132
Paiva Netto escreve: “Não há morte em nenhum ponto do Universo” Miele Olhar sobre a Bossa Nova Chitãozinho & Xororó e as raízes do Brasil Centenas de artistas unem-se à sociedade na tradicional Campanha da LBV: mais de 460 toneladas de alimentos em socorro a milhares de famílias em vulnerabilidade social. Brasil solidário Patricya Travassos Bem-estar e alto-astral Luciana Mello Sucesso em família Combate à pedofilia Projeto de Lei 250/08, do Senado Federal, aumenta rigor para criminosos Responsabilidade Social Ações bem-sucedidas da iniciativa privada em prol do meio ambiente Unesco — Paris Em prestigiado evento da ONU, LBV é aplaudida por autoridades de diversos países NATAL PERMANENTE DA LBV Jorge Fernando, ator e diretor de TV, é padrinho da Campanha da LBV.

Revista Boa Vontade, edição 223

Embed Size (px)

DESCRIPTION

A Revista Boa Vontade tem por objetivo levar informações por meio de matérias que abordam temas voltados à cultura, educação, política, saúde, meio ambiente, tecnologia, sempre aliados à Espiritualidade como ferramenta de esclarecimento, auxílio, entendimento e compreensão.

Citation preview

Paiva Netto escreve: “Não há morte em nenhum ponto do Universo”

Miele Olhar sobre a Bossa Nova

Chitãozinho & Xororó e as raízes do Brasil

Centenas de artistas unem-se à sociedade na tradicional Campanha da LBV: mais de 460

toneladas de alimentos em socorro a milhares de famílias em vulnerabilidade social.

Brasil solidário

Patricya Travassos Bem-estar e alto-astral

Luciana Mello Sucesso em família

Combate à pedofilia Projeto de Lei 250/08, do Senado Federal, aumenta rigor para criminosos

Responsabilidade Social Ações bem-sucedidas da iniciativa privada em prol do meio ambiente

Unesco — Paris Em prestigiado evento da ONU, LBV é aplaudida por autoridades de diversos países

NATAL PERMANENTE DA LBV

Jorge Fernando, ator e diretor de

TV, é padrinho da Campanha

da LBV.

OO015-08-An Ecoelce Fim.indd 1 2/26/08 5:10:23 PM

OO015-08-An Ecoelce Fim.indd 1 2/26/08 5:10:23 PM

Sumário

6 Paiva Netto escreve: “Não há morte em nenhum ponto do Universo”10 Cartas, e-mails, livros e registros 17 Opinião Esportiva18 Eleições/EUA20 Perfil

Luciana Mello

24 boavontade.com 25 Notícias de Brasília26 Abrindo o Coração

Patricya Travassos

30 Terceiro Setor32 Música

Chitãozinho & Xororó e as raízes do Brasil

34 Responsabilidade Social40 Comunicação Social42 Especial

Combate à pedofilia

45 Opinião PolíticaMentes criminosas, vidas despedaçadas

47 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

50 Pedagogia do Cidadão Ecumênico56 Educação59 Comportamento62 Cultura64 Samba & História

Entrevista com Miele

69 Natal Permanente da LBVDesafio do tamanho do coração brasileiro

90 Opinião — Mídia Alternativa94 Nações Unidas/Unesco — Paris104 Saúde108 Espírito e Ciência114 Melhor Idade116 Sete de Setembro119 Sete de Setembro/Internacional120 Arte na Tela122 Literatura126 Soldadinhos de Deus128 Ação Jovem LBV130 Em Pauta

créditos das Fotos de capa: chitãozinho & Xororó: Clayton Ferreira; Jorge Fernando: André Fernandes; Luciana Mello: Ike Levy; Miele: Vivian Ribeiro; patricya travassos: Divulgação

Paiva Netto escreve: “Não há morte em nenhum ponto do Universo”

Miele Olhar sobre a Bossa Nova

Chitãozinho & Xororó e as raízes do Brasil

Centenas de artistas unem-se à sociedade na tradicional Campanha da LBV: mais de 460

toneladas de alimentos em socorro a milhares de famílias em vulnerabilidade social.

Brasil solidário

Patricya Travassos Bem-estar e alto-astral

Luciana Mello Sucesso em família

Combate à pedofilia Projeto de Lei 250/08, do Senado Federal, aumenta rigor para criminosos

Responsabilidade Social Ações bem-sucedidas da iniciativa privada em prol do meio ambiente

Unesco — Paris Em prestigiado evento da ONU, LBV é aplaudida por autoridades de diversos países

NATAL PERMANENTE DA LBV

Jorge Fernando, ator e diretor de

TV, é padrinho da Campanha

da LBV.

6

47 64 69

20 26 32 42

45

4 | BOA VONTADE

BOA VONTADEA N O 5 2 • N o 2 2 3 • A G O / S E T / O U T / 2 0 0 8

BOA VONTADE é uma publicação das IBVs, editada pela Editora Elevação. Registrada sob o no 18166 no livro “B” do 9º Cartório de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.diretor e editor-responsáveL: Francisco de Assis Periotto - MTE/DRTE/RJ 19.916 JPcoordenador GeraL: Gerdeilson BotelhoJornaListas coLaboradores especiais: Carlos Arthur Pitombeira, Hilton Abi-Rihan, José Carlos Araújo e Mario de Moraes.equipe eLevação: Adriane Schirmer, Cida Linares, Daiane Emerick, Danielly Arruda, Débora Verdan, Felipe Tonin, Gizelle de Almeida, Jefferson Rodrigues, João Miguel Neto, Joílson Nogueira, Jonny César, Larissa Tonin, Leila Marco, Leilla Tonin, Maria Corina Rocha, Maria Aparecida da Silva, Mário Augusto Brandão, Natália Lombardi, Neuza Alves, Raquel Bertolin, Rodrigo de Oliveira, Rosana Bertolin, Sarah Jane, Silvia Ligieri, Simone Barreto, Walter Periotto, Wanderly Albieri Baptista e William Luz.proJeto GráFico: Helen WinkleriMpressão: Editora Parmaendereço para correspondência: Rua Doraci, 90 • Bom Retiro • CEP 01134-050 • São Paulo/SP • Tel.: (11) 3358-6871 • Caixa Postal 13.833-9 • CEP 01216-970 Internet: www.boavontade.com / E-mail: [email protected] revista BOA VONTADE não se responsabiliza por conceitos e opiniões em seus artigos assinados.

Esta edição traz a cobertura completa da Campanha Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!, que reuniu mais de 200 personalidades, entre atores, esportistas, cantores e jornalistas. A exemplo do ator e diretor de TV Jorge Fernando, padrinho da iniciativa, os amigos da Boa Vontade estiveram em estúdios de nove capitais do Brasil para gravar vídeos e ser fotografados para as peças publicitárias da Campanha.

Nos bastidores, fotógrafos, maquiadores e tantos outros profissionais gentilmente doaram tempo, talento e empenho em favor dessa ação gigantesca, que pretende arrecadar com a sua ajuda, amigo leitor, mais de 460 toneladas de alimentos não-perecíveis para serem entregues a famílias em situação de risco social.

Em“Não há morte em nenhum ponto do Universo”, o jor-nalista Paiva Netto destaca no título o pensamento do fundador da LBV, Alziro Zarur (1914-1979), e demonstra o profundo impacto que a descoberta dessa feliz realidade promove na vida do indivíduo e, conseqüentemente, da sociedade mundial.

Em outra reportagem, tem-se um olhar sobre o que mudou 60 anos depois da validação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, tema da 61a Conferência Anual das Organi-zações Não-Governamentais do Departamento de Informação das Nações Unidas, realizada em Paris/França. A participação da LBV, com a experiência de quase seis décadas em defesa dos princípios dessa Carta, foi aplaudida por autoridades go-vernamentais e delegações de diversos países.

A revista destaca ainda o bate-papo com o showman Luiz Carlos Miele, que fala sobre os 50 anos da Bossa Nova. Outros talentos contam sua história de vida e como a música surgiu em família: a dupla Chitãozinho & Xororó e a cantora e compositora Luciana Mello. Na entrevista com Patricya Travassos, a atriz e apresentadora mostra como consegue, em meio à correria diária, alcançar qualidade de vida.

Acompanhe reportagem especial com três importantes autoridades em defesa da infância e da juventude. O de-sembargador Siro Darlan avalia os 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os senadores Magno Mal-ta e Demóstenes Torres analisam o Projeto de Lei 250/08, em tramitação no Senado Federal, e expõem seus pontos de vista sobre novos mecanismos implantados para intensificar ainda mais o combate à pedofilia.

Para terminar a leitura em alto-astral, fique sabendo por que a prece tem sido cada vez mais investigada nos laboratórios e considerada energia poderosa à disposição do Ser Humano.

Reflexão de BOA VONTADE“Nestes tempos de globalização de benefícios mal

distribuí dos, principalmente para as multidões incontáveis dos ‘sem-acesso’ (como os denomina o jornalista e Legionário da Boa Vontade Francisco de assis periotto), toda nação tem o dever, mais do que o direito, de ser criativa, de tornar-se eco-nomicamente estável, expandindo sua indústria, seu comércio e serviços; de modernizar a instrução e a Educação de sua gente (a tudo iluminando com o toque da Espiritualidade, que depreende ética no seu mais exalçado sentido e correspondente ação), sua rede de comunicações e de transportes; de buscar a integração harmônica com os demais povos; de atingir interna-cional prestígio. É o óbvio, mas, por essa mesma causa, deve ser proclamado. Fora disso, vigora a barbárie que por aí vemos — a cada dia menos disfarçada — e que, por mais incrível que pareça, a maioria talvez não a meça devidamente, pois há um minucioso esforço para manter as massas distraídas, como na era dos césares romanos. Entretanto, com certeza, elas grada-tivamente irão percebendo os perniciosos efeitos. Isso é fatal. Apenas uma questão de tempo (...).”

Trecho extraído do artigo “Oito Objetivos do Milênio”, de autoria do jor-nalista e escritor Paiva Netto. O material integra a revista Globalização do Amor Fraterno (disponível em sete idiomas), mensagem especial da LBV dirigida à ONU, entregue a autoridades e delegações internacionais.

Ao leitor

Edição fechada em 5/11/2008

Revista apolítica e apartidária da Espiritualidade Ecumênica

BOA VONTADE | 5

Não há morte“

Universoem nenhum ponto do

João

Pre

da

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

É diretor-presidente da LBV.

Quando meus pais fale-ceram, muito padeceu o meu coração. Contudo, prontamente comecei a

entoar comovido colóquio com o Criador, amenizando a saudade e lhes transmitindo palavras de paz e de gratidão. Logo senti que continuavam vivos, porque os mortos não morrem. E toda vez que se ora, a Alma respira, fertili-zando a existência humana. Fazer prece é essencial para desanuviar o horizonte do ser. Alziro Zarur (1914-1979) ensinava que “Deus não nos criou para nos matar” e que “não há morte em nenhum ponto do Universo”. Assunto que voltaremos a abordar. Minha soli-dariedade, pois, aos que sofrem a

Alziro Zarur

Arqu

ivo B

Vaparente ausência de seus entes queridos. Mas tenham certeza de que realmente os mor-tos não morrem. Um dia, todos haveremos de nos reencontrar.

“Tudo o que é natural/ Não é um sofrimento./ A noite não é ne-gra/ E nem a morte é triste./ A noite é puro engano,/ A morte não existe/ E a dor é uma ilusão do nosso sen-timento.” Alentadora mensagem a nós legada pelo poeta português Teixeira de Pascoaes (1877-1952), coincidentemente nas-cido num “dia de fina-dos”. Que Deus o tenha em bom lugar. Teixeira de Pascoaes

Repr

oduç

ão B

V

6 | BOA VONTADE

Não há morte“

Universoem nenhum ponto do

samento judaico, vida e morte formam um todo, sendo aspectos diferen-tes da mesma realidade, complementares uma da outra”.

Temos ainda a consi-deração de Allan Kardec (1804-1869), o sábio de Lyon, em seu livro A Gênese, sobre o relacio-namento compulsório entre este mundo e o seu correspondente invisível: “Pelas relações que hoje pode estabelecer com aque-les que deixaram a Terra, possui o Homem não só a prova mate-rial da existência e da individualidade da Alma, como também compreen-de a solidariedade que liga os vivos aos mortos deste mundo e os deste mundo aos dos outros planetas”.

Rui Barbosa (1849-1923), jornalista, escritor, parlamentar, ministro da Fazenda, diplomata, notável jurista brasileiro, captou esse divino propósito: “A morte não extingue, transforma; não aniquila, renova; não divorcia, aproxima”.

De fato, “mortos” e vivos, for-mamos todos uma única família.

Lições do fenômeno inafastável

Dia virá em que grandes pensadores não mais prescindirão dessa

vivência confortadora. Deveriam, sobretudo, lu-cubrar acerca da morte e não pretender explicações essencialmente materiais para um fenômeno irre-movível que envolve o

Espírito, que não se encontra re-sumido à mente humana. Quando desperta no Outro Lado, a surpresa para muita gente é imensa.

Há quem possa sorrir dessas modestas ilações. No entanto, in-dispensáveis cultores do intelecto não se podem designar a si próprios, digamos para argumentar, como

partidários de convicções inamovíveis. Semelhante postura não se apraz com a boa índole de seu labor. De outra maneira, seu juízo deixaria de ser ciência, visto que a incessante investiga-

ção, liberta do convencionalismo cerceador, provoca justamente o crescimento da cultura.

O dr. Stephen Hawking, renomado físico britânico, desde jovem ocupando a cá-tedra de Isaac Newton como Lucasian Profes-sor de Matemática na Universidade de Cambridge, oferece-nos este ra-

Os saudosos pais do dirigente da LBV, Seu

Bruno e Dona Idalina.

Allan Kardec

Repr

oduç

ão B

V

João Paulo II

Divu

lgaçã

o

Arqu

ivo B

V

Dia de FinadosA ocasião me recor-

da o pronunciamento do saudoso papa João Paulo II (1920-2005), em 2 de novembro de 1983, ao se dirigir aos

peregrinos reunidos na Basílica de São Pedro, em Roma: “O diálogo com os mortos não deve ser inter-rompido, pois na verdade a vida não está limitada pelos horizontes do mundo (...)”. Daí a precisão de refletirmos sobre esse ponto. É compreensível que sintamos falta dos que partiram. Todavia, não nos devemos exceder em lá-grimas, porque a nossa aceitável dor pode perturbar-lhes, no Plano Espiritual, a adaptação à nova conjuntura.

Nesse entendimento, cumpre recordar o comentário de Imma-nuel Kant (1724-1804), escritor,

filósofo e cientista ale-mão: “Esta vida é ape-nas uma parte da vida; apenas um primórdio embrionário que será sucedido por um novo despertar”.

O profeta Maomé (570-632), “que a Paz e a bênção de Deus estejam sobre ele!”, por sua vez, proclama: “Deus lhes conce-deu a recompensa terrena e a bem-aventurança na outra vida, porque Deus aprecia os benfeitores!”.

Doutora em Lín-gua Hebraica, Li-teraturas e Cultura Judaica pela USP, a professora Jane Bich-macher de Glasman revela que “no pen-

Rui Barbosa

Repr

oduç

ão B

V

Immanuel Kant

Phot

os.co

m

Jane de Glasman

Arqu

ivo p

esso

al

Stephen Hawking

Divu

lgaçã

o

ciocínio: “Restringir nossa atenção aos assuntos terrestres seria limitar o espírito humano”.

É pertinente citar o trabalho do respeitado psicó-logo norte-americano e Ph.D. em filosofia, dr. Raymond Moo-dy Jr., M.D., sobre as experiências de quase-morte. Em seu

livro A vida depois da vida, ao apresentar o resultado de cente-nas de casos pesquisados por ele, constata:

“(...) Parece-me estar aberta a possibilidade de que nossa incapa-cidade atual de construir ‘provas’ pode não representar uma limitação imposta pela natureza das experiên-cias de quase-morte em si. Em vez disso, talvez seja uma limitação dos modos de pensamento científico e lógico atualmente aceitos. Talvez a perspectiva dos cientistas e lógicos do futuro será muito diferente — deve-se lembrar que historicamente a metodologia lógica e científica não são sistemas fixos e estáticos, mas sim processos dinâmicos e crescentes. (...) Aquilo que aprende-mos sobre a morte pode fazer uma importante diferença na maneira como vivemos nossa vida. Se as experiências do tipo que discuti aqui

[no livro] são re-ais, elas têm

implica-

ções profundas naquilo que cada um de nós vai fazer com sua vida. Então seria verdade afirmar que não podemos entender essa vida completamente até ter um vislumbre do que acontece além dela”.

A vida prossegue mesmo no cadáver, que se dispõe na multi-dão de minúsculas formas.

Como escrevi em Voltamos!, não devemos fugir da pesquisa imparcial sobre a morte. Se existe uma impos-sibilidade neste orbe, é a de alguém conseguir desviá-la do próprio caminho. Decla-rou o Buda (aprox. 556-486 a.C.): “Erguei-vos, pois! Não sejais indolentes! Agi de acordo com a Lei. Aque-le que observa a Lei vive feliz neste mundo e em todos os outros”.

Amor Solidário e reta Justiça

O sempre lembrado Zarur, há décadas, concluiu que “Deus criou o Ser Humano de tal forma que ele só pode ser feliz praticando o Bem”. Razão por que necessário se faz a constância do Amor Solidário e do respeito à reta Justiça, desde o coração do homem de pensamento mais refinado até o do ser mais sim-ples, a fim de derruir a mentalidade esterilizadora do ódio que vive a castrar o avanço menos delituoso da civilização, que, nos tempos atuais, lançada à condição excessivamen-

te carnal, sucumbe na irrealidade desesperadora. Urge levar em alta conta que a reforma do social vem pelo espiritual. Não somos apenas corpo, porém, acima de tudo, Espí-rito. Na negativa sistemática dessa concepção, também reside o funda-mento de todas as crises, incluída a econômico-financeira que, na atualidade, sobressalta os povos. O individualismo exacerbado anuncia o coração estéril, haja vista os esca-

brosos casos de pedofilia, contra os quais inocentes aguardam ser fortemente defendidos. Um desvio comportamental que re-quer tratamento e aplicação rigorosa da Lei.

Estradas novasA morte não é o término da

existência humana. Você não acredita? Tem todo o

direito. Mas se for verídico?!Premie-se, minha amiga, meu

amigo, com o direito à dúvida, base do discurso científico, que, na perquirição incessante, continua rasgando estradas novas para a Hu-manidade.

Disse Jesus, o Cristo Ecumêni-co: “Deus é Deus de vivos, não de mortos. Por não crerdes nisso, errais muito” (Evange-lho, segundo Marcos, 12:27).

A morte não é o término da existência humana. Você não acredita? Tem todo o direito. Mas se for verídico?! Premie-se, minha amiga, meu amigo, com o direito à dúvida, base do discurso científico, que, na perquirição incessante, continua rasgando estradas novas para a Humanidade.

Marcos

Repr

oduç

ão B

V

Buda

Repr

oduç

ão B

V

Raymond Moody Jr.

Divu

lgaçã

o

8 | BOA VONTADE

PiRâMiDE DAS ALMAS BENDiTAS Aclamado pelo Povo como uma das Sete Maravilhas

de Brasília/DF, o conjunto ecumênico da LBV surge imponente, na foto ao lado. O Templo da

Boa Vontade tornou-se referência de milhões de peregrinos e turistas que vão ao TBV em busca

da meditação, da Paz interior e também para orar por amigos e entes queridos que estão na Pátria

Espiritual. ViSiTE: SGAS 915, lotes 75/76Tel.: (61) 3245-1070 — www.tbv.com.br.

Espiritualidade Ecumênica

A morte não interrompe a vida, portanto o aprendizado não tem fim. Na Terra ou no céu da Terra, prosseguimos trilhando o caminho da Eternidade. De acordo com o nobre médico e político brasi-leiro dr. Adolfo Bezerra de Menezes (1831-1900), “a morte é como um sopro que realiza o transporte da Alma do estado de dimensão física para o de vibração espiri-tual. A Vida é eterna”.

O conceituado pas-tor norte-americano Billy Graham, confiante, sina-lizou: “(...) este mundo não é o nosso lar defini-tivo. Se nossa esperança está verdadeiramente em Cristo, somos peregrinos neste mundo, a caminho de nosso lar eterno no céu”.

Entretanto, de modo algum essa consciência deve ser pre-texto para o suicídio, porquanto se trata de atrocidade contra o corpo humano que nos serve de instrumento educativo.

Em meu livro As Profecias sem Mistério*, capítulo “Progresso sem destruição”, pondero — como

todos os que querem o bem de seu Povo — que nenhum país progride sem boas escolas, posto que, entre outros benefícios, elas exalçam o pendor criativo do estudante, pro-movendo a adequada capacitação.

E, no milênio terceiro, a Espiritualidade Ecumêni-ca das massas tornar-se-á fator inarredável. Desce das alturas a certidão de óbito da era macabra da intolerância religiosa ou

acadêmica, por vezes semeada no altar ou na banca de estudo.

Que a Paz de Deus esteja agora e sempre com todos. E vamos em frente, trabalhando, realizando e atuando com decisão, cora-gem, solidariedade, porque Deus, entendido como Amor, está presente para

vivos, “mortos”, crentes e ateus.

Martin Luther King, Barack Obama e protecionismo

“Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter.” Ao proferir esse discurso, em 28 de agosto de 1963, nos degraus do Lincoln

Memorial, como ápice da Marcha de Washington, numa manifestação que reuniu aproximadamente 200 mil pessoas em defesa dos direitos civis para os negros, o pastor, ativista po-lítico e líder pacifista Martin Luther King Jr. (1929-1968) não imaginava que, quaren-ta anos após sua morte, os Estados Unidos da América estariam elegendo o primeiro pre-sidente afro-americano da história de seu país. Não estou aqui para discutir política. Con-tudo, esse fato notável, embora não represente o fim do racismo nas terras do Tio Sam, constitui avanço dos mais significativos para bani-lo das consciências, não só norte-americanas, mas de todos os po-vos. A eleição de Barack Obama surtirá os mais diferentes efeitos na existência das nações. Peço a Deus que o ampare e nos livre do protecionismo deles. Amém!

* As Profecias sem Mistério (1998) — Lançamento da Editora Elevação que integra a série O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, que, com as obras Somos todos Profetas e Apocalipse sem medo, já vendeu quase um milhão e meio de exem-plares. Adquira já a coleção pelo 0800 77 07 940 ou, se preferir, acesse o site www.elevacao.com.br.

Billy Graham

Divu

lgaçã

o

Bezerra de Menezes

Repr

oduç

ão B

V

Barack Obama

Martin Luther King Jr.

Repr

oduç

ão B

VDi

vulga

ção

Andr

é Fe

rnan

des

BOA VONTADE | 9

Cartas, e-mails, livros e registros

BOA VONTADE e o centenário da ABI

O trabalho desenvolvido por Paiva Netto na área de comunicação é muito interessante, a exemplo da revista BOA VONTADE, que destaca na edição nº 222 os 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). O seu conteúdo é de uma qualidade editorial e gráfica muito boa. Fico grato pelo carinho, pela atenção, e continuo fazendo votos de sucesso, participando e torcendo, de alguma maneira, por esse trabalho, feito de forma solidária, afetiva, para uma parcela da nossa população que tanto tem necessidade. (Lênin Novaes, membro do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa)

“Todo mundo tem que vir passar um dia e conhecer de perto a LBV. É sensacional o trabalho. Tem aula de coral,

de dança, as classes são todas separadinhas, as professoras ensinando tudo direitinho. A

criança se sente em casa. Isso é muito legal! Todos vocês estão convidados a vir aqui

na LBV e conhecer de perto o trabalho,

a estrutura, essa Casa

maravilhosa.”Palavras da

apresentadora de TV Sabrina Sato, durante

visita ao conjunto educacional da LBV na capital paulista, às

vésperas do Dia da Criança. A notícia foi destaque em

diversos sites do País.

“intolerância política na comunidade científica, sob todos os aspectos.”

Perigo realO Instituto Ambiental

Vidágua tem um trabalho vocacional como o da LBV, uma das maiores entidades do mundo, com uma ação espetacular não só para cuidar do Ser Humano, mas do meio ambiente, que dá vida a todos nós. (...) É o que o Paiva Netto fala: “A destruição da Natureza é a extinção da Raça Humana”. Isso é muito sério, não é mais uma visão apocalíp-tica, basta ver o relatório do IPCC, da ONU. (...) Vi uma reportagem na revista BOA VONTADE, edição nº 222, que traz material excelente, em que

M U R A L

Nas Fronteiras da Intolerância — Einstein, Hitler, a Bomba e o FBI é o mais recente livro do astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, lançado em 15 de outubro, no Instituto Histórico e Geográfico Brasi-leiro (IHGB), no Rio de Janeiro/RJ.

O trabalho apresenta “uma mensagem de otimismo em nosso futuro”, resume o autor. “Na obra há uma questão interessante, que é a intolerância política, na comunidade científica, enfim, sob todos os aspectos”, pondera.

O astrônomo acrescenta: “Pego um caso especial que é o do Einstein, a intolerância sofrida por ele na Alemanha, além da perseguição que enfrentou durante toda a vida, na infância (…). Ele foi um dos defensores da liberdade de idéias, da liberdade de pensamento, lutou bastante por isso, como o nosso José de Paiva Netto luta aqui, por uma visão muito tolerante em relação às religiões, às pessoas, isso é bom. O Paiva Netto faz nisso um grande trabalho. Acredito que gostará do meu livro”.

Na ocasião do lançamento, o professor Mourão recebeu os cumprimentos fraternos da Legião da Boa Vontade, em nome de seu diretor-presidente, e retribuiu: “Muito obrigado! Eu dou os parabéns a ele pela Obra que faz pelo Brasil!”. O amigo cientista enviou também um exemplar do título ao dirigente da LBV, com a seguinte dedicatória: “Para o jornalista Paiva Netto, como prova de estima e admiração, afetuosamente, Ronaldo Rogério de Freitas Mourão”.

Vivia

n Ri

beiro

Foto

s: Cl

ayto

n Fe

rreira

Kláudio Nunes

Arqu

ivo p

esso

al

10 | BOA VONTADE

Conflitos que marcaram o Estado gaúchoCalcanhotto lança primeiro livro

Jornalista Domingos Meirelles ao lado de Vera Quednau, da LBV.

Organizado pelo professor e his-toriador Gunter Axt e com a coor-denação editorial de Marília Ryff-Moreira Vianna, o livro As Guerras dos Gaúchos — História dos Conflitos do Rio Grande do Sul conta, em 524 páginas, a trajetória de lutas que agitaram este Estado do sul do Brasil nos séculos 19 e 20. A obra reúne 23 eminentes analistas convidados a discorrer sobre 24 conflitos e a repre-sentatividade desses acontecimentos para a sociedade da época.

Centenas de pessoas, entre es-tudiosos e interessados no tema, compareceram ao lançamento, no dia 29 de setembro, no Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre/RS. Uma das presenças de destaque no evento foi a do jornalista Domingos Meirelles, que também é colabora-dor do livro com a pesquisa sobre a marcha da coluna liderada por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa, a partir de 1924.

Meirelles autografou um dos exemplares da obra ao dirigente da Le-gião da Boa Vontade (LBV), no qual escreveu: “Ao querido amigo Paiva Netto, na esperança de que se comova com o exemplo e o martírio dos jovens tenentes da Coluna Prestes. Com a admiração e o carinho deste velho colega do Colégio Pedro II”.

Em entrevista à BOA VONTADE, Domingos Meirelles — que é diretor-financeiro da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e grande amigo da LBV — comentou o vínculo entre

essas tradicionais instituições: “No início, Alziro Zarur [1914-1979] usava o auditório da ABI para suas palestras; temos algumas fotos dele no palco, dirigindo-se às pessoas. Há realmente uma ligação muito estreita e afetiva entre a ABI e a LBV. Um grande abraço para o Paiva Netto”.

Além de lembrar o histórico rela-cionamento das duas Casas, desde os idos de 1940, época em que o saudoso jornalista e poeta Alziro Zarur inicia-va as atividades da Instituição na ABI, Meirelles ressaltou: “Acompanho de perto a LBV, porque possuo muitos amigos na Obra. Conheço o trabalho no Rio de Janeiro, que é extraordi-nário, e também em São Paulo. Já visitei e passei o dia inteiro na LBV. Tenho um carinho especial pela Instituição e pelas pessoas que nela atuam e acabam devotando a vida a essa missão nobre que ela presta aos mais desassistidos, que necessitam de algum tipo de apoio ou de consolo espiritual”.

é citada a previsão de um dos grandes biólogos do mundo [James Lovelock] que poucos cientistas têm coragem de

Mat

hias C

ram

er/te

mpo

realf

oto.

com

A classe artística, amigos e familiares participaram de prestigiada sessão de autógrafos do livro Saga Lusa – O relato de uma viagem, de autoria da cantora e compositora Adriana Calcanhotto, no dia 28 de ou-tubro, em Ipanema, no Rio de Janeiro/RJ.

Adriana descreve na obra situações que vivenciou em decorrência de uma intoxicação com remédios para gripe. O forte mal-estar a impediu de fazer o show de lançamento do álbum Maré em Portugal, mas resultou em sua primeira obra literária.

Na noite de lançamento, a cantora foi saudada pelos repre-sentantes da LBV e encaminhou ao dirigente da Instituição um exemplar da obra com a dedica-tória: “Para o Paiva Netto, com o carinho da Adriana.

Adriana Calcanhotto ao lado do escritor Ferreira Gullar

fazer: o aquecimento global pode ma-tar 6 bilhões de pessoas neste século. (Kláudio Cóffani Nunes, advogado, é

coordenador da Campanha Carbono Zero, do Instituto Ambiental Vidágua, Bauru/SP)

Vivia

n Ri

beiro

BOA VONTADE | 11

Cartas, e-mails, livros e registros

No campo do relacionamen-to humano, o psicoterapeuta Flávio Gikovate investe em seu mais recente livro: Uma História do Amor... com final feliz! Segundo o especialista, é claro o terreno perdido pelo romantismo ante as mudanças sociais, os avanços tecnoló-gicos da sociedade moderna, que levam ao crescimento da individualidade. Para o escri-tor, no entanto, há um caminho alternativo, chamado por ele de “+amor”, sentimento este capaz de criar laços para a vida toda.

No lançamento dessa obra em Curitiba/PR, o autor de-dicou um dos exemplares ao diretor-presidente da LBV, com os seguintes dizeres: “A José de Paiva Netto, um abraço do Flávio Gikovate”.

Em O Sal é um Dom — Re-ceitas de Mãe Canô, a autora

do livro, Mabel Velloso (na foto ao lado, com algumas das crianças atendidas pela LBV), filha da personagem principal dessa história, ofe-

rece ao público bem mais que saborosas receitas típicas do Recôncavo Baiano. A escritora-poeta

conta um pouco do dia-a-dia de uma família que, reunindo-se à mesa e compartilhando, soube se manter

unida. E como a música sempre esteve presente naquele lar... Principalmente, ao fim de cada almoço ou jantar, familiares e amigos aproveitavam a ocasião para as animadas cantorias, sem faltar um bom samba de roda.

A obra tem a apresentação de outra filha de Dona Canô, Maria Bethânia, e reúne 100 receitas da matriarca (ilustra-das por fotografias de Maria Sampaio), que servem também de fio condutor de uma história cheia de sabores e amor.

Durante a noite de autógrafos, 30 de setembro,14 dias depois de Dona Canô completar 101 anos de idade, em Salvador/BA, quem prestigiou o evento pôde saborear alguns dos famosos pratos. Em entrevista à BOA VONTADE, Mabel afirmou que o trabalho significa a realização de um sonho, um momento de “muita alegria por ter tantos amigos em volta, inclusive vocês da LBV, que admiro tanto. Obrigada, grande abraço”.

A matriarca dos Vellosos, amiga e colaboradora da LBV, também ressaltou: “Paiva Netto sempre me considerou, conto com a sua amizade sincera. Ele foi a [minha casa em] Santo Amaro, me conheceu e ficamos amigos. Contribuo com o que posso (...), nunca faltou”.

Na dedicatória registrada no exemplar do livro, a autora resumiu o carinho da família pela Instituição e seu dirigente: “A José de Paiva Netto, as receitas, os temperos, os carinhos de mãe Canô e meus”.

Revista de qualidadeO trabalho e as matérias jorna-

lísticas da Legião da Boa Vontade dis cutem as necessidades primordiais para avançar em conquistas sociais, para a população ter uma melhora na qualidade de vida. A BOA VONTADE possui temas ambientais, de interesse

do público, orientação, entre outros. Os profissionais que produzem essas reportagens são qualificados. Enfim, fiquei satisfeito em receber essa im-portante revista e conhecer mais o belíssimo trabalho da LBV. (Sérgio Gomes Nunes, delegado da Receita Federal em Londrina/PR)

Cada vez que tenho em mãos a re-vista BOA VONTADE, fico impres-sionada com a qualidade. O conteúdo dela nos traz um aprendizado amplo, de diversos segmentos, repassando cultura, conhecimento e educação. (Rosana dos Anjos, jornalista, São José do Rio Preto/SP)

Receitas de Mãe Canô Por um final feliz

Maria Bethânia

Dona CanôNize

te S

ouza

Edua

rdo

Knap

p

Nize

te S

ouza

Divu

lgaçã

o

Dr. Flávio Gikovate

12 | BOA VONTADE

A Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade (TBV), em Brasília/DF, recebeu, entre 3 e 5 de outubro, a 26ª Exposição Nacional de Pintura em Porcelana e Faiança, promovida pela Associação Brasiliense de Arte em Porcelana (ABAP). Dela partici-param mais de 70 expositores e oito ateliês. Além de divulgar esse tipo de arte, a mostra fez parte do calen-dário do evento “Outubro no TBV”, mês comemorativo dos 19 anos do Templo da Boa Vontade (celebrados no dia 21).

Para descerrar a fita inaugural da exposição, foram convidadas Mariza Gomes da Silva, esposa do vice-pre-sidente da República, José Alencar, e a presidente da ABAP, Bell Stipp. “Realmente a mostra é sempre sur-preendente. Todos os artistas são de primeira grandeza; fica difícil falar qual é o mais bonito, os temas são muito interessantes”, comentou dona Mariza em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, revista e internet).

A esposa do vice-presidente des-tacou ainda a importância do TBV, que recentemente foi aclamado por voto popular uma das Sete Maravi-lhas da capital do País: “A primeira

Sra. Mariza Gomes da Silva prestigia exposição no TBV

coisa que visitei quando cheguei a Brasília foi justamente o Templo da Boa Vontade, por causa do Cristal e por esta Paz. Haviam me falado dele e fiz questão de ver. Esses 19 anos têm de ser bem comemorados. Paiva Netto e vocês todos da LBV estão de parabéns”.

Dona Mariza referiu-se à proposta de Ecumenismo Irrestrito do Templo da Boa Vontade. “A importância da religiosidade é exatamente esta: de todas as pessoas estarem ligadas pelo Amor, pela Fraternidade”, disse. Ao finalizar, ela deixou uma mensagem especial sobre a obra socioeducacional realizada pela Legião da Boa Vontade: “Continuem esse trabalho maravi-

Dona Mariza Gomes da Silva, em entrevista à Super RBV de Comunicação.

Em evento recente, em Montes Claros/MG, o vice-presidente da República, José Alencar, recebe a revista BOA VONTADE das mãos da Legionária Azeli Rita de Sá.

Bell Stipp, presidente da ABAP, homenageou o TBV com um vaso de porcelana, que traz desenhos alusivos a diversas religiões, para harmonizar com o Ecumenismo Irrestrito do monumento. Ao lado, Paulo Medeiros, da LBV.

José

Gon

çalo

José

Gon

çalo

Arqu

ivo B

V

TEMPLO DA BOA VONTADE Aclamado pelo Povo como uma das Sete Maravilhas de Brasília.SGAS 915 — lotes 75/76 Brasília/DF — BrasilTel.: (61) 3245-1070www.tbv.com.br

lhoso com as crianças, que o Brasil precisa tanto. Isso fará com que a Paz venha realmente”.

João Periotto

BOA VONTADE | 13

A leitora da revista BOA VONTADE e estudante de Biblioteconomia da Fun-dação de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) Maria José Gonzaga do Monte escreve à nossa redação:

“Sou leitora assídua da revista BOA VONTADE e estou entusiasma-da pelos 19 anos do Templo da Paz, completados agora, em 21 de outubro. Muito a propósito, meu professor de Filosofia, Luiz Augusto Contador Borges (doutor em Filosofia, poeta, ensaísta e tradutor) tem grande simpatia pela LBV. O professor Borges conhece o

Café filosóficoTemplo da Boa Vontade, em Brasília/DF, só pelas imagens de TV e disse-me que quer visitá-lo. Aliás, numa das aulas expositivas, quando comentei o conteúdo ecumênico dos textos do jornalista Paiva Netto, ele teceu o seguinte comentário: ‘O Paiva é poeta

também. Gosto muito dele, pois tem eloqüên cia nos seus discursos e um poder de con-vencimento admirável’.

“A convite do profes-sor Borges, participei, em setembro deste ano, de um

café filosófico, evento mediado por ele mensalmente na Casa das

Rosas, na Avenida Paulista, em São Paulo/SP. Ao término do encontro, ele, seu amigo, o também filósofo e professor doutor Valter José Maria, e eu confabulávamos sobre o tema da palestra e mencionei o trabalho educacional da LBV. Ao dizer isso, o professor Valter exclamou: ‘Paiva Netto! O Irmão Paiva! Conheço e ouço. É incrível, Borges, a gente o ouve e não encontra nenhum erro de português!’. E o professor Borges confirmou: ‘É isso mesmo, eu sei disso’.

“Parabéns ao diretor-presidente da LBV. Ele é ético com muita estética”.

Maria José do Monte

Cida

Lina

res

Cartas, e-mails, livros e registros

Aos 84 anos, faleceu o médium, jornalista e escritor Jorge Rizzini, em 17 de outubro, depois de deixar a Argentina, no vôo de volta para o Brasil. Conhecido pesquisador psíquico, natural de São Paulo/SP, ele nas-ceu em 25 de dezembro de 1924. Ganhou a fama de guardião da Espiritualidade, justamente pela determinação em defen-der os ideais do Mundo Invisível e por ter convivido com Chico Xavier, Waldo Vieira e Yvonne do Amaral Pereira.

Entre as honrarias que recebeu, es-tão as láureas pela União Brasileira de Escritores e pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Foi diretor do Museu da Imagem e do Som, da União Brasileira de Escritores, presidente do Clube dos Jor-nalistas Espíritas de São Paulo e autor de dezenas de livros, inclusive sobre a Fenomenologia Mediúnica, dos quais se destacam Materializações de Uberaba, Caso Arigó e Kardec, Irmãs Fox e Outros, além da biografia sobre o amigo Herculano Pires.

O professor Jorge Rizzini foi um dos palestran-

Defensor da Paz e da Espiritualidadetes da Segunda Sessão Plenária do Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV, ocorrida em Brasília/DF, em outubro de 2004, no Parlamento Mundial da Fra-ternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV. Sobre

o evento, Rizzini expressou:“Quero cumprimentar José de Paiva Netto por seu idealismo fora de série, por sua coragem e garra de realizar um evento de tamanha importância como é este que estamos presenciando: Espírito e Ciência. É uma emoção poder partici-par desta festa que atinge até mesmo o Astral Superior”.

Pouco antes de falecer, Rizzini afirmara que a primeira coisa a fazer,

logo na chegada ao Plano Espiritual, seria reencontrar a mãe.

A Legião da Boa Vontade e seu dirigente dedicam ao Espírito eterno desse amigo as mais sinceras vibra-ções de Paz e serenidade, extensivas a toda a família e amigos.

(Colaboração: Walter Periotto)

Fern

ando

Fra

nco

In memoriam

14 | BOA VONTADE

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Rio Grande do Sul, dr. claudio Lamachia, reservou espaço na agenda para visitar, no dia 15 de setembro, duas unidades da Legião da Boa Vontade (LBV) no Estado gaúcho: o centro comunitário, em Porto Alegre/RS, e o Lar e Parque Alziro Zarur, em Glorinha/RS. A estrutura física das unidades da Instituição também foi destacada pelo dr. Claudio: “Pude verificar a organização do Lar, das casas onde as crianças dormem, o carinho com que são tratadas, a limpe-za e a organização. Isso realmente chama muita atenção. (...) Aqui se inspira toda essa situação de Paz e de tranqüilidade. Caminhar nesta área tão bem cuidada, que abriga crianças, que trabalha no presente projetando o futuro, é importantíssimo”, afirma.

Outro aspecto que chamou a atenção do visitante foi a Pedagogia do Cidadão Ecumênico*, linha educacional imple-mentada pela LBV: “(...) Sempre que nós tivermos a educação com esta visão que eu presenciei aqui hoje, seguramente nós estaremos caminhando a passos largos para a correção dos equívocos que ainda temos na nossa sociedade”.

Em nome dos gaúchos, finalizou a entrevista exaltando: “Eu, que nasci em Porto Alegre e recebi esta homenagem aqui na nossa cidade, tenho de devolver essa homenagem dizendo ao Paiva Netto da nossa satisfação em tê-los no Rio Grande do Sul. É um trabalho que deve servir de paradigma para outras entidades!”.

Presidente da OAB-RS visita a LBV

* Saiba mais sobre a Pedagogia do Cidadão Ecumênico na reportagem especial sobre o assunto na página 50.

Lucia

n Fa

gund

es

Fiquei entusiasmada com Reflexões da Alma, de Paiva Netto, editado aqui. Dirigi-me à loja Fnac e o livro já estava esgotado. Mais tarde, comprei-o e fiquei muito contente. (...) Esta obra é um guia prático. No nosso dia-a-dia podemos abri-la e encontrar, com certeza, resposta aos nossos problemas, à nossa situação no momento. É também um livro científico, e muito mais: trata de cultura, de arte; encontramos em Reflexões da Alma mais de vinte pinturas. Interesso-me muito pela cultura em geral e nele encontro mais de 200 nomes de pessoas de todos os séculos. Evidentemente, também de pessoas da Alemanha; eu sou alemã, mas radicada em Portugal. Ele não é para ser lido de uma vez só, é para o futuro, porque vamos descobrir nele, todos os dias, novidades, como estou a descobrir. (Helga Giebelhausen de Campos, Porto, Portugal)

Reflexões da Alma é sucesso em Portugal

Uma concorrida noite de autógrafos, no dia 5 de novem-bro, no Rio de Janeiro/RJ, marcou o lançamento do livro Estilo Ipanema — Viva com saúde sem abrir mão do prazer, de autoria do renomado cardiologista dr. carlos scherr. Na obra, o autor propõe uma mudança permanente nos hábitos de vida, a fim de diminuir a incidência de doenças cardiovasculares e tantas outras preocupantes, a exemplo do diabetes. “Levar uma vida saudável não é ruim, nem chato e desagradável. Você pode viver mais e com saúde sem precisar levar uma vida de restrições, com proibições e chata. É só adotar o estilo Ipanema”, convida o dr. Scherr, em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, internet e revista).

Ao ser saudado pelos representantes da LBV, o cardiologista expressou: “Eu tenho o maior carinho por Paiva Netto e a maior admiração pelo trabalho dele, por essa oportunidade que ele dá de levar as informações que o povo tanto precisa”. Na seqüência, autografou um exemplar da obra, com a mensagem: “Para o querido Paiva Netto. Espero que seja útil. Com um abraço, Carlos Scherr”.

Estilo Ipanema, novo livro do cardiologista dr. Carlos Scherr

Vivia

n Ri

beiro

Vivia

n Ri

beiro

BOA VONTADE | 15

O Templo da Boa Vontade (TBV), uma das Sete Maravilhas de Brasí-lia/DF, recebeu, no dia 5 de agosto, a visita da sra. Snezana Kerim, esposa do dr. Srdjan Kerim, que presidiu a 62a Sessão da Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Acompanhada pela diplomata Maria Silvia, do Itamaraty, a sra. Kerim se mostrou maravilhada com o Templo do Ecumenismo Irrestrito. “Sinto que não quero mais voltar para casa, gostaria de ficar mais. Neste Templo da LBV senti muita Paz interior e harmonia. É algo surpre-endente, lembrarei por toda a minha vida!”, declarou emocionada.

Depois de fazer a caminhada pela espiral da Nave do TBV, a visitante comentou: “Tudo aqui é diferente dos lugares que conheci, já viajei muito. (...) A gente caminha na parte escura [da espiral], faz uma prece e, depois, volta pela parte clara com a sensação de estar purificada. Algo mudou; interiorizei mais e mais Paz. Adorei!”.

Impressionada com tudo o que vivenciou no ambiente, a sra. Kerim fez questão de mandar um recado ao dirigente da Legião da Boa Von-tade e fundador do Templo da Paz: “Gostaria de dizer algumas palavras especiais ao presidente José de Paiva Netto, que me concedeu a oportuni-dade de estar aqui, de fazer parte do Templo por um momento e senti-lo de forma especial. Muito obrigada”.

Alguns dos alunos da Escola

de Educação Infantil da LBV em Taguatinga, cidade-satélite do Dis-trito Federal, prepararam recepção especial para a sra. Kerim no Salão Nobre do monumento. Os meninos e as meninas a presentearam com flores, um cartão confeccionado pelos próprios estudantes e uma réplica do cristal do TBV instalado no pináculo da Pirâmide da Paz. “As crianças da LBV são adoráveis, cheias de Amor. Elas nos mostram como devemos viver toda nossa vida para mantermos sempre este sentimento e essa Paz conosco”, afirmou a sra. Snezana Kerim, que recebeu também publicações da LBV em inglês.

Snezana Kerim: “Neste Templo da LBV senti muita Paz interior e harmonia”.

Da esq. à dir.: Maria Silvia, diplomata do Itamaraty; o representante da LBV Paulo Medeiros; a sra. Snezana Kerim, esposa do dr. Srdjan Kerim, que presidiu a 62a Sessão da Assembléia-Geral da ONU; e o jornalista Gilberto Amaral.

Janine Martins

Algumas das crianças atendidas pela LBV prestaram homenagem à visitante

Fotos: José Gonçalo

“Tudo aqui [no Templo da Boa Vontade] é diferente dos lugares que conheci, já viajei muito. (...) A gente caminha na parte escura [da espiral], faz uma prece e, depois, volta pela parte clara com a sensação de estar purificada. Algo mudou; interiorizei mais e mais Paz. Adorei!”

Snezana ao centro da Nave

do TBV

Cartas, e-mails, livros e registros

16 | BOA VONTADE

José Carlos Araújoespecial para a BOA VONTADE

Já começou a preparação para a Copa do Mundo de 2014. E o Brasil tem tudo para fazer a mais empolgante de todas

as edições, em todos os aspectos. Raro é o país que pode oferecer tanta magnitude como o nosso. Primeiro, por ser uma nação de dimensões continentais, tem de tudo para to-dos: clima, opções de turismo e um grande número de capitais, todas em condições de serem cidades-sede.

A partir de agora, cada uma das 18 cidades candidatas tem prazo de seis meses para conven-cer a FIFA, por meio de projetos. Certamente, todas as candidatas são cidades admiráveis e podem unir o amor pelo esporte e o gla-mour de uma Copa do Mundo com incontáveis oportunidades de turismo.

Está formado o cenário para mostrar à FIFA toda a grandio-sidade do Brasil, que tem muito mais do que Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre. Que outro país pode oferecer tanto? Natal, Salvador,

As cidades da Copa do Mundo

José Carlos Araújo, comunicador da Rádio Globo do Rio de Janeiro.

Arqu

ivo p

esso

al Florianópolis... E que tal uma Copa do Mundo em plena Ama-zônia, com jogos em Manaus e em Belém?

Agora, sediar jogos da Copa do Mundo de 2014 depende de cada cidade. Porque não basta ter belezas naturais. É preciso mais. A FIFA exi-ge estádios seguros e confortáveis, uma rede hoteleira capaz de receber as pessoas que chegarão do mundo todo e, é claro, a tecnologia mínima para atender a um evento do porte dessa competição.

Já é hora de correr contra o tempo, porque o relógio não pára. A Copa de 2014 parece distante, mas está muito mais próxima do que se imagina, quando, entre outros pontos, são exigidos es-tádios que, se ainda não tiverem de ser construídos, deverão ser amplamente reformados.

As cidades — e disso não es-capam as grandes capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro — terão de oferecer condições de transporte que passem ao largo de seus habituais congestiona-mentos. Isso pode ser traduzido em novas linhas de metrô,

faixas exclusivas para veículos e outras soluções que precisam ser pensadas desde já.

São seis meses para botar no papel o que se pretende fazer e, se a cidade for escolhida, menos de seis anos para realizar todo o pro-metido. Não basta sonhar e propor; tem de tornar o sonho real.

É importante lembrar que uma Copa do Mundo não é um mero evento esportivo, mas, sim, um enorme programa econômico, social e turístico. Principalmen-te, é um desafio à criatividade dos organizadores. Uma Copa do Mundo envolve muitos inte-resses, talvez até maiores do que fazer gols e se tornar campeão.

O Brasil tem condições de ofe-recer, talvez, a mais importante de todas as Copas do Mundo. Pode mostrar ao Planeta toda a sua capacidade inventiva e desenvol-ver um evento inesquecível sob todos os aspectos. Só precisa ter planejamento, organização e se-riedade para cumprir tudo o que se comprometer a realizar.

Opinião EsportivaColuna do Garotinho

BOA VONTADE | 17

A noite de terça-feira, 4 de no-vembro, entrou definitiva-mente para a posteridade, ao ser confirmado o que quase

todas as pesquisas eleitorais indi-caram: os Estados Unidos decidi-ram pela renovação. O democrata Barack Hussein Obama, 47, falou à multidão que o aguardava, em Chicago, já como o primeiro presidente afro-americano e o 44º da história dos EUA.

Além desse expressivo fato, o democrata conseguiu o maior percentual já registrado pelo seu

Barack Obama: primeiro presidente afro-americano dos EUA

partido desde Lyndon B. John-son, que teve 61,1% dos votos em 1964.

No discurso da vitória, evocou o lema que o projetou na cam-panha: “A mudança chegou aos Estados Unidos. Vocês colocaram as mãos no arco da história e escolheram a esperança em um novo dia”. Obama ainda agradeceu à equipe que o assessorou, a seu vice, Joe Biden, à esposa, Michelle, e às duas filhas, e, emocionado, lembrou

a avó, Madelyn Dunham, que falecera três dias antes.

Em seu pronunciamento após a confirmação do resultado, o candidato republicano, John McCain, congratulou-se com o novo presidente: “Esta é uma eleição histórica, e reconheço o

significado especial que ela tem para os afro-americanos e para o orgulho todo especial que deve ser deles nesta noite. Sempre acreditei que os Estados Unidos Joe Biden

Eleições/EUA

Leila Marco

EM FAMÍLIA O presidente eleito Obama, com as filhas, Sasha e Malia, e a esposa, Michelle, chegam à festa da vitória.

Divu

lgaçã

o

Xinh

ua/Z

hang

Yan

/AE

18 | BOA VONTADE

oferecem oportunidades para todos os que são trabalhadores e que têm vontade de trabalhar. O senador Obama acredita nisso também”. Ao término, afirmou: “Desejo boa sorte ao homem que foi meu oponente e será meu presidente”.

Obama, que em árabe significa “abençoado”, nasceu a 4 de agos-to de 1961, em Honolulu (Havaí). Filho de Barack Hussein Obama (de origem queniana) e de Ann Dunham (nascida no Estado do Kansas), passou a infância no Havaí e na Indonésia.

Quando jovem, trabalhou em comunidades pobres, e sua destacada formação acadêmica se deu em prestigiados centros de es-tudo dos EUA: é bacharel em Ciência Política pela Universidade de Colúm-bia, de Nova York/NY, e cursou a Faculdade de Direito de Harvard, em Cambridge, Massa-chusetts. Foi o primeiro presidente da Harvard Law Review, uma revista de Direito editada pela universidade.

Também atuou em favor dos Direitos Huma-nos e ministrou aulas de Direito Constitucional. Em 1996, foi eleito para o Senado de Illinois (ór-gão do poder legislativo local), onde permaneceu até 2004, ano em que se tornou senador do Congresso americano.

Repercussão mundialAo ser confirmado presidente,

diversas nações, a exemplo do

Shimon Peres

Luiz Inácio Lula da Silva

Reino Unido e do Canadá, logo ressaltaram apoio, expressando a

vontade de estreitar, ainda mais, os laços. Na França e na Rússia, ficou claro o desejo de fortalecer as relações com os EUA. Em Israel, o presidente Shimon Peres afirmou: “O mundo precisa de um

grande líder. (...) Deus o aben-çoe”. No Quênia, o dia foi de festa, sendo decretado feriado nacional.

Segundo a agência de notícias EFE, o presidente da Autoridade

Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, igual-mente parabenizou Obama, por meio de seu porta-voz, Saeb Erekat:“Felicitamos o futuro presidente Obama e esperamos que continue envolvido no processo de

paz entre israelenses e palestinos”.O presidente Luiz Inácio Lula

da Silva encaminhou mensagem ao novo líder norte-americano, enfatizando que esta também re-presenta uma vitória dos ideais de Direitos Humanos e da resistência

pacífica contra a opressão racial. “Estou certo de que, sob a lide-rança de Vossa Excelência, os Estados Unidos responderão a esses desafios ins-pirados pela ‘intensa urgência do agora’ deman-dada por Martin Luther King”.

Primeiro go-vernante negro da África do Sul, Nelson Mande-la registrou feli-citações ao democrata. Em carta divulgada por sua Fundação, Man-dela parabeniza o presidente eleito e faz um apelo para que ele lute contra a pobre-za: “Sua vitória demonstrou que nenhuma pessoa no mundo deve deixar de sonhar em transformar o mundo em um lugar melhor”.

DOIS MOMENTOS (1) A imagem, de 1979, registra o afetuoso abraço de dona Madelyn Dunham no neto Obama, por ocasião da cerimônia de formatura dele no Ensino Médio, no Havaí. (2) Ele cumprimenta o candidato republicano, John McCain.

Martin Luther King

Mahmoud Abbas

Nelson Mandela

1 2Di

vulga

ção

Divu

lgaçã

oDi

vulga

ção

Divu

lgaçã

oDi

vulga

ção

Divu

lgaçã

oEF

E/M

atth

ew C

avan

augh

/AE

BOA VONTADE | 19

O talento e o alto-astral de Luciana Mello

Cantar faz bem, melhora o humor e o astral, eleva o Ser Humano. Para uma das vozes mais belas da nova

geração da música brasileira, a cantora e compositora Luciana Mello, ainda é mais: parece marca impressa no próprio DNA. “Eu canto o dia inteiro, como o meu pai. (...) Penso, e o meu pensar é cantando. As coisas vêm para mim em forma de música”, conta a caçula dos Rodrigues, explicando o talento inato.

O dom de cantar, aliás, foi cultivado e multiplicado no amor em família: ela, o pai, Jair Ro-drigues, e o irmão, Jair Oliveira, todos grandes intérpretes e com-positores.

Em entrevista à BOA VONTA-DE, outro ponto também surgiu forte: o amadurecimento pro-

fissional de Luciana, cuja carreira se iniciou precocemente, antes dos 5 anos, graças à percepção do pai, que

soube ver o talento e a disposição da menina.

Por isso, apesar de jovem, Luciana completa 25 anos de carreira, sabendo exa-

tamente aonde quer chegar e o que deseja passar para o público. Um bom exemplo é o

disco Nêga, com o qual a cantora trabalha desde o ano passado. Fo-ram três anos, depois do CD L.M., para concretizar esse passo: “É muito legal, mas trabalhoso. Tem de saber o que quer, estar seguro para ter essa liberdade. Você esco-lhe o repertório, e a sua cara está em todos os pedacinhos”.

do BemSangue bom

PerfilLuciana Mello

Ike L

evy

Leila Marco

20 | BOA VONTADE

No bate-papo, a cantora falou ainda sobre a participação dela e dos familiares nas iniciativas socioeducacionais da Legião da Boa Vontade: “É sempre o maior prazer fazer parte dos projetos da LBV. A gente participa há muito tempo, fazendo as ações sociais da LBV (...) desde moleca, desde os 14, 15 anos”.

É com essa alegria de viver que Luciana Mello abre o coração e conta os planos, entre os quais a gravação, em fevereiro de 2009, do primeiro DVD.

BOA VONTADE — Nêga traz dife-rentes ritmos e muito de sua ca-racterística como compositora e intérprete. Foram quase três anos preparando este material...

Luciana Mello — No L.M., que foi o CD anterior, estava numa gravadora grande. E esse processo de ir para um selo in-dependente demora um pouco mesmo. Na verdade, passou até muito rápido, não pensei em ficar três anos sem gravar. O Nêga saiu pela S de Samba. É muito legal, mas trabalhoso. Tem de saber o que quer, estar segura para ter essa liberdade. Você escolhe

o repertório, e a sua cara está em todos os pedacinhos, nos detalhes; na foto, na diagramação, não só as músicas, os arranjos... Fica seu filho, uma proprie-dade sua. Nesses três anos, consegui ouvir de tudo, amadurecer idéias, e como pessoa também. Esse amadurecimento ajuda na hora de fazer um disco, de escolher o que deseja. Busquei essa simplicidade do som, a coisa mais natural para o meu ouvido, e achei muito bom que as pessoas gostaram.

BV — No CD, chamam a atenção alguns versos, como na música Na veia da Nêga: “Um povo forte, de sangue bom do bem”.

Luciana Mello — Fiz essa música com o Jair Oliveira. Pensei nessa letra em uma madrugada,

acordei pensando: ... na veia da nêga/ que corre sangue bom do bem/ na veia da nêga. E liguei para o Jair, porque sempre brin-co, ele fica até bravo comigo. Eu digo: “Você é melhor de letra do que eu”, e ele diz: “Que bobagem é essa, tem de fazer!”. E falei: “Vamos fazer juntos, me ajuda?”. Uma música pra frente, pra cima, que é como sou. As pessoas passam

FAMÍLIA QUE TRABALHA UNIDA Jair Rodrigues (pai), os filhos, Luciana e Jair Oliveira, e a mãe, Clodine.

Foto

s: Ike

Lev

y

“Tenho 100% de confiança nessas pessoas

(meus pais e irmão). Sei que é para o meu bem. Quando estou errada, minha mãe não passa a

mão na cabeça, aí repenso e sigo em frente.”

BOA VONTADE | 21

com problemas e quando subo no palco e começo a cantar, some tudo, parece até mágica. Para mim, realmente, cantar faz muito bem! Acho que isso acontece para todo mundo, a música leva embora tudo de ruim. E essa canção tem algo curioso, porque estávamos na Sala São Paulo, com Jair e meu pai, para gravar um programa de TV, demorou bastante e o Jair to-cou no violão Rosas e Mel, então eu disse: “Essa nunca escutei, guarda, que vou gravá-la no meu próximo disco”. O Jair me disse:

“Fiz ontem lá em casa”. Essa é a vantagem de ser irmã de compositor (risos).

BV — Na sua casa o can-tar é em família. Eles es-

tão sempre presentes em seu trabalho?

Luciana Mello — Sim! Mi-nha mãe ajuda muito, é preciso alguém com o pé no chão para

segurar três artistas; não é fácil. Trabalhar em família é muito bom. O Jair produziu os meus quatro CDs-solo. No primeiro, em 1995, ele trabalhou três faixas, porque estava nos EUA; a nossa comunicação é fácil. Fiz um disco muito rápido, em quatro meses, foi uma loucura: ler repertório, ensaiar, gravar, fazer mixagem, masterizar, cuidar da capa, acho que não sairia nada se ele não me conhecesse, pois o produtor e o artista têm de ter uma afinidade grande, união, harmonia. O Jair é muito profissional, já produziu discos para o nosso pai, para o Tom Zé, o MPB4 (...) sabe separar as coisas. Ele liga uma chave para o artista e outra para o produtor. E em família é tudo muito legal, apesar de uns quebra-paus; mesmo que alguma coisa dê errada, a gente sempre ouve o outro. Tenho 100% de confiança nessas pessoas, sei que é para o meu bem. Quando estou errada, minha mãe não passa a mão na cabeça, aí repenso e sigo em frente.

BV — Galha do Cajueiro está tam-bém nesse CD. Por que escolheu uma canção mais antiga?

Luciana Mello — Sempre gostei dela e queria uma música antiga; lembrei-me de quando era criança e escutava essa canção. E Galha do Cajueiro é uma ho-menagem ao [Wilson] Simonal e ao seu trabalho. Infelizmente, o talento dele foi reconhecido por pouquíssimo tempo, eu diria. As

por dificuldades, mas sempre tento levantar a bola. Enfim, não posso pedir mais nada a Deus, tenho só de agradecer a família incrível, a saú-de, um trabalho maravilhoso, amo o que faço. Achei legal as pessoas terem esse tipo de leitura, recebi bastantes e-mails de pes soas negras dizendo: “Puxa, legal! Você fez uma música que fala dos negros, me deu uma força!”.

BV — Falando de força, a música Rosas e Mel parece uma prece, alivia o coração.

Luciana Mello — É a minha cara, canto o dia inteiro, como o meu pai; quando ele faz show, sai assobiando do palco. Mesmo no trânsito, ajuda a aliviar o estresse. Penso, e o meu pensar é cantando. As coisas vêm para mim em forma de música. Não pensem que a gente sobe no palco e está tudo bem sempre, muitas vezes estamos

“É sempre o maior prazer fazer parte dos projetos da LBV. A gente participa há muito tempo, fazendo as ações sociais da LBV (...) desde moleca, desde os 14, 15 anos.”

Tom Zé Wilson Simonal

Perfil

Divu

lgaçã

o

Divu

lgaçã

o

Foto

s: Ci

da L

inare

s

Luciana Mello já participava da Ronda da Caridade, da LBV, no ano de 1997.

22 | BOA VONTADE

panela, isso qualquer um pode. Eu fiz a Ronda da Caridade da LBV nas ruas, fui até as praças do Cen-tro [de São Paulo] ajudar. Havia muita comida para distribuir, foi muito bom.

BV — Qual mensagem gostaria de deixar aos leitores da BOA VONTADE e aos colaboradores da LBV?

Luciana Mello — Deixo todo o meu carinho por fazerem a dife-rença em todo este Brasil. Espero que continuem, que cada vez mais pessoas consigam se juntar, falar com seus vizinhos para ajudar. As-sim a gente colabora também com o Planeta. A todos da LBV, muito obrigada! Com certeza, estaremos juntos sempre.

pessoas poderiam ouvir mais o que ele fez. Sempre ouço Simonal, gosto muito dele.

BV — Como foi essa coisa de começar a carreira cedo?

Luciana Mello — Meus pais nos descobriram. Jair e eu temos uma diferença de quatro anos, sou a caçulinha; começamos com 5 anos. Meu pai diz que via muito na gente o interesse musical. Ele sempre trazia produtores musicais, artistas, e nós olhávamos as pessoas em nossa casa, as mesmas que víamos na TV. Quando meu pai estava ensaiando o repertório, se num determinado mo-mento esquecia, a gente o lembrava. Ele afirmava: “Essas crianças sa-bem a música que estou acabando de aprender!”. E aí nos chamou para gravar com ele a música O Fi-lho do Seu Menino, do Hildo Hora, arranjador e compositor. Depois, tive muita aula de canto, música e piano, e minha mãe me incentivava a fazer teatro, dança.

BV — Com seu pai, você fez um pot-pourri de Dois na Bossa, gra-vado originalmente pelo próprio Jair Rodrigues e Elis Regina, na década de 1960. Muita responsa-bilidade?

Luciana Mello — Isso mesmo. Tinha 12 anos de idade e cantei no mesmo tom da Elis. Na época não tive essa coragem toda, mas meu pai disse: “Vai, filha!”. Ele real-mente me deu muita força.

BV — Já está trabalhando no seu primeiro DVD?

Luciana Mello — Sim. No ano que vem, vou gravar, será no Au-

ditório do Ibirapuera. Na verdade, é um trabalho de nove anos, um reconhecimento de toda a equipe, até o pessoal do escritório, todos os meninos da banda. Sempre digo que não sou só eu, Luciana Mello, é toda essa rapaziada que está a meu lado. Também estou num projeto com Jair, meu irmão, que se chama O Samba me cantou. Vai ser muito chique: o Jair de terno e eu de vestidão, quatro músicos no palco, a formação tradicional de samba: um violão de sete cordas, duas percussões e um cavaquinho. Vamos começar com esse projeto no início do próximo ano.

BV — Que recado daria aos jovens que estão começando?

Luciana Mello — Não pensem muito em fazer televisão; toquem em shows, ao vivo. Há muitas casas pequenas, às vezes, sem aquele som deslumbrante, enfim, não é fácil, mas o artista tem de trabalhar, tem de ser visto. O que fiz no projeto Artistas Reunidos foi isso, tocamos até alguém nos ver, até dar sorte. Ralei muito.

BV — Falando em incentivo, em ser solidário, você e sua família, aliás, sempre demonstraram esse lado...

Luciana Mello — Temos o dever como cidadãos neste mun-do. O que adianta ser alguém e olhar para o lado e ver uma pes-soa passar necessidade? Gosto de colaborar com uma iniciativa, comprar alguma coisa, cobertores, remédios etc. A gente pode ajudar com um sorriso, um carinho, ir lá e fazer uma comida, mexer uma

Ike L

evy

BOA VONTADE | 23

www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com • www.boavontade.com •

As ações do programa Espaço de Convivência, oferecido pelo Centro Comunitário e Educacio-nal da LBV, em Ribeirão Preto/SP (Rua Rio de Janeiro, 383, Campos Elíseos, tel.: (16) 3610-0006), vêm mudando para melhor a vida de mulheres em situação de risco social. Uma das atividades é o projeto socioambiental de confec-ção de sabão caseiro a partir da reutilização do óleo de cozinha. A estudante de Serviço Social Aman-da Thomazinho, que ministra o curso voluntariamente, viu na LBV a possibilidade de desenvolver uma ação capaz de ajudar o meio ambiente e também uma forma de gerar renda às famílias atendidas.

Dar condições às famílias para que saiam da situação de risco social é uma das metas que norteiam as ações que a LBV promove em suas diversas unidades pelo Brasil. Na capital paraense, enquanto as crianças freqüentam as aulas da Escola de Educação Infantil Jesus, as mães par-ticipam de oficinas de geração de renda. Isso tem contribuído para a socialização e a auto-estima delas. Num desses cursos, o de macramê, as mulheres aprendem a técnica de tecer fios sem a utilização de máquina. Com o uso da imaginação, pouco a pouco elas fazem surgir cortinas, estantes, abajures e bolsas, entre outros utensílios. A atividade, ministrada pelo professor voluntário Natanael Barbosa de Faro, conta com o apoio da ONG Moradia e Cidadania.

A Legião da Boa Vontade reformou e ampliou o seu Centro Educacional, Cultural e Comunitário na capital sul-mato-grossense para melhorar ainda mais o atendimento às comunidades em situação de vul-nerabilidade social. O empreendimento é composto por quatro amplas salas para atividades, um ambiente de coordenação pedagógica, sala para o serviço social, recepção e área administrativa. Na parte externa, o projeto contempla a construção de uma quadra esportiva para recreação das crianças atendidas pela Instituição.

R I B E I R Ã O P R E T O B E L é M / P A

C A M P O g R A N D E / M S

Ação socioambiental Auto-estima e geração de renda

Modernização e ampliação da escola

“Graças a Deus e à LBV, que me deram esta oportunidade, já tenho clientes que compram meus materiais feitos em macramê. Está melhorando a vida da minha família!”

Kelly CardosoMãe atendida pela Instituição em Belém/PA

Rui P

ortu

gal

Foto

s: An

alice

Bar

celá

V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V ! Travessa Padre Eutíquio, 1976 — Batista Campos — Belém/PA — Tel.: (91) 3225-0071

Ajude a LBV em Campo Grande/MS: Av. Marechal Deodoro, 5.055, Aero Rancho — Setor VII — Tel.: (67) 3317-6300.

boavontade.com

LBVé ação!

Arqu

ivo B

V

24 | BOA VONTADE

A Legião da Boa Vontade (LBV) participou como delegada da “Conferência Brasil contra a Violência —

Superação da Violência e Promo-ção da Cultura de Paz”, promo-vida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em sua sede na capital federal, entre os dias 3 e 5 de setembro. No encontro foram discutidos os números e as causas da violência no País; anualmente os homicídios, os suicídios e o trânsito levam à morte mais de 90 mil pessoas, segundo dados oficiais do Governo.

As cerimônias de abertura e encerramento foram conduzidas pelo dr. Cezar Britto, presidente do Conselho Federal da OAB, e pelo dr. José Augusto Lopes, coordenador-geral da conferência. O evento reuniu lideranças de diversos segmentos da sociedade, presidentes de seções estaduais da OAB, intelectuais, políticos e re-presentações religiosas, a exemplo

da Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho das Igrejas Cristãs do Brasil.

Destaque também para a presença dos ministros de Esta-do Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Tarso Genro, da Justiça; Nilcéa Freire, da Secretaria

OAB e LBV no combate à violência

Especial de Políticas para as Mu-lheres; João Otávio Noronha, do Superior Tribunal de Justiça. To-dos eles falaram das providências que têm sido tomadas pelo Go-verno e enfatizaram a importância da participação da sociedade no combate à violência.

O representante da LBV na conferência, radialista Enaildo Viana, relata: “Após cada pai-nel, a Legião da Boa Vontade se dirigia aos debates dos temas, e

os conceitos dela sobre a necessi-dade de se trabalhar a cidadania plena, despertando o sentido de Educação com Espiritualidade, foram acolhidos e inseridos no relatório final”.

Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, internet e revista), cujo lema é justamente “Educação e Cultura, Saúde e Trabalho com Espiritualidade Ecumênica”, o dr. Cezar Britto agradeceu a di-vulgação constante do tema pela rede e comentou: “A violência vem assustando a todos nós. Veja os números de mortes provoca-das que ocorrem diariamente em nosso País, apresentados pelo Ministério da Justiça. Além da violência contra a mulher, o negro, a criança, o idoso, enfim, as minorias. Precisamos mudar isto. E tem de ser um mutirão do poder constituído com a sociedade civil, a exemplo da LBV e outras organizações”.

Número de mortes provocadas no Brasil

(2006)47.477 homicídios34.954 mortes no trânsito 8.344 suicídiosSão em média 249 óbitos por

dia, relacionados à violência, núme-ro superior às mortes causadas por um acidente de avião.

Dr. José Augusto Lopes, coordenador-geral do evento, Enaildo Viana, da LBV, e dr. Cezar Britto, presidente do Conselho Federal da oAB.

Fonte: Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde

Patrus Ananias

Tarso Genro

Da RedaçãoFotos: Lina Silva

Notícias de Brasília

BOA VONTADE | 25

Conciliar os compromissos de atriz, apre-sentadora de TV, comediante, mãe e escritora não parece tarefa fácil. O que dizer, então, de acrescentar a

essa lista o desafio de alcançar qualidade de vida em meio ao corre-corre de uma grande metrópole? Patricya Travassos responde sem titubear: “É um somató-rio de coisas, principalmente é você, dentro de você, fazer uma alquimia de não emburacar no estresse”.

A vocação de lidar com a arte e o desejo de estabelecer um equilíbrio entre a saúde do corpo e a mental é um intento que acompanha a atriz desde cedo. Logo na infância, adotou a dieta vegetariana e, aos 20 anos, após viagem à China, ampliou os horizontes a respeito da medicina alterna-tiva. Da experiência pessoal para o campo profissional, Patricya pôde aprimorar o conhecimento que colheu ao longo do tempo para compartilhar com os telespectadores do programa Alternativa Saúde, da GNT.

Naquela mesma época da viagem ao Oriente, iniciou sua carreira na dramaturgia, ingressando no famoso grupo de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone, ao lado de Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães e

Atriz e apresentadora de TV, Patricya Travassos revela como busca a saúde do corpo e da mente

De bemcom a vida!

Abrindo o CoraçãoPatricya Travassos

Sarah Jane

Divu

lgaçã

o

26 | BOA VONTADE

De bemcom a vida!

Evandro Mesquita, entre outros, criando e atuando nas peças Trate-me leão e Aquela coisa toda. De lá para cá não parou e, simultanea-mente, lida com os mais diferentes meios culturais. Aliás, entre uma atividade e outra, a atriz da Rede Record atendeu a equipe da revista BOA VONTADE para a entrevista que se segue.

DO OUTRO LADO DO MUNDO

BOA VONTADE — A opção por uma vida mais saudável a acom-panhava já na infância?

Patricya Travassos — Eu era pequenininha quando falei para minha mãe que queria parar de comer carne porque eu não gosta-va de comer bicho. Ela achou que ia ser fogo de palha e deixou. E aquilo foi levando a outras coisas; fui aprendendo a cozinhar, a fa-zer comidas mais saudáveis sem carne. Venho de uma geração, a dos anos 1970, que começou a contemplar uma filosofia mais oriental, a se conectar com outro tipo de percepção da vida. Mi-nha mãe trabalhava com turismo — acho que ela foi a primeira brasileira a entrar na China dos anos 1970, na época de Mao

Tsé-Tung, que era completa-mente comunista, fechada.

Não havia turismo na Chi-na. Ela conseguiu um

visto e levou alguns grupos para lá. E

pude ir em 1975, um ano antes de

Mao Tsé-Tung morrer.

BV — Quais boas lembranças da viagem?

Patricya — Lá eu vi vários tipos de tratamento. A acupuntu-ra, no Brasil daquela época, era considerada uma coisa extrema-mente exótica; e lá eu vi opera-ções com as pessoas sentadas, acordadas, anestesiadas pelas agulhas. Percebi que não era uma medicina exótica. Ela era super-fundamentada em 10 mil anos de experiência chinesa; ela só não era fundamentada nos padrões a que a gente está acostumada. E na China se fazia também muito fitoterápico; lá reabilitaram todo o conhecimento sobre as ervas, chás e as formas de cura através da Natureza, assim como conhe-cimentos de cura que tinham e estavam sendo perdidos. E eles misturavam as duas medicinas, iam até onde podiam com uma medicina e entravam com a outra quando era necessário. A partir daí eu comecei a ver as coisas de outra forma, isso nos anos 1970, muito antes de as pessoas começarem a pensar nisso. Vi, in loco, como aquela medicina espalhada pelo país inteiro era baseada em conceitos milenares. Aquilo foi importante para mim,

porque não era uma experiência exótica; era uma realidade, uma forma de cura, superlegal, pois não era invasiva, não tinha quími-ca. (...) Gostaria de ir novamente, porque antes conheci uma China completamente virgem, um país parado no tempo, fechado para o mundo; os carros eram antigos, tudo era antigo. Eu gostaria de ver a China de agora, moderna.

NOS PALCOS

BV — Recentemente você es-treou a peça Monstra, criada a partir de crônicas suas...

Patricya — As crônicas eu escrevo há uns quatro anos para a revista Marie Claire. Quis escre-ver para uma revista justamente para ter uma rotina de escrever. Então, pensei assim: “Daqui a uns três anos posso publicar um livro”. E foi o que aconteceu. Dei o nome de Monstra porque é o título de uma das crônicas; gosto desse nome, pois causa estranheza. O livro saiu e eu co-mecei a perceber que ele poderia virar um filme, um programa de televisão. O Jorge Fernando, di-retor da TV Globo, é meu amigo de bastante tempo, e a gente já

“Eu era pequenininha quando falei para minha mãe que queria parar de comer carne porque eu não gostava de comer bicho.”

Divu

lgaçã

o

BOA VONTADE | 27

fez vários trabalhos juntos. Ele foi ao lançamento do meu livro e dias depois me ligou, falando: “A gente podia fazer uma peça”. Eu lhe disse: “Ah, Jorginho! Você não tem tempo, vai ficar me enrolando!”. E ele: “Não! Tenho sim! Tenho uma brecha boa na minha agenda, tal dia, tal época”. A irmã dele é produtora e ele me disse que ela estava com disponibilidade. As coisas foram caminhando e tudo o que a gente tentava, conseguia. Então, foi o momento de fazer. A partir disso, fiz uma adaptação para virar peça, usando sete crônicas do livro; e uma delas traz a situação que permeia toda a história. Criei um ambiente onde as coisas aconte-ciam, e o Jorginho dirigiu.

BV — O lado cômico é uma das suas características profissionais. É também um lado pessoal?

Patricya — (...) Se as pessoas têm uma ligação com o humor, não quer dizer que sejam palha-

ças o dia inteiro. Na verdade, o humor é um ponto de vista, uma maneira de ver as coisas. É claro que tenho um percentual crítico muito grande, da forma como eu vejo as coisas. Quando você tem uma coisa crítica, de certa forma, vê pelo lado engraçado as situações. Mas isso não quer dizer que eu, sendo vítima de alguma situação burocrática, chata, esteja rindo o tempo todo, não! Fico estressada e tudo mais.

LUz, CâMERA, gRAVAçÃO!

BV — O programa Alternativa Saúde tem a ver com suas atitu-des no dia-a-dia?

Patricya — Tem. Quando comecei a apresentá-lo é que passei a perceber que tinha uma bagagem pessoal de autoconhe-cimento, de percepção corporal, de cuidar da minha alimentação, diferente de muitas outras pes-soas. Percebi que eu era mais cuidadosa, enfim, que meu cami-nho tinha me levado a coisas que, pessoalmente, me interessavam e me davam certa bagagem sobre o tema, e isso poderia colaborar muito nesse setor. Apresento o programa há 11 anos. Nesse período acumulei muita coisa, aprimorei esse conhecimento. (...) No início ele era visto como um programa exótico. Hoje em dia, não há nenhum jornal que não tenha um caderno de saúde, de qualidade de vida. Todo mundo tem atualmente uma preocupação ecológica. Então, o que era visto como uma coisa de bicho-grilo,

“A pessoa pode se alimentar superbem e fazer exercícios e ainda ser uma pessoa extremamente estressada por dentro, sempre antecipando o problema, trazendo o rancor do passado, ódios, raivas, desilusões. É aí que mora o perigo: na cabeça da gente.”

Alex

andr

e Ca

mpb

ell

Patricya Travassos e Cynthia Howlett no programa

Alternativa Saúde

Jorge Fernando, ator e diretor de TV.

Andr

é Fe

rnan

des

Abrindo o Coração

28 | BOA VONTADE

anos atrás, hoje é lugar-comum. Você vê pela quantidade de revis-tas nas bancas e os jornais sobre o assunto. Enfim, virou uma coisa de todo mundo, de perceber, de tomar conta da saúde, virou uma coisa natural e uma preocupação geral.

BV — Como você aplica o con-ceito de qualidade de vida no dia-a-dia?

Patricya — Eu procuro, ao máximo, fazer exercícios. (...) A pessoa, porém, pode se alimentar superbem e fazer exercícios e ainda ser uma pessoa extrema-mente estressada por dentro, sempre antecipando o problema, trazendo o rancor do passado, ódios, raivas, desilusões. É aí que mora o perigo: na cabeça da gente. Por isso, o mais importante de tudo, para você ter qualidade de vida, é saber onde está a sua mente. (...) O dia em que a gente tiver um Ser Humano controlado, equilibrado, não vai haver mais guerra nem destruição planetária. As pessoas fazem isso porque es-tão num descontrole total. É uma revolução individual; se cada um cuidar de si, cuidar dessa raiva, desse ódio, desse descontrole, desse desequilíbrio, a gente cria um mundo novo.

VALORES E CRENçAS

BV — Onde você busca energia para conciliar a vida de atriz, es-critora e apresentadora?

Patricya — Sou igual a todas as mulheres com filhos, família, casa, trabalho, que também que-

rem se manter bem-dispostas, com boa aparência. Sou igual a todo mundo. A diferença é que eu lido num universo artístico, criativo. Mas o segredo é cuidar do dia-a-dia, do que é agora. Se hoje tenho algo para fazer e sinto que estou muito estressada, tento virar para a direita, para a esquer-da, para ver se eu acho um lugar mais confortável dentro de mim, para as coisas não ficarem tão estressantes. Não existe receita de bolo. É cuidar do dia-a-dia! Também não existe o “agora eu serei assim!” e você se torna. O Ser Humano é uma coisa viva, o tempo todo mudando.

BV — Você tem uma forma de se ligar com Deus?

Patricya — Deus é um nome que a gente dá a uma energia que emana. (...) Não O vejo como uma pessoa, mas como uma ener-gia que cria tudo, que faz as célu-las vibrarem, que faz os átomos rodarem, que faz os planetas exis-tirem, que faz o Universo, tudo.

Acho que a gente está dentro de uma coisa única, toda emanada por uma energia chamada Deus. Mas ainda temos uma forma mui-to infantil de ver Deus. Às vezes, temos até que vesti-Lo com uma roupa de velhinho, para parecer um Papai Noel. E esse Papai Noel não existe. (...) O grande pulo da Humanidade ocorrerá quando ela perceber que Deus está dentro dela. Isso não é uma ilustração, é uma realidade.

BV — Qual sua recomendação para que os jovens de hoje te-nham uma vida plena e saudá-vel?

Patricya — Isto já foi escrito e dito umas “trezentas” vezes, de diversas formas: “Conhece-te a ti mesmo”. É isso! É se conhecer em todos os níveis: emocional, espiritual, psicológico e físico. O corpo expõe muito, ele marca os lugares, as dores, os sapos que foram engolidos. Quando você se percebe fisicamente, percebe muita coisa.

Patricya grava programa na Califórnia

Divu

lgaçã

o GN

T

“O grande pulo da Humanidade

ocorrerá quando ela perceber

que Deus está dentro dela.”

BOA VONTADE | 29

tras (APL), abriu o ciclo de palestras explanando sobre “As Fundações e a Solidariedade Humana”. Em entrevista, elogiou o tema do encon-tro: “Quando uma fundação, uma associação de fundações se propõe a discutir a sua transparência, ela mostra que está assumindo um papel pedagógico”.

“Foi muito contributivo para a nossa federação. Nós levamos informações fantásticas e contatos com o Brasil todo”, destacou a di-retora da Federação das Fundações e Associações do Estado do Espírito Santo, Lourdes Ferolla Leandro. A presidente da Associação das Fundações do Estado do Ceará,

No dia 13 de setembro, ocorreu em São Paulo/SP o 4o Encon-tro Paulista de Fundações, realizado no Colégio Rio

Branco, da Fundação de Rotarianos de São Paulo, com o tema “Transpa-rência e Sucesso das Fundações: As Fundações em São Paulo, no Brasil e no Mundo”. O evento reuniu cen-tenas de profissionais que atuam na área e gestores fundacionais.

A Fundação de Rotarianos de São Paulo foi homenageada com o título de Membro Benemérito da Associação Paulista de Fundações (APF). Durante essa solenidade especial, Eduardo Marcondes Filinto da Silva, Eduardo de Bar-ros Pimentel e Cicely Moitinho Amaral passaram a figurar como membros honorários da APF. Ci-cely, que participou da fundação da APF, declarou à revista BOA VONTADE: “Foi muito impor-tante para mim. Uma coisa que eu não esperava e achava que não merecia”.

O desembargador José Renato Nalini, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, também pre-sidente da Academia Paulista de Le-

O desafio da transparência

José Renato NaliniEduardo Pimentel Stefânia PinheiroEduardo Filinto da Silva Lourdes Ferolla

o 4o Encontro Paulista de Fundações foi aberto pelos alunos da Escola de Crianças Surdas, mantida pela Fundação de Rotarianos de São Paulo. Na foto, o público aplaude a apresentação do Hino Nacional por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Stefânia Pinheiro, concorda: “É um momento em que nós, que es-tamos envolvidos na ação social, aprofundamos a nossa percepção do quanto é importante (...) fortalecer a atuação das nossas fundações. Num momento como esse, a gente recarrega as baterias e sai daqui estimulada a continuar lutando para vencer os desafios, que não são pequenos!”.

Uma constante em todas as pa-lestras foi que a transparência das entidades fundacionais não é um aspecto puramente técnico, é muito mais abrangente. Para o procurador de Justiça do Distrito Federal, José Eduardo Sabo Paes, “transparên-

Terceiro Setor4o Encontro Paulista de Fundações

Cicely Moitinho

Daniel GuimarãesFotos: Elias Paulo

30 | BOA VONTADE

afetam as entidades, os especialistas participantes também fizeram pro-postas para melhorar a legislação do Brasil nesta área. Para o procurador de Justiça Tomáz de Aquino Re-sende, presidente da Associação Na-cional de Procuradores e Promotores de Justiça de Fundações e Entidades de Interesse Social (Profis), o poder público “ainda não se sensibilizou para esta questão do ponto de vista de ser uma política pública”. Resen-de, que coordena o Centro de Apoio às Alianças Intersetoriais de Minas Gerais, defende que o Estado não deve financiar as fundações, mas fomentá-las, incentivar a criação e o funcionamento dessas instituições.

Enquanto as mudanças não vêm, o caminho, para o prof. dr. Eduar-do José Vanti Sancho, presidente da Fundação Jean-Yves Neveux, é “se espelhar nas experiências

O desafio da transparênciacia só se faz com inter-relaciona-mento. As fundações, como todos sabemos, são entes jurídicos, mas é indispensável a presença das pessoas. E a atuação dos órgãos da fundação, ou seja, das pessoas da fundação, deve ser transparente, e transparência com valores, que são importantes para a dignidade – tanto das pessoas como da própria fundação”.

Novos caminhosAlém de esclarecer o público

presente a respeito das mais recentes mudanças jurídicas e contábeis que

Tomáz de AquinoJosé Eduardo Sabo

Dora Silvia Bueno

internacionais, não ter medo, não ter vergo-nha de aprender com aquilo que já está feito; algumas vezes até co-piar e adaptar à nossa realidade”.

As principais propostas resul-tantes do evento foram compi-ladas na 4a Carta de São Paulo, que este ano teve como tema “União e defesa das fundações”. Para a presidente da APF, Dora Silvia Cunha Bueno, que também preside a Confederação Brasileira de Fundações (Cebraf), este “é mais um documento que a Associação Paulista de Fundações está pro-duzindo em defesa do movimento fundacional, não só paulista, mas também brasileiro”.

Eduardo Sancho

A história de muitos artistas brasileiros serviria de en-redo para livros ou para o cinema. Talvez pela própria

dimensão continental do País, pela riqueza e variedade de sua cultura ou, ainda, pela dificul-dade que a maioria enfrenta para ascender em uma profissão disputada, cujo êxito é reservado a poucos. Apesar de todas essas barreiras, alguns parecem ter sido

caprichosamente vocacio-nados para alcançar

o rol dos grandes astros, e um

exemplo disso é a carreira dos irmãos e cantores sertanejos Chitãozinho & Xororó, nascidos em Astorga, no Paraná.

Ninguém pode negar, mesmo os que não acompanham de per-to o trabalho da dupla, que eles foram pioneiros em misturar a tradicional música sertaneja com instrumentos elétricos, abrindo, em meados da década de 1980, o mercado a esse gênero nos gran-des centros. Além desse mérito, a dupla tem na trajetória fatos muito interessantes para contar.

Talento de berçoO talento surgiu precoce-

mente no próprio lar, ouvindo o pai, Marinho, e a mãe, Araci, cantando. Conforme está relatado na biografia publicada no site da dupla, a descoberta veio por acaso, quando uma das irmãs rasgou o caderno no qual seu Marinho ano-tava as letras que compunha. Para surpresa do pai, os dois conheciam todas as músicas e ajudaram a recuperar o registro delas, inter-pretando as canções. Xororó fez a primeira voz, imitando a mãe, e Chitãozinho, a segunda, à seme-lhança do pai.

Foi na figura paterna, aliás, que encontraram um grande estí-mulo para a profissão: “O nosso

para o sucessoVocação

MúsicaChitãozinho & Xororó e as raízes do Brasil

Robe

rta G

oldfa

rb

Edilson Moreno

32 | BOA VONTADE

pai, infelizmente, não está mais com a gente, mas chegou a nos ouvir nas paradas, nos primeiros lugares. Ele nos trouxe a São Paulo para começar a carreira. Viu em nós a possibilidade de realizar um sonho que havia dei-xado, que era cantar. Isso ajudou muito no início, levando a gente nas madrugadas, nos programas de rádio ao vivo para cantar. Estava sempre ao nosso lado, ensinando aquilo que sabia”, recorda Xororó.

O incentivo valeu: em 1970, lançam o primeiro disco Galo-peira, mas é com a música Fio de cabelo (1982) que experimentam sucesso em todo o País, com a vendagem de 1,5 milhão de có-pias. Conquistam, desde então, um público fiel.

Neste ano completam 38 anos de carreira e garantem que, se tivessem que voltar no tempo, fa-riam tudo de novo. “Trabalhando muito e divertindo-se, graças a Deus, com muita harmonia”, diz Chitãozinho.

No novo show, “Saudade de Minha Terra”, com o qual têm viajado pelo Brasil, cantam um pouco de tudo, das primeiras canções até as músicas do mais recente DVD, Grandes Clássi-cos Sertanejos, lançado no fim de 2007. “Acho que o sucesso é conseqüência do trabalho. Nunca fizemos nenhum disco pensando: ‘Vamos chegar a tantos exempla-res vendidos ou aos primeiros lugares das paradas’. Não, mas simplesmente há muitos anos cantamos aquilo que gostamos e que o nosso público realmente

aprecia, graças a Deus. É mara-vilhosa essa afinidade público-fã e artista, procuramos tratar todo mundo da melhor forma possí-vel”, explica Xororó.

Um desses momentos especiais de interatividade ocorreu neste 15 de agosto, quando fizeram um show para homenagear a cida-de de Campinas, no in-terior de São Paulo, no qual estiveram presentes mais de 150 produ-tores de algo-dão de todo o Brasil.

Na ocasião, além da entre-vista exclusiva concedida à BOA

VocaçãoVONTADE, mandaram um re-cado ao dirigente da Legião da Boa Vontade, agradecendo o livro Reflexões da Alma. Ressal-tou Chitãozinho: “Superabraço, obrigado, Paiva Netto, por esse carinho, parabéns pelo seu traba-lho, realmente é uma Instituição

de muito respeito, não só no Brasil como em outros

países do mundo, e esse livro é o re-

sultado. Muito obrigado por esse presen-te”. E, acom-panhando o ir-mão, completou

Xororó: “Valeu, muito obrigado e

um superabraço”.

Marcas extraordinárias

A dupla Chitãozinho & Xororó já lançou ao longo da carreira 29 álbuns, atingindo a incrível

marca de mais de 30 milhões de discos

vendidos.

A dupla exibe o exemplar da revista BOA VONTADE e do livro Reflexões da Alma, de autoria do escritor Paiva Netto.

Chitãozinho & Xororó em cena do filme Rancho Fundo, em 1971. Anos depois, na década de 1980, no primeiro progra-ma de TV da dupla, que ia ao ar todo domingo no SBT, no qual, além de cantar sucessos,

eles recebiam outras duplas

e cantores sertane-jos.

Foto

s: Cl

ayto

n Fe

rreira

Divu

lgaçã

o

Divu

lgaçã

o

BOA VONTADE | 33

Cada vez mais, as empresas vêm se preocupando em colocar em prática o con-ceito de sustentabilidade.

Setores importantes da economia, como os de energia, telefonia e tecnologia, estão multiplicando as que reúnem, a um só tempo, prática comercial e medidas de responsabilidade socioambiental. Para a maioria dessas iniciati-vas do setor privado, esta não representa apenas uma questão de sobrevivência — em face dos graves problemas relacionados aos recursos naturais e à miséria no mundo — mas também um avanço de mentalidade dos agen-tes econômicos, pois têm como objetivo a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo. Nesse sentido, o papel do cliente-consumidor é fundamen-

R E S P O N S A B I L I D A D E S O C I A L

dever de todostal sempre que exige uma atitude responsável da empresa.

Pensando nisso, reservamos esta seção da revista BOA VON-TADE para exaltar as boas prá-ticas da iniciativa privada, des-tacando o que tem sido feito em busca da sustentabilidade. No Rio Grande do Norte, por exem-plo, a Cosern patrocina ações de promoção da cultura potiguar ao direcionar investimentos a orga-nizações voltadas para o desen-volvimento de comunidades em situação de risco social.

Nessa mesma linha, o Grupo Telefônica investe em projetos sociais e em ações de patrocínio como forma de contribuir com as comunidades em que está presente. Desde março de 1999, a Fundação Telefônica dedica-se a impulsionar o desenvolvimento

social através da educação e da defesa dos direitos das crianças e dos jovens, preferencialmente por meio da aplicação das tecnologias de telecomunicação e informa-ção. O grupo busca principal-mente democratizar o acesso da população à cultura e promover o uso social das Tecnologias da In-formação e Comunicação (TIC).

A empresa Ampla igualmente se mostra engajada nessa luta. Suas atividades de gestão am-biental seguem os princípios da política corporativa, adotada em todas as unidades do grupo Ende-sa, nos 12 países em que opera. Para isso, mantém suas ativida-des na gestão de resíduos, com a colocação de caixas coletoras e separadoras de óleos isolantes, utilizados nos transformadores das subestações, e a construção

Responsabilidade SocialAs boas práticas da iniciativa privada

Da Redação

Phot

os.co

m

34 | BOA VONTADE

de fossas sépticas nas usinas hi-drelétricas para evitar a contami-nação de bacias hidrográficas.

Também consciente da impor-tância da responsabilidade corpo-rativa, a Oi deu o pontapé inicial para a criação do Instituto Tele-mar, futuramente denominado Oi Futuro, instrumento institucional que tem a missão de colaborar para reduzir as distâncias sociais no Brasil.

A Brasil Telecom é outra em-presa do setor privado também consciente de sua importância para o desenvolvimento susten-tável do Planeta, por meio do equilíbrio econômico, social e ambiental, alinhado às boas prá-ticas de governança corporativa, ética e transparência. Reconhece também que esta responsabilida-de se estende a todos os cidadãos

com os quais se relaciona: fun-cionários, acionistas, clientes, fornecedores e comunidade.

No Pará, a Celpa, entre outras atividades, fomenta o replantio de 300 hectares da área do Parque Ambiental de Belém, em parce-ria com a Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado. Aliás, além desse cuidado com o meio am-biente, a empresa também se mos-tra preocupada com o auxílio às comunidades que vivem nos bol-sões de pobreza. Desta forma, desenvolve, em parceria com a Legião da Boa Vontade, ser-viços para atender a esse público.

Recentemen-te, o trabalho foi ainda mais

fortalecido quando a LBV apre-sentou aos colaboradores internos do Grupo Rede/Celpa as unidades de atendimento da Instituição, entre elas a Escola de Educação Infantil Jesus, situada em Belém, na qual são atendidas crianças de 3 a 5 anos.

Com a demonstração das iniciativas fomentadas dia a dia, muitas pessoas que fazem parte da empresa de energia elétrica fica-ram surpresas. “Eu já conhecia o trabalho da LBV, até mesmo por-que recebo a revista BOA VON-

TADE. Mas essa apresentação veio para enriquecer

ainda mais a Ins-tituição”, afirmou Jackson Santos,

do Departamento de Comunicação do Grupo

Rede/Celpa.

Crist

iani R

anolfi

Foto

s: Ar

quivo

BV

1

3

2

4

Equipe da LBV com executivos das empresas: Celpa (1), Oi (2), Cosern (3) e Brasil Telecom (4).

Responsabilidade Social

BOA VONTADE | 35

O jornalista Emanuel Si-queira, integrante do Grupo Rede/Celpa, afirmou que “já sabia da existência da Legião da Boa Von tade, mas não da dimensão do trabalho realizado pela Instituição. A LBV está de parabéns, pois os recursos são bem aplicados por ela”.

No Centro-Oeste, outra inicia-tiva da Celg estimula a consciên-cia socioambiental: pelo talão de energia, os clientes da empresa goiana podem colaborar para ins-tituições que realizam importante trabalho social, além de investir

A Celg Distribuição S.A. com-pletou, no dia 19 de agosto, 53 anos de existência. Fundada pelo governador José Ludovico de almeida, a empresa passou a ser responsável pelas atividades de produção, transmissão e distribui-ção de energia elétrica, tornando-se a maior do setor público e privado do Estado de Goiás.

Cumprindo integralmente com sua responsabilidade social, ela de-sempenha e apóia diversos progra-

em projeto experimental que pre-tende levar energia solar a cerca de 2.500 famílias de baixa renda.

No Nordeste, a Coelba incenti-va a discussão do tema e de ações voltadas à preservação ambiental em comunidades pobres da Bahia, por meio de um Comitê de Res-ponsabilidade Social. A Coelce, do Ceará, desenvolve a campanha institucional “Ecoelce”, que já conseguiu converter 1,5 milhão de quilos de lixo reciclável, com o sistema de coleta seletiva, em bônus na conta de luz. Segundo a empresa, graças a essa iniciativa,

até agora foi possível economizar 33 milhões de litros de água e 1 milhão de kWh de energia, além de garantir a preservação de 13 mil árvores.

Vale destacar que um cres-cente número de organizações, empresas e governos conscien-tes de seu papel nas ações de cidadania — embora ainda falte muito a ser feito em benefício de nosso Planeta — está atento à tendência cada vez maior do consumidor em preferir produ-tos de empresas socialmente responsáveis.

53 anos de existência da CelgJoílson Nogueira

Leon

tina

Mac

iel

Crist

iani R

anolfi

Da esquerda para a direita: executivos da Coelce e da Coelba com representantes da LBV.

mas socioeducacionais. Um exemplo é a parceria entre a companhia e a Legião da Boa Vontade, que benefi-cia milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Em comemoração do aniversário da Celg, a LBV enviou um cartão de saudações à diretoria e aos colabora-dores internos da empresa, destacan-do seus importantes serviços pres-tados à comunidade e à Instituição. enio andrade branco, presidente da Celg, destinou, em forma de agra-

decimento, uma correspondência, que se segue: “Aos Amigos da LBV, registro e agradeço, sensibilizado, os cumprimentos pelos 53 anos da Celg, ressaltando que os nobres princípios da LBV são de grande importância para as empresas, nota-damente para a Celg, na formulação de projetos que contribuam para a valorização e o aprimoramento do ser humano. Cordialmente, Enio Andrade Branco, presidente da Celg Distribuição S.A.”.

Responsabilidade Social

36 | BOA VONTADE

com a integração socialSeminário Nacional de Energia Elétrica, promovido pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia

Elétrica (Abradee), reúne profissionais em PernambucoVânia Besse

Compromisso

Cristiani Ranolfi e Valdenir Ferreira, representantes da LBV no Nordeste, visitam o estande da Coelce e posam ao lado de José Nunes de Almeida Neto e de Abel Rocha, respectivamente, diretor institucional e de comunicação e diretor-presidente da Coelce; de Ubirajara Fontenele e Márcio Fontenele, da Lotran Logística; e de José Alves, diretor regional do Grupo Endesa Brasil.

Na abertura, a apresentação da Orquestra Criança Cidadã emocionou os presentes.

Entre os dias 6 e 10 de ou-tubro, a cidade de Olinda — eleita a primeira Capital Brasileira da Cultura —

abrigou o XVIII Seminário Na-cional de Distribuição de Energia Elétrica (Sendi). O evento ocor-reu no Teatro Ariano Suassuna, no Centro de Convenções de Pernambuco. Promovido a cada dois anos pela Associação Brasi-leira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o seminário é o maior encontro do ramo energé-tico para a troca de experiências entre as concessionárias do País.

Fotos: Diogo Franco

Responsabilidade Social

BOA VONTADE | 37

Guaraciaba Fragozo, da LBV em Pernambuco, com Arnaldo Haimenis e Vicente Ximenes, respectivamente, presidente e supervisor nacional de Qualidade do Grupo Provider Soluções Tecnológicas.

José Humberto Castro, presidente da Celpe, ao lado de Valdenir Ferreira, da LBV.

Luiz Carlos Guimarães, presidente da Abradee, com a

revista BoA VONTADE.

Também participam universida-des e fornecedores, que expõem novas tecnologias e produtos para o setor.

Compareceram à solenidade inaugural do XVIII Sendi as seguintes autoridades e persona-lidades: o presidente do Grupo Neoenergia, Marcelo Corrêa; o presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães; o presidente do Conselho Diretor dessa asso-ciação, José Jorge; o secretário estadual de Recursos Hídricos, João Bosco de Almeida, repre-sentando o governador de Per-

nambuco, E d u a r d o

Campos; o secretá-rio executivo do Ministério

de Minas e Energia, Antonio Perez Puente, representando o ministro Edison Lobão; a prefeita de Olinda, Luciana Santos; o superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição, da Agência Nacio-nal de Energia Elétrica (Aneel), Jaconias de Aguiar; o diretor-geral da entidade Operador Nacional do Sistema Elétrico

(ONS), dr. Hermes Chipp; o presidente da Companhia Ener-gética de Pernambuco (Celpe), José Humberto Castro; o se-cretário de Serviços Públicos, Amaro João, representando o prefeito do Recife, João Paulo Lima e Silva; e o superinten-dente de operações da Celpe e coordenador-geral do evento, José Cherem.

Sendo uma das marcas desse seminário a responsabilidade so-cial, a apresentação da Orquestra Criança Cidadã, na cerimônia de abertura, empolgou todos os presentes. Formada por meninos e meninas residentes no Coque, bairro recifense com o menor Ín-dice de Desenvolvimento Huma-no (IDH), a Orquestra Criança Cidadã é uma das organizações não-governamentais apoiadas pela Celpe.

Ao longo de quatro dias, con-cessionárias e universidades mos-traram mais de 200 trabalhos, enfatizando tecnologia, atendi-mento ao consumidor, perdas e inadimplências, novas metodolo-gias para planejamento estratégico

das holdings, entre outros assuntos relativos ao segmento.

No término do primeiro dia, fo-ram premiados os ganhadores do II Rodeio Nacional de Eletricistas. Competiram 37 equipes, demons-trando espírito de confraternização e de Solidariedade, aliado à segu-rança e agilidade nas atividades de manutenção elétrica. Em primeiro lugar ficou a Ampla Energia e Serviços S.A., do Rio de Janeiro/RJ; em segundo, a Celpe; e em terceiro, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Representantes da Legião da Boa Vontade (LBV) cumprimen-taram os organizadores do evento e diretores de empresas, como a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) e a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), do Grupo Neoenergia; a Companhia Energética do Ceará (Coelce) e a Ampla, do Grupo Endesa Brasil; o Grupo Rede Energia; a Bandeirante Energia S.A., do Grupo EDP Energias do Brasil; e o Grupo Provider Soluções Tecnológicas.

Responsabilidade Social

38 | BOA VONTADE

Executivos da Telefônica São Paulo conheceram, recente-mente, as ações desenvol-vidas pela Legião da Boa

Vontade na capital paulista em prol das pessoas em situação de vulnerabilidade ou risco social e/ou pessoal. Eles estiveram no conjunto educacional da LBV — formado pela Supercreche Jesus e pelo Instituto de Educação José de Paiva Netto — e na Central de Relacionamento da Instituição.

As boas-vindas ficaram aos cui-dados do Coral Ecumênico Infantil

LBV recebe a visita de executivos da Telefônica

LBV, composto de meninos e me-ninas atendidos, que receberam Iju Shimizu, gerente de Faturamento; Nelson Verpa, gerente de Negócios; Antonio Marcos Lycero de Amo-rim e Silvia Domingues Coelho, respectivamente, gerente e analista econômico-financeira da Gerência de Faturamento Interoperadoras.

Os visitantes percorreram todos os espaços lúdicos e educacionais da escola, utilizados pelas crian-ças, adolescentes, jovens e adultos que a freqüentam, como as salas de aula, os pátios, os refeitórios,

Cida Linares

S Ã O P A U L O

Regina do Nascimento

Da esq. à dir.: Nelson Verpa, Iju Shimizu, Silvia Domingues Coelho e Antonio Marcos Lycero de Amorim com as crianças da Legião da Boa Vontade, que os recepcionaram durante a visita. No destaque, a sala de informática do conjunto educacional da LBV.

Pedr

o Eu

gênio

LBV de mãos dadas com os Oito Objetivos do Milênio, da ONU.

a biblioteca, os laboratórios, as quadras poliesportivas e outros ambientes. As seguintes palavras de Silvia Coelho, registradas no livro de visitas do Instituto de Educação, expressam a satisfação do grupo diante do que foi presen-ciado: “Queremos parabenizá-los pelo belo trabalho realizado com as crianças, contribuindo para um futuro melhor. Abraços”.

V I S I T E , A PA I XO N E - S E E A J U D E A L BV ! Av. R u d g e , 6 3 0 / 7 0 0 — B o m R e t i r o — S ã o P a u l o / S P — Te l . : ( 1 1 ) 3 2 2 5 - 4 5 0 0

Responsabilidade Social

BOA VONTADE | 39

O I Congresso dos Jornalistas do Estado do Rio de Janei-ro reuniu profissionais de todo o Estado nos dias 8 e

9 de agosto, em Niterói/RJ, para tratar de assuntos referentes à va-lorização e à regulamentação da categoria. Também foi discutida a garantia dos direitos dos jornalis-tas e da informação à sociedade.

A solenidade de abertura ocorreu

no auditório da Ordem dos Advoga-dos do Brasil Seção OAB/Niterói e apresentou o painel “200 Anos de Imprensa e a Democratização da Comunicação”, cujos expositores foram Nilo Sérgio Gomes, jornalis-ta, professor e mestre em Memória Social; Bia Barbosa, jornalista e membro do coletivo Intervozes de Comunicação Social; e Carolina Rocha, subgerente de Imprensa da

Comunicação Institucional da Pe-trobras. Na mediação, os jornalistas José Alves Pinheiro Jr. e Lênin Novaes, do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Impren-sa (ABI). Também esteve presente ao evento o assistente de Comuni-cação Social da Câmara Municipal de Niterói, César Rizzo, que re-presentou o presidente da Câmara Municipal, José Vicente Filho.

democráticaPor uma mídia

MESA DE ABERTURA Da esquerda para a direita: Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Fenaj; Ernesto Vianna, presidente do Sindi-cato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro; Antônio José Barbosa da Silva, presidente da OAB de Niterói; Suzana Blass, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro; e Vinícius Martins, representante da Prefeitura de Niterói.

César RizzoBia BarbosaJosé Pinheiro Jr. Carolina Rocha Lênin Novaes

Simone Barreto

Comunicação SocialSindicato dos Jornalistas do RJ realiza I Congresso Estadual da categoria

Nilo Sérgio Gomes

Vivia

n Ri

beiro

Vivia

n Ri

beiro

Jorg

e Go

mes

/Agê

ncia

Hora

Jorg

e Go

mes

/Agê

ncia

Hora

Jorg

e Go

mes

/Agê

ncia

Hora

Jorg

e Go

mes

/Agê

ncia

Hora

Jorg

e Go

mes

/Agê

ncia

Hora

40 | BOA VONTADE

A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, internet e revista) fez a cobertura completa do evento, levando ao ar a opinião de participantes e outros profissio-nais sobre o Congresso e os temas apresentados. Um deles, o professor Nilo Sérgio Gomes, abordou em sua palestra o resgate da memória social na mídia. Em entrevista, Nilo falou do seu apreço pela Legião da Boa Vontade: “Fico orgulhoso de conversar com a Super Rede Boa Vontade. A LBV e a Boa Vontade TV têm esse compromisso de difundir fatos e eventos dessa natureza”.

O presidente da Federação Na-cional dos Jornalistas Profissionais (Fenaj), Sérgio Murillo, enfatizou: “Este I Congresso é importante para o Estado e para a nossa profissão, porque estamos em um processo de construção do Congresso Nacional da categoria, que passa, justamente, por esses debates preparatórios”. Do mesmo modo, Suzana Blass, presidente do Sindicato dos Jorna-listas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), confirmou

a necessidade de unir esforços para o exercício da profissão, destacando o valor do movimento sindicalista nesse sentido.

Para Ernesto Vianna, presiden-te do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro, “o traba-lho jornalístico possui um contexto muito amplo, que inclui a família, a atividade diária, a remuneração, os sonhos e os anseios (...)”. Ernes-to também ressaltou: “Agradeço a presença da equipe da LBV, ao Paiva Netto, nosso associado, es-critor e jornalista, pela cobertura do I Congresso”.

Por sua vez, o jornalista Cláu-dio Monteiro, especializado em economia e direito do consumidor, afirmou: “Está de parabéns o Sin-dicato dos Jornalistas e também estão de parabéns a televisão, o rádio e o portal Boa Vontade”.

No segundo dia do Congresso, cuja seqüência teve lugar no Ho-tel Solar do Amanhecer, em São Francisco, zona sul de Niterói, foi apresentado o painel “Formação do jornalista, estágio, regulamentação profissional, Conselho Federal de

Os jornalistas Pedro Pomar, João Batista de Abreu e Ernesto Vianna.

Jornalistas”, que teve como expo-sitores Pedro Pomar, jornalista da Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (USP) e doutor em Ciências da Comuni-cação; e João Batista de Abreu, jornalista, professor e coordenador do curso de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF). A mediação foi do jornalista Ernesto Vianna.

No fim da tarde, realizou-se a plenária, com a leitura e aprovação do Regimento Interno, bem como a formação de grupos de trabalho sobre Democratização da Comuni-cação e Impacto das Novas Tecno-logias — Coordenação e Jornalismo do Interior. Em prosseguimento, a plenária final estabeleceu aprovação de relatórios, de teses e da Carta de Niterói — a qual pode ser lida no site do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro (www.sindicatodosjornalistas.com.br). O encontro também marcou a eleição dos delegados para o Congresso Nacional dos Jornalistas.

(Colaboração: Isabela Ribeiro)

Durante o Congresso foram expostos livros de jornalistas consagrados, a exemplo de Domingos Meirelles, Mário Augusto Jakobskind e Paiva Netto.

Jorg

e Go

mes

/Agê

ncia

Hora

Jorg

e Go

mes

/Agê

ncia

Hora

BOA VONTADE | 41

“[A pedofilia é] o mais nocivo de todos os crimes, a própria degradação da Humanidade.”

Magno MaltaSenador

Combateà pedofilia

Projeto de lei aumenta rigor para crimes praticados contra crianças e adolescentes

EspecialDefesa da criança e do adolescente

Leila Marco e Enaildo Viana

Phot

os.co

m

42 | BOA VONTADE

Merece atenção especial da sociedade e das autorida-des brasileiras o Projeto de Lei do Senado 250/08,

que tipifica o crime de pedofilia. O texto, que aguarda votação na Câmara dos Deputados, já foi aprovado pelo Senado Federal e prevê maior rigor contra os crimes de exploração sexual de crianças e jovens previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), qualificando com maior precisão, também, os praticados por meio da internet e de outras mídias.

Trata-se do resultado da atuação da Comissão Parlamentar de Inqué-rito (CPI) da Pedofilia, presidida pelo senador Magno Malta, cujos trabalhos se iniciaram em março deste ano. Para o parlamentar, é necessário, urgentemen-te, um plano nacional de combate à pedofilia e a criação de uma estrutura específica na Polícia Federal para combater esse que ele considera “o mais no-civo de todos os crimes, a própria degradação da Humanidade”.

Em entrevista à Boa Vontade TV, Magno Malta contou os moti-vos que o levaram a se dedicar ao tema, desde seu relatório na CPI do Narcotráfico, na qual constatou que, pela imposição da arma, do medo, e pela força do dinheiro, “mães en-tregavam filhos, e narcotraficantes tomavam crianças de famílias”. A partir daí, nos últimos quatro anos, o senador passou a receber infor-mações de todo o Brasil: “As pes-soas não sabem com quem falar. Comecei a virar uma delegacia:

são denúncias, desabafos de gente adulta, bem-sucedida, pai e mãe

de família, de todas as classes sociais, que têm traumas de ter sido mo-lestados na infância”.

Segundo ele, outro fator foi preponderante em sua decisão: “O Ministério Público passou a encaminhar

imagens e coisas muito sérias, isso foi me dando uma angústia gran-de, até que resolvi criar a CPI, assim que estourou a Operação Carrossel [fim de 2007], feita pela Polícia Federal”.

Para Malta, o grande mérito da CPI da Pedofilia foi abrir os olhos dos brasileiros, criar o encoraja-mento, o repúdio, fazer com que as pessoas tenham a coragem de denunciar, de não aceitar que esse mal recaia sobre criança alguma, unindo nessa luta a mídia e a classe po-lítica. “Quando você pensa em pedofilia, imagina um homem abusando de uma me-

Combateà pedofilia

Presidente Lula recebe em audiência o senador Magno Malta e membros da CPI da Pedofilia. À sua direita, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.

Fábio

Rod

rigue

s Poz

zebo

m/A

Br

nina de 10, 12, 15 anos; infeliz-mente, é mais do que isso. Tenho imagens em que são molestados bebês com 30 dias de nascimento, crianças de 3 anos de idade. E a pedofilia está em todo lugar. Cos-tumo dizer que veste toga, estola, terno, está nas colunas sociais... É feita por quem é analfabeto ou doutor”, acrescentou.

O crime cibernético, que é um grande mal para o Brasil pela falta de legislação para combatê-lo, “faz com que os pedófilos coloquem o pescoço de fora”, co-mentou o senador. A idéia de que a internet era algo inviolável foi caindo por terra e, depois de mui-tas denúncias, a CPI pressionou a empresa Google do Brasil para a quebra de sigilo do Orkut: “En-contramos 805 pedó-filos nos 3.261 álbuns privados

Valte

r Cam

pana

to/A

Br

Magno Malta

Phot

os.co

m

hospedados nesse site de relacio-namento”.

FiltrosHá também o compromisso de

criar filtros mais refinados nas pá-ginas eletrônicas e, com eles, banir 70% do material pornográfico que envolve crianças e adolescentes, possibilitando um rastreamento mais eficiente pela polícia.

Além disso, o diálogo da comis-são com outros provedores de inter-net e novas tecnologias tornaram possível atingir um maior número de conexões na rede mundial de computadores: “O Brasil fará a maior operação contra a pedofilia, a partir dos crimes cibernéticos. Tivemos acesso a mais de 18,5 mil álbuns, onde devemos encontrar mais de sete mil pedófilos, desen-cadeando a maior operação jamais imaginada contra a pedofilia no mundo. O que a Espanha, a Índia, o Reino Unido não conseguiram, o Brasil fez”.

Atualmente, quem mantém no computador esse tipo de material só pode ser punido caso seja pego pela polícia em flagrante delito, ou seja, enquanto está enviando ou

baixando pornografia infantil pela web. “Queremos criar uma legislação, já mudamos

a tipificação de conduta, vo-tamos no Senado, cri-minalizando a ação de quem facilita, leva, entrega o filme, seja

amador ou não, nove-la ou teatro, de qualquer forma que uma criança esteja exposta, e também o ambiente usado para a

nunca em quartos: “Deve estar onde você possa ver com quem se está falando. Tem criança, adolescente, usando droga hoje, que começou o relacionamento pela internet. Meninos e meninas de 8, 9 anos de idade que estão praticando sexo, que começaram a teclar com outros de ‘7, 8 anos’, e não eram crianças, era um monstro do outro lado. Depois, passa para o telefone celular, tira de casa, abusa sexualmente, e fica uma lesão moral, psicológica, que ninguém vai consertar”.

O parlamentar ressaltou que o pedófilo, na maioria das vezes, é

um sujeito acima de suspeitas, que gosta de presentear para fazer o envolvimento: “Quando você descobre, fala assim: ‘Eu nunca imaginava’, como a mãe que descobre um marido

pedófilo”. É preciso observar os deta-

lhes, lembra o senador. “Quem é essa pessoa que leva seu filho para dormir na casa dele, de onde a criança volta chorando? Quem é essa pessoa em cuja casa seu filho gosta mais de ficar do que na sua própria? O vizinho que leva para o sítio, para a piscina dele, por que isso? Por que esse menino chora quando volta da escola, faz xixi quando retorna da casa da ami-guinha? Tudo isso são sinais.”

O Projeto de Lei do Senado prevê também um cuidado maior com o abusado, a principal vítima nessa história. Uma das medidas é melhorar os Conselhos Tutelares, unindo esforços entre os governos federal, estaduais e municipais na empreitada.

“O Brasil fará a maior operação contra a pedofilia, a partir dos crimes cibernéticos. Tivemos acesso a mais de 18,5 mil álbuns, onde devemos encontrar mais de sete mil pedófilos, desencadeando a maior operação jamais imaginada contra a pedofilia no mundo. O que a Espanha, a Índia, o Reino Unido não conseguiram, o Brasil fez.”

Magno MaltaSenador

pedofilia. Vamos me-xer no Código Penal do Brasil, mudando para 30 anos de cadeia, sem progressão de regime, como é nos Estados Unidos, e criando um banco de pedófilos.”

Segundo o presidente da CPI, a intenção é aumentar as penas e subtrair atenuantes e regalias, como nos casos de o criminoso ser réu primário e da prisão especial para quem tem curso superior.

Responsabilidade dos paisMais do que coibir esse tipo de

crime, é importante alertar pais e também responsáveis para o com-portamento dos filhos, mesmo em lugares que, às vezes, podem pare-cer inofensivos. O senador Malta destacou, por exemplo, o fato de que lugar de computador é na sala,

Especial

Demóstenes Torres, procurador de Justiça, senador da República e relator da CPI da Pedofilia.Ro

osew

elt P

inheir

o/AB

r

Há pelo menos 50 anos a psi-quiatria forense realiza um esforço científico enorme para definir o perfil do pedó-

filo. Entre as dezenas de caracterís-ticas constam o fato de o criminoso ter sido abusado sexualmente na infância; possuir história de doença mental na família; nutrir um res-sentimento contra a sociedade em geral; e pertencer majoritariamente ao sexo masculino. Apesar de os estudos levantarem inúmeras hipó-teses que tentam explicar a razão da compulsão perversa, o fato é que pedófilo é um criminoso sem cara definida, pois o seu maior estratage-ma é parecer uma pessoa de bem.

O bandido atua na clandestinida-de e tem no comportamento secreto o grande trunfo para materializar a obsessão por sexo com criança. In-suspeito, o pedófilo pode ser o mo-

C E R C O À P E D O F I L I A

torista da van escolar, o técnico de futebol, o padre, o chefe de escoteiro ou professor particular de matemá-tica, por exemplo. Normalmente a criança ofendida o conhece bem e nutre pelo pedófilo uma relação de confiança ou parentesco. A prisão do procurador-geral do Estado de Roraima ou a do presidente do Conselho Tutelar da Infância e Juventude de uma cidade de Santa Catarina, sob a acusação da prática de pedofilia, expressa a dificuldade de identificação do criminoso.

A pedofilia encontrou na internet um meio extraordinário de propa-gação e passou a ser considerada pelas autoridades policiais o crime da era global. Por intermédio da rede mundial de computadores, os pedófilos puderam se articular em escala nunca antes imaginada e criaram um sistema de suporte que permitiu converter o que era uma anomalia individual em uma organi-zação criminosa altamente lucrativa. Há exatamente 10 anos, desde que a Operação Catedral fulminou uma rede de pedófilos em 14 países, existe uma cooperação policial em escala planetária para quebrar a es-pinha dorsal dessa forma perversa de banditismo.

O trabalho não é fácil, pois os criminosos aprimoram os métodos de difusão da atividade e, ao mesmo tempo, de ocultação de suas iden-tidades à medida que os recursos tecnológicos evoluem. Por essa razão, a grande arma das instituições policiais no combate à pedofilia é a capacidade de inteligência insta-lada. A Grã-Bretanha, os EUA e a Espanha são países que obtiveram extraordinário êxito no combate ao crime justamente por incorporarem tecnologia específica aos meios de investigação.

O Brasil evoluiu muito neste sentido e todo mérito deve ser atri-buído à Polícia Federal, mas precisa seguir a orientação dos países do Primeiro Mundo que ao lado do aparato de inteligência trataram de adequar as suas le-gislações penais aos novos tempos. O objetivo principal é possuir um estatu-to penal que tipifi-que com a maior margem de al-cance possível as condutas do que se chama

Mentes criminosas, vidas despedaçadas

Opinião PolíticaDefesa da criança e do adolescente

Phot

os.co

m

Demóstenes Torres

BOA VONTADE | 45

crime cibernético, com atenção especial para o pedobusiness.

Para se ter noção da escalada do crime na internet, em 1998 a Operação Catedral deixou o mundo estupefato quando revelou que a organização criminosa que operava sob o código de “país das maravi-lhas” possuía um estoque de 100 mil imagens de crianças expostas em situação de abuso sexual. Em 2001, o Instituto de Criminologia Australiano, um dos centros mun-diais de excelência no combate à pedofilia, estimou a existência de pelo menos um milhão de imagens dessa natureza disponíveis para comercialização. Hoje, apesar do esforço integrado de todos os gover-nos responsáveis e da própria ONU em combater a pedofilia, o número é praticamente incalculável.

Há uma saída? Perfeitamente, e ela passa neces-

sariamente pelo endurecimento das sanções penais. Em primeiro lugar, é preciso entender que a pedofilia, em si, não é crime, mas desvio de sexualidade. No entanto, existem condutas pedófilas tipificadas como crime, a exemplo do estupro, do atentado violento ao pudor e outras descritas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). São previsões legais insuficientes para conferir efetividade punitiva para os crimi-nosos dessa natureza e que precisam ser alteradas.

A CPI da Pedofilia do Senado, da qual sou relator, elaborou uma série de propostas com a finalidade precípua de dotar o Estado brasileiro do esforço legal imprescindível para enfrentar o problema. A primeira

alteração diz respeito ao artigo 240 do ECA que trata do crime de pro-dução de material visual utilizando-se criança ou adolescente em cena pornográfica, de sexo explícito ou vexatória. Neste caso, a pena pro-posta foi majorada para quatro a oito anos. Foi criada a figura do agencia-dor ou intermediador da produção, e ainda feita a previsão de aumento da pena em um terço para o agente que comete o crime em uma série de circunstâncias, como as relações domésticas, o parentesco, a tutela, a relação empregatícia, entre outros.

A segunda medida proposta aperfeiçoa o artigo 241 do ECA ao tipificar a conduta de quem oferece, troca, disponibiliza, transmite ou distribui material pornográfico, o que certamente será um duro golpe em quem difunde práticas pedófilas por intermédio da internet. No mes-mo artigo é proposta a punição ao provedor que não atende à ordem regularmente efetuada para desabi-litar material de conteúdo ilícito. A providência é necessária para aca-bar, principalmente, com a terra sem lei estabelecida pelos operadores de internet no País.

Consoante minha proposta, três novos tipos penais devem ser cria-dos para fechar o cerco à pedofilia. Condutas como adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, produtos audiovisuais que conte-

nham pornografia in-fanto-juvenil passam a ser crime. No mesmo sentido, a proposição passa a considerar como delituoso qualquer ato que simule, por meio de adulteração ou montagem, cena de sexo explícito ou pornográfi-ca com criança ou adolescente. Além disso, o meu relatório vai sugerir a tipificação da conduta do aliciamento, do assédio, da instigação e do constrangimento de criança, por qualquer meio de comunicação, com fim de realizar ato libidinoso.

Por fim, as alterações legais sugeridas contemplam a amplia-ção necessária do artigo 244-A do ECA no que se refere à exploração sexual ou à prostituição da criança ou do adolescente. É difícil prevenir a pedofilia, mas a prática pode ser combatida com rigor por intermédio da conjugação de esforço legal com o trabalho de inteligência. A coope-ração social é também importante e tem apresentado ótimos resultados, especialmente a partir das centrais de disque-denúncia, muito comuns em países avançados. No Brasil já existem sites dedicados a processar esse tipo precioso de informação. É um equívoco entender o pedó-filo tendo em vista o “coitadismo” patológico. Por detrás dessa mente degenerada há um lucrativo negócio que despedaça vidas inocentes.

“É um equívoco entender o pedófilo tendo em vista o ‘coitadismo’ patológico. Por detrás dessa mente degenerada há um lucrativo negócio que despedaça vidas inocentes.”

Demóstenes TorresSenador

Opinião Política

Phot

os.co

m

46 | BOA VONTADE

“Completar a maioridade nem sempre significa maturida-de”, afirma o dr. Siro Darlan, presiden te do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Ado-lescente (CEDCA), referindo-se aos 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), completados em 13 de julho. A data foi comemorada durante so-lenidade realizada, recentemente, pelo CEDCA. De acordo com o juiz titular da 1ª Vara da Infância

Autoridades e sociedade civil lutam para fazer cumprir os princípios deste Estatuto, de respeito e proteção à infância e à juventude

Estatuto da Criança

e Juventude da Comarca do Rio de Janeiro, os avanços ocorrem, mas exigem paciência, porque o assunto está diretamente ligado a uma mudança de cultura, isto é, não se faz de um dia para o outro.

Por isso, diz que é funda-mental o conhecimento da Lei 8.069/90, que tornou realidade o Estatuto: “Todos os segmentos já figuravam no rol de cidadãos, apenas crianças e jovens esta-

vam excluídos como sujeitos de direito”. Apesar de ainda não se viver a efetivação plena des-sa lei, segundo o presidente do Conselho, esta “é uma carta de princípios que coloca o Brasil entre os países mais avançados do mundo”.

Com a experiência de quem trabalha há 25 anos pela defesa da infância, observa que um desses sinais de avanço pode ser notado, por exemplo, na classificação etá-

Foto

s: Vi

vian

Ribe

iro

Foto 1 — Ao microfone, a educadora Suelí Periotto, da LBV, palestra durante evento comemorativo dos 18 anos do ECA, promovido pelo Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente, órgão presidido pelo desembargador Siro Darlan (Foto 2).

18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

1 2

e do Adolescente em pauta

BOA VONTADE | 47

ria como tema de debate nacional, conforme ocorreu recentemente, levando empresários da comuni-cação a assumir maior responsa-bilidade social.

No entanto, deficiências im-portantes precisam ser vencidas, a exemplo da ausência de inter-ligação dos conselhos tutelares, cuja missão é proteger a criança. “Os conselhos dependem do in-centivo da municipalidade, que tem outras prioridades; se tivesse optado por esse investimento, certamente essa rede estaria funcionando com capilaridade e homogeneidade forte. Apesar da internet e de termos feito uma aldeia global, não fomos ainda capazes de ligar em rede todos os conselhos tutelares do Brasil.”

Essa comunicação instantânea ajudaria, entre outras coisas, a encontrar um menino ou uma menina que foge de casa e, por vezes, passa a ser explorado(a) sexualmente, então já distante da sua cidade. Do mesmo modo, a falta dessa ferramenta dificulta a pesquisa estatística para determi-nar onde existe maior incidência de trabalho infantil, prostituição, violência doméstica. “Lamenta-velmente, não temos uma esta-tística voltada para a violação

dos direitos da criança no Brasil. Não estamos sendo informados por-que falta investimento, prioridade; isso é um trabalho político de

convencimento, de sensibiliza-ção da autoridade pública”, ressalta.

Outro problema grave diz respeito à falência dos centros de reabilitação para adolescentes in-fratores, que não acompanharam a evolução do ECA e, por isso, deixaram de cumprir o papel para o qual foram criados. “Eles têm de ficar privados da liberdade sim, mas numa instituição com poucos adolescentes, não é com 200, 300; no máximo com 50, diz o Conanda*. Eles têm de passar por um processo de educação, de profissionalização, de religiosi-dade, de estímulo à família, para que possam voltar melhor do que quando entraram.”

De acordo com o dr. Siro Dar-lan, em alguns casos nem o míni-mo tem sido feito. “Muitos deles não possuem sequer a certidão de nascimento; é preciso identificá-los, dar a eles um do cumento de cidadão, alfabetizá-los. Esses meninos ficam lá, entre 45 dias a 3 anos, e saem analfabetos, entram e saem piores do que estavam. Essas coisas precisam mudar.”

A família como agente de mudança

Esse primeiro núcleo social do indivíduo é, para o dr. Darlan, o lugar principal de ação, até por-que estudos mostram que é no lar onde acontece boa parte das agressões. “Se a família está co-

Cadastro Nacional de Adoção pode beneficiar 80 mil

crianças O Cadastro Nacional de Ado-

ção (CNA), criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está sen-do apresentado a vários Estados. Com isso, pretende-se acelerar o envio de dados das Varas e impul-sionar as adoções. A estimativa é que 80 mil crianças hoje em abrigos no Brasil possam ser beneficiadas com a iniciativa.

Com o CNA, o Legislativo terá um instrumento de informática rápido para efetuar o cruzamento de dados, ajudando um casal interessado em adotar um filho, não importando a cidade. Segundo a Agência Brasil, as principais dúvidas sobre a inserção de dados no sistema, desenvolvido pelo CNJ, podem ser esclarecidas pelo endereço eletrônico www.cnj.jus.br, mediante acesso especial. O prazo para o envio de dados de todo o País termina no dia 8 de novembro.

* conanda — O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente está previsto no ECA como uma das diretrizes da política de atendimento que detém a Proteção Integral da Criança e do

Adolescente. Atualmente, o Conselho está vinculado à Secretaria Especial de Direitos Humanos, órgão ligado à Presidência da República.

Phot

os.co

m

18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente

48 | BOA VONTADE

metendo violência, precisamos fazer com que ela respeite mais os seus filhos. (...) E a Legião da Boa Vontade trabalha muito no estímulo da família que se respeita. Eu conclamo a LBV, que tem essa tradição de atuação social bastante qualificada, a ser parceira dos Conselhos dos direi-tos da criança, os quais precisam dessa integração da sociedade civil para que, juntos, possam se fortalecer e ajudar a proteger a nossa infância.”

O juiz também é taxativo ao afirmar que “a criança vítima de violência, se não for tratada, cresce com ela e devolve essa violência, que hoje atinge a to-dos”. Por isso, diz: “Se formos competentes na proteção à in-fância, estaremos combatendo a violência”.

Por fim, o desembargador Siro Darlan parabenizou a Rede Boa Vontade de Comunicação (TV, rádio, internet e revista) por levar tema tão relevante ao conheci-mento do público: “Quero agra-decer à Legião da Boa Vontade, aos telespectadores, por tratar de assuntos tão importantes neste ano em que o Estatuto da Crian-ça e do Adolescente completa 18 anos, e aproveitar a riqueza dessa rede, que, por intermédio do diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, tem levado para o Brasil ações sociais tão relevantes, para pedir apoio. Precisamos muito de parceiros fortes, como a rede LBV, para efetivar os direitos fundamentais de crianças e adolescentes em nosso País”. [L. S. M.]

“O trabalho da LBV é uma luta incondicional pela efetivação dos direitos da criança e do adolescente.”

Fátima LepiksonAssistente social,

mestre em Educação e professora universitária.

LBV: há décadas lutando pelos direitos da criança e do adolescente

Arqu

ivo B

V

Danie

l Tre

visan

“Quero agradecer à Legião da Boa Vontade, aos telespectadores, por tratar de assuntos tão importantes neste ano em que o Estatuto da Criança e do Adolescente completa 18 anos, e aproveitar a riqueza dessa rede, que, por intermédio do diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, tem levado para o Brasil ações sociais tão relevantes, para pedir apoio. Precisamos muito de parceiros fortes, como a rede LBV, para efetivar os direitos fundamentais de crianças e adolescentes em nosso País.”

Siro DarlanPresiden te do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente (CEDCA)

Arqu

ivo B

V

Arqu

ivo B

V

“Agradeço à LBV, mais uma vez, todo o trabalho que desenvolve não somente

com os pequenos, mas com todos os atores que desenvolvem o sistema de garantia desses direitos.”

Vânia FariaPresidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro/RJ.

Vânia Faria

BOA VONTADE | 49

SuelíPeriotto, educadora da LBV.

Pedagogia do Cidadão EcumênicoA união de intelecto, sentimento e Espiritualidade

Metodologia inovadora da LBV entusiasma educadores brasileiros e estrangeirosSuelí Periotto

A Pedagogia do Cidadão Ecu-mênico (PCE) — Pedagogia do Afeto —, preconizada pelo educador Paiva Netto,

alia sentimento, intelecto e Espi-ritualidade, por isso, tem gerado frutos dentro e fora das unidades socioeducacionais da Legião da Boa Von tade do Brasil e do exterior (Ar-gentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Portugal e Estados Unidos), que se tornaram referência na prática de uma inovadora metodologia.

Em virtude do sucesso de sua aplicabilidade em centros educa-cionais da Instituição, outras escolas estão buscando na Educação com Espiritualidade Ecumênica melhorar o desempenho dos alunos, inspi-rando-se em Jesus, exemplo maior de vivência de Paz e ícone dessa eficiente e inspirada Pedagogia.

Vale destacar que a PCE não in-dica a religiosidade especificamen-te para as aulas pontuais de Cultura Ecumênica: é uma atuação plena e contínua no permear das várias disciplinas, como responsabilidade de todos os educadores. O Divino Mestre é seu referencial e não pode estar aprisionado à Religião, por mais venerável que seja, conforme pondera o diretor-presidente da LBV. Ele deve ser contemplado em todos os segmentos do conhe-cimento, como a Luz para o cami-

nho do entendimento aos que, sem quaisquer sectarismos, O busquem. O que não se pode é privar a Edu-cação dos conceitos abrangentes deixados pelo Cristo.

Metodologia vanguardeira, além de ser bem recebida, ela conquista quem a conhece, como ocorreu nas Faculdades Integradas Claretianas, em São Paulo/SP. A convite do professor Antonio Boeing, a LBV participou do I Simpósio de Ciências da Religião, no dia 26 de agosto, durante o qual foi promovida a oficina Educação com Espiritualidade Ecumênica, no eixo central Alteridade, Edu-cação e Ensino Religioso.

A apresentação evidenciou o Novo Mandamento do Cristo Ecumê nico (“Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus dis-

Clay

ton

Ferre

ira

50 | BOA VONTADE

As educadoras da Creche-Escola Municipal Marília Teves Moreno, de Cabo Frio/RJ, que receberam em sua cidade a capacitação da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, visitaram, dias depois, o Centro Edu-cacional, Cultural e Comunitário da LBV, na capital fluminense, para ver na prática a aplicação desta Peda-gogia que visa à formação integral do aluno. O grupo passou um dia inteiro acompanhando o cotidiano dos alunos na Instituição, o atendi-

“Na LBV, vimos o exemplo de uma menina que conseguiu apartar uma briga dos pais com uma oração. A criança ouvindo esses assuntos na escola pode levar para casa e tornar os pais melhores. Gostaríamos de fazer um terço do que a LBV realiza.”

Alessandra Viana AzedoEducadora, durante visita à escola da Legião da Boa Vontade no Rio de Janeiro/RJ.

Da teoria à práticamento feito às famílias e a atuação dos voluntários na unidade.

Para a diretora da Creche-Escola, Luciane dos santos albuquerque, a lição ali apreendida foi de enorme va-lia: “A proposta da PCE nos encantou, pudemos vivenciá-la na prática. Esta escola é especial, a gente ouve som de criança, mas numa paz, numa tran-qüilidade... Estamos, aqui, alimentando o corpo e o Espírito. (...) Certamente, voltaremos com mais professores, até com as outras escolas de Cabo Frio”.

cípulos” — Evangelho de Jesus, segundo João, 13:34 e 35), o Amor maior, Fraterno, como base da PCE. Outro ponto ressaltado refere-se ao comprometimento da Institui-ção com o desenvolvimento integral dos educandos, ao propor mais do que a necessária intelec tualidade. No encerramen-to da oficina, os educadores mani-festaram o desejo de visitar o Instituto de Educação da LBV, na capital paulista, a fim de acompanhar de perto a aplicação da PCE, com sua metodologia própria: o MAPREI — Método de Aprendizagem por Pesquisa Racional, Emocional e Intuitiva.

PCE, da LBV, serve de parâmetro para escola no RJ

Inspirada no sucesso do traba-lho do Centro Comunitário e Edu-cacional da Legião da Boa Vontade em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, com crianças e jovens da cidade, a prefeitura local solicitou a apre-sentação da Pedagogia do Cidadão Ecumênico para a capacitação dos professores da Creche-Escola Municipal Marília Teves Moreno. Ao levar a Pedagogia do Afeto às crianças, a iniciativa representa uma ação preventiva, como forma de propor uma Cultura de Paz em alternativa à violência urbana e, portanto, de valorizar a vida dos educandos.

A parceria entre a escola e a Ins-tituição tem três anos e, graças a ela,

ampliou-se o atendimento às mães e responsáveis com o pro grama Cidadão-Bebê, da LBV, e outros

serviços que a escola não oferece, como orientação social e psico-lógica e consulta odontológica.

Os alunos da LBV nas aulas de música (1), no laboratório de física, química e biologia (2) e nas aulas de xadrez (3) que

compõem as atividades extracurriculares da escola. Educadoras da Creche-Escola Municipal Marília Teves Moreno (4) em visita ao

Centro Educacional, Cultural e Comunitário da LBV no Rio de Janeiro. No destaque, alunos no momento ecumênico de oração.

3

1

4

2

Foto

s: Ar

quivo

BV

Vivia

n Ri

beiro

BOA VONTADE | 51

LBV é convidada pelo Governo do Tocantins para capacitação de educadores no Estado

Luciane dos Santos Valéria da Silva

Maria Auxiliadora

Os educadores da Creche-Escola receberam a equipe da LBV, repre-sentada, ali, pela professora Rute Molica Mendonça, pela assessora socioeducacional Neide Basso e por mim, Suelí. A cada tela apre-sentada na capacitação era notório o envolvimento dos presentes, que participavam, com entusiasmo, das atividades propostas.

“Essa palestra deveria se esten-der a toda a rede, porque enfoca não somente a Religião, mas a criança. Contempla tudo”, declarou a pro-fessora Maria Amália dos Santos Silveira, chefe do Serviço de Edu-cação Infantil de Cabo Frio.

“Dentro da escola tem de existir esse Ecumenismo. Lidamos com crianças e professores de várias

religiões e ele só vem a acrescentar. Acredito que mais para a frente, a Secretaria de Edu-cação vá convidá-los para uma palestra ain-da maior, alcançando

todo o número de professores e outros profissionais da Rede Mu-nicipal de Cabo Frio. Foi muito bom”, completou Maria Amália.

A diretora da escola Marí-lia Teves Moreno, Luciane dos Santos Albuquerque, comentou a repercussão: “O corpo docente recebeu a LBV com muito Amor, porque foi o que nos passaram. A Pedagogia do Cidadão Ecumê-nico vem fazer com que olhemos o mundo com o olhar de dentro. Não adianta só ensinar conteúdo, é preciso apreendê-lo. As professo-ras foram muito receptivas, porque isso viabiliza e melhora a prática pedagógica delas”.

Da escola para casa

A expectativa é a de que os alunos possam uti-lizar esses ensinamentos também no lar, repassando valores éticos, morais e es-pirituais de cunho elevado,

numa multiplicação da Cultura de Paz, um dos principais benefícios da PCE. “Isso ajudará bastante no aprendizado das crianças. (...) Será trabalhada a religiosidade, cola-borando no desenvolvimento delas até a família”, opinou a professora Valéria da Silva. Para a profissio-nal, é necessário “conscientizar que a oração acalma, traz tranqüilidade e, às vezes, os alunos não têm isso em casa. (...) Esperamos que pas-sem isso para os pais”.

A presença cada vez mais requi-sitada da LBV nesses encontros é o reconhecimento da contribuição de Paiva Netto à Educação brasileira e mundial. Chama a atenção de edu-cadores idealistas, que se identificam

com os conceitos vanguar-deiros da Pedagogia do Afeto, cuja praticabilidade convida à conexão com a Espiritualidade Maior, o que fortalece os esforços pedagógicos de todos que a essa causa se dedicam.

Vivia

n Ri

beiro

Vivia

n Ri

beiro

Gusta

vo A

lento

/Alen

to

No Tocantins, a Secretaria Esta-dual da Educação e Cultura (Seduc) desenvolve o projeto Humanização das Escolas por uma Cultura de Paz para contribuir com a educa-ção integral dos alunos, apoiada por instituições do Terceiro Setor e universidades. A Legião da Boa Vontade, com sua inovadora meto-dologia, foi convidada pela profes-sora Maria Auxiliadora Seabra

Rezende, titular dessa Secretaria, a realizar uma capacitação, de 6 a 8 de outubro, para aproximadamente 40 assessores de Educação do Estado, tendo como tema principal a Pedagogia do Cidadão Ecumênico (PCE).

Com participação ativa de todos os envolvidos, os conceitos e a prática dessa metodologia foram des-

tacados, ressaltando a importância de unir intelecto e intuição. Expla-namos sobre o Cidadão Ecumênico frisando sempre a importância da

presença do espírito de reli-giosidade em nossas ações, com a apresentação do Cristo Ecumênico (dessec-tarizado) como referencial dessa Pedagogia do Afeto. Segundo a professora Ma-

Pedagogia do Cidadão Ecumênico

52 | BOA VONTADE

ria Auxiliadora, o projeto “iden-tificou instituições que possuem experiên cias exitosas na Educação em valores humanos, dentre elas a da Legião da Boa Vontade, com a obra PCE”.

A apresentação feita pela LBV correspondeu às expectativas dos profissionais da Secretaria, cuja tarefa é apresentar conhecimentos novos aos professores para que estes possam vencer os problemas do dia-a-dia na missão de educar. É o que comenta Tânia Maria

Ribeiro Cavalcanti, técnica da assessoria de planejamento da Seduc. “Enfrentamos na es-cola a evasão, a baixa auto-estima, a pouca vontade de aprender, o desestímulo em ensinar,

a violência, a desestruturação da própria escola e a pouca conexão com o que está acontecendo lá fora.”

Segundo Tânia, o maior de-safio é educar o aluno de forma integral.“A gente vê que faltam a

humanização, o perceber o outro e o seu tempo, o resgate da identidade positiva. Então, para humanizar, vamos trabalhar várias escolas pedagógicas para trazer o novo a esse professor, dentro da realidade dele, apresentar coisas novas para que haja estímulo no aprendizado e uma escola harmonizada com o seu tempo, povo e espaço”.

“(Pedagogia do Cidadão Ecumênico) o olhar na Alma.”

Nesse sentido, de acordo com Tânia, a PCE veio somar. “Estamos, há muitos anos, juntos da LBV, que tem uma proposta de humanização, de um aluno mais participativo, de um professor que ouve a história, a raiz onde ele está inserido, res-peitando isso. É muito bonito o que falam da criatividade, da intuição. A Pedagogia do Cidadão Ecumênico trabalha a questão da diversidade nos seus vários aspectos; respei-tar a pessoa como é, de onde ela vem; a pessoa na sua orientação religiosa, a sua visão de mundo, e

essa diferença contribui, sim, para a construção de um mundo melhor. Temos de resgatar o olhar na Alma, o verdadeiro entendimento daquilo que está acontecendo à sua volta. Para fazer isso, você tem de estar sereno, seguro, firme e ter uma profunda esperança no Ser Hu-mano”, disse.

Esta receptividade está presente também nas palavras da professora Verny de Fátima de Oliveira Fucks, pedagoga do currículo-DRE Gurupi/TO. “Fiquei realmente encantada com a Pedagogia do Cidadão Ecumênico. Foi um ga-nho grande para os educadores do Tocantins ter esse primeiro contato com essa visão de mundo em um

Verny Fucks

Repr

oduç

ão B

VTV

Tânia Calvacanti

Elias

Oliv

eira

Elias

Oliv

eira

“A Pedagogia do Cidadão Ecumênico trabalha a questão da diversidade nos seus vários aspectos; respeitar a pessoa como é, de onde ela vem; a pessoa na sua orientação religiosa, a sua visão de mundo, e essa diferença contribui, sim, para a construção de um mundo melhor.” Tânia Maria Ribeiro Cavalcanti

Técnica da assessoria de planejamento da Seduc

Educadores do Tocantins recebem capacitação da LBV

Jovens como elkerton Linch Marçal dantas e Márcio Guedes da silva, ambos com 18 anos hoje, são alguns dos alunos que confirmam o sucesso da Pedagogia do Cidadão Ecumênico (PCE), preconizada pelo educador Paiva Netto. Eles freqüen-taram o Instituto de Educação da LBV na capital paulista, do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, e agora — além de serem pessoas preparadas para a cidadania ecumê-nica, cientes da importância da vivên-cia fraterna em sociedade — estão atingindo metas importantes na vida acadêmica.

Graças ao atendimento na LBV, que lhes proporcionou ensino de qua-lidade, Elkerton e Márcio obtiveram óti-mo desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), garantindo-lhes bolsas de estudo integrais.

Elkerton Dantas cursará a fa-culdade de Geografia. Por sua vez, Márcio está entusiasmado com os novos desafios em 2009, pois fre-qüentará o curso de Enfermagem. Para o jovem, além da qualidade do ensino, o diferencial ecumênico da Instituição significou muito: “Na LBV me tornei uma pessoa melhor. Nas aulas de convivência conheci um pouco mais sobre o lado espiritual da Vida. Aprendi a amar o próximo, a conviver com as pessoas. E quanto ao lado racional, você tem uma for-mação completa. Quero agradecer ao educador Paiva Netto, por todas as pessoas que ajuda. Sou fruto desse grande trabalho”.

Resultados da Pedagogia do Afeto, da LBV

“O ensino da Legião da Boa Vontade é ótimo. Influenciou bastante a minha vida ter estudado no Instituto de Educação da LBV, que sempre incentiva a pessoa a ser algo mais, nunca parar onde está, mas continuar progredindo. A ajuda que se faz para a LBV realmente vai para as pessoas que precisam.”

Elkerton DantasJovem atendido pela Legião da

Boa Vontade em São Paulo/SP.

“Na LBV me tornei uma pessoa melhor. Nas aulas de convivência conheci um pouco mais sobre o lado espiritual da Vida.”

Márcio guedesAluno da LBV, em São Paulo/SP.

Elias

Pau

lo

momento em que o ter tornou-se mais importante que o ser, e neces-sitamos humanizar a nossa escola, fazer com que não perca valores essenciais para formar um Ser Humano melhor. Esses dois dias permitiram aperfeiçoar essa visão, fazer com que cresça e, principal-mente, que ganhe força a vontade em nós, educadores, de mudar, de transformar, porque é possível, mas precisamos de subsídio, e a LBV nos deu isso”.

A professora Verny deixou ainda uma simpática mensagem ao criador da PCE. “Deus deve ter iluminado muito o educador Paiva Netto para que tivesse idéias tão fantásticas, tão propícias à escola, à educação, em uma época em que estamos tão carente de pessoas e idéias que pos-sam contribuir para essa mudança. Parabéns!”, concluiu.

Com igual entu-siasmo, o assessor de currículo-DRE Pedro Afonso/TO, Dailton Sidnei Pichinin res-saltou: “A Secretaria da Educação e Cultura marcou um gol ao apresentar a visão da Pedagogia do Cidadão Ecumênico, da LBV. Foram dois dias marcantes, dos quais levamos grandes possibilidades de acres-centar esta experiência ao nosso trabalho”.

Outros assessores planejam ago-ra um intercâmbio no conjunto edu-cacional da Legião da Boa Vontade na capital paulista — formado pela Supercreche Jesus e pelo Instituto de Educação José de Paiva Netto — a fim de conhecer de perto o funcio-namento integral da PCE.

Dailton PichininRe

prod

ução

BVT

V

Pedagogia do Cidadão Ecumênico

54 | BOA VONTADE

do CidadãoPedagogia

EcumênicoPátio do Instituto de Educação da LBV, uma das unidades da Instituição que demonstram que Educação de qualidade, Solidariedade Altruística e a indispensável Espiritualidade Ecumênica são chaves de sucesso de sua Pedagogia. Na fachada do local (conforme indicado pela seta abaixo), o líder da Legião da Boa Vontade fez colocar esta máxima de Aristóteles: “Todos quantos têm meditado na arte de governar o gênero humano acabam por se convencer de que a sorte dos impérios depende da educação da mocidade”. Visite: Av. Rudge, 700 — Bom Retiro — São Paulo/SP — Tel.: (11) 3225-4500 — www.iejpn.com.br

BOA VONTADE | 55

para o futuroPerspectivas

decisivos para diversas vertentes da sociedade, com destaque para o Direito, área em que a formação, associada aos bons princípios, se faz igualmente imprescindível.

A opinião formada sobre o assunto é o resultado de amplo estudo, ao longo de 50 anos de trabalho dedicado ao exercício da cidadania. Com licenciatura em Letras, bacharelado em Direito e passagem na Escola Superior de Guerra (ESG), o dr. Cármine revela que nunca se esqueceu do primeiro aprendizado: “Eu sou apenas um representante da lei”.

Por isso, sempre que se pronun-cia, o desembargador faz questão de enfatizar os valores éticos e morais, ponderando sobre direitos e deveres do cidadão e opinando a respeito do modo pelo qual a educação pode

servir de paradigma para um futuro promissor. Nesse contexto, mencio-na a Pedagogia do Cidadão Ecumê-nico (PCE), a Pedagogia do Afeto, da Legião da Boa Vontade, como um modelo bem-sucedido. Trata-se da linha educacional vanguardeira, preconizada pelo diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, cuja metodologia é implementada nos programas e projetos socioeduca-cionais da Instituição no Brasil e no exterior.

BOA VONTADE — A sociedade tem se conscientizado verda-deiramente de seus direitos e deveres?

Dr. Cármine — Eu fiz um curso nos Estados Unidos, em Harvard, sobre o sistema prisio-nal. Lá, conheci vários sistemas:

Refletir sobre a educação é uma constante na vida do vice-presidente do Instituto dos Magistrados do Brasil, o

desembargador Cármine Antônio Savino Filho. Para ele, os resulta-dos do processo educacional são

Isabela Ribeiro e Sarah Jane

EducaçãoEntrevista com o desembargador Cármine Antônio Savino Filho

Vivia

n Ri

beiro

Desembargador Cármine Antônio Savino Filho, vice-presidente do Instituto dos Magistrados do Brasil.

56 | BOA VONTADE

Perspectivasem Boston, Chicago, Detroit, São Francisco. Inclusive aquele grande presídio, o Alcatraz (hoje desativa-do), que é um ponto de referência para estudar como não se deve fazer um presídio. O americano não aceita aquele tipo de presídio. Apesar de ser bem melhor que os presídios brasileiros — porque aqui nós gastamos 40 bilhões de dólares por ano em sistema prisio-nal —, são verdadeiras jaulas sem a menor pedagogia de afeto, para que as pessoas retornem às suas cidades de uma forma melhor. Em Harvard, havia uma tabuleta com os deveres dos estagiários e eu estranhei aquilo: tenho de cumprir só as minhas obrigações, não tenho direitos? Aí, com o tempo percebi que, na verdade, quando eu cumpro os meus deveres, automaticamente, estou recebendo os meus direitos do outro que também cumpre com os deveres dele.

BV — A boa educação colabora para o amadurecimento dessa consciência?

Dr. Cármine — O que acon-tece em alguns países, que pos-suem uma educação e uma cultu-ra bastante elementares, é que a educação não desenvolve o lado das obrigações; ou seja, quanto mais leis, menos educação e me-

nos cultura as pessoas têm. Existe o Direito Natural, como na Inglaterra e nos Estados Unidos, em que a pessoa tem seus direitos e obrigações dentro da sua

Alma, dentro do coração. São princípios, é a moral. Não

há necessidade de leis para dizer dos meus direitos, das minhas obrigações. (...) O excesso de leis significa que o país não tem uma cultura e uma educação adequadas, pois é preciso criar leis toda hora para que as pessoas aprendam que os deveres são fundamentais, para que cum-pram com as obrigações para receber os direitos. Infelizmente, isso depende de uma cultura e de uma educação eficazes. Você aprende em casa e na escola que tem de respeitar as pessoas para ser respeitado. O seu direito vai até onde começa o do outro. É assim que penso.

BV — Quais são os desafios de nosso país nesse campo?

Dr. Cármine — O Brasil foi descoberto por colonizadores e se iniciou como colônia, o que difere de outros países, como os Estados Unidos: as pessoas foram para lá como pioneiras e criaram uma grande nação (...). O Brasil pegou essa característica de co-lonizado. (...) Não se descobriu a importância do desenvolvimento, e as atitudes ficaram perdidas, espalhadas, sem que as pessoas sentissem a necessidade de uma reflexão sobre o desenvolvimen-to. E o que seria isso? É algo que ocorre quando, dentro de uma relativa harmonia, crescem as forças vitais: na educação — a educação-instrução, a educação que reformula o Homem; só esta não bastaria, pois teríamos de fazer um grande projeto na saúde, habitação, saneamento básico, nas forças de segurança públi-ca — porque, hoje, elas atuam para a segurança do poder, dos partidos, não das pessoas; na Segurança Nacional, para

“O que acontece em alguns países, que possuem uma educação e uma cultura bastante elementares, é que a educação não desenvolve o lado das obrigações; ou seja, quanto mais leis, menos educação e menos cultura as pessoas têm.”

Imagem interna do presídio de Alcatraz. No destaque, vista externa da prisão.

Foto

s: Di

vulga

ção

Vivian Ribeiro

Brasil. É necessário que o Brasil conheça essa Pedagogia do Afeto, da LBV. É impressionante! Convi-do as pessoas a conhecer o colégio em São Paulo, no Rio de Janeiro, e elas vão ter uma surpresa, como se estivessem no paraíso. Porque, na verdade, a educação no Brasil está muito ligada à instrução. (...) O fundamental da Educação não é o conhecimento simplesmente instrucional, mas, em essência, a Pedagogia da Formação do Ser Humano.

BV — Daí surge a necessidade de um novo paradigma...

Dr. Cármine — Penso que a LBV conseguiu acertar um mo-delo ideal com a Pedagogia do Afeto para a Educação. Tenho um primo embaixador na Coréia do Sul e, conversando com ele sobre a LBV e as escolas sul-coreanas, percebo uma profunda identidade. A filosofia é caminhar para atingirmos uma organização científica, e essa organização da LBV é um modelo que cresce, que se desenvolve, e você só percebe essa grandeza quando chega à

escola da Legião da Boa Vontade, quando os alunos se levantam e recebem a pessoa, cantam, estão sorridentes, alimentam-se de ma-neira educada. Quando estive na escola da LBV em São Paulo, os alunos participavam de uma banda que se preparava para um desfile na cidade, e os próprios alunos é que dirigiam a banda, participa-vam dela e ensinavam a execução dos instrumentos. É um fenômeno, porque foge do que estamos vendo na realidade brasileira. Se eu fos-se assessor de algum prefeito no interior, ou se fosse chamado a de-senvolver um projeto em alguma secretaria de Educação, gostaria que a minha equipe passasse uns dias na LBV, para que pudéssemos colocar na cidade pessoas voltadas para desenvolver essa experiência. O núcleo já está pronto; não há necessidade de mais experiência porque ela já foi realizada dentro de um projeto bastante eficaz, que vem se desenvolvendo dia a dia. Não é algo que pára, é algo que cresce. Por isso digo que, em Educação e no aspecto da Cultura, a LBV é um modelo!

cuidar da Amazônia e dos limites regionais do Brasil; na economia. Todo um contexto de atenção nessas forças vitais para que pos-samos atingir o desenvolvimento. O resultado disso é exatamente a solução do problema.

BV — O senhor teve oportunidade de conhecer unidades educacio-nais da LBV. Como avalia esse trabalho socioeducacional?

Dr. Cármine — A Legião da Boa Vontade consegue introduzir no Brasil não somente um resul-tado, mas um processo eficaz. A LBV consegue criar no Brasil um projeto. Eu o denominaria, e já ouvi outras pessoas dizendo, como Pedagogia do Afeto, ou seja, do Amor. Ela conseguiu um sistema, uma marca: “Eu sou aluno da LBV”. Por isso, quando comecei a escrever sobre educa-ção, me interessei em conhecer não apenas a escola da LBV no Rio de Janeiro/RJ, como também tive a oportunidade de passar um dia na unidade de São Paulo/SP. Fiquei emocionado em perceber que aquela era a matriz para o

“Em Educação e no aspecto da Cultura, a

LBV é um modelo!”

Dr. Cármine, ao centro, em visita ao conjunto educacional da

LBV, ladeado pelos representantes da Instituição, professor Marcelo Rafael e Pedro Paulo Torres, da Super Rádio Brasil 940 AM. No destaque, aspecto de uma das salas de aula da Escola da LBV.

Foto

s: Ci

da L

inare

sEducação

58 | BOA VONTADE

ComportamentoAdultização da criança

Pequenos

adultosQuando o desenvolvimento da criança é prejudicado

Natália Lombardi

Phot

oDisc

Às 7h15, sai do banho e começa a se arrumar para a escola. Mais 10 minutos e toma o café da manhã, apressada

pelos pais. Ao meio-dia, precisa almoçar correndo e não se atrasar para as aulas de balé, inglês ou canto. Em outros momentos da concorrida agenda, há as lições de casa. A rotina de múltiplas ativida-des e horários, que mais parece a de um adulto, pertence a Laura, nome fictício de uma criança de 9 anos.

Pesquisadores brasileiros têm dado cada vez mais atenção a um fato recente entre os pequenos: a adultização. O novo termo, que provavelmente não será encontra-do nos dicionários, refere-se a um fenômeno nas áreas da Educação e da Psicologia. Tudo começa com os pais. Em uma sociedade

competitiva, na qual precisam ser os melhores para vencer, a vontade dos tutores é a de que os menores, desde a mais tenra idade, estejam em primeiro lugar na escola, façam muitos cursos, passem no vestibular.

Até aí, é normal preocupar-se com a formação profissional. O problema aparece quando se tira da criança o momento de brincar, cobrindo-a de responsabilidades e tarefas que devem ter como efeito as notas azuis e o amadurecimento precoce. “Ela sofre com isso por-que precisa de um momento para imaginar, criar e interagir com outras crianças, para conhecer o diferente”, adverte a consultora psi-cológica e psicoterapeuta Olga Inês Tessari.

Há quem ache exagero, mas é brincando que os pequenos apren-dem grandes lições e se desenvol-vem. Na brincadeira com outros colegas, começam a adquirir a no-ção de limite e de respeito; apren-dem que existem diferenças entre as pessoas. A cobrança implica uma situa-ção comum em adultos que sofrem da mesma pressão e não conse-guem lidar com ela: os consultórios

BOA VONTADE | 59

Comportamento

O que fazer quando a criança...... não obedece aos pais e argu-menta demais?Os pais devem entender que a criança nasce “egoísta” (no sentido de pensar apenas no que é bom para ela) e nem sempre tem cons-ciência do que realmente é bom. Os pais devem impor os limites de forma clara e não ceder aos argumentos dela.

... quer se vestir como adulto?Ela pode brincar com as roupas dos pais, mas, na hora de vestir-se para sair de casa, a criança deve usar roupas compatíveis com a idade dela. Saltos, por exemplo, podem trazer problemas para a saúde, as-sim como produtos de maquiagem, pois a criança ainda está em fase de desenvolvimento.

lotados. No entanto, ainda não são os pais que observam o quadro. “Geralmente, elas vêm ao con-sultório porque o rendimento es-colar não está bom. Muitas vezes, enquanto a escola não reclama e solicita o tratamento psicológico, a família não percebe, se acostuma com o jeito da criança e não vê o sofrimento dela”, acrescenta a especialista.

Estresse infantilNo corre-corre diário, são co-

muns momentos de estresse com resultados físicos ou psicológicos. Os mesmos sintomas puderam ser registrados, mais atualmente, nos

meninos e meninas em idade escolar. Em casos mais graves apareceram síndrome do pânico e depressão. Isso diminui a defesa imunológica do organismo, dei-xando a criança mais suscetível a doenças, tendo, assim, de ser medicada.

Outra especialista na área, Ph.D. em Psicologia e professora titular da PUC-Campinas, a dra. Marilda E. Novaes Lipp, em seu livro Crianças Estressadas, apre-senta ampla pesquisa feita em uma escola pública com 400 estudan-tes, de 7 a 12 anos, promovida pela Universidade São Marcos de São Paulo. A autora concluiu que 40% dos alunos apresentavam estresse e, entre outros sintomas, cerca de 51% das crianças sofriam de insônia e 76% tinham alterações de comportamento.

Todo comportamento exa-gerado, inclusive nos estudos, chama a atenção para o efeito inverso — alunos estressados tiveram desempenho escolar inferior ao dos colegas: apenas

18% conseguiram bom rendi-mento.

Especialistas admitem que uma dose de disciplina sempre é salutar, mas ponderam que as responsabilidades não devem invadir os momentos de lazer. “Não é preciso banir as crian-ças dos deveres, mas organizar a agenda para que ela possa brincar e de preferência com outros, não apenas trancada no quarto jogando videogame (ou no computador) — que é muito bom para desenvolver o raciocínio, mas não pode ser a única brincadeira”, explica a dra. Olga Inês.

“Mãe, quero crescer!”Enquanto muitos adultos ado-

rariam voltar à infância, fase apa-rentemente sem preocupações, caracterizada pela fantasia, muitas crianças de hoje insistem no contrá-rio. Mas não como antes, quando os filhos invadiam o armário dos pais para experimentar roupas, sapatos ou maquiagens. Entre as tendências

... prefere estar com crianças mais velhas?Os pais devem ficar atentos e sempre estimular o convívio com crianças da mesma faixa etária de seus filhos. Se ela prefere estar com adul-tos, pode ser porque ela se entedia ou se irrita com outras crianças ou não sabe lidar com as diferenças. Mas quando está entre os mais velhos, acaba mimada: tem a atenção deles, é elogiada e todos podem considerar uma gracinha tudo o que faz.

... sempre escolhe o que vai comer?É preciso ser firme e ter a cons-ciência de que os pequenos ainda não sabem o que é bom para eles. os pais jamais devem ceder aos apelos, mas fazer prevalecer a sua autoridade — bem diferente de autoritarismo. A criança precisa ser esclarecida quanto à importân-cia da alimentação diversificada e saudável, nos horários certos.

... quer pintar o cabelo, usar celular, fazer estética ou é muito consumista?Esses tipos de desejo e o con-sumismo desenfreado podem prejudicar o desenvolvimento de um adulto equilibrado e criativo. Em outras palavras, a criança vai ter muito tempo para ser adulta. ela deve viver a fase da infância e aprender o valor da conquista de um bem. Bens de adulto, ela os terá quando for adulta.

“Educar os filhos é mostrar-lhes os valores éticos e morais,

importantes para seu bom desenvolvimento. (...) É importante

que eles sejam coerentes com o que dizem e fazem, porque é o

exemplo que vai pautar o desenvolvimento dessa criança e vai

transformá-la em um adulto com valores morais e éticos de um

Ser Humano digno.”

Dra. Olga Inês Tessari

Danie

l Tre

visan

comportamentais que elas vêm apresentando com a adultização está o desejo de crescer mais rápido.

O mesmo vale para a sexuali-dade, para o consumismo, muitas vezes estimulados pela mídia antes da hora.“Muitas crianças se sen-tem pressionadas pelo meio para serem aceitas. Os pais precisam perceber isso, conversar com elas e colocar limites. É preciso mostrar que a vida é muito mais do que a vaidade. Porque hoje se ensinam valores muito fúteis”, enfatiza.

Por essas razões, é enorme a quantidade de crianças que hoje

freqüentam psicólogos. As que ficam depressivas podem ser me-dicadas durante o tratamento, às vezes até sem necessidade, já que a correção pode estar na dinâmica familiar.

Assim, a especialista adverte que “educar os filhos é mostrar-lhes os valores éticos e morais, importantes para seu bom desen-volvimento. (...) É importante que eles sejam coerentes com o que dizem e fazem, porque é o exemplo que vai pautar o desenvolvimento dessa criança e vai transformá-la em um adulto com valores mo-

rais e éticos de um Ser Humano digno”.

Vale ressaltar que a rede educa-cional da Legião da Boa Vontade atua com capacitada equipe de psi cólogos, utilizando-se de ativi-dades lúdico-pedagógicas com os alunos, visando ao seu desenvol-vimento integral e despertando-os para valores fraternos, razão de ser da Pedagogia do Cidadão Ecumê-nico, linha educacional preconiza-da, há décadas, por Paiva Netto e diariamente vivenciada nas unida-des de atendimento da Instituição no Brasil e no exterior.

BOA VONTADE | 61

Conhecimento,Paz e concentração

Com mais de 100 mil visitantes por ano, a Ala dos Estudantes do ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF, é destaque em reportagem do Jornal Hoje, da TV Globo

Uma série de reportagens sobre concursos públicos levou a repórter Gioconda Brasil, da TV Globo, em 13 agosto,

à Ala dos Estudantes do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumêni-ca, o ParlaMundi da LBV, na capital federal. A iniciativa de procurar o espaço, segundo ela, surgiu ao entrevistar o jovem Ricardo Vieira Fernandes, que estudou durante um ano e meio no local. Gioconda destacou que Ricardo “fez os con-cursos mais difíceis, mais disputa-dos, e passou”, e o jovem relatou:

“Eu estudava muito lá. É um lugar maravilhoso! Fica lotado, tem jardim, fonte d’água; é muito bom para a concentração”.

Interessada na descrição que o rapaz fez do ambiente, a repórter resolveu mostrar a Ala dos Estu-dantes do ParlaMundi da LBV aos telespectadores. “Pensei que era interessante, porque é também um lugar associado à meditação, que foge do lugar-comum, de estar dentro de uma sala de cursinho tradicional”, explica.

A jornalista destacou, ainda,

a cumplicidade entre os colegas e o respeito às normas propostas pelo espaço e sintetizou: “A gen-te gostou bastante, é tudo muito organizado, bonito, tranqüilo. (...) Vi poucas bolsas ocupando as cadeiras, elas estavam no chão ou penduradas. As pessoas têm cons-ciência de que não se deve ocupar um espaço que pode servir a outro. Isso me chamou a atenção”.

O conjunto ecumênico da Legião da Boa Vontade, formado pelo Par-laMundi, Templo da Boa Vontade (TBV) e sede administrativa, é um

Belkís FariaFotos: José Gonçalo

CulturaEspaço associa estudo e meditação

Vista da Ala dos Estudantes do ParlaMundi da LBV

62 | BOA VONTADE

endereço já conhecido dela. Logo que se mudou do Rio de Janeiro para Brasília, há nove anos, Gioconda Brasil escolheu o local como um dos primeiros pontos para conhecer na cidade. Para a repórter, é visita obrigatória.

Outro ponto ressaltado pela jor-nalista é a proposta de Ecumenismo marcadamente presente: “É impor-tante propagar essa Paz no dia-a-dia, no relacionamento com as pessoas, sendo mais educado, tolerante, menos explosivo. Ninguém vira santo de uma hora para a outra, mas é bom parar, pensar e, quando perceber

Conhecimento,Paz e concentração

Ambiente voltado para o estudo

A Ala dos Estudantes situa-se em ambiente privilegiado no primei-ro subsolo do ParlaMundi da LBV. Ocupando uma área de 800 m², ofe-rece várias mesas para estudo indivi-dual ou em grupo, com cadeiras esto-fadas. Também compõem o ambiente uma lanchonete, um belíssimo jardim externo e uma fonte de água cristalina (que ajuda a manter a umidade do ar, normalmente baixa na cidade). Além disso, oferece o programa Internet para Todos, pioneiro em disponibilizar ao público terminais de computador conectados à web, possibilitando que cada vez mais pessoas tenham acesso à ferramenta de pesquisa e interação com o mundo.

Destaque também para a biblio-teca, que dispõe de acervo para empréstimo e milhares de títulos especializados, incluindo enciclopé-dias, fitas VHS e revistas. Trata-se de local concorrido, freqüentado anualmente por centenas de milha-res de jovens do Distrito Federal e visitantes de outros Estados, sendo ainda o único a funcionar todos os dias, das 8 às 22 horas.

Gioconda Brasil

Juliana Doretto

1 2

(1) A repórter Gioconda Brasil entrevista uma jovem freqüentadora da Ala dos Estudantes. (2) Vista parcial do acervo bibliográfico do ambiente.

que está ultrapassando determina-dos limites, respirar fundo e não exceder”.

Por fim, reafirmou a importância do conjunto ecumênico da LBV, para ela, um lugar que deve ser visi-tado por todos. E recomendou: “Se estiver com o coração apertadinho, meio entristecido, precisando de um pouco de conforto espiritual, pode vir aqui que ficará bem”.

Ala dos Estudantes é tema de matéria no Portal UOL — A jorna-lista Juliana Doretto esteve, no fim de setembro, no ParlaMundi da LBV e procurou a Ala dos Estudantes para mostrar aos leitores do UOL um dos lugares preferidos das pessoas que, na capital federal, estão se prepa-rando para concursos, o vestibular ou mesmo para outras provas. Para ela, “quanto mais espaços públicos abertos houver, com infra-estrutura incentivando para estudar, melhor será para o nível educacional da

população”. Juliana apro-veitou também para conhe-cer o TBV: “É um lugar de tranqüilidade, bom para quando você precisa parar um pouquinho, pensar na vida”.

“Quando aqui cheguei, fiz exatamente esse roteiro: vim conhecer o Templo da Boa Vontade, passei horas ótimas aqui. O TBV é uma

referência muito importante para a cidade. Você percebe que as pessoas têm carinho por estar aqui.”

gioconda BrasilRepórter

BOA VONTADE | 63

Luiz Carlos Miele e sua ligação com os 50 anos desse estilo musical bem brasileiro

Entrevistar Luiz Carlos Miele é registrar bom humor e múl-tiplas habilidades. Com seu talento, ao longo de quase seis

décadas de carreira no campo das artes e da cultura, construiu uma sólida ligação com a Bossa Nova, nos 50 anos desse estilo musical brasileiro. A comunicação é outro ramo para o qual Miele dedica sua

vida: atuou em emissoras de rádio; participou da inauguração da pri-meira televisão da América Latina, trabalhando como contra-regra, ator, apresentador e diretor de TV; e tem seu nome associado a grandes espe-táculos musicais. Neste bate-papo, ele nos conta como todas essas diferentes oportunidades “foram aparecendo por acaso”.

Olhar sobre a

Hilton Abi-Rihan, radialista, jornalista e apresentador do programa Samba & História.*

Clay

ton

Ferre

ira

* programa samba & História — Na Super Rede Boa Vontade de Rádio (Super RBV), você pode acompanhar essas entrevistas aos domingos, às 14 e 20 horas. Pela Boa Vontade TV (canal 27 da SKY), o telespectador pode conferi-las aos sábados, às 14 e 22 horas. Outra opção é aos domingos, às 5, 14 e 21 horas. Pela Rede Mundial de Televisão, assista ao bate-papo aos sábados e domingos, às 23 horas; e terça e sexta-feira à 1 e às 22 horas.

Samba & HistóriaEntrevista com Miele

Hilton Abi-Rihanespecial para a BOA VONTADE

Bossa Nova

Miele ao lado da estátua confeccionada em sua homenagem

Vivia

n Ri

beiro

64 | BOA VONTADE

O início da carreira teve a in-fluência de sua mãe, Irma Miele — que se apresentava com o nome artístico de Regina Macedo. Aos 12 anos, o menino já trabalhava como radioator em uma emissora de São Vicente/SP, no programa Meu filho, meu orgulho, de Mário Donato. Mais tarde, protagonizou outros programas infantis na Rádio Tupi, ao lado de Régis Cardoso, Érlon Chaves e Walter Avancini. Pouco tempo depois, o jovem presenciou a inauguração do grande fenômeno que mudaria a vida de milhões de bra-sileiros: a televisão, em 18 de setembro de 1950. “Inauguraram a TV Tupi de São Paulo com Assis Chateaubriand que-brando uma garrafa de champanhe na câmera, como se fosse um na-vio. Tinha duas câmeras, uma ele quebrou com a garrafa”, conta.

O jovem Miele começou a atuar logo na primeira semana das trans-missões televisivas, convivendo com os atores José Homero Silva, Ribeiro Filho e Cassiano Gabus Mendes. Com o bom humor que lhe é característico, lembra: “Co-mecei mostrando as pernas na televisão (risos). Na cena, passava de calça curta e alguém dizia: ‘Nessa semana a TV brasileira dá os seus primeiros passos’. E eu todo orgulhoso! Mas só apareciam as pernas”.

Histórias da Bossa NovaJá na TV Continental, ao reali-

zar uma reportagem sobre o ritmo que crescia, viu a transformação do seu destino: “Foi uma coin-

cidência, porque o grande agitador da Bossa Nova era Ronaldo Bôscoli, repórter da Manchete e noivo da Nara [Leão]. Ele fazia as primeiras canções com o Menescal e o Carlos Lyra;

tinha emoção pela Bossa Nova”. A entrevista com Bôscoli, Nara Leão, Roberto Menescal e Chico Feitosa, o “Chico Fim de Noite”, aproximou o jovem produtor a uma das suas grandes paixões, consagrando-o como inventor do estilo banquinho e violão. “Eles estavam sentados no sofá para dar a entrevista. No sofá se toca muito mal violão, fica mal arranjado. E eu falei: ‘Espera aí. Assim fica ruim. Pega o banquinho’. E essa virou a marca da Bossa Nova.”

Com a reportagem veio o con-vite para a produção de O amor, o sorriso e a flor, o primeiro espetá-culo da Bossa Nova. Miele não o produziu, mas ao vê-lo se tornou amigo de alguns dos precurso-res do movimento: Vinícius de Moraes, João Gilberto, Johnny Alf e Pedrinho Mattar — estes dois de São Paulo. Sem dinheiro

para pagar uma hospedagem, os músicos dormiram no apartamen-to do Bôscoli. Miele, que àquela altura dormia nas barcas, viajando do Rio a Niterói, também passou noites nas tubulações do Aterro do Flamengo. “Quando, hoje, eu estou bem hospedado, por conta de algum espetáculo, não me empolgo muito, porque me lembro desses lugares onde eu dormia.” Mais tarde, trocou os tubos pelo sofá, na sala do apartamento do amigo Bôscoli.

Àquela altura, a amizade entre os rapazes se fortalecia e ajudava a impulsionar o jovem produtor a conquistar o próprio objetivo: tornar-se diretor de TV. Miele per-cebeu sua oportunidade na TV Rio quando seus chefes — os diretores Geraldo Casé, Fernando Barbo-sa Lima e Abelardo Figueiredo

Miele ao lado da cantora Maria Rita, filha de sua

grande e saudosa

amiga Elis Regina.

Antiga orla da Praia de Copacabana

Bossa NovaAr

quivo

pes

soal

Assis Chateaubriand

Divu

lgaçã

o

BOA VONTADE | 65

— deixaram de preparar o progra-ma da semana. Ele não hesitou: “Eu tenho um programa, mas eu quero dirigir! Tenho um show da Bossa Nova”. O programa apre-sentou o talento de Luizinho Eça, João Gilberto, Sylvia Telles, Luiz Carlos Vinhas, Nara Leão e Roberto Menescal, e foi um sucesso. O feito garantiu ao jovem de 21 anos o cargo de diretor e, de quebra, o início da parceria Miele–Bôscoli. “Fizemos o primeiro show da dupla, que foi também o primeiro de Sérgio Mendes e um dos primeiros shows no Beco das Garrafas” — local onde jovens talentosos já se apresentavam.

Do Beco, a Bossa Nova cresceu e foi para o teatro, e do teatro à TV, para alcançar o grande público. A dupla dirigiu mais de 84 espetá-culos, trabalhando com nomes consagrados da música brasileira, como Elis Regina, Leny An-drade, Pery Ribeiro e Roberto Carlos. Miele e Bôscoli dirigiram O Fino da Bossa, com Elis, o cantor Wilson Simonal e tantos outros me-moráveis musicais aclamados pela crítica, com destaque para o pro-grama Elis Especial. “Fizemos um musical espetacular. Naquele ano nós ganhamos todos os prêmios:

melhor diretor, melhor programa, melhor musical, melhor produção, ganhamos tudo, não só da crítica especializada, mas também da As-sociação dos Críticos”, lembra.

Diante do êxito profissional, mais oportunidades iam aparecen-do na vida de Luiz Carlos Miele. Ao dirigir um musical no Fantás-tico, passou a apresentá-lo — outro talento descoberto, além dos muitos que logo viriam. Ele mostrou a veia humorística ao apresentar a Praça da Alegria. “O Boni [na época diretor] fez uma série de testes com quatro ou cinco pessoas para ver quem sentava ali no banco (...). E eu fui o aprovado. Fiquei no ar um ano fazendo a Praça da Alegria, na qual também por acidente passei a ser apresentador. Depois, por aci-dente, faltou um artista num show da cantora Tuca [Fernandes], e lá fui para o palco da boate fazer o show ao lado dela. Gostei des-se negócio de palco e não desci mais. Fiz um show também com Elis, o ‘Elis, Miele e Bôscoli’, no Teatro da Praia; depois no Teatro Maria Della Costa, em São Paulo. E aí, de repente, virei uma pessoa de show.”

Ao olhar para os 58 anos de carreira, pondera:

“Essas coincidências todas foram fazendo a minha carreira, e eu continuo correndo atrás para não cair da bicicleta”. E conta com generosa dose de modéstia: “Às vezes, quando estou cantando, sempre uma senhorinha mais ve-lha fala assim: ‘Miele, eu sou sua fã há algum tempo e não sabia que cantava’. Então, falo: ‘Eu também não sabia, senhora, até precisar!’”.

Outro talento desenvolvido por ele (esse não por acaso) é o apoio às causas humanitárias: “Eu sou colaborador efetivo da Legião da Boa Vontade. Já visitei o Templo da Boa Vontade, lá em Brasília. Estou sempre em contato. Muito obrigado, eu vou ler mais essa”, disse Miele ao receber um exemplar da BOA VONTADE. Em retribuição ao cordial abraço do diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, excla-mou: “Muito obrigado, presidente! Às suas ordens, sempre!”.

(Colaboração: Sarah Jane)

Bossa Nova em cartazAtualmente, Luiz Carlos Miele está em cartaz com o show Um Brasileiro Chamado Jobim, em parceria com a can-tora Leny andrade. Em comemoração dos 50 anos da Bossa Nova, ele também está em turnê com o espetáculo Meus amigos são um barato, que tem a super-visão de Fernando Faro. Miele explica: “Têm uma participação virtual, onde can-tam comigo, dialogam e erram comigo no vídeo, Toquinho, Paulinho da Viola, Erasmo, Leny Andrade, Menescal, Leila Pinheiro, Carlos Lyra, Wanda Sá e Jô Soares, todos eles brincam comigo na TV”. A cantora patty ascher é a convi-dada especial do show.

Samba & História

“Às vezes, quando estou cantando, sempre uma senhorinha mais velha

fala assim: ‘Miele, eu sou sua fã há algum tempo e não sabia que

cantava’. Então, falo: ‘Eu também não sabia, senhora, até precisar!’.”

66 | BOA VONTADE

AVAPE. Diminuindo as diferenças, aumentando as oportunidades.

Isab

ella

Sch

ultz

Eks

tein

Mot

a Sa

ntan

a é

ganh

ador

a da

pro

moç

ão c

adei

ra d

e ro

das “

Sua

hist

ória

val

e um

sonh

o”.

Há 25 anos a AVAPE desenvolve um trabalho de reabilitação clínica, profi ssional e de acompanhamento familiar às pessoas com defi ciência. Além disso, capacita e encaminha estas pessoas ao mercado de trabalho. Só no último ano, foram mais de 4 milhões de atendimentos, mais de 90% deles gratuitos. Um importante trabalho de inclusão social que transformou a AVAPE em referência nacional no atendimento a pessoas com defi ciência. E que precisa da ajuda de todos para continuar, inclusive da sua. Faça parte desta história repleta de força de vontade, dedicação e superação. Ligue (11) 4993-9200 ou acesse www.avape.org.br.

Escolha fazer a diferença na vida de uma pessoa com deficiência.

2586-04-AVP-An.205x275 1 5/21/07 6:20:15 PM

Neste mês de outubro, a Legião da Boa Vontade dá a largada para uma das maiores mobilizações sociais do Brasil: arrecadar 462 toneladas de alimentos não-perecíveis, meta da edição de 2008 da tradicional Campanha do Natal Permanente da LBV — Jesus,

o Pão Nosso de cada dia!. Graças à Solidariedade, famílias que vivem em bolsões de pobreza das cinco regiões brasileiras serão contempladas com os mantimentos a serem entregues em forma de cestas.

Essas famílias, aliás, já são beneficiadas pela LBV, ao longo do ano, por meio das mais variadas frentes de ações que a Instituição desenvolve: apenas em 2007, foram mais de 6,1 milhões de atendimentos. Tal resultado só é possível com o engajamen-to dos amigos de Boa Vontade, que colaboram das mais diversas maneiras. A seguir, registramos a adesão de centenas de artistas, personalidades da mídia e voluntários à Campanha: todos eles vesti-ram a camisa da luta “por um Brasil melhor e por uma Humanidade mais feliz!”, lema da LBV que já atravessa décadas e toca os corações e mentes.

Desafiocoração brasileirodo tamanho do

É lançada a tradicional Campanha do Natal Permanente da LBV. A meta é entregar mais de 460 toneladas de alimentos a famílias em situação de risco social.

Natal Permanente da LBV

BOA VONTADE | 69

Na Cidade Maravilhosa, a Cam-panha teve esse mesmo ad-jetivo. Artistas, desportistas e

personalidades, em mais esta edi-ção, vestiram a camisa desse ideal, agora tendo como padrinho o ator e diretor de TV da Rede Globo Jorge Fernando. Assim que chegou ao es-túdio Dr. Bass, o artista foi recebido com música, num tom de gratidão das crianças que compõem o Coral Ecumênico Infantil LBV, no Rio de Janeiro/RJ.

Presenteado com uma bela es-tampa de Jesus, o Cristo Ecumê nico, Jorge declarou: “Espiritualidade é o que o coração do mundo precisa. Não importa a religião; mudam os cantos, os ritos, mas a busca pelo co-

Maravilhosae SolidáriaCidade

Alexandre Slaviero, ator.

Jassy Oliveira, atriz.

Sérgio Hondjakoff, ator.

Armando Babaioff,

ator.

Amanda Azevedo, atriz.

Virna, atleta.

“Há muitos anos conheço a LBV. Desde pequeno já ouvia falar da Sopa do Zarur. E vi como cresceram e como milhões de pessoas foram ajudadas. Eu sou superfã de causas que pensam nas crianças, futuro do mundo. (...) Se doem com Amor, com prazer, porque a causa é mais do que nobre. Tenho certeza de que nós, juntos, conseguiremos muita coisa. Eu que agradeço, um beijo e estamos aí, estamos só começando.”

Jorge FernandoAtor e diretor de TV da Rede Globo

Natal Permanente da LBV

Maravilhosae Solidárianhecimento, pela maturidade espiri-tual, é a mesma — todas as religiões se encontram no final, porque todas vão ao caminho de Jesus”.

Sobre o papel social do artista de abraçar a causa da Solidariedade, Jorge disse: “É a função do artista. A gente que está sempre correndo, de repente o mínimo que você pare, o mínimo que você se doe, é muito que você vai atingir. Nessa tela tão fria (televisão), você consegue divulgar causas importantíssimas para a gente sobreviver e conviver em um mundo tão complicado. O artista tem essa função política, social de ajudar, de alertar, de con-tribuir. Se cada um fizer um pouqui-nho, a gente consegue muito”.

Jorge Fernando, grande amigo e colaborador do trabalho socio-educacional da LBV, lembrou o início da amizade com a Instituição: “Desde pequeno já ouvia falar da Sopa do Zarur. E vi como cres-ceram, como milhões de pessoas foram ajudadas. Eu sou superfã de causas que pensam nas crianças, futuro do mundo. Nós temos de tratá-las como um cristal precioso, essas crianças com tanto talento, com tanto para descobrir. Cabe a nós orientar, conduzir e apoiar”.

O padrinho da Campanha falou ainda da acolhida dos alunos da LBV: “Foi muita emoção, pois eu não esperava! Cantaram músicas lindas, afinadíssimos, com alegria,

Nizo Neto, comediante e ator.

Rosemary, cantora.

Guilherme Duarte, ator.

Caroline Smith, atriz.

Diego Hypolito, ginasta.

Daniele Hypolito, ginasta.

Gabriel Canela,

ator.

Marcela Barrozo, atriz.

Polliana Aleixo, atriz.

Giordana Forte, atriz.

O cantor Renato Santos e sua esposa, Elaine Santos.

Nêmora Cavalheiro, atriz.

Renato Prieto, ator e diretor.

Jorge Fernando é presenteado com a majestosa estampa de Jesus, o Cristo

Ecumênico.

com fogo no olho, com pureza. Es-tou muito feliz de contribuir com o pouco que posso, mas de coração aberto”.

o Centro Educacional da LBV em Del Castilho. (...) A LBV é uma Instituição séria. Eu acompanhei desde o berçário até as salas de aula, os professores, assistente social... Venham conhecer para vocês entenderem o trabalho da LBV”.

O ator e comediante Nizo Neto fez coro com a atriz. Filho do ilustre humorista Chico Any-sio — amigo de longa data da

Ivo Pessoa, cantor e compositor.

Rodrigo Santana, cantor.

Mônica Pereira, maquiadora.

Desirée Oliveira, atriz e humorista.

Sabber & Lucas, dupla sertaneja.

Sandro Laina, atleta paraolímpico.Adele Fátima,

atriz.

André Fernandes, fotógrafo.

Adriana Mattos, atriz.

Edmo Luiz, radialista e ator.

Alexandre Liuzzi, ator.

banco do brasilAgência: 3339-1 • C/C: 5.010-5

bradescoAgência: 0292-5 C/C: 99.090-6

Visite, apaixone-se e ajude a LBV!caixa econômica FederalAgência: 1231 • C/C: 100-0

itaúAgência: 0237C/C: 73.700-2

Natal Permanente da LBV

humorista Desirée Oliveira. “A gente sempre contribuiu e, hoje, participar é muito importante. Fico feliz de estar aqui. E sempre que precisarem, estarei com vocês”, disse a jovem atriz.

Nesse mesmo tom, outra atriz, Jassy Oliveira, deixou seu recado: “A LBV é importante na minha vida, porque ela faz um trabalho bonito com as crianças; é uma Obra que respeito muito. Já visitei

Na capital fluminense, a ini-ciativa contou com o apoio das empresas Pão com Tomate, Euro Produções e Studio Bass.

O ator Alexandre Slaviero tam-bém vestiu a camisa e fez o convite: “Contribuam com essa Campanha. Participem, doem alimentos para a LBV! (…) Vamos juntos, que, assim, a gente faz um Brasil melhor. Um Feliz Natal, com Jesus!”. E ajudar é o que faz, há tempos, a atriz e

Fernando Sérgio, radialista.

Hilton Abi-Rihan, radialista, jornalista e apresentador de TV.

Jonílson, Valdir e Madson, jogadores do Vasco da Gama.

Juarez Santos, atleta.

Nando Cunha, ator.

Hugo Gross, ator.

Camilo Costa, estilista.

Instituição e de seu diri gen te —, registrou: “Fiquei bastante feliz ao ser recepcionado por crianças tão felizes. Parabéns, o trabalho de vocês é muito bonito!”.

Por sua vez, a ginasta Daniele Hipolyto revelou: “Participar dessa Campanha é um sonho, porque durante anos a gente acompanha, pela TV, as coisas boas que a LBV faz”. Para o irmão dela, Diego, os resultados dessa ação são promissores: “Com campanhas iguais a esta, a gente vai conseguir ter uma sociedade mais harmoniosa”.

A respeito de sua participação como fotógrafo, André Fernandes comenta: “A LBV é uma obra séria! Se aqui, participando, estiverem pessoas amigas, é porque elas

vêem o trabalho dessa Instituição e confiam. Eu acompanho desde pequeno a LBV. Paiva Netto me conhece desde pequenino. Obrigado por tudo. Tenho o maior respeito por ele e por essa Casa”.

A ex-jogadora de vôlei e comentarista olímpica Virna en-dossou as manifestações de carinho ao líder da LBV pelo trabalho que realiza em prol das famílias aten-didas: “Um abraço enorme para José de Paiva Netto. É lindo o seu trabalho. Eu o acompanho há mui-tos anos! Espero que vocês possam fazer uma LBV cada vez maior, construindo centros [educacionais e comunitários], creches, porque vocês são realmente abençoados por Deus”.

Equipe do Studio

Dr. Bass com algumas das crianças da LBV.

Sonia Hazan, supervisora de caracterização.

Renata Gomes, produtora de

arte.

Equipe de Esportes da Super Rádio Brasil AM 940

Maurício Moreira

Leo Feldman

André Gonçalves

Eduardo Rodrigues

Os amigos de Boa Vontade foram clicados pelo fotógrafo e cinegrafista da TV Globo André Fernandes. A supervisão e a caracterização fica-ram por conta de Sonia Hazan, com a maquiagem de Monica Pereira.

BOA VONTADE | 73

espírito deEm São Paulo,

Fraternidade!Na Terra da Garoa, diversos

amigos de Boa Vontade igual-mente aderiram à iniciativa

de levar alimentos e carinho a famílias necessitadas neste Natal, vestindo a camisa da LBV para a sessão de fotos e a gravação de um vídeo institucional nos estúdios da BurtiHD, do empresário Leandro Burti, grande incentivador deste trabalho, que disponibilizou pro-fissionais e equipamentos para a divulgação da Campanha.

A atriz Priscila Fantin foi uma das personalidades que disseram “Sim!” à mobilização. Ao receber a homenagem das crianças do Co-ral Ecumênico Infantil LBV, assim

se expressou: “A recepção foi lin-da. Não esperava por aquilo. Saí do carro e elas estavam cantando para mim, todas afinadinhas, su-perdisciplinadas. Elas estão sendo muito bem educadas pela LBV”. A atriz não perdeu tempo e logo fez um pedido à população: “Façam de tudo, façam o que puderem (…). Sempre que a gente doa um pouco para fazer o Bem, recebe-mos o Bem”.

Os integrantes do grupo Inimi-gos da HP também deixaram seu recado, nas palavras do vocalista Sebá: “Ficamos superfelizes e honrados de participar, mais uma vez, da Campanha da LBV e cons-

Ivan Schupicov, fotógrafo.

Beto Junqueyra,

escritor.Lucila &

Luciana, dupla sertaneja.

Jeito Moleque

Alguns locais onde você encontra a LBV

• São Paulo/SP – Av. Rudge, 700, Bom Retiro, tel.: (11) 3225-4509.• Bauru/SP – Rua Alberto Paulovich, 2-58, Mary Dota, tel.: (14) 3239-3956.• Santos/SP – Av. Conselheiro Né-bias, 398/400, Vila Mathias, tel.: (13) 3202-0080.• Ribeirão Preto/SP – Rua Rio de Janeiro, 383, Campos Elíseos, tel.: (16) 3610-0006.• São José do Rio Preto/SP – Rua Dom Pedro I, 2.776, Jardim Canaã, tel.: (17) 3235-1811

Natal Permanente da LBV

74 | BOA VONTADE

espírito deFraternidade!

cientizar o Povo brasileiro de que precisa ajudar. É uma obrigação ajudar o próximo, o semelhante. A gente está neste mundo para isso mesmo”.

Reunida com sua família (o esposo, Alexandre Viturino e o filho, Gabriel), Lucimara Parisi, produtora e diretora do programa Domingão do Faustão, da TV Globo, registrou: “Agradeço, mais uma vez, a oportunidade de falar dessa Campanha brilhante e tão necessária. Eu sempre digo que, quando estou aqui com o pessoal

da LBV, fico em estado de graça. Peço que todos colaborem porque é uma Campanha brilhante (…). Ao Paiva Netto todo o meu carinho, respeito e a minha admiração”.

Na ocasião, a comunicadora afirmou que assiste à programação da Boa Vontade TV* (canal 27 da SKY). “Sempre estou acom-panhando. Assisto, vejo as dicas, entrevistas com médicos, e aquele programa maravilhoso do Paiva Netto. Eu me emociono toda hora quando o vejo. Adoro e me sinto bem”, afirmou a jornalista.

Lucimara Parisi, diretora de programação de TV, com o marido, Alexandre Viturino, e o

filho, Gabriel.

Duda Ardito, modelo mirim

da Vogue.

Priscila Fantin, atriz.

Di, vocalista da banda NX Zero.

Egypcio, vocalista da banda Tihuana.

Banda Inimigos da HP

Diogo Silva, atleta.

Giácomo Pinotti, ator.

* boa vontade tv — Transmitida pelo canal 27 da SKY (24 horas no ar), a programação oferece aos telespectadores Paz e Educação com Espiritualidade Ecumênica, Cultura, Esporte, Notícia e Meio Ambiente, pelo fortalecimento das famílias. Assista à TV da Paz, do Amor e da Fraternidade Real! Informações: www.boavontade.com.

“Eu acompanho esse trabalho. A equipe da LBV é incrível. Visito e sei o quanto é importante! Então, colaborem porque é maravilhoso.Vocês vão se sentir úteis (…).”

Lucimara ParisiDiretora de programação de TV

BOA VONTADE | 75

A exemplo de Lucimara, o grupo Jeito Moleque sempre colabora nas ações da Instituição. O vocalista Bruno recorda: “Não é a primeira Campanha que a gente faz com a LBV e é sempre esse espírito de amizade. Ficamos felizes porque o que vale é ter Boa Vontade e estamos sempre motivados a fazer isso”. Alemão, outro integrante da banda, lembrou-se da Campanha Diga Sim!, da LBV, cantando um trecho da música-tema. “‘Eu digo sim. Então liga pra mim. Eu quero conversar com você e ajudar a LBV!’. Às vezes, estou assistindo à televisão e ouço essa música. É muito legal porque a gente vê uma mensagem inteligente, interessante; se prende primeiro à música e de-pois ao objetivo da Campanha que é tão especial”, lembra o artista.

Di, vocalista da banda NX Zero, também esteve presente na sessão de fotos no estúdio da BurtiHD. “Eu estou superfeliz de verdade. Tenho uma história com a LBV desde moleque; já fui Soldadinho de Deus, quando era criança (…). É como se eu estivesse retribuindo alguma coisa da minha formação como homem. A LBV ajudou muito. Então, é o mínimo que posso fazer. A LBV faz várias campanhas, a do Natal também é muito importante, mas durante o ano inteiro ela rea-liza outras. Para a galera que não conhece, é legal conhecer aqui em São Paulo e no Brasil inteiro. Em Brasília tem o Parlamento Mun-dial da Fraternidade Ecumênica, o Templo da Boa Vontade; em São Paulo, o Instituto de Educação da LBV, onde eu já estudei também.

É muito importante o pessoal conhecer e ver que o trabalho é sério mesmo. É o maior prazer estar aqui. Um beijo para o Irmão Paiva, e em nome do NX Zero eu digo que é um prazer também para a gente.”

A dupla Ataíde & Alexandre fez questão de gravar a mensagem de apoio à Campanha: “É mara-vilhosa essa iniciativa da LBV, de fazer esse Natal Permanente (…). Sempre que precisar, a gente vai estar junto”, afirmou Ataíde. O amigo Alexandre completou: “Nós estivemos na Campanha anterior, e foi uma coisa mara-vilhosa. (...) O Brasil inteiro já sabe da força e do carinho que a LBV tem para com os brasileiros. Então a gente está aqui também para parabenizar vocês” .

Grupo Kaluana Mato Grosso & Matias, dupla sertaneja.

Ataíde & Alexandre, dupla sertaneja.

Gilberto & Gilmar, dupla sertaneja.

Banda BlackSmith

Natal Permanente da LBV

76 | BOA VONTADE

Kléber, lateral do Santos.

Adaílton, zagueiro do

Santos.Bida, volante do Santos.

Felipe Garcia, goleiro do Santos.

Fábio Santos, lateral-esquerdo

do Santos.

Rodrigo Souto, meio-campo do

Santos.

Juan Real, assessor de imprensa do

Santos.Wesley,

atacante do Santos.

Márcio Fernandes, técnico

do Santos.

Danielle Zangrando,

judoca.

Richarlyson, jogador do São Paulo.

Priscila Marques, judoca.

Serginho Chulapa, auxiliar técnico do

Santos.

Tiago Luís, atacante do

Santos.

Douglas, goleiro do Santos.

Campeões da FraternidadeAs personalidades do espor-

te também entraram no time da Solidariedade. Jogadores e membros da comissão técnica do Santos Futebol Clube são um exemplo: eles também deram sua contribuição para a mobi-lização social promovida pela Legião da Boa Vontade por um Natal mais feliz. A sessão de fotos e a gravação do vídeo ins-titucional da Campanha foram realizadas no Centro de Trei-namento Rei Pelé, em Santos, litoral paulista.

A alegria de fazer parte des-sa iniciativa é unânime entre os atletas. “Eu me sinto muito feliz em participar, ajudando a LBV. Já conheço de perto o trabalho [da Instituição] em

Salvador e fico muito feliz em conhecer o que vocês fazem aqui também” , destacou o zagueiro Adaílton. O goleiro Douglas, que conhece o traba-lho da Instituição de longa data, também ressalta a satisfação de vestir essa camisa: “Sempre acompanhava pela televisão e hoje tenho a oportunidade de participar. É uma felicidade muito grande. Estarei sempre à disposição”.

O ideal da Campanha foi realçado nas palavras do técni-co, Márcio Fernandes: “Todo movimento que leva o nome de Jesus e do apoio ao próximo é interessante que todos os bra-sileiros participem! E a gente está na maior Boa Vontade para ajudar. Toda pessoa de boa índo-

le, que tenha Jesus no coração, sempre tem de pensar em ajudar o próximo. Participe!”.

Mais uma vez presentes na iniciativa da Legião da Boa Vontade, as judocas Daniela Zangrando e Priscila Mar-ques, do Santos, também disse-ram “Sim!”. “Que todo mundo da Baixada Santista abrace esta causa, porque com certeza vai ajudar muita gente”, afirmou Priscila. E completou Daniela: “É sempre uma honra e um prazer saber que, com uma atitude nossa, vamos ajudar muitas pessoas. Eu conheço o trabalho da Legião da Boa Vontade, é um trabalho sério, de muita credibilidade, vocês podem confiar. E façam as suas doações!”.

Mobilizaçãomineiros

empolgaBelo Horizonte, a sexta cida-

de mais populosa do País, também se empolga com a

Campanha do Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!. No Estado, a classe artística e personalidades foram convidadas a participar da sessão de fotos e produção de um video-clipe com os profissionais Marco Mendes e o sócio Márcio Rodri-gues na capital mineira. “Para mim é uma alegria muito grande participar deste projeto, saber que a minha profissão, que eu amo tanto, pode e tem a oportunidade

de ajudar as pessoas neste Natal”, disse Marco Mendes.

A iniciativa contou com o apoio do Studio Lumini e do Supermer-cado BH.

O cantor Wilson Sideral, pa-drinho da iniciativa, afirma que está sempre pronto a ajudar a Ins-tituição: “Já participei de gran-des ações da LBV. É um prazer imenso fazer parte da Campanha do Natal Permanente. Que no dia-a-dia as pessoas se envolvam no intuito de oferecer uma vida melhor às crianças, aos jovens e aos idosos. É um trabalho muito

“Já participei de grandes ações da LBV. É um prazer imenso fazer parte da Campanha do Natal Permanente. (...) Em

minhas orações, peço que Deus abençoe esse trabalho.”

Wilson SideralCantor

Marques, jogador do

Atlético-MG.

Fábio, goleiro do Cruzeiro.

Rafael Miranda, jogador do

Atlético-MG.

Marco Mendes, fotógrafo do

Studio Lumini.

Banda Manitu

Natal Permanente da LBV

Mobilizaçãomineiros

bonito. Vi generosidade, muitas atitudes em prol dessas pessoas carentes, que precisam de boas ações como essa. Em minhas ora-ções, peço que Deus abençoe esse trabalho tão bonito da LBV”.

O sentido maior do Natal Per-manente, defendido e aplicado vanguardeiramente pela Legião da Boa Vontade, é o que destaca Podé, integrante da banda Tianas-tácia: “O dia-a-dia de algumas pessoas é tão sofrido; então, não podemos pensar apenas no Natal. Quando a gente abre o coração e faz uma coisa com Amor e Ver-

dade, ganha muito mais do que doa”. Maurinho, também do grupo, completou: “É com muita honra que a gente está na LBV. Muito obrigado, e se precisar, pode contar com o Tianastácia”.

A classe esportiva também enaltece a ação da LBV durante os 12 meses do ano: “A gente tem esse costume de ajudar sempre na véspera de Natal, e o ano in-teiro as pessoas precisam, não só em dezembro”, afirma Marques, jogador do Atlético Mineiro. Rafael Miranda, também atleta do Galo, completa: “Estou muito

feliz de poder fazer parte desta Legião. É um trabalho muito legal que a LBV faz”.

Alan Passos, modelo e DJ.

Zeca Santos, artista.

Maurinho e Podé, integrantes da banda Tianastacia.

Érica Toledo, jornalista.

Tutti Maravilha, radialista da

Inconfidência FM.

Caju & Totonho, humoristas e

apresentadores de TV.Carlos Nunes,

humorista.

Ronaldo Gomes, radialista da

Liberdade FM.Magdalena Rodrigues,

atriz.

Pedro Paulo, radialista da

Liberdade FM.Flávio, goleiro do América.

Marcelinho de Lima & Camargo, dupla sertaneja.

Alguns locais onde você encontra a LBV• Belo Horizonte/MG – Av. Cris-tiano Machado, 10.727, Planalto, tel.: (31) 3494-3232.• Juiz de Fora/MG – Rua Francis-co Fontainha, 83, Santo Antonio, tel.: (32) 3235-1818.• Uberlândia/MG – Rua Padre Pio, 1.353, Osvaldo Resende, tel.: (34) 3236-2377.

Sarahjane, cantora.

Márcia Freire, cantora.

Sinho, da banda É Xeque.

Leo Bala, locutor, apresentador e

repórter.Nara Costa,

cantora.Gabriel Povoas,

cantor.

Em Salvador/BA, o fotógrafo Luciano Carcará clicou ar-tistas e personalidades para a

grande mobilização promovida pela LBV. Aliás, uma caracte-rística marcante na sessão de fotos realizada na terra do axé foi a Solidariedade: os artistas se entusiasmaram tanto com a possibilidade de contribuir para um Natal mais feliz das famílias soteropolitanas, que decidiram convidar também outros amigos e colegas de profissão. A iniciativa foi apadrinhada pelo jornalista Michel Telles e pelo cantor Tonho Matéria. “Essa Solidariedade brasileira é muito bonita. Quanto

mais forte, melhor; e a união faz a força”, ressalta a apresentadora de TV Scheila Carvalho.

Padrinho da Campanha da LBV na Bahia, o cantor Tonho Matéria explicou por que veste a camiseta dessa causa: “O trabalho que a LBV vem implantando nas comunidades é para dar um basta a esse sofrimento, a essa degra-dação que está acontecendo com as crianças. Então, querido Paiva Netto, que Deus o proteja sempre e lhe dê forças para continuar dando horizonte às crianças”. Outro que aderiu à mobilização foi o cantor Gabriel Povoas, filho da consagrada cantora Daniela Mer-

a força daNo Nordeste,

cooperação.Visite, apaixone-se

e ajude a LBV!banco do brasil

Agência: 3339-1C/C: 5.010-5

bradescoAgência: 0292-5C/C: 99.090-6

caixa econômica FederalAgência: 1231

C/C: 100-0

itaúAgência: 0237C/C: 73.700-2

Natal Permanente da LBV

Leo Cavalcante, da banda A Zona.

Beto, vocalista da banda Kurtsamba.

Marinho Lessa, vocalista da banda Capitão Gancho.

Duda, da banda Diamba.

Carla Cristina, cantora.

Scheila Carvalho,apresentadora de TV.

Jarbas Oliver, ator.

Michel Telles, jornalista.

Luciano Carcará, fotógrafo.

Negra Jhô, artesã capilar.

Tonho Matéria, cantor, compositor

e publicitário.Eddie, vocalista da banda Fantasmão.

Márcio Moreno, cantor.

Juan e Ravena, cantores.

Camila Barreto, atriz.

Kinho, vocalista da banda Kortezia.

Andrea Costalima, cantora.

Tatau, cantor.

Beto Jamaica, cantor e

compositor.

cury: “É sempre importante que nós, artistas, estejamos aliados à Solidariedade para as pessoas se aliarem também a uma Campanha tão boa para tanta gente”.

Alexandre Guedes, da banda Motumbá, reiterou a opinião dos colegas: “Vai ser um dos melho-res Natais da minha vida porque contribuir para que outras pessoas tenham um futuro melhor não tem preço. A nossa tarefa é sempre estar à disposição dessas ações, como a da LBV, por um futuro melhor”. Para o cantor Tatau, o próprio nome da Campanha [Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!] já representa seu amplo significado: “Quando Jesus está envolvido numa campanha como essa, a gente não pode de forma nenhuma deixar de participar. (...)

a força dacooperação. Alguns locais onde você encontra a LBV• Aracaju/SE – Av. Juscelino Kubitschek, 832, Santo Antônio, tel.: (79) 3215-3790.

• Fortaleza/CE – Rua Alziro Zarur, 275, Vila Manoel Sátiro, tel.: (85) 3484-3533.

• João Pessoa/PB – Rua das Trincheiras, 703, Jaguaribe, tel.: (83) 3198-1500.

• Maceió/AL – Rua Muniz Fal-cão, 350, Barro Duro, tel.: (82) 3328-4410.

• Natal/RN – Rua Caicós, 2.148, Dix-Sept-Rosado, tel.: (84) 3613-1655.

Marcão, vocalista da

banda Digaê.

.

• Manaus/AM – Rua Manicoré, 100, Cachoeirinha, tel.: (92) 3215-7930.• Belém/PA – Travessa Padre Eutíquio, 1.976, Batista Campos, tel.: (91) 3225-0071.

Menininho e Helon, da banda Viola de Doze.

Uziel Bueno, apresentador de TV.

Santiago Campo, presidente do Caballeros

de Santiago.

Jack e Johny, do grupo É o Tchan do Brasil.

Portela Açúcar, cantor.

Aloísio Menezes, cantor. Ray Gramacho,

humorista infantil.

Liu Arrison, ator do Bando Teatro Olodum.

Gerônimo, cantor e compositor.

Alexandre Guedes, vocalista da banda

Motumbá.

Virgílio, cantor e compositor.

Jorge Washington, ator e cantor do Bando

Teatro Olodum.

Luana Monalisa, da banda Na

Pegada.

Mestre de Capoeira Boa

Gente

Jaiminho, humorista.

Alex Max, vocalista da banda Saiddy

Bamba.

Fabrísio Coelho,

dramaturgo.

Márcia Short, cantora.

A LBV faz um trabalho maravilho-so há muitos anos. Eu sou fã de Paiva Netto. Tantas coisas boas

eu tenho visto acontecer, coisas de prosperidade nessa Casa de Jesus, nesse pensamento de cuidar e elevar o espírito das

pessoas”. O trabalho da Institui-ção foi igualmente destacado pelo apresentador de TV, Uziel Bueno. “A LBV tem tudo: utilidade pública, solidariedade, carinho e respeito aos brasileiros. (...) Todos devem participar, só assim a gente faz um futuro melhor, um mundo melhor e uma Bahia melhor.” Do mesmo

Alguns locais onde você encontra a LBV

modo, o locutor e apresentador Leo Bala deixou seu recado: “Quando a LBV ligar, diga sim!”.

Em Salvador/BA, os parceiros que apóiam a Campanha do Natal Permanente da LBV são: Teatro Caballeros de Santiago; Instituto Embelleze (unidade Cajazeira); Quanta-Salvador; Cia. de Teatro Toca do Coelho; e Associação Cul-tural de Capoeira Mangangá. Tam-bém colaboraram as designers de moda Siomara Caico, Inês Mar-tins e Luana Nascimento, além da TV Aratu (SBT), a TV Bandeirantes Bahia e a TVE Bahia.

Natal Permanente da LBV

Banda VAID3

Zé Matutinho, apresentador de TV

e radialista.

Israel Filho, cantor.

Léo Lima, apresentador de TV

e locutor.

Silvana Melo, médica.

Silvério Pessoa, cantor.

Ana Lúcia Messeder, radialista.

Cinthya, da banda Luará.

Christiane Huggins, jornalista.

Nino e Gaby, da banda Santropê.

Jair e Robson, do grupo Sassarico.

Grupo Fim de Feira

A Veneza Brasileira, com suas belas paisagens, enche os olhos de quem a conhece. A cidade quer também encher o coração e a mesa das famílias com as cestas de alimentos que serão distribuí-das por meio da Campanha do Natal Permanente da LBV. Os artistas pernambucanos também disseram “Sim!” e foram clicados pelo fotógrafo Claudevam Go-mes e a gravação do videoclipe recebeu o apoio da TVI Produ-ções. O padrinho da iniciativa, o cantor Silvério Pessoa, revela sua alegria em poder ajudar: “É

fundamental essa ação da LBV. E estou aqui de todo o coração. Parabenizo a todos da Institui-ção, contem comigo para toda e qualquer ação no Recife”.

Nino, da banda Santropê, convidou toda a população a tomar parte nessa ação solidária: “Quando a LBV ligar na sua casa, diga Sim! Atenda e dê opor-tunidade ao próximo”. Por sua vez, o locutor e apresentador Léo Lima acrescenta: “É um prazer colaborar com vocês nessa Campanha. Eu também colaboro mensalmente

Recife

Grupo Sem Razão Marcos Silva, radialista e

apresentador de TV.

André Luiz Cabral, comentarista

esportivo.

Nô Albertim, apresentador de TV

e cantor.

Adilson Ramos, cantor.

Geovane Tenório, cirurgião-dentista.

Irah Caldeira, cantora.

Carlos Gamboa, apresentador

de TV.

Sérgio Dionísio, jornalista e

apresentador.Everaldo

Mateus, ator.

Claudevam Gomes,

fotógrafo.

Léo Medrado, apresentador de

TV.

Michelle Melo,

cantora.

Ed Carlos, cantor.

Nadia Maia, cantora.

através do telefone, ajudando a Legião da Boa Vontade”.

Voluntário da Obra, o cirur-gião-dentista Geovane Tenório comprova o atendimento diário que a Instituição presta à comuni-dade: “Vocês da LBV dão apoio durante todos os dias do ano. Eu vi todo o excelente trabalho!”.

• Niterói/RJ – Alameda São Boaven-tura, 474, Fonseca, tel.: (21) 2623-8282.• Rio de Janeiro/RJ – Av. Dom Hél-der Câmara, 3.059, Del Castilho, tel.: (21) 2501-0247.Vitória/ES – Rodovia Serafim Derenzi, 1.818, Inhanguetá, tel.: (27) 3322-3256.• Florianópolis/SC – Rua General Eurico Gaspar Dutra, 226, Estrei-to, tel.: (42) 3244-8500.• Joinville/SC – Monsenhor Gercino, 3.304, Itaum, tel.: (47) 3465-2228.• Londrina/PR – Rua São Francis-co de Assis, 171, Centro, tel.: (43) 3324-1735.

Alguns locais onde você encontra a LBV• Maringá/PR – Rua Peroíbe, 338, Parque das Grevíleas III, tel.: (44) 3263-2316.• Pelotas/RS – Rua Bernardino dos Santos, 98, Areal, tel.: (53) 3278-3897.

Natal Permanente da LBV

Valdir Delazari, da LT-

Distribuidora.

Cristina Barth, apresentadora

de TV.

Ana Paula Quinot, apresentadora

de TV.

Cristina Sorrentino,

cantora lírica.

Serginho Moah, vocalista da banda Papas da Língua.

vestem a camisaGaúchos

da LBVNo Rio Grande do Sul, a Legião

da Boa Vontade reuniu para a sessão de fotos da Campanha

personalidades e artistas. O padri-nho da Campanha na capital gaú-cha, jornalista e mobilizador social Leo Meira, ressaltou a importância da LBV no Estado: “Nós devere-mos ter um Natal maravilhoso, sempre na companhia de Jesus. Ser padrinho de uma Campanha como essa é uma responsabilidade muito grande (...). Só posso agra-decer tudo que a LBV tem feito para as pessoas que estão em risco social”, disse. Ele também deixou sua mensagem de agradecimento ao diretor-presidente da LBV: “Paiva Netto é um grande amigo, uma pessoa de valor inestimável, que deu continuidade a esta Obra

maravilhosa. Só temos mais uma vez de agradecer o seu empenho, dedicação e trabalho no Estado do Rio Grande do Sul, em todo o Brasil e no mundo”.

O renomado fotógrafo Mi-chael Paz doou seu profissiona-lismo em prol de um Natal mais digno para milhares de famílias que serão beneficiadas pela ini-ciativa da LBV no Estado.

A banda sul-rio-grandense Pa-pas da Língua também levou sua colaboração à iniciativa. O voca-lista Serginho Moah afirmou: “Vivemos num país de dificuldades e com uma pobreza ainda grande. Este é o momento de ajudar. Se precisarem novamente de mim,

Leo Meira, jornalista.

Paulão, atleta.

Vera Armando, apresentadora de TV.

Michael Paz, fotógrafo.

Grupo Tchê Garotos

Thedy Corrêa, vocalista do

Nenhum de Nós.

Bibo Nunes, apresentador

de TV.

Serginho & Marcelo, dupla sertaneja.

Ivonir Machado,

cantor.

Zeza Gomes, empresária.

Willy Schumann, cineasta.

Geovani Gisler, presidente do

Instituto Iguassu Misiones.

Cláudio Cézar Freitas,

jornalista.

Albeni Carmo de Oliveira, trovador.

Felipe Rocha,

empresário.

Fátima Gimenez, cantora.

Cristiano Quevedo, compositor e

cantor.

Volmir Martins, apresentador

de TV.

estarei pronto. Parabenizo a LBV por essa iniciativa”.

O desportista e campeão olím-pico de vôlei Paulão foi um

dos primeiros a ser clicados para a Campanha. Sempre bastante receptivo ao cha-

mado da Legião da Boa Von tade, afirmou: “Fazer parte de uma equipe vitoriosa é sempre bom (...). Podem contar comigo. É um prazer fazer parte da equipe da LBV”.

Apresentadora do programa Pampa Meio Dia, da Rede Pampa de Comunicação, a jornalista Vera Armando deixou um convite a to-dos: “Você está convidado e convo-cado a fazer este Natal muito mais feliz para as crianças brasileiras. Conto com a sua participação!”.

No Estado do Rio Grande do Sul, a Campanha teve o apoio das empresas Zaffari, LT Distribui-dora, Arbaza, Philden, Oderich, Blueville e Luterprev.

Em terras paranaenses, a ade-são também foi ampla e plena de entusiasmo. Na capital do Estado, o Studio F.22, dos fotógrafos An-dré Gruby e Patrícia Klemtz,

Curitiba/PRabraçou prontamente esta causa, e com o Instituto Embelleze abriu as portas para a realização da ses-são de fotos e da gravação de um vídeo institucional da Campanha

Natal Permanente da LBV

Fábio Gomes,

empresário.

Dorotéo Fagundes, cantor

e radialista.

Grupo Tchê Barbaridade

Daniel Torres, cantor.

Keirrison Carneiro,

atacante do Coritiba.

Álvaro & Daniel, dupla sertaneja.

Cibele Mello, Miss Curitiba

2009.

Ivan Schwantes, esgrimista.

Patrícia Klemtz,

fotógrafa.

Letícia Boaron, Mini Miss

Brasil 2008.

Isabela França, diretora social do Graciosa

Country Club.

Luís Felipe & Gabriel, dupla sertaneja.

Willian & Renan, dupla sertaneja.Leo & Lima, dupla

sertaneja.Raphael dos Anjos, apresentador de TV.

Diogo Portugal,

comediante.

Pedro Oldoni, atacante do Atlético-PR.

Grupo Doce Pimenta

Mary Schaffer, apresentadora do programa Bem Bom.

João Lopes, cantor e

compositor.

Natália Portugal, Miss Paraná 2008.

do Natal Permanente da LBV — Jesus, o Pão Nosso de cada dia!. André Gruby foi quem fotografou os artistas em Curitiba.

O apresentador do programa Balanço Geral, da TV RIC, Ra-phael dos Anjos, esteve presente nesse encontro promocional da Campanha da Legião da Boa Von tade. Na ocasião, disse: “O trabalho da LBV já é consolidado em todo o Brasil. Aqui no Paraná, vem ajudando muitas pessoas. É um grande prazer fazer parte tam-bém dessa família. Digo sempre que as pessoas têm de começar a pensar numa mudança de atitude, e a LBV tem esse pensamento. En-tão, por que não estar num projeto como esse, num projeto social, desejando também um Feliz Natal, com Jesus para as pessoas?”. Por fim, deixou sua sugestão: “Você

que está aí, fique à vontade para participar. É uma campanha séria, uma campanha solidária”.

A dupla sertaneja Willian & Renan, mais uma vez, vestiu a ca-misa da Campanha. “Participar dos eventos sociais em prol das crianças sempre é uma emo-ção. Nós sempre contribuímos e, a cada ano, presenciamos projetos melhores. Estamos à disposição da LBV para este trabalho sério, pela humildade e pela preocupação que o Irmão Paiva Netto tem com as crian-ças de nosso Brasil. A cada ano se renova a emoção, e a gente fica con-tando os dias para retornar aqui e iniciar um novo projeto com a LBV” , disse William.

João Victor & Raul, dupla sertaneja.

Banda Sacan@Geral

Marcelo Barra, cantor.

Valéria Costa, cantora.

Banda KZ Walleska Quéren, Miss Goiás

Juvenil.

Banda Alquimia

Juliano Machado, Mister

Goiás Afro.Janaíse Silva, Miss Goiás

Afro.

Mais dois Estados brasileiros, Mato Grosso do Sul e Goiás, engajaram-se na iniciativa da

Legião da Boa Von tade. A sessão de fotos agitou a região e foi rea-lizada com a ajuda dos fotógrafos Junner César e Valdemy Tei-xeira, de Campo Grande/MS e Goiânia/GO, respectivamente. O resultado não foi outro senão

a ampla adesão à Campanha por parte de personalidades, que retri-buíram o carinho dos fãs, doando sua imagem e simpatia em favor de um Natal sem fome. A iniciativa recebeu amplo apoio da Faculdade Estácio de Sá, do Studio Máxima e da Racco Cosméticos na capital sul-matogrossense; e em Goiânia, da Faculdade Araguaia.

“Os menos favorecidos tam-bém fazem parte do nosso público e é muito bom ajudá-los. Espero

trazer mais colaboradores para a LBV”, disse Rodolfo, da dupla Maria Cecília & Rodolfo. Para Maria Cecília, essa oportunidade de colaborar “está sendo maravi-lhosa; é honroso participar”.

O cantor Júnior, da dupla Gilson & Júnior, lembra que “é impor-tante entender qual é a missão de cada um, e os Mandamentos de Jesus são fundamentais para fazer a diferença”. E Gilson comple-menta: “É gratificante participar! Proporciona-nos uma satisfação muito grande somar com a LBV”.

Em Goiânia, João, da dupla João Neto & Frederico, parabenizou a LBV por esta “atitude constante”. Para ele, “Deus dá a oportunidade aos artistas de avançarem bem. Devemos fazer a nossa parte, temos de contribuir e ajudar”.

O radialista Pedrinho Spina

Entusiasmono Centro-Oeste

Natal Permanente da LBV

Cyntia Oliveira, Miss Goiás

2008.

Marçal Filho, apresentador

esportivo.

Túlio Maravilha, jogador de

futebol.

Adalmir Jr., coordenador da

Faculdade Araguaia.

Júnior & Fellipe, dupla

sertaneja.

Tostão & Guarani, dupla sertaneja.

Pedrinho Spina, radialista.

Maria Cecília & Rodolfo, dupla sertaneja.

Marco Aurélio & Paulo Sérgio, dupla sertaneja.

Thúlio & Thiago, dupla sertaneja.

Gilson & Júnior, dupla sertaneja.

Alex & Yvan, dupla sertaneja.

Junner César, fotógrafo do

Studio Máxima.

João Neto & Frederico, dupla

sertaneja.

Laura Teixeira, Miss Goiás Mirim,

e Wanessa Batista, Princesa Goiás Mirim.

explica por que decidiu divulgar a iniciativa: “Respeito e admiro a LBV. Estou feliz de participar, sou parceiro e espero continuar sempre contribuindo”.

O cantor Marcelo Barra igual-

mente enaltece esta iniciativa: “É muito bom sentir que estamos par-ticipando e ajudando de alguma maneira. Isso é a Solidariedade, o que a LBV faz, que é tão impor-tante para as pessoas”.

Entusiasmono Centro-Oeste

• Anápolis/GO – Rua Sócrates Diniz, 219, Santo André, tel.: (62) 3313-1034.• Campo Grande/MS – Avenida Marechal Deodoro, 5.055, Aero Rancho Setor VII, tels.: (67) 3317-6300. • Cuiabá/MT – Rua São José dos Operários, S/N, Dom Aquino, tel.: (65) 3317-3808.• Goiânia/GO – Rua Jamil Abraão, 645, Rodoviário, tel.: (62) 3531-5000.

Alguns locais onde você encontra a LBV• Inhumas/GO – Rua das Bandeiras, 246, Anhanguera, tel.: (62)3511-2094.• Paranaíba/MS – Avenida Getúlio Var-gas, 1.145, Centro, tel.: (67) 3668-1847.

Dom Pedro IO Inimigo dos Marotos

O Espreita Piolho Viajante

Simplício Maria das Necessidades

Sacristão da Freguesia de São João de Itaboraí

Sacristão da Freguesia de São João de Itaboraí

O Inimigo dos Marotos

O Filantropo

Piolho ViajanteSimplício Maria das Necessidades

Sacristão da Freguesia de São João de Itaboraí

Várias vezes publicou artigos em jornais usando os mais diversos pseudônimos: O Inimigo dos Ma-rotos, O Espreita, O Filantropo, Piolho Viajante, Simplício Maria das Necessidades, Sacristão da Frequezia de São João de Itaba-raí, e muitos outros.

Dom Pedro escrevia artigos inflamados, defendendo causas, e cruéis, em que arrasava seus ad-versários sem que estes pudessem supor quem era o autor.

Documenta a história que coube a Dom Pedro, ainda como príncipe regente, iniciar no Rio de Janeiro a aproximação do governo com os primeiros jor-nais ali fundados que, segundo o historiador Hélio Vianna, tanta importância tiveram na prepa-ração do movimento de opinião que levou à separação dos reinos de Portugal e Brasil, à nossa In-dependência e à instauração do Império.

A partir de 1822, Dom Pedro passou a ser dos mais ativos co-laboradores dos jornais cariocas,

o jornalista de muitos pseudônimos

São muitas as curiosidades presentes na história dos 200 anos da imprensa brasileira, dentre as quais é marcante a

presença dos jornais alternativos/comunitários. Se os cartunistas e as mulheres como Nair de Teffé — a primeira-dama no governo do presidente Hermes da Fon-seca — marcaram por seu talento e irreverência, a trajetória dos antigos anúncios não é menos interessante.

Significativa também é a uti-lização dos pseudônimos. Dom Pedro I foi um craque nessa arte. Muitos talvez não saibam, mas o imperador foi, entre outras coisas, jornalista. E bastante atuante.

sempre disfarçando-se, é claro, sob algum de seus diversos pseu-dônimos.

Além de defensor da soberania brasileira, o monarca também foi um precursor da extinção do tráfico de escravos e da própria Abolição da Escravatura, como prova uma carta de O Filantropo ao jornal O Espelho, de 30 de maio de 1823: “Poucas pessoas ignorarão que a escravatura é o cancro que rói o Brasil; posto isto, é mister extingui-la (...). Assim se conseguirá a pou-co e pouco a cura do cancro que rói o Brasil”.

As atividades jornalísticas do príncipe regente e imperador Dom Pedro I abordaram os mais diferentes temas. Encarnando o Anti Boca, protestara contra o que julgava ser injustiça ou excessiva benevolência dos ma-gistrados; com Marinheiro Velho, opunha-se aos desmandos que se verificavam nos serviços pú-blicos; e com o pseudônimo de Açoite dos Patifes criticava certos deputados.

Carlos Arthur Pitombeira, jornalista e conselheiro da ABI.

Felip

e Fr

eitas

Carlos Arthur Pitombeiraespecial para a BOA VONTADE

Opinião — Mídia AlternativaA imprensa na época do Império

90 | BOA VONTADE

Simplício Maria das Necessidades

Sacristão da Freguesia de São João de Itaboraí

O Inimigo dos Marotos

O Filantropo

Piolho ViajanteSimplício Maria das Necessidades

Sacristão da Freguesia de São João de Itaboraí

Dom Pedro sabia o que valia a imprensa para a formação da opinião pública. Jornalista vete-rano, foi dos mais ativos na época e, todavia, até agora, dos menos conhecidos de nossa história...

Os primeiros anúncios A imprensa alternativa/comu-

nitária marca também a trajetória dos antigos anúncios, as raízes daquilo que poderíamos classificar como a sociedade de consumo no Brasil.

O primeiro anúncio publicado na imprensa brasileira, na Gazeta do Rio de Janeiro, em 1808, tinha o se-guinte texto: “Quem quiser comprar uma morada de casas e sobrado, com frente para Santa Rita, fale com a Ana Joaquim da Silva, que mora nas mesmas casas, ou com Capitão Francisco Pereira de Mesquita, que tem ordem para as vender”.

Foi em 1809 que apareceu o primeiro anúncio de escravos, que continuariam a ser publicados até a Abolição, descrevendo os negros colocados à venda ou os fugidos. Alguns deles chegavam aos de-talhes: “Rosto grande e redondo; com dois talhos, um por cima da sobrancelha esquerda e outro

nas costas; mãos grandes, dedos grossos e curtos, pés grandes e corpo grosso”. Acrescentavam o seu preço ou o valor da gratificação oferecida na captura.

A área de propaganda ganharia um novo impulso com o lança-mento, em 1821, do jornal O Diá-rio do Rio de Janeiro, apresentado como jornal de anúncios. Outros dois voltados para a atividade

publicitária seriam lançados em 1824, também no Rio de Janeiro: O Expectador Brasileiro e o Al-manaque dos Negociantes, ambos editados por Pierre Plancher e, três anos mais tarde, fechados para o surgimento do Jornal do Commér cio, “dedicado aos negociantes”. Além de muitos anúncios, trazia notícias maríti-mas, avisos de leilões etc.

Dom Pedro I, por Benedito Calixto. A obra está no Museu Paulista, da Universidade de São Paulo.

“Dom Pedro sabia o que valia a imprensa para a formação da opinião pública. Jornalista veterano, foi dos mais ativos

na época e, todavia, até agora, dos menos conhecidos de nossa

história...”

BOA VONTADE | 91

Opinião — Mídia Alternativa

Reconhecido por villas-bôas corrêa e tarcísio Holanda como uma das figuras mais criativas, lúcidas e empreendedoras da mídia — tendo, segundo eles, produzi-do os programas jornalísticos mais dinâ-micos da televisão brasileira —, Fernando barbosa Lima, autor de Nossas Câmeras São Seus Olhos, livro de memórias, foi homenageado na última sessão do Con-selho Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa que ele presidia quando nos deixou, recentemente, aos 74 anos de ida-de. O Jornal de Vanguarda, que produziu na antiga TV Excelsior, foi reconhecido

como o jornal mais revolucionário e inteligente que até hoje já apareceu na televisão brasileira. Redator de textos bonitos e curtos, Fernando Barbosa Lima foi lembrado por sua sensibilidade, que o levou a produzir programas como Preto no Branco (na antiga TV Rio), Encontro com a Imprensa e o Sem Censura, no fim dos anos 1970, e por sua habilidade de descobrir em cada pessoa a capacidade de desempenhar o papel que ele queria, em cada um dos mais de cem programas que criou. Na homenagem póstuma que a ABI lhe prestou, Maurício azêdo, presidente da Casa dos Jornalistas, afirmou: “Fernando foi uma criatura suave e despojada de qualquer idéia de apresentar uma superioridade sobre os seus compa-nheiros, interlocutores e colegas de trabalho”. Villas-Bôas Corrêa Tarcísio Holanda

Maurício Azêdo

Fernando Barbosa Lima criou novo jornalismo na televisão

Com o desenvolvimento conti-nuado das atividades comerciais, a publicidade ganharia cada vez mais espaço, diversificando-se em classificados de “artigos femininos vindos da Europa, vasos para jar-dins, urinóis, copiadores de músi-ca, colchões, orações, livros”...

o sentido das mensagens conti-nuava o mesmo: o anunciante não argumentava, enumerava. Os anúncios não tinham títulos; faziam referência direta ao pro-duto: fogão, fazenda, charutos, peixe... Após o nome da mer-cadoria, dos anunciantes e, às vezes, o da casa, os títulos mais freqüentes eram: “Atenção!”/ “Muita Atenção!” ou então: “Aviso!”.

Lojas, hotéis e fabricantes de remédios eram os clientes mais comuns. Apareceriam também anúncios de artigos importados, como aquele que a loja La Sison publicou no Diário Popular, de 16 de julho de 1886: “Acaba de receber um grande sortimento de fazendas, novidades vindas directamente de Pariz”.

O processo criativo foi se desen-volvendo também nos antigos anún-cios e coube às revistas Mequetrefe e O Mosquito, em 1875, inovar com os primeiros anúncios ilustrados, desencadeando um processo que no fim do século tornaria a publicidade ilustrada a grande coqueluche.

Em maio de 1896, o jornal A Bruxa chamaria a atenção estam-pando na última página sete anún-cios de vários tamanhos, textos e desenhos de Julião Machado, caricaturista que muito contri-buiria para o desenvolvimento de nossa publicidade. Mas foi no jornal O Mercúrio, com circula-ção trimestral e depois diária, inicialmente destinado apenas à propaganda comercial, que se iniciaria “um movimento pioneiro no campo da publicidade gráfica no Brasil”.

Ricardo Ramos, no seu inte-ressante trabalho Do Reclame à Comunicação, conta que, a partir de 1860, começaram a aparecer os primeiros cartazes, painéis e placas. Pouco depois surgiram os almanaques. Se as formas de propaganda começavam a variar,

Fernando Barbosa Lima (1933-2008)

Andr

é Fe

rnan

des

Divu

lgaçã

o/AB

I Onli

nePa

ulo S

ilva/

Tribu

na d

a Im

pren

sa

Divu

lgaçã

o

In memoriam

92 | BOA VONTADE

NET 67Alagoas - Maceió BIG TV 6Amazonas - Manaus

Itabuna TV a Cabo Itabuna 25TV a Cabo IlhéusIlhéus 25

TV VillasLauro de Freitas 13

INTERNACIONAL

OperadoraCobertura Nacional

SKY (24 horas)Via Satélite 23Canal

RCA CompanyGuarapari 59

RCA CompanySão Mateus 23

MAIS TVVitória 53Vitória Vídeo CaboVitória 64

RCA CompanyColatina 64

RCA CompanyLinhares 65

Vitória Vídeo CaboVila Velha 64

México - Cobertura Nacional - DTH — Dish Network/RBTI— 598

Operadora Canal

Canadá - Cobertura Nacional - DTH — Dish Network/RBTI — 598

Estados Unidos - Cobertura Nacional - DTH — Dish Network/RBTI — 598

Cobertura Nacional - Cabo — TVTEL/RBTI — 50PORTUGAL

Cobertura Nacional - DTH — TVTEL/RBTI — 20

ARGENTINA13 milhões de assinantes

76

URUGUAI74

PARAGUAI58

Operadora Canal

NACIONAL

BAHIA

ESPÍRITO SANTO

Ina-Telecom 14Goiás - CatalãoMaranhão - São Luís TVN SÃO LUÍS 24

MATO GROSSO

Cuiabá CABO MAIS 25MultinetTangará da Serra 61

CABO MAISVárzea Grande 25

MINAS GERAIS

Caratinga Super Cabo TV 9

MAIS TVUberaba 35

MAIS TVBelo Horizonte 50

Itabuna TV a CaboGov. Valadares 58

PARANÁ

Curitiba RCA Company 31RCA CompanyColombo 58

TelevigoPato Branco 10Max CaboSarandi 66

Max CaboApucarana 66

TelevigoMarechal Rondon 10RCA CompanyParanavaí 24

BIG TV 6Paraíba - João PessoaPernambuco - Caruaru MAIS TV 35

RIO DE JANEIRO

Arraial do Cabo TV Mar Azul 13NETBarra Mansa 66

Costa do Sol TV a CaboCabo Frio 22Lutel TV a CaboItaipava 12

CATVNova Friburgo 65Zeisat TV a CaboPetrópolis 42Eletrônica VitrinePetrópolis 14

Petrópolis TV a Cabo Perdigão 32

NETAngra dos Reis 97

MAIS TVPorto Velho 35

CabovisãoRio do Sul 16

SercatelPetrópolis 32TelevideoPetrópolis 32

Lutel TV a CaboPosse 5

EdatelRio de Janeiro/Irajá 25

Teresópolis Eletro ÁudioTeresópolis 11ComaticRio de Janeiro/Jacarepaguá 14

Vale do Sol TV a CaboValença 3

NETResende 66

Açu Telecab 39Sidy’s TV a CaboCurrais Novos 44

TV a Cabo MossoróMossoró 31Cabo TVNatal 25

Americana NET 66AH TV a caboAndradina 34

NETAraraquara 66Super TVAraraquara 42

NETAraras 66

TV a Cabo AssisAssis 64NETAtibaia 66

MAIS TVBauru 35Bragança Paulista NET 66

NETCaçapava 66NETCaraguatatuba 11NETCatanduva 96

NETAraçatuba 66

TV Mar AzulArujá 6

RIO GRANDE DO NORTE

RONDÔNIA

SANTA CATARINA

SÃO PAULO

MAIS TVFranca 35NETHortolândia 66

Itapema TV a CaboGuarujá 64NETItapetininga 66NETJacareí 18

São José dos Campos NET 18NETSta. Bárbara D’Oeste 66

NETSumaré 66NETTaubaté 66

TV a Cabo TietêTietê 39TVC TupãTupã 28

Kaybee TV a CaboUbatuba 23Super Mídia TV a CaboVotorantim 17

TV a Cabo OurinhosOurinhos 29Penápolis TV a Cabo Penápolis 64

TV Local NETJaú 6TV SP 2Leme 32

Limeira NET 66NETMogi-Guaçu 66NETMogi-Mirim 66

SAT TVPeruíbe 28NETPirassununga 66

MAIS TVPresidente Prudente 35TVCPresidente Prudente 50NETRio Claro 66

TVC Sto. AnastácioSanto Anastácio 17

Multimídia TV a CaboJandira 76

Boa Vista TV a CaboSão João da Boa Vista 24

NETSertãozinho 4

TRANSMISSÃO PARCIAL

TV COM/NET 8Paraná - Cianorte TV Cianorte/NET 16São Paulo - Marília TV COM/NET 15

Distrito Federal - Brasília

Operadora Canal

BOA VONTADE TVA TV da Paz, do Amor e da Fraternidade Real!

Informações: 0800 77 07 940 • www.boavontadetv.com

Multicanal

Multicanal

Multicanal

HumanosDireitos

O que mudou 60 anos depois

LBV compartilha experiência de quase

seis décadas em defesa dos Direitos

Humanos e é destacada por autoridades

governamentais e delegações de diversas

nações

Nações Unidas/Unesco — Paris61a Conferência de ONGs do DPI

Fotos: Adriana Rocha, Adalgiza Periotto, Danilo Parmegiani, Haroldo Rocha e José Gabriel PaesDanilo Parmegiani e Sarah Jane

94 | BOA VONTADE

Foi em Paris, no Palácio de Chaillot, que a Assembléia-Geral das Nações Unidas votou, em 10 de dezembro

de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Inspirados na Revolução Francesa (1789) — cujos princípios eram Liberdade, Igualdade e Fraternidade —, pes soas de todo o mundo empreenderam es-forços para evitar que atrocidades como as cometidas na Segunda Guerra Mundial se repetissem.

Entretanto, é consenso que muito ainda

Hanifa Mezoui, chefe da Seção de ONGs do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN/DESA), exibe o exemplar da Globalização do Amor Fra-terno (francês).

Subsecretário-geral da ONU para Co-municação e Informação Pública, Kiyo Akasaka recebe a mensagem da LBV.

HumanosDireitos

“(...) A LBV deve ensinar outras ONGs, transmitir seus conhecimentos.”

Hanifa Mezoui

Koïchiro Matsuura, diretor-geral da Unesco, recebe exemplar da revista Globalização do Amor Fraterno (inglês).

(1) Panorâmica do Auditório da Unesco em Paris, França. (2) Ao centro da foto, quatro dos representantes da Legião da Boa Von-tade participam dos debates: em segundo plano, Noys e Haroldo Rocha, representantes da LBV de Portugal; no primeiro plano, Angélica Periotto, do portal Boa Vontade em francês e Danilo Parmegiani, que, no destaque, discursa no plenário da Unesco.

há que se fazer para a garantia de que “todos os Seres Humanos nas-çam livres e iguais em dignidade e direitos. Sejam dotados de razão e consciência e devam agir em rela-ção uns aos outros com espírito de Fraternidade”, conforme o primei-ro item do documento.

Para reafirmar essa luta global — e igualmente comemorar os 60 anos da validação dessa carta — a Cidade Luz voltou ao foco do tema, entre 3 e 5 de setembro, durante a 61a edição da Conferência Anual das Organizações Não-Governa-mentais do Departamento de Infor-mação Pública (DPI/NGO), órgão das Nações Unidas. Autoridades, delegações de vários países e or-ganizações não-governamentais se debruçaram sobre o tema “Rea-firmando os Direitos Humanos: A Declaração Universal aos 60”.

1 2

BOA VONTADE | 95

Shamina de Gonzaga, presidente da 61a Conferência Anual das Organizações Não-Governamentais do Departamento de Infor-mação Pública (DPI/NGO), concede entre-vista à Boa Vontade Internacional.

o presidente da Congo, Liberato Bautista (C), e a vice-presidente do Órgão, Ilona Graenitz, são saudados pela LBV.

O jurista Karel Vasak, redator da Decla-ração Universal dos Direitos Humanos e ex-conselheiro jurídico da Unesco, re-cebe a Globalização do Amor Fraterno (francês).

A chefe da Seção de ONGs do DPI, Maria-Luisa Chávez, é cumprimentada por representante da LBV: “É a primeira vez também que temos mais de 2.400 pessoas registradas de todo o mundo, e posso dizer que é muito positivo. Estamos trabalhando um pouco mais com a América Latina, e esperamos no próximo ano poder visitá-la”. res de histórias — que apresenta-

ram experiências pessoais, em um projeto patrocinado pelo Instituto de Desenvolvimento da Educação, Arte e Lazer (Ideal) — e como atra-ção ao público, a Vila dos Direitos Humanos, um espaço de discus-sões dinâmicas e interação acerca do significado do texto proclamado

pelas Nações Unidas. O subsecretário-geral das

Nações Unidas para Comuni-

Sob a liderança da diplomata e presidente da Comissão dos Direitos Humanos da ONU, Eleanor Roosevelt (1884-1962),

ativistas dos direitos civis e políticos do mundo inteiro puderam

transformar o sonho de uma declaração universal em realidade. Na foto de 1949,

a primeira-dama dos EUA mostra o pôster em espanhol (Eleanor foi fotografada também com a versão em inglês e francês). Acima, o brasileiro Austregésilo de Athayde (1898-1993), que integrou a comissão redatora da Declaração, discursa na ONU em 10 de dezembro de 1948. O ilustre brasileiro foi também presidente do Conselho de Honra para a Construção do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica (o ParlaMundi da LBV). Numa carta encaminhada ao dirigente da LBV, o então presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) escreveu: “Com responsabilidade de co-autor da Declaração Universal dos Direitos Humanos, apraz-me fazer parte desse egrégio Conselho”.

Foto

s: Di

vulga

ção

UNPara discutir a efetiva aplicação

dos direitos humanos, os partici-pantes congregaram-se em cinco mesas-redondas, 42 workshops e muitas sessões de debate parale-las. Igualmente, fizeram parte da programação da conferência uma exposição artística sobre a Decla-ração, esquetes relacionados ao tema, contado-

Nações Unidas/Unesco — Paris

96 | BOA VONTADE

Dentre os temas abordados, rele-vante discussão ocorreu pautando-se pelos direitos da mulher. A secretária de Estado para as Relações Ex-teriores e os Direitos Humanos do Ministério das Relações Exteriores da França, rama Yade, deu ênfase ao debate, assinalando: “(...) É importan-te que esses temas sejam defendidos pela saúde dela e, por conseqüência, pela sua maternidade e educação. São muito corajosas essas mulhe-res que lutam pelos seus direitos na saúde, pouco evidentes para todos. É por meio deles que se faz a eman-cipação, a autonomia, e é por isso que o direito à saúde é fundamental, é o direito à vida (...). Do nosso lado, estamos trabalhando também para o desenvolvimento desses direitos”.

Ao saber dos programas so-cioeducacionais* que a Legião da Boa Vontade realiza em favor da mu-lher e da valorização da base familiar para um mundo melhor, a represen-tante do governo francês afirmou: “Acredito que a medida do avanço de uma sociedade é a mulher. Elas são as primeiras vítimas de uma sociedade em conflito, mas também as primeiras

Simone Veil, ativista internacionalmente reco-nhecida e ex-ministra de Estado francês, rece-be a revista Globalização do Amor Fraterno (francês) das mãos de Angélica Periotto.

* Um deles é o programa Cidadão-Bebê, que assiste gestantes e mulheres em situação de vulnerabilidade ou risco social com filhos de até 1 ano de idade, colaborando para o bem-estar e a saúde da mãe, da criança e da família e para a redução dos índices de desnutrição e mortalidade infantil. A LBV também ministra palestras educativas e promove oficinas e eventos culturais em prol de toda a família.

atrizes de sua reconstrução. Por essa razão, é muito importante investir na questão feminina, porque, como a LBV diz muito bem, é por meio dela que investimos no casal, investimos no futuro das crianças e, portanto, da família. É uma bela filosofia de vida”.

O evento do DPI ainda contou com a presença de destaque da ex-ministra da Saúde e membro do Conselho Cons-titucional da França, madame simone veil, que discursou na cerimônia de abertura e foi a principal palestrante da Conferência. Ao tomar conhecimento, pela Juventude Ecumênica da LBV, das ações implementadas no Brasil para

A secretária de Estado do Ministério de Relações Exteriores e Direitos Humanos da França, Rama Yade, em entrevista à Boa Vontade Internacional.

Igualdade entre gêneros é destaque

a garantia do respeito dos Direitos Humanos, a ativista e figura política eminente destacou com entusiasmo: “Devo dizer que é um país muito atraente, onde as pessoas são muito corajosas. Fico surpresa quando vejo, no curso de minha vida — que é longa e traz experiências muito diferentes —, este engajamento de diversos jovens, sempre com resultados”. Ela também deixou um recado às organizações e às pessoas em geral, a fim de que ajudem na promoção desses direitos: “É necessário estar sempre vigilante. (...) É o que se pode fazer como so-ciedade civil”.

cação e Informação Pública, Kiyo Akasaka, em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunica-ção — que fez a cobertura de todo o evento —, deu o tom dos debates: “É por essa razão que estamos tendo esta conferência com as

ONGs: para ver qual é nossa posição e se todos aqueles 30 artigos da Declaração têm sido bem realizados, se estão sendo implementados”. Representando, na ocasião, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ele fez um

breve balanço das seis décadas de assinatura do documento: “Depois de 60 anos, ainda temos, todos os dias no jornal e na televisão, notí-cias de atrocidades, pessoas sendo mortas, pessoas com a liberdade negada. Precisamos do apoio e da

BOA VONTADE | 97

A subprefeita de Paris Yamina Benguigui (E), encarregada dos Direitos Humanos e da luta contra a discriminação, afirmou: “Desejo de todo o coração longa vida à LBV, porque efetivamente sem a qualidade do coração, sem a educação, sem a ponte entre o homem e a mulher, nós não poderíamos chegar aqui. Então, a LBV tem todo meu apoio!”.

A vice-prefeita de Paris, madame Anne Hidalgo (D), ao lado de Angélica Periotto, da LBV.

Bacre Ndiaye, diretor da Divisão dos Direitos Humanos do Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU, recebe a revista Globalização do Amor Fraterno.

Roland Rich, diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para a Democracia, com Noys Rocha, da LBV de Portugal.

Nações Unidas/Unesco — Paris

O ex-consultor do Banco Mundial Alfredo Sfeir-Younis (E), ao lado de Danilo Parmegiani, da LBV.

Vista externa da sede da Unesco, em Paris.

colaboração de cada participante das Nações Unidas”.

No que se refere à ação conjunta de organizações e sociedade civil, a fim de proporcionar melhorias à Humanidade, o subsecretário-geral, Akasaka, assegurou: “A ONU continuará trabalhando para

promover os Direitos Humanos em todos os lugares, mas as ONGs que comparecem a esta conferência estão todas engajadas diretamente. (...) O auxílio da mídia para isso é muito importante. Por isso, muito obrigado pela participação da LBV nesta conferência!”. Akasaka, que atuou como cônsul-geral do Japão em São Paulo/SP, declarou ao fim da entrevista: “Sei que no Brasil há muitas ONGs e pessoas que estão trabalhando pelos Direitos Humanos. Eu desejo à LBV tudo de bom e trabalho contínuo nas Nações Unidas”.

Na oportunidade, a presidente da 61a Conferência do Depar-tamento de Informação Públi-ca da ONU, realizada este ano,

98 | BOA VONTADE

Globalizar o Amor Fraterno é o que recomenda a Legião da Boa Vontade às diversas nações. Essa tese é o resul-tado de ampla experiência do diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto, colocada em prática nas diversas unidades de atendimento que a Instituição mantém em suas bases autô-nomas no Brasil e no exterior. A síntese dessas atividades, que têm empolgado colaboradores dos quatro cantos do mundo, encontra-se publicada em documento especialmente enviado por ele às re-presentações oficiais nos diversos eventos em que a LBV participa.

Essa mensagem cada vez tem recebido mais destaque por parte dos que a lêem. O embaixador anwarul chowdhury, ex-subsecre-tário-geral das Nações Unidas, con-firmou isso ao narrar um fato ocorrido no Oriente Médio. Depois de palestrar no Reino do Bahrein, sobre cultura de paz, uma pessoa da platéia, cumprimentando-o, fez referência à publicação da LBV. O embaixador comentou que o trabalho da LBV está indo longe: “A Legião da Boa Vontade faz um trabalho fantástico e encorajo-os a continuar em sua causa humanitária”.

Publicação da LBV é comentada em evento no Oriente Médio

globalização do Amor Fraterno

José Gabriel Paes, da LBV, com o amigo da Insti tui ção, o embaixador Anwarul Chowdhury (D), ex-subsecretário-geral da ONU.

“A Legião da Boa Vontade faz um

trabalho fantástico e encorajo-os a continuar em sua

causa humanitária.”Embaixador

Anwarul ChowdhuryEx-subsecretário-geral das Nações Unidas

Alemão Esperanto

Inglês Português

Espanhol Francês

Italiano

repercussão Em outra con-ferência com foco nos Direitos Humanos, ocorrida no dia 10 de setembro, na As-sociação Bra-sileira de Im-prensa (ABI), no R io de Janeiro/RJ, o diretor do Cen-tro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC-Rio), dr. Giancarlo summa (em destaque), abordou as ações expressivas que a ONU tem rea-lizado na garantia desses direitos, frisando: “É um trabalho grande na América Latina, no mundo inteiro. A ONU está comprometida, empe-nhada o tempo todo, em primeiro lugar, na promoção dos Direitos Humanos. (...) Existem valores dos direitos humanos que são funda-mentais para qualquer atividade social, política, para o trabalho de qualquer governo”. Na oportuni-dade, ressaltou a participação da Legião da Boa Vontade no evento em Paris: “Estive na França, na conferência do DPI na Unesco, e lá encontrei os representantes da LBV. A Legião da Boa Vontade tem uma atuação muito forte junto à ONU”.

Shamina Gonzaga, conversou com os representantes da Legião da Boa Vontade. Frisando a im-portância da Declaração Universal, mencionou o exemplo da notável presidente da Comissão de Direi-tos Humanos da ONU, Eleanor Roosevelt. “Você pode imaginar a luta dela? E aqui estamos, 60 anos depois. Tantos outros milhares de pessoas concordam com essa visão

Vivia

n Ri

beiro

Venerável Chueh Yann Shih, diretora-geral da Associação Internacional Luz de Buda, com Angélica Periotto, da LBV.

Doutor Mohinder Singh, presidente da Bhai Sahib, destacou a Espiritualidade defendida pela LBV. Ele aparece com Noys Rocha, da LBV.

Eric Falt, diretor da Divisão de Promoção do DPI da ONU recebe a mensagem da LBV.

Eugen Brand, diretor-geral do Movimen-to Internacional ATD pelo Quarto Mundo, recebe a revista Globalização do Amor Fraterno (francês).

nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), a Legião da Boa Vontade recebeu convite para expor na Conferência Anual das Organizações Não-Governamentais do Departamento de Informação Pública seu amplo trabalho socioe-ducacional, de quase seis décadas. A Instituição, associada desde 1994 ao DPI, possui o status consultivo geral no Conselho Econômico e Social (Ecosoc), da ONU, obtido em 1999; e participou do evento por intermédio de seu representante nas Nações Unidas, Danilo Parmegia-ni. Pronunciando-se no plenário da Unesco no segundo dia do encontro, ele destacou o trabalho da LBV, que ultrapassou, em 2007, a marca de 6 milhões de atendimentos prestados a pessoas que vivem em bolsões de pobreza, consolidando-se, dessa forma, como uma das entidades não-governamentais da América Latina que mais atuam na concre-tização dos Direitos Humanos. Em razão de sua mensagem fraterna e de respeito ao Ser Humano, a LBV recebeu os cumprimentos de enti-dades de países como Argentina, Nigéria, França e Inglaterra.

Funcionários da Unesco lêem a revista Globalização do Amor Fraterno (inglês).

Na lavagem das escadarias da Igreja de Madalena, a Equipe Legionária encontrou a cantora Preta Gil e o empresário Roberto Chaves, um dos organizadores da festa, que foram cumprimentados pela LBV.

(…). Esta declaração tem valores, e nós temos a oportunidade e a responsabilidade de viver à altura deles.”

LBV defende Educação com Espiritualidade na Unesco

Por empreender ações integradas

Nações Unidas/Unesco — Paris

100 | BOA VONTADE

Liberato Bautista, presidente da Conferência das ONGs com Relações Consultivas para as Na-ções Unidas (Congo), em Viena, na Áustria, ressaltou a presença da Legião da Boa Vontade no Encon-tro e o papel dos Direitos Huma-nos para o mundo. “É um prazer encontrar a LBV aqui novamente. (…) Se tem algo que faz com que os esforços dos Direitos Humanos sejam importantes, é quando há comida na mesa de uma pessoa com fome; quando há um teto sobre a cabeça de um mendigo; quando há remédio para uma pessoa do-ente; quando há uma caneta e um lápis para uma criança de escola primária. Se nós falharmos nisso, os esforços dos Direitos Humanos não resultam em nada. E, então, se sairmos deste lugar com uma maior determinação para fazermos isso, eu acredito que teremos al-cançado êxito nesta Conferência”, enfatizou o presidente da Congo.

Os representantes da LBV entregaram também às centenas de representações não-governa-mentais e a delegações de diversos países a revista Globalização do Amor Fraterno (em inglês, francês e espanhol). Além de apresentar o amplo trabalho da Entidade, a

Mensagem ecumênica do escritor Paiva Netto chega à França

Ainda em solo parisiense, os re-presentantes da LBV promoveram, em frente aos monumentos mais visitados da Cidade Luz (Trocadero, Praça da Bolsa e Igreja de Madalena), panfletagens de quatro mensagens ecumênicas do escritor Paiva Netto, com artigos intitulados: A queda de todas as Bastilhas; O Equilíbrio como Objetivo; A Vinha e o Ceticismo e Religião não rima com Intolerância, além de fo-lheto-convite ao Templo da Boa Vontade, aclamado pelo Povo como uma das Sete Maravilhas da capital brasileira. Nesta reportagem, separamos alguns dos flagrantes que retratam o interesse dos parisienses pela nova e pioneira abordagem apresentada pelo autor, no intento de concretizar uma Sociedade Solidária Altruística Ecumênica.

Reprodução da capa dos folhetos, em francês, com a mensagem ecumênica do diretor-presidente da LBV.

Da esquerda à direita: Haroldo Rocha (LBV de Portugal), a presidente da Rede de Crianças Africanas na Nigéria, sra. Nkem Oselloka Orakwue, Noys Rocha (também da LBV de Portugal), a sra. Ene Ede, diretora da Equity Advocates na Nigéria, e Angélica Periotto, da LBV do Brasil.

Jayanti Kirpalani, diretora européia da Universidade Espiritual Mundial Brahma Kumaris, lembrou-se com alegria de sua visita ao TBV.

Da esquerda para a direita: Suzan, Mohammed Abdel Elbushra, José Gabriel Paes, Rehab, Amel e Mohamed Braima, representantes de ONG do Sudão, e Angélica Periotto.

Gillian Sorensen, conselheira sênior da Fundação Nações Unidas, e Danilo Parmegiani, da LBV dos EUA.

publicação tem como carro-chefe o artigo “Oito Objetivos do Milê-nio — Responsabilidade de todos os de bom senso”, de autoria do jornalista, radialista e escritor Paiva Netto. Nele, o dirigente da LBV de-fende uma mudança de paradigma para que se alcance uma Sociedade Solidária Altruística Ecumênica, conforme se lê neste trecho: “(…) A Solidariedade se expandiu do luminoso campo da ética e se apresenta como uma estratégia, de modo que o Ser Humano possa alcançar a sua própria sobrevi-vência. À globalização da miséria, contrapomos a globalização da Fraternidade, que espiritualiza a Economia e solidariamente a

disciplina, como forte instrumento de reação ao pseudofatalismo da pobreza (…)”.

Na mesma edição da revista, os participantes da Conferência pu-deram acompanhar as conclusões da Reunião do Alto Segmento da ONU (High-Level Segment, reali-zado em junho/2008). Ao receber a publicação da LBV, a chefe da Seção de ONGs do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UN/DESA), sra. Hanifa Mezoui, destacou a competência e agilidade da Instituição em dispor as informações para todo o mundo: “A LBV está no topo. Vocês devem ensinar outras ONGs, transmitir seus conhecimentos”.

Sociedade civil organizada por um mundo melhor

A inclusão social de portado-res de necessidades especiais foi o destaque da palestra feita pela organização Brothers of Charity (Irmãos da Caridade). René Sto-ckman, superior geral da institui-ção, relatou a ação desenvolvida pela entidade e cumprimentou a iniciativa da LBV em educar crianças e jo-vens: “Quando eu es-cuto as palavras Amor e Respeito, penso que esses são os valores reais, os fundamentos de uma verdadeira mudança de mentalidade. Nós, da Brothers of

Nações Unidas/Unesco — Paris

René Stockman

102 | BOA VONTADE

Henri Claude Briette (C), vice-presidente da Associação Francesa dos Descendentes de Residentes Estrangeiros, ao lado de José Gabriel Paes, da LBV do Brasil, e Adriana Rocha, da LBV dos EUA.

Boa Vontade TV Internacional entrevista Mariana Amatullo, diretora do Programa DesignMatters, e a instrutora Esther Watson, da Califórnia.

Charity, trabalhamos pelo Amor ao próximo, que desenvolve So-lidariedade por meio do respeito. Penso que o trabalho da LBV de levar os valores de Amor e Res-peito é a chave para um futuro melhor. Este é o único caminho”.

Ao encontrar-se com os re-presentantes da Legião da Boa Von tade no evento, o Lama Gangchen mandou o seguinte recado: “É muito bom falar com a LBV, que trabalha de forma excelente. Já estive no Templo da Boa Vontade. A LBV é alegre, uma associação brasileira ativa. Minhas saudações ao Paiva Netto, com quem me encontrei várias vezes”.

A LBV foi convidada a falar para a Rádio ONU, que possui mais de 50 emissoras nos oito países lusófonos, e para a Rádio França Internacional (RFI), principal emissora francesa. Nesta, o boletim em português foi retransmitido para 30 emissoras bra-sileiras. E todo o material da Legião da Boa Vontade na Conferência será compartilhado com o comitê executivo do próprio DPI, o qual se mostrou muito impressionado com o desempenho da Instituição.

Élcio Ramalho, comunicador da Rádio França Internacional, entrevista Danilo Parmegiani, da LBV.

Lama Gangchen mandou um abraço ao dirigente da LBV, jornalista Paiva Netto.

EQUIPE DA LBV NA 61a CONFERêNCIA DE ONGs DO DPI/ONU A partir da esquerda: Adriana Rocha, Danilo Parmegiani, Adalgiza e Angélica Periotto, Noys e Haroldo Rocha e José Gabriel Paes.

BOA VONTADE | 103

Atenção especial

Médico alerta para o aumento na incidência e a gravidade das doenças alérgicas

à alergia

SaúdeAlergia

104 | BOA VONTADE

Atenção especial

à alergia O mais importante no tratamento de alergia é evitar

que o paciente tenha crise.

O imunologista dr. Carlos Loja, chefe do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro.

Isabela Ribeiro e Wellington Arthur

Toda manhã, Joana, 35 anos, acordava com as vias respi-ratórias obstruídas. Ela tem rinite alérgica e obteve uma

melhora significativa quando incorporou hábitos importantes, como lavar as narinas e manter o ambiente da casa ventilado e higienizado da forma adequada, com aspiração rotineira do pó. Atitudes simples como essas fazem grande diferença, pois compreendem as recomenda-ções básicas para lidar com a alergia.

Pesquisas feitas sob a super-visão da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertam para o progressivo aumento na inci-dência e gravidade das doenças alérgicas. De acordo com o dr. Carlos Loja, chefe do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital dos Servidores do Estado do Rio

de Janeiro, “a média no Brasil e no mundo, antigamente, era em torno de 20%; hoje está em 40% da população. De um modo geral, há uma tendência genética de ser alérgico. De 15% a 24% dos indivíduos que nascem com essa predisposição tornam-se asmáti-cos e, normalmente, 98% desses têm rinite alérgica associada”.

Em entrevista à BOA VON-TADE, o dr. Carlos Loja alerta para os cuidados necessários, principalmente para quem possui predisposição alérgica, desta-cando a necessidade de deixar sempre os ambientes abertos e arejados, mesmo nas épocas mais frias.

BOA VONTADE — Quais são os tratamentos para a alergia respi-ratória?

Carlos Loja — Hoje em dia temos um controle muito ade-quado sobre as rinites alérgicas e a asma. Existem as inalações

respiratórias, que são os corticói-des, os quais não causam nenhum malefício e são aplicados em forma de spray, além dos antiin-flamatórios. O mais importante no tratamento de alergia é evitar que o paciente tenha crise. Outra forma de tratar é a imunoterapia; o paciente tem de ir a um especia-lista fazer os testes e, a partir daí, é preparada a vacina para criar nele uma tolerância maior, uma defesa contra substâncias, como poeira, ácaros, fungos, e contra picadas de inseto. Recentemente, foi criado um anticorpo chamado monoclonal, que age contra o que produz a alergia, que é uma molécula chamada IgE. Também há os anti-histamínicos de nova geração, que são os antialérgicos que conhecemos e não causam sonolência, não atrapalham nos estudos nem prejudicam o tra-balho. Têm ação não somente antialérgica, como também an-tiinflamatória.

BV — Como é feito o diagnóstico nas crianças?

Carlos Loja — No Brasil, a prevalência de asma em crianças está na faixa de 24%, enquanto no restante do mundo é de 40%. Veja como é alta a taxa de crian-ças que desenvolvem asma alérgi-ca, e normalmente 98% delas têm ainda rinite alérgica. Então, como é feito o diagnóstico? Em primei-ro lugar, colhem-se informações sobre o que ela está sentindo; nor-malmente a alergia manifesta-se por espirros, corizas, resfriados... Aliás, o leigo acha que o resfriado comum, aquele que não tem fe-

Foto: Photos.com

Vivia

n Ri

beiro

BOA VONTADE | 105

As doenças alérgicas são em sua maioria crônicas, podem surgir em qualquer idade e representam um custo elevado para os cofres públicos, nas despesas com hospi-talização, atendimento ambulatorial e medicação. A asma brônquica, por exemplo, é o mal crônico mais freqüente na infância e a doença res-piratória mais comum na gravidez, acometendo mais de 1% de todas as gestantes. Nos EUA, a asma custa anualmente aos cofres do país 6,2 bilhões de dólares.

O termo “alergia” vem do grego allos (outro) e ergon (ação) e foi

Diversidade alérgica e alto custo para o Estadodisseminado pelo médico austríaco clemens von pirquet, em 1906, para designar a capacidade de um organismo de reagir de uma maneira específica e exagerada contra um elemento estranho, conhecido como alérgeno ou antígeno. É a chamada resposta imunológica.

Os tipos mais comuns são as aler-gias respiratórias, mas há também a alergia dos olhos, cuja manifestação mais comum é a conjuntivite. Alguns medicamentos, em geral, estão na origem dos choques anafiláticos. Muito alarmantes são igualmente as reações desencadeadas por picadas de inseto,

como abelha e vespa. Existem casos em que apenas uma picada pode provocar o comportamento clínico de um choque anafilático. Outra forma de alergia, chamada dermatite tópica, é equivalente à asma, só que ocorre na pele, em forma de eczemas loca-lizados nas dobras do cotovelo, do joelho. Já as dermatites de contato são comuns em mulheres que usam bijuterias, esmalte nas unhas, cosmé-ticos e tintura de cabelo. Existe ainda a alergia ao látex, substância presente nas luvas de borracha.

As de origem alimentar resultam de uma reação imunológica provoca-

Saúde

bre, é provocado por vírus. Não é! Na maioria deles, trata-se de processo alérgico-respiratório. A tosse crônica, insistente, é um exemplo. Crianças que acordam à noite tossindo, muitas vezes, ainda não têm asma, falta de ar, e nem precisam de medicação broncodilatadora, mas só a tosse persistente já é o indício de que a criança é alérgica. O médico colhe esse histórico de sintomas e o examina, analisando também outra coisa importante: o históri-co familiar. Na maioria dos casos, tanto do lado da mãe quanto do pai existem histórias de rinite alérgica, de asma, de eczemas. A história genética da criança, o que a está predispondo a se tornar alérgica, enfim, ela herda essa posição na maioria dos casos. Se ambos os pais são alérgicos, a tendência é de 75% em cada filho.

Se um dos pais é alérgico, a taxa fica em torno de 50%. Depois dessa análise, o médico passa a determinar os testes cutâneos, que chamamos de prick*¹ test (teste de puntura), em que se colocam os alérginos na pele da criança e se faz uma pressão com o puntor*²; então aguardam-se al-guns minutos para ver o resultado e já se pode determinar as causas principais da rinite e da asma ou de uma alergia alimentar.

BV — Depois do diagnóstico, como se dá o tratamento?

Carlos Loja — Com medica-ções preventivas, que podem ser anti-histamínicos, antiinflamató-rios locais, como corticosteróides inalatórios, tanto para o nariz quanto para os brônquios. (...) Também existe uma quantidade grande de medicamentos, antibió-

106 | BOA VONTADE

Diversidade alérgica e alto custo para o Estadoda por substâncias encontradas na constituição de alimentos. Corantes, conservantes e aromatizantes podem provocar sintomas cutâneos como a urticária. Nos casos mais simples, o paciente sabe que é alérgico a determinado alimento porque tem a experiência pessoal de perturbações sempre que o ingere. Porém, em muitos casos, pode ser difícil identifi-car o agente responsável por causa da complexidade da alimentação, que associa um grande número de componentes e ingredientes. Entre os mais comuns estão o camarão e substâncias do leite de vaca. Depois

de perguntas precisas, o médico realiza testes cutâneos e faz coleta de sangue a fim de procurar a IgE (imunoglobulina monoclonal, que provoca a alergia) específica de cada elemento. O tratamento passa pela exclusão do alimento prejudicial, mas pode ser difícil, pois ovo, camarão e amendoim são utilizados em alguns preparos.

Estudos feitos pelo Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP) advertem que a aglomeração de pessoas em locais menos ventilados e a má qualidade atmosférica agravam o problema. Na

capital paulista, por exemplo, em dias de alta contaminação do ar, o risco de morte por doenças respiratórias aumenta em 12% e as internações hospitalares, 25%.

As manifestações alérgicas do aparelho respiratório constituem, em média, 80% das doenças dessa na-tureza, tais como a asma, a sinusite, a rinite, a faringite alérgica. A gran-de maioria delas é causada pelos inalantes, substâncias contidas na poeira, o chamado “pó doméstico”. O ácaro é, certamente, o alergênico mais incriminado pelos pacientes e mesmo por muitos médicos.

*1 Prick — Um pequenino furo.*² Puntor — Dispositivo plástico que limita o grau de penetração na pele, ele substituiu as antigas agulhas, com a vantagem de não furar a pele e, por-tanto, de não fazer sangrar.

o dr. Carlos Loja em visi-ta ao Centro Educacional da LBV na ca-pital fluminense. Na ocasião, cha-mou-lhe a atenção a Pedagogia do Cidadão Ecumênico, Pedagogia do Afeto, linha educa-cional preconizada pelo dirigente da LBV que alia intelecto, sentimento e Espiritualidade Ecumênica. “Isto abre caminhos. Paiva Netto tinha que se multiplicar. Esta Casa me impressio-nou não só pela grandeza da cons-trução, mas pela grandeza maior do seu interior, que é o trabalho comuni-tário feito com essas crianças caren-tes. Ensinando, desde bebezinhos, a se comportar, se alimentar, e tendo uma educação básica extremamente importante, daqui vão sair crianças com capacidade intelectual para vencer na vida. Lembrei-me da mi-nha época de estudante no Colégio Pedro II, em que tínhamos um ensina-mento do melhor gabarito possível.”

ticos, antiinflamatórios, por via oral, que podem provocar algum processo alérgico. A única maneira de tratar quem tem alergia a algum medicamento é a identificação e a retirada dele, além de passar a usar um similar que possua a mesma ação. É muito importante tratar, preventivamente, os indi-víduos alérgicos para não haver complicação e o surgimento de outras doenças, como sinusite crônica, otite média crônica. A própria asma, além de causar um desconforto grande, pode muitas vezes, se não tratada direito, levar à morte, ou trazer complicações como pneumonias de repetição, o que é muito comum em crianças e adultos com asma.

BV — Quais as suas considera-ções finais?

Carlos Loja — Gostaria de

agradecer o convite para expli-car algumas coisas que são de utilidade pública. (...) Desde a criança até o adulto, todos os que têm sintomas de alergia respiratória — rinite, asma —, dermatites, urticária etc. devem procurar o alergista, porque é ele que pode fazer um diagnóstico preciso e dar o melhor tratamen-to. O Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro tem um ambulatório de alergia, que funciona semanalmente, e esta-mos à disposição para ajudar a população carente que precise de nossos serviços. Temos também uma sociedade no Hospital que forma especialistas.

Jorg

e Alex

andr

e

BOA VONTADE | 107

Espírito e Ciência

Você, amigo leitor, já parou para pensar que, enquan-to lê esta reportagem, bilhões de orações são

feitas por todo o Planeta? Muitos incluem a prece na própria rotina de vida, outros apenas a utilizam em momentos de desespero, de grande dor, ou para agradecer uma dádiva. Independentemente da razão pela qual a fazem, a prece é, com certeza, a mais usada, a mais universal expressão de confiança e fé em um Poder Superior.

Apesar disso, e de sempre ter estado presente em todas as culturas e tradições religiosas, não mereceu ainda a devida atenção de psicólo-gos e neurocientistas. Apenas no fim do século passado e, principalmente, no início deste é que o ato de rezar,

Pesquisas na Universidade da Pensilvânia (EUA) e na UnB (Brasil) confirmam efeitos benéficos da oração

ao alcance de qualquer mortal, tornou-se objeto de pesquisa. Um trabalho da Universidade de Yale (EUA), publicado no Jornal da Associação Médica Americana (em inglês, JAMA), informa que, em 1994, apenas 17 faculdades americanas possuíam cursos sobre Medicina e Espiritualidade. Dez anos depois, as instituições que passaram a oferecer a disciplina já eram 84, a exemplo de prestigiados centros educacionais do mundo como a Universidade de Harvard, em Massachusetts, e a Universidade de Duke, na Carolina do Norte. No Brasil, o interesse na área já des-ponta, com departamentos inteiros dedicados a matérias relacionadas; é o caso da Universidade de São Paulo (USP) e das federais do Rio

Grande do Sul (UFRGS), do Ceará (UFC), de Juiz de Fora (UFJF) e de Minas Gerais (UFMG).

Vale dizer que o sentimento re-ligioso nunca se afastou de grandes cientistas, basta observar o pen-samento do físico alemão Albert Einstein (1879-1955) durante en-trevista ao escritor James Murphy e ao matemático John William Navin Sullivan, em 1930: “Todas as especulações mais refinadas no campo da Ciência provêm de um profundo sentimento religioso; sem esse sentimento, elas seriam infrutíferas”.

Biologia da féA neuroteologia é um dos ramos

que tentam explicar em laboratório a relação entre Espiritua lidade e cé-

Arquivo BV

Leila Marco e Rosana Bertolin

da FéCiência

ao encontro

108 | BOA VONTADE

rebro. Nos anos 1970, o psiquiatra e antropólogo Eugene d’Aquili (1940-1998) deu os primeiros passos nesse sentido. A partir da década de 1990, os estudos dele ganharam a ajuda do radiologista Andrew Newberg, professor da Universidade da Pensilvânia/EUA. Na pesquisa, eles acompanharam o desenvolvimento cerebral de mon-ges budistas tibetanos durante a meditação. Por meio da tecnologia de Tomografia Computadorizada por Emissão de Fóton Único (em inglês, SPECT), perceberam uma diminuição do fluxo sanguíneo no lobo parietal superior, região do cérebro situada na parte de trás do crânio e responsável pela orientação no espaço e no tempo. Essa falta de “fronteiras” experi-mentada pelos monges alargaria a percepção de um “eu” expandido, unido a todas as coisas. O trabalho desse cientista abriu a perspectiva segundo a qual o Ser Humano teria sido dotado especialmente de áreas no cérebro dirigidas para a comu-nicação com Deus.

Newberg afirma também que ao se pensar nas maneiras pelas quais algo é definido como real, a pesquisa leva à seguinte conclusão: chama-se algo de real porque, antes de tudo, parece real ao cérebro. “Se isso for verdade, as experiências místicas são vistas como mais reais do que nossa experiência diária física, então, não teremos outra escolha senão concluir que elas re-presentam a verdadeira realidade. Precisaremos encontrar uma for-ma de unir o conhecimento obtido pela Ciência e pela Espiritualidade para responder a essas questões fundamentais”, defende.

Em seu mais recente livro, How God can change your brain (Como Deus pode mudar seu cérebro, tradução literal), o dr. Newberg afirma que é possível mudar o cir-cuito mental, de forma a melhorar a existência humana: “Nossas desco-bertas mostram que, quanto mais

acreditamos em algo, mais isso se torna realidade. Por essa razão, se nos focarmos em emoções positivas, sentimentos de compaixão, com uma abertura a novas idéias, este se tornará o nosso caminho. Porém, se nos ligarmos no ódio, na raiva e na hostilidade contra os outros, aumentare-mos níveis de estresse, causando danos físi-cos e psicológicos a nós mesmos e aos outros ao redor”.

UnB analisa os efeitos da prece

A eficácia e os efei-tos dessa energia gerada no exercí-cio da Fé tam-bém têm desper-tado interesse no Brasil, como nos apresenta

O cientista Carlos Eduardo Tosta fala sobre o efeito da prece no equilíbrio do organismo humano.

Káss

ia Ka

ren

Danie

l Tre

visan

da FéCiência

ao encontro O cientista Andrew Newberg ao lado do aparelho que aplica o exame SPECT. Para tanto, é injetada uma pequena quantia de rastreador radioativo na veia do voluntário que realiza a atividade mística. Em poucos minutos, o rastreador circula e chega ao cérebro, onde passa por um processo metabólico que faz com que fique preso lá, e isso captura o momento específico, podendo ser revelado em imagem posteriormente. As vantagens, segundo Newberg, são que “a pessoa não precisa estar no aparelho de tomografia durante a experiência, nem a prática religiosa é incomodada ou interrompida, portanto, a atividade ocorre o mais natural possível”.

o escritor Paiva Netto em sua obra As Profecias sem Mistério, no capítulo “UnB e o Poder da Ora-ção”, ao descrever o trabalho do professor titular de Imunologia da Faculdade de Medicina (FMD) da Universidade de Brasília (UnB), dr. Carlos Eduardo Tosta. Em palestra proferida no fim de 2007, no II Congresso Preparatório para o Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV (leia quadro ao lado), que se realizará no próximo ano, dr. Carlos comentou o resul-tado do estudo que desenvolveu, de 2000 a 2003, no Laboratório de Imunologia Celular da FMD.

Segundo o dr. Tosta, a finalidade da pesquisa era responder à pergun-ta: “Existem provas contundentes de que a oração pode restabelecer a saúde?”. Nesse estudo, o especia-lista da UnB usou como referência o trabalho desenvolvido em 1988, no Hospital Geral de San Francisco (Califórnia, EUA), pelo cardiolo-gista norte-americano Randolph Byrd, que observou um grupo de

Religião e CiênciaO Fórum Mundial Espírito e Ciência (FMEC), da LBV, idealizado pelo diri-

gente da Legião da Boa Vontade, José de Paiva Netto, é uma das iniciativas permanentes da Instituição que, desde sua origem (ainda na década de 1940), trabalha para o despertar de um renascimento do saber, no qual Fé e Razão orientem o desenvolvimento de pesquisas na busca de respostas às perguntas que afligem o Ser Humano com relação à continuidade de sua existência e à presença de algo superior, além das três dimensões conhecidas.

A Instituição já promoveu dois grandes encontros do FMEC, no Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF. Nessas duas sessões plenárias (entre 18 e 21/10/2000 e de 20 a 23/10/2004), abriu-se espaço para que ateus, religiosos e agnósticos discutissem o tema, recebendo estudiosos do Brasil e do exterior, havendo dele já participado nomes como o do astronauta norte-americano edgar Mitchell, membro da tripulação da Apollo 14, quinto homem a pisar a superfície lunar; de alexander Lazutkin, cosmonauta russo que fez parte da tripulação da Missão MIR-23; dos físicos quânticos e escritores amit Goswami (Estados Unidos), patrick drouot (França), Waldyr rodrigues (Brasil); do astrônomo brasileiro ronaldo rogério de Freitas Mourão; do psicólogo pierre Weil; do lama tibetano chagdud tulku rinpoche, além de outras importantes personalidades.

Na primeira sessão do Fórum, em 2000 (foto acima), o líder da LBV apresen-tou trechos de seu livro Apocalipse sem Medo*1, capítulo “O Hubble e o Além”, em que reproduz parte de artigo de sua autoria publicado na Folha de S.Paulo, em 1987. Nele fica claro, conforme afirma o próprio jornalista, “(...) que um dos maiores estorvos para o grande amplexo entre Religião e Ciência, que são irmãs, é a continuação, no palco do saber, do deus antropomórfico, caricato, que não prejudica somente o laboratório, como também o altar”.

Nesse mesmo texto, Paiva Netto sintetiza o significado daquele evento: “O que a Religião intui a Ciência um dia comprovará em laboratório. Ciência sem Religião pode tornar-se secura de Alma; Religião sem Ciência pode descambar para o fanatismo. Por isso, na época ideal que todos desejamos ver surgir no horizonte da História, a Ciência (Cérebro, Mente), iluminada pelo Amor (Religião, Coração Fraterno), elevará o Ser Humano à conquista da Verdade”.

Arqu

ivo B

VEspírito e Ciência

Paiva Netto apresenta mensagem aos congressistas do Fórum Mundial Espírito e Ciência, da LBV.

“A prece, como fala Paiva Netto, não é necessariamente um ato formal de rezar, até os ateus oram. Ao contemplar uma coisa bonita, a Natureza, uma música, qualquer ato que nos emociona, estamos em estado de prece, nos colocamos frente a frente com a transcendência, com Deus.”

Dr. Carlos TostaProfessor titular de Imunologia da Faculdade

de Medicina (FMD) da UnB

110 | BOA VONTADE

393 pacientes da Unidade de Tera-pia Intensiva (UTI) coronariana, aos quais era dado o mesmo tratamento médico. A diferença é que metade deles recebia prece e a outra metade não, sem que os doentes e médicos soubessem do fato, para evitar qualquer tipo de influência. Depois do período determinado no estudo, verificou-se que o grupo munido de orações melhorou em alguns as-pectos, mostrando claros benefícios, como um menor suporte ventilató-rio; o uso de quantidade menor de medicamentos como antibióticos e diuréticos; e menos acometimentos de edema pulmonar e insuficiência cardíaca.

No estudo coordenado por Carlos Tosta, a intenção era saber se a prece intercessória, a distân-cia, poderia alterar a função dos monócitos e dos neutrófilos huma-nos — células de defesa do san-gue cuja função é captar agentes estranhos, micróbios e bactérias, por exemplo, e destruí-los pela ingestão. Dessa vez, o diferencial estaria nos indivíduos sadios. Para isso, foram selecionados 52 estu-dantes de medicina, divididos em pares do mesmo sexo, com média de idade de 20 anos. Também aqui utilizou-se o procedimento duplo cego (nem os participantes do projeto nem os pesquisadores sabiam quem recebia a prece), além de duplo controle (ora um grupo funcionava como controle, ora outro).

Voluntários de diferentes re-ligiões participaram da iniciativa, cada um deles recebendo a foto e o nome da pessoa para quem se com-prometia a rezar diariamente.

“Um par de estudantes preen-chia um questionário de avaliação clínica e um acerca de estresse; era também retirado sangue para veri-ficar a fagocitose por duas células diferentes. Por uma semana, um dos dois recebia a prece dos 10 in-terventores (voluntários religiosos). No sétimo dia, a dupla voltava ao laboratório para preencher novos questionários e eram colhidas ou-tras amostras de sangue”, descreve o professor da FMD. Passado um mês, para evitar um possível efeito resi dual, todo o processo era repe-tido, trocando-se, apenas, o benefi-ciado com a oração.

Fator de equilíbrioPara a equipe do dr. Tosta, os

resultados foram de alta significân-cia, pois quando os indivíduos que receberam a prece foram compara-dos com os que não a receberam, ou a mesma pessoa observada antes e depois de ser alvo de orações, verificou-se o aumento da estabili-dade e um melhor funcionamento das células. “A nossa conclusão é que a prece influencia o sistema biológico de defesa; ela funciona como fator de equilíbrio, e saúde é equilíbrio”, afirma.

O médico explica que, para se beneficiar dessa fonte de bem-estar, basta se ligar a algo superior que lhe faça bem: “A prece, como fala Paiva Netto, não é necessariamente um ato formal de rezar, até os ateus oram*2. Ao contemplar uma coisa bonita, a Natureza, uma música, qualquer ato que nos emociona, estamos em estado de prece, nos colocamos frente a frente com a transcendência, com Deus”.

Do laboratório à prática médica

Boa parte dos médicos tem en-contrado na Espiritualidade meios de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, na humanização dos tratamentos. Na cidade de Campinas, interior de São Paulo, a BOA VONTADE entrevistou a presidente da Sociedade Brasileira de Psico-Oncologia, a psicóloga Elisa Perina, que atua no Hospital Boldrini, centro de referência no tratamento de câncer infantil.

A dra. Elisa lembra que uma das situações mais difíceis com que o Ser Humano pode defrontar-se é o adoecimento de um filho. “O impacto na família é muito grande. Você tem um planeja-mento de vida normal e a doença vem fazer um corte.” Nessa hora, os pacientes precisam encontrar força interior para enfrentar uma trajetória marcada por sofrimento e pelo medo da morte. Para a psi-cóloga, além do trabalho da equipe multidisciplinar e do auxílio dos amigos e dos familiares, “a outra sustentação é a fé, a crença na

72%

De acordo com matéria publica-da pela revista norte-americana Newsweek (novembro de 2007), 72% dos americanos gostariam de conversar sobre fé com seus médicos. O mesmo per-centual de pessoas afirma acreditar no poder da prece para a melhora da saúde dos doentes, mesmo quando desen-ganados pela medicina.

BOA VONTADE | 111

Andr

é Fe

rnan

des

“No instante em que se pede ajuda a Deus,

imediatamente o Amor Divino vem. Uma metáfora diz que o coração para a

Espiritualidade é uma porta que só tem uma maçaneta por dentro.”

Ana CatarinaPsicóloga

Espiritualidade

A psicóloga Elisa Perina afirma ser fundamental a sustentação da Fé na cura de doenças como o câncer.

Clay

ton

Ferre

ira

cura, a esperança na vida”. Por isso, explica a dra. Elisa, no Bol-drini foi criado o grupo de cape-lania, “que dá o apoio espiritual, fazendo uma ponte com a religião de cada um”.

Graças à ciência e ao esforço de

um sem-número de profissionais, hoje a maioria das crianças e dos adolescentes com câncer chega à cura, cerca de 70%. Ao mesmo tempo, esse processo é cercado também de um crescimento pes-soal. De acordo com a médica, os valores se alteram nessa caminha-da: “Toda dor traz um sofrimento que ensina. Quem vence um cân-cer sai vitorioso, mais fortalecido na fé, na vida, no amor, na soli-dariedade, naqueles valores que são fundamentais. Esses pacientes adolescentes, muitas vezes, voltam para ajudar aqueles que estão começando o tratamento, porque esse é o sentido real da vida”.

Nos vários anos de trabalho no hospital, a dra. Elisa acompanhou dezenas de casos e afirma que, parti-cularmente nos pacientes terminais, essa compreensão é fundamental para o processo de despedida. Ela também presenciou manifestações de muitos doentes, já em seus mo-mentos finais, em que começaram a vislumbrar o outro lado da Vida: “Muitos deles relatam, baseados

nas suas crenças, visões de alguém no quarto, ou alguém de branco, ou alguma situação de luz. Crianças, no último dia, relataram para os pais que viam um jardim colorido, com muitas flores e crianças brin-cando”.

Além do cérebro e do corpoA psicóloga Ana Catarina Elias

considera que a questão da Espiritua-lidade representa, cada vez mais, um caminho para o profissional de saú-de. Ela criou uma técnica chamada Relaxamento, Imagens Mentais e Espiritualidade (Rime), baseada em relatos de Experiências de Quase-Morte (EQM), com a qual defendeu tese de doutorado na Universidade de Campinas (Unicamp).

A falta de resposta para aspectos existenciais da vida humana ficou mais evidente para ela a partir de 1998, quando foi trabalhar em uma unidade de oncologia pediátrica e tornou-se responsável por crianças e adolescentes sem mais possibilidade de cura. A dra. Ana percebeu que, além da dor psíquica (o medo do sofrimento, o humor depressivo), havia o sofrimento espiritual (o medo da morte, do post-mortem, e as possíveis culpas diante de Deus): “E a dor espiritual é muito mais importante”, destaca.

Então, era necessário pro curar um caminho para minimizar aquele sentimento, ou dar-lhe novo signi-ficado, oferecendo aos pacientes qualidade de vida no processo de morrer. “Por sincronismo, nada acontece por acaso, na mesma semana assisti a um documentário sobre Experiências de Quase-Morte e percebi que essas vivências, quan-

Espírito e Ciência

“Crianças, no último dia, relataram para os pais que viam um jardim colorido, com muitas

flores e crianças brincando.”

112 | BOA VONTADE

A psicóloga Ana Catarina criou técnica baseada em relatos de Experiências de Quase-Morte

Clay

ton

Ferre

irado as pessoas estavam clinicamente mortas, haviam diminuído o medo da morte”, diz.

A Rime integra o relaxamento mental e elementos de EQM: “Co-mecei a colocar pacientes em um estado de consciência alterada, induzindo-os a uma visualização de elementos da Espiritualidade, e observei que obtinha bons resul-tados”.

Na época de seu doutorado, a psicóloga conduziu um progra-ma de treinamento para ensinar profissionais de saúde a usar essa intervenção. Ela cita casos como o de uma paciente com angústia respiratória excessiva, mesmo de-vidamente medicada. “O médico disse que não havia mais nada a fazer, então a enfermeira começou a aplicar a Rime. A pessoa melho-rou nesta questão: também não se mexia mais e conseguiu mudar de lado na cama; [a nora da pacien-te] disse que ela saiu da expressão facial ‘com dor insu portável’ para expressão facial ‘nenhuma dor’ e morreu, naquela noite, extrema-mente tranqüila.”

A razão para essa aceitação se explica, segundo a dra. Ana, por uma mudança de paradigma: “Toda a questão do sofrimento, da doença, está na morte do corpo, mas a vida, a saúde, são totalmente deslocadas para o Espírito, que se liberta, dentro de uma perspectiva na qual, acreditamos, existe vida após a morte, não só em bases religiosas, mas também com base nos estudos das Experiências de Quase-Morte. Elisabeth Kübler-Ross*3 foi pionei-ra na área de cuidados paliativos; devemos muito a ela no trabalho do

morrer. Ela afirmava, depois de lidar 30 anos com pacientes terminais: ‘A morte é apenas uma passagem, uma transição desta vida física para outra existência’”.

A psicóloga diz que a técnica só é aplicada com o consentimento do doente. Segundo ela, os familiares, em sua quase totalidade, observam uma transformação positiva. “Os pacientes começam a avançar no Mundo Espiritual, relatam que parentes [mortos] estão se apro-ximando, Seres Espirituais.” O mais notável, porém, é verificar a mudança que se opera durante cada sessão: “Se entrar uma pessoa estranha, vai sentir a Paz em que aquele ambiente se transforma”.

Freqüência modularA dra. Ana Catarina enfatiza

que o apoio espiritual nunca é negado, mas parece existir uma freqüência modular se o estado psíquico mostra-se muito nega-tivo: “Entra-se em lugares feios, assustadores”. Por isso, a psicólo-ga e pesquisadora ressalta o valor da oração: “No instante em que se pede ajuda a Deus, imediatamente o Amor Divino vem. Uma metáfora diz que o coração para a Espiri-tualidade é uma porta que só tem uma maçaneta por dentro”.

Para finalizar, vale anotar o que diz Paiva Netto em seu ar-tigo “Ateu também pode orar”: “Amar é uma oração. O que é a Prece senão o Amor que se dispõe para grandes feitos? Um irmão ateu, quando realiza um ato que beneficia a coletividade, está orando. Rezar não é uma ação simplesmente figurativa. É o mais

forte instrumental que a essência humana, o Capital Divino, possui. Como afirmava o monge católico alemão Tomás de Kempis (1380-1471), em Imitação de Cristo, ‘sublime é a arte de conversar com Deus’ . (...) Quando se ora, a Alma respira, fertilizando a existência humana. Fazer prece é essencial para desanuviar o horizonte do coração”.

*1 Apocalipse sem Medo — Um dos livros da coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, do escritor Paiva Netto, que, juntamente com As Pro-fecias sem Mistério e Somos todos Profetas, superou a marca de 1,3 milhão de exemplares vendidos. Ligue agora para o Clube Cultura de Paz: 0800 77 07 940.*2 carlos eduardo tosta refere-se ao artigo “Ateu também pode orar”, do jornalista e escritor Paiva Netto, no qual o dirigente da LBV faz uma reflexão sobre o poder da prece, afirmando que em muito ela se assemelha à meditação, tantas vezes emprega-da por aqueles que se consideram ateus, mas que se dedicam de coração puro aos semelhantes. *3 elisabeth Kübler-ross (1926-2004) — Psiquia-tra, tanatologista, nascida em Zurique (Suíça). Ficou conhecida mundialmente por introduzir unidades de Cuidados Paliativos nos Estados Unidos, a fim de oferecer o máximo de conforto e paz aos pacientes em fase terminal, bem como aos seus médicos e aos familiares. Nos últimos anos de carreira, ela e sua equipe compilaram um vasto material, com base em milhares de entrevistas feitas com pessoas que relataram Experiências de Quase-Morte.

BOA VONTADE | 113

Walter Periotto

Melhor IdadeSaúde e prevenção

Fique atento!

— Evite tapetes e o uso de san-dálias e meias;— Prefira calçados de sola de borracha;— Outros cuidados incluem a colocação de barras laterais de apoio e vaso sanitário adaptado.

Ao tomar ciência do levanta-mento feito pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em 2007, no qual há

informação de que 9,4 mil idosos foram internados em conseqüência de fraturas de fêmur, e que 30% dos cerca de três milhões de pau-listas com mais de 60 anos sofrem quedas ao menos uma vez por ano, logo pensei em tratar o assunto neste espaço. Principalmente se pensarmos que esse número é bem maior, pois nele não estão incluídos os demais Estados. E o que é pior: essa estatística representa, na ver-dade, sofrimento e dor a quem já tanto fez pela sociedade, sem falar nos gastos aos cofres públicos, com internações e tratamentos.

A reportagem da BOA VON-TADE conversou com o dr. Maurí-cio Moraes, mestre em Ciência da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC, médico ortopedista do

Walter Periotto

Danie

l Tre

visan

Phot

os.co

m

Instituto de Ortopedia e Traumato-logia de São Paulo (IOT/SP) e do Hospital Bandeirantes. De acordo com o profissional, o crescimento da taxa de acidentes está ligado ao aumento da expectativa de vida e à “falta de uma cultura de cuidar dos idosos”. Ele enumera alguns dos fatores que denunciam essa situa-ção: “Temos calçadas irregulares na cidade, falta adaptação para as pessoas que têm dificuldade de locomoção, há poucas rampas de acesso e banheiros adaptados, e acabamos vendo acidentes por erros básicos”.

O dr. Maurício alerta para os cuidados dentro da própria casa. “Deixar os caminhos livres, ilumi-nados, tirar tudo que possa levar a pessoa a tropeçar”, recomenda.

Segundo o ortopedista, é preciso lembrar que o acidente final, a fra-tura, que pode gerar tratamento ci-rúrgico, potenciais complicações e até óbitos, pode ter origem “muito lá atrás”. O serviço de prevenção é o ideal e passa por uma equipe de saúde multidisciplinar. “A visita periódica ao oftalmologista é ex-tremamente importante. O diabetes e a hipertensão descontrolada, que são doenças crônicas e têm uma prevalência nessa população, podem produzir alterações que

Cresce o númerode quedas entre idosos

114 | BOA VONTADE

V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V !Avenida Porto dos Mastros, 19 — Ribeira — Salvador/BA — Informações: (71) 3312-0555.

“Eu não sou velha não”, esta é a convicção da Jovem da Melhor Idade roselita avelina, aos 67 anos. E quem olha toda a disposição dela durante as atividades no Grupo de Convivência Maturidade Plena, da LBV, na capital baiana, tam-bém concorda. Há mais de uma década, esta iniciativa vem resga-tando a dignidade de vovôs e vovós que vivem em situação de risco social em bolsões de pobreza de Salvador. Para alcançar este objetivo, uma especializada equipe de profissionais realiza atividades que contemplam a convivência comunitária, a integração e o incentivo à capacidade cognitiva deles, de acordo com as recomenda-ções do Estatuto do Idoso.

Todo esse trabalho vem apre-sentando resultados significativos na vida dos atendidos pela Legião da Boa Vontade. Dona Roselita, depois de dois anos no grupo, revela que se sente renovada: “Na minha aparência posso parecer mais velha, mas no meu interior tenho 16 anos”.

S A L V A D O R / B A

O valor da Terceira IdadeMariana Rodrigues

diminuem a capacidade visual. Há também doenças próprias da senilidade que reduzem um pouco a capacidade de oxigenação do cérebro, a exemplo da labirintite, que provoca tonturas, às vezes um mal súbito, desmaio. Ou a artrite, que gasta as articulações e come-ça a limitar os movimentos, e a osteoporose (diminuição da massa óssea); todas essas doenças podem estar associadas às fraturas”.

O importante é lembrar que o idoso precisa de atenção, carinho, e deve ser incentivado à prática de atividade física moderada, a exem-plo de caminhadas, hidroginástica, alongamento, sempre com orienta-ção especializada. Dessa forma, é visível a melhora da qualidade de vida e da auto-estima na Terceira Idade.

LBVé ação!Na clínica instalada no Lar de Idosos da LBV em Uberlândia/MG, Hélio Germano Ribeiro, 78 anos, faz sessão de fisiotera-pia com a profissional Madalena Souto. Em um ano de tratamento adequado, alimentação correta e muito carinho, a transformação é visível na vida desse se-nhor. Hélio, que chegou à LBV em uma cadeira de rodas e sem falar, por causa de um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, teve grandes avanços. “Hoje ando para todo lado sem a ajuda de ninguém. Gosto muito da LBV, aqui me tratam muito bem e sou respeitado”, co-menta. O Lar para a Melhor Idade está situado na Rua Padre Pio, 1.353, Mar-tins, tel.: (34) 3236-2377.

Na LBV, os Jovens da Melhor Ida-de recebem ainda todo o atendimento necessário para ter uma velhice saudável: alimentação balanceada, atendimento médico e psicológico, terapia ocupacional, fisioterapia, ves-tuário, além de variados programas de lazer.

“Eu percebi que a gente não é lixo. A gente tem valores. Não é só porque somos mais velhos que não temos valor. E aqui, na

LBV, eu percebi isso.”

Leidi

laine

San

tana

Foto

s: Ni

zete

Sou

zaSe

com

/Bah

ia

BOA VONTADE | 115

Força Armada e Civil, tudo é Brasil!Como forma de demonstrar o res-

peito e o amor à Pátria brasileira, milha-res de alunos, educadores e voluntários da Legião da Boa Vontade participaram das comemorações do Sete de Setem-bro, Dia da Independência do Brasil. A equipe da Instituição uniu-se aos contingentes das Forças Armadas e de escolas para celebrar a data em gran-des avenidas do País onde ocorreram os desfiles cívico-militares.

Em todos esses locais, a LBV, que vivencia e promove temas ligados à Paz e à conservação do meio ambien-te, foi muito bem recebida pelo público. A festa abrangeu as cinco regiões bra-sileiras e todas essas apresentações trouxeram, em comum, a estampa de Jesus, o Cristo Ecumênico, uma tradi-ção nos desfiles em que a Obra marca presença. Veja, aqui, algumas dessas belas imagens.

Sete de SetembroPela defesa da Pátria

Considerada simbolica-mente a gênese do Exér-cito Brasileiro, a primeira Batalha dos Guararapes

(ocorrida em 19 de abril de 1648) foi marcante no processo de expulsão das tropas holande-sas, que ocuparam Pernambuco entre 1630 e 1654. Aquele sentimento — que uniu bran-cos, negros e índios contra os invasores em defesa das terras brasileiras — é também tido como essencial e cultivado com orgulho pelos militares, ainda

hoje, nos inúmeros batalhões pelo País afora.

“Após isso, os militares fo-ram responsáveis por ocupar o Território Nacional, nossas fronteiras, pela consolidação da Independência, a defesa do território no período do Império, inclusive na Guerra da Tríplice Aliança [conhecida também como a Guerra do Paraguai], chegando até a Proclamação da República, com participação muito ativa, inclusive na luta contra a escravidão”, rememora

Elias

Pau

lo

paiva nettoSão Paulo/SP

o tenente-coronel de Infantaria Sergio Luiz Tratz, da 5ª Re-gião Militar, em Curitiba/PR, ex-comandante do CPOR de

A gênese do Exército BrasileiroGuararapes

Danie

l Tre

visan

116 | BOA VONTADE

Batalha dos Guararapes, quadro no qual Victor Meirelles trabalhou de 1875 a 1879. A obra encontra-se no Museu Nacional de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro.

São Paulo/SP, que participou da missão da Unavem III — missão de Paz da ONU em Angola.

Para o oficial, a segurança do território é a razão de ser da instituição. “Posso dizer que a missão do Exército nesse con-texto, marcada pelo artigo 142 da Constituição, é a defesa da Pátria, dos poderes constitucio-nais, da lei e da ordem, e ela é sintetizada pela defesa do nosso território, a colocação de tropas de uma maneira bem seletiva, para guarnecer todos os rincões,

e também de forma dissuasória em relação a qualquer outra instituição ou país que queira ocupar o território ou fazer qualquer ação contra o nosso País”, diz.

A Independência do Bra-sil representa igualmente fato marcante para o Exército. Para o oficial, “pode ser sintetizado em uma palavra: soberania”. E argumenta: “Essa data é importante porque também o Exército surge com nosso País. Um Exército que teve suas remi-

niscências no período colonial; desde 1808, possuía oficiais formados no próprio Brasil. Boa parte das tropas existentes na época, no Rio de Janeiro, já era de brasileiros e, por isso, foi muito fácil a consolidação da nossa independência”.

Da mesma forma, o tenente-coronel Tratz destaca a marcante presença dessa força armada na Tríplice Aliança (formada por Brasil, Argentina e Uruguai) contra o Paraguai (1864-1870): “Foi um ponto auge, quan-

Belo Horizonte/MG

Ponta Grossa/PR Salvador/BA São José do Rio Preto/SP

Belém/PA Porto Alegre/RS

Alex

andr

e Sa

lesOs

valdo

Per

eira

dos S

anto

s

Crist

iani R

anolfi

Luzia

Ribe

iroEl

isa R

odrig

ues

Rui P

ortu

gal

A gênese do Exército BrasileiroGuararapes

do surgiram todos os nossos grandes heróis, os patronos do Exército Brasileiro, em que se forjaram Duque de Caxias e Marechal Osório”. Segundo o militar, a participação brasileira em embates no século 20 tam-bém transformaram o perfil do Exército: “A nossa doutrina era baseada na francesa, vencedora da Primeira Guerra Mundial [1914-1918] e, depois da Segun-da Grande Guerra [1939-1945], quando a Força Expedicionária Brasileira (FEB) participou com um contingente muito grande de militares, inclusive oficiais for-mados no CPOR de São Paulo, e passou a seguir a doutrina militar norte-americana, foi evo-luindo e adquiriu característica própria”.

Tratz comenta ainda que exis-te uma tendência para exaltar

“A missão do Exército (...) é a defesa da Pátria, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem.”

Sergio Luiz TratzTenente-coronel da 5a Região

Militar, em Curitiba/PR.

No desfile realizado no Rio de Janeiro/RJ, os alunos do Centro Educacional, Cultu-ral e Comunitário da LBV, já na concen-tração, atraiu a atenção do público. Um

fato curioso foi relatado pela diretora da escola da Instituição, Gisela Portilho: “Nós

percebemos o carinho que as pessoas têm pela Legião da Boa Vontade, porque, enquanto estávamos

na concentração, passou o pelotão dos veteranos pára-quedistas do Exército, ex-combatentes e no grito de guerra, que eles fazem em conjunto, cumprimentaram a LBV, dizendo: ‘LBV, bom dia! É o Paiva Netto!’. As crianças ficaram felizes e aplaudiram”.

Sete de Setembro

de dar valor às coisas que temos aqui, apesar das dificuldades que encontramos”.

Por fim, afirma que o maior patrimônio do País é a sua gen-te: “O nosso Povo é uma coisa maravilhosa, possui um calor humano grande, e é indescri-tível a experiência que se tem ao se encontrar um brasileiro no exterior. Nosso Povo é muito amistoso, só precisa de uma lapidação final, investir um pouco mais na Educação para chegar a um lugar de destaque”.

Neste contexto, relembra também um pensamento do diretor-presidente da LBV: “Há um slogan do dr. Paiva Netto que é muito forte — ele sempre com as palavras muito fortes — que afirma: ‘Força Armada e Civil, tudo é Brasil!’”.

Desfile de la Hispanidad, em Nova York.Debaixo de forte chuva, a LBV dos Estados Unidos participou do Desfile de la Hispanidad, promovido pela organização Queens Hispanic Parade, por mais de 30 quarteirões no bairro do Queens, em 28 de setembro. Milhares de pessoas aplaudiram a Estampa Majestosa do Cristo Ecumênico e as mensagens de Paz transmitidas nas faixas e nos panfletos.

apenas a parte negativa do nosso Povo, esquecendo-se de valori-zar o que é bom. Para o militar, isso fica mais evidente quando se tem a oportunidade de conhecer nações em conflito: “Passei um tempo em Angola, vi o pessoal ir ao Haiti, você volta diferente. Além de ter aprendido muito na minha profissão, a parte militar, ganhei essa noção de cidadania,

Rio de Janeiro/RJ

118 | BOA VONTADE

Pelo quinto ano consecutivo, o Brazilian Day Festival in New York, em sua 24a edição, foi palco da entrega

da Comenda da Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica, no dia 31 de agosto, em Nova York, Estados Unidos.

Mérito da Fraternidadeno Brazilian Day in NY

Edilberto Mendes

o apresentador de TV André Marques (1) e a repórter Lília Teles (2), da Rede Globo, são saudados pela Jovem Legionária Mariana Malaman. A cantora Elza Soares (3) também recebe a mensagem da LBV. (4) O jornalista da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-Inter) Carlos Borges cumprimenta Alziro de Paiva (da LBV). No destaque, o estande da Legião da Boa Vontade durante o evento.

Este ano, o produtor brasileiro de cinema Fabiano Canosa, pro-pagador da nossa arte cinemato-gráfica nos EUA, foi o premiado. Representando o dirigente da LBV, José de Paiva Netto, o Jovem Legionário Alzi-ro de Paiva entregou o troféu ao agraciado.

Em entrevista à Super Rede Boa Vontade de Comunicação, o diretor-geral do Brazilian Day, Edilber-to Mendes, disse que, “mais uma vez, a LBV está presente conosco, homenageando uma pessoa mui-to querida na nossa comunidade, o pai do cinema brasileiro nos Estados Unidos”.

A comenda foi instituída em 1996 pelo diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV), José de Paiva Netto, para premiar pessoas físicas e jurídicas que se

Comenda da Ordem do Mérito do ParlaMundi da LBV é destaque em Manhattan

destacam em suas respectivas áreas de atuação, nos cenários nacional e internacional, por pro-mover ações em favor do bem-estar comum e da construção de

uma sociedade justa e fraterna.

Estande — Tradicio-nalmente, a Legião da Boa Vontade participa com um estande na Rua 46 em comemoração

ao Dia da Independência do Brasil. Entre os atrativos que a Instituição expõe, com o apoio de voluntários americanos, estão os programas socioeducacionais que desenvolve no Brasil, além de diversos produtos promo-cionais e da concorrida camiseta com o co-ração azul, nas cores verde e amarela.

1 2 3

Condecorado com a Comenda da Ordem do Mérito do ParlaMundi da LBV, o produtor de cinema Fabiano Canosa (C) é saudado pelo executivo da EBT em Nova York Miguel Jerônimo (E) e por Alziro de Paiva, da LBV.

4

V I S I T E , A PA I X O N E - S E E A J U D E A L B V ! 20 Calumet Street, 1st floor - Newark/NJ - Tel.: (+1973) 344-5338 - www.legionofgoodwill.org

Sete de Setembro/Internacional

Toda vez que um grupo de pessoas se reúne para refletir nos obje-tivos comuns — por

exemplo, pensar sobre a memória e o patrimônio como instru-mentos de transformação —, o resultado vai indicar, certamente, a reelaboração de novos conhe-cimentos e o desenvolvimento de ações que tragam mais qua-lidade de vida. Foi o que propôs

agentes de mudança social e desenvolvimento

o 3º Fórum Nacional de Museus, realizado de 7 a 11 de julho, em Florianópolis/SC, no câmpus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Participaram do evento 1.500 pessoas envolvidas em uma intensa programação, que abran-geu mesas-redondas, minicursos e grupos de trabalho divididos conforme as especialidades das instituições — museus de arte, culturas militares, ciência e tec-nologia, etnográficos, arqueoló-gicos e comunitários, além de ecomuseus, museus da imagem e do som e de novas tecnologias.

O Fórum Nacional de Museus ofereceu ainda instrumentos que ajudam na reflexão e nos trabalhos que desencadeiam a construção de novos paradigmas

e na apropriação da cultura como meio de mudança. Afinal, longe de representar apenas um local que guarda e preserva coisas an-tigas e vive da memória passada, com visões de mundo das classes mais abastadas, o museu é, nesta sociedade moderna e cada vez mais globalizada e marcada por rupturas, um agente de mudança social e progresso.

O tema “Museus como agen-tes de mudança social e desen-volvimento”, criado pelo Depar-tamento de Museus e Centros Culturais (DEMU) do IPHAN*, foi adotado pelos países ibero-americanos como lema orientador das comemorações do Ano Ibero-Americano de Museus, festejado em 18 de maio.

Segundo o diretor do DEMU,

Museus:

Arte na TelaSanta Catarina abriga Fórum Nacional de Museus

Marta Jabuonski, curadora da Galeria de Arte do Templo da Boa Vontade.

Arqu

ivo p

esso

al

Marta Jabuonski

Ponte Hercílio Luz, Florianópolis/SC.

120 | BOA VONTADE

José do Nascimento Júnior, o Ministério da Cultura (MinC) não tinha uma políti-ca voltada para esse campo; no entanto, foi buscá-la. Atual-

mente, o Ministério desenvolve programas importantes na área de fomento, difusão e financiamento. “Os ganhos são reais na área de qualificação, na qual mais de 20 mil pessoas foram capacitadas nestes últimos cinco anos. Estão sendo investidos cerca de R$ 140 milhões por ano, e isto é um salto muito grande. Em 2003, eram oferecidos pelo Ministério dois cursos de graduação em Museologia, hoje existem oito, e pretende-se chegar a 14 cursos em 2010”, destaca.

Os resultados alcançados fo-ram divulgados no Fórum, que, por sua vez, segundo Nascimento Júnior, “foi um encontro histórico, capaz de demonstrar a renovação da museologia brasileira”.

Também têm sido feitas par-cerias com outros ministérios, a exemplo do lançamento do Programa de Qua-lificação de Museus para o Turismo, ocorri-do no dia 25 de agosto, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro/RJ. O evento contou com a presença dos ministros Juca Fer-reira (Cultura) e Luiz Barreto (Turismo), do diretor do DEMU/IPHAN,

Nascimento Júnior, dentre outras autoridades. O principal objetivo do programa é transformar esses espaços em atrações de maior potencial turístico. Em uma pri-meira etapa da iniciativa, institui-ções nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul serão beneficiadas com um investimento de R$ 2 milhões.

Em entrevista à Rede Mundial de Televisão, o ministro Juca Fer-reira falou dos resultados espera-dos com o programa: “Para nós, é uma necessidade desenvolver a dimensão econômica da cultura, e o turismo é uma área relevante da economia, da cultura, por-que se tem a possibilidade de melhorar os museus, os grupos culturais, a fim de que nossos artistas plásticos tenham visibi-

lidade. Esse casamento é importante para os dois lados”.

Na oportunidade, o ministro ressaltou a criação do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM): “Esse ins-tituto será a coroação de um trabalho de êxito, que tem dado novo significado aos museus brasileiros.

Queremos criar o IBRAM re-conhecendo que os museus são estratégicos no panorama cultural brasileiro contemporâneo, um lu-gar para o compartilhamento de experiências, principalmente para o turista, que poderá ter contato com a história e a cultura”.

Para conhecer museus A Fundação José de Paiva Netto

(FJPN), que também incentiva e valoriza a cultura brasileira, concebeu o projeto Conhecendo Museus, que propõe documentar em DVD o acervo de museus bra-sileiros para distribuição gratuita nas escolas estaduais de ensino fundamental e médio.

Esse projeto conta com o apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Di-versidade (Secad), órgão ligado ao MEC, e do Departamento de Museus e Centros Culturais (DEMU), do MinC. A iniciativa prevê a confecção de material di-dático para ser utilizado nas aulas de Educação Artística, História, Geografia, Filosofia, Ética, entre outros cursos na área de formação humana. Sobre o projeto, o dire-tor do DEMU enfatiza: “Quanto mais divulgarmos o potencial cultural, artístico e histórico do museu e a interação com a comu-nidade, mais e s t a re m o s fortalecendo a questão da identidade, da memória e de nossas r e f e r ê n -cias”.

Juca Ferreira Luiz BarretoNascimento Júnior

DEM

U/Ip

han

*ipHan — O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, órgão do Ministério da Cultura, tem a missão de preservar o patrimônio cultural brasileiro.

MUSEU.

DESCUBRA UM

NA SUA

PRóXIMA

VIAGEM.

Ministério

do TurismoMinistério

da Cultura

Ministério

do TurismoMinistério

da Cultura

Ministério

do TurismoMinistério

da Cultura

Ministério

do TurismoMinistério

da CulturaMinistério

do TurismoMinistério

da Cultura

Ministério

do TurismoMinistério

da Cultura

Valte

r Cam

pana

to/A

Br

José

Car

los P

aiva/

Impr

ensa

MG

BOA VONTADE | 121

Cerca de 700 mil pessoas visitaram a 20ª Bienal In-ternacional do Livro de São Paulo, realizada de 14 a 24

de agosto. Nos 11 dias em que a capital paulista sediou esse megaevento literário, o público teve o privilégio de encontrar, em

Circuitos literários atraem novos leitores

Valorização do livroum mesmo local, cerca de dois milhões de títulos, sendo mais de quatro mil deles lançamentos.

O presidente da Fran-cal Feiras, Abdala Ja-mil Abdala, enfatizou a importância da mídia na

disseminação dessa mentalida-de que privilegia livros e educação, agradecendo, em particular, “a cober-tura da Super Rede Boa Vontade de Comunicação [TV, rádio, revista e inter-net]”, que levou ao público

Paisagem vista do trem, de antonio calloni: “Paiva Netto, saúde, sorte e boa viagem. Abraço”.

3 casos de polícia, de chico anysio: “Ao Paiva Netto, de seu amigo”.

O Brasil na ponta da língua, de pasquale cipro neto: “Ao jornalista Paiva Netto, um abraço”.

durante a 20a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, milhares de lançamentos literários fizeram parte do evento. na ocasião, autores renomados autografaram seus livros para a Lbv e seu dirigente.

LiteraturaCresce a procura por livros

Sarah JaneFotos: Clayton Ferreira

Abdala Jamil Abdala

Divu

lgaçã

o

122 | BOA VONTADE

os principais acontecimentos da feira.

Nesta edição, a Bienal do Livro homenageou dois países: o Japão, pelo centenário da imigração nipônica no Brasil; e a Espanha, por ter realizado, em agosto, o 7º Congresso Ibero-Americano de Editores.

Livro Em Pauta é campeão de vendas

A Editora Elevação teve gran-de destaque na Bienal com o lançamento do livro Em Pauta, do escritor Paiva Netto, que reúne artigos do jornalista publicados em O Sul, de Porto Alegre/RS, e reproduzidos em outros gran-des jornais do País e do exterior. A obra foi uma das mais procuradas no evento, sendo a mais vendida no estande da Livraria Saraiva, repe-tindo o sucesso de outros

títulos do autor, cujas vendas já superam a marca de 3,2 milhões de exemplares.

“O livro do Paiva Netto já estava sendo procurado, mesmo antes de ser lançado na Bienal, pelo conteúdo que escreve. Hoje o mundo está muito material, e o Paiva Netto não, ele traz Deus para as pessoas”, afirmou Elisângela da Graça Souza, da Livraria Saraiva.

Para o pesquisador, historiador e escritor Frei Rovílio Costa, o trabalho preserva esses escritos para a posteridade: “Fico feliz em saber que todos esses textos não vão se perder em recortes de jornal, que a gente termina

jogando daqui pra lá e, no fim, perdemos. Eles estarão colecionados em livro, porque um artigo bem pensado, bem refle-tido — como esses que Paiva Netto escreve em

O Sul —, merece efetivamente estar em livro. (…) José é o pai adotivo de Cristo, então, o José de Paiva Netto será o pai adotivo de muitos que irão encontrar o caminho do Espírito de Cristo pelos seus textos. (…) Que esta obra seja das mais vendidas no mundo”.

O dr. Valdir Andres, diretor-presidente do jornal A Tribuna Regional, de Santo Ângelo/RS, destaca também essas qualida-des: “Agradeço a minha opinião publicada [no livro Em Pauta]. É o reconhecimento a este ho-mem extraordi-nário, talentoso, referência na vida brasileira. Certamente a obra será su-cesso, uma bús-sola a orientar as pessoas, com exemplos, arti-

Anjo de quatro patas, de Walcyr carrasco: “Paiva Netto, abraço”.

Pais e professores educando com valores, de cris poli: “Para Paiva Netto, com todo o carinho”.

Frei Rovílio Costa

CAMPEÃO DE VENDAS O estande da Editora Elevação chamou a atenção dos leitores. Nos destaques, jovens de todas as idades adquiriram o livro Em Pauta, do escritor Paiva Netto. A Livraria Saraiva informa que a obra foi a campeã de vendas na Bienal em seu estande.

Cleo

nir S

garb

ossa

Dr. Valdir Andres

Lucia

n Fa

gund

es

Professores e professau-ros, de celso antunes: “Ao jornalista e educa-dor Paiva Netto. Pela dimensão admirável e essencial de seu traba-lho e realização”.

BOA VONTADE | 123

gos e posicionamentos sobre temas da atualidade. Parabéns ao Paiva Netto por esse livro e, principalmente, pela Legião da Boa Vontade”.

Essa palavra a que se refere o dr. Andres, trans-crita na contracapa de Em Pauta, foi por ele proferida quando o líder da LBV passou a escrever, a con-vite do próprio Valdir, se-

manalmente, no famoso periódico da região das Missões. Naquela oca-sião, afirmou o jornalista: “É uma honra imensa abrigar os conceitos, as opiniões, a pena brilhan-te do professor Paiva Netto, em A Tribuna Regional”.

Irene Coimbra, professora de idiomas, escritora e apre-sentadora do programa Ponto e Vírgula, da TV RP9, de Ribeirão Preto/SP, afirma que adorou o livro. E conclui: “São crônicas com títulos extraordinários. ‘A mulher no conSerto das nações’, por exemplo, é uma página rica, mas podemos listar muitos outros dos quais se extraem grandes

ensinamentos”.Sobre a importância

dos escritos do diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, declarou a mestranda em farma-cologia Isanete Bieski,

leitora de Cuiabá/MT: “Paiva Netto tem uma visão diferente sobre o sofrimento, sobre os pro-blemas sociais do País. Ele leva uma mensagem de esperança para mui-

tos; tem essa capacidade de aju-dar as pessoas, incentivá-las com o exemplo dele”.

O diretor do pro-grama A Turma do Didi, da Rede Globo, Guto Franco, fala sobre os motivos do êxito da publicação: “O Paiva Netto sempre atento, fazendo, muitas vezes, nossas vozes soarem pela dele”.

Escritor para geraçõesAo adquirir um exemplar de

Em Pauta, a leitora Rita Ro-drigues falou da relevância em fortalecer na família a Espiritu-alidade Ecumênica. “No dizer de Mário Quintana, ‘livros não

Um anjo sem asas, de Lucila Lacerda Fontoura: “Ao nosso grande cidadão, sua existência enriquece a nossa. Paiva Netto, obrigada por existir e ser tão especial!”

Me espere até amanhã, de daniela e Moacir Franco: “José de Paiva Netto com admiração. Obrigada. Daniela”. E completa Moacir: “Zé, se você nos ler, obrigado”.

Dez anos em busca dos grandes tubarões, de Lawrence Wahba: “Ao José de Paiva Netto, Um grande abraço e parabéns pelo belo trabalho”.

Assuma o controle das suas finanças, de denise campos de toledo: “Ao Paiva Netto, um abraço”.

O conto de fadas, de nelly novaes coelho: “Para José de Paiva Netto, com os cordiais cumprimentos”.

Irene Coimbra

Isanete Bieski

Guto Franco

Literatura

Adela

r Per

eira

Vivia

n Ri

beiro

Repr

oduç

ão B

VTV

ENTRE OS MAIS VENDIDOS o gerente geral da Livraria Delamor, Ricardo Ellensohn, localizada no Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre/

RS, destaca a venda da obra: “O livro Em Pauta é um dos mais vendidos. O pessoal já vem especificamente procurando o livro do Paiva Netto. Principalmente depois da Bienal, quando ele foi lançado, houve uma procura muito grande, e hoje continua. Diariamente a gente o vende”.

Ricardo Ellensohn

Char

les V

iana

124 | BOA VONTADE

Esculpindo o próprio destino, de andré Luiz ruiz: “Ao Irmão José de Paiva Netto, que as for-ças do Espírito continuem a tocar seu coração e o de todos os trabalhadores

da Boa Vontade. Com carinho fraterno”.

A espanhola inglesa, de Manoel Monteiro: “Ao grande mestre da ajuda brasileira, Paiva Netto”.

Vale a pena amar, de José carlos de Lucca: “Ao caro jornalista Paiva Netto, que o Amor continue sendo sua estrada em direção ao nosso Mestre”.

mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas’. E as obras do escritor Paiva Netto sempre nos trazem isso. Conheço [outras publicações dele] desde a infân-cia e agora tenho o privilégio de passar para a minha filha esse conhecimento, que é o intelecto, muito importante, mas com Espi-ritualidade, aquilo que real mente transforma o Ser Humano. (...) Este fundamento é Jesus, Ele nos ensina: ‘Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei’. Fico imagi-nando esse Amor sendo aplicado em todo setor da sociedade, então vai funcionar bem, porque todos agirão com sinceridade, honesti-dade, determinação. Não adianta cuidar só do cérebro, o mais importante é a Espiritualidade, e é o que ele nos passa”, ressaltou Rita.

E completa a jo-vem Pâmela Rodri-

O selo infantil Soldadinhos de Deus, da Editora Elevação, foi um dos destaques do projeto Ler é Minha Praia, destinado ao público infanto-juvenil. O teatro de fantoches A Formiga Preguiçosa, inspirado em livro de mesmo nome, fez sucesso com a garotada que prestigiou a realização da peça no estande da Elevação e também pôde conhecer uma linha de títulos elaborados com o objetivo de despertar o prazer pela leitura. “Cheguei ao estande da Editora Elevação e fiquei muito feliz porque estava repleto de crianças admirando os livros. Uma pessoa do próprio estande perguntando: ‘O que você está lendo, está gostando?’. À medida que as pessoas exercerem, de forma mais consciente, o seu papel de cidadãos, todos ganharemos com isso!”, ressalta o diretor-executivo da CBL, eduardo Mendes.

* Epístola Constitucional do Terceiro Milênio — Obra do escritor Paiva Netto que faz parte da Coleção Bolso-de-Cima.

gues, filha de Rita: “Quando você estuda os livros de Paiva Netto, tem uma visão mais abrangen-

te, não centralizada em uma coisa. Estou cursando a faculda-de de Engenharia Ambiental e outro dia estava lendo Epístola Constitu-

cional do Terceiro Milênio*, no qual ele escreve sobre o efeito estufa, um trabalho da década de 1980, quando já abordava esse tema, alertando. A gente vê que há muito tempo fala disso. Agradeço por deixar todos esses ensinamentos, e que eu possa re-alizar algo de bom, assim como o Irmão Paiva está fazendo por todos nós”.

Outra leitora, Lucíula Fon-seca Fernandes, destaca o con-teúdo da nova obra do escritor Paiva Netto: “Adquiri o livro Em Pauta e, sinceramente, foi um dos melhores investimentos que fiz. Destaco, entre todos os artigos, o ‘Ultra-som revelador de Vida’. Não pude conter as lágrimas ao lê-lo, essa mensagem está sal-vando muitas pessoas. Sempre fui contra o aborto e, após ter lido esse texto, defendo ainda mais a Vida”.

Pâmela e Rita Rodrigues

Eduardo Mendes

Cida

Lina

res

Sempre em frente, de roberto shinyashiki: “Caro Paiva Netto, Paz! Abraço”.

Clay

ton

Ferre

ira

BOA VONTADE | 125

A Esperança não morre nunca. Por quê?! Porque Jesus é a

Esperança! Louvado seja Deus!(Paiva Netto)

1

2

34

5

6

7

8

9

10

(1) João Antônio, 6 anos, e Matheus Paulo de Oliveira, 13 anos, São Paulo/SP, (2) Rafael

Amarildo Freitas da Silva, 5 anos, Campinas/SP, (3) Fernanda Silva da Costa, 3 anos,

Bangu, Rio de Janeiro/RJ, (4) Rayanne Victória Rodrigues da Silva, 2 anos, e Luís Augusto

Rodrigues da Silva, 4 anos, Gravataí/RS, (5) Victória Priscilla Neves Silva, 5 meses, Belo

Horizonte/MG, (6) Victor Lombardi da Rocha, 5 meses, São Paulo/SP, (7) João Lucas

Comar do Nascimento, 7 meses, e Leonardo Comar do Nascimento, 9 anos, Curitiba/PR, (8)

Maria Clara Silva Santos, 1 ano, Brasília/DF, (9) Maria Luisa Gonfran Domingues, 5 anos,

Uberlândia/MG, (10) Paulo Henrique Assis Rodrigues, 5 meses, São Paulo/SP e (11) Lucas

Pereira Santos, 1 ano, São Paulo/SP.

11

126 | BOA VONTADE

Eu coloco em prática no dia-a-dia o Novo Mandamento de Jesus respeitando meus colegas. Quando

alguém quer brigar comigo, eu não ligo. Respeito meus pais, meus tios, minha avó.

Não podemos ter racismo porque todos são nossos Irmãos. Não devemos fazer amizade só com pessoas da nossa religião. Temos que fazer amizade com todo mundo, amar a todos como Ele (Jesus) nos ama. Não ter desprezo por outras pessoas, não guardar mágoa, não falar palavrões. Falar só palavras boas, procurar entender melhor as pessoas, seus sofrimentos, tentar ajudar. Falar para elas que no Novo Mandamento Jesus ensina o Amor.

Não ter desprezo pelos que são seus inimigos, e fazer o Bem. Perceber que Jesus é pra todo mundo e não só para os religiosos. O meu conselho, a minha mensagem para os Soldadinhos de Deus é que coloquem em prática o Novo Mandamento de Jesus.

Guilherme Beck da Silva, 9 anos, Leme/SP.

Os Soldadinhos de Deus, da LBV, falam na Super Rede Boa Vontade de Rádio, no programa Soldadinhos de Deus, sobre Jesus, o Cristo Ecumênico, com base nos

ensinamentos que aprendem nas Aulas de Moral Ecumênica.

Lucas Fabiano Santos Feijó, 9 anos, Japeri/RJ.

Salve 12 de outubroDia da Criança!

Jesus é o pensamento firme dos Soldadinhos de Deus!

Jesus é o Cristo Celeste! Então, Ele vai passando pra gente o que a gente deve aprender no dia-a-dia de hoje. Ser criança é muito divertido, você brinca, se diverte, nunca deixa de se divertir na sua vida, porque a gente deve pensar assim: se a gente está levando Jesus a sério, então a gente vai ter que continuar, se erguendo para conseguir isso na nossa vida! Porque nunca podemos deixar a LBV para trás, nossa Missão é lá! Eu não abandono, não. Mesmo sendo criança, eu estou lá todos os sábados (nas Aulas de Moral Ecumênica). Se a gente não levar nosso Senhor Jesus a sério, Ele também não vai levar a gente a sério. Ele, como Criador do Céu e da Terra, criou a gente e quem não dá valor a Ele, Jesus não vai dar valor à gente! Jesus nunca deixa ninguém para trás: mesmo tendo bilhões nesta face terrestre, Ele vai olhar um por um, Ele não vai deixar ninguém sozinho.

Vivian Ribeiro

Novo Mandamento de Jesus, o Cristo Ecumênico“Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser

reconhecidos como meus discípulos.(...) Não há maior Amor do que doar a sua própria Vida pelos seus amigos” (Evangelho, segundo

João, 13:34 e 35 e 15:9).BOA VONTADE | 127

Patricia Maria, 25 anos, graduanda em Ciências Sociais.

destino”“O pensamentoe o

O ato de pensar é um benefício que nos permite, indepen-dentemente da classificação social, distanciar do imedia-

tismo das circunstâncias, indo além da matéria, visualizando possibilidades para superar o de-nominado impossível. Por meio desse processo mental, podemos criar, sonhar, construir e planejar o futuro, sem medo ou timidez, mas certos e confiantes de que se trata de um “espaço” de liberdade que revela nossa essência e nos impulsiona a realizar. O filósofo francês René Descartes (1596-

Ação Jovem LBVOpinião dos jovens militantes da Boa Vontade de Deus

Patricia Maria

Edua

rdo

Izaias

128 | BOA VONTADE

destino”“O pensamento

1650) afirmava: “Cogito, ergo sum” (Penso, logo existo).

Ao longo de milênios, o pen-sar tem sido transformado em ações automáticas. Contudo, para promover transformações significativas no indivíduo e, por conseqüência, no coletivo, esse pensar precisa ser revestido das palavras do Cristo Ecumênico: “Tudo é possível àquele que crê” (Evangelho de Jesus, segundo Marcos, 9:23). Com essa asser-tiva, o Divino Mestre liberta o Ser Humano de conveniências, padrões, estruturas, limitações físicas e o que mais se avizinhe como empecilho.

Portanto, é fundamental não abrirmos mão do direito de pensar. O jornalista e escritor Paiva Netto deixa isso claro ao afirmar em seu livro As Profecias sem Mistério, da coleção O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração, no capítulo “Os Profetas e o Fim dos Tempos (I), Livre-arbítrio gera determinismo”: “Somos nós quem criamos o destino, de acor-do com o emprego que fizermos do nosso livre-arbítrio”. Toda vez que transferimos a gestão do futuro para as mãos de outros, nós nos colocamos à deriva para o amanhã. É preciso compreender que a responsabilidade é nossa. Já parou para analisar quantas pessoas “pensam” por você?

É comum vermos alguns gru-pos dizerem que representam o pensamento de uma parcela sig-nificativa de pessoas, a exemplo dos que falam pelos jovens; pela

comunidade, pelo município, pelo Estado e pelo País; também há os que falam em nome de classes sociais, cor de pele, estudantes, usuários de transporte público, operários; e existem ainda os que dizem representar o pensamento da mulher. E todos seguem as representações organizadas, a princípio, e em sua maioria, para facilitar a melhoria da qualidade de vida de seu respectivo grupo social. Contudo, é importante ze-lar para que tal responsabilidade não se restrinja a reivindicações de interesses de uma minoria ou mesmo de um indivíduo. Nesse sentido, aumenta a nossa neces-sidade de cuidar daqueles que escolhemos para nos representar, inclusive acompanhando-os e participando das decisões.

O principal risco que enfren-tamos ao nos afastar do poder de pensar — e, por conseqüência, de definir o que somos hoje e o que seremos no porvir, como Huma-nidade — é o de ficar reduzidos a

uma dinâmica social, menospre-zando o outro, virando “robôs”, esquecendo-nos de nossa força e de nossas potencialidades e habilidades, todas essas caracte-rísticas que temos a desenvolver, a fim de contribuir fraternalmente para o coletivo.

Na busca para construir um mundo melhor, muito se tem debatido, dialogado, acordado, firmado. Mas já é tempo de cada um assumir uma postura decisiva sobre o destino, com base na mu-dança que resulte em mais benefí-cios, não apenas para o indivíduo, mas também, e principalmente, a todos, sem distinção.

Para que realmente tal mudan-ça ocorra, ela deve principiar nas consciências, no pensar, pois como afirmou o saudoso fundador da Legião da Boa Vontade, Alziro Zarur (1914-1979): “Deus criou o Homem e o Homem determina o seu próprio destino (...), primeiro pelo pensamento, depois, pela pa-lavra e, finalmente, pela ação”*. Assim, teremos a certeza de que estamos seguindo pelo caminho certo quando nos permitir, sem medo, buscar inspiração no Amor Divinizante, ao mesmo tempo racional e prático, apresentado no Novo Mandamento, também entendido como um Tratado de Paz, trazido por Jesus, o Edu-cador Celeste: “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim po dereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho do Cristo Ecumênico, segundo João, 13:34 e 35).

* Leia mais sobre o assunto no capítulo “O pensamento e o destino”, no livro Diretrizes Espirituais da Religião de Deus, vol. II, do escritor Paiva Netto.

“O principal risco que enfrentamos ao nos afastar do poder de pensar — e,

por conseqüência, de definir o que somos hoje e o que seremos no porvir, como

Humanidade — é o de ficar reduzidos a uma dinâmica

social, menosprezando o outro, virando ‘robôs’.”

BOA VONTADE | 129

R e v i S t A

J E s U sE s t á C h E g A n d O !

Estude e reflita sobre o Cristo Ecumênico: Cientista, Educador, Político, Filósofo,

Estadista.

o escritor, jornalista e radialista Paiva Netto

escreve: "Jesus, a Dor e a Origem de Sua Autoridade".

LEIA TAMBÉM:

* Espiritualidade* Educação

* Seções para Crianças, Jovens e Irmãos da Melhor

Idade

Adquira seu exemplar ligando para o Clube

Cultura de Paz no 0800 77 07 940

www.religiaodedeus.org.br

Em pauta

A Feira do Livro de Porto Alegre/RS, uma das mais antigas do País, chega à sua 54ª edição com o anúncio de

importantes lançamentos e uma diversidade de eventos abertos gratuitamente ao público. Até 16 de novembro, o evento que é organizado pela Câmara Rio-Grandense do Livro reúne 167 expositores em uma área de 26 mil metros quadrados. A Feira ocorre simultaneamente em vários espa-ços: na Praça da Alfândega, no Cais do Porto, Avenida Sepúlveda, na Casa de Cultura Mário Quin-tana, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, no Memorial do Rio Grande do Sul, no Santander Cultural, no Clube do Co-mércio e na Assembléia Legislativa.

Tradicionalmente di-vidida em quatro locais: geral, infantil, juvenil e internacional, a Feira tem como patrono o escritor Charles Kiefer, poeta, ensaísta, formado

Maior feira literária a céu aberto da América Latina movimenta RS

em Letras e mestre em Literatura pela PUC-RS.

Desde o início do evento (31/10), os visitantes podem en-contrar os lançamentos e outros títulos da Editora Elevação, com destaque para o novo livro do es-critor e jornalista Paiva Netto: Em Pauta (coletânea de artigos publi-cados no jornal O Sul), campeão de vendas da 20a Bienal do Livro de São Paulo (2008). Esta e outras obras do autor estão nos estandes da AJR Com. e Distribuição de Livros Ltda., JCA Livros, Livra-ria Momento Cultural e Livraria Estação Cultura.

A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV e

internet) faz a cobertu-ra completa do evento, transmitindo a progra-mação local (AM 1300) diretamente dos estúdios instalados na praça.

Acompanhe no próxi-mo número da BOA VONTADE reportagem sobre o assunto.

Liliane Cardoso

Luis

Vent

ura

Charles Kiefer

Divu

lgaçã

o

APESAR DA TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA, TEM GENTE QUE NÃO VÊ O QUE ESTÁ POR TRÁS DO TRABALHO DA SABESP.

Sabesp. Cuidando do meio ambiente com transparência.Tudo o que a Sabesp faz, ela faz pensando na nossa qualidade de vida. E isso vai muito além de tratar a água que chega à sua casa. O trabalho da Sabesp é cuidar do meio ambiente como um todo. E a gente faz questão de deixar isso bem claro para você. Claro, limpo e cristalino. Proteção de mananciais, tratamento de esgotos e soluções ambientais são apenas algumas atividades da Sabesp. Fornecer uma das melhores águas tratadas do mundo é apenas conseqüência desse trabalho.