Aula 15 - Organização do Mpe - Aula Extra.pdf

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    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (MPE/RJ)ORGANIZAO DO MPE/RJ - TEORIA E EXERCCIOS

    TODOS OS CARGOS (ANALISTA E TCNICO)

    AULA 3 - EXTRA

    PROF: RICARDO GOMES

    Ministrio Pblicodo Estado do Rio de Janeiro

    MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (MPE/RJ)

    Prezados Concurseiros e futuros servidores do MPE/RJ!

    Conforme prometido, disponibilizo Aula 3-EXTRA com o

    restante da parte Terica da Lei n 8.625/93 e EXERCCIOS de todo

    Diploma Legal.

    Repiso mais uma vez que o volume de assuntos deste Curso

    de Organizao do MPE/RJ muito elevado, por isso demandar um

    nmero maior de aulas do que o previsto no cronograma inicial.

    Na realidade, consoante j colocado, o cronograma elencado

    na Aula Demonstrativa apenas indicativo do contedo de cada Aula,

    sem prejuzo do estudo completo da matria ao longo do Curso. Por mt m W

    isso, informo mais uma vez a vocs que elaborei o cronograma inicial

    com apenas 7 Aulas para que o Curso no ficasse com um valor muito

    elevado. No entanto, quase certo que precisaremos de mais Aulas

    para abarcar com a profundidade e o detalhamento necessrios o

    estudo de toda a matria.

    Fiquem tranquilos, pois estamos elaborando um Curso

    especfico para o MPE/RJ, altura da preparao que o Concurso

    requerer.

    Bons estudos!

    Ricardo Gomes

    Po r s u a a p r o v ao no MPE / R J !

    Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1

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    TODOS OS CARGOS (ANALISTA E TCNICO)

    AULA 3 - EXTRA

    PROF: RICARDO GOMES

    Disponibilizarei para o Concurso do MPE/RJ os seguintes Cursos:

    QUADRO SINPTICO DA AULA:

    O r g a n i z ao do M i n i s tr i o Pb l i c o : L e i n8 6 2 5 / 9 3 .

    Dando continuidade a nosso estudo Terico da Aula 2, referente

    Lei n 8.625/93, iremos reiniciar a partir das Garantias e Prerrogativas dos

    Membros do MP.

    Antes, porm, vale fazer uma breve explicao a respeito um ponto

    constante na Legislao do Ministrio Pblico que tem literalmente tirado os

    cabelos dos Concurseiros: Qual o qurum da Assembleia Legislativa o

    necessrio para a destituio do PGJ? Maioria Absoluta, 1/3, 2/3??

    A Legislao de uma forma geral fez uma confuso tremenda com

    a destituio do PGJ! Vamos tentar simplificar.

    Para que seja destitudo o PGJ, ser preciso inicialmente um

    procedimento interno dentro do MPE, que ser deflagrado pelo COLGIO de

    Procuradores de Justia. Depois deste procedimento interno que ser

    encaminhado ao Poder Legislativo a proposta de destituio do cargo de PGJ.

    L na Assembleia Legislativa, a proposta ser apreciada e decidida, sendo

    exigida a deliberao da maioria absoluta do rgo.

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    ORGANIZAO DO MPE/RJ - NO PACOTE DE DIVERSAS MATRIAS

    ORGANIZAO DO MPE/RJ - TEORIA E EXERCCIOS - ISOLADO

    No percam esta oportunidade de praticarem e aperfeioarem ainda mais

    seus conhecimentos!

    Votao Assembleia Legislativa para destituio do PGJ.

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    PROF: RICARDO GOMES

    O procedimento interno no MPE/RJ tem 2 fases distintas noCOLGIO de Procuradores de Justia:

    Iniciativa - abertura do processo de destituio - esta

    abertura deve ser pelo voto da maioria absoluta dos

    Membros do COLGIO.

    Proposta ao Poder Legislativo - a deciso de proposio

    ao Poder Legislativo para destituio do PGJ deve ser

    realizada com voto de pelo menos 2/3 dos Membros do

    COLGIO.

    Chegando ao Poder Legislativo a proposta de destituio do PGJ,

    esta somente ser aprovada por deliberao da MAIORIA ABSOLUTA da

    Assembleia Legislativa. isso o que diz a Constituio Federal! Bem como,a Constituio Estadual do Rio de Janeiro!

    A Lei n 8.625/93 e a LC n 106/03 e tentam estabelecer um

    procedimento de mera autorizao de destituio por parte do Poder

    Legislativo, com qurum de apenas 1/3. Contudo, tal regra no aplicvel por

    fora da norma constitucional cogente, que prev um nmero de votos mais

    robusto (MAIORIA ABSOLUTA).

    Portanto, apesar da lei prev em sentido diverso, deve-se aplicar o

    que est na CF-88 e na C. Estadual do RJ.Gente, isso que deve ser cobrado na prova! Vejam a questo 8 j

    comentada, item III:

    QUESTO 8: MPE - RS - Secretrio de Diligncias [FCC] - 19/12/2010.

    Quanto ao Ministrio Pblico, considere:

    III. Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal podero

    ser destitudos por deliberao da maioria absoluta do Poder

    Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

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    o Maioria Absoluta do COLGIO - iniciativa do

    procedimento de destituio

    o 2/3 dos Membros do COLGIO - prope ao

    Poder Legislativo a autorizao

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    De todo modo, todos devem ficar atentos, pois, caso cobrem ocontedo do previsto na Lei n 8.625/93 ou na LC 106/03, deve-se responder

    conforme consta nas respectivas legislaes, apesar de tambm contrrios ao

    texto constitucional:

    Art. 9

    2 A destituio do Procurador-Geral de Justia, por iniciativa do

    Colgio de Procuradores, dever ser precedida de autorizao de um tero dos

    membros da Assembleia Legislativa

    Art. 12 - A destituio do Procurador-Geral de Justia, por iniciativa

    do Colgio de Procuradores, dever ser precedida de autorizao de 1/3 dos

    membros da Assembleia Legislativa.

    CF-88

    Art. 128

    4 - Os P r o c u r a d o r e s - G er a i s n o s Es t a d o s e n o D i s t r i t o

    F e d e r a l e T e r r i t r i o s podero ser d es t i t u d o s p o r d e l i b e r ao

    d a m a i o r i a a b s o lu t a d o P o d e r L e g i s l a t i v o , na forma da leicomplementar respectiva.

    CE/RJ

    Art. 99 - Compete privativamente A s sem b l e i a L e g i s l a t i v a :

    XVII - destituir, por deliberao da m a i o r ia a b s o lu t a , o

    P r o c u r a d o r - G e r a l d a J u s t i a antes do trmino de seu mandato,

    na forma da Lei Complementar respectiva;

    Lei n 8.625/93

    Art. 9

    2 A d es t i t u io d o P r o cu r a do r - Ge r a l d e Jus t ia , por

    iniciativa do Colgio de Procuradores, dever ser precedida de

    a u t o r i z ao d e um t e r o d o s m em b r o s d a A s s em b l e i a

    L e g i s l a t i v a .

    Art. 12. O Colgio de Procuradores de Justia composto por todos

    os Procuradores de Justia, competindo-lhe:

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    IV - p r o p o r a o P o d e r L e g i sl a t i v o a d e s t i t u io d o P r o c u r a d o r - Ge r a l d e Ju s t ia , pelo voto de dois teros de seus membros e por

    iniciativa da maioria absoluta de seus integrantes em caso de

    abuso de poder, conduta incompatvel ou grave omisso nos

    deveres do cargo, assegurada ampla defesa;

    LC 106/03

    Art. 12 - A de s t i t u io do P ro cu r a do r - Ge r a l d e Jus t ia , por

    iniciativa do Colgio de Procuradores, dever ser precedida de

    a u t o r i z ao d e 1 / 3 d o s m em b r o s d a A s s em b l e i a L e g i s la t i v a .

    Os Membros do Ministrio Pblico ostentam as mesmas Garantias

    constitucionais dos integrantes do Poder Judicirio (Magistrados), quais sejam:

    Vitaliciedade, Inamovibilidade e Irredutibilidade do Subsdio.

    Estas garantias institucionais visam conferir maior autonomia e

    independncia no exerccio de suas funes. Imagine um Promotor que

    estivesse atuando em determinado Processo Eleitoral contra o Prefeito de

    determinada cidade. Em virtude disso, tivesse seu salrio reduzido ou mesmo

    fosse removido para outro municpio. No d, no verdade? por isso que osMembros do MP necessitam, igualmente aos Juzes, destas garantias mnimas.

    GARANTIAS dos Membros do MP:

    1. VITALICIEDADE - aps o cumprimento de 2 ANOS de

    estgio probatrio, os Membros do MP somente podero

    perder o cargo por Sentena Judicial transitada em

    julgada (da qual no caiba mais recursos).

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    Das Garantias e Prerrogativas dos Membros do Ministrio Pblico.

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    A Vitaliciedade, portanto, adquirida aps 2 ANOS deefetivo exerccio na funo (perodo/estgio probatrio ou

    confirmatrio), aps a aprovao no respectivo concurso de

    provas e ttulos.

    2. INAMOVIBILIDADE - em regra, os Membros do MP NO

    podero ser transferidos compulsoriamente de seus cargos,

    de uma lotao para outra (na prtica, de um Municpio ou

    local de lotao para outro) ou mesmo promovidounilateralmente, ressalvada a hiptese excepcional de

    interesse pblico, com deciso da maioria absoluta de

    votos do rgo Colegiado do MP.

    Para que ocorra esta remoo excepcional, devem-se

    respeitar os seguintes requisitos:

    Assim, em regra, o Membro do MP no pode ser removido

    ou promovido de ofcio, sem seu consentimento.

    3. IRREDUTIBILIDADE DO SUBSDIO - o subsdio

    (remunerao total) dos Membros do MP irredutvel, isto ,

    no pode ser reduzida por lei ou ato do Chefe do MP. Esta

    irredutibilidade de subsdio apenas nominal (valor de face),

    segundo o STF, no garantindo eventuais perdas do poder

    aquisitivo decorrente da inflao (corroso inflacionria) e

    nem possveis aumentos de tributos que diminuam seu valor

    final.

    Observem que a Lei n 8.625/93 previu irredutibilidade de

    vencimentos e no subsdios, sendo atcnica na terminologia.

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    o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP;

    o comprovado interesse pblico e

    o deliberao da maioria absoluta do rgo

    Colegiado

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    Lei n 8.625/93

    Art. 38. Os membros do Ministrio Pblico sujeitam-se a r e g im e

    j u r d i c o e s p e c i a l e tm as seguintes g a r a n t i a s :

    I - v i t a l i c i e d a d e , aps dois anos de exerccio, no podendo perder

    o cargo seno por sentena judicial transitada em julgado;

    II - i n a m o v i b i l i d a d e , salvo por motivo de interesse pblico;

    III - i r r e d u t i b i l i d a d e d e v e n c i m e n t o s , observado, quanto

    remunerao, o disposto na Constituio Federal.

    Processo Judicial para perda do cargo de Membro do MP.

    Depois de adquirida a vitaliciedade, no ser possvel perda do

    cargo por simples processo administrativo disciplinar, mas somente por meio

    de deciso judicial transitada em julgado. A ao que d incio ao processo

    deve ser movida pelo PGJ por autorizao do COLGIO de Procuradores,consoante competncia definida na Lei n 8.625/93, j estudada em aula

    anterior.

    Ser competente para julgar o Tribunal de Justia do Estado.

    Assim, o PGJ mover a Ao Civil de perda do cargo de Membro do MP no

    TJ/RJ.

    A Lei n 8.625/93 determina as hipteses em que sero cabveis a

    perda do cargo de Membro do MP j vitalcio:

    prtica de CRIME incompatvel com o exerccio do cargo,aps deciso judicial transitada em julgado - no a prtica

    de qualquer crime que importar na perda do cargo do

    Membro j vitalcio, mas somente aqueles que forem

    incompatveis com o exerccio do cargo ( um termo muito

    aberto, pendente de maior regulamentao, contudo,

    imagina-se que, por exemplo, a simples prtica de um crime

    de tributrio no caracterizaria a hiptese em questo);

    exerccio da ADVOCACIA - o Membro do MP no pode

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    exercer a Advocacia, sob pena de perda do cargo. Exige-se oexerccio reiterado para que seja declarada a perda.

    abandono do cargo por prazo superior a 30 DIAS corridos -

    no so 30 DIAS teis, so 30 DIAS CORRIDOS!

    Lei n 8.625/93

    Art. 38. 1 O membro vitalcio do Ministrio Pblico somente

    perder o cargo por s e n t e na j u d i c ia l t r a n s i t a d a em j u l g a d o ,proferida em a o c iv i l p r p r ia , nos seguintes casos:

    I - prtica de crime incompatvel com o exerccio do cargo, aps

    deciso judicial transitada em julgado;

    II - exerccio da advocacia;

    III - abandono do cargo por prazo superior a trinta dias corridos.

    2 A ao civil para a decretao da perda do cargo ser

    proposta pelo P r o c u r a d o r - G e r a l d e J u s t i a perante o T r i b u n a ld e Jus t ia l o ca l , aps au t o r iz ao d o Colg io d e

    P r o c u r a d o r e s , na forma da Lei Orgnica.

    Garantia de Remoo e Disponibilidade.

    Se a Promotoria de Justia de determinada Comarca for extinta

    (rgo de Execuo do MP), o Promotor que l exercer suas funes, ter

    resguardado os seguintes direitos facultativos:

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    REMOVER-SE para outra Promotoria de Justia de idntica

    entrncia ou categoria;

    Obter Disponibilidade com vencimentos INTEGRAIS e

    contagem de tempo de servio como se em exerccio

    estivesse

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    Prerrogativas dos Membros do MP.

    Como j colocado, para que o Membro do MP exera com

    independncia e autonomia funcional as atribuies do cargo, a lei e a CF-88

    asseguraram diversas garantias e prerrogativas institucionais. A Lei n

    8.625/93 destaca algumas delas, a seguir descritas:

    1. ser ouvido, como testemunha ou ofendido, em qualquer

    processo ou inqurito, em dia, hora e local previamente

    ajustados com o Juiz ou a autoridade competente - para falar

    com o Promotor, s com horrio marcado! rsrs

    2. estar sujeito a intimao ou convocao para

    comparecimento, somente se expedida pela autoridade

    judiciria ou por rgo da Administrao Superior do

    Ministrio Pblico competente, ressalvadas as hipteses

    constitucionais - o Membro do MP somente se relaciona com

    Juiz (Autoridade Judiciria) ou rgo Superior do MP (ex:

    Conselho Superior, Colgio de Procuradores, PGJ, etc).

    3. ser PRESO somente por ordem judicial escrita, salvo em

    flagrante de crime inafianvel, caso em que a autoridade

    far, no prazo mximo de 24 HORAS, a comunicao e a

    apresentao do Membro do MP ao PGJ - o Membro do MP

    pode ser preso apenas com ordem judicial, salvo se for

    encontrado em flagrante delito (somente nesta hiptese no

    depende da ordem judicial). Mesmo assim, o Membro do MP

    deve ser apresentado ao PGJ, com a devida comunicaode sua priso no prazo urgente de at 24 HORAS;

    4. ser processado e julgado originariamente pelo Tribunal de

    Justia de seu Estado, nos crimes comuns e de

    responsabilidade, ressalvada exceo de ordem

    constitucional - essa o chamado Foro por prerrogativa

    de funo (Foro Privilegiado) do Membro do MP: o

    julgamento de cr imes comuns e de responsabil idade no ser

    realizado por Juiz de 1 Grau, mas pelo Tribunal

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    originariamente (desde o incio ser processado pelo Tribunaldiretamente).

    5. ser custodiado ou recolhido priso domiciliar ou sala

    especial de Estado Maior, por ordem e disposio do

    Tribunal competente, quando sujeito a priso antes do

    julgamento final - esta a chamada priso provisria, antes

    do trnsito em julgado de deciso penal condenatria;

    6. ter assegurado o direito de acesso, retificao e

    complementao dos dados e informaes relativos suapessoa, existentes nos rgos da instituio, na forma da Lei

    Orgnica - gente, esse nada mais do que o Direito de

    Petio, que toda e qualquer pessoa possui;

    7. receber o mesmo tratamento jurdico e protocolar dispensado

    aos Membros do Poder Judicirio junto aos quais oficiem

    - exemplo: Promotor de Justia deve ter o mesmo

    tratamento do Juiz de 1 Grau; Procurador de Justia deve

    ter o mesmo tratamento do Desembargador de Justia do TJ;8. no ser indiciado em inqurito policial - os Membros do MP

    no sero investigados por Inqurito Policial, mas por

    procedimento investigativo a cargo do PGJ. Se houver

    indcio da prtica de algum crime por parte de Membro do

    MP, ao invs de iniciar Inqurito na Polcia, a Autoridade

    Policial (Polcia Civil ou Militar) deve encaminhar os autos ao

    PGJ para dar continuidade s apuraes;

    9. ter vista dos autos aps distribuio s Turmas ou Cmarase intervir nas sesses de julgamento, para sustentao

    oral ou esclarecimento de matria de fato;

    10. receber intimao PESSOAL em qualquer processo e

    grau de jurisdio, atravs da entrega dos autos com

    vista - o Promotor ostenta esta importante prerrogativa de

    intimao dos atos praticados no processo, de forma

    PESSOAL, por meio de vista dos autos (entrega fsica do

    processo para anlise). Na prtica o Promotor acaba quase

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    sempre assinando folha no processo com informao queteve vista dos autos;

    11. gozar de inviolabilidade pelas opinies que externar

    ou pelo teor de suas manifestaes processuais ou

    procedimentos - esta uma garantia decorrente do

    Princpio da Independncia Funcional;

    12. ingressar e transitar livremente:

    a) nas salas de sesses de Tribunais, mesmo alm dos

    limites que separam a parte reservada aosMagistrados;

    b) nas salas e dependncias de audincias, secretarias,

    cartrios, tabelionatos, ofcios da justia, inclusive dos

    registros pblicos, delegacias de polcia e

    estabelecimento de internao coletiva (presdios);

    c) em qualquer recinto pblico ou privado, ressalvada a

    garantia constitucional de inviolabilidade de

    domiclio;

    13. examinar, em qualquer Juzo ou Tribunal (Poder

    Judicirio) e em qualquer repartio Policial (Delegacia de

    Policia), autos de processos findos ou em andamento,

    ainda que conclusos autoridade, podendo copiar peas e

    tomar apontamentos - mesmo que o processo esteja na

    carga do Juiz, concluso para deciso, o MP ter amplo acesso

    para exame, inclusive com a possibilidade de copiar peas;

    14. ter acesso ao indiciado PRESO, a qualquer momento,

    mesmo quando decretada a sua incomunicabilidade;

    15. usar as vestes talares (formais: capa preta) e as

    insgnias privativas do Ministrio Pblico;

    16. tomar assento DIREITA dos Juzes de 1a

    Instncia ou do Presidente do Tribunal, Cmara ou

    Turma.

    17. ter carteira funcional e porte de arma

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    (independente de qualquer ato de autorizao ou licena).

    So DEVERES dos Membros do MP:

    1) manter ilibada conduta pblica e particular - no basta que

    o Promotor seja correto no proceder profissional, mas seja na

    vida privada um mau exemplo para sociedade. Ex: imagine

    um Promotor fumando Crack na Crakolndia. No d!

    2) zelar pelo prestgio da Justia, de suas prerrogativas e pela

    dignidade de suas funes institucionais;

    3) indicar os fundamentos jurdicos de seus pronunciamentos

    processuais, elaborando Relatrio em sua manifestao finalou recursal;

    4) obedecer aos prazos processuais - Exemplo: mani festar-se

    nos prazos legais; impetrar Ao Penal nos prazos previstos

    no Cdigo de Processo Penal;

    5) assistir aos atos judiciais, quando obrigatria ou conveniente

    a sua presena;

    6) desempenhar, com zelo e presteza, as suas funes;

    7) declarar-se suspeito ou impedido, nos termos da lei - a

    previso de auto declarao de suspeio ou impedimento

    de algum Ministro da Corte visa impedir eventuais

    manifestaes parciais, em favor ou em desfavor de alguma

    parte interessada nos processos. Exemplo: Promotor que se

    declara impedido de atuar em processo do qual seja parte

    seu prprio filho.

    8) adotar, nos limites de suas atribuies, as providncias

    cabveis em face da irregularidade de que tenha

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    Dos Deveres e Vedaes dos Membros do Ministrio Pblico.

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    conhecimento ou que ocorra nos servios a seu cargo;9) tratar com urbanidade as partes, testemunhas, funcionrios

    e auxiliares da Justia;

    10) residir, se titular, na respectiva Comarca - a CF-88

    determina que as funes do Ministrio Pblico s podem ser

    exercidas por integrantes da carreira, que devero residir

    na comarca da respectiva lotao, salvo autorizao do

    chefe da instituio. Ser que todos os Promotores realmente

    residem nas comarcas em que trabalham? Rsrs.

    CF-88

    Art. 129

    2 As funes do Ministrio Pblico s podem ser exercidas por

    integrantes da carreira, que devero r e s id i r n a c o m a r c a d a

    r esp ec t i v a l o t ao, salvo autorizao do chefe da instituio.

    11) prestar informaes solicitadas pelos rgos da

    instituio (outros Membros ou rgos superiores);

    12) identificar-se em suas manifestaes funcionais -

    inserir seu nome;

    13) atender aos interessados, a qualquer momento, nos

    casos urgentes;

    14) acatar, no plano administrativo, as decises dos

    rgos da Administrao Superior do Ministrio Pblico -

    observem que os Membros do MP devem acatar as decises

    dos rgos superiores de cunho eminentemente

    administrativo. Jamais podero acatar determinaes que

    firam a independncia funcional do Membro!

    VEDAES aos Membros do MP:

    1. Receber, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto,

    honorrios, percentagens ou custas processuais - o

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    Membro do MP somente receber seu respectivo subsdiomensal, no sendo autorizado o pagamento, a ttulo do

    exerccio de suas funes, de outras espcies

    remuneratrias, a exemplo, possveis honorrios,

    percentagens de ganhos judiciais ou os valores referentes s

    custas processuais.

    2. Exercer a Advocacia - antes da CF-88 os Membros do MP

    exerciam a Advocacia. No entanto, aps a promulgao donovo texto constitucional, passou a ser vedado a qualquer

    Membro do MP o exerccio da Advocacia Privada, salvo

    para aqueles que j eram Promotores ou Procuradores antes

    da CF-88. A estes se assegurou o direito Advocacia.

    Esta hiptese causa de perda do cargo em sentena judicial

    transitada em julgado.

    3. Participar de Sociedade Comercial, na forma da lei. Esta

    vedao tem que ser interpretada em termos. O Membro do

    MP no poder participar de eventual Sociedade Comercial no

    sentido de exercer ele prprio o comrcio ou ser gerente da

    "empresa". Lgico que poder ser Cotista e Acionista da

    Sociedade, conforme preceitua o art. 237, III, da LC n

    75/93.

    A Lei n 8.625/93 tambm dispe que exercer o Comrcio

    tambm vedado. Exemplo: Promotor que possui loja de

    venda de produtos importados (R$ 1,99). Rsrs.

    4. Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra

    funo pblica, salvo uma de Magistrio - o Promotor ou

    Procurador no podem exercer, ao mesmo tempo, outro

    cargo pblico (ex: serem Juzes; Auditores Fiscais;

    acumularem a anterior funo de Tcnico ou Analista do MPE

    com a nova funo de Promotor, etc), salvo outra funo

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    pblica de Magistrio (ex: Professor de Universidade PblicaFederal).

    A Lei autoriza o Membro do MP exercer atividades em

    organismos estatais afetos rea de atuao do Ministrio

    Pblico, em Centro de Estudo e Aperfeioamento de

    Ministrio Pblico, em entidades de representao de classe e

    o exerccio de cargos de confiana na sua administrao e

    nos rgos auxiliares. Estas hipteses no configuram

    acumulao.

    5. Exercer Atividade Poltico-partidria - a CF-88 antes da

    EC. 45/04 previa hiptese de exerccio excepcional de

    atividade poltico-partidria por parte de Membro do MP. No

    entanto, hoje qualquer Membro do MP considerado

    inelegvel absolutamente para qualquer cargo eletivo.

    Segundo o STF e o CNMP, esta vedao vale apenas para

    os Membros do MP que ingressaram na carreira depoisda EC 45/2004. Os que ingressaram antes remanescem

    com o direito a participarem de eleies, nos limites da lei.

    o caso, por exemplo, de Fernando Capez, que se candidatou

    a Deputado Estadual de So Paulo e Pedro Tasse, que

    Procurador da Repblica e hoje Senador por MT.

    6. Receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou

    contribuies de pessoas fsicas, entidades pblicas ouprivadas, ressalvadas as excees previstas em lei - esta

    vedao visa garantir a independncia e imparcialidade dos

    Membros do MP, que no podem pautar sua atuao a favor

    ou contra pessoas fsicas, jurdicas e entidades que os tenha,

    de alguma forma, beneficiado. (Vedao Constitucional)

    7. Quarentena de 3 ANOS - igualmente aos Juzes, os

    Membros do MP que se afastarem do cargo em decorrncia

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    de Aposentadoria ou Exonerao, no podero exercer aAdvocacia no Juzo ou Tribunal no qual exercia suas funes

    pelo perodo mnimo de 3 ANOS. (Vedao

    Constitucional)

    8. Exercer a representao judicial ou consultoria jurdica

    de entidades pblicas - antes da CF-88, o Ministrio Pblico

    tambm exercia o papel de "Advogado do Estado". Esta

    atribuio foi conferida posteriormente s ProcuradoriasEstaduais e Advocacia-Geral da Unio. (Vedao

    Constitucional)

    Consideraes acerca da remunerao dos Membros do MP:

    Remunerao em substituio - se o Membro do MP

    substituir outro Membro com remunerao maior, far jus

    diferena de vencimento entre os dois cargos. Exemplo:

    Promotor que substitui Procurador de Justia tem direito de

    receber o seu subsdio + a diferena entre o seu e o doProcurador, que totalizar o salrio do Procurador.

    Reviso da remunerao - ser por meio de Lei Estadual.

    Remuneraes escalonadas - os vencimentos dos

    Membros do MP no podem variar mais do que 10% de

    uma categoria ou entrncia para outra, bem como de uma

    entrncia mais elevada para o cargo de PGJ (Ex: Promotor de

    Justia Substituto no pode receber menos do que 10% do

    Promotor de Justia Titular). Os Procuradores de Justia

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    Dos Vencimentos, Vantagens e Direitos do MP.

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    devem ganhar pelo menos 95% dos vencimentos do PGJ.Resumo da Variao:

    o At 10% - de uma categoria ou entrncia para outra;

    da entrncia mais elevada para o cargo de PGJ;

    o Pelo menos 95% - Procuradores de Justia devem

    receber pelo 95% dos vencimentos do PGJ.

    Teto remuneratrio - o limite da remunerao do Membro

    do MP Estadual ser o teto remuneratrio dos Membros do

    Poder Judicirio local (Teto do Judicirio = Teto do MP).

    Inclusive os vencimentos do PGJ devem ser equivalentes aos

    dos Desembargadores do TJ.

    Vantagens Adicionais dos Membros do MP:

    1. ajuda de custo, para despesas de transporte e mudana;

    2. auxlio-moradia, nas Comarcas em que no haja residncia

    oficial condigna para o membro do Ministrio Pblico;

    3. salrio-famlia;

    4. dirias;

    5. verba de representao de Ministrio Pblico - a Lei

    determina que constitui parcela dos vencimentos, para

    todos os efeitos, esta gratificao de representao de

    Ministrio Pblico.

    6.

    7. gratificao pela prestao de servio Justia

    Eleitoral, equivalente quela devida ao Magistrado ante o

    qual oficiar - este um adicional conferido em virtude da

    prestao de servios eleitorais, na qualidade de Promotor

    Eleitoral. Esta gratificao disputada pela maioria dos

    Promotores. A maioria deseja ser indicado Promotor tambm

    com a funo eleitoral.

    8. grat ificao pela prestao de servio Justia do

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    Trabalho, nas Comarcas em que no haja Junta deConciliao e Julgamento - este um adicional mais

    raramente aplicvel, pois o MP somente atuar na Justia do

    Trabalho em situaes excecionalssimas.

    9. gratificao adicional por ano de servio, incidente sobre

    o vencimento bsico e a verba de representao;

    10. gratificao pelo efetivo exerccio em Comarca de

    difcil provimento, assim definida e indicada em lei ou em ato

    do PGJ;

    11. gratificao pelo exerccio cumulativo de cargos ou

    funes;

    12. verba de representao pelo exerccio de cargos de

    direo ou de confiana junto aos rgos da Administrao

    Superior (Exemplo: Promotor que atua a pedido do

    Corregedor-Geral do MP no CNMP);

    13. outras vantagens previstas em lei, inclusive as

    concedidas aos servidores pblicos em geral.

    14. direitos sociais do 13 Salrio, Salrio-Famlia,

    Frias anuais com abono de 1/3 do salrio, Licena

    Gestante e Licena Paternidade, previstos no art. 7,

    incisos VIII, XII, XVII, XVIII e XIX, da CF-88;

    CF-88

    Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de

    outros que visem melhoria de sua condio social:

    VIII - dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou

    no valor da aposentadoria;

    XII - salrio-famlia pago em razo do dependente do trabalhador

    de baixa renda nos termos da lei;(Redao dada pela Emenda

    Constitucional n 20, de 1998)

    XVII - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um

    tero a mais do que o salrio normal;

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    XVIII - licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio,com a durao de cento e vinte dias;

    XIX - licena-paternidade, nos termos fixados em lei;

    15. contagem para fins de aposentadoria, dispon ibilidade e

    adicionais por tempo de servio, o tempo de exerccio da

    ADVOCACIA, at o mximo de 15 ANOS.

    16. direito de frias anuais e coletivas idnticas aos

    Magistrados (60 DIAS por ano). Lembro que as frias

    coletivas no existe mais no 1 e no 2 Graus, apenas nos

    Tribunais Superiores (STF, STJ, TSE, TSE, STM, etc).

    Os Membros do MP tm direito s seguintes LICENAS:

    1. para tratamento de sade;

    2. por motivo de doena de pessoa da famlia;

    3. gestante;4. paternidade;

    5. em carter especial;

    6. para casamento, at oito dias;

    7. por luto, em virtude de falecimento do cnjuge, ascendente,

    descendente, irmos, sogros, noras e genros, at oito dias;

    Afastamentos dos Membros do MP.

    Os Membro do MP podero afastar-se de suas funes, sendo

    considerados como de efetivo exerccio, para todos os efeitos legais, exceto

    para VITALICIAMENTO, os dias em que estiver afastado de suas funes em

    razo:

    a) das LICENAS acima;

    b) de frias;

    c) de cursos ou seminrios de aperfeioamento e estudos, no

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    Pas ou no exterior, de durao mxima de 2 ANOS emediante prvia autorizao do Conselho Superior do

    Ministrio Pblico;

    d) de perodo de trnsito - esse trnsito o decorrente de

    remoo ou transferncia de uma Promotoria de Justia para

    outra;

    e) de disponibilidade remunerada, exceto para promoo,

    em caso de afastamento decorrente de punio;

    f) de designao pelo Procurador-Geral de Justia para:

    a. realizao de atividade de relevncia para a instituio;

    b. direo de Centro de Estudos e Aperfeioamento

    Funcional do Ministrio Pblico;

    g) de exerccio de cargos ou de funes de direo de

    associao representativa de classe - Exemplo: dirigente de

    Sindicato ou Associao dos Promotores do Estado.

    h) de exerccio de atividades em organismos estataisafetos rea de atuao do Ministrio Pblico, em Centro de

    Estudo e Aperfeioamento de Ministrio Pblico, em

    entidades de representao de classe e o exerccio de cargos

    de confiana na sua administrao e nos rgos auxiliares.

    Obs: estes afastamentos NO so considerados de efetivo

    exerccio para os fins de vitaliciamento.

    Aposentadoria do Membro do MP.

    Consoante dispe a Lei n 8.625/93, o Membro do MP aposentar

    sempre com proventos INTEGRAIS de 2 (duas) formas distintas:

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    compu lsoriamente por invalidez ou aos 70 ANOS de idade

    facultativamente aos 30 ANOS de servio, aps 5 ANOS de

    efetivo exerccio na carreira

    Os INATIVOS tm os mesmos direitos remuneratrios dos Membros

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    que esto na ATIVA. Assim, quando os vencimentos aumentarem, osproventos de aposentadoria aumentaro na mesma medida. Da mesma forma,

    todos os benefcios ou vantagens recebidos pelos ativos estendem-se aos

    inativos, mesmo as decorrentes de transformao ou reclassificao do cargo

    em que se deu a aposentadoria (ex: o Membro do MP aposentou-se como

    Promotor de Justia Titular; caso este cargo venha a transformar-se, o

    aposentado gozar do mesmo status funcional do novo cargo decorrente da

    transformao).

    Para ser Promotor precisa antes fazer o que?

    Passar no concurso! Rsrs. A assuno no cargo de Promotor de

    Justia somente se d por meio de Concurso Pblico de provas e ttulos. O

    Concurso do MP Estadual deve ser realizado pelo Procurador-Geral deJustia, com participao da OAB.

    O candidato aprovado tem direito a nomeao e a escolha do

    cargo, conforme classificao final. Quando o nmero de vagas corresponder a

    pelo menos 1/5 (um quinto) o nmero de cargos iniciais, ser obrigatria

    a abertura do concurso.

    Para ser apto a se tornar um Promotor, deve-se preencher os

    seguintes requisitos mnimos:

    a) ser brasileiro;

    b) ter conclu do o curso de bacharelado em Direito, em escola

    oficial ou reconhecida;

    c) estar quite com o servio militar;

    d) estar em gozo dos direitos polticos.

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    Da Carreira

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    Vedao ao nepotismo.

    Segundo a Lei n 8.625/93, tanto o Membro quanto o Servidor do

    MP (vocs), no podem manter sob sua chefia, cargo ou funo de confiana,

    cnjuge, companheiro ou parente at 2 GRAU. A norma visa evitar o

    nepotismo dentro do Ministrio Pblico, isto , beneficiamento de parentes nosdiversos cargos pblicos do rgo.

    Designao do Promotor Eleitoral.

    Gente, o Ministrio Pblico Eleitoral exercido pelo MPF na

    Justia Federal e pelo Ministrio Pblico dos Estados, na Justia Estadual. Em

    cada Estado so necessrias inmeras designaes de Promotores com a

    Funo Eleitoral. Vocs acham que o Procurador-Geral da Repblica que

    designar todos eles?

    lgico que no. Mas quem seria ento o responsvel por essas

    indicaes?

    O Procurador-Geral de Justia (PGJs) dos Estados! O PGR

    solicita e o PGJ designa. Se no for designado Promotor Eleitoral, exercer as

    funes eleitorais o Membro do MP Estadual que oficiar perante o Juzo

    Estadual. Para as hipteses de impedimento, o PGJ designar substituto.

    Designao de Membro do MP para compor os TRFs, TJs e

    STJ.

    As Listas Sxtuplas com os nomes dos Membros do MP para

    comporem o STJ (art. 104, pargrafo nico, II, da CF-88) organizada pelo

    Conselho Superior do MP Estadual.

    Teto Salarial Interno.

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    Das Disposies Finais e Transitrias.

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    Nos limites de cada Ministrio Pblico, o teto salarial sempre ser aremunerao do PGJ.

    Aplicao subsidiria da LOMPU.

    Aplica-se, no que couber e faltar (subsidiariamente), a Lei

    Orgnica do MPU aos Ministrios Pblicos dos Estados.

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    QUESTO 26: MPE-RJ - Tcnico Administrativo [NCE] - 25/03/2007.

    Acerca da estruturao legislativa do Ministrio Pblico, assinale a alternativa

    correta:

    a) lei complementar, de iniciativa do Procurador-Geral da Repblica, estabelece

    a organizao, as atribuies e o estatuto do Ministrio Pblico do Estado do

    Rio de Janeiro;

    b) lei ordinria, de iniciativa do Procurador-Geral de Justia, estabelece a

    organizao, as atribuies e as vedaes aplicveis aos membros do

    Ministrio Pblico da Unio;

    c) lei complementar, de iniciativa do Procurador-Geral de Justia, estabelece as

    atribuies, o estatuto do Ministrio Pblico do Estado do Rio de Janeiro, bemcomo as garantias e vedaes aplicveis a seus membros;

    d) lei ordinria, de iniciativa do Procurador-Geral de Justia, estabelece a

    organizao do Ministrio Pblico do Estado do Rio de Janeiro, enquanto lei

    complementar institui as atribuies e vedaes

    aplicveis a seus membros;

    e) lei complementar, de iniciativa do Procurador-Geral de Justia, estabelece a

    organizao do Ministrio Pblico do Estado do Rio de Janeiro, enquanto lei

    ordinria institui as atribuies e vedaes aplicveis a seus membros.

    COMENTRIOS:

    A Lei Complementar n 75/93, que estabelece a organizao, as

    atribuies e o estatuto do MP da UNIO. De outro lado, a Lei n

    8.625/1993 que estabelece normas GERAIS da organizao do Ministrio

    Pblico ESTADUAL, prevendo a instituio de Leis Orgnicas Estaduais (na

    forma de Leis Complementares), que estabelecero normas ESPECFICAS

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    EXERCCIOS COMENTADOS

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    de cada MP de cada Estado.Estas Leis Orgnicas Estaduais (Leis Complementares) que

    estabelecero, no mbito Estadual, a organizao, atribuies e o estatuto

    do MP.

    A Lei n 8.625/93 (Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico -

    LONMP) aplicvel a todos os Ministrios Pblicos Estaduais, estabelecendo

    normas, preceitos e princpios que devem ser seguidos pelos MP Estaduais na

    confeco de suas Leis Orgnicas prprias, por meio de Lei Complementar

    Estadual. vedada disposio de normas, na Lei Orgnica do MP Estadual,contrrias previso contida na Lei n 8.625/93.

    A Lei Complementar n 75/93, do MP da Unio, tem aplicao

    subsidiria aos MPs Estaduais, consoante o art. 80 da Lei n 8.625/93.

    Estas Leis Orgnicas dos MPs Estaduais so de iniciativa

    facultativa (no obrigatria) dos Procuradores-Gerais de Justia dos

    Estados (Chefes do MP Estadual), conforme prev a CF-88 e a Lei n 8.625/93.

    Cuidado! Ressalte-se que a organizao, atribuies e estatuto do

    MPDFT sero definidos pela Lei Orgnica do MP da UNIO (LC 75/93) e

    no por Lei Complementar do DF. Isto porque o MPDFT um dos ramos do

    MPU, faz parte do MP da Unio.

    Lei n 8.625/93

    Art. 2 Lei complementar, denominada L e i Or g n i c a d o

    M in i s t r io Pb l i co , cuja in ic i a t iv a f a c u l t ad a aos

    P r o c u r a d o r e s - G e r a i s d e Ju s t i a d o s E st a d o s , estabelecer, no

    mbito de cada uma dessas unidades federativas, n o r m a ses p ec f i ca s de organizao, atribuies e estatuto do respectivo

    Ministrio Pblico.

    Pargrafo nico. A organizao, atribuies e estatuto do

    M i n i s tr i o Pb l i c o d o D i s t r i t o F e d e r a l e Te r r i t r i o s sero

    objeto da Le i O r gn i c a do M i n i s tr i o Pb l i c o d a Un io .

    CF-88

    Art. 128

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    5 - L e i s c o m p l e m e n t a r e s da Unio e dos E s t a d o s , cujai n i c i a t iv a f acu l t a d a aos respectivos P r o c u r a d o r e s - G e r a i s ,

    estabelecero a o r ga n i z ao , as a t r i b u ies e o es t a t u t o de

    cada Ministrio Pblico, observadas, relativamente a seus

    membros:

    No MPE/RJ, a Lei Orgnica do MP do Estado do Rio de

    Janeiro a Lei Complementar n 106/2003, objeto de nosso estudo neste

    Curso, pois tambm ser objeto da vindoura prova.

    Portanto, os Ministrios Pblicos Estaduais respeitam a 2 (duas)ordens legislativas em sua organizao:

    RESPOSTA CERTA: C

    QUESTO 27: MPE-RJ - Tcnico Administrativo [NCE] - 25/03/2007.

    Acerca dos conceitos de autonomia funcional e administrativa, correto

    afirmar que:

    a) o MP no se sujeita a limitaes provenientes de outras instituies ou

    poderes constitudos, eis que a escolha de seus membros e chefia decorre daaprovao em concurso de provas e ttulos;

    b) compete ao MP estruturar-se na forma de seu regimento interno, o qual cria

    seus cargos para posterior provimento atravs de nomeaes pelo Procurador-

    Geral de Justia;

    c) compete ao MP criar seus cargos diretamente, atravs de portarias, e editar

    atos relativos a seus servidores, provendo os cargos de Promotor de Justia

    bem como os cargos dos servios auxiliares;

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    Lei n 8.625/93 (Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico

    - LONMP)

    Lei Orgnica do MP Estadual (Lei Complementar Estadual)

    - no MPE/RJ: LC n 106/1993

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    d) sujeitam-se a limitaes, manifestadas no texto constitucional, tal como ainvestidura do Procurador- Geral de Justia, realizada pelo Chefe do Poder

    Executivo, dentro de lista trplice enviada pela instituio;

    e) sujeitam-se a limitaes, estabelecidas na legislao ordinria, tal como a

    destituio do Procurador-Geral de Justia, realizada pelo Chefe do Poder

    Executivo.

    COMENTRIOS:

    Item A - errado. No, como estudamos a escolha e destituio do PGR e do

    PGJ , em regra, ato complexo, envolvendo autoridades do Poder Executivo e

    Legislativo da Unio e dos Estados.

    Item B e C - errados. Entre outras atribuies decorrentes das Autonomias

    Funcional, Administrativa e Financeira, cabe ao Ministrio Pblico Estadual:

    propor ao Poder Legislativo a criao e a extino de cargos, bem como a

    fixao e o reajuste dos vencimentos de seus membros e de seus servios

    auxiliares.

    A estruturao do MP por meio de LEI ORGNICA aprovada pelo Poder

    Legislativo e no por simples Regimento Interno, aprovado somente no mbito

    interno.

    Lei n 8.625/93

    Art. 3 Ao Ministrio Pblico assegurada autonomia funcional,

    administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente:

    V - propor ao Poder Legislativo a cr ia o e a ex t in o d e c ar g o s,

    bem como a fixao e o reajuste dos vencimentos de seus

    membros;

    VI - propor ao Poder Legislativo a c r ia o e a e x t in o d o s

    c a r g o s d e s e u s s e r v io s a u x i l i a r e s , bem como a fixao e o

    reajuste dos vencimentos de seus servidores;

    VII - prover os cargos iniciais da carreira e dos servios auxiliares,

    bem como nos casos de remoo, promoo e demais formas de

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    provimento derivado;

    Item D - correto. O Procurador-Geral do Estado o Chefe da Procuradoria

    do Estado (que so os Advogados do Estado). No confundir com o Procurador-

    Geral de Justia, que o Chefe do MP Estadual.

    A nomeao do Procurador-Geral de Justia (PGJ) ser com base

    em Lista Trplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A Lista

    Trplice ser definida em eleio mediante Voto Plurinominal (Voto em todos

    os nomes a comporem a Lista Trplice) de todos os integrantes da carreira.

    A nomeao ser realizada to somente pelo Chefe do Executivo:

    Governador - nos ESTADOS, ou pelo

    Presidente da Repblica - para o Distrito Federal (DF).

    No caso do PGJ do Rio de Janeiro, a nomeao ser realizada pelo

    Governador do Estado dentre os 3 integrantes da lista trplice.

    Item E - errado. Ai que est o PERIGO!

    A destituio do PGJ realizada por deliberao da AssembleiaLegislativa dos Estados ou do SENADO FEDERAL, no caso do DF! Na

    destituio do PGJ no h participao do Governador do Estado, ressalvado

    no caso do PGJ do DF, que o art. 156, 3, da LC n 75/93 prev hiptese de

    representao do Presidente da Repblica.

    Nomeao e Destituio do PGJ:

    Nomeao do PGJ Governador ou

    Presidente da Repblica (MPDFT)

    Destituio do PGJ Assembleia Legislativa ou

    SENADO (MPDFT)

    RESPOSTA CERTA: D

    QUESTO 28: MPE-RJ - Tcnico Administrativo [NCE] - 25/03/2007.

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    Acerca do conceito de autonomia financeira, correto afirmar que o MP:a) detm a iniciativa de elaborao de sua proposta oramentria;

    b) pode criar seus cargos auxiliares atravs de resoluo do PGJ;

    c) no se sujeita ao controle do Tribunal de Contas;

    d) no precisa de aprovao legislativa de seu oramento;

    e) no possui iniciativa para propositura de seu oramento, mas sim

    autonomia para sua execuo.

    COMENTRIOS:

    Item A - correto. A Autonomia financeira a capacidade de elaborar sua

    proposta oramentria dentro dos limites estabelecidos pela Lei de Diretrizes

    Oramentrias (LDO), bem como de gerir os recursos que lhe forem

    destinados. A iniciativa da Lei Oramentria no de competncia do prprio

    Ministrio Pblico, pois sua proposta deve integrar o Oramento Geral,

    submetido pelo Chefe do Poder Executivo (Presidente ou Governador).

    O MP dever elaborar sua proposta oramentria dentro dos limites da

    Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO).

    Lei n 8.625/93

    Art. 4 O M i n i s tr i o Pb l i c o e l a b o r a r su a p r o po s t a

    o ram e n t r i a d e n t r o d o s l i m i t e s e s t a b e l e c i d o s n a L e i d e

    D i r e t r i z e s O r am en t r i a s , encaminhando-a diretamente ao

    Governador do Estado, que a submeter ao Poder Legislativo.

    Item B - errado. J vimos que depende de Lei do Poder Legislativo, no sendo

    autorizado a nenhum outro rgo criar cargos.

    Item C - errado. Ai demais, no verdade?

    A Fiscalizao da aplicao dos recursos financeiros do MP ser

    realizada pelo Poder Legislativo do Estado (Assembleia Legislativa), que

    exerce o Controle Externo, com o auxlio do Tribunal de Contas, bem como

    pelo Controle Interno do MP, estabelecido na Lei Orgnica do MP Estadual.

    O Poder Legislativo, com o auxlio do Tribunal de Contas, exerce o

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    Controle Externo das contas de qualquer pessoa fsica ou jurdica que utilize,arrecada, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores pblicos.

    Nesta lista, inclui-se tambm o Ministrio Pblico.

    Lei n 8.625/93

    Art. 4

    2 A fi sc a li z ao contbil, financeira, oramentria, operacional

    e patrimonial do Ministrio Pblico, quanto legalidade,

    legitimidade, economicidade, aplicao de dotaes e recursos

    prprios e renncia de receitas, ser e x e r c i d a p e lo P o d e r

    L e g i s l a t i v o , mediante controle externo e pelo s is t e m a d e

    c o n t r o l e i n t e r n o estabelecido na Lei Orgnica.

    Veja-se o caso do TCU na CF-88:

    CF-88

    Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria,

    operacional e patrimonial da Unio e das entidades da

    administrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade,

    economicidade, aplicao das subvenes e renncia de receitas,

    ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo,

    e pelo sistema de controle interno de cada Poder.

    Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica,

    pblica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou

    administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a

    Unio responda, ou que, em nome desta, assuma obrigaes de

    natureza pecuniria.(Redao dada pela Emenda Constitucional n19, de 1998)

    Item D e E - errados. O MP encaminhar a proposta oramentria, de acordo

    com a LDO, ao Governador do Estado, que consolidar junto ao Oramento

    Geral do Estado e submeter ao Poder Legislativo.

    CF-88

    Art. 127

    3 - O Ministrio Pblico elaborar sua p r o p o s t a o r am en tr i a

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    d e n t r o d o s l im i t e s e s t a b e l e ci d o s n a l e i d e d i r e t r i z e so r am en t r i as .

    Lei n 8.625/93

    Art. 4 O Ministrio Pblico elaborar sua p r o p o s t a o r am en tr i a

    d e n t r o d o s l im i t e s e st a b e l e c i d o s n a L e i d e D i r e t r i z e s

    Or am en t r i as , encaminhando-a diretamente ao Governador do

    Estado, que a s u bm e t e r a o P o d e r Le g i s l a t i v o .

    1 Os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias

    prprias e globais, compreendidos os crditos suplementares e

    especiais, ser-lhe-o e n t r e g u e s a t o d i a v i n t e d e c a d a m s ,

    sem vinculao a qualquer tipo de despesa.

    2 A fi sc a li z ao contbil, financeira, oramentria, operacional

    e patrimonial do Ministrio Pblico, quanto legalidade,

    legitimidade, economicidade, aplicao de dotaes e recursos

    prprios e renncia de receitas, ser e x e r c i d a p e lo P o d e r

    L e g i s l a t i v o , mediante controle externo e pelo s is t e m a d e

    c o n t r o l e i n t e r n o estabelecido na Lei Orgnica.

    RESPOSTA CERTA: A

    QUESTO 29: MPE-RJ - Tcnico Administrativo [NCE] - 25/03/2007.

    Em relao s atribuies do Ministrio Pblico em matria eleitoral, correto

    afirmar que:a) as funes do Ministrio Pblico Eleitoral so exercidas pelos Procuradores

    da Repblica em primeira instncia e pelos Procuradores de Justia em

    segunda instncia;

    b) o Ministrio Pblico Estadual no exerce atribuies eleitorais, eis que a

    Justia Eleitoral integra o Poder Judicirio Federal;

    c) no Estado do Rio de Janeiro, somente os Procuradores de Justia

    desempenham funes eleitorais, conforme a Lei Complementar 106/2003;

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    d) o exerccio da funo eleitoral na 1a

    instncia da Justia Eleitoral do Rio deJaneiro cabe aos Promotores Eleitorais, que so Promotores de Justia que

    acumulao mais esta funo.

    COMENTRIOS:

    O MP Eleitoral exercido na ia Instncia pelos Promotores Eleitorais,

    designados pelo PGJ. A 2a Instncia do MP Eleitoral exercida pelos

    Procuradores Regionais da Repblica, que so da carreira do MPF e no

    do MP Estadual.

    Na ia Instncia o Promotor de Justia quem exerce as funes eleitorais, de

    forma acumulada (Promotoria de Justia + Funes Eleitorais = Promotor

    Eleitoral).

    RESPOSTA CERTA: D

    QUESTO 30: MPE-RJ - Tcnico Administrativo [NCE] - 25/03/2007.

    Acerca do poder de requisio, pode-se afirmar que o MP:

    a) pode exerc-lo, requisitando aos rgos pblicos estaduais da

    Administrao, direta ou indireta, todos os meios necessrios ao desempenho

    de suas atribuies;

    b) pode exerc-lo, requisitando aos rgos pblicos estaduais, mediante

    autorizao do Chefe do Poder Executivo, todos os documentos necessrios aodesempenho de suas funes;

    c) no pode exerc-lo diretamente, eis que tambm o Parquet sujeita-se ao

    controle jurisdicional de seus atos administrativos;

    d) no pode exerc-lo no que tange aos rgos pblicos estaduais, em virtude

    dos princpios federativo e da separao de poderes no nvel estadual;

    e) deve exerc-lo, sob pena de descumprimento de suas funes institucionais,

    diretamente atravs da figura do Procurador-Geral de Justia.

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    COMENTRIOS:

    O MP tem a faculdade de requisitar informaes, exames periciais e

    documentos de autoridades federais, estaduais e municipais, bem como

    dos rgos e entidades da Administrao Pblica (administrao direta,

    indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do

    Distrito Federal e dos Municpios).

    Lei n 8.625/93

    Art. 26. No exerccio de suas funes, o Ministrio Pblico poder:

    I - instaurar inquritos civis e outras medidas e procedimentos

    administrativos pertinentes e, para instru-los:

    b) requisitar informaes, exames periciais e documentos de

    autoridades federais, estaduais e municipais, bem como dos rgos

    e entidades da administrao direta, indireta ou fundacional, de

    qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e

    dos Municpios;

    Qualquer Membro do MP pode realizar requisies, desde o Promotor lotado na

    mais longnqua Comarca at o Procurador-Geral, no sendo centralizada no

    PGJ.

    RESPOSTA CERTA: A

    QUESTO 31: MPE RS - Secretrio de Diligncias [FCC] - 11/05/2009.

    De acordo com a Lei n 8.625/93, compete ao Procurador- Geral de Justia

    a) julgar recurso contra deciso proferida em reclamao sobre o quadro geral

    de antiguidade.

    b) eleger o Corregedor-Geral do Ministrio Pblico.

    c) julgar recurso contra deciso de vitaliciamento, ou no, de membro do

    Ministrio Pblico.

    d) decidir sobre pedido de reviso de procedimento administrativo disciplinar.

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    e) encaminhar ao Poder Legislativo os projetos de lei de iniciativa do MinistrioPblico.

    COMENTRIOS:

    Item A - errado. As Competncias de julgamento recursal so conferidas ao

    COLGIO de Procuradores.

    Compete ao COLGIO dos Procuradores de Justia e no ao PGJ julgar recurso

    contra deciso proferida em reclamao sobre o quadro geral de antiguidade.

    Esta deciso exarada pelo CONSELHO SUPERIOR.

    Gente, s pensar? Em regra, deciso de recurso compete a um rgo

    superior, especialmente os rgos Colegiados. Assim, d para afastar "de cara"

    a competncia do PGJ.

    Item B - errado. Tambm compete ao COLGIO dos Procuradores de Justia e

    no ao PGJ eleger o Corregedor-Geral do MP.

    Item C - errado. Compete ao COLGIO dos Procuradores de Justia e no ao

    PGJ julgar recurso contra deciso de vitaliciamento, ou no, de Membro do

    Ministrio Pblico - deciso tambm exarada pelo CONSELHO SUPERIOR.

    Item D - errado. Compete ao COLGIO decidir sobre pedido de reviso de

    PAD (Processo Administrativo Disciplinar).

    Item E - correto. Compete ao PGJ encaminhar ao Poder Legislativo os

    projetos de lei de iniciativa do Ministrio Pblico - o prprio PGJ quemencaminha os PLs (Projetos de Lei) do MP Estadual.

    Observem que o PGJ elabora e submete a proposta oramentria do MP e o

    COLGIO aprova.

    Ainda, o COLGIO aprova internamente os Projetos de criao de cargos e

    servios auxiliares do MP, mas o PGJ que encaminha o PL ao Poder

    Legislativo Estadual.

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    RESPOSTA CERTA: E

    QUESTO 32: MPE RS - Secretrio de Diligncias [FCC] - 11/05/2009.

    De acordo com a Lei n 8.625/93, o Conselho Superior do Ministrio Pblico

    ter como membro (s) nato(s), APENAS

    a) o Procurador-Geral de Justia e o Corregedor-Geral do Ministrio Pblico.

    b) o Procurador-Geral de Justia.

    c) o Corregedor-Geral do Ministrio Pblico.

    d) os Procuradores de Justia.

    e) os Promotores de Justia.

    COMENTRIOS:

    O Conselho Superior ter como Membros Natos (fixos) apenas:

    o Procurador-Geral de Justia e

    oCorregedor-Geral do Ministrio Pblico;

    Lei n 8.625/93

    Art. 14. Lei Orgnica de cada Ministrio Pblico dispor sobre a

    composio, inelegibilidade e prazos de sua cessao, posse e

    durao do mandato dos integrantes do Conselho Superior do

    Ministrio Pblico, respeitadas as seguintes disposies:

    I - o Conselho Superior ter como m e m b r o s n a t o s apenas o

    P r o c u r a d o r - G e r a l d e Ju s t i a e o Co r r e g e d o r - G e r a l d o

    M in i s t r io Pb l i c o;

    RESPOSTA CERTA: A

    QUESTO 33: TCE-CE - Procurador de Contas [FCC] - 17/12/2006.

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    Nos termos da Lei federal no 8.625, de 1993, que institui a Lei OrgnicaNacional do Ministrio Pblico, o Conselho Superior do Ministrio Pblico

    a) dever motivar e publicar por extrato todas suas decises, no se admitindo

    o estabelecimento de excees a essa regra.

    b) poder recusar, na indicao por antiguidade, o membro mais antigo do

    Ministrio Pblico, pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

    c) deliberar, por iniciativa do Procurador-Geral de Justia, o ajuizamento de

    ao cvel de decretao de perda do cargo de membro vitalcio do Ministrio

    Pblico.

    d) ter sua composio definida pela Lei Orgnica de cada Ministrio Pblico,

    observados os limites estabelecidos na referida lei federal.

    e) destituir o Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, pelo voto de dois teros

    de seus membros, no caso de abuso de poder, assegurada ampla defesa ao

    acusado.

    COMENTRIOS:

    Item A - errado. As decises do Conselho Superior do MP sero motivadas

    e publicadas, por extrato. Apenas no sero publicadas as decises do

    Conselho Superior nos casos de sigilo por fora de lei e por deliberao da

    maioria de seus integrantes. Portanto, h excees regra da publicao.

    Item B - errado. Dentre as competncias do Conselho Superior do MP

    encontra-se a de indicar o nome do mais antigo membro do Ministrio

    Pblico para remoo ou promoo porantiguidade. Neste procedimento deindicao que o Membro do MP poder ser recusado pelo Conselho Superior,

    mas somente com voto de 2/3 de seus integrantes e no pelo qurum da

    maioria absoluta.

    Lei n 8.625/93

    Art. 15

    3 Na indicao por antiguidade, o Conselho Superior do

    Ministrio Pblico somente poder recusar o membro do Ministrio

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    Pblico mais antigo pelo voto de dois teros de seus integrantes,conforme procedimento prprio, repetindo-se a votao at fixar-

    se a indicao, aps o julgamento de eventual recurso interposto

    com apoio na alnea e do inciso VIII do art. 12 desta lei.

    Item C - errado. Compete ao COLGIO de Procuradores e no ao Conselho

    Superior deliberar por iniciativa de 1V (um quarto) de seus integrantes ou do

    Procurador-Geral de Justia, que este ajuze ao cvel de decretao de

    perda do cargo de membro vitalcio do Ministrio Pblico.

    Item D - correto. a Lei Orgnica do MP que preleciona acerca dacomposio, inelegibilidade dos Membros, bem como dos aspectos

    relacionados aos mandatos dos integrantes do Conselho Superior.

    Lei n 8.625/93

    Art. 14. Lei Orgnica de cada Ministrio Pblico dispor sobre a

    composio, inelegibilidade e prazos de sua cessao, posse e

    durao do mandato dos integrantes do Co n s e l h o S u p e r i o r d o

    M in i s t r io Pb l i co , respeitadas as seguintes disposies:

    Item E - errado. Compete ao COLGIO de Procuradores destituir o

    Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, pelo voto de 2/3 (dois teros) de

    seus membros, em caso de abuso de poder, conduta incompatvel ou grave

    omisso nos deveres do cargo, por representao do Procurador-Geral de

    Justia ou da maioria de seus integrantes, assegurada ampla defesa;

    o Destituio do Corregedor-Geral do MP: voto de

    2/3 dos Membros do COLGIO.

    o Representao para destituio do Corregedor-Geral: do PGJ ou da maioria dos Membros do

    COLGIO (maioria de todos os membros)

    RESPOSTA CERTA: D

    QUESTO 34: MPE - RS - Secretrio de Diligncias [FCC] - 19/12/2010.

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    Conforme a Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico (Lei n 8.625/93), aao civil para a decretao da perda do cargo de Membro do Ministrio Pblico

    ser proposta pelo

    a) Procurador-Geral de Justia perante o Tribunal de Justia local, aps

    autorizao do Colgio de Procuradores.

    b) Conselho Superior do Ministrio Pblico perante o Tribunal de Justia local,

    aps autorizao da Assembleia Legislativa, na forma da Lei Complementar.

    c) Colgio de Procuradores de Justia perante o Conselho Superior da

    Magistratura, aps autorizao do Conselho Superior do Ministrio Pblico, na

    forma da Lei Estadual.

    d) Corregedor-Geral do Ministrio Pblico perante o Tribunal de Justia local,

    aps autorizao do Conselho Superior do Ministrio Pblico.

    e) rgo Especial do Colgio de Procuradores de Justia perante o Conselho

    Superior da Magistratura, aps autorizao do Procurador-Geral de Justia, na

    forma da Lei Ordinria.

    COMENTRIOS:

    Depois de adquirida a vitaliciedade, no ser possvel perda do

    cargo por simples processo administrativo disciplinar, mas somente por meio

    de deciso judicial transitada em julgado. A ao que d incio ao processo

    deve ser movida pelo PGJ por autorizao do COLGIO de Procuradores,

    consoante competncia definida na Lei n 8.625/93.

    Ser competente para julgar o Tribunal de Justia do Estado.Assim, o PGJ mover a Ao Civil de perda do cargo de Membro do MP no TJ

    aps aprovao do COLGIO de Procuradores.

    Lei n 8.625/93

    Art. 12. O Colgio de Procuradores de Justia composto por todos

    os Procuradores de Justia, competindo-lhe:

    X - deliberar por iniciativa de um quarto de seus integrantes ou do

    Procurador-Geral de Justia, que este ajuze ao cvel de

    decretao de perda do cargo de membro vitalcio do Ministrio

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    Pblico nos casos previstos nesta Lei;

    RESPOSTA CERTA: A

    QUESTO 35: MPE - RS - Agente Administrativo [FCC] - 18/12/2010.

    Dentre as garantias constitucionais asseguradas aos membros do Ministrio

    Pblico, destaca-se aa) inamovibilidade por motivo de interesse pblico, mediante deciso do

    Colgio de Procuradores de Justia, pelo voto da maioria de seus membros.

    b) vitaliciedade, aps dois anos de exerccio, no podendo perder o cargo

    seno por sentena judicial transitada em julgado.

    c) possibilidade de receber, a qualquer ttulo e pretexto, honorrios,

    percentagens ou custas processuais, especialmente nas aes civis pblicas.

    d) participao em sociedade comercial sob qualquer de suas formas.e) possibilidade de exercer, quando em disponibilidade, qualquer outra funo

    pblica, vedado o magistrio.

    COMENTRIOS:

    Item A - errado. Garantia da INAMOVIBILIDADE - em regra, os Membros do

    MP NO podero ser transferidos compulsoriamente de seus cargos, de uma

    lotao para outra (na prtica, de um Municpio ou local de lotao para outro)ou mesmo promovido unilateralmente, ressalvada a hiptese excepcional de

    interesse pblico, com deciso da maioria absoluta e no maioria simples

    de votos do rgo Colegiado do MP.

    Para que ocorra esta remoo excepcional, devem-se respeitar os seguintes

    requisitos:

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    o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP;

    o comprovado interesse pblico e

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    Assim, em regra, o Membro do MP no pode ser removido ou promovido de

    ofcio, sem seu consentimento.

    Item B - correto. Garantia da VITALICIEDADE - aps o cumprimento de 2

    ANOS de estgio probatrio, os Membros do MP somente podero perder o

    cargo por Sentena Judicial transitada em julgada (da qual no caiba mais

    recursos).

    A Vitaliciedade, portanto, adquirida aps 2 ANOS de efetivo exerccio na

    funo (perodo/estgio probatrio ou confirmatrio), aps a aprovao no

    respectivo concurso de provas e ttulos.

    Item C - errado. Entre as VEDAES aos Membros do MP consta a de

    receber, a qualquer ttulo e sob qualquer pretexto, honorrios,

    percentagens ou custas processuais - o Membro do MP somente receber

    seu respectivo subsdio mensal, no sendo autorizado o pagamento, a ttulo

    do exerccio de suas funes, de outras espcies remuneratrias, a exemplo,

    possveis honorrios, percentagens de ganhos judiciais ou os valores referentes

    s custas processuais.

    Itens D e E - errados. Tambm so vedados aos Membros do MP:

    9. Participar de Sociedade Comercial, na forma da lei. Esta

    vedao tem que ser interpretada em termos. O Membro do

    MP no poder participar de eventual Sociedade Comercial no

    sentido de exercer ele prprio o comrcio ou ser gerente da

    "empresa". Lgico que poder ser Cotista e Acionista da

    Sociedade, conforme preceitua o art. 237, III, da LC n

    75/93.

    10. Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra

    funo pblica, salvo uma de Magistrio - o Promotor ou

    Procurador no podem exercer, ao mesmo tempo, outro

    cargo pblico (ex: serem Juzes; Auditores Fiscais;

    acumularem a anterior funo de Tcnico ou Analista do MPE

    com a nova funo de Promotor, etc), salvo outra funo

    pblica de Magistrio (ex: Professor de Universidade Pblica

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    o deliberao da maioria absoluta do rgoColegiado

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    Federal).

    RESPOSTA CERTA: B

    QUESTO 36: MPE - RS - Agente Administrativo [FCC] - 18/12/2010.

    Dentre outras atribuies, compete ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico,

    conforme previso da Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico (Lei n

    8.625/93),

    a) realizar inspees nas Procuradorias de Justia, remetendo relatrio

    reservado ao Colgio de Procuradores de Justia.

    b) autorizar o afastamento de membro do Ministrio Pblico para frequentar

    curso ou seminrio de aperfeioamento e estudo, no Pas ou no exterior.

    c) aprovar o quadro geral de antiguidade do Ministrio Pblico e decidir sobre

    reclamaes formuladas a esse respeito.

    d) indicar os membros do Ministrio Pblico que integraro a Comisso deConcurso de ingresso na carreira.

    e) indicar ao Procurador-Geral de Justia, em lista trplice, os candidatos a

    remoo ou promoo por merecimento.

    COMENTRIOS:

    Item A - correto. Entre as competncias da Corregedoria-Geral do MP,

    encontram-se:

    1. realizar correies e inspees;

    INSPEO - ato de vistoriar, fiscalizar e observar os servios

    do MP;

    CORREIO - ato de corrigir, endireitar, consertar e acertar os

    servios do MP.

    2. realizar inspees nas Procuradorias de Justia, remetendo

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    relatrio reservado ao Colgio de Procuradores de Justia;Item B - errado. Esta uma Competncia do Conselho Superior: autorizar o

    afastamento de membro do Ministrio Pblico para frequentar curso ou

    seminrio de aperfeioamento e estudo, no Pas ou no exterior.

    Item C - errado. Compete ao Conselho Superior aprovar o quadro geral de

    antiguidade do Ministrio Pblico e decidir sobre reclamaes formuladas a

    esse respeito. J o recurso desta deciso cabe ao COLGIO.

    Item D - errado. Compete ao CONSELHO SUPERIOR do MP eleger a

    Comisso de Concurso dos Membros do MP, entre os Procuradores de Justia.

    Item E - errado. Tambm compete ao CONSELHO SUPERIOR indicar ao

    Procurador-Geral de Justia, em lista trplice, os candidatos a remoo ou

    promoo por merecimento.

    RESPOSTA CERTA: A

    QUESTO 37: TCE - AP - Procurador de Contas [FCC] - 17/10/2010.

    A Constituio brasileira de 1967, com a redao dada pela Emenda

    Constitucional n 1, de 1969, em seu artigo 95, 1, estabelecia garantias aos

    membros do Ministrio Pblico na seguinte conformidade: "Os membros do

    Ministrio Pblico da Unio, do Distrito Federal e dos Territrios (...) aps dois

    anos de exerccio, no podero ser demitidos seno por sentena judiciria ou

    em virtude de processo administrativo em que se lhes faculte ampla defesa,

    nem removidos a no ser mediante representao do Procurador-Geral, comfundamento em convenincia do servio". Em comparao com a disciplina

    atual da matria na Constituio brasileira vigente, tem-se que

    a) o tratamento dispensado s garantias de vitaliciedade e inamovibilidade dos

    membros do Ministrio Pblico manteve-se inalterado.

    b) houve mudanas tanto no que se refere garantia de vitaliciedade como

    de inamovibilidade dos membros do Ministrio Pblico.

    c) apenas o tratamento dispensado garantia de inamovibilidade dos membros

    do Ministrio Pblico manteve-se inalterado.

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    d) houve um reforo da garantia de inamovibilidade, mas uma mitigao dagarantia de vitaliciedade dos membros do Ministrio Pblico.

    e) apenas o tratamento dispensado garantia de vitaliciedade dos membros

    do Ministrio Pblico manteve- se inalterado.

    COMENTRIOS:

    No. Foi alterado sim! Hoje, adquirida a vitaliciedade, somente por Sentena

    Judicial Transitada em julgado o Membro do MP poder perder o cargo, no seadmitindo a possibilidade de processo administrativo j nesse perodo. A

    inamovibilidade implica na alterao somente por interesse pblico e no

    propriamente por convenincia do servio.

    GARANTIAS dos Membros do MP:

    4. VITALICIEDADE - aps o cumprimento de 2 ANOS de

    estgio probatrio, os Membros do MP somente podero

    perder o cargo por Sentena Judicial transitada em

    julgada (da qual no caiba mais recursos).

    A Vitaliciedade, portanto, adquirida aps 2 ANOS de

    efetivo exerccio na funo (perodo/estgio probatrio ou

    confirmatrio), aps a aprovao no respectivo concurso de

    provas e ttulos.

    5. INAMOVIBILIDADE - em regra, os Membros do MP NO

    podero ser transferidos compulsoriamente de seus cargos,de uma lotao para outra (na prtica, de um Municpio ou

    local de lotao para outro) ou mesmo promovido

    unilateralmente, ressalvada a hiptese excepcional de

    interesse pblico, com deciso da maioria absoluta de

    votos do rgo Colegiado do MP.

    Para que ocorra esta remoo excepcional, devem-se

    respeitar os seguintes requisitos:

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    o ser assegurada a AMPLA DEFESA ao Membro do MP;

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    Assim, em regra, o Membro do MP no pode ser removido

    ou promovido de ofcio, sem seu consentimento.

    Com isso, houve mudanas tanto no que se refere garantia de vitaliciedade

    como de inamovibilidade dos membros do Ministrio Pblico.

    RESPOSTA CERTA: B

    QUESTO 38: MPE - RO - Promotor de Justia Substituto [CESPE] -

    26/09/2010.

    A respeito do MP, assinale a opo correta.

    a) A independncia funcional e a vitaliciedade figuram entre os princpiosinstitucionais do MP.

    b) A CF admite, em carter excepcional, a nomeao de promotor ad hoc.

    c) As funes institucionais do MP dispostas na CF constituem rol

    exemplificativo, o que faculta aos estados e aos municpios, por intermdio de

    legislao prpria, o estabelecimento de outras atribuies compatveis com a

    finalidade constitucional da instituio.

    d) Os membros do MP no se vinculam aos processos em que atuam, podendo

    ser substitudos uns pelos outros na forma prevista na lei.

    e) Ao membro do MP vedado o exerccio de qualquer outra funo pblica,

    salvo uma de magistrio, exceto quando estiver em disponibilidade.

    COMENTRIOS:

    Item A - errado. A independncia funcional sim, mas a vitaliciedade uma

    GARANTIA e no um Princpio.

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    o comprovado interesse pblico eo deliberao da maioria absoluta do rgo

    Colegiado

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    Item B - errado. O Princpio do Promotor Natural extrado do DevidoProcesso Legal e de dois especficos dispositivos do art. 5 da Constituio

    Federal (incisos XXXVII e LIII), referentes ao Princpio do Juiz Natural.

    O Promotor Natural aquele investido regularmente no Cargo

    (investidura) e com atribuio constitucional o exerccio das funes

    institucionais do Ministrio Pblico. A CF-88 garante que ningum ser

    processado nem sentenciado seno pela autoridade competente. O

    processamento somente poder ser deflagrado pela autoridade competente, o

    Promotor Natural.O Promotor deve ser escolhido por critrios objetivos e abstratos,

    previamente definidos na Legislao especfica, no sendo autorizada a escolha

    deste ou daquele Promotor para exercer suas funes em determinado

    processo. Assim, referido Princpio limita os Poderes do Chefe do MP, que no

    poder designar Promotor diverso do que o previamente definido de acordo

    com a lei.

    O Promotor Natural consagra a garantia de imparcialidade dos

    Membros do MP, impedindo designaes casustas e arbitrrias (retirar umPromotor de um caso para colocar outro que atenda a determinados

    interesses).

    O Princpio do Promotor Natural veda eventuais designaes de

    Promotor especfico para determinados casos (acusador de exceo) ou para

    determinadas pessoas (Promotor ad personam), tambm chamados de

    PromotorA d H o c . Em nada a CF-88 prev excees ao Princpio!

    Item C - errado. Sim, exemplificativo, mas Municpio no tem Ministrio

    Pblico, esqueceu? O MP apenas da Unio e dos Estados.

    Item D - correto. Este o Princpio da INDIVISIBILIDADE - Os Membros do

    Ministrio Pblico exercem suas funes em nome de toda a Instituio, o que

    autoriza a substituio dos Promotores ou Procuradores, por outros pares

    respectivos, sem desnaturar o exerccio funcional.

    Em termos simples, para este Princpio os Membros do MP

    (Promotor ou Procurador) so o prprio Ministrio Pblico corporificado

    (indivisvel), o que autoriza substituies de Membros, dentro de critrios

    objetivos previamente estabelecidos.

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    Assim, os Membros do MP no se vinculam diretamente satividades especficas que esto desenvolvendo. Se um Promotor estiver

    atuando em um processo e, por exemplo, sair de frias, poder outro

    substitu-lo normalmente. Este outro tambm ser o "Ministrio Pblico",

    incorporando a instituio MP.

    Item E - errado. vedado aos membros do MP exercer, ainda que em

    disponibilidade, qualquer outra funo pblica, salvo uma de Magistrio -

    o Promotor ou Procurador no podem exercer, ao mesmo tempo, outro cargo

    pblico (ex: serem Juzes; Auditores Fiscais; acumularem a anterior funo deTcnico ou Analista do MPE com a nova funo de Promotor, etc), salvo outra

    funo pblica de Magistrio (ex: Professor de Universidade Pblica Federal).

    No h exceo legal para o caso do Promotor estar em disponibilidade.

    Mesmo em disponibilidade, ele estar vinculado ao cargo e s funes.

    RESPOSTA CERTA: D

    QUESTO 39: MPE - SP - Analista de Promotoria [VUNESP] -

    19/09/2010.

    Sobre o Ministrio Pblico, correto afirmar que

    a) o Procurador-Geral de Justia nomeado pelo Chefe do Poder Executivo,

    para mandato de dois anos, sendo vedada a reconduo.

    b) funo institucional do Ministrio Pblico defender judicialmente os

    direitos e interesses individuais do cidado carente, que no pode pagaradvogado.

    c) o Conselho Nacional do Ministrio Pblico formado por 14 membros,

    includos dois juzes e dois advogados.

    d) funo institucional do Ministrio Pblico exercer o controle interno da

    atividade policial.

    e) caber aos membros do Ministrio Pblico exercer outras funes que lhes

    forem conferidas, desde que compatveis com sua finalidade, sendo-lhes

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    permitidas a representao judicial e a consultoria jurdica de entidadespblicas.

    COMENTRIOS:

    Item A - errado. A nomeao do Procurador-Geral de Justia (PGJ) ser com

    base em Lista Trplice (Lista de 3 Nomes) dentre os integrantes da carreira. A

    Lista Trplice ser definida em eleio mediante Voto Plurinominal (Voto em

    todos os nomes a comporem a Lista Trplice) de todos os integrantes da

    carreira.

    A nomeao ser realizada to somente pelo Chefe do Executivo:

    O Mandato do Procurador-Geral de Justia (PGJ) ser de 2

    ANOS, sendo permitida apenas 1 (uma) nica reconduo!

    Item B - errado. Esta funo da DEFENSORIA Pblica e no do MP, ok? Cai

    direto em prova e pega muitos desavisados!

    Item C - correto. O CNMP composto de 14 MEMBROS, todos nomeados

    pelo Presidente da Republica, aps a "sabatina" (aprovao) do SENADO. No

    confundir com o CNJ, que composto de 15 Membros!

    O rgo composto com a seguinte distribuio dos cargos:

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    Governador - nos ESTADOS, ou pelo

    Presidente da Repblica - para o Distrito Federal (DF).

    a) Procurador-Geral da Repblica (Presidente);

    b)4 Membros do MPU, assegurada a representao de cada

    uma de suas carreiras (MPF, MPT, MPM e MPDFT);

    c) 3 Membros do MP dos Estados;

    d)2 Juzes, indicados um pelo STF e outro p