G considera que os ativos diferidos provenientes das diferenças temporárias serão realizados, na proporção da resolução final das contingências e dos eventos a que se referem quando se-rão compensados com os lucros tributáveis.

O valor da bonificação pela outorga foi reconhecido como um ativo financeiro em função do direito incondicional da Companhia de receber o valor pago com atualização pelo IPCA e juros remuneratórios durante o período de vigência da concessão. Os tributos diferidos relativos à Bonificação de Outorga serão realizados de acordo com o prazo determinado no contrato de concessão das Usinas.

As estimativas de realização para o saldo do total do ativo de 31 de dezembro de 2016 são:

Ano

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

2016 - 3.592

2017 763 3.592

2018 489 3.592

2019 489 3.592

Acima de 2019 17.052 7.885

Total 18.793 22.253

69 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

c) Conciliação do Imposto de Renda e da Contribuição Social

A conciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela alíquota no-minal e pela efetiva está demonstrada a seguir:

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

Resultado antes do IRPJ e a CSLL 39.081 51.299

Alíquota Nominal Combinada do IRPJ e da CSLL 34% 34%

IRPJ e SCLL (13.288) (17.442)

Equivalência Patrimonial (102) (49)

Depreciação (13) (64)

Provisões Indedutíveis - (116)

Outras Adições/Exclusões (535) 26

(13.938) (17.645)

Corrente (6.406) (32.730)

Diferido (7.532) 15.085

(13.938) (17.645)

Taxa Efetiva 35,66% 34,40%

A Celesc G vem apurando o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas – IRPJ, a Contribui-ção Social sobre o Lucro Líquido – CSLL, o Programa de Integração Social – PIS e a Contribui-ção para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS em conformidade com a Lei Federal no 12.973/14 e Instruções Normativas da Receita Federal do Brasil no 1.515 de 24 de novembro de 2014 e no 1.556 de 31 de março de 2015.

Foram abertas as subcontas para registro das diferenças positivas e negativas entre os valores dos ativos mensurados, conforme a legislação societária, e os valores mensurados de acordo com os critérios contábeis vigentes em 31 de dezembro de 2007 (RTT), para que o efeito tribu-tário desses ajustes seja dado à medida da realização desses ativos.

70 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

19. DebênturesEm 03 de março 2016 ocorreu a primeira emissão de Debêntures da Celesc G. O valor total da emissão foi de R$150.000 (cento e cinquenta milhões de reais), em uma única série, consti-tuída por 15.000 (quinze mil) Debêntures com valor nominal unitário de R$10 (dez mil reais).

As Debêntures serão simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária e com ga-rantia adicional fidejussória. As Debêntures serão nominativas e escriturais, sem emissão de cautelas ou certificados, tendo vencimento no prazo de 24 (vinte e quatro) meses conta-dos da data da emissão, sem atualização monetária. Os juros remuneratórios corresponde-rão a 125% (cento e vinte e cinco por cento) da variação acumulada das taxas médias diárias do Depósitos Interfinanceiros – DI e serão pagos trimestralmente, sem carência, nos meses de junho, setembro, dezembro e março, sendo o primeiro pagamento devido em 03 de ju-nho de 2016 e o último pagamento devido na data de vencimento, ressalvadas as hipóteses de vencimento antecipado, de resgate antecipado e de amortização extraordinária.

O valor nominal unitário das Debêntures será amortizado integralmente na data de venci-mento, ressalvadas as hipóteses de liquidação antecipada das debêntures resultante do resgate antecipado, de amortização extraordinária ou na data do vencimento antecipado das Debêntures.

A partir de 2016, a Companhia tem como compromisso contratual (covenant) vinculado à emissão das debêntures não apresentar a relação Dívida Líquida/EBITDA superior a 2,5, nos dois primeiros semestres, e superior a 2 nos dois últimos semestres. O não cumprimento des-ses indicadores financeiros pode implicar no vencimento antecipado das dívidas. Em 31 de dezembro de 2016 a Companhia esteve abaixo deste indicador de relação.

a) Movimentação das Debêntures:

Descrição Total

Em 31 de dezembro de 2015 -

Ingressos 146.752

Atualização Monetária 20.936

Pagamentos (19.023)

Custos na Emissão de Debêntures 1.354

Em 31 de dezembro de 2016 150.019

Circulante 1.913

Não Circulante 148.106

71 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

20. Provisões para Contingências e Depósitos JudiciaisTodas as demandas de natureza judicial são acompanhadas continuamente pelos assessores jurídicos da Celesc G que, de acordo com critérios previamente definidos pela Administração, classificam os riscos contingentes de forma individual, o que resulta no provisionamento dos objetos considerados como perda provável.

Nas datas das Demonstrações Financeiras, a Celesc G apresentava os seguintes passivos e cor-respondentes depósitos judiciais, relacionados às contingências:

Descrição

Depósitos Judiciais Provisões para Riscos

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

Contingências:

Trabalhistas 74 47 530 510

Cíveis 75 66 409 418

149 113 939 928

As movimentações de provisões e depósitos estão demonstradas a seguir:

DescriçãoDepósitos

JudiciaisProvisões

para Riscos

Em 31 de dezembro de 2015 113 928

Adições 36 20

Baixas - (9)

Em 31 de dezembro de 2016 149 939

A Celesc G é parte envolvida em processos trabalhistas e cíveis em andamento e está discutin-do essas questões na esfera judicial.

Esses processos, quando aplicáveis, são amparados por depósitos judiciais. As provisões para as eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela adminis-tração, respaldadas pela opinião de seus consultores legais internos e externos.

A natureza das contingências pode ser sumariada como segue:

a) Contingências TrabalhistasEstão relacionadas às reclamações movidas por empregados à disposição da Celesc G e das empresas prestadoras de serviços (terceirizadas) relativas a questões de pagamento de horas extras, bem como revisão de base de cálculo de verbas salariais, adicionais, verbas rescisó-rias, dentre outros direitos trabalhistas.

72 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

b) Contingências Cíveis

Estão relacionadas às reclamações movidas por inexigibilidade de débito de duplicatas. Além disso, são formadas por ações para constituição de faixa de servidão administrativa, tendo em vista a necessidade de ordem judicial de emissão de posse da Celesc G.

c) Perdas Possíveis – Não Provisionadas

A Celesc G tem ações de natureza trabalhista envolvendo riscos de perda classificados pela Administração como possível, com base na avaliação de seus consultores jurídicos, para as quais não há provisão constituída, conforme composição e estimativa a seguir:

Contingências

Risco Possível

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Trabalhistas e Previdenciárias (i) 748 1.028

748 1.028

(i) Estão relacionadas a processos movidos por empregados e ex-empregados de empresas prestadoras de serviços relativas a questões de responsabilidade subsidiária/solidária, horas extras, indenização por acidente de trabalho, verbas rescisórias e outras.

21. Patrimônio Líquidoa) Capital SocialO capital social da Celesc G em 31 de dezembro de 2016, subscrito e integralizado, é de R$250 milhões, representado por 43.208.760 (quarenta e três milhões e duzentas e oito mil e sete-centas e sessenta) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, de titularidade das Cen-trais Elétricas de Santa Catarina S.A.

Em Assembleia Geral realizada em 29 de abril de 2016 foi aprovado o aumento de capital so-cial até R$250 milhões, mediante a capitalização da parcela de lucro retido no montante de R$104,5 milhões oriundo da reserva de retenção de lucros.

b) Reserva Legal e de Retenção de Lucros

A Reserva Legal é constituída anualmente como destinação de 5% do Lucro Líquido do Exercício e não poderá exceder a 20% do Capital Social. A Reserva Legal tem por fim assegurar a integridade do Capital Social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízo e aumentar o capital.

A Reserva de Retenção de Lucros refere-se à retenção do saldo remanescente de lucros Acu-mulados, a fim de atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido em seu plano de investimentos, conforme orçamento de capital aprovado e proposto pelos administrado-res, para ser deliberado na Assembleia Geral da Administração, em observância ao artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações.

73 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

c) Ajustes de Avaliação Patrimonial

Conforme previsto no CPC 27 – Ativo Imobilizado e em atendimento às orientações contidas na Interpretação Técnica no 10, foi reconhecido o ajuste do valor justo do ativo imobilizado na data da adoção inicial dos CPCs em 1o de janeiro de 2009. A contrapartida do referido ajuste lí-quido de Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos foi reconhecida na conta Ajuste de Avaliação Patrimonial, no Patrimônio Líquido. Esta rubrica é realizada contra a conta Reserva de Retenção de Lucros na medida em que a depreciação do ajuste a valor justo do imobiliza-do é reconhecida no resultado.

A realização do custo atribuído em 2016 foi:

Descrição

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Base de Cálculo

Imposto de Renda

Contribuição Social Total Total

Natureza dos Créditos

Realização do Custo Atribuído 32.530 8.133 2.928 21.469 29.143

32.530 8.133 2.928 21.469 29.143

d) Dividendos

A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Celesc G, sujeita à aprovação dos acionistas na Assembleia Geral é calculada nos termos da Lei Federal no 9.249 de 26 de dezembro de 1995 e da Lei Federal no 6.404 de 15 de dezembro de 1976, em especial no que tange ao disposto nos artigos 192 e 203, é assim demonstrada:

Descrição

31 dedezembro

2016

31 dedezembro

2015

Lucro Líquido do Exercício 25.143 33.654

(-) Constituição de Reservas Legal (1.258) (1.683)

(=) Base de Cálculo dos Dividendos e JCP 23.885 31.971

Dividendos Propostos (30%) 7.165 9.592

Total dos Dividendos do Exercício 7.165 9.592

Mínimo Obrigatório (25%) 5.971 7.993

Parcela Excedente ao Mínimo Obrigatório 1.194 1.599

74 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

22. SegurosAs coberturas de seguros, em 31 de dezembro de 2016, foram contratadas pelos montantes a seguir indicados, consoante apólices de seguros:

Ramo Ativos Cobertos Vigência Segurado(i)

Incêndio/Raio/Explosão Usinas e Subestações 08.08.2016 a 08.08.2017 24.272

Queda de Aeronave Usinas e Subestações 08.08.2016 a 08.08.2017 12.136

Vendaval Usinas e Subestações 08.08.2016 a 08.08.2017 12.136

Danos Elétricos Usinas e Subestações 08.08.2016 a 08.08.2017 24.272

(i) As premissas e riscos adotados, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria das Demonstrações Financeiras, consequentemente não foram examinados pelos nossos auditores independentes.

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23. Receitas

23.1. Mercado, Preço da Energia e Receita

A venda da energia elétrica é realizada por meio de leilões públicos, tendo como lastro o par-que de geração e os contratos de compra de energia elétrica.

A comercialização de energia, como acontece em todo Sistema Interligado Nacional – SIN, é operacionalizada, contabilizada e regulada por meio da CCEE.

Descrição

31 de dezembro

de 2016

31 de dezembro

de 2015

Receita Operacional Bruta (a)

Fornecimento de Energia Elétrica 44.772 67.419

Suprimento de Energia Elétrica 34.673 17.932

Energia Elétrica de Curto Prazo 13.384 64.145

Receita Financeira - Bonificação de Outorga 44.506 -

137.335 149.496

Deduções da Receita Operacional

PIS 1.629 1.967

COFINS 7.505 9.063

Reserva Global de Reversão – RGR 302 742

Taxa Fiscalização ANEEL – TFSEE 316 572

Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos - CFURH 1.352 1.185

Pesquisa & Desenvolvimento – P&D 346 2.070

11.450 15.599

Receita Operacional Líquida 125.885 133.897

76 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

a) Receita Operacional Bruta

Descrição

31 de dezembro de

2016 2015 2016 2015 2016 2015

Nº de consumidores (i) MWh (i)

Receita Bruta

Fornecimento e Suprimento de Energia Elétrica

Industrial 20 19 266.042 279.403 44.772 67.419

Comercial, Serviços e Outros - - - - - -

Suprimento de Energia 59 42 377.158 91.648 34.673 17.932

Energia de Curto Prazo (CCEE) - - 18.968 231.692 13.384 64.145

Receita Financeira - Bonificação de Outorga - - - - 44.506 -

79 61 662.168 602.743 137.335 149.496

(i) Informações não auditadas.

77 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

24. Custos e Despesas OperacionaisOs custos e despesas operacionais são compostos pelas seguintes naturezas de gastos:

Descrição

31 de dezembro de 2015

Custos deBens e/ou

Serviços

Despesascom

Vendas

DespesasGerais e

AdministrativasOutras

Despesas Total

Energia Elétrica Comprada para Revenda (a) 15.382 - - - 15.382

Pessoal (b) 5.684 274 8.619 - 14.577

Material 113 - 216 - 329

Encargos de Uso da Rede Elétrica 2.381 - - - 2.381

Custos e Serviços de Terceiros 4.664 497 1.811 - 6.972

Depreciação e Amortização 34.951 - 1.433 - 36.384

Seguros - - 205 - 205

Provisões Líquidas (b) (6.358) 10.583 - (11.769) (7.544)

Tributos (866) 64 135 - (667)

Aluguéis - - 304 - 304

Outros Custos e Despesas (725) - 425 34 (266)

55.226 11.418 13.148 (11.735) 68.057

Descrição

31 de dezembro de 2015

Custos deBens e/ou

Serviços

Despesascom

Vendas

DespesasGerais e

AdministrativasOutras

Despesas Total

Energia Elétrica Comprada para Revenda (a) 10.518 - - - 10.518

Pessoal 5.777 267 6.308 - 12.352

Material 193 - 464 - 657

Encargos de Uso da Rede Elétrica 2.233 - - - 2.233

Custos e Serviços de Terceiros 4.051 411 1.642 - 6.104

Depreciação e Amortização 62.028 - 709 - 62.737

Seguros - - 137 - 137

Provisões Líquidas (b) (11.079) - - 16.239 5.160

Tributos (902) 64 140 - (698)

Aluguéis - - 249 - 249

Outros Custos e Despesas (651) - 82 340 (229)

72.1068 742 9.731 16.579 99.220

78 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

a) Energia Elétrica Comprada para Revenda

Energia Elétrica Comprada para Revenda

31 dedezembro

de 2016 MWh (i)

31 dedezembro

de 2015 MWh (i)

Master Agropecuária Ltda - - 2 9

Dona Francisca Energética - DFESA 16.950 141.224 11.565 106.110

São Valentin Geração de Energia S.A. 23 173

(-) PIS Crédito (280) - (191) -

(-) COFINS Crédito (1.288) - (881) -

15.382 141.224 10.518 106.292

(i) Informações não auditadas

b) Provisões, Líquidas

Em decorrência de nova análise do imobilizado a fim de verificar Perda no Valor Recuperável de Ativos (Impairment Test) realizada em 2016, foi revertida a Provisão para Perdas registrada anteriormente no valor de R$21.280 mil e constituída nova provisão no montante de R$9.500 mil, conforme descrito na Nota 13.

Em 2016, foi revertida a provisão para perdas, das Usinas Bracinho, Garcia, Ivo Silveira, Pal-meiras, Rio dos Cedros e Salto no valor equivalente à realização da depreciação constituída durante o exercício de 2016, de R$6.358 mil.

As provisões judiciais foram constituídas de acordo com os critérios previamente definidos pela Administração, conforme relatório emitido pela assessoria jurídica da Celesc G, e devido a alterações no risco de perdas em determinados processos judiciais, foi instituída provisão para contingências no valor de R$11 mil.

Em decorrência das incertezas do recebimento pela liquidação no mercado de curto prazo re-ferentes aos ajustes das medidas liminares acerca do GSF, foi constituída PECLD no montante de R$10.583 mil até dezembro de 2016.

79 | RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO E D E M O N ST RAÇÕ E S F I N A N C E I RA S 2 0 1 6

25. Resultado Financeiro

Descrição

31 dedezembro

de 2016

31 dedezembro

de 2015

Receita Financeira

Renda de Aplicação Financeira 8.532 7.422

Juros Contrato de Mútuo 2.227 11.060

Acréscimos moratórios s/ faturas de energia 40 70

Outras Receitas Financeiras (493) 111

10.306 18.663

Despesas Financeiras

Ajuste a Valor Presente – UBP (204) (310)

Variações monetárias Bonificação Outorga (5.383) -

Juros Debêntures (20.936) -

Custos Emissão Debêntures (1.354) -

Atualização P&D e eficiência energética (177) (403)

Outras Despesas Financeiras (698) (1.183)

(28.752) (1.896)

Resultado Financeiro (18.446) 16.767

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Eventos subsequentes

Manifestação do Conselho de Administração

O Conselho de Administração da Celesc Geração S.A. – Celesc G, declara que examinou, revi-sou e concorda com todas as informações contidas nas Demonstrações Financeiras (individu-al e consolidada) do exercício findo em 31 de dezembro de 2016.

Consoante com o posicionamento dos auditores da Deloitte Touche Tohmatsu aprova os refe-ridos documentos e propõe a aprovação por parte dos Senhores Acionistas.

Florianópolis/SC, 24 de março de 2017.

Pedro Bittencourt Neto(Presidente)

Cleverson Siewert Ademir Zanella

Alberto Ribeiro Güth Antônio Marcos Gavazzoni

Arlindo Magno de Oliveira Derly Massaud de Anunciação

Ernani Bayer José Gustavo de Souza Costa

José Luiz Alquéres Leandro Nunes da Silva

Luciano Chede Murillo Barbosa Vianna Neto

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Parecer do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal da Celesc Geração S.A., no uso de suas atribuições legais e estatutárias, dando cumprimento ao que dispõe o artigo 163, da Lei 6.404/76 e suas posteriores altera-ções, examinou:1) o Relatório da Administração, as Demonstrações Financeiras, o orçamento de capital e a proposta da administração para destinação do resultado, todos referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2016. Com base nos trabalhos, entrevistas e acompanhamentos realizados ao longo do exercício, e, considerando, ainda, o conteúdo do Parecer dos auditores independentes Deloitte Touche Tohmatsu, datado de 27 de março 2017, opina que tais docu-mentos estão em condições de serem submetidos à apreciação dos Senhores Acionistas.2) O Conselho Fiscal da Celesc Geração S.A., no uso de suas atribuições legais e estatutárias, se manifesta favoravelmente a proposta da administração para distribuição de 30% (trinta por cento) do lucro ajustado do exercício.

Florianópolis, 27 de março de 2017.

Paulo da Paixão Borges de Andrade

Antonio Ceron Fabrício Santos Debortoli

Luiz Hilton Temp Telma Suzana Mezia

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Declaração dos Diretores sobre as Demonstrações FinanceirasOs Diretores da Celesc Geração S.A. declaram que examinaram, revisaram e concordam com todas as informações contidas nas Demonstrações Financeiras.

Declaração dos Diretores sobre o Relatório dos Auditores IndependentesOs Diretores da Celesc Geração S.A. declaram que examinaram, revisaram e concordam com todas as informações contidas no Relatório dos Auditores Independentes sobre as Demons-trações Financeiras.

Cleverson SiewertDiretor Presidente

Enio Andrade BrancoDiretor de Geração e Transmissão e Novos Negócios

Antônio José LinharesDiretor de Assuntos Regulatórios e Jurídicos

Eduardo Cesconeto de SouzaDiretor Comercial

José Carlos Oneda Diretor de Finanças e Relações com Investidores

Nelson Marcelo SantiagoDiretor de Gestão Corporativa

Rubens José Della VolpeDiretor de Planejamento e Controle Interno

José Braulino StähelinContador – CRC/SC 18.996/O-8

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Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Financeiras

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras da Celesc Geração S.A. (“Companhia”), que com-preendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, in-cluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamen-te, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Celesc Geração S.A. em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Bra-sil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de audi-toria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações finan-ceiras”. Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabili-dades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Outros assuntos

Demonstrações do valor adicionado As demonstrações do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da Administração da Companhia, e apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de audi-toria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - De-monstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essas demonstrações do valor adiciona-do foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações fi-nanceiras tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras e o relatório do auditor A Administração da Companhia é responsável por essas outras informações, que compreen-dem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório.

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Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhe-cimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma re-levante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

Responsabilidade da Administração e da governança pelas demonstrações financeirasA Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e de acordo com as nor-mas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Stan-dards Board – IASB, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para per-mitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independente-mente se causada por fraude ou erro.Na elaboração das demonstrações financeiras, a Administração é responsável pela avaliação da capacidade de a companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assun-tos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elabora-ção das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Com-panhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o en-cerramento das operações.Os responsáveis pela governança da Companhia e são aqueles com responsabilidade pela su-pervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras, toma-das em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distor-ções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são con-sideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas refe-ridas demonstrações financeiras.Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimen-tos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apro-priada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representa-ções falsas intencionais.

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Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de ex-pressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela Administração.Concluímos sobre a adequação do uso, pela Administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capa-cidade de continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza rele-vante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulga-ções nas demonstrações financeiras ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulga-ções forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de audito-ria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras, in-clusive as divulgações e se as demonstrações financeiras representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclu-sive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Joinville, 13 de abril de 2017

DELOITTE TOUCHE TOHMATSUAuditores Independentes

CRC n.º 2 SP-011.609/O-8 F-SC

Ricardo Schenk DuqueContador

CRC n.º RS.060571/O-0