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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular dos Cursos de Turismo no município do Rio de Janeiro Tatiana Schroeder Rio de Janeiro Setembro/2009

Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular ... · formação do profissional em Turismo, analisando a matriz curricular dos Cursos de Turismo das Instituições de

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Panorama da Formação Profissional e a Matriz

Curricular dos Cursos de Turismo no município

do Rio de Janeiro

Tatiana Schroeder

Rio de Janeiro

Setembro/2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular dos

Cursos de Turismo no município do Rio de Janeiro

Tatiana Schroeder

Monografia apresentada no curso de pós-

graduação lato sensu em Docência do

Ensino Superior do Instituto a Vez do

Mestre.

Rio de Janeiro

Setembro/2009

 

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4 2. REVISÃO DE LITERATURA 6 2.1 PANORAMA DA EDUCAÇÃO EM TURISMO NO BRASIL 6 2.2 A MATRIZ CURRICULAR NOS CURSOS DE TURISMO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR 10 2.3 A LEI No 9.394 DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996 E AS DIRETRIZES CURRICULARES DOS CURSOS DE TURISMO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR 15 2.4 O PERFIL DO PROFISSIONAL EM TURISMO E O DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL 21 2.5 A INTERDISCIPLINARIDADE E O ENSINO DE TURISMO 23 2.6 A DOCÊNCIA E O CURSO DE TURISMO 26 2.7 A MATRIZ CURRICULAR DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR NO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO 27 3. CONCLUSÃO 34 4. REFERÊNCIAS 41 GLOSSÁRIO 42   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LISTA DE SIGLAS

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior

DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais

EMBRATUR.- Empresa Brasileira de Turismo

IES – Instituição de Ensino Superior

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MEC – Ministério de Educação e Cultura

OMT – Organização Mundial do Turismo

PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais

PCN- Parâmetros Curriculares Nacionais

SESU – Secretaria de Ensino Superior

 

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1. INTRODUÇÃO

Na década de 70, surgiram os primeiros Cursos de Turismo em

Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil. Nos últimos anos, a oferta de

cursos de Turismo e Hospitalidade em Hotelaria aumentou o número de

pesquisadores, professores e alunos – todavia, ainda são poucos os cursos de

especialização, mestrados e doutorado para a disciplina, que tem o desafio de

buscar padrões de qualidade para formar bacharéis aptos a enfrentar

demandas com soluções criativas.

É importante que o profissional de nível superior conheça todas as

interfaces da operação turística em um mundo globalizado e dinâmico,

buscando o aperfeiçoamento e posições nas mais diversas áreas da atividade

turística, conduzindo o crescimento do turismo de forma sustentável,

influenciando políticas e expandindo o campo de atuação.

As Instituições de Ensino Superior tem o compromisso de oferecer

educação de qualidade e formação que capacite o pensamento estratégico

voltado ao debate e ao intercâmbio de conhecimento, contribuindo para

fortalecer a atividade na economia.

A presente monografia objetiva fazer uma revisão literária sobre a

formação do profissional em Turismo, analisando a matriz curricular dos Cursos

de Turismo das Instituições de Ensino Superior no município do Rio de Janeiro,

a fim de averiguar se as disciplinas propostas possibilitam o conhecimento

necessário para o desempenho profissional e se a formação solidifica as

competências e habilidades profissionais propostas nas Diretrizes Curriculares

Nacionais dos Cursos de Turismo – verificando se os cursos atendem às

exigências da atividade em âmbito regional e se seguem padrões

internacionais, abrindo-se possibilidades para uma carreira que tem

abrangência mundial.

Com relação à Educação em Turismo, o posicionamento da

Organização Mundial do Comércio (OMT) indica :

`` (...) [ que ] o turismo apresenta uma grande diversidade e

heterogeneidade de atividades que dificultam o tratamento conjunto(...). Isso

também repercute no aspecto formativo. As ações devem ramificar-se de forma

 

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a marcar as diferenças entre essas atividades, embora a partir de uma idéia

conjunta e coesa do setor. “ (OMT, 1995)

Moesch , 2000, analisa o campo de conhecimento:

“ a teorização turística deve estabelecer condições de objetividade sobre seus

conhecimentos científicos – seus modos de observação e de experimentação –

portanto, na construção de uma epistemologia. Trabalhando com conceitos

bem definidos, o objeto de conhecimento, com capacidade de apropriação do

real em seu limite – o fenômeno turístico – chegaremos à teorização específica

do campo de conhecimento “.

 

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2. 1 PANORAMA DA EDUCAÇÃO EM TURISMO NO BRASIL

O ensino do Turismo, ao longo de sua trajetória, busca a formação

voltada à profissionalização.

O conteúdo que forma a estrutura da educação em Turismo e

Hospitalidade no Brasil está organizado e sistematizado, segundo a legislação

pertinente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDB) e norteada

nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). A seguir, o atual panorama,

tanto na educação básica (Ensino Fundamental e Médio), quanto na educação

profissional (Técnica e Superior), tendo por referência a legislação brasileira.

Elaborado pelo MEC, a partir de 1995, os Parâmetros Curriculares

Nacionais – PCNs – para a área profissional de Turismo e Hospitalidade,

aborda, entre outros, os cenários, as interfaces e as indicações para a

formação. Um documento extenso de amplo conteúdo.

A partir de 1995, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental e Ensino Médio, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Profissional de Nível Técnico e Superior e o conteúdo da LDB,

alicerçam a formação do educando visando a qualificação para o trabalho

profissional.

É interessante destacar os temas transversais nos Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCNS), voltados ao ensino fundamental e médio, entre

eles: ética; pluralidade cultural; meio ambiente; saúde; orientação sexual e

temas locais.

Segundo Biagio M. Avena, 2006, os temas locais referem-se à critérios

de urgência social, abrangência nacional e participação social, cabendo

portanto, inserir o Turismo na composição da grade curricular como tema

local.

Para a área profissional do Turismo e da Hotelaria, as diretrizes

curriculares para o ensino técnico estabelecem duas áreas de concentração: o

Turismo e a Hospitalidade.

Por sua vez, as Diretrizes Curriculares para o ensino superior

estabelecem duas áreas de concentração que propõem a formação de

 

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profissionais para atuarem no Sistema de Turismo. Estas duas áreas são o

Turismo e a Hotelaria.

Com o objetivo de definir denominações de cursos e habilitações na

área de Turismo, a Comissão de Especialistas do MEC em Turismo reuniu-se,

no ano 2000, com a Comissão de Especialistas do MEC em Administração e

com a Secretaria de Ensino Superior – SESU – e decidiram:

- que os Cursos de Administração com habilitações nas áreas de Turismo ou

de Hotelaria, deveriam optar pela denominação de Curso de Hotelaria ou Curso

de Administração.

- da mesma forma não seria possível autorizar Cursos de Turismo e Hotelaria,

simultaneamente, devendo a opção ser feita para Curso de Hotelaria ou para

Curso de Turismo.

Atualmente, a denominação de Curso de Hotelaria tem uma nova

nomenclatura, “Curso de Hospitalidade”, denominação estabelecida nas

Diretrizes Curriculares e nos Referênciais Curriculares Nacionais da Educação

Profissional de nível técnico, que estabelecem a área profissional: Turismo e

Hospitalidade, inserindo dentro da categoria de Hospitalidade, os serviços de

hospedagem e alimentação.

A presente monografia trata dos Cursos de Turismo, sendo todavia,

importante estabelecer diferenciações em universos próximos. Nas propostas

de Diretrizes Curriculares para o Curso de Hotelaria de maio de 2001,

elaborada pela Comissão de Especialistas de Ensino de Turismo, temos o

seguinte perfil para o bacharel em hotelaria:

“ deve conhecer e compreender aspectos tecnológicos, mas não pode estar

limitado por eles. A compreensão integral de rotinas, fluxos e controles

operacionais dos departamentos hoteleiros deve servir como um importante

instrumento para o processo decisório de planejamento, implantação,

operacionalização e avaliação de atividades hoteleiras. O profissional, para

estar preparado para realizar suas próprias pesquisas, deve conhecer a

produção científica de sua área. (DCN, 2001)”

Além destas considerações sobre o Curso Superior de Hotelaria, os

Cursos Superiores de Turismo e de Hotelaria devem ter como objetivo formar

um profissional:

 

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“[...] apto a atuar em um mercado altamente competitivo e em constante

transformação, cujas opções possuem um impacto profundo na vida social,

econômica e no meio ambiente das sociedades onde são desenvolvidas. Além

disso, e por suas próprias características, a atividade profissional do Bacharel

em Turismo exige uma formação ao mesmo tempo generalista – no sentido

tanto de conhecimentos específicos como de uma ampla visão de mundo e

conhecimentos de áreas afins – especialmente com conhecimentos

profissionais de interesse e de liberdade de escolha das IES. Daí a importância

das “habilitações” a serem oferecidas como opção aos alunos na sua

formação, nas áreas de Agenciamento, Eventos, Hotelaria, Lazer, Transportes,

Alimentos e Bebidas, Planejamento, entre outros”. (DCN, 1999)

No que se refere ao profissional formado em Curso de Turismo, este

deve ter as seguintes aptidões: atender ao cliente, desenvolver produtos

turísticos, conhecer o processo, a gestão e o planejamento de todas as etapas

da organização do Sistema de Turismo.

A atualização e a identificação de tendências é uma constante na vida

profissional, sendo importante a formação continuada por meio de cursos de

pós-graduação e doutorado.

Segundo a LDB, no inciso III do Art. 44, os cursos de pós-graduação são

“programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização,

aperfeiçoamento e outros”. Esses cursos estão “abertos a candidatos

diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das

instituições de ensino.” A pós-graduação indica e “designa todo e qualquer

curso que se segue à graduação” e se subdivide em dois níveis: pós-

graduação “lato sensu”e “stricto sensu”.

Os cursos de pós-graduação “stricto sensu” estão subdivididos em

Grandes Áreas e em Áreas, de acordo com a classificação da CAPES, 2002, o

Curso de Turismo está inserida na Grande Área das Ciências Sociais Aplicadas

– os cursos de pós-graduação “lato sensu” não se submetem à avaliação

sistemática, não inseridos, portanto na classificação acima.

 

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O primeiro currículo para Cursos de Turismo nas Instituições de Ensino

Superior foi elaborado pelo Professor Domingo Hernandez Peña, inspirado em

escolas européias e adaptado às necessidades da atividade turística no Brasil.

Nessa época a criação do Decreto-lei no 55, de 18 novembro de 1966

definiu a Política Nacional de Turismo, com a criação do Sistema Nacional do

Turismo, do Conselho Nacional de Turismo (CNTUR) e da Empresa Brasileira

de Turismo – EMBRATUR.

O primeiro curso superior de Turismo foi aprovado pelo Ministério da

Educação e Cultura - MEC , no Parecer no 35/71, que deu base à Resolução

s/n de 28/01/71, do Conselho Federal de Educação, que fixou o conteúdo

mínimo e a duração do curso superior de Turismo em um mínimo de 1.700

horas.

Segundo Marlene Matias, 2002, na década de 70, os primeiros cursos

de graduação em turismo seguiram duas vertentes, uma preconizada pela

Escola de Comunicações e Artes ( ECA) da Universidade de São Paulo (USP)

que privilegiava uma formação acadêmica com ênfase filosófica em

epistemologia, pesquisa e planejamento, e a outra vertente seguida pela

Faculdade do Morumbi, atual Universidade Anhembi Morumbi, responsável

pelo primeiro curso de Turismo no país, sob a orientação do Prof. Gabriel Mário

Rodrigues, organizando sua grade curricular com disciplinas voltadas ao

mercado. As duas vertentes inspiraram outras unidades universitárias abrindo-

se oportunidades para o surgimento de vários Cursos Superiores de Turismo

em diversos Estados.

No município Rio de Janeiro, em 1973 é oferecido o primeiro Curso de

Turismo pela Faculdade de Turismo da Guanabara.

Nos anos 90, um expressivo crescimento no número de cursos

superiores com o desafio de elevar a qualidade do ensino na área.

No corrente ano de 2009, temos as seguintes Instituições de Ensino

Superior, no município do Rio de Janeiro, oferecendo o Curso de Turismo:

• Centro Universitário da Cidade – UniverCidade

• Faculdade Gama e Souza

• Faculdade Hélio Alonso – FACHA

• Faculdades Integradas Jacarepaguá – FIJ

 

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• Faculdade Machado de Assis

• Universidade Estácio de Sá

• Universidade Veiga de Almeida - UVA

• Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO

2.2 A MATRIZ CURRICULAR NOS CURSOS DE TURISMO NAS

INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

Uma vez produzido, o conhecimento tem que circular. O currículo nas

instituições de ensino é um dos caminhos por onde circula o conhecimento

A partir do currículo é possível construir programas educacionais,

organizando conteúdos e métodos, estruturando práticas de ensino e

aprendizado.

O currículo é um conjunto de conhecimentos a serem trabalhados no

processo educacional ou de experiências de aprendizagens que vão sendo

vivenciadas nas instituições educacionais. Segundo Romão e Gadotti ,1994,

dentro de uma visão estratégica, o currículo é como

“ situar-se num horizonte de possibilidade na caminhada , no cotidiano,

imprimindo uma direção que se deriva a um feixe de indagações tais como: que

educação se quer e que tipo de cidadão se deseja, para que projeto de

sociedade , ou seja, quais os conhecimentos devem ser ensinados , o que

deve ser ensinado e por que ensinar este ou aquele conhecimento – ou

melhor o que deve ser aprendido e por que aprendê-lo.”

Tomáz Tadeu da Silva, 1999, em seu estudo referente à Teoria do

Currículo, com ênfase nos seguintes elementos curriculares: ensino,

aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento,

eficiência e objetivos, afirma que

“ o currículo é sempre resultado de uma seleção: de um universo mais amplo

de conhecimentos e saberes; seleciona-se aquela parte que vai constituir,

precisamente o currículo. As teorias do currículo , tendo decidido quais

conhecimentos devem ser relacionados, buscam justificar por que “esses

conhecimentos” e não “aqueles” devem ser selecionados. ”

A reflexão sobre o currículo é tema central nos projetos político-

pedagógicos das instituições de ensino e nas propostas dos sistemas de

ensino, assim como nas pesquisas, na teoria pedagógica e na formação inicial

 

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e permanente dos docentes. O currículo se relaciona às questões de avaliação,

metodologias, conteúdo, gestão, formação e poder.

A Resolução s/n de 28 de janeiro de 1971 do Conselho Federal de

Educação (CFE), homologou o Parecer do MEC 35/71 com os conteúdos

mínimos e a duração do Curso de Turismo, vide o texto abaixo:

Art 1 : A formação em nível superior de profissionais para o planejamento e a

organização do Turismo será feita em curso de graduação em Turismo.

Art 2 : O currículo do curso compreenderá no mínimo as seguintes matérias e

atividades:

a) Matérias

• Sociologia

• Historia do Brasil

• Geografia do Brasil

• História da Cultura

• Estudos Brasileiros

• Introdução à Administração

• Noções de Direito

• Técnica Publicitária

• Planejamento e Organização do Turismo

b) Estágio em entidades oficiais e privadas de Turismo e Hotelaria

Art 3 : No ensino da matéria Geografia terá ênfase a Cartografia

Art 4: No ensino da matéria História da Cultura terá ênfase a Cultura

Brasileira,

com especial referência às artes.

Art 5 :A matéria Noções de Direito incluirá o Direito Constitucional, Direito

Fiscal Alfandegário, Legislação Trabalhista, Estatuto Jurídico do Estrangeiro

e da Legislação específica do Turismo

Art 6: A duração mínima do curso é de 1.600 horas, as quais serão

integralizadas em dois e no máximo quatro anos.

Parágrafo único: o estágio a que se refere o item b do art 2º desta

Resolução terá a duração mínima de 4 meses, podendo realizar-se

 

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mediante convênios entre instituição responsável pelo curso e entidades

especializadas .

Art 7 : Ao organizar o currículo pleno, a instituição responsável poderá

desdobrar as matérias do curriculo mínimo e acrescentar disciplinas

complementares.

Em 1981, o “III Encontro Nacional dos Bacharéis e Estudantes de

Turismo”, criou uma ”Comissão de Currículos e Programas”, que propôs ao

Conselho Federal de Educação um novo currículo mínimo em substituição

ao anterior criado pelo Parecer MEC 35/71.

As matérias deste Currículo mínimo eram:

• Sociologia

• Historia

• Geografia

• Administração

• Direito

• Ciências e Técnicas da Comunicação

• Planejamento e Organização do Turismo

• Estatística

• Metodologia Cientifica

• Economia

• Psicologia

• Antropologia

• Contabilidade

Com as seguintes habilitações:

• Administração de Empresas Turísticas (publicas ou privadas)

• Planejamento do Turismo

• Animação Turística (agentes culturais e guias de turismo )

O Conselho Federal de Educação solicitou à Embratur um parecer

sobre esta proposta curricular sugerida no “III Encontro Nacional dos

Bacharéis e Estudantes de Turismo” em substituição à anterior criado pelo

 

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Parecer MEC 35/71. Em seu posicionamento a Embratur elencou os

seguintes tópicos :

1. Autonomia do Curso de Turismo aprovado conforme o Parecer 35/71,

sugerindo alterações no currículo estipulado.

2. Curso com duração mínima de quatro (04) anos e carga horária de 2.700

horas.

3. As matérias profissionais optativas visava a absorção no mercado de

trabalho do aluno capacitado para atuar na área de produção,

administração e planejamento de serviços turísticos

4. Incluiu no currículo mínimo: Estudo de Problemas Brasileiros e

Educação Física, matérias básicas e profissionais optativas, estipulando

a seguinte grade curricular :

Ü Entre as matérias básicas:

• Matemática

• Estatística

• Contabilidade

• Teoria Econômica

• Metodologia Cientifica

• Planejamento e Organização do Turismo

• Legislação Aplicada

• Mercadologia

• Psicologia

Ü Habilitações Alternativas

¬ 1ª. Opção: Hotelaria

• Organização Hoteleira e Técnicas Operacionais

• Administraçao Hoteleira

• Administração Financeira e Orçamento

• Mercadologia Aplicada

• Prática – Estágio

¬ 2ª Opção: Agenciamento e Transporte

• Produção e Organização de Serviços Turisticos

• Administração Aplicada

• Administração Financeira e Orçamento

 

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• Mercadologia

• Prática – Estágio

¬ 3ª. Opção: Planejamento

• Sociologia

• Organização de Turismo Interno e Externo

• Infra-Estrutura turística

• Equipamento Turístico

• Elaboração e Análise de Projetos

• Prática- Estágio

Em 1995, a AABBTUR (Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo)

e a ABDETH (Associação Brasileira de Dirigentes de Escola de Turismo e

Hotelaria) passaram a discutir em conjunto proposta para um novo currículo,

quando decidem em 1996 organizar o “Seminário Nacional de Reformulação

Curricular dos Cursos de Turismo e Hotelaria”, encaminhando à Secretaria

Educação Superior ( Sesu-MEC) o novo currículo do Curso de Turismo, que

aprovado pelo Conselho Nacional de Educação, passou a vigorar com

implantação obrigatória a partir de 1998, com o seguinte formato:

a) O tempo de duração do curso será no mínimo de quatro anos, e

no máximo de sete anos com carga horária mínima de 3.000

horas/aula.

b) A estrutura curricular consiste em:

• Formação Básica: 25% (750 horas-aula)

• Formação Profissional: 45% (1.350 horas-aula)

• Formação Complementar: 20% (600 horas-aula)

• Estágio 10% (300 horas-aula)

c) Matérias de Formação Básica

• Sociologia

• Geografia

• História

• Administração

• Economia

• Direito

• Estatística

 

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• Metodologia cientifica

• Psicologia

d) Matérias de Formação Profissional

• Planejamento e Organização do Turismo(POT)

• Teoria Geral do Turismo (TGT)

• Marketing

• Eventos

• Lazer

• Hospedagem

• Alimentos e Bebidas (A&B)

• Agenciamento

• Transportes

• Informática

• Contabilidade

• Língua Estrangeira

e) Matérias de Formação Complementar

• Antropologia

• Língua Portuguesa

• Matemática

2.3 A LEI No 9.394 DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996 E AS DIRETRIZES

CURRICULARES DOS CURSOS DE TURISMO NAS INSTITUIÇÕES DE

ENSINO SUPERIOR

A promulgação da Lei no 9.394, de 24 de dezembro de 1996 fixou as

Diretrizes e Bases da Educação Nacional , outorgando - no art.53,II - às

Universidades a atribuição de fixar os currículos dos seus cursos e programas,

observadas as diretrizes gerais pertinentes.

O MEC ( Ministério da Educação e Cultura), através da Secretaria de

Ensino Superior (SESU), atendendo à lei, concede autonomia às Instituições

de Ensino Superior (IES) na definição dos currículos de seus cursos em

simetria com as competências e habilidades pertinentes à disciplina, através de

um modelo pedagógico sintonizado com as demandas da sociedade,

 

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incentivando uma sólida formação geral, concebendo a graduação como uma

etapa do processo contínuo de educação permanente.

A Secretaria de Ensino Superior visando sistematizar a estrutura

curricular para os Cursos de Graduação das Instituições de Ensino Superior

(IES), estabeleceu os procedimentos abaixo, a partir de 1997:

• Que as Instituições de Ensino Superior apresentassem propostas para

as Diretrizes Curriculares dos Cursos de Graduação (convocação por

Edital 4/97)

• A convocação das Comissões de Especialistas de Ensino (CEEs) para

analisar as propostas de Diretrizes Curriculares dos Cursos de

Graduação para análise do Conselho Nacional de Educação(CNE), de

acordo com suas atribuições normativas, deliberativas e de

assessoramento do MEC. As propostas analisadas e elaboradas por

esta Comissão passam a ser denominadas Modelo de Enquadramento

das Propostas de Diretrizes Curriculares.

• A aprovação e homologação das Diretrizes Curriculares pelo Conselho

Nacional de Educação (CNE)

Para uma visão mais ampla, abaixo o parecer, aprovado por

unanimidade na Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de

Educação (CNE), que trata da “Orientação para as Diretrizes Curriculares dos

Cursos de Graduação” ( CNE-CES nr 583/2001) , enunciando o conselheiro

Éfrem de Aguiar Maranhão o seguinte:

“(...) tendo em vista o exposto, o relator propõe: 1) a definição da duração, da

carga horária e tempo de integralização dos cursos será objeto de um parecer

e/ou resolução da Câmara de Educação Superior; 2) as Diretrizes devem

contemplar: a) perfil do formando /egresso /profissional , conforme o curso o

projeto pedagógico deverá orientar o currículo para um perfil profissional

desejado; b) competências/ habilidades/ atitudes; c) habilitações e ênfases; d)

conteúdos curriculares; e) organização do curso; f)estágios e atividades

complementares; g) acompanhamento e avaliação”.

Neste contexto da Lei 9.394/96, a proposta curricular dos Cursos de

Turismo -considera em sua estrutura:

• Perfil do egresso

 

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• Competências e habilidades

• Tópicos de estudo

• Duração do curso

• Estágios e atividades complementares ( articulação teórico/prática)

• Reconhecimento de habilidades e competências extra-escolares

• Estrutura geral do curso

• Disciplinas de teoria de turismo

A grade curricular dos cursos de Turismo é composta pelos tópicos de

conteúdos básicos e os tópicos de conteúdos específicos.

As disciplinas de conteúdo básico abordam os fundamentos teóricos

necessários ao desenvolvimento da capacidade reflexiva, contendo matérias

que fornecem conhecimentos de ordem sociológica, psicológica, antropológica,

filosófica, histórica, geográfica, cultural e artística, possibilitando ao graduado a

capacidade de abordagem multidisciplinar, integrada e/ou sistêmica, tendo sido

sugerida pela Comissão de Especialistas de Ensino as seguintes disciplinas:

administração, antropologia, direito, economia, estatística, estudos brasileiros,

filosofia, geografia, história, língua portuguesa, metodologia científica,

psicologia, sociologia e contabilidade.

As disciplinas de conteúdo específico proporcionam ao graduado contato

direto com as atividades que compõem as atribuições profissionais, entre elas:

língua estrangeira, planejamento e organização do turismo, teoria geral do

turismo, marketing, eventos, lazer, meios de hospedagem, nutrição e dietética,

alimentos e bebidas, restaurante, agenciamento, transporte, informática,

ecologia, relações públicas, ética profissional.

Os membros da Comissão de Especialistas de Ensino sugerem

disciplinas profissionalizantes para compor a grade curricular dos cursos de

turismo com a finalidade de complementar a formação prática dos alunos, entre

elas: legislação turística, legislação ambiental, marketing de serviços,

marketing turístico, técnicas publicitárias, cerimonial, técnicas de recreação,

parques temáticos e aquáticos, organização de roteiros, formação do

empreendedor, gestão de empresas turísticas, administração de recursos

humanos, gestão financeira e estudos de viabilidade, qualidade em serviços

turísticos, projetos turísticos, patrimônio natural, planejamento ambiental,

 

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espaço turístico, problemas contemporâneos, matemática financeira, história

da arte, turismo de segmentos.

Nas diretrizes curriculares, a sugestão é que:

“pela complexidade do conteúdo e pela necessidade de uma formação

específica, a disciplina de Teoria Geral do Turismo- ou denominada ainda

como Teoria e Técnica de Turismo – Introdução ao Turismo, Turismo e Lazer,

Turismo e Mercado e outras afins, bem como Planejamento e Organização do

Turismo, preferencialmente sejam ministradas por professores oriundos da

área de Turismo.”

Com relação ao estágio, obrigatório na grade curricular, as Instituições

de Ensino Superior deverão oferecer condições de aperfeiçoamento,

possibilitando ao acadêmico relacionar os conhecimentos teóricos em

atividades práticas, podendo também ser oferecido atividades extra-curricular ,

tais como estudos independentes, laboratórios de aprendizagem, visitas

técnicas, trabalhos de conteúdo específico, atividades de atualização. O

estágio deve ser visto como um instrumento eficaz de iniciação profissional,

colocando o aluno em contato direto com o mercado de trabalho.

Os membros da Comissão de Especialistas de Ensino ao estabelecerem

as Diretrizes Curriculares descrevem as principais competências e habilidades

do profissional a ser formado nos cursos de bacharelado em turismo, no que

tange à formação teórica a expectativa é que:

“as diversas correntes do pensamento turístico estejam presentes na sua

formação, possibilitando uma reflexão sobre o fenômeno, dentro do contexto

passado, presente e futuro e suas inter-relações geográficas, socioculturais e

econômicas. As questões teóricas devem proporcionar um embasamento

levando o profissional a refletir sobre o turismo, tanto questões de

planejamento e gerenciamento como nas de produção, distribuição e

comercialização. Espera-se um posicionamento profissional que busque a

qualidade das atividades turísticas e das empresas de turismo, bem como a

maximização dos efeitos positivos e a minoração dos efeitos negativos que o

turismo produz sobre as sociedades e sobre o meio ambiente. Como o turismo

é área de conhecimento em evolução, caberá aos estudiosos do turismo

auxiliar nesta tarefa, com pesquisas e reflexões sobre o fenômeno.”

 

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No que se refere à formação prática, o graduando poderá adquirir as

competências e habilidades, através:

“ de treinamento em laboratórios, empresas juniores, visitas técnicas,viagens e

estágios supervisionados, devendo ser capaz de instalar a competência com o

manejo de técnicas e instrumentos em condições novas e desafiadoras .

Espera-se que a experiência prática traga um constante pensar sobre “o que

fazer”, “como fazer” e o “por que fazer”, buscando constantemente, com

criatividade , soluções para os problemas desta área”

A formação teórica e prática são essenciais para o sucesso profissional,

cujo objetivo é formar um profissional com responsabilidade social dotado de

um amplo espectro de competências, entre elas, de acordo com as diretrizes

curriculares, temos:

“ colaborar na elaboração e na implantação da Política Nacional de Turismo;

elaborar e operacionalizar inventários turísticos utilizando metodologia

adequada para a confecção de diagnósticos turísticos; elaborar o planejamento

dos espaço turístico; elaborar Planos Municipais, Estaduais e Federais de

Turismo; interpretar legislação pertinente; identificar,analisar e avaliar os

possíveis efeitos positivos e negativos provocados pelas atividades turísticas

em determinados espaços e comunidades ; estabelecer normas,

detectar,aplicar e gerenciar a qualidade de serviços turísticos; apoiar ações

voltadas à formação , treinamento e capacitação dos recursos humanos de

turismo em nível técnico e superior; fazer estudos de mercados turísticos

prioritários ; interpretar , avaliar e selecionar informações , geográficas,

históricas, artísticas, esportivas, recreativas e de entretenimento, folclóricas,

artesanais, gastronômicas, religiosas, etc; gerir empreendimentos turísticos;

utilizar a metodologia científica no desenvolvimento de estudos e pesquisas

básicas e aplicadas.”

As competências acima, demonstram que as Diretrizes Curriculares

idealizam um profissional apto a enfrentar o competitivo e exigente mercado de

trabalho, sugerindo ainda um perfil extenso , conforme se verifica no texto a

seguir:

“ (...) internalização de valores de responsabilidade social, justiça e ética

profissional; formação humanística e visão global que o habilitem a

compreender o meio social, em seus aspectos político, econômico e cultural,

 

Page 21: Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular ... · formação do profissional em Turismo, analisando a matriz curricular dos Cursos de Turismo das Instituições de

  20

onde está inserido e a tomar decisões em um mundo diversificado e

interdependente; formação técnica e científica para atuar no planejamento e

na gestão de empresas turísticas, além de desenvolver atividades específicas

da prática profissional em consonância com as demandas mundiais,

nacionais e regionais; competência para empreender , analisando criticamente

as organizações , antecipando e promovendo suas transformações ;

capacidade de compreensão da necessidade do contínuo aperfeiçoamento

profissional e do desenvolvimento da auto-confiança; capacidade para a

resolução de problemas macro e micro pertinentes à prestação de serviços

turísticos; capacidade para planejar, organizar, implantar e gerir programas de

desenvolvimento turísticos de destinação e empreendimentos turísticos;

capacidade de atuação nos diversos setores do mercado turístico e em todas

as áreas concernentes à profissão; competência para implantar resoluções

alternativas e inovadoras , bem como capacidade crítica , reflexiva e criativa;

interesse e estímulo para o desenvolvimento na área da docência e pesquisa.”

Além das competências, algumas habilidades são imprescindíveis para

interagir no mercado de trabalho, entre elas:

• Conhecimento de idiomas, sendo obrigatório o inglês e o espanhol.

• Conhecimento de ferramentas digitais

• Interagir em equipe inter- ou multidisciplinar

• Adaptabilidade e flexibilidade diante de problemas e desafios

organizacionais

A representatividade do Turismo na Secretaria de Ensino Superior, foi

realizada pelo CEEAD ( Comissão de Especialistas de Ensino de

Administração ) até o advento da Portaria 1.518 (SESU-MEC) de 16 de junho

de 2000, que criou a “Comissão de Especialistas de Ensino de Turismo”, que

assumiu a responsabilidade pela formação acadêmica aos bacharéis em

Turismo.

O bacharel em Turismo ainda não tem a profissão regulamentada,

todavia a categoria se organizou em associações estaduais e a busca de uma

unidade nacional representativa deu forma à “Associação Brasileira de

Bacharéis de Turismo” - (ABBTUR) e a criação de um Código de Ética. Duas

correntes se posicionam quanto à regulamentação profissional, uma favorável

e outra contrária.

 

Page 22: Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular ... · formação do profissional em Turismo, analisando a matriz curricular dos Cursos de Turismo das Instituições de

  21

2.4 O PERFIL DO PROFISSIONAL EM TURISMO E O

DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL

A área de atuação profissional para os egressos dos Cursos de Turismo

abrange empresas com prestação de serviço em hospedagem, transporte,

agenciamento, alimentação, entretenimento, eventos, planejamento.

A principal função dessas empresas na atualidade está voltada para

satisfação dos clientes, envolvendo tarefas complexas que demandam atuação

de profissionais especializados e com formação na área.

Para atuação no setor e obtenção de sucesso no quesito intangível

voltado à felicidade dos clientes, o profissional de turismo, além da

competência , deve aperfeiçoar a determinação, criatividade, visão para inovar,

paciência, autoconhecimento.

Segundo Marília Gomes dos Reis Ansarah, 2002, a formação superior

em turismo e hotelaria garante a atuação em diversos segmentos do

mercado.O mercado de trabalho é diverso, amplo e busca constantemente

nichos de atuação que o bacharel em turismo pode descobrir ou criar, devendo

estar preparado para atividades de planejamento e gestão. Abaixo o amplo

espectro de atuação apresentado pela autora na área:

Ü Hospedagem: empresas de diversas categorias, entre elas: meios de

hospedagem tradicional como os hotéis de diferentes categorias (

padrão, de lazer, de saúde, fazenda, clube, residência, eco-hotel,

lodge,motel, timeshare) e os meios de hospedagem extra-hoteleiros ou

alternativos ( pensão, colônia de férias, pousada, albergue, camping,

flat, apart-hotel ..)

Ü Transportes: aéreo, rodoviário, ferroviário, aquaviários e demais.

Ü Agenciamentos: agências de viagens, operadoras e representações

Ü Lazer: atividades de animação, recreação – clubes, parques temáticos,

eventos, empresas de entretenimento, agencias, cruzeiros marítimos ,

colônia de férias, hotéis e outros.

Ü Alimentação: restaurantes, fast food, cruzeiros marítimos, parques

temáticos, eventos e similares.

Ü Eventos: e também feiras, congressos, exposições nacional e

internacional..

Ü Hospitalidade: atividades de caráter hospitaleiro

 

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Ü Órgãos oficiais: atuação em planejamento e programas estabelecidos

por uma política de turismo, fomento, pesquisa e controle de atividades

turísticas

Ü Consultoria: atuação em pesquisa ou planejamento

Ü Marketing e vendas turísticas

Ü Magistério: cursos de graduação, pós-graduação, especialização,

extensão, atualização e cursos livres.

Ü Publicações: editoras, jornais, revistas especializadas

Ü Especialização em mercado segmentado: turismo ecológico, social,

infanto-juvenil, para idosos, deficientes físicos, de negócios, segmentos

étnicos e culturais em geral

Ü Pesquisa: centros de informação e documentação

Ü Outros ramos de conhecimento humano: áreas novas, tradução e

interpretação, instituições culturais, informática aplicada ao turismo,

entre outras.

É sempre oportuno limitar o âmbito para a atuação do profissional em

hotelaria, especificando as seguintes áreas de atuação:

Ü Planejamento estratégico

Ü Organização e Administração: gestão empreendimentos hoteleiros ,

alimentos &bebidas, hospedagem, controladoria e marketing

Ü Áreas correlatas do setor como gastronomia, lazer e recreação,

cruzeiros marítimos, hospitais, clínicas e spas.

Com relação ao desenvolvimento profissional, os interessados em atuar

na área de Turismo devem buscar o constante aprimoramento e adicionar aos

estudos atividades complementares, entre elas:

• Estágio profissional em empresas ou instituições da área para vivenciar

a realidade competitiva da área

• Atualização contínua através de leitura e pesquisa

• Cursos extracurriculares para tarefas específicas ( guia, emissão

passagem, elaboração roteiros, marketing turístico, organização de

eventos)

• Participação em eventos: congressos, encontros, seminários

• Estudo de idiomas e culturas

 

Page 24: Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular ... · formação do profissional em Turismo, analisando a matriz curricular dos Cursos de Turismo das Instituições de

  23

• Empresa júnior: para aperfeiçoar o espírito empreendedor, a ética, a

colaboração, a qualidade durante as inúmeras atividades executadas

por esse tipo de empresa, possibilitando uma atuação mais específica e

criativa.

A educação voltada para as questões de turismo deve considerar a área

de atuação no mercado turístico, a fim de melhor direcionar a formação dos

alunos de acordo com suas habilidades e competências, levando em

consideração sua responsabilidade com a produção do saber turístico.

A capacitação pode ocorrer voltada para níveis setoriais diversos,

conforme abaixo se exemplifica:

¬ Nível básico : atuação em tarefas específicas de nível operacional dos

serviços

¬ Nível intermediário: gestão operacional, demanda a especialização

profissional de operador, coordenando o processo de um setor em áreas

comercial, financeira, pessoal e de manutenção

¬ Nível superior: serviços especializados que exigem formação superior de

atuação à nível de gerência operacional

¬ Nível superior com especialização: direção e gestão de empresas, que

além da formação superior agrega uma especialização à nível de pós-

graduação – aliando habilidades e competências de gestão à cultura

geral e tecnológica

2.5 A INTERDISCIPLINARIDADE E O ENSINO DE TURISMO

Como área de estudo, o Turismo é relativamente recente. Muitos

são atraídos para absorver o conhecimento e ocupar os inúmeros cargos em

diversos campos de atuação , mas para alcançar o sucesso é necessário

adquirir habilidades e competências, além de dedicação e profissionalismo.

Nas atuais matrizes curriculares é possível situar uma estrutura de abordagem

interdisciplinar, sem necessariamente conduzir ao perfil visado pelas

Instituições de Ensino Superior. As IES devem estar sempre reavaliando o

conteúdo do Curso de Turismo a partir da atualização constante de

informações, acompanhando tendências e os mais diversos modelos

empresariais e institucionais de produtos, serviços e destinos turísticos para

 

Page 25: Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular ... · formação do profissional em Turismo, analisando a matriz curricular dos Cursos de Turismo das Instituições de

  24

gerar e inovar o saber do setor à nível de excelência , investindo em recursos

humanos, publicações e novas tecnologias.

Segundo Eduardo Fayos-Solá, 1996, Diretor de Educação e Formação

da Organização Mundial de Turismo (OMT), as condições da atualidade

exigem:

• conteúdos curriculares voltados para à pesquisa de mercado na busca

de compreender melhor o comportamento do consumidor.

• aumentar investimento na educação, melhorando a qualidade e a

eficiência na formação de educadores, na atualização de novos

métodos pedagógicos e no uso de novas tecnologias

• a gestão turística na nova era vai requerer mudanças curriculares

importantes, com maior desenvolvimento de programas de formação

gerencial, maior intercâmbio com instituições educacionais com o

mundo empresarial e programas de educação continuada dentro e fora

da empresa

• incluir na grade curricular assuntos relacionados ao meio ambiente,

corrigindo impactos sociais e ambientais.

No diagrama abaixo, (Figura 1), Jafar Jafari, 1990, da Universidade de

Wisconsin identifica as disciplinas e as áreas de estudo que conduzem o

Processo Educacional em Turismo, identificando os conhecimentos

necessários à formação em nível superior com ênfase interdisciplinar em

diversos campos , entre eles a pesquisa. O diagrama, citado e adaptado por

Ansarah, 2002, apresenta disciplinas que constam nas grades curriculares de

Instituições de Ensino Superior na área de Turismo e Hospitalidade.

 

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  25

Figura 1. Processo Educacional em Turismo, acrescido de outros cursos (Ansarah 2002).

A educação em Turismo deve estar sempre viabilizando soluções para

desafios, entre outras destacam-se:

• A pouca participação das empresas na formação de novos profissionais

• Escassa oferta de estágios

• Dificuldade dos profissionais acessarem à educação continuada

• A escassa participação dos órgãos públicos na formação e contratação

dos novos profissionais

• Formação de profissionais voltada para a atuação em órgãos públicos

• Carência de cursos para a formação de docentes

 

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• Demanda pouco atendida em áreas estratégicas de conhecimento do

setor turístico, como por exemplo:

1) Desafios da Responsabilidade Social e Sustentabilidade

2) Comunicação Estratégica e Marketing Socioambiental

3) Conhecimento em Sistema de Gestão Integrado (Qualidade, Ambiental,

Saúde e Segurança )

4) Gerenciamento de Novas Mídias

5) Desenvolvimento de Políticas Públicas

6) Cluster de Turismo

2.6 A DOCÊNCIA E O CURSO DE TURISMO

Um dos pontos considerados críticos no ensino do Turismo tem sido a

qualificação dos profissionais docentes, sendo a formação pedagógica

indispensável para o desempenho dos cursos, dos alunos e à competitividade

do setor

O ambiente e a gestão institucional, o desempenho do corpo docente,

o projeto pedagógico, a matriz curricular, a estrutura tecnológica disponível

para ministrar as aulas e o compromisso de todos são os alicerces para a

qualidade do aprendizado e o desempenho do aluno.

A capacitação do corpo docente influencia diretamente a qualidade da

formação profissional das Instituições de Ensino públicas e/ou privadas, que

todavia, não proporcionam acesso às disciplinas de formação docente durante

a graduação.

O mercado de trabalho nos Cursos de Turismo e Hospitalidade está

em expansão, requisitando educadores com o conhecimento de princípios

básicos de pedagogia, formação multi- inter e/ou transdisciplinar aliada à

experiência teórica e prática. Os docentes da área devem igualmente conhecer

métodos e técnicas educacionais, princípios de didática, princípios de filosofia e

psicologia educacional e conhecer as tendências educacionais e da área

profissional eleita.

 

Page 28: Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular ... · formação do profissional em Turismo, analisando a matriz curricular dos Cursos de Turismo das Instituições de

  27

2.7 A MATRIZ CURRICULAR DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO

SUPERIOR NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

A investigação para realizar a presente monografia foi feita através de

processo interativo. As Instituições de Ensino Superior (IES) que colocaram

os currículos no formato digital em seus endereços digitais possibilitaram a

visualização do material, que enfoca as disciplinas e os diferenciais para a

formação profissional nos Cursos de Turismo.

As (IES) que oferecem o Curso de Turismo no municipio do Rio de

Janeiro não disponibilizam em seus endereços digitais os seguintes

documentos e informações:

X Projeto Politico Institucional

X Projeto Politico Pedagógico,

X Ementa das Disciplinas ( com exceção da Universidade Veiga de

Almeida )

X Descrição e Formação do Corpo Docente (com exceção da UNIRIO)

As Instituições de Ensino Superior que oferecem o Curso de Turismo no

município do Rio de Janeiro, em sua maioria oferecem em seus endereços

digitais:

X As possibilidades de acesso e localização

X O valor das mensalidades

X O perfil, as habilidades e as competências do profissional que deseja

formar

X A grade curricular e os diferenciais dos Cursos de Turismo

X Convênios para o Estágio Profissional

Na tabela 2, foram enumeradas as IES do município do Rio de Janeiro,

a duração e os diferencias dos Cursos de Turismo ofertados e as disciplinas

que formam a matriz curricular de cada instituição de ensino

 

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Tabela 2. Matrizes curriculares das IES do município do Rio de Janeiro.

Universidades que oferecem o Curso de Turismo no município do Rio de Janeiro

Duração do curso e

Diferencias

Matriz Curricular – Disciplinas

1 . Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) 

2.540 horas/aula e é realizado em oito (8) semestres Organiza atividades extra-curriculares, entre elas: um calendário de palestras , seminários, eventos de alunos, viagens técnicas. Oferece uma biblioteca atualizada e laboratório de informática e uma publicação bimestral. Edita uma publicação bimestral.

História da Arte História do Brasil História da Cultura Geografia Geral e Aplicada Língua Portuguesa Economia Inglês I Espanhol I Matemática Aplicada ao Turismo Psicologia Aplicada ao Turismo Pesquisas e Trabalhos Acadêmicos Ecologia Sociologia do Lazer Introdução ao Estudo do Turismo Agenciamento I e II Transporte I e II Hospedagem I e II Administração de Empresas Turísticas Planejamento e Organização do Turismo I e II Entretenimento Turístico Animação Turística Legislação de Turismo Eventos I e II Alimentos e Bebidas I Inglês II Espanhol II Informática Aplicada ao Turismo Marketing Turístico Cerimonial e Protocolo Recursos Humanos

2. Faculdade Gama e Souza   

03 anos em seis (06) semestres Oferece Biblioteca e Laboratório   

Agenciamento de Viagens Alimentos e Bebidas Aspectos Psicologicos Aplicados ao Turismo Comunicação e Expressão Contabilidade Aplicada ao Turismo Desenvolvimento Local Direito e Legislação Turistica Economia Aplicada ao Turismo Empreendorismo Espanhol Estagio Profissional Supervisionado I,II,III Estatistica Aplicada ao Turismo Estetica e Historia da Arte Eventos e Cerimoniais Filosofia e Etica Profissional Geografia Geral e do Brasil Gestão de Empresas Turisticas Historia Geral e do Brasil Informatica Aplicada ao Turismo

 

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Inglês Introdução às Ciencias Sociais Lazer e Recreação Meios de Hospedagem Metodologia da Pesquisa Científica Patrimônio Turístico Brasileiro Planejamento Organizaçãde Turismo I e II Pratica em Turismo I – Excursão Pratica em Turismo II – Eventos Qualidade em Serviços Turisticos Relações Publicas e Técnicas Publicitárias Teoria Geral da Administração Teoria Geral do Turismo I , II Trabalho de Conclusão de Curso Transporte em Turismo Turismo Social I,II Turismo Sustentável  

3. Faculdade Integrada Helio Alonso – FACHA   

 Sete (07) semestres  Teoria Geral do Turismo I Formação da Cultura Brasileira Lingua Portuguesa I Administração de Empresas Sociologia Métodos e Técnicas de Pesquisa Antropologia Potencial Técnico Turístico Análise Estrutural do Turismo Lingua Portuguesa II Administração Hoteleira I Informática aplicada ao Turismo Historia Elementos Geográficos Turísticos Psicologia Inglês Instrumental Administração Hoteleira II História do Rio de Janeiro Análise Econômica Turismo Promoção e Comer. De Produtos Turísticos Alimentos e Bebidas Marketing Ecoturismo História da Arte Projetos e Estudos de Viabilidade Econômica Estatística Agenciamento I Transporte I Turismo e Patrimônio Histórico e Cultural Planejamento e Organização de Turismo I Filosofia e Ética Legislação Agenciamento II Transporte II

 

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Eventos Planejamento Organização de Turismo II Empreendedorismo Projeto Experimental TCC Optativa

4. Faculdade Machado de Assis   

3.020 horas/aula em sete(07) semestres 

Introdução ao turismo Introdução a administração Sociologia organizacional Matemática História do Brasil História da cultura Geografia Geral Informática I Comunicação EmpresarialEstudos turísticos brasileiros Antropologia História da arte Museologia Instituição de direito público e privado Informática II Geografia do Brasil Sociologia do LazerIntrodução a gestão de pessoas Economia Planejamento e organização de turismo I Eventos I Transportes I Agenciamento I Estatística Contabilidade Língua inglesa operacional I Língua espanhola operacional I Eventos II Transportes II Agenciamento II Hospedagem II PlanejamentoOrganização do Turismo II Introdução a mercadologiaLíngua inglesa operacional II Língua espanhola operacional II Eventos III Agenciamento III Hospedagem III Legislação específica do turismo Empreendedorismo Métodos e técnicas de pesquisa Língua inglesa operacional III Língua espanhola operacional III Filosofia e ética profissional Ecoturismo Recreação e lazer Técnicas publicitárias Projetos turísticos Trabalho monográfico Estágio supervisionado

 

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 5 . Universidade Estácio de Sá     

 Três (03) anos em seis(06) semestres Prática Acadêmica

Convênio com Walt Disney World Company Convênio com Universidade Lusófona deHumanidades Portugal.Lisboa Convênio com Universidade da Carolina do Norte - Greensboro Agência de viagens: Estácio Junior Turismo com Sistema de Reservas Amadeus

Revista : Jornal Estação Turismo

 

Fundamentos de Administração Fundamentos de Ciências Sociais Patrimônio Histórico Cultural Brasileiro Lingua Portuguesa Estudos de Casos em Turismo Cultura Brasileira Cenários Geopolíticos do Turismo História da Hotelaria Sistema Turistico Agência de Viagens e Turismo Psicologia Operações e Serviços Hoteleiros Sistema de Reservas e Comércio Eletrônico Turismo, Educação e Meio Ambiente Roteiros Turísticos Internacionais Transportes Turísticos I Desenvolvimento de Turismo Receptivo Metodologia Científica Fundamentos de Economia Gestão de Pessoas e Resp. Social no Turismo Roteiros Turísticos Nacionais Lazer e Entretenimento no Turismo Planejamento e Organização de Eventos Transportes Turísticos II Gastronomia Empreendedorismo Marketing Turístico Fundamentos de Contabilidade Tópicos em Libras:Surdez e Inclusão Planejamento Turístico I Estágio Supervisionado /Ética Profissional Políticas Públicas em Turismo Inglês Aplicado ao Turismo Produção de Eventos Elaboração e Análise de Projetos Turísticos Planejamento Turístico II Consultoria em Turismo e Hotelaria Tópicos Avançados em Hotelaria Trabalho Final Tópicos Avançados em Turismo Legislação Turística Gestão da Qualidade no Turismo  

6 . Universidade Veiga de Almeida ( UVA )        

Três(03) anos em seis (06) semestres  NETUR - Núcleo de Estudos Turísticos da Universidade Veiga de Almeida - Composto pelos núcleos de Eventos, Pesquisa e Estudos Turísticos, Turismo de Aventura e Ecoturismo.

Fundamentos de Administração I Introdução ao Turismo Meios de Hospedagem Geografia do Turismo Geografia do Turismo História da Arte Sociologia Comunicação Social no Tursimo Inventariação e Informação Turística Prática de Inventariação Turística Comunicação Oral e Escrita Agenciamento e Transportes Prática Agenciamento e Transportes

 

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Convênios de Cooperação Técnica e de Estágio com diversas organizações do “trade turístico”; Aulas de Campo e Visitas Técnicas a empreendimentos Todos os docentes atuam no mercado de trabalho Realização de eventos promovidos pela coordenação do curso e, também, pelos alunos das disciplinas de Eventos O curso apresenta três eixos temáticos para pesquisa, são: Turismo, Meio Ambiente e Patrimônio Natural; Turismo, Cultura e Patrimônio Cultural e Turismo e Inserção Social; O empreendedorismo e a gestão ambiental são matérias obrigatórias. Os ex-alunos da UVA têm obtido um excelente desempenho em concursos públicos para cargos técnicos na área de Turismo  

Turismo e Ética Profissional Turismo,Recursos Naturais e Meio Ambiente Marketing de Serviços Gestão de Negócios em Turismo Metodologia Científica Turismo e Patrimônio Cultural Promoção e Organização de Eventos Prática em Eventos Recursos Humanos e Hospitalidade Legislação Turística e Políticas Públicas Seminários de Pesquisa em Turismo Filosofia Planejamento e Organização do Turismo Prática de Planejamento Turístico Gestão Empresarial na Hotelaria Economia do Turismo Projeto de Conclusão de Curso Estudos Interdisciplinares em Turismo e Hotelaria Ciências Ambientais Tópicos em Turismo de Aventura* Tópicos em Pesquisas Quantitativas* Tópicos Especiais em Agroturismo* Trabalho de Conclusão de Curso Turismo e Compromisso Social Custos e Finanças Roteiros e Operação de Receptivo Prática em Roteiro de Receptivo Gestão de Alimentos e Bebidas Estágio Supervisionado Empreendedorismo Tópicos Especiais em Gestão de Destinos Turísticos* Tópicos em Turismo Urbano* Tópicos em Projetos Turísticos* Tópicos Especiais em Prospecção de Mercado e Inovação* *Disciplinas Eletivas  

7. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro ( UNIRIO )

3.125 horas/aula em oito (08) semestres 10 Curso de Turismo em Universidade Pública no município do Rio de Janeiro

Atividades Extra-Curriculares:incluindo projeto de pesquisa, monitoria, iniciação científica, projeto de

Antropologia Ecologia Geral Espaço e Território Introdução à Filosofia Leitura e Produção de Textos Introdução ao Patrimônio Introdução ao Turismo Introdução à Cultura Brasileira Introdução à Administração Introdução à Sociologia Fundamentos do Turismo Políticas Públicas de Preservação Leitura e Inter. De Língua Inglesa I Introdução à Economia Produção Artística no Brasil I

 

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extensão, estágio extra- curricular, seminário, simpósio, congresso, conferência, ainda que os conteúdos não estejam previstos no currículo pleno de cada curso.  

Ética Patrimônio Histórico Brasileiro Planejamento Organização em Turismo Arqueologia Geral Introdução à Ciência da Computação Sentido e Forma na Produção Artística I Museus no Mundo Contemporâneo Patrimônio Turístico Brasileiro História do Brasil I Educação Especial Métodos e Técnicas de Pesquisa Legislação Aplicada ao Turismo Economia do Turismo Análise Empresarial e Administrativa Espanhol Instrumental História do Brasil II Produção Artística no Brasil II Sentido e Forma na Produção Artística Direito Ambiental Comunicação Leitura e Inter. de Língua Inglesa II Fontes de Informação Turística Hospedagem Patrimônio e Turis. Desenv. Sustentável Seminários de Pesquisa em Turismo História no Brasil III Psicologia Social Estatística Sentido Forma na Produção Artística III Elaboração de Roteiros Turísticos Realidade Urbana Brasileira Marketing em Hotelaria Tópicos Especiais em Turismo I Políticas e Planejamento em Turismo Marketing em Turismo Análise da Demanda em Turismo Operac. e Sistema de Transporte Antropologia IV Museologia e Turismo Cultural Turismo Rural Leitura e Produção de Textos em Inglês Cultura Soci. no Brasil Contemporânea Patrimônio Ambiental e Ecoturismo Orientação de Monografia I Projetos em Turismo Turismo e Produção de Eventos Sistema de Operações e Agenciamento Estágio Supervisionado I Turismo Urbano Folclore e Arte Popular Gastronomia Tópicos Especiais em Turismo II História do Rio de Janeiro Orientação de Monografia II Estágio Supervisionado II Gestão da Qualidade Desenvol. Das Relações Interpessoais Tópicos Especiais em Turismo III  

 

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3. CONCLUSÃO

A formação profissional superior em turismo , apesar de recente, está

em expansão face à dinâmica com que o setor vem se desenvolvendo ,

principalmente após a criação do Ministério de Turismo, da Política Nacional de

Turismo, e das inúmeras instituições públicas, privadas e do 30 Setor

representativas de classe e segmentos. O desafio atual é elevar o padrão de

qualidade dos cursos para que os egressos venham a assumir posições de

liderança e inovação contribuindo com a atividade econômica em diversas

áreas produtivas.

A busca da qualidade no ensino e na aprendizagem terá como efeito a

melhoria contínua nos serviços e produtos das organizações, que dependem

da especialização e motivação dos recursos humanos para satisfazer o

consumidor.

O sucesso do setor de turismo está interconectado à capacitação e à

capacidade criativa das pessoas e da introdução do conceito de

sustentabilidade para preservação dos recursos naturais e melhor desempenho

produtivo.

Com relação ao ensino, Dencker 7 menciona:

“muitas são as disciplinas que tratam da questão do turismo e temos que

admitir que ainda hoje o turismo não constitui um corpo de conhecimento, com

dinâmica própria, mas está sujeita à influência de diferentes paradigmas, o que

prejudica a formação de um corpo teórico específico(...). O turismo entretanto,

os conteúdos programáticos das disciplinas componentes da estrutura

curricular dos cursos de turismo devem abranger aspectos econômicos,

sociológicos , culturais , ambientais, geográficos, políticos, legais,

tecnológicos, administrativos, históricos do produto turistico, institucionais e

muitos outros com integração e coerência proporcionando enfoques

interdisciplinares e sistêmicos” ( 1998:30)

Com relação ao currículo das Instituições de Ensino Superior (IES) do

município do Rio de Janeiro, observa-se o seguinte:

1 – A interdisciplinaridade é o ponto de maior realce quando se observa a

matriz curricular do Curso de Turismo. Todavia é importante reconhecer a

importância do Turismo no atual contexto da sustentabilidade , cujo enfoque

 

Page 36: Panorama da Formação Profissional e a Matriz Curricular ... · formação do profissional em Turismo, analisando a matriz curricular dos Cursos de Turismo das Instituições de

  35

holístico às questões sociais, econômicas e do meio ambiente natural e urbano

poderiam nortear os cursos de formação da área.

2 – O Curso de Turismo tem carga horária diferenciada em cada uma das

instituições analisadas , e a formação é distribuida em diferentes n0 de

semestres. A graduação nos Cursos de Turismo deveria atender à um critério

homogêneo na oferta de disciplinas e serem concluídas no período de 03 anos,

espaço temporal já instituído em algumas IES . Após esse período, o egresso

do curso poderia optar pela continuidade da formação em um outro curso de

graduação ou em curso de pós-graduação no Brasil ou no exterior,

organizando sua própria matriz curricular de acordo com o perfil profissional

que deseja. A extensividade da formação superior nos Cursos de Turismo,

com ênfase em disciplinas de caráter interdisciplinar podem prejudicar a

busca do egresso na constituição de um corpo de conhecimento individual que

irá personalizar e diferenciar o seu currículo de acordo com interesses pessoais

e profissionais.

3 – As disciplinas de conteúdo básico, conteúdo específico e de conteúdo

profissionalizante deveriam interagir holisticamente dentro da idéia de

disciplinas profissionalizantes de nível superior, com possibilidades de

aprofundar , de forma extensiva, aspectos da segmentação turística, aonde

cada instituição de ensino atenderia à um perfil de excelência , oferecendo

infraestrutura e conhecimento para o aperfeiçoamento e inovação na área

eleita.

4 – O Projeto Politico Pedagógico (PPI) deve se alinhar ao Projeto Político da

Instituição (PPI) , definindo com exatidão o perfil do profissional que deseja

formar em acordância com as competências e habilidades indispensáveis

somadas à constante atualização de informações do mundo do trabalho e suas

tendências. É necessário que haja transparência com divulgação à sociedade

de todo o processo que envolve a programação de educação profissional

ofertada, tais como : a contextualização ( levantamento de necessidades e

atualização de informações de mercado); a definição da programação; o

desenho dos currículos; a ementa das disciplinas ofertadas na matriz curricular

e suas bibliografias; a metodologia de educação profissional; a operalização

dos programas; avaliação da educação profissional. A não-transparência

dificulta uma avaliação comparativa entre os conteúdos dos cursos de Turismo

 

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  36

com a finalidade do consumidor eleger a instituição adequada aos seus

propósitos de atuação e/ou atualização profissional.

5 – A elaboração do Projeto Político Pedagógico deveria seguir uma

construção coletiva e participativa, abrangendo além dos assessores

pedagógicos e docentes com formação interdisciplinar, convidados advindos

de diferentes segmentos públicos e privados do Turismo, servindo de

motivação para a inovação curricular e a busca de novas metodologias e

estratégias de ensino. O aspecto regional deve estar em evidências, levando-

se em consideração o contexto do turismo na diversidade cultural brasileira e

mundial.

6 – O produto e os serviços das Instituições de Ensino Superior são voltados

para a Educação, que hoje está na centralidade das estratégias de

desenvolvimento – sendo fundamental a aquisição de pedagogos atualizados

e alinhados às novas tendências da educação profissional e do mercado de

trabalho, o que será determinante para o posicionamento e o desempenho da

instituição , a competência de seus egressos e o desenvolvimento das

atividades do Turismo no contexto de um mundo exigente e globalizado em

busca de sustentabilidade .

7 - O Turismo é um agente ativo, não só no que tange ao acolhimento e a

amizade entre os povos, como também no processo de globalização de

produtos e serviços.

8 – Em pesquisa, realizada pelo Centro Universitário da Cidade - UniverCidade

com egressos do seu Curso de Turismo, constatou-se que em 2005 dos

egressos empregados - 30% ocupavam funções gerenciais e 70% , funções

operacionais – essa informação demonstra que o conhecimento teórico

apreendido em nível superior está sendo empregado em atividades de nível

básico ( atuação em tarefas específicas de nível operacional dos serviços ) e

nível intermediário ( gestão operacional na coordenação do processo de um

setor ) , o que é uma grande perda de tempo e recursos para o profissional e o

desenvolvimento da atividade do Turismo no país.

9 – As IES deveriam restringir o corpo de conhecimento relativo às áreas do

Turismo, Hospitalidade, Hotelaria, Alimentação e Transportes para formalizar

Cursos de maior especificidade, compostos de disciplinas interdisciplinares

com abordagens centradas nas áreas de atuação, mantendo um alto nível de

 

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qualidade para os egressos conquistarem colocações , compatíveis com o

perfil e a competência da formação superior, obtendo salários melhores para

promover o aperfeiçoamento e a formação contínua.

10 – Tendo como referência as matrizes curriculares do Curso de Turismo das

Instituições de Ensino Superior do município do Rio de Janeiro e sob o enfoque

interdisciplinar , as matrizes de outros Cursos Superiores, numa visão

conclusiva dessa monografia elencaria as disciplinas , vide 10.1, como

imprescindíveis à formação do profissional de Turismo atual em nível regional

no contexto do mundo globalizado, sem a pretensão de formalizar com essa

sugestão uma nova matriz curricular. As disciplinas eleitas abaixo, tomam em

consideração o conhecimento necessário ao desenvolvimento de competências

e habilidades para formação de um perfil profissional de visão

holística,reflexivo, versátil , influente e inovador para atuar em um mercado de

trabalho diverso ,competitivo e globalizado em nível de gestão, planejamento ,

consultoria e pesquisa – contribuindo para a melhoria contínua da área de

atuação, em face do desenvolvimento sustentável e da responsabilidade

socioambiental .

10.1- A seguir as disciplinas sugeridas para compor a matriz curricular dos

Cursos de Turismo em Instituições de Ensino Superior no município do Rio de

Janeiro, destacando, todavia que a apresentação das disciplinas abaixo, não

seguem critérios de anterioridade em face da subsequente.

Ü Teoria Geral do Turismo

Ü Planejamento e Organização das Empresas de Atividades Turísticas

Ü Gestão de Empresas de Atividades Turísticas

Ü Segmentação do Mercado Turístico e Cluster de Turismo

Ü A Cidade do Rio de Janeiro e os seus Polos Turísticos, Culturais e

Gastronômicos

Ü Roteiros Turísticos e o Desenvolvimento do Turismo Receptivo – no

contexto Regional e Global

Ü Consultoria em Turismo e Elaboração de Projetos Turísticos

Ü Estudo de Viabilidade e Análise de Projetos Turísticos

Ü Gestão de Empresas Turísticas – Públicas e do 3º. Setor

Ü Políticas Públicas e Legislação Turística

Ü A Qualidade de Produtos e Serviços Turísticos

 

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Ü A Criação e o Designer de Produtos e Serviços Turísticos

Ü O Marketing e a Gestão de Marcas de Produtos e Serviços Turísticos

Ü O Desenvolvimento Sustentável e o Turismo

Ü Responsabilidade Socioambiental das Organizações Turísticas

Ü Responsabilidade Socioambiental no Planejamento e na Gestão de

Destinos Turísticos

Ü Sistema de Gestão Integrado nas Atividades Turísticas (Qualidade,

Ambiental, Sáude e Segurança) e a Certificação

Ü Avaliação da Conformidade de Produtos e Serviços Turísticos e a

Certificação

Ü Projetos Turísticos Sustentáveis no Brasil e no mundo – estudo de casos

Ü Novas Mídias e a Promoção de Destinos Turísticos

Ü Produção e Comercialização de Produtos e Serviços Turísticos

Ü Ecologia, Espaço e Território Natural e Urbano – Plano Diretor

Ü Turismo e o Desenvolvimento Local e Regional – Criação de Produtos

,Serviços e Atrativos

Ü Gastronomia, Festas, Folclore e Arte Popular do Brasil – Aspectos

Regionais

Ü Psicologia e Hospitalidade - Desenvolvimento das Relações

Interpessoais

Ü Redação para a Elaboração de Conteúdos de Promoção e Divulgação

Turística ( português/espanhol e inglês )

Ü Orientação e Aconselhamento para Estágios

Ü Pesquisa, Elaboração de Projeto e Trabalho de Conclusão de Curso de

Turismo

Ü Entretenimento , Lazer e Turismo – Convergências & Tendências

Ü Criação, Captação e Gerenciamento de Eventos – no contesto nacional

e global

Observações :

a – As disciplinas, acima, de “Planejamento e Organização de Atividades

Turísticas” e “Gestão das Atividades Turísticas” poderão ser oferecidas em

dois (02) semestres para abordar, respectivamente, as áreas de

hotelaria/hospitalidade/gastronomia;e as áreas de

agenciamento/eventos/transportes

 

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b – As disciplinas, “Orientação e Aconselhamento para Estágios” e “Pesquisa,

Elaboração de Projeto e Trabalho de Conclusão de Curso de Turismo” , podem

ser disponibilizadas, a partir do 3º. Semestre para livre consulta dos alunos

com agendamento prévio.

c – É importante que todas as IES ofereçam laboratórios, seminários, palestras,

acervo de publicações e livros atualizados para que os alunos possam ter uma

inter-relação produtiva e vivências práticas no planejamento e na gestão das

atividades turísticas, desenvolvendo sua auto estima, o trabalho em equipe, a

cultura do empreendedorismo e a curiosidade e motivação para a pesquisa.

Um dos modelos de interação entre empresas e aprimoramento educacional é

o adotado pela organização sem fins lucrativos “Junior Achievement “, cujo

objetivo é estimular o empreendedorismo entre estudantes.

d – As IES devem ter exemplo de boas práticas de responsabilidade

socioambiental, para que os alunos possam participar, colaborar, criar e/ou

aperfeiçoar projetos

e – As IES poderiam disponibilizar um espaço virtual exclusivo para o Curso de

Turismo, cujo conteúdo e interatividade ficariam à cargo de professores, alunos

e colaboradores a fim de estimular o intercâmbio profissional e de

conhecimentos com outras organizações à nível regional, nacional e

internacional, ao mesmo tempo promovendo a cidade e o segmento do turismo

educativo.

f – É importante o constante debate sobre a Educação em Turismo, com a

organização de painéis nacionais e internacionais para que docentes ,

colaboradores, organizações, empresários, profissionais e estudantes possam

conhecer as reflexões e as ofertas educacionais , envolvendo os temas:

currículo, ensino, aprendizagem, avaliação, recursos, qualidade, projeto,

difusão, publicações, intercâmbios, atualidades, tendências na perspectiva

nacional e internacional, entre outros.

g – As realidades geográficas, econômicas e sociais da localidade aonde se

inserem as Instituições de Ensino, devem ser abordadas , para que o ambiente

acadêmico reflita sobre as propostas e as soluções adequadas a cada

 

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situação específica, atendendo as demandas do turismo local e regional dentro

de uma visão estratégica de desenvolvimento local integrado e sustentável.

 

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4. REFERÊNCIAS

1.ANSARAH, Marília G.R. Formação e Capacitação do Profissional em Turismo e Hotelaria.São Paulo:Editora ALEPH, 2002 2.BIAGIO M. AVENA.Turismo,Educação e Acolhimento.Um novo Olhar.São Paulo:Editora ROCA, 2006 3.DENCKER, Ada de Freitas Maneti. A pesquisa e a interdisciplinaridade no ensino superior . Uma experiência no curso de turismo.São Paulo:ECA/USP, 2000 ( Tese de Doutorado) 4.FAYOS-SOLA, Eduardo.”Educación y Formación en la nueva era del turismo: la visión de la OMT”.In:El Capital humano en la indústria turística del siglo XXI.Madrid:OMT,1996 5.JAFAR JAFARI,Universidade de Wisconsin-Stout.Fonte: McIntosch e Goeldner,1990.In( COOPER,2001:109) 6.MATIAS, Marlene. Turismo: Formação e Profissionalização – 30 anos de História.São Paulo: Editora Manole, 2002. 7.MOESCH, Marutschka Martini. A produção do saber turístico. São Paulo:Contexto,2000 8.NETO,Shigunov Alexandre & MACIEL S.B.Lizete (orgs). Currículo e Formação Profissional nos cursos de Turismo.Campinas,SP: Papirus,2002. 9.ROMÃO,José Eustáquio & GADOTTI,Moacir. Projeto da Escola Cidadã: a hora da sociedade. São Paulo. IPF,1994 (versão preliminar) 10. SILVA,Tomáz Tadeu da. Documentos de identidade:uma introdução às teorias do currículo. 3.ed.Belo Horizonte/Porto Alegre: Autêntica. Artes Médicas,1999.

 

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GLOSSÁRIO

Carga horária: número mínimo de horas obrigatório para cada disciplina

Currículo: conjunto de matérias e disciplinas que atendem à determinada

formação acadêmica e profissional

Curso: área acadêmica geradora da disciplina

Disciplina: conjunto de conhecimentos a ser estudado de forma sistemática, de

acordo com programa desenvolvido num período letivo, com determinada

carga horária

Ementa: síntese do conteúdo pragmático de cada disciplina em seus aspectos

mais significativos e gerais

Estrutura Curricular (Grade ou Matriz Curricular): forma de organização do

currículo do Curso

Matéria: Campo de conhecimentos fixado nos currículos , sob a forma de

atividade, áreas de estudo ou disciplinas.