of 334 /334
AFO - CGU - COMUM A TODAS AS ÁREAS TEORIA E EXERCÍCIOS CURSO GRATUITO PROFESSOR: ERICK MOURA Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIÇÃO DESTE MATERIAL ESTÁ AUTORIZADA PELO AUTOR 1 AFO - CGU - COMUM A TODAS AS ÁREAS TEORIA E EXERCÍCIOS Estimados(as) Concurseiros(as), Sou Erick Moura, moro em Brasília e tenho 40 anos. Estou no serviço público federal desde fevereiro de 1988, quando ingressei na Marinha do Brasil, por meio de concurso público prestado para o Colégio Naval. Graduei-me em Ciências Navais, pela Escola Naval, no ano de 1994. Nesses mais de 24 anos de serviço público, o estudo sempre foi presente em minha vida. Assim, não poderia deixar de ser diferente o gosto pelo desafio dos Concursos Públicos nos quais colecionei sucessos ao longo de minha trajetória. Atualmente, após alguns concursos prestados, estou na Controladoria-Geral da União - CGU, onde exerço o cargo de Analista de Finanças e Controle, considerado um dos melhores e mais respeitados cargos do serviço público federal. Após algum tempo em exercício na CGU, decidi contribuir para as pessoas que ainda não obtiveram êxito em alcançar a aprovação em um concurso público. Desta forma, iniciei trabalhos de coordenação em renomados cursos preparatórios de Brasília e do Rio de Janeiro, onde convivi com candidatos e professores, muitos destes autores de livros nos quais estudei. Neste convívio aprendi muito com todos, principalmente com os alunos, e vi o quanto é importante o auxílio de alguém que queira efetivamente contribuir. Durante essa experiência gratificante, recebi da família, dos amigos, dos alunos, dos professores e dos diretores de cursos um grande incentivo para iniciar uma nova trajetória: ministrar aulas. Assim, avalio que é chegada a nossa hora de fazermos um trabalho de colaboração, em uma via de duas mãos, onde estaremos juntos na busca de um objetivo: aprender a fazer prova. Isso mesmo! Concurseiro(a) não precisa aprender a matéria, precisa aprender a FAZER A PROVA DE DETERMINADA MATÉRIA! É bom que o(a) Concurseiro(a) se conscientize de outra regra básica: NÃO PODE “BRIGAR” COM A BANCA! Torne-a sua amiga.

AFO TUDÃO

Embed Size (px)

Text of AFO TUDÃO

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    1

    AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS

    Estimados(as) Concurseiros(as),

    Sou Erick Moura, moro em Braslia e tenho 40 anos. Estou no

    servio pblico federal desde fevereiro de 1988, quando ingressei na Marinha

    do Brasil, por meio de concurso pblico prestado para o Colgio Naval.

    Graduei-me em Cincias Navais, pela Escola Naval, no ano de 1994.

    Nesses mais de 24 anos de servio pblico, o estudo sempre foi

    presente em minha vida. Assim, no poderia deixar de ser diferente o gosto

    pelo desafio dos Concursos Pblicos nos quais colecionei sucessos ao longo de

    minha trajetria.

    Atualmente, aps alguns concursos prestados, estou na

    Controladoria-Geral da Unio - CGU, onde exero o cargo de Analista de

    Finanas e Controle, considerado um dos melhores e mais respeitados

    cargos do servio pblico federal.

    Aps algum tempo em exerccio na CGU, decidi contribuir para as

    pessoas que ainda no obtiveram xito em alcanar a aprovao em um

    concurso pblico.

    Desta forma, iniciei trabalhos de coordenao em renomados

    cursos preparatrios de Braslia e do Rio de Janeiro, onde convivi com

    candidatos e professores, muitos destes autores de livros nos quais estudei.

    Neste convvio aprendi muito com todos, principalmente com os

    alunos, e vi o quanto importante o auxlio de algum que queira

    efetivamente contribuir.

    Durante essa experincia gratificante, recebi da famlia, dos

    amigos, dos alunos, dos professores e dos diretores de cursos um grande

    incentivo para iniciar uma nova trajetria: ministrar aulas.

    Assim, avalio que chegada a nossa hora de fazermos um trabalho

    de colaborao, em uma via de duas mos, onde estaremos juntos na busca

    de um objetivo: aprender a fazer prova.

    Isso mesmo! Concurseiro(a) no precisa aprender a matria,

    precisa aprender a FAZER A PROVA DE DETERMINADA MATRIA!

    bom que o(a) Concurseiro(a) se conscientize de outra regra

    bsica: NO PODE BRIGAR COM A BANCA! Torne-a sua amiga.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    2

    Veja suas tendncias de abordagens. No seja teimoso em deixar

    que sua viso seja a mais brilhante de todas, pois preciso ter humildade ao

    se fazer uma prova de concurso pblico.

    Ento, humildemente me proponho a iniciar um trabalho com vocs

    em ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA - AFO PARA

    ANALISTA E FINANAS E CONTROLE DA CGU CONHECIMENTOS

    ESPECFICOS COMUM A TODAS AS REAS.

    Aceitam o convite?

    Nosso Curso ser baseado no ltimo edital de AFC da CGU e

    abranger os conhecimentos relacionados a todas as reas do concurso de

    2008.

    Considero esse curso como de nvel intermedirio, pois foi uma

    disciplina exigida em comum para todas as reas, mas que atende tambm

    aos iniciantes no assunto.

    No concurso passado, tivemos 15 questes, sendo que o peso

    atribudo para a disciplina foi 2,0.

    Em 2008, o concurso disponibilizou vagas para as seguintes reas:

    Auditoria e Fiscalizao/Sade

    Auditoria e Fiscalizao/Obras Pblicas

    Auditoria e Fiscalizao/Estatstica e Clculos Atuariais

    Auditoria e Fiscalizao/Controle Interno

    Correio

    Tecnologia da Informao/Infra-Estrutura de TI

    Tecnologia da Informao/Desenvolvimento de Sistemas da

    Informao

    Desenvolvimento Institucional

    Preveno da Corrupo

    Em razo de dispositivos legais, a Banca do Concurso a ESAF.

    Alm disso, o concurso para a CGU no se submete s restries da legislao

    eleitoral.

    Erick, esse curso abrange a parte de Conhecimentos

    Especializados para a rea de Auditoria e Fiscalizao/Controle

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    3

    Interno?

    De certa forma, esse curso d uma boa base para o entendimento

    mais profundo do que ser cobrado na parte de ORAMENTO PBLICO que

    interessa para a rea de Controle Interno.

    A sequncia do material se adequou melhor didtica para

    compreenso do assunto. E para melhorar nosso curso, inclumos alguns

    temas em funo dos editais mais recentes da ESAF.

    Desta forma, espero colaborar para a aquisio de um

    conhecimento compatvel para esse concurso.

    Ao todo sero oito captulos cuja sequncia ser a seguinte:

    CAPTULO 1 Conceitos Bsicos de AFO. Conceito, estgios e

    classificao econmica da Receita Pblica.

    CAPTULO 2 - Conceito, estgios e classificao econmica da Despesa

    pblica.

    CAPTULO 3 - Fundamentos de AFO na CF, Conceitos de Oramento

    Pblico. Oramento Pblico: elaborao, acompanhamento e fiscalizao.

    Crditos adicionais, especiais, extraordinrios, ilimitados e suplementares.

    CAPTULO 4 - Oramento segundo a Constituio de 1988: Plano

    Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Oramentrias e Financeiras - LDO e Lei

    Oramentria Anual - LOA.

    CAPTULO 5 - Processo oramentrio. Mtodos, tcnicas e instrumentos

    do Oramento Pblico. Normas legais aplicveis ao Oramento Pblico.

    CAPTULO 6 - Consideraes sobre a Execuo Oramentria e

    Financeira.

    CAPTULO 7 - Receita pblica: fontes; dvida ativa. Despesa pblica:

    Suprimento de fundos, Restos a Pagar, Despesas de exerccios anteriores. A

    conta nica do Tesouro. SIDOR, SIAFI.

    CAPTULO 8 - Princpios oramentrios. Lei de Responsabilidade Fiscal

    (Lei Complementar n. 101/2000): princpios, objetivos, efeitos no

    planejamento e no processo oramentrio; limites para despesas de pessoal;

    limites para a dvida; mecanismos de transparncia fiscal.

    Todos prontos? Ento vamos nessa!

    Antes, uma pequena introduo.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    4

    INTRODUO

    Erick, afinal, do que a disciplina ADMINISTRAO

    FINANCEIRA E ORAMENTRIA AFO trata?

    Vamos definir o que AFO antes de iniciarmos o assunto?

    Ento...

    Em sntese, a disciplina AFO intrinsecamente relacionada ao

    Direito Financeiro e s atividades financeiras do Estado.

    Erick, do que Direito Financeiro trata?

    Segundo Luiz Emydio F. da Rosa Jnior, ele o "ramo do Direito

    Pblico que estuda o ordenamento jurdico das finanas do Estado e as

    relaes jurdicas decorrentes de sua atividade financeira e que se

    estabeleceram entre o Estado e o particular".

    Outra tica a de que ele representa o estudo dos princpios

    jurdicos da atuao estatal relativos obteno de recursos financeiros para o

    financiamento das despesas pblicas.

    A autonomia do Direito Financeiro no Brasil reconhecida na

    CF/88, tendo em vista o disposto no art. 24, incisos e pargrafos, no art. 30, I

    e II, e nos arts. 145 a 169.

    Ok, ERICK, mas e a Atividade Financeira do Estado?

    Bem, o Estado necessita de numerrio para atender s suas

    necessidades de realizar obras e prestar servios sociedade, certo?

    Da, em uma tica inicial, a atividade financeira do Estado, que se

    desdobra em receita, despesa, oramento e crdito pblico, consiste em obter,

    aplicar, criar e gerir o dinheiro indispensvel s necessidades, cuja satisfao o

    Estado assumiu.

    Ela no objetiva diretamente satisfao de uma necessidade

    coletiva do Estado, mas cumpre uma funo instrumental de grande valia. Seu

    desenvolvimento regular condio indispensvel para o desempenho das

    demais atividades.

    H mais conceitos e estudos que aprofundam essa definio, mas

    que no nos interessam para a prova.

    Coloquei nessa Aula Demonstrativa um tema recorrente em provas

    de concursos. Ele ser revisto e ampliado posteriormente, mas me permiti

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    5

    antecip-lo, pois um assunto que nos d uma viso razovel da disciplina.

    A seguir, um pequeno quadro sobre a Atividade Financeira do

    Estado que facilita e fundamenta boa parte de nossa disciplina.

    Erick, e a tal disciplina de FINANAS PBLICAS?

    Apesar de no constar no edital, muitos alunos me perguntam para

    passar um conceito geral sobre a disciplina de FINANAS PBLICAS, que se

    relaciona, em parte, com AFO.

    Em sntese, a disciplina FINANAS PBLICAS trata dos gastos do

    setor pblico, bem como das formas de financiamento desses gastos.

    Sob um vis econmico, as finanas pblicas so materializadas na

    chamada poltica fiscal que se constitui, sem dvida, em um dos principais

    instrumentos disponveis pelo governo para intervir na atividade econmica.

    Caracteriza-se principalmente pelo aumento ou corte das despesas

    do governo e pelo aumento ou reduo do nvel de impostos.

    H mais conceitos e estudos que aprofundam essa definio, mas

    que no nos interessam para a prova.

    DESPESA PBLICA

    (APLICAR RECURSOS)

    ORAMENTO PBLICO

    (GERIR

    RECURSOS)

    CRDITO PBLICO

    (CRIAR RECURSOS)

    RECEITA PBLICA

    (OBTER

    RECURSOS)

    ATIVIDADE

    FINANCEIRA

    DO ESTADO

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    6

    CAPTULO 1

    1 - Conceitos Bsicos de AFO. Conceito, estgios e classificao

    econmica da Receita Pblica.

    A primeira parte deste captulo, sobre os conceitos bsicos de AFO,

    j foi apresentada na introduo, ok?

    Em relao aos temas relacionados Receita Pblica, vamos iniciar

    com algumas consideraes.

    Como esse assunto amplo vamos abordar esse tpico na linha da

    classificao das Receitas e Despesas Pblicas segundo a finalidade, a natureza

    e o agente.

    1.1 - RECEITAS PBLICAS - CONCEITOS

    Iremos iniciar a abordagem deste curso pelo conceito e pelas

    classificaes de RECEITAS PBLICAS, segundo a doutrina.

    Segundo o Manual de Procedimentos de Receitas Pblicas da STN:

    1.1.1 - CONCEITO ENFOQUE PATRIMONIAL

    Receita um termo utilizado mundialmente pela contabilidade para

    evidenciar a variao positiva da situao lquida patrimonial resultante do

    aumento de ativos ou da reduo de passivos de uma entidade.

    Por esse enfoque, as receitas podem ser classificadas em:

    Receitas Pblicas aquelas auferidas pelos entes pblicos;

    Receitas Privadas aquelas auferidas pelas entidades privadas.

    1.1.2 - CONCEITO ENFOQUE ORAMENTRIO

    Receita, pelo enfoque oramentrio, so todos os ingressos

    disponveis para cobertura das despesas pblicas, em qualquer esfera

    governamental.

    1.1.3 - CLASSIFICAES DA RECEITA PBLICA

    De acordo com a doutrina, a Receita Pblica pode ser classificada

    nos seguintes aspectos: quanto natureza, quanto ao poder de tributar,

    quanto coercitividade, quanto afetao patrimonial e quanto

    regularidade.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    7

    1.1.3.1 - Quanto natureza:

    a classificao que estabelece a utilizao ou no para o

    financiamento dos dispndios do setor pblico.

    a) Receitas Extraoramentrias: conforme nico do art. 3 da

    Lei n 4.320/64, a melhor definio seria a de que so entradas

    compensatrias no ativo e no passivo financeiros. Alm desta definio,

    podemos considerar que elas so ingressos financeiros de carter meramente

    temporrio e que no tenham como foco o financiamento da execuo de

    despesas pblicas.

    Ex. de Receitas Extraoramentrias: caues recebidas em

    dinheiro; recebimento de depsitos judiciais; emisses de papel-moeda;

    ingressos provenientes de antecipao de Receita Oramentria (ARO).

    b) Receitas Oramentrias: simplificando o assunto, seriam as

    que no so extraoramentrias. No apenas o conceito de que so as que

    esto no oramento, mas sim a ideia de que todo e qualquer ingresso que

    tem como objetivo o financiamento dos dispndios oramentrios.

    Observe que no Art. 57 da Lei n 4.320/64 definiu-se que

    Ressalvado o disposto no pargrafo nico do artigo 3 desta lei sero

    classificadas como receita oramentria, sob as rubricas prprias,

    todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operaes

    de crdito, ainda que no previstas no Oramento.

    Ex. de Receitas Oramentrias: Receitas Tributrias, Receitas

    de Contribuies, Receitas Patrimoniais (essas 3 na categoria econmica

    Corrente), bem como as Receitas de Alienao de Bens e as Receitas de

    Operaes de Crdito (essas 2 na categoria econmica de Capital).

    IMPORTANTE!

    Somente as Receitas Oramentrias e Intra-oramentrias (e no as

    Receitas Pblicas) so classificadas em Categorias Econmicas, ou

    seja, Receita Oramentria/Intra-oramentria Corrente e Receita

    Oramentria/Intra-oramentria de Capital.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    8

    Ok Erick, mas o que so receitas Intra-oramentrias?

    Esse conceito adveio de uma definio nova adotada pela Portaria

    Interministerial STN/SOF n 338, de 26 de abril de 2006.

    As receitas intra-oramentrias so ingressos provenientes do

    pagamento das despesas realizadas na aplicao direta devido a uma eventual

    operao entre rgos, fundos e entidades integrantes dos Oramentos Fiscal

    e da Seguridade Social.

    Assim, ao se consolidarem as contas pblicas, essas despesas e

    receitas so identificadas, a fim de se evitarem as duplas contagens

    decorrentes de sua incluso no oramento.

    Esse artifcio contbil faz com que as classificaes intra-

    oramentrias no constituam novas categorias econmicas de

    receita.

    Na verdade, tm a mesma funo da receita original, s que se

    diferem pelo fato de se destinarem ao registro de receitas provenientes de

    rgos que pertencem ao mesmo oramento.

    Exemplificamos para vocs:

    Suponhamos que a Imprensa Nacional publique determinado edital

    de licitao do Ministrio da Defesa no Dirio Oficial da Unio. Esse servio

    cobrado, claro.

    Quando ela recebe pelo servio prestado ao Ministrio, estamos

    diante de uma receita intra-oramentria para a Imprensa Nacional. De outro

    lado, a contrapartida uma despesa intra-oramentria por parte do Ministrio

    da Defesa.

    1.1.3.2 - Quanto ao poder de tributar:

    Referem-se s Receitas Pblicas de acordo com o PODER DE

    TRIBUTAR previsto na CF/88, ou seja, abrangem as Receitas Pblicas conforme

    a competncia tributria de cada ente da Federao. Dividem-se em:

    a) Federal. Ex.: Imposto sobre importao de produtos

    estrangeiros (II), Imposto sobre produtos industrializados (IPI), Contribuio

    de interveno no domnio econmico, etc.

    b) Estadual. Ex.: Imposto sobre a propriedade de veculos

    automotores (IPVA), Imposto sobre operaes relativas circulao de

    mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    9

    intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se

    iniciem no exterior (ICMS), etc.

    c) Municipal. Ex.: Imposto sobre a propriedade predial e

    territorial urbana (IPTU), Contribuio, na forma das respectivas leis, para o

    custeio do servio de iluminao pblica, etc.

    1.1.3.3 - Quanto coercitividade ou classificao Alem ou

    quanto origem:

    a classificao de Receitas Pblicas que decorre do poder de

    coero do Estado, ou seja, do seu Poder de Imprio. Dividem-se em:

    a) Receitas Derivadas ou Receitas de Economia Pblica ou

    Receitas de Direito Pblico: so as que derivam do poder impositivo da

    soberania do Estado sobre o patrimnio alheio, ou seja, unilateral e obriga o

    particular a contribuir e pagar determinado valor.

    Nesta classificao, Estado e particular se encontram em

    patamares distintos, onde a coercitividade do Estado prevalece.

    Para reforar essa classificao, o Art. 9 da Lei n 4.320/64,

    reafirma essa classificao ao dizer que: Tributo a receita derivada

    instituda pelas entidades de direito publico, compreendendo os

    impostos, as taxas e contribuies nos termos da constituio e das

    leis vigentes em matria financeira, destinado-se o seu produto ao

    custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas

    entidades.

    Ex.: Receitas provenientes de impostos, de emprstimos

    compulsrios e de contribuies sociais.

    b) Receitas Originrias ou Receitas de Economia Privada ou

    Receitas de Direito Privado: so as que se originam de atos negociais, onde

    o Estado no exerce o seu Poder de Imprio, pois Estado e particular se

    encontram em um mesmo patamar.

    Em sntese, tambm so as Receitas Pblicas originadas do uso de

    bens e de empresas de propriedade do Estado, em sua atuao como produtor

    de bens e servios.

    Ex.: Receitas provenientes da alienao de bens e de aluguis

    recebidos pelo Estado.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    10

    1.1.3.4 - Quanto afetao patrimonial:

    a classificao que observa se houve ou no alterao na

    situao lquida patrimonial do Estado.

    a) Efetivas: so as Receitas Pblicas em que o Estado enriquece

    em razo de um ingresso no qual no h contrapartida de aumento do passivo

    ou de reduo do ativo, o que faz o patrimnio estatal alterar positivamente

    sua situao lquida.

    Ex.: ingressos provenientes de impostos, de aluguis, de multas.

    b) No-Efetivas ou por permutao patrimonial ou por

    mutao patrimonial: neste caso, so as que no alteram a situao lquida

    de determinado patrimnio estatal, ou seja, so meras permutaes contbeis

    relacionadas ao ingresso de disponibilidades no Caixa pblico.

    As Receitas Pblicas No-Efetivas correspondem a ingressos ou

    alteraes nas partes que constituem o patrimnio lquido do ente estatal e

    que nada acrescentam na situao lquida patrimonial.

    Ex.: ingressos provenientes da contratao de operaes de crdito

    (entrada de $ no Caixa, mas gerou-se uma obrigao, que uma dvida),

    venda de um bem pblico (entrada de $ no Caixa, mas gerou-se a perda do

    bem), etc.

    1.1.3.5 - Quanto regularidade ou durao:

    Classificao que se refere disposio de tempo simtrica ou no

    em relao a um exerccio financeiro.

    a) Ordinria: a Receita Pblica que se obtm regularmente em

    cada exerccio financeiro, com caractersticas de continuidade e que

    correspondem a ingresso permanente de valores nos cofres pblicos.

    Ex.: Receitas de tributos.

    b) Extraordinria: aquela obtida de forma excepcional,

    espordica e que no apresentam carter de continuidade.

    Ex.: Receitas de alienao de bens, receitas obtidas de doaes.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    11

    IMPORTANTE!

    Receita Pblica. Qual o seu sentido principal?

    Encontramos com o Prof Dvila a informao de que, segundo a

    doutrina dois so os principais sentidos do termo Receita Pblica: Amplo (ou

    lato sensu) e Restrito (ou strictu sensu).

    AMPLO = simples entradas, ingressos ou recolhimentos de

    disponibilidades nos cofres do Estado com ou sem contrapartida no

    passivo ou devoluo por parte de terceiros.

    RESTRITO = entradas de disponibilidades ou direitos, sem existir a

    devoluo a posteriori, o que faz se incorporar de forma definitiva ao

    patrimnio.

    CAIU NA PROVA !

    1- (ESAF/APO/MPOG/2008) A Receita da Administrao Pblica pode ser

    classificada nos seguintes aspectos: quanto natureza, quanto ao poder de

    tributar, quanto coercitividade, quanto afetao patrimonial e quanto

    regularidade. Quanto sua regularidade, as receitas so desdobradas em:

    a) receitas efetivas e receitas por mutao patrimonial.

    b) receitas oramentrias e receitas extraoramentrias.

    c) receitas ordinrias e receitas extraordinrias.

    d) receitas originrias e receitas derivadas.

    e) receitas de competncia Federal, Estadual ou Municipal.

    Comentrios:

    O gabarito da questo a alternativa (c).

    A questo queria verificar os aspectos que classificam as Receitas

    Pblicas no Brasil segundo a doutrina.

    Conforme o que explicamos at aqui, segue um quadro resumo da

    correspondncia entre a alternativa e a classificao:

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    12

    OPO CLASSIFICAO DA RECEITA QUANTO (AO):

    (a) afetao patrimonial

    (b) natureza

    (d) coercitividade ou Alem ou origem

    (e) poder de tributar

    2 - (ESAF/CGU/2006) No que diz respeito receita pblica, indique a opo

    falsa.

    a) A Lei n. 4.320/64 classifica receita pblica em oramentria e extra-

    oramentria, sendo que esta apresenta valores que no constam do

    oramento.

    b) A receita oramentria divide-se em dois grupos: correntes e de capital.

    c) As receitas correntes compreendem as receitas tributrias, de contribuies,

    patrimoniais, agropecurias, industriais, de servios, de alienao de bens, de

    transferncias e outras.

    d) A receita pblica definida como os recursos auferidos na gesto, que sero

    computados na apurao do resultado financeiro e econmico do exerccio.

    e) A receita extra-oramentria no pertence ao Estado, possuindo carter de

    extemporaneidade ou de transitoriedade nos oramentos.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (c).

    Esta uma questo que mescla AFO, Contabilidade Pblica e Finanas

    Pblicas.

    Vamos logo ao erro da alternativa (c):

    Receitas de alienao de bens so RECEITAS DE CAPITAL. Para ser

    mais preciso ainda (mesmo que isso no seja uma regra para a ESAF), mais

    correto dizer TRANSFERNCIAS CORRENTES e OUTRAS RECEITAS

    CORRENTES.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    13

    Segundo o 4 do art. 11 da Lei n 4.320/64, as RECEITAS

    CORRENTES compreendem:

    RECEITA TRIBUTRIA

    Impostos

    Taxas

    Contribuies de Melhoria

    RECEITA DE CONTRIBUIES

    RECEITA PATRIMONIAL

    RECEITA AGROPECURIA

    RECEITA INDUSTRIAL

    RECEITA DE SERVIOS

    TRANSFERNCIAS CORRENTES

    OUTRAS RECEITAS CORRENTES

    DICA

    Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu:

    TCPAISTransOu

    Por fim, o mesmo pargrafo 4 do art. 11 define como RECEITAS DA

    CAPITAL:

    OPERAES DE CRDITO

    ALIENAO DE BENS (DE CAPITAL)

    AMORTIZAO DE EMPRSTIMOS

    TRANSFERNCIAS DE CAPITAL

    OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

    DICA

    Outro bizu para ajudar a guardar:

    AOAmorTransOu

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    14

    A opo (a) tem um conceito perigoso que pode confundir o

    entendimento do concurseiro. O fato de no estarem no oramento, por si s

    no configura se so ou no receitas extraoramentrias. uma alternativa

    menos errada, se compararmos com a (c).

    Vejamos o que diz o art. 57 da Lei n 4.320/64:

    Art. 57. Ressalvado o disposto no pargrafo nico do artigo

    3 desta lei sero classificadas como receita oramentria, sob as

    rubricas prprias, tdas as receitas arrecadadas, inclusive as

    provenientes de operaes de crdito, ainda que no previstas

    no Oramento.

    E o que diz mesmo o art. 3 e seu nico da Lei n 4.320/64 ?

    Art. 3 A Lei de Oramentos compreender tdas as receitas,

    inclusive as de operaes de crdito autorizadas em lei.

    Pargrafo nico. No se consideram para os fins deste artigo as

    operaes de credito por antecipao da receita, as emisses de

    papel-moeda e outras entradas compensatrias, no ativo e

    passivo financeiros.

    Esta parte destacada serve como um mantra para entendermos o que

    so as receitas e despesas extraoramentrias (entendidas estas como

    sadas compensatrias, no ativo e passivo financeiro).

    Para a opo (b) basta lembrar que:

    Somente as Receitas Oramentrias e Intra-oramentrias

    (e no as Receitas Pblicas) so classificadas em Categorias

    Econmicas, ou seja, Receita Oramentria/Intra-

    oramentria Corrente e Receita Oramentria/Intra-

    oramentria de Capital.

    A opo (d), decorre da interpretao dos 2 conceitos de RECEITA

    PBLICA apresentados aqui, ou seja:

    CONCEITO ENFOQUE PATRIMONIAL

    Termo utilizado mundialmente pela contabilidade para evidenciar a

    variao positiva da situao lquida patrimonial resultante do aumento de

    ativos ou da reduo de passivos de uma entidade.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    15

    Receitas Pblicas aquelas auferidas pelos entes pblicos

    CONCEITO ENFOQUE ORAMENTRIO

    Todos os ingressos disponveis para cobertura das despesas pblicas, em

    qualquer esfera governamental.

    Na alternativa (e), basta conjugarmos o art. 57 com o nico do art.

    3 da Lei n 4.320/64, como transcrevemos no comentrio da opo (a).

    3 - (ESAF/CGU/2004) A receita da administrao pblica pode ser

    classificada quanto natureza, ao poder de tributar, coercitividade, quanto

    afetao patrimonial e quanto regularidade. Marque a opo falsa.

    a) Quanto afetao patrimonial, as receitas so classificadas em

    oramentrias e extra-oramentrias.

    b) Quanto ao poder de tributar, a receita dividida conforme a discriminao

    constitucional das rendas, em federal, estadual e municipal.

    c) Quanto coercitividade, as receitas podem ser divididas em originrias e

    derivadas.

    d) Quanto regularidade, as receitas podem ser desdobradas em ordinrias e

    extraordinrias.

    e) Na classificao quanto natureza, diz-se que as receitas tributrias e as

    receitas de contribuies so exemplos de receitas correntes.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (a).

    As Receitas Pblicas de classificam, quanto sua natureza, em

    Receitas Extraoramentrias e Receitas Oramentrias.

    Novamente (e parece mesmo um mantra da banca), temos que:

    Somente as Receitas Oramentrias e Intra-oramentrias (e no

    as Receitas Pblicas) so classificadas em Categorias Econmicas, ou

    seja, Receita Oramentria/Intra-oramentria Corrente e Receita

    Oramentria/Intra-oramentria de Capital.

    Como vimos nas dicas do comentrio da questo anterior, as RECEITAS

    CORRENTES compreendem e se subclassificam em: TCPAISTransOu e

    as RECEITAS DA CAPITAL: AOAmorTransOu.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    16

    4 - (ESAF/ATRFB/2009) A respeito da classificao oramentria da receita,

    correto afirmar:

    a) alienao de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda em

    receita de capital.

    b) receitas de contribuies integram as receitas de capital quando oriundas de

    interveno no domnio econmico.

    c) as receitas agropecurias se originam da tributao de produtos agrcolas.

    d) as receitas intraoramentrias decorrem de pagamentos efetuados por

    entidades integrantes do Oramento Fiscal e da Seguridade Social.

    e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependem

    da inexistncia de receitas de capital no exerccio.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (d).

    Vamos comentar cada uma das alternativas.

    Item (a) a alienao de BENS DE CAPITAL que redunda em RECEITA

    DE CAPITAL.

    Erick, o que so BENS DE CAPITAL?

    De forma sinttica, bens de capital so aqueles capazes de produzirem

    outro bem, ou seja, so bens que geram riqueza.

    Temos como exemplos clssicos as mquinas e os equipamentos.

    Voltando alternativa (a), temos o erro no fato de nem todos os bens

    de qualquer natureza integrantes do ativo podem gerar uma um receita

    de capital quando de sua alienao.

    Erick, pode me dar um exemplo?

    Vamos imaginar uma ovelha nascida em decorrncia das atividades de

    pesquisa da EMBRAPA.

    Ao ser eventualmente alienada ela no ir resultar em uma RECEITAL DE

    CAPITAL, pois a ovelha no um bem de capital.

    Captaram ?

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    17

    Vamos adiante.

    Item (b) como destacamos antes, as receitas de contribuies

    correspondem a uma RECEITA CORRENTE.

    Relembremos de nosso bizu:

    RECEITAS CORRENTES

    Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu:

    TCPAISTransOu

    Item (c) receitas que derivam da tributao so as RECEITAS

    TRIBUTRIAS.

    As RECEITAS AGROPECURIAS decorrem das receitas auferidas da

    atividade agropecuria do Estado, tais como a receita decorrente da

    produo vegetal e a receita decorrente da produo animal e seus

    derivados.

    Item (d) a alternativa polmica, pois o art. 1 da PORTARIA

    INTERMINISTERIAL STN/MPOG N 338/2006 assim estabelece:

    Art. 1o Definir como intra-oramentrias as operaes que

    resultem de despesas de rgos, fundos, autarquias, fundaes,

    empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos

    oramentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisio de

    materiais, bens e servios, pagamento de impostos, taxas e

    contribuies, quando o recebedor dos recursos tambm for rgo,

    fundo, autarquia, fundao, empresa estatal dependente ou outra

    entidade constante desses oramentos, no mbito da mesma esfera de

    governo.

    J o Manual Tcnico do Oramento - MTO coloca o seguinte:

    Ingressos Intra-Oramentrios:

    So receitas oriundas de operaes realizadas entre rgos

    e demais entidades da Administrao Pblica integrantes do

    oramento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de

    governo.

    A discusso ficou em relao ao texto da alternativa (d) que no

    constava o termo entre, mas sim por.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    18

    A est um tpico exemplo de QUESTO DA ESAF. Aparentemente, todos

    os itens esto incorretos.

    Mas voc quer brigar com a Banca ou sentar na baia da CGU prxima a

    mim?

    NO BRIGUEM COM A BANCA!

    A alternativa (d), apesar de incompleta, no est errada, pois ela quis

    dizer que somente as entidades integrantes do Oramento Fiscal e da

    Seguridade Social que podem efetuar pagamentos de natureza

    intraoramentria.

    Para a alternativa ser completa, poderia estar descrito que as receitas

    intraoramentrias ocorrem entre entidades integrantes do Oramento Fiscal e

    da Seguridade Social.

    Assim, no h a possibilidade de receita intraoramentria para uma

    entidade que no integre tais oramentos.

    Captaram?

    Item (e) Pessoal, no confundam com o conceito da Regra de Ouro que

    veremos ao longo de nosso curso.

    No falaremos agora desta Regra, mas gostaria apenas que fixassem a

    seguinte idia:

    Receitas Correntes para serem aplicadas em despesa de capital

    INDEPENDEM da inexistncia de receitas de capital no exerccio.

    Alis, o que mais se observa nas esferas de governo, a aplicao de

    RECEITAS CORRENTES em gastos com despesas de capital, como, por

    exemplo, a construo de uma escola municipal em um Municpio X.

    Um Municpio, em regra, no consegue auferir receitas de capital

    suficientes para arcar com as despesas na construo de uma escola.

    As receitas correntes dos Municpios, especialmente as Tributrias, que

    vo dar base para a construo da hipottica escola.

    1.2 ESTGIOS OU FASES OU ETAPAS DA RECEITA

    Em relao s Receitas Pblicas na esfera federal, devemos observar que

    o Banco do Brasil o agente financeiro da Secretaria do Tesouro Nacional, a

    qual recolhe o valor arrecadado junto Conta nica do Tesouro (Princpio

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    19

    da Unidade de Caixa, conforme art. 56 da Lei n 4.320/64).

    Para registrar, de acordo com a doutrina e com o MTO 2012, os

    estgios ou fases da receita so a Previso, o Lanamento, a

    Arrecadao e o Recolhimento, mnemnico PLAR, ou ainda, de acordo

    com os arts. 53, 55 e 56 da Lei n 4.320/64, o Lanamento, a Arrecadao

    e o Recolhimento, mnemnico PLAR.

    Cabe ressaltarmos que o MTO 2012 considera a Fase da Previso como

    parte do Planejamento e as Fases do LAR (Lanamento, Arrecadao e

    o Recolhimento) com parte integrante da Execuo da Receita.

    No quadro a seguir, destrinchamos as respectivas Fases com conceitos

    fundamentais sobre cada uma delas.

    P reviso planejar e estimar a arrecadao das receitas que constar na

    proposta oramentria;

    L anamento ato da repartio competente, que verifica a procedncia do

    crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora e inscreve o dbito desta (art.

    56 da Lei n 4.320/64);

    A rrecadao ato em que os contribuintes comparecem junto aos agentes

    arrecadadores e liquidam seus compromissos perante ao Tesouro (arts. 35

    e 55 da Lei n 4.320/64);

    R ecolhimento - ato em que os agentes arrecadadores transferem o produto

    da arrecadao Conta nica do Tesouro, tornando-o disponvel para o

    Tesouro.

    Vamos adiante com a exemplificao de como ocorre o processo, no que

    se refere s Receitas.

    A SOF, entre outras informaes, prev, junto com os subsdios

    apresentados pela RFB, a receita de determinado exerccio financeiro e a

    coloca na proposta oramentria anual.

    Iniciado o exerccio, a RFB faz o lanamento, por exemplo, do IR devido

    de determinado contribuinte. Este vai ao banco (na prtica retido na fonte)

    para concretizar a arrecadao da receita pblica.

    Por fim, o banco deste contribuinte encaminha o valor desta receita

    pblica arrecadada Conta nica do Tesouro.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    20

    Comentrios adicionais sobre estgios da receita:

    Lanamento

    - o ato administrativo que busca liquidar a obrigao tributria, por

    meio da identificao do fato gerador ocorrido, onde se determina o sujeito

    passivo, mensura-se a base de clculo e se verifica a aplicao de alquota;

    - Desta forma, individualizam-se os contribuintes e se discriminam a

    espcie, o valor e o vencimento do imposto de cada contribuinte.

    Arrecadao

    - Ocorre quando os contribuintes comparecem junto aos agentes

    arrecadadores (pblicos ou privados), com vistas liquidao de suas

    obrigaes perante o Estado;

    - Corresponde ao recebimento do imposto do contribuinte pelas

    reparties competentes e est sob a imediata fiscalizao das respectivas

    chefias. Manifesta-se em forma de dinheiro, conforme previsto nas leis e nos

    regulamentos em vigor.

    - um procedimento em que, aps o estgio do lanamento dos

    respectivos tributos, ocorre o recolhimento aos cofres pblicos;

    - Consiste basicamente em cobrar os tributos, receb-los e guardar o

    numerrio respectivo;

    - Os tipos de arrecadao se classificam em:

    => Direta: por coleta, por unidades administrativas e por via bancria.

    => Indireta: arrendamento, reteno na fonte e estampilha.

    Recolhimento

    - Ocorre quando os agentes arrecadadores (pblicos ou privados) fazem

    diariamente a entrega do que fora arrecadado para a Conta nica do Tesouro

    Nacional;

    - a remessa das receitas arrecadadas pelos agentes administrativos ou

    pelos bancos autorizados ou Banco do Brasil para crdito do na Conta nica do

    Tesouro Nacional.

    Pessoal, queria registrar uma alterao importante que o MTO-2012

    trouxe em relao Receita Pblica, especialmente em relao a seus

    estgios.

    Os Estgios ou Fases da Receita, do ponto de vista ORAMENTRIO,

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    21

    segundo o MTO-2012, so os seguintes:

    Ressalte-se que nem todas as referidas Etapas da Receita iro ocorrer

    para os tipos existentes de receitas oramentrias.

    Por exemplo, na hiptese de ocorrer uma doao em espcie para algum

    ente pblico, estaramos diante da arrecadao de uma receita que no foi

    prevista, ou seja, que no passou pela etapa da previso, assim como tambm

    no foi lanada.

    De qualquer forma, para a doutrina, os estgios permanecem como

    sendo o PLAR e o prprio MTO-2012 ratifica isso.

    Podemos dizer que o LANAMENTO corresponde a um

    PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DO FISCO, pois, de acordo com o art.

    142 do Cdigo Tributrio Nacional - CTN, tal Etapa da Receita corresponde ao

    procedimento administrativo que:

    verifica a ocorrncia do fato gerador da obrigao

    correspondente

    determina a matria tributvel

    calcula o montante do tributo devido

    identifica o sujeito passivo

    prope a aplicao da penalidade cabvel, se for o caso

    Com base no estabelecido nos arts. 142 a 150 do CTN, podemos verificar

    que a referida Etapa se encontra inserida no conjunto que constitui o crdito

    tributrio, ou seja, abarca impostos, taxas e contribuies de melhoria.

    De acordo com o que vimos anteriormente, podemos observar que as

    receitas patrimoniais (Ex.: as oriundas de concesses e permisses) e as

    receitas empresariais (Ex.: venda de produtos agrcolas e pecurios) no se

    sujeitam Etapa do lanamento, pois so receitas entram diretamente na

    Etapa da Arrecadao.

    No entanto, as receitas tributrias e de contribuies necessitam do

    respectivo procedimento administrativo antes de ingressarem no estgio da

    arrecadao.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    22

    Os estgios da receita sob o aspecto oramentrio, conforme previsto no

    MTO, possuem os conceitos que traremos no quadro a seguir.

    ESTGIOS DA RECEITA, SEGUNDO O MTO-2012 => PLAR

    ESTGIO CONCEITO MTO 2012

    PR

    EV

    IS

    O

    corresponde ideia de planejar e estimar a arrecadao das

    receitas que ser inserida na proposta oramentria

    tem que se realizar em consonncia com as normas tcnicas e

    legais correlatas, especialmente, de acordo com as

    disposies constantes na LRF

    Na Unio, a metodologia que se utiliza para projetar receitas

    serve para assimilar o comportamento da arrecadao de

    determinada receita em exerccios anteriores, com o intuito de

    projet-la para o perodo seguinte, mediante a utilizao de

    modelos estatsticos e matemticos

    A busca do modelo adequado depende do comportamento da

    srie histrica de arrecadao, assim como de informaes

    fornecidas pelos rgos oramentrios ou pelas unidades

    arrecadadoras envolvidos no processo

    Corresponde etapa anterior fixao do montante de

    despesas que constar nas leis de oramento

    a base para se estimar as necessidades de financiamento do

    governo e para se fixar a despesa oramentria

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    23

    Erick, e na prova?

    Voc deve seguir comando da questo para que saiba qual o

    entendimento pedido pela Banca, ok?

    Se for De acordo com a Lei n 4.320/64..... o PAR, se for De

    acordo com a doutrina..... ou De acordo com o MTO..... o PLAR.

    LA

    N

    AM

    EN

    TO

    Corresponde ao ato da repartio competente, que verifica a

    procedncia do crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora e

    inscreve o dbito desta

    procedimento administrativo que:

    verifica a ocorrncia do fato gerador da obrigao

    correspondente

    determina a matria tributvel

    calcula o montante do tributo devido

    identifica o sujeito passivo

    prope a aplicao da penalidade cabvel, se for o caso

    uma etapa que se aplica a impostos, taxas e contribuies

    de melhoria

    Os objetos de lanamento as rendas com vencimento

    determinado em lei, regulamento ou contrato

    AR

    RE

    CA

    DA

    O

    a entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional pelos

    contribuintes ou devedores, por meio de:

    agentes arrecadadores; ou

    instituies financeiras autorizadas pelo ente

    Ressalte-se que pertencem ao exerccio financeiro as receitas

    nele arrecadadas, ou seja, que representa a adoo do

    regime de caixa para o ingresso das receitas pblicas

    REC

    OLH

    IM

    EN

    TO

    Refere-se transferncia dos valores arrecadados conta

    especfica do Tesouro Nacional, responsvel pela

    administrao e controle da arrecadao e pela programao

    financeira, observando-se o princpio da unidade de tesouraria

    ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei n 4.320/64

    apenas nesse estgio que ocorre a efetiva entrada dos

    recursos financeiros arrecadados nos cofres pblicos

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    24

    Pessoal, antes de seguirmos, trago um pequeno resumo sobre as

    categorias das Receitas Oramentrias.

    Vamos praticar.....

    5 (CESGRANRIO/AUDITOR DA FUNASA/2009) Considerando o disposto

    na legislao vigente e ainda o adotado pela doutrina majoritria, os estgios

    da receita pblica denominam-se:

    a) fixao; empenho; liquidao; pagamento.

    b) oramento; arrecadao; recolhimento; registro.

    c) oramento; lanamento; pagamento; recolhimento.

    d) previso; registro; liquidao; pagamento.

    e) previso; lanamento; arrecadao; recolhimento.

    Comentrios:

    O gabarito da questo a alternativa (e).

    A questo queria verificar os aspectos que classificam os estgios das

    Receitas Pblicas no Brasil, segundo a doutrina.

    Dessa forma, como visto anteriormente, De acordo com a doutrina.....

    os estgios so os que compem nosso mnemnico PLAR

    PLANEJAMENTO LANAMENTO ARRECADAO - RECOLHIMENTO.

    RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL

    Receita Tributria

    Receita de Contribuies

    Receita Patrimonial

    Receita Agropecuria

    Receita Industrial

    Receita de Servios

    Transferncias Correntes

    Outras Receitas Correntes

    Operaes de Crdito

    Alienao de Bens

    Amortizao de Emprstimos

    Transferncias de Capital

    Outras Receitas de Capital

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    25

    6 (CESGRANRIO/AGENTE ADMINISTRATIVO TCE-RO/2007) As

    receitas correntes do setor pblico so recursos financeiros oriundos das

    atividades operacionais do setor pblico. Fazem parte do conjunto de receitas

    correntes as receitas:

    a) tributrias, de juros e alocativas.

    b) tributrias, de contribuies e patrimoniais.

    c) de juros, industriais e de operaes de crdito.

    d) de alienao de bens, patrimoniais e transferncias de capital.

    e) de contribuies, amortizao de emprstimos e industriais.

    Comentrios:

    O gabarito da questo a alternativa (b).

    Vimos nessa aula que, quanto Classificao em Categorias Econmicas,

    o 4 do art. 11 da Lei n 4.320/64, estabelece que as RECEITAS

    CORRENTES compreendem (destaque para as que constam na questo):

    RECEITA TRIBUTRIA

    Impostos

    Taxas

    Contribuies de Melhoria

    RECEITA DE CONTRIBUIOES

    RECEITA PATRIMONIAL

    RECEITA AGROPECURIA

    RECEITA INDUSTRIAL

    RECEITA DE SERVIOS

    TRANSFERNCIAS CORRENTES

    OUTRAS RECEITAS CORRENTES

    Relembrem nosso mnemnico:

    RECEITAS CORRENTES

    Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu:

    TCPAISTransOu

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    26

    Dessa forma, as seguintes receitas que constam na questo so

    RECEITAS DE CAPITAL:

    OPERAES DE CRDITO

    ALIENAO DE BENS

    AMORTIZAO DE EMPRSTIMOS

    TRANSFERNCIAS DE CAPITAL

    OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

    RECEITAS DE CAPITAL

    Outro bizu para ajudar a guardar:

    AOAmorTransOu

    Por fim, as Receitas Alocativas correspondem a uma inveno da Banca.

    7 (CESGRANRIO/AGENTE ADMINISTRATIVO TCE-RO/2007) Os

    estgios da receita pblica so:

    a) deliberao, estruturao, recebimento e utilizao.

    b) previso, lanamento, arrecadao e recolhimento.

    c) fixao, empenho, arrecadao e recebimento.

    d) fixao, aprovao, recolhimento e liquidao.

    e) proviso, alocao, recolhimento e distribuio.

    Comentrios:

    O gabarito da questo a alternativa (b).

    Observem como as questes se repetem....

    Dessa forma, os estgios so os que compem nosso mnemnico

    PLAR PLANEJAMENTO LANAMENTO ARRECADAO -

    RECOLHIMENTO.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    27

    A respeito da administrao financeira e oramentria, julgue o item

    que se segue.

    8 (CESPE/POLCIA FEDERAL/2009) O estgio de execuo da receita

    classificado como arrecadao ocorre com a transferncia dos valores

    devidos pelos contribuintes ou devedores conta especfica do

    Tesouro.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: ERRADA.

    A assertiva no se coaduna com o conceito do estgio da arrecadao,

    pois quando ocorre a transferncia dos valores devidos pelos contribuintes ou

    devedores conta especfica do Tesouro estamos diante do estgio do

    RECOLHIMENTO.

    Observe que a Banca no colocou o estgio do Recolhimento na questo

    e nem precisvamos saber se ela pedia o enfoque da Lei, do MTO ou da

    doutrina, ok?

    Com base na doutrina e nas legislaes oramentria e financeira

    pblicas, julgue os itens.

    9 (CESPE/ANALISTA JUDICIRIOSTF/2008) Receitas imobilirias e de

    valores mobilirios constituem receita patrimonial, que se classifica como

    receita corrente, para qualquer esfera da administrao.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: CERTA

    Segundo o Manual da Receita Nacional da STN, Receitas Patrimoniais

    so as referentes ao ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos

    do ativo permanente, de aplicaes de disponibilidades em operaes de

    mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes.

    Desta forma, receitas imobilirias e as de valores mobilirios so

    classificadas como Receitas Oramentrias em sua categoria econmica

    Receitas Correntes.

    Lembrem-se do nosso mnemnico: TCPAISTransOu.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    28

    10 - (FCC/ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO/MPE-SE/2009) Quanto

    natureza, a receita Pblica classificada como

    a) corrente e de capital.

    b) oramentria e extra-oramentria.

    c) ordinria e extraordinria.

    d) originria e patrimonial.

    e) financeira e patrimonial.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (b).

    Vamos montar um quadro com a correspondncia das classificaes.

    OPO CLASSIFICAO

    A ECONMICA

    B QUANTO NATUREZA

    C QUANTO REGULARIDADE OU DURAO

    D ORIGINRIA: QUANTO COERCITIVIDADE

    PATRIMONIAL: ECONMICA (RECEITA CORRENTE)

    E FINANCEIRA: ECONMICA ( A RECEITA DE JUROS QUE

    UMA RECEITA CORRENTE)

    PATRIMONIAL: ECONMICA (RECEITA CORRENTE)

    11 - (FCC/ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO/MPE-SE/2009) Quanto

    regularidade, a receita pblica arrecadada permanentemente pelo tesouro do

    estado classifica-se como

    a) derivada.

    b) oramentria.

    c) ordinria.

    d) corrente.

    e) originria.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    29

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (c).

    Quanto REGULARIDADE OU DURAO, as RECEITAS PBLICAS se

    classificam em:

    a) Ordinria

    b) Extraordinria

    12 - (FCC/ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO/MPE-SE/2009) A

    receita pblica obtida pelo Estado, resultante do seu poder de tributar o

    patrimnio da coletividade, segundo a classificao doutrinria, denomina-se:

    a) derivada.

    b) ordinria.

    c) originria.

    d) patrimonial.

    e) industrial.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (a).

    Em relao ao coercitividade ou classificao Alem ou

    classificao quanto origem, as receitas pblicas se classificam em:

    a) Receitas Derivadas ou Receitas de Economia Pblica ou Receitas de

    Direito Pblico

    so as que derivam do poder impositivo da soberania do Estado

    sobre o patrimnio alheio, ou seja, unilateral e obriga o particular a

    contribuir e pagar determinado valor.

    b) Receitas Originrias ou Receitas de Economia Privada ou Receitas

    de Direito Privado

    so as que se originam de atos negociais, onde o Estado no exerce o

    seu Poder de Imprio, pois Estado e particular se encontram em um

    mesmo patamar.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    30

    13 - (FCC/ANALISTA DO MINISTRIO PBLICO/MPE-SE/2009) O

    procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrncia do fato gerador

    da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o

    montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso,

    propor a aplicao da penalidade cabvel, corresponde ao estgio da receita

    pblica denominado

    a) recolhimento.

    b) arrecadao.

    c) previso.

    d) lanamento.

    e) fixao.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (d).

    Observe que esta banca j colocou o Lanamento como sendo um

    procedimento administrativo, sendo que, no comando da questo, considerou-

    o como sendo estgio, ou seja, adotou a linha de pensamento doutrinrio

    sobre o tema. Relembrando....

    ESTGIOS DA RECEITA PBLICA

    P reviso o planejado pela Fazenda Pblica;

    L anamento ato da repartio competente, que verifica a

    procedncia do crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora e

    inscreve o dbito desta (art. 56 da Lei n 4.320/64);

    A rrecadao ato em que os contribuintes comparecem junto aos

    agentes arrecadadores e liquidam seus compromissos perante ao

    Tesouro (arts. 35 e 55 da Lei n 4.320/64);

    R ecolhimento - ato em que os agentes arrecadadores transferem o

    produto da arrecadao Conta nica do Tesouro, tornando-o

    disponvel para o Tesouro.

    A etapa da FIXAO se refere a um dos ESTGIOS DA DESPESA

    PBLICA, que veremos mais adiante.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    31

    14 - (FCC/ANALISTA JUDICIRIO/TRF 5 REGIO/2008) A Receita

    pblica classifica-se em dois grupos denominados receitas:

    a) correntes e de capital.

    b) oramentria e extra-oramentria.

    c) patrimonial e extra-oramentria.

    d) patrimonial e tributria.

    e) oramentria e de capital.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (b).

    No item (a), as Receitas Correntes e de Capital correspondem

    classificao econmica das receitas oramentrias.

    No item (b), em termos doutrinrios, a Banca adotou o pensamento

    minoritrio de Joo Anglico que classifica a RECEITA PBLICA em 2 grupos:

    RECEITA ORAMENTRIA

    RECEITA EXTRAORAMENTRIA

    Nos demais itens, vamos classificar sinteticamente cada uma das

    receitas.

    PATRIMONIAL: Receita Corrente, ou seja, classificao

    econmica das receitas oramentrias

    TRIBUTRIA: Receita Corrente, ou seja, classificao

    econmica das receitas oramentrias

    DE CAPITAL: Classificao econmica das receitas

    oramentrias

    15 - (FCC/TCNICO DE ORAMENTO/MPU/2007) Os estgios da receita

    pblica so, em ordem cronolgica,

    a) lanamento, previso, recolhimento e arrecadao.

    b) lanamento, previso, arrecadao e recolhimento.

    c) previso, lanamento, recolhimento e arrecadao.

    d) previso, lanamento, arrecadao e recolhimento.

    e) arrecadao, lanamento, previso e recolhimento.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    32

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (d).

    Os estgios da receita so o PLAR (de acordo com a doutrina) ou LAR

    (de acordo com os arts. 53, 55 e 56 da Lei n 4.320/64) ou PAR (de cordo

    com o MTO).

    Observe que se a Banca colocou 4 estgios, significa dizer que ela quis o

    enfoque da doutrina, ok?

    Assim, temos, na sequncia cronolgica, Previso => Lanamento =>

    Arrecadao => Recolhimento

    16 - (FCC/TCNICO JUDICIRIO/TRF 1 REGIO/2006) A receita

    pblica percorre fases claramente identificadas de procedimentos

    administrativos e contbeis. Pode-se afirmar que a proposio est

    a) parcialmente correta, visto que, embora existam etapas, no so

    claramente identificadas.

    b) correta, sendo que as fases so: lanamento, arrecadao e recolhimento.

    c) correta, pois a receita percorre a etapa de liquidao, contribuio e

    recolhimento.

    d) incorreta, dado o fato que o regime de caixa o que determina a

    contabilizao da receita.

    e) parcialmente incorreta, pois as fases distinguem-se contabilmente e no

    administrativamente.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (b).

    Os ESTGIOS DA RECEITA PBLICA correspondem a atos

    administrativos com reflexos contbeis.

    Observe que a Banca nesta questo adotou os estgios previstos na Lei

    n 4.320/1964.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    33

    17 - (FCC/ANALISTA JUDICIRIO/TRE RN/2005) A receita pblica

    classificada em dois grupos:

    a) patrimonial e servios.

    b) patrimonial e tributria.

    c) servios e tributria.

    d) oramentria e tributria.

    e) oramentria e extra-oramentria.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (e).

    Observe mais uma vez que a FCC adotou o pensamento minoritrio de

    Joo Anglico que classifica a RECEITA PBLICA em 2 grupos:

    RECEITA ORAMENTRIA

    RECEITA EXTRAORAMENTRIA

    18 - (FCC/ASSESSOR JURDICO/TCE PI/2002) A respeito de receita

    pblica correto afirmar que as receitas

    a) correntes so as provenientes de realizao de recursos financeiros oriundos

    de constituio de dvidas.

    b) derivadas so as provenientes de receitas tributrias, patrimonial,

    agropecuria, industrial e de servios.

    c) derivadas advm da explorao, pelo Estado, da atividade econmica.

    d) originrias caracterizam-se pelo constrangimento legal para sua

    arrecadao, como exemplo, os tributos.

    e) podem ser compreendidas como todo o ingresso de recursos financeiros ao

    tesouro nacional, com ou sem contrapartida no passivo e independentemente

    de aumento de capital.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (e).

    Observe a troca de conceitos em cada alternativa.

    Antes, cabe o registro de que no item (e) temos associado o conceito de

    RECEITAS ORAMENTRIAS E EXTRAORAMENTRIAS.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    34

    CORREO DOS ITENS

    ITEM CORREO

    A DE CAPITAL so as provenientes de realizao de recursos

    financeiros oriundos de constituio de dvidas.

    B CORRENTES so as provenientes de receitas tributrias,

    patrimonial, agropecuria, industrial e de servios.

    C ORIGINRIAS advm da explorao, pelo Estado, da atividade

    econmica.

    D DERIVADAS caracterizam-se pelo constrangimento legal para

    sua arrecadao, como exemplo, os tributos.

    19 - (FCC/SUBPROCURADOR/TCE SE/2002) No que concerne

    classificao da receita pblica, correto afirmar que na Lei n 4.320/64

    a) a receita tributria instituda pelas entidades estatais e autrquicas,

    compreendendo os impostos, as taxas e as tarifas.

    b) so receitas correntes as receitas tributrias, patrimonial, industrial e

    diversas.

    c) so receitas correntes as provenientes de recursos financeiros oriundos de

    constituio de dvida.

    d) so receitas de capital as receitas tributrias, de contribuies, patrimonial,

    agropecuria, industrial, de servios e outras.

    e) so receitas correntes as provenientes da converso, em espcie, de bens e

    direitos.

    Comentrios:

    O gabarito a alternativa (b).

    Vamos corrigir os itens:

    Item (a) Receita Tributria aquela instituda pela Unio, pelos

    Estados, Distrito Federal e Municpios, compreendendo os impostos, as

    taxas e contribuies de melhoria, nos termos da Constituio e das leis

    vigentes em matria financeira.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    35

    Item (b) As Receitas Correntes correspondem ao nosso mnemnico

    TCPAISTransOu, onde DIVERSAS, no contexto da questo, corresponde a

    OUTRAS RECEITAS CORRENTES.

    Item (c) As RECEITAS DE CAPITAL so as provenientes de realizao

    de recursos financeiros oriundos de constituio de dvidas

    Item (d) So RECEITAS CORRENTES as receitas tributrias, de

    contribuies, patrimonial, agropecuria, industrial, de servios e outras.

    Item (e) - So RECEITAS DE CAPITAL as provenientes da converso,

    em espcie, de bens e direitos.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    36

    CAPTULO 2

    2 Conceito, estgios e classificao econmica da Despesa pblica

    2.1 - DESPESAS PBLICAS - CONCEITOS

    Agora, passaremos a abordar o conceito e as classificaes de

    DEPSESAS PBLICAS, segundo a doutrina.

    Segundo o Manual de Despesa Nacional (1 Edio) da STN:

    2.1.1 - CONCEITO ENFOQUE PATRIMONIAL

    Despesas so decrscimos nos benefcios econmicos durante o

    perodo contbil sob a forma de sada de recursos ou reduo de ativos ou

    incremento em passivos, que resultem em decrscimo do patrimnio lquido e

    que no sejam provenientes de distribuio aos proprietrios da entidade.

    (Definio baseada na Resoluo do CFC 1.121/2008).

    Relembra-se que, de acordo com os princpios da Contabilidade,

    registra-se a despesa quando ocorrer do seu fato gerador, ocorrendo ou no o

    seu pagamento.

    Desta forma, segundo o Manual a despesa pblica sob o enfoque

    patrimonial pode ser assim classificada:

    a) Quanto entidade que apropria a despesa:

    - Despesa Pblica aquela efetuada por entidade pblica.

    - Despesa Privada aquela efetuada pela entidade privada.

    b) Quanto dependncia da execuo oramentria:

    - Despesa resultante da execuo oramentria aquela que

    depende de autorizao oramentria para acontecer. Exemplo: despesa com

    salrio, despesa com servio, etc.

    - Despesa independente da execuo oramentria aquela que

    independe de autorizao oramentria para acontecer. Exemplo: constituio

    de proviso, despesa com depreciao, etc.

    2.1.2 - CONCEITO ENFOQUE ORAMENTRIO

    Importante destacar que oramento representa o fluxo de

    ingressos e aplicao de recursos em determinado perodo, o que o torna um

    instrumento fundamental de planejamento para qualquer entidade, pblica ou

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    37

    privada.

    Assim, Despesa ou Dispndio oramentrio pode ou no diminuir a

    situao lquida patrimonial, em razo do fluxo que deriva da utilizao de

    crdito consignado no oramento da entidade.

    De acordo com o Manual, a despesa oramentria pode ser assim

    classificada:

    a) Quanto s entidades destinatrias do oramento:

    - Despesa Oramentria Pblica aquela executada por

    entidade pblica e que depende de autorizao legislativa para sua

    realizao, por meio da Lei Oramentria Anual ou de Crditos

    Adicionais, pertencendo ao exerccio financeiro da emisso do

    respectivo empenho.

    - Despesa Oramentria Privada aquela executada por entidade

    privada e que depende de autorizao oramentria aprovada por ato de

    conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecuo.

    b) Quanto ao impacto na situao lquida patrimonial:

    - Despesa Oramentria Efetiva aquela que, no momento da sua

    realizao, reduz a situao lquida patrimonial da entidade. Constitui fato

    contbil modificativo diminutivo.

    - Despesa Oramentria No-Efetiva aquela que, no momento da

    sua realizao, no reduz a situao lquida patrimonial da entidade e constitui

    fato contbil permutativo. Neste caso, alm da despesa oramentria, registra-

    se concomitantemente conta de variao ativa para anular o efeito dessa

    despesa sobre o patrimnio lquido da entidade.

    2.1.3 - OUTROS CONCEITOS DE DESPESA PBLICA

    Conforme J. Teixeira Machado Jnior:

    EM SENTIDO LATO: obrigaes a se assumirem quando se

    adquirirem bens e servios por empenhos, a fim de se aplicarem nas

    atividades que sero desenvolvidas ou executadas nas diversas reas de

    atuao governamental.

    EM SENTIDO ESTRITO: consumo efetivo dos bens e servios que

    se destinam s atividades executadas ou desenvolvidas nas diversas reas de

    atuao do governo, ou seja, trata-se de despesa real ou custo efetivamente

    incorrido.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    38

    Em um vis mais voltado para Finanas Pblicas, Alberto Deodato

    define assim:

    o gasto da riqueza pblica autorizado pelo poder competente,

    com o fim de socorrer a uma necessidade pblica.

    2.2 - ESTGIOS DA DESPESA PBLICA

    Como havamos comentado sobre os estgios da receita pblica em

    nossa AULA DEMONSTRATIVA, cabe aqui tambm descrevermos as fases ou

    estgios da despesa pblica que so o FELP (de acordo com a doutrina) ou

    ELP (de acordo com os arts. 58, 63 e 62 da Lei n 4.320/64).

    Nada melhor do que resumirmos em um quadro.

    ESTGIOS DA DESPESA PBLICA

    Fixao a estimativa que o Poder Pblico faz de quanto ser

    destinado para um fim especfico, em cada quantia consignada em

    oramento ou em crdito adicional para fazer frente a determinada despesa;

    Empenho o ato emanado de autoridade competente que cria

    para o Estado obrigao de pagamento pendente ou no de implemento de

    condio (art. 58 da Lei n 4.320/64);

    Liquidao consiste na verificao do direito adquirido pelo

    credor tendo por base os ttulos e documentos comprobatrios do respectivo

    crdito (arts. 63 da Lei n 4.320/64);

    Pagamento efetuado quando ordenado aps sua regular

    liquidao (arts. 62 da Lei n 4.320/64).

    Antes de comentar mais algumas questes de prova, queria alertar

    que os tpicos dessa aula so cobrados de forma repetida nos ltimos

    concursos.

    A ideia fazermos as questes resolvidas, eventualmente de

    outras Bancas, pois assim iremos economizar tempo de estudo e verificarmos

    que as Bancas tm trazido os mesmas abordagens.

    Isso mesmo, como me ensinaram os grandes mestres que tive, a

    melhor coisa fazermos questes resolvidas !

    De qualquer forma, ao final das aulas, iremos deixar as questes

    limpas para os que ainda no se adaptaram poderem testar essa

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    39

    metodologia. Claro, no final, teremos o gabarito, sem os comentrios.

    Dito isso, vamos em frente.

    CAIU NA PROVA !

    20 (FCC/MPE-SE/2009) De acordo com a doutrina majoritria, so

    estgios da despesa oramentria:

    a) previso, lanamento, empenho e pagamento.

    b) fixao, reserva, empenho e liquidao.

    c) previso, empenho, fixao e pagamento.

    d) fixao, liquidao, pagamento e cancelamento.

    e) fixao, empenho, liquidao e pagamento.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (e).

    As fases ou estgios da despesa pblica que so o FELP (de acordo

    com a doutrina) ou ELP (de acordo com os arts. 58, 63 e 62 da Lei n

    4.320/64).

    21 - (FCC/TCNICO DE CONTROLE INTERNO I - TCE-MG/2007) A

    despesa pblica processada na seguinte ordem:

    a) ordem de pagamento, empenho, pagamento e liquidao.

    b) empenho, liquidao, ordem de pagamento e pagamento.

    c) liquidao, empenho, pagamento e ordem de pagamento.

    d) ordem de pagamento, liquidao, pagamento e empenho.

    e) pagamento, liquidao, empenho e ordem de pagamento.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (b).

    o que preveem, respectivamente, os arts. 58, 63, 64 e 62 da Lei n

    4.320/64. No falamos antes, mas a ordem de pagamento o despacho

    exarado por autoridade competente, o qual determina que a despesa seja

    paga.

    Mnemnico: ELP ou FELP a depender do comando da questo ou

    das alternativas disponveis.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    40

    22 - (FCC/TCNICO DE CONTROLE INTERNO MPU/2007) Os estgios

    da despesa pblica so, em ordem cronolgica,

    a) fixao, liquidao, empenho e pagamento.

    b) previso, lanamento, empenho e pagamento.

    c) previso, empenho, fixao e liquidao.

    d) fixao, empenho, liquidao e pagamento.

    e) arrecadao, lanamento, previso e recolhimento.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (d).

    Observemos que o enfoque foi outro para o tema. Como h a previso

    em uma das alternativas, a banca explorou nosso mnemnico FELP

    (enfoque doutrinrio).

    2.3 - CLASSIFICAES DA DESPESA PBLICA

    A doutrina classifica a Despesa Pblica da seguinte forma: quanto

    natureza, quanto afetao patrimonial e quanto regularidade.

    2.3.1 - Quanto natureza:

    a que se relaciona autorizao ou no por parte do Poder

    Legislativo, a fim de se financiarem os dispndios pblicos.

    a) Despesas Extraoramentrias: em adaptao ao pargrafo

    nico do art. 3 da Lei n 4.320/64, seriam as sadas compensatrias no ativo

    e no passivo financeiros, decorrentes de receitas extraoramentrias.

    Tambm podemos definir como dispndios que NO DEPENDEM

    de autorizao legislativa, ou seja, cuja execuo corre fora da lei do

    oramento.

    Outro enfoque seria que, geralmente, so valores devolvidos pelo

    Estado em razo de estarem temporariamente em poder estatal. Assim,

    quando o Estado desembolsa ou devolve os valores que se classificaram

    como receitas extraoramentria, estaremos diante de uma DESPESA

    EXTRAORAMENTRIA.

    Ex. de Despesas Extraoramentrias: devoluo de caues,

    saques de depsitos judiciais, resgates de operaes de ingresso provenientes

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    41

    de antecipao de Receita Oramentria (ARO).

    b) Despesas Oramentrias: so as que no podem se efetivar

    sem crdito oramentrio correspondente e que DEPENDEM de autorizao do

    Poder Legislativo para sua realizao.

    Diz-se que no oramento pblico a Despesa fixada por estar

    determinada neste instrumento de planejamento.

    Outra definio transversa de Despesa Oramentria a que diz

    no ser uma Despesa Extraoramentria, em razo da definio desta.

    Ex. de Despesas Oramentrias: despesa de custeio, juros e

    encargos da dvida (essas na categoria econmica Despesa Corrente),

    assim como as Despesas de Investimento e as Despesas de Inverses

    Financeiras (classificadas na categoria econmica Despesa de Capital).

    IMPORTANTE!

    Somente as Despesas Oramentrias e Intra-oramentrias so

    classificadas quanto s Categorias Econmicas, ou seja, Despesa

    Oramentria/Intra-oramentria Corrente e Despesa

    Oramentria/Intra-oramentria de Capital.

    Vamos a um quadro que resume as Despesas Correntes e as

    Despesas de Capital.

    DESPESAS

    CORRENTES

    PeJOu

    Pessoal e Encargos Sociais

    Juros e Encargos da Dvida

    Outras Despesas Correntes

    DESPESAS DE

    CAPITAL

    IIA

    Investimentos

    Inverses Financeiras

    Amortizao da Dvida

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    42

    MNEMNICO

    A Despesa do PeJOu, ele IIA

    Colocaremos as definies, segundo a Lei n 4.320/64 e a Portaria

    Interministerial n 163/2001, de cada uma dessas despesas.

    DESPESAS CORRENTES

    PESSOAL E

    ENCARGOS SOCIAIS

    (PORTARIA)

    Despesas de natureza remuneratria decorrentes:

    do efetivo exerccio de cargo, emprego ou

    funo de confiana no setor pblico

    do pagamento dos proventos de aposentadorias,

    reformas e penses

    das obrigaes trabalhistas de responsabilidade

    do empregador, incidentes sobre a folha de

    salrios, contribuio a entidades fechadas de

    previdncia, outros benefcios assistenciais

    classificveis neste grupo de despesa

    de soldo, gratificaes, adicionais e outros

    direitos remuneratrios, pertinentes a este

    grupo de despesa, previstos na estrutura

    remuneratria dos militares

    do ressarcimento de pessoal requisitado

    das despesas com a contratao temporria

    para atender a necessidade de excepcional

    interesse pblico

    das despesas com contratos de terceirizao de

    mo-de-obra que se refiram substituio de

    servidores e empregados pblicos, em

    atendimento ao disposto no art. 18, 1 , LRF

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    43

    JUROS E ENCARGOS DA

    DVIDA (PORTARIA)

    Despesas com o pagamento:

    de juros, comisses e outros encargos de

    operaes de crdito internas e externas

    contratadas

    da dvida pblica mobiliria

    OUTRAS DESPESAS

    CORRENTES (PORTARIA)

    Despesas com:

    aquisio de material de consumo

    pagamento de:

    dirias

    contribuies

    subvenes

    auxlio-alimentao

    auxlio-transporte

    outras despesas da categoria econmica

    "Despesas Correntes" no classificveis nos

    demais grupos de natureza de despesa

    DESPESAS DE

    CUSTEIO (LEI N 4.320)

    Dotaes para:

    manuteno de servios anteriormente

    criados

    atender a obras de conservao e adaptao

    de bens imveis

    TRANSFERNCIAS CORRENTES

    (LEI N 4.320)

    Dotaes para:

    despesas as quais no corresponda

    contraprestao direta em bens ou servios

    contribuies e subvenes destinadas a

    atender manifestao de outras entidades

    de direito pblico ou privado

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    44

    Em relao s Despesas de Capital, temos o seguinte quadro:

    DESPESAS DE CAPITAL

    INVESTIMENTOS (PORTARIA E LEI

    N 4.320/64)

    Despesas com:

    o planejamento e a execuo de obras

    e tambm com a aquisio de imveis

    considerados necessrios realizao das

    obras

    aquisio de instalaes, equipamentos e

    material permanente

    programas especiais de trabalho - PET

    constituio ou aumento do capital de

    emprsas que no sejam de carter

    comercial ou financeiro

    INVERSES FINANCEIRAS

    (PORTARIA E LEI N 4.320/64)

    Despesas com:

    aquisio de imveis ou bens de capital j

    em utilizao

    aquisio de ttulos representativos do

    capital de empresas ou entidades de

    qualquer espcie, j constitudas, quando a

    operao no importe aumento do capital

    constituio ou aumento do capital de

    empresas que visem a objetivos comerciais

    ou financeiros, inclusive operaes

    bancrias ou de seguros

    AMORTIZAO DA

    DVIDA (PORTARIA)

    Despesas com:

    pagamento e/ou refinanciamento do

    principal e da atualizao monetria ou

    cambial da dvida pblica interna e externa,

    contratual ou mobiliria

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    45

    TRANSFERNCIAS

    DE CAPITAL (LEI N 4.320/64)

    Dotaes para:

    investimentos ou inverses financeiras que

    outras pessoas de direito pblico ou

    privado devam realizar,

    independentemente de contraprestao

    direta em bens ou servios, constituindo

    essas transferncias auxlios ou

    contribuies, segundo derivem

    diretamente da Lei de Oramento ou de lei

    especialmente anterior

    amortizao da dvida pblica

    CAIU NA PROVA !

    23 (ESAF / ANALISTA ADMINISTRATIVO - ANA / 2009) Considerada a

    categorizao da despesa pblica, classificam-se como investimentos as

    despesas com o:

    a) planejamento e a execuo de obras.

    b) aquisio de imveis ou bens de capital j em utilizao.

    c) aquisio de ttulos representativos do capital de empresas ou entidades de

    qualquer espcie, j constitudas, quando a operao no importe aumento do

    capital.

    d) constituio ou aumento do capital de empresas.

    e) pagamento de contribuies e subvenes.

    Comentrios:

    Gabarito da questo: alternativa (a).

    Observem que a Banca procurou verificar os conceitos previstos na Lei

    n 4.320/64 mesclados com os da Portaria Interministerial n 163/2001.

    Alm disso, temos no art. 12, 4, da Lei n 4.320/64, a seguinte

    definio sobre INVESTIMENTOS.

    Classificam-se como investimentos as dotaes para o planejamento

    e a execuo de obras, inclusive as destinadas aquisio de imveis

    considerados necessrios realizao destas ltimas, bem como para os

    programas especiais de trabalho, aquisio de instalaes, equipamentos e

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    46

    material permanente e constituio ou aumento do capital de emprsas que

    no sejam de carter comercial ou financeiro.

    Vamos comentar cada uma das alternativas.

    Itens (b), (c) e (d) so hipteses de INVERSO FINANCEIRA, previstas

    no art. 12, 5, I, da Lei n 4.320/64, transcrito a seguir:

    Classificam-se como Inverses Financeiras as dotaes destinadas a:

    I - aquisio de imveis, ou de bens de capital j em utilizao;

    II - aquisio de ttulos representativos do capital de emprsas ou

    entidades de qualquer espcie, j constitudas, quando a operao no

    importe aumento do capital;

    III - constituio ou aumento do capital de entidades ou emprsas

    que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operaes

    bancrias ou de seguros.

    Observem que nosso quadro resumo j nos facilitou bastante.

    Item (e) os pagamentos da alternativa se referem a Transferncias

    Correntes, segundo o art. 12, 2, da Lei n 4.320/64, transcrito a seguir:

    Classificam-se como Transferncias Correntes as dotaes para

    despesas as quais no corresponda contraprestao direta em bens ou

    servios, inclusive para contribuies e subvenes destinadas a atender

    manifestao de outras entidades de direito pblico ou privado.

    No entanto, a definio da Portaria 163 a que facilita a resoluo da

    questo.

    Outras Despesas Correntes so despesas com aquisio de material de

    consumo, pagamento de dirias, contribuies, subvenes,

    auxlioalimentao, auxlio-transporte, alm de outras despesas da categoria

    econmica "Despesas Correntes" no classificveis nos demais grupos de

    natureza de despesa.

    ERICK, voc pode falar sobre o que so Despesas Intra-

    oramentrias?

    Ento... Da mesma forma que as receitas intra-oramentrias, esse

    conceito de despesas intra-oramentrias decorreu da Portaria Interministerial

    STN/SOF n 338, de 26 de abril de 2006.

    Ocorrem despesas intra-oramentrias quando rgos, fundos,

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    47

    autarquias, fundaes, empresas estatais dependentes e outras entidades

    integrantes do oramento fiscal e da seguridade social efetuam aquisies de

    materiais, bens e servios, realizam pagamento de impostos, taxas e

    contribuies, alm de outras operaes.

    Para ser intra-oramentria, o recebedor dos recursos do outro

    lado tem que ser tambm rgo, fundo, autarquia, fundao, empresa estatal

    dependente ou outra entidade constante do oramento fiscal e da seguridade

    social, no mbito da mesma esfera de governo.

    Basta lembrarmo-nos do exemplo que comentamos antes para

    vocs:

    Para o Ministrio da Defesa publicar determinado edital de licitao

    no Dirio Oficial da Unio, ele realizar uma despesa intra-oramentria

    simultaneamente a uma receita intra-oramentria junto Imprensa Nacional.

    Quando esta recebe pelo servio prestado ao Ministrio, estamos

    diante de uma receita intra-oramentria para a Imprensa Nacional. De outro

    lado, a contrapartida uma despesa intra-oramentria por parte do Ministrio

    da Defesa.

    Assim, guardemos que ao ocorrer uma despesa intra-oramentria,

    obrigatoriamente ocorrer uma receita intra-oramentria em rgo integrante

    do Oramento Fiscal e Seguridade Social.

    Os registros dessas receitas e despesas intra-oramentrias no

    ocorrero no mesmo momento, em razo de se reconhecer a despesa no

    momento da apropriao e a receita na hora da arrecadao.

    Seguindo adiante.....

    2.3.2 - Quanto afetao patrimonial:

    Na mesma linha da receita pblica, nesta classificao que se

    observa se houve ou no alterao na situao lquida patrimonial do Estado.

    a) Efetivas: so as Despesas Pblicas em que o Estado

    empobrece em razo de um dispndio no qual no h contrapartida de

    aumento do ativo ou de reduo do passivo, o que faz o patrimnio estatal

    reduzir sua situao lquida.

    Ex.: despesas de pessoal, juros da dvida pblica, etc.

  • AFO - CGU - COMUM A TODAS AS REAS TEORIA E EXERCCIOS CURSO GRATUITO

    PROFESSOR: ERICK MOURA

    Professor ERICK MOURA CURSO GRATUITO A DISTRIBUIO DESTE MATERIAL EST AUTORIZADA PELO AUTOR

    48

    OBSERVAO

    As despesas correntes, em regra, so despesas efetivas, j que

    reduzem o patrimnio lquido estatal.

    Exceo se faz para os dispndios efetuados na aquisio de

    materiais para a formao de estoques, pois este fato permutativo, ou seja,

    sai $, mas entra material no estoque (desculpem-me os contabilistas, mas

    s para facilitar o raciocnio).

    b) No-Efetivas ou por permutao patrimonial ou por

    mutao patrimonial: no mesmo raciocnio, so as despesas que no

    alteram a situao lquida de determinado patrimnio estatal, ou seja, so

    meras permutaes contbeis relacionadas a um dispndio pblico.

    Correspondem a sadas ou alteraes compensatrias nas partes

    que constituem o patrimnio lquido do ente estatal, ou seja, so fatos

    permutativos e em nada acrescentam na situao lquida patrimonial.

    Ex.: emprstimos concedidos, aquisio de bens, pagamento do

    principal da dvida pblica, aquisio de material de consumo, etc.

    OBSERVAO

    As despesas de capital, em regra, so despesas no-efetivas, pois

    no acarretam decrscimo no patrimnio lquido do Estado.

    Exceo: nas Transferncias de Capital para outras instituies (

    uma espcie do gnero Despesa de Capital). o que ocorre quando a Unio

    transfere, por Convnio, recursos para determinado Municpio construir um

    hospital municipal.

    Como o hospital passa a ser do Municpio, essa despesa de capital

    uma Despesa Efetiva, pois no gerou, para a Unio, uma contrapartida de

    natureza patrimonial, mas contribuiu para um decrscimo no patrimnio

    lquido federal.

    2.3.3 - Quanto regularidade ou durao:

    Refere-se constncia ou no de uma Despesa Pblica ao longo de um

    exerccio financeiro.

    a) Ordinria: a que se obtm constantemente em cada exerccio

  • AFO