5
Conceito de Direito Penal. Evolução histórica das ideias penais Doutrinas e Escolas Penais. Conceito de Direito Penal O direito de defesa e o direito de punir ^ r t ^ w JZJL A4>$ T>H&- As normas de conduta apesar de ftascerem dos homens e para os homens1, nflo podem ser dispensadas por eles, porque constituem condição essencial de convivência. O homem não está absolutamente só. o Escritas ou costumeiras as normas jamais são tão numerosas ponto de preverem todas as hipóteses de comportamento humano O direito mesmo diante de fatos novos, apresenta uma solução, característica unidade e totalidade. A JÍAM na <?. Cenii"n.u4X. ~>> i ^s /^4o O direito não é somente escrito e consagrado, mas determina a conduta humana / indivisível. Visa á subsistência de certos valores, necessários, úteis e convenientes / merecedores de proteção. ^T^^ 0^s>f /u4*po - r K-*- - • O conteúdo da norma jurídica ê um valor, recebe tutela por meio da sanção. *• A convivência social também é um bem/ humanamente inevitável. *f> Atualmente, convergência de interesses, sendo o direito o instrumento de sua regulamentação. ^ . - ^ ^ As>i Conflitos reais, hipotéticos ou virtuais. O direito existe também para evitar que os conflitos ocorram / prevenção. o Os interesses se contrapõem, superpõem, contradizem, interdizem e se interferem. o O Direito penal é a proteção de bens jurídicos essências. •~t A Constituição Federal é o instrumento jurídico criado pelos homens para a organização básica das regras de convivência, O que infunde força no Direito Penal é a Constituição O Direito Penal está limitado pela Constituição naquilo em que a Constituição lhe veda a invasão da esfera da liberdade dos cidadãos. Concerto de Direito Penal Von Ustz, Mezger, Jose Frederico Marques, E. Magalhães Noronha, Basileu Garcia, Zafarroni e Pierangeli. <• - • • <*» íW^-y - l^-nnet^*» •*<•<- j&u+v 0 Direito Penal é o conjunto de leis que traduzem normas que pretendem tutelar ^ bens jurídicos, sua violação se chama delito, tendo como consequência uma/ coerção jurídica (sanção), mas visa também evitar o cometimento de novos delitos. o Direito Penal - conjunto de leis/ sistema de interpretação desta legislação. Direito Penal /Direito Críminal( Alemanha, França, Espanha, Itália), Brasil Cod. Penal da República - 1890, nas Consolidações da Lei Penais (1936), Código vigente (1940). A nova Constituição Federal (1988) - competência da União para legislar sobre Direito Penal ( art. 22, l).

Direito penal 1ª apostila

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Direito penal 1ª apostila

Conceito de Direito Penal. Evolução histórica das ideias penais Doutrinas e Escolas Penais.

Conceito de Direito Penal

O direito de defesa e o direito de punir ^ r t ^ w JZJL A4>$ T>H&-

• As normas de conduta apesar de ftascerem dos homens e para os homens1, nflo podem ser dispensadas por eles, porque constituem condição essencial de convivência. O homem não está absolutamente só.

o Escritas ou costumeiras as normas jamais são tão numerosas ponto de preverem todas as hipóteses de comportamento humano

• O direito mesmo diante de fatos novos, apresenta uma solução, característica unidade e totalidade. A JÍAM na <?. Cenii"n.u4X. ~>> i ^ s /^4o

• O direito não é somente escrito e consagrado, mas determina a conduta humana / indivisível.

• Visa á subsistência de certos valores, necessários, úteis e convenientes / merecedores de proteção. ^T^^ 0^s>f /u4*po

- r K-*- - • O conteúdo da norma jurídica ê um valor, recebe tutela por meio da sanção. *• A convivência social também é um bem/ humanamente inevitável.

*f> Atualmente, convergência de interesses, sendo o direito o instrumento de sua regulamentação. ^ . - ^ ^ As>i

• Conflitos reais, hipotéticos ou virtuais. • O direito existe também para evitar que os conflitos ocorram / prevenção. o Os interesses se contrapõem, superpõem, contradizem, interdizem e se

interferem. o O Direito penal é a proteção de bens jurídicos essências.

•~t A Constituição Federal é o instrumento jurídico criado pelos homens para a organização básica das regras de convivência,

• O que infunde força no Direito Penal é a Constituição • O Direito Penal está limitado pela Constituição naquilo em que a Constituição lhe

veda a invasão da esfera da liberdade dos cidadãos.

Concerto de Direito Penal

• Von Ustz, Mezger, Jose Frederico Marques, E. Magalhães Noronha, Basileu Garcia, Zafarroni e Pierangeli. <• - • • <*» íW^-y - l^-nnet^*» •*<•<- j&u+v

• 0 Direito Penal é o conjunto de leis que traduzem normas que pretendem tutelar ^ bens jurídicos, sua violação se chama delito, tendo como consequência u m a / coerção jurídica (sanção), mas visa também evitar o cometimento de novos delitos.

o Direito Penal - conjunto de leis/ sistema de interpretação desta legislação. • Direito Penal /Direito Críminal( Alemanha, França, Espanha, Itália), Brasil Cod.

Penal da República - 1890, nas Consolidações da Lei Penais (1936), Código vigente (1940). A nova Constituição Federal (1988) - competência da União para legislar sobre Direito Penal ( art. 22, l).

Page 2: Direito penal 1ª apostila

9

o Outros termos: Direito Repressivo, Princípios de Criminologia, Direito de Defesa Pessoal, Direito* Sanctonador, Direito Restaurador, Direito de proteção aos criminosos. o Direito Penal pertence ao Direito Público./ Ramo do Direito Público Interno.

Direito Penal objetivo e subjetivo

o Objetivo: Definem os crimes e cominando as respectivas penas/ regula a açào estatal.

o Subjetivo: O Estado tem o poder de punir X Direito subjetivo de liberdade que é o de nio ser punido senão de acordo com a lei ditada peio Estado.

Direito Penai comum e especial 6 0

o Comum: se aplica a todas as pessoas e atos deiitivos em geral (Cod. Penal e Leis Extravagantes. *

° Especial: dirigido a uma ciasse de indivíduos ( qualidade pessoal), O0M ( Justiça Militar; Lei do Impeachment do Presidente da Republica, dos prefeitos municipais.

Direito Penal Substantivo e adjetivo

i o Superada e antiga distinção, j ) . *x rèt>u£ — } Substantivo' normas que definem as figuras penais e sanções.

o Adjetivo: normas de aplicação do direito substantivo e organização judiciária. Autonomia do Direito Processual Penal - ciência própria, destinada ao estudo da lei de aplicação do direito penal objetivo.

Evolução histórica do direito Penal

Tempos primitivos

o A história do Direito Penal surgiu com o próprio homem. o Nos grupos sociais dessa era, envoltos em ambiente mágico (vedas) e religioso,

a peste a seca e todos os fenómenos naturais maléficos eram tidos como resultantes das forças divinas (foto/n) encolerizados pela pratica de fatos que exigiam reparação.

o cnaram-se séries de proibições (religiosas, sociais e politicas), conhecidas por ij^õj/que não obedecidas, acarretavam castigo,

o A desobediência tabu levou a coletividade à punição do infrator, acarretando castigo, gerando assim o que, modernamente denominado crime e pena.

o A pena nada mais significava senão a vingança.

Vingança Penal

o Fases vingança privada, divina e pública

Page 3: Direito penal 1ª apostila

1 0

Privada: cometido um crime/ reação da vítima, dos parentes e até do grupo social

o Evolução (dizimação das tribos) surge talião (taiis- tal)/ reação limitada á ofenss a um mal idêntico ao pratica^olho por olho, dente por dente).

o Composição/ o ofensor se livraria do castigo com a compra de sua liberdade( pagamento, moeda, gado, armas etc).

o Código de Hamurabi, Pentateuco, Manu (índia), Direito Germânico. o Origem das formas modernas de indenização do Direito Civil e da muita no

Direito Penal.

Divina: influencia decisiva da religião na vida dos povos

o Direito Penal místico. o Repressão do crime como satisfação aos deuses/ofensa praticada pelo grupo

social. o Castigo ou oferenda aplicada pelos sacerdotes /penas severas, cruéis e

desumanas / intimidação. o Código de Manu, mas estes princípios foram adotados na Babilónia, no

Egito (Cinco Livros), na China (Livros de Cinco Penas), na Pérsia (Avesta) e pelo povo de Israel (Pentateuco).

Pública: com a maior organização da sociedade / dar maior estabilidade as Estado.

o segurança do príncipe ou soberano pela aplicação da pena. o ainda severa e cruel / obediência ao sentido religioso, o Estado justificava a proteção ao soberano, Grécia (Zeus), Roma (X!l Tábuas), o Em fase posterior/ libertou-se a pena de seu caráter religioso/ transformando-se a

responsabilidade do grupo em individual (autor do fato). « , . o contribuição ao aperfeiçoamento de humanização dos costumes penais.

: Direito Penai do^hebreus: etapa inicial da Legislação Mosaico/ evoluiu o Direito Penal do Povo hebreu com o Tamud.

o Substituição da pena de talião peia muita, o Prisão e imposição de castigos físicos, o Extinta a pena de morte, o Prisão perpétua e trabalhos forçados. o Crimes/ duas espécies: contra a divindade e contra o semelhante.

Direito Romano: evolução/ fase de vinganças, talião, composição. Vingança divina / realeza.

o Direito e religião se separam. o Delitos dividiam-se em: crimina publica I segurança da cidade; crimes

majestatís e deiicta privata/menos graves. Criou-se cs crimina extraordinária. o Abolida a pena de morte / substituída/ exílio e deportação. Pena em rego

pública. o Princípios penais sobre erro, culpa, imputabiiidade, coação irresistíve

atenuantes, legítima defesa etc.

Page 4: Direito penal 1ª apostila

I I

Direito germâoico: 0 Direito Penal germânico primitivo era constituído pelo costume.

o Caracterizado profundamente pela vingança privada, o Estava sujeito á reação indiscriminada e à composição, o Mais tarde foi aplicado o ialião por influencia do Direito Romano e do cristianismo, o Ausência de distinção entre o dolo, a culpa e caso fortuito, o A punição do autor do fato sempre em relação ao dano por ele causado, o Vigoravam as Ordálias ou Juízos de Deus (prova de água fervente, de ferro em brasa

etc.) e os duelos judiciários (pessoalmente ou por meio de lutadores profissionais).

jDireito canónico: ou direito Penal da Igreja, com a influência do cristianismo na legislação penal.

o A igreja contribuiu de maneira relevante para humanização do direito Penal / mediante as adaptações do Direito Romano e às novas condições sociais.

o politicamente sua luta visasse o predomínio do Papado sobre o poder temporal para proteger os interesses religiosos de dominação.

o Proclamou-se a igualdade entre os homens, destacou-se a relevância do aspecto subjetivo do crime e da responsabilidade penal.

o Tentou-se banir as ordálias e os duelos judiciários. o As penas passaram a ter como fim não só a expiação, mas também a regeneração

do criminoso pelo arrependimento e purgação da culpa. o Mas o que levou aos excessos da inquisição

nirsitri MfldifivaJ: as práticas penais influenciaram-se reciprocamente nos direitos romano, canónico e bárbaro.

o O Direito Penal abusava-se na cominação da pena de morte, executada pelas formas mais cruéis (fogueira, afogamento, enforcamento etc.) visava especificadamente á intimidação.

o As sanções penais eram desiguais, dependendo da condição social e política do réu, sendo comuns o confisco, a mutilação, os açoites, a tortura e as penas infamantes.

o O sistema de composição foi abolido, assim, o caráter público do Direito Penal era exclusivo e exercido em defesa do Estado e da religião.

o Cria-se em torno da justiça penal uma atmosfera de incerteza, insegurança e verdadeiro terror.

Perípdo-4%imanttaao> No Iluminismo se inicia o denominado Período humanitário do Direito Penal / movimento caracterizado pelas ideias de reforma das leis e da administração da justiça penal no fim do século XVIII.

o O homem moderno toma consciência crítica do problema penal como problema filosófico e jurídico.

o Os temas basilares da nova ciência são: os do fundamento do direito de punir e da legitimidade das penas,

o Cesar Bonesana, Marquês de Beccaria (1738), princípios pregados por Rosseau e Montesquie , ( Dos delitos e das penas)

o Demonstrando a necessidade de reforma das leis penais, Beccaria, inspirado na concepção do Contrato Social de Rousseau.

Page 5: Direito penal 1ª apostila

Propõe novo fundamento à justiça penal: um fim utilitário e político que deve, porém, ser sempro limitado pela lei e moral. Princípios básicos pregados pelo filósofo / postulados básicos do Direito Penal moderno / adotados pela Declaração dos Direitos do Homem, da Revolução Francesa.

1. Os cidadãos, por viverem em sociedade, cedem apenas uma parcela de sua liberdade e direitos. Não se podendo aplicar penas que atinjam direitos não cedidos, come acontece nos casos de penas de morte e das sanções cruéis.

2. Só as leis podem fixar as penas, não se permitindo ao juiz interpretá-las ou aplicar sanções arbitrariamente.

3. As leis devem ser conhecidas pelo povo, redigidas com clareza para que possam ser compreendidas e obedecidas por todos os cidadãos.

4. A prisão preventiva somente se justifica diante de prova da existência do crime e de sua autoria.

5 Devem ser admitidas em Juízo todas as provas, inclusive a palavra dos condenados (mortos civis).

6. Não se justificam as penas de confisco, que atingem os herdeiros do condenado, e as infamantes, que recaem sobre toda a família do criminoso.

7. Não se deve permitir o testemunho secreto, a tortura para o interrogatório e os juízos de Deus, que não levam descoberta da verdade.

8. A pena deve ser utilizada como profilaxia social, não só para intimidar o cidadão, mas também para recuperar o delinquente.