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ATITUDE: ALGO QUE A PREFEITURA DE CAMPINAS JÁ TEVE interbuss P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 7 2 | 2 9 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 5 Viações em Campinas já sofreram intervenção por motivos muito menores que os de hoje. Crise no transporte não dá trégua e prefeitura não faz nada SÃO PAULO TERÁ ÔNIBUS A CADA 6 MINUTOS CURITIBA QUER DEMITIR PARA PAGAR O 13º ATITUDE: ALGO QUE A PREFEITURA DE CAMPINAS JÁ TEVE

Revista InterBuss - Edição 272 - 29/11/2015

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Edição com 32 páginas • Concluída às 00h40 Destaques: • Prefeitura de Campinas continua inerte diante de mais uma crise no transporte local • Expresso Nordeste fecha compra de novos ônibus • Curitiba quer demitir motoristas e cobradores para pagar décimo terceiro salário

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 272 - 29/11/2015

ATITUDE: ALGO QUEA PREFEITURA DECAMPINAS JÁ TEVE

interbussP O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A | A N O 6 | N ° 2 7 2 | 2 9 D E N O V E M B R O D E 2 0 1 5

Viações em Campinas já sofreram intervenção pormotivos muito menores que os de hoje. Crise notransporte não dá trégua e prefeitura não faz nadaSÃO PAULO TERÁ ÔNIBUS A CADA 6 MINUTOS

CURITIBA QUER DEMITIR PARA PAGAR O 13º

ATITUDE: ALGO QUEA PREFEITURA DECAMPINAS JÁ TEVE

Page 2: Revista InterBuss - Edição 272 - 29/11/2015

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

interbuss

UMA REVISTAPARA QUEM QUERSABER TUDOSOBRE TRANSPORTE

NO BRASILE NO MUNDO.TODO DOMINGO,UMA NOVA EDIÇÃO.

P O R Q U E T R A N S P O R T E É V I D A

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Page 4: Revista InterBuss - Edição 272 - 29/11/2015

NESTA EDIÇÃO

22 ÔNIBUS DE CAMPINASPrefeitura continua sem ação diante da crise

24 ANIVERSÁRIO

26 REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss14 ADAMO BAZANI

Colunistas | Decretada prisão de empresários no ABC

6 NOSSA OPINIÃOCampinas está largada e a prefeitura não faz nada

7 A IMAGEM MARCANTEA foto que marcou a semana no setor de transportes

8 TODA SEMANAAs notícias mais importantes da semana

16 PÔSTERMarcopolo Allegro GV, por Fábio T. Tanniguchi

18 DEU NA IMPRENSAAs notas da imprensa especializada

28 FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

SUMÁRIO

A SEMANA REVISTA

Campinas: sem óleo diesel, sem pulso

Com sistema de transporte em crise, prefeitura segue completamente inerte

30 JOSÉ EUVILÁSIO30 MARISA VANESSA N. CRUZ

Colunistas | Viagem para Fortaleza e região

24 ARTIGOOs governos de Campinas já tiveram pulso firme

22

Page 5: Revista InterBuss - Edição 272 - 29/11/2015

ANO 6 | Nº 272 | DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015 | 1ª EDIÇÃO | CONCLUÍDA À 00h24EDIÇÃO COM 32 PÁGINAS

ÔNIBUS DE CAMPINASPrefeitura continua sem ação diante da crise

ANIVERSÁRIO

REDE SOCIALO seu espaço na InterBuss

FOTOS DA SEMANAAs melhores fotos de ônibus da semana

Campinas: sem óleo diesel, sem pulso

Com sistema de transporte em crise, prefeitura segue completamente inerte 24

Crise no transporte só se agrava a cada dia

Mentiras e a inércia daPrefeitura de Campinas

ÔNIBUS DE CAMPINAS

22

Veículo alegra os passageiros diários e esporádicos

Motorista enfeita ônibus commotivos natalinos em Recife

TODA SEMANA

08

Veículos de dois andares foram encarroçados em Volvo

Expresso Nordeste faz novacompra de ônibus Marcopolo

TODA SEMANA

12

Investigação se arrasta há anos no Grande ABC

Empresários são condenadosno caso Celso Daniel

NOSSO TRANSPORTE

14

Black Friday deu a largada para a grande movimentação

FedEx projeta movimentaçãorecorde neste final de ano

DEU NA IMPRENSA

18

JOSÉ EUVILÁSIO

MARISA VANESSA N. CRUZColunistas | Viagem para Fortaleza e região

ARTIGOOs governos de Campinas já tiveram pulso firme

Page 6: Revista InterBuss - Edição 272 - 29/11/2015

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELLuciano de Angelo Roncolato

REVISÃOLuciano de Angelo Roncolato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos à todos os colaboradores de todo o país pelas fotos enviadas esta semana para capa, ma-térias e pôster.

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao final de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos auto-rais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por escrito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a re-produção também é autorizada apenas após um pe-dido formal via e-mail. As imagens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da revista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessi-dade de pedido.

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A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe desde 2000, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte na-cional, sempre para trazer tudo para você em primei-ra mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Por-tal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integran-tes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidam-ente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo dentro do site e da revista. Qualquer pessoa que dis-ser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identificada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passadas ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em con-tato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 99483.2186, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

A cidade de Campinas, que já foi cogitada para ser a capital do Estado de São Paulo no século retrasado, está mergulhada em um mar de desmandos. E não é culpa do atual governo pois isso já vem de longa data. Pelo menos desde a segunda administração do sr. Francisco Amaral, que teve início em 1997, que a cidade vive um período de trevas que parece não ter mais fim. Houve um pequeno momento de luz durante o primeiro governo de Hélio Santos, mas tudo veio por água abaixo no segundo man-dato, quando houve a cassação e a série de prisões por conta do escândalo do caso Sanasa. Um dos pontos vitais de uma cidade é seu sistema de transportes, algo que nunca foi organizado em Campinas. Quando o sistema começou a ser implementado na cidade, ainda na década de 50, numa época em que ainda existia uma rede de bondes que chegada até os principais pon-tos da região. Desde então, o sistema de transporte de Campinas vive uma praticamente eterna bagunça. A CCTC, que era a única empresa que tinha autorização para operar na cidade até o final dos anos 70, chegava a autori-zar outras empresas a operarem linhas de regiões mais longínquas, como a do Descampado (atual Viracopos), Campos Elíseos, Betel, entre outros. Quando houve a seleção de novas empresas para operarem o sistema a partir do início dos anos 80, todas as que já operaram mantiveram suas linhas, porém de forma “oficial”. Os trajetos sempre foram uma bagunça e houve um momento em que tentou-se fazer uma organização, que foi no caso da inauguração dos terminais Barão Geraldo, Campo Grande e Ouro Verde, com a operação no sistema tronco-alimentador. Mesmo com muitas reclamações da população, o sistema foi mantido e funciona razoavel-mente bem até hoje, apesar dos desmantelamentos que a prefeitura tem feito com a criação de linhas que operam fora desse sistema. O auge acon-teceu durante o governo Jacó Bittar, quando a cidade tinha uma das frotas mais novas do país e o segundo melhor sistema de transporte, perdendo apenas para Salvador. Tudo funcionava muito bem e prosseguiu-se no governo Magalhães Teixeira, que em seu primeiro mandato não conseguiu implantar um sistema de trólebus no eixo da Avenida das Amoreiras, mas deixou como legado o único corredor exclusivo da cidade. No governo Francisco Amaral, a chegada dos perueiros deixou um rastro de destru-ição em todo o sistema, com uma frota caindo aos pedaços, falência de empresa, operação de qualquer jeito de forma clandestina, e a população sofrendo com greves constantes. Até hoje esses desmandos tem reflexos em toda a cidade e mais uma vez a população volta a sofrer com a dificuldade financeira de uma empresa. A prefeitura acompanha tudo inerte, assim como a EMTU no sistema metropolitano, que continua sentada em sua cadeira na Capital enquanto a população fica sem ônibus por conta de falta de óleo diesel, e também sem qualquer tipo de amparo, já que faltou ônibus no sistema metropolitano, fica sem nada pois não há um plano emergencial. Ao menos em Campinas há um paliativo, com uma bagunça de empresas operando em linhas grevistas, auxiliando um pouco. Vamos ver até quando a prefeitura de Campinas irá seguir dessa forma, tentando acobertar os problemas pensando apenas no período eleitoral.

Campinas, uma cidadesimplesmente abandonada

EditorialNOSSA OPINIÃOEXPEDIENTE

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A IMAGEM MARCANTE

Juiz de Fora, MGDomingo, 22 de Novembro de 2015

Um ônibus caiu em uma ribanceira na cidade de Juiz de Fora,na Zona da Mata mineira, e deixou ao menos 18 pessoas

feridas. A suspeita é de que tenha ocorrido uma falha no sistema defreios do veículo. A foto é do 1º Sargento Edmilson Brugger.

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Motorista decora ônibuscom motivos natalinos

INCÊNDIO • Veículo foi parcialmente destruído e deixou cobrador ferido em Salvador

Já conhecido pelos inúmeros adereços em datas comemorativas, o ôni-bus dirigido por Uiraquitan Batista é uma atração que surpreende quem vê o carro da linha Alto Santa Isabel trafegar pelo Recife. Pelo 13º ano consecutivo, o motorista en-feita o veículo com árvores de Natal, bolas e outros elementos natalinos. Há uma se-mana, o motorista preparou o ônibus para os festejos natalinos, com direito a gorro e colete de Papai Noel incorporados à farda. Nos primeiros cinco anos, a decora-ção era simples, feita somente na frente do ônibus, e custeada pelo próprio motorista, mas a iniciativa fez tanto sucesso entre co-legas de trabalho e passageiros da linha que a empresa passou a arcar com as despesas dos enfeites. “Quando chega a época próxi-ma ao Natal, o pessoal já começa a pergun-tar pela decoração”, comenta Uiraquitan. No terminal da linha, o veículo já virou ponto de visitação. Apesar de não pre-cisar do transporte no momento do inter-valo dos motoristas, a dona de casa Gildete França aproveitou a brecha entre as viagens da linha para conhecer a decoração do inte-rior do ônibus. “Eu moro na frente do termi-nal e estava querendo ver o ônibus. Eu até pego os outros ônibus quando preciso, mas gosto mesmo é de viajar nesse aqui”, diz. Segundo o motorista, a iniciativa é motivada pela receptividade dos passagei-ros. “Quem nunca andou nesse ônibus olha espantado e curioso. Tem gente que brinca, que elogia, que sorri... Esse pessoal nem tem ideia da energia boa que me passa”, celebra o motorista. Segundo ele, outros ônibus da mesma empresa já copiam a iniciativa e passaram a enfeitar os veículos da frota em datas comemorativas. Ainda segundo Uiraquitan, essa é única época do ano em que o ônibus ganha caixinha para que os passageiros depositem moedas. “Esse período é maravilhoso. A gente já fica animado com a reação dos passageiros e ficamos empolgados tam-bém com o dinheiro que o pessoal coloca na caixa”, brinca. O cobrador Henrique Luiz também participa da brincadeira e, além de usar o chapéu do “Bom Velhinho”, toca um sino junto com Uiraquitan quando al-

gum passageiro deposita uma quantia na caixinha. “Tem gente que só coloca pra ver

a gente tocar o sino e desejar feliz Natal”, ex-plica Luiz.

TODA SEMANA AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

Pernambuco

G1 Pernambuco | Notícias

interbuss | 29.11.201508

IRREGULAR Um primo da vítima também teve que viajar em pé em ônibus da empresa. Foto: Divulgação da empresa

ANIMADO Ônibus decorado com motivos natalinos no Recife. Fotos: G1 Pernambuco

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AS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA SEMANANO SETOR DE TRANSPORTES

29.11.2015 | interbuss 09

Ônibus bate e deixa cinco mortos no norte de SC

Santa Catarina

A mecânica do ônibus envolvido no acidente que resultou na morte de cinco pessoas em Corupá, no Norte de Santa Ca-tarina, “estava toda revisada”, afirmou a pro-prietária do veículo, Nair Teixeira. A família que estava no carro que bateu no ônibus foi enterrada às 17h desta segunda-feira (23). Gilberto da Silva Fogaça, 48 anos, e Lucineia Camargo Caporello Fogaça, 43 anos, além dos dois filhos deles, Douglas Caporello Fogaça, 23 anos, e Eduarda Ca-porello Fogaça, de 1 mês, viajavam em um Cross Fox quando o carro bateu em um ôni-bus na manhã de domingo (22). Segundo a Polícia Rodoviária Fe-deral (PRF), o ônibus estava na contramão. Todos os ocupantes do carro morreram. Izê-nia Firmino, passageira de ônibus, também morreu. Ela foi enterrada nesta segunda em Capivari de Baixo, no Sul do estado. O acidente deixou 20 feridos, dos quais 13 seguiam hospitalizados nesta segunda. A dona do ônibus afirmou que o veículo é locado pela Mirotur. Nair alegou que a licença da Agência Nacional de Trans-portes Terrestres (ANTT) só é fornecida a empresas que possuem pelo menos dois veículos. A ANTT informou, porém, que não há mais exigência de dois veículos, de acor-do com a resolução número 4777/2015. “Eu só tenho esse ônibus. Quando aparece turismo, eu faço”, disse Nair. Ela afir-mou que o veículo envolvido no acidente fazia viagem para Foz do Iguaçu e que a ba-tida aconteceu na volta. A mulher diz que possui o ônibus ha dois anos e que este foi o primeiro aci-dente. “Soube ontem [domingo] às 9h30 quando uma passageira conseguiu ir até um lugar que tinha sinal de celular. Fiquei mal e enviei meu genro de carro para dar assistência. Loquei outro ônibus e fui mais tarde ver o que eu poderia fazer”. Ela afirmou que pediu aos policiais que liberassem os pertences dos passage-iros, já que bolsas e carteiras com documen-tos e dinheiro ficaram no ônibus, segundo ela. “Ficaram todos como indigentes”. A dona do veículo acredita que o condutor do ônibus poderá esclarecer o que aconteceu. “Quando o motorista me-lhorar, vai dizer a coisa certa”.

G1 Santa Catarina | Notícias

TRAGÉDIA Dona da empresa diz que o veículo estava revisado. Fotos: RBS TV

A ANTT afirmou que o ônibus es-tava cadastrado com a Mirotur e que foi dada a autorização de viagem com partida de Sombrio, no Sul catarinense.Investigação O responsável pela Delegacia de Polícia de Corupá, Maurício Francisco, aguarda o boletim de trânsito da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para abrir o in-quérito do acidente. Ele vai pedir perícia nos dois veículos envolvidos.

Internados Dos 20 feridos, doze passageiros do ônibus seguiam internados no Hospital São José de Jaraguá do Sul, Norte catari-nense, entre eles um homem que está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O motorista do ônibus, Luis Carlos Moura, de 50 anos, continuava em estado gravíssimo no Hospital São José de Joinville, também Norte do estado. Ele foi submetido a uma cirurgia neste domingo.

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TODA SEMANA

Viações de Curitiba podem demitir para pagar o 13º

O Sindicato das Empresas de Ôni-bus de Curitiba e Região Metropolitana (Se-transp) enviou um ofício ao sindicato dos motoristas e cobradores e à Urbs, dizendo que poderá demitir até 2 mil trabalhadores nos próximos meses, para conseguir quitar o 13º dos funcionários. Segundo o Setransp, o sistema de transporte público entrou em colapso e a tarifa técnica de R$ 3,21 paga aos empresários já não cobre os custos de operação. O Setransp diz que a falta de reajuste na tarifa técnica é um descum-primento do contrato entre a Urbs, autar-quia que faz o gerenciamento dos ônibus, e as empresas de ônibus. Embora os usuários

paguem R$ 3,30 de passagem, as empresas recebem um valor menor. É a primeira vez que isso ocorre desde que foi instituído o contrato do transporte público. As empresas também afirmam que o fim da integração de linhas que atendem a capital e a Região Metropolitana causou um baque nas contas, pois teria diminuído o número de passageiros que usam o trans-porte coletivo. Além do 13º dos funcionári-os, as empresas alegam que podem atrasar os salários de dezembro e janeiro. Em nota, a Urbs informou que está cumprindo os contratos e que todos os re-passes estão em dia. Segundo a autarquia, as empresas estão sendo notificadas para confirmarem as informações do Setransp. “A Urbs reitera sua disposição inabalável de

manter o diálogo, a transparência e o res-peito à causa pública que tem mantido nas relações com as concessionárias e os traba-lhadores, no sentido de manter os serviços de transporte público que a população merece e precisa”, disse. O sindicato dos trabalhadores in-formou que foi surpreendido pelo ofício en-caminhado pelo Setransp. Os funcionários devem se reunir em assembleia na sexta-feira (27). A categoria ainda não definiu qual será o posicionamento a partir de agora. A Coordenação da Região Me-tropolitana de Curitiba (Comec) também foi procurada para comentar a nota do Se-transp. No entanto, o órgão do governo es-tadual não quis se pronunciar sobre o pro-blema.

Paraná

G1 Paraná | Notícias

interbuss | 29.11.201510

CRISE Empresas alegam não ter dinheiro para pagar o décimo terceiro salário e por isso precisariam demitir. Foto: Wikipedia

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Prefeitura de Natal descarta reajuste de tarifa neste ano

29.11.2015 | interbuss 11

Notas Rápidas

A Secretaria Municipal de Mo-bilidade Urbana de Natal (STTU) divulgou nota nesta quinta-feira (26) descartando qualquer possibilidade de aumento da tarifa de ônibus na capital potiguar. O Sindi-cato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município (Seturn) oficial-izou nesta quarta-feira (25) um pedido de reajuste da passagem de R$ 2,65 para R$ 3. Ao negar o pedido, a prefeitura ar-gumentou que os termos firmados com o sindicato para um novo reajuste não vence-ram. Um dos termos inclui a entrega de 30 novos ônibus no mês de dezembro. “Sendo

assim, está afastada qualquer hipótese de aumento”, diz a nota divulgada pela STTU. O reajuste na tarifa seria de 13,2%. De acordo com o Seturn, as empre-sas estão com dificuldades financeiras para pagar os salários e o 13º dos funcionários. A tarifa já sofreu alterações este ano. Em junho, o Seturn pediu um reajuste no valor da tarifa. O sindicato queria que o valor saísse de R$ 2,35 para R$ 2,90. Este pedido de aumento aconteceu após o a-certo de um reajuste salarial de 10% com motoristas e cobradores da capital po-tiguar. Porém, o aumento só foi autorizado em julho e a passagem passou de R$ 2,35 para R$ 2,65.

G1 Rio Grande do Norte | Notícias

Fogo destróiônibus emTaboão daSerra

Um ônibus foi destruído por um in-cêndio em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, nesta terça-feira (24). Segundo a Polí-cia Militar, ninguém ficou ferido. Uma telespectadora do Bom Dia São Paulo enviou vídeo em que o veículo aparece em chamas. Jéssica Poli contou que acordou com o barulho da explosão do com-bustível. O fogo atingiu os fios de energia na Estrada Benedito Cesário de Oliveira, no bairro Parque Pinheiros. Bombeiros disseram que o fogo começou depois de um pro-blema mecânico no coletivo.

G1 São Paulo | Notícias

Um ônibus da Viação Pedro Antônio pegou fogo no fim da tarde de terça-feira (24), em Vassouras, no Sul do Rio de Janeiro. O acidente foi registrado pelo César Alves da Silva, que estava no veículo e mandou a ima-gem pelo whatsapp da TV Rio Sul. O Corpo de Bombeiros apagou o fogo e disse que não houve vítimas. A suspei-ta é que a chamas tenham sido causadas por uma falha mecânica. A produção do RJTV também entrou em contato com a empresa responsável pelo veículo. Por telefone, a Via-ção Pedro Antônio disse que ainda não sabe a causa do incêndio e que vai enviar o ônibus para a perícia.

G1 Sul do Rio | Notícias

Ônibus daViação PedroAntonio pegafogo no RJ

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Expresso Nordeste compra novos DDs da Marcopolo

A Expresso Nordeste, sediada na cidade de Campo Mourão/PR, renova a sua frota com oito novos ônibus Marcopolo dos modelos Paradiso 1800 Double Decker (dois pisos). Os veículos serão utilizados em linhas rodoviárias que ligam várias cidades, entre as quais, Foz do Iguaçu, Cascavel, Tole-do, Guaíra, Maringá, Londrina, Guarapuava, Ponta Grossa, Curitiba, São Paulo, Sorocaba, São José dos Campos, Americana, Campi-nas, Ribeirão Preto, Franca, Aparecida, Re-sende, Rio de Janeiro, Joinville, Balneário Camboriú e Florianópolis.

O Paradiso 1800 DD oferece e-levado padrão de conforto para propor-cionar viagens agradáveis e prazerosas, comparáveis às da primeira classe de voos internacionais. Os veículos têm capacidade para transportar 44 passageiros no piso su-perior, com poltronas semileito super soft, e nove no piso inferior, com poltronas leito hiper soft, além de sistema completo de som e imagem. As poltronas utilizam mate-rial viscoelástico na região da cabeça e do pescoço, além de descansa-braços mais lar-gos e macios. A Expresso Nordeste tem 52 anos de história no transporte de passageiros.

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Da Marcopolo | assessoria

interbuss | 29.11.201512

Com uma equipe formada por mais de 1.000 colaboradores diretos e indiretos, altamente qualificada e constantemente treinada, se dedica a garantir aos usuári-os a satisfação total desde a compra dos serviços, passando pelos cuidados que se seguem no embarque, no transporte das bagagens, chegando até no desembarque em seus destinos. A empresa oferece aos passageiros uma moderna frota, com car-ros novos, com total conforto e seguran-ça. A aquisição dos novos veículos teve o objetivo de manter o melhor nível de qualidade e satisfação aos usuários de seus serviços.

TODA SEMANAMercado

Oito novas unidades de veículos de dois andares foram encarroçados sobrechassi Volvo; Empresa é uma das melhores do norte do Estado do Paraná

Page 13: Revista InterBuss - Edição 272 - 29/11/2015

29.11.2015 | interbuss 13

Grupo Suécia abre novaconcessionária em Palmas

O Grupo Suécia inaugurou esta semana sua nova concessionária na cidade de Palmas, capital de Tocantins. Localizada num ponto estratégico do Estado e do País, a nova unidade reduz consideravelmente a distância para o atendimento dos trans-portadores que cruzam a região, como, por exemplo, aqueles provenientes do Mato Grosso com destino ao Nordeste do Brasil. Palmas está junto à BR153, uma das princi-pais rodovias brasileiras, e está ligada por todos os lados pelas estradas estaduais, tornando-se um ponto de apoio extrema-mente importante para o escoamento da produção agropecuária. “Esta nova casa é mais um grande apoio para os nossos clientes, pois sua loca-lização é essencial para a operação logística de muitos transportadores”, afirma Norton de Oliveira, diretor executivo do Grupo Suécia. A sétima unidade do Grupo Suécia tem uma moderna e ampla estrutura para atender os caminhões e ônibus da marca que circulam por Tocantins e os que che-gam de outros estados. Instalada num terreno de 14,4 mil metros quadrados e com uma área cons-truída de 2,2 mil m², a concessionária tem 11 boxes, três deles Pit Stop, o novo con-ceito Volvo de serviços rápidos de troca de lubrificantes em até 50 minutos. “Queremos melhorar ainda mais o pós-venda e o aten-dimento aos transportadores brasileiros”, diz Carlos Pacheco, diretor de desenvolvi-mento de concessionárias do Grupo Volvo América Latina. “E o Pit Stop faz parte des-ta estratégia, pois é um box especial que atende com exclusividade e grande rapi-dez e assim aumenta a disponibilidade dos veículos”, complementa Evalner Sidney, gerente de desenvolvimento de concessio-nárias Volvo. A concessionária de Palmas terá uma ampla área interna e externa para recebimento dos motoristas, pátio para estacionamento dos caminhões e ônibus, show room, vestiários, cozinha, e outros espaços para garantir melhor atendimento aos transportadores que vão fazer desde

trocas rápidas de óleo e revisões rotineiras, até compras de peças e serviços mais com-plexos. O Grupo Suécia escolheu instalar a nova unidade em Palmas também por causa de sua importância econômica e estratégi-ca. A cidade foi apontada pelo IBGE como a capital brasileira com maior taxa de cresci-mento geométrico. “O transporte rodoviário é fundamental para sustentar esse cresci-mento”, destaca o diretor executivo.

Da Volvo | assessoria

Jovem, o município de Palmas foi fundado em 1989, e sua população está em cerca de 270 mil habitantes. A econo-mia está centrada no comércio e serviços, principalmente. O Estado do Tocantins é um dos mais promissores do Brasil no agronegócio. Além da nova casa em Pal-mas, o Grupo Suécia tem unidades em Goiânia, Itumbiara e Rio Verde (Goiás), Araguaína (Tocantins), Uberlândia (MG) e Brasília (DF).

Localização estratégica da capital tocantinense foi importante para adecisão que levou à implantação da mais nova concessionária Volvo no país

Concessionárias

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interbuss | 29.11.201514

Condenados nesta segunda-feira, 23 de novembro de 2015, à prisão por um esquema de corrupção envolvendo o setor de transportes na gestão Celso Daniel, entre 1999 e 2001, o dono do Diário do Grande ABC e de empresas de ônibus, Ronan Maria Pinto, o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, e o ex secretário de obras públi-cas de Celso Daniel, Klinger Luiz de Oliveira, vão poder recorrer da sentença em liber-dade por causa da legislação brasileira. A juíza Maria Lucinda da Costa, da 1ª Vara Criminal de Santo André, foi enfática ao classificar os réus como responsáveis pelo que chamou de “esquema criminoso”. “É inafastável a condenação de Klinger, Ronan e Sérgio, pois fartas são as provas de recebimento de valores de modo ilícito, bem como a destinação pessoal do proveito da corrupção. Não há tese defen-siva que leve à absolvição” Sombra e Klinger foram condena-dos a 15 anos, seis meses e 19 dias de re-clusão, em regime fechado, bem como ao pagamento de 78 dias multa pelos crimes de concussão, corrupção passiva, por várias vezes. Já Ronan Maria Pinto foi condenado a 10 anos, quatro meses e 12 dias de re-clusão, em regime fechado, bem como ao pagamento de 48 dias multa pelos crimes de concussão e corrupção ativa, por várias vezes. De acordo com dados das inves-tigações, que foram usados na decisão, os empresários tinham de pagar ao esquema R$ 500 por ônibus em operação por mês. Quem não realizasse os pagamentos, sofre-ria sanções e tinha dificuldades de operar. Foi o caso da família Gabrilli. O dono da Viação São José de Transportes Ltda, Luiz Alberto Ângelo Gabrilli Filho, não concordou em pagar os valores. Repentinamente, as operações da São José começaram a ser prejudicadas. A empresa teve linhas sobrepostas pela Via-ção Padroeira do Brasil com autorização da prefeitura, que tinha na ocasião, como só-cio o empresário Baltazar José de Sousa, concunhado de Ronan. Na garagem da Pa-droeira, localizada no Jardim Bom Pastor, foi guardada a Pajero onde estava Celso Daniel com Sombra no dia em que somente o pre-feito foi levado pelos criminosos. Na decisão, a juíza faz referências

Ronan Maria Pinto, Sombra e Klinger devem recorrer em liberdade. Dinheiro de amigo de Lula pode ter ido para dono de ônibus e jornal

a Ronan. De acordo com o texto da magis-trada, Ronan é “empresário bem sucedido, formador de opinião”, mas que transgrediu “regra básica de conduta”, mostrando “per-sonalidade dissimulada”. Segundo ela, “são pessoas como Ronan que, não obstante devessem servir de exemplo e tivessem plena consciência do ilícito que praticavam, alimentam o pensamento coletivo que ad-mite o ilícito como algo natural, o que faz desmoronar a imagem do Brasil como país sério.” O empresário sempre negou as acusações e disse ter sofrido prejuízos com o envolvimento de seu nome. Klinger e Sombra também negam participação. Para o Ministério Público de São Paulo, este esquema de corrupção mo-tivou a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel, em janeiro de 2002. Já a polí-cia conclui em dois inquéritos que a morte tratou-se de crime comum, sem motiva-ções políticas.

OPERAÇÃO LAVA JATO Dinheiro do empresário, pecuarista e amigo de Lula, José Carlos Bumlai, pode ter parado nas mãos de Ronan Maria Pinto. É uma das linhas de investigação da Operação Lava Jato, revelada nesta ter-ça-feira.

Os investigadores apuram um em-préstimo de R$ 12 milhões feito por Bumlai, pelo banco Schaim em setembro de 2004. O destino do dinheiro ainda é duvidoso para a Polícia Federal. De acordo com delatores da opera-ção, parte do dinheiro foi para pagar dívidas do PT – Partido dos Trabalhadores e outra parte para Ronan Maria Pinto não envolver o nome do ex presidente Luís Inácio Lula da Silva no caso da morte de Celso Daniel. Nas investigações sobre o men-salão, em setembro de 2012, o publicitário Marcos Valério, condenado a 40 anos de prisão pelo esquema, disse que Ronan ha-via chantageado o PT para não citar Lula no caso de Santo André. O empresário de ônibus teria procurado os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho. Segundo Marcos Valério, o ex-se-cretário-geral do PT , Sílvio Pereira, o pro-curou para pedir ajuda em relação à suposta chantagem. Ronan, ainda segundo o depoi-mento, teria pedido R$ 6 milhões em uma reunião com Pereira e Valério para comprar o jornal Diário do Grande ABC, em 2004. Segundo Valério, ex-secretário-geral do PT , Sílvio Pereira disse que o valor havia sido obtido por Bumlai junto ao Scha-him e repassado ao empresário de ônibus, hoje dono do jornal.

NOSSO TRANSPORTEADAMO BAZANI | [email protected]

COLUNAS

CRIME Luís Inácio Lula da Silva e José Dirceu no velório do prefeito de Santo André, Celso Daniel. MP diz que corrupção envolvendo empresas de ônibus teria motivado assassinato em 2002. Foto: Veja.

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Justiça condenou grupo por corrupção

envolvendo empresasde ônibus na gestão

Celso Daniel

CRIME Luís Inácio Lula da Silva e José Dirceu no velório do prefeito de Santo André, Celso Daniel. MP diz que corrupção envolvendo empresas de ônibus teria motivado assassinato em 2002. Foto: Veja.

Com exceção dos ônibus que cir-culam na madrugada, as principais linhas municipais da capital paulista devem ter intervalo, em média, de seis minutos entre um veículo e outro após a conclusão da lici-tação do sistema. A promessa é do secretário munici-pal de transportes, Jilmar Tatto, em entre-vista ao site Mobilize Brasil. Sobre as críticas de que o processo, ao prever uma racionalização das linhas e remunerar as empresas que conseguirem aumento de passageiros, poderia incentivar superlotação, Tatto disse que o problema não deve ocorrer porque a lotação permi-tida por veículo no sistema será de seis pes-soas por metro quadrado, o que segundo o secretário, é padrão internacional. “O edital prevê um aumento de 14% na oferta de assentos para os passage-iros, embora estejamos reduzindo uma par-te da frota. Vamos trabalhar com ônibus de maior capacidade nos corredores e vamos aumentar em 18% o número de viagens. O critério de lotação é de seis passageiros por metro quadrado, que é um padrão interna-cional. Além disso, vamos padronizar os ci-clos de partida, em no máximo seis minutos, em todas as linhas, exceto durante a madru-gada. Agora, se o empresário conseguir manter o padrão de qualidade e oferecer algo acima desse mínimo previsto no edital, o resultado econômico desse excedente vai ser dividido 50/50 entre a empresa e a pre-feitura. É um ganho, um prêmio, para quem superar o padrão. “ – disse Tatto ao Mobilize. A respeito dos questionamentos do TCM – Tribunal de Contas do Município que bloqueou a licitação, Tatto disse que o

Tatto promete ônibus a cada seis minutos na cidade

tempo de 20 anos de contrato com as em-presas de ônibus é adequado. Os editais preveem renovação, com justificativa, por até mais 20 anos. “Nós achamos que 20 anos é um tempo adequado, para que sejam feitas duas rodadas de investimento na frota. E a cada quatro anos, como o contrato é de longo prazo, nós faremos uma revisão, uma aferição para verificar se as condições do serviço estão sendo atendidas conforme o contrato. Esse trabalho vai ser feito por uma auditoria externa, não vai ser feito pela Pre-feitura. Mesmo assim, o Tribunal considerou que deveria pedir explicações.” – comentou. Tatto ainda disse que as SPEs – Sociedades de Propósito Específico, que as empresas devem formar para operar na cidade, trazem mais segurança ao sistema e que estas associações vão acabar com o final dos contratos. Uma mudança importante é que não serão mais aceitas as cooperativas. Serão apenas empresas, e todas Socie-dades de Propósito Específico (SPEs). Ou seja, serão criadas empresas para operar o transporte público em São Paulo durante 20 anos e quando terminar essa concessão as empresas também serão encerradas. Isso evita que a operação em São Paulo seja “contaminada” por dificuldades que o mes-mo grupo econômico esteja enfrentando em outras cidades. Esse cuidado, essa sug-estão de exigir a criação de SPEs, nasceu de uma orientação da consultoria realizada pela EY.(Ernest & Young). A entrevista completa pode ser conferida em: http://www.mobilize.org.br/noticias/9002/entrevista-jilmar-tatto.html

Secretário também diz que lotação máxima permitida será de seis pessoas por metro quadrado e que SPEs podem proteger cidade

de eventuais crises das empresas de ônibus. Foto: Fabricio Gomes

O juiz Sérgio Moro lembrou em seu despacho que em 2004, segundo análise da Receita Federal, “Ronan teria adquirido 60% das ações do Diário do Grande ABC pelo valor de R$ 6.883.490,45”. Sérgio Moro relata ainda no texto que “a Receita Federal colheu alguns indícios de que parte dos valores do empréstimo do Banco Schahin a José Carlos Bumlai pode mesmo ter sido direcionada a Ronan Maria Pinto para aquisição de ações” do jornal DGABC. Ronan negou em comunicado à imprensa. Ele diz que tem “total tran-quilidade sobre as investigações que vêm sendo feitas no âmbito da Operação Lava Jato” e que “Não conheço José Carlos Bumlai; não conheço Marcos Valério. Não tenho ou tive qualquer relação com esses fatos”. Sobre a decisão da justiça de Santo André, disse que aguardaria a posição dos advogados. Ronan é dono da Viação Guaianaz-es, que se chamava Empresa Auto Ônibus Circular Humaitá, na época de Celso Daniel, e da ETURSA – Empresa de Transportes Ur-banos e Rodoviários de Santo André, cujas linhas eram operadas pela Expresso Nova Santo André . A Expresso Nova Santo André teve origem na privatização da EPT – Em-presa Pública de Transportes de Santo An-dré, em 1997,e reunia vários empresários, sendo Ronan um dos principais.

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interbuss FÁBIO T. TANNIGUCHIMarcopolo Allegro GVCitral, em Porto Alegre/RS

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FedEx projeta recorde demovimento no fim de ano Para o período entre a Black Friday e a véspera de Natal, a FedEx Corp. prevê que movimentará um número recorde de en-comendas em todo o planeta, 317 milhões, representando um incremento de 12,4% em relação ao volume movimentado no mesmo período de 2014. A operadora logística global in-forma que a temporada de festas, que neste ano tem um dia a mais do que no do ano passado, deve ser aquecida por três picos de volume: Cyber Monday e as duas primeiras segundas-feiras de dezembro, nas quais a empresa espera movimentar mais do que o dobro de seu volume diário. “A FedEx espera movimentar um número recorde de encomendas em toda nossa rede global entre a Black Friday e a véspera de Natal. A mudança nos padrões de compra do consumidor, alimentada pelo crescimento do comércio eletrônico, conti-nua impulsionando o aumento de volume. Nossos investimentos estratégicos, nossa inigualável e flexível rede global, e nossos mais de 325 mil profissionais dedicados no mundo todo, estão prontos para ajudar, novamente, a fazer com que as festas acon-teçam”, analisa Frederick W. Smith, CEO da FedEx Corp. Segundo o estudo “Seizing The Cross-Border Opportunity”, realizado para melhor compreender o comportamento de compra no comércio eletrônico internacio-nal, 81% dos consumidores latino-ameri-canos fazem compras online de produtos físicos dos Estados Unidos, um número 21% superior ao da média mundial.

Medidas adotadas pela FedEx paraatender a demanda deste período:• A empresa continuou investindo estrategi-camente na expansão e aumento da capaci-dade de sua rede.• A FedEx Express ampliou as capacidades de sua rede global por meio de um programa de modernização de frota, adicionando 30 no-vas aeronaves, mais confiáveis e eficientes, à sua frota no último ano (2 B777Fs, 18 B767Fs e 10 B757Fs).• A FedEx Express adicionou a tecnologia Enhanced Vision Systems a 250 aeronaves,

o que aumentará substancialmente a capa-cidade do piloto de pousar em condições de baixa visibilidade e reduzirá potenciais atrasos por conta de fatores climáticos. A empresa é a única transportadora americana autorizada pela FAA a usar essa tecnologia a uma altitude de 100 pés em aproximações por instrumento.• A FedEx Express está modernizando sua frota rodoviária, adicionando mais de 7.000 novos veículos de alta eficiência energética

nos anos fiscais de 2015 e 2016 combinados.• A FedEx Express expandirá suas operações com outros tipos de separação de pacotes nos hubs, baseada nas necessidades dos cli-entes.• A FedEx está adicionando mais de 55.000 postos de trabalho em toda a sua rede para ajudar na temporada de festas Serão contratados profissionais para atuar na área de manuseio de pacotes, motoristas e outras funções de apoio.

DEU NA IMPRENSA RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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Os diversos motivos para o brasileiro exportar

Pequenas e médias empresas (PMEs) do mundo todo que exportam têm probabilidade 1,7 vezes maior de obterem crescimento de dois dígitos em suas recei-tas do que as que não exportam. Essa é uma das conclusões do estudo Global Opportu-nities: Examining Import and Export Trends Among Small Businesses, encomendado pela FedEx Express e conduzido pela Harris Interactive em 13 países, incluindo o Brasil. A pesquisa, cujas entrevistas foram finalizadas em setembro deste ano, mostra que apesar dos benefícios que a exportação pode trazer para as PMEs, 62% dos respon-dentes globais ainda não entraram no mer-cado internacional. No Brasil, essa fatia é um pouco menor e representa 61%. O país é, também, mais otimista que a média global em relação à mudança desse cenário. En-quanto 55% das companhias pesquisadas responderam que acreditam que estarão gerando receita internacional nos próximos cinco anos, no Brasil esse número sobe para 70% – um aumento de 31% sob a atual base exportadora identificada pelo estudo (39%). A maior parte das exportações brasileiras (37%) é destinada a países da América Latina, sendo a Argentina o prin-cipal comprador. Já Estados Unidos, Índia e Europa recebem 31% das mercadorias ex-portadas pelas PMEs do Brasil. Equipamen-tos de tecnologia e matérias-primas des-

RESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIASDA IMPRENSA ESPECIALIZADA

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Do site | notícias pontam como os produtos mais vendidos. A Colômbia se difere do Brasil, tendo a Europa como seu principal foco ex-portador. No entanto, ambos os países, as-sim como os demais pesquisados, registram as companhias B2B como as mais propen-sas a exportar. A pesquisa revela, ainda, que ex-istem benefícios financeiros consideráveis para as PMEs que vendem para além de suas fronteiras. Mundialmente, as empresas que exportam geram uma receita adicional mé-dia de US$ 1,5 milhão ao ano. Esse número é ainda mais alto na Ásia, onde a média an-ual é de US$ 1,8 milhão – a maior entre as regiões estudadas. As exportadoras brasilei-ras conseguem uma receita média anual de US$ 527 mil nas vendas para a América Latina e um pouco mais de US$ 1 milhão com a comercialização de seus produtos em outros mercados. A frequência padrão das exportações para mercados regionais e globais varia entre semanal e mensal e a grande maioria das PMEs embarca menos de 20 vezes por mês. “Não devemos subestimar o po-tencial das pequenas empresas e o desem-penho de exportação animador das PMEs demonstrado neste estudo é uma forte pro-va disso”, diz Raj Subramaniam, vice-presi-dente executivo de marketing e comunica-ção global da FedEx Services. “Apesar disso, muitas PMEs ainda perdem oportunidades de exportar e precisam de uma injeção de

confiança para lançar suas empresas na are-na global. É aqui que a FedEx pode ajudá-las a crescer, oferecendo-lhes acesso a uma rede sólida, conhecimentos alfandegários e serviços integrados”. As principais preocupações das PMEs brasileiras para exportar se referem à espera pela melhora da economia nacional (31%) e aos possíveis custos relacionados à exportação (30%). Já as empresas colombi-anas de pequeno e médio porte têm mais receio de não serem pagas (36%) do que dos custos relacionados à exportação (32%). O resultado do estudo sugere que, embora as PMEs enxerguem o potencial em exportar, elas não estão confiantes em rela-ção às suas chances de traduzir esse poten-cial em sucesso comercial. Uma das razões apontadas para essa insegurança é a falta de orientação e apoio: no mundo todo, ap-enas 16% das PMEs sentem que já possuem apoio suficiente para serem bem-sucedidas nos mercados internacionais. Na América Latina, esse montante cai para 14%, mas se mantém em 16% no Brasil. “O setor de logística tem um papel fundamental para minimizar essa insegu-rança, uma vez que as PMEs entrevistadas colocam os fornecedores desse serviço en-tre as suas principais fontes de orientação para assuntos de exportação, junto com a imprensa e a Internet”, diz Guilherme Gatti, diretor de marketing da FedEx Express para América Latina e Caribe.

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DEU NA IMPRENSA

Artigo: A terceirização de frotas evolui no Brasil A terceirização de frotas é algo muito recente no Brasil. Os primeiros pas-sos do setor foram dados por aqui somente na década de 1980, enquanto os mercados europeu e norte-americano já apresenta-vam certo desenvolvimento. E foi somente na década de 1990, graças aos avanços da economia, que o setor de terceirização de frotas começou a se consolidar no País. Antes privilegiados por grandes descontos na aquisição dos veículos e alta valorização dos seminovos, contratos de 12 meses eram um grande atrativo. Era comum comprar os veículos e após 12 meses ven-der por valor superior e, assim, a “terceiriza-ção” era um ótimo passatempo. Este cenário mudou com a crise financeira de 2008. A partir daí o valor dos seminovos despencou, trazendo grandes prejuízos para aquelas empresas focadas na compra e revenda. Além disso, colocou o valor dos seminovos em um patamar em linha com o que é visto nos mercados mais madu-ros, como Europa e Estados Unidos. A crise trouxe também a profissionalização do mercado, focando não mais em qual era o melhor veículo para vender após 12 meses, mas sim em metodologias como TCO (Total Cost of Ownership) ou Custo Total de Pro-priedade, segurança do condutor, política interna de veículos, entre outros. Contudo, é correto dizer que, até hoje, existem dois tipos de empresas no setor de terceirização de frotas, as gene-ralistas e as especialistas. Generalistas são aquelas que possuem outras atividades correlatas, como locação de curta duração, locação de veículos pesados, revenda de seminovos, entre outras. Já as especialistas são aquelas com atividade e foco principal-mente em locação de longa duração, com proposta de produto e serviços baseados no TCO. Ao longo desses anos, avanços foram feitos e outros parecem estar em an-damento, como no caso das novas regras locais de IFRS, previstas para entrar em vigor a partir de 2016. Com elas, a locação deixará de ser considerada uma despesa administrativa, para ser avaliada como uma despesa da Linha da Depreciação. Dessa forma, a locação de veículos deixará de im-

pactar negativamente o EBITDA das empre-sas. Este certamente é um passo decisivo para o segmento. A nosso favor, conta pontos o fato de que as empresas que terceirizam sua frota podem economizar até 21% ao mês em custos diretos e indiretos com os carros. Outro benefício da terceirização é o fato de as empresas não precisarem imo-bilizar capital ou linha de crédito para com-pra de veículos. O que é bastante favorável em tempos de crise e escassez de recursos. Assim, a empresa pode focar em seu negó-cio, aumentando sua competitividade Mesmo com tantas vantagens, é inegável que nosso segmento ainda tenha

muito a evoluir. O avanço da terceirização dos veículos corporativos ainda esbarra na cultura patrimonialista do empresário brasileiro que valoriza o carro como um bem, herança da época de hiperinflação. Para se ter uma ideia, dos estimados 5 mil-hões de veículos corporativos em operação no País, apenas cerca de 6% – ou 300 mil carros – pertencem a empresas especial-izadas em gerenciamento de frotas. Assim, desmistificar que o carro é um investimento continua a ser um dos grandes desafios em nosso mercado.

*Ricardo De Bolle é diretor Comercial da Ar-val Brasil

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Do site | por Ricardo De Bolle

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Nova Friburgo/RJ investe emfrota de caminhões para asfalto

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Na última terça-feira, dia 24 de novembro, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou o Projeto de Lei do Senado (PLS) 169/2011, que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas em condições de pronto consumo nos estabelecimentos situa-dos às margens das rodovias federais. Agora, o PLS seguirá para decisão ter-minativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A medida, se confirmada, atingirá lojas de conveniência, bares, restaurantes, mercado, hotéis, motéis e qualquer outro tipo de comércio. O objetivo é evitar que motoristas, de

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Senado quer proibir venda debebida alcoólica ao longo das BRs

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Ao todo, três caminhões VW Worker 17.190 e mais três VW Constellation 24.280 receberam configuração especial e iniciaram operação de recapagem a partir da recém-inaugurada usina de asfalto quente perten-cente ao município de Nova Friburgo (RJ). Os veículos foram equipados com cabine dupla adaptada para o transporte de até seis pes-soas. A montadora informa que os seis modelos fazem parte de um lote de 24 caminhões adquiridos pela prefeitura de Nova Friburgo após licitação que contem-plou também aplicações de limpeza ur-bana e saneamento, além de recapagem. Compõem essa frota cinco unidades de VW Delivery 8.160, dois VW Worker 13.190, quatro VW Worker 15.190, oito VW Worker 17.190, dois VW Constellation 17.280 e três VW Constellation 24.280. Desse total, dezoito têm cabine dupla. Em 2014, a prefeitura padronizou a frota com caminhões VW. “Os veículos VW saem na frente nos quesitos durabilidade, ro-bustez e vantagens operacionais. A prefeitu-ra tinha que cumprir uma determinação do Ministério Público para garantir a segurança

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dos nossos funcionários, pois a forma como eles eram transportados, além de insegura, era muito desconfortável. Os novos cami-nhões de cabine dupla foram projetados sob medida para atender às necessidades

do município. A adaptação das cabines está proporcionando mais dignidade aos nossos funcionários”, diz Aristóteles Miguel Cruz, subsecretário de Veículos Leves e Pesados de Nova Friburgo.

qualquer tipo de veículo, tenham acesso às bebidas alcoólicas durante eventuais paradas e voltem a dirigir, gerando o risco de acidentes nas es-tradas. Um “aperitivo” para abrir o apetite, uma cervejinha para relaxar ou fazer aquele “aquece” antes de uma balada, por exemplo, podem ser determinantes para a causa de aci-dentes, que podem custar a vida de pessoas. Atualmente, alguns estados já proibem a venda de bebidas al-coólicas à beira das rodovias sob sua jurisdição, mas vários artifícios são usados pelos comércios para burlar essas leis.

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LADEIRA ABAIXO

Fábio Tanniguchi |[email protected] Quem acompanha a revista já se acostumou com relatos de paralisações no transporte coletivo urbano de Campi-nas. Desde o inicio deste ano e com maior frequência neste segundo semestre, ocor-rem paralisações por falta de combustível ou em protesto contra a falta de pagamento de salários e/ou benefícios. A empresa en-volvida é sempre a mesma: a VB Transportes e Turismo, com suas duas garagens (VB1 e VB3). A VB atua em mais de 100 linhas mu-nicipais (o Sistema InterCamp conta com pouco mais de 200 linhas) com aproxima-damente 500 veículos apenas dedicados a elas (a frota do sistema é de cerca de 1200 ônibus). No último dia 19, as duas gara-gens da VB tiveram problemas relacionados ao combustível. Em pleno dia útil, logo no inicio da manhã, os usuários se depararam com linhas inoperantes. Foram poucos os veículos que chegaram a sair das duas ga-ragens. A VB1 alegou atraso na chegada da carreta de óleo diesel e que apenas 23 dos 250 ônibus haviam sido afetados. Já a VB3 alegou problema na bomba de combustível e que a frota estava operando normalmente uma hora depois. Entretanto, a realidade nas ruas da cidade era outra. Os poucos veículos que saíram da VB1 no início da manhã não ha-viam sido reabastecidos, ou seja, estavam rodando apenas com o restante do diesel do dia anterior. Portanto, recolheram horas depois por falta de combustivel. O abas-tecimento que a empresa alega ter feito ainda durante a manhã, na realidade, ocor-reu somente a tarde, quando cerca de 100 ônibus foram abastecer em um posto de combustíveis no Distrito Industrial. Ainda durante a manhã, a Emdec chegou inclusive a autorizar a circulação de veículos da Co-operatas em operação especial. Na VB3, a operação foi desfalcada durante toda a manhã, desmentindo a afirmação da empresa de que a frota havia sido abastecida com apenas uma hora de atraso. Na região dos Amarais, onde atuam apenas veículos dessa empresa, moradores chegaram a esperar nos pontos até mais de 9 horas da manhã. Os poucos veículos que estavam rodando não davam conta da de-manda e deixavam grande parte dos pas-sageiros esperando nos pontos. Devido ao

acúmulo de pessoas revoltadas, houve um protesto contra a empresa e contra a Em-dec, no qual fecharam a Estrada dos Amara-is, acesso principal dessa região e também um dos acessos do Terminal Intermodal de Cargas. Ainda sobre a VB3, uma constata-ção inusitada: se o problema era na bomba de combustível, por que a operação dos veículos rodoviários, de fretamento e met-ropolitanos da mesma garagem não foram afetados? A garagem, no bairro Bonfim, acolhe veículos de linhas rodoviárias e de fretamento da Viação Lira (Lirabus) e da própria VB, além de carros do serviço met-ropolitano também da VB. A Emdec, como órgão gestor do sistema de transportes, apenas repassou para a imprensa as justificativas já apre-sentadas pelas empresas. Alega ainda estar fiscalizando constantemente as empresas e multando quando necessário. Evidentemente, os agentes de fiscalização do transporte público vêm aplicando multas, mas isso não significa necessariamente que o Poder Público está tomando todas as medidas cabíveis. Se já é, pelo menos, a sétima ocorrência de para-lisação na VB neste semestre, isso significa que as multas não estão surtindo efeito. Pelo contrário, estão sendo ignoradas. O pa-pel da Emdec é publicamente ridicularizado pela recorrência dos problemas. Recursos mais drásticos estão à disposição da Prefeitura. A lei nº 11.263, de 05 de junho de 2002, dispõe sobre a orga-nização do sistema de transporte coletivo urbano de Campinas. No capítulo 7, artigo 31, está deliberado:

“(...)Art. 31. - Pelo não cumprimento das dis-posições da presente lei, bem como de seus regulamentos e outras normas que venham a ser editadas, obedecendo aos princípios do contraditório e da ampla defesa, serão aplicadas aos operadores dos serviços as seguintes penalidades:I - advertência;II - multas;III - Intervenção na execução dos serviços;IV - Cassação.(...)”

Mais a frente, o capítulo 8 trata exclusivamente do caso de intervenção na

www.onibusdecampinas.com.brCrise no transporte urbano de Campinas cria medo diário entre usuários; Poder Público não enxerga o tamanho do problema

execução dos serviços. O artigo 35 prevê claramente a possibilidade de intervenção do Poder Público em caso de ameaça à con-tinuidade do serviço de transporte coletivo ou deficiência grave nessa prestação de ser-viço.

“(...)Art. 35. - Não será admitida a ameaça de in-terrupção nem a solução de continuidade ou a deficiência grave na prestação dos serviços de transporte coletivo, os quais de-vem estar permanentemente à disposição do usuário.

§ 1o - A EMDEC poderá intervir na execução dos serviços de transporte coletivo, no todo ou em parte, para assegurar sua continui-dade ou para sanar deficiência grave na sua prestação, assumindo o controle dos meios materiais e humanos utilizados pelo opera-dor vinculados ao serviço nos termos desta lei ou através de outros meios, a seu exclu-sivo critério.

§ 2o - A intervenção deverá ser autorizada pelo Poder Executivo, designando o inter-ventor, o prazo da intervenção e os seus ob-jetivos e limites.(...)”

Ainda há a possibilidade de extin-

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LADEIRA ABAIXOCrise no transporte urbano de Campinas cria medo diário entre usuários; Poder Público não enxerga o tamanho do problema

ção do contrato, no capítulo 9, que está pre-vista pra casos como execução dos serviços de forma inadequada ou deficiente. Uma das situações explicitadas é a de paralisar os serviços em sem que seja por força maior.

“(...)Art. 42. - A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do Poder Pú-blico contratante, a declaração de caduci-dade da contratação ou a aplicação das san-ções contratuais.

§ 1o - A caducidade poderá ser declarada pelo Poder Público contratante quando:I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas técnicas de serviço;II - a contratada descumprir cláusulas con-tratuais ou disposições legais ou regula-mentares concernentes ao contrato;III - a contratada paralisar o serviço ou con-correr para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;IV - a contratada perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço;V - a contratada não cumprir as penalidades impostas por infrações nos prazos estab-elecidos;VI - a contratada não atender a intimação

do Poder Público no sentido de regularizar a prestação de serviço;VII - a contratada for condenada em senten-ça transitada em julgado, por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais.

§ 2o - A declaração de caducidade deverá ser precedida de verificação de inadimplên-cia da contratada em processo administra-tivo, assegurado o direito de ampla defesa.

§ 3o - Não será instaurado processo admin-istrativo de inadimplência antes de comu-nicados à contratada os descumprimentos contratuais, referidos no parágrafo 1o deste artigo, concedendo-lhe prazo para corrigir as falhas apontadas.

§ 4o - Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caduci-dade será declarada por decreto do Poder Público, independentemente de indeniza-ção prévia, que será calculada ao longo do processo, descontado o valor das multas e dos danos causados pela contratada.

§ 5o - Declarada a caducidade, não resultará para o Poder Público contratante qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromis-sos com terceiros ou com empregados da

contratada.(...)”

A lei, por sinal, foi anexada no edi-tal do Sistema InterCamp, em 2005. Portan-to, a Prefeitura de Campinas tem instrumen-tos jurídicos para, no mínimo, ameaçar a VB Transportes e Turismo e iniciar um processo administrativo profundo, com investigações sérias e ações coordenadas entre a Emdec e a Secretaria de Assuntos Jurídicos. O Poder Público, em especial, o prefeito Jonas Donizette, não deveria se omitir neste momento. Quando questio-nado pela imprensa, Donizette se posiciona em terceira pessoa, como fosse o passivo de todos os acontecimentos. De fato, está se comportando de forma passiva, mas é uma postura incompatível com o que se espera do chefe do Poder Executivo Municipal, co-mandando, dentre outros, a Secretaria de Transportes e a Emdec. Parece faltar interesse da Prefeitura em tomar ações que possam levar a resulta-dos drásticos, como abrir um processo ad-ministrativo dentro da Emdec para investi-gar a operação da VB Transportes e Turismo. Quem perde é o usuário do Sistema Inter-Camp, é o cidadão. Campinas sai perdendo. Uma triste página de nossa história. Obs: na próxima semana, sai a 2ª parte desta coluna.

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A prefeitura de Campinas manterá sua frouxidão até quando? A cidade de Campinas sofre com os desmandos de seus políticos. Com uma prefeitura fraca, um prefeito sem pulso firme e uma Câmara com uma das piores legislaturas da história, o munícipe vive sem perspectiva de melhora em várias áreas, e no transporte não é diferente. Recentemente uma das cinco operadoras do sistema de transporte co-letivo público da cidade têm passado por problemas financeiros que a impede até de comprar óleo diesel regularmente. Por conta disso, vários ônibus da empresa têm atrasado a saída, não cumprido horários e ainda enfrenta greves quase que mensais em virtude do atraso no pagamento dos vencimentos dos seus funcionários. Em meio a tudo isso, a prefeitura assiste e não faz absolutamente nada. No passado, isso já foi diferente. A prefeitura tem um dispositivo que permite o decreto de intervenção ou de requisição de frota quando necessário, e isso já foi feito em épocas passadas. Em 1986 o governo Magalhães Teixeira decre-tou intervenção na Viação Campos Elíseos e afastou toda a sua diretoria. A empresa ope-rava na região da Rodovia Santos Dumont, do Jardim Santa Lúcia, Campos Elíseos e Ouro Verde e possuía a pior frota da cidade. Veículos velhos e caindo aos pedaços cir-culavam pelas ruas, colocando em risco à população. Diante de tal cenário, a prefei-tura decretou a intervenção e Magalhães Teixeira foi até à garagem da empresa às 4 da manhã, no Jardim Souza Queiroz, para conversar com os funcionários e esclarecer a situação, dando uma palavra de conforto e informando que tudo correria bem. A partir daquele dia os ônibus da empresa começaram a circular com um cartaz infor-mando que aquele veículo estava sob inter-venção. Algum tempo depois a empresa foi devolvida aos antigos administradores. A intervenção foi decretada pelo motivo de, além da péssima condição da frota, havia a circulação de menos ônibus que o contrat-ado pela prefeitura. Havia dias em que es-tavam nas ruas apenas metade da frota ob-rigatória. Em 1989 tivemos outro problema

grave no sistema de transporte de Campi-nas. Os empresários da cidade pressionar-am o então prefeito Jacó Bittar, que estava a menos de um ano no cargo, para reaju-star a tarifa de ônibus e a prefeitura negou. Por conta disso, as empresas se declararam sem condições de operar e simplesmente anunciaram que deixariam os ônibus den-tro das garagens e que, se houvesse inter-esse, a prefeitura que operasse. Do dia para a noite, os ônibus pararam de circular e a prefeitura baixou um decreto de requisição de frota, dando o poder à Setransp (Secre-taria de Transportes, que era o orgão que gerenciava o sistema antes da atual EMDEC, que é um grande fiasco) de adentrar às ga-ragens e colocar os veículos para circular. Para a grande surpresa, ao chegar na gara-gem da URCA (atual VB1, só que na época pertencente ao empresário José Eustáquio Urzedo, o mesmo que está á frente da atual-mente falida empresa Glória, de Blumenau), os fiscais da Setransp encontraram apenas três ônbus, isso mesmo, três veículos. Toda a frota havia deixado a cidade na calada da noite e foram escondidos em garagens nas cidades de Contagem, na Grande Belo Horizonte, e em Salvador, capital baiana. Na garagem da Viação Santa Catarina, havia a-penas metade da frota. Reunindo os “cacos”, a prefeitura colocou a frota nas ruas à força, sendo operada pelos funcionários da Se-transp, inclusive mecânicos. A frota, obvia-mente, era insuficiente para operar, e com uma campanha de multivacinação se apro-ximando (numa época em que as pessoas levavam suas crianças para tomar vacinas em postos mais distantes), o prefeito Jacó Bittar pediu socorro à prefeitura de São Pau-lo, na época também comandada pelo PT de Luiza Erundina, e ao Governo do Estado, de Orestes Quércia. Para o sábado da vaci-nação, a prefeitura paulistana emprestou 100 ônibus da CMTC, e o Governo do Estado emprestou outros 100 da EMTU, que ficaram na cidade até o término do impasse com as empresas. Os duzentos ônibus foram rece-bidos pelo então secretário de Transportes, Jurandir Fernandes e foram distribuídos por quase todas as linhas da cidade e circularam em conjunto com a frota requisitada.

Na mesma época a Viação Campos Gerais, de Ponta Grossa/PR, que começou a operar na cidade em 1988 parte das linhas da extinta CCTC (Companhia Campineira de Transportes Coletivos, da Viação Co-meta), foi convidada a se retirar da cidade em virtude das péssimas condições de sua frota, além do desvio de frota nova para o Paraná em troca de veículos velhos vin-dos de Curitiba e outras cidades. As linhas foram assumidas pela Viação Itacolomy, de Ouro Branco/MG. Houve também pro-blemas com a TUGRAN (Transportes Urba-nos Campina Grande), empresa que operou por quase um ano as linhas da região do Campo Grande com veículos caindo aos pedaços. A empresa sofreu intervenção e os empresários fugiram, abandonando uma frota sucateada. As linhas foram assumidas pela EMDEC, empresa da prefeitura que foi ressuscitada após anos paralisada. A ideia inicial era fazer da EMDEC uma empresa que assumisse todas as linhas de todas as em-presas com o passar do tempo, mas a ideia parou em 1995, quando deixou de operar para ser gerenciadora no lugar da Setransp (uma péssima ideia, diga-se de passagens,

Crise

Enquanto ônibus param por falta de combustível e funcionários param sem salários, a prefeitura se silencia

ARTIGO

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INTERVENÇÃO Ao lado, momentos das requisições einternvenções. Fotos: Prefeitura, CorreioPopular e Diário do Povo

A prefeitura de Campinas manterá sua frouxidão até quando?Enquanto ônibus param por falta de combustível e funcionários param sem salários, a prefeitura se silencia

pois a incompetência da EMDEC é gigan-tesca). No segundo governo Francisco Amaral Campinas ficou largada e ainda en-frentou graves problemas nos transportes por conta da invasão de milhares de pe-rueiros clandestinos, mais tarde legalizados. A frota de ônibus foi sucateada e a tarifa baixou na marra, deixando as viações à bei-ra da insolvência. A Viação Santa Catarina foi cassada e teve suas linhas repassadas à Via-ção Morumbi, outra empresa que quebrou em 2003 e foi assumida pela VBTU Trans-portes. Houve demora da prefeitura em cas-sar a Santa Catarina pois a empresa estava praticamente insolvente, já que faltava óleo diesel e peças para a manutenção de seus veículos, mas mesmo assim a decisão foi to-mada. Hoje, estamos diante de uma crise na maior empresa da cidade. A VB Trans-portes, oriunda das antigas URCA e TUCA (e por favor, não sejamos hipócritas. A VB hoje é sim a antiga URCA e a antiga TUCA. As empresas apenas mudaram de nome para poderem participar da licitação de 2005, que “coincidentemente” deu as linhas

para as mesmas empresas que já operavam na cidade, apenas de nomes trocados, e a-inda tiraram a Viação Atibaia São Paulo do páreo), enfrenta problemas de pagamentos de funcionários e compra de óleo diesel. Há também informações de problemas no pagamento de fornecedores. A dívida com a Petrobras é monstruosa e não foi quitada, e por conta disso a quantidade de combustí-vel que chega nas garagens da empresa é insuficiente, priorizando apenas os veículos rodoviários e de fretamento. Com isso, os urbanos ficam largados e param nas ruas com pane seca. O pior é ouvir as desculpas cada vez mais esfarrapadas, como: a bomba de combustível deu problema. O engra-çado é que a bomba dá problema apenas quando vai abastecer os veículos urbanos, pois os rodoviários são abastecidos normal-mente. A população fica sem atendimento de transporte por conta das constantes paralisações por falta de combustível, que-bras de veículos, cortes de horários e frota reduzida. A VB está colocando para circular menos ônibus que deveria, e mesmo assim nada é feito. A prefeitura se limita a remanejar

veículos de outras empresas como paliativo. A EMDEC diz que está de olho, mas não faz nada na prática. Não decreta intervenção, não coloca outra empresa no lugar, deixan-do uma impressão de que há “rabo preso” de todos os lados, até porque é sabido que as empresas de ônibus costumam colabo-rar com vultuosas quantias nas campanhas eleitorais e isso acaba gerando esse efeito. Não é interesse de ninguém tirar qualquer empresa do sistema, fazer com que pessoas percam seus empregos, longe disso, porém uma atitude deve ser tomada, até porque durante o governo Hélio as empresas in-vestiram milhões de reais no sistema, prin-cipalmente a VB. Sobre o governo do Es-tado, comentar algo é chover no molhado. Quando as linhas metropolitanas param, simplesmente não há nenhum plano emer-gencial e todos ficam sem transporte. A EMTU se limita a soltar nota dizendo que vai multar e que está de olho. Ridículo, tão ridí-culo quanto as atitudes desse atual governo extremamente problemático. Aguardamos providências, pois não dá mais para aguen-tar a frouxidão da prefeitura de Campinas e o deboche do governo do Estado.

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A concessão do setor detransportes em São PauloO pacotão de concessões rodoviárias que foi anunciado pelo governodo Estado de São Paulo deu o que falar na semana passada. Nas redessociais, nos sites especializados e nos fóruns de transporte o assuntorendeu bastante, sobretudo acerca do formato da concessão, quevai incluir, além de rodovias, linhas de ônibus rodoviários e atéaeroportos em diversas cidades paulistas.

REDE SOCIAL O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

AS MELHORES DO FACEBOOK

DEU O QUE FALAR

O desvio de ônibus novosde Campinas para GuarulhosA saída das unidades de ônibus novos da fábrica da Marcopolo noRio de Janeiro para a cidade de Campinas deu o que falar na semanapassada, porém o que mais rendeu foi o fato desses ônibus terem idopara uma outra garagem do mesmo grupo, em Guarulhos. Todos osônibus do lote estão sendo pintados para a cidade, enquanto Campinassegue com sua frota caindo aos pedaços.

Luan Peixoto | Neobus New Road N10 MBB O-500RSDAilton Florêncio | Irizar i6 MBB O-500RSD

Diego Almeida Araújo | Marcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSDJoão Victor | Marcopolo Paradiso G7 1200 Scania K380

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29.11.2015 | interbuss 27

Aqui publicamos a foto de ônibus mais bonita da semana, colhida em redes sociais.Não são consideradas fotos publicadas em sites pessoais ou em outros sites.

O SEU ESPAÇOAQUI NA INTERBUSS

O desvio de ônibus novosde Campinas para GuarulhosA saída das unidades de ônibus novos da fábrica da Marcopolo noRio de Janeiro para a cidade de Campinas deu o que falar na semanapassada, porém o que mais rendeu foi o fato desses ônibus terem idopara uma outra garagem do mesmo grupo, em Guarulhos. Todos osônibus do lote estão sendo pintados para a cidade, enquanto Campinassegue com sua frota caindo aos pedaços.

DICA DE COMUNIDADE

Andorinhahttps://www.facebook.com/groups/526082737412694/

A FOTO DA SEMANA

Chailander BorgesMarcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500RS | Pássaro Marron

Grupo criado para postagens de fotos e notícias sobre a Empresa Andorinha de Transportes, da região de Presidente Prudente, em São Paulo. O grupo é fechado e necessita de autorização prévia para acessar.

Ailton Florêncio | Irizar i6 MBB O-500RSD

Diego Almeida Araújo | Marcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSD

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SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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FOTOS DA SEMANA

Rayllander AlmeidaMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD | Planalto

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1800DD MBB O-500RSD | UTIL

Rayllander AlmeidaMarcopolo Paradiso G7 1200 Volvo B380R | Eucatur

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD | Real

Rayllander AlmeidaComil Campione DD MBB O-500RSD | UTIL

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G6 1200 Scania K420 | Gontijo

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29.11.2015 | interbuss 29

UMA SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOSPUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

Rafael CaldasIrizar i6 380 Volvo B380R | Alfa Luz

Rayllander AlmeidaIrizar New Century MBB O-500RSD | Emtram

João VictorIrizar Century Scanai K270 | Aparecida

Rayllander AlmeidaMarcopoloParadiso G7 1600LD Volvo B420R | Cantelle Tur

Rafael CaldasMarcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSD | Expresso União

Rayllander AlmeidaCaio Apache Vip II MBB OF-1721 E5 | Taguatur

Envie o endereço da sua galeria, juntamente com uma ou duas fotos com a descrição do ônibus fotografado e fazemos adivulgação neste espaço, sem custo algum! Mande um e-mail para [email protected] com os dados e aguarde!ENVIE SUA FOTO!

SEM FRONTEIRAS | www.semfronteirasfotos.com.br

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FORTALEZA O ônibus da São Benedito que vai até Aquiraz e o caminho até Prainha

VIAGENS & MEMÓRIAMARISA VANESSA N. CRUZ | [email protected]

De Fortaleza até Aquiraz,com a São Benedito e Cootaq Aquiraz é uma cidade vizinha a leste de Fortaleza, e o caminho mais rápido é ir pela CE-025 a partir da Avenida Wash-ington Soares, próximo de Messejana. Na Internet, quase não há informa-ções sobre como ir de ônibus até Aquiraz. E nessa pesquisa, descobri que a única em-presa que faz o trajeto (sem ser van de co-operativa) é a São Benedito. Esta empresa não tem site infor-mando o itinerário completo, e para desco-brir onde é o ponto final em Fortaleza, foi bastante busca até o site http://www.fort-albus.com/2012/01/empresa-sao-benedito.html, que nos comentários do dia 20 de novembro último, estava com a resposta “O ponto inicial da linha é no Terminal São Benedito localizado na av. Domingos Olimpio, próximo ao Jornal O Povo, a linha passa pela Aguanambi, BR 116, e Messeja-na.” No dia 26, lá fui eu pegando ônibus a partir da região da Praia de Iracema até esse terminal. Apesar de eu não conhecer muito bem as linhas de ônibus de lá, optei por pegar a 77-Parangaba na Rua Tenente Benévolo. Ali passou todas as linhas, me-nos a 77 até que em vinte minutos depois, chegou o 30906 lotado, e o outro 77 atrás. E somente depois que eu desci próximo do terminal, reparei que a linha 73-Siqueira passava bem na esquina do terminal. Cheguei 12h30 em ponto. Na tabe-la fornecida pelo site http://e-siget.detran.ce.gov.br/pesquisa_linhas, pesquisando pela linha 0046 – Fortaleza/Prainha/Porto das Dunas, tinha o horário das 12h30 e das 13h30. Às 13h15, chega o ônibus com pre-fixo 035-1-046, e 5 minutos depois deu par-tida. O ônibus ainda pegou passageiros na Rua Assunção x Duque de Caxias, local ainda mais próximo do centro (tinha esse ponto na Internet? Não vi), e em seguida, voltou novamente na Domingos Olímpio, mas no sentido oposto. E começa a viagem, passando pelo marco zero da BR-116, sim, o ponto mais ao norte de uma das duas principais rodo-vias do país, andando pela pista expressa. E tinha duas mulheres dando sinal ao ônibus na pista local! E agora, quem está correto? Depois, entramos nas ruas do dis-trito de Messejana, e em seguida, aden-tramos na CE-040, em direção à cidade de Eusébio. E cerca de 10 minutos depois, em

COLUNAS

Aquiraz. Após passar pelo centro, entramos pelo bairro da Prainha, onde o ônibus fez ponto final por ali. Agora vem cá: Por que, no Detran-CE, o nome da linha é 0046 – Fortaleza/Prainha/Porto das Dunas se o ônibus foi so-mente até a Prainha? A viação que atende essa linha deveria reativar o seu site, com o objetivo de tirarem todas as dúvidas refer-ente aos itinerários percorridos! Desci na Prainha, e na orla da praia, caminhei por quase duas horas até o Porto das Dunas. A vista é maravilhosa! Essa praia estava bem movimentada, com muitos ban-histas por ali. Parei para ver o Beach Park, parque aquática de diversões, um dos destinos preferidos para quem visita o Ceará. Era em torno de 17 horas quando observei o movi-mento de muitas crianças saindo do parque para pegar seus ônibus fretados. E também era horário de encerramento do parque aquático, que abre às 11 da manhã.

E agora, para voltar para casa? Era impossível voltar a andar quase duas horas até a Prainha, então, fui chamar um táxi, para desembarcar pelo menos até o final da Praia do Futuro, denominado “Caça e Pesca” para que de lá eu pegue um ônibus de For-taleza. Chegando lá, o senhor queria me cobrar 60 reais para fazer esse percurso. De-sisti e fui embora. Nos arredores, observei al-gumas vans de cooperativa da Cootaq, e fui perguntar se faz alguma linha. E para minha surpresa, faz intermunicipal até o Shopping Via Sul, por somente 3 reais! Embarquei, e quase meia hora depois, desci próximo ao Shopping em Fortaleza e jantei por ali. De lá, peguei o 17-Intershoppings até a Praia de Iracema. Sim, aquela van realmente faz a linha mais direta entre um ponto movi-mentado de Fortaleza e Aquiraz, bem mais funcional. Se eu não tivesse conhecido essa linha de van antes...

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