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Revista Boa Vontade, edição 213

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A Revista Boa Vontade tem por objetivo levar informações por meio de matérias que abordam temas voltados à cultura, educação, política, saúde, meio ambiente, tecnologia, sempre aliados à Espiritualidade como ferramenta de esclarecimento, auxílio, entendimento e compreensão.

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lução da Obra na força realizadora de seu Líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Es-piritualidade E ibuições impor

lução da Obra na força realizadora de seu Líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Es-piritualidade E ibuições impor

Passadas cinco décadas deses os roveitamos o ensej ta, que se confunde com a própria história da Legião da Boa Vontade, para apresentar nesta publica-ção especial a própria evolução da Obra na força realizadora de seu Líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Espiritualidade E ibuições imporlução da Obra na força realizadora de seu líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Es-piritualidade E ibuições imporlução da Obra na força realizadora de seu Líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Es-piritualidade E ibuições imporCONQ UISTASMeio Século de

Ao Leitor

O s 50 anos estampados em nossa capa assinalam uma dupla comemoração: o Ju-bileu de Ouro do jornalista

Paiva Netto nas lides da LBV e as cinco décadas da revista BOA VONTADE.

A edição número um, comandada à época pelo também jornalista Alziro Za-rur (1914-1979), foi preparada na pri-meira Sede da Legião da Boa Vontade, uma pequena sala na Rua do Acre, 47, 9o andar, no Centro do Rio de Janeiro, e, àquela altura (década de 1950), rodada na gráfica da Editora Bloch. O exemplar inaugural trouxe pioneiramente a estam-pa do Cristo Ecumênico ilustrando a capa e apresentava aos leitores a inovadora linha editorial do periódico que nascia, em julho de 1956, realçando os valores fraternos de respeito e unificação das religiões, das diferentes culturas e dos povos.

Passado meio século desses mar-cos miliários, aproveitamos o ensejo da data, que se incorpora na própria história da LBV, para ressaltar nesta BOA VONTADE Especial o extraor-dinário crescimento da Instituição sob o comando empreendedor de seu líder, notabilizando-se por levar Solidarieda-de, Educação, Cultura, Meio Ambiente, Saúde, Responsabilidade Social, Paz e Espiritualidade Ecumênica.

HOMENAGENS DOS ESTADOS UNIDOS: O senhor John De Prima, da Prefeitura de Nova York, entrega a Paiva Netto os prêmios “Citation”, “Hall of Fame” e “Proclamation” (segurado pela Assessora Internacional da LBV, Raquel Bertolin), em reconhecimento pelos seus 50 anos de trabalho em favor da Humanidade.

EMOÇÃO: O líder da LBV cumprimenta, carinhosamente, vovó atendida no Lar da Legião da Boa Vontade de Uberlândia/MG.

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lução da Obra na força realizadora de seu Líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Es-piritualidade E ibuições impor

lução da Obra na força realizadora de seu Líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Es-piritualidade E ibuições impor

Na gestão de Paiva Netto, entre as suas incontáveis realizações, destacamos o surgimento dos beneméritos meios de comunica-ção: Super Rede Boa Vontade de Rádio, Portal Boa Vontade (www.boavontade.com), Boa Vontade TV, Rede Mundial de Televi-são, revistas BOA VONTADE e JESUS ESTÁ CHEGANDO!, Gravadora Som Puro e Editora Elevação.

Durante décadas, o leitor da BV acompanha temas de interesse geral. Entrevistas, reportagens, notícias e artigos relevantes numa permanente busca pelo crescimento pessoal, ético e espiritual do público. Ilustres leitores manifestam-se neste espaço, a exemplo do Presidente da Associa-ção Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, que por diversas vezes expôs seu apoio a esta forma de informar: “Senhor Diretor, ao agradecer o exemplar no 209/janeiro de 2006 da revista BOA VONTADE, quero felicitá-lo e aos colaboradores da publicação pela excelência do trabalho realizado e especialmente pela magnífica entrevista com o jornalista Sidney Rezende, condu-zida com competência e senso de oportunidade”.

Tão grato como ler a análise de um consagrado colega de profissão, como Azêdo, é ver personalidades cultas e politizadas quanto a can-tora Leci Brandão, ao comentar a fidelidade do material produzido a seu respeito: “Recebi a revista BOA VONTADE e simplesmente adorei, porque está fiel ao que falei. Vocês não mudaram absolutamente nada. Fizeram o trabalho com a maior dignidade. Isso me emocionou. A revista está muito bonita”.

Ou como afirma um dos ícones da imprensa brasileira Moacir Japiassu com seu inseparável se-cretário, Janistraquis: “Obrigado pelo texto a respeito do meu livro (Quando alegre partiste). É uma

honra merecer registro na revista BOA VONTADE, tão bem-feita, tão bonita, e, ainda por cima, com a Juliana Paes na capa! É algo pra matar o velho...”, comenta o escritor e autor da coluna Jornal da Impren-Ça, do portal Comunique-se.

Para comemorar tão profícuas décadas, esta edição especial traz boas novidades: com número maior de páginas, passou por reformulação visual, de acordo com as principais tendências do mercado, chegando ao público com novo e moderno layout. Ratifica, assim, o seu compromisso de bem informar sempre!

Francisco de Assis Periotto, Editor-responsável.

Passadas cinco décadas deses os roveitamos o ensej ta, que se confunde com a própria história da Legião da Boa Vontade, para apresentar nesta publica-ção especial a própria evolução da Obra na força realizadora de seu Líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Espiritualidade E ibuições imporlução da Obra na força realizadora de seu líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Es-piritualidade E ibuições imporlução da Obra na força realizadora de seu Líder, que hoje atinge todo o Brasil e Exteri do-se por levar Solidariedade, Ânimo, Paz e Es-piritualidade E ibuições imporCONQ UISTASPrimeira edição

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18Cultura(Entrevista com Moacyr Scliar)

26Nações UnidasInternacional (Legião da Boa Vontade na ONU em Genebra)

25ONU - Brasil(UNIC Rio firma nova parceria com a LBV)

17Esportes(Coluna de José Carlos Araújo)

Sumário

O maior discurso de um Ser Humano são

as suas obras.Paiva Netto

21Atualidades(Em visita, Presidente do CNAS encanta-se com a LBV.)

Ao Leitor .............................................4 Cartas, e-mails e mensagens ...............8 Notícias de Brasília ...........................15 In memoriam .....................................16 Coluna de Esportes .............................17 Cultura ..............................................18 Atualidades .......................................21 Acontece .......................................... 22 ONU — Brasil ...................................25 Nações Unidas — Internacional ..........26 Responsabilidade Social ....................28 Internacional ..................................... 31 Especial — Paiva Netto ....................32 Literatura ..........................................73 Ecumenismo ......................................74 Entretenimento .................................75 Samba e História ...............................76 Comunicação ....................................78 Meio Ambiente .................................82Arte na Tela ....................................84 Esperanto ..........................................88 Ação Jovem LBV ................................90 Soldadinhos de Deus ..........................92Saúde ...............................................94 Melhor Idade .....................................97

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BOA VONTADE

BOA VONTADE é uma publicação mensal das IBVs, editada pela Editora Elevação. Registrada sob o nº 18166, em 16/03/2006, no livro “B” do 9º Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.

ANO L • Nº 213 • JUNHO/JULHO DE 2006

Diretor e Editor-responsávelFrancisco de Assis PeriottoMTE/DRTE/RJ 19.916 JP

Coordenador de equipeGerdeilson Botelho

Equipe Elevação Adriane Schirmer, Ana Paula de Oliveira, Angélica Beck, Daniel Trevisan,

Danielly Arruda, Débora Verdan, Felipe Tonin, Isabela Ribeiro, João Miguel Neto, Joilson Nogueira, Leila Marco, Maria Aparecida da Silva, Natália Lombardi, Neuza Alves, Nino Santos, Paulo Azor, Rita Silvestre, Rodrigo Oliveira, Rosana Serri, Simone Barreto, Sônia Sabatine, Stella

Souza, Walter Periotto, Wanderly Albieri Baptista e William Luz.

Projeto GráficoAlziro Braga e Helen Winkler

CapaAlziro Braga

Produção

Endereço para correspondência: Av. Rudge, 938 — Bom Retiro

CEP 01134-000 — São Paulo/SP Tel.: (11) 3358-6868 — Caixa Postal 13.833-9 — CEP 01216-970

Internet: www.boavontade.com E-mail: [email protected]

Impressão: Editora Parma

A revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos emitidos em seus artigos assinados.

9428Meio Ambiente

(Artigo do Dr. Marco Antonio

Palermo)

82Saúde

(Defenda-se da asma e rinite

alérgica)

78Comunicação(Reabertura da

ABI/SP)

Especial (Paiva Netto:

meio século de Boa Vontade)

Reflexão de BOA VONTADE:

Disse Jesus: “Novo Mandamento vos dou: Amai-vos uns aos outros

como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como

meus discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. (...) Não há maior Amor do que

este: dar a sua própria Vida pelos seus amigos. (...) Porquanto, da

mesma forma como o Pai me ama, Eu também vos tenho amado.

Permanecei no meu Amor”.

(Evangelho do Cristo, segundo João, 13:34 e 35; 15:12, 13 e 9)

Responsabili-dade Social

(OAB/SP orienta o Terceiro Setor)

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(...) No momento em que o emi-nente consócio festeja seu Jubileu de Ouro na Legião da Boa Vontade, a Associação Brasileira de Imprensa lhe dirige efusivos cumprimentos por data tão marcante em sua fecun-da trajetória de jornalista, radialista, escritor, poeta, compositor e destaca-do membro da ABI, que se orgulha de tê-lo em seu quadro social desde 28 de setembro de 1982 –– há quase um quarto de século, pois. A ABI tem acompanhado o seu profícuo trabalho à frente da Legião da Boa Vontade, marcado pelo êxito na ampliação e aperfeiçoamento dos serviços em prol das comunidades populares, às quais a LBV, sob sua direção e por sua inspiração, tem le-vado assistência material e espiritual. Entre os destinatários e beneficiários dessas atenções encontram-se as-sociados e funcionários da própria ABI, que têm merecido da LBV o carinho, o conforto e o apoio essen-cial ao aumento da sua auto-estima. Por tudo isso, quero apresentar-lhe, caro Dr. José de Paiva Netto, os votos da Associação Brasileira de Imprensa de que o eminente amigo continue por muitos anos à frente da benemérita Instituição a que serve há 50 anos com generosidade e desprendimento. (Maurício Azêdo, Presidente da Associação Brasilei-ra de Imprensa)

Cordiais saudações ao cinqüentenário

presenciei. Minha impressão foi a mesma de todos os amigos e admiradores que até lá foram para homenagear Paiva Netto. Todavia, gostaria de dizer algo que me fas-cinou, como se fora uma novidade. Vi poucos fenômenos de comunica-ção em minha vida: Silvio Santos, Leonel Brizola, Chacrinha... São poucos os que silenciam as massas, magnetizando-as com suas palavras, com a força de suas personalidades e o arrebatamento de suas idéias. Paiva Netto é um deles. Que Deus preserve essa autêntica força da Na-tureza, guardando-a para os milhões de brasileiros que se acostumaram com a palavra serena e firme dele, com seus livros campeões de ven-das, com suas sinfonias tocantes. O abraço do amigo e admirador. (Ruy Nogueira, publicitário)

Digníssimo Senhor Presidente da LBV, Paiva Netto. Prezado Irmão, estou imensamente feliz de participar das comemorações do seu Jubileu de Ouro na LBV. (...) Agradeço ao Bom Deus pelo seu testemunho de Amor e de sabedoria na missão evangélica de criar uma Humanidade mais fraterna. Oro para que o senhor possa continuar ainda por muitos anos em nosso meio, criando uma

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Por ocasião do Congresso do Jubileu de Ouro de Paiva Netto na Legião da Boa Vontade, apresento meus parabéns e os melhores votos, agradecendo todo o Bem realizado em favor da Paz e do entendimento na sociedade e formulando augúrios para o pleno êxito do evento. Cordial e atenciosamente. (Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito de São Paulo)

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Caríssimo Paiva Netto, por oca-sião do seu Jubileu de Ouro na LBV, aceite o caloroso e fraterno abraço de parabéns que lhe envio em nome de muitos amigos na comunidade judaica do Brasil. Que Deus o aben-çoe com energia criativa e sucesso cada vez maior em seu trabalho. Cordialmente. (Rabino Henry I. Sobel, Presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista)

A noite no Theatro São Pedro foi das mais belas e emotivas que

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Colunistas brasileiros aplaudem Jubileu de Ouro

As diversas homenagens prestadas pela sociedade gaúcha e brasileira ao líder da Instituição foram pauta

nas redações de diversos periódi-cos, em especial, em colunas de renomados jornalistas.

O colunista Gilberto Amaral deu amplo destaque ao aconte-cimento em sua coluna de 20 de junho. “Paiva Netto é hoje uma lenda viva, confundindo-se com a própria história da LBV”, destaca o jornalista do Jornal do Brasil. Com o título: “LBV em festa”, Gilberto Amaral apresenta os motivos para se comemorar o Jubileu de Ouro

comunhão sempre mais ampla en-tre todas as pessoas de Boa Vonta-de. Permita-me, caríssimo Irmão,

de dedicação de um homem à Seara de Boa Vontade. O autor do texto ainda ressaltou todo o crescimento da Instituição.

O jornalista Moacir Japiassu reservou espaço em sua coluna do dia 13 de julho, do Jornal da ImprenÇa (publicada no Portal www.comuni-que-se.com.br), para também fazer a homenagem. Na nota, convidou os leitores a prestigiarem a festa do Jubi-leu de Ouro no Ginásio da Portuguesa e acrescentou: “São 50 anos traba-lhando em uma entidade dedicada aos milhões e milhões de brasileiros realmente necessitados. Daqui do meio do mato, Janistraquis e eu enviamos nosso abraço a este homem decente, cujo desempe-nho jamais se valeu dos favores oficiais”. (grifo nosso)

Outros jornalistas que também noticiaram o fato foram Paulo Gasparotto, do Jornal O Sul e Marlene Galeazzi, do Jornal de Brasília.

Gilberto Amaral

Moacir Japiassu

Paulo Gasparotto Marlene Galeazzi

Simpática charge, de autoria de Bruno Marun, que ilustrou a nota do Jornal do Brasil: o Povo carregando a LBV.

abraçá-lo com sincera devoção e, por meio do senhor, abraçar todas as pessoas amigas da LBV. (Padre Mario Celli, de Roma, na Itália)

Parabenizamos o caro amigo pe-los seus 50 anos na LBV. Que Deus abençoe a todos pelo grande trabalho realizado! (Dulce Lopes Fontes, das Obras Sociais Irmã Dulce)

Nem tudo está perdido: o Ecu-menismo existe no Brasil graças, sobretudo, ao Paiva Netto! E eu comungo com ambos. Como teste-munha ocular de todo o trabalho social feito por Paiva Netto no

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O racismo continua sendo uma mácula da qual o Povo brasileiro tem de se livrar se realmente deseja um país melhor. As incabíveis cenas de preconceito criminoso ainda persis-tem nas relações cotidianas, enver-gonhando-nos como sociedade.

Dentre tristes episódios, somou-se, recentemente, a discriminação so-frida pela sra. Terezinha Marcelino, de 77 anos, querida mãe do cantor Toni Garrido. Ela fazia compras, na Cobal do Humaitá, zona sul do Rio de Janeiro, e, ao selecionar cerejas na banca de frutas, foi abordada no

local aos gritos de “negra ladra!” — total absurdo! Fazendo valer seu direito constitucional de ser tratada com igualdade, Dona Terezinha foi ao 10o DP, em Botafogo, e registrou queixa contra o ato de racismo, um crime inafiançável, imprescritível e sujeito à pena de reclusão.

A valentia desta senhora con-trasta com o panorama cruel do silêncio imposto a milhões de pessoas, geneticamente idênticas a todos os habitantes deste Planeta, que não têm voz para fazer valer sua dignidade.

____________Angélica Beck

Cartas, e-mails e mensagens

Racismo: vergonha!

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Propício refletir, mais uma vez, sobre a constatação certíssima do escritor Paiva Netto em seu artigo “Apartheids lá e Apartheids cá”, pu-blicado na Folha de S. Paulo, de 30 de março de 1986: “Na Monarquia, os negros eram escravos. Na República, continuam maltratados”. Ao tratar a questão, o escritor assevera ainda que o caminho para tal impasse faz-se pos-sível pela educação: “Enquanto não prevalecer o ensino eficaz por todos os de bom senso almejado, qualquer nação padecerá cativa das limitações que a si mesma se impõe”.

Rio e em Brasília, me sinto hon-rada em conhecer uma pessoa tão do bem e de bem. Paiva, você é demais! As melhores vibrações de Paz, Saúde, Amor e Bom Hu-mor, da sua fã. (Leiloca, cantora e astróloga)

no espaço em direção das estre-las. (...) Quando já transcorrido algum tempo, comecei a ver ao longe algo que parecia ser uma estrela muito luminosa. Aos poucos fomos nos aproximando e percebi que a estrela era, na verdade, uma grande construção situada no meio do espaço side-ral. Ao chegarmos, foi como se tivesse tomado consciência plena de que estava diante do Templo da LBV no Plano Espiritual. Era como se ali fosse a sede maior da LBV, onde muitas coisas eram decididas. A imensa construção elevava-se aos céus em forma de uma grande igreja, uma imensa Igreja Celestial, era como se fos-se o Templo da Boa Vontade em Brasília, mas muito maior. (...) Eu tinha plena consciência de que ali existiam muitas Almas de elevada Espiritualidade, que na Terra haviam servido à LBV e agora prosseguiam seu trabalho na sede maior. Neste estado de consciência plena, eu sabia que fui conduzido até ali para con-templar aquele lugar especial e compreender a importância do trabalho da LBV. (...) Creio

que a Legião da Boa Vontade dirigida por Paiva Netto aqui na Terra se transformou em uma Instituição que transcen-de as barreiras deste Planeta e tem uma importância a toda Humanidade. A mensagem que ele vem pregando por meio da Religião de Deus, muito mais do que mera dialética religiosa, é a pura Ciência Divina que permite à Humanidade a cura de todos os seus males físicos e espiri-tuais. A mensagem do Ecume-nismo Irrestrito é a chave que permitirá às demais religiões da Terra, um dia, estarem unidas em um único propósito. E nis-to, Paiva Netto e a LBV foram precursores. De seu amigo na Luz. (Alcione Luiz Giacomitti, escritor)

No ano 2000, ao colaborar com a equipe do ParlaMundi da Legião da Boa Vontade, em Brasília/DF, na reunião do I Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, (...) lembro-me de ter passado por uma experiên-cia espiritual muito forte. (...) Ao repousar, aproximou-se de mim um Ser muito luminoso que pediu que eu o acompanhasse. (...) Comecei a segui-lo e logo percebi que estávamos flutuando

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Chega às telas do País o filme Zuzu Angel, personagem encenado por Patrícia Pillar. A cinebiografia, lançada como grande aposta do cinema nacional para 2006, tem a direção de Sérgio Rezende e narra a história da mineira Zuleika Angel Jones (1921-1976), estilista respon-sável por projetar a moda brasileira no Exterior.

O roteiro gira em torno do drama sofrido por ela para encontrar seu filho Stuart (interpretado por Da-niel de Oliveira), que desapareceu, depois de ser preso pelo governo militar, em 1971. A luta de Zuzu para descobrir o destino do jovem levou-a, inclusive, a recorrer a personalidades internacionais. Ela morreu num misterioso acidente de carro em um túnel no Rio de Janei-ro, que depois foi batizado com o seu nome. Quem também aparece na história do filme é Sônia Angel, mulher de Stuart, papel interpretado por Leandra Leal; Elke Maravi-lha, na atuação de Luana Piovani; e Heleno Fragoso, por Alexandre Borges.

O jornalista Carlos Alberto Guimarães, do Jornal do Brasil, acompanhado da arquiteta Ro-géria Rocha, esteve no dia 14 de julho nas instalações da unidade educacional da Legião da Boa Vontade no Rio. “Essa Obra que a LBV faz há 56 anos é algo in-descritível. É difícil, mesmo para a gente, jornalista, acostumado a lidar com as palavras, descrever

em tão poucas palavras. Eu me sinto muito orgulhoso de ver isso tudo aqui na LBV. (...) Parabéns por esses anos todos, por essas cinco décadas de trabalho digno, limpo, sempre pra frente. (...) Parabéns, Irmão Paiva, pelos 50 anos na Legião da Boa Vontade”, pontuou. Ao término, ratificou sua antiga frase: “Para amar a LBV, basta conhecê-la”.

A Legião da Boa Vontade, que valoriza a cultura nacional, marcou presença na avant-pre-mière do filme, ocorrida na ca-pital fluminense, em 11 de julho. Hildegard Angel, filha de Zuzu, revelou suas impressões da obra: “É muito bem-feito, preciso e verdadeiro. Ele contou a história com grande delicadeza, poesia e talento, mas conseguiu fazer quase um documentário. Foi muito bonito. Agradeço à LBV por sempre estar presente nesses momentos tão pontuais na vida brasileira!”, finalizou.

O jornalista e apresentador de TV Amaury Jr. também acom-panhou a festa e, em entrevista, saudou a Instituição e seu dirigente pelo cinqüentenário de trabalho. “Sou um admirador do Paiva Netto e do trabalho da LBV e sempre que

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posso também coloco nos meus editoriais, nas minhas matérias, os trabalhos desenvolvidos pela Legião da Boa Vontade. Quero aproveitar esse momento para mandar um beijo muito carinhoso para Paiva Netto (...). Que continue firme e conte comigo. Conheci a Legião da Boa Vontade nos seus mais di-ferentes segmentos e momentos. É uma coisa tão bem-organizada, tão bem-concatenada que eu cunhei esta frase que ficou marcada e repito até hoje: ‘A LBV é o Brasil que deu certo!’. Paiva Netto firme. (...) Nós estamos com você!”, concluiu.

“Para amar a LBV, basta conhecê-la!”

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muitos e muitos anos pela frente. (Daniel, cantor)

Paiva Netto está sempre no nosso coração. Parabéns! São 50 anos de trabalho! (...) Parabéns por tudo, pela pessoa maravilho-sa que é, por dentro e por fora, e por essa Paz que transmite. (Lucimara Parisi, produtora do Domingão do Faustão, da Rede Globo)

Tenho grande prazer de falar para a Legião da Boa Vontade sobre o cinqüentenário de trabalho de Paiva Netto neste grande mo-vimento de fé na vida brasileira. Quero dizer que ele é um homem que redimensionou as atividades da LBV, colocando-a a serviço das melhores idéias da Pátria brasileira. Nesse cinqüentenário tão glorioso é importante acentuar que Paiva Netto, como patriota, deu ao Brasil uma grande contribuição do ponto de vista social e humano. É uma data que deve ser comemorada como uma data nacional. Já estive naquele belo Templo da Boa Vonta-de, uma referência fundamental na capital do país. Ninguém pode ir a Brasília para conhecer a cidade sem ir ao Templo da LBV. Por to-das essas razões, tenho alegria de cumprimentar o grande brasileiro Paiva Netto. (José Aparecido de Oliveira, que foi Governador de

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@Brasília, Ministro da Cultura e Embaixador em Portugal)

Paiva Netto sempre nos deu grandes exemplos. Eu visitei o Templo da Boa Vontade, acom-panho o trabalho da LBV e já fui a várias creches. É um batalhador e um homem de muita coragem. (...) Temos de apoiar e colaborar com o trabalho de Paiva Netto e da LBV. Pode ter certeza de que estará ajudando uma entidade que sabe distribuir e que sabe levar o que as pessoas precisam onde elas estiverem. (Luciano do Valle, apresentador do Apito Final, da Rede Bandeirantes)

Quero cumprimentar e dar meus parabéns ao jornalista José de Paiva Netto por esse meio século dedicado à LBV. Ele conseguiu o que poucos conseguiram no Brasil: realizar uma obra gigantesca, voltada para a educação, para a cultura e para a Espiritualidade, da qual participam também, como eu, homens de ciên-cia, ligados à fé — um trabalho tão notável que engrandece não só o José de Paiva Netto e a LBV, mas engrandece o nosso próprio País. Eu gostaria de cumprimentar o jor-nalista José de Paiva Netto também pela criação do Centro Educacio-

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Paiva Netto, é um prazer muito grande enviar essa mensagem de Paz, Amor, Carinho e de Frater-nidade, acima de tudo. Parabéns, Paiva, pelos 50 anos de LBV! Fico muito feliz de fazer parte dessa família. Que você continue,

nal, Cultural e Comunitário no Rio de Janeiro. Quando o visito, saio muito esperançoso de que o Brasil conseguirá ser um grande país, se centros como esse se multiplicarem. (Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, Astrônomo)

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Falar do Paiva Netto e da Le-gião da Boa Vontade para nós é agradável e honroso. A LBV tem muitos anos de trabalho em favor da comunidade, o que é extraor-dinário em termos brasileiros e universais. Paiva Netto tem constância na boa trilha, não se deixou atrair por novidades ou questões passadas. (...) O indivíduo que sabe que tem méritos, mas que abre mão deles em prol do seu semelhante, é uma figura respeitável, diria até santificada. Porque santo é isso, um indivíduo que não se empol-ga por si e se dedica a outrem. (...) A Legião da Boa Vontade traduz realmente uma potência de forças espirituais. (...) Que o trabalho se multiplique sempre, pois é altamente moral, o que justamente a Instituição prega, sem precisar fazer discursos porque os seus constituintes praticam e, portanto, são a exi-bição própria daquilo que deve ser um bom caminho. (Fernan-do Segismundo, jornalista, Presidente do Conselho da ABI – Associação Brasileira de Imprensa)

Com a maior felicidade da minha vida saúdo Paiva Netto. Ele completa um cinqüentenário na Legião da Boa Vontade: não há nada neste País que possa se igualar à LBV. Este cinqüente-nário é uma lápide em que nós podemos escrever com honra e com devoção para com o grande amigo Paiva Netto. Por quê? Porque é simples. A Legião da Boa Vontade mantém uma

missão que talvez no Brasil é a única que se tem, porque ela atende a uma necessidade so-cial. Eu me sinto muito honrado por neste dia falar ao grande Diretor-Presidente da Legião da Boa Vontade. Paiva Netto impri-miu, divulgou e implantou em todo o território nacional esta Obra maravilhosa que é a LBV. Esta Instituição merece estar no mundo inteiro, como exemplo de grandeza social e moral. (...) Por tudo isso, só posso dizer obrigado, Paiva Netto! Que te-nha saúde e continue imprimin-do esta vontade de realizar, de compreender e educar. (Paulo Parisi, jornalista)

apoio espiritual. Parabéns, e que Deus continue abençoando Vos-sa Excelência e distinta família. Um fraterno abraço do amigo Kümmel. (Coronel-Aviador da Aeronáutica Weber Luiz Kümmel)

Quero me congratular com o senhor Paiva Netto, conforme já fiz diversas vezes, pela perse-verança nesse trabalho que está realizando. Ele completou no dia 29 de junho cinqüenta anos de trabalho. E continua exatamen-te na mesma linha, no mesmo entusiasmo, estimulando cada vez mais as pessoas em toda a parte. (Léo Persch, Sacerdote da Igreja Católica e escritor)

Minha saudação especial ao Irmão Paiva Netto, uma criatura

Dirijo-me a Paiva Netto para congratular-me pelos seus 50 anos de trabalho dedicado às pessoas que necessitam do

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fantástica, que tem um conhe-cimento e uma Espiritualidade necessários ao Povo brasileiro. Esperamos que ele possa ter como presente a ampliação da sua mensagem em todos os can-tos do Brasil e do mundo. Em nome da comunidade ufológica brasileira, quero agradecer todo apoio que o Paiva Netto tem nos dado. (Rafael Cury, ufólogo)

Queremos dar os parabéns a Paiva Netto por esses 50 anos. Que se sucedam mais 50, 50 e 50 anos nas ações da Espiritualidade, pois, com os grandes mentores espirituais, ele trará para nós esse exemplo e será referência para as crianças (...). Paiva Netto, viva a sua força espiritual. (...) Parabéns pelos 50 anos e fica aqui o abraço dos umbandistas do Brasil. (Juberli Varela, Presidente

da Federação Espiritualista Reino dos Orixás de São Paulo – Coor-denador do Superior Órgão de Umbanda do Brasil)

Precisamos de pelo menos mais 50 anos das ações prati-cadas por Paiva Netto para que tenhamos um mínimo de justiça social neste País. Com grande carinho. (Dr. Márcio Pollet, advogado)

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Por ocasião dos festejos do cinqüentenário de trabalho de Paiva Netto na Legião da Boa Vontade, o Ministro

do Tribunal de Contas da União (TCU), e ex-Presidente da Casa, Valmir Campelo, pronunciou-se na Sala das Sessões para ilustres mem-bros do TCU, em 28 de junho, enal-tecendo as realizações de trabalho do líder da LBV. Abaixo, a transcrição de seu pronunciamento:

“Homenagem pelas comemo-rações do Jubileu de Ouro de Paiva Netto na Legião da Boa Vontade

“Senhor Presidente,“Senhores Ministros,“Senhor Procurador-Geral,“Amanhã, 29 de junho de

2006, comemora-se o Jubileu de Ouro de Paiva Netto na Legião da Boa Vontade.

“Nesta oportunidade, não pode-ria deixar de ressaltar o respeito e a admiração que esse grande brasileiro desperta em todos que conhecem a sua magnífica e edificante Obra.

“No seu trabalho na LBV, há 50 anos, vem construindo uma sólida e frutífera estrada, visando essen-cialmente ao aprimoramento do Homem, fazendo da Boa Vontade a grande lição de cidadania para o Brasil e para o mundo.

“Com atuação embasada na misericórdia e na ajuda ao próxi-mo, a LBV cada vez mais ganha corpo como instituição essencial ao

Paiva Netto é homenageado na Sala das Sessões do TCU em discurso histórico proferido pelo Ministro Valmir Campelo

desenvolvimento da Solidariedade e Fraternidade entre os indivíduos, auxiliando-os com palavras de fé e com boas ações.

“E nesse benéfico mister, a figura ímpar de Paiva Netto ergue-se com um vigor incomparável, falando de Cristo e agindo como um bom Cristão, na busca incessante de uma nova sociedade de paz, harmonia e amor, trazendo o Reino de Deus para perto das pessoas.

Instituição cuja luta tem como resul-tado uma obra magnífica do Espírito, da Alma e da sensatez humana.

“Estou certo de que ele prosse-guirá nessa boa luta, divulgando idéias, estimulando a cidadania, organizando mutirões pela vida e sendo referência na formação das pessoas, num trabalho realmente iluminado e de Inspiração Divina, reconhecido nacional e internacio-nalmente.

“É o registro que faço, em home-nagem a Paiva Netto — o grande Apóstolo destes tempos —, por tudo quanto ele fez e continuará fazendo de bom aos brasileiros e à Humani-dade, levando palavras de luz, amor e esperança a todos, especialmente quando nos prega a fé nos momen-tos de descrença, quando acende as chamas da coragem nos nossos instantes de desânimo e quando nos devolve a Paz de Espírito nas horas de desespero.

“Portanto, ao prezado Paiva Netto, os nossos parabéns pela grandeza do seu trabalho, e que a sua palavra amiga e sábia continue presente nos nossos lares.

“Por fim, proponho que cópia integral desta Comunicação seja encaminhada ao homenageado e à LBV.

“TCU, Sala das Sessões Mi-nistro Luciano Brandão Alves de Souza, em 28 de junho de 2006. “Valmir Campelo

“Ministro”.

“Na LBV há cinco décadas, suas ações de promoção humana e social, desenvolvidas nos vários cantos do País, o colocam entre aqueles com grandes e decisivas contribuições ao desenvolvimento social do nosso Povo, com um trabalho magistral nas suas escolas, na atenção aos ido-sos, na preocupação com as crianças, enfim, na construção de um mundo melhor.

“Sinto-me honrado pela oportu-nidade de dar este breve depoimento sobre um homem à frente de uma

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BVNotícias de Brasília

“No seu trabalho na LBV, há 50 anos, vem construindo

uma sólida e frutífera estrada, visando essencialmente ao aprimoramento do Homem, fazendo da Boa Vontade a

grande lição de cidadania para o Brasil e para o mundo.”

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Um dos mais experientes profissionais da história do jornalismo esportivo do País, o radialista Fiori

Giglioti, faleceu no dia 8 de junho, aos 77 anos, em São Paulo/SP. Ao longo de sua sólida carreira, fez escola, ao formar locutores e repór-teres, além de cobrir dez Copas do Mundo e acompanhar outras três como comentarista.

Entusiasta das causas sociais, o jornalista sempre se identificou com as ações da Legião da Boa Vontade. Durante a festa de entrega do Troféu Bola de Ouro, na década de 1990, expressou sua alegria ao saber que o dirigente da Instituição recebeu o prêmio. “O Paiva Netto é uma pessoa que respeitamos. Conhecemos bem a Instituição que dirige. Ele simboliza exatamente o coração aberto, a alma limpa e novos horizontes, um mundo de paz, de carinho, de amor e igual-dade. A outorga do Troféu Bola de

O adeus a três notáveis dos campos da arte e da comunicação

Ouro para o Paiva é uma decisão acertadíssima. A nossa homenagem a todos os que fazem esta Obra fantástica que merece o apoio dos brasileiros”, afirmou.

No mês de julho, os brasileiros deram adeus a dois ilustres nomes do cenário nacional: Raul Cortez e Gianfrancesco Guarnieri. Aos 73 anos, Cortez retornou à Pátria Espiritual no dia 18 de julho. O ar-tista ganhador de cinco edições do prêmio Molière nasceu na capital paulista, em 28 de agosto de 1932, e no coração da cidade, no Theatro Municipal, ele recebeu as últimas homenagens.

Guarnieri, aos 71 anos, faleceu em 22 de julho, na capital bandei-rante. Italiano (de Milão), mudou-se para o Brasil quando tinha 2 anos de idade. Iniciou a carreira de ator e dramaturgo em São Paulo/SP e consolidou-se na área como um dos seus principais expoentes. Também engajado nas iniciativas solidárias,

expressou sua ligação com a LBV em entrevista, na qual destacou: “Há muitos anos, conheço o tra-balho da LBV e sempre o vi com entusiasmo e com grande carinho. Vou falar utilizando minha intuição: este trabalho vai muito além do que poderíamos chamar de importante, é uma assistência real, é algo muito maior. Gosto de ver o que está sendo feito, sentir, porque as coisas não me atraem por suas formas, mas por-que têm muito dentro de si. E tenho certeza de que, mesmo sem estar lá, pertenço à Legião da Boa Vontade pelo que este movimento é, estou integrado em suas atividades”.

A estes ilustres Irmãos, o respeito da LBV, também extensivo aos familiares dos queridos Giglioti, Cortez e Guarnieri. Que recebam, onde quer que estejam, as vibra-ções de Paz da Instituição e de seu Diretor-Presidente, José de Paiva Netto, que nos ensina: “os mortos não morrem!”.

saudadesLembranças e In memoriam

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José Carlos Araújo é comunicador esportivo da Rádio Globo do Rio de Janeiro/RJ

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A CBF surpreendeu a to-dos que esperavam que o substituto de Carlos Alberto Parreira no

comando da Seleção Brasileira fosse Wanderley Luxemburgo ou Paulo Autuori. Depois da recusa de Luiz Felipe Scolari, Luxemburgo e Au-tuori eram os mais cotados, embora uma pesquisa de opinião pública tenha mostrado que a maioria dos entrevistados não queria nenhum dos nomes apresentados.

Numa verdadeira zebra admi-nistrativa, eis que a CBF anunciou Dunga como novo treinador da Seleção. O ex-jogador expressou o fracasso brasileiro na Copa de 1990, mas deu a volta por cima e virou símbolo de uma grande conquista, 4 anos depois: a do tetracampeonato mundial, nos Estados Unidos.

Dunga foi anunciado como res-ponsável por dar à Seleção Brasilei-ra, outra vez, a garra, a disposição e o orgulho de vestir a camisa amarela do Brasil, características que alguns dos jogadores que participaram da campanha deste ano, na Alemanha, admitiram que andaram em falta no grupo.

Ele aparece, também, como o homem capaz de levantar o time e a torcida, vibrando e passando entu-siasmo à beira do gramado. A torcida e a maioria da crônica esportiva criticavam a forma impassível como

A nova era

Parreira dirigia a Seleção. Para mui-tos, a aparente apatia do treinador tinha reflexos nos jogadores, dentro do campo.

Caberá a Dunga a missão de renovar a Seleção Brasileira. Ele deverá dar chance a novos talentos, mas – como já adiantou, de forma sensata – vai preferir mesclar o novo com a experiência, mantendo alguns dos que estiveram na última Copa do Mundo.

Não sei se Dunga fará tudo o que dele se espera. Mesmo porque começa a carreira de treinador de forma surpreendente, assumindo logo de cara a Seleção Brasileira. Ele jamais foi treinador oficial de qualquer clube, tendo apenas uma experiência como interino de um clube no futebol japonês.

Na Europa, sim, isso é até co-mum. Já aconteceu com as seleções da Itália, Holanda e Alemanha, entre outras, até com sucesso. Afinal, Beckenbauer foi campeão do mundo com a Alemanha, em 1990, sem jamais ter treinado um time antes.

Seja como for, Dunga certamente terá todo o apoio dos brasileiros, por tudo que já fez em campo. Sua garra, sua vontade de vencer, a luta que demonstrou em seus 17 anos de

carreira de jogador levam o torcedor a confiar no seu trabalho e a esperar resultados altamente positivos.

Não sejamos injustos com quem entra e muito menos com quem sai. É preciso dar tempo para que Dunga mostre seu valor e é preciso, acima de tudo, não esquecer que Carlos Alberto Parreira, com seu jeito tão criticado, nos levou ao tetracampo-nato mundial e a títulos importantes, como os da Copa América e da Copa das Confederações, além do primeiro lugar nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. Perdeu um jogo eliminatório, mas não pode perder o nosso reconhecimento pelo trabalho que realizou.

Aos dois — Dunga e Parreira — só podemos desejar sucesso. Especialmente a Dunga, para que se inicie como treinador da mesma forma como jogou: de maneira vitoriosa.

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Humanismo

Em entrevista exclusiva, o consagrado escritor e médico Moacyr Scliar fala de literatura e medicina, dois ofícios abraçados por ele.

Sua presença é simpáti-ca e tranqüila. Moacyr Scliar atende a todos que o abordam no corre-corre

dos lançamentos literários com tal cordialidade que inspira ainda mais admiração ao seu trabalho. E foi neste clima que concedeu entre-vista exclusiva à BOA VONTADE, na qual narra sua forte ligação com a literatura e a medicina e revela quais motivos o levaram a trilhar essas áreas.

A trajetória do conceituado professor de Saúde Pública da Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, colunista

Angélica Beck

na medicina

dos jornais Zero Hora (de Porto Alegre/RS) e Folha de S. Paulo (São Paulo/SP) e consagrado escritor, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), sinte-tiza duas grandes paixões. “Tanto

Cultura

minha vocação para a literatura quanto para a medicina surgiram na infância, ainda que de formas diferentes. Eu me interessei por literatura por causa das histórias que meus pais contavam. Eram grandes narradores, essas pessoas que encantam os outros contando histórias da sua vida. Além disso, minha mãe era professora, gostava muito de ler e encorajava os filhos a lerem também. Em função disso, comecei não só a ler como a escre-ver historinhas que mostrava aos meus pais e vizinhos”, conta.

O gosto pela medicina surgiu “por causa do medo da doen-

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ça”, revela. Ele afirma:“Nunca fui hipocondríaco, mas quando meus pais, por acaso, adoeciam, eu ficava muito apreensivo e angustiado. E isso me fez buscar conhecimento sobre o assunto. Lia livros, falava com médicos, freqüentava hospitais. Na hora de fazer o vestibular, não pensei duas vezes”.

Como o próprio médico-escri-tor relata, não foi fácil nem para sua família entender estas escolhas in-tegrais. Ambas as profissões abra-çadas por Scliar solicitam grande dedicação. “Precisei sacrificar horas de lazer e férias. Quando se está sozinho, tudo bem. Mas eu tenho a minha família e a adoro. Minha mulher sempre foi muito compreensiva em relação a isso e ajudou-me muito. Mas o meu filho, quando era pequeno, não entendia esse negócio do pai dele ficar ba-tendo à máquina e não ir passear. Então, ele sentava em cima da máquina de escrever e protestava: ‘Chega de escrever! Agora vamos andar de bicicleta’. Hoje, ele é um

mente os estudos literários, no currículo médico. Atualmente, há uma queixa muito grande dos que vêem nela uma profissão demasia-damente tecnológica. As pessoas se queixam de que o contato hu-mano perdeu espaço na prática médica. E isso é verdade, porque realmente a medicina tornou-se tão complexa que os médicos têm de dar maior atenção para os aspectos científicos e tecno-lógicos. Mas se perder esse lado humanitário, a medicina vai ser incompleta”, analisa Scliar.

Ideal humano da medicinaAinda sobre a inspiração mé-

dica, o escritor ressalta que este é um campo fértil, sobretudo no Brasil, que teve grandes nomes na área tais como: Oswaldo Cruz (1872-1917), retratado em Sonhos Tropicais, e Noel Nutels (1913-1973), conhecido como médico dos índios, tratado no livro A majestade do Xingu, duas obras de Scliar. “Escrever os livros foi ter acesso a lados desconhecidos da medicina. Tinha conhecimento de Oswaldo Cruz como um per-sonagem histórico. Mas quando iniciei a pesquisa sobre a vida dele, vi algo riquíssimo: ele reflete muitas das contradições em nosso País. Era um grande cientista, um homem que sabia o que precisava ser feito, mas tinha muita dificul-dade em se relacionar com a po-pulação. Pagou um preço por isso, porque a vacinação obrigatória desencadeou a Revolta da Vacina, no Rio de Janeiro/RJ, em 1904, deixando centenas de mortos.”

Da prática como professor-conferencista, Scliar concebeu

Conciliar medicina e literatu-ra é uma iniciativa de Scliar que tem gerado excelentes frutos. Exemplo disso é a coluna “A cena médica” que ele publica há doze anos no jornal Zero Hora, em Porto Alegre/RS.

Essas crônicas preencheram as páginas de obra literária re-cente do escritor, que recebeu o título O olhar médico — crônicas de medicina e saúde. Nele, apre-

O olhar médicosenta, com humor, textos curtos com temas variados, tais como doença e saúde, médicos e pa-cientes, sexualidade e esporte.

Na ocasião da Bienal do Livro de São Paulo, o acadêmico e co-lunista dedicou um exemplar do livro ao líder da LBV, com a de-dicatória: “Para Paiva Netto que o Brasil admira pela generosidade e pela dedicação, a homenagem e afeto do Moacyr Scliar”.

homem e grande entusiasta dos meus livros”, recorda.

Aos protestos da criança e à compreensão da família, Moacyr retribuía com livros que hoje ul-trapassam seis dezenas de títulos publicados. A profícua produção em números e em qualidade ren-deu ao escritor a posse da cadeira no 31 da Academia Brasileira de Letras (ABL).

O escritor gaúcho é uma ex-pressiva voz de fomentação à atual e necessária conexão entre a ati-vidade médica e o humanismo da literatura: “Ambas saíram de um mesmo território, lidam com o Ser Humano. Poucas coisas são tão reveladoras da condição humana como a doença, porque diante dela as máscaras que a gente usa habitualmente caem. Por outro lado, a literatura também ensina aos médicos a conhecer melhor o Ser Humano. Não é por outra razão que muitas faculdades de medicina, em vários países e também no Brasil, estão incluindo estudos humanísticos, particular-

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a obra A Paixão Transformada, contando a história da área médica a partir de textos literários e não-literários. “Também uso a Bíblia e os temas por ela inspirados. No Antigo Testamento fala-se muito de doença. A lepra, por exemplo, é mencionada abundantemente. Já no Novo Testamento, nós temos a relação de Cristo com a doença e assim pude colecionar uma série de textos que levaram aos meus livros”, enfatiza.

Ao comentar o uso da medicina e da literatura para abordagens da contemporaneidade, Scliar enfati-za o crescimento do protagonismo feminino. “Quando eu entrei na Faculdade de Medicina em Porto Alegre, os alunos cantavam um hino que dizia assim: ‘Medicina é papa-fina, não é coisa pra me-nina’. As moças eram minoria e só podiam fazer determinadas especialidades, como pediatria, por exemplo. Isso mudou muito e hoje cerca de 50% dos meus alunos são do sexo feminino. Estão em todas as especialidades e brilhando, inclusive na área de Saúde Pública. Acho que esta é mais uma evidência de como o nosso país mudou.”

Scliar também defende a im-portância de dar um tom mais humano à medicina. “Cuidar dos outros não é apenas uma obriga-ção, mas uma realização pessoal, uma maneira de descobrir novas possibilidades dentro de nós mes-mos e no semelhante. É um ponto desanimador essa impessoalida-de, corrente no tratamento em todos os setores da sociedade e também na medicina. Precisamos recuperar a dimensão humana que a medicina tinha quando a ela faltavam recursos. Visto que não havia antibiótico, o que o médico podia fazer era consolar, ajudar. Agora tem antibiótico, mas isso não quer dizer que a gente não te-nha de consolar e ajudar também. É um ato de empatia na experiência da doença que ensina o estabeleci-mento de laços emocionais fortes, duradouros e autênticos. Saúde e literatura se complementam porque cuida-se da saúde do corpo através da dieta, da ginástica etc., e da

saúde da alma através dos bons textos literários.”

Neste contexto, manifestou sua simpatia à proposta midiática da LBV: “Uma rede que se chama Boa Vontade corresponde a uma necessidade urgente do Povo bra-sileiro. E como médico e escritor, sinto-me feliz em estar aqui. Boa Vontade é uma expressão-chave do nosso tempo. Agradeço muito essa oportunidade. Paiva Netto é uma figura realmente lendária neste país pelo que tem feito. Esse trabalho de divulgação de vocês se encaixa perfeitamente no propósito de melhorar o co-nhecimento e a vida das pessoas em geral”, pontuou.

Cultura

DÜRER, AlbrechtHomem nu com um copo e uma cobra,

assim chamado Asclépio (deus da Medicina na mitologia grega)

Museu Staatliche, Berlim (Alemanha).

“Também uso a Bíblia e os temas por ela inspirados. No Antigo Testamento fala-se muito de doença. A lepra, por exemplo, é mencionada abundantemente. Já no Novo Testamento, nós temos a relação de Cristo com a doença e assim pude colecionar uma série de textos que levaram aos meus livros.”

(Moacyr Scliar)

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Atualidades

O Presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e Dire-

tor Executivo da Rede Sinodal de Educação, professor Silvio Iung, visitou, no dia 3 de julho, o Lar e Parque Alziro Zarur, da LBV, o Templo da Natureza e da Criança. Na ocasião, destacou que a LBV é um exemplo de sucesso no País. “Obrigado pelo convite e a oportunidade de conhecer esse trabalho. Na atividade que a gente realiza no Conselho é sempre bom colher exemplos bem-sucedidos que acontecem no Brasil. Eu fiquei realmente muito impressionado com o tra-

Professor Silvio Iung, ilustre Presidente do CNAS, encanta-se

com a qualidade do atendimento oferecido aos guris do Lar e

Parque Alziro Zarur, da LBV, em Glorinha/RS

Templo da Natureza e da Criança

_____________Liliane Cardoso

balho que é feito aqui pela LBV em Glorinha. É um lugar muito aconchegante (...)”, frisou.

Iung também falou sobre os aspectos físicos dos ambientes: “A flora daqui abre os horizontes, ela é bonita e ao mesmo tempo expressa na alma das pessoas um convite à busca de novos horizontes (...). Esse Parque é muito bem cuidado, percebemos a atenção nos detalhes, no ajardi-namento, enfim, na construção de novos espaços, como o pomar que pudemos ver, é um lugar ímpar. Que vocês prossigam com ânimo e disposição para continuar esse trabalho”.

“O trabalho da LBV é significativo, importante e certamente exemplar nessa proposta que temos hoje no País, na Política de Assistência Social (...). Este é o exemplo que eu testemunhei na LBV.”Professor Silvio Iung, Presidente

do CNAS.

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As crianças e adoles-centes amparados pelo Lar e Parque Alziro Zarur, da Legião

da Boa Vontade, têm muitos mo-tivos para comemorar: além das festividades de 50 anos de traba-lho de Paiva Netto na Instituição, a unidade educacional da LBV, de Glorinha/RS, completou, em maio, 46 anos de atendimento de qualidade ao povo gaúcho em risco social.

Um dos acontecimentos orga-nizados pela garotada para cele-brar a data foi a II Mostra do Lar e Parque Alziro Zarur, realizada no Foro Central de Porto Alegre. A exposição desenvolvida pelos guris atendidos pela LBV pôde ser vista pelas mais de 10 mil pessoas que circulam diariamente

e Parque da Com exposição cultural, guris atendidos pela Instituição agradecem e saúdam os 46 anos da Unidade de Glorinha/RS. _________________________________

Ângela Gatelli e Ana Cláudia de Oliveira

no local, entre as quais juízes, advogados, promotores e cola-boradores da Obra.

Fernando Paixão é assessor jurídico do 2o Juizado da Infância e da Juventude de Porto Alegre e, ao observar a mostra, enalteceu as ini-ciativas da Legião da Boa Vontade, destacando que são exemplos para o mundo. “Vim prestigiar a LBV que realiza um trabalho muito bom com crianças e adolescentes. O Lar e Parque da Legião da Boa Vontade é modelo! Não poderia deixar de vir à exposição e abraçar toda a equipe. Estou muito contente com esse espaço aberto para mostrar à comunidade o que é feito pela LBV (...). Ela merece o nosso aplauso e que continue a fazer esse trabalho que, para o Juizado da Infância e

da Juventude que atua com abrigos, é muito importante e bem-feito”, atestou.

Ao passar pelos ambientes, o visitante teve uma dimensão das atividades e projetos desenvolvidos com as crianças e adolescentes na unidade educacional. Desde cho-colates, preparados nas aulas de culinária, até artesanatos, tais como sabonetes e desenhos diversos, esta-vam expostos no local.

LBV em festa

Lar e

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Fotos: Liliane Cardoso

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“Quero elogiar a LBV, que faz um excelente trabalho

em Glorinha (...). Sou grande incentivadora de vocês. Espero que o Lar e Parque cresça cada vez mais, nos auxiliando no resgate infanto-juvenil. A LBV é um exemplo no atendimento social. Por isso é reconhecida mundialmente.”Dra. Ivortiz Marques Fer-nandes, juíza da 2ª Vara da Infância e Juventude Comar-ca de Gravataí/RS.

Para quem procurava a boa litera-tura, livros do escritor Paiva Netto e as demais publicações da LBV eram excelentes opções.

O publicitário Carlos Ferrão enfatizou os resultados da iniciativa. “O Brasil precisa, cada vez mais, desse apoio. Paiva Netto, com 50 anos de trabalho, prova que é pos-sível mudar a realidade do Brasil. O que mais me chamou a atenção foi o fato de a LBV mostrar para todos o apoio que as crianças recebem em suas atividades. Precisamos cada vez mais de pessoas assim como Paiva Netto”, frisou.

Valor da famíliaOutra grande atividade que

comemorou os 46 anos do Lar e Parque da LBV foi o I Encontro de Abrigos do Rio Grande do Sul, realizado pela Instituição. Os debates giraram em torno do tema Abrigar é mais que prote-ger. É resgatar o valor da família e possibilitaram um espaço de discussão e busca de estratégias para o trabalho em abrigos. O

evento contou com representa-ções de cidades do Estado e pro-fissionais da Vara da Infância e Juventude, diretores e técnicos de instituições que acolhem crianças e adolescentes.

À frente das palestras, diver-sas personalidades a exemplo do sociólogo Charles Roberto

Pranke; da assistente social Ro-sana Goldani de Borba; da Juíza da 2a Vara da Infância e Juventu-de (Comarca de Gravataí), Dra. Ivortiz Marques Fernandes; do advogado e assessor jurídico da 2a Vara da Infância e Juven-tude Comarca Porto Alegre, Dr. Fernando Paixão e da socióloga Ariane Kozen.

A Assistente Social do Fórum de Gravataí, Miriam Carbonei-ra, ressalta os bons resultados obtidos pelos guris atendidos pela Legião da Boa Vontade. “Temos exemplos de adolescen-tes que vieram para a LBV, não faz muito tempo, e os resultados são magníficos; adolescentes que não tinham a 4a série primária e, depois de serem atendidos pela LBV, já estão inseridos no mer-cado de trabalho, conseguindo ter autonomia, que é o assunto principal deste encontro(...). A LBV está no caminho certo, pa-rabéns!”, felicitou.

Sobre o acontecimento, o Diretor Técnico da Fundação de Assistência Social (FASC), Mauro Vargas, assim se expres-sou: “A LBV nos dá uma aula em questão técnica, capacitação dos seus funcionários para este atendimento. É uma técnica que aqui no Rio Grande do Sul não temos similar”.

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Criada após o término da Segunda Guerra Mun-dial, com a finalidade de levar Paz e garantir

direitos humanos a todos, a Or-ganização das Nações Unidas (ONU), que reúne 191 Estados soberanos, tem um vasto campo de atuação e renovado desafio de fazer deste um mundo mais justo e fraterno.

Neste universo, a Rádio ONU abre um espaço para construir pontes de informações entre a audiência, que são os ouvintes e usuários de internet, e o trabalho desenvolvido pelas Nações Unidas e agências associadas. A emissora transmite programas nas seis línguas oficiais da Organização (Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo) e também em Português e Suaíle. Além disso, há a produção de documentários de TV pela UNTV.

A programação no idioma de Camões atende à meta principal e ainda a amplia ao colaborar com o intercâmbio entre os países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambi-que, Portugal, São Tomé e Príncipe

Rádio ONU, uma equipe antenada com a interatividade e a rapidez das informações. Da esq. p/ a dir., Vladimir Monteiro, redator e apresentador; Mônica Valéria, Chefe da Rádio ONU em Língua Portuguesa; Sandra Guy e Israel Machado, assistentes de produção.

Valéria. “Estamos muito felizes com as emissoras da Super RBV. O feedback (retorno) que chega até nós é bastante positivo. Esta tem sido uma de nossas parcerias mais sólidas e o objetivo é levar informação sobre as Nações Uni-das e relatar os acontecimentos que influenciam diretamente o noticiário internacional”.

Mônica falou também da atuação da LBV nas Nações Unidas em contribuição aos propósitos de Paz de ambas or-ganizações. “A LBV, como uma ONG, é ativa em sua parceria de status de consulta com o Conselho Econômico e Social (Ecosoc) e de associação com o DPI, o Departamento de Infor-mação Pública da ONU, ao qual pertence a Rádio ONU”.

A Chefe da unidade de Língua Portuguesa da emissora explica que este ano está sendo marca-do por mudanças no site e nos programas, tornando “o produto ainda mais dinâmico e perto da realidade dos usuários de rádio e internet, que são o nosso públi-co-alvo”, diz. [L.S.M.]

parceria de sucesso internacionalRádio ONU e Super RBV

e Timor-Leste), com noticiários de cinco minutos e programas mais longos de entrevistas e reportagens no Português do Brasil e da África. A distribuição do material produzido pela Rádio é feita por meio de emis-soras de várias localidades no globo terrestre e pela página na internet www.un.org/av/radio/portuguese. Neste endereço, o público pode escutar os noticiários em real áudio ou por MP3.

A Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV), da Fundação José de Paiva Netto, tem sido uma importante aliada na divulgação dos assuntos de interesse da ONU, dan-do também visibilidade às ações da Legião da Boa Vontade — primeira Organização Não-Governamental brasileira a associar-se ao Departa-mento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI), a partir de 1994, e também primeira ONG do Brasil a conquistar o status consul-tivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc) — em 1999.

A iniciativa é vista como um relevante instrumento de interati-vidade pela Chefe da Rádio ONU em Língua Portuguesa, Mônica

“Estamos muito felizes com as emissoras da

Super RBV.(...) Esta tem sido uma de nossas

parcerias mais sólidas.”Mônica Valéria

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O Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio) firmou parceria com o Governo do Estado

do Rio de Janeiro, por intermédio da Administração Estadual de Del Castilho/Suburbana, da Secretaria de Estado de Educação e da Legião da Boa Vontade para implantar o pro-jeto Juventude Pela Paz Ampliando Horizontes, que visa à realização de palestras em escolas estaduais a respeito da ação da ONU no Brasil e seus temas votados pelas delegações internacionais.

No dia 14 de julho, mais uma vitoriosa etapa desse projeto foi ini-

ciada. Um encontro na sede do UNIC Rio, no Palácio do Itamaraty, reuniu um grupo de 60 educadores das escolas públicas estaduais do Rio de Janeiro. Eles acompanharam uma aula inaugural do projeto, que trata de uma série de palestras educativas sobre consciência ecológica, em comemoração ao Ano Internacional do Deserto e Desertificação.

Os painéis serão apresentados nas escolas do Estado do Rio, pelos vo-luntários das Nações Unidas em par-ceria com a Legião da Boa Vontade. O Dr. Carlos dos Santos, Diretor do Centro de Informações das Nações Unidas, destacou em seu discurso o apoio da LBV e do Governo do Es-tado. Na ocasião, o educador Paiva Netto foi representado pelo jorna-lista Francisco Periotto, Assessor da Presidência.

Por sugestão da professora Ma-ria das Graças Antunes de Araújo, da Secretaria de Estado de Educação e Coordenadora da Metropolitana III, a primeira palestra educativa ocorrerá no Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV, na zona norte do Rio.

Durante a aula inaugural, Pedro Paulo Torres, da Secretaria de Estado de Governo e Coordenação, Administrador Estadual de Del Cas-tilho, representante do Governo do Estado do RJ, enalteceu a parceria. “É muito importante ter parceiros desta categoria de conhecimento e de infra-estrutura da Legião da Boa Vontade. E o ambiente também

“(...) Conheço a escola da

Legião da Boa Vontade e

com prazer aceitei. (...) Não

adianta falar em Educação

se não temos parcerias

para levar isso a cabo.

Então, com essa parceria

entre a LBV, o Governo do

Estado do Rio de Janeiro

e a Coordenadoria de

Educação, podemos levar o

Juventude Pela Paz, que é

o nosso projeto, às escolas

fora do município do Rio de

Janeiro (...).” Dr. Carlos dos Santos (UNIC Rio/ONU), ao confirmar sua palestra no Centro Educacional da LBV, em 23 de agosto.

UNIC Rio (ONU) firma nova parceria com a LBV e o

Governo do Estado do RJ, agora, pela Paz nas escolas.

Juventude pela Paz

Simone Barreto e Jorge Alexandre

Dr. Carlos Santos, Diretor do Centro de Informações das Nações Unidas, ao lado do jornalista Francisco Periotto, representante da LBV no evento.

tem toda aquela Espiritualidade po-sitiva. Por isso convocamos todos os professores, alunos e sociedade civil para participarem deste evento.”

Fotos: Jorge Alexandre

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A Organização das Nações Unidas reuniu chefes de Estado e alto comissa-riado para a edição 2006

do Ecosoc High-Level Segment (reunião anual de Alto Segmento do Conselho Econômico e Social da ONU). No encontro mundial, os go-vernos dos países-membros prestam contas e propõem alternativas para vencer problemas globais, a exem-plo do tema central deste ano: em-prego e trabalho decente. A convite da ONU, a Legião da Boa Vontade, que possui o status consultivo geral no Ecosoc, foi chamada aos micro-fones do encontro para apresentar o relatório em nome da sociedade civil

Genebra/Suíça

LBV pronuncia-se em nome da sociedade civil latino-americana em reunião de Alto Segmento da ONU. Recomendações apresentadas pela Instituição receberam destaque do Subsecretário-geral das Nações Unidas, sr. Anwarul Chowdhury.

_______________Danilo Parmegiani

Fotos: Adriana Rocha

decente para todosEmprego e trabalho

Nações Unidas — Internacional

latino-americana sobre emprego e desenvolvimento sustentável.

O pronunciamento da LBV foi anunciado pelo Subsecretário-geral das Nações Unidas e Alto Representante para os países me-nos desenvolvidos, sr. Anwarul Chowdhury, que, em entrevista, felicitou a iniciativa da organização brasileira em mobilizar entidades intersetoriais em torno dos objetivos de desenvolvimento do milênio. “Estou muito feliz de ter recebido uma cópia desse relatório feito pela sociedade civil la-tino-americana, apresentado pela Legião da Boa Vontade. A sociedade civil tem um

papel principal a ser desempenhado nos esforços de desenvolvimento pelo mundo. Nestes anos, em meu gabinete de Alto Representante para os Países Menos Desenvolvidos, temos procurado uma relação de grande proximidade com as organi-zações da sociedade civil. Elas são reais parceiras do desenvolvimento, tanto no nível nacional quanto no global. Gostaríamos de continuar a trabalhar juntos, e acreditamos que quanto mais, melhor para o futuro do mundo. Estou muito feliz

Sr. Anwarul Chowdhury ao lado de Danilo Parmegiani (LBV), com o documento em nome de 400 entidades da América Latina. Na imagem ao lado o representante da Legião da Boa Vontade durante a reunião.26 | BOA VONTADE

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decente para todos“Estou muito feliz de ter recebido uma cópia desse relatório feito pela sociedade civil latino-americana, apresentado pela Legião da Boa Vontade. (...) Gostaríamos de continuar a trabalhar juntos, e acreditamos que quanto mais, melhor para o futuro do mundo. Estou muito feliz que a Legião da Boa Vontade esteja focada na construção da Cultura de Paz. Acredito que é essencial para o nosso mundo conflitante de hoje.”Anwarul Chowdhury, Subsecretário-geral das Nações Unidas.

que a Legião da Boa Vontade esteja focada na construção da Cultura de Paz. Acredito que é essencial para o nosso mundo conflitante de hoje”, pontuou.

O relatório apresentado pela LBV é resultado de seis eventos preparatórios promovidos pela Insti-tuição em março deste ano, dos quais participaram cerca de 400 entidades dos setores público e privado. A atividade intersetorial faz parte da Rede Sociedade Solidária, motivada pela Legião da Boa Vontade, com o objetivo de incentivar, ecumeni-camente, a troca de experiências e parcerias entre organizações que desenvolvem ações de Solidarieda-de e transformação social. O nome para a rede foi inspirado na tese Sociedade Solidária Altruística Ecu-mênica, escrita há duas décadas pelo

Noys Rocha (E), da Legião da Boa Von-tade da Europa, o Subsecretário-geral da ONU, sr. Anwa-rul Chowdhury (C) e o Representante Internacional da LBV, Danilo Parme-giani (D).

Diretor-Presidente da LBV, José de Paiva Netto, em que se fundamenta o trabalho socioeducacional da Ins-tituição ao longo de seus 56 anos de existência no Brasil.

O conteúdo da declaração encon-tra-se disponível na página oficial da ONU, nos seis idiomas oficiais desse organismo internacional (Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo). Para fazer o download, basta acessar o site www.documents.un.org e buscar o documento, digi-tando a expressão E/2006/NGO/28. Outra opção é entrar nos sites www.lbv.org.br ou www.sociedadesolida-ria.org.br, nos quais, além da versão do relatório em Língua Portuguesa, é possível encontrar a relação com o nome de todas as entidades que colaboraram com sugestões e boas práticas.

A LBV estende seus agrade-cimentos especiais aos ilustres palestrantes e facilitadores, aos re-presentantes das cerca de 400 ONGs participantes, aos colaboradores que possibilitaram a organização dos eventos e à equipe técnica que con-solidou a versão final do documento. Relação completa no site www.sociedadesolidaria.com.br

PARABÉNS — A Legião da Boa Vontade e seu Diretor-Presidente, José de Paiva Netto, congratulam-se com o ilustre Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pela passagem de seu aniversário, no dia 3 de junho. Na foto 1, Amorim aparece ladeado pela sua esposa, Ana Maria Amorim (E), e sua filha, Anita (D), tendo ao lado a representante da LBV na ONU, Conceição de Albuquerque. Na imagem à direita, o cordial encontro, nos Estados Unidos da América, entre Paiva Netto e o então Representante Permanente do Brasil junto à Organização das Nações Unidas, em Nova York.

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Responsabilidade Social

A doação do bilionário norte-americano War-ren Buffet, de 85% de seu patrimônio a uma

organização, bem como o anúncio de Bill Gates de que, em 2 anos, se afastará da presidência da empresa que criou para dedicar-se exclusi-vamente à Fundação Bill e Melinda Gates, chamaram a atenção de todo o mundo para a importância cres-cente do Terceiro Setor.

A doação de Buffet equivale ao que o Terceiro Setor movimenta no Brasil durante dois anos. Apesar da crescente profissionalização da filantropia no País, ela ainda é formada, em grande parte, por en-tidades de pequeno porte de origem comunitária, que têm uma série de dificuldades, dentre elas a de se adequar à legislação existente.

daOrientações

OAB/SP ao

SetorPor isso, a revista BOA VON-

TADE entrevistou a Presidente da Comissão do Direito do Terceiro Setor da Ordem dos Advogados do Brasil, seção São Paulo, Dra. Lúcia Bludeni, e o Vice-Presidente dessa comissão, Dr. Rodrigo Mendes Pereira, que trouxeram orientações básicas sobre o tema.

O Setor Social, como também é conhecido, é formado por entidades que não fazem parte do governo e do mercado. A Dra. Lúcia justifica que, em muitos momentos, o Ter-ceiro Setor pode firmar parceria com essas duas áreas. “É possível um convênio com o Estado, desen-volvendo e fomentando políticas públicas sociais. Atividades que o Primeiro Setor tem de realizar. O Segundo Setor, as empresas pri-vadas, em determinado momento,

_____________Daniel Guimarães

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resolvem investir numa causa so-cial: aportam valores e sustentam projetos apresentados pelo Terceiro Setor.”

O Vice-Presidente da Comissão esclarece que “existem algumas pesquisas em nível mundial e na-cional que definem critérios para determinar o tamanho do Terceiro Setor”. O principal requisito é que entidades e organizações não tenham fins lucrativos. “Isso não quer dizer que elas não podem

ter atividades econômicas para gerar receitas e aplicar nas suas finalidades não-econômicas. Elas até devem ter superávit para atender às crianças, aos necessi-tados. A questão é que não podem distribuir esse lucro entre os seus associados. Elas devem reinves-tir o lucro para suas finalidades essenciais como o atendimento à população carente”.

Associações e Fundações

Apesar de serem conhecidas por uma infinidade de nomes diferentes, juridicamente exis-tem apenas dois tipos de or-ganizações do Terceiro Setor: as associações e as fundações privadas. As primeiras são es-tabelecidas por qualquer pessoa que, associada a outras, tenha um fim social, como ampliar o acesso à saúde e à educação, por exemplo. “Já uma fundação tem base num patrimônio. Nós mesmos poderíamos fazer uma escritura pública ou por meio de um testamento e doar um pa-trimônio. Ele seria dotado para uma finalidade não-econômica. A associação é mais livre, pois os associados podem até mudar suas finalidades”, explicou o Dr. Rodrigo.

Ele enfatiza que as fundações têm um acompanhamento mais intenso do Poder Público, para que a idéia de quem a instituiu seja mantida. A Presidente da Comissão complementou: “O controle do Ministério Público é maior, a exigência de um pa-trimônio prévio é fundamental. Caso contrário, você não tem uma fundação”.

Aspectos legaisBludeni destacou que se ade-

quar à legislação é uma das maiores dificuldades das ONGs no País. “Existe uma burocracia muito grande (...). Não só para o Terceiro Setor, como para to-dos os setores e segmentos da sociedade. Para o Terceiro Setor parece que fica mais difícil. (...) Muitas vezes, por conta de um ideal, um grupo de pessoas que monta uma entidade e não desen-volve, ao longo do seu caminhar, uma capacitação mais profissio-nalizante das pessoas que estão atuando, acaba por não observar muitas exigências legais por mero desconhecimento — a par da legislação já ser muito com-plexa, muito exigente”.

“Existe uma burocracia muito grande (...). Não só para o Terceiro Setor, como para todos os setores e segmentos da sociedade. Para o Terceiro Setor parece que fica mais difícil. (...) Muitas vezes, por conta de um ideal tomado por um grupo de pessoas que monta uma entidade e não desenvolve, ao longo do seu caminhar, uma capacitação mais profissionalizante das pessoas que estão atuando, acaba por não observar muitas exigências legais por mero desconhecimento — a par da legislação já ser muito complexa, muito exigente.”Dra. Lúcia Bludeni

“O papel da Comissão é fazer com que os direitos conferidos às entidades pela Constituição Federal sejam respeitados. O papel nosso é fomentar, capacitar e apoiar as entidades, para que elas consigam exercer esses direitos.”Dr. Rodrigo Mendes Pereira

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Responsabilidade Social

Neste contexto, enumerou os pontos que as ONGs têm de prio-rizar. “Há aspectos tributários: o que se movimenta, com relação a imunidades, isenções e tudo mais. E aspectos trabalhistas dessas entidades, que têm de ser mantidos, a par do volun-tariado. Existem as exigências, as prestações de contas, enfim, toda uma dinâmica, um balanço social da entidade. Não se pode deixar nada de lado, aquilo que já é difícil torna-se mais ainda porque você vai deixando lacu-nas ao longo do tempo.”

No âmbito do trabalho, o voluntariado aparece com ex-pressão, afinal são 20 milhões deles atuando no Terceiro Setor. “O voluntário é aquele que, por sua livre vontade, quer se dedicar à causa e aos objetivos estatutários daquela entidade, ele também está sujeito a um regramento para atuar dentro dela. Ele tem de assinar o termo de que é voluntário, preferen-

cialmente que esse termo tenha especificados os dias que ele trabalha, o horário e o setor em que ele trabalha”, afirma a Dra. Bludeni.

RecomendaçõesA Comissão de Direito do

Terceiro Setor da OAB/SP de-senvolve diversas ações com o intuito de capacitar advogados e organizações para o Terceiro Setor. Criado há dois anos, o ór-gão, entre outras iniciativas, de-senvolveu a Cartilha do Terceiro Setor, que contém orientações básicas às pessoas que atuam nessa área. “É com grande pra-zer que a gente desenvolve esse

trabalho na OAB por iniciativa do Presidente Luiz Flávio Bor-ges D’Urso, que entendeu que deveria implantar essa comis-são”, declarou Bludeni.

A Presidente da Comissão também falou do curso de Ca-pacitação do Terceiro Setor, de Gestão e Aspectos Jurídicos, implementado na Escola Supe-rior da Advocacia, e destacou as novas ações. “Visamos também à abertura do mercado de traba-lho. Nós temos um ideal, que é tentar de alguma forma contri-buir (e a própria OAB também contribui) para a implementação dos nossos princípios consti-tucionais”, completa a Dra. Bludeni. O Dr. Rodrigo conclui: “O papel da Comissão é fazer com que os direitos conferidos às entidades pela Constituição Federal sejam respeitados. O papel nosso é fomentar, capaci-tar e apoiar as entidades, para que elas consigam exercer esses direitos”.

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Internacional

Em uma quinta-feira, 4 de fevereiro de 1999, o relógio marcava 19h40, quando Paiva Netto en-

toou pela primeira vez a Prece para ter Tranqüilidade, de sua autoria. Essa obra-prima figura entre as mais emocionantes peças musi-cais do compositor. Exatamente

por isso, o maestro norte-americano Gregory Hopkins a colocou no reper-tório de um con-certo especial em comemoração ao Dia da Indepen-dência dos Estados Unidos da Améri-

ca (celebrado em 4 de julho). As vozes do Coral do Santuário

(Sanctuary Choir) interpretaram a canção, em língua inglesa, no dia 2 de julho, na Igreja Batista do Harlem (Convent Avenue Baptist Church). O fato relembrou o espetáculo pro-tagonizado no mesmo local pelo Coro, no dia 9 de abril deste ano, quando foram entoadas músicas que compõem O Mistério de Deus Revelado, oratório de autoria de Paiva Netto.

Hopkins não escondeu a feli-cidade que sentiu ao apresentar a música e, comovido, relatou:

Composição de Paiva Netto é interpretada, em Nova York, durante as comemorações de 4 de Julho dos Estados Unidos da América.

_________Elias Paulo

Canto àIndependência

“Paiva Netto costuma dizer que a verdadeira Paz somente se estabe-lece quando se conhece Jesus, e nós gostaría-mos de importar esta mensagem e levá-la para o mundo (...). Es-tamos muito felizes por, de alguma forma, parti-cipar do Jubileu de Ouro dele. Cinqüenta anos de serviços prestados à Humanidade e a Deus (...). Paiva Netto luta pela Justiça, pela igualdade e pelo espírito de Amor, mundo afora. Ouçam o Es-pírito de Cristo que foi concedido a este Movimento”, referindo-se à canção Prece para ter Tranqüilida-

de, do Oratório O Mistério de Deus Revelado, de Paiva Netto. “Então, enquanto o restante desse país comemo-ra sua independência, nós comemoramos os 50 anos de Paiva Netto, e de nossa dependência a Deus.”

A solista Louise Walker relata sua emoção ao inter-

pretar a música. “Quando ouço essas palavras ‘Só Jesus salva, Dele a Paz virá’, sinto que é tudo. Quando eu canto, quero me doar às pessoas que ouvem. E quando temos esse contato com o Senhor, isso sai de nós. É o que tento transmitir. (...) Para se compor esta música tem de se conhecer Jesus”, declarou.

Público emociona-se com concerto especial em comemoração ao Dia da Independência dos Estados Unidos.

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A famosa Igreja Batista do Harlem (Convent

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A força da tradição e da cultura gaúcha im-pulsionou o início das comemorações dos 50

anos de trabalho de Paiva Netto na Legião da Boa Vontade. A expressão e a importância do Rio Grande do Sul para o Brasil são notáveis, pois neste solo surgem fi-lhos ilustres e perpetua-se o passa-do e a história de lutas dessa brava gente. O próprio nome São Pedro, padroeiro da província gaúcha, recorda o 29 de junho, data que assinala o ingresso de Paiva Netto na causa do Bem, em 1956. Esse

Especial — Paiva Netto

cultura clássica

Emoções e Memórias

mesmo dia é dedicado à memória do Apóstolo Pedro, o primeiro em autoridade na fé nascente e aque-le que realizou a primeira cura, continuando a missão de Jesus, o Cristo Ecumênico.

Outra similitude está no nome do centenário Theatro São Pedro, que abriu suas cortinas para ce-lebrar o fato. Segundo dados da organização do teatro, a “Noite Cultural Emoções e Memórias” foi um dos maiores eventos e de mais alto nível já realizados na famosa casa da cultura gaúcha. Apesar de a festa ter ocorrido no

______________Rodrigo Oliveira

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Especial — Paiva Netto

Rio Grande do Sul, o sentimento de gratidão atravessou as fronteiras dos pampas e mobilizou brasi-leiros e estrangeiros (argentinos, bolivianos, paraguaios e uruguaios também marcaram presença) para acompanhar a Orquestra de Câma-ra do Theatro São Pedro e o Coral Ecumênico LBV na apresentação de composições do comandante da Instituição.

O espetáculo, sob a regência do Maestro Antônio Carlos Bor-ges Cunha, apresentou obras de Paiva Netto, um dos compositores que mais vendem no Brasil. Antes de iniciar o concerto, o público já superlotava o ambiente. Persona-lidades, autoridades, convidados, simpatizantes e o Povo em geral compareceram à festa para saudar

“É um grande prazer, uma honra para

nós, receber no Theatro São Pedro,

nessa data tão especial, Paiva Netto e todos da Legião da

Boa Vontade. A casa é centenária e é o templo da cultura do Rio Grande do Sul.”

Eva Sopher, Presidente da Fundação Theatro São Pedro.

Especial — Paiva Netto

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Acima, vista geral da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro e do Coral Ecumênico LBV, durante o concerto; abaixo, detalhe dos músicos na hora da exibição.

Na imagem ao lado, Paiva Netto discursa no palco da Casa da Cultura gaúcha.

“Com grande alegria, envio meus cumprimentos ao Irmão Paiva Netto pelos 50 anos de atividades humanísticas na LBV. (...) Que ele continue a sua missão iluminando e abrindo caminhos, abrindo horizontes para muitas pessoas se engajarem na criação da cultura da Solidariedade. Parabéns, Paiva Netto! Que Deus o acompanhe e o proteja.”

Padre Marcos Sandrini, Reitor da Faculdade Dom Bosco, de Porto Alegre/RS.

o homenageado. Guris atendidos pela LBV do Rio Grande do Sul também figuravam na platéia e, muitos deles, pela primeira vez assistiram de perto a um concerto de músicas clássicas.

O concerto com a Orquestra de Câmara do centenário teatro e Co-ral Ecumênico LBV trouxe alguns dos sucessos do compositor Paiva Netto — como Deus é a Nossa Fortaleza, trecho do Oratório “O Mistério de Deus Revelado”, e Deus é a Minha Força — e a obra inédita de sua lavra: Ave, Maria! Mater Jesus — que apesar de ter sido composta na década de 1980, uma das primeiras Ave, Marias! escritas por ele, dedicada ao Brasil, só agora é apresentada ao público em latim.

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“Estamos com a Orquestra de Câmara do Theatro São

Pedro reforçada com músicos convidados e um coro de mais de 100 vozes para interpretar as canções

de Paiva Netto, que são realmente hinos de

louvor. Observem os títulos: Deus é a minha Força, são hinos

de Solidariedade, de confiança na Paz, no Amor; Prece para ter Tranqüilidade, é disto que todos precisamos. Sentimo-nos honrados em participar dessa homenagem ao homem que é um símbolo da Bondade, do Amor, da dedicação ao Ser Humano.”

Maestro Cunha, responsável pela regência da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro.

Emocionado, o líder da LBV acompanhou o acontecimento do camarote principal. Ao término de cada composição, o público aplaudia de pé, direcionando-se ao homenageado. Depois das apresentações, Paiva Netto subiu ao palco e proferiu discurso que também foi transmitido para os que acompanharam a Super Rede Boa Vontade de Comunicação (Rádio, TV e Internet), a TV Guaíba (Canal 2) e RBTI (exibida para 12 milhões de assinantes na América do Norte).

Saudação ao PovoA noite era de festa, mas mes-

mo assim o dirigente da LBV em sua prédica fez o público refletir seriamente sobre a importân-cia de educar e, mais que isso, reeducar com Espiritualidade Ecumênica* para investir num futuro melhor. No momento em que subiu ao palco, agradeceu as homenagens da platéia, que bra-dava: “Ele merece!”. E respon-deu: “Vocês merecem! Porque ninguém faz nada sozinho. Aí é que está o segredo”, frisando o fato de a Legião da Boa Vontade ser uma Instituição irrestrita-mente ecumênica.

“(...) Fico muito feliz em iniciar as comemorações des-se meu cinqüentenário no Rio Grande do Sul, porque meu pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000), viveu no Rio Grande do Sul durante um período e me ensinou a amar essa terra que fez questão de ser brasileira. Lembro-me com saudade de que

Paiva Netto (C) e sua esposa, Lucimara Augusta, ao lado do Maestro Cunha. Na ima-gem abaixo, momento em que o homenageado autografa a partitura do concerto, a pedido do próprio Maestro e Regente.

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*Espiritualidade Ecumênica — Leia o que Paiva Netto escreveu sobre o assunto nas publicações: Sociedade Solidária Altruística Ecumênica (7ª edição) e Coleção Diretrizes Espirituais da Religião de Deus.

Especial — Paiva Netto

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O radialista Wilson Tubino (ao microfone, na imagem acima) impulsionou a homenagem gaúcha no palco do Theatro São Pedro. Ele interpretou poema que antecedeu a bela coreografia apresentada pelo Grupo de Danças Raízes do Rio Grande, da LBV, com o acompanhamento dos músicos Juliano de Oliveira Eloy (violão e voz), João Carlos Missioneiro (gaiteiro) e da percussionista Ivanete de Oliveira (bombo ligüero).

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Paiva Netto e o Arcebispo Metropolitano de Porto

Alegre, Dom Dadeus Grings, para quem o líder da LBV au-

tografou um exemplar de sua obra Crônicas & Entrevistas.

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Te saúdo, dom Paiva Netto, Em nome desta querência É o Rio Grande que se inclina E te presta reverência.

Vem te dizer: obrigado!Sei que é pouco... quase nada.Mas sei, também, que isto é muito Pra tua Alma iluminada.

Aqui estão teus amigosOs teus fiéis escudeiros Que levam as tuas mensagensE as espalham ao mundo inteiro.

Mensagem de puro AmorDe gratidão, de bondadeQue ilumina os corações Dos Homens de Boa Vontade.

Poema em homenagem ao Jubileu de Ouro de Paiva Netto na LBV

Compositor e intérprete: Wilson Tubino

Aqui estão teus amigosO teu povo solidário Comemorando contigoA festa... o cinqüentenário.

A tua firme liderança...Tua sábia orientação, Pois todos aqui conhecem O teu nobre coração.

Por isso... permita, amigoCoroando essa passagem Que nosso grupo de dançasTe preste uma homenagem.

São relíquias do folcloreSem retovo ou muito luxoMas te entregam, de presente,O coração dos gaúchos.

Lúcio Mauro Fernandes

(foto) é o pre-miado professor

que ensaia o Gru-po de Danças Raízes

do Rio Grande, da Legião da Boa Vontade.

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Especial — Paiva Netto

A simpática jornalista Hil-degard Angel registrou o acontecimento em sua pres-tigiosa coluna no Caderno B do Jornal do Brasil — edição de 24 de junho —, destacando os detalhes das apresentações musicais e outros marcantes fatos deste dia especial. Com o título “Honraria top”, a jor-nalista noticiou: “Os festejos dos 50 anos de José de Paiva Netto na Legião da Boa Von-tade pararam Porto Alegre. Na Assembléia Legislativa, ele recebeu a Medalha Far-roupilha, honraria top do Es-tado. No Theatro São Pedro, personalidades de todo o país participaram da celebração do Jubileu de Ouro, com con-certo da orquestra de câmara do teatro, sob a regência do maestro Antônio Carlos Bor-ges Cunha, e apresentação do Coral Ecumênico da LBV, com mais de cem vozes. E ainda: cantos e danças com o grupo folclórico Raízes do Rio Gran-de, ao som de composições do próprio homenageado Paiva Netto...”.

“Os festejos dos 50 anos de José de Paiva

Netto na Legião da Boa Vontade pararam

Porto Alegre.”Hildegard AngelCruz Missioneira, uma honraria da

Região dos Povos das Sete Missões, concedida ao líder da LBV

aos 8 anos eu tomava chimarrão com losna. E quando ele faleceu, beirando os 90 anos, meu asses-sor, Francisco Periotto, achou minha pequena cuia e tudo o que usava quando menino. Meu pai era meu ídolo. Se ele tomava chimarrão, eu tomava também (risos). Mas o motivo é que faz bem ao estômago, pois é bom para digestão.

“Amo o Brasil. E mais uma razão para esse amor pelo Rio Grande, dentre tantas, é que meu filhinho mais novo — sou pai de 8 filhos e quase 9 ne-tos —, Emmanuel Adolfo, é gaúcho!

“Agradeço essa homenagem que me tocou profundamente. Para mim é uma honra muito

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grande estar aqui nesse palco que conheceu Marian Anderson (1897-1993), em 1946, Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e Arthur Rubinstein (1887-1982). (...)”

Gratidão mundialAs Casas do Poder Legislati-

vo também aproveitaram a data para homenagear o cinqüentená-rio de trabalho de Paiva Netto na Legião da Boa Vontade. Antes da programação da “Noite Cultural Emoções e Memórias”, o líder da Obra foi condecorado com a Medalha Farroupilha, a maior distinção da Assembléia do Rio Grande do Sul. A solenidade ocorreu no gabinete da Presidên-cia da Casa Legislativa e reuniu autoridades, personalidades, familiares do homenageado e Legionários da Boa Vontade.

Ao discorrer sobre o preito, o dirigente da LBV destacou: “(...) É uma satisfação estar aqui, pela importância que este Estado tem para o Brasil. Estou

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Ao término do evento, Paiva Netto foi entrevistado pela repórter Simone Schimitz, da TV Ulbra (Universidade Luterana Brasileira).

“Eu acredito que todas as iniciativas da LBV são bem-aceitas: primeiro pela finalidade, pelos fins que a LBV trabalha e também pela qualidade e o número de pessoas que estão envolvidas nesses projetos. (...) Ao Presidente Paiva Netto queremos dar os parabéns pelo trabalho que ele vem fazendo ao longo de todos esses anos e saber que o Rio Grande do Sul sempre estará presente nessas campanhas (...).”

(Paulo Tigre, Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul — Fiergs)

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muito emocionado pelo reconhe-cimento ao trabalho da Legião da Boa Vontade, que é uma Obra patriota.

Zarur dizia que ‘o Brasil se sustentava geograficamente no Rio Grande do Sul’. Afinal de contas, ele é a base. (...)”

Já no palco do Theatro São Pe-dro, Paiva Netto recebeu da Câmara dos Vereadores de Porto Alegre o Diploma Construtor da Paz. A proposta da honraria, considerada uma das mais valiosas da Casa, foi aprovada por unanimidade, em reconhecimento às constantes iniciativas de Paiva Netto a favor da Cultura de Paz e de campanhas contra a violência. O dirigente da Instituição foi condecorado, tam-bém, com a Cruz Missioneira, uma honraria da Região dos Povos das Sete Missões, no Rio Grande do Sul, e símbolo máximo da Espiri-tualidade daquela região.

Prestigiaram os festejos no dia 20 de junho, na capital gaúcha: Dom Dadeus Grings, Arcebispo Metropolitano de Porto Alegre; Eva Sopher, Presidente da Fun-

dação Theatro São Pedro; Elaine Camargo, odontóloga; Fernando Casagrande da Rocha, advogado e empresário; Frei Rovílio Costa; a Presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Gladis Peder-sen de Oliveira; Onélia Prates e Sandra Pereira, socialites; Padre Marcos Sandrini, Reitor da Fa-culdade Dom Bosco; Pedro Paulo Torres, representante do Governo do Estado do Rio de Janeiro; Ruy Nogueira, publicitário e assessor de imprensa; Hilda Meneses Pallao-ro, médica; Dr. Honório Sampaio Menezes, pediatra; João Santos, advogado; Marcelo Berbardes,

do Conselho Tutelar; Dr. Marcelo Luiz Lages Leal, pediatra; Marta da Graça Malagues e Maria da Graça Testa Rosa, da instituição Parceiros Voluntários; Mauro Var-gas, Diretor Técnico da Fundação de Assistência Social e Cidadania; Simone Schimitz, apresentadora de TV e coordenadora de marketing da Ulbra TV; Valério Menegat, diretor da ONG Pão dos Pobres; e Wilson Tubino, radialista e escritor tradicionalista.

*Nas próximas edições da revista BOA VONTADE, publicaremos trechos do importante discurso de Paiva Netto durante as comemorações do seu cinqüentenário de trabalho na LBV.

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lança o ensaio da LBVEvangelho do Sexo

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Os 50 anos de trabalho de Paiva Netto na Legião da Boa Vontade são mais do que um bom

exemplo. Trata-se de acontecimento que inspira as atuais e futuras gera-ções, pois, em todo este tempo, nunca desistiu de seus ideais, mantendo-se firme no compromisso. E ao chegar ao cinqüentenário de serviços e 65 de vida, fase da existência em que a maioria apenas colhe os louros do passado, ele ainda sente e age como se tivesse um mundo a conquistar, com o espírito incansável de realizar sempre em favor do próximo. Assim é que consegue surpreender, mesmo quando deveria ser festejado, como se deu durante o 31o Congresso da Juventude Ecumênica da Boa Von-tade de Deus, realizado no Ginásio da Portuguesa, em São Paulo/SP, no dia 15 de julho.

Entendimento e respeito às diferenças

O evento programado para co-memorar seu Jubileu de Ouro, ele transformou, com o lançamento do ensaio literário Evangelho do Sexo, em um presente para os jovens de todas as idades que lá compareceram.

Ao falar da publicação que entregava ao Povo, Paiva Netto leu trechos e analisou seu ensaio: “Evangelho quer dizer boa nova, notícias que transmitem felicida-de. Ora, tal não se pode dar se Você não tiver conhecimento do que ela significa. O Sexo é as-sunto primacial na vida humana e ainda bastante discutido neste mundo. Muitos correm atrás dele, pensando obter prazer eterno, mas será que o conseguem? Só perguntando aos seus travessei-

Ao lado, o líder da LBV é recebido com chuva de papel dourado em

forma de coração, assim que subiu ao palco do evento. Abaixo, duas jovens lêem, com atenção, o ensaio literário

Evangelho do Sexo, de autoria de Paiva Netto.

“(...) Tenho um verdadeiro carinho, amor, pelo trabalho do Paiva Netto; pelo Ecumenismo, pela Caridade, pelo apoio às crianças, aos idosos, aos desamparados.” Monja budista Yvonette

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ros, quando as cabeças reclinam e todos se revelam a si mesmos. Por que o sexo, por si só, não traz o que o Ser Humano mais espera da Vida? Porque precisamos entender que sua essência é espiritual.

(...) Não cultivo Alma de censor. Meu esforço, em primeiro lugar, está em aprendermos, de uma vez por todas, que a discriminação, o preconceito e os clichês são grandes vilões, situados na raiz de muitos dos problemas que cercam o Sexo e tantas outras manifestações na existência das sociedades, como o execrável racismo. A Criatura Humana é sagrada e, portanto, acima de tudo, digna de respeito, seja qual for a sua orientação no campo da sexualidade e, por extensão, da ideologia, da ciência, da religião e assim por diante.

Espero que este trabalho sirva como contribuição, por menor que seja, aos que têm a paciência de me ouvir e/ou ler.

Grato!”.Contou sobre o preparo do ma-

terial em apenas uma semana, atravessando as madrugadas com sua equipe, “não medindo esforços para alcançar a meta”. Era a forma que encontrara para ofertar aos que vieram homenageá-lo algo de sua lavra sobre o tema escolhido pelos próprios jovens.

E esclareceu: “Este ensaio é um resumo do livro; porém, creio que será valioso para quem o apreciar. Analisem-no a partir do título: Evangelho do Sexo, mas sem co-notação religiosa extremada, coisa que abomino. Depois, virá outra sinopse: Política da Caridade Com-pleta, que faz parte de O Capital de Deus.

“É muito bonito, confortador, neste mundo dominado por uma cultura de competição, ver um homem como o Irmão Paiva Netto, que, há cinqüenta anos, vem trabalhando no sentido oposto, contra a corrente, preconizando os valores da cooperação, da harmonização fraterna.” Monge budista Ricardo Mario

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Há quem hoje, talvez com a mente em excesso racional, pense que a Caridade seja artigo dispensável. Ora, Caridade é a energia que nos mantém vivos. Ela constitui uma estratégia de Deus para que não percamos o sentido de humanidade*¹.

Por isso que, ao término de tudo, talvez não se resolva o problema social das nações na

medida da necessidade de sua gente, pois, se é feita respeitável diligência em termos materiais, pouco ou nada se realiza em função do inafastável quesito espiritual, por se cogitar que isto se restrinja ao campo religioso, quando tem tudo a ver com ética. E essa falha histórica resulta em serviço incompleto até em termos econômicos, porquanto, não procuram sem ‘parti-pris’ entender que o governo da Terra começa no Céu*². A Caridade integral vem de lá, porque nasce do coração de Deus. Não do deus (este com “dê” minúsculo mesmo) que alimenta detestáveis precon-ceitos que estigmatizam pessoas e grupos, promovendo guerras de todos os tipos, mas Daquele que é Amor, princípio básico do Ser, fa-tor gerador de vida, que em toda a parte se manifesta e é Tudo.

Que o Sexo tem com isso?! Muita coisa! A começar pelo fato de que Sexo é bem mais do que tan-tos ainda consideram que o seja. E esse raciocínio, de certa forma, estará com simplicidade explicado no livro a ser lançado”.

Na apresentação do material literário, o líder da LBV discorreu ainda acerca da importância da Caridade Completa (material e es-

Acima, o instante em que o líder da LBV recebe as homenagens da Prefeitura de Nova York (EUA) entregues por John De Prima.

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A atriz norte-americana Miranda Reinfeldt que acompanhou John De Prima durante visita ao Instituto de Educação da LBV, em São Paulo/SP, aparece na foto com uma das centenas de crianças atendidas pela unidade educacional.

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“Temos de prestigiar as pessoas que promovem o Bem, a Boa Vontade na religião, na saúde, na educação, entre o Ser Humano; a Boa

Vontade no Planeta. E Paiva Netto representa isso, um homem aberto ao diálogo, que leva a mensagem de Paz. Daí a presença das religiões

de matriz africana aqui para lhe dar o abraço pelo seu Jubileu.”Pai Francelino De Shapanan

piritual) no debate do tema, pois, em sua opinião, “Sexo é bem mais do que tantos ainda consideram que seja”. Acrescentou que “é preciso tirar as aspas dessa For-ça Divina para que ela ressurja com sua face prazerosa, contudo transcendental”. Também des-tacou que a inspiração maior da obra é o “Jesus Ecumênico, que nada tem a ver com preconceitos e tabus, que possíveis faltosos lan-çam contra supostos faltosos, em geral, impiedosamente. (...) Jesus

Cristo (...) não somente pregou, mas viveu a Fraternidade (...)”.

Vale dizer que as homenagens a este Homem da Boa Vontade ocorreram desde as 9 horas daquele sábado, quando pessoas de todo o Brasil e delegações do Exterior assistiram a apresentações teatrais, musicais e de dança, produzidas por alunos atendidos nas escolas da LBV e por jovens que participam voluntariamente da Instituição.

O ponto alto se deu às 17 horas, quando, ao subir ao palco, Paiva

Netto foi saudado por uma chuva de papel dourado e foi ovacionado por milhares de pessoas que o aguar-davam, além dos cumprimentos de artistas, religiosos, personalidades e amigos.

Naquele instante, um aconte-cimento inesperado causou admi-ração no público: cinco painéis gigantescos surgiram quando as cortinas ao fundo do palco foram descerradas, como se pode ver nas páginas 42 e 43 desta publi-cação. No primeiro, Paiva Netto

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“Senti-me um dos membros da LBV nesse dia tão bonito. Ginásio cheio, todo mundo alegre, sorrindo. E Paiva Netto, como sempre, corajoso. Ele está fazendo um trabalho de vanguarda, de prevenção, o aconselhamento prévio que deve ser feito.”Pai Francisco de Osun

na qual aparece iluminado por uma luz superior, e saudando os Legionários.

Prêmios dos Estados UnidosEntre as muitas honrarias com

que Paiva Netto foi agraciado, na-quela data, estão as outorgadas pela Prefeitura de Nova York (EUA) e entregues pelo representante des-ta, John De Prima, que veio ao Brasil acompanhado da atriz norte-

aparece, ainda jovem (aos 19 anos); na seqüência surge ao lado do saudoso Fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979). No centro, o maior deles, o Mestre Jesus é retratado na famosa cena bíblica da Pesca Milagrosa. E nos dois últimos, Paiva Netto é apresentado em momentos dis-tintos, respectivamente, numa fotografia capturada em 20 de maio de 1995, em Viena/Áustria,

O cantor Tony Gordon emocionou o público ao interpretar a canção Prece para ter Tranqüilidade, de autoria de Paiva Netto. Acima, o Coral Ecumêni-co LBV que abrilhantou o evento.

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americana Miranda Reinfeldt. As distinções são: Citation, concedida a pessoas públicas por relevantes serviços prestados à sociedade e dedicada a quem adquiriu um alto grau de reconhecimento por aquilo que faz pela comunidade; Hall of Fame, somente ofertada às pessoas reconhecidas pelo que realizam em sua área de atuação, como melhor ator, melhor jogador, melhor políti-co, melhor dirigente de obra social etc.; e Proclamation, por trabalhos prestados à sociedade mundial.

De Prima falou da dedicação e esforço incomum do Diretor-Presidente da LBV em favor da Humanidade. Afirmou que, ao conhecer mais de perto o trabalho desenvolvido pela Obra e conversar com as crianças atendidas, aprendeu duas palavras especiais: “amizade e Jesus”. E que para ele “Paiva Netto respeita Jesus”.

John De Prima recordou que com os pequenos anotou outra máxima do líder da Instituição que eles transformaram em música, cujo título é: Todos marchando com a Paz, destacando que se este exemplo

fraterno “funciona bem no Brasil, funcionará bem no mundo todo”.

Dos Estados Unidos lhe che-gou mais uma comenda, desta vez o reconhecimento veio de New Jersey, proposto pelo Vereador Au-gusto Amador, do East Bound de Newark, pelos programas socioe-ducacionais prestados à população deste Estado norte-americano.

Paiva Netto também foi presen-teado com uma bela pintura de São Pedro Apóstolo portando as chaves do Céu, feita pelo artista plástico João Marcelo, como símbolo do carinho do povo gaúcho.

Oração com o públicoComo de costume, ele encerrou

o encontro do jeito que mais gosta, orando. Antes mesmo de proferir a Prece Ecumênica de Jesus, o Pai-Nosso, conclamou os presentes ao fortalecimento moral e espiritual das famílias, pedindo a Jesus a interces-são pelas pessoas enfermas do corpo e de coração ferido. Enquanto fazia sua prédica, o cantor Tony Gordon e o Coral Ecumênico LBV interpre-taram a composição Prece para ter

Tranqüilidade, de Paiva Netto, que emocionou os presentes, inclusive o homenageado. A razão de tamanho sentimento foi justificada por ele, que contou, em seguida, que, ao escrever uma composição, sempre o faz para o Povo. Por isso, ver o resultado do seu trabalho alcançar os corações dos que estavam ali era para ele uma grande recompensa.

Ao encerrar a Oração convidou os milhares de participantes a repe-tirem as palavras da Milícia Celeste, ao anunciar o nascimento de Jesus, o Cristo Ecumênico (Evangelho, segundo Lucas, 2: 14), pedindo Paz na Terra aos Homens e Mulheres, Jovens, Crianças e Espíritos da Boa Vontade de Deus.

_______________________*¹ Caridade: Estratégia de Deus — Paiva Netto aborda mais amplamente o assunto em suas obras O Capital de Deus, Sociedade Solidária Altruística Ecumênica e na coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração (da qual fazem parte os livros As Profecias sem Mistério, Somos todos Profetas e Apocalipse sem medo, coleção esta que já atingiu a expressiva marca de 1,3 milhão de exemplares vendidos).*² Economia, Direito e Mundo Espiritual — Veja Epístola Constitucional do Terceiro Milênio, de Paiva Netto. Seu conteúdo é um documento do autor dedicado à Moci-dade Legionária em 18 de julho de 1988, dois dias depois do comparecimento dela ao 13º Congresso dos Jovens da LBV, realizado em São Paulo/SP.

Momento de extrema emoção: Paiva Netto

ao lado de sua esposa, Lucimara

Augusta, acompanham sensibilizados a

interpretação da Prece para ter Tranqüilidade, de

autoria dele. A imagem comoveu a compacta

massa que superlotava o Ginásio da Portuguesa.

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Uma das principais ho-menagens ao valoroso brasileiro José de Paiva Netto, que completou

50 anos de trabalho na Legião da Boa Vontade, ocorreu no dia 20 de junho, em Porto Alegre/RS. O acontecimento “Noite Cultural Emoções e Memórias” realizado na tradicional casa da cultura gaúcha, o Theatro São Pedro, foi o primeiro dos grandes eventos programados para saudar a perti-nácia de um homem que dedicou a vida ao Bem e à difusão da Espiritualidade Ecumênica (leia a reportagem sobre o evento na p. 32).

Desde que abraçou este ideal em 1956, em plena adolescên-cia, aos 15 anos de idade, seus arroubos não eram os que geral-mente assaltam os jovens nestes tempos. Ele era um rebelde, mas de Jesus*. Sim, pois logo que es-cutou uma canção natalina (Noite Feliz, de Joseph Mohr e Franz Grüber) durante o programa Campanha da Boa Vontade, na Rádio Tamoio, do Rio, intrigado observou: “Mãe, música de Natal em junho!” e, na seqüência, ouvi-ria ainda o saudoso Fundador da

Especial — Paiva Netto

Fatos que marcaram os 50 anos de trabalho de Paiva Netto e o tornaram um patrimônio do Brasil

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*Rebeldes de Jesus — Programa criado por Paiva Netto, em 1992, até hoje sendo transmitido na Super Rede Boa Vontade de Rádio, aos sábados, às 14 horas.

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Paiva Netto sempre esteve presente nos momentos de grandes desafios atravessados

pelo Fundador da LBV, Alziro Zarur.

LBV, Alziro Zarur (1914-1979), repetir a passagem do Evangelho em que os Anjos anunciam o nascimento do Cristo:“Glória a Deus nas Alturas e Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade”. O que lera cerca de três anos antes num opúsculo editado pela LBV chamou-lhe de novo a atenção: no folheto, de excelente conteú-do, que recebeu de uma senhora negra, no Rio de Janeiro/RJ, encontrou descritos os ideais que almejava desde a mais tenra idade — pioneiro movimento inter-religioso promovido por Zarur, com a Cruzada de Reli-giões Irmanadas. Por tudo isso, disse determinado: “Mamãe, é com esse que eu vou!”. Outra coisa que o impressionou foi a sonoridade do nome dele.

A pregação de Fraternidade Universal o encantou de tal ma-neira que, naquele mesmo dia, 29 de junho de 1956, data que homenageia São Pedro e São Paulo, pegou uma bicicleta e saiu pedindo ajuda para a LBV.

Os saudosos pais, Seu Bruno e Dona Idalina, casal-modelo na Legião da Boa Vontade, sempre deram bons exemplos ao filho, Paiva Netto. Na foto, a singela demonstração de carinho para com o líder da LBV.

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Passou, a partir daquele instante, a colaborar voluntariamente com a Instituição, realizando, mesmo a pé, campanhas para a compra da antiga Rádio Mundial, que se tor-nou a Emissora da Boa Vontade, de 1956 a 1966, e para auxiliar o Natal Permanente da Obra, que presta socorro diário ao Povo.

Bisturi mentalA profunda simpatia pelo

Fundador da Instituição não o impedia de analisar as ações do amigo. Paiva Netto era daqueles

foi síria e o pai, Elias Zarur, libanês) e que o primeiro Em-baixador da LBV era um judeu chamado Jacques Aboab, pensei: esse homem sabe o que está fa-zendo. Ele não está blefando. A coisa é pra valer!(...)”.

Sucessor naturalAinda na infância, interessa-

va-se pelos livros, incentivado principalmente pelo exemplo do pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000); e tinha um cuida-do com o próximo, ajudando a

A Ronda da Caridade é uma atividade da Campanha Permanente da LBV contra a fome, lançada no fim da década de 1940, com a popular “Sopa dos Pobres”, também conhecida como “Sopa do Zarur”. No destaque, o jovem Paiva Netto, que também participou da primeira Ronda, em 1o/9/1962, no Rio.

estudantes que andam, como ele próprio afirma, com “o bisturi mental” pronto para cortar os acontecimentos e entrar no cerne da questão, visualizando além das aparências os fatos. E foi com este espírito inquiridor, cultivado no lar — seus pais eram cultos e sensíveis à arte, principalmente a musical — que ele observaria que a pregação do Ecumenismo Irrestrito era calçada de atitudes concretas. “Quando descobri que Zarur sendo descendente de árabes (Dona Ássima, sua mãe,

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Com oportunidades únicas que recebem na LBV, jovens e crianças têm condições reais de mudar suas vidas. Ambientes dignos, educação de qualidade, alimentação balanceada e saúde básica transformam para melhor a existência de milhares de famílias brasileiras.

O Centro Educacional, Cultural e Comunitário, no Rio de Janeiro/RJ (Av.Dom Hélder Câmara, 3.059, Del Castilho), com 5.000 m2 de área construída,

atende crianças, jovens, adultos e idosos em situação de risco social e pessoalprovenientes das comunidades em torno das favelas do Guarda, Jacarezinho,

Parque Evereste, Nova Brasília, Manguinhos, Parque União de Del Castilho,Complexo do Alemão, Águia de Ouro e Comunidade de Escol.

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Alunos realizam atividade recreativa na ampla praça do Instituto de Educação da LBV, na capital paulista, que atende, diariamente, mais de mil jovens e crianças. Na fachada do local, Paiva Netto fez colocar esta máxima de Aristóteles (384-322 a.C.): “Todos quantos têm meditado na arte de governar o gênero humano acabam por se convencer de que a sorte dos impérios depende da educação da mocidade”.

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Campanhas de Valorização da VidaGraças ao empenho do líder da LBV, a Instituição promove sistematicamente diversas campanhas educacionais antidrogas, antiviolência no trânsito, pela preservação da Natureza, a fim de se obter adesão e conscientizar a sociedade, sobretudo as crianças e os jovens, quanto aos valores reais da existência. Pela Campanha LBV — Esporte é Vida, não violência!, que é realizada desde a década de 1970, Paiva Netto foi, por dois anos consecutivos, ganhador do troféu “Bola de Ouro” (1997 e 1998). Em 14 de abril de 1997, recebeu a homenagem das mãos do Dr. João Havelange, que presidiu por 24 anos a FIFA, órgão máximo do futebol mundial.

mãe, Idalina Cecília de Paiva (1913-1994), que era enfermeira prática, no amparo aos doentes e recebia carinhosamente a quem batesse à porta da casa à procura de ajuda.

O contato com o saudoso Fun-dador da LBV ampliou ainda mais seu interesse pelo Ser Humano e o pendor para os cuidados com o Espírito. Com ele também iniciou nas profissões de radialista, ainda na década de 1950, e de jornalista,

em 1961. Durante largo tempo, escreveu a parte de baixo da co-luna de Zarur, no jornal Gazeta de Notícias, conforme revela o próprio criador da Legião da Boa Vontade. São mais de quatro décadas contribuindo com a imprensa, fazen-do surgir a via para um jornalismo solidário, que nos últimos anos vem ganhando força na mídia.

Mesmo antes da morte de Alziro Zarur experimentava a responsabi-lidade de levar à frente esta Obra, a

O saber adquirido em anos de lutas e a vitalidade dos voluntários formam a tônica do dia-a-dia dos vovôs e vovós atendidos nos Lares da LBV. Como ensina Paiva Netto há décadas: “É preciso aliar ao patrimônio da experiência dos mais velhos a energia dadivosa dos mais moços”.

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Audição Mundial de O Mistério de Deus Revelado no HarlemEm abril de 2006, o Oratório O Mistério de Deus Revelado (que superou a marca das 500 mil cópias vendidas), do compositor Paiva Netto, foi apresentado pelo Coral do Santuário (The Sanctuary Choir) da Convent Avenue Baptist Church, sob a regência do respeitado maestro e professor Gregory Hopkins, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos.

ponto de o Fundador da Instituição dizer: “Aí está por que José de Paiva Netto foi elevado a Secretário-Geral da LBV. Ele sente os problemas (da Obra) como o próprio criador da Legião da Boa Vontade”.

Por isso, a forma natural como se tornou sucessor de Zarur. Em sua administração, multiplicou os Programas de Promoção Humana, Social e Educacional da LBV, num crescimento superior a 15.000%,

Especial — Paiva Netto

conforme publicado pela Veja em 1994, ao traçar o seu perfil.

Sob seu comando, o ideário da Instituição ganhou caráter inter-nacional, atuando na Bolívia, no Paraguai, no Uruguai, na Argentina, em Portugal e nos Estados Unidos, além de possuir correspondentes em todo o mundo.

Graças a seu trabalho, a LBV foi a primeira organização não-governamental brasileira

a associar-se ao Departamen-to de Informação Pública das Nações Unidas, a partir de 1993. Em 1999, tornou-se ain-da a primeira ONG do Brasil a conquistar na ONU o status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc). E, em 2000, passou a integrar a Conferência das ONGs com Relações Consultivas para as Nações Unidas (Congo). As te-

Solidariedade Ecumênica além-fronteiras — As ações de Paiva Netto empolgam outras nações do Planeta. Atualmente, as iniciativas fraternas são desenvolvidas pela LBV da Argentina, do Paraguai, do Uruguai, da Bolívia, de Portugal e dos Estados Unidas, e em diversas regiões do mundo. Uma amostra disso são as imagens acima, nas quais pode ser visto o atendimento a crianças em situação de risco social. Destaque também para a atuação da Obra na Organização das Nações Unidas.

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ses de Paiva Netto são também divulgadas nas Nações Unidas, como seu artigo “A Mulher no conSerto das Nações”, traduzi-do para os seis idiomas oficiais da organização (Árabe, Chinês, Espanhol, Francês, Inglês e Russo) e distribuído durante a 50a Sessão da Comissão do Status da Mulher, ocorrida de 28 de fevereiro a 10 de março deste ano.

Educador de várias geraçõesOutra característica de sua

gestão foi o aumento do número de órgãos com fins educativos. Em 1981, inaugurou a primeira creche da Instituição, no Rio de Janeiro/RJ, naquela época chamada de Creche Maternal, a que deu o nome de Alziro Zarur, viabilizou Escolas e Centros Co-munitários e Educacionais em todo o País, que oferecem educa-

ção infantil, ensino fundamental, médio, supletivo e EJA — Edu-cação de Jovens e Adultos, além de cursos profissionalizantes a milhares de adolescentes e adul-tos de comunidades em situação de risco social.

Centros de excelência de ensino

“A Legião da Boa Vontade não oferece uma opção pobre ao

SOS Nordeste Numa parceria com a Rede Bandeirantes de Televisão, o dirigente da LBV realizou a Campanha LBV — SOS Nordeste, que promoveu uma das maiores mobilizações solidárias já vistas no País, em favor dos flagelados da seca. Em 1998 e 1999, foram mais de 7 milhões de quilos de alimentos distribuídos para cerca de um milhão de pessoas em mais de 1.100 localidades.

As crianças atendidas pela Legião da Boa Vontade, desde pequenas, compreendem a importância de preservar o Meio Ambiente.

A LBV oferece cursos visando à melhoria da qualidade de vida de vovôs e vovós da Terceira Idade

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pobre. Ela oferece ao pobre uma opção de qualidade”, ressaltou o sociólogo Pedro Demo, na época em que presidia a Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar. Sua afirmativa explica de forma resumida a preocupação do dirigente da LBV, Paiva Netto, em criar uma nova realidade para os alunos que ingressavam nos cen-tros educacionais da Instituição, de maneira que tenham acesso a todos os meios encontrados nas melhores escolas. Professores de alto nível, boas condições físicas para o ensino, laboratórios de informática e de ciências bem equipados, alimentação balance-ada, com acompanhamento de nutricionista, atendimento médico e psicológico e muito Amor, para que o enorme déficit social do País, também com a cooperação da Le-gião da Boa Vontade, seja vencido. O resultado deste sistema pode ser visto em relevantes pontos: os estabelecimentos de ensino da Obra têm evasão zero e conseguem promover um desenvolvimento es-pírito biopsicossocial satisfatório para os alunos.

Nesta ação empreendedora, des-taque para o Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV (Rio de Janeiro/RJ); o Instituto de Educação José de Paiva Netto (São Paulo/SP); o Lar e Parque Alziro Zarur (Glorinha/RS); Escolas de Educação Infantil em Brasília/DF, Curitiba/PR e Belém/PA; a Ala dos Estudantes do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, em Brasília, entre outros modernos núcleos em atividade no País.

Várias das teses defendidas por Paiva Netto podem ser vistas nas diversas obras de sua autoria, que se

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Paiva Netto criou a Editora Elevação, a Gráfica da Boa Vontade, a Gravadora Som Puro, o Portal Boa Vontade (www.boavontade.com), a Super Rede Boa Vontade de Rádio (primeira rede em sistema digital com equipamentos próprios), a Boa Vontade TV (Programadora de conteúdo para a TV a cabo) e a Rede Mundial de Televisão, as três últimas com dezenas de emissoras de Norte a Sul do País. Todas essas importantes mídias prestam contas das realizações da LBV e levam Fé e Esperança, sob o lema: Educação e Cultura, Alimentação, Saúde e Trabalho com Espiritualidade Ecumênica! O carisma com as novas gerações faz de Paiva Netto um jovem, sendo procurado sempre por eles.

Pela Campanha Não use drogas. Viver é Melhor!, da LBV, no Brasil e no Exterior, a Instituição e seu dirigente receberam, em 18 de junho de 2004, o Diploma do Mérito pela Valorização da Vida, concedido pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, em cerimônia comandada pelo Presidente luiz Inácio lula da Silva. Na foto acima, o Dr. Pedro Paulote de Paiva (C), representando a LBV e seu Diretor-Presidente, ao lado do proponente da honraria, General Paulo Uchoa, Secretário Nacional Antidrogas (E); e do General Jorge Armando Félix, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (D).

tornaram best-sellers. O autor já ven-deu mais de três milhões de livros, além de escrever para importantes publicações do País e colaborar em jornais e revistas do Exterior.

Por tudo isso, o evento “Noite Cultural Emoções e Memórias” teve um valor especial, não só para os brasileiros, mas para todos os que acreditam, pelo mundo afora, que é possível se ter uma Huma-nidade mais feliz e justa. Se há 50 anos uma canção de Natal em pleno mês de junho levou Paiva Netto a dedicar sua existência a esta causa, nada melhor que festejar essa data tão importante com sua excelente música, e quem sabe com ela trazer tantos outros Paivas para a Seara da Boa Vontade.

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Especial — Paiva Netto

Entre suas realizações, o destaque é para a cons-trução do Templo da Boa Vontade (TBV), entregue

à Humanidade em 21/10/1989. A inauguração do monumento reper-cutiu no Planeta. Foram recebidas milhares de cartas vindas de todas as partes do mundo, inclusive de personalidades internacionais e estadistas, a exemplo de Jimmy Carter (ex-Presidente dos Estados Unidos); Margaret Thatcher (ex-Primeira-Ministra da Inglaterra); Mário Soares (ex-Presidente de Portugal e ganhador da Comenda da Ordem do Mérito da Fraterni-dade Ecumênica do ParlaMundi da LBV, em 1996, na categoria hors-concours); Yasser Arafat (in memoriam — Presidente da Auto-ridade Palestina e Prêmio Nobel da Paz, em 1994); Dalai-Lama Tenzin Gyatso (Líder religioso ti-betano que ganhou o Prêmio Nobel

Humanidadeda Paz, em 1989, e a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica do ParlaMundi da LBV, em 1999, na categoria hors-con-cours); Madre Teresa de Calcutá (in memoriam — Prêmio Nobel da Paz, em 1979); José Ramos Horta (Prêmio Nobel da Paz de 1996), Adolfo Pérez Esquivel (Escritor argentino e Prêmio Nobel da Paz, em 1980); Arcebispo Anglicano Desmond Tutu (Prêmio Nobel da Paz, em 1984); Fidel Castro (Pre-sidente de Cuba) e Pelé (“Atleta do Século” e ganhador da Comenda da Ordem do Mérito da Fraterni-dade Ecumênica do ParlaMundi da LBV, em 1996, na categoria Esporte).

O TBV, em pouco tempo, tor-nou-se o monumento mais visitado da capital brasileira. Em seus 16 anos de existência, já recebeu mais de 15 milhões de peregrinos e tu-ristas, segundo dados oficiais da

Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur).

Ao lado do TBV ergueu, tam-bém com o apoio da população, o Parlamento Mundial da Fraterni-dade Ecumênica — o ParlaMundi da LBV —, um fórum de debates destinado a reunir todas as criaturas e instituições do Brasil e do mundo que trabalham pela valorização do Ser Humano e de seu Espírito eterno. Nele está a Ala dos Estudantes — es-paço que alia o conhecimento huma-no às luzes dos ensinos espirituais na formação do Cidadão Ecumênico —, freqüentada anualmente por mais de 150 mil jovens.

Instituiu a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, prêmio que, desde 1996, é entregue no ParlaMundi da LBV àqueles que mais se destacarem em suas áreas de atuação, mas tendo como princípio básico a Fraternidade sem fronteiras nas atividades que realizam.

Um teto para a

Conjunto Ecumênico da LBV formado pelo ParlaMundi (E), sede administra-tiva (C) e Templo da Boa Vontade (D). Este é o monumento mais visitado

de Brasília/DF, segundo dados oficiais da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur). Desde que foi inaugurado por Paiva Netto, há 16 anos, em

21/10/1989, já recebeu mais de 15 milhões de peregrinos e turistas.

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Page 59: Revista Boa Vontade, edição 213

Próximo à inauguração do TBV, o ex-Presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter demonstrou em correspondência sua admiração pela emprei-tada: “Agradeço o gentil convite (...). Apreciei muito a lembrança. Transmito meus sinceros votos e espero que a LBV tenha muito sucesso nesta grande ocasião (...)”. Jimmy Carter (ex-Presidente dos Estados Unidos)

Na mesma época, a LBV recebeu da Secre-tária particular da sra. Margaret Thatcher, Amanda Ponsoby, amável carta na qual agradece o convite feito pela Instituição à então Primeira-Ministra da Inglaterra, para estar presente na memorável data.Margaret Thatcher (ex-Primeira-Ministra da Inglaterra)

“Prezado sr. José de Paiva Netto, confio-lhe minhas pre-ces por todos. Que as bênçãos

de Deus estejam com vocês da Legião da Boa Vontade,

e que muitas pessoas conhe-çam o Amor de Jesus através

do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica e do

TBV e mantenham viva a Boa Nova de Seu Amor no mundo,

amando uns aos outros como Ele nos amou. Que Deus os

abençoe.”Madre Teresa de Calcutá

(in memoriam), Prêmio Nobel da Paz, em 1979.

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“Estar no Templo da Boa Vontade é muito emocionante e importante também, já que vocês realizam um trabalho em favor do Povo. E creio que tudo está direcionado para conscientizar os jovens, para que eles sejam preparados. E com algo muito importante: a Espiritualidade.”Adolfo Pérez Esquivel (Escritor argentino e Prêmio Nobel da Paz, em 1980.)

O saudoso Dr. João Jorge Saad visita as obras do TBV, ao lado de seu velho amigo Paiva Netto, a quem ele chamava carinhosamente de José. Na ocasião, em janeiro de 1987, ao tomar pessoalmente conhecimento da grandiosidade da obra, ainda no seu início, o respeitado empresário

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da comunicação desafiou o dirigente da LBV: “José, você vai conseguir mesmo entregar o TBV em 21 de outubro de 1989?”. Ao que Paiva Netto prontamente respondeu: “Vou, Dr. João, porque prometi ao Povo. E aquilo que prometo eu cumpro”. E, de fato, assim aconteceu: o Templo

da Boa Vontade foi concluído. A inauguração deu-se na data marcada pelo Diretor-Presidente da LBV, a exemplo de outras promessas feitas por ele, como as inaugurações do magnífico ParlaMundi da LBV (25/12/1994) — localizado ao lado do TBV —, e do extraordinário Centro Educacional, Cultural e Comunitário da Legião da Boa Von-tade, cujas obras foram entregues à população carioca em 2 de março de 1996, data de aniversário de Paiva Netto e no mesmo ano em que o líder da LBV completaria 40 anos de re-levantes serviços prestados à Legião da Boa Vontade (29/6/1996).

Promessa feita, promessa cumprida!

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Page 60: Revista Boa Vontade, edição 213

“Julgo que o aspecto mais importante neste projeto

do TBV, nesta arquitetura é o espírito de irmandade

étnica, cultural, religiosa em que não há classes sociais,

econômicas. Aqui está tudo representado, todos podem

dialogar. Realmente, é superinteressante.”

José Ramos Horta (Prêmio Nobel da Paz de 1996)

“Eu realmente gostei muito de ver, em primeiro lugar, a arquitetura do Templo da LBV, admirei-a muito, e estou naturalmente sintonizado com sua intenção ecumênica e em favor da Paz, em favor da unidade do gênero humano. Esses são valores que eu também tenho. (...) A vossa filosofia é a do entendimento entre todos, por-tanto sem dogmas, o que para mim é muito simpático.” Mário Soares (ex-Presidente de Portugal e ganhador da Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica do ParlaMundi da LBV, em 1996, na categoria hors-concours.)

Especial — Paiva Netto

“Bom, José de Paiva Netto, sei qual é a sua luta porque também venho nisso há muito tempo, lutando pelo bem-estar do menor em nosso País, contra a delinqüência infantil, desde o filme ‘Trombadinha’. Sei que é uma luta muito grande. Que Deus lhe dê saúde! Que todo o pessoal da Legião da Boa Vontade possa, nesse esforço, conseguir benefí-cios espirituais e proporcionar um futuro viável às crianças atendidas pelas escolas da LBV em todo o Brasil.”Pelé (“Atleta do Século” e ganhador da Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica do ParlaMundi da LBV, em 1996, na categoria Esporte.)

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“(...) Em meu nome, em nome de meus Irmãos do Comitê Executivo da Organização para Libertação da Palestina — OLP — e em nome de nosso povo palestino, quero agrade-cer seu amável convite para que eu presenciasse a inauguração do Tem-plo da LBV. Congratulo-me com suas atividades desempenhadas em auxílio aos pobres e em defesa da Humanida-de, da Justiça e dos oprimidos (...).”

Yasser Arafat (in memoriam), Presidente da Autori-dade Palestina e Prêmio Nobel da Paz, em 1994.

“É maravilhoso falar a respeito do Templo da Boa Vontade e do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica. Eles representam aquilo em que eu sempre acreditei, isto é, que as pessoas e todas as religiões têm o mesmo potencial para ajudar a Humanidade. Todas levam dentro de si a mensagem de compaixão, Amor e perdão espiritual. O que a Legião da Boa Vontade faz é maravilhoso. Eu apóio esse trabalho totalmente e espero que meu Espírito e Alma possam estar sempre com vocês.”Dalai-Lama Tenzin Gyatso (Líder religioso tibetano que ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em 1989, e a Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica do Parla-Mundi da LBV, em 1999, na catego-ria hors-concours.)

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Page 61: Revista Boa Vontade, edição 213

Antes mesmo de embarcar para o Brasil — como registrou o jornal Correio Brazi-liense, do Distrito Federal, em maio de 1987 —, Desmond Tutu declarou a um diplomata do Itamaraty: “Ao

chegar ao seu país, desejo encontrar-me com meus Irmãos de Fé e que-ro rever dois grandes amigos: Dom Hélder Câmara e o Presidente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto”. Em outra oportunidade, falando a representantes da LBV, afirmou: “Quero louvar o Presidente Mundial da Legião da Boa Vontade pelo seu artigo ‘Apartheid lá e Apartheids cá’ (publicado em 30 de março de 1986 no jornal Folha de S.Paulo), no qual ele procura conscientizar os povos de que há várias formas de racismo atuando em muitas partes do mundo, até mesmo no Brasil. (...) Gostaria de transmitir-lhe o meu muito obrigado pelo trabalho que realiza. Que Deus o abençoe e os prezados Legionários da Boa Vontade. Vocês se tornaram, ao longo de sua proveitosa atividade, estimados trabalhadores de Deus. Desejo que Ele estenda ainda mais o Seu Reino, para construir Sua Igreja e servir Seus filhos que estão no mundo. Que Deus o abençoe amplamente, hoje e sempre!”.Arcebispo Anglicano Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz, em 1984.

“É maravilhoso vir aqui no TBV porque eleva o Espírito e alivia a Alma. É disso que precisamos. Então, em um lugar lindo como esse, você não sofre precon-ceito, não se sente ansioso, nem com o estresse da vida diária. Você sente a paz no coração e essa energia é muito, muito forte.” Durante visita ao Templo da Paz, o psiquiatra e escritor norte-ameri-cano Brian Weiss parou diante do mapa astral do líder da LBV e mostrou-se impressionado com o poder de realização e a alta Espiri-tualidade de Paiva Netto.

“Deve-se lutar em favor dos mais indefe-sos, que são as crianças, as futuras gerações. Este trabalho da LBV, de

base, é o mais importante, porque o perigo é real. Não existe um míni-mo de exagero, quando se diz que a espécie humana está em perigo: 21 mil toneladas de dióxido de carbono lançadas a cada ano!... Não há atmos-fera que resista.”Fidel Castro (Líder de Cuba)

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Especial — Paiva Netto

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A Pedagogia do Cida-dão Ecumênico (ou Pedagogia do Afeto, Pedagogia de Jesus,

Pedagogia do Amor, Pedagogia de Deus) é uma vanguardeira metodologia de ensino, preconiza-da por Paiva Netto e aplicada com sucesso nos programas e projetos socioeducativos desenvolvidos pela Legião da Boa Vontade do Brasil e do Exterior, por meio de Lares para crianças, jovens e Terceira Idade; Centros Comunitários; Educacio-nais; Esportivos e Pólos Culturais. É fundamentada nos valores nascidos do Amor Universal, dispondo o indi-víduo para viver a Cidadania Plena, firmada no exercício integral da Solidariedade Planetária, acima de crenças, descrenças, tradições, etnias e seja lá mais o que for. Como define

Paiva Netto, na revista Sociedade Solidária Altruística Ecumênica (7a

Edição), editada em diversos idio-mas e encaminhada à Organização das Nações Unidas (ONU): “(...) O Cidadão Ecumênico é o cidadão solidário, portanto não-egoísta. É aquele que não se deixa seduzir pelo fanatismo, porque entende que não faz sentido odiar em nome de Deus, que é Amor. Enfim, é o que sabe res-peitar a sagrada criatura humana sem preconceitos e sectarismos. O que é ético não pode acovardar-se. Quando o território não é defendido pelos bons, os maus fazem ‘justa’ a vitória da injustiça. (...)”

Na proposição desta revolucioná-ria forma de ensino também concei-tua: “A Educação, quando acertada, liberta. E, com a Espiritualidade Ecumênica, sublima”. Sobre um

dos agentes nesse processo ensino-aprendizagem, o Diretor-Presidente da Instituição afirma que “o Jovem é o futuro no presente. Confiemos nele! tal como fez São Francisco de Assis, que é Patrono da LBV, fun-dada pelo saudoso Alziro Zarur!”. Tal assertiva expressa a cultura do respeito e do cuidado para com as novas gerações, fomentada pela LBV desde sua fundação, há 56 anos.

O autor da Pedagogia do Afeto assegura ainda: “(...) pugnamos por Educação e Cultura aliadas à ação iluminante da Espiritualida-de Ecumênica. Por sinal, para que se faça — como diria o filósofo ita-liano Pietro Ubaldi (1886-1972), que declarou, mutatis mutandis, que ‘a LBV colocará o Brasil na vanguarda do mundo’ — a Grande Síntese entre as luzes do intelecto e o Sol do conhecimento espiritual, a Legião da Boa Vontade avança pioneiramente para trazer às salas de aula — ao consolidar a Pedagogia do Cidadão Ecumêni-co, ou do Cidadão Solidário, nas suas escolas de educação infantil, ensino fundamental e médio — a capacitação para o discernimento ético, visando não apenas à exis-tência material, mas igualmente à Vida Eterna, porquanto aplicada, como relevante lição, aos desafios terrenos, com uma atitude por-tentosa na certeza por um futuro

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Page 63: Revista Boa Vontade, edição 213

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melhor. (...) Assim como na geo-metria cartesiana, é preciso fazer com que a Educação material (eixo dos ‘xis’) encontre o saber proveniente das mais elevadas esferas da Sabedoria Divina, que é o Amor (eixo dos ‘ípsilons’). O pensador entende e utiliza a inte-ligência, o conhecimento técnico ou específico em prol dos Seres Humanos. Não obstante, há tanta gente diplomada construindo o mal neste Planeta! Por acaso é sábia a pessoa que prejudica o semelhante, que rouba a pátria?

Não é! (...) É necessário, portanto, que alcancemos Sabedoria, por exemplo, com Jesus, que, sendo Mestre em Israel e, séculos de-pois, um dos mais respeitados profetas do Islã, lavou os pés de Seus Apóstolos, consoante a nar-rativa de João, no capítulo 13 do quarto Evangelho canônico. E aí estaremos no caminho adequado para conduzir o Espírito sob a claridade que não produz som-bras: a de Deus, entendido como Amor, jamais aquele antropomor-fizado, que tinha o solene repúdio de Albert Einstein (1879-1955). Ou, para os que não crêem Nele, a dos mais sublimes sentimentos que justificam a sobrevivência da raça humana, apesar de séculos e séculos de sandices de tantos que, lato sensu, a governaram, pois não são somente os que habitam os pa-lácios que o fazem. (...) Na entrada do Instituto de Educação da LBV, fiz colocar esta afirmativa: Aqui se estuda. Formam-se Cérebro e Coração. Um carece do outro.

“Emmanuel, no subtítulo ‘Crianças’, no seu livro Fonte Viva*1, psicografia de Francisco Cândido Xavier (1910-2002), inspirado no versículo 10 do Evan-gelho de Jesus, segundo Mateus, capítulo 18: ‘Vede, não desprezeis os pequeninos...’, escreveu:

“‘Crianças

“‘Quando Jesus nos recomendou não desprezar os pequeninos, espe-rava de nós não somente medidas providenciais alusivas ao pão e à vestimenta.

“‘Não basta alimentar minús-culas bocas famintas ou agasalhar corpinhos enregelados. É imprescin-dível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário à sua subli-mação.

“‘Muitos pais garantem o con-forto material dos filhinhos, mas lhes relegam a alma a lamentável abandono.

“‘(...)“‘Não desprezes, pois, a criança,

entregando-a aos impulsos da natu-reza animalizada.

“‘(...)“‘O prato de refeição é impor-

tante no desenvolvimento da criatu-ra, todavia, não podemos esquecer ‘que nem só de pão vive o Homem’. “‘Lembremo-nos da nutrição dos meninos, através de nossas atitudes e exemplos, avisos e correções, em tempo oportuno, de vez que desam-parar moralmente a criança, nas tarefas de hoje, será condená-la ao menosprezo de si própria, nos serviços de que se responsabilizará amanhã’.”

“Em Educa-ção, o esforço da LBV é no-tável. (...) Paiva Netto está tra-zendo uma me-todologia iné-dita que precisa de professores especializados que não estão disponíveis na praça e, portanto, terão de ser preparados dentro de uma sistemática original e revolucionária do ponto de vista pedagógico.”

Arnaldo Niskier (Imortal da Academia Brasileira de Letras e Secretário de Cultura do Estado

do Rio de Janeiro).

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Especial — Paiva Netto

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Num de seus outros improvisos, aos microfones da Super Rede Boa Vontade de Rádio, em 17 de junho de 1999, Paiva Netto advertiu: “(...) Fazemos todo o esforço para socor-rer as crianças, instruí-las, conse-qüentemente livrá-las do perigo da ignorância, de maneira que possam tornar-se adultas equilibradas, e o mesmo fazemos com as moças e com os rapazes. Por isso, esses que são responsáveis por eles têm de estar sob acompanhamento e em capaci-tação continuada, mas sem esquecer o grande diferencial dos nossos em-preendimentos de Boa Vontade, que é o Cristo de Deus, visto de maneira assectária, libertária, acima de gri-lhões, de patrulhamentos humanos de qualquer natureza. A Boa Nova Dele — entendida em Espírito e Verdade, à luz do Seu Mandamento Novo — não alimenta intolerân-cias. Suas lições são tão elevadas e a erudição, que elas promovem, tão extensa, que costumo afirmar que Jesus é uma conquista diária para os que têm sede de Saber, de Justiça, de Liberdade, Igualdade e Fraternidade*2”.

O próprio tribuno e escritor Paiva Netto explica, em 1989, numa en-trevista que concedeu ao jornalista e homem de TV polonês Roman Dobrzynski. Perguntou-lhe o co-municólogo: “Como pode o senhor pregar o Ecumenismo Irrestrito, falando em Jesus?”. Respondeu-lhe Paiva Netto que uma das missões da LBV é exatamente dessectarizar essa grande Figura Altruística da Humanidade.

Voltando à revista Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, o líder da LBV igualmente afiança: “(...) O Espírito tem lugar prepon-derante no nosso labor. Entretanto,

na preparação dos jovens para a subsistência neste mundo material de tecnologia jamais vista e, pa-radoxalmente, na atualidade, tão instável para os que labutam pelo futuro próprio, devemos levar na mais alta consideração que os moços têm de ser com eficiência qualificados para o mercado atual de trabalho.

“E, mais: de tal maneira que não persigam um caminho, ao término de que, a profissão para a qual se prepararam não mais exista ao fim do curso. É essencial, pois, que recebam formação para serem em-preendedores, de modo que possam suplantar os fatos supervenientes

que a qualquer instante desafiam a sociedade, assustando multidões. Não é sem motivo que um de nossos dísticos seja: Educação e Cultura, Alimentação, Saúde e Trabalho com Espiritualidade Ecumênica. (...)”

O ex-jogador de futebol e Depu-tado Estadual Roberto Dinamite, em carta encaminhada à redação da revista BOA VONTADE, enal-teceu a metodologia de ensino da LBV, que tomou conhecimento por meio da reportagem de capa da publicação de agosto de 2005. Ele comenta que lhe chamou a atenção “a Pedagogia do Afeto (do dirigen-te da LBV) que ensina valores éticos e espirituais e tem como princípio

Pedagogia do Cidadão Ecumênico na análise de Educadores e Personalidades

“Apesar de esses menores serem muito carentes, recebem da LBV um tratamento escolar admirável.”

Linda Caldwell Epps (Vice-

Presidente da Bloomfield College).

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“Essa alternati-va da LBV é impor-tante com toda a sua proposta de ensino voltada para os ca-rentes, em especial, para a educação in-fantil comunitária. (...) A preocupação da LBV é de qualidade, uma coisa extraordinaria-mente bem bolada. (...) Até porque toda a didática da educação infantil só pode ser criativa se passar pelo lúdico. A criança na Legião da Boa Vontade se expressa, fala, pensa e se realiza também brincando. A LBV faz uma oferta de qualidade para o pobre. Ela não faz para o pobre uma oferta pobre (grifo nosso). A Legião da Boa Vontade hoje é um patrimônio nacional, tem uma longa história.”

Pedro Demo (Sociólogo e ex-Presidente da OMEP no Brasil

— Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar).

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“O que encontrei na LBV foram crianças satisfeitas e tranqüilas. Nas escolas america-nas trabalhamos com informações racionais, fatos e detalhes. Lá, os professores voltam sua atenção apenas para as provas, a carreira profissional, e não para os sentimentos do coração. Eis a grande diferença da LBV.”

Joan Beisel (Representante da Secretaria de Educação de Nova York, responsável por programas voltados para as escolas públicas

dos Estados Unidos).

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Pedagogia do Cidadão Ecumênico na análise de Educadores e Personalidades

“O professor se sente muito sozinho quando seu desempenho está puramente nas suas funções. Ele precisa trocar experiências com outras pessoas e, daí, poder reciclar algumas coisas. E a LBV tem um grande valor nesse trabalho, porque facilita com que o professor não se sinta tão solitário. Além

disto, dá um instrumento: ela dá a capacitação para o professor poder lidar com situações do cotidiano de um jeito muito melhor. A LBV é um gesto de amor; ensinar também é. O ensinar tem tudo a ver com a LBV.”

Içami Tiba (Psiquiatra, escritor e psicoterapeuta).

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“É bonito ver a filosofia da Legião da Boa Vontade, que trabalha a Cultura de Paz desde cedo com as crianças. Uma Educação como esta criará um futuro muito melhor para a Humanidade.”

Leslie Wright (Representante do Conselho da Conferência das ONGs com Relações Consultivas para a ONU).

“Estou impressionada. Não tinha idéia da abrangência do trabalho da Legião da Boa Vontade, desde bebezinhos até a escola das crianças mais velhas. Já há aqui tremenda organização que foi colocada a serviço do Amor Fraterno, que é oferecido na Legião da Boa Vontade.”

Laurie Lippen (Professora da Univer-sidade da Califórnia, campus da cidade de Berkeley, especialista em Administração de Qualidade Total).

“Eu comecei a entender o que vocês utilizam e toda parte prática da LBV com a Pedagogia Ecumênica. Está bem evidente que isso é a visão do futuro, este é o paradigma realmente de integrar, de respeitar e de poder conviver com as diferenças, com as possibilidades de enriquecimento mútuo, a partir dessas próprias diferenças.”

Sérgio Benken (Professor e Mestre em Psicolo-gia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de

Janeiro — PUC/Rio).

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a formação do Ser Humano e seu Espírito eterno. A coordenadora da 5ª série do Ensino Fundamental ao terceiro ano do Ensino Médio, Iramara Fluminhan, citada na reportagem, explica o sucesso da Pedagogia do Afeto, ao nos remeter ao Novo Mandamento: ‘Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.’ Aliás, muito bem lembrado. O Amor é a base de tudo para um mundo melhor. (...) Fiquei emocionado ao ler que o programa LBV: Criança — Futuro no Presente! beneficia jovens. Lembrei-me da infância em situação de pobreza na Baixada (Fluminense) e do meu início na carreira esportiva que me propor-

Pedagogia do Cidadão Ecu-mênico (PCE), Pedagogia de Jesus, Pedagogia do Amor, Pe-dagogia do Afeto, Pedagogia do Carinho, Pedagogia da Solida-riedade...

Todos estes termos remetem ao método revolucionário de ensino a

Diversos termos com um mesmo significadoque Paiva Netto tem se dedicado ao longo dos tempos, desenvolvendo a Pedagogia de Deus, antevista por Alziro Zarur, que propõe a educação e a reeducação do Ser Humano e seu Espírito eterno, firmadas em “Jesus, o Grande Educador dos Povos”, na definição do criador da LBV.

cionou momentos inesquecíveis. Infelizmente não pude contar com os benefícios de uma LBV naquela época, mas folgo em saber que há centenas de jovens afortunados que já podem sonhar com um futuro melhor sob a orientação

de profissionais altamente pre-parados e preocupados com essa parcela significativa da juventu-de. (...) Parabéns a todos vocês editores, repórteres, redatores que fazem da BOA VONTADE, uma leitura imprescindível”._______________

*1 Fonte Viva — Ditado pelo Espírito Emmanuel; psicografado por Francisco Cândido Xavier: Federação Espírita Brasileira, 2003.

*2 Liberdade, Igualdade e Fraternidade — Dístico da Revolução Francesa.

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________________Juliane Nascimento

prEMIAM O LídEr dA LBV

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Em 12 de setembro de 1981, Paiva Netto recebe a pr imeira honraria em agrade-

cimento a sua lide à frente da Legião da Boa Vontade, com o Título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, sua terra natal. Começa assim a trajetória de reconhecimento a este homem que, nas últimas cinco décadas, tem servido ao

Povo, sobretudo aos menos favorecidos e àqueles que, ge-ralmente, são esquecidos pela sociedade. Hoje a Galeria de Condecorações do Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF, abriga centenas de homena-gens já concedidas a este gran-de brasileiro.

Apenas nos meses de maio e junho deste ano, dezenas de Casas do Poder Legislativo

Especial — Paiva Netto

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Page 67: Revista Boa Vontade, edição 213

CASAS LEgIS LATIVAS

manifestaram-se, por meio de seus representantes, para felicitar o líder da LBV pelo seu Jubileu de Ouro. Aliás, mais do que reconhecer, esses parla-mentares têm declarado seu apoio e sua vontade de unir esforços com as iniciativas da Instituição, as quais buscam sempre elevar a auto-est ima e

resgatar a dignidade de nossa população. Nes-ta reportagem, confira a movimentação das Casas legislat ivas brasi leiras para saudar Paiva Netto, representado, em cada uma dessas localidades, pelo advogado Pedro, o maestro José Eduardo e o jovem legionário Alziro Paulote de Paiva.

“Dizem que homem não chora, mas o que posso fazer se Deus colocou um coração aqui dentro? Tenho 36 anos de idade, e quando nasci sob o teto de meu pai, ele já trabalhava neste caminho maravilhoso da Boa Vontade de Deus. Nunca houve mudança nessa trajetória, sempre carregou dentro de si essa certeza e perseverança. Tanto é que, nesta madrugada, ele falava: ‘A única coisa que posso dizer, Pedro, a você e aos seus irmãos, no dia de hoje, é que perseverem! Perseverança no Novo Mandamento de Jesus — ‘Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei’.” Dr. Pedro Paulote de Paiva

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Page 68: Revista Boa Vontade, edição 213

“Com certeza meu pai está presente de coração e de Alma nessa nobre homenagem. Afinal, não são 50 segundos, não são 50 minutos, não são 50 dias; são 50 anos de trabalho apaixonado na Legião da Boa Vontade. Ele trabalha nesses 50 anos a cada segundo, a cada minuto, não só pela vontade de trabalhar, mas pela incansável luta de melhorar a vida de todos nós.”Alziro Paulote de Paiva

- 9 de maio: Moção honrosa concedida pela Câmara Municipal de Teófilo Otoni/MG.

- 10 de maio: Sessão solene es-pecial na Câmara

Municipal de Curitiba/PR.

- 19 de maio: Diploma de Mérito Herbert de Souza “Betinho”*, entregue pela Câmara Municipal de Campinas/SP.

* O prêmio, concedido a pessoas e entidades que promovem a Solidariedade e incentivam o volun-tariado, é também um reconhecimento a Herbert

de Souza, este Cidadão que lutou bravamente contra a fome. O jornalista e escritor Paiva Netto o homenageou em seu artigo “Um Cidadão chamado Solidariedade”, publicado na revista BOA VONTADE Nº 204, no qual destaca o trabalho de Betinho, que também foi agraciado com a Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, do ParlaMundi da LBV, em 1996.

- 2 de junho: Homenagem

da Assembléia Legislativa do Estado de São

Paulo.

Cronologia (maio/junho de 2006)

- 6 de junho: Placa honrosa é entregue pela Câmara de Vereadores de Vitória/ES.

- 9 de junho: Título de Cida-

dão Benemérito — Câmara de

Vereadores de Araraquara/SP.

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Especial — Paiva Netto

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Page 69: Revista Boa Vontade, edição 213

“Aos 15 anos de idade, quando iniciou os trabalhos na Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto, muito jovem, viu a LBV, ouviu Alziro Zarur, e tomou a sua decisão: ‘É isso que eu quero! Quero trabalhar pelo meu País’, e segue isso até hoje, há 50 anos ininterruptos. ”Maestro José Eduardo Paulote de Paiva

- 19 de maio: Brasão da cidade, maior

honraria local, entregue pela Câ-

mara Municipal de Pelotas/RS

- 14 de junho: Título de Cida-

dão Benemé-rito — Câmara

Municipal de Montes Claros/

MG.

- 23 de junho: O líder da Legião

da Boa Vontade é condecorado com o

Título de Cidadão Honorário, premiação da Câmara Municipal

de Glorinha/RS.

- 29 de junho: A Câmara de Vereadores de Gravataí/RS parabeniza o Diretor-Presidente da LBV durante emocionante sessão solene.

- 30 de junho: O título de Cidadão Sul-Mato-Grossense é a homenagem da Assembléia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul ao dirigente da LBV.

- 29 de junho: A Câmara Municipal de

Teresina/PI premia Paiva Netto com o Título de Cidadão

Teresinense.

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Page 70: Revista Boa Vontade, edição 213

____________Angélica Beck

A visão de futuro e o zelo para com o meio ambiente leva-ram Paiva Netto a

promover ações em prol do nosso Planeta, desde a década de 1960, época em que estava à frente do movimento jovem da Legião da Boa Vontade. Foi responsável também por conceituar importante lema, no qual assevera: “A destrui-ção da Natureza é a extinção da Raça Humana”, que mais tarde consolidou-se como pio-neira campanha da LBV. Essa assertiva foi também título de histórica página que o escritor

publicou em importantes jor-nais de circulação no Brasil e Exterior. Outro artigo de au-toria do jornalista intitula-se “Cuidado, estamos respirando a morte”.

Na década de 1980, alavan-cou duas grandes iniciativas que vieram corroborar a causa verde. Realizadas em âmbito nacional e internacional, as campanhas tiveram ampla adesão pública e da mídia digital e impressa. Passeatas e panfletagens promovidas pela Obra também são meios para fomentar a idéia de se cuidar do meio ambiente.

A Educação Ambiental das futuras gerações é outro inves-timento importante de Paiva Netto em favor da Natureza. Nos centros educacionais da Legião da Boa Vontade,

meninos e meninas têm sido conscientizados da impor-

tância da preservação e estimulados a serem protagonistas de um desenvolvimento sus-tentável, porém soli-dário e altruístico.

Vida no planetapela defesa da

Especial — Paiva Netto

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Por ocasião dos festejos de seu Jubileu de Ouro na LBV, Paiva Netto tem recebido diversas ho-menagens pelo intenso trabalho de educação e defesa da vida. Além do reconhecimento das casas legislativas brasileiras, a Associa-ção Brasileira de Ecologia e de Prevenção à Poluição de Águas e do Ar (Abeppolar) o premiou com o “Diploma de Gratidão”, outor-gado pelo mérito de dedicação à causa ambiental.

A entrega ocorreu no dia 30 de maio e, na oportunidade, foi cele-brado o 40o aniversário da Associa-ção, que festejou a data premiando os principais artífices do ambienta-lismo no País desde 1966. Randol-pho Marques Lobato, Presidente Nacional da Abeppolar, Vice-Pre-sidente Mundial da International Union of Air pollution Prevention and Environmental Protection As-sociations — Iuappa e membro da International Academy of Science H&E, justificou a escolha do líder da LBV para receber a honraria. “Todos aqui foram premiados por mérito. Sou capaz de citar os méritos de um por um. Neste particular, pos-so lembrar o nome do saudoso João

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Jorge Saad e também de Paiva Netto, outro grande comunicador. Meus respeitos ao seu pai (referindo-se ao Jovem Legionário Alziro Paulote de Paiva, que o representou na ocasião), que Deus o tenha sempre assim com muita saúde para que a Legião da Boa Vontade cresça ainda mais”, desejou o proponente da láurea.

Jardim Botânico Paiva NettoOutro histórico fato que en-

grossou a lista de homenagens ao líder da LBV partiu da criançada atendida pela Instituição em Glo-rinha/RS. Em 29 de junho, data

em que comemorou o cinqüente-nário de trabalho, foi inaugurado o Jardim Botânico José de Paiva Netto.

A reserva teve início com 50 mu-das de diversas árvores, entre elas, pau-brasil, carvalho, guabiroba, figueira e frutíferas silvestres e está instalada no Lar e Parque Alziro Za-rur, da Legião da Boa Vontade. Esta unidade foi denominada pelo povo gaúcho de Templo da Natureza e da Criança, em reconhecimento ao trabalho de promoção da infância e à ampla área verde dedicada à preservação da fauna e flora.

O evento foi prestigiado por diversas autoridades gaúchas. Frei Rovílio Costa, grande ami-go do homenageado, relembrou a simetria entre o 29 de junho e as ações do dirigente da Instituição em benefício dos que vivem em situação de risco social. Enfatizou que é de suma importância cuidar da Natureza e, principalmente, de meninos e meninas, pois “as crianças e as árvores são um patrimônio da Humanidade”, destacando, neste contexto, a atuação do líder da LBV.

O religioso também destacou: “Bom, José de Paiva Netto, eu faço questão de dizer três idéias a seu respeito: já numa oportuni-dade o comparei a Pedro e Paulo. Pedro Apóstolo como aquele que dá a estrutura; e São Paulo como aquele que expande as idéias. Pedro assume o Cristianismo e Paulo o comunica. Só que antes de Pedro e Paulo, você é José; José é o pai adotivo de Jesus, portanto adotivo do Filho de Deus, da Religião de Deus. En-tão, o adotivo é o efetivo porque o adotivo é quem não tem o pai

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Paiva Netto discursa na inauguração do Jardim Botânico, criado por iniciativa dos guris atendidos pela LBV em Glórinha/RS, ladeado por personalidades, autoridades e Povo.

Representando o dirigente da LBV, Alziro Paulote de Paiva recebe das mãos do Presidente da Abeppolar, sr. Randolpho Lobato, o Diploma de Gratidão.

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Frei Rovílio Costa comenta a campanha de preservação do Planeta Terra, idealizada por

Paiva Netto, sob o dístico “A destruição da Natureza é a extinção da Raça Humana”.

Disse o frei, que é editor e patrono da tradicional Feira do Livro de Porto Alegre: “(...) se nós não cuidarmos da Natureza,

que é a nossa maior amiga, da qual tiramos nossa própria vida, ela vai ser a

nossa morte. Parabéns, por ser da Natureza e com a Natureza”. No término de seu

pronunciamento, ressaltou: “Paiva Netto aposta no Ecumenismo de uma forma

holística”. E completou: “Paiva Netto é o Papa do Ecumenismo”.

Na foto, o professor David Cafruni Ferreira, coordenador do Projeto Esfe-ra Azul, marcou presença no evento.

Paiva Netto, num momento descontraído, toma chimarrão, tradicional bebida da região sul do Brasil.

“Comemoro o aniversário de Paiva Netto nesta belíssima Obra, que realiza tanto bem através da Legião da Boa Vontade. Essa data é comemorada aqui no Sul com os gaúchos. Estamos muito felizes com a oportunidade de estar do lado deste homem que realiza um trabalho fantástico e engrandece a todos gaúchos e brasileiros e a toda a Humanidade.”

Luís Ernandes Silva, Professor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), de Gravataí/RS.

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real. Neste momento, você é o adotivo porque é o efetivo pai de tantas crianças”.

No término de seu pronuncia-mento, ressaltou as ações do ho-menageado em favor do respeito e da Paz entre os Povos, justifi-cando que “Paiva Netto aposta no Ecumenismo de uma forma holísti-ca”. E, completou: “Paiva Netto é o Papa do Ecumenismo”.

O professor Luís Ernandes Silva, coordenador do Curso de Administração da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), de Gravataí/RS, propôs ao líder da LBV inserir no acervo das

bibliotecas dos campi da uni-versidade, onde estudam 5.700 estudantes, as obras literárias do escritor. Os alunos já têm aces-so às edições da revista BOA VONTADE.

Especial — Paiva Netto

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Page 73: Revista Boa Vontade, edição 213

Em 2006, a Federação Espírita do Rio Grande do Sul (FERGS) completa 85 anos de trabalho na capital gaúcha. Para comemorar a data, um evento ocorreu no giná-sio do Gigantinho, em Porto Ale-gre/RS, e os presentes puderam conhecer um pouco do histórico da Federação.

O educador, escritor e confe-rencista Divaldo Franco foi uma

das personalidades presentes ao acontecimento. Na ocasião, ele recebeu as felicitações de representantes da LBV e parabenizou o jornalista e escritor Paiva

Netto pelos 50 anos de trabalho dedi-cados à Instituição, desejando que ele venha a completar ainda mais 100 à frente da Obra.

Também houve o lançamento de edição comemorativa do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec (1804-1869). Divaldo Franco e a Presidente da FERGS, Gla-dis Pedersen, autografaram a obra li-terária ao Diretor-Presidente da LBV: “Ao caro amigo Paiva Netto, com afeto e gratidão, Divaldo Franco”. “Ao querido Irmão Paiva Netto com votos de Paz. Gladis Pedersen de Oliveira”.

O cantor e compositor Pery Ribeiro lançou, recentemente, no Rio de Janeiro/RJ, o livro Minhas Duas Estrelas — Uma vida com meus pais, Dalva de Oliveira e He-rivelto Martins. Em parceria com sua esposa, Ana Duarte, atriz de cinema, publicitária e decoradora, Pery apresenta a história da vida e obra de Herivelto e Dalva.

Representantes da Legião da Boa Vontade prestigiaram a noite

O Evangelho segundo o Espiritismo

de autógrafos e, no ensejo, levaram o abraço fraterno do líder da Institui-ção ao autor. “Gostaria muito de ver o Paiva Netto, gosto muito dele e da LBV. Vou sempre ao Templo da Boa Vontade para me energizar. Aquele lugar é maravilhoso, estive lá há pouco tempo. Mande o meu abraço carinhoso a ele. Muito obrigado pela presença”, comentou.

Pery dedicou um exemplar de seu livro ao Diretor-Presidente da

As duas estrelas de

Pery Ribeiro

LBV com a mensagem: “Ao grande Paiva Netto, o respeito e carinho de quem acompanha teu trabalho e gostaria muito de estar mais perto! Pery Ribeiro”.

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Pery Ribeiro recebe o abraço do ator Marcius Melhem

O Diretor de Redação, Marcos de Oliveira, do jornal Monitor Mercantil, do Rio de Janeiro/RJ, por ocasião da passagem de seu aniversário, recebeu no dia 8 de junho a visita surpresa de um grupo de crianças atendidas pelo Centro Educacional da LBV do Rio de Janeiro. Ele retribuiu o carinho, levando os alunos para conhece-

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rem, passo a passo, a produção de um jornal. “Fiquei muito emocio-nado. Recebi as crianças da LBV, os trabalhinhos que elas fizeram, é muito gratificante! É uma surpresa positiva. (...) Eu tive oportunidade de conhecer o trabalho da LBV duas vezes, e é por isso que o jor-nal sempre apóia as iniciativas da Organização”, agradeceu.

Surpresa e alegria na redação

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Os Monges do Templo Atma Jyoti Ashram, do sul da Califórnia (EUA), Saryanawoa e Tarakana-noa, surpreenderam-se ao conhecer o Templo da Boa Vontade. Ao caminharem pela Nave, exaltaram a energia na Espiral. “Foi uma surpresa, é algo ex-tremamente impressio-

nante. Eu senti essa força, uma energia de cura, de purificação. É como se estivesse voltando para o meu interior. Nós podemos sentir a unidade de todas as pessoas presentes na Nave do Templo da Boa Vontade. A Paz é constante no ambiente”, destacou Saryanawoa.

Escolas do Distrito Federal estão formando grupos para visitar a Sala Egípcia, do Templo da Boa Vontade. Recentemente, os alunos do Instituto Natural do Desenvol-vimento Infantil (INDI) vieram ao TBV com a finalidade de assi-

milar mais facilmente o conteúdo histórico. O professor de História Rodrigo Rodrigues quase já in-corporou o ambiente do Templo da Paz na rota das aulas, e explica: “É o terceiro ano que eu venho com os alunos do colégio INDI

Sala Egípciado TBV é fonte

de estudospara visitarem a Sala Egípcia. O TBV é um espaço de meditação, de energia, muito importante. Traz um espírito de Paz para o interior de cada Ser Humano de todas as crenças, independentemente de suas origens”.

Monges do Sul da Califórnia na pirâmide da paz

Ecumenismo

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Sérgio Serrano

Os alunos do Instituto de Edu-cação da LBV de São Paulo/SP, com idade entre 3 e 14 anos, participam, semanalmente, das aulas de caratê. Essa arte mar-cial japonesa se pratica além do dojo (nome que é dado à escola de treinamento desse desporto). Segundo o professor Paulo Tadeu de Souza, o caratê se aplica no dia-a-dia e busca a perfeição da mente e do corpo; desenvolve o autocontrole e contribui para a harmonização do meio onde se vive.

Mano Menezes, treinador do Grêmio, ao ser entrevistado por um dos repórteres

da Super Rede Boa Vontade, de Porto Alegre, AM 1300, durante coletiva. A frase bem-

humorada foi destaque na mídia gaúcha, a exemplo do jornal Zero Hora.

É assim que os jogadores da Seleção Brasileira masculi-

na de handebol chegaram à final e faturaram o pri-meiro lugar do Campeona-

to Pan-Americano na moda-lidade. Em um jogo disputado

com a equipe da Argentina, o time comandado pelo técnico Jordi Ribera carimbou o passaporte para o Mundial da Alemanha, em 2007, ao vencer por 28 a 23, no Ginásio Constâncio Vieira, em Aracaju/SE.

Invictos e com título inédito

O incentivo ao Esporte, pra-ticado de maneira sadia, é uma das bandeiras da Legião da Boa Vontade. Por esse motivo, ela investe e acredita no time de futsal formado por meninos em situação de risco de Bauru, no

interior paulista. Nesta modali-dade, a equipe da LBV vem se consolidando como uma das prin-cipais da região e, recentemente, assegurou a segunda colocação da Copa Semel, categoria sub-18, promovida pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. O fato foi noticiado pelo Jornal da Cidade, nas versões on-line e impressa. Aproveitamos o regis-tro para agradecer a publicação, parabenizar os pequenos cam-peões e o professor voluntário de Educação Física Douglas Olívio, que treina a vitoriosa equipe.

de corpo e menteEquilíbrio

“Finalmente, alguém de Boa Vontade por aqui.”

campeõesPequenos

Entretenimento

Equipe de futsal da LBV em Bauru/SP

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Foto: Jorge Henrique

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pessoalmente Miriam Makeba em um show no Canecão, no Rio de Ja-neiro/RJ. “Esse dia foi muito legal. Ela me deu um vestido, que era dela, de presente”, recorda.

Ela conta que aproveita todas as ocasiões que a vida lhe oferece. Es-tando em São Paulo, na companhia dos amigos Abelardo Figueiredo e Nédia Montel, custou a acreditar na oportunidade que lhe surgiu. “Um jornalista me convidou para fazer um pôster. Eu perguntei: ‘é aquele que tem Brigitte Bardot, Alain Delon, Marlon Brando?’ E ele respondeu: ‘É isso mesmo’. Então, disse que não teria dinheiro para pagar, ao que ele me disse: ‘Eu que teria que te pagar. Quinze dias

depois, as fotografias estavam em todas as revistas, jornais e livrarias do País”.

A repercussão do pôster foi grande e tornou-se o passaporte para o sucesso. No mesmo ano, Watusi assinou contrato com a Brasiliana e realizou o sonho de cantar na Euro-pa. “Eu sempre disse para mamãe que faria sucesso no Exterior, em um lugar que tivesse muitas flores”. Por coincidência do destino ou mes-mo pela certeza de suas palavras, a cantora chegou a Hamburgo em 19 de abril, na época da primavera na Alemanha. O contrato com a Brasiliana, que durou cinco anos, rendeu muitas viagens e um vasto círculo social a Watusi. “Tive a

O radialista e jornalista Hilton Abi-Rihan apresenta o programa Samba e História, que entrevista

grandes nomes da cultura nacional. Na Super Rede Boa

Vontade de Rádio (Super RBV) você pode acompanhar essas

entrevistas aos domingos, às 5, 14 e 20 horas. Pela Boa Vontade TV, o telespectador pode assisti-las aos

sábados, às 23 horas. Outra opção para acompanhar o programa

é aos domingos, às 15 ou 23 horas. Pela Rede Mundial de

Televisão, confira o bate-papo aos domingos, às 12 horas. Na foto, Watusi ao lado do apresentador

Abi-Rihan.

uma estrela brasileira na Europa

O Brasil a conhece bem, mas, certamente, a Eu-ropa a conhece muito mais. Pudera. O nome da

cantora Watusi — nossa convidada para esta edição do Samba e História — ficou muito tempo estampado em néon na fachada do Moulin Rouge, famoso endereço de espetáculos de Paris (França). Na década de 1970, ela foi uma das principais estrelas da Casa e chamava a atenção do público não só por sua desenvoltura, mas, principalmente, pela voz.

A carreira da renomada cantora sempre foi enraizada nos exemplos que via desde cedo em seu lar. “Le-vei comigo a educação que a minha mãe, Dona Emôgenia, sempre ensi-nou. Porque princípios, para mim, são princípios, e não podem ser mudados”, afirma na entrevista que concedeu no estúdio da Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV, AM 940, no Rio de Janeiro/RJ).

Watusi começou a se destacar em 1968, quando interpretava nos palcos a canção Pata Pata, da con-sagrada cantora Miriam Makeba. “Tudo quanto era programa de tele-visão eu cantava essa música. Criei até um estilo próprio de dançá-la.” Dois anos mais tarde, já era presença confirmada nos principais progra-mas televisivos. A artista conheceu

Samba e História

Fotos: Lícia Curvelo

Watusi:

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oportunidade de conhecer o filho da Josefine Baker. Ele me disse que eu era a única pessoa que poderia um dia substituir a mãe dele, que cantava em Berlim.”

Carreira internacionalNovos caminhos foram abertos

à carreira internacional dela, quan-do foi convidada para ser estrela do Teatro Vitória, em Barcelona, com o espetáculo “Aqui em Nova York”. Foi um grande sucesso de público e mídia. Assim que saiu da Brasiliana, Watusi logo fez parte do elenco de estrelas do Moulin Rouge. Na época, o teatro estava com um espetáculo em que havia um quadro sobre o Brasil e a di-

reção precisava de uma cantora daqui.

Determinada como sempre, Watusi passou no teste entre 150 brasileiros, mas recusou a propos-ta inicial. “Bati o pé e disse que só me apresentaria como estrela. Todo mundo na platéia comenta-va: ‘Ela é louca’, mas eu estava decidida”.

Acreditar em si foi, de fato, deci-sivo na carreira da cantora. Tempos depois, quando o Moulin Rouge mudava de dono, o primeiro proprie-tário da casa, ao arrumar as gavetas, encontrou a foto e o currículo de Watusi. Fez questão de mostrá-los ao novo dono e sugeriu que ele fosse a Barcelona conhecer a cantora. Na época, os donos da casa de espetá-culos nunca iam ao encontro de um artista. Com Watusi foi diferente. Durante a apresentação na Espanha, o novo dono do teatro, Jack Clerico, e um coreógrafo foram conferir o desempenho dela e encantaram-se. Na mesma noite, já estava marcada para ser a estrela do Moulin Rouge. “Eu estava tão feliz, tão feliz, que só conseguia dizer: Yes! Yes!.”

De volta às raízes

Apesar do expressivo sucesso no Exterior, Watusi é uma brasileira que ama o País em que nasceu e

sempre cogitou voltar. E o sonho dela era o de retornar como uma es-trela, uma grande artista que venceu desafios por ser mulher, brasileira e negra. “Essas são dificuldades que consegui vencer e o Brasil precisava ver isso”.

Após alguns anos em cartaz, o espetáculo “Aqui em Nova York” sai de cena, mas Watusi não. Foi nessa época que ela voltou ao Bra-sil e um tempo depois, a convite do produtor Abelardo Figueiredo, em São Paulo/SP, volta aos palcos com “Simplesmente Watusi”, dan-do continuidade a um repertório de sucesso com os espetáculos “Golden Rio”, em que fez par com Grande Otelo (1915-1994), e “Golden Brasil” que durou sete anos.

Atualmente, está com o pro-jeto Watusi leaving Africa e aguarda patrocínio para financiar o trabalho. Durante a calorosa e animada conversa, a artista pa-rabenizou a Instituição pelo tra-balho social que realiza, o qual pôde conhecer pessoalmente na cidade do Rio de Janeiro.“Fiquei emocionada porque a LBV é tão bonita! É bonita por dentro e por fora. Tive a impressão de que aquelas crianças nunca vão querer sair dali.”

Watusi recebe flores e o carinho da garotada atendida pela LBV

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Festa na reabertura da ABI-SP

Comunicação

O Presidente da Associação Brasileira de Imprensa, jornalista Maurício Azêdo,

deu posse ao Conselho Consulti-vo da Representação da ABI em São Paulo, durante solenidade realizada no Theatro São Pedro, na noite de 20 de junho, com a presença de mais de 300 pessoas. O Conselho tem como Presidente de Honra o Arcebispo Emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, e a Representação é dirigi-da pelo Vice-Presidente da ABI, Audálio Dantas, ex-Presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e da Federação Nacional dos Jornalistas.

A cerimônia foi conduzida por Paulo Markun, apresentador do programa Roda Viva, da TV Cultura. A mesa, além de Mau-rício Azêdo e Audálio Dantas, contou com a presença de Paulo Skaf, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo; Marcus Sinval, Secretá-rio Municipal de Comunicação; Hubert Alquéres, Presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Domingos Meirelles, Diretor Administrativo-Financeiro da ABI; e José Augusto Camargo (Guto), Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.

A abertura contou com a exe-cução do Hino Nacional pelo pianista Arthur Moreira Lima. Em seguida, Audálio Dantas agradeceu a presença de mui-tos companheiros de imprensa, grande parte dos quais associados à ABI em 1975. O jornalista co-mentou que, ao aceitar o convite para o cargo de Vice-Presiden-

Fonte: www.abi.org.br

Aspecto do significativo evento que traz a Representação da ABI para a capital bandeirante

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te, uma das primeiras propostas em discussão foi que a entidade deveria voltar a ter uma representação em São Paulo.

Lembrando a histórica luta da ABI em prol da liberdade de imprensa, Audálio salientou que a entidade reúne jornalistas, mas está atenta a todos os problemas da sociedade: “Agora que vive-mos sob um regime democrático, devemos nos voltar para conquis-tas inerentes aos direitos huma-nos e melhoria da qualidade de vida dos brasileiros”.

Formalizando a Representa-ção paulista, com a posse de seus integrantes, o Presidente da ABI, Maurício Azêdo, destacou em seu discurso que a Associação “rece-be desta Representação um sopro de vitalidade”.

Em nome dos Conselheiros empossados, o professor José Marques de Melo, titular da

Na mesa da cerimônia, da esquerda para a direita: José Augusto Camargo (Guto), Presidente do Sindicato dos Jornalistas

Profissionais no Estado de São Paulo; Hubert Alquéres, Presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Paulo Skaf,

Presidente da Fiesp; Maurício Azêdo, Presidente da ABI; o Vice-Presidente da Casa do Jornalista, Audálio Dantas; Marcus Sinval,

Secretário Municipal de Comunicação; e Domingos Meirelles, Diretor Administrativo-Financeiro da ABI.

Cátedra Unesco/Umesp de Comuni-

cação, disse que uma das propostas que serão con-

sideradas pela ABI-SP em sua linha de ação deverá ser a de repensar o ensino do jornalismo em São Paulo e no Brasil. O Conselho Consultivo da Repre-sentação da Casa da Imprensa em São Paulo é constituído por profissionais que representam os diversos setores do jornalismo do Estado, além de representan-tes das universidades e de estudantes de Comunicação. Dom Paulo Evaristo Arns, seu Presidente de Hon-ra, gravou mensagem no vídeo resumindo a história da Organização, e diz: “Considero a volta da ABI a São Paulo um ato de justiça. Nós vamos par-ticipar de toda a demanda de

comunicação do País, por meio desta Representação”.

A festa foi encerrada com apresentações musicais do jor-nalista Luís Nassif com o grupo Choro Rasgado, do pianista Arthur Moreira Lima e do cantor e com-positor Renato Teixeira.

Durante seu pronunciamento, o Presidente da ABI, Maurício Azêdo, exaltou as atividades do

órgão e parabenizou os inte-grantes. “É com grande

alegria e justificada emoção que a Asso-ciação Brasileira de Imprensa par-ticipa deste ato de restabelecimento

da sua Representa-ção em São Paulo, por-

que ele proporciona à nossa Casa o reencontro com um dos maiores momentos da história da ABI, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São

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Comunicação

“Eu mando um abraço cordial para os companheiros da

Legião da Boa Vontade que têm prestado uma colaboração

muito importante à ABI do Rio de Janeiro e entre os sócios

eminentes que nós temos, figura o Doutor José de Paiva

Netto. Aproveito para mandar o meu abraço cordial e

fraternal ao companheiro Paiva Netto.”

Maurício Azêdo, Presidente da Associação Brasileira de Imprensa.

Paulo e da comunidade jornalís-tica de todo o País. (...) Ao saudar os companheiros de São Paulo, as instituições e autoridades desta terra generosa, a Diretoria da ABI sente-se confortada em ve-rificar que a nossa Casa, a Casa

de Prudente de Moraes, neto e de Barbosa Lima Sobrinho recebe desta Representação um sopro de vitalidade. Com esse estímulo, a ABI continuará por-fiando naquilo que marca a sua existência quase centenária: a

luta pela liberdade e por aquilo que constituía um sonho do emi-nente paulista, o escritor, poeta, jornalista e homem múltiplo Mário de Andrade (1893-1945): o amilhoramento político e social do Povo brasileiro”.

Maurício Azêdo com a revista BOA VONTADE, Paulo Skaf (C) e Audálio Dantas (D).

Aqueça um coração, este é o slogan da iniciativa promovida pela Eurodata Educação Profissional Especializada em suas unidades, que arrecadou 50 mil peças, entre agasalhos, moletons, meias, luvas e cobertores. A Legião da Boa Vonta-de — que tem sido beneficiada com campanhas da empresa desde o ano passado, quando esta doou mais de 15 mil brinquedos às crianças aten-didas pela Instituição — recebeu boa parte dessas doações e, imediata-mente, as distribuiu em seus Centros Comunitários e Educacionais nas cidades de São Paulo, Santos, São José dos Campos, Piracicaba, São José do Rio Preto, Campinas, Ame-ricana, Araraquara e Rio de Janeiro beneficiando as famílias amparadas nos seus diversos programas socio-educacionais.

Vale destacar que a Eurodata programou, para 2006, três gran-

Campanha de inverno da Eurodata beneficia milhares de famílias atendidas pela LBV

_______________________Anderson Cardoso da Silva

des ações sociais em todas as suas unidades. Ao finalizar a primeira, inicia, em agosto, a segunda edição da campanha dos brinquedos para o mês de outubro; e uma especial, no fim do ano, com a finalidade de contribuir para a Campanha da LBV Natal Permanente de Jesus — O Pão Nosso de cada dia!, que beneficia, anualmente, milhares de pessoas com cestas de alimentos não-perecíveis.

A parceria bem-sucedida da Eurodata com a LBV começou

quando os empresários Ramon e Marcelo Fogeiro Asensio, Pre-sidentes da escola, conheceram o trabalho desenvolvido pela Institui-ção na capital paulista. Eles ainda se engajaram, em 2005, ao lado de dezenas de artistas, esportistas e personalidades, no projeto Amigos de Boa Vontade, participando de sessão de fotos com o renomado fotógrafo Chico Audi, o que só veio fortalecer os laços de ami-zade e cooperação entre as duas organizações.

Responsabilidade social

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A página eletrônica da Associa-ção Brasileira de Imprensa (ABI) publicou matéria, com destaque na capa, exaltando os 50 anos da BOA VONTADE, a revista da Espiritua-lidade Ecumênica. O texto assinado pelo jornalista José Reinaldo Mar-ques adianta que o novo número “traz uma retrospectiva dos seus 50 anos de fundação que coincidem com o mesmo período de tempo que o Presidente da LBV, jornalista José de Paiva Netto, passou a fazer parte da instituição (...)”.

Em entrevista ao repórter da ABI, o jornalista e editor-responsável da BOA VONTADE, Francisco de Assis Periotto, antecipou algumas novidades do novo projeto gráfico. “Essa é a terceira reformulação

O cinqüentenário da revista BOA VONTADE é notícia no ABI On-line

gráfica implementada em BOA VONTADE, que já foi Jornal da LBV e Revista da LBV: ‘Retornamos ao título original — diz Francisco Periotto — e mantivemos o padrão editorial de quando ela foi lançada, bem como os temas de relevância do prisma do Ecumenismo Irrestrito. Isso, juntamente com assuntos rela-cionados à arte, cultura, educação, saúde e meio ambiente’”.

O laço de antiga parceria entre a LBV e ABI também foi eviden-ciado na matéria. “A nova edição vai recapitular importantes fases da história da LBV, como a pri-meira reunião da entidade, que ocorreu na sede da ABI (...). Her-bert Moses, então Presidente da Casa do Jornalista, ficou surpreso

com o número de pessoas que passou a freqüentar as reuniões e emitiu o seguinte comentário: ‘Zarur fez um verdadeiro milagre, juntando tantos inimigos cordiais na LBV’”.

O jornalista pontuou a repor-tagem escrevendo: “(...) BOA VONTADE atende às necessida-des de propagação dos ideais da LBV, buscando falar de valores, personalidades e organizações de destaque no cenário nacional: ‘Noticiamos tudo de relevante de organizações como a ABI e a Academia Brasileira de Letras e de personalidades que atuam no campo da pesquisa, mas o carro-chefe da revista são os editoriais do Presidente Paiva Netto sobre os acontecimentos de interesse e relevância para a sociedade de maneira geral’”, diz Periotto.

Em 7 de janeiro de 1950, Alziro Zarur comanda a pri-meira reunião ecumênica da Legião da Boa Vontade, a Cruzada de Religiões Irmanadas, pela qual pioneiramen-te preconizava o inter-relacionamento religioso. Ela foi realizada no Salão do Conselho da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro/RJ, da qual Leopol-do Machado foi um dos oradores. Na foto superior, ao lado direito de Zarur, que aparece em pé, Teles da Cruz (Catolicismo), à esquerda Murilo Botelho (Esoterismo) e Ascânio Farias (Positivismo).

Por ocasião do seu centenário (1997), o Dr. Barbosa Lima Sobrinho foi cumprimen-tado pelo escritor Paiva Netto. O Presidente da ABI estava acompanhado pela escritora Nélida Piñon, na época à frente da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Primeira reunião ecumênica da lBV, em 1950, foi no Salão do Conselho da ABI.

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Paiva Netto conversa com o ilustre jornalista Fernando Segismundo, que está acompanhado por sua esposa, Gioconda.

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Meio Ambiente

Ao iniciarmos um novo milênio, a Humanida-de vivencia ansiedade similar à experimentada

por nossos antepassados mil anos atrás, na entrada para o segundo milênio. Naquele tempo, previsões catastróficas davam conta de que o fim estava próximo, causando temor na população, que imaginava que o mundo acabaria em fogo ou pelo efeito da água.

As previsões terríveis de então atemorizavam um continente eu-ropeu onde a superstição era igual à ignorância científica, impedindo que a população pensasse de outra

forma. Atualmente, a Humanidade detém importante e volumoso co-nhecimento científico e tecnológico. O Homem chegou à Lua, sondas interestelares foram enviadas ao espaço sideral, o desenvolvimento da engenharia genética promoveu possibilidades na área biológica além do que poderíamos imaginar. O mesmo se pode dizer com relação aos recursos de comunicação, nos quais a internet promoveu em pou-cos anos uma verdadeira revolução global.

Entretanto, apesar de todo este conhecimento científico acumu-lado, vive-se hoje uma situação parecida àquela que a Humanidade experimentou no início do segundo milênio. A única diferença é que hoje os temores são sociais, políticos e ambientais. Os cientistas especulam a respeito da redução da camada de ozônio, cujas conseqüências de-veriam trazer danos ambientais de grande magnitude. Existe um grande interesse da população a respeito da intensificação do efeito estufa com conseqüências devastadoras no cli-

ma, aumento do nível médio do mar, derretimento da calota polar etc.

Nesse conjunto de preocupações globais, a população torna-se cada dia mais sensível aos problemas re-lacionados à água, cuja origem está ligada aos seguintes fatores:

• a população mundial cresceu de um fator 6 desde a revolução industrial, triplicou desde o início do século XX e deverá estar dobrando de novo dentro de 50 anos;

• nos próximos 25 anos, 95% da população dos países subdesenvol-vidos e em desenvolvimento estará em áreas urbanas;

• a população urbana mundial irá dobrar em tamanho, atingindo 4 bilhões de pessoas;

• o número de grandes cidades com mais de 1 milhão de pessoas irá mais do que triplicar, atingindo a marca de 500 grandes cidades;

• em 2025, uma em cada cinco pessoas estará vivendo em uma grande cidade. Atualmente a pro-porção é de uma em cada nove pessoas.

porém finito

Água,um recurso abundante,

Dr. Eng. Marco Antonio Palermo, Associação Brasileira de Recursos Hídricos.

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Após 2020, todo o crescimento populacional no mundo em desen-volvimento irá ocorrer nas áreas urbanas, enquanto que a população rural continuará a diminuir. Em mea-dos do século XXI, em muitos países não existirão mais áreas rurais. A pobreza será transferida para as áreas urbanas, como já observamos nas grandes cidades do mundo.

Durante os anos 1990, o processo de globalização se intensificou em várias frentes. Tudo indica que a globalização continuará a se expan-dir nas próximas décadas. Ela está afetando o uso e a prática de geren-ciamento da água de diferentes for-mas, tanto nos países em desenvol-vimento como nos desenvolvidos. O aumento dos negócios relacionados à produção de alimentos, a globali-zação do mercado de investimentos e a revolução na área de computação e informação irão alterar os padrões de produção e consumo de água em todos os países.

No século XX houve um au-mento da atividade econômica em

20 vezes e o uso de combustíveis fósseis aumentou 30 vezes. Ainda assim temos:

• 1,0 bilhão de pessoas vivendo com menos de 2 reais por dia;

• 1,4 bilhão de pessoas sem aces-so à água potável;

• 2,9 bilhões de pessoas vivendo sem redes coletoras de esgotos.

Em que pese a diminuição do número de pessoas sem acesso à água potável, a situação no que diz respeito ao saneamento não é alenta-dora, pois o número de pessoas sem acesso aos serviços de coleta e tra-tamento de esgotos tem aumentado, principalmente na América Latina, África e Ásia. O resultado dessa si-tuação é a mortalidade infantil entre 2 a 3 milhões de crianças por ano, vítimas de doenças de veiculação hídrica.

E como o Brasil se situa no con-texto mundial? No que concerne à cobertura de serviços de água potá-vel nas cidades, temos uma posição

boa: 92%. Entretanto, a coleta de esgotos ainda apresenta baixa cober-tura: 50%, sendo que apenas 25% dos esgotos coletados recebem algum tipo de tratamento. A conseqüência prática desses índices é a má qualidade das águas dos rios urbanos e problemas de saúde pública.

Apesar dos avanços nas áreas legal e institucional, o Brasil tem ainda um longo caminho a percorrer no sentido de reduzir a poluição dos nossos rios, reduzir as perdas de água nos sistemas públicos de abastecimento, gerenciar mais adequadamente as grandes se-cas e as grandes cheias, aumentar a eficiência dos sistemas de irrigação, dentre outras providências.

Isto significa procurar novas formas de controlar a poluição, enfocando me-didas não-estruturais, novos arranjos para suprimento, conservação e reuso da água, melhores e mais eficientes esquemas de irrigação para produção de alimentos e principalmente novas formas de gerenciamento de recursos hídricos de forma integrada e susten-tável.

Fotos: Coleções GéoGs A.S Kutner e MAP

Na foto histórica, a travessia da comitiva do Imperador Dom Pedro II, na ponte Grande, sobre o Rio Tietê, próximo da atual ponte das Bandeiras.

Competições esportivas ocorriam nas águas do Tietê

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Marta Jabuonski,Curadora da Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade.

A carreira profissional de Gustavo Pacheco e Sônia Schuitek tem a ver com a trajetória da

Caixa Cultural. Simpáticos e comu-nicativos, apresentam a história da Instituição com entusiasmo e, para isso, relembram 1865 (há 145 anos), quando Dom Pedro II (1825-1891) observava que no País não havia uma instituição bancária para as pes-soas menos favorecidas, local onde pudessem guardar suas poupanças e até efetuar empréstimos sob penhor e com juros baixos. Em alguns casos, era possível a compra da própria liberdade, por meio da carta de alfor-ria, como nos mostram documentos raros, expostos no Museu da Caixa.

Tendo em vista o modelo europeu, foi implantada a Caixa Econômica e o Monte de Socorro.

O tempo passou, a Caixa cres-ceu e abraçou outras áreas, como saneamento e cultura. A relação com a arte iniciou em 1968, época em que a pintora Djanira ilustrou bilhetes das grandes extrações da loteria federal. As obras tinham como tema o Natal, Independência, São João e Inconfidência Mineira e, mais tarde, o Carnaval.

A arte dessa pintora tornou-se co-nhecida em todo País. “Você imagi-na quantos bilhetes impressos para cada extração?”, pergunta-nos, orgulhosa, Sônia Schuitek, gerente da Caixa Cultural em Brasília.

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Com os

futuroolhos voltados

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Gustavo Pacheco Sônia Schuitek

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Essa experiência ganhou proje-ção e, no ano seguinte, formaram-se comissões para a escolha de artistas e temas. Entre os contemplados es-tavam Di Cavalcanti (1897-1976), Rebolo (1902-1980), Volpi (1894-

todo o Brasil, com maior concentra-ção em São Paulo e Rio de Janeiro. E assim surgiram o Museu, a Pinaco-teca e um Auditório. “Hoje a Caixa possui cinco galerias, um teatro e uma diversidade de ações que nos enchem de satisfação”, menciona Gustavo Pacheco.

A última aquisição de obras de arte ocorreu em 1998 em homena-gem aos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Hoje, a bela coleção conta com inúmeras obras que podem ser vistas em mostras itinerantes. O acervo é também enriquecido com doações dos artistas que expõem nos Espaços Culturais.

Além de promover a cultura e os artistas brasileiros, a Caixa realiza grandes mostras, como Rembrandt e a Arte da Gravura, Picasso, Albert

1988) e outros grandes nomes da arte moderna brasileira e que hoje compõem o acervo da instituição.

Em 1987, a Caixa convidou 60 artistas para homenagear Brasília, que recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, por meio

de uma exposição. Nessa mes-ma década, foi inaugurado o prédio da Caixa Cultural.

Tudo começou quando um diretor percebeu que a Insti-tuição tinha todas as condi-ções para abrir e montar um museu, pois possuía objetos antigos, equipamentos, do-cumentos raros e extrações de número zero.

A idéia ganhou corpo e começou, em seguida, a seleção das peças em

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Eckhout, Dom Quixote, entre outras. Dessa forma, a Instituição cumpre com mais uma das funções sociais a que se propõe, que é possibilitar a igualdade de acesso a bens e valores, porque a arte abre horizontes.“Além de ser uma empresa que valoriza o patrimônio histórico e o resgate da memória de nosso País com respeito à diversidade das culturas”, declara o Diretor de Marketing Cultural, Gustavo Pacheco.

Incentivo à cultura desde cedo

Além do Rio e de São Paulo, a Caixa Cultural está presente também em Salvador e Curitiba e, no próximo ano, deve inaugurar centros em Porto Alegre e Fortale-za. Entusiasmada, Sônia Schuitek comenta as propostas culturais em território brasileiro. “Este ano estamos trabalhando com os seg-mentos de fotografia, teatro e dança, respeitando a diversidade regional. Em Brasília temos uma vocação para música e artes plásticas. Pro-

curamos sempre equilibrar essas expectativas.”

Sônia explanou acerca do pro-grama Criança Arteira, que surgiu em Brasília e, hoje, evoluiu para o Gente Arteira. Ela explica que a iniciativa visa “unir o produto cultural de qualidade com a for-mação das crianças em todos os níveis, além da preocupação com a cidadania, aliada às condições

de igualdade de acesso aos bens e valores culturais”.

O projeto beneficia meninos e meninas de escolas públicas e particulares, oferecendo monito-ria, transporte, oficinas e lanches. “Temos atendido 20 mil crianças anualmente. Cada ano, fazemos um projeto piloto diferente para anali-sarmos o que vamos acrescentar. Na verdade, a demanda é muito grande. Estamos pensando em ampliar os espaços físicos para atender a um maior número de escolas. Porque a educação não é só em sala de aula. Ela rompe paredes e está em todos os lugares, principalmente nas instituições públicas. As crianças precisam sair dos limites das escolas e conhecer o que é delas.”

Por isso, ela defende que o espa-ço cultural “não pode ser elitizado, porque ele é de todo mundo e as pes-soas precisam saber disso”. Neste contexto, ressalta que os pequeninos devem ter contato também com essa possibilidade. “Tem de começar na infância para que, quando adulto, possa valorizar aquilo que conhe-ceu. Como vamos preservar o que não conhecemos?”, questiona.

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Nas décadas de 1920 e 1930, as idéias desenvolvimen-tistas tomam conta do País. Busca-se a moderni-

dade e o desenvolvimento urbano. É neste período, também, que ocorrem muitas demolições de áreas físicas nas cidades e até de monumentos. Intelectuais e artistas brasileiros da época observam que no Brasil não havia uma política de preservação do patrimônio e lançam campanha para a criação de um instituto com este objetivo.

Na gestão de Getúlio Vargas, por meio do decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, Rodrigo Melo Franco de Andrade trabalhou para a fundação de um órgão, hoje conhecido como Instituto de Patri-mônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com o objetivo de preservar a diversidade cultural brasileira e seus ecossistemas. O Iphan é uma Autarquia Federal, vinculada ao Ministério da Cultura e vem, há mais de 60 anos, salvando do desapareci-mento preciosos legados da história e da cultura nacional. Durante esse tempo, tombou mais de 20 mil edi-fícios, 12.517 sítios arqueológicos, 83 centros e conjuntos urbanos, 251 mil volumes bibliográficos e vasta documentação arquivista.

Luiz Fernando de Almeida, Presidente do Iphan, conversando com a equipe da revista BOA VON-TADE, comentou a importância do Programa Monumenta, uma das frentes que colaboram com a ação do Instituto. “A iniciativa é de de-senvolvimento urbano baseado no patrimônio histórico, ou seja, onde ele existe há um potencial econômi-co maior, pois agrega valores para a vida das pessoas, e não é só um valor simbólico, é também econô-mico. Outro aspecto importante do programa é o compartilhamento da competência de preservação do patrimônio com os Estados e municípios.”

O Programa Monumenta esta-belece ainda que todas as cidades possuam um Fundo Municipal de Preservação e que todas as ações dali advindas retornem para o Fundo que vai investir em cultura e preservação da cidade. Destacou, também, a Lei do Mecenato, que é uma das políti-cas centrais do Ministério da Cultu-ra, pela qual as empresas privadas podem fazer uma renúncia fiscal, com a aprovação do governo. “Pena que sejam poucas as que se utilizam desse mecanismo de isenção fiscal. Existe certo desconhecimento dessa possibilidade no Brasil.”

Para Luiz Fernando, a pre-servação e a segurança do nosso patrimônio vão além do trabalho do Iphan. “Eu acho que quanto mais os museus forem visitados, mais a comunidade vai tomar co-nhecimento do valor da cultura e da necessidade de protegermos o Patrimônio Histórico e Artístico. Nós temos uma história de dila-pidação e um cadastro de mais de 1.200 peças roubadas e que podem estar circulando na casa de pessoas e no mercado de artes, e isso é muito triste.”

O Presidente do Iphan ressal-tou a importância dos museus como “pontas-de-lança no pro-cesso da transformação que a cultura pode fazer. Nós estamos num processo de recuperação e investimento nos museus esta-tais brasileiros”. E citou alguns como: o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto; o do Diamante, em Diamantina; o do Ouro em Sabará; o Nacional de Belas Artes e o Museu Histórico Nacional no Rio de Janeiro. Para Luiz Fernan-do, “A cultura e a arte são fatores de agregação social. São a nossa idéia de País. E o conhecimento que nos une é o patrimônio cul-tural”.

Proteção, PreservaçãoeMemória

Arte na Tela

Luiz Fernando de Almeida

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Arte no Templo da Boa Vontade, em sua Galeria de personalidades ilustres do mundo inteiro”, afirma Castro, para quem a visita ao Con-junto Ecumênico da Legião da Boa Vontade (formado pelo Templo da Paz, ParlaMundi da Legião da Boa Vontade e sede administrativa), em

Esperanto

Em Campinas, no interior paulista, nos idos de 1906, nascia o Suda Stelaro (Cru-zeiro do Sul), primeiro clube

de Esperanto no País. Oficializado naquele berço progressista, o ideal de preconizar um idioma falado e en-tendido por muitos empolgou outros simpatizantes, o que levou à criação de novos centros e associações de ensino e prática da língua criada pelo médico polonês Lazaro Ludoviko Zamenhof (1859-1917).

O centenário de fundação do clu-be foi o principal motivo que levou centenas de pessoas ao 41o Con-gresso Nacional de Esperanto, que ocorreu na cidade paulista, de 16 a 18 de julho, no BI Campinas Centro

Congresso celebra centenário de fundação do primeiro clube do idioma no País

de Convenções. Durante o encontro foram homenageados alguns dos pioneiros do Movimento Esperan-tista Brasileiro. Entre as instituições presentes, destaque para a Legião da Boa Vontade que, desde sua funda-ção, em 1950, tem apoiado a difusão do idioma no Brasil e no mundo.

Lício de Almeida Castro, ex-Presidente da Liga Brasileira de Esperanto, participou do evento e, em entrevista, recordou-se da homenagem que a LBV concedeu ao idealizador do idioma. “Estava na Presidência da Associação Bra-sileira de Esperanto e recebi um honroso convite para a cerimônia de inauguração do quadro do nosso querido Zamenhof na Galeria de

O jornalista polonês Roman Dobrzynski na história da LBV

__________________Maria Aparecida da Silva

Depois de quatro meses na China, ministrando aulas de Esperanto na Uni-versidade de Pequim, o jornalista Roman Dobrzynski retornou à Polônia e, em meio à correspondência, encontrou, com satisfa-ção, a revista BOA VONTADE Ecumenismo, que conta a história do Templo da LBV, monumento mais visitado de Brasília/DF.

A publicação registra a visita dele à capital brasileira e a entrevista com o dirigente da Instituição. Na oportunidade, perguntou a Paiva Netto: “Como pode a LBV pregar o Ecumenismo Irrestrito, falando em Jesus?”. Ao que ele pronta-

mente respondeu: “Uma das missões da Legião da Boa Vontade é exatamente des-sectarizá-Lo”. Essa declaração resultou na Proclamação do Cristo Estadista, capítulo do livro Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, e em um artigo de grande reper-cussão na imprensa mundial, com o título “Dessectarizar Jesus”.

Dobrzynski, ao ler o material, es-creveu: “Recebi com prazer a revista BOA VONTADE. Sinto orgulho pelo fato de que, por meio de uma pergunta, eu tenha me inscrito na história da Legião da Boa Vontade. Aceite, por favor, meus

Um século de

cumprimentos de coração, dirigidos ao prezadíssimo Diretor-Presidente, José de Paiva Netto”.

Imagem da entrevista concedida pelo Diretor-Presidente da LBV ao jornalista Roman Dobrzynski, da TV Polonesa.

Esperanto no BrasilFotos: Cida Linares

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Brasília/DF, “foi uma festa inesque-cível”.

Para Francisco Mattos, profes-sor de línguas que já palestrou no TBV, “há uma intimidade muito grande entre a LBV e o Esperanto, pois ambos não são capitulados, não vivem em gente ou territórios, visam ao progresso total da Humanidade”. E completou: “O Esperanto pode le-var ao mundo a mensagem da LBV, para que o mundo viva pela união total, tranqüilidade e progresso para todos”.

Quem também aplaudiu a ini-ciativa da Instituição foi o jornalista e tradutor Emerson Werneck. Ele conta que tomou conhecimento da atuação da obra por meio de uma publicação versada para o Esperan-to, o que logo lhe chamou a atenção. “Já visitei o Templo da Boa Vontade várias vezes e o trabalho da LBV é muito importante porque consegue congregar muitas filosofias de uma

maneira harmônica, o que a gente precisa atualmente no mundo, esta convivência harmoniosa entre idéias diferentes. A LBV é muito ativa tam-bém neste campo”, assevera.

A pedagoga Agnieska Machota, de Cracóvia, Polônia, conheceu as ações da Legião da Boa Vontade pela primeira vez no Congresso em Campinas e já manifestou seu apoio à causa. “Estou surpresa por saber que existe este tipo de Organização que também é esperantista. Traba-lhos socioeducacionais como os da LBV dão muitas oportunidades a crianças e jovens, melhorando seu modo de pensar. Eles recebem da Instituição um aprendizado que as pessoas normalmente não teriam. As idéias da LBV têm de ser bem divulgadas.”

Além de promover cursos, a LBV propaga o idioma de Zame-nhof por meio de livros, revistas, folhetos, pelo Portal Boa Vontade

(www.boavontade.com) e participa, ativamen-te, de encontros e con-gressos do Movimento Esperantista no País e Exterior. No evento em Campinas, por exemplo, a Instituição lançou outra publicação versada para o idioma. Trata-se da

“Aprecio muito o trabalho da LBV, pois vai ao encontro de uma parte do Esperanto. Do ponto de vista mundial,

o Esperanto é uma língua e nada mais. Porém, do nosso ponto de vista, o

Esperanto é uma ideologia, e é por causa dela que a

LBV nos apóia assim como outros também, não igual à LBV, mas apóiam. Paiva Netto está de parabéns e nós apreciamos muito o trabalho dele e dos que

ajudam a Legião da

Boa Vontade.”

Dr. Geraldo Mattos, Presiden-te da Academia Internacional

de Esperanto.

Esperanto no Brasil

edição especial da revista Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, que apresenta uma amostra da ação social da Obra e o artigo “É urgente reeducar”, de autoria do seu Diretor-Presidente, José de Paiva Netto.

Representantes da Legião da Boa Vontade participam do evento no estande da instituição

Fotos: Cida Linares

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Ação Jovem LBV

Breve estudo científico do Apocalipse de JesusVocê já pensou em anali-

sar experimentalmente o Apocalipse de Jesus — já que a Ciência se

encontra em nós mesmos e em nos-sos atos? Pois é, esta é uma proposta cabível pela riqueza do Livro das Profecias Finais. Nesta edição, esco-lhemos os três primeiros versículos do capítulo inicial para este estudo. Vamos a eles:

“1 Revelação de Jesus, o Cristo,

que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que em

breve devem acontecer, e que Ele, enviando-as por intermédio do Seu Anjo, notificou ao Seu servo João,

“2 o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu.

“3 Bem-Aventurados aqueles que lêem e aque-les que ouvem as pala-vras da profecia deste Livro e guardam as coisas nele escritas,

pois o tempo está próximo”.

Para este exame, vamos obedecer a um rijo processo de pesquisa, teo-rização e comprovação de um mo-delo teórico sustentado nas provas experimentais ou observacionais dos fenômenos que circundam um fato que a Natureza fornece. Saber desco-brir, no sentido de se retirar o véu, os processos e as sistematizações que o Universo nos fornece por meio de ferramentas como a matemática e a química, por exemplo, é tarefa que todo cientista busca. E de que maneira isso se processa? Passemos a palavra ao nobre físico alemão Albert Einstein (1879-1955): “O mecanismo do descobrimento não é lógico e intelectual — é uma ilumi-nação subitânea, quase um êxtase. Em seguida, é certo, a inteligência analisa, a experiência confirma a in-tuição. Além disso, há uma conexão com a imaginação”.

Nada mais pertinente do que afirmou o propositor da Teoria da Relatividade. Dados experimentais não fazem nada sozinhos. Necessi-ta-se entendê-los, por um processo nada mais do que intuitivo.

Nos versículos 1 e 2 do Apo-calipse, podemos compreender, conforme nos ensina Paiva Netto, a “Hierarquização Divina entre o Céu e a Terra” como um proces-so natural, da mesma forma que ocorre nas cadeias da evolução na Natureza. Tudo possui uma ordem, como na Teoria da Seleção Natural (ou de Evolução) proposta

Juliano Carvalho Bento, graduando em Física pela Unicamp, é militante da Juventude Ecumênica da Boa Vontade.

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Breve estudo científico do Apocalipse de Jesuspelo naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), na qual o ser mais complexo desse conjun-to é o homo sapiens, cujo corpo necessitou de bilhões de anos de evolução, indo das mais simples cadeias de aminoácidos, evoluin-do para poríferos, celenterados e assim por diante, até chegar a esta grande máquina viva chamada Ser Humano.

E desta mesma maneira, a hierar-quia do conhecimento se processa. A revelação ocorre por processos gra-duais de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que proporcionam isto. A ciência é atualizada com o passar do tempo. O átomo proposto por Demócrito (cerca de 460-370 a.C) é muito diferente do átomo pro-posto por Dalton (1766-1844) que, por sua vez, diverge da concepção de Niels Bohr (1885-1962), ou seja, conforme a observação se depura por processos experimentais, intui-tivos e imaginativos, conseguimos descrever esta Natureza tal como realmente é ou que imaginamos que seja. Mas será que tudo já nos foi desvendado ou a revelação é cabível somente a uma análise fria e algébri-ca, de uma matemática abstrata? O que está além dos números, dos teo-remas, dos postulados e das teorias? Aí reside a grande chave mental que especialistas buscam e que a Ciência sozinha não pode responder: um Poder Superior agindo por meio de Suas Leis eternas.

Além dos olhos da carnePor fim, o terceiro versículo do

primeiro capítulo do último livro da Bíblia Sagrada nos leva a refletir a respeito do ver e olhar. Algo que há três séculos era a forma mais segura de se concluir alguma coisa a respeito do que seja a realidade, no presente, tornou-se vago e, muitas vezes, nada confiável. Nossos olhos propiciam à nossa mente captar coisas incríveis de cuja realidade nós mesmos duvidamos. Observar traduz-se hoje em muitos outros métodos além das córneas, mes-mo porque o próprio processo de pesquisa em Mecânica Quântica distorce a natureza dos dados ex-perimentais, obscurecendo o que realmente acontece no cerne da matéria. Mediante isso, podemos inquirir então: Como se processa a visão? Segundo a atual Ciência, é o simples fato de um feixe de luz, composto por fótons (partículas que compõem a luz), incidir num material que, por sua vez, reflete o objeto, chegando aos nossos olhos por um processo pelo qual — a Ciência não sabe ao certo — nos-so cérebro decodifica este feixe, transformando-o em imagem. Mas o que seriam as mãos ao tatear, o olfato ao cheirar e os ouvidos ao escutar senão formas outras de “ver” (tanto que o próprio Apóstolo João Evangelista afirma ser essa um dos modos de se compreender as Revelações Finais). Se o ar que

nos circunda, e o qual sentimos na brisa do vento, já é de tal maneira inobservável por este sentido, como queremos que tudo se dê através dele? Assim Jesus, como o grande Cientista, disse a Tomé em Seu Evangelho, segundo João, capítulo 20 versículo 29:

“Bem-aventurados os que não viram e creram”.

Ora, Jesus nunca foi contra a Ciência que, por sinal, como Cristo Planetário foi o seu legí-timo co-Criador na Terra. Ele, simplesmente, nos indicou que o caminho mais curto no processo da intuição é o de analisar os fatos além dos olhos da matéria.

O vidente de Patmos viu, e para isto necessitou dos olhos da carne? Ele pode muito bem ter visto e não ter enxergado nada com a íris, mas com a mente, ou com os olhos da consciência espiritual que existe além do Ser, pois se a conservação da energia é uma Lei Física, a consciência deve se conservar post mortem e, portanto, nós sobrevivemos inde-pendentemente do corpo, máquina de que necessitamos para evoluir. Então, nada mais plausível do que ele ter enxergado tudo quanto vira naquilo que denominamos de “visão” ou uma forma pura de intuição pela vidência além da matéria palpável e tangível.

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Na Terra, o Cristo é o Senhor!Estará comigo aonde eu for.Desço ao mar, subo aos Céus,

Venço o ódio e os labéus.Canto à Luz,

Grito forte: Jesus!

Céus e Terra sempre existirão.E a Verdade e o Amor governarão.E Deus ditará nosso destino, então,

Com a Fraternidade e a GlóriaDo Seu Coração.

*Esta prece foi ditada por Paiva Netto ao Legionário Luciano Duarte Pereira, numa viagem de Porto a Lisboa, sábado, 26 de novembro de 1994, e recebeu o arranjo do maestro Vanderlei Alves Pereira, sendo hoje uma das mais belas composições interpretadas pelo Coral Ecumênico LBV.

Jesus!Paiva Netto

O Bolo com Pudim Editorial preparou

para todos os Soldadinhos de

Deus uma coleção muito especial: Os

Milagres de Jesus. Ela trará em seu primeiro volume

A pesca milagrosa, que, além de uma história muito bela do Evangelho de Jesus, conta em suas páginas com um

caderno de atividades.As mensagens contidas neste volume são

voltadas para as crianças de todas as crenças e filosofias e têm por princípio

levar de forma clara os ensinamentos do Cristo, o Divino Amigo.

Novidade

Homenagem das crianças atendidas pelo Centro Comunitário e Educacional da LBV,

em Piracicaba/SP, em comemoração ao Jubileu de Ouro do Irmão Paiva.

BEM-VINDOS, SOLDADINHOS DE DEUS!

A socióloga e futura mamãe Sandra Albuquerque Fernández, que dará à luz dois bebês, encaminha foto ao Irmão Paiva tirada na Flórida, Estados Unidos da América. Na dedicatória, cumprimenta-o pelos 50 anos de trabalho na LBV.

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Vamos até as flores

Resp.: 1.

(1) Mikael Nogueira Peixoto, 3 anos, São Paulo/SP, (2) Pedro Paulo Ramalho Salles, 4 anos, Araruama/RJ, (3) Willian Douglas Farago Gomes, 11 anos; Amanda Larissa Gomes, 4 anos e Leonardo Farago Gomes, 8 anos, (4) os irmãos Lucas Augusto Teixeira, 11 anos, e Luan Ângelo Cintra Teixeira, 4 anos, felizes com o nascimento da Luna Agnes Cintra Teixeira, 4 meses, (5) Elisa Mariana Rodrigues Bortolin, 4 meses, São Paulo/SP (6) Nicolas Gabriel Nogueira, 6 meses, São Paulo/SP, (7) Maria Clara Sussai Paraíba, 1 ano, (8) Bruno Sérgio Perez da Silva, 1 ano, São Paulo/SP, (9) Guilherme de Souza Miranda dos Santos, 3 anos, São Paulo/SP e (10) LucasWinkler Baragão, 4 anos, São Paulo/SP.

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Page 94: Revista Boa Vontade, edição 213

Baixa umidadeEstiagem é um dos principais fatores responsáveis pelo agravamento de quadros de doenças como asma e rinite alérgica

A baixa umidade do ar, comum no período da seca, represen-ta um verdadeiro tormento para portadores de doenças

respiratórias como a rinite alérgica e a asma. Espirros freqüentes, coceira na garganta e no nariz e coriza são alguns dos sintomas agravados pela combi-nação entre a baixa umidade, o calor e a poeira. Na época da seca também aumenta a incidência dos casos de diarréias viróticas, viroses e doenças de pele. Algumas precauções podem minimizar esses problemas.

Tudo começa com a entrada do ar no corpo humano. Dentro das narinas, os pêlos têm como tarefa a umidificação e filtragem do ar. Como no período de estiagem o oxigênio entra mais seco pelo nariz para chegar ao pulmão, há um esforço maior do sistema respiratório, o que pode desencadear reações alérgi-cas. “Além disso, o ar seco, como fator irritante, leva a um processo inflama-tório e, conseqüentemente, à produção excessiva de secreção”, informa Vera Lúcia Giancristóforo, técnica da Área de Saúde da Criança e Aleitamento Ma-terno do Ministério da Saúde.

Todo esse processo deixa o corpo hu-mano mais vulnerável a várias doenças.

Uma delas, que traz grandes incômodos, é a sinusite, que tem como causa o acúmulo das secreções nas vias respi-ratórias. Seus sintomas são: dores fortes na cabeça e nos olhos e obstrução nasal. Normalmente, pessoas alérgicas tendem a sofrer desse mal. “Mas isso não quer dizer que quem não tenha alergia não possa desenvolver sinusite”, observa Vera Lúcia.

Rinite alérgica e asmaSão duas das doenças que mais afli-

gem as pessoas e se manifestam com grande intensidade durante a fase da seca. Ambas necessitam de bastante atenção e cuidado. Rinite é um termo médico que se refere à inflamação da membrana do nariz, causada por reações alérgicas. Normalmente surge na infân-cia ou na juventude. História familiar de alergia é um fator de risco importante para desenvolver rinite alérgica e asma.

“Os processos alérgicos podem ser controlados, desde que não haja conta-to com substâncias que causam alergia e que o paciente use os medicamentos adequados”, recomenda Vera Lúcia. Nessas condições o paciente vive bem, mas, ao parar a prevenção ou a medi-cação, os sintomas voltam.

causa problemas respiratórios

Saúde

______________________________________________Fonte: Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde

www.saude.gov.br

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Já a asma é uma doença crônica dos pulmões que se caracteriza por tosse, aperto e chiado no peito e falta de ar. Cerca de 70% das pessoas que sofrem da doença são portadoras de rinite. Também conhecida como bronquite asmática ou bronquite alérgica, a asma ataca os pulmões e causa inflamação crônica dos brônquios. As complicações da doença podem até levar o paciente à morte.

Durante uma crise de asma, o peito do doente começa a chiar e fica cada vez mais difícil respirar. O fôlego fica curto e o peito pode se contrair quando o ar não chega aos pulmões na quantidade necessária para o corpo. O tratamento baseia-se no uso de medicamentos antiinfla-matórios e em broncodilatadores inalatórios. É fundamental que a família do paciente saiba reconhecer sinais de gravidade da doença, para não retardar o início do tratamento.

Cuidados aliviam efeitos de doenças

Por pior que seja a estiagem, alguns cuidados podem ajudar a prevenir os efeitos de doenças respiratórias. A pessoa alérgica não deve ter em casa tapetes ou cortinas. Se a residência possuir persianas, elas precisam ser man-tidas limpas. Os médicos também aconselham os alérgicos a man-terem distância de bichinhos de pelúcia. Brinquedos laváveis são mais indicados para crianças com esse problema.

Na hora da limpeza, é proibido varrer a casa. Deve-se preferir o uso de aspirador e do pano úmido. Ingerir muito líquido também aju-da. A pessoa com alergia tem de

manter distância do cigarro e deve ficar longe de pessoas fumando.

Os portadores de doenças res-piratórias precisam privilegiar am-bientes arejados e tomar sol nos horários em que os raios estejam mais fracos — antes das 10 e depois das 16 horas.

tornam-se mais vulneráveis ao vírus influenza, causador da gripe. “Se não tratada adequadamente, a gripe pode provocar processos inflamatórios nas narinas, na garganta, na faringe e na laringe. Chegando ao pulmão, esse quadro ainda tem chances de evoluir para uma pneumonia”, alerta Vera.

A vacina contra a gripe é eficaz no combate às doenças respiratórias nos casos em que esse problema pode trazer outras complicações. Ela é aplicada, gratuitamente, em idosos e em crianças portadoras de doenças crônicas como diabetes e insuficiência renal.

Na temporada de seca, os cuidados com a pele são essen-ciais. Indica-se o uso do creme hidratante com a pele limpa, para evitar lesões, já que ela fica bem mais vulnerável nessa época.

Proteger a cabeça com cha-péu, usar roupas leves, calçados confortáveis constituem outras recomendações importantes. Os médicos recomendam modera-ção com os exercícios físicos, principalmente nas horas de sol mais forte, pois a seca reduz a ca-pacidade do corpo para a prática de atividades.

Vera Lúcia Giancristóforo, do Ministério da Saúde, alerta para os cuidados com outras doenças mais comuns e que afligem as pessoas durante a seca. Inicial-mente podem parecer problemas simples, mas merecem atenção. A gripe é uma das grandes vilãs durante a estiagem. Pessoas com problemas respiratórios crônicos

Saúde

Por pior que seja a estiagem, alguns cuidados podem ajudar a prevenir os efeitos de doenças respiratórias. Por exemplo, a pessoa alérgica não deve ter em casa tapetes ou cortinas.

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Estima-se que no Brasil há 17 milhões de idosos, o que corresponde a quase 10% da nossa população.

Para passar dos 60 anos e estar com a saúde em dia é fundamental a atenção com nosso bem-estar. Um dos pontos principais são os olhos. Afinal, podemos também ter qualidade de vida após os 70 anos. Por que não? Mas, para isso, os cuidados com a visão devem ser redobrados. Precisamos ir ao médi-co, sempre, para os exames neces-sários. E o dos olhos é fundamental. O uso de óculos ameniza muitos problemas. O oftalmologista pode impedir o avanço de uma das doen-ças que mais causam cegueira no País: a catarata, conforme alerta a Associação Latino-Americana de Cirurgiões de Córnea, Catarata e Cirurgias Refrativas (ALACCSA). Essa doença atinge 75% das pes-soas com idade acima de 70 anos. É, hoje, uma das principais causas de cegueira no mundo. Ela afeta diretamente a qualidade de vida dos idosos. “Cerca de 350 mil pessoas aqui no Brasil ficam cegas todos os anos, por causa da doença”, revela a Sociedade Brasileira de Cataratas e Implantes Oculares.

Fique atento a essas dicas do Instituto de Moléstias Oculares (IMO):

Proteja-se da

catarata!Como surge a catarata?

A catarata caracteriza-se pela opacificação da lente interna do olho, chamado cristalino, respon-sável por focar as imagens dos objetos na retina. Com isso, as ima-gens captadas pelo olho perdem sua nitidez e qualidade. Iniciando esse estágio, a catarata causa uma perda discreta da qualidade visual, alterando a percepção das cores, que não se apresentam bem. À noi-te a visão não é boa, na presença de focos de luz, como os dos faróis de automóveis. Com o progresso da catarata, a vista vai ficando turva e embaçada, prejudicando a leitura, também ao caminhar ou assistir à TV. E no caso extremo acontece a perda da visão.

Há tratamento clínico para a doença?

Não há tratamento clínico. A única coisa a fazer no avanço da doença é a cirurgia para a remoção do cristalino opaco dos olhos, co-locando-se uma lente infra-ocular artificial. A cegueira pode ser re-versível nos casos em que não há outras doenças associadas.

Como é o processo cirúrgico?Facoemulsificação é o nome

da cirurgia mais empregada hoje. Um aparelho emite ondas ultrassô-

nicas, que pulverizam o cristalino com catarata. Depois disso, os fragmentos cristalinianos são as-pirados pelo aparelho que é uma espécie de caneta, cuja extremida-de foi introduzida dentro do olho. A catarata é removida e em seu lugar é implantada uma lente ar-tificial, chamada intra-ocular, que substituirá o cristalino, permitindo que o olho receba as imagens fo-calizadas. A anestesia utilizada na cirurgia pode ser uma infiltração local ou gotas de colírio. Na maio-ria dos casos, a recuperação visual pode acontecer nas primeiras 24 horas e o resultado nota-se logo.

Como vemos, há uma boa solução para esse problema que perturba muito o Ser Humano. Por que perder tempo?

Walter Periotto

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Fotos: Ledilaine Santana

Inaugurado em 28 de junho de 1961, o Lar Alziro Zarur, da Legião da Boa Vontade, em Uberlândia (Rua Padre

Pio, 1.353, Martins) no Triângu-lo Mineiro, presta serviço espe-cializado e garante atendimento diário a idosos em situação de risco pessoal e social. A estru-tura física do Lar é composta de três alas (duas femininas e uma masculina), um banheiro para cada dois quartos — todos

Em Uberlândia/MG, Lar de Idosos da LBV comemora 45 anos de excelentes serviços à comunidade em risco pessoal e social

e bem-estar

Clínica de fisioterapia — Além de aten-der os idosos do Lar, oferece consultas duas vezes por semana à comunidade local, em situação de carência. A fisio-terapia na Terceira Idade atua em três áreas distintas e correlacionadas, que são: curativa, preventiva e paliativa.

eles com três camas — e uma praça interna com solário. Ainda fazem parte do Lar a lavanderia industrial e uma clínica de fisio-terapia.

Os vovôs e vovós são ampa-rados psicológica e fisicamente, por uma equipe de funcionários qualificada, tendo garantidos seus direitos, deveres e a convivência social, em um ambiente agradá-vel, tranqüilo e com condições adequadas às suas necessidades

Vitalidadeaos mineiros

Melhor Idade

_______________Ledilaine Santana

e à sua segurança. Também são oferecidas aulas de trabalhos manuais. Tudo isso contribui para promover a auto-estima e preser-var a identidade, a dignidade e a independência dos atendidos.

A admissão do idoso no Lar é realizada após uma avaliação na qual a assistente social, em visitas domiciliares, verifica as-pectos econômicos, psicológicos e sociais, diagnosticando o histó-rico dele e de sua família.

Aula de hidroginástica oferecida pela Academia de Natação Tina aos idosos atendidos pela LBV.

Uberlândia/MG

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