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PROF. DENILSON SATURNINO
PROF.ª JOYCE MARTINS
LÍNGUA PORTUGUESA 2ªEJA FASE
Unidade IVCiência: o homem na construção do conhecimento
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Aula 30.1ConteúdoTendências Contemporâneas em Literatura de Língua Portuguesa: Brasil
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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HabilidadeIdentificar o ponto de vista do narrador em textos.
CONTEÚDOS E HABILIDADES
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Literatura Amazonense: • Modernismo no Amazonas • Violeta Branca
REVISÃO
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A disputa entre irmãos é comum e esperada. Em sua opinião, o que causa a rivalidade entre irmãos?
DESAFIO DO DIA
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Milton HatoumNascido em Manaus, com formação inicial em arquitetura e, posteriormente, em Literatura. Ensinou literatura na Universidade do Estado do Amazonas (UFAM) e em Universidades Norte-americanas. É o contista e romancista amazonense de maior projeção no cenário literário nacional.
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Obras:Relato de um certo oriente (1989)Dois irmãos (2000)Cinzas do norte (2005)Órfãos do Eldorado (2008)A cidade ilhada (2009)Um solitário à espreita (2013)
Dois irmãos
EspaçoManaus
EspaçoSão Paulo
EspaçoRio de Janeiro
Espaço“Líbano”
TempoPor volta de 1914 até 1968.
Árvore genealógica - Família de Halim e Zana
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Árvore genealógicaFamília de Halim e Zana
Narrativa fragmentadaA narrativa não segue uma cronologia nos acontecimentos e está baseada em memórias que Nael busca no avô Halim, na avó Zana e na mãe Domingas.
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A rivalidade entre os irmãosYaqub reservou uma cadeira para Lívia e o Caçula desaprovou com o olhar esse gesto polido. Da escuridão surgiram cenas em preto e branco e o ruído monótono do projetor aumentava o silêncio da tarde. Nesse momento Domingas despediu-se dos Reinoso. A magia no porão escuro demorou uns vinte minutos.
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Uma pane no gerador apagou as imagens, alguém abriu uma janela e a platéia viu os lábios de Lívia grudados no rosto de Yaqub. Depois, o barulho de cadeiras atiradas no chão e o estouro de uma garrafa estilhaçada, e a estocada certeira, rápida e furiosa do Caçula. O silêncio durou uns segundos. E então o grito de pânico de Lívia ao olhar o rosto rasgado de Yaqub.
Milton Hatoum - Dois Irmãos
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Dois Irmãos: uma cicatriz marcou a vida de um homem
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Omar YaqubO “Caçula” O “Mais velho”
Protegido pela mãe, ficou em Manaus
Ficou dos 13 aos 14 anos no Líbano
É expulso da escola
Bom em matemática
Sedutor Retraído e introspectivo
Contra a ditadura A favor da ditadura
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A cidade de ManausApoiado no parapeito, Yaqub olhava os passantes que subiam a rua na direção da praça dos Remédios. Por ali circulavam carroças, um e outro carro, cascalheiros tocando triângulos de ferro; na calçada, cadeiras em meio círculo esperavam os moradores para a conversa do anoitecer; no batente, das janelas, tocos de velas iluminariam as noites da cidade sem luz. Fora
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assim durante os anos da guerra: Manaus às escuras, seus moradores acotovelando-se diante dos açougues e empórios, disputando um naco de carne, um pacote de arroz, feijão, sal ou café. Havia racionamento de energia, e um ovo valia ouro. Zana e Domingas acordavam de madrugada, a empregada esperava o carvoeiro, a patroa ia ao Mercado Adolpho Lisboa e depois as duas passavam
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a ferro, preparavam a massa do pão, cozinhavam. Quando tinha sorte, Halim comprava carne enlatada e farinha de trigo que os aviões norte-americanos traziam para a Amazônia. Às vezes, trocava víveres por tecido encalhado: morim ou algodão esgarçado, renda encardida, essas coisas.
Milton Hatoum - Dois Irmãos
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A cidade de ManausEle me levara para um boteco na ponta da Cidade Flutuante. Dali podíamos ver os barrancos dos Educandos, o imenso igarapé que separa o bairro anfíbio do centro de Manaus. Era a hora do alvoroço. O labirinto de casas erguidas sobre troncos fervilhava: um enxame de canoas navegava ao redor das casas flutuantes, os moradores chegavam do trabalho, caminhavam em fila sobre as tábuas estreitas, que formam uma teia de circulação.
Milton Hatoum - Dois Irmãos
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A cidade de ManausA euforia, que vinha de um Brasil tão distante, chegava a Manaus como um sopro amornado. E o futuro, ou a ideia de um futuro promissor, dissolvia-se no mormaço amazônico.
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(UEA - 2016)Leia o trecho do romance “Dois irmãos”, de Milton Hatoum.“A velhice ainda estava longe, e a amargura, se existia, Rânia sabia esconder. Escondia muitas coisas: seus pensamentos, suas ideias, seu humor e mesmo uma boa parte do corpo, que eu nunca deixei de admirar. No entanto, era uma virtuose nas questões mais prosaicas, e nisso ela me ajudava. Dá pena pensar que ela só usava aquelas mãos morenas de dedos longos e perfeitos para trocar uma lâmpada, consertar uma torneira ou desentupir um ralo.”
(Dois irmãos, 2000.)
DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
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Na visão do narrador, Rânia é uma mulhera) amargurada, que se mostrava insatisfeita com o tipo de
serviço que realizava.b) bela, que, no entanto, se considerava feia e mantinha o
corpo escondido.c) frágil, que aparentava ser bem mais jovem do que deveria
ser na realidade.d) atraente, com notáveis habilidades para a execução de
tarefas domésticas.e) madura, cuja beleza se perdeu durante anos dedicados ao
trabalho pesado.
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